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25 Depois de dois anos a Ford retoma produção da Série F, um dos caminhões mais emblemáticos do mercado Volta das férias Avaliação Extrapesados da Mercedes Andamos nos modelos mais parrudos da marca Mercado Efeitos colaterais Copa do mundo e Eleições empurra mercado de caminhões para baixo Segurança Presente de aniversário MAN aproveita data para dar dicas que aumentam segurança nas estradas www.rodoviabrasil.com.br Ano 3 - nº 13 R$ 8,00

Volta das férias · Setor de caminhões registra queda no fechamento do ... Estrela de quatro pontas ^ ... segmento de motores veiculares o negócio existe desde 2003 quando a MWM

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Depois de dois anos a Ford retoma produção da Série F, um dos caminhões mais emblemáticos do mercado

Volta das férias

AvaliaçãoExtrapesados da MercedesAndamos nos modelos mais parrudos da marca

MercadoEfeitos colateraisCopa do mundo e Eleições empurra mercado de caminhões para baixo

SegurançaPresente de aniversárioMAN aproveita data para dar dicas que aumentam segurança nas estradas

www.rodoviabrasil.com.br Ano 3 - nº 13

R$ 8

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Por muitos anos, o setor de caminhões aceitava a figura do executivo de escritório e sua rotina de servidor público. Terno bem cortado, horários bem definidos, despachos com outros colegas, salários polpudos enquanto o contato com o cliente era praticamente zero ou em raros momentos. E quando aconte-cia, muitas vezes, era por iniciativa do cliente que trazia alguma reclamação. A montadora cuidava da produção, entregava na revenda autorizada e quem quisesse que fosse lá e comprasse o caminhão. Quando o estoque começava a encalhar, colocavam uma propaganda para resolver o embate.

No mundo competitivo como o que vivemos atualmente, as conquistas es-tão cada vez mais dependentes dos detalhes, do trabalho em conjunto. Tudo que fizer a mais que seu concorrente será um importante degrau para garantir o sucesso no seu negócio. Esse novo perfil do mercado não é novo, já existe

há anos, mas vem apertando o cinto cada vez mais. O mercado de caminhões no Brasil está se tornan-do um dos mais concorridos do mundo e cada vez mais as pessoas terão que fazer a diferença em to-das as áreas de atuação da empresa. Se uma peça falha, o negócio fica emperrado.

Isso porque o consumidor final, seja o dono de frota ou o autônomo, está mais exigente e já não compra mais gato por lebre. Ele quer o caminhão na medida certa, nem mais nem menos. Muitas empresas já estão adotando o perfil do executivo que vai até o cliente saber o que realmente precisa para tocar seu negócio. Outras ainda mantem profissionais com pensa-mento e postura retrógadas e que sequer conhecem na prática seus produtos. Reduzir essa distância será vital para a saúde da empresa. O mercado não aceita mais garotos de recado. Querem ver a cara do dono. É como se diz no interior: os olhos do dono é que engorda a boiada!

Um forte abraço

André GomideEditor

[email protected]

Detalhes importantes

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Ano 3 - nº 13 - Julho/AgostoS i t e : w w w . r o d o v i a b r a s i l . c o m . b r

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DiretorAngelo Lastri Neto

Editor/Redação - Jornalista ResponsávelAndré Gomide, MTb Nº 17.188 [email protected] e textosHp Press ComunicaçãoRua Marina, 825 – B. CampestreCEP 09070-510 - Santo André – SPFone: 4421-3993ComercialAngelo Lastri Neto [email protected]

Editor de Arte - Selo PressMarcelo Lima, MTb Nº 22.126 [email protected]ção/Assinaturas/DistribuiçãoSandra M. Correa Rocha Lastri [email protected]ídicoCarla Lastri [email protected]çãoCamila Lastri [email protected]çoRua Maranhão, 45Sl 134 - Sto. Antônio09541-000, São Caetano do Sul - SP Fone: 11 4221.4784ImpressãoPremier Artes Gráficas

Periodicidade - Bimestral

Edição nº 13, Julho/Agosto - 2014Circulação - AgostoTiragem - 100.000 exemplares

Auditoria - MT Auditores independentes. Rodovia Brasil é uma publicação da ALN Mídia e é proibida a reprodução total ou parcial de matérias sem autorização seja qual for o canal de divulgação impresso ou digital. As matérias são de responsabilidade dos autores e não representam, necessariamente, a opinião da revista.

SEÇÕES

NotasAs principais notícias do setor também lidas em nosso site^̂6

MATÉRIAS

LançamentoVolvo faz edição especial do VM para festejar bom desem-penho nas vendas^̂14

MercadoSetor de caminhões registra queda no fechamento do primeiro semestre. Culpa foi da Copa e das eleições^̂16

Conversa de CaminhoneiroDantas comenta sobre as eleições e mostra como se informar melhor para escolher bem os candidatos^̂20

SegurançaMAN aproveita data comemorativa do Dia do Motorista para dar dicas que aumentam a segurança nas estradas^̂22

TecnologiaMercedes vai mostrar na próxima edição do IAA na Alemanha o caminhão do futuro que roda sem motorista^̂28

LançamentoFord volta atrás e retoma produção da linha Série F que chega com atualizações e preços mais altos^̂24

Avaliação/Teste Rodamos com os caminhões rodoviários Axor e Actros, os mais sofisticados da Mercedes^̂10

CompetiçãoLeandro Totti vira mito na Fórmula Truck ao conquistar cinco vitórias seguidas^̂18

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Volksbus no Equador

A MAN Latin America, fabricante dos veículos comerciais Volkswagen e MAN, fechou negócio para fornecer 46 ôni-bus com chassis Volkswagen para cidade de Guayaquil no Equador. Essa é a primeira vez que os modelos Volksbus 17.210 OD e 17.230 EOD vão compor a frota da cooperativa José Joaquin de Olmedo. Segundo Ricardo Albuquerque, gerente executivo de Vendas Internacionais da montadora o sucesso do negócio foi obtido graças ao baixo custo de manutenção do produto. Além disso, a robustez e o desempenho de nossas unidades foram fatores relevantes na decisão pela marca Volkswagen”, afirma.

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Estrela de quatro pontas

Mercedes-Benz, patrocinadora oficial da Federação Alemã de Futebol, ampliou o número de estrelas na carroceria do caminhão Actros usado para transportar os campeões da Copa do Mundo de futebol realizada no Brasil para a festa realizada em Berlim. Como nos outros três títulos anteriores, cerca de 500 mil pessoas foram às ruas para prestar home-nagem aos jogadores e comissão técnica da equipe alemã.

Teto aerodinâmico

A Coopercarga, operadora logística que atua no Brasil e no Merco-sul, em parceria com a JOST Brasil, colocou em teste os primeiros difusores de teto do país em duas carretas da frota. Os acessórios aerodinâmicos foram importados da Alemanha e são indicados como complemento para a parte traseira de reboques e semirreboques. Além gerar mais segurança e conforto ao motorista, o acessório também traz economia de combustível e redução das emissões de CO₂ por ser um sistema de redirecionamento do fluxo de ar. A tec-nologia prevê ainda outras inúmeras vantagens. A expectativa é que o equipamento contribua para uma economia de 3 a 4% no consumo de combustível, redução da turbulência (que gera um efeito de fre-nagem sobre o veículo), diminuição do efeito spray na parte traseira do semirreboque em dias chuvosos, redução da projeção de neblina e poeira em condições meteorológicas adversas, entre outras. Os testes nos dois semirreboques devem ser concluídos no período de seis meses. Avaliações semelhantes já foram realizadas na Europa e os resultados positivos possibilitaram a comercialização do produto no mercado regional.

^̂Scania na mineração

A Scania participa da tradicional feira de mineração Equipomining, realizada em Minas Gerais, expondo produtos e serviços. Este ano a marca levou oito caminhões para aplicação fora de estrada que foram espalhados pelo estan-de de 400 m2. Além da apresentação estática, a feira mineira se caracteriza pelos testes de demonstração onde os clientes podem ver e participar de manobras reais de desempenho. Os visitantes puderam ver em ação a linha 2014 da marca que tem entre as novidades o câmbio 100% auto-matizado Opticruise, o Driver Sup-port, e o freio auxiliar Retarder. Os clientes tiveram a oportunidade de o modelo G 440 6x4 e um P 250 com caçamba. O Scania P 310 6x4 e o G 440 8x4 também foram avaliados pelos clientes. Outro destaque foi o G 480 com tração 10x4 que pode ser equipa-da com caçamba basculante.

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nesta edição

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Padaria ambulante

A implementadora Truckvan criou para uma exposição gastronômica realizada em Curitiba uma Unidade Móvel de Elaboração de Pães e Confeitos. Equipa-da com forno elétrico industrial, fogão industrial, fritadeira, misturadeira rápi-da, modeladora de massas e itens relacionados à panificação e confeitaria. Desenvolvida para atender ao Senac-PR como escola móvel, a carreta tem aproximadamente 60 m² de área útil e capacidade para atender 15 alunos por turma. Como proporcionar maior flexibilidade no atendimento, a Unidade Móvel será fundamental para capacitar cada vez mais pessoas na área de panificação, que está entre os seis maiores segmentos industriais do Brasil.

Crescendo e aparecendo

O desempenho da Renault no setor de veículos comerciais no Brasil ain-da é pífio, mas devagarzinho a montadora francesa vem conquistando seu espaço. Seu produto, o Renault Master já desponta como líder em vendas no acumulado do ano entre os furgões médios. O modelo soma 6.472 unidades emplacadas de janeiro a julho, um aumento de 11% em comparação ao mesmo período de 2013. No geral, entre automóveis e carros de passeio, a francesa registrou uma participação de 6,4%, com 17.975 unidades emplacadas.

Caminhão elétrico

Se no Brasil o assunto ainda é tabu, na Europa a utilização de caminhões movi-dos a energia alternativa começa a dar os primeiros passos. A Daimler Trucks iniciou em Portugal uma demonstração com oito caminhões elétricos que serão usados em condições reais de operação durante um ano. O modelo é da Fuso, subsidiária da Daimler Trucks no Japão e é o pioneiro dos sistemas de propulsão alternativa no segmento de veículos comerciais. A marca Fuso, subsidiária da Daimler no Japão, abriga o Centro de Competência em Tecnologia Híbrida da Daimler Trucks e, com base nesta experiência, também é responsável pelo desenvolvimento do novo Canter E-Cell “zero emissões”, com propulsão elétrica por bateria. Assim, o primeiro caminhão leve totalmente elétrico, produzido em série, circula pelas vias livre de emissões e é quase totalmente silencioso.

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Padaria ambulante

A implementadora Truckvan criou para uma exposição gastronômica realizada em Curitiba uma Unidade Móvel de Elaboração de Pães e Confeitos. Equipa-da com forno elétrico industrial, fogão industrial, fritadeira, misturadeira rápi-da, modeladora de massas e itens relacionados à panificação e confeitaria. Desenvolvida para atender ao Senac-PR como escola móvel, a carreta tem aproximadamente 60 m² de área útil e capacidade para atender 15 alunos por turma. Como proporcionar maior flexibilidade no atendimento, a Unidade Móvel será fundamental para capacitar cada vez mais pessoas na área de panificação, que está entre os seis maiores segmentos industriais do Brasil.

DAF à mineira

A marca DAF é holandesa, mas sua postura no Brasil esta mais para a mineira. Sem muitas novidades desde que começou a produção no Brasil, na cidade de Ponta Grossa (PR), a marca vem realizando ações pontuais e discretas. A última notícia vem da sua participação na ExpoFenabrave 2014, realizada na cidade de Curitiba. Além do modelo exposto, o XF105, a montadora destacou o investimento na rede de distribuidores, que está, segundo a marca, em plena expansão, abrindo uma loja nova a cada mês. O plano é chegar a 100 revendas até 2017. O próximo passo em termos de produto será o início de montagem do modelo pesado CF previsto para o ano que vem.

Marco histórico

A MWM INTERNATIONAL, fabricante de motores, está comemorando o volume total de 50.000 mil motores fornecidos para a Volvo desde que passou a equipar o modelo VM com seus propulsores. A parceria entre as duas empre-sas existe há 29 e começou com o fornecimento de motores marítimos. No segmento de motores veiculares o negócio existe desde 2003 quando a MWM International passou a ser o fornecedor o motor de 7.2 litros para as linhas de caminhões médios e semi-pesados e para chassi de ônibus destinados ao mercado local.

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Se no futebol a Alemanha está nadando de braçada, no segmen-to dos caminhões rodoviários extrapesados no Brasil a alemã Mercedes-Benz está parelha com a nossa seleção canarinho e vem fazendo um papel quase coad-juvante, secundário mesmo. Os times que estão levando a taça são as suecas Scania, seguida da Vol-vo. A primeira fez no ano passado um volume três vezes maior em vendas que a Mercedes, que foi igualmente superada pela Volvo

numa proporção de 2:1. É uma situação curiosa, pois em termos de produto, a Mer-cedes não fica muito atrás e oferece versões específicas para qualquer tipo de aplicação, a exemplo das suas concorrentes.

Se estava faltando foco específico no seg-mento, a Mercedes foi buscar um executivo que entende do assunto, Roberto Leoncini, que era o manda chuva na Scania. E no que diz respeito aos produtos, a montadora fez ajustes em todos os modelos que receberam atualizações na geração batizada de Econ-fort. A Rodovia Brasil teve a oportunidade de andar em todos, com diferentes carroce-

rias e combinações de eixo em uma pista de corrida no Rio Grande do Sul. E podemos afirmar que agora o time alemão está pronto para con-quistar mais pontos no mercado.

A linha Axor, por exemplo, que tem várias versões de motorização, recebeu uma série de aperfeiçoa-mentos dirigidos para cada uma delas. Estão incluídos ai novos eixos sem redução nos cubos para as versões rodoviárias 6x2 e 6x4, funções Mercedes PowerShift, sus-pensão pneumática no chassi, sus-

pensão a ar na cabina leito, novo interior da cabina, novo banco pneumático, nova cama e novo entre eixos de 3.100mm. O principal benefício dos eixos sem redução nos cubos é a melhora no rendimento mecânico, que resulta em menor consumo de combustível.

Com essa atualização, a Mercedes passou a oferecer mais opções para as rotas de longas distâncias com a utilização de semirreboques de três eixos convencionais e distanciados com PBTC (Peso Bruto Total Combinado) de 48,5 a 53 toneladas, bi trem com PBTC de 57 toneladas e bitrenzão/rodotrem com PBTC de 74 toneladas. Com essa novidade, os cavalos-

Texto: André Gomide, de Nova Santa Rita (RS)

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No comando da frotaAndamos nos caminhões Axor e Actros, topo de linha da Mercedes, que foram reajustados para entrar de vez na briga dos grandes

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o assistente ativo de frenagem, o controle de proximidade, orientador de faixa de rolagem e Retarder. Se der uma bobeada, o bicho grita avisando que está invadindo a faixa.

Como o conceito de segurança aqui é pleno, até funções simples como ligar o limpador de para brisa é feito com sensores. Basta começa uma garoa que a palheta começa a limpar o vidro. Os faróis também são acionados assim que a luz do dia começa a diminuir. Tudo atra-vés de sensores. E se tiver que pegar a Tran-samazônica, onde asfalto é miragem, o Actros vem com a exclusiva função “Balanceio”, que oferece um auxílio extra para sair de atola-mentos. Mas esse não teve como testar.

novas opções de posição, caso do nível de amortecimento vertical, do amortecimento horizontal e do ajuste da lombar. Sem esquecer-se da direção regulável em ângulo e altura, vidros e travas elétricas e piloto automático com limitador de velocidade, todos os itens de série.

Nessa nova geração, todas as versões com cabine leito do modelo Axor rodoviário com tração 4x2, 6x2 e 6x4 agora tem como item de série a suspensão pneumática da cabine que recebeu quatro bolsas em substituição às molas helicoidais. Com isso, os impactos causados pelas irregularidades das estradas foram suavizados. Além disso, isola as vibrações e minimiza os solavancos provo-cados pelos desníveis do piso. Só mesmo estando no comando para ver o quanto ficou mais agradável de dirigir. E no final do dia tem a nova cama em versão king size, a maior que existe, segundo a Mercedes.

Conduzindo o ACtros - Ao subir na cabine do tipo Megaespace, exclusiva do modelo Actros 2646, já é possível perceber que neste caminhão é tudo mais superativo, mais superlativo. A cabine tem piso total-mente plano e o teto fica a 1,92m do assoa-lho e a largura é de 2,26 m. Não tem como se sentir apertado nele. Além dos recursos ele-trônicos encontrados nos demais modelos da marca, algumas soluções tecnológicas

-mecânicos Axor 2536, 2541 e 2544 6x2 passam a ser equipados com a transmissão automatizada e sem pedal de embreagem, Po-werShift G-281 de 12 marchas que tem a última marcha direta. Já o Axor 2641 e o 2644 6x4, este último avaliado pela Rodovia Bra-sil, vem com câmbio PowerShift G-330, também de 12 marchas.

Para quem vai passar horas e horas, dias e dias, meses e meses no comando de um caminhão, a posição para dirigir e a ergono-mia, que é a facilidade de acessar todos os comandos, sem dúvida vem em primeiro lugar. O cami-nhão até pode ser do tipo altão, que obrigado o motorista a fazer uma escalada para chegar ao “ni-nho”. Mas, uma vez lá, deve ter tudo do bom e do melhor. Olha na foto do interior da cabine (no alto, à direita) e vai ter uma ideia do que estou falando.

O banco pneumático teve sua ergonomia redesenhada e foi totalmente reestruturado para melhor acomodação das pernas do motorista. O acesso e aciona-mento das regulagens dos bancos também foram melhorados com

n A cabine do modelo privilegia a ergonomia ao colocar todos os comandos ao alcance. A substituição

das molas helicoidais pela suspensão pneumática com quatro bolsas deixou a cabine mais confortável

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são reservadas exclusivamente para este caminhão. A posição para dirigir não difere em nada do irmão menor e repete a exce-lente ergonomia.

Mas quando se aciona a par-tida do motor tudo começa a mudar, a tomar um ar de sobera-nia. Afinal são 456 cv extraídos de um “leve” motor de seis cilindros. O comando do câmbio automatizado é uma manteiga e nele tudo fica mais fácil. É só apertar o acelerador e o bi trem começa a rodar macio. Nele o conforto beira ao exagero. O Actros rodoviário tem suspensão pneumática na traseira como item de série. Além disso, conta com sistemas exclusivos como

n Os extrapesados da Mercedes receberam uma

série de inovações para aumentar o conforto de quem dirige a produtivi-dade. Estão incluídos ai

novos eixos sem redução nos cubos para as versões rodoviárias para melhorar

o rendimento mecânico e reduzir o consumo de

combustível

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Texto: André Gomide

n Com opções de motores de 270cv ou de 330cv, o VM Estradeiro pode sair de fábrica com a caixa automatizada de 12 marchas, ou manual de nove

n Adesivos que identificam a série especial foram colocados nas laterais, no interior e na parte central do para-sol

O Volkswagen 24.280 continua sendo o semipesado mais vendido do País, mas o Volvo VM vem apa-recendo bem na fita e, como se fosse prêmio de reconhecimento pelo bom desempenho, a montadora sueca decidiu fazer uma série especial incrementado o modelo com tudo o que tem de melhor. Batizado de VM Estradeiro, com direito a selo de identificação e tudo, a edição limita-da está focada nas versões rodoviá-rias do modelo, o VM 6x2 e o 8x2.

Por fora os caminhões ganharam pintura exclusiva nas cores Prata Steel Metálico ou Branco Estradeiro. Faixas e um grafismo que remete à estrada nas laterais dão um toque especial. Os espelhos retrovisores externos e convexos têm aciona-mento elétrico, o para-sol externo e faróis de neblina, além do efeito

vidros e travas elétricos, a suspensão integrada da cabine, a entrada USB e conexão auxiliar de áudio, rádio CD com MP3 e Bluetooth.

Com opções de motores de 270cv ou de 330cv, o VM Estradeiro pode sair de fábrica com a caixa de câmbio I-Shift, de 12 marchas, recém-disponibilizada para a linha, ou a transmissão manual de nove marchas. Durante avaliação, a Rodovia Brasil pode conferir a boa rela-ção transmissão e eixo, além da ótima dirigibilidade e conforto proporciona-da pela caixa automática.

A série especial VM Estradeiro possui ainda dois tanques de combustível com capacidade total para 560 litros, o que reduz a necessidade de paradas para abas-tecer. A maior autonomia torna a viagem mais produtiva e mais segura na medida em que o motorista pode escolher criterio-samente os locais onde fará suas paradas.

estético, proporcionam melhor visibilidade e mais segurança. Adesivos que identificam a série especial foram colocados nas laterais, no interior e na parte central do para-sol.

A Volvo tem essa adição de fazer séries comemorativas como se o caminhão fosse um funcionário que cumpriu direitinho seu papel. E geralmente as edições comemorati-vas esgotam rapidamente. Para o executivo de vendas da marca, Francisco Mendonça, o VM Estradeiro é um caminhão especial cujos itens exclusivos proporcionam um conforto extra para o motorista. O VM foi o caminhão semipesado que mais cresceu em vendas nos últimos quatro anos, segundo a montadora.

Segundo Mendonça, o VM Estradeiro tem características únicas que reforçam os aspectos de conforto, segurança e cuida-do com o meio ambiente, características marcantes na linha VM. Os bancos em couro aumentam ainda mais o conforto do veículo. Mas há outros itens, como os

Prêmio de reconhecimentoPara comemorar crescimento nas vendas, Volvo VM ganhaedição especial para estrada

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Os efeitos da copa do mundo e o ano eleitoral continuam trazendo reflexos negativos para o setor de caminhões e ônibus. O fechamento do mês de julho pela ANFAVEA – Associação dos Fabricantes, mos-trou uma retração de 13,6% das vendas nos sete primeiros meses do ano. Já foram comercializados 77 mil unidades este ano, mas no ano passado a indústria vendeu

participação nas vendas de 25,49%. Mas a produção cresceu na

comparação entre junho e julho de 2014. Em julho foram montados 12,3 mil caminhões, 50,5% a mais que em junho que fechou com 8,2 mil caminhões. As exportações encerraram o mês com recuo de 19,4%: foram 1,3 mil caminhões exportados em julho contra 1,6 mil de junho. O resultado nos sete primeiros meses de 2014, com 11 mil unidades, está 17,9% inferior com relação as 13,4 mil de 2013.

O segmento dos pesados continua sendo o de melhor de-sempenho da indústria local. Foi comercializado no acumulado do ano um total de 28.769 unidades, o que resulta em participação de 40%

Mercado apresenta retração nas vendas mas índice mostra que o setor de pesados ainda esta em alta

do total de caminhões vendidos. O Scania R 440 continua sendo o modelo mais ven-dido do segmento dos pesados (3.693 uni-dades), mas o caminhão mais vendido do País volta a ser o semi pesado VW 24.280 que soma 4.255 unidades comercializadas.

No setor de ônibus os volumes são bem menores, mas o mercado registrou alta de 12,9% na produção na comparação junho – julho. Em julho foram produzidos 2,9 mil chassis de ônibus, contra as 2,5 mil de junho. Mas se comparar com o mesmo mês do ano passado a queda foi de 22,9%. Nos dados de licenciamento no acumulado do ano, a queda foi de 15,3%. De janeiro a julho foram licenciadas 15,6 mil unidades contra as 18,4 mil de igual período de 2013.

n Mesmo com o mercado em queda o Scania R440 continua líder entre os modelos extrapesado, enquanto o Volkswagen 24.280 (acima), é o caminhão mais ven-dido do mercado brasileiro no fechamento do semestre

Venda de caminhões registra queda

89,1 mil. Na comparação com o mês passa-do, entretanto, houve um aumento. Junho vendeu 10,6 mil e julho 12,4 mil.

Pelos dados da Fenabrave, que mostra os veículos emplacados, a Mercedes fez um bom mês de julho o que reforçou sua liderança no acumulado do ano no setor de veículos comerciais. A marca vendeu até julho um total de 21.033 caminhões, e a Volkswagen aparece em segundo com 19.825 unidades comercializadas, o que dá uma

Venda acumulada de caminhões em 2014Mercedes Benz ......................................... 21.033 (27,04%)

Volkswagen ............................................... 19.825 (25,49%)

Volvo ......................................................... 11.285 (14,51%)

Ford ........................................................... 10.250 (13,23%)

Scania ......................................................... 8.076 (10,38%)

Iveco ............................................................. 5.131 (6,60%)

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Mudam os adversários, mas o paranaense Leandro Totti con-tinua imbatível na temporada 2014 da Fórmula Truck. Ele e seu caminhão Volkswagen de número 73, batizado de “o marvado”, es-tão estabelecendo novos recordes para a história da categoria. Com a vitória na etapa de Cascavel (PR), passa a ter o maior número de vitórias seguidas e é o primeiro bicampeão do Campeonato Sul--Americano com uma etapa de antecedência ao somar 94 dos 96 pontos possíveis. No total já tem 15 vitórias na categoria e já pode ser apontado como o campeão da atual temporada do Campeonato

Brasileiro. Totti conseguiu 152 pontos dos 160 possíveis em cinco corridas, um apro-veitamento surpreendente.

Na etapa de Cascavel (PR) o maior adver-sário foi o paranaense Wellington Cirino (ABF-Mercedes), que foi o pole position e mostrou estar bem rápido para a prova. O companheiro de Totti na equipe MAN La-tin America e um dos principais rivais na pista, o paulista Felipe Giaffone, chegou em quinto na etapa, mas ainda é o líder com 63 pontos atrás de Totti. A equipe da MAN, por sinal, foi um dos destaques da etapa ao colo-car três caminhões no pódio com o terceiro lugar do também paulista André Marques.

O pódio foi completado por outro in-tegrante da ABF-Mercedes, o brasiliense Geraldo Piquet que completou a prova na quarta colocação. Cirino largou na frente e manteve a liderança até o fim da décima volta, quando cometeu um erro. Isso foi o

suficiente para Totti posicionar seu Volkswagen-MAN pela linha inter-na da reta principal para assumir a ponta e mantê-la até o fim. “O trabalho da minha equipe fez toda a diferença”, exultou Totti.

A quinta vitória de Totti era a coisa mais improvável se conside-rados os problemas que enfrentou antes da largada. “Tivemos um problema na sexta-feira e no sába-do, depois da tomada de tempo, decidimos trocar o motor do caminhão. No warm up antes da largada vimos que esse motor não correspondeu e a equipe fez mais um trabalho fantástico, fazendo uma segunda troca de motor em duas horas”, descreveu o vencedor.

Com o resultado em Cascavel, Cirino assumiu a vice-liderança do Sul-Americano e saltou ao ter-ceiro lugar na tabela do Brasileiro. “Depois de dois anos bem difíceis nós começamos 2014 com um ca-minhão muito bom. Agora, com a

Mercedes-Benz envolvida diretamente com o desenvolvimento, dá para sentir a diferen-ça. Para esta corrida, já baixamos o tempo de volta quase meio segundo, a tendência agora é de crescermos ainda mais”, declarou.

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Nasce um novo mitoLeandro Totti vence pela quinta vez consecutiva e estabelece um novo parâmetro para a categoria

n Leandro Totti (VW 73) aproveita um erro de Wellington Cirino (ABF-Mercedes n. 6), o pole position na etapa

de Cascavel, para assumir a ponta e conquistar sua 5ª vitória consecutiva, um novo recorde par a categoria

Texto: André GomideFotos: Divulgação

Classificação – 5ª Etapa1º) Leandro Totti (PR/Volkswagen-MAN), RM Competições, 1h00min15s3782º) Wellington Cirino (PR/Mercedes-Benz), ABF-Santos, a 0s3133º) André Marques (SP/Volkswagen-MAN), RM Competições, a 1s0124º) Geraldo Piquet (DF/Mercedes-Benz), ABF-Santos, a 2s4695º) Felipe Giaffone (SP/Volkswagen-MAN), RM Competições, a 2s761

Classificação Geral - Brasileiro1º) Totti, 152 pontos; 2º) Giaffone, 89; 3º) Cirino, 79; 4º) Andrade, 62; 5º) Piquet, 59; 6º) Salustiano, 45; 7º) Marques, 35; 8º) Monteiro e Cesquim, 30; 10º) Dirani e Jardim, 24

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Os caminhoneiros e as eleições

estradas estão ruins a culpa é dos políticos, se o frete não cobre as despesas, a culpa é dos políticos, se os pedágios estão caros a culpa é dos políticos. Agora, se os po-líticos eleitos por nós permitem que os problemas citados acima continuem, então a culpa é nossa.

Para votar direito é preciso conhecer os candidatos e suas propostas. Entender que todos estão ligados a partidos políti-cos, e que seguirão as diretrizes das bases destes partidos. Ou seja, eles dependem dos parti-dos para seguirem este ou aque-le caminho. Portanto, é preciso conhecer o programa partidário, quais os valores e caminhos que defendem como os ideais.

Isso pode ser feito via inter-net, entrando no site do partido e também do candidato. É preci-samos saber se tem ficha limpa ou suja, se esteve envolvido em escândalo, se existem processos contra ele, se esteve metido em falcatruas. Só depois disso saberemos se o candidato está capacitado para nos representar. Lembre, se você tiver registros de restrição ao crédito em seu nome, as gerenciadoras o im-pedirão de carregar e ganhar seu pão, por que com políticos deveria ser diferente?

Faça uma busca no Google juntando o nome do político e a palavra processo. Procure saber os antecedentes do político, seu desempenho em eleições ante-riores. É preciso estar atento e desconfiar de promessas de que tudo ficará melhor. Afinal, você já viu tudo melhorar só por que este ou aquele político foi eleito?

Os caminhoneiros se deslocam

por todo o Brasil e são importantes ter-mômetros para julgar se o país evoluiu ou não. Eles sabem a real situação das estradas (já que arcam com as despesas dos reparos de pneus e suspensões), co-nhecem a realidade dos portos (muitas vezes ficam dias nas filas para descarre-gar), amargam horas nos postos fiscais esperando liberação de suas notas, sen-tem o peso da inflação no preço das re-feições e momento de abastecerem seus veículos com o elevado preço do Diesel. E no final da viagem ficam somente com alguns trocados. E no começo do mês encontram esperança de que o próximo será melhor.

A eleição é a oportunidade de mu-dar o que não achamos correto, de tro-car os políticos que nos incomodam, de tirar de nossas vistas os mentirosos e de fortalecermos a esperança de que deixaremos um país melhor para nossos filhos. Por isso, programe-se para estar em sua cidade no dia 5 de outubro para que possa exercer um dos seus mais sagrados direitos: o de escolher quem vai te representar nos próximos anos. Vote consciente.

Fiquem com Deus e proteção di-vina a todos, nos encontramos na próxima edição.

Este ano, elegeremos Presidente, Senadores, Deputados Federais, Governadores e Deputados Estaduais, os cargos políticos que mais influenciam a vida dos caminhoneiros

A eleição de pessoas desprepa-radas fará com que os próximos quatro anos sejam péssimos para o trabalho, para a vida, para a eco-nomia e para o país como um todo. Os eleitos é que decidirão quais as obras são importantes, as Leis que deverão entrar em vigor e quais os destinos que o Brasil terá.

Sempre que converso com cami-nhoneiro, ouço as mesmas reclama-ções sobre as condições das estradas, o preço do frete, pedágios, carga de trabalho, corrupção, tempo de carga e descarga, e tantas outras mazelas que dificultam o dia a dia da classe.

Quando falamos em política, a reação é sempre a mesma: “essa coisa de política é muito complicada”, “eu não entendo muito desse negócio”, “não sei o que cada cargo político faz”, ou seja, total desinformação. E com esse desconhecimento elegemos políticos corruptos. A desinformação é tudo que precisam para se mante-rem no poder e, assim, tornarem nos-sas vidas mais difíceis e complicadas.

Você se lembra em quem você vo-tou nas últimas eleições? Se cumpriu as promessas de palanque? Fez algo por você ou para tornar sua vida melhor? Se compareceu nas sessões da câmara? O que fez para tornar seu trabalho mais fácil e aumentar sua renda? O que fez pela situação da saúde por este Brasil afora?

Se não souber responder, é sinal de que você precisa melhorar sua visão política, e para isso, você precisará de informação. Conhecimento é a mais importante “munição” para cobrar-mos os políticos que elegemos. Se as

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Texto: André Gomide, de São Paulo

Presente de aniversário

Para festejar Dia do Caminhoneiro, o presente da montadora MAN Latin America foram dicas para aumentar a segurança na estrada

O Brasil é rico em provérbios populares, ditos que fazem parte das nossas vidas. Quem não co-nhece o clássico É melhor prevenir do que remediar!? Esse pensa-mento resume as consequências tardias das escolhas que fazemos. Muitos motoristas ainda deixam para depois alguns cuidados com a manutenção do caminhão acreditando que tem santo forte e, por isso, com ele nada acontece. Para alertar os que desdenham da segurança, a montadora MAN Latin América, fabricante dos ca-minhões Volkswagen e MAN, para lembrar a data comemorativa da categoria festejada dia 25 de julho, reuniu algumas dicas importantes.

Manter o caminhão em dia com a manutenção é item básico da se-

minhões que rodam em trânsito inten-so ou em pavimento de má qualidade devem ficar especialmente atentos à necessidade de manutenções preventi-vas”, recomenda Carrer.

Outro provérbio bem conhecido de todos é o Devagar se vai longe. Por isso, manter velocidade adequada para cada tipo e condição de pavimento au-xilia na operação segura do caminhão e mantém você vivo. A manutenção dos sistemas de iluminação do veículo pode ser feita pelo próprio motorista diariamente. Se alguma luz não acen-der, seja no veículo ou no implemento, pode acarretar multa e até apreensão do caminhão. E depois, não adianta reclamar o leite derramado.

nA internet - Para marcar o Dia de São Cristóvão, protetor dos caminhoneiros, a montadora criou um vídeo especial, com imagens de profis-sionais rodando pelas estradas a bordo de caminhões das marcas Volkswa-gen e MAN. Ao fundo, a “Oração do Caminhoneiro”, criada para apoiar o profissional em seu pedido de pro-teção. Acesse o perfil da empresa no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=M5u7oeL8DLA.

Realizar manutenções pre-ventivas no sistema de direção e suspensão também está entre os itens mais importantes. Devem ser observados o alinhamento de direção e o balanceamento e não se esquecer de fazer o rodízio dos pneus. Além de prevenir desgastes irregulares, essa medida aumenta a vida útil do pneu, o que signi-fica maior economia. Além desse componente, suspensão revisada é garantia de maior segurança.

Com o freio a atenção deve ser permanente. Qualquer sinal de ruído anormal ou alguma irre-gularidade durante a frenagem, é recomendada a parada imediata do veículo para realização de manutenção. “Motoristas de ca-

gurança. E para isso muitas vezes basta seguir as recomendações do manual do caminhão, o que será fundamental para garantir que esteja sempre em plenas condições de uso. Cuidados simples também podem ajudar o caminhoneiro a evitar contratempos e riscos. O pneu está entre os itens que mais demandam atenção. “Estar com o pneu correto para sua aplicação, em bom estado e calibra-do, é essencial”, alerta Jorge Carrer, ge-rente executivo de Assistência Técnica e Serviços.

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De volta das fériasFord volta atrás e retoma a produção da linha Série F, que chega com três modelos e preços mais salgados. A evolução do motor está entre as principais novidadesTexto: André Gomide, de Bragança Paulista (SP)Fotos: Agência Hp Press

Três anos depois de deixar de fabricar os caminhozinhos da série F, a Ford volta atrás e retoma a montagem do seu tradicional modelo que atende ao uso urbano e, principal-mente, ao transporte rural. Como um dos mais antigos em produção, a linha do Série F arrebatou uma legião de admiradores, especialmente entre os hortifrutigranjeiros e por muitos anos ficou conhecido como o caminhão dos feirantes. Essa nova geração, que já está sendo vendida, ganhou atualizações importantes, como o novo motor 2.8 da Cummins, geração Euro V, de 150 cv. Mas o preço ficou mais salgado.

Para justificar a saída de linha em 2011 e depois a volta do modelo, os executivos da Ford ensaiaram um discurso pronto para dizer que toda a manobra estava prevista.

“O F4000, não saiu de linha”, afirma Guy Rodrigues, diretor de operações da Ford Caminhões, “ele saiu de férias”. Segundo ele, o fim da produção da Série F se deu por necessidade de ajustes técnicos na linha de produção que estava sendo organizada para a chegada do modelo extra pesado da marca. Durante esse período de descanso levaram o caminhão para o Campo de Provas da montadora, em Tatuí, para uma nova fase de desenvolvimento.

Não há como negar que o resultado foi positivo em muitos aspectos, pois o cami-nhão ficou melhor. Esta bem mais confortável, mais silencioso e com menor nível de vibração. Com o ABS com distribuição eletrônica do esforço de frenagem (EBD), que evita travamento das rodas nas freadas fortes, também ganhou muito em segurança ativa. Outro quesito que deve ser levado em conta é que o ar-condicionado nessa nova geração também passou a ser equipamento de série, ou seja, já está embutido no preço.

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Mas a Ford garante que entre outras vantagens, esse novo conjunto é cerca de 6% mais econômico no consumo de die-sel. O sistema de tratamento de resíduos poluentes é o SCR, que utiliza o Arla 32, um padrão de todos os motores da Cum-mins. Nesse motor particularmente, o ISF 2.8 de quatros cilindro e 16 válvulas, que é 90 quilos mais leve que o motor usado anteriormente, o consumo de Arla é da ordem de apenas 4 a 5% do volume de combustível consumido. Nos caminhões maiores esse consumo chega a 15%.

rodAndo nA fAzendA – Uma pista improvisada, mas que retrata muito bem as condições reais de uso na zona rural foi o cenário para um breve contato com essa nova família Série F. Carregando metade da sua capacidade de carga útil que é de 3.949 kg, o F-4000 4x2 revelou baixo nível de ruído mesmo com o motor girando pró-ximo do seu limite (3.000 rpm) e na faixa de 2.500 rpm é quase mudo. E quem esta na cabine consegue ouvir uma música com baixo volume e ainda bater um papo des-contraído com o colega ao lado. Também não lembra em nada as gerações anteriores quando o assunto é vibração.

O único senão ficou para o escalonamen-

implicar em maior consumo.No fora de estrada extremo, o F-4000 4x4

é um verdadeiro escalador e vai cumprir bem seu papel nas operações radicais. Com ele, a Ford espera voltar a ser opção para os trabalhos em serviços especiais como manutenção de redes elétricas, telefonia, água e esgoto, além de aplicações rurais diversas, suporte na mineração, construção civil e militar. O acionamento da tração é feito com botão giratório no painel poden-do optar por tração 4x2, 4x4 e 4x4 reduzida. Nessa condição executou com folgas as pro-vas de subida, saída de rampa, transposição de alagado e torção de chassi. Os ângulos de entrada (26º) e de saída (27º) são nada expressivos, mas vão conviver bem com o uso rural.to da marchas, especialmente da

primeira para a segunda. Está claro que o casamento com a nova faixa de torque do motor do Cummins ISF 2.8, que é do tipo curva plana, não ficou muito harmonioso. Ele foi ajustado para entrar em uma faixa de rotação mais alta e come-ça a falar a partir das 1.700 rpm e se mantém no topo (360 N.m.) até quase seu limite de rotação (3.000 rpm). A caixa de transmissão de cinco velocidades usada nos três modelos da linha F, por sinal a mesma dos Cargo 816 e 1119, tem a primeira marcha mais curta e a segunda um pouco mais longa.

Quando se faz a troca de marcha em uma subida, por exemplo, com as rotações próximas das 2.500 rpm, o motor cai em torno de 1.500 rpm e vai se alojar em uma faixa de rotação onde o torque é quase zero. Se o motorista não for um pouco mais artista o motor chega a apagar. É claro que as pessoas com o tempo vão aprender sobre essa característica e elevar a rotação do motor para garantir o torque na troca de marcha, mas isso vai

n A cabine da nova Série F ganhou novos revestimen-tos, mas o conforto gerado pelo menor nível de ruído e vibrações vem do motor Cummins 2.8 de 150 cv. Além de trazer a tecnologia Euro V, é mais leve e mais econômico. No fora de estrada, o F-4000 4x4 é um verdadeiro escalador

Talvez por isso os reajustes de preço aplicados em todas as versões da nova Série F tenham sido acima da média do mercado quando houve a mudança do pa-drão de motor Euro III para o Euro V em 2012. A chegada da nova e bem vinda tecnologia dos motores mais limpos provocou uma alta nos preço dos caminhões que va-riou de 8 a 12%. Na nova Série F, embora as alterações estruturais tenham sido mínimas, essa média ficou um pouco acima.

Se comparados com os últimos valores praticados pela Ford para a linha F em dezembro de 2011, ulti-mo mês de fabricação do modelo, a versão F-350, que vem com rodado simples e menor capacidade de carga, teve seu preço elevado em 14%, saltando de R$ 88.609,00 para os atuais R$ 101.290,00. No F-4000 4x2, a alta foi ainda mais forte e chegou a 19%, pulando dos R$ 98.424 praticados em dezembro de 2011 para os R$ 117.290,00 de hoje. No F-4000 4x4 a diferença foi de 14%, saltando de R$ 115.280,00 para R$ 133.290,00.

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Escrevendo a históriaA Ford fez história no Brasil com os caminhões

da Série F. Boa parte do cimento que construiu Brasília foi transportado no lombo do lendário F-600, lançado em 1956. Mas o tempo passou, as tecnolo-gias evoluíram e a montadora acabou redirecionando suas atenções para outro modelo. O último suspiro foi a desativação total da linha em 2011. O investimento para adequá-lo para a tecnologia Euro V seria alto e o volume não justificava manter sua produção.

O modelo F-4000 é um dos caminhões de maior sucesso na história do transporte no Brasil e já acumula mais de 170 mil unidades vendidas e possui uma legião de apaixonados compradores. Para medir o termômetro do mercado a Ford fez uma venda antecipada do modelo pela internet e emplacou mais de 800 caminhões vendidos em um mês. A montadora também conseguiu homologar os três modelos junto ao FINAME para financiamento de 100% do bem. Ai ficou fácil.

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A Mercedes já anunciou o ano para a chegada do caminhão do futuro, onde o motorista será um descontraído passageiro

Futuro com data marcada

das as telas adicionais no painel. A cabina já possui áreas separadas a de trabalho do motorista e a de descanso. Mas isso vai evoluir com o projeto do caminhão que será desenhado para receber essa tecnologia.

Visão totAl – O veículo possui vários sensores, radares e câmeras que exploram a região de curta e de longa distância à frente do caminhão. O de curto alcance atinge 70 metros e possui ângulo de abertura de 130 graus. Já o de longo alcance chega a 250 metros, monitorando a estrada em um ângulo de abertura de 18 graus.

Uma câmera estereoscópica situada sobre o painel de instrumentos, atrás do para brisa, também varre a área situada à frente do veículo. Atual-mente, está instalada ali uma câmera 2D do sistema de orientação de faixa de rolagem. A câmera estereoscópica tem um alcance de 100 metros e cobre uma área de 45 graus na horizontal e

27 graus na vertical e ela consegue identifi-car uma ou duas pistas da estrada, além de pedestres, obstáculos estáticos ou em mo-vimento, além de registrar as informações dos sinais de trânsito.

Os sensores estão interconectados em rede — uma tecnologia batizada de fusão multissensorial — de modo que geram uma imagem completa do entorno do caminhão, reconhecendo todos os objetos estáticos e em movimento. Graças à fusão dos dados e com a ajuda de um computador central com processador de múltiplos núcleos de alta potência, é possível “ver” por completo a área adiante e dos lados do caminhão. A precisão é tão elevada que reconhecem o acostamento através das linhas delimitadoras, o traçado da estrada, as proteções laterais ou a vegetação.

A nova técnica intervém na direção e mantém o caminhão no centro de sua pista, automaticamente e com toda a segurança. Ao entrar na estrada, o condutor ocupa a pista da direita. Ao alcançar a velocidade estabelecida de 80 km/h, máxima permi-tida para caminhões na Europa, o sistema oferece a opção “Highway Pilot”. Quando o motorista ativa esta função, o veículo muda para o modo autônomo.

Conforme a situação do tráfego, o “Future

n O protótipo do caminhão do futuro já acumula via-gens a uma velocidade de até 80 km/h em situações reais de trânsito em rodovia alemã. Para a Daimler, a condução autônoma será realidade comercial dentro de dez anos quando o motorista passará ser gestor

O protótipo que será apresentado pela Mercedes-Benz no Salão Inter-nacional de Veículos Comerciais IAA 2014 na Alemanha, será um das sen-sações da mostra deste ano, que acon-tece no final de setembro. Batizado de Caminhão do Futuro 2025, o veículo traz uma tecnologia que permite que trafegue com condução autônoma, ou seja, o motorista é um mero expectador.

E para quem imagina que isso possa ser algo impossível, é só lembrar que os aviões não tripulados, conhecidos como drones, já são uma realidade. A Mercedes aposta que essa tecnologia será determinante no transporte rodo-viário de carga do futuro, pois vai au-mentar a eficiência, reduzir o consumo de combustível e as emissões, além de aumentar a segurança.

A conectividade é à base desse avan-ço técnico revolucionário. Equipados com sensores inteligentes e câmeras e, graças à interconexão em rede de todos os sistemas, os caminhões poderão ser

conduzidos em regime autônomo por rodo-vias e vias expressas europeias. Seus moto-ristas não serão mais motoristas, mas sim “gestores de transporte”, que irão operar em estações de trabalho sobre rodas com novos campos de atuação profissional.

O “Mercedes-BenzFuture Truck 2025” representa uma revolução em termos de eficiência e segurança, tanto para o trânsi-to e a infraestrutura logística, como para a profissão do motorista de caminhão e o se-tor de transportes. O protótipo já acumula viagens a uma velocidade de até 80 km/h em situações reais de trânsito num trecho da rodovia alemã A14. Para a Daimler, a condução autônoma será realidade comer-cial dentro de dez anos.

Os testes do “Future Truck 2025” com piloto rodoviário estão sendo feitos com o Mercedes-Benz Actros 1845, cujo motor desenvolve 449 cv de potência e torque máximo de 2.200 Nm. Para a transmissão de força foi adotado o câmbio totalmente automatizado Mercedes PowerShift 3 de 12 marchas. Internamente foram adiciona-

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n A nova técnica intervém na condução através de sensores que estão interconectados em rede e ge-ram uma imagem completa do entorno do caminhão, reconhecendo todos os objetos estáticos e em movi-mento. Um computador central com processador de múltiplos núcleos de alta potência, permite “ver” por completo a área adiante e dos lados do caminhão

Truck 2025” se afasta com total inde-pendência de outros veículos e atua com total autonomia dentro de sua pista graças à interconexão em rede. Uma vez nesta condição, o motorista pode girar seu posto para uma posição de trabalho ou de descanso.

No modelo definitivo, o posto de con-dução contará com um console central com design totalmente diferente, similar a um escritório. O motorista tem a sua

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disposição um tablet removível com tela sensível ao toque para poder executar outras atividades e para a comunicação com seu en-torno. O novo interior da cabina também au-menta muito sua liberdade de movimentos.

Na condução autônoma o motorista, que não precisa conduzir o caminhão em muitas situações, especialmente nos trajetos monó-tonos de longo percurso, já que o caminhão regula por si mesmo a velocidade e busca automaticamente a rota ideal com o aplicati-vo de navegação, a empresa de transporte, o remetente e o destinatário da carga que estão informados sempre em tempo real da locali-zação do veículo, da rota seguida e da hora de chegada prevista. Para os motoristas, a pressão sobre os horários exigentes constituem hoje em dia um dos principais fatores de estresse.

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