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Vírus Dengue - saude.rs.gov.br20-%20Assit%EAncia... · Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE Determina uma abordagem sistemática para a prática de enfermagem. Fases

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Vírus Dengue

Família: Flaviviridae

Gênero: Flavivirus

Vírus RNA, polaridade positiva, 11kb 04 Sorotipos (Den 1- 4) - Diferentes genótipos

DEN1: 1-5DEN2: 1-6DEN3: 1-4DEN4: 1-3

Indivíduo 1 (Viremia)

Indivíduo 2 (Sadio)

Período de incubação extrínseco. 8-12 dias

Período de incubaçãointrínseco. 3-15 dias

Transmissão do vírus Dengue pelo mosquito

Aedes aegypti1 dia antes da febre até 6º diada doença

CASO SUSPEITO DE DENGUE (MS):CASO SUSPEITO DE DENGUE (MS):

Febre com duração de até 7 dias Febre com duração de até 7 dias + + dois ou mais dois ou mais sintomas:sintomas:

cefaléiacefaléia

dor oculardor ocular

mialgiamialgia

artralgiaartralgia

prostraçãoprostraçãoexantemaexantema

hemorragiashemorragias

lactente→ toda sintomatologia dolorosa → choro freqüente lactente→ toda sintomatologia dolorosa → choro freqüente

DIFICULDADE DE AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS DIFICULDADE DE AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS E SINAIS NA CRIANÇAE SINAIS NA CRIANÇA

SINAIS DE ALARME:

1. Dor abdominal intensa e contínua2. Hiperêmese persistentes3. Hipotensão postural e/ou lipotímia4. Hepatomegalia dolorosa5. Hemorragias importantes (hematêmese, melena)6. Sonolência, irritabilidade, letargia7. Oligúria8. Diminuição repentina da temperatura corpórea ou

hipotermia e extremidades frias e cianóticas;

COMO CONDUZIR O PACIENTE COMO CONDUZIR O PACIENTE COM SUSPEITA DE DENGUE?COM SUSPEITA DE DENGUE?

DENGUEDENGUECOMO CONDUZIR O PACIENTE DO COMO CONDUZIR O PACIENTE DO

GRUPO AGRUPO A??SEM SANGRAMENTO E SEM SINAIS DE ALARME

- Analgésicos, antitérmicos- Orientar sinais de boa hidratação

- Orientar sinais de alarme – caso surjam, retorno imediato

- Agendar retorno → reavaliação clínica + reestadiamento + coleta de exames

DENGUEDENGUECOMO CONDUZIR O COMO CONDUZIR O GRUPO BGRUPO B??

COM SANGRAMENTO E SEM SINAIS DE ALARME

- retorno para reavaliação em 24h e reestadiamento- orientar sinais de boa hidratação, desidratação e sinais de alarme - retorno imediato para unidade de saúde de referência → caso surjam sinais de alarme- Sorologia ELISA IgM agendada

O PACIENTE TEM SINAIS DE O PACIENTE TEM SINAIS DE ALARME?ALARME?

DENGUEDENGUECOMO CONDUZIR O COMO CONDUZIR O GRUPO CGRUPO C??

COM SINAIS DE ALARME

- Hospitalização- Fase rápida de hidratação: SF ou Ringer Lactato

20ml/kg/h + reavaliações → diurese e estado de hidratação- Fase de manutenção de hidratação (Holliday Segar) + reposição de perdas estimadas – fuga capilar ( SF ou Ringer lactato 50ml/Kg em média ou metade das necessidades basais)- Solicitar: Hemograma Completo, eletrólitos, TGO, TGP, albumina, raio x de tórax, US de abdômen

DENGUEDENGUECOMO CONDUZIR O COMO CONDUZIR O GRUPO DGRUPO D??SÍNDROME DO CHOQUE DA DENGUE (SCD)

- Hospitalização/UTI/monitorização contínua

- Fase de expansão do choque: SF ou Ringer Lactato20ml/kg por 20min + reavaliações

-Fase de manutenção de hidratação + reposição de perdas estimadas - Uso de plasma ou albumina: choque refratário

- Uso de plasma fresco: coagulopatia de consumo

Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE

Determina uma abordagem sistemática para a prática de enfermagem.

Fases do Processo de Enfermagemses do Processo de EnfermagemHistórico de Enfermagem Histórico de Enfermagem (entrevista e exame físico)(entrevista e exame físico)Diagnóstico de EnfermagemDiagnóstico de EnfermagemPlanejamento Planejamento (Prescrição)Implementação Implementação (Execução das prescrições)Evolução (Avaliação)Avaliação)

HISTÓRICO DE ENFERMAGEMHISTÓRICO DE ENFERMAGEM

ENTREVISTA E EXAME FÍSICOENTREVISTA E EXAME FÍSICO

Fazer Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco - GRUPO: A, B, C, D

Iniciar hidratação via oral nos clientes que estão na fila aguardando consulta médica;

HISTÓRICO DE ENFERMAGEMHISTÓRICO DE ENFERMAGEM

ENTREVISTA E EXAME FÍSICOENTREVISTA E EXAME FÍSICO

Data do início dos primeiros sintomas: queixa, duração Histórico (relatado cliente, familiar...) Histórico epidemiológico:viagem a áreas de

endemia ou epidemia, casos de dengue Se o cliente apresentou febre mais de 02 semanas

após a viagem, reavaliar a dengue no diagnóstico diferencial

Verificação de sinais vitais PA ( duas posições), FC, FR, enchimento capilar); CURVA TÉRMICA

HISTÓRICO DE ENFERMAGEMHISTÓRICO DE ENFERMAGEM

ENTREVISTA E EXAME FÍSICOENTREVISTA E EXAME FÍSICO

Estado geral e nutricionalHidrataçãoPerfusão

Pesquisar sinais de alarme Realizar prova do laço na ausência de

manifestações hemorrágicas (Atenção) na 1ª consulta e nos retornos.

PROVA DO LAÇO PROVA DO LAÇO

Garrotear por 3 min (crianças) e 5 min (adultos) mantendo na média da PA

Positiva: 10 ou mais petéquias (crianças) Positiva: 10 ou mais petéquias (crianças)

20 ou mais petéquias (adultos)20 ou mais petéquias (adultos)

Média PA= Média PA= PS+PDPS+PD

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PROVA DO LAÇO POSITIVAPROVA DO LAÇO POSITIVA

HISTÓRICO DE ENFERMAGEMHISTÓRICO DE ENFERMAGEM

ENTREVISTA E EXAME FÍSICOENTREVISTA E EXAME FÍSICO

Uso de medicações: antiagregantes plaquetários, anticoagulantes, antiinflamatórios e imunossupressores.

Antecedentes clínicos de dengue Descartar outras causas de dor abdominal:

apendicite, colecistite, cólica... História patológica pregressa: doenças crônicas

associadas História da doença atual: Cronologia dos sinais e

sintomas; caracterização da curva febril; pesquisa de sinais de alarme.

HISTÓRICO DE ENFERMAGEMHISTÓRICO DE ENFERMAGEM

ENTREVISTA E EXAME FÍSICOENTREVISTA E EXAME FÍSICO

Gestante; Idoso (>65 Anos), crianca;Portadores de: HAS, DM, asma, neoplasias,

imunodeficiências adquiridas (como HIV);Portadores de outras doenças crônicas:

(hematológicas crônicas como anemia falciforme, IRC, auto-imune, DPOC, doença severa do sistema cardiovascular, doença acidopéptica)

Podem apresentar evolução desfavorável devendo ter acompanhamento diferenciado. 

Temperatura: Febre

•Contínua: não há grandes oscilações diárias;•Ondulante: pode alternar períodos de febre ou não;•Defervescência: febre que declina até atingir a temperatura normal •ATENÇÃO: retorno da febre - PERIGO

Ideal: Axilar

Assistência de Enfermagem: Febre

Objetivos- Reduzir a temperatura

Avaliar a evolução clínica

Prevenir crise convulsiva em crianças menores de 05 anos

Manter a hidratação

Proporcionar conforto

Dispor em local de fácil acesso os Valores de Referência da FC bpm

Fatores que interferem: emoções, febre, lipotímia, patologias de base

Rítmo cardíaco: regular e irregular

Pulso-Volume: amplo e cheio ou pequeno ou vazio

SINAIS VITAIS: Freqüência cardíaca- FC

SSVV: Freqüência Respiratória- FR Disponibilizar Valores de Referência da FR rpm nas diferentes faixas etárias

Locais de observação: costal superior (mulher; costal inferior (no homem); abdominal ou diafragmática (na criança)Observar a amplitude: superficial, profunda e normal

Alterações: taquipnéia, bradipnéia, dispnéia ... Rítmo: regular (ortopnéia) e irregular: (apnéia,

Cheyne-Stokes, Kusmauul, Biot, dispnéia) Ruídos: roncos ou estertores, sibilos, dor

(intensidade, local )

SSVV: FR

Cliente sentado ou deitado Contar rigorosamente em um minuto Realizar anotações de enfermagem

SSVV: PA disponibilizar Valores de Referência da PA nas diferentes faixas etárias

Hipertensão, hipotensão Sempre em duas posições(sentado/deitado e em pé) Considerar parâmetros anteriores para insuflar o

manguito devido ao risco maior de lesões de pele: equimoses, petéquias, hematomas e sangramentos vasculares.

Aparelho de verificação rigorosamente calibrado Manguito apropriado

SINAIS VITAIS: PA

ATENÇÃO: Hipotensão arterial; Hipotensão postural; Estreitamento da pressão de pulso; São sinais de gravidade!

DOR

Identificar localização e intensidade: suportável (se há manifestações verbais ou não), gemente, gritando, choro crescente

Duração: contínua ou intermitente

Se há irradiação

Tipo: em pontada, agulhada, compressiva...

Descartar dor relacionada a outras causas- ex. meningite e sinusite

ESTADO MENTAL/NEUROLÓGICO:

Estado de alerta ou de consciência Sonolência ou letargia ou torpor Avaliar quanto ao estado de orientação: Desorientação em tempo e espaço, quanto ao lugar

e pessoas ao redor de si, auto-desorientação Quanto ao humor: apático, alegre, tenso, tranqüilo,

agitado, irritado, ansiosa, triste, deprimido. Pesquisar cefaléia, convulsão, delírio, insônia,

inquietação, irritabilidade, depressão, paresias.

Assistência de Enfermagem: Prurido

Banho (água e sabonete neutro) Compressas umedecidas Cuidados com as unhas Medicação prescrita Cuidados com a pele

Segmentos:- Olhos: dor retroorbitária, fotofobia, olhos

encovados, edema subcutâneo palpebral, hemorragia conjuntival, esclerótica avermelhada, midríase, miose

-Nariz: epistaxe, crostas, lesões, secreções

Epistaxe

Condutas* Aplicar compressa fria sobre a pirâmide nasal e

realizar compressão com o auxílio de gazes.

Segmentos:

- Boca: petéquias de palato, enantema, halitose, palidez, hiperemia, presença de lesões;

- Características da língua: umidade, lesões, mobilidade

-Gengivas: gengivorragia, coloração, edema, dor

Cuidados na gengivorragia*Posicionar o paciente em Fowler alto.* Orientar a higiene oral com escova de cerdas macias ou “bonecas de gaze” com movimentos suaves.* Orientar bochechos com anti-séptico oral não alcoólico.

Evitar a ingestão de alimentos ácidos, duros, fibrosos, grudentos e quentes;

Evitar o uso de fio dentalEvitar o uso de fio dental

Manter o paciente sentado ou em posição semi-Fowler

Assistência de Enfermagem: Dor abdominal

Objetivos- Avaliar a evolução clínica (evolução para formas

graves) Proporcionar alívio a dor Proporcionar conforto ATENÇÃO: dor abdominal persistente e contínua =

sinal de alarme Controlar as complicações (risco de choque)

SEGMENTOS:

GENITAL:Metrorragia, menstruação, polimenorréiaedema, hiperemia, URINÁRIO: hematúria, disúria ...

PERIANAL, RETO e ÂNUS:Sangramentos, hemorróidas, hiperemia, Eliminações: êmese, diarréia ou fezes amolecidas, melena, enterorragia, hematúria.

Controlar e avaliar eliminações atentando para: diurese (presença de hematúria, oligúria e anúria), fezes (melena, enterorragia).

Consulta de Enfermagem Preencher o Cartão do Usuário - DENGUE;

Preencher os impressos: Ficha de Investigação de Dengue + SINAN Orientar retorno para reavaliação no 1º dia sem

febre ou retorno imediato quando apresentar sinais de alerta;

Orientar retorno da criança: desidratação, piora de febre e com 48hs

Orientar referência e contra-referência Alertar sobre medicamentos que não devem ser

consumidos: AAS, Aspirina, Buferin, Sonrisal, Doril, Melhoral;

Exame sorológico DengueElisa IgM

Coleta a partir do 7º dia ISEnvio ao LACEN/RS

SVS/MS

Frente

SVS/MS

Verso

ACHADOS CLÍNICOS

EDEMA GENERALIZADOEDEMA GENERALIZADO

ACHADOS CLÍNICOS

HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA

• Equimose;•Sangramento de mucosas

(epistaxe e gengivorragia);

HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL BILATERAL

Hidratação oral ou venosa?

O importante é : hidratar sempre!!!!

DENGUEDENGUE

NÃO ESQUECER:NÃO ESQUECER:

• Fazer Prova do Laço

• Hidratar sempre• Orientar sinais de alarme

• Notificar

Dengue

MONITORAMENTO → ÓBITO ZEROMONITORAMENTO → ÓBITO ZERO

DENGUE + HIDRATAÇÃO ADEQUADA +DENGUE + HIDRATAÇÃO ADEQUADA +

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Rua Domingos Crescêncio,132, sala 304

Porto Alegre

Fone:51 3901-1160