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condomínios - locações - vendas Ano VI - Número 16 Viver Conviver & Ator de TV, teatro e cinema, o galã é ainda apaixonado por poesia Alexandre Borges

Viver Conviver - graiche.com.br · diferente sobre a vida. Na peça, eu leio o Álvaro de Campos, no mesmo livro que eu ganhei na cidade do Porto, 20 anos atrás. ... Arnaldo Jabor

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condomínios - locações - vendas

Ano VI - Número 16

Viver Conviver&

Ator de TV, teatro e cinema, o galã é ainda apaixonado por poesia

Alexandre Borges

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Empresa inaugura novo portal na internet: mais conteú-do, mais segurança e mais tecnologia

O mundo à distância de um click – o bordão é antigo na mesma intensidade em que é verdadeiro. A cada dia acompanhamos o lançamento de novos tablets, smartphones e notebooks de última geração. De todos os lados surgem aplicativos capazes de fazer quase tudo: comprar, identificar, rastrear e, principalmente, facili-tar a vida dos usuários. A internet 4G é uma realidade, e os depar-tamentos de Tecnologia da Informação são cada vez mais vitais e estratégicos dentro das grandes empresas que se querem fazer competitivas. Diante desse mosaico de novidades, lançamentos e mudanças rápidas, a Graiche Construtora e Imobiliária Ltda. entendeu que era hora de renovar. Com esse pensamento foi lançado o novo portal da empresa, após meses de planejamento e muito trabalho, do qual participaram especialistas internos nas áreas de atendimento e serviços de backoffice e profissionais de tecnologia, além da assessoria de uma equipe externa.

O novo site traz uma linguagem mais adequada e uma rou-pagem que torna a navegação mais simples e interativa. Atua-lizamos nossos produtos e demais áreas de interesse, criando um banco de dados de imóveis disponíveis para venda e locação. Abrimos também um canal de chat online para sanar dúvidas e disponibilizamos um espaço para vagas de emprego. Nas áreas de acesso restrito, o cliente pode obter informações e serviços fundamentais: emissão de 2ª via de boleto, débitos em atraso, balancetes mensais, atas de reunião condominiais, convenções, regulamentos etc. Contamos com uma rede moderna de servido-res, bandas largas e fibras para conexão e resposta, garantindo a máxima segurança de acesso e privacidade. E mais: criamos uma versão exclusiva da página para ser navegada em smartphones.

Só foi possível chegar a essas modificações ouvindo nossos clientes e parceiros – para isso, fizemos uma pesquisa para en-tender o perfil e as necessidades do usuário. Afinal, o objetivo que existe por trás de um novo site é o mesmo que sempre busca-mos na história da Graiche: atendê-los com excelência. Visitem o portal e deixem suas opiniões: www.graiche.com.br.

Aproveitamos para desejar a todos um Feliz Natal e um 2013 repleto de conquistas e inovações.

Boa Leitura,

Uma publicação da

Graiche Construtora e Imobiliária Ltda.

Presidente: José Roberto Graiche

Conselho Editorial:

José Roberto Graiche Júnior

Luciana Martins Graiche

José Rodrigo Martins Graiche

Editores:

Adriano De Luca (Mtb 49.539)

Juliano Guarany De Luca

Projeto Gráfico/Diagramação:

Julliane Bellato

Reportagem:

Letícia Iambasso

Comentários e sugestões:

[email protected]

Tiragem: 40 mil exemplares

Capa: Divulgação

GRUPO GRAICHERua Treze de Maio, 19541o, 2o, 3o e 4o andares01327-002 São Paulo SPTel.: 55 11 [email protected]

Esta publicação é produzida por:

[email protected]

Os artigos e matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

José Roberto GraichePresidente

Nesta EdiçãoAlexandre Borges / 04Varanda integrada / 10A tão sonhada cura do câncer / 12Brasil e Portugal celebram suas identidades / 14Os pasteis de Belém / 16Exótico, histórico e inesquecível / 18Por uma São Paulo melhor / 22Os juros caíram. E eu com isso? / 26

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AlexandreBorges

4 ENTREVISTA

Em entrevista à Viver&Conviver, ator fala sobre seus personagens mais marcantes, gostos

literários e vida pessoal

por Vivian Masutti

Alexandre Borges em cena com a peça Poema Bar, na qual recita Vinicius de Moraes (Divulgação)

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Sua última novela na Globo, “Avenida Brasil”, na qual você interpretou o “tríga-mo” Cadinho, foi um grande sucesso. Em outubro, quando ela chegou ao fim, você resolveu voltar aos palcos imediatamente, com o projeto da peça “Poema Bar”. Gos-taria de saber como ele chegou até você.

- O projeto do espetáculo nasceu de um intercâmbio com o pianista português João Vasco. Ele tinha uma grande vonta-de de fazer uma peça de poesia junto com música clássica. Aí há ainda o incentivo das comemorações do Ano Brasil-Portugal, em 2012/2013. Eu, aliás, já trabalhei e mo-rei em Portugal, entre 1989 e 1990. Tenho muitos amigos por lá, onde já fiz teatro vá-rias vezes. Mas, voltando ao João, eu não o conhecia. A gente tinha alguns amigos em comum, ele me procurou com a ideia desse espetáculo, e eu adorei de cara. É uma montagem mais descontraída, bus-ca um público jovem que não teve ainda a oportunidade de ouvir poesia. No meio da peça, a gente convida o público a recitar. Aí, eu e o João pensamos em dois poetas que não são do mesmo tempo, mas que têm muitas coisas em comum, como mu-lheres, boemia, bar, vinho, uísque, que são o Fernando Pessoa e o Vinicius de Mora-

Alexandre Borges é bastante diferente de seu último personagem na televisão, o Cadinho de “Avenida Brasil”, que caiu no gosto do público masculino por ter terminado a história casado com três mulheres. Aos 46 anos, o ator passou 20 deles ao lado da mesma companheira, a atriz Júlia Lemmertz, 49 anos. Juntos, os dois têm um dos relacionamentos mais antigos do meio artístico. Com Julia Lemmertz possui um filho, Miguel, 12 anos. E é padrasto de Luíza, filha do primeiro casamento de Júlia, com Ál-varo Osório, executivo da Globo.

Mas o ator volta a ser eclético quando se trata de atuação. Já fez mais de 50 traba-lhos na Globo, entre novelas, séries e especiais, mais de 30 filmes, além de dezenas de peças de teatro. Na última delas, que passou por São Paulo em novembro, Alexan-dre Borges misturou dramaturgia com música clássica e literatura. Em “Poema Bar”, o ator mostrou uma nova faceta ao recitar poemas dos escritores Fernando Pessoa (1888-1935) e Vinicius de Moraes (1913-1980), ao lado do pianista português João Vas-co e das cantoras Mariana Moraes (neta de Vinicius) e Sofia Vitória.

Na entrevista a seguir, o ator conta um pouco dos seus gostos literários, de como eles se relacionam com sua carreira no teatro e de como as duas coisas coexistem com o trabalho na televisão, que o faz conhecido em todo o país. Diz ainda, claro, que pretende dedicar o finalzinho deste ano a curtir a companhia da mulher e do filho.

es. E convidamos a Mariana Moraes, neta do Vinicius que é cantora, para fazermos uma parceria com o Sesi. É muito infor-mal. A gente faz uma homenagem com o João no piano, a Mariana e a Sofia Vitória cantando fados e outras músicas e eu reci-tando poesia. Já fizemos o espetáculo, que tem uma hora, em bares, na embaixada do Brasil em Berlim e no morro do Vidigal. Vamos passar por outras cidades e pensa-mos em fazer um DVD.

Você é um ator que gosta bastante de literatura. Gostaria que você falasse um pouco, por exemplo, dos escritores que você recita em “Poema Bar”, que são o Fernando Pessoa e o Vinicius de Moraes, e de como eles influenciaram a sua vida.

- O Fernando Pessoa mexe muito com a memória que eu tenho de quando eu morei em Portugal. Eu tinha 24 anos e fui para lá trabalhar como assistente de dire-ção em uma montagem de “Gota d’Água” (1975), do Chico Buarque (com Paulo Pontes). Ainda tenho vários amigos des-sa época, foi minha primeira experiência morando fora e sozinho. Fui apresentado ao Fernando Pessoa e, é claro, me apai-xonei. Ele é um cara de uma complexi-

O Fernando Pessoa mexe muito com a memória que

eu tenho de quando eu morei em Portugal.

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dade muito grande, tem um olhar muito diferente sobre a vida. Na peça, eu leio o Álvaro de Campos, no mesmo livro que eu ganhei na cidade do Porto, 20 anos atrás. Já o Vinicius me traz à memória recor-dações infantis, de uma época em que ele escreveu músicas e fez peças para crian-ças. Me lembra a vida de um poeta que viveu como um poeta. É muito sobre isso. Eu conheço a Suzana Moraes, filha dele, que me chamou para fazer um longa em 1990. Conheço também a neta, com quem fiz uma peça em São Paulo. E aí fui conhe-cer a poesia dele, que é muito diferente dele como escritor ou como cantor. Quan-

6 ENTREVISTA

do li, descobri algo tão belo e profundo. Brasileiro e carioca.

Além de Fernando Pessoa, você gosta de algum outro escritor da literatura por-tuguesa?

- Nessa época em que morei em Por-tugal li muitas coisas. Li Mário de Sá Carneiro (1980-1916), que precedeu um pouco o Pessoa e foi muito importante, li Florbela Espanca (1894-1930), todos com vidas muito trágicas e repletas de melancolia. A Florbela tem uma vida bem sofrida... Ando lendo também al-

gumas coisas do José Saramago (1922-2010). Li “O Ano da Morte de Ricardo Reis” e gostei muito...

E da literatura brasileira?

- Um autor brasileiro de quem gosto muito e com quem já trabalhei no teatro foi o João Guimarães Rosa (1908-1967). Já fiz uma peça em cima de “Corpo de Bai-le”. E considero “Grande Sertão Veredas” um livro obrigatório. É um livro no qual você entra na linguagem e rapidinho você lê. Também gosto muito de Manuel Ban-deira (1886-1968) e Carlos Drummond de

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Já o Vinicius me traz à memória recordações

infantis, de uma época em que ele escreveu músicas e fez peças para crianças. Me lembra a vida de um poeta que viveu como um poeta.

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Andrade (1902-1987), que são autores ge-niais. E muitos outros.

E quem são os seus dramaturgos fa-voritos?

- Eu tenho uma peça com a qual costu-mo me apresentar que se chama “Eu te Amo”, que fiz no Teatro Folha no começo do ano. É a segunda peça que eu faço do Arnaldo Jabor. Já encenei também “Eu Sei que Vou te Amar” dele. Acho ele um cara bem interessante, profundo. Ele es-creve muito bem e tem um texto bastante teatral. Gosto também do Plínio Marcos (1935-1999), que foi um cara muito im-portante. Nelson Rodrigues (1912-1980) eu já fiz só na TV, nunca fiz no teatro. Gos-to de estar ligado em autores nacionais e até prefiro fazer autores nacionais.

Existe alguma peça que você gostaria de fazer e ainda não teve a oportunidade?

Gosto muito de “Esperando Godot” do Samuel Beckett (1906-1989), que passa pelo drama, pela comédia. Eu tenho mui-ta vontade de fazer essa peça um dia.

A peça “Poema Bar” passou por ci-dades do Estado de São Paulo em no-vembro. Gostaria que agora você me falasse um pouco sobre a sua relação com a cidade.

- Eu tenho uma relação muito forte com São Paulo. Sou de Santos e sempre vivi cercado de paulistanos, com pessoas que vão tirar as férias na praia. Quando eu re-solvi que queria ser ator, aos 17, 18 anos, São Paulo era o meu Eldorado. Eu pre-cisava vir para a cidade. Foi o que acon-teceu em 1985. Eu vim e fiquei dez anos fazendo teatro aqui. Trabalhei com o Zé Celso, fiz filmes, como “O Invasor” (2001), do Beto Brant, além de muitas novelas que se passaram em São Paulo. Foi um lugar que me marcou muito.

Você acredita que o fato de trabalhar em uma novela da Globo abre portas também no teatro?

- Acho que sim, sem dúvida. Me dá mais possibilidades de produção, de conseguir montar parcerias com pessoas interes-sadas em me patrocinar. Fui no ano pas-sado para a Alemanha. Muita gente foi

lá ver o Jacques Leclair (personagem de Borges em “Ti-ti-ti”, de 2010) e agora a pessoa vai ver o Cadinho (de “Avenida Brasil”). Tem muita gente que vai te ver no teatro porque você é ator de novela.

É difícil para um ator conciliar trabalhos na televisão e no teatro? Como esses dois tipos de atuação modificam a sua rotina?

- Até consegui fazer algumas viagens com a peça “Eu te Amo”, mas depois não deu mais. Tem um monte de coisa que a gente tem que pensar quando a gente faz uma novela. No dia que tem chuva, por exemplo, a gravação é suspensa, aí muda a data da cena. Tem dia que você pode demorar três ou dez horas para terminar uma cena. Não dá para saber e exige de-dicação integral.

O que pretende fazer neste final de ano?

- Agora em dezembro, vou fazer “Eu te Amo” em São Bernardo. E estou terminan-do de apresentar a peça em algumas cida-des. Mas quero tirar esse finalzinho de ano para curtir a Júlia (Lemmertz, sua mu-lher), o Miguel (filho do casal) e viajar.

8 ENTREVISTAR

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Patrimonial e Serviços Gerais do Brasil. Uma posição que ela conquistou graças a constantes investimentos

em tecnologia, infraestrutura e treinamento, afinal são mais de 14 mil funcionários à sua disposição. É assim

que se cuida bem do maior patrimônio que existe: as pessoas. Prefira a presença inteligente da Embrase.

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Matriz São Paulo

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Os novos empreendimentos imobiliários vêm incorporando à planta do edifício um novo ambiente: a varanda do aparta-mento integrada à sala. Presente em apartamentos de todos os portes, a sacada pode incorporar churrasqueira, espaço gourmet, móveis e outros objetos de decoração que acomo-dam os moradores como se fosse uma sala de estar – o que se torna um forte apelo de venda. A onda foi tão bem aceita que mesmo os moradores de imóveis mais antigos estão re-formando seus apartamentos para integrar os dois ambien-tes, ganhando espaço e praticidade.

A designer de interiores Daniela Colnaghi explica que os be-nefícios de se ter um espaço integrado é o conforto que ele pro-porcionará aos moradores e também às visitas. Para não er-rar na decoração, ela recomenda que a coerência entre os dois ambientes seja levada em consideração. “A integração deve ser

Varanda integrada:

estenda seu conforto

Designers dão dicas para fazer da sacada, varanda ou terraço uma continuação da sala de estar

total: gesso, iluminação e piso devem ser do mesmo formato, ta-manho e cor, pois com isso o ambiente amplia com a continui-dade desses materiais”. Segundo a arquiteta Cynthia Guazzelli, também precisam ser levados em consideração móveis e pisos que não sejam muito sensíveis ao sol e até mesmo às chuvas, evitando ainda cores muito fortes que possam desbotar com o tempo. “Geralmente o sol incide diretamente sobre os móveis, deixando-os com aspecto envelhecido, principalmente os teci-dos. Além disso, deve-se criar algo com boa circulação e que seja aconchegante, sem muitos móveis”, orienta.

A modernização do ambiente também é um fator essencial para quem busca a integração da varanda com a sala. Um dos principais objetos utilizados nas obras de fechamento da saca-da é o vidro. Arquitetos afirmam que essa é uma forma de pre-servar a paisagem, e que as lâminas podem ter uma abertura

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em forma de sanfona. “A instalação de vidros é essencial para a integração e conservação dos móveis, lembrando que deve ser pensada em uma climatização para todo este espaço”, in-forma Daniela. A disposição dos vidros na varanda, segundo ela, é aconselhada também para o controle da ventilação, caso não haja portas entre a varanda e a sala. Cynthia ressalta também a importância da aprovação do projeto junto ao condomínio e a escolha dos móveis que ocuparão o novo ambiente.

Cynthia e Daniela concordam que o planejamento é funda-mental e deve levar em consideração os hábitos e rotina dos moradores para que seja feita a escolha adequada do mobiliário, buscando conforto e aconchego. Além disso, Daniela recomenda deixar uma boa circulação entre os ambientes, abusando na de-coração, o que traz um clima convidativo para o lazer e relaxa-mento. “A fórmula ideal para escolher o modelo de decoração é a mistura dos estilos, pois é possível criar um espaço único com

DICAS DA GRAICHE

O fechamento de varanda e sua ocupação são fatos recen-tes e não possuem regulamentação legal. Assim, a regra fica por conta de deliberações nas assembleias de condomínios e principalmente do bom senso dos moradores, evitando as-sim os conflitos que só serão resolvidos com ações na Justiça.

De acordo com o Dr. Cesar Cury, advogado da Graiche Construtora e Imobiliária Ltda., atualmente em função da legislação do município de São Paulo, a tendência das cons-trutoras é criar plantas com dormitórios maiores e salas pequenas conectadas a uma ampla sacada.

O advogado dá dicas para minimizar os problemas na hora de integrar a varanda com a sala:

• Procurar o síndico ou a administradora do condomínio para solicitar autorização para o fechamento da sacada;

• Deve ser seguido o parâmetro estabelecido pela assem-bleia de condôminos;

• Não se pode interferir no padrão do conjunto; qualquer modificação que reflita na fachada da unidade em desacordo com a estética do conjunto demanda a autorização de todos os condôminos;

• Na ata de reunião que aprova a obra deve constar o pa-drão que será seguido, se foi permitida a colocação de cor-tinas e os parâmetros de ocupação do local;

• O projeto de integração da varanda deve se preocupar em preservar a fachada do edifício, em não desfigurá-la e nem em desvalorizá-la;

• Com a integração de ambiente é natural que a utilização do espaço seja frequente. Porém, é preciso prestar atenção aos limites de urbanidade e não comprometer o sossego e a salubridade dos demais condôminos;

• É necessário verificar com a construtora responsável pela obra se a técnica construtiva empregada no local per-mite sobrepeso;

• É vedada a colocação de sobrepeso sobre a laje.

o perfil do morador”, orienta. De acordo com Cynthia, as vantagens em propor essa inte-

gração conduzem, em alguns casos, à solução de um problema de espaço: “Hoje em dia as salas estão cada vez menores, então a solução de aumentar a área utilizando a varanda amplia os espaços e aumenta a entrada de luz no imóvel”, explica. Já a desvantagem fica por conta do envidraçamento da varanda, que pode esquentar o apartamento, tornando-o mais abafado.

A arquiteta e a designer de interiores fazem coro em outro ponto crucial, no caso de eventuais reformas: toda e qualquer mudança estrutural no imóvel, grande ou pequena, simples ou complexa, deve ser informada ao síndico do prédio, evitando ris-cos de segurança a todos os moradores e respeitando as regras do condomínio.

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A integração deve ser total: gesso, iluminação e piso devem ser do mesmo formato, tamanho e cor, pois com isso o ambiente amplia com a continuidade

desses materiais.

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Todos os dias surgem novas pesquisas para a cura do câncer. Os esforços são voltados para o desenvolvimento de técnicas que possibilitem um melhor diagnóstico da doença com tra-tamentos adequados a cada tipo de câncer, contribuindo para que as chances de recuperação sejam completas. Um exemplo recente, divulgado no início deste ano, é o projeto de pesquisa liderado por uma jovem norte-americana de apenas 17 anos,

que conseguiu eliminar células cancerígenas em ratos. Com o auxílio de uma bolsa de estudos, Angela Zhang

passou dois anos trabalhando na utilização de na-nopartículas para identificar as células cancerí-

genas, o que foi possível graças à combinação de uma droga à base de salinomicina inje-

tada nos animais. Após terem se pren-dido às células doentes, as nano-

partículas permitiram, através de ressonâncias magnéticas,

identificar a localização exa-ta de onde poderão se for-mar os tumores. Por meio de uma luz infravermelha, as nanopartículas são der-retidas, liberando o medi-

camento que eliminará as células cancerígenas de dentro

para fora. Quando testada em ra-tos, a tecnologia erradicou quase

A tao sonhada cura do cancer

Pesquisas e novos métodos de tratamento terapêuticos estão sendo desenvolvidos com

foco na medicina personalizada

12 CuIdE-SE

que completamente os tumores. O meio científico lamenta que esse tipo de pesquisa seja tão

raro, já as últimas estatísticas apontam aumento no número de pessoas com câncer. Atualmente, os tipos de câncer mais comuns são o de mama, pulmão, próstata, cólon e estômago. Coincidentemente, dois tipos mais frequentes de câncer (mama e próstata) estão entre os três primeiros na pesquisa do INCA (Instituto Nacional de Câncer) de incidência da doença no Bra-sil: espera-se que 60.180 novos casos de câncer da próstata e 52.680 de mama ocorram em 2012. O instituto explica que os dois tipos são os que mais acometem homens e mulheres em todo o mundo. A idade, nos dois casos, continua sendo o princi-pal fator de risco. No caso do câncer de próstata, o aumento da expectativa de vida no Brasil também pode explicar o número alto de incidência.

Hoje, os tratamentos mais comuns são a quimioterapia, radio-terapia e a cirurgia oncológica. Entretanto, pesquisas recentes tiveram como objetivo principal o desenvolvimento da medicina personalizada para o tratamento do câncer. De acordo com o pro-fessor e oncologista dos hospitais Samaritano e Albert Einstein, Dr. Auro del Giglio, a análise da constituição genética do tumor permite avaliar suas alterações específicas. “Essas alterações, por sua vez, podem se constituir em um alvo para intervenção com alguma medicação que seja específica para bloquear os efeitos dessa alteração genética. Dessa forma, algumas doen-ças, como exemplo, a leucemia mieloide crônica, alguns casos de câncer de pulmão, de rim e de melanoma que eram incurá-

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veis com tratamentos convencionais passaram a exibir respos-tas a tratamentos alvo-direcionados”, explica.

Segundo o oncologista, os tipos de câncer com mais chances de recuperação são o de mama, do colo do útero e de prósta-ta – se detectados em fase precoce – , tumores de testículo e tumores hematológicos (linfomas, leucemia mieloide crônica). Já os mais fatais são os de pâncreas, rim, melanoma e glioblas-toma. As prevenções para qualquer um desses tipos da doença são consagradas: autoexames e checkups, que aumentam as chances da descoberta precoce da doença. Dieta saudável e ba-lanceada, prática de exercícios físicos e a eliminação de tabaco e álcool são obviamente fatores também relacionados a uma in-cidência muito menor de tumores.

O futuro das pesquisas para a cura do câncer pode ser promis-sor, como também decepcionante. Especialistas informam que os ensaios clínicos têm anos de duração e demoram em média uma década para chegar à população. E nem sempre os resulta-dos são os esperados. No IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer) são iniciados 20 novos projetos de pesquisa por ano, sen-do que cada um envolve em média 8 pacientes (160 voluntários no total). Para o Dr. Auro, o desenvolvimento de uma abordagem cada vez mais personalizada para cada caso de câncer pode ser a solução que todos precisam. “Espera-se, desta forma, conseguir diminuir a toxicidade do tratamento e permitir o controle prolon-gado de vários tipos de casos de câncer, convertendo-os em do-enças crônicas controláveis com boa qualidade de vida, como é o caso hoje do diabetes e da hipertensão”.

Técnica elaborada na USP permite o melhor tratamento de câncer de pele

Existem dois tipos de câncer de pele: o melanoma e o não

melanoma. O melanoma cutâneo tem origem nos melanóci-tos (células produtoras de melanina, substância que determi-na a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos. O melanoma representa apenas 4% das neoplasias malignas do órgão, apesar de ser o mais grave devido à sua alta possi-bilidade de metástase. O outro tipo é o tumor mais frequente no país e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados. Apresenta altos percentuais de cura, se for de-tectado precocemente. Entre os tumores de pele, o tipo não melanoma é o de maior incidência e mais baixa mortalidade. A estimativa para este tipo de câncer em 2012 é de 134.170 novos casos, segundo o INCA.

Contudo, já existe uma nova técnica para a cura e trata-mento desse tumor: desenvolvido no Instituto de Física de São Carlos (IFSC), na Universidade de São Paulo, a terapia fotodinâmica (TFD) investiga como a luz pode destruir um vaso sanguíneo e, dessa forma, cortar a via de alimentação de um tumor para enfraquecê-lo. Segundo o professor de Física e orientador do projeto, Vanderlei Bagnato, a terapia consiste na utilização de um medicamento que chega às cé-lulas tumorais. Quando elas são iluminadas através de um fotossensibilizador, ocorre uma foto reação que leva essas células à morte. “Isso é o princípio fotodinâmico que, na ver-dade, está sendo utilizado para matar qualquer tipo de célula cancerosa, e também micro-organismos”. Durante a pes-quisa, 90% dos casos tratados com essa técnica obtiveram sucesso. De acordo com o professor, a terapia também se aplica para outros tipos de câncer.

Bagnato ainda informa que a técnica já está comercial-mente disponível. “Nós estamos fazendo um trabalho de abrangência social com esta terapia fotodinâmica para viabi-lizá-la e mostrá-la aos governos e hospitais particulares para que eles adotem este tipo de tratamento no combate contra o câncer de pele”, finaliza.

O futuro das pesquisas para a cura do câncer pode ser promissor, como também decepcionante. Especialistas informam que

os ensaios clínicos têm anos de duração e demoram em média uma década para

chegar à população.

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Brasil e Portugal celebram suas identidades

Países organizam intercâmbio cultural e promovem eventos artísticos, científicos, empresariais e esportivos,

marcando o Ano de Portugal no Brasil e o Ano do Brasil em Portugal, que ocorrem simultaneamente

Nos últimos anos o Brasil vem sendo palco de diversos eventos culturais envolvendo a identidade de outros países. Como exem-plo, podem-se citar as homenagens prestadas no Ano do Japão no Brasil em 2008, no Ano da França no Brasil em 2009 e no Ano da Itália no Brasil em 2011. Essas ações são vias de duas mãos, já que o Brasil também é celebrado em outros países, sempre com o mesmo propósito: aprofundar o conhecimento e estreitar o relacionamento diplomático, social e cultural entre duas nações.

Neste ano de 2012, no representativo 7 de setembro, dia da proclamação de nossa independência, foi oficialmente lançado em Brasília o Ano de Portugal no Brasil. Nessa data, um encon-tro musical entre a cantora portuguesa Mariza e a brasileira Roberta Sá, acompanhadas pela Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, deu início à cerimônia que inaugurou uma longa lista de eventos e homenagens.

Outros dois espetáculos foram realizados, em Belo Horizon-te e no Rio de Janeiro, respectivamente. A cantora Mariza e o

cantor e compositor Milton Nascimento se apresentaram no Teatro do Palácio das Artes, na capital mineira, dois dias após a inauguração em Brasília. Na capital carioca, o show da dupla aconteceu no dia 12 de setembro no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. “Apesar de uma história muito entrelaçada, o Brasil contemporâneo não é tão conhecido em Portugal; por isso bus-camos estreitar os laços com um ano repleto de eventos”, disse o presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e comis-sário do Ano do Brasil em Portugal, Antônio Grassi.

Na inauguração das homenagens foi lançada nos dois países uma programação rica e diversificada, abrangendo as seguintes áreas: cultura, ciência, tecnologia/inovação, economia/desen-volvimento empresarial e esportes. O Ano Brasil/Portugal é a sequência de uma série de celebrações no território brasileiro envolvendo países diretamente ligados à sua história, seja como colonizador, no caso de Portugal, ou como imigrantes que aqui se instalaram e criaram raízes definitivas. O programa é desen-

14 CulTuRA

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volvido por meio de uma estrutura de cooperação de entidades e agentes públicos e privados.

Criados por resolução do Conselho de Ministros dos dois países, os eventos são iniciativas vistas como uma oportuni-dade para revitalizar a imagem nacional, promover a cultura e a economia, além de estreitar os vínculos entre as socieda-des. A realização das homenagens tem como objetivo mostrar e apresentar aos brasileiros um Portugal moderno, inovador e aberto, além de demonstrar toda sua cultura e diversida-de. Para isso, até o dia 10 de junho de 2013, um conjunto de múltiplas iniciativas culturais e empresariais será promovido envolvendo os dois países.

Nos próximos meses, eventos ligados à cultura portuguesa,

vários outros exemplos de um Portugal novo que já não são mais aquelas caravelas do nosso imaginário. A gente pode conhecer este Portugal e mostrar um Brasil que tem uma diversidade cul-tural muito ampla, que não é só o Brasil das novelas”, diz.

Portugal receberá ao longo de dez meses uma rica programa-ção cultural brasileira, passando por apresentações tradicionais até o momento mais atual da arte do Brasil. Diferentes mani-festações como teatro, cinema, música, literatura, artes plásti-cas, dança e gastronomia, entre outras. A programação conta com renomados artistas que se apresentarão gratuitamente nos territórios lusos: Ney Matogrosso, Monobloco no Terreiro do Paço, Martinho da Vila, Zeca Baleiro, Bibi Ferreira, Marília Pera e Bárbara Paz.

Para saber mais e conhecer o calendário completo de eventos, acesse o site http://www.anobrasilportugal.com.br.

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Apesar de uma história tão entrelaçada, o Brasil contemporâneo não é tão conhecido em Portugal; por isso buscamos estreitar os laços com um ano repleto de eventos.

como apresentações teatrais, musicais e de dança, jornadas de arqueologia, exposições, gastronomia, feiras de livros, festival de cinema, congressos, torneios de golfe, encontros empresariais e seminários estarão espalhados por diferentes Estados brasileiros.

Além da cultura, Brasil e Portugal buscam trazer mais dina-mismo às relações comerciais e de cooperação científica. “Não é só a celebração do que nos aproxima, mas também a moder-nidade dos dois países”, comentou o chanceler Antonio Patriota durante a inauguração do evento, ao lembrar que os países têm intercâmbio nas áreas de ciência, tecnologia e inovação. Segun-do o Itamaraty, Portugal é o destino mais procurado pelos can-didatos a bolsistas do Programa Ciência sem Fronteiras (12 mil pedidos e 2,1 mil bolsas concedidas).

De acordo com Antonio Grassi, essa é uma boa oportunidade de estreitar os laços entre as duas pátrias e pensar em uma con-tinuidade para além da série de eventos.

“Nossa intenção é fazer com que este intercâmbio ganhe uma estrutura mais definida em Portugal e aqui, deixando frutos. Há um desconhecimento muito grande, por nossa parte, e em todas as áreas, do Portugal contemporâneo. E como o grupo, eles têm

Roberta Sá (foto acima -Sté Frateschi) e Mariza (Divulgação).

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16 GASTRoNomIA

os pasteis de BelemPortugal possui uma incrível variedade de sabores em sua gastronomia. São iguarias doces,

salgadas, apimentadas, agridoces, cítricas, entre outras, que temperam o paladar dos portugueses e turistas que visitam o país. Porém, não é preciso viajar até Portugal para conhecer a história e

saborear uma de suas receitas mais famosas: o Pastel de Belém.

A história do doce começou em 1834, quando todos os con-ventos de Portugal foram fechados em consequência da Revo-lução Liberal de 1820. Como forma de sobreviverem, os monges do Mosteiro de Jerónimos, em Belém, inventaram a receita e começaram a vender os primeiros pasteis. Logo a iguaria ficou conhecida como Pastel de Belém, sendo consumida e aprecia-da por moradores da região e turistas que visitavam a Torre de Belém e o Mosteiro.

Com o fechamento do mosteiro em 1837, o confeiteiro do con-vento vendeu a receita para o empresário português Domingos Rafael Alves e os doces passaram a ser comercializados por ele. Hoje está aos cuidados da quinta geração da família que guarda

Ingredientes: • 1 pacote de massa folhada laminada• 3 xícaras (chá) de leite• 2 xícaras (chá) de leite condensado

• 6 gemas• 1 xícara (chá) de açúcar cristal• 2 colheres (sopa) de amido de milho• 1 colher (café) de essência de baunilha

• Açúcar de confeiteiroModo de preparo:Recheio: Em uma panela, colocar o leite, o leite conden-

sado, o açúcar, as gemas e, por último, o amido de milho.

Misturar até engrossar e reservar.Montagem: Deixar a massa folhada na geladeira até o

momento de usá-la. Cortar em quadrados médios, dobrar

ao meio por duas vezes, abrir a massa na forminha e mol-

dar. Colocar o creme dentro da massa e levar para assar

em forno pré-aquecido a 200 graus Celsius por 15 minutos.

o segredo da receita a portas trancadas. Os originais são fei-tos atualmente em Lisboa, capital portuguesa, na loja Pasteis de Belém. Os mestres pasteleiros que trabalham na cozinha, intitulada de “Oficina do Segredo”, são os poucos detentores da receita. Todos assinaram um termo de responsabilidade onde se comprometeram a não divulgar a receita original.

Conhecido mundialmente e degustado principalmente em países como Portugal, Brasil e China, o Pastel de Belém já foi considerado pelo jornal britânico The Guardian a 15ª iguaria mais deliciosa do mundo. Muitos restaurantes e confeitarias no Brasil possuem em seus cardápios o famoso Pastel de Belém. O melhor disso tudo é que você pode se arriscar a fazê-lo em casa.

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Croácia e Eslovênia atraem milhares de turistas ao coração da Europa

Alguns países oferecem ao mundo suas exóticas combina-ções de diversidade cultural, arquitetônica e paisagística como se fossem verdadeiras pérolas da civilização – e não deixam de ser. Os cenários são constituídos com castelos antigos, praias extensas e exuberantes, ilhas rodeadas de montanhas e co-bertas de gelo. Tudo fica mais atrativo com dois fatores funda-mentais: o preço acessível e a ausência de multidões. Assim, é

possível explicar por que locais como a Croácia e a Eslovênia estão sendo o destino de muitos turistas nos últimos anos. Se-gundo o Ministério do Turismo da Croácia, no ano passado o país recebeu 6,2 milhões de turistas, sendo que, somente em julho, foram três milhões de turistas, um aumento de 4,8% em relação ao mesmo mês de 2010. A Viver&Conviver traz nesta edição as principais atrações dos dois países.

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Quem visita a Croácia pela primeira vez pode se chocar com a intensidade das belezas naturais do país. Com clima agradável e temperaturas amenas o ano inteiro, conta com as praias que são consideradas as mais bonitas de toda a Europa, somando uma arquitetura variada, a riqueza histórica dos seus museus e a vida cultural intensa.

Procurado como destino principalmente no verão europeu, o país possui uma cultura de raízes bem antigas, o que possibili-ta aos turistas realizar um roteiro diversificado e conhecer relí-quias distintas, como as escavações neolíticas na localidade de Scitarjevo, as marcas de habitação na ilha de Vis, deixadas pe-los gregos antigos, e as várias construções e ruínas do Império Romano, incluindo as cidades romanas na costa da Dalmácia, destacando-se o aqueduto de Salona, o palácio do imperador Diocleciano (tombado como patrimônio histórico pela UNESCO) em Split e a Basílica de Eufrásio, em Porec.

Na capital Zagreb é possível visitar uma catedral construída

no ano de 1102 e o museu Mimara, que conta com obras de re-nomados artistas, como Renoir. A uma hora e meia da cidade encontra-se o Parque Nacional dos Lagos de Plivitce, local ideal para os amantes da natureza. A principal atração é formada por 16 lagos de água azul turquesa, colados uns aos outros, mas em níveis diferentes, o que cria mais de 96 cachoeiras entre eles. Há também uma abundante vegetação costurando inúmeras cavernas; a fauna e a flora de muitas cores e espécies formam um paraíso de quase 300 quilômetros quadrados.

Mas o que salta mesmo aos olhos no roteiro turístico é o litoral croata, com uma extensão de 750 km de areias bran-cas, águas translúcidas e mais de mil ilhas. O principal desti-no litorâneo dos turistas é a cidade de Dubrovnik, com suas ruas conservadas, conventos, palácios e muralhas, que tra-zem uma atmosfera mística ao local. A cidade antiga, murada, também é considerada patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO.

CROÁCIA

Nas fotos, litoral paradisíaco da Croácia, anfiteatro romano e centro antigo de Dubrovnik.

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20 TuRISmo

Colada à Croácia, a Eslovênia também é rodeada pela Hun-gria, Áustria e Itália. Situada no coração da Europa, sua capital Liubliana está distante da modernidade urbana de seus países vizinhos, apresentando-se aos turistas como se houvesse para-do no tempo – e, também por isso, revela-se adorável e praze-rosa. O centro da capital é dividido em dois pelo rio Lublianica: de um lado fica a parte antiga e o acesso a um castelo construído no século XII e usado pelo Império Austro-Húngaro. Do outro, fica a parte comercial e política da cidade. Porém, é na parte antiga que estão os principais pontos de cultura e lazer para os turistas: restaurantes, comércios, galerias de arte, bares e a feira de rua que acontece todos os domingos à beira do rio.

Deixando a capital, o roteiro mais almejado pelos turistas é a Ilha de Bled, que possui atrações como castelos, florestas, mon-tanhas e estações de esqui. A 70 km da capital, a região é famosa pela ilha e pelo lago Bled, adornados por arquiteturas históricas e únicas, a exemplo do Santuário da Assunção de Nossa Senho-

ra, construída no século XV.A ilha, única natural do país, também envolve magia e poesia

e é constantemente procurada por casais enamorados e em lua de mel. No lago é possível ver os reflexos do verde das árvores que o rodeiam, a neve dos Alpes e vários patos e cisnes que na-vegam nas águas geladas. No inverno, que torna a paisagem ainda mais bela, a região fica tomada por turistas e eslovenos adeptos da prática do esqui. Além do cenário e das construções históricas, o Lago Bled também atrai visitantes por outro moti-vo: rodeado por montanhas, ele não sofre com ventanias e agi-tações na superfície, e por isso mesmo é um dos destinos predi-letos em todo mundo entre os praticantes de remo e canoagem. Recomenda-se ao turista incluir no roteiro uma viagem de carro ao Parque Nacional de Triglav, onde é possível visitar as caver-nas e observar as grutas dos Alpes junto ao monte Triglav, de 2.684 metros, além de admirar as famosas flores que colorem o espaço em todas as estações do ano.

ESLOVÊNIA

Na Eslovênia, mercado central sempre muito procurado

pelos turistas e exemplo de rafting praticado no Parque

Nacional de Triglav.

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Mobilidade urbana dá espaço a discussões cada vez mais presentes no meio político e social da cidade; número de ciclistas cresce a cada ano.

22 CIdAdE

Por uma Sao Paulo melhor~

São Paulo possui sete milhões de veículos, sendo que 73% são carros. De acordo com dados cruzados entre o IBGE e o Dena-tran, a capital paulistana possui 0,59 carros por pessoa. A conse-quência desse número alto é traduzida em congestionamentos diários, acidentes e mortes. Uma pesquisa divulgada pela Rede Nossa São Paulo e pelo Ibope revelou que 80% dos paulistanos consideram o trânsito da capital paulista ruim ou péssimo. O tema ficou em quarto lugar no quesito de pior problema de São Paulo. E mais: 65% dos entrevistados afirmaram que abandona-riam o automóvel caso houvesse uma boa alternativa de trans-porte na cidade. A pesquisa também quantificou o tempo que o

paulistano perde no seu deslocamento diário: em média duas horas e meia.

Ainda seguindo a linha de raciocínio da pesquisa, atualmente a mobilidade urbana está entre os principais assuntos de interesse público, discutidos por autoridades, organizações não governa-mentais, ativistas e a população. O tema é levantado no momento ideal, pois procura soluções para novos meios de se locomover pela cidade, seja com o objetivo de trabalho, esporte ou lazer. Uma das principais soluções para o problema, além dos investi-mentos no transporte público, pode ser a construção de ciclovias e a adequação da sinalização de trânsito para ciclistas.

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Por Letícia Iambasso

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Idealizadora do projeto Cidade para Pessoas, a jornalista Natália Garcia acredita que o planejamento urbano ideal deveria utilizar o conceito que o urbanista dinamarquês Jan Gehl criou. Ele defende a construção de cidades planejadas para as pesso-as, respeitando uma escala humana, acessíveis à pé ou de bici-cleta. “Ele foi o meu grande inspirador. Foi pensando nisso que eu quis percorrer cidades pelo mundo que tivessem aplicado ideias para serem melhores para as pessoas”, revela.

Ela explica que seu projeto pretende buscar exemplos de so-luções que deram certo, seja fora ou dentro do país, e, assim, inspirar população e governantes. Para isso, já viajou e visitou diversas cidades como Bogotá, Londres, Paris, Copenhague e Amsterdam. “Meu maior objetivo é melhorar o repertório das pessoas em relação ao que é uma boa cidade. Em minhas via-gens eu vi rios poluídos voltarem a ser navegáveis, cidades com

o centro detonado que voltaram a serem amigáveis para pes-soas, trânsitos ferozes domados para espaços compartilhados com bicicletas, etc. As pessoas só vão pedir isso para suas ci-dades se souberem que é possível e se conhecerem o processo que tornou isso realidade”.

De acordo com Natália, Copenhague e Amsterdam são as principais capitais que investem em infraestrutura para as ci-clovias. Na capital dinamarquesa, os semáforos de bicicleta são sincronizados e os ciclistas conseguem encontrar os faróis libe-rados para uma rápida circulação. Algumas ciclovias são apenas faixas pintadas em grandes avenidas. O asfalto possui demar-cação para que os carros esperem a passagem das bicicletas antes de fazer a conversão à direita. Além disso, os trens me-tropolitanos possuem vagões especiais com engate para a roda traseira das bicicletas.

Já em Amsterdam há um espaço para que os ciclistas aguar-dem o semáforo à frente dos carros, pois é bem mais seguro largarem antes. Outro exemplo de mobilidade na cidade holan-desa é a rua organizada em camadas: há espaços para pedes-tres, ciclistas, carros e veículo leve sobre trilhos.

Exemplos como esses podem servir para uma cidade como São Paulo, onde, atualmente, existe a estimativa de 500 mil ci-clistas para apenas 47,58 km de ciclovias e ciclofaixas nas ruas da capital, segundo a CicloCidade - Associação dos Ciclistas Ur-banos de São Paulo. Neste número não estão inclusas as ciclo-vias/ciclofaixas com restrição de horários (com 24,1 km) e as ciclovias com sinalização de trânsito compartilhado (com 54,48

São Paulo conta atualmente com uma estimativa de 500 mil ciclistas para apenas 47,58 km de ciclovias e

ciclofaixas nas ruas da capital, segundo a CicloCidade - Associação dos Ciclistas

Urbanos de São Paulo.

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Os projetos para os ciclistas de São Paulo são múltiplos e or-ganizados. Atualmente é possível encontrar alguém para ensinar comportamento no trânsito, alugar bicicletas em estações de metrô, trem, terminais de ônibus e centros culturais, participar de passeios, movimentos e eventos, além de con-sultar as melhores rotas para ciclis-tas. Conheça alguns desses serviços:

Bike Sampa – Projeto da Prefeitura de São Paulo em parceira com o Itaú e a Samba/Serttel disponibiliza emprés-timos de bicicletas com o objetivo de facilitar a integração do ciclista com as outras modalidades de transporte pú-blico. A bicicleta pode ser usada por 30 minutos ininterruptos gratuitamente e após esse período serão cobrados 5 reais por cada meia hora subsequente. Infor-

mações e cadastro: www.bikesampa.com.br

Bike Anjo – Grupo de ciclistas experien-tes ajudam iniciantes com dicas de como se comportar no trânsito com segurança e

praticidade. Informações e contato: www.bikeanjo.com.br

Ciclocidade Itinerante – Projeto da Associa-ção dos Ciclistas Urbanos de São Paulo pro-move a formação e autonomia de ciclistas e pessoas interessadas no uso da bicicleta como

alternativa para a mobilidade urbana. Informações e contato: www.ciclocidade.org.br

Eu Vou de Bike – Site reúne as melhores ro-tas para ciclistas. É possível consultar o melhor caminho a partir do ponto de saída e chegada.

Informações: www.euvoudebike.com

WDE – Blog com dicas de passeios com gru-pos de ciclistas. As informações são organizadas

por dias da semana. Informações: www.wde.com.br

PEDALE COM SEGURANÇA

km). Ou seja, apesar do incentivo inicial, a cidade ainda precisa de mais espaços e segurança para seus ciclistas.

Thiago Benicchio, diretor da CicloCidade, comenta que apesar de não existirem estudos sobre o número ideal de ciclovias que a cidade precisa, outros pontos não devem ser deixados de lado. “Infelizmente, a infraestrutura cicloviária de São Paulo padece, pois as ciclovias não são bem feitas e possuem extensões mi-núsculas ou dificuldades/restrição de acesso (como na Marginal Pinheiros). Então, mais importante que um número de quilô-metros é que estes quilômetros sejam bem feitos e possuam uma coerência urbanística”.

Gustavo Sampaio, diretor da Pediverde - Cicloturismo, em-presa que tem como objetivo a inclusão de pessoas em viagens de bicicleta e também organiza passeios para empresas, explica que desde que começou a utilizar a bicicleta como meio oficial de transporte, há 5 anos, sua vida mudou completamente. “Ganhei muito tempo e me sinto mais disposto. Antes fazia o trajeto de ônibus para o trabalho em 1 hora e 40 minutos, hoje realizo em 40 minutos de bicicleta, e, assim, tenho mais tempo para dedi-car a projetos pessoais. A agenda fica mais folgada no dia, por-que você elimina cerca de três horas de trânsito (ida e volta) e as transforma em uma hora de exercício e duas de tempo livre, fora a sensação boa de pedalar”, informa.

Para ele, o que falta no trânsito em termos gerais é a educa-ção. Tanto dos motoristas, como dos ciclistas. “Primeiro, deve--se ensinar as pessoas a conviver com a bicicleta e compartilhar o espaço público para então integrá-la totalmente à mobilidade da cidade”. Opinião não diferente mantém o sociólogo Orson Camargo que também utiliza o veículo como principal forma de se locomover na cidade. “É preciso ter mais horários de funcio-namento, mais segurança, informar e educar os ciclistas na for-ma de conduzir a bike, conforme a legislação indica”, considera.

Natália complementa que diminuir a necessidade de deslo-camentos é primordial para melhorar a mobilidade. Por isso, defende que as ofertas de trabalho e as empresas deveriam aproximar-se dos trabalhadores, e não o contrário. “Os próxi-mos governantes precisam entender que as cidades são orga-nismos interdisciplinares. Mobilidade não é algo independente de habitação, por exemplo. As duas características precisam ser pensadas juntas”, explica.

Porém, enquanto as melhorias em infraestrutura, segurança, organização e educação não acontecem, ela dá dicas para os ci-clistas iniciantes: “Procure um Bike Anjo, organização de ciclis-tas experientes que ensinam a iniciantes as regras básicas sobre como se portar no trânsito. Irão ensinar a traçar caminhos com menos trânsito, menos poluição e menos subidas. Além disso, sempre sinalizar o que vai fazer, ocupar a rua em vez de ficar pertinho da sarjeta, porque um carro só vai ultrapassar quando estiver seguro para fazer isso sem machucar o ciclista”.

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Marcelo França

Profissional formado pela ESPM São Paulo. Possui mais de 5 anos de experi-ência atuando no mercado financeiro. Trabalhou na mesa de operações de corretoras nacionais e internacionais atendendo clientes pessoa física. Hoje é sócio e assessor de investimentos da BSSA Investimentos, escritório de consultoria financeira e gestão de patrimônio.

Leonardo Barros

Profissional com mais de 10 anos de experiência no mercado de Financial Services. Vice-Presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças IBEF-SP, é graduado em Administração de Empre-sas com especialização em Gestão de Negócios e Finanças. MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Mercado pela Funda-ção Getulio Vargas - FGV/ SP e Gestão Estratégica de Vendas pela Michigan University.

26 SEu BolSo

Li esses dias uma expressão interessante para começar nossa reflexão sobre o que vem ocorrendo na economia do nosso país e que influencia nossos investimentos e poupança: “Os juros que afagam são os mesmos que apedrejam”.

E por quê? Um cenário de juros baixos tende a melhorar o ambiente de negócios, a incrementar o crédito e a impulsionar o crescimento da economia e da oferta de empregos. Por outro lado, afeta significativamente a rentabilidade dos investimentos, impactando a construção de um patrimônio que suporte a aposentadoria.

A taxa básica de juros, a Selic, atualmente está em 7,25% ao ano. Um ano atrás, estava em 12,5%. Essa redução é extremamente benéfica para a economia, incentivando inves-timentos produtivos e aumentando a oferta de empregos. Esse é o lado positivo. Já o negativo é que o patrimônio financeiro dos investidores tende a crescer mais lentamente.

Mesmo que a taxa não se estabilize nos atuais 7,25%, certamente encontrará seu ponto de equilíbrio em patamares muito abaixo daqueles a que os investidores esta-vam acostumados a encontrar no país há um ano.

Essa transformação afeta diretamente a maioria dos investidores brasileiros, que acostumados com as altas taxas de juros, investem uma parcela desproporcionalmen-te alta em ativos que geram retornos próximos ao CDI. Nesta classe de ativos incluem--se não só os fundos DI como também estratégias de renda fixa com baixa exposição ao risco e a caderneta de poupança.

Quando avaliamos as alternativas de investimento do brasileiro, é importante con-siderarmos a inflação. Esse índice é fundamental para calcularmos o juros real - juros nominais do investimento subtraído da inflação do período. Isso porque muitas delas, quando calculadas as taxas reais de ganho, têm resultados pífios ou negativos, levando à perda de patrimônio real líquida.

Em 2012, por exemplo, tivemos resultados alarmantes sobre produtos como a pou-pança. Se considerarmos a inflação, prevista para finalizar o ano por volta de 6,5%, e a remuneração nominal da caderneta de poupança, aproximadamente 5,5%, teremos um rendimento negativo de aproximadamente* 1% ao ano. Sendo assim, quem colocou seu “suado dinheiro” na poupança, em geral, está perdendo patrimônio.

Por essas razões, caso o investidor queira manter o retorno de seus investimentos em patamares próximos ao do passado recente, terá que se mover para classes de ativos mais arriscados.

Em que direção se mover é a grande questão. Aumentar a exposição em ações seria uma alternativa. No entanto, em um país onde a grande maioria dos investidores não possui experiência com ativos de risco, a migração direta para a Bolsa não parece ser o caminho natural. O mais provável é que o investidor procure algo no meio do caminho, como uma primeira forma de se expor ao risco.

Na hora de escolher uma das muitas alternativas existentes, o importante é querer conhecer mais sobre elas, para não ser mais uma vítima do prejuízo real que muitos brasileiros sofrem por não se interessarem pelo assunto. Além disso, o que não falta são profissionais capacitados e bem intencionados para apoiar essa tomada de decisão.

O Brasil está se transformando, a economia está crescendo, o ambiente econômico está mudando. Vá e mude também! Trate o resultado do seu trabalho com a mesma energia que você acorda diariamente para ganhá-lo.

*Valores aproximados com base real, mas com objetivo de facilitar o entendimento do exemplo dado.

os juros cairam. E eu com isso?´ sxc.

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