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Visitez Le Portugal Cont. pag. 4 jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français - jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français - jornal comunitário em Português Num. 38 • Ano / An 2• 12 de Setembro / 12 septembre 2015 Como bancos tornaram-se ameaça global Nobel de Economia alerta: sob hegemonia do Ocidente, sistema financeiro bloqueia metas da ONU, sabota inovações dos BRICS e quer, agora, punir países que promovam mudanças sociais Por Joseph Stiglitz | Tradução Inês Castilho | Imagem: Carlo Giambarresi A III Conferência Internacional de Financiamento para o Desenvolvimento reuniu- se recentemente na capital da Etiópia, Adis Abeba. A conferência aconteceu num momento em que os países em desenvolvimento e mercados emergentes demonstraram capacidade para absorver produtivamente enormes volumes de recursos. As tarefas que esses países estão assumindo – investindo em infra- estrutura (estradas, geração de energia, portos e muito mais), construindo cidades onde um dia viverão bilhões de pessoas e movendo-se em direcção a uma economia verde – são verdadeiramente enormes. Ao mesmo tempo, falta no mundo dinheiro que possa ser utilizado produtivamente. Poucos anos atrás Ben Bernanke, então presidente do Federal Reserve (Banco Central) dos EUA, falou sobre o excesso de poupança global. Apesar disso, Fermons les frontières ! Signez la pétition stop-immigration.org L’afflux massif et quotidien d’immigrés illégaux est devenu le premier souci de tous les peuples d’Europe. La première décision à prendre est de fermer les frontières – à l’échelon européen et à l’échelon national – à tout nouvel immigré en situation illégale. Cette immigration est un fléau pour l’Europe. – Elle fait courir un grand risque sanitaire. – Elle génère de l’insécurité (délinquance et infiltration djihadiste). – Elle détourne toutes les aides sociales (budgets, logements, aides alimentaires et médicales,…) au détriment des Européens les plus démunis. Ce n’est pas du racisme que de vouloir conserver la nature gréco-latine et chrétienne de nos nations européennes et de refuser le grand remplacement de populations. Cette immigration est un fléau pour les pays dont sont originaires les immigrés. Elle dépouille ces pays de personnes en âge de servir le bien commun de leur patrie. Cette immigration est un fléau pour la plupart des immigrés eux-mêmes qui ne trouveront pas en Europe l’Eldorado recherché. Accepter cette immigration, ce n’est pas de la charité mais de l’irresponsabilité. Cette immigration ne peut être considérée comme un exode naturel en raison de la guerre. L’Europe a connu des périodes de guerres et l’exode de ses populations. Quand on fuit la guerre, on se réfugie dans le village en paix le plus proche, voire dans un pays frontalier en paix, mais on ne traverse pas tout un continent pour en rejoindre un autre. Pourquoi cette immigration ne se dirige-t-elle pas vers des pays musulmans riches comme l’Arabie Saoudite, le Qatar, le Koweït, le Bahreïn, les Emirats arabes unis ou le Sultanat d’Oman ? Par ailleurs, lors des exodes européens, ce sont les femmes, les enfants et les vieillards qui fuyaient, pas les hommes en âge de se battre. Cette immigration est exactement l’inverse : pas de vieillards, peu de femmes et d’enfants mais essentiellement des hommes en âge de se battre. Exigeons de nos dirigeants politiques des mesures urgentes de bon sens en commençant par la fermeture des frontières. Qui paye les passeurs des migrants vers l’Europe ? Moyenne 10 000 euros/personne ?

Visitez - ABC Portuscaleabcportuscale.com/archives/12_septembre_2015/ABC_Portu... · 2015. 9. 13. · A Chuva e o Bom Tempo 2 jornal comunitário em Português - journal communautaire

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    • jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français - jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français - jornal comunitário em Português •Num. 38 • Ano / An 2• 12 de Setembro / 12 septembre 2015

    Como bancos tornaram-se ameaça globalNobel de Economia alerta: sob hegemonia do Ocidente, sistema financeiro bloqueia metas da ONU, sabota inovações dos BRICS e quer, agora, punir países que promovam mudanças sociais

    Por Joseph Stiglitz | Tradução Inês Castilho | Imagem: Carlo Giambarresi

    A III Conferência Internacional de Financiamento para o Desenvolvimento reuniu-se recentemente na capital da Etiópia, Adis Abeba. A conferência aconteceu num momento em que os países em desenvolvimento e mercados emergentes demonstraram capacidade para absorver produtivamente enormes volumes de recursos. As tarefas que esses países estão assumindo – investindo em infra-estrutura (estradas, geração de energia, portos e muito mais), construindo cidades onde um dia viverão bilhões de pessoas e movendo-se em direcção a uma economia verde – são verdadeiramente enormes.

    Ao mesmo tempo, falta no mundo dinheiro que possa ser utilizado produtivamente. Poucos anos atrás Ben Bernanke, então presidente do Federal Reserve (Banco Central) dos EUA, falou sobre o excesso de poupança global. Apesar disso,

    Fermons les frontières ! Signez la pétition stop-immigration.org

    L’afflux massif et quotidien d’immigrés illégaux est devenu le premier souci de tous les peuples d’Europe.

    La première décision à prendre est de fermer les frontières – à l’échelon européen et à l’échelon national – à tout nouvel immigré en situation illégale.

    Cette immigration est un fléau pour l’Europe.

    – Elle fait courir un grand risque sanitaire.

    – Elle génère de l’insécurité (délinquance et infiltration djihadiste).

    – Elle détourne toutes les aides sociales (budgets, logements, aides alimentaires et médicales,…) au détriment des Européens les plus démunis.

    Ce n’est pas du racisme que de vouloir conserver la nature gréco-latine et chrétienne de nos nations européennes et de refuser le grand remplacement de populations.

    Cette immigration est un fléau pour les pays dont sont originaires les immigrés. Elle dépouille ces pays de personnes en âge de servir le bien commun de leur patrie.

    Cette immigration est un fléau pour la plupart des immigrés eux-mêmes qui ne trouveront pas en Europe l’Eldorado recherché.

    Accepter cette immigration, ce n’est pas de la charité mais de l’irresponsabilité.

    Cette immigration ne peut être considérée comme un exode naturel en raison de la guerre.

    L’Europe a connu des périodes de guerres et l’exode de ses populations. Quand on fuit la guerre, on se réfugie dans le village en paix le plus proche, voire dans un pays frontalier en paix, mais on ne traverse pas tout un continent pour en rejoindre un autre. Pourquoi cette immigration ne se dirige-t-elle pas vers des pays musulmans riches comme l’Arabie Saoudite, le Qatar, le Koweït, le Bahreïn, les Emirats arabes unis ou le Sultanat d’Oman ?

    Par ailleurs, lors des exodes européens, ce sont les femmes, les enfants et les vieillards qui fuyaient, pas les hommes en âge de se battre. Cette immigration est exactement l’inverse : pas de vieillards, peu de femmes et d’enfants mais essentiellement des hommes en âge de se battre.

    Exigeons de nos dirigeants politiques des mesures urgentes de bon sens en commençant par la fermeture des frontières.

    Qui paye les passeurs des migrants vers l’Europe ?

    Moyenne 10 000 euros/personne ?

  • A Chuva e o Bom Tempo

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    jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français abc portuscale jornal comunitário em Português - journal communautaire en FrançaisManeiras de olhar, caso “fugitivos”

    por David Calado

    “Existem duas maneiras de olhar para a situação. Com o coração (o que quer que isso seja), ou através da análise fria dos números, factos e extrapolação dos resultados. Olhar “com o coração” é ver uma foto de uma criança a boiar no Mediterrâneo (o que a mim também me parte o coração) e esquecermos que a quase totalidade dos migrantes são homens jovens. Olhando para os factos o que estamos a assistir é o resultado de uma política de super expansão natalista que tem como objectivo a expansão do islão e o pan-arabismo. Olhando friamente para os números vemos que a população da Arábia Saudita em 1960 era de 4 milhões de habitantes. Em 2010 era de 28 milhões (crescimento de 700% em 50 anos. Na Síria era de 4,5 milhões em 1960. Em 2010 era de 23 milhões (crescimento de quase 500%). Apesar da guerra a população Síria cresceu 1,5 milhões de habitantes entre 2009 e 2014.

    No Iraque a população cresceu 1100% (mil e cem por cento) em menos de 90 anos. Na Turquia a população entre 1960 e 2010 passou de 30 milhões para mais de 80 milhões, apesar da enorme emigração turca para o centro e norte da Europa. Ainda assim o Sr. Erdogan anda a promover uma política natalista tentando convencer as mulheres turcas a terem pelo menos 3 filhos e anda a apregoar que as suas baionetas são os minaretes.

    O clero muçulmano e os políticos do ME, nem sequer escondem as suas intenções: a islamização da Europa através da demografia. Se escancaramos as fronteiras da Europa vamos ser invadidos por dezenas de milhões de migrantes e será a curto prazo o fim da UE e da própria cultura europeia. Alguns preferem olhar com o coração, eu prefiro olhar para os factos. Não tenho culpa da política de expansão demográfica do islão. É uma coisa que nos está a ser imposta contra a nossa vontade. E, isto é só o começo. A tecnologia está a evoluir e o petróleo vai deixar de ser tão importante como foi até agora e vamos ter dezenas de milhões de muçulmanos a pressionarem para entrar na Europa. Claro que enunciar números e factos não é politicamente correcto. Mas prefiro ser politicamente incorrecto (e já me chamaram racista por apresentar estes números) que ser um use fulidiot. Infelizmente, ainda não vi um único artigo na imprensa ocidental abordando números e factos pelo que penso que os jornalistas estejam aterrados ante a possibilidade de serem chamados de racistas, xenófobos e nazis. E é um mito que tenham existido grandes migrações inter países durante a 2ª guerra.

    Os refugiados do norte de França foram para o sul de França, não para Itália ou Espanha. Os Alemães expulsos da antiga Prússia Oriental foram para a Alemanha, não para a Suécia ou Dinamarca. Os episódios mais recentes de grande movimentações humanas para a Europa foram no sec. VIII, que culminou na tomada da Península pelos muçulmanos e o expansionismo turco até às portas de Viena. Aliás, a tomada da Europa foi parada in extremis na batalha de Lepanto. Esta é a 3ª invasão. Não com armas, porque tecnologicamente somos mais avançados, mas através da demografia, que na realidade é uma arma muito mais eficiente que tanques e canhões. Por outras palavras, estamos a ser invadidos “pacificamente” (sem recurso a exércitos armados).»

    Mulher!...NÃO POSSO FALAR AGORA. ESTOU A CONDUZIR!!!

    Hipocrisias.Este mundo é cão. É louco. Está ao avesso.O ressurgimento recente do interesse político pela reabilitação dos povos enfraquecidos pelas guerras provocadas pelo Ocidente, deram origem a ressentimentos anti-europeus, agora disfarçados e transformados em vagas invasoras de migrantes. Assim sendo, refiro-me à falsa hipocrisia que se propaga pelas boas alminhas em Portugal e pelo mundo, em relação a esses migrantes que assolam a Europa. Tenho pena, mas não acredito neles. A simples foto duma criança morta a boiar à beira-mar, teve o condão de lançar fogo à palha e pôr o celeiro a arder.A imagem é, logicamente, triste. Mas não passou de um acidente. As longas vagas de muçulmanos que têm invadido a Europa, lembram mais as ameaças concertadas de importantes grupos islamistas afirmando que dentro de 50 anos, conquistarão a Europa sem dar um tiro. E farão a Eurásia. País muçulmano.E neste momento, por razões puramente políticas, a União Europeia faz ouvidos de mercador às sensatas chamadas de atenção de países como a Hungria, e força outros debilitados, na ombreira da miséria — como Portugal —, a prepararem condições para a recepção de milhares de migrantes que, de tal têm muito pouco. Basta pensarmos que milhares dos desembarcados, tiveram de pagar 10 mil euros aos passadores. Deve então perguntar-se quem lhes deu o dinheiro para isso, quando grande parte deles, nos seus países de origem, ganhavam apenas 300 ou 400 euros por ano!!!.. Milagre? Será esse fenómeno da multiplicação que incentivou os bispos portugueses — como o de Braga — a dar forma rápida aos alojamento que pretendem dispensar aos migrantes que passarão as nossas fronteiras? — A propósito, ainda temos fronteiras? — Isto porque anunciam em letras de caixa alta, terem condições para receberem largos milhares dos ditos “refugiados”… Em pouco tempo, dão-se conta de a Igreja ter dezenas ou centenas de prédios de diversos andares abandonados, desocupados, que apenas precisam de um certo benevolato para os reporem em condições de habitabilidade. Dizem ter escolas, alimentos, trabalho e tudo o resto, para oferecer aos bem-aventurados que nos cheguem. Há de tudo. Somos um país rico! Eureka!Ora, há 4 longos anos que os portugueses, são esmagados por uma crise da qual não são responsáveis mas que são obrigados a caucionar. Os resultados são negros. Crianças com fome. Pais encurralados entre a cólera e a resignação. Alguns suicídios, devidos à miséria e à vergonha de não poderem alimentar os filhos, nem garantir-lhes um futuro risonho. Outros vivem agora de esmolas ou em barracas, por terem sido desalojados das suas habitações, falta de pagamentos à usurária banca que conta com os apoios governamentais. Aí, então, eu pergunto aos senhores arcebispos, responsáveis de ordens religiosas e a todas as irmãzinhas da caridade, tão solidárias com a causa dos migrantes: o que fizeram ou têm feito pelos portugueses? Pelos “irmãos” portugueses…Porque se aceita o suicídio de pais e filhos que as administrações governativas empurraram ao extremo? Porque se aceitam os roubos de alimentação nos supermercados, por chefes de famílias confrontados com a actual penúria de rendimentos, que não suportam a fome porque passam as crianças e eles próprios? Talvez no ano passado ou no máximo há dois anos, um polícia, comovido e humanista, não prendeu, antes pagou do bolso do seu fraco salário, as pequenas coisas que um pai desesperado tinha roubado no mercado, para alimentar um filho pequeno. Isso, sim, é solidariedade pura de louvar. Uma factura de 4 ou 5 euros! Onde estaria o senhor arcebispo? A Igreja ajudou ou ajuda em alguma coisa? Ou candidamente respondem com um piedoso e enigmático “que Deus o ajude?”Será mesmo verdade que os bispos portugueses acreditam poder catequizar islamistas e operar a Igreja com as dádivas que estes possam fazer? Ou será mais uma razão para os padres darem missas em igrejas vazias?Tresanda de hipocrisia!Estas vagas não se preparam sem intervenção governamental ou algo semelhante. São preparadas com tempo e por gente com experiência estratégica. Há gente interessada em afogar a União Europeia, seja pela chegada massiva de populações, seja pelo caos e sizanie que ocasionam em toda a Europa. E se no meio deles alguns serão verdadeiros refugiados, outros, bastantes, talvez a maioria, navegam em outras águas. Turvas. Trata-se de um tráfico organizado, que se desloca com objectivos precisos e destinações bem definidas, antes de se lançar na aventura marítima. Salta aos olhos de quem queira ver. Bastará pensar nos custos exorbitantes exigidos para o transporte e as exigências de irem para tal ou tal país europeu. Quem paga? Quem decide?Para o resto, a onda de solidariedade, não passa de pura e asquerosa hipocrisia. Para os organizadores, bem instalados nos seus aposentos, lembro o que disse Chaplin:” A vida é uma tragédia quando vista de perto, e uma comédia quando vista de longe”.

    Raul Mesquita

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    Fin de l’occupation du Portugal par les rois d’Espagne. Les deux Couronnes, cellesde l’Espagne et du Portugal. La guerre de la restauration détrône du Portugal les Habsbourgs d’Espagne au profit d’un roi portugais de la maison de Bragance, D. João IV de Portugal qui rétablit la lignée aînée antérieure des rois, de la dynastie d’Avis. D. João IV vivait entouré d’une petite cour dans son somptueux palais de Vila Viçosa (Alentejo), au milieu d’une petite cour de lettrés et de musiciens. D. João, IV est né le 19 mars 1604, à Vila Viçosa. Fils de Teodósio II de Bragance, (7ème) duc de Bragance, et d’Ana de Velasco e Girón. D. João, il se marie le 12 janvier 1633, avec Luisa de Gusmão, fille de João Manuel Peres de Gusmão (8ème) duc de Medina Sidónia de Castille (1) et de Joana Lourenço de Sandoval, seigneurs puissants d’Huelva (1) et descendants des rois portugais. Le duché de Bragance est le plus riche de l’aristocratie portugaise. Le duché de Bragance a pour origine la maison d’Avis, disparue (branche illégitime de la maison capétienne). Le duc de Bragance se voit offrir la couronne portugaise à la faveur de l’insurrection nationale (Restauração), qui chasse Philippe IV d’Espagne, le 1er décembre 1640, et rétablit l’indépendance du Portugal, mettant ainsi fin à soixante ans de domination espagnole.

    Le 6 décembre 1640, le monarque arrive à Lisbonne. Il va créer un Conseil de Guerre et envoie des militaires à Elvas et dans d’autres forteresses dans la région de l’Alentejo pour assurer la sécurité militaire du royaume contre une éventuelle évasion espagnole. Le 15 décembre 1640, il acclamait roi du Portugal, D. João IV. À la demande du nouveau roi, le recensement au Portugal compte deux millions d’habitants. D. João IV nomme une nouvelle junte gouvernative provisoire au Brésil et il signe des traités avec la

    Suède et la Hollande. Le 5 août 1641, une conjuration, tente d’assassiner le roi, sa femme et toute la famille. La conspiration se tissa entre Madrid et Lisbonne, où l’ex-vice-reine Mântua se trouve encore. Parmi la liste des conjurés se trouvent ; l’archevêque primat de Braga, et le marquis de Vila Real, entre autres. Le 29 août 1641, le roi, il fait procéder à la décollation, sur la place de Lisbonne (Rossio), de deux des membres ; un des lignages, les Meseses ; le marquis de Vila Real et son fils, le duc de Caminha et d’autres ont été emprisonnés. Après soixante années de domination espagnole, en 1640, le Portugal se trouve entièrement désarmé, et doit se fournir de tout équipement nécessaire auprès d’autres puissances Européennes. Comme il fallait gagner des alliances, D. João IV, fait, assister ses diplomates par des gens de lettres (letrados) pour convaincre les autres souverains de la légitimité de couronne de Bragance et de refuser les arguments des juristes de Philippe IV qui assimilaient les Portugais à des sujets rebelles comme ceux de la Catalogne. D. João IV, envoie son conseiller de confiance, Padre António Vieira, avec des missions secrètes à Paris. Louis XIII et Richelieu, sans avoir joué un rôle direct dans les événements du 1er décembre 1640, ils avaient encouragé les Portugais à se révolter contre l’Espagne. Dès le 6 mars 1641, Richelieu avait fait savoir par Saint-Pé, consul de France à Lisbonne, qu’il était prêt à conclure une alliance avec le Portugal, un engagement à ne

    pas faire un contrat de paix séparée avec l’Espagne. Luis Pereira de Castro informe le roi portugais de ne pas accepter ce traité franco-portugais. En gros, il se refusait à devenir le vassal de la couronne de France. La cour de France fut déçue. D. João IV, à l’abri d’une tentative de reconquête par une Espagne affaiblie, va mener une véritable guerre d’indépendance. La première campagne : le 26 mai 1644, l’armée portugaise, écrase l’armée de la Castille à Montijo, en Estrémadure espagnole, renforçant de la sorte la Restauration de l’indépendance du Portugal. La continuation de l’affrontement franco-espagnol faisait de D. João IV un allié indispensable au jeune roi de France, Louis XIV. Le 11 août 1654, D. João IV, fonde la «Casa do Infantado» pour la subsistance des enfants «cadets», amélioration du sort des enfants et du patrimoine seigneurial (qui équilibre l’ancienne «Lei Mental»). L’infant Pedro, troisième fils de João IV, est le premier à en bénéficier. En 1653, l’infant Teodósio, l’héritier du trône, meurt accidentellement, et c’est l’infant Afonso qui devient l’héritier présomptif du trône. En 1655, la monarchie hispanique déclarée banque route, signe un accord secret avec Charles Stuart, candidat au trône anglais, qui déclare soutenir Madrid contre le Portugal. Le 7 septembre D. João IV du Portugal signe un traité avec le chevalier de Gant, émissaire de Louis XIV de France. Philippe IV d’Espagne attentait à des perspectives de paix avec la France, avant de se lancer une nouvelle fois à l’assaut du Portugal. Lorsque le roi D. João IV meurt en 1656, son épouse la reine, assure la régence pour son fils Afonso, futur D. Afonso VI, qui n’a que treize ans.

    Le tombeau du roi D. João IV se trouve à l’église de São Vicente de Fora de Lisbonne. Lui succède son épouse Luisa de Gusmão, comme régente du prince D. Afonso, alors encore mineur.

    Photos :

    01 à Statue de D. João IV, Palais ducal de Vila Viçosa

    02 à Luiza de Gusmão

    03 à Acclamation du roi D. João IV

    04 à Drapeau de D. João IV, déjà utilisé sous, D. João II, D. Manuel I, D. João III, D. Sebastião I

    05 à Batailles de la restauration 1640-1668

    06 à D. João IV (1640) Manuel do Nascimento / Paris

    D. João IV, 21e roi de Portugal.Début de la 4ème dynastie (Bragance).

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    projectos de investimento com elevado retorno social estavam parados por falta de fundos. Isso continua sendo verdade hoje. O problema, à época e agora, é que os mercados financeiros do mundo — cuja função deveria ser intermediar eficientemente recursos de poupança e oportunidades de investimento — fazem, ao invés disso, má alocação dos recursos e geram riscos.

    Há outra ironia. A maioria dos projectos de investimento de que o mundo emergente necessita é de longo prazo, assim como a maioria dos recursos disponíveis – triliões em contas de aposentadoria, fundos de pensão e enormes fundos soberanos. Mas nossos mercados financeiros, cada vez mais incapazes de enxergar o longo prazo, atravancam o caminho entre as duas partes.

    Muita coisa mudou nos últimos treze anos, desde que a I Conferência Internacional de Financiamento para o Desenvolvimento ocorreu em Monterrey (México), em 2002. Na época, o G-7 dominava as políticas económicas globais; hoje, a China é a maior economia do mundo (segundo o critério de poder real de compra das moedas), com poupança cerca de 50% superior à dos EUA. Em 2002, as instituições financeiras ocidentais eram consideradas mágicas em agenciamento de riscos e alocação de capital; hoje, vemos que são mágicas em manipulação de mercado e outras práticas enganosas.

    Agora, os países em desenvolvimento e mercados emergentes dizem aos EUA e aos outros ricos: se não vão cumprir suas promessas, ao menos saiam do meio do caminho e deixem-nos criar uma arquitectura de economia global que trabalhe também para os pobres. Não surpreende que os países hegemónicos, liderados pelos EUA, estejam fazendo de tudo para frustrar tais esforços. Quando a China propôs o Banco Asiático de Investimento em Infra-estrutura, para ajudar a destinar parte de seu excesso de poupança para onde os recursos são extremamente necessário, os EUA tentaram torpedear o esforço. O governo do presidente Barack Obama sofreu, então, uma derrota doída e altamente embaraçosa. Ficaram para trás os apelos para que os países desenvolvidos honrassem seu compromisso de destinar ao menos 0,7% do seu PIB para ajuda ao desenvolvimento. Algumas poucas nações europeias – Dinamarca, Luxemburgo, Noruega, Suécia e, surpreendentemente, o Reino Unido, em meio a sua austeridade auto-infligida – cumpriram as promessas em 2014. Mas os Estados Unidos (que doaram 0,19% do PIB em 2014) encontram-se muito, muitíssimo atrás.

    Os EUA estão também bloqueando os caminhos do mundo em direcção a uma lei internacional sobre dívidas e finanças. Para que os mercados de títulos funcionem bem, por exemplo, é necessário que se encontre uma forma organizada de resolver casos de insolvência dos países. Hoje, essa forma não existe. Ucrânia, Grécia e Argentina são exemplos do fracasso dos acordos internacionais existentes. A grande maioria de países reclama a criação de um caminho para a reestruturação das chamadas “dívidas soberanas”. Washington continua a ser o maior obstáculo.

    O investimento privado também é importante. Mas as novas disposições de investimento embutidas nos acordos comerciais que o governo Obama está negociando, com seus parceiros do Atlântico e Pacífico, sugerem que qualquer investimento directo no exterior terá agora, como contrapartida, uma acentuada limitação na capacidade dos governos de regular o meio ambiente, a saúde, as condições de trabalho e até mesmo a economia.

    A posição dos EUA relativa à parte mais disputada da conferência de Adis Abeba foi particularmente decepcionante. Como os países em desenvolvimento e mercados emergentes abriram-se para as multinacionais, torna-se cada vez mais importante que eles possam tributar esses gigantes sobre lucros gerados pelos negócios ocorridos dentro de suas fronteiras. Apple, Google e General Electric têm revelado enorme capacidade de driblar tributos que excedam o que empregaram na criação de produtos inovadores.

    Todos os países – tanto desenvolvidos como em desenvolvimento – vêm perdendo bilhões de dólares em receitas tributárias. No ano passado, o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigadores divulgou informações sobre fraude e evasão fiscal em escala global, praticadas graças às regras tributárias frouxas de Luxemburgo, um paraíso fiscal. Talvez um país rico, como os EUA, possa arcar com o comportamento descrito no chamado Luxemburgo Leaks, mas os países pobres não podem.

    Integrei uma comissão internacional, a Comissão Independente para a Reforma da Tributação de Corporações Internacionais, que examinou as possibilidades de reforma do sistema tributário actual. Num relatório apresentado à III Conferência Internacional de Financiamento para o Desenvolvimento, fomos unânimes em afirmar que o sistema actual está quebrado, e que pequenos ajustes não o consertarão. Propusemos uma alternativa – semelhante ao modo como as corporações são taxadas dentro dos EUA, com lucros alocados a cada estado com base na actividade económica ocorrida dentro de suas fronteiras. Os EUA e outros países desenvolvidos têm pressionando para fazer apenas pequenos

    ajustes, a serem recomendados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), o clube dos países mais ricos. Em outras palavras, os países de onde vêm os fraudadores e evasões fiscais, poderosos politicamente, deveriam conceber um sistema capaz de reduzir a evasão fiscal. Nossa Comissão explica por que as reformas da OCDE, ajustes num sistema fundamentalmente falho, são, na melhor das hipóteses, simplesmente inadequadas.

    Os países em desenvolvimento e mercados emergentes, liderados pela Índia, argumentaram que o fórum apropriado para discutir tais temas globais é um grupo já existente dentro das Nações Unidas, o Comité de Especialistas em Cooperação Internacional e Assuntos Tributários, cujo status e orçamento precisavam ser elevados. Os EUA opuseram-se fortemente: quiseram manter as coisas como no passado, com a governança global feita pelos e para os países desenvolvidos.

    Novas realidades geopolíticas demandam novas formas de governo global, com mais voz para países emergentes e em desenvolvimento. Os EUA prevaleceram em Adis Abeba, mas também mostraram que estão no lado errado da história

    Cont. da pag. 1 O que a Alemanha ganhou com a crise grega: €100 mil milhões

    Lusa e Expresso

    “Mesmo que a Grécia não devolva nem um cêntimo, a bolsa pública alemã beneficiou financeiramente da crise.” Segundo um estudo divulgado esta segunda-feira pelo Instituto de Investigação Económica Leibniz, a Alemanha já ganhou 100 mil milhões de euros.

    A instabilidade que a crise provocou na Grécia deixou os investidores assustados, que procuram mercados seguros e estáveis para investir. Na Europa, a solução mais segura e estável era o mercado alemão, que se tornou (ainda) mais atractivo para aqueles que querem investir. Foi precisamente derivado desta “corrida” para o mercado germânico que o país conseguiu os 100 mil milhões de euros em poupança garantida, nos últimos cinco anos, através de baixas taxas de juro sobre as suas obrigações.

    “Sempre que houve más notícias sobre a Grécia, as taxas de juro sobre as obrigações do governo alemão caíram. Quando as notícias eram boas, as taxas subiram”, avança o estudo. Por exemplo, eventos como a eleição do Syriza - a 25 de Janeiro - resultaram numa descida das taxas de juro sobre as obrigações do governo alemão. Por outro lado, notícias como o “sim” do Parlamento grego aos pacotes de medidas de austeridade impostos por Bruxelas - aprovados a 15 e a 22 de Julho - culminaram numa subida das taxas.

    O estudo conclui então que a economia alemã “beneficiou desproporcionalmente” dessa situação e as poupanças “excedem os custos da crise, mesmo se a Grécia não pagasse todas as suas dívidas”.

    A Alemanha exigiu à Grécia disciplina fiscal e duras reformas económicas em troca da ajuda de credores internacionais. O ministro das finanças alemão, Wolfgang Schäuble, opôs-se a uma reestruturação da dívida grega, apontando para o orçamento equilibrado do seu governo.

    O instituto, porém, defende que o equilíbrio orçamental alemão só foi possível graças às poupanças em taxas de juro por causa da crise de dívida grega. Os estimados 100 mil milhões de euros que a Alemanha poupou desde 2010 constituíram cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.Segundo o mesmo documento, em pacotes de resgate a Alemanha investiu - maioritariamente através do Mecanismo Europeu de Estabilidade, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional - não mais de 90 mil milhões de euros. Mesmo assim, caso a Grécia não pague nada, a Alemanha já “beneficiou claramente com a crise”.

    Mas a Alemanha não foi a única. Outros países como os Estados Unidos, a França e a Holanda também beneficiaram, mas “a um nível muito mais reduzido”.

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    Rosa dos Ventos Rose des Vents

    Serra da Estrela- 1• monter jusqu’à Torre, le point culminant de la Serra da Estrela• skier sur les pistes de neige, naturelle ou artificielle• déguster et rapporter du fromage Queijo da Serra• acheter des chaussettes en laine ou des articles de design contemporain

    en créseau• admirer les vallées glaciaires du Zêzere, de Loriga et d’Unhais da Serra• découvrir la fraîcheur des plages fluviales en été• visiter le musée du pain (Museu do Pão) à Seia• voler en parapente à Linhares da Beira• boire de l’eau de source• suivre un long sentier de randonnée pédestre et découvrir la splendeur

    de la nature

    En été comme en hiver, la montagne la plus haute du Portugal continental est le décor idéal pour passer quelques jours décontractés au contact de la nature.

    Avec son point culminant situé à Torre, à 1 993 mètres d’altitude, la Serra da Estrela est un massif d’une rare beauté, avec des dénivelés montagneux impressionnants, où vous pourrez vivre intensément le silence des hauteurs. Profitez donc de ces moments de communion avec la nature pour l’observer, en notant la variété de la végétation, les oiseaux ou les troupeaux de moutons guidés par des chiens de la race qui porte le nom de la Serra da Estrela.

    Toutefois, vous pouvez aussi suivre les grands cours d’eau du Portugal depuis leurs sources - le Mondego à Mondeguinho, le Zêzere à Covão da Ametade et l’Alva à Vale do Rossim, autant d’endroits plus fabuleux les uns que les autres. Ou alors, admirez les vallées glaciaires de Loriga, Manteigas, ou Covâo do Urso et Covão Grande. Pendant les mois les plus chauds, la meilleure suggestion est certainement la Route des 25 lacs qui vous guide vers des endroits rafraîchissants.

    Par temps froid, la Serra da Estrela est le seul endroit au Portugal où vous pouvez faire du ski, de la luge, du snowboard ou de la moto des neiges. Il existe plusieurs pistes dotées d’infrastructures, ainsi que des pistes de neige artificielle pour skier en toute saison.

    Ce parc naturel est excellent pour les randonnées pédestres, à cheval ou à vélo. Il y a environ 375 kilomètres de sentiers balisés, avec différents niveaux de difficulté, dont forcément quelques-uns adaptés à vos conditions physiques. Qui donc n’a jamais rêvé de voler comme un oiseau ? Vous pourrez faire l’expérience de cette sensation en parapente, à Linhares da Beira, en survolant le village historique qui doit aussi absolument être visité à pied.

    Linhares da BeiraSituée sur le versant occidental de la Montagne d’Estrela, Linhares da Beira tient son origine d’un ‘castro’ lusitanien. De ce fait, les Monts Hermínios (nom lusitanien de la Montagne d’Estrela), avec leurs pâturages, l’abondance des eaux et l’encadrement protecteur de la montagne étaient l’un des lieux habités par cette tribu ibérique, dont bon nombre de portugais se considèrent descendants. Le lin, qui autrefois fut l’une des cultures les plus importantes de la région, serait à l’origine du nom Linhares, littéralement ‘champ de lin’.

    Envahit par les Visigoths et les Musulmans qui reconnaissaient son excellente situation de guet sur les terres alentours, Linhares devint définitivement portugaise au temps de D. Afonso Henriques, qui lui accorda son premier ‘foral’ en 1169.

    La paix, toutefois, ne fut pas encore définitive. En 1189, les troupes de Castille et Léon envahirent la région, pillant et brûlant les villages limitrophes tandis qu’ils se préparaient à prendre le château de Celorico. Linhares vint défendre Celorico et l’armée ennemie, se voyant encerclée à l’arrière, s’enfuit. Selon la tradition on raconte que cette histoire s’est déroulée une nuit de nouvelle lune et de ce fait les armoiries de Linhares représentent un croissant et cinq étoiles.

    Une promenade dans le village révèle un harmonieux ensemble urbain rempli de charme, où les maisons simples construites en granit cohabitent avec quelques demeures seigneuriales qui préservent les traces d’une ancienne noblesse. Un regard attentif découvrira encore de nombreuses fenêtres du XVIè siècle.

    L’église matrice, de racine romane, mais reconquise au XVIIè siècle, conserve trois précieuses planches attribuées au grand Maître portugais Vasco Fernandes (Grão Vasco). Une tribune rustique élevée sur un banc autour d’une table en pierre constitue l’unique exemple de forum médiéval où étaient annoncé au peuple les grandes décisions communautaires. C’est ici que l’on peut voir les armoiries de l’ancienne ville. Non loin, se démarque le pilori du seizième siècle, achevé par la sphère armillaire.

    L’ensemble du village est surplombé par un puissant château qui suit la géologie du terrain sur un énorme mont rocheux, d’où l’on profite d’un panoramique spectaculaire. Deux grandes tours crénelées se dressent près des angles de l’enceinte, une postée à l’orient, l’autre à l’occident. Sur la plateforme, les vestiges d’anciennes citernes sont encore visibles.

    Parque Natural da Serra da EstrelaLe Parc Naturel de la Serra da Estrela est le plus grand site protégé portugais et il se situe sur le massif central montagneux, sur un haut plateau incliné vers le nord-est profondément découpé par les vallées des fleuves et rivières qui naissent ici, comme le Mondego et le Zêzere.Le paysage marqué par les roches et les rochers, parmi lesquels quelques-uns ont pris des formes qui sont à l’origine de dénominations populaires comme «Cabeça da Velha» (Tête de Vieille) et les «Cântaros» (gros, maigre et ras), que vous pourrez admirer en suivant les divers parcours pédestres existants.

    Étant le point le plus haut du Portugal continental, c’est un des endroits avec les plus fortes précipitations enregistrées et où il neige fréquemment, permettant ainsi la pratique de sports d’hiver.Le «Cristal de neige» est le symbole choisi pour le Parc Naturel, une référence aux caractéristiques climatiques et aussi à l’origine glacière de cette chaîne de montagnes, dont en sont un exemple les vallées du Zêzere et d’Unhais, les covões et les pourtours de 25 lagunes naturelles.

    Vous trouverez ici de grands troupeaux de brebis qui se nourrissent de vastes pâturages, gardés par les chiens Serra da Estrela, une race de chiens puissants et résistants aux basses températures. Le lait de brebis est à l’origine d’un des plus caractéristique produit de la région, le fameux Queijo da Serra, fabriqué de manière artisanale selon les techniques ancestrales qui utilisent la fleur de chardon comme coagulant. Ne manquez pas de goûter ce fromage mou, à la couleur jaunâtre, entre deux tranches de pain régional. Si vous désirez en emporter avec vous, vous le trouverez en vente à n’importe quelle époque de l’année, mais aux mois de février et mars, l’offre est plus variée dans les foires qui se réalisent dans plusieurs localités de la région.

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    Opin

    ião

    O filho do Brasil Lula é hoje o trágico exemplo do pior que um político pode ser.

    Eduardo Dâmaso/CM

    Lula e o PT foram celebrados décadas a fio como uma das mais belas histórias de resistência da esquerda mundial. Resistência à ditadura mas também um exemplo de coerência política, qualidades que levaram o partido e o carismático líder a um ciclo histórico na presidência do Brasil. Em 2009, no auge do imenso poderio de Lula, foi feito o filme ‘O Filho do Brasil’, que celebrava o percurso de um grande estadista. Nessa altura, já o escândalo do Mensalão ameaçava mudar o lugar de Lula na história, mas o filme, financiado por empreiteiras que estão hoje no centro da investigação Lava Jato, aclamava o homem que tirou milhões da miséria. Agora, os milhões são outros. É apontado como um dos maiores lobistas do Mundo e detentor de um património milionário. Lula é hoje um trágico exemplo do pior que um político pode ter: uma gula imensa pelo dinheiro do povo. Deu com uma mão mas tirou logo com a outra.

    Albuquerque acaba com “absurdo” das casas de férias de Jardim

    Márcio Berenguer/P

    Governo regional mandou fazer levantamento exaustivo do património imóvel, pois não existem registos do tempo de Jardim. A ideia é vender em hasta pública alguns imóveis e reaproveitar os restantes para serviços públicos. A casa onde Jardim passava férias vai ser concessionada para turismo.

    O Governo regional da Madeira não sabe qual a real dimensão do património imóvel que tem no arquipélago. O sinal de alarme partiu do processo de alienação das duas casas que o executivo possui junto à praia do Porto Santo, onde Alberto João Jardim e os membros mais próximos do Governo madeirense passavam férias de Verão.

    Durante o processo, descobriu-se que não existiam registos patrimoniais, e à medida que os técnicos do executivo procuravam, iam encontrando mais imóveis nessas condições, não só no Porto Santo como em todo o arquipélago.“Estamos a fazer um levantamento exaustivo de todos os imóveis do Governo, a fim de lhes dar utilidade pública”, explicou ao Público o presidente do Governo madeirense, Miguel Albuquerque, dizendo que existem casas encerradas em locais de grande interesse turístico.

    “Há casas encerradas em belíssimas zonas de montanha ou em zonas do parque natural que vão ser concessionadas para alojamento temporário dos caminhantes ou turistas”, acrescenta Albuquerque, dando como exemplo as casas do Pico Ruivo, no ponto mais elevado da Madeira, do Rabaçal e da Achada do Teixeira.

    Para já, foram identificadas dezenas de imóveis, muitos fechados e outros abandonados. Depois do mapeamento estar completo, o executivo pretende vender alguns em hasta pública e “reaproveitar” os restantes para os serviços públicos. “Estamos a trabalhar nesse sentido”, garante o líder do executivo madeirense, que pretende assim realizar um encaixe financeiro com a venda e reduzir os encargos mensais da região, já que muitas repartições públicas funcionam em edifícios alugados.

    No Porto Santo, onde o levantamento já foi concluído, foram identificados 18 prédios urbanos e um complexo habitacional, para além das duas casas de férias. Quatro dos edifícios foram encontrados em mau estado de conservação e um quinto, uma casa junto ao Centro Hípico, estava fechado, tendo sido utilizados nos últimos para férias de membros do executivo madeirense.

    Neste Verão, essa habitação serviu para alojar os elementos da EMIR – o equivalente regional ao INEM – destacados para aquela ilha, e o futuro do prédio está ainda em aberto.

    Em aberto está também o destino a dar outras três moradias que o Governo tem na ilha. Os prédios foram construídos para alojamento de médicos, professores e outros técnicos qualificados, numa altura em que os serviços eram centralizados no Funchal. À medida que as opções políticas foram sendo alteradas – hoje o Porto Santo tem uma direcção regional própria com sede na ilha -, as casas foram sendo fechadas e estavam até agora esquecidas. Albuquerque quer agora avaliar caso a caso, o que fazer com estes prédios.

    Certo e identificado está o destino a dar às duas casas que o Governo tem junto

    à praia do Porto Santo, que vão ser concessionadas para turismo. As vivendas, com court de ténis, jardins, acesso directo à praia, localizadas no centro da capital da ilha, foram utilizadas para férias por Alberto João Jardim e família, e por membros do executivo mais próximos do presidente do Governo durante décadas.

    A oposição chamava datchas às duas moradias, numa referência às casas de férias usadas pelos altos-membros da ex-União Soviética. Jardim argumentava que até estava a poupar dinheiro à região, já que os 20 euros que pagava de renda diária – inicialmente eram 10 euros por dia -, eram menos do que o que o Governo pagaria se ficasse hospedado num hotel, pois insistia que estava no Porto Santo em trabalho, não em férias.

    “Era um absurdo a existência de duas casas de férias para o usufruto dos governantes no período de Verão”, vinca Albuquerque, dizendo que a decisão de acabar com “essa situação bizarra” foi tomada de imediato. “Nas democracias modernas os membros dos governos eleitos gozam férias como os outros cidadãos, às suas custas”, lembra Albuquerque. A alienação dos dois imóveis, uma reivindicação antiga da oposição, foi um dos compromissos eleitores do PSD pós-Jardim, mas esbarrou em várias questões burocráticas. Primeiro, as casas não tinham registo patrimoninal, um processo que foi iniciado agora, e depois, como estão localizadas em domínio público marítimo, complica a venda. Assim, a solução encontrada foi concessionar as datchas para fins turísticos ou similares.

    “Como as casas estão implantadas em área do domínio público marítimo vamos abrir concurso público muito em breve para concessionar o seu uso para fins de alojamento turístico mediante o pagamento de uma renda ao Governo regional”, explica Albuquerque, precisando que o período de concessão será de oito anos, “eventualmente” renovável por dois períodos de quatro anos.

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    Serra da Estrêla - 2Celorico da Beira

    Celorico da Beira se trouve à 550 mètres d’altitude, au pied de la montagne de l’ Estrela et est traversée par le Fleuve Mondego. Une visite en ces lieux constitue une découverte continuelle de siècles d’histoire, dans un décor de montagne découpée par des fleuves et des courants d’eau cristalline, où prédomine le granit.

    Le château, ex-libris de Celorico da Beira, à l’architecture militaire, style romantico gothique, (Xè siècle), au tracé irrégulier, correspondant à la Citadelle. Visitez aussi l’Église de la Misericórdia, dont la façade est un bel exemple d’art joanina, et qui exhibe à l’intérieur un riche maître-autel, ainsi que des peintures de Isidro Faria. Autre lieu à ne pas manquer, la fierté baroque de l’Eglise Matrice de Santa Maria, qui se dresse au dessus des maisons de l’ancien quartier du Château. Dans ses rues étroites une rare collection de portails gothiques et de fenêtres manuélines mérite une attention particulière.

    CovilhãEntre fleuves et montagnes, la ville de Covilhã est l’une des portes d’entrées de la Montagne d’Estrela.

    Terre de bergers d’origine lusitanienne, elle fut prise aux maures par le roi D. Sancho I qui la protégea avec des murailles et elle devint ainsi un point stratégique au Moyen Âge, surtout avec le roi D. Dinis, quand ce dernier mis en

    pratique le renfort du territoire.

    Cette ville royale, titre accordé par D. Manuel qui lui donna le nouveau ‘foral’ en 1510, fut également une terre de découvreurs. L’Infant D. Henrique le Navigateur, reçut de son père, le roi D. João I, le titre de Senhor de Covilhã, après avoir conquit Ceuta en 1415.

    Ici naquit Pêro da Covilhã, explorateur que le roi D. João II envoya en Orient et dont les informations rendirent plus juste la découverte du chemin maritime vers l’Inde par Vasco da Gama.

    Une des références obligatoires à Covilhã est l’art des lainages, lancé aussi au temps de D. Sancho I et développé par la communauté judaïque qui s’est installée depuis cette époque et demeura jusqu’au XVè siècle. L’industrie des textiles, qui produisit tous les uniformes de l’armée portugaise durant le règne de D. João V, prit un nouvel élan en 1763 sous l’action du Marquis de Pombal qui fonda ici la ‘Real Fábrica de Panos’, devenu le plus grand centre de lainages de tout le pays. La croissance économique qui en résultat fit qu’en 1870 Covilhã s’éleva au rang de ville.

    Une visite au patrimoine ne dispense pas l’ancien Quartier Juif, avec ses rues étroites et ses fenêtres manuélines, la chapelle de São Martinho, la Chapelle de Santa Cruz et le Musée des Lainages.

    À Covilhã et aux environs, découvrez la Terre des Châteaux, des villages Historiques, la Route de la Laine, la Route des Anciens Quartiers juifs et le Parc Naturel de la Montagne d›Estrela en faisant l›un des parcours qui vous permettent de découvrir le patrimoine naturel et culturel de cette région.

    Museu do Solar do QueijoMusée de la Demeure du Queijo

    Datant de la seconde moitié du XVIIIè siècle, et connu comme la cathédrale du Fromage «Serra da Estrela», la demeure mérite à elle seule une visite. Le visiteur peut acheter, ou simplement déguster, avec une garantie de qualité, le très renommé fromage, ex-libris de la région, ainsi que d’autres délicieux mets gastronomiques.

    Dans la Demeure on peut admirer les outils utilisés dans la fabrication artisanale, depuis la traite jusqu’à l’arrivée à la table des gourmets.

    Museu de Lanifícios da Universidade da Beira InteriorMusée des Lainages de Covilhã

    Le Musée des Lainages, ainsi que l’Université de Beira Interior à laquelle il appartient, est installé dans l’un des édifices les plus imposants de la ville. C’était l’ancienne Real Fábrica de Panos.

    La construction de l’édifice date de 1769 durant le règne de D. José I, dont on peut voir le blason des armoiries sur la façade. Une partie des installations teinturières, où l’on peut encore voir les fourneaux et les puits cylindriques pour teindre les laines, fut l’espace choisi pour illustrer de façon simple l’histoire des lainages à Covilhã.

    L’exposition est organisée en trois noyaux : la Teinturerie Pombaline de la Real Fábrica de Panos, les lainages de la région de Covilhã durant le XIXè et le XXè siècles et les Étoffes de laine.

    Le Musée des Lainages est un lieu de visite obligatoire pour bien comprendre l’importance de cette industrie dans la ville et des répercutions sur le mode de vie local.

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    Escolha de Isabel Meyrelles Tradução e Colaboração de Maria Fernanda Pinto, PFr.

    TEMPO DE POESIA - XXVITEMPOS de POESIA - XXVIPresença (1) Le deuxième modernisme

    Em 1927 foi publicada em Coimbra, uma Folha de Arte e Crítica, dirigida por José Régio, Branquinho da Fonseca, João Gaspar Simões e baptizada por Edmundo de Bettencourt, com o nome Presença.

    Referimos sucintamente a histórica da revista que teve duas séries: a primeira com 53 números e a segunda, muito mais tarde, só com 2 números.Em 1930 Miguel Torga, Branquinho da Fonseca et Edmundo de Bettencourt, escrevem uma carta de ruptura a José Régio et João Gaspar Simões por divergências literárias, acusando-os de ser demasiado “pro art para a arte”.

    Mais tarde, à volta de 1935, desacordo e zanga com uma jovem geração de poetas, que vieram alinhar-se mais tarde com as fileiras néorealistas.«Presença» recebeu talvez a influência da Nouvelle Revue Française (NFR) , do Freudismo, de Bergson, etc... Os presencistas, sempre se interessaram pelos autores estrangeiros e atribuiram uma grande importância aos poetas do Orfeu. Fernando Pessoa com os seus heterónimos, foi um fiel da revista.É preciso citar a presença de alguns independentes, tais como Vitorino Nemésio, Teles de Abreu (pseudónimo de Jorge de Sena) e Miguel Torga.No domínio das Artes Plásticas, a revista enriqueceu-se com as reproduções das obras de Almada, Sarah Alfonso, Mário Eloy, Júlio, Dórdio Gomes etc Mas o poeta mais importante da Presença foi sem dúvida José Régio que arcou com toda a responsabilidade. Logo na saída do primeiro número, José Régio anunciou na apresentação intitulada Literatura Viva, que, tem arte é vivo tudo o que é original. É original tudo que provém da parte mais virgem, mais verdadeira e mais intima duma personalidade artistica.( )

    . (…)

    Cântico Negro

    “Vem por aqui” - dizem-me alguns com os olhos doces Estendendo-me os braços, e seguros De que seria bom que eu os ouvisse Quando me dizem: “vem por aqui!” Eu olho-os com olhos lassos, (Há, nos olhos meus, ironias e cansaços) E cruzo os braços, E nunca vou por ali...

    A minha glória é esta: Criar desumanidade! Não acompanhar ninguém. - Que eu vivo com o mesmo sem-vontade Com que rasguei o ventre à minha mãe Não, não vou por aí! Só vou por onde Me levam meus próprios passos... Se ao que busco saber nenhum de vós responde Por que me repetis: “vem por aqui!”? Prefiro escorregar nos becos lamacentos, Redemoinhar aos ventos, Como farrapos, arrastar os pés sangrentos, A ir por aí... Se vim ao mundo, foi Só para desflorar florestas virgens, E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada! O mais que faço não vale nada. Como, pois sereis vós Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem Para eu derrubar os meus obstáculos?... Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós, E vós amais o que é fácil! Eu amo o Longe e a Miragem, Amo os abismos, as torrentes, os desertos... Ide! Tendes estradas, Tendes jardins, tendes canteiros, Tendes pátria, tendes tectos, E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios... Eu tenho a minha Loucura ! Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura, E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios... Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém. Todos tiveram pai, todos tiveram mãe; Mas eu, que nunca principio nem acabo, Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo. Ah, que ninguém me dê piedosas intenções! Ninguém me peça definições! Ninguém me diga: “vem por aqui”! A minha vida é um vendaval que se soltou. É uma onda que se alevantou. É um átomo a mais que se animou... Não sei por onde vou, Não sei para onde vou - Sei que não vou por aí!

    José Régio, in ‘Poemas de Deus e do Diabo’

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    Peut-on considérer la mise en place du nouveau cadre des Objectifs de développement durable comme une avancée ?

    Les ODD peuvent jouer un grand rôle mais il ne faut pas mettre l’enthousiasme avant la réalité. Avec une plateforme universelle de 164 critères, il est clair que la différence viendra de l’évaluation et du reporting de chacun des 193 pays qui ont participé à ces négociations. L’Afrique doit domestiquer les ODD et non l’inverse. Il faut avoir sa propre stratégie vis-à-vis de ce cadre et dialoguer avec les partenaires. Les pays doivent définir leurs propres cadres. Nous ne sommes plus dans les OMD.

    Finalement combien de personnes ont participé à cette Confèrence ?

    Nous sommes fiers d’avoir travaillé avec l’Ethiopie dans la réussite de ce sommet. Il y a eu 11 200 inscrits à cette Conférence, l’une des plus importantes organisées ces dernières années en Afrique. Beaucoup de délégations étrangères ont été surprises par le niveau d’organisation et la qualité des infrastructures de l’Ethiopie. Les 200 side-évents se sont tous déroulés dans les meilleures conditions en coordination avec les plénières. L’Ethiopie a offert aux yeux du monde la réalité de la nouvelle Afrique. C’est aussi l’un des acquis de cette Conférence.

    Ça brasse au Portugal

    La crise des Bourses chinoises pourrait compliquer la vente de la banque portugaise Novo Banco, née l’an dernier des décombres de Banco Espírito Santo (BES), amenant l’assureur chinois Anbang, candidat favori, à demander une réduction du prix, selon la presse portugaise.

    La police est d’ailleurs entrée en conflit avec les victimes des investissements toxiques effectués par l’ancienne Banco Espírito Santo lors d’une manifestation devant le siège de la Banque Novo à Lisbonne jeudi.

    Carlos Lopes: «A Addis Abeba, nous avons gagné un nouveau débat»

    Propos recueillis par Adama Wade/

    La question de la fiscalité a dominé la troisième Conférence sur le financement du développement tenue à Addis Abeba du 13 au 16 juillet 2015. Pour le Bissau Guinéen Carlos Lopes, vice président de l’ONU et secrétaire général exécutif de la Commission des Nations Unies pour l’Afrique, cette rencontre a jeté les bases d’un nouveau débat.

    Que retenir de cette grande Conférence internationale sur le financement du développement au delà du scepticisme de la société civile ?

    Il faut considérer cette conférence comme une étape. Le texte qui a été adopté offre plusieurs pistes propices à l’action. L’importance d’une telle réunion est de définir des étapes. Comme on a eu à le constater, le débat actuel est complètement différent de celui qui avait cours en 2002 à Monterry. A l’époque, la question était de savoir quelle part du produit brut national des pays riches faudrait-il consacrer aux pays en développement. On l’a d’ailleurs bien vu, le fait d’avoir un texte qui affirmait l’importance de l’aide au développement n’a pas permis une augmentation significative de celle-ci. Donc ce n’est pas le document qui définit le résultat final.Par contre, le débat actuel porte sur les taxes, l’évasion fiscale, le financement au sens large, les ressources domestiques et le besoin d’aligner un certain nombre de flux financiers non traités avec transparence. On a gagné un nouveau débat à Addis Abeba. Cela dit, rien n’empêche l’Afrique d’avoir son propre agenda et de pousser aux changements majeurs dans divers domaines dont la fiscalité.

    Justement, s’agissant de l’Afrique, on ne l’a pas bien sentie dans le G 77?Il y avait une difficulté d’ordre pratique. L’Afrique a travaillé d’avance sur un document en adoptant une position commune. Cela nous a servi au départ mais à l’arrivée cela nous a desservi. Nous n’avons pas innové au fur et à mesure. A l’avenir, il faudra peut être affiner le système de négociations. D’autre part, le G77, présidé par un pays africain, mettait le continent dans une position difficile. On ne pouvait pas utiliser cette présidence pour faire avancer notre agenda. Il a fallu un compromis nécessaire pour concilier toutes les positions.

    Concernant la fiscalité, l’on a vu des pays comme l’Australie, les USA et la Grande Bretagne, pour n’en citer que ceux-ci, se montrer favorable à une certaine transparence fiscale mais tout en s’opposant à la mise en place de la Tax body au niveau de l’ONU?

    La question de la fiscalité est à l’ordre du jour. Chacun a sa propre démarche en la matière. Il y a l’initiative du G7, du G8, des Etats-Unis au niveau de leur sénat etc. Il y a un intérêt nouveau pour cette question transversale. L’Afrique n’a pas été prise au dépourvue grâce en partie au rapport Tabo Mbeki. Ce document a pesé énormément dans les débats et les langages. L’Afrique a fait un travail unique sur cette question des flux financiers illicites désormais prise en compte. Au final, ce qu’il faut retenir c’est une nouvelle conception du financement du développement. La centralité de l’APD n’est plus de mise.

    Mini-récession, méga-enjeux

    La simple évocation du mot «récession» est, dans la perception populaire, une tache importante sur le bilan économique du gouvernement sortant. Comptez sur les libéraux et les néo-démocrates pour prononcer le mot des milliers de fois jusqu’aux élections.

    par Pierre Duhamel / l’actualité

    Le verdict est tombé : l’économie canadienne est donc en récession. Après avoir reculé de 0,8 % durant les trois premiers mois de l’année, l’activité économique affiche un repli de 0,5 % entre avril et juin.

    Blogue Economie

    Une récession se définit habituellement par une croissance négative observée pendant deux trimestres consécutifs. En ce sens, le Canada est bel est bien en récession. Mais toutes les récessions ne sont pas égales entre elles, et celle-ci apparaît somme toute conjoncturelle et bénigne, surtout quand on la compare à celle de 2008.

    Le repli économique est d’abord relativement modeste. Il est aussi moins accentué que ce que prédisaient les économistes, qui anticipaient un recul de 1,0 % au deuxième trimestre.

    On sait aussi que cette récession s’explique surtout par l’effondrement du marché des ressources naturelles, qui a provoqué une chute importante des investissements.

    Surtout, cette récession, à peine confirmée, serait peut-être déjà terminée, puisque l’économie a crû de 0,5 % en juin. La croissance économique a repris du tonus, grâce aux exportations et aux dépenses des consommateurs.

    Néanmoins, la simple évocation du mot «récession» est, dans la perception populaire, une tache importante sur le bilan économique du gouvernement sortant. Comptez sur les libéraux et les néo-démocrates pour prononcer le mot des milliers de fois jusqu’aux élections du 19 octobre.

    Le repli de l’économie au cours des six premiers mois de l’année pourrait enfin être jugé suffisamment préoccupant par la Banque du Canada pour qu’elle annonce, le 9 septembre, une nouvelle baisse de son taux directeur.

    Cette baisse est peu probable, compte tenu de ce que l’on sait sur le comportement de l’économie en juin. Mais si la banque centrale cherchait un prétexte, elle l’a trouvé mardi matin.

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    Internacional

    Alemanha é a nova “dona” de 14 aeroportos gregos

    O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras,assiste ao debate dos deputados a 14 de Agosto, dia em que foi aprovado o 3º resgate pelo Parlamento de Atenas

    CHRISTIAN HARTMANN/REUTERS

    O consórcio alemão Fraport-Slentel venceu a primeira privatização feita pelo Governo de Alexis Tsipras. Daqui para a frente quem vai mandar nos aeroportos de Salónica, a segunda maior cidade da Grécia, e das ilhas de Corfu, Rodes, Kos, Samos e Santorini, entre outras, é uma empresa do país de Angela Merkel

    por Manuela Goucha Soares

    Ironia do destino, ou simples dramaturgia do capitalismo internacional, são alemães os novos concessionários de 14 aeroportos gregos. De acordo com a agência de notícias grega AMNA, o acordo para a venda da concessão de “14 aeroportos regionais ao consórcio Fraport-Slentel , por 1,23 mil milhões de euros, foi publicado no Diário do Governo” da Grécia. Esta é a primeira privatização feita pelo “governo SYRIZA e faz parte do memorando que foi ratificado pelo Parlamento” de Atenas, a 14 de Agosto.

    Desta forma, de agora em diante, são os alemães que no próximo meio século vão garantir o funcionamento do aeroporto de Salónica, a segunda maior cidade da Grécia, bem como os das conhecidas ilhas de Corfu, Rodes e Santorini. O aeroporto de Kos - a ilha que tem sido tão falada por causa da crise dos refugiados e migrantes - também passa a ser propriedade da Fraport-Slentel.

    Os outros nove aeroportos que passam para as mãos dos alemães são os de Chania, Kefalonia, Zakynthos, Aktion, Kavala, Samos, Mitilene , Mykonos e Skiathos.

    Quando venceu as eleições de 25 de Janeiro deste ano, Alexis Tsipras, prometeu cancelar o programa de privatizações na Grécia. Meses mais tarde, teve de voltar atrás, para garantir a permanência no país na zona euro e conseguir fazer “aprovar o terceiro resgate, de 86 mil milhões de euros”, lembra o jornal grego Ekathimerini. Sem este empréstimo, o país entraria em incumprimento.

    O consórcio Fraport-Slentel detém a gestão de vários aeroportos em todo o mundo, entre eles o de Frankfurt, um dos aeroportos com mais movimento no continente europeu.

    «A casa «onde na qual» eu estava»Por Edno Pimentel

    O (mau) uso dos pronomes relativos ‘no qual’, ‘na qual’, ‘em que’ e ‘onde’ é o tema desta crónica do autor, publicada no semanário angolano “Nova Gazeta”, de 13/08/2015.

    Não sei a quem atribuiria, se pudesse, de tantos desvios ou mesmo manobrasperigosas que vejo e oiço todos os dias. Mas não é difícil ver quem é o principal responsável por tamanha desordem, no nosso caso, linguística.

    Eu elegeria o próprio sistema que, amiúde, se vai fragilizando cada vez mais, sob os olhos impávidos de todos nós, os professores, de quem também somos frutos, alguns, muito mal amadurecidos.

    Alguns académicos da nossa praça têm defendido o reforço das estruturas nas classes de base, sobretudo nas disciplinas de matemática e de português, por ser através dessas que mais facilmente se processa o raciocínio. Dominando a língua portuguesa, os alunos mais facilmente compreendem os teoremas matemáticos, encontram soluções para os mais complexos problemas, interpretam textos, analisam o mundo à sua volta, compreendem o mundo ao seu redor.

    Mas... pronto. «Este é o problema que estamos com ele», disse um dia um cantor. «Nós somos mbora memo assim», disse um outro. Mas acredito que podemos, sim, ser melhores no que fazemos e, porque não, no modo como falamos.

    «Na casa onde na qual eu estava», reflecte o que não se ensina nas nossas escolas e o que, talvez, não se aprende em casa. Na 12.ª classe, espera-se um perfil de saída razoavelmente bom: o aluno deve estar preparado para perceber com facilidade textos relativamente complexos, tem de ser capaz de construir frases lógicas e usar um vocabulário mais cuidado e, claro, tem de estar em condições de usar as técnicas básicas, só para minimizar, de pronominalização e os pronomes relativos.

    Mas a culpa não é dos alunos que deviam saber que ‘no qual’, ‘na qual’, ‘em que’ e ‘onde’ podem ter valores significativos semelhantes. Podem, todos eles, ser usados nos mesmos contextos, desde que não seja ao mesmo tempo. Dentre os três, por exemplo, devemos usar apenas um porque todos querem dizer a mesma coisa.

    Podemos dizer: «A casa onde eu estava»; «A casa na qual eu estava»; ou «A casa em que eu estava».

    FonteCrónica da autoria de Edno Pimentel e publicada na coluna “Professor Ferrão” do jornal luandense “Nova Gazeta”, em 13/08/2015. Manteve-se a ortografia conforme a norma ainda aplicada em Angola, a qual é anterior ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

    Sobre o autor

    Edno Pimentel é professor do ensino secundário em Luanda e assina no jornal Nova Gazeta a coluna Professor Ferrão sobre os usos da língua portuguesa em Angola.

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    Par: Pasquale Tocca

    Pousada Porto - Palácio do FreixoPousadas du Portugal

    Surplombant le fleuve Douro, à Porto, le Palácio Do Freixo occupe un bâtiment baroque restauré datant du XVIIIe siècle. Il comprend des parties communes aristocratiques à l’architecture imposante et ses chambres modernes sont dotées d’une télévision à écran plat.

    Les spacieuses chambres climatisées du Pousada Do Porto - Palácio Do Freixo disposent d’un coin salon séparé ainsi que d’une salle de bains pourvue d’articles de toilette de luxe et d’un sèche-cheveux. Certaines offrent une vue sur le fleuve Douro.

    Vous pourrez vous détendre sur une chaise longue à côté de la piscine à débordement de l’hôtel, qui donne sur le fleuve. Le spa comporte un bain turc, une piscine intérieure chauffée et un sauna. Des massages sont également dispensés.

    Le restaurant du Pousada Do Porta- Palácio do Freixo sert tous les jours un petit-déjeuner buffet composé de produits frais. Vous pourrez déguster de légères collations au bord de la piscine. En soirée, vous pourrez aussi commander des cocktails au bar de l’hôtel.

    L’hôtel est situé à 2,5 km de la zone commercial Dolce Vita et à 1 km de la gare de Campanhã. L’aéroport de Porto est accessible en 20 minutes de route et un parking gratuit est disponible sur place. Enfin, le Pousada Do Porto - Palacio Do Freixo assure un transfert gratuit vers le centre-ville.

    Ce quartier ( Campanhã ) est un choix idéal pour les voyageurs qui s’intéressent à ces thèmes : Musées, Paysages et Monuments. Les voyageurs habitant au Portugal recommandent également ce quartier à tout ceux qui partagent les centres d’intérêt suivants : Nature, Séjour en ville et Musées.

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    Homens ao mar O Mundo parece um barco no meio de enorme tormenta.

    por Octávio Ribeiro

    O Mundo parece um barco no meio de enorme tormenta. A onda vem dos EUA, o planeta adorna; vem da Europa, mais se tomba sobre a água em fúria. E, a cada inclemente vaga, milhões de vidas caem borda fora. Agora, a tempestade vem da China. À comum ausência de supervisão eficaz dos fluxos globais de capital, junta-se o risco acrescido de um elefante gigante de origem comunista no meio dos finos cristais da política monetária. O Mundo precisa de parar para reflectir. Mas quem pode parar um barco no meio da fúria dos elementos?

    Urinam sobre criança imigrante

    Onda de xenofobia aumenta na Alemanha. Por Isabel Faria

    Dois homens urinaram sobre uma criança de 5 anos, imigrante de um país de Leste, no metro de Berlim, Alemanha, enquanto lhe chamavam “m... estrangeira”. O irmão de 15 anos, que tentou proteger o mais novo, também foi atingido. O incidente ocorreu no sábado, mas só ontem foi divulgado, no dia em que foi incendiado um abrigo para refugiados em Nauen. A onda de xenofobia que alastra no país preocupa as autoridades, que definiram o caso do metro como “particularmente repulsivo”. Ontem, a sede do SPD em Berlim foi evacuada devido a uma ameaça de bomba, numa retaliação pela visita do seu líder a um abrigo para refugiados em Heidenau, incendiado no sábado. Entretanto, a Alemanha suspendeu o reenvio de sírios para os países de entrada na UE, tornando-se assim no primeiro país europeu a adoptar a medida.

    Sistema híbrido à base de hidrogel «ataca» cancro da próstataWagner José Favaro: «Na fase inicial, conseguimos que o tumor fosse quase eliminado» (Foto: António Perri, Jornal da Unicamp)

    Um sistema híbrido à base de hidrogel destinado ao tratamento do cancro da próstata foi desenvolvido por um grupo de investigadores do Instituto de Biologia (IB) e do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no Brasil. Segundo um estudo hoje divulgado, o objectivo é melhorar a qualidade de vida dos pacientes com a doença e tanto a baixa toxicidade como o efeito anti tumoral são as principais características do sistema.

    De acordo com Wagner José Favaro, professor do IB e um dos responsáveis pelo desenvolvimento da tecnologia, o processo combina hidrogéis de polímeros biocompatíveis e nano partículas mesoporas de sílicas incorporadas com fármacos” – libertados de forma controlada – para tratamento tumoral.Os efeitos exercidos no tumor são ditados pela própria nano-estrutura, mas esta é potencializada pela utilização de fármacos. “Quem dita o efeito anti-tumoral é a nano-estrutura, que interage com proteínas que estão no sangue e no abdómen, local escolhido para a aplicação. Essas proteínas chegam até à célula tumoral e isso, somado ao efeito do fármaco, faz com que obtenhamos um efeito muito significativo”, explicou o investigador.

    Abdómen é o local escolhido para a aplicação

    O processo foi testado “in vivo”, durante um mês, em ratos de laboratórios e os resultados obtidos foram satisfatórios. Os animais apresentaram uma diminuição no tamanho dos tumores e baixa toxicidade – principalmente no coração -, depois de receberem sistematicamente injecções que continham o sistema híbrido à base de hidrogel.

    Wagner José aponta: “Não chegamos à cura do cancro, mas o tamanho dos tumores nestes animais foi reduzido, em todas as fases. Na fase inicial, conseguimos que o tumor fosse quase eliminado. Se este tratamento for prolongado ou associado a outros tipos de fármacos, podemos obter uma nova abordagem”.

    A principal preocupação dos investi-gadores era garantir a qualidade de vida dos pacientes e melhorar o processo de tratamento do cancro, “facto que está directamente associado à toxicidade dos fármacos”.

    Segundo o professor, em oncologia, a nanotecnologia “ainda é pouco utilizada e tem utilização muito recente” e a sua aliança aos fármacos no tratamento do

    cancro da próstata constitui um tratamento inovador.

    Wagner José salienta mesmo: “Em nenhum trabalho vimos a utilização da sílica em gel associada ao fármaco no tratamento do cancro de próstata. Em todos os tumores, há muito poucos trabalhos que utilizam essa versão da sílica em forma de gel, associada aos fármacos. Por isso, este hidrogel criado por nós é único”.

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    PORTO CABRALLe soleil embouteillé

    La commission Robillard fait œuvre utileLes trois grands thèmes du dernier rapport de la Commission de révision permanente des programmes touchent, à des degrés divers, à la religion du modèle québécois.

    par Pierre Duhamel

    photo Jacques Boissinot/laPresse

    Blogue EconomieFaut-il dépenser trois milliards par année en aide aux entreprises ? Le statut de monopole de la SAQ sert-il bien le public et l’État ? Revenu Québec est-il efficace et nécessaire ? Ces trois petites questions soulèvent déjà un débat épique entre les défenseurs de ce qu’on appelle le «modèle québécois» et ceux qui croient qu’il faut oser remettre en question les vaches sacrées.

    Remettre en question la façon de faire de l’État, c’est précisément le mandat de la Commission de révision permanente des programmes (CRPP). On peut être en désaccord avec certains des problèmes soulevés par la Commission ou avec les solutions qu’elle propose, mais il me semble que son travail est essentiel.

    Le gouvernement québécois dépense près de 100 milliards de dollars par année, sans compter que la majorité de ses investissements dans les infrastructures sont directement imputés à la dette. Pour financer le tout, il perçoit 81 milliards de dollars des contribuables et des sociétés d’État, auxquels s’ajoutent plus de 19 milliards de dollars en transferts fédéraux.

    Toutes ces dépenses sont-elles nécessaires et utiles ? Les centaines de ministères, agences, sociétés d’État et organismes sont-ils bien gérés ? Et peut-on être sûr que ce qui a été créé il y a des décennies est toujours essentiel ?

    Pour certains, toute remise en question du moindre organisme ou d’un seul atome de l’État québécois constitue un sacrilège. C’est comme si l’État était devenu un dieu et que toute critique ne pouvait qu’être l’œuvre d’un apostat qui reniait la religion nationale. Cette absence de remise en question a pour conséquence que le nombre de programmes et d’organismes augmente au fil des ans et qu’il y a un réel effet de sédimentation qui nous coûte une fortune.

    Les trois grands thèmes du dernier rapport de la CRPP touchent, à des degrés divers, à la religion du modèle québécois.

    L’aide aux entreprises, c’est le chapitre économique du modèle québécois. L’État est vu comme un élément fondamental de l’économie «nationale». En 2013-2014, le Québec a injecté trois milliards de dollars dans le développement économique. On parle ici de subventions, d’aide fiscale, de programmes de financement et d’appui à des organismes de développement économique.

    Si le développement économique dépendait de l’ampleur des investissements de l’État, le Québec serait le territoire le plus riche au pays. Ce n’est malheureusement pas le cas. Nous avons pourtant été extraordinairement créatifs dans la mise

    sur pied de structures et de programmes. La commission Robillard recense 84 programmes d’aide, 111 organismes en recherche-développement et innovation ainsi que 200 organismes d’aide à l’entrepreneuriat.

    Ces dépenses ont aussi un effet pervers, puisqu’on doit taxer l’ensemble des entreprises pour aider certaines d’entre elles. Les entreprises québécoises paient deux fois plus d’impôts, de taxes et de cotisations, une fois qu’on a additionné tous les prélèvements. Il faut faire le ménage et être plus économe et efficace dans le soutien aux entreprises.

    L’abolition du monopole de la SAQ est un sujet encore plus épineux. La Commission ne préconise pas sa privatisation, mais une concurrence accrue qui pourrait venir des marchés d’alimentation ou de cavistes indépendants. Pour compenser la perte de profits de la SAQ, la Commission préconise une taxe supplémentaire perçue sur chaque bouteille vendue.

    La CRPP reproche les frais administratifs très élevés de la SAQ comparativement à ceux de monopoles publics dans d’autres provinces ou États américains. Ils sont de 21 % au Québec, contre 16 % en Ontario et 8 % au New Hampshire.J’aime l’approche de la Commission, mais je ne suis pas sûr que l’argument des frais administratifs soit décisif. Le modèle d’affaires de la SAQ, d’abord axé sur la vente de vins fins, demande une force de vente mieux formée et un personnel capable de donner un service personnalisé aux clients. Contrairement aux liquor stores du New Hampshire, il ne s’agit pas de mettre sur les étagères cinq vins d’une région viticole et de laisser le consommateur à lui-même. (J’ai beaucoup fréquenté ces magasins…)

    Ce sujet me place dans une position paradoxale. J’aime la SAQ comme détaillant pour ses produits et son service de qualité, mais je pense que le public serait mieux servi si une offre complémentaire existait. L’État pourrait aussi y trouver son compte.

    La proposition concernant Revenu Québec est de loin la plus critique politiquement. L’agence québécoise serait moins efficiente que sa contrepartie fédérale, et le Québec épargnerait 400 millions de dollars, selon la Commission, en sous-traitant la collecte des taxes et impôts au gouvernement fédéral.

    Pour certains, Revenu Québec a force de symbole et aucune économie potentielle ne les ferait changer d’idée. Ce serait plutôt au fédéral de laisser le Québec percevoir l’ensemble des impôts des entreprises et des particuliers. C’est une question idéologique et politique.

    Elle remonte à Maurice Duplessis, qui a décrété un impôt provincial sur le revenu des entreprises en 1947 et un impôt sur celui des particuliers en 1954. Le ministère du Revenu du Québec a été créé en 1961, pour se transformer en Agence du revenu du Québec en 2011. Les autres provinces ont aussi des impôts qui visent les entreprises et les citoyens, mais c’est Ottawa qui les récolte pour eux.

    Les dirigeants de la SAQ et de Revenu Québec ont jugé bon de contester publiquement les données de la Commission, ce qui a déplu au président du Conseil du Trésor, Martin Coiteux, qui leur a enjoint de faire preuve de plus d’humilité. Aucun organisme public ne devrait être soustrait au regard public. C’est au gouvernement de prendre les décisions qu’il jugera à propos et d’ouvrir la discussion.

    Les rapports d’une commission ou d’un organisme indépendant jettent un éclairage essentiel sur la gestion des affaires publiques. Par exemple, il arrive souvent que le ministère des Finances ou le Conseil du Trésor ne soient pas d’accord avec les recommandations du Vérificateur général. Ces recommandations sont pourtant nécessaires pour assurer la qualité de notre vie démocratique. Il en est ainsi des commissions. Certains rapports sont gentiment mis de côté et d’autres fournissent le matériel à partir duquel le gouvernement compte agir.

    Mais dans tous les cas, ces rapports ont suscité la discussion et relancé le débat public. L’État québécois ne doit pas être à l’abri des critiques et des remises en question, parce que c’est l’État… et qu’il est québécois !

    Le vrai courage, c’est de se demander si nous en avons pour notre argent avec cette gigantesque organisation qui dépense 98 milliards de dollars cette année, emploie l’équivalent d’un demi-million de personnes à temps plein et supporte une dette nette de 190 milliards de dollars.

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    L’argument économique en politiqueLes politiciens ont toutes les audaces : c’est toujours grâce à eux quand l’économie va bien… et toujours la faute des autres quand on se retrouve en récession. La campagne électorale ne fait pas exception à cette règle.

    par Pierre Duhamel / l’actualité

    Les politiciens ont toutes les audaces. C’est toujours grâce à eux quand l’économie va bien, et toujours la faute des autres quand on se retrouve en récession ou que le taux de chômage est élevé. La campagne électorale ne fait pas exception à ce qui est devenu une règle.

    Blogue Economie

    Je ne veux pas dire que les gouvernements n’ont aucune incidence. Tous les gouvernements de l’histoire du Canada ou du Québec n’ont pas été égaux en la matière, et certains ont opté pour des politiques qui favorisaient la croissance économique, l’exploitation des ressources, le commerce international, le développement de l’industrie ou la formation de la main-d’œuvre. Certains gouvernements ont été très dépensiers, comme ceux de Pierre Elliott Trudeau, et d’autres frugaux, comme ceux de Jean Chrétien.

    En revanche, chaque gouvernement a dû composer avec une conjoncture économique différente et des tendances de fond qui ont pesé lourd dans leur bilan économique.

    Dans les années 1950 et 1960, les économies canadienne et québécoise sont propulsées par une extraordinaire croissance démographique et le développement spectaculaire de l’économie américaine, qui a besoin de fer, de bois, de papier journal et d’automobiles.

    Le taux de croissance annuelle de l’économie canadienne oscille entre 5 % et 7 % par année pendant ces années bénies. Il atteint même 7,66 % en 1970. Nous étions la Chine ou l’Inde de ces décennies.

    Les conditions ont changé. La démographie joue dorénavant contre nous, et des pays comme le Mexique et la Chine sont venus nous concurrencer sur nos marchés, y compris ici même, au Canada. De nos jours, une croissance économique de plus de 3 % relève de l’exploit, avec ou sans pétrole.

    Je trouve donc injuste de reprocher au gouvernement conservateur la faiblesse relative de l’économie canadienne. Cela ne dépend pas de lui. Le secteur manufacturier est en recul dans tous les pays développés, et il a fallu une baisse substantielle du dollar canadien au début des années 2000 pour inverser, pendant quelques temps, une tendance irrésistible.

    Je trouve tout aussi stupides les prétentions du gouvernement sortant quand il se félicite de sa bonne gestion de l’économie. Le Canada a été moins touché par la récession de 2008 — une baisse de 2,71 % du PIB, tout de même — grâce au boum du prix des matières premières. Les investissements dans les mines et les puits de pétrole ont été énormes, et le gouvernement Harper n’y était pour rien. C’est le gouvernement chinois qui aurait mérité des éloges !

    Le gouvernement conservateur n’a évidemment pas empêché le développement de l’industrie pétrolière, mais on exagère grandement son rôle. Il n’était pas difficile de trouver des investisseurs prêts à engager des milliards de dollars quand le pétrole se vendait à plus de 120 dollars le baril, comme en 2011 et 2012. L’aide gouvernementale a été somme toute minime, compte tenu de ce qu’a

    rapporté cette exploitation. Les gouvernements fédéral et ceux des provinces productrices ont largement profité de la manne pétrolière en percevant en moyenne 18 milliards de dollars en impôts et redevances par année, entre 2011 et 2013.

    Les partis d’opposition Les partis d’opposition reprochent enfin au gouvernement Harper ses six déficits budgétaires consécutifs. Pourtant, ce sont ces mêmes partis qui demandaient au gouvernement d’engager davantage de dépenses publiques pour contrer les effets de la récession. En politique, les déficits des autres sont inexcusables, alors que ceux que nous faisons sont toujours justifiés.La drôlerie est remarquable dans le cas des libéraux. Justin Trudeau ramène à notre bon souvenir la prudente gestion budgétaire de Paul Martin quand il était ministre des Finances, tout en nous promettant du même souffle — et sans y voir aucune contradiction — trois années de déficits supplémentaires pour dynamiser l’économie.

    Justin Trudeau a néanmoins raison sur un point. S’il y a un nouveau gouvernement, il nous fera immanquablement le coup du «c’est pire qu’on pensait» pour justifier soit un autre déficit, soit de nouvelles compressions.

    Trudeau veut augmenter les investissements en infrastructures du gouvernement fédéral, ce qui occasionnera un déficit budgétaire de 10 milliards par année pendant trois ans. À l’entendre, ces 10 milliards feraient toute la différence du monde pour propulser notre économie. Pensez-y deux minutes : la croissance du pays dépendrait de 10 milliards de dépenses publiques supplémentaires dans une économie de 1 648 milliards. C’est à peu près l’équivalent de vous avancer d’un pied sur un trou de golf de 570 verges.

    En revanche, cela pèse sur un endettement public élevé qui a pris un sérieux embonpoint depuis six ans.

    Les politiciens sont incorrigibles, et les électeurs ne demandent qu’à être séduits.

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    Diplomacia

    Comemorações dos 600 anos da conquista de Ceuta geram críticasAs comemorações dos 600 anos da tomada de Ceuta são uma sombra do inicialmente previsto, motivando críticas à câmara local por ter “cedido” aos que recusaram comemorar “uma matança e um feito bélico”.

    As velhas muradas da cidade de Ceuta, onde hoje apenas vivem 60 portuguesesO actual presidente da Câmara de Ceuta, Juan Jesus Vivas, chegou a criar, em 2010, uma fundação – a Fundação Ceuta Crisol [Cadinho] de Culturas 2015 – para coordenar um vasto programa de comemorações. No entanto, nas eleições de 2011 assistiu-se ao crescimento em importância de uma coligação formada por dois partidos de caráter regional, a União Democrática de Ceuta (UDCE) – liderada por Mohamed Ali – e o Partido Socialista do Povo de Ceuta. O PP, de Jesus Vivas, ganhou com maioria absoluta, mas a Coligação Caballas ganhou peso e já não o perdeu.

    Foi a Caballas que tomou a posição mais dura quanto às comemorações. Em 2012 referiu-se à conquista como “uma matança” e alertou que celebrar “um feito bélico poderia ferir a susceptibilidade de uma parte muito considerável da população”.

    “Encravada” em Marrocos, Ceuta é – juntamente com Melilla – um dos dois únicos territórios terrestres europeus em África. Tem uma população de cerca de 84 mil habitantes, onde um em cada três é muçulmano (37%, dados de 2012). É também um dos locais de Espanha onde mais cidadãos foram detidos por ligações ao terrorismo islâmico.

    Em Dezembro de 2014, a poucos meses das eleições locais de Maio último, a Coligação Caballas propôs a extinção da Fundação Ceuta Cadinho de Culturas 2015 e no final desse mês o governo local acabou mesmo com ela. Dos programas preliminares constavam exposições, conferências, convénios entre Câmaras de Comércio, a realização de programas de televisão em canal nacional sobre o legado português em Ceuta, exposições da Armada Portuguesa e espanhola, entre outros eventos.

    A imprensa local apelidou a decisão como “uma cobardia política” do presidente da Câmara. Juan Jesus Vivas diz que a opção política foi a de ajustar a celebração aos dias de austeridade. “Vivemos anos de ajuste orçamental muito forte e isso impediu que as celebrações tivessem um conteúdo de maior aparato. Combinamos que não ficaria no esquecimento, mas ao mesmo tempo quisemos ajustar-nos ao período de austeridade que Espanha e Portugal estão a viver”, disse à Lusa.

    Vivas também recusa a ideia de que a população de Ceuta pense na conquista de 1415 como “uma matança”. “Isso não está muito presente na sociedade de Ceuta. Foram comentários que devemos considerar marginais. Ceuta hoje orgulha-se de ser uma sociedade multicultural, na qual impera o respeito pelo outro, independentemente da origem étnica, da religião ou da cultura”, salientou.

    Numa entrevista na qual nunca referiu a palavra “conquista” de Ceuta, mas sim “efeméride” ou apenas “1415”, Juan Jesus Vivas reconhece que a organização optou por não focar o carácter bélico da operação militar do Rei D. João I de Portugal.

    “Não nos podemos esquecer do que significou a efeméride de 1415, mas ninguém tentou celebrá-la como uma conquista ou uma batalha. Não nos focamos nesse ponto de vista bélico, mas sim num salto qualitativo importantíssimo na nossa história, porque significa a entrada na idade moderna”, sublinhou.

    Vivas explicou que o “ayuntamiento” – “em vez de concentrar a celebração num só dia” – “preferiu realizá-la ao longo do tempo”. “Há vários anos que realizamos actividades docentes e culturais, que vêm dar valor, recordar e divulgar nas escolas o que Ceuta e 1415 significou para Portugal, para Espanha, para a Europa e para o Mundo”, concluiu.

    E dá o exemplo do Infante D. Henrique para responder aos seus adversários políticos. “Estas coisa