Vitor Da Fonseca Insucesso Escolar

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insucesso escolar - abordagem psicopedaggica das dificuldades de aprendizagem vitor da fon (1999). 2 ed. lisboa: ncora editora. ndice prefcio da 2. ^ edio... 7 introduo 13 ca

etiolgicos das dificuldades de aprendizagem 133 factores biolgicos... 135 factores genti 347

problemas perceptivos. 364 problemas emocionais. . 377 froblemas de memria 379 problemas c

longitudinal, uma vez que a implicao deste facto crucial e controverso dos sistemas de en

(termo que unicamente quer ilustrar uma dificuldade em diagnosticar e compensar as necessid

para se identificar crian as e jovens com da, necessrio que se v mais longe do que at

includos, mesmo no tendo sido identificados objectivamente como revelando da. quais so o

porque no h caracteristicas ou comportamentos especi ficos do estudante com da, isto , a

o autor 12 introduo ao apresentar o actual volume, queremos alenar que no se trata de um

processos de caracterizao e observao pedaggica, dos condicionalismos sociais da educa

projectos; porm, a exiguidade dos recursos e a incompreenso institucional no permitiram

nelson mendes, maria ceci ia corra mendes, arquimedes silva santos, ramos lampreia, olga m

seulo xv nos reinados de lus xiii e lus xiv, a entrada para a escola criada aos nove e comodao aquisio aprendi7agem condides intemas

figura i - interaco dos factores da aprendizagem humana na base da transmisso de conheci

processo diagnstico- interveno. muito se descreve e investiga sobre as da e o insucesso

teorias de dominncia hemisfrica (orton 1931), as teorias perceptivas (bender 1957, frosti

organizao neurolgica basicamente perturbado. porque a causa biolgica ou endgena, est

1) um perfil desorganizado das funes perceptivo-motoras, quer nas funes visuo-motoras (

sim preocuparmo-nos com como a criana realizou e atingiu tal resultado. em complemento, o

investigaes realizados com crianas com lcm e com crianas com da. de qualquer forma, a e

insucesso escolar - abordagem psicopedaggica kephart, para alm do seu trabalho no domnio

linguagem ipnual leitura de palavras com compreende identifica objectos y escreve com uma c mobilm e

2) manipular externamente o corpo em padres corporais caractersticos da leso cerebral; 3

influncia marcante de strauss e werner. samuel orton em 1930, independentemente de ser con

1) a comunicao com os outros seres da sua espcie 2) a dextralidade manual (tool user), d

fmisfrlo ' ' esquerilo 2 - 2. e 3. 8i - temooraliscentro de compreenso das palavras e da

i i-lemisfrio direito figura 5 - o hemisfrio esquerdo e o hemisfrio direito. um respons

-, a utilizao do mtodo global pode estar contra-indicada para crianas dislxicas visuai

procura ver as necessidades da criana quanto ao processo de aprendizagem e no defender um

situao escolar actual evidenciam problemas de aprendizagem da linguagem. para portugal o

das da, encontra-se numa situao qualificada para alertar para vrios problemas. dentro de

gestaltistas (goldstein, werthein, etc. ) e com formao em patolngia da fala, no hospital

ecltica integra ainda os trabalhos de zangwill e de kimura, pondo em destaque a importnci

, , , , ir "' , --, ; t auditiva i

estmulo estmulo resposta resposta auditivo visual verbal motora completamento gramacal c

sete anos mais tarde, em 1968, publicou a sua nova edio, tendo introduzido correces nos descobre aqui uma igual. .

`e y" figura 8 - imagens de recepo visual do itpa 41 insucesso escoiar - abordagem psicop

da expresso manual: figura 10 - imagem de expresso manual do itpa 43 mostra-se vrias fig

passado e preseme nas dificuldades de aprendizagem associao descodificao 1 3 5 codifica

sem dficerea fone dfice marginal dfice nivel representacional nivel integracional 1. de codificao

(principal axis factor analysis), encontraram mais diferenas discri minativas nuns nveis

itpa: figura 13 - resultados do i1'pa em bons e maus leitores 47 a m a 8 po sem dificuldade

expectavo das crianas e o seu nvel de realizao actual. a cria do quociente de apren

mnima' (l. cm) se refere mais a manifestaes de comportamento do que quantidade de cre

pode provocar grandes efeitos no comportamento, enquanto uma grande ou extensiva disfuno i

i i ' i ' i ' i i i i i i i i i ' i i i i ' ' i ' ' i i ' , i i i l i i i i i '_ l r-' ; ' ' l---l-r-' ' , , ' l-- ---l-r-- --- -- i i i i --l-- -- i ' i i i desintegrao da experincia i i - --- -- ' i i -i ' i ,

--, i ' i ; funes intra-sensoriais , i ' ' i l---j i - --- ---- -- i i r--------l - r- 1;

' ' l-' ' --j

figura 15 - modelo de dificuldades de aprendizagem, segundo myklebust o problema demasiad

tamanho. para ambos os investigadores, os dislxicos apresentam as reas relevantes da ling

aprendizagem e no um problema de incapacidade de aprendizagem (afasia, alexia, agrafia, et

a linguagem resulta da transformao de uma informao sensorial numa informao cognitiva,

significao no uma palavra. vejamos superficialmente alguns aspectos psiconeurolgicos

figura 18 - no lbulo temporal situam- se as unidades sensoriais. a rea de wernicke recebe

coordenados e integrados pelo trabalho do tronco cerebral. a aprendizagem da linguagem, por

figura 20 - incapacidades e dificuldades de aprendizagem teremos de reconhecer, como afirma i , i i ', i

para este investigador, a dislexia constitui uma desordem cognitiva e uma desordem da lingu e

obter significao compreende uma relao com o pensamento abstracto. deduzir, inferir, imp

ou curvas, ngulos, orientao vertical ou horizontal, etc. quando as letras no so reconh

figura 21- processo de leitura, segundo myklebust passado e presente nas dificuidades de ap

lnsucesso escolar - abordagem psicopedaggica e no outro, tendo obtido as mesmas concluses

a ttulo informativo, podemos acrescentar que essa bateria muito extensa tinha os seguintes

insucesso escolar - abordagem psicopedagglca bateman subentende o processo diagnstico-int

passado e presente nas dificuldades de aprendizagem linguagem falada) e no plano da integra

3 diagnstico das reas de dificuldade 4formulao de bipbteses de diagnstico 4 que se lig r i e n t a a 0

problemas de comunicao 9 / problemas psicomotores /\i i

figura 23 - modelo tridimensional de da, de bateman 67 insucesso escoiar - abordagem pslcop

em crianas norntais e em crianas com da e com lcm. deste trabalho conclui-se que as crian

l-- -ji - j insucesso escolar - abordagem psicopedaggica as situaes visuais incluem: a

passado e presente nas dificuldades de aprendizagem reconhecida como uma das autoras da ped

so rncesso processo proceseo vsual auditivo (cognidvo) motor insucesso escolar - abordage

comearem pelas histrias dos adultos. as ideias ou os interesses e motivaes das crianas

aspectns (jeed-backs) decorrentes do plano de interveno reeducava. os mesmos autores dei

` com mento ` classificao ` consequ8ncias educacionais ` orientao ` comportamento scio

insucesso escolar - abordagem psicopedaggica este esquema pode ser simplificado com base n

ou produtos (unidades, classes, relaes, sistemas, tcansformaes e implicaes), totaliza modelo de deficincia sensorial pica (deficineia visual ou deficincia auditiva) m odelo modelo de deficincia d e comunicao e de deficincia motora (ou de afasia motora) figura

semnt co - significado ' comportamental - pensamentos, intenes figura 32 - estrutura do

e a implementao de aquisies e sequencializaes cuidadosamente programadas. o enfoque c

memria (processo de codificao). para morrison o processo de informao decorre em duas f

ainda outra dificuldade a que resulta da impossibilidade de observar anormalidades ou abe

algumas persp< w actuais vejamos agora, muito rapidamente, algumas alternativas conceptuais

l5- fiipbtese do correntes ' educando actuais inactivo das 2- teoria integrada (torgesen) d

para adelman, a despersonalizao do programa escolar constitui um etor determinante no pro

este autor apresenta-nos, de uma forma clara, a complexidade da acvidade cognitiva humana

i no sentido de passado, ou melhor, de reteno da experincia em termos de conservao d v

passado e presente nas dificuldades de aprendizagem esta perspectiva parte do pressuposto d

inicial da aprendizagem da leitura requer uma diversidade de aquisies perceptivovisuais (

didcticos e do envolvimento da classe, provavelmente as situaes de instruo tendem a de

to-pouco dados empricos) de que as da e as dificuldades da leitura incluem, igualmente, d

figura 36 - concepes perceptivas e lingusticas das da, segundo vellutino este autor incl

criana ou o educando inactivo e com da no manifesta as condies acima referenciadas. a i

hierarquizados. a sequneia hierarquizada equaciona uma aprendizagem de subaquisies mais

cientficos. as decises de poltica educativa tm-se baseado preferencialmente em preocupa

94 figura 37 - da no sistema de ensino dificuldades de aprendl7 agem: anlise contextual e

insucesso escolar - abordagem psicopedaggica para minimizarmos a confuso crnica que cara

dificuldades de aprendizagem: anlise contextual e novos desafios encarregados de educao

modelos de avagao das da a inadequabilidade cientfica que muitos testes psicomtricos tr

98 dificuldades de aprendi7agem: anlise contextual e novos desafios tivo. um nmero import

insucesso escol ar - abordagem psicopedaggica a inteligncia como capacidade de adaptao

efeitos, prximos e distais (longitudinais), de programas reeducativos ditos kcompetitivos,

no mesmo quadro de referncia, quatro grandes conceitos de da emergem superfcie: 1) tem

investigaes qualitativas. a muitos estudos sobre da falta perspectiva e robustez cientfi

todo o director ou gestor pedaggico com funes de coordenao de recursos, todo o pessoal

, ; :-. q tores do futuro devem produzir ensaios que possam servir de basedc referncia a q

1989). o professor (mediatizador) traz tambm: conhecimentos pedaggicocientficos, atitude

qualitativos e quantitativos, exposio e interaco lingustica (conceitos, vocabulrio, e

: figura 39 - tipos de da - combinaes disfuncionais estudos avanados por vaughn e bos 19

de prosseguimento da evidncia lgica, de pensamento hipotco e inferencial, etc. ); espec

dificuldades de aprendizagem: anlise contextual e novos desafios testes disfunes cogniti

111 insucesso escoiar - abordagem psicopedaggica testes disfiines cognitivas nvel de in

12. falta ou disfuno da inte riorizao. 13. no-elaborao de certas cat. egorias cognit

para aprender necessrio: perceber, compreender, analisar, armazenar, chamar, elaborar e

o modelo funcional considera as da como resultantes de disfunes ou desordens nas vrias

questionveis. um dos estudos longitudinais mais prestigiados (belmont e belmont 1980) most

estudo epidemiolgico da ilha de wight da autoria de rutter e yule 1973. nesse estudo rinu

deficiente mental moderada ou treinvel. subtipos de da no ensino seeundrio 5) o jovem das

do diagnstico e na etiologia obscura, onde contluem, dialctica e interaccionalmente, mlt

i - 0, 5% a 2% de crianas com da com leses mnimas do crebro; -2% a 7% de crianas com d

s, cinco professores especializados nas aquisies de lei ra, escrita, clculo e cognio.

definio, proposta por vrios autores (eisenberg 1966, newbrough e kelley 1962, walzer e r

analysis ofreading ability). todas as crianas que apresentassem cotaes at 28 meses abai

maximizao do seu nvel funcional de aprendizagem. a criana com da no pode, por defini

socioeconmicos, por consequncia de situaes de privao ou de desajustamento biossocial.

no s a criana desfavorecida que vive em habitaes pobres e carenciadas que sente prob

- etc. destes dados podemos facilmente compreender que se torna difcil determinar a nature

reduo do estatuto socioeconmico, dislexias baixo salrio, e insucessos seleco material

129 /nsucesso escolar - abordagem pslcopedagglca mentos desejveis nem iniciativas e dilig

130 etiologia e epidemlologl a das dificuldades de aprendl7agem 11 1 funes funes genc factores factores factores h ne h culturais cerebrais psicolgicos e envolvimentais foras

neles uma multiplicidade de interaces dinmicas, como tentmos equacionar (figura 42). o aspectoscondies teorias sociais pediavas pedaggicas neurol

figura 44 - o universo interdisciplinar das da 132 ei7ologia e epidemiologia das dificuldad

tambm richardson 1966 sublinhou a importncia dos factores sociais e envolvimentais, que i

suburbanas, casa: relaes familiares e orga- escola: educao, psofessores, urbanas e rura

etlologia e epidemiologia das dificuldades de aprendi7agem 10) dificuldades em associar fac

envolvimentos intrauterinos desfavorveis (embriopatias, fetopatias, placentopatias, etc. )

dificuldade de aprendizagem " figura 4 - interaco etiolgica da disfuno cerebral e das

intersensorial, etc. ) e competncias cognitivas (integrao, significao, generalizao,

pares de dizigticos evidenciavam concordncia. em ambos os estudos foram detectados erros

com um mnimo de credibilidade. corah 1965, atravs do seu estudo longitudinal, de sete ano

vinham quase sempre de lares pobres. foi tambm possvel, com o mesmo ndice, detectar o pa

142 etiologia e epidemiologia das diflculdades de aprendi7t gelk tir do estudo educacional

3. a) hipertrofia, que decorre ao longo da infncia, quando se opera o crescimento do taman

vrios investigadores referem as implicaes nas mudanas bioqumicas, nas alteraes da fo

!45 insucesso escolar - abordagem psicopedaggica causadas por h. in, fluenzae, cinco por m

146 etiologia e epidemiologia das dificuldades de aprendl7 agem interessante assinalar qu

insucesso escolar - abordagem pslcopedaggica factores sociais vrios enfoques etiolgico-s mtodos de ensino

naturalmente defendemos a inseparabilidade biossocial, onde impossfvel opor os factores b

grande instabilidade familiar, quase catica, os fllhos eram quase abandonados e isolados.

com oportunidades educacionais to discrepantes e inconsequentes. tais discrepncias so co

organizados e sistematizados neste domnio. sem esta interveno na linguagem, as crianas

um tero dessas crianas nham mesmo coneludo o diploma superior. em contrapartida, metade

do aproveitamento escolar. da a sua problemtica e a sua contradio sociocultural, da ta

no seu estudo, a populao das crianas com da apresentou significativamente mais histrias

kerdel-vegas 1968, testando a inverso de letras na leitura e na eserita (estrefossimbolia)

bons leitores crescia de 9% para 60%. interessante notar dc que a percentagcm de bons e m

condio introduz modificaes neurobiolgicas e neuropsicolgicas diminuidoras do poten ci

extinguiro. a existncia de vrios modelos diferentes, por vezes at lamentavel= mente hos

de equipa no jardim infantil, na pr-primria e na primria, o avano nesta to complexa e

avano integrado de medidas de preveno no sector das da. sem se assegurar um conjunto de

durante os ltimos 60 anos, e todos eles so unnimes em consider-la o comportanento mais

16 viso integrada da apren dl7 agem condicionamento, isto , a evocao de respostas por e

aprendizagem bumana e aprendizagem animal com base nas teorias da aprendizagem, podemos inf

individualmente, as novas geraes foram e vo tomando contacto com sistemas de significa

insucesso escoiar - abordagem psicopedaggica aprendizagem e motivao a noo de motivao

vezes a sua facilitao, outras vezes a sua inibio. os estmulos devem agora ser analisad

novas a prendizagens expresso pensamento i i respostas percepo organismo modificada orga

aprendizagem e as dificuldades (da) e a noo de deficincia no contexto, no do comportame

chegar idade adulta. o desenvolvimento encarado exclusivamente como uma maturao biol

no biolgicos. estamos no abehaviorismon, que tem em watson, 1925 o seu grande impwsionado

desta forma, a hereditariedade desviante pode ser significativamente corrigida atravs da p

como sejam: nveis baixos de ateno selectiva; dispraxia; problemas de controlo; dificulda

figura 52 - factores da aprendizagem 176 viso imegrada da aprendiltlgfrb dentro desta rea

177 insucesso escolar - abordagem psicopedaggica a aprendizagem satisfatria d-se quando

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