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VIROLOGIA - Prof. Luciane T. Lovato Vírus só são vistos em microscópio eletrônico (80-300 nanômetros). ESTRUTURA COMPOSIÇÃO: ácido nucléico, proteínas (capsídeo, tegumento, envelope), lipídeos (das membranas), carboidratos (mucopolissacarídeos e dissacarídeos). DNA ou RNA + proteínas estruturais + enzimas e proteínas de ligação do ácido nucléico = CAPSÍDEO Glicoproteínas + membrana = ENVELOPE VÍRUS NÃO ENVELOPADOS Ex: adenovírus. Compostos por proteína (capsídeo); Resistentes (intestino, esgoto); É lançado pela lise celular; Pode se manter seco e sobreviver. VÍRUS ENVELOPADOS Ex: herpes vírus, Influenza, HIV Componentes: membrana, lipídio, proteínas, glicoproteínas; Mas suscetíveis, pois lipídio do envelope é facilmente destruído; É lançado por lise ou por brotamento; Precisa de inflamação / hipersensibilidade para causar doença; Resposta imune com anticorpos e células mediadora. TERMOS Vírion: partícula (fora da célula); Sorotipo ou sorogrupo: reação sorológica, etc; Proteínas do capsídeo: simetrias: helicoidais (raiva) ou icosaédricas (adenovírus); Genomas virais: Geralmente DNA ou RNA; DNA: cadeia dupla ou simples ou circular; RNA: cadeia dupla ou simples, ser segmentado ou não e ser + (reconhecido por ribossomo ativo para ser traduzido), ou – (não reconhecido). CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS De acordo com: - Enfermidade (órgão/sistema); - Hospedeiro (humanos, bovinos); - Envoltório (envelopados, não envelopados); - Genoma (DNA ou RNA). TAXONOMIA 1. ORDEM: virale; 2. FAMÍLIA: viridae; 3. SUBFAMÍLIA: virinae; 4. GÊNERO: vírus; 5. ESPÉCIE: nome; 6. TIPO: número. Ex: vírus DNA: Coxviridae, Parvoviridae, Papovaviridae, nnnnnnnAdenoviridae, Herpesviridae, Hepadnaviridae, Ex: vírus RNA: Arenaviridae, Reoviridae, etc. ESTRATÉGIAS DE SOBREVIVÊNCIA 1 Variação Antigênica: antígenos estão no capsídeo ou envelope (por fora), são importantes para entrar nas células e são reconhecidas pelo Sistema Imune. Vírus de RNA principalmente sofre muitas mutações devido a erros na replicação, o que faz surgir novos antígenos que podem fazer com que o vírus não seja reconhecido. 2 Infecção Persistente: vírus permanece no hospedeiro e é passado para outros. Ex: HIV, herpes. 3 Vetores e Reservatórios: reservatório → vetor. Ex: aves silvestres → mosquitos. 4 Infecção Subclínica: mais evoluídos (não destroem o hospedeiro); 5 Resistência Viral. REPLICAÇÃO VIRAL 1ª Ligação do vírus – receptor na célula; 2ª Penetração; 3ª Desnudamento (período de elipse: não há vírus, só parte dele): libera ácido nucléico; 4ª Transcrição, tradução, replicação (variável); 5ª Reunião (maturação); 6ª Liberação. 1. Entrada do vírus a) Fusão: envelope + membrana; b) Endocitose: vírus fica dentro de membrana endocítica, onde há menor pH e o vírus vai sendo desmontado. Se ficar além do tempo ele pode ser destruído (antiviral influenza). *Se for DNA, ele desmonta próximo do núcleo para que o DNA já entre. 2. Quatro (4) tipos de replicação: I. Vírus RNA de sentido positivo: é similar ao RNAm, ao ser liberado no citoplasma, ele é reconhecido pelos ribossomos celulares, então ocorre tradução. Uma parte do RNA codifica proteínas estruturais (capsídeo, envelope), e outra, não estruturais (enzimas para replicação). Normalmente são genomas muito simples. Ex: raiva: 5 proteínas. Após a formação das enzimas, a replicação ocorre no outro sentido (RNA -), que serve de molde para o RNA+. DNA (azul) RNA (vermelho) VÍRUS Capsídeo (verde) Envelope

Virologia

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  • VIROLOGIA - Prof. Luciane T. Lovato

    Vrus s so vistos em microscpio eletrnico (80-300 nanmetros).

    ESTRUTURA

    COMPOSIO: cido nuclico, protenas (capsdeo, tegumento, envelope), lipdeos (das membranas), carboidratos (mucopolissacardeos e dissacardeos). DNA ou RNA + protenas estruturais + enzimas e protenas de ligao do cido nuclico = CAPSDEO Glicoprotenas + membrana = ENVELOPE

    VRUS NO ENVELOPADOS Ex: adenovrus. Compostos por protena (capsdeo); Resistentes (intestino, esgoto); lanado pela lise celular; Pode se manter seco e sobreviver. VRUS ENVELOPADOS Ex: herpes vrus, Influenza, HIV Componentes: membrana, lipdio, protenas, glicoprotenas; Mas suscetveis, pois lipdio do envelope facilmente destrudo; lanado por lise ou por brotamento; Precisa de inflamao / hipersensibilidade para causar doena; Resposta imune com anticorpos e clulas mediadora. TERMOS Vrion: partcula (fora da clula); Sorotipo ou sorogrupo: reao sorolgica, etc; Protenas do capsdeo: simetrias: helicoidais (raiva) ou icosadricas (adenovrus); Genomas virais: Geralmente DNA ou RNA; DNA: cadeia dupla ou simples ou circular; RNA: cadeia dupla ou simples, ser segmentado ou no e ser + (reconhecido por ribossomo ativo para ser traduzido), ou (no reconhecido).

    CLASSIFICAO DOS VRUS De acordo com: - Enfermidade (rgo/sistema); - Hospedeiro (humanos, bovinos); - Envoltrio (envelopados, no envelopados); - Genoma (DNA ou RNA).

    TAXONOMIA 1. ORDEM: virale; 2. FAMLIA: viridae; 3. SUBFAMLIA:

    virinae; 4. GNERO: vrus; 5. ESPCIE: nome; 6. TIPO: nmero.

    Ex: vrus DNA: Coxviridae, Parvoviridae, Papovaviridae, nnnnnnnAdenoviridae, Herpesviridae, Hepadnaviridae, Ex: vrus RNA: Arenaviridae, Reoviridae, etc. ESTRATGIAS DE SOBREVIVNCIA 1 Variao Antignica: antgenos esto no capsdeo ou envelope (por fora), so importantes para entrar nas clulas e so reconhecidas pelo Sistema Imune. Vrus de RNA principalmente sofre muitas mutaes devido a erros na replicao, o que faz surgir novos antgenos que podem fazer com que o vrus no seja reconhecido. 2 Infeco Persistente: vrus permanece no hospedeiro e passado para outros. Ex: HIV, herpes. 3 Vetores e Reservatrios: reservatrio vetor. Ex: aves silvestres mosquitos. 4 Infeco Subclnica: mais evoludos (no destroem o hospedeiro); 5 Resistncia Viral. REPLICAO VIRAL 1 Ligao do vrus receptor na clula; 2 Penetrao; 3 Desnudamento (perodo de elipse: no h vrus, s parte dele): libera cido nuclico; 4 Transcrio, traduo, replicao (varivel); 5 Reunio (maturao); 6 Liberao. 1. Entrada do vrus a) Fuso: envelope + membrana; b) Endocitose: vrus fica dentro de membrana endoctica, onde h menor pH e o vrus vai sendo desmontado. Se ficar alm do tempo ele pode ser destrudo (antiviral influenza). *Se for DNA, ele desmonta prximo do ncleo para que o DNA j entre.

    2. Quatro (4) tipos de replicao: I. Vrus RNA de sentido positivo: similar ao RNAm, ao ser liberado no citoplasma, ele reconhecido pelos ribossomos celulares, ento ocorre traduo. Uma parte do RNA codifica protenas estruturais (capsdeo, envelope), e outra, no estruturais (enzimas para replicao). Normalmente so genomas muito simples. Ex: raiva: 5 protenas. Aps a formao das enzimas, a replicao ocorre no outro sentido (RNA -), que serve de molde para o RNA+.

    DNA (azul)

    RNA (vermelho)

    VRUS

    Capsdeo (verde)

    Envelope

  • *Essa a forma mais fcil de replicar (CICLO RPIDO). II. Vrus RNA de sentido negativo: precisa primeiro ser transcrito para RNAm, o que dificulta o processo, pois ele deve trazer junto enzimas que fazem essa transcrio, pois clulas no fazem transcrio de RNA (PROCESSO MAIS DEMORADO). ***Vrus RNA replicam no citoplasma, exceto influenza; ***Vrus RNA sofre muitos erros na replicao.

    III. Vrus DNA: o cido nuclico liberado dentro do ncleo. A clula tem enzimas que fazem transcrio, RNAm vai para o citoplasma e cido nuclico formado. **Exceo: Cox vrus (varola) replica no citoplasma.

    IV. RETROVRUS (AIDS, Leucemia): RNA primeiro transformado em DNA no citoplasma, com enzimas trazidas pelo prprio vrus (transcriptase reversa). Forma-se duplo DNA (cadeia dupla), que chamado de cDNA. Ele levado para o ncleo onde inserido no DNA celular por enzimas integrasse trazidas por ele. Assim, sempre que a clula replica feita tambm a replicao de cDNA viral. Dessa forma, uma vez instalado, o vrus fica para sempre na clula. A transcriptase reversa a que mais erra na transcrio, tornando esses vrus mais mutveis. *** vrus DNA replica no ncleo. 3 SADA DO VRUS 3.1 BROTAMENTO: quando ocorre traduo, as glicoprotenas virais j se localizam na membrana celular, por onde o vrus envelopado ir sair. Ex: retrovrus e Influenza. 3.2 LISE CELULAR:

    EFEITOS DO VRUS SOBRE A CLULA I- Esgotamento da sntese de protenas:

    autodestruio; II- Resposta imune: destruio pelas clulas NK (inatas)

    e CD8 (adquirida). Geralmente induzem apoptose; III- Induo de transformao celular: causam tumores,

    por agirem sobre pontos regulatrios da replicao, fazendo-a replicar-se infinitamente. Ex: a P53 tem funo de induzir apoptose, o papiloma vrus impede a ao da P53. Outro ponto regulatrio a pRB, que tambm atingida por protenas virais;

    IV- Efeitos no citocidas sobre clulas especializadas. Ex: rinovrus s lesa pouco o epitlio respiratrio, mas facilita infeces secundrias;

    V- Efeito citoptico: alterao visvel no microscpio; VI- Corpsculos de incluso: usado no diagnstico.

    Manchas celulares indicam leso viral (patognomnico evidncia de que o vrus provocou doena). So restos de vrus ou de suas protenas.

    EPIDEMIOLOGIA E PATOLOGIA DAS DOENAS VIRAIS 1. Transmisso vertical (2): transplacentria (HIV:

    maioria no infectado) ou perinatal (Herpes simplex 2);

    2. Transmisso horizontal (6): Por contato direto: herpes vrus, influenza, HIV, hepatite B. ex: fmites, beijo, aerossis (- de 1m influenza); Por veculos: gua, alimentos (norovrus), poeira (hantavrus); Zoontica: maioria tem origem em aves silvestres (influenza), raiva... TIPOS DE INFECO I. Sistmica: vrus entra e vai para linfonodos, onde replica, vrus cai no sangue (viremia 1) e replica novamente em tecidos como msculo, fgado, rim, vasos. Desses, vrus partem para o sangue (viremia 2), indo ento, cada vrus, para rgo especficos , como pele (varicela), mucosas, pulmo, rins, trato gastrointestinal, crebro, etc. Ex: Varicela: via respiratria tonsilas (replica) sangue tecidos (fgado, bao) (replica), leses na pele (14 d) desaparece, mas pode reativar; Ex: Raiva: replica nas clulas musculares terminaes nervosas prximas SNC. II. Propagao Local: propagao clula a clula. Ex: Papiloma vrus: causa verrugas (induz hiperplasia nas clulas da epiderme, ocorre lentamente).

    RESPOSTA IMUNE A VRUS I. Resposta Imune Inata: primeira linha de combate, enquanto adaptativa se prepara. - Barreiras: pele, muco, pH, lgrima,...; - Peptdeos antimicrobianos: defensinas levam ao desequilbrio osmtico que mata vrus. No HIV algumas impedem replicao; - Sistema Complemento: cascata de protenas do soro que vo se ativando em sequncia. Vai at C9, formao de poros no envelope, matando vrus. Outros Cs so inflamatrios forma MAC (Complexo de Ataque membrana);

    - Sntese de Interferon (citocinas): protenas produzidas pelas clulas. Normalmente no so produzidas ou so muito pouco, a invaso intracelular ativa produo de interferons, que se ligam a receptores de outras clulas para que elas se preparem e no permitam replicao. Existem do tipo1 (alfa e beta) e 2 (gama); - Clulas NK: contra vrus e tumores. Mata clula infectada que reconhecida por no ter MHC-I (o MHC-I das clulas normais se encaixa a receptores NK que inibem sinal de ataque). Nas clulas estranhas (transformadas por tumor, infectadas por vrus e transformadas), a perforina faz poros na membrana, granzima entra e induz apoptose; - Ativao de clulas dendrticas (CDs): fazem fagocitose e apresentam antgenos aos linfcitos TVIRGEM (macrfago Ham). Ligao resposta inata-resposta adaptativa!

  • II. Resposta Imune Adaptativa: a) Ocorre a fagocitose do antgeno pela APC, que apresenta esse antgeno viral em sua membrana plasmtica atravs do MHC-II, o qual reconhecido pelas clulas T helper (CD4+). Ao do LTCD4: ativa linfcitos B (anticorpos), ativa Mo, ativa LT CD8 (citotxicos); b) Ativao de LTCD8: Mo fagocita, apresenta antgeno atravs de MHC-I, LTcitotxicos CD8, que induz destruio celular; c) Ativao LB: reconhecem antgenos dos LTCD4 (T helper) e se multiplicam rapidamente. Diferenciam-se em plasmcitos (anticorpos) e B de memria. Ao dos anticorpos: 1. destruio pelo sistema complemento (s envelopados); 2. impedimento de adeso: neutralizao; 3. impedimento de endocitose; 4. impedimento de desnudamento; 5. opsonizao promove captao (torna antgeno mais palatvel) e eliminao da clula infectada com ao dos macrfagos; 6. ADCC: citotoxidade celular dependente de anticorpos: promove reconhecimento pelas imunoglobulinas: IgM: indica infeco primria; IgG e IgA: 2-3 d aps IgM; IgA: resposta estmulo viral nas aberturas naturais do corpo (olhos, boca, trato respiratrio e TGI).

    MECANISMOS VIRAIS PARA ESCAPAR DA RESPOSTA IMUNOLGICA (EVASO DA RESPOSTA IMUNE) - Infeco de stios imunologicamente privilegiados; - Regulao da expresso de protenas virais; - Variao antignica; - Destruio de APCs; - Inibio da apresentao de antgenos; - Expresso de protenas que inibem a funo de clulas efetoras; - Expresso de protenas que retardam a morte celular; - Infeco de LT e LB; Ex: vrus influenza: mutaes na sequncia do genoma (variaes antignicas), ressortimento de segmentos;

    Ex: herpes simplex (HSV): latncia (no gnglio do Trigmio), infeco de stio imunologicamente privilegiado, regula expresso de protenas virais; Ex: vrus do sarampo: infecta stios imunologicamente privilegiados, causa pan-encefalite esclerosante subaguda (PEES); Ex: HIV: persistncia no genoma viral, variao antignica, destri APCs, destri LTCD4; Ex: citomegalovrus humano (protena US6) e a HSV (protena ICP47): inibio da apresentao de antgeno; Ex: citomegalovrus humano: expressa a protena UL18 (inibe a ao de clula efetora), homloga do MHC-I (falso MHC-I), que expressa sobre a membrana e protege a clula da destruio por NK; Ex: vrus vaccnia: falsos receptores de interferon, que inibem sua ao: Inibio de protenas regulatrias do complemento; Inibe apoptose no incio da replicao viral.

    MTODOS DE DETECO E IDENTIFICAO VIRAL 1 - deteco direta do vrus; 2 - identificao de antgenos virais; 3 - deteco do material gentico; 4 - deteco da resposta sorolgica; 1. DETECO DIRETA DO VRUS 1.1. Isolamento em cultivos celulares: - material para isolamento: swab (clon), fragmento de rgos, fezes...; - deve ser do local em que o vrus se aloja e preferencialmente na fase aguda. Deve-se, aps a coleta, fazer filtragem de materiais contaminados e usar antibiticos, pois alguns vrus so suscetveis a bactrias e fungos; - crescimento de vrus em ovos embrionados (embrio de galinha cultivo primrio) pouco utilizado (1:2); - cultura de clulas: cultura de clulas primrias obtidas pela dissociao de rgos, com TRIPSINA e agitao. As clulas obtidas so cultivadas em monocamadas em meios artificiais com soro bovino; - alguns tipos de vrus so melhores isolados nessas culturas de clulas primrias, j outras em linhagens de clulas diploides ou linhagens tumorais; - repique ou passado de clulas de linhagem: retirada do meio de cultura coloca TRIPSINA lavagem com TRIPSINA e recoloca TRIPSINA; - manuteno das linhagens: congelamento em nitrogenia; - inocula-se, pois, o vrus no cultivo celular e ento monitora-se para observao do EFEITO CITOPTICO (visto no microscpio ptico, no olho nu) causado pela ao viral (que sugere replicao do vrus). Ex. de efeitos observados: arredondamento, desprendimento do tapete, enrugamento, vacuolizao, lise, condensao, citomegalia, corpsculos de incluso, sinccio. Ex.: vrus da varola em clulas BSC 40:

  • arredondamento, lise, desprendimento; vrus do sarampo em clulas A549: sinccio; - dependendo do tipo de efeito e tempo que leva para ocorrer pode-se identificar o vrus; - monitoramento: passagem 1 (5 d) + passagem 2 (5 d) + passagem 3 (5 d). 1.2. Quando a inoculao feita em ovo embrionado, cada tipo de vrus inoculado em um local do ovo. Efeitos vistos: - alteraes e morte do embrio (Newcastle, BTV); - alteraes sem morte do embrio (varola); - sem alteraes (influenza); - leses na membrana crio-alantide: poxvrus. 1.3. Visualizao por microscopia eletrnica; 1.4. Isolamento em animais: inoculao.

    2. IDENTIFICAO VIRAL IDENTIFICAO DE ANTGENOS VIRAIS (5) 2.1. Hemaglutinao: alguns vrus expressam glicoprotena que causa ligao dos eritrcitos. Mistura-se sangue com vrus em diferentes diluies; 2.2. Imunofluorescncia Direta: anticorpos fluorescentes para antgeno viral so colocados no meio. Se o vrus estiver, h ligao anticorpo-antgeno e ficar verde, seno fica vermelho (depende do reagente); 2.3. Imunoperoxidase / Imunohistoqumica: para detectar antgenos (direto) ou antgeno-anticorpo, atravs de reao com anticorpo marcado; 2.4. ELISA: identificao de anticorpo e/ou antgeno por anticorpo marcado com enzima que reage com substrato e faz mudar a cor. 3. IDENTIFICAO DO MATERIAL GENTICO 3.1. PCR: Reao de Polimerase em Cadeia, que amplifica a regio do genoma (s com DNA, com RNA deve haver passo anterior); 3.2. SDS-page. 4. IDENTIFICAO DA RESPOSTA SOROLGICA 4.1. Soroneutralizao: se houver anticorpo no haver efeito citoptico. *Se h anticorpo, pode ser por contato com vrus patognico ou vacina, para diferenciar: -deteco da doena aguda: poucos anticorpos na primeira coleta e muitos na segunda (20 d): (sorologia pareada); -outra opo: 1 coleta alta IgM e baixa IgG e na 2 coleta alta IgG. 4.2. Inibio da hemoglutinao. 4.3. ELISA. 4.4. Imunodifuso. ANTIVIRAIS - Trabalha-se mais com profilaxia, porque tratamento tem alta toxicidade, atingindo muitas clulas saudveis.

    Ex: viroses com tratamento: hepatite A, B, C, AIDS, herpes, influenza, etc. - Ativao: Maioria sobre replicao do DNA/RNA; Alguns na entrada e liberao. 1. Inibio da fixao e entrada do vrus: Para HIV: Emfuvirtida: impede a fuso do vrus com o CD4 do paciente Inibidor do co-receptor CCR5: Maraviroc bloqueia a ligao com o co-receptor das CD4 (CCR5). 2. Inibio do desnundamento viral: Para Influenza: Amantadina e Rimantadina. Normalmente, aps a penetrao vai havendo acidificao na vescula em que o vrus se encontra e ele ento liberado (desnudamento). Frmacos inibem a sada da vescula, o material gentico do vrus permanece no meio cido e destrudo. (no o mais usado para influenza). 3. Inibio da replicao do genoma: So anlogos de nucleosdeos (base + acar) ou nucleotdeos (base + acar + fosfato). Ex1: Acyclovir (herpes): anlogo de nucleosdeo vrus precisa de 3 P para ser incorporado. D-se nucleosdeo podre para ser usado na replicao (no permite ligao dos prximos); Ex2: Zidovutine ou AZT: inibe a transcriptase reversa ao competir com a Timidina para HIV; Ex3: Anti-hepatite B: Adefovir, Entecavir; Ex4: Contra vrus RNA, Ribavirina. 4. Inibidor No-nucleotdeo da polimerase do herpes vrus: Foscarnet anlogo ao pirofosfato. 5. Inibidores no-nucleosdeos da transcriptase reversa do HIV: Nevirapina e Efavirenz. 6. Inibio da reunio e maturao: Retonavir e Saquinavir. 7. Inibidores da liberao: inibidores da neuraminidase para influenza. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE DROGA VIRAL a) Fase pr-clnica: determinar atividade antiviral e toxicidade in vitro: (Passo 1) 1 testa-se frmacos usados para outras coisas e v-se diminuio do ttulo viral. Aps, modificam-se esses frmacos para encontrar novos (triagem automatizada de vrios qumicos frente a uma protena especfica do vrus. Ex: Nevirapina para HIV). Nova triagem para testar passos bloqueadores pelo qumico dentro da clula infectada. *Ensaio de reduo em placas, teste de MTT, Western-Blotting, deteco de protena viral, PCR em tempo real. Definies: CC50: concentrao citotxica para 50% das clulas; EC50: concentrao efetiva para 50% das clulas (capaz de inibir efeito citoptico); SI: com CC50 / EC50, onde SI: ndice de Seletividade; IC50 = EC50; IC: Concentrao Inibitria; IC90: composio capaz de inibir 90% do efeito citoptico.

  • 2 triagem em animais: (Passo 2) - Concentrao no txica para rgos; - Propriedades farmacolgicas; - Determinar dose; - Efeitos teratognicos; - Carcinognese.

    b) Fase clnica epidemio (Passo 3) 3 triagem clnica em humanos: Fase I: pequeno nmero de voluntrios para avaliar farmacocintica e tolerabilidade; Fase II: avaliao da atividade antiviral e propriedades farmacuticas em dezenas a centenas de voluntrios; Fase III: nmero maior de indivduos para dados estatsticos confiveis. Para alguns vrus (ex: influenza e herpes), dados de melhora clnica so exigidos. PRINCIPAIS ALVOS PARA DROGAS ANTIVIRAIS - protenas codificadas pelos vrus que podem ser inibidas pela droga (enzimas); - protenas codificadas pelo vrus que ativam a droga e a tornam inibidora de vrus. (ex: acyclovir). RESISTNCIA VIRAL: fatores que afetam o desenvolvimento de resistncia s drogas: - taxa de mutao do vrus (RNA x DNA); - nmero de stios de mutao; - taxa de replicao viral; - tamanho da populao viral pr-existente; - capacidade de replicao dos mutantes e de manuteno da mutao.

    INFLUENZA VRUS (GRIPE) Famlia: Orthomyxoviridae. Gnero: Influenza A;

    Influenza B; Influenza C;

    Estrutura: desenho *RNA fragmentado em 7 gneros ou 8 segmentos (A e B);

    *Protenas do envelope: HA (hemaglutinina): ligar aos receptores; NA (neuraminidase): liberao do vrus das clulas (se desgrudar);

    *Reservatrio: originalmente aves aquticas silvestres, as quais transmitiram para todas as outras. 16 tipos de HA: H 1, 2 e 3 em humanos; 9 tipos de NA: N 1 e 2 em humanos. Cada tipo adaptado a uma espcie. A transmisso normalmente no ocorre entre espcies, pelos diferentes tipos de receptores de cada uma. De aves e sunos (principalmente sunos) so transmitidas a humanos quando h mutao. Porcos so mais suscetveis a vrus humanos e de aves.

    Influenza em animais domsticos: - aves domsticas: H5N2, H7N1, H7N3, H7N7, H9N2 e H5N1. Alta patogenicidade: H5 e H7; - sunos: H1N1, H3N2, H1N2; - equinos: H3N8 e H7N7 - recentemente descrita em ces e gatos, mas no h no BR. Subtipos de HA (hemaglutinina): 1. Humanos: H 1, 2 e 3; 2. Sunos: H 1 e 3; 3. Cavalos: H 3 e 7; 4. Aves: todos (H 1 at H 15). Subtipos de NA (neuraminidase): 1. Humanos: N 1, 2 e 8; 1. Sunos: N 1 e 2; 2. Cavalos: N 7 e 8; 3. Aves: todos (N 1 at N 9).

    *Nomenclatura de novos isolados:

    A / Fujian / 411 / 2002 (N3N2) Tipo de material gentico viral / origem geogrfica / cepa / ano do isolamento (subtipo H = HA; N = NA). MODO DE TRANSMISSO ENTRE ESPCIES 1. Transmisso direta: ex: aves humanos; 2. Shift antignico (ressorteamento): troca de segmentos entre vrus gera novos vrus, os quais so geralmente mais letais, pois a populao no tem resistncia a eles (processo raro). Ex: gerao de novo vrus humano (H3N2) pelo processamento do HA do vrus avirio (H3N8);

  • 3. Drift antignico: o que mais modifica vrus e est sempre acontecendo. Atravs de mutao pontual principalmente em H e N. Faz com que todo ano tenhamos gripe, por alterar stio de ligao entre anticorpos que antes geravam resposta imune. PANDEMIA POR INFLUENZA Formadas por shift e ocorrem quando conseguem ser facilmente transmitidos entre humanos. Fases: 1-3: predomina em animais (poucos humanos); 4: transmisso entre humanos; 5-6: difuso entre humanos (pico); Ps-pico: possibilidade de recorrncia; Ps-pandemia: doena a nveis sazonais. Principais pandemias por influenza: H1N1 Espanha (1918) 1950 Rssia (1977); N2N2 (PB1 HA NA) sia (1957) (PB1 HA NA) H3N2 Hong Kong (1968). Origem do vrus H1N1 (gripe suna) Ressortimento de: H1N1 clssico suno (EUA): HA, NP, N2 H1N1 suno eurasiano: NA, M2 H1N1 dos EUA denominado vrus tripo ressortimento por ter genes PB1 do vrus humano de origem aviria H3N2 e os genes PB2 e PA de vrus sunos de origem aviria. Genoma completo do H1N1: PB2: transcriptase cap binding PB1: transcriptase elongation PA: transcriptase protease activity HA: NP: nucleoprotein: RNA binding transport of vRNA NA: M1/M2: matrix protein 1: maior componente do vrion; matrix protein 2: canal inico; NS1/NS2: non structural protein 1: RNA transport, etc; non structural protein 2: funo desconhecida. DIFERENA DAS CEPAS DE ALTA E BAIXA PATOGENICIDADE EM AVES BAIXA: so clivados por proteases encontradas no trato respiratrio e intestino; ALTA: clivados por proteases ubquas (vrios tecidos). EVOLUO GENTICA DO H7N9 na China, 2013 Mltiplos ressortimentos: HA de patos domsticos (H7N3); NA de aves silvestres (H7N9); Outros 6 genes de aves domsticas (H9N2). VACINA DA INFLUENZA BRASIL 2014 Vacina tem sua composio atualizada a cada ano de acordo com o vrus circulante (segundo a OMS). Desse ano so trivalentes, contendo 3 diferentes cepas.

    REPLICAO 1 Ligao 2 Desnudamento (ncleo) 3 transcrio (citoplasma) 4 sntese proteica (ncleo) 5 replicao 6 montagem (citoplasma) 7 sada por brotamento (NA). *Ao da Amantadina inibe fase precoce da replicao, como o desnudamento, impedindo-o. Outros impedem traduo ou NA. DIAGNSTICO - clnico; - laboratorial: Material: swab, secrees oculares, nasais; Isolamento: HA, IF, RT-PCR, RRT-PCR. HERPESVIRIDAE - vrus envelopado de DNA com cadeia dupla; - sensveis a agentes qumicos e fsicos, com pouca viabilidade no meio ambiente; - 3 subfamlias: 1. Alfa herpesvrus: HSV-1, HSV-2, VZV; 2. Gama herpesvrus: EBV, MHV-8. 3. Beta herpesvrus: CMV, HHV-6, HHV-7; Aps infeco primria estabelecem infeco latente. A reativao ocorre normalmente em perodos de imunossupresso. Primria e reativao so mais severas em imunocomprometidos.

    1. ALFA HERPESVRUS 1.1. HSV-Herpes simples (HHV-1; HHV-2); 1.1.1. HSV-1: face, lbios (70%), mas provoca leso em qualquer local que entrar. Maior disseminao entre crianas e jovens (30% do HSV neonatal); - gengivo-estomatite aguda e esofagite em crianas e jovens adultos; - febre, mialgia, irritabilidade, mal-estar, adenopatia cervical, leses no palato duro e mole, herpes labial, ceratoconjuntivite, encefalite, panarcio herptico. Infeco primria: por contato (no dura fora do hospedeiro), viremia curta, no se espalha no organismo. sintomtica ou no, geralmente demora 8-15 dias para desaparecer. Aps sumir clinicamente, fica latente no Gnglio do Trigmio. Reativao ocorre devido imunossupresso (estresse, imunocorticides). No gnglio, nesse caso, o DNA no

  • se agrega ao ncleo, somente o gene latente, que a nica poro que expressa na latncia. **Encefalite: complicao rara, quando na latncia migra para o SNC. 1.1.2. HSV-2: - jovens e adultos; - dor de cabea, mal estar, mialgias, disria, linfadenopatia inguinal, descarga uretral e vaginal, vesculas, pstulas e ulceraes genitais, endometrites, salpingites, prostatite e proctite.

    HERPES NEONATAL - incidncia varivel (EUA 1/4000 e Ing 1/10000); - criana usualmente infectada no canal do parto; - rompimento de membranas fator de risco; - risco maior quando a me tem leses de infeco primria, nas recorrentes menor pela quantidade de vrus e presena de anticorpos. - latncia nos gnglios lombares e sacrais, pois normalmente causa herpes genital. *Pode ser excretado mesmo sem leses.

    DIAGNSTICO DE HSVs - clnico: leses caractersticas; - laboratorial: replicao rpida no cultivo intracelular (ICC), geralmente faz-se deteco de anticorpos. TRATAMENTO DE HSVs - acyclovir: diminui perodo de excreo, por inibir replicao do DNA. No elimina vrus, dado que no age no gnglio (no h replicao em latncia, no ativando o Sistema Imune). 1.2. HERPES VRUS HUMANO 3 (HVH tipo 3): vrus da varicela (VZV) - humanos so os nicos hospedeiros, altamente contagiosa; - transmisso por contato direto com leso ou vias respiratria. Incubao de 8-21 dias; - duas formas: a) Varicela (catapora): infeco aguda, associada com crianas, raramente assintomtica. Sinais clnicos: febre, desconforto, exantema, leses maculopapulares, vesculas e crostas com 5-10mm de dimetro, contaminao secundria pelo prurido, miocardite, nefrite, leso crnea, artrite, hepatite, encefalite. b) Zoster: reativao da latncia rara (< 10% dos infectados). Com erupes cutneas dolorosas, pela reativao da latncia nos gnglios nervosos da regio dorsal. localizada, normalmente na regio lombar, diferente da primria. - patogenia: via respiratria replicao em tonsilas, p. ex. (4-6 d) replicao em rgos (14 d) leses na pele (4 semanas) gnglios. - diagnstico: 1. clnico: histria clnica e leses; 2. laboratorial:

    - efeito citoptico semelhante ao herpes simplex; - deteco do antgeno: IF-I, ELISA, imunoperoxidases; - PCR: detecta genoma (DNA). - profilaxia e tratamento: Vacina atenuada. a) varicela: acyclovir e fanciclovir (< eficcia); b) zoster: acyclovir e faciclovir. 2. FAMLIA: HERPESVIRIDAE. SUBFAMLIA: GAMAHERPESVIRINAE. GNERO: GAMAHERPESVRUS. Herpesvrus humano tipo 4 ou Vrus Epstein-Barr

    - forma mais conhecida: mononucleose; - doena do beijo adolescentes; - infecta crianas gerando ou no (normalmente assintomtica) a doena; - principais sintomas: febre, fadiga, tonsilas avermelhadas, inchadas e com manchas brancas, inflamao na garganta, etc; - linfcitos atpicos** Consequncias da infeco: a) latncia; b) imunocompetente: assintomtica, mononucleose, reativao viral, infeco crnica ativa pelo EBV (CAEBV); c) cncer: *Linfoma de Burkitt: linfonodos da face/pescoo, na frica; *Carcinoma nasofaringeal: principalmente na sia; *Outros: linfoma de Hodgkin, linfoma no-hodgkin, doena proliferativa associada ao cromossomo X. d) imunocomprometidos: leucoplasia pilosa oral, principalamente intersticial linfoide, desordens linfoproliferativas, linfo-histocitose, hemofagoctica, granulomatose linfomatide. *Patogenia: saliva epitlio da orofaringe e glndulas salivares disseminao sangunea infecta LB reao dos linfcitos T (linfocitose atpica) latncia nos LB. *Sinais clnicos: - crianas: maioria assintomtica; - 70% adolescentes sintomtica; - incubao 4-6 semanas; - mononucleose infecciosa: febre, linfadenopatia, linfocitose atpica. *Epidemiologia: mundial, o homem o hospedeiro natural; 90% dos assintomticos transmitem; baixas condies de vida e higiene. *Diagnstico: - mais usado: ELISA: determinar tipo de antgeno;

    - anticorpos heterofilos: - no determina ausncia; - linfcitos atpicos: aspecto estrelado. 3. FAMLIA: HERPESVIRIDAE. SUBFAMLIA: BETAHERPESVIRINAE. GNERO: BETAHERPESVRUS 3.1. Herpesvrus humano 5 ou citomegalovrus* a) indivduo saudvel: - portador assintomtico: 60 % dos indivduos com 40 anos; porm em crianas a maioria assintomtica;

  • - doena semelhante mononucleose: comum em jovem e adulto, atinge linfonodos e fgado: febre, mal-estar, mialgia; Perodo de incubao: 4 semanas; - hepatite incomum em jovens e adultos. b) infeco fetal: - doena de incluso citomeglica; - congnita (pior): por infeco aguda da me ou reativao; causa: petquias, ictercia, hepatoesplenomegalia, microcefalia, coriorrenite, perda da audio, retardo mental, morte (SNC, olhos, fgado);

    - perinatal: assintomtica. c) imunossuprimidos: - doena disseminada (transplantados, AIDS, CA); - causa: pneumonia, hepatite, coriorrenite, artrite, doena no SNC (encefalite, mielite). Outras caractersticas: - vrus tem mltiplos genes imunomodulares; - corpsculo de incluso intracelular e intracitoplasmtico (pequenos); - transmisso: transplacentria, perinatal, saliva, fezes, urina, sexual, transfuso sangunea. *Diagnstico - citomegalia com corpsculos de incluso (restos do vrus); - PCR em tempo real: carga viral. *Tratamento - Aciclovir profiltico; - Ganciclovir. 3.2. Herpesvrus humano 6 : Exantema sbito (Roseola infantum). 3.3. HVH-7 3.4. Herpesvrus humano 8: sarcoma de Kaposi. HIV (VRUS) E AIDS (SNDROME) - primeiros casos relatados: 1967-79 com pneumonia Pneumocistin carinii: todos homossexuais. Dcada de 1980 Sarcoma de Kaposi em homossexuais: 2 doenas raras causadas por imunossupresso e oportunistas. Em comum: jovens, brancos, homens, homossexuais: sugere agente infeccioso, que se confirma por transmisso em transfuso, drogas EV, hemofilia. Concluso: vrus armazenado no sangue, com rota primria de transmisso: sexo. - hipteses para origem do HIV-1: a) vrus contaminou vacinas produzidas para plio, nos anos 50, com clulas de macaco infectado por SIV cpz; b) transmisso interespcie: contato homem-macaco na frica central. Inicialmente vrus s na frica, mas se propagou. - HIV a causa da AIDS? a) associao epidemiolgica (est presente carga se relaciona, drogas anti-HIV funo?);

    b) isolamento viral: pode em todo paciente com AIDS; c) transmisso: infectados e inoculao de HIV e SIV. - porque HIV deriva de primatas? HIV-1 do SIVcpz: gentico, geografia; HIV-2 do SIVsm: gentico, geografia. - existem 2 tipos de HIV: a) Tipo 1: 3 subgrupos; Grupo M (maior): 90% dos casos, com subgrupos A, B, C, D, F, G, H, J, K quase espcies que se modificam muito rpido; B-Amrica (BR: B, C, F); Cada regio predomina um; Grupo O (outlier): ndia; Grupo N (non O, non M); Grupo P. b) Tipo 2: s na frica - time-line: evidncias de que j circulava desde os anos 60, 1984 foi isolado e sequenciado; - estrutura: RNA: retrovrus; Diploide: 2 cpias do material gentico (s ele); Envelopado: pouco resistente GP 120 e GP41 (protenas do envelope); Matriz proteica: protena 17; Capsdeo (enzimas e RNAs) p24 (mtodo diagnstico); Genoma: 3 regies (do HIV-1): GAG: estruturais; POL: enzimas; ENV: envelope. MECANISMO DE ENTRADA / FUSO (Medicamento impede o processo: enfuvirtida, maraviroc).

    Protenas GP 120 e GP41 ligam-se ao receptor CD4 da clula, o qual muda sua conformao, fazendo GP 120 e GP41 ligarem-se ao receptor Chemokine (CXCR4 ou CCR5). Muda conformao: fuso envelopemembrana. 2 tipos de receptores de quimocina: CCR5: HIV-1 M-trpico tem tropismo por ele, infectando Mo, clula dendrtica, LTCD4+; CXCR4: HIV-1 T-trpico tem tropismo por ele, infectando LTCD4+. CICLO REPLICATIVO Aps a entrada do vrus, enzimas so ativadas e comeam a transformar o RNA em DNA (TRANSCRIPTASE REVERSA). levado para o ncleo e a INTEGRASE acopla DNA viral ao da clula. Quando h replicao da clula, o vrus replica e sai por brotamento. Aps a sada, ainda tem a fase da maturao, pela ao da PROTEASE (clivagem). Antes disso, vrus imaturo e no infeccioso (ao de medicamento). CLULAS INFECTADAS Principal: linfcitos T (CCRS e CXCR4) pelo RSHIV e XR4HIV; Macrfagos: pelo RSHIV, 2 mecanismos: 1. GP 120 se liga ao CD4 do Mo; ou

  • 2. Vrus opsonizado por anticorpos anti-GP 120 e poro Fc liga-se ao receptor Fc dos macrfagos. Clulas Dendrticas: 1. Engloba, mas s processa para apresentar; ou 2. Carreia na superfcie, no processa para apresentar antgeno, mas leva ao linfonodo onde infecta clulas T. HIV PATOGENIA 1. Infeco primria de clulas do sangue, mucosa; 2. Estabelecimento da infeco no tecido linfoide, no linfonodo, p. ex.; 3. Sndrome aguda do HIV, propagao da infeco por todo o organismo; 4. Resposta imune (anticorpos) controle parcial da infeco; 5. Latncia clnica; 6. AIDS, outras infeces: muita replicao viral destruio das clulas CD4+. AO INFECTAR LINFCITOS T: 1. Se o linfcito estiver desativado, vrus fica no citoplasma: latncia; 2. Quando LT se ativa, ele se integra ao DNA e o vrus ativado (o LT ativado quando h produo de citocinas pela presena de antgenos); 3. LTCD4+ como morrem? 3 formas: I. morte pela replicao viral (efeito citoptico); II. induo da apoptose; III. expresso de protenas virais no LTCD4+ provoca morte das clulas infectadas por vrus especficos CTLs (HIV-specific CTL). LATNCIA DO HIV - latncia de pr-integrao: ao infectar LT em reparo, a transcriptase reversa no completa; - latncia aps integrao: quando ocorre integrao e a maior parte dos LT morre com a infeco produtiva. Porm, uma parte escapa da lise e volta ao repouso com pr-vrus de memria integrado. Por isso, pode ser impossvel curar paciente com HIV, mesmo que a terapia combinada pare a replicao do HIV. PROGNSTICO DE EVOLUO DA DOENA EM RELAO CARGA VIRAL PARA HIV-1 Carga (RNA/ml) Prognstico < 10000 baixo risco de progresso 10-100000 risco moderado de progresso > 100000 alto risco de progresso SINAIS CLNICOS 1. Sndrome aguda: neurolgicos, dermato, etc. soroconverso: 3-12 semanas (50-70%). - assintomtica/subclnica: faringite, linfadenopatia, febre, anorexia, cefaleia, mialgia, eritema maculopapular, ulceraes cutneas, leucopenia, etc. 2. Fase assintomtica: 2-10 anos. Vrus detectado e eliminado. Faz-se monitoramento constante de linfcitos e carga viral. Terapia prolonga essa fase.

    3. Fase sintomtica: AIDS, taxa de manifestao de 5-7% ano. Perodo varivel. Complexo ARC: febre crnica, fadiga, sudorese noturna, diarreia. Queda de peso, infeco por HSV, VZV, candidase oral (frequncia e severidade de oportunistas elevada). Diminui contagem de LTCD4+. RESPOSTA IMUNE AO HIV - Anticorpos ligam-se ao vrus e impedem fixao aos receptores nas clulas; - LTCD8+: mata clulas infectadas via MHC-I; - LTCD4+: liberao de citosinas e proliferao no contexto do MHC-II; - NK: lise direta de clulas infectadas por reconhecer alterao na clula (falta de receptores MHC-I). TRANSMISSO - Sexual: smen, secreo vaginal, oral, leses maiores; - Sangue e derivados; - Materno-fetal: 90% das crianas; > 50% no 1/3 final ou parto; amamentao. EPIDEMIOLOGIA - Local de maior prevalncia: sul da frica; - Nmero de novas infeces e de mortes por AIDS vem diminuindo e o nmero de tratados. DIAGNSTICO 1. Deteco de anticorpos: ELISA, IF-I, etc; 2. Deteco de antgenos: ELISA para protena p24; 3. Cultivo do vrus: laboratrios BSL III; 4. Carga viral: PCR e PCR em tempo real: determinao do nmero de LTCD4. CURSO DA INFECO: DEPENDE DA CARGA VIRAL E DO ESTADO IMUNE DO PACIENTE ANTIVIRAIS 1. Inibidores da transcriptase reversa: Semelhantes a nucleosdeos: AZT, 3TC, ddI, d4T, ABC; Semelhantes a nucleotdeos: tenofovir; No anlogos de nucleosdeos: nevirapina, efavirenze. 2. Inibidores de protease: saquinavir, indiravin, etc. 3. Inibidores da fuso/entrada: enfuvirtida, maraviroc.

    lymphadenopathy, oral lesions, shingles, headache, condyloma 200-500 CD4+ T-cells per l

    Asymptomatic phase (sporadic fatigue, mild weight loss, thrush)

    Flu-like or mononucleosis-like

    syndrome (lymphoadenopathy)