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UNIVERSIDADE PAULISTA Campus de Jaboticabal MÓDULO 9 Departamento de Produção Vegetal DISCIPLINA: TEMA: PROFESSORES: EDIÇÃO: 03 Silvicultura Produção de Mudas Florestais por Sementes Rinaldo César de Paula Sérgio Valiengo Valeri Atualizada e ampliada 2 0 1 6 1. VIVEIRO FLORESTAL VIVEIRO FLORESTAL Método de Propagação Equipamentos: Fertilização Infra-estruturas: Sombreamento Recipiente Substrato I. Acesso II. Área III. Água IV. Terreno V. Solo Viveiro florestal é a área delimitada de terreno onde são executadas todas as operações necessárias à produção de mudas florestais. O viveiro pode ser temporário ou permanente, dependendo da quantidade e período de produção de mudas. A extensão da área deverá ser suficiente para a abertura de caminhos, construção de instalações e execução das operações, em função da quantidade de mudas a serem produzidas anualmente. O acesso a ela deverá ser bom, a fim de permitir o trânsito de unesp FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS

VIVEIRO FLORESTAL Método de Equipamentos: Infra ... · implantação de reflorestamentos no Brasil tem sido efetuada a partir de mudas produzidas em viveiros, uma vez que a semeadura

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UNIVERSIDADE PAULISTA

Campus de Jaboticabal

MÓDULO 9

Departamento de Produção Vegetal

DISCIPLINA: TEMA: PROFESSORES: EDIÇÃO: 03

Silvicultura Produção de Mudas Florestais por

Sementes Rinaldo César de Paula Sérgio Valiengo Valeri Atualizada e ampliada

2 0 1 6

1. VIVEIRO FLORESTAL

VIVEIRO FLORESTAL

Método de

Propagação

Equipamentos:

Fertilização

Infra-estruturas:

Sombreamento

RecipienteSubstrato

I. Acesso

II. Área

III. Água IV. Terreno V. Solo

Viveiro florestal é a área delimitada de terreno onde são executadas todas as

operações necessárias à produção de mudas florestais. O viveiro pode ser temporário ou

permanente, dependendo da quantidade e período de produção de mudas.

A extensão da área deverá ser suficiente para a abertura de caminhos, construção de

instalações e execução das operações, em função da quantidade de mudas a serem

produzidas anualmente. O acesso a ela deverá ser bom, a fim de permitir o trânsito de

unesp

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS

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veículos para o transporte de pessoal, material e mudas, principalmente nos dias chuvosos

em que a movimentação de mudas para plantio é mais intensa.

Os terrenos levemente inclinados são mais adequados, pois permitirão o escoamento

das águas das chuvas e dispensarão a confecção de patamares. Deverão também ser

bastante ensolarados e protegidos dos ventos frios e secos, o que poderá ser conseguido

evitando-se a sua exposição à face sul.

O solo deverá apresentar boas propriedades físicas para facilitar a drenagem e ser

isento de ervas daninhas de difícil controle. Caso suas propriedades químicas não sejam

boas, este problema poderá ser resolvido com a utilização de substratos trazidos de outros

locais e com a aplicação de fertilizantes e corretivos.

O consumo de água no viveiro é muito grande, considerando que desde a semeadura

até a muda ser encaminhada para o plantio, a umidade é um fator fundamental para o seu

bom desenvolvimento. A fonte deve situar-se de preferência a montante para facilitar a

distribuição de água, que deve estar isenta de contaminantes e disponível em quantidade A

implantação de reflorestamentos no Brasil tem sido efetuada a partir de mudas produzidas

em viveiros, uma vez que a semeadura direta no campo está limitada a condições especiais

de clima, preparo do solo e práticas culturais.

O plantio de mudas propicia maiores possibilidades de sucesso, pois o período mais

crítico de formação da planta, que se estende da germinação das sementes até os estágios

iniciais de desenvolvimento, foi conduzido no viveiro onde as condições são mais

controladas.

Os métodos e as técnicas a serem usadas na produção de mudas são muito

importantes, pois deles dependerão a obtenção de mudas de boa qualidade a custos

compatíveis com a realidade florestal.

Tipos e Estrutura do Viveiro

Tipos:

• Temporário ou Provisório

• Permanente

Qual é a estrutura mínima e seus principais componentes?

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Espécies de Crescimento Rápido: Eucalyptus, Pinus, Acássia negra, entre outras.

Mudas produzidas no viveiro: maior sucesso na implantação.

O período crítico entre a germinação e os estádios iniciais de crescimento: limita

a semeadura no campo.

Espécies Nativas:

A maioria das mudas é produzida no viveiro, a partir de sementes.

Semeadura direta no campo:

Guapuruvu (Chizolobium parahyba)*

Tamboril (Enterolobium contortisiliquum)*

Pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia)

*Leguminosae (FCA/UNESP, Botucatu); ENGEL, Vera Lex

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2. RECIPIENTES PARA PRODUÇÃO DE MUDAS

Características de um bom recipiente:

i) Conter um substrato que permita um bom crescimento, nutrição e

formação do sistema radicular;

ii) Proteger as raízes de danos mecânicos e desidratação;

iii) Permitir que o sistema radicial permaneça envolvido no substrato;

iv) Garantir máxima sobrevivência após o plantio e bom crescimento

inicial;

v) Possuir forma uniforme;

vi) Ser facilmente manuseável;

vii) Permitir a mecanização tanto no viveiro quanto no campo;

Tipos de recipientes

A. Saco de Plástico: 200 a 350 cm3

B. Tubetes:

tubete pequeno: 50 mL

tubete médio: 115-180 mL

tubete grande: 280 mL

Vantagens e desvantagens dos sacos de plásticos e tubetes

a) Consumo de substrato;

b) Área ocupada no viveiro;

c) Peso;

d) Necessidade de mão-de-obra;

e) Operacionalidade no viveiro e no campo (plantio);

f) Facilidade de aquisição e custo.

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De acordo com Viegas (2015):

A. "Os tubetes têm sido muito usados para produção de mudas florestais

(WENDLING, 2010), adquirindo grande importância na melhoria da qualidade em

razão do melhor controle nutricional, proteção das raízes contra choques mecânicos

e desidratação, assim como facilidade do manuseio no viveiro, transporte,

distribuição das mudas e plantio (GOMES e PAIVA, 2004). Pode-se citar outras

vantagens tais como a maior quantidade de mudas por área, automatização do

sistema de produção e reutilização por um tempo maior que cinco anos (DAVIDE e

FARIA, 2008)."

B. "Estes tubetes de polietileno são fabricados a partir de derivados de petróleo, e

apresentam degradação completa no ambiente em torno de 400 anos (FLORES et

al, 2011)."

RECIIPIENTE BIODEGRADÁVEL

Ellepot (“Paper Pot”): 160 cm3

Recipiente de fibra Biodegradável,

pode ser fabricado de tamanhos

diferentes para atender as

deferentes espécies vegetais,

possibilita a incorporação de

fertilizantes. Uma de suas

vantagens é a redução no tempo de

produção das mudas e a

embalagem não é retirada. Esta

redução no ciclo pode implicar em

ganho econômico no processo

produtivo. Em relação aos tubetes

de polietileno, promove menor

estresse no momento do plantio,

devido à integridade das raízes que

podem ultrapassar as paredes, pois

o material é poroso, bem como um

melhor e mais rápido

desenvolvimento das mudas no

campo, de acordo com Iatauro

(2001), citado por Vigas (2015).

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RECIIPIENTE BIODEGRADÁVEL

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3. SUBSTRATOS PARA PRODUÇÃO DE MUDAS

3.1. Características desejáveis de um substrato

a) Composição uniforme;

b) Baixa densidade;

c) Poroso;

d) Boa capacidade de campo, de retenção de água e de drenagem;

e) Boa CTC;

f) Isento de pragas, doenças e ervas daninhas.

CONSTITUINTES DE UM SUBSTRATO NO TUBETE

Ar

Água

Sólido

Volume (total) = 45 cm3

RelaçãoAr

Água=

Volume (ar)

Volume (água)

1. Ar (10 cm3) Água (10 cm3) Sólido (25 cm3) : R = 1

2. Ar (5 cm3) Água (10 cm3) Sólido (30 cm3) : R = 0,5

Para se ter uma boa aeração, a relação (R) ar/água deve ser próxima a um.

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Lavador de tubetes

COMPOSIÇÃO DE SUBSTRATOS

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Substratos para Tubetes

i. 40% casca de arroz carbonizada

ii. 40% de vermiculita,

iii. 20% de esterco curtido

3.2. Fertilização de base

Ter como base a análise química do substrato

Sacos de Plásticos

Aplicar 50% das doses de N e K e 100% das doses de

calcário, P e micronutrientes à terra de subsolo

Em 1 m3 substrato - 500 g de calcário dolomítico, 150 g

de N, 700 g de P2O5, 100 g de K2O e 200 g de “fritas”

Tubetes

Em 1 m3 de substrato - 150 g de N, 300 g de P2O5, 100 g

de K2O e 150 g de “fritas”

FATORES FÍSICOS E QUÍMICOS QUE

AFETAM A DISPONIBILIDADE DE

NUTRIENTES PARA AS MUDAS

Saco de plástico: 200 a 350 cm3

I. TAMANHO E TIPOS DE RECIPIENTES

Tubetes: 50 cm3

Saco de plástico: solo (20 a 35% de argila)

Tubetes: 40% casca de arroz carbonizada, 33% de vermiculita,

20% de Plantmax e 7% de areia (Demattê, 1997)

II. SUBSTRATOS

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4. MÉTODOS DE PRODUÇĂO DE MUDAS

As mudas florestais podem ser produzidas por propagação sexuada, a partir de

sementes, e por propagação assexuada ou vegetativa.

Propagação Sexuada: a partir de sementes.

A semeadura é feita no viveiro onde as mudas se desenvolvem, sendo

posteriormente levadas ao campo com suas raízes nuas ou acondicionadas em

recipientes.

Propagação Assexuada ou vegetativa:

Na propagação assexuada, as mudas são produzidas a partir de propágulos

vegetativos, também em viveiro.

Estaquia (eucalipto e pinus): a estaquia vem sendo atualmente usada

em plantios comerciais, com maior freqüência para eucalipto. A estaquia em

pinus é usada em materiais que sofreram processo de rejuvenescimento.

Enxertia (mais para pinus): é mais comumente usada na formação de

bancos e pomares clonais. Também é usada para rejuvenescimento de

material vegetal de pinus. Após cinco enxertias sucessivas, o material de

pinus é rejuvenescido.

4.1. Produção de Mudas por Sementes

a) Produção de mudas por raízes nuas

Limitado a poucas espécies e condições especiais de clima

(temperaturas baixas e precipitação frequente)

b) Semeadura em canteiro para posterior repicagem

Recomendado para sementes pequenas; baixa

porcentagem de germinação; germinação desuniforme;

sementes dormentes e baixa disponibilidade de sementes

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Canteiros de semeadura/sementeiras

Semeadura

Canteiros: 1,00 a 1,20 m de largura x 0,30 m de

altura; comprimento variável

Substrato do canteiro

Semeadura: lanço ou em sulcos

c) Semeadura direta em recipientes.

4.1. Semeadura em canteiro para posterior repicagem Recomendações para repicagem

desenvolvimento das mudas

condições ambientais

cuidados com o sistema radicular

sombreamento

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CANTEIRO DE SEMEADURA

O substrato usado para formar o leito de semeadura deve ser constituído de uma

mistura de terra arenosa, terra argilosa e esterco curtido na proporção de 2;1;1. A terra

deve ser retirada do subsolo, a uma profundidade de aproximadamente 20 cm, a fim de se

evitar a ocorrência de propágulos de microorganismos e de sementes de plantas daninhas.

O solo de vê ser peneirado em peneirões com malha de 1, 5 cm.

Deve-se dar preferência ao uso do esterco curtido, que devido ao processo da

compostagem, já eliminou parte dos microorganismos patogênicos e disponibilizou

parcialmente os nutrientes. Na ausência de esterco, o mesmo pode ser substituído por 2 a 4

kg de NPK (6:15:6) por m3 de mistura.

Estando o substrato nivelado e suficientemente umedecido, procede-se à

semeadura. No caso de espécies de eucalipto com sementes de pequenas dimensões como

de eucalipto ou muito leve como de ipê, é feita a distribuição a lanço e de maneira

uniforme. Para sementes maiores a semeadura é feita em sulcos, sendo a profundidade do

sulco proporcional ao diâmetro da semente.

Após a distribuição das sementes, o canteiro é coberto com uma leve camada de

terra peneirada, a fim de permitir um maior contato das sementes com o substrato úmido.

Com a finalidade de evitar a insolação direta, a superfície semeada é protegida por

uma camada de 0,5 cm de espessura de casca de arroz desinfestada ou outra cobertura

morta. Esta camada isolante, além de oferecer uma proteção mecânica contra chuvas fortes

e jatos de irrigação, regula a temperatura e a umidade do substrato, proporcionando

melhores condições para a germinação das sementes e o desenvolvimento das mudinhas.

A umidade do substrato deve ser mantida através de regas ou irrigações diárias e a

emergência ocorre em torno de 10 dias após a semeadura no caso das espécies de eucalipto

e de 15 dias no caso das de pinus.

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Canteiro de semeadura suspenso com o uso de canaletões (telha) e substrato constituído

apenas de areia lavada. Viveiro Experimental de Plantas Ornamentais e Florestais da UNESP,

Jaboticabal, SP, fotografado em 08/10/2009.

Mudas de ipê-roxo semeadas em 25/08/2009 e apresentando de 02 a 03 pares de folhas

definitivas, em condições de repicagem. Viveiro Experimental de Plantas Ornamentais e

Florestais da UNESP, Jaboticabal, SP, fotografado em 08/10/2009.

A época da repicagem depende das características da espécie. As plântulas de jatobá são

repicadas ainda quando apresentam folhas cotiledonares. Para a maioria das espécies, como de

eucalipto, as plântulas são repicadas com cerca de 3 a 6 cm de altura e apresentando de 1 a dois

pares de folhas definitivas.

A repicagem inicia-se com a operação de rega do canteiro para facilitar o arrancamento.

O arrancamento deve ser feito com auxílio de um bastão de madeira para não danificar as raízes.

Semeadura a lanço ou em

sulcos, proporcionalmente ao

tamanho da semente.

Cobertura morta:

Grama seca: para a maioria das

espécies.

Acículas picadas: como forma

de inoculação de fungo

micorrízico, quando a semente é

do gênero Pinus. Espécies desse

gênero são dependentes de

micorriza.

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Após a repicagem, as mudas permanecem por cerca de sete dias sob telado

para condicionamento. As mudas são arrancadas individualmente segurando-as pelo colo, sendo eliminadas

as de pouco vigor e que apresentam defeitos como bifurcação ou tortuosidade. As mudas

selecionadas vão sendo colocadas na sombra, dentro de vasilhas onde as raízes ficam em

contato com água ou outro material úmido, para evitar perda excessiva de umidade.

O sistema radicial das mudas deve ser mantido com cerca de 4 cm de comprimento,

efetuando-se se necessário a poda das raízes com uma tesoura. Em cada recipiente abre-se

Poda das raízes: para que as mesmas

tenham tamanho compatível com o

orifício do recipiente.

Confecção do orifício (pequena

cova): com auxílio de um bastão de

madeira.

Repicagem é a denominação que se

dá à operação de transplante de uma

plântula de um local para o outro, no

mesmo viveiro.

Repicagem propriamente dita: consiste

em introduzir o sistema radicular na

mini-cova com auxílio de uma das mãos

e com o auxílio de um bastão chegar a

terra de baixo para cima, pressionando

em ângulo, de baixo para cima, para

evitar bolsa de ar nas raízes.

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um orifício de 4 a 5 cm de profundidade, no qual se coloca apenas uma muda.

O colo das mudas deve ser mantido à altura da superfície do substrato, que deverá ser

comprimido em todo o comprimento da raiz. É necessário que o sistema radicial seja

enterrado na posição normal, pois o seu enovelamento ou curvatura poderá provocar

defeitos e até a morte da futura planta após o plantio no campo.

À medida que se desenvolve a repicagem, o canteiro de recipientes vai sendo

regado e sombreado com uma esteira ou tela com redução da luz solar de 30 a 50%, a fim

de garantir maior pegamento das mudas. Este sombreamento deve ser mantido por alguns

dias, até que haja total recuperação das mudas repicadas. As irrigações são mantidas e a

cobertura é retirada gradativamente para que as mudas se acostumem novamente ao sol e

cresçam à plena luz até a ocasião do plantio.

Características do processo de repicagem:

baixo rendimento operacional

mão-de-obra bem treinada

maior risco de pragas e doenças

necessidade de sombreamento, ...

As mudas deverão ser rustificadas no viveiro, para que elas suportem as condições

desfavoráveis após o plantio no campo e apresentem boa porcentagem de pegamento. Essa

rustificação pode ser obtida com a remoção das mudas de um local para outro, a fim de

provocar o desprendimento das raízes que eventualmente tenham se aprofundado no piso

do canteiro.

Com esta prática, o crescimento das mudas é reduzido e o desenvolvimento de raízes

secundárias é estimulado. Aproveita-se para eliminar os recipientes danificados ou com

falhas, bem como os que possuem mudas defeituosas. Ao mesmo tempo, as mudas são

classificadas por tamanho e separadas em lotes diferentes. O lote de mudas menores poderá

ser reservado para o plantio posterior ou se necessário, receber adubação para acelerar o

seu desenvolvimento.

Alguns viveiros fazem um número relativamente grande de remoções. Em

determinado estágio de desenvolvimento as mudas são removidas para as caixas de

madeira ou de plástico, já com um preparo para serem levadas ao campo. No ato do

encaixotamento de mudas produzidas em saco de plástico, procede-se ao corte do fundo do

recipiente para eliminar as raízes enoveladas e impedir novos enovelamentos.

Após cada remoção, as mudas devem ser irrigadas imediatamente e a umidade

mantida. Após o encaixotamento as mudas ainda deverão permanecer no viveiro

durante alguns dias, para que ocorra a sua recuperação. Os lotes deverão ser enviados

para o campo separadamente, à medida que as mudas atingem a altura média de 25 cm, a

fim de uniformizar o crescimento das plantas dentro de cada talhão.

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4.2. Semeadura direta em recipiente

Em recipientes não reutilizáveis

Em recipientes reutilizáveis A produção de mudas florestais pelo método de semeadura direta se caracteriza pela

colocação das sementes diretamente nos recipientes individuais. Este método vem sendo

progressivamente adotado e aperfeiçoado, sendo o mais amplamente utilizado nos

reflorestamentos atuais.

É viável para praticamente todas as espécies de eucalipto, pinus e nativas e

recomendável para algumas espécies como Corymbia citriodora (Eucalyptus citriodora) e

Araucaria angustifolia que apresentam baixa sobrevivência quando repicadas.

SEMEADURA MANUAL DE EUCALIPTO

SEMEADOR MÚLTIPLO: EUCALIPTO

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COBERTURA COM CASCA DE ARROZ

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MISTURA DE SUBSTRATOS

MISTURA DE SUBSTRATOS: CALAGEM E ADUBAÇÃO

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PREENCHIMENTO DOS TUBETES EM MESA VIBRADORA

SEMEADURA AUTOMÁTICA: SEMENTES PELETIZADAS

As sementes pequenas de eucalipto, de alto valor genético, devem ser

peletizadas para facilitar a semeadura automática, onde é depositada uma

semente por recipiente.

Duraflora: semeadura de Eucalyptus grandis

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SEMEADURA AUTOMÁTICA: SEMENTES PELETIZADAS

Duraflora: semeadura de Eucalyptus grandis

CASA DE GERMINAÇÃO

Cobertura com tela rente aos recipientes. Irrigação pelo sistema de barra

com bicos nebulizadores.

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PINUS: palito de fósforo

(em torrão-paulista)

PINUS: em tubetes

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EUCALIPTO: em tubetes

Sistema de irrigação com o uso de barra móvel. Esse sistema de irrigação

economiza água e permite a fertirrigação.

5. TRATOS CULTURAIS

Irrigação

Fertilização

Raleios

Moveção (Danças)

Capinas (Mondas)

Seleção

Rustificação/Endurecimento

Expedição

Fertilização de Cobertura

Sacos de Plásticos

Por recipiente de 250g - aplicar 20 mg de N e 20 mg de K2O,

parceladamente em 3 ou 4 vezes, e alternadamente para o K (1

kg de Sulfato de Amônio e, ou 300 g de KCl em 100 litros de

água – 10.000 saquinhos)

Aplicar a partir de 15-30 dias, em intervalos de 7 a 10 dias

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Tubetes/Sementes

Por recipiente de 50 cm3 - aplicar 20 mg de N e 20 mg de K2O,

parceladamente, e alternadamente para o K (1 kg de Sulfato de

Amônio e, ou 300 g de KCl em 100 litros de água – 10.000

tubetes)

Aplicar em intervalos de 7 a 10 dias

PRODUÇÃO DE MUDAS FLORESTAIS

Irrigação ou fertirrigação manual com o uso de barra. Viveiro Camará, Ibaté, SP.

FERTIRRIGAÇÃO AUTOMATIZADA

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Muda de eucalipto

prontas para expedição

Votorantim Celulose e Papel, Viveiro da Fazenda Cara Preta,

Santa Rita do Passa Quatro, SP.

6. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA MUDA

• Altura da parte aérea (15 – 30 cm)

• Desenvolvimento, formação e agregação do sistema radicular

• Diâmetro do coleto (2 mm)

• Relação parte aérea/raiz

• Relação diâmetro do coleto/altura da parte aérea

• Produção de matéria seca e verde da parte aérea e raiz

• Rigidez da parte aérea – maior amadurecimento

• Aspectos nutricionais

• Número de pares de folhas (maior que 3)

• Sanidade

7. CARACTERÍSTICAS DE UMA BOA MUDA

• parte aérea bem formada: sem bifurcação; sem deficiência nutricional;

sem estiolamento; altura adequada

• sistema radicular bem formado: raiz principal reta; sem enovelamento;

raízes secundárias bem distribuídas

• bom aspecto fitossanitário

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QUESTIONÁRIO

1. O que é viveiro florestal?

2. Qual é a estrutura mínima e os principais componentes do viveiro

florestal?

3. Por que produzir mudas?

4. Para que produzir mudas?

5. Como obter uma muda de boa qualidade?

6. Quais são as características de um bom recipiente?

7. Quase são as características de um substrato desejável?

8. Quais são as desvantagens dos sacos de plástico em relação aos

tubetes?

9. Qual é a proporção adequada de material sólido e não sólido no tubete e

proporção de ar e água no tubete? Justifique.

10. Qual é uma composição de componentes físicos e orgânicos adequada

para produzir mudas em tubetes? O que cada um dos componentes

deve oferecer às plantas?

11. Quais são as vantagens do recipiente biodegradável tipo "Paper Pot"

ou Ellepot" em relação aos sacos de plástico ou tubete (tubo cônico de

plástico rígido)?

12. Quais são as etapas do processo de produção de mudas pelo método

da repicagem?

13. Quais são as características de um canteiro de semeadura?

14. Quando é feita semeadura a lanço ou em sulcos?

15. Que material deve ser usado como cobertura morta após a semeadura

de espécies do gênero Pinus? Justifique. 16. Quais são as características da plântula para que ela possa ser repicada? 17. Como deve ser o procedimento de arrancamento para a repicagem? 18. Para que serve a poda de raízes? 19. O que repicagem? 20. Como é feita a repicagem propriamente dita? 21. Qual é o procedimento após a repicagem para adaptação das mudas? 22. Quais são as desvantagens do método da repicagem em relação à

semeadura direta em recipientes? 23. Qual é o procedimento de rustificação de mudas produzidas em sacos de

plástico? 24. Para que serve a remoção? 25. Em que condições é feita a semeadura direta em recipientes? 26. É possível fazer repicagem de plântulas de Corymbia citriodora?

Justifique. 27. Quais são as etapas do processo de produção de mudas pelo método da

semeadura direta? 28. Qual é a altura de uma muda de eucalipto para plantio no campo? 29. Quais são as características de uma muda de boa qualidade? 30. Quais são os principais tratos culturais no processo de produção de

mudas pelo método da semeadura direta em recipientes?

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31. Quais são as vantagens do uso de barra no sistema de irrigação do viveiro?

Teste de Asserção e Razão

Responda as questões de 1 a 15, preenchendo os espaços entre parênteses do quadro final de respostas com as letras: (A) Se as duas proposições (P1 e P2) forem corretas e a segunda justifica a

primeira; (B) Se as duas proposições (P1 e P2) forem corretas e a segunda não justifica

a primeira; (C) Se a primeira proposição (P1) for correta e a segunda (P2) incorreta; (D) Se a primeira proposição (P1) for incorreta e a segunda (P2) correta; (E) Se a primeira (P1) e a segunda (P2) proposições forem incorretas.

1. (P1) Viveiro florestal no Estado de São Paulo deve apresentar terreno levemente inclinado com exposição à face sul. (P2). Deve ser bastante ensolarado e protegido de ventos frios e secos.

2. (P1) O viveiro florestal pode ser temporário ou permanente. (P2) A classificação quanto a esses dois tipos de viveiro vai depender da quantidade e período de produção de mudas.

3. (P1) Um substrato recomendado para produção de mudas em tubetes pode ser constituído de 40% casca de arroz carbonizada, 40% de vermiculita e 20% de esterco curtido. (P2) A casca de arroz permite aeração e agregação ao sistema radicular, a vermiculita promove a disponibilidade de água e capacidade de troca catiônica e o esterco contribui com o fornecimento de nutrientes.

4. (P1) A relação ar/água do substrato para tubete deve ser de 0,25. (P2) A água é mais importante do que o ar para o sistema radicular das mudas florestais.

5. (P1) A grande maioria das mudas de eucalipto para plantios comerciais são produzidas a partir de sementes. (P2) A estaquia em eucalipto é usada para o processo de rejuvenescimento de material a ser usado em programa de melhoramento.

6. (P1) Quando o material vegetal é retirado de árvore, seja proveniente da brotação da touça (ou cepa) ou de ramo com folha coletado da copa, a estaquia em espécies de Pinus é mais fácil do que a enxertia. (P2) A enxertia é mais comumente usada na formação de bancos e pomares clonais, como para rejuvenescimento de material vegetal de espécies de Pinus.

7. (P1) O método da repicagem pode ser adotado para Corymbia citriodora. (P2) O método da repicagem é bastante usado para as espécies que resistam ao trauma das raízes e quando as sementes apresentam baixa porcentagem de germinação, são muito pequenas, apresentam dormência, e são lentas para germinar.

8. (P1) Há uma tendência do uso de areia lavada como substrato de canteiro de semeadura para o processo de repicagem. (P2) A areia lavada geralmente é isenta de sementeira e patógenos (o que geralmente ocorre em solos), a semente possui reservas de nutrientes e o arrancamento se torna mais fácil do que em solo.

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9. (P1) Plântulas (plantas recém germinadas) de ipê podem ser repicadas quando passam a apresentar de 02 a 03 pares de folhas definitivas. (P2) A repicagem consiste em transferir a plântula do canteiro de semeadura para um recipiente no viveiro.

10. (P1) Durante a repicagem é feita a poda das raízes quando necessário. (P2) A poda das raízes é feita para que as mesmas tenham tamanho compatível com o orifício do recipiente e não fique com a extremidade curvada ou dobrada para cima.

11. (P1) O colo da muda na repicagem deve ficar 1 cm abaixo da superfície do substrato. (P2) Após a repicagem propriamente dita, o canteiro de recipientes deve ser sombreado com tela de retenção da luz solar de 30 a 50% até garantir o pegamento das mudas.

12. (P1) É recomendável o método de semeadura direta para Araucaria angustifoia. (P2) A maioria das espécies nativas, de eucalipto e de pinus resistem o trauma das raízes no processo de repicagem.

13. (P1) A repicagem, em relação á semeadura direta, apresenta baixo rendimento operacional e necessita de mão-de-obra treinada. (P2) A semeadura direta vem sendo progressivamente adotada e aperfeiçoada na produção de mudas para implantação florestal.

14. (P1) A rustificação consiste em fertilizar bem as mudas na fase de expedição para o campo. (P2) No ato do encaixotamento de mudas produzidas em saco de plástico, procede-se ao corte do fundo do recipiente para eliminar as raízes enoveladas e impedir novos enovelamentos.

15. (P1) Na fase de rustificação, as frequência de irrigação é diminuída e as mudas não devem apresentar deficiência nutricional. (P2) Nessa fase de produção de mudas, a muda deve se acostumar a ficar períodos sem receber água e com substrato mais seco e o espaçamento entre as mudas deve ser suficiente para não ocorrer sobreposição de folhas entre plantas.

Quadro de Respostas

1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( )

6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) 9. ( ) 10. ( )

11. ( ) 12. ( ) 13. ( ) 14. ( ) 15. ( )

ATENÇÃO: Quando as duas alternativas são corretas, procure responder as questões colocando um porque entre as afirmativas P1 e P2 para verificar se a segunda justifica a primeira. Só consulte o gabarito, na página seguinte, após preencher o quadro de respostas acima.

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Gabarito

1. ( D ) 2. ( A ) 3. ( A ) 4. ( E ) 5. ( E )

6. ( C ) 7. ( D ) 8. ( A ) 9. ( B ) 10. ( A )

11. ( D ) 12. ( A ) 13. ( A ) 14. ( D ) 15. ( A )