Visão Estratégica Igreja em Células

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    Viso Estratgica Igreja em Clulas

    A Comunidade Crist de Ribeiro Preto uma igreja em clulas, estruturada sobre o

    discipulado nos grupos de doze. Esta a viso estratgica que delineia nossocrescimento e o pastoreamento do nosso rebanho. Entenda detalhadamente em queconsiste esta viso.

    1. O que uma Igreja em Clulas?

    Uma Igreja em Clulas uma comunidade de cristos baseada em pequenos grupos,que se renem regularmente nas casas, locais de trabalho, escolas e outros lugaresapropriados, com o objetivo de promover evangelismo, pastoreamento, comunho,

    orao e ensino da Palavra de Deus. Neste tipo de igreja, os grupos ou clulas no souma opo entre todos os demais programas e estruturas, mas so a estrutura principal,na qual todos os membros devem estar inseridos.

    2. Quais as diferenas entre uma Igreja em Clulas e uma Igreja Convencional?

    As igrejas convencionais no usam reunir-se em pequenos grupos fora do templo.Quando muito, adotam os pequenos grupos como uma estrutura opcional. Ou seja, omembro escolhe se quer ou no fazer parte de um deles. As atividades desse tipo de

    igreja se concentram no templo. Isso dificulta o crescimento porque, ao invs da igrejacumprir a Grande Comisso indo, ela espera que os perdidos venham. Dificulta a

    comunho, visto que os relacionamentos tendem a tornar-se impessoais medida que aigreja cresce e os membros no tm um espao apropriado para desenvolver amizadese alianas. Dificulta o pastoreamento, uma vez que os pastores tambm no conseguemestar perto o suficiente das ovelhas para supri-las em suas necessidades maisespecficas. Dificulta o exerccio dos dons de cada crente, j que as grandes reunies sprovem espao para uns poucos ministrantes.

    Numa igreja em clulas acontece justamente o oposto. O centro da vida da comunidadeso os pequenos grupos, onde todos podem receber pastoreamento direto de um lder,ser providos de ensino, gozar de uma comunho pessoal com outros membros eexercitar seus dons, j que nas clulas estimulada a participao ativa de todos. Almdisso, o evangelismo se torna mais eficaz, j que a igreja vai at onde est o perdido e

    no fica esperando que ele venha.

    O ambiente informal de uma clula favorece tanto a conquista de pessoas que resistemem ir a um culto no templo, quanto a formao de novos lderes, visto que pessoasdescrentes so acompanhadas de perto e tm ali um espao para o treinamento prtico,

    coisa que no acontece numa igreja convencional baseada em programas.

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    3. Quais as diferenas entre uma Igreja com Clulas e uma Igreja em Clulas?

    Agora temos uma direo de Deus para nos tornarmos uma igreja em clulas. Embora

    no usssemos essa terminologia, nossos grupos caseiros sempre foram clulas nasquais estimulamos (no exigimos) a participao de cada membro. ramos uma igrejacom clulas. Daqui em diante algumas coisas iro mudar. A primeira delas a nfase

    que daremos s reunies caseiras. Elas sero o centro da vida da igreja. J tinham umaimportncia muito grande para ns, mas agora tm mais ainda! das clulasespecialmente que esperamos o crescimento numrico e qualitativo da comunidade.

    No vamos admitir mais a possibilidade de um membro da igreja que no esteja numaclula. Se a igreja em clulas, um membro que no est em clula, no est na

    igreja. Assim, de agora em diante quem no for sua clula ou dela desaparecer por um

    perodo superior a trs meses, ser desconsiderado como membro ativo dacomunidade, perdendo assim todos os direitos como tal (cobertura, pastoreamento,etc...).

    4. Qual a base bblica para o modelo de Igreja em Clulas?

    A Igreja comeou nas casas e terminar nas casas. No processo de restaurao queDeus tem operado atravs dos sculos, a Igreja est fazendo o percurso de volta deRoma para Jerusalm. Diz a Palavra de Deus que a igreja original reunia-se todos os

    dias no templo e de casa em casa(At 2:46,47; 5:42). Quando ela saiu de Jerusalmpara conquistar o mundo, isso no mudou. Embora tenhamos relatos dos apstolosusando lugares pblicos como sinagogas, praas e escolas para expandir o evangelho(At 17:17; 18:4; 19:8,9), era nas casas que os cristos costumavam reunir-se e que avida da igreja desenvolvia-se plenamente (At 12:2; Rm 16:3-5; I Co 16:19; Cl 4:15).

    Diz-se que a primeira clula de evangelismo descrita com detalhes no livro de Atosreuniu-se na casa de Cornlio (At 10:24). Esse gentio recebeu Pedro em sua casa epara isso reuniu sua famlia e amigos ntimos. Ali Pedro pregou a Palavra, houve umgrande derramar do Esprito, todos os presentes se converteram e foram imediatamente

    batizados nas guas.

    O costume de usar reunies caseiras para anunciar o Evangelho no nasceu com osapstolos. Jesus usou este mtodo insistentemente durante todo o seu ministrio (Mt26:6; Mc 2:15). Ele no apenas deu o exemplo prtico, como ensinou os seus discpulosa buscarem sempre uma casa digna para anunciar a Palavra (Mt 10:11-13).

    5. Porque adotar o modelo de Igreja em Clulas?

    O modelo de Igreja em Clulas a grande revoluo eclesistica desse novo milnio.Algum j disse que se trata da segunda reforma. Estamos caminhando de volta para

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    Jerusalm! S isso j seria motivo para abraarmos esta viso. Entretanto, elaapresenta muitos argumentos a seu favor:

    a) As clulas facilitam o relacionamento ntimo entre os membros e o desenvolvimento

    de alianas de companheirismo.

    b) As clulas permitem e promovem um crescimento ilimitado da igreja, uma vez que elano fica restrita s dimenses de um templo.

    c) As clulas fomentam a formao prtica de novos lderes.

    d) As clulas fornecem o ambiente propcio para que cada crente exercite seus dons etalentos, permitindo a participao de todos. A dinmica informal de suas reunies induzat os mais tmidos a se expressarem.

    e) As clulas alcanam com mais facilidade os perdidos, porque vo aonde eles esto eno se revestem do formalismo comum nos templos.

    f) As clulas permitem o acompanhamento pessoal de qualidade, j que todo crente temum lder prximo de si.

    g) As clulas tornam o testemunho da igreja mais abrangente, j que podem espalh-lapor toda a cidade.

    h) As clulas so a maneira mais eficiente (em alguns casos, a nica) de implantao denovas igrejas, especialmente entre os povos no alcanados e cerrados para oEvangelho.

    6. Como surgiu a Igreja em Clulas no Modelo dos Doze?

    A exploso do movimento celular no final do Sculo XX aconteceu com a experincia deDavid Young Cho, na Coria, com sua igreja ultrapassando a marca de um milho de

    membros atravs dos chamados grupos familiares. A partir da, inmeras igrejas aoredor do mundo tm adotado esta estratgia. Uma delas a Misso CarismticaInternacional (MCI), de Bogot, capital da Colmbia. Sob a liderana do casal Csar eCludia Castellanos, esta igreja nasceu em 1984 com oito pessoas na sala de sua casa.A princpio, adotando o modelo coreano, Castellanos experimentou um sucesso limitado,at que Deus lhe deu a estratgia dos grupos de doze. Os detalhes desta experinciaesto narrados no livro Sonha e Ganhars o Mundo, publicado pela Palavra da F Produes.

    A congregao de Castellanos contava com setenta clulas, quando Deus lhe deu o

    modelo dos doze, em 1991. De l para c esse nmero se multiplicou muitas vezes ehoje a MCI tornando-se uma das maiores comunidades evanglicas do planeta.

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    A experincia no ficou confinada em Bogot. Milhares de pastores de todo o mundo (eespecialmente do Brasil) foram Colmbia e abraaram a viso para suas igrejas,experimentando a partir da um crescimento que antes no conheciam.

    Foi tambm este caminho que fez a Comunidade Crist de Ribeiro Preto. Embora notenhamos a viso celular como uma estratgia fechada ou esttica, nos inspiramos naexperincia da MCI em Bogot, assim como de outras igrejas com organizaosemelhante ao redor do mundo, em especial o Ministrio Internacional da Restaurao,de Manaus/AM, que nos serviram de modelo e incentivo nos primeiros anos, para depoistrilharmos nosso prprio caminho sobre as bases dessa estratgia.

    7. Quais os pilares desta viso?

    Este modelo se baseia em quatro pilares fundamentais: GANHAR, CONSOLIDAR,DISCIPULAR e ENVIAR. Uma maneira didtica de ilustrar isso a Escada do xito ouEscada do Sucesso, na qual cada degrau representa uma verdade e para cada verdadeexistem ferramentas especficas.

    Todo crente, desde que se converte, deve ser desafiado e estimulado a conquistar cadadegrau da Escada do xito. Todos devem fazer do ganhar os perdidos seu estilo devida. No se trata de um dom ou privilgio de alguns, mas de uma ordem que Jesus deu

    a todo cristo.

    Depois de ganho, o novo convertido precisa ser consolidado. Consolidar , segundo osdicionrios, firmar, tornar permanente, sedimentar. Todo aquele que nasce de novo

    deve ser considerado um beb espiritual e precisa de algum que o acompanhe e lhe do leite espiritual e o amparo para sua sobrevivncia. Este o papel de um consolidador.Mais adiante voltaremos a este assunto, analisando-o mais detalhadamente.

    Uma vez consolidado, firme numa clula e batizado, o novo convertido deve entrar numprocesso de discipulado, onde atravs do relacionamento prtico com um lder e do

    ensino, seu carter ser trabalhado e seu ministrio formado a fim de que ele tambmse torne um lder na Casa de Deus. Nesta viso, todos so chamados para liderar. O

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    lema cada casa uma igreja, cada crente um ministro.

    O objetivo de todos chegar a um ponto de maturidade e confiabilidade em que possamser enviados. Este o ltimo degrau da Escada do xito. Quando algum se dedica em

    vencer os degraus anteriores, certamente chegar ao ponto de ser enviado por seu lderpara comear sua prpria clula, depois para formar o seu grupo de doze discpulos e,se o seu ministrio for comprovadamente frutfero, pode tornar-se um obreiroparcialmente remunerado, um pastor de tempo integral, ou um missionrio enviado paraplantar igrejas em outras cidades e naes.

    8. O que uma Clula?

    Segundo a Biologia, a clula a estrutura mais bsica e fundamental dos organismos

    vivos. atravs das clulas que o corpo humano cresce e a vida se renova a cadasegundo. Isso se d porque cada clula contm em si todas as informaes genticasdaquele corpo e se submete ao interesse geral do organismo como um todo. Issosignifica que por uma clula se pode conhecer a identidade de todo o corpo.

    Quando uma clula do corpo humano se rebela, decide seguir seu prprio caminho

    independente dos interesses gerais de todo o organismo, temos a um cncer. Se estaanomalia no for seriamente tratada, resultar seguramente em morte.

    Voc sabe porque as pessoas envelhecem? Porque as indesejadas rugas aparecem ecom elas as funes orgnicas vo se tornando mais dbeis? Basicamente, porque asclulas vo diminuindo o seu ritmo de multiplicao e a vida no se renova na mesmavelocidade que antes.

    Bem, usar o termo clula para descrever uma estrutura de crescimento e edificao da

    igreja bem apropriado, embora no se possa encontr-lo na Bblia. Nos tempos emque ela foi escrita, a Cincia no havia chegado a este ponto de conhecimento eningum entenderia esse termo. Hoje, porm, sabemos bem mais e podemos utilizar ariqueza dessa figura.

    Na igreja, uma clula uma pequena estrutura, definida, formada por um grupo limitadode pessoas, que expressa a vida de toda a comunidade e segue o seu propsito. Suafuno fundamental, como no corpo, multiplicar-se, produzindo o crescimento,mantendo a sade e renovando a vida. Na prtica, trata-se de grupos que se renemnas casas, escolas, escritrios ou qualquer outro lugar conveniente, para pregar oevangelho, ganhar e consolidar vidas para Cristo.

    9. Quais os objetivos de uma Clula?

    Uma clula existe para multiplicar-se. Lembre-se que a igreja um corpo em

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    crescimento. Por isso, as clulas tm que se voltar prioritariamente para a multiplicao.Se isso no acontece, temos uma sria disfuno.

    Quando falamos em multiplicao, no nos referimos apenas ao crescimento interno da

    clula, ou seja, ao aumento do nmero de seguidores. Embora isso tenha que acontecersempre, no cumpre em si o seu objetivo bsico que multiplicar-se em outras clulas.Isso quer dizer que o lder bem sucedido no aquele que consegue ter uma enormeclula, mas aquele que multiplica a sua em vrias outras, no menor espao de tempopossvel.

    Para alcanar a meta da multiplicao, a clula precisa investir todo o tempo emevangelismo. Se no ganhar vidas, ela nunca poder multiplicar-se. Isso requer umadrstica renovao de mente nos crentes antigos, visto que esto acostumados areceber e receber. Na clula, todos tero que dar, que orar, que evangelizar, que pensarem estratgias criativas, sempre visando a conquista dos perdidos.

    Como se trata da estrutura bsica da igreja, a clula contribui tambm com os demaispilares da viso. Alm de ser uma estrutura especializada em GANHAR gente, ela ajudaa CONSOLIDAR, uma vez que os novos convertidos so imediatamente inseridos emseu seio e ali recebem apoio, ensino, relacionamento, orao e encorajamento. Almdisso, a clula associa-se Escola de Lderes (que chamamos hoje de Escola deCrescimento) para DISCIPULAR ou TREINAR seus membros, sendo o espao no qual oministrio de cada um poder se revelar e ser aperfeioado de maneira prtica.

    O apascentamento do rebanho, o ensino e a disciplina tambm ocorrem no ambiente daclula, embora sejam feitos de uma maneira mais profunda nos grupos de discipulado(ou Grupos de Doze).

    Finalmente, na clula que se atinge o quarto degrau da Escada do xito, o ENVIAR.Quando um discpulo corresponde com sua vida e disposio, passando por todo otreinamento necessrio e mostrando-se frutfero, ele enviado para comear uma novaclula.

    10. Qual a estrutura de liderana de uma Clula?

    Uma clula precisa basicamente de um lder, um auxiliar e um anfitrio. O lder oresponsvel pela direo da clula e pastoreamento direto de seus membros. Elenecessariamente tem que fazer parte de um grupo de doze e estar debaixo da lideranade algum.

    O auxiliar ou co-lder um lder em treinamento, algum que tem correspondido em

    interesse e aliana e pode assumir responsabilidades secundrias, inclusive ajudandona direo das reunies. Normalmente esse co-lder (muitos o chamam de Timteo)

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    ser o primeiro a ser enviado para comear uma nova clula, quando estiver pronto paraisso.

    O anfitrio a pessoa que abre sua casa ou disponibiliza o local para as reunies da

    clula. Ele precisa ter, portanto, um compromisso j assumido com Jesus e liberdadepara usar aquele espao sem embaraos ou contra-testemunhos.

    No caso das clulas de casais, tambm a liderana formada por casais. Ento teremosum casal de lderes, um casal de co-lderes e um casal de anfitries. Alis, sempretrataremos os cnjuges nestas clulas como se fossem uma pessoa s, para efeitos decontagem.

    Em relao ao papel de co-lder, ele pode ser exercido em conjunto por duas ou trspessoas (ou casais), desde que haja gente se apresentando com potencial para isso naclula. Esta a maneira mais prtica de desenvolver habilidades de liderana na vidadaqueles que almejam o ministrio. Normalmente esses auxiliares estaro cursandoparalelamente a Escola de Lderes (Escola de Crescimento) e logo devero estarprontos para ser enviados.

    11. Porque trabalhar com Clulas homogneas?

    Ns trabalhamos com clulas homogneas, ou seja, clulas s de casais, s dehomens, s de mulheres, s de rapazes, s de moas, s de juniores e, em casosespeciais, com clulas s de crianas (com liderana adulta). Por homogneoentendemos um grupo de pessoas afins, com caractersticas marcantes em comum.

    A experincia tem demonstrado que, quanto mais homognea for a clula, maior sersua eficcia em ganhar vidas. Em Bogot, a MCI trabalhou por vrios anos com gruposheterogneos (mistos), mas o resultado de multiplicao ficou bem abaixo do que temsido atingido com clulas homogneas.

    Trabalhar assim traz diversas vantagens. Em primeiro lugar, as pessoas se sentem mais

    vontade em grupos homogneos. No raro acontecer de jovens ou adolescentesficarem retrados quando esto participando de grupos com seus pais. Homens podemse abrir com maior facilidade quando esto entre homens, sem a presena de mulheres.Isso diz respeito tanto aos antigos crentes, quanto aos visitantes ou novos convertidos.Em segundo lugar, trabalhar com clulas homogneas expande o potencial de lideranana igreja. Homens, mulheres, rapazes, moas e adolescentes podem ser usados comolderes porque tero que orientar pessoas afins. Se trabalhssemos com clulasheterogneas, eliminaramos a possibilidade de usar como lderes as mulheres e osjovens, pois acreditamos no ser adequado um rapaz ou uma moa responder pelo

    pastoreamento de um grupo onde houvesse casais? Que autoridade este lder teria?Seria conveniente uma mulher, ainda que adulta, madura e capaz, aconselhar ou

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    orientar homens casados ou rapazes solteiros? No estaramos a transgredindo umprincpio bblico (I Tm 2:12)? Com as clulas homogneas, porm, esse potencial deliderana que est latente na igreja pode ser usado, jovens pastoreando jovens,mulheres cuidando de mulheres e homens acompanhando homens.

    O terceiro ponto a favor dos grupos homogneos a possibilidade de se trabalhar comas pessoas dentro de suas necessidades mais especficas, falando sua linguagem etratando dos assuntos que lhe so mais pertinentes. Assim, numa clula de jovens sepode gastar mais tempo falando da seduo das drogas ou da fornicao, por exemplo,assunto que no seria to interessante para casais ou que teria que receber uma outraabordagem.

    Alguns podem ter a preocupao de que a homogeneidade das clulas desagregue afamlia. Isso realmente poderia acontecer se o assunto famlia fosse esquecido nasclulas e se no houvesse outros espaos onde pais e filhos, esposos e esposaspudessem buscar a Deus juntos. Nesta viso, porm, famlia uma pea-chave e alvo aser trabalhado todo o tempo, nas grandes reunies, em eventos especficos (comoretiros e encontros) e nas prprias clulas. Alm disso, na grande celebrao semanal,toda a famlia ter oportunidade de adorar e aprender junta.

    Pense numa igreja convencional, com Escola Dominical e tudo. O fato de separar aspessoas em classes por suas faixas etrias desagrega as famlias? De forma alguma!Tampouco isso acontecer com as clulas homogneas.

    12. Onde e quando se renem as Clulas?

    As clulas podem reunir-se em diversos locais e em vrios dias e horrios. Entretanto,cada clula precisa ter o seu lugar e dia de reunio fixos. Isso pode acontecer numaresidncia (o mais comum), numa fbrica, num escritrio, numa escola ou em qualqueroutro lugar onde haja liberdade e ambiente apropriado para que a reunio transcorrasem entraves.

    No nosso caso, damos liberdade para que cada clula defina sua opo, evitandoapenas clulas nas noites de segunda-feira (reservadas para os Grupos de Doze) e dequinta e domingo (quando acontecem as reunies gerais da igreja). Isso, entretantopode mudar, medida que avanamos na experincia das clulas e vamos adequandonossas programaes de maneira mais eficaz.

    Deve-se ter o cuidado na escolha dos locais de reunio, a fim de que a clula goze detoda a liberdade e no tenha o seu trabalho comprometido pelo ambiente. Um jovemsolteiro, por exemplo, que queira oferecer sua casa para reunies, precisa ter a

    concordncia irrestrita de sua famlia e, inclusive, a sua cooperao para um ambienteapropriado. Esse cuidado deve ser observado em todos os casos.

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    13. A partir de que momento uma Clula considerada consolidada?

    O fato de se enviar trs irmos (um lder, um auxiliar e um anfitrio) para comearemuma clula no significa que esta clula vingou. Ela tem que ser confirmada,consolidada. H uma possibilidade de que seus componentes no trabalhem bem e elafique estagnada ou mesmo se desintegre. Por isso vamos trabalhar com trs nveis naavaliao de uma clula: em implantao, consolidada e madura.

    Uma clula ser considerada em implantao at que tenha pelo menos trs pessoas(ou casais) comprometidos e batizados. A partir da ela ser considerada uma clulaconsolidada e trabalhar para atingir seu ponto de maturao que a multiplicao.Quando uma clula no se desenvolve ou fica estagnada por muito tempo, providnciasprecisam ser tomadas. Isso responsabilidade do discipulador de doze que cobre

    aquela clula. Ele deve investir em orao e orientao junto ao lder para que haja umrompimento. Se isso no acontecer, a liderana da clula pode ser mudada ou mesmoseus membros serem transferidos para outras clulas, extinguindo-se a clulaimprodutiva.

    14. Qual o papel de um lder de Clula?

    Ser um lder de clula deve se tornar o objetivo de cada crente na igreja. Isso porque serum lder de clula ter a possibilidade de fazer discpulos e isso corresponde

    comisso que Jesus deixou a todos os cristos. Entretanto, h exigncias para quealgum chegue a esta funo e responsabilidades que lhe sero cobradas quandochegar.

    Para ser enviada como um lder de clula, a pessoa precisa ser aprovada em seutrabalho e testemunho por aquele que a lidera na clula de origem. Precisa, portanto,mostrar-se disposta, ensinvel e submissa, trabalhando na clula, ganhando econsolidando vidas e cooperando naquilo que lhe for requisitado. Alm disso, ela precisacursar a Escola de Lderes (de Crescimento) e ser aprovada ali.

    Uma vez enviada como lder de clula, esta pessoa precisar corresponder a uma sriede responsabilidades e para isto ela ser orientada e coberta pelo lder que a enviou. Aoser enviada, esta pessoa passa automaticamente a ser um dos doze discpulos de seulder (de modo provisrio, enquanto sua clula ainda no est consolidada, edefinitivamente quando isso j tiver acontecido).O que se exige de um lder de clula?

    a) Que ele comande, incentive e coordene os membros da clula na sua tarefa principalque ganhar vidas.

    b) Que ele dirija as reunies e atividades da clula ou monitore seus auxiliares nesta

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    tarefa.

    c) Que ele pastoreie diretamente os membros de sua clula, mantendo no mnimo umcontato semanal com cada um deles. Se um discpulo falta reunio da clula, o lder

    tem a obrigao de encontr-lo at o dia seguinte, ainda que seja por contato telefnico.

    d) Que ele se esforce por ganhar e consolidar vidas e leve os membros da clula afazerem o mesmo. Seu papel encher o corao de seus liderados de amor pela viso,entusiasmando-os a viv-la.

    e) Que ele envie o maior nmero de membros de sua clula para as Escolas de Lderes,a fim de que a multiplicao seja sempre possvel. Para isto ele deve encorajar e cobrardos membros disposio e acompanhar o progresso daqueles que aceitam o desafio.

    f) Que ele proveja aconselhamento para os membros de sua clula e leve os casos maissrios ou complexos ao conhecimento de seu discipulador, para que este intervenha oulhe oriente no procedimento a tomar.

    g) Que ele apresente mensalmente todos os relatrios de presena e atividades daclula, de maneira organizada e precisa. Para isso, ele pode nomear pessoas na clulaque o auxiliem.

    15. Qual a dinmica de uma reunio de Clula?

    Uma reunio de clula precisa ter como alvo os no convertidos. Estamos falando,portanto, de pessoas que no conhecem a Palavra, no tm ainda um compromisso etalvez estejam receosas do que lhes vai acontecer. Exatamente por isso, a reunio deveser leve, objetiva e o mais informal e descontrada possvel.

    O primeiro cuidado que devemos tomar com o tempo. Uma reunio de clula deve ter,no mximo, uma hora e meia (idealmente, uma hora). melhor deixar o visitante comum gostinho de quero mais do que enfadado e preocupado com o relgio.

    No queremos engessar o mover de Deus, mas importante ter um roteiro para umareunio de clula normal. Eis uma base do que deve acontecer:

    - BOAS-VINDAS O lder rapidamente promove a apresentao dos visitantes e lhesd as boas-vindas.

    - LOUVOR (10 min.) Canta-se uma ou duas msicas (nos grupos onde no h quemtoque, pode-se usar um CD e acompanh-lo) ou pode-se apenas ter um perodo deorao e gratido.

    - QUEBRA-GELO (5 min.) Alguma dinmica que promova a descontrao do grupo,

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    especialmente quando h visitantes (Exemplo: Pedir a cada um que resuma em umafrase o que de mais importante lhe aconteceu durante a semana ou abrir oportunidadepara alguns testemunhos breves) ou uma pequena reviso da mensagem ministrada noltimo fim-de-semana na igreja.

    - MINISTRAO DA PALAVRA (30 min.) O lder ou aquele que ele previamentedesignar trar uma Palavra, sempre com desfecho evangelstico. Essa mensagemnormalmente ser um desenvolvimento do que foi ministrado na grande celebrao dodomingo. Eventualmente os lderes estaro liberados para trazerem algo que elesmesmos prepararam.

    - APELO E ORAO DE ENTREGA (5 min.) Sempre que houver algum visitante nocrente, um apelo claro deve ser feito, dando a oportunidade para que ele receba asalvao. Se isso acontecer, o visitante deve ser conduzido numa orao de entrega equem o trouxe j deve providenciar sua consolidao.

    - PERODO DE ORAO (10 min.) Tempo de intercesso pelas necessidadesespecficas de cada pessoa e pelos alvos da clula.

    16. Quais as diferenas entre uma Clula e um Grupo Caseiro convencional?

    Fomos acostumados por muitos anos com a dinmica de grupos caseiros que visavammuito mais o crente do que o perdido. Sua nfase principal era edificao, ensino,comunho e pastoreamento. Nas clulas, embora estas coisas aconteam, o objetivomaior ganhar vidas para Cristo.

    Um lder de grupo bem sucedido entre ns era aquele que conseguia ajuntar muitasvidas em torno de si e, portanto, tinha um grupo numeroso. Na clula, isso pode sersintoma de fracasso, pois o objetivo maior multiplicar, enviando novos lderes parainiciar novas clulas.

    Um lder de clula deve buscar ganhar vidas e direcionar o maior nmero possvel

    dessas vidas ganhas e consolidadas para as Escolas de Lderes, onde sero treinadaspara a multiplicao. Aqueles que este lder enviar formaro paulatinamente o seu grupode goze (G-12). Sero, portanto, seus discpulos, lderes sob sua superviso direta. Emltima anlise, cada lder deve levar sua clula a reproduzir-se doze vezes, no menorespao de tempo possvel.

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    Para atingir seus objetivos, todos os membros da clula devem ser envolvidos em muitotrabalho. Eles no esto ali para receber, mas para produzir. Por isso, todos devem orar,todos devem trazer visitantes e todos devem estar treinados e envolvidos no ministriode consolidao. papel do lder, portanto, contagiar seus liderados com a viso, a fimde que todos sejam encorajados a produzir frutos e envolver-se no trabalho.

    17. O que so as Redes?

    Uma Igreja em Clulas no Modelo dos Doze organizada em redes especficas. Demaneira simples, uma rede o ajuntamento de todas as clulas que esto debaixo deuma mesma homogeneidade. Assim, a Rede de Casais composta pelas clulas decasais da igreja e coordenar o seu avano estratgico, promovendo tambm

    seminrios e encontros de casais, organizando grandes eventos de colheita para casaise mantendo a sua reunio geral (que pode ser semanal ou mensal, de acordo com osinteresses e a estrutura da igreja). Tudo sempre visando em ltima anlise ganhar vidas!O mesmo acontecer com as redes de jovens, juniores, homens, mulheres, crianas,etc...

    Os cabeas ou lderes de redes sero pastores ou discpulos diretos destes. Eles tero odesafio de tornarem-se especialistas naquela rea. Seu trabalho ser desenvolverestratgias gerais, estabelecer metas, organizar Encontros, Escolas de Crescimento e

    outras programaes dentro dos interesses da rede, alm de comandar as reuniesgerais e os grandes eventos.

    18. O que e como funciona a Consolidao?

    Como dissemos no incio, consolidar firmar na f o novo convertido, confirm-lo comoum verdadeiro crente em Jesus. Esse processo comea no momento da sua deciso,passa pelo batismo e vai at o trmino do Ps-Encontro.

    Para que isto funcione a contento, h um ministrio organizado na igreja que treina eaciona os consolidadores na medida da necessidade.

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    Quando uma pessoa confessa Jesus como Senhor, seja numa grande reunio da igreja,numa clula ou num evento de colheita, o Ministrio de Consolidao ser acionadopara dar-lhe as primeiras instrues e preencher uma ficha de consolidao com os

    dados da pessoa. Essa ficha ser distribuda no dia seguinte para um consolidador quefar imediatamente um contato telefnico (fonovisita) e marcar uma visita dentro de

    no mximo sete dias. A partir da, munido com o material apropriado, este consolidadorfar uma srie de oito visitas, uma por semana, ministrando assuntos bsicos da fcrist, orando pelo novo convertido e encorajando-o a envolver-se com a vida da igreja.

    O papel bsico do consolidador nesse perodo em termos prticos ser levar o novoconvertido a freqentar uma clula (normalmente a sua), conduzi-lo ao Pr-Encontro,Encontro e Ps-Encontro e, finalmente, a ser batizado. A partir desse ponto, o lder daclula assume a responsabilidade por cobrir o novo membro e o consolidador estarlivre para trabalhar com outras vidas.H vrias estruturas que cooperam juntamente para a consolidao dos bebsespirituais. O consolidador pessoal, a clula, o Pr-Encontro, o Encontro e o Ps-Encontro se juntam para firmar a f do novo crente e desenvolver suas razes na Casade Deus.

    fundamental que o maior nmero de membros da clula, se possvel todos, sejamtreinados como consolidadores. Isso influenciar diretamente no crescimento da clula eevitar que alguns poucos fiquem sobrecarregados, assistindo todos os novos

    convertidos que chegam. Esse treinamento acontece com aqueles que passam pelaEscola de Lderes, mas periodicamente ser dado tambm parte como um seminriopromovido pela liderana do Ministrio de Consolidao. Cabe ao lder da clula estaratento s datas destes seminrios e enviar aqueles que ainda no foram treinados.

    19. O que o Pr-Encontro?

    Uma das ferramentas de consolidao o Pr-Encontro. Trata-se de uma srie dequatro palestras, uma por semana, voltadas para os novos convertidos e que visam

    confirmar sua deciso, esclarecer verdades fundamentais como Salvao, NovoNascimento, Benefcios da Cruz e Libertao e motiv-lo a ir ao Encontro.

    papel do consolidador e do lder de clula levar o novo convertido a participar do Pr-Encontro e ir ao Encontro. Por isso, devem estar atentos ao calendrio da igreja e, senecessrio, acompanhar o candidato nas ministraes do Pr.

    20. O que o Encontro?

    O Encontro tremendo! Trata-se de um retiro muito especial de trs dias, onde aspessoas sero levadas a uma forte experincia na presena de Deus. Procura-se

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    manter a dinmica do Encontro em segredo, sem dizer como as coisas acontecero l.

    Entretanto, podemos e devemos dizer o que acontecer, como uma forma de derrubar

    ansiedades e suspeitas em quem vai ou nos crticos que esto de fora.

    No Encontro, as pessoas so ministradas nas reas de arrependimento, santidade,perdo, cura emocional, libertao, quebra de maldies, restaurao familiar,enchimento do Esprito Santo e frutificao. Isso no precisa ser segredo para ningum.O que se deve manter em sigilo a dinmica das ministraes, at porque elas mudamde Encontro para Encontro. Deve-se, porm, evitar usar o segredo como uma forma degerar receio e ansiedades na vida de quem ainda vai. Toda expectativa gerada deve serpositiva e no mstica.

    21. O que o Ps-Encontro?

    O Ps-Encontro finaliza o processo de consolidao. Ele comea na semana seguinteao Encontro e dura algumas semanas, com uma ministrao semanal. So aulascoletivas sobre temas muito importantes para o novo crente, entre eles: Como Enfrentaro Mundo; Vida de Orao; Relacionamentos; Palavra de Deus; Sexualidade; Igreja eBatismo.

    Durante este perodo de dez semanas, o novo convertido ter oportunidade de serbatizado nas guas, confirmando sua opo de seguir a Cristo e comprometer-se com aigreja.

    22. O que o Reencontro?

    Se o Encontro visa atingir o novo convertido, o Reencontro atingir o novo lder. Trata-sede um retiro espiritual de trs (03) ou quatro (04) dias, do qual participaro apenasaqueles que esto na Escola de Lderes e que j concluram o seu primeiro nvel (os trsprimeiros meses). Teoricamente essas pessoas esto comeando ou prestes a comearsuas prprias clulas e precisam faz-lo debaixo de uno e graa.

    No Reencontro, elas so ministradas em nveis mais profundos em reas como cura ecrescimento emocional, guerra espiritual, responsabilidades diante do mundo,consagrao, tica, frutos e dons do Esprito Santo. Haver sempre uma forte nfase emorao e em ministraes com imposio de mos.

    23. O que a Escola de Lderes ou Escola de Crescimento?

    Diz-se que a Escola de Lderes o corao da viso. Sem ela, a multiplicao dasclulas entra em colapso pela falta de novos obreiros.

    A Escola um treinamento prtico que serve ao terceiro degrau da Escada do xito, o

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    DISCIPULAR. Ela dura nove (09) meses e dividida em trs (03) nveis com durao detrs (03) meses cada. So duas (02) horas semanais de ministrao, sendo uma aulacom sentido doutrinrio e um de formao.

    Na verdade, vrias Escolas de Crescimento devem funcionar paralelamente e novasEscolas devem estar comeando periodicamente para receber os novos crentes quevm do processo de consolidao. Elas devem ter de trinta (30) a cinqenta (50) alunose, idealmente, devem servir s Redes (Escolas de homens, mulheres, casais, jovens,etc...).

    Como numa escola normal, o aluno receber ministraes, ter tarefas a cumprir e seravaliado no seu aprendizado atravs de provas e trabalhos. Um desempenho mnimolhe ser exigido e, caso ele no atinja a mdia, entrar num processo de recuperao oumesmo ter que repetir o treinamento.

    Nesta viso, todos so desafiados a tornarem-se lderes. Por isso, todos devem passarpela Escola de Lderes a fim de receberem o treinamento adequado.

    24. O que se ensina na Escola de Lderes?

    A Escola de Lderes no se prope a ser um curso de profunda formao teolgica, nema preparar pastores. Trata-se de um treinamento simples e prtico cujo objetivo forjarlderes de clulas. Sua principal inteno fazer do novo convertido um ganhador dealmas, aproveitando seu entusiasmo e potencial de relacionamento com os perdidos.

    O que fazamos antes? Com todas as nossas boas intenes, sentvamos o novoconvertido num banco durante bastante tempo e enchamos sua cabea com muitoconhecimento terico. Queramos gerar qualidade, mas no percebamos que quando olidervamos para algum ministrio ele j havia perdido a fora do primeiro amor e osvnculos com amigos descrentes. Resultado: improdutividade.

    Agora o crente j nasce com a viso de ganhar vidas e tornar-se um lder. Com dois

    meses converso ele j poder estar na Escola de Crescimento e em menos de um anoter iniciado sua clula, desde que pague o preo e seja fiel.

    Exatamente por isso, o curso oferece um programa de ensino simples, voltado paraquestes prticas. Em nove meses, o aluno ter de fato recebido tudo o que precisapara ser um bom lder de clula. Depois disso, se ele quiser crescer no ministrio e atchegar a ser um pastor, receber treinamento mais aprofundado, alm de estar todo otempo sob um discipulado intenso e pessoal num Grupo de Doze, onde seu carterestar sendo continuamente aperfeioado e seu conhecimento ampliado.

    Em cada perodo da Escola, haver uma nfase especfica. No primeiro nvel, o foco

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    colocado no novo crente e as bases para sua vida com Deus. No segundo nvel, anfase a clula e a viso. No terceiro nvel, o lder e seu chamado.

    O material que usamos para este curso so os livros da srie "Liderana para a ltima

    Colheita", escritos pelo Pr. Danilo Figueira e adotados em inmeros ministrios no Brasile exterior.

    25. Escola de Lderes suficiente para um bom discipulado?

    O fato de uma pessoa passar pela Escola de Lderes (de Crescimento) e ser aprovadanas avaliaes tericas no lhe garante espao no ministrio. Alm de conhecimento,um lder precisa ter vida e experincia com Deus. Isso s ser conseguido atravs deuma parceria entre a Escola de Lderes e a clula. Na primeira ele recebe informao,

    na segunda coloca em prtica o que recebeu e orientado de maneira pessoal.Poderamos dizer que o professor da Escola ensina, mas o lder de clula que forma,que discipula.

    Quando um lder consegue enviar algum para a Escola, precisa monitorar essa pessoade perto e acompanhar todo o seu processo de treinamento com muito interesse eparticipao. O lder da clula o maior interessado em que esta pessoa rompa, poisassim ela contribuir para que seus maiores objetivos sejam alcanados: multiplicar aclula e formar o seu Grupo de Doze.

    preciso que haja uma comunicao constante entre o lder do aluno e o seu professor.Assim, ele ser encorajado, ajudado em suas dificuldades e usado na clula, medidaque progride na Escola.

    Esse treinamento prtico fundamental. Na sua clula, o aluno da Escola de Lderesdeve usar toda a teoria que est recebendo. Ali o seu estgio, o campo de provas

    onde ele precisa demonstrar que est crescendo e no apenas inchando comconhecimento. De nada adiantar ele ter boas notas, se no est ganhando almas,consolidando e participando de maneira intensa na vida da Clula.

    Outro fator importante o tratamento do carter. Embora na Escola de Lderes aspessoas recebam ministraes nesta rea, na clula e no relacionamento pessoal como discipulador que elas sero tratadas. Por isso importante que ele interfira em todasas reas da vida do discpulo, mostrando-lhe o que precisa ser mudado ou ordenadopara se tornar confivel e vir a ser enviado. Sem esse tratamento pessoal zelosopoderemos ter pessoas com conhecimento suficiente, mas de testemunho deficiente naliderana das clulas. Isso seria um desastre!

    26. O que um Grupo de Doze?

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    Um grupo de doze um grupo homogneo de discpulos, formado por doze pessoasafins sob a cobertura de um discipulador. Da veio o termo popular G12. Trata-se daestrutura que d qualidade e unidade igreja nesta viso. Absolutamente todos os

    lderes de clula fazem parte de um grupo de doze e, portanto, esto sob a autoridade eo discipulado direto de algum. Isso trata suas vidas, molda seu carter e protege contraos enganos e a independncia. Os membros da clula podem estar tranqilos porquesabem que seu lder algum quebrantado e que anda em submisso.

    O Grupo de Doze, portanto, um grupo de discipulado. Um lder estar investindo suavida em doze outros lderes, que sero a extenso do seu ministrio. A palavra-chaveaqui relacionamento. Ele tem que andar junto com seus discpulos, de tal maneira

    que os conhea profundamente e os influencie com sua vida, experincia e testemunho.

    O Grupo de Doze um grupo de trabalho, uma equipe que deve frutificar. Esse umprincpio fundamental! Ningum faz parte dele por amizade ou simpatia, mas por terassumido o compromisso de dedicar-se viso e ganhar vidas. Exatamente por isso,apenas pessoas dispostas a trabalharem na liderana fazem parte dos Grupos de Doze.Quem no quiser pagar o preo do ministrio, ficar em sua clula apenas sendoapascentado, sem assumir maiores responsabilidades, mas estar sempre sendolembrado que no est cumprindo o principal chamado de Deus para sua vida.

    Em termos prticos, para que algum chegue a ser inserido num Grupo de Doze,

    precisa estar subindo a Escada do xito. Pense num novo convertido. Ele ter que serconsolidado, assumir compromisso com uma clula, comear a ganhar vidas econsolid-las, ingressar na Escola de Crescimento, passar bem pelo treinamento ecorresponder ao seu lder com mudana de vida e submisso, ser enviado a fim deiniciar sua. Quem est trilhando esse caminho, pode e deve ser inserido num Grupo deDoze, especialmente a partir do momento que abre sua prpria clula.

    27. Quais as diferenas entre uma Clula e um Grupo de Doze?

    Muitas pessoas confundem o Grupo de Doze com a clula, mas h diferenasfundamentais. Em primeiro lugar, a clula aberta e dinmica. Quanto mais gentechegar, melhor. Qualquer pessoa ser bem-vinda nas suas reunies. J o Grupo deDoze fechado, restrito apenas aos seus doze membros (quando o grupo j estcompleto).

    O papel bsico da clula evangelizar, ganhar vidas. No G-12 a nfase discipulado,ou seja, formar vidas. Ali se trabalha profundamente o carter e o ministrio dosdiscpulos. A meta lev-los excelncia em tudo.

    O dinamismo da clula faz com que sua freqncia seja constantemente renovada.

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    Enquanto uns saem para comear novas clulas, outros chegam atravs doevangelismo. J o Grupo de Doze fixo, esttico. Uma vez formado, ele no deve sermudado mais. Se isso vier a acontecer, ter sido uma exceo.A responsabilidade que est sobre um Grupo de Doze muito grande. Trata-se de um

    grupo de lderes! Exatamente por isso, formar um requer dedicao e tempo. Uma clulapode ser formada da noite para o dia, mas o amadurecimento de um Grupo de Dozecustar meses, talvez at anos de trabalho.

    28. Como se forma um Grupo de Doze?

    A clula o canteiro de onde os doze surgiro. Imagine que voc seja o lder de umanova clula. Seu trabalho inicialmente ser ganhar vidas e consolid-las. medida quevoc obtm sucesso nesta misso, seu desafio ser enviar pessoas da clula para a

    Escola de Lderes (de Crescimento). No todo mundo que corresponde logo a estechamado. Lembre-se que so nove meses de treinamento. Pois bem, aqueles queaceitarem fazer a Escola merecem mais da sua ateno. Voc deve acompanh-lospessoalmente em todo o processo de treinamento e, paralelamente, traz-los mais paraperto a fim de conhec-los e tocar em suas vidas.

    Chegar o momento em que voc sentir segurana em enviar um destes como lderpara dar incio a uma nova clula. Ele tem sido dinmico, submisso e esforado. Jpassou pelo menos para o segundo nvel da Escola e deve fazer o Reencontro. Muitobem, quando voc envia esta pessoa, potencialmente ele j o primeiro dos seus doze.Isto ser oficializado quando a clula que ele abrir j estiver consolidada, conforme jvimos anteriormente.

    A mesma trajetria ser feita por cada um dos seus discpulos e assim, paulatinamente,voc estar formando o seu grupo at que chegue ao nmero de doze. Quando issoacontecer, voc poder deixar a clula que dirige sob a liderana do seu auxiliar epassar a supervisionar o ministrio dos seus doze discpulos.

    Como voc pode notar, ningum convidado para ser um dos doze por amizade. Se a

    pessoa no se dispuser a fazer todo o treinamento e no for frutfera, no adiantar sertalentosa ou amiga do lder. Sua escolha depender nica e exclusivamente dela, dopreo que ela estiver disposta a pagar. Poderamos dizer que a Escola de Lderes e aclula so a porta para o Grupo de Doze.

    29. Porque Doze?

    A pedagogia moderna confirma um princpio: doze o nmero ideal para se alcanarresultados timos no ensino. Um professor estar no limite mximo da sua capacidade

    de ensinar com a melhor qualidade se tiver uma classe de doze alunos. Se ele passardisso, comear a perder nos resultados.

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    Parece que Jesus conhecia este princpio. Embora ele tivesse muitos discpulos, fosseseguido mesmo por uma multido (Mt 4:25), chamou doze para estarem consigo ededicou o melhor de sua vida a eles (Mc 3:3-15; Lc 6:13). Porque doze? Esta uma

    pergunta intrigante. Poderia ser dez, onze ou treze, mas Jesus escolheu doze e issoficou to forte na mente deles que, quando Judas Iscariotes faltou, eles tiveramconvico de completar o nmero. O interessante que a Bblia fala de dois homenscapacitados para substituir aquele que traiu o Senhor: Matias e Jos, chamado Justo (At1:15-26). Ambos eram discpulos, ambos haviam acompanhado Jesus desde o incio doseu ministrio, ambos estavam aprovados diante dos demais apstolos. Eles poderiamevitar o constrangimento, deixando as coisas como estavam. Poderiam tambm abrirespao para os dois, j que eram igualmente idneos aos seus olhos. Assim o grupoteria treze homens. Entretanto, buscaram a Deus e completaram o nmero de doze comMatias, deixando Jos fora do colgio apostlico. De alguma forma o princpio dos dozeestava to impregnado e claro para eles, que no podiam admitir outra soluo.

    Na verdade, o nmero doze est destacado na Bblia, desde Gnesis at Apocalipse.Sua ligao com os temas governo e multiplicao relevante. Desde o princpio,Deus estabeleceu o sol para governar o dia e a lua para governar a noite, cada um comdoze horas. Na sua soberania, Ele distribuiu o ano em doze meses.

    O Senhor fez uma aliana com Abrao. Prometeu que sua descendncia herdaria a terrade Cana e se multiplicaria como as estrelas do cu (Gn 12:1-4; Gn 15:5). Esta

    promessa no se cumpriu, at que Jac teve doze filhos, que se tornaram doze tribos,que finalmente vieram a compor uma grande nao (Gn 35:22; Ex 1:1-7).

    Quando Jesus traz a luz o mistrio que estava oculto desde a fundao dos sculos, a

    Igreja, Ele confirma o princpio dos doze. Chama doze apstolos e os envia. No umacoincidncia. Quando em Patmos, Joo recebe o Apocalipse, Deus lhe mostra a NovaJerusalm, uma magnfica figura da Igreja. Note que o anjo lhe diz: Vem e mostrar-te-eia noiva, a esposa do Cordeiro...(Ap 21:9). Ento lhe mostra a figura de uma cidade quedesce dos cus, a Nova Jerusalm.

    Se voc prestar ateno, ver que o nmero doze se destaca nesta revelao profticada Igreja do fim. A cidade tem doze portas e seus muros doze fundamentos. Sobre cadaporta os nomes das doze tribos de Israel e nos fundamentos os nomes dos dozeapstolos. A cidade mede doze mil estdios. No meio dela h uma rvore, a rvore davida, que produz doze frutos e suas folhas so para cura das naes. Voc pode ler tudoisso detalhadamente em Ap 21:1-27 e Ap 22:1-5.

    A estratgia que adotamos no est revelada, mas no detalhada na Bblia. Seria umatremenda manipulao dizer que a igreja de Jerusalm funcionava no modelo exatoadotado pela Comunidade Crist de Ribeiro Preto. no se trata de um dogma, mas de

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    uma estratgia. Entretanto, seus princpios esto escondidos em mistrios na Bbliadesde os relatos da fundao do mundo. Cremos mesmo que esta viso estavaguardada para se cumprir nos tempos do fim, para a maior colheita da histria do povode Deus.

    30. Qual o papel do lder do Grupo de Doze?

    Um lder de doze uma pea muito importante na viso. Ele um multiplicador, umformador de viso, um lder de lderes. Atravs de seu ministrio, milhares de pessoasestaro sendo alcanadas.

    A responsabilidade que est sobre um lder de Grupo de Doze muito grande. Ele uma autoridade na igreja e, exatamente por isso, deve ser um modelo na santidade, no

    zelo, no amor pelos perdidos, no quebrantamento, na submisso. Sua vida precisa serum outdoor da viso.

    O trabalho desse lder intenso. Ele se envolver cada vez mais com o Reino de Deus.Entre muitas coisas que se espera dele, eis as principais:

    a) Relacionamento com seus discpulos e formao dos tais Um lder de dozeprecisar conviver e investir num relacionamento intenso com seus discpulos. Ele responsvel por form-los em todas as reas, ensinando-os a andar conforme o modelode Jesus (I Co 11:1). Para isso ele ter que abrir sua casa, dispor de sua privacidade ecolocar-se como exemplo para os seus seguidores.

    b) Superviso do ministrio de seus discpulos Esse lder ser tambm coberturaministerial sobre os seus doze. Ele os orientar na direo de suas clulas e, depois, naformao de seus prprios grupos de discipulado. Nada ser feito sem o seuconhecimento e aval. Sua experincia, indo frente na viso, ser fundamental para osseus discpulos romperem no ministrio.

    c) Transmisso fiel da viso e da direo proftica que Deus tem dado aos pastores -

    Nenhum lder de doze autnomo. Todos trabalham debaixo da uno (em submisso)que Deus deu aos seus lderes que, em ltima instncia, so os pastores de governo daigreja. A base do seu ministrio a mesma que Deus usou para transferir a autoridadede Moiss para os setenta ancios. Ele disse: Ento, descerei e ali falarei contigo;tirarei do esprito que est sobre ti e o porei sobre eles; e contigo levaro a carga do

    povo, para que no a leves tu somente(Nm 11:17). Eles ministram debaixo deautoridade. Portanto, no so fonte de viso, nem de orientao proftica, mas socanais daquilo que recebem de seus pastores.

    d) Conquista de geraes O lder de um Grupo de Doze no ser autoridade apenassobre seus doze discpulos diretos. Ele ter uma cadeia de lderes sob seu cuidado.

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    medida que seus doze formam seus prprios grupos de discipulado, suaresponsabilidade cresce. Na primeira gerao sero s doze. Na segunda, sero 144.Na terceira, 1728. Na quarta, 20.736 discpulos. Esse o seu alvo: conquistar geraopor gerao! Isto acontecer medida que ele investe em seus discpulos diretos,

    encoraja-os, ora por eles e os enche de amor pelo ministrio.31. J temos todos os detalhes da viso definidos?

    A revelao de Deus progressiva. Ele nunca nos d tudo de uma vez. Fazer sua obra como andar de carro noite, com os faris ligados. medida que avanamos, vamosconhecendo mais detalhes do caminho.

    Adotamos estratgias que tm sido bem sucedidas em muitas igrejas ao redor do

    mundo, inclusive no Brasil. Recebemos uma viso como algo vindo dos cus para ns.Somos gratos a Deus pelo casal Castellanos e a MCI de Bogot, por terem sido canaisdo Esprito para as naes em relao a este modelo eclesistico. Buscamos segui-lo damaneira mais fiel possvel, entendendo, porm, que cada povo tem uma histria eadaptaes precisam ser feitas realidade local.

    Ao longo da caminhada, vamos descobrir muitas coisas e, talvez, errar algumas vezes.Vamos ter que fazer reavaliaes e ajustes. Mas estamos seguros de que o Espritoestar conosco, mostrando o caminho, desde que o busquemos todo o tempo... Isso nsfaremos!

    No cremos em exclusivismos. No somos dos que propagam que esta a viso deDeus e todas as outras no so. A sabedoria do Senhor multiforme e ningum temtoda a verdade. O que cremos sim que o discipulado dos doze e as clulas so umagrande revelao dos cus para a ltima colheita e aqueles que o abraarem com zelo eorao tero sua descendncia multiplicada como as estrelas do cu, como a areia dapraia.