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VISCOSIDADE PCC-5726 Antonio Figueiredo & Renata Monte

VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

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VISCOSIDADE

PCC-5726

Antonio Figueiredo & Renata Monte

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Objetivos da aula

• Introduzir o conceito de viscosidade para

materiais “não sólidos” (serão melhor

trabalhados na disciplina de reologia).

• Introduzir os conceitos de fluência e

relaxação e entender como estes

comportamentos são afetados por

características dos materiais e condições

ambientais.

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DEFORMAÇÃO VISCOSA

• Os líquidos sempre apresentam mecanismo de deformação dependente do tempo (deformação viscosa)

• Os sólidos amorfos ou parcialmente amorfos apresentam deformação viscosa com mais intensidade que os materiais cristalinos

– Dependem do nível de tensão.

• Um corpo não consegue suportar uma tensão de cisalhamento atuante

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DEFORMAÇÃO VISCOSA

• Deformação viscosa ocorre com o passar do tempo com grande variação de velocidade.

• Viscosidade: propriedade que mede a resistência ao escoamento

(propriedade típica de um material viscoso)

• Resistência que um líquido apresenta durante o fluxo(Atrito interno)

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Fluído Newtoniano

= ddl

= tensão de cisalhamento

= velocidade

= viscosidade (Pa.s) (N.s/m2)

= Fs/A A

l

F

= /( )ddl

l

A 1

234

F

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Fluído Newtoniano

= d = .dt

A

= Fs.A

l

Fs

= taxa de variação de deformação por cortante no tempo

d = dx

dl

d = dx

dt

= ddl

ddl

dx/dtdl

=

ddl

ddt

=

(σ = E.ε)

Page 7: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Fluído Newtoniano

= .

tg =

tg = f =1/f

f = coeficiente de fluidez

= tensão de cisalhamento

= viscosidade (Pa.s) (N.s/m2)

Viscosidade é o “coeficiente de rigidez” do fluido ao movimento

= taxa de variação de deformação cortante no tempo

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Materiais não Newtonianos

• Suspensões concentradas, polímeros e materiais moleculares complexos apresentam comportamento Não-Newtoniano.

• Variações da viscosidade podem ocorrer com a taxa de variação de deformação no tempo () ou com a intensidade da tensão de cisalhamento () e com o tempo (t)além da temperatura (T).

Page 9: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

A

B

=cte

A = pseudo-plástico – ketchup, tintas

B = dilatante – maisena, algumas argilas e areias

Materiais não Newtonianos

Page 10: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Fenômenos dependentes do tempo

A

B

A = quebra rápida de floculações na mistura de uma suspensão

B = reconstrução lenta de floculações na mistura de uma suspensão

Materiais não Newtonianos

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Comportamentos reológicos básicos4

4

2

2

6

63

3

1

15

5Vis

cosid

ade

ap

are

nte

Taxa de cisalhamentoTaxa de cisalhamento

Ten

o d

e c

isalh

am

ento

(1) newtoniano

(2) de Bingham

(3) pseudoplástico

(4) pseudoplástico com

tensão de escoamento

(5) dilatante

(6) dilatante com

tensão de escoamento

Possibilidadesreológicas são

ilimitadas

Tensão de

escoamento

Page 12: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Formas de medida:

viscosímetrosViscosímetro de Couette

https://pt.wikipedia.org/

1. Cilindro rotativo

2. Fluido

3. Camisa externa

Viscosímetros

em tubo U

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Formas de medida:

viscosímetros para pastasViscosímetro

Cone de Marsh

Page 14: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Formas de medida:

viscosímetros para pastas

Mini-slump

r2 = 0,89

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 5000 10000 15000

Viscosity (mPa.s)

Flo

w t

ime

(s)

r2 = 0,92

0

50

100

150

200

250

300

0 4000 8000 12000 16000

Viscosity (mPa.s)

Sp

rea

d d

iam

ete

r (m

m)

Page 15: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

0

5

10

15

20

0 200 400 600 800 1000

Torq

ue

(N

.m)

Rotação (RPM)

Concreto complica:

Reometria rotacional

0

200

400

600

800

1000

0 30 60 90 120 150 180 210 240

Ro

taç

ão

(R

PM

)

Tempo (s)

Alferes Filho et al., 2016

• Estudo utiliza cerca de 18L de concreto

• Impõe-se ciclos rotacionais (cisalhamento)

• Etapa de pré-homogeneização

• Variação de velocidade 50 – 1000 – 50 RPM

• Patamares de velocidade (9s)

• Obtenção do Torque (N.m) em função da rotação (RPM)

Page 16: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Problema fundamental:

• Medida de grandezas fundamentais

permitem modelagem.

• Concreto avaliado por reômetro rotacional

fornece parâmetros empíricos como o

abatimento.

• Grande vantagem: não é um ensaio

monoponto.

Page 17: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Comportamento viscoso dos

materiais estruturais• Fluência

• Relaxação

• Podem gerar riscos para a

segurança/estabilidade e condições de

serviço da obra.

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http://www.panoramio.com/photo/9236090

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Deformação lenta

• Deformação em função do tempo para uma carga (ou tensão) constante: FLUÊNCIA

• OCORRÊNCIA: Observada em metais e materiais amorfos como vidros e polímeros. Cristais iônicos e covalentes apresentam menor nível de deformação viscosa: quase tudo.

Page 23: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

• Tensão constante a temperatura constante.

• Deformação crescente

• Deslocamento relativo entre moléculas (polímeros)

• Deformação típica de concreto submetido a cargas de longa duração (movimentação de água)

• Deformação em metais com movimentação de discordância.

Corpo-de-prova

Medida do

alongamento

com o tempo

Massa

Fluência

Page 24: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Corpo-de-prova

Medida do

alongamento

com o tempo

Massa

Fluência• Tensão constante a

temperatura constante.

• Deformação crescente

• Deslocamento relativo entre moléculas (polímeros)

• Deformação típica de concreto submetido a cargas de longa duração (movimentação de água)

• Deformação em metais com movimentação de discordância.

Page 25: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Fluência• Tensão constante a

temperatura constante.

• Deformação crescente

• Deslocamento relativo entre moléculas (polímeros)

• Deformação típica de concreto submetido a cargas de longa duração (movimentação de água)

• Deformação em metais com movimentação de discordância.

Corpo-de-prova

Massa

Medida do

alongamento

com o tempo

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Fluência

• Secundário ou constante

– equilíbrio entre o endurecimento e a relaxação

– viscosa ou plástica

• Terciário

– após a estricção

Tempo, t

Def

orm

ação

Def. elástica instantânea

Primário ou transiente

diminui devido ao endurecimento

similar à elasticidade retardada e recuperável

Page 27: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Taxa de

deformação

Tempo e

temperaturaX

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FluênciaEfeito de /0 (similar à T)

Quanto maior /0 maior é a fluência

(Análise sobre fluência secundária)

0

0,5

1

1,5

2

0 50 100 150 200 250

Tempo (horas)

Defo

rmaçã

o p

or

fluência

69MPa 62MPa 55MPa

Alumínio

24S-T4

Page 29: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

FluênciaEfeito de /0 (similar à T)

Quanto maior /0 maior é a fluência

(Análise sobre fluência total)

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FLUÊNCIA EM METAIS

Page 31: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Comportamento viscoelástico

em polímeros

Domone & Illston, 2010

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Como ocorre a

fluência no concreto?

Pode haver ruptura

por fluência no

concreto?

Page 33: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Deformação por Fluência

• Reduzir a quantidade de água

• Reduzir o volume de pasta e a relação

água/cimento

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Deformação por Fluência

• Aumentar o volume de agregado e

selecionando o mais rígido

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Deformação por Fluência

• Considerar adequadamente as

condições ambientais locais

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Modelo de previsão (NBR 6118)

• Considerar a relação Área/Volume da peça

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Deformação por Fluência

• Pode comprometer:

– Elementos estruturais

– Outros subsistemas (ex. vedações)

– Durabilidade e desempenho

global da obra.

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Retração e fluência

• Dependem da movimentação de água no material

• As tensões e deformações dependem do módulo

de elasticidade

Page 39: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

HÁ FLUÊNCIA EM MADEIRA?

Page 40: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Fluência na madeira

www.vtt.fi/inf/pdf/jurelinkit/RTE_Ranta-Maunus3.pdf

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Fluência na madeira

www.vtt.fi/inf/pdf/jurelinkit/RTE_Ranta-Maunus3.pdf

Page 42: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Relaxação

• Perda de tensão

ao longo do

tempo

• Função do

carregamento

inicial

Page 43: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Ensaio de relaxação

• Deformação constante

• Tensão decrescente

• Remoção progressiva

dos pesos.

Corpo-de-prova

Massa

Medida do

alongamento com

o tempo

Page 44: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Ensaio de relaxação

• Deformação constante

• Tensão decrescente

• Remoção progressiva

dos pesos.

Corpo-de-prova

Massa

Medida do

alongamento com

o tempo

Page 45: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Ensaio de relaxação

• Deformação constante

• Tensão decrescente

• Remoção progressiva

dos pesos.

Corpo-de-prova

Massa

Medida do

alongamento com

o tempo

Page 46: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Ensaio de relaxação

• Deformação constante

• Tensão decrescente

• Remoção progressiva

dos pesos.

Corpo-de-prova

Massa

Medida do

alongamento com

o tempo

Page 47: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Relaxação

• Perda de tensão

ao longo do

tempo

• Função do

carregamento

inicial

Tempo, t

Ten

são

def. elástica

instantânea

Tensão de ruptura

Carregamento inicial elevado

Carregamento inicial baixo

Page 48: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Relaxação

Tempo, t

Ten

são

def. elástica

instantânea

Tensão de ruptura

Carregamento inicial elevado

Carregamento inicial baixo

• Tensão variável a temperatura constante.

• Deformação constante

• Deslocamento relativo entre moléculas (polímeros)

• Deformação típica de concreto submetido a cargas de longa duração (movimentação de água)

• Deformação em metais com movimentação de discordância.

Page 49: VISCOSIDADE - edisciplinas.usp.br

Fluência X Relaxação

FLUÊNCIA

RELAXAÇÃO

Com o

tempo

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Pontos importantes:

Fratura retardada ≠ Fratura por fluência

Como ocorre a fratura por fluência?

Quais as diferenças entre ruptura por

fadiga e ruptura por fluência?

Quais as diferenças entre relaxação e

fratura retardada?