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VOLUME 37 Secretaria de Estado da Educação – São Paulo Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas

VOLUME 37 - educacao.sp.gov.br · de Ensino e dos Diretores de Escola, no sentido de que déssemos prosseguimento à obra, contribuiu grandemente para sua execução. A todos aqueles

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  • VOLUME 37

    2010

    37

    2010

    Governador: Jos Serra

    Secretaria de Estado da Educao So PauloCoordenadoria de Estudos e Normas Pedaggicas

  • Governo Do eSTADo De So PAULoGovernador: Jos Serra

    SecreTAriA De eSTADo DA eDUcAoSecretrio: Paulo Renato Souza

    coorDenADoriA De eSTUDoS e normAS PeDAGGicAS - cenPCoordenadora: Valria de Souza

    Um ncleo de pessoasintegrando o desenvolvimentode um sistemaCapa de:Conrado Troyano Neto

  • GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULOSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO

    COORDENADORIA DE ESTUDOS E NORMAS PEDAGGICAS

    GOVERNADOR: ALBERTO GOLDMAN SECRETRIO: Paulo Renato Souza COORDENADORA: Valria de Souza

    LEGISLAO DE ENSINOFUNDAMENTAL E MDIO

    FEDERAL

    VOLUME 37

    SO PAULO2010

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  • GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULOSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO

    COORDENADORIA DE ESTUDOS E NORMAS PEDAGGICAS

    LEGISLAO DE ENSINOFUNDAMENTAL E MDIO

    FEDERAL

    VOLUME 37

    Organizao e Reviso:

    Leslie Maria Jos da Silva Rama

    Colaborao:

    Maria Rita Ribeiro Erbetta

    Nadine de Assis Camargo

    Nvea Hedilene dos Santos

    SO PAULO2010

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  • Permitida a reproduo parcial ou total, desde que indicadas a fonte, a data da publicao e observada

    a legislao em vigor, em especial a Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

    Distribuio Gratuita

    SO PAULO (Estado) Secretaria da Educao. Coordenadoria

    de Estudos e Normas Pedaggicas. Legislao de Ensino

    Fundamental e Mdio. Federal. Compilao e Organi-

    zao de Leslie Maria Jos da Silva Rama et alii.

    So Paulo, SE/CENP, 2010.

    Educao 1. Legislao 2. Ensino Fundamental. Legislao 3.

    Ensino Mdio Legislao I. Ttulo

    CENP 001/v. 37 CDU 37:34

    S241L

    Impresso: Repblica Federativa do BrasilSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO SO PAULOCOORDENADORIA DE ESTUDOS E NORMAS PEDAGGICASAv. Rio Branco, 1260 Campos Elseos CEP 01206 - 001 So Paulo SPTelefone: (011) 3334 0100 (ramais 109 e 123)Fax: (011) 3334 0100E-mail [email protected]

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  • SUMRIO

    1. Apresentao ............................................................................................... 7

    2. Ementrio Geral ........................................................................................... 9

    3. Emendas Constitucionais ............................................................................. 19

    4. Leis ............................................................................................................... 27

    5. Decretos ...................................................................................................... 63

    6. Portarias MEC .............................................................................................. 99

    7. Resolues CNE ........................................................................................... 121

    8. Pareceres CNE .............................................................................................. 175

    9. MARGINLIA ................................................................................................ 433

    Ministrio da Educao MEC ................................................................. 435

    10. Textos Legais e Normativos Revogados e Respectivos Revogadores ................. 573

    11. Textos Normativos no includos oportunamente no volume 36 ................ 577

    12. Textos Legais e Normativos Citados neste volume, no constantes das Coletneas de Legislao Federal e Estadual de Ensino Fundamental e Mdio CENP/SE ......................................................................................... 601

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  • - 1 - APRESENTAO

    Dando prosseguimento ao trabalho de compilao de diplomas legais e normativos de interesse da Secretaria de Estado da Educao, trazemos a pblico o volume 37 da Coletnea de Legislao Federal de Ensino Fundamental e Mdio.

    Buscamos, com mais este volume, atualizar e aprimorar a obra que encontrou bastante receptividade por parte daqueles que atuam no campo educacional.

    Neste compndio, procuramos amealhar todos os textos legais e normativos promulgados no ano de 2010, de interesse do ensino no nosso Estado.

    Pretendemos atualizar a Coletnea de Legislao Federal de Ensino Fundamental e Mdio, anualmente, a fim de facilitarmos a tarefa de todos aqueles que dificilmente tm acesso s fontes da matria compilada.

    A manifestao mais uma vez dos Dirigentes Regionais e Supervisores de Ensino e dos Diretores de Escola, no sentido de que dssemos prosseguimento obra, contribuiu grandemente para sua execuo.

    A todos aqueles que, de uma forma ou de outra, tornaram isso possvel, o nosso muito obrigado.

    So Paulo, 2010.

    LESLIE MARIA JOS DA SILVA RAMACoordenadora do Grupo Tcnico de Recursos Legais

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  • - 2 - EMENTRIO GERAL

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    EMENTRIO GERAL DO VOLUME 37

    EMENDAS CONSTITUCIONAIS

    EMENDA CONSTITUCIONAL N 63, DE 4 DE FEVEREIRO DE 2010Altera o 5 do art. 198 da Constituio Federal para dispor sobre piso salarial profissional nacional e diretrizes para os Planos de Carreira de agentes comunitrios de sade e de agentes de combate s endemias ......................... 21

    EMENDA CONSTITUCIONAL N 64, DE 4 DE FEVEREIRO DE 2010Altera o art. 6 da Constituio Federal, para introduzir a alimentao como direito social ....................................................................................................... 22

    EMENDA CONSTITUCIONAL N 65, DE 13 DE JULHO DE 2010Altera a denominao do Captulo VII do Ttulo VIII da Constituio Federal e modifica o seu art. 227, para cuidar dos interesses da juventude ..................... 23

    EMENDA CONSTITUCIONAL N 66, DE 13 DE JULHO DE 2010D nova redao ao 6 do art. 226 da Constituio Federal, que dispe sobre a dissolubilidade do casamento civil pelo divrcio, suprimindo o requisito de prvia separao judicial por mais de 1 (um) ano ou de comprovada separao de fato por mais de 2 (dois) anos ....................................................................... 24

    EMENDA CONSTITUCIONAL N 67, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2010Prorroga, por tempo indeterminado, o prazo de vigncia do Fundo de Combate e Erradicao da Pobreza .................................................................................... 25

    LEIS

    LEI N 12.244, DE 24 DE MAIO DE 2010Dispe sobre a universalizao das bibliotecas nas instituies de ensino do Pas ..................................................................................................................... 29

    LEI N 12.245, DE 24 DE MAIO DE 2010Altera o art. 83 da Lei n 7.210, de 11 de julho de 1984 Lei de Execuo Penal, para autorizar a instalao de salas de aulas nos presdios ................................ 29

    LEI N 12.249, DE 11 DE JUNHO DE 2010Cria o Programa Um Computador por Aluno - PROUCA e institui o Regime Especial de Aquisio de Computadores para Uso Educacional - RECOMPE ...... 30

    LEI N 12.266, DE 21 DE JUNHO DE 2010Institui o Dia Nacional do Sistema Braille ............................................................ 33

    LEI N 12.267, DE 21 DE JUNHO DE 2010Institui o Dia Nacional da Cidadania ................................................................... 34

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  • 12

    LEI N 12.287, DE 13 DE JULHO DE 2010Altera a Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educao nacional, no tocante ao ensino da arte ............................ 34

    LEI N 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010Institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis ns 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de abril de 1995, 7.347, de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de 2003 .............................................................................. 35

    LEI N 12.306, DE 6 DE AGOSTO DE 2010Dispe sobre a prestao de apoio financeiro pela Unio aos Estados e ao Distrito Federal, institui o Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Mdio, para o exerccio de 2010, e d outras providncias ............................... 48

    LEI N 12.318, DE 26 DE AGOSTO DE 2010Dispe sobre a alienao parental e altera o art. 236 da Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990 ...................................................................................................... 50

    LEI N 12.319, DE 1 DE SETEMBRO DE 2010Regulamenta a profisso de Tradutor e Intrprete da Lngua Brasileira de Sinais LIBRAS .............................................................................................................. 53

    LEI N 12.336, DE 26 DE OUTUBRO DE 2010Altera as Leis n 4.375, de 17 de agosto de 1964, que dispe sobre o servio militar, e n 5.292, de 8 de junho de 1967, que dispe sobre a prestao do servio militar pelos estudantes de Medicina, Farmcia, Odontologia e Veterinria e pelos mdicos, farmacuticos, dentistas e veterinrios ............... 54

    LEI N 12.349, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2010Altera as Leis nos 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.958, de 20 de dezembro de 1994, e 10.973, de 2 de dezembro de 2004; e revoga o 1o do art. 2o da Lei no 11.273, de 6 de fevereiro de 2006 ...................................................................... 57

    DECRETOS

    DECRETO N 7.083, DE 27 DE JANEIRO DE 2010Dispe sobre o Programa Mais Educao .......................................................... 65

    DECRETO N 7.084, DE 27 DE JANEIRO DE 2010Dispe sobre os programas de material didtico e d outras providncias ....... 67

    DECRETO N 7.179, DE 20 DE MAIO DE 2010Institui o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, cria o seu Comit Gestor, e d outras providncias ............................................................ 75

    DECRETO DE 4 DE JUNHO DE 2010Institui o Dia Nacional de Combate Homofobia .............................................. 78

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  • 13

    DECRETO N 7.203, DE 4 JUNHO DE 2010Dispe sobre a vedao do nepotismo no mbito da administrao pblica federal ................................................................................................................ 79

    DECRETO N 7.234, DE 19 DE JULHO DE 2010Dispe sobre o Programa Nacional de Assistncia Estudantil PNAES .............. 81

    DECRETO N 7.243, DE 26 DE JULHO DE 2010Regulamenta o Programa Um Computador por Aluno - PROUCA e o Regime Especial de Aquisio de Computadores para uso Educacional RECOMPE ..... 82

    DECRETO N 7.308, DE 22 DE SETEMBRO DE 2010Altera o Decreto n 6.944, de 21 de agosto de 2009, no tocante realizao de avaliaes psicolgicas em concurso pblico ..................................................... 87

    DECRETO N 7.352, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2010Dispe sobre a poltica de educao do campo e o Programa Nacional de Educao na Reforma Agrria - PRONERA .......................................................... 89

    DECRETO N 7.415, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010Institui a Poltica Nacional de Formao dos Profissionais da Educao Bsica, dispe sobre o Programa de Formao Inicial em Servio dos Profissionais da Educao Bsica dos Sistemas de Ensino Pblico - Profuncionrio, e d outras providncias ....................................................................................................... 94

    PORTARIAS MEC

    PORTARIA NORMATIVA MEC N 2, DE 26 DE JANEIRO DE 2010Institui e regulamenta o Sistema de Seleo Unificada, sistema informatizado gerenciado pelo Ministrio da Educao, para seleo de candidatos a vagas em cursos de graduao disponibilizadas pelas instituies pblicas de educao superior dele participantes ................................................................................. 101

    PORTARIA MEC N 307, DE 18 DE MARO DE 2010Homologao do regimento interno do Conselho Nacional de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao dos Profissionais da Educao FUNDEB .................... 106

    PORTARIA NORMATIVA N 9, DE 26 DE ABRIL DE 2010Dispe sobre a concesso de bolsas de estudo em Cursos de Ps-graduao stricto sensu aos estudantes concluintes dos cursos de graduao que obtiveram as melhores notas no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) em 2007 e 2008 ................................................................................................. 113

    PORTARIA NORMATIVA MEC N 14, DE 21 DE MAIO DE 2010Institui o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente ............................... 114

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  • 14

    PORTARIA MEC N 807, DE 18 DE JUNHO DE 2010Institui o Exame Nacional do Ensino Mdio ENEM .......................................... 116

    PORTARIA MEC N- 844, DE 25 DE JUNHO DE 2010Dispe sobre os processos do INEP que ensejam o pagamento de Auxlio de Avaliao Educacional (AAE) .............................................................................. 117

    PORTARIA NORMATIVA MEC N 20, DE 7 DE OUTUBRO DE 2010Dispe sobre o Programa Nacional para a Certificao de Proficincia no Uso e Ensino da Lngua Brasileira de Sinais - Libras e para a Certificao de Proficincia em Traduo e Interpretao da Libras/Lngua Portuguesa Prolibras ............ 119

    RESOLUES CNE

    RESOLUO CNE/CEB N 1, DE 14 DE JANEIRO DE 2010 Define Diretrizes Operacionais para a implantao do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos ......................................................................................................... 123

    RESOLUO CNE/CEB N 2, DE 19 DE MAIO DE 2010 Dispe sobre as Diretrizes Nacionais para a oferta de educao para jovens e adultos em situao de privao de liberdade nos estabelecimentos penais .... 124

    RESOLUO CNE/CEB N 3, DE 15 DE JUNHO DE 2010 Institui Diretrizes Operacionais para a Educao de Jovens e Adultos nos aspectos relativos durao dos cursos e idade mnima para ingresso nos cursos de EJA; idade mnima e certificao nos exames de EJA; e Educao de Jovens e Adultos desenvolvida por meio da Educao a Distncia ................................................ 128

    RESOLUO CNE/CEB N 4, DE 13 DE JULHO DE 2010 Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educao Bsica ........... 132

    RESOLUO CNE/CEB N 5, DE 3 DE AGOSTO DE 2010 Fixa as Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira e Remunerao dos Funcionrios da Educao Bsica pblica ........................................................... 151

    RESOLUO CNE/CEB N 6, DE 20 DE OUTUBRO DE 2010 Define Diretrizes Operacionais para a matrcula no Ensino Fundamental e na Educao Infantil ................................................................................................ 157

    RESOLUO CNE/CEB N 7, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2010Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos .................................................................................................................... 158

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  • 15

    PARECERES CNE

    PARECER CNE/CEB N 4/10 - Aprovado em 9.3.10 e homologado em 6.5.10Diretrizes Nacionais para a oferta de educao para jovens e adultos em situao de privao de liberdade nos estabelecimentos penais ..................................... 177

    PARECER CNE/CEB N 5/10 Aprovado em 10.3.10Consulta sobre a aplicabilidade do artigo 62 da Lei n 9.394/96 (LDB) .............. 205

    PARECER CNE/CEB N 6/10 - Aprovado em 7.4.10 e homologado em 7.6.10Reexame do Parecer CNE/CEB n 23/2008, que institui Diretrizes Operacionais para a Educao de Jovens e Adultos EJA, nos aspectos relativos durao dos cursos e idade mnima para ingresso nos cursos de EJA; idade mnima e certificao nos exames de EJA; e Educao de Jovens e Adultos desenvolvida por meio da Educao a Distncia ...................................................................... 210

    PARECER CNE/CEB N 7/10 - Aprovado em 7.4.10 e homologado em 8.7.10Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educao Bsica ....................... 241

    PARECER CNE/CEB N 8/10 - Aprovado em 5.5.10Estabelece normas para aplicao do inciso IX do artigo 4 da Lei n 9.394/96 (LDB), que trata dos padres mnimos de qualidade de ensino para a Educao Bsica pblica ..................................................................................................... 306

    PARECER CNE/CEB N 9/10 - Aprovado em 5.5.10 e homologado em 29.7.10Aprecia a Indicao CNE/CEB n 3/2009, que prope a elaborao de Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira e Remunerao dos Funcionrios da Educao Bsica Pblica ..................................................................................... 371

    PARECER CNE/CES N 11/2010 - Aprovado em 27.1.10 e homologado em 1.4.10Consulta sobre cobrana de taxa para confeco, expedio e registro de diplomas ............................................................................................................. 387

    PARECER CNE/CEB N 11/10 - Aprovado em 7.7.10 e homologado em 8.12.10Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 nove) anos ..... 391

    PARECER CNE/CEB N 12/10 - Aprovado em 8.7.10 e homologado em 15.10.10Diretrizes Operacionais para a matrcula no Ensino Fundamental e na Educao Infantil ................................................................................................................ 422

    PARECER CNE/CEB N 13/10 - Aprovado em 4.8.10 e homologado em 6.9.10ASSUNTO: Consulta acerca da incluso do Empreendedorismo como disciplina no currculo do Ensino Fundamental, do Ensino Mdio, da Educao Profissional e da Educao Superior ...................................................................................... 427

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  • 16

    MARGINLIAMINISTRIO DA EDUCAO - MECFUNDAO NACIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAO FNDECONSELHO DELIBERATIVO - CDRESOLUES CD/FNDE

    RESOLUO CD/FNDE N 3, DE 1 DE ABRIL DE 2010Dispe sobre os processos de adeso e habilitao e as formas de execuo e prestao de contas referentes ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), e d outras providncias .................................................................................... 435

    RESOLUO CD/FNDE N 5 DE 16 DE ABRIL DE 2010Estabelece critrios de implementao e execuo do Programa Nacional de Formao Continuada a Distncia nas Aes do FNDE (Formao pela Escola) ...... 466

    RESOLUO CD/FNDE N 7 DE 23 DE ABRIL DE 2010Estabelece as normas para que os Municpios, Estados e o Distrito Federal possam aderir ao Programa Caminho da Escola para pleitear a aquisio de veculos para o transporte escolar ..................................................................... 473

    RESOLUO CD/FNDE N 9, DE 6 MAIO DE 2010Aprova os critrios e procedimentos para a concesso e o pagamento de bolsas de estudo no mbito do Programa Nacional de Formao Continuada a Distncia nas Aes do FNDE (Formao pela Escola) ....................................................... 477

    RESOLUO CD/FNDE N 10 DE 13 DE MAIO DE 2010Dispe sobre a transferncia de recursos financeiros, nos moldes e sob a gide da Resoluo n 3, de 1 de abril de 2010, para as escolas pblicas com matrculas de alunos da educao especial inseridas no Programa Escola Acessvel, e d outras providncias ............................................................................................ 490

    RESOLUO CD/FNDE N 13 DE 20 DE MAIO DE 2010Estabelece as orientaes e diretrizes para concesso e pagamento de bolsas de estudo e de pesquisa a docentes dos cursos especiais presenciais de primeira e segunda licenciatura e de formao pedaggica do Plano Nacional de Formao dos Professores da Educao Bsica (PARFOR), ministrados por instituies de educao superior (IES) sob coordenao da CAPES, a serem pagas pelo FNDE ................................................................................................................... 494

    RESOLUO CD/FNDE N 14, DE 21 DE MAIO DE 2010Estabelece os critrios e as normas de transferncia automtica de recursos financeiros a Estados e a Municpios para o desenvolvimento de aes do Programa Nacional de Incluso de Jovens - ProJovem Urbano .......................... 509

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  • 17

    RESOLUO CD/FNDE N 15 DE 07 DE JUNHO DE 2010Aprova o critrio de utilizao dos resultados do LSE como exigncia para a aprovao das aes de apoio da Unio aos entes federativos que aderiram ao Plano de Metas Compromisso Todos pela Educao .......................................... 537

    RESOLUO CD/FNDE N 17 DE 10 DE JUNHO DE 2010.Estabelece normas e diretrizes para que os Municpios, Estados e o Distrito Federal se habilitem ao Programa Um Computador por Aluno - PROUCA, nos exerccios de 2010 a 2011, visando aquisio de computadores portteis novos, com contedos pedaggicos, no mbito das redes pblicas da educao bsica .................................................................................................................. 538

    RESOLUO CD/FNDE N 20, DE 22 DE JULHO DE 2010Dispe sobre a normatizao dos procedimentos para solicitao de aquisio de bens ou servios, no mbito do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao FNDE ................................................................................................ 543

    RESOLUO CD/FNDE N 32, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2010Estabelece orientaes e diretrizes para a realizao do Prmio Professores do Brasil ................................................................................................................... 551

    RESOLUO CD/FNDE N 35, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2010Estabelece orientaes e diretrizes para a concesso e o pagamento de bolsas de estudo no mbito do Programa Escola Ativa, voltado formao continuada de professores em efetivo exerccio do magistrio com atuao nos anos ou sries iniciais do ensino fundamental em classes multisseriadas, durante o perodo de implantao e consolidao nacional do Programa ......................... 556

    INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANSIO TEIXEIRA - INEP,PORTARIA INEP/MEC

    PORTARIA INEP/MEC N 2, DE 7 DE JANEIRO DE 2010Exame Nacional do Ensino Mdio - ENEM/2009 nas Unidades Prisionais ......... 572

    TEXTOS NORMATIVOS NO INCLUDOS NO VOLUME 36:

    PORTARIA INTERMINISTERIAL N 1.082, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2009Dispe sobre a criao da Rede Nacional de Certificao Profissional e Formao Inicial e Continuada - Rede CERTIFIC .................................................................. 579

    PORTARIA MEC N 1.061, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2009Dispe sobre a instituio do Prmio Experincias Educacionais Inclusivas - A escola aprendendo com as diferenas, sob a coordenao do Ministrio da Educao/Secretaria de Educao Especial - MEC/SEESP e da Organizao dos Estados Ibero-americanos para a Educao, a Cincia e a Cultura - OEI, e d outras providncias ............................................................................................ 588

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  • 18

    PORTARIA MEC N 1.129, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2009Constitui a Rede Nacional de Formao Continuada dos Profissionais da Educao Bsica ................................................................................................. 595

    PORTARIA MEC N 1.243, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2009Reajusta os valores previstos no art. 2 da lei 11.273, de 6 de fevereiro de 2006, com base no art. 7 da mesma lei, referentes ao pagamento de bolsas a participantes de programas de formao inicial e continuada de professores .. 598

    PORTARIA INEP/MEC N 293, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2009Dispe sobre a segurana no transporte dos cadernos de provas do Exame Nacional do Ensino Mdio-ENEM 2009 .............................................................. 598

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  • - 3 - EMENDAS CONSTITUCIONAIS

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    EMENDA CONSTITUCIONAL N 63, DE 4 DE FEVEREIRO DE 2010Altera o 5 do art. 198 da Constituio Federal para dispor sobre piso salarial

    profissional nacional e diretrizes para os Planos de Carreira de agentes comunitrios de sade e de agentes de combate s endemias

    As Mesas da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do art. 60 da Constituio Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

    Art. 1 O 5 do art. 198 da Constituio Federal passa a vigorar com a seguinte redao:

    Art. 198. .................................................................................................. .................................................................................................................. 5 Lei federal dispor sobre o regime jurdico, o piso salarial profissional

    nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentao das atividades de agente comunitrio de sade e agente de combate s endemias, competindo Unio, nos termos da lei, prestar assistncia financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, para o cumprimento do referido piso salarial.

    .......................................................................................................... (NR)

    Art. 2 Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publi-cao.

    Braslia, em 4 de fevereiro de 2010.

    Mesa da Cmara dos Deputados Mesa do Senado Federal

    Deputado MICHEL TEMER Presidente

    Senador JOS SARNEY Presidente

    Deputado MARCO MAIA 1 Vice-Presidente

    Senador MARCONI PERILLO 1 Vice-Presidente

    Deputado ANTNIO CARLOS MAGALHES NETO 2 Vice-Presidente

    Senadora SERYS SLHESSARENKO 2 Vice-Presidente

    Deputado RAFAEL GUERRA 1 Secretrio

    Senador HERCLITO FORTES 1 Secretrio

    Deputado INOCNCIO OLIVEIRA 2 Secretrio

    Senador JOO VICENTE CLAUDINO 2 Secretrio

    Deputado ODAIR CUNHA 3 Secretrio

    Senador MO SANTA 3 Secretrio

    Deputado NELSON MARQUEZELLI 4 Secretrio

    Senadora PATRCIA SABOYA 4 Secretria

    NOTA:A Constituio Federal encontra-se pg. 25 do vol. 15.

    35556001 miolo.indd 21 29/04/11 09:45

  • 22

    EMENDA CONSTITUCIONAL N 64, DE 4 DE FEVEREIRO DE 2010Altera o art. 6 da Constituio Federal, para introduzir a alimentao

    como direito social

    As Mesas da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do art. 60 da Constituio Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

    Art. 1 O art. 6 da Constituio Federal passa a vigorar com a seguinte redao:

    Art. 6 So direitos sociais a educao, a sade, a alimentao, o traba-lho, a moradia, o lazer, a segurana, a previdncia social, a proteo maternidade e infncia, a assistncia aos desamparados, na forma desta Constituio. (NR)

    Art. 2 Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publi-cao.

    Braslia, em 4 de fevereiro de 2010.

    Mesa da Cmara dos Deputados Mesa do Senado Federal

    Deputado MICHEL TEMER Presidente

    Senador JOS SARNEY Presidente

    Deputado MARCO MAIA 1 Vice-Presidente

    Senador MARCONI PERILLO 1 Vice-Presidente

    Deputado ANTNIO CARLOS MAGALHES NETO 2 Vice-Presidente

    Senadora SERYS SLHESSARENKO 2 Vice-Presidente

    Deputado RAFAEL GUERRA 1 Secretrio

    Senador HERCLITO FORTES 1 Secretrio

    Deputado INOCNCIO OLIVEIRA 2 Secretrio

    Senador JOO VICENTE CLAUDINO 2 Secretrio

    Deputado ODAIR CUNHA 3 Secretrio

    Senador MO SANTA 3 Secretrio

    Deputado NELSON MARQUEZELLI 4 Secretrio

    Senadora PATRCIA SABOYA 4 Secretria

    NOTA:A Constituio Federal encontra-se pg. 25 do vol. 15.

    35556001 miolo.indd 22 29/04/11 09:45

  • 23

    EMENDA CONSTITUCIONAL N 65, DE 13 DE JULHO DE 2010Altera a denominao do Captulo VII do Ttulo VIII da Constituio Federal e modifica

    o seu art. 227, para cuidar dos interesses da juventude

    As Mesas da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do art. 60 da Constituio Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

    Art. 1 O Captulo VII do Ttulo VIII da Constituio Federal passa a deno-minar-se Da Famlia, da Criana, do Adolescente, do Jovem e do Idoso.

    Art. 2 O art. 227 da Constituio Federal passa a vigorar com a seguinte redao:

    Art. 227. dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar crian-a, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao res-peito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso.

    1 O Estado promover programas de assistncia integral sade da criana, do adolescente e do jovem, admitida a participao de entidades no governa-mentais, mediante polticas especficas e obedecendo aos seguintes preceitos:

    ...................................................................................................................II - criao de programas de preveno e atendimento especializado para

    as pessoas portadoras de deficincia fsica, sensorial ou mental, bem como de integra-o social do adolescente e do jovem portador de deficincia, mediante o treinamento para o trabalho e a convivncia, e a facilitao do acesso aos bens e servios coletivos, com a eliminao de obstculos arquitetnicos e de todas as formas de discriminao.

    ................................................................................................................... 3 ............................................................................................................ ...................................................................................................................III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem escola; ...................................................................................................................VII - programas de preveno e atendimento especializado criana, ao

    adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins. ................................................................................................................... 8 A lei estabelecer:I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens;II - o plano nacional de juventude, de durao decenal, visando articu-

    lao das vrias esferas do poder pblico para a execuo de polticas pblicas. (NR)

    Art. 3 Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publi-cao.

    Braslia, em 13 de julho de 2010.

    35556001 miolo.indd 23 29/04/11 09:45

  • 24

    Mesa da Cmara dos Deputados Mesa do Senado Federal

    Deputado MICHEL TEMER Presidente

    Senador JOS SARNEY Presidente

    Deputado MARCO MAIA 1 Vice-Presidente

    Senador HERCLITO FORTES 1 Secretrio

    Deputado RAFAEL GUERRA 1 Secretrio

    Senador JOO VICENTE CLAUDINO 2 Secretrio

    Deputado NELSON MARQUEZELLI 4 Secretrio

    Senador MO SANTA 3 Secretrio

    Deputado MARCELO ORTIZ 1 Suplente

    Senador CSAR BORGES 1 Suplente

    Senador ADELMIR SANTANA 2 Suplente

    Senador GERSON CAMATA 4 Suplente

    NOTA:A Constituio Federal encontra-se pg. 25 do vol. 15.

    EMENDA CONSTITUCIONAL N 66, DE 13 DE JULHO DE 2010D nova redao ao 6 do art. 226 da Constituio Federal, que dispe sobre a dissolubilidade do casamento civil pelo divrcio, suprimindo o requisito de prvia

    separao judicial por mais de 1 (um) ano ou de comprovada separao de fato por mais de 2 (dois) anos

    As Mesas da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do art. 60 da Constituio Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

    Art. 1 O 6 do art. 226 da Constituio Federal passa a vigorar com a seguinte redao:

    Art. 226 ................................................................................................... 6 O casamento civil pode ser dissolvido pelo divrcio.(NR)

    Art. 2 Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publi-cao.

    Braslia, em 13 de julho de 2010.

    35556001 miolo.indd 24 29/04/11 09:45

  • 25

    Mesa da Cmara dos Deputados Mesa do Senado Federal

    Deputado MICHEL TEMER Presidente

    Senador JOS SARNEY Presidente

    Deputado MARCO MAIA 1 Vice-Presidente

    Senador HERCLITO FORTES 1 Secretrio

    Deputado RAFAEL GUERRA 1 Secretrio

    Senador JOO VICENTE CLAUDINO 2 Secretrio

    Deputado NELSON MARQUEZELLI 4 Secretrio

    Senador MO SANTA 3 Secretrio

    Deputado MARCELO ORTIZ 1 Suplente

    Senador ADELMIR SANTANA 2 Suplente

    Senador GERSON CAMATA 4 Suplente

    NOTA:A Constituio Federal encontra-se pg. 25 do vol. 15.

    EMENDA CONSTITUCIONAL N 67, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2010Prorroga, por tempo indeterminado, o prazo de vigncia do Fundo de Combate e

    Erradicao da Pobreza

    As Mesas da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do 3 do art. 60 da Constituio Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

    Art. 1 Prorrogam-se, por tempo indeterminado, o prazo de vigncia do Fundo de Combate e Erradicao da Pobreza a que se refere o caput do art. 79 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias e, igualmente, o prazo de vigncia da Lei Complementar n 111, de 6 de julho de 2001, que Dispe sobre o Fundo de Combate e Erradicao da Pobreza, na forma prevista nos arts. 79, 80 e 81 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias.

    Art. 2 Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publi-cao.

    Braslia, em 22 de dezembro de 2010.

    35556001 miolo.indd 25 29/04/11 09:45

  • 26

    Mesa da Cmara dos Deputados Mesa do Senado Federal

    Deputado MARCO MAIA Presidente

    Senador JOS SARNEY Presidente

    Deputado ANTONIO CARLOS MAGALHES NETO 2 Vice-Presidente

    Senadora SERYS SLHESSARENKO 2 Vice-Presidente

    Deputado ODAIR CUNHA 3 Secretrio

    Senador HERCLITO FORTES 1 Secretrio

    Deputado NELSON MARQUEZELLI 4 Secretrio

    Senador MO SANTA 3 Secretrio

    NOTA:A Constituio Federal encontra-se pg. 25 do vol. 15.

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  • - 4 - LEIS

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  • 28

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  • 29

    LEI N 12.244, DE 24 DE MAIO DE 2010Dispe sobre a universalizao das bibliotecas nas instituies de ensino do Pas

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional de-creta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 As instituies de ensino pblicas e privadas de todos os sistemas de ensino do Pas contaro com bibliotecas, nos termos desta Lei.

    Art. 2 Para os fins desta Lei, considera-se biblioteca escolar a coleo de livros, materiais videogrficos e documentos registrados em qualquer suporte destina-dos a consulta, pesquisa, estudo ou leitura.

    Pargrafo nico. Ser obrigatrio um acervo de livros na biblioteca de, no mnimo, um ttulo para cada aluno matriculado, cabendo ao respectivo sistema de ensino determinar a ampliao deste acervo conforme sua realidade, bem como divulgar orienta-es de guarda, preservao, organizao e funcionamento das bibliotecas escolares.

    Art. 3 Os sistemas de ensino do Pas devero desenvolver esforos pro-gressivos para que a universalizao das bibliotecas escolares, nos termos previstos nesta Lei, seja efetivada num prazo mximo de dez anos, respeitada a profisso de Bibliotecrio, disciplinada pelas Leis ns 4.084, de 30 de junho de 1962, e 9.674, de 25 de junho de 1998

    Art. 4 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 24 de maio de 2010; 189 da Independncia e 122 da Repblica.

    LUIZ INCIO LULA DA SILVA

    NOTA:Encontram-se na Col. Leg. Fed. de Ens. Fundamental e Mdio CENP/SE:Lei n 4.084/62 pg. 271 do vol. 1;Lei n 9.674/98 pg. 89 do vol. 25.

    LEI N 12.245, DE 24 DE MAIO DE 2010Altera o art. 83 da Lei n 7.210, de 11 de julho de 1984 Lei de Execuo Penal, para

    autorizar a instalao de salas de aulas nos presdios

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional de-creta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 O art. 83 da Lei n 7.210, de 11 de julho de 1984 Lei de Execuo Penal, passa a vigorar acrescido do seguinte 4:

    Art. 83 ..................................................................................................... .................................................................................................................. 4 Sero instaladas salas de aulas destinadas a cursos do ensino bsico

    e profissionalizante. (NR)

    35556001 miolo.indd 29 29/04/11 09:45

  • 30

    Art. 2 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 24 de maio de 2010; 189 da Independncia e 122 da Repblica.

    LUIZ INCIO LULA DA SILVA

    NOTA:A Lei n 7.210/84 encontra-se pg. 36 do vol. 11.

    LEI N 12.249, DE 11 DE JUNHO DE 2010Cria o Programa Um Computador por Aluno - PROUCA e institui o Regime Especial de

    Aquisio de Computadores para Uso Educacional - RECOMPE

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: ..................................................................................................................

    CAPTULO IIDo Programa um Computador por Aluno - PROUCA

    e do Regime Especial de Aquisiode Computadores para Uso Educacional - RECOMPE

    Art. 6o Fica criado o Programa Um Computador por Aluno - PROUCA e institudo o Regime Especial para Aquisio de Computadores para Uso Educacional - RECOMPE, nos termos e condies estabelecidos nos arts. 7o a 14 desta Lei.

    Art. 7o O Prouca tem o objetivo de promover a incluso digital nas escolas das redes pblicas de ensino federal, estadual, distrital, municipal ou nas escolas sem fins lucrativos de atendimento a pessoas com deficincia, mediante a aquisio e a utilizao de solues de informtica, constitudas de equipamentos de informtica, de programas de computador (software) neles instalados e de suporte e assistncia tcnica necessrios ao seu funcionamento.

    1o Ato conjunto dos Ministros de Estado da Educao e da Fazenda estabelecer definies, especificaes e caractersticas tcnicas mnimas dos equipa-mentos referidos no caput, podendo inclusive determinar os valores mnimos e mxi-mos alcanados pelo Prouca.

    2o Incumbe ao Poder Executivo:I - relacionar os equipamentos de informtica de que trata o caput; eII - estabelecer processo produtivo bsico especfico, definindo etapas

    mnimas e condicionantes de fabricao dos equipamentos de que trata o caput. 3o Os equipamentos mencionados no caput deste artigo destinam-se

    ao uso educacional por alunos e professores das escolas das redes pblicas de ensino federal, estadual, distrital, municipal ou das escolas sem fins lucrativos de atendimento a pessoas com deficincia, exclusivamente como instrumento de aprendizagem.

    4o A aquisio a que se refere o caput ser realizada por meio de licita-o pblica, observados termos e legislao vigentes.

    35556001 miolo.indd 30 29/04/11 09:45

  • 31

    Art. 8o beneficiria do Recompe a pessoa jurdica habilitada que exera atividade de fabricao dos equipamentos mencionados no art. 7o e que seja vencedo-ra do processo de licitao de que trata o 4o daquele artigo.

    1o Tambm ser considerada beneficiria do Recompe a pessoa jurdica que exera a atividade de manufatura terceirizada para a vencedora do processo de licitao referido no 4o do art. 7o.

    2o As pessoas jurdicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Ar-recadao de Tributos e Contribuies devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006, e as pessoas jurdicas de que tratam o inciso II do art. 8 da Lei n 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e o inciso II do art. 10 da Lei n 10.833, de 29 de dezembro de 2003, no podem aderir ao Recompe.

    3o O Poder Executivo regulamentar o regime de que trata o caput.

    Art. 9o O Recompe suspende, conforme o caso, a exigncia: I - do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI incidente sobre a sa-

    da do estabelecimento industrial de matrias-primas e produtos intermedirios desti-nados industrializao dos equipamentos mencionados no art. 7o quando adquiridos por pessoa jurdica habilitada ao regime;

    II - da Contribuio para o PIS/PASEP e da Contribuio para o Financia-mento da Seguridade Social - COFINS incidentes sobre a receita decorrente da:

    a) venda de matrias-primas e produtos intermedirios destinados in-dustrializao dos equipamentos mencionados no art. 7o quando adquiridos por pes-soa jurdica habilitada ao regime;

    b) prestao de servios por pessoa jurdica estabelecida no Pas a pessoa ju-rdica habilitada ao regime quando destinados aos equipamentos mencionados no art. 7o;

    III - do IPI, da Contribuio para o PIS/Pasep-Importao, da Cofins-Impor-tao, do Imposto de Importao e da Contribuio de Interveno no Domnio Econmi-co destinada a financiar o Programa de Estmulo Interao Universidade-Empresa para o Apoio Inovao incidentes sobre:

    a) matrias-primas e produtos intermedirios destinados industriali-zao dos equipamentos mencionados no art. 7o quando importados diretamente por pessoa jurdica habilitada ao regime;

    b) o pagamento de servios importados diretamente por pessoa jurdica habilitada ao regime quando destinados aos equipamentos mencionados no art. 7o.

    Art. 10. Ficam isentos de IPI os equipamentos de informtica sados da pessoa jurdica beneficiria do Recompe diretamente para as escolas referidas no art. 7o.

    Art. 11. As operaes de importao efetuadas com os benefcios previs-tos no Recompe dependem de anuncia prvia do Ministrio da Cincia e Tecnologia.

    Pargrafo nico. As notas fiscais relativas s operaes de venda no merca-do interno de bens e servios adquiridos com os benefcios previstos no Recompe devem:

    I - estar acompanhadas de documento emitido pelo Ministrio da Cincia e Tecnologia, atestando que a operao destinada ao Prouca;

    II - conter a expresso Venda efetuada com suspenso da exigncia do IPI, da Contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS, com a especificao do dispositivo legal correspondente e do nmero do atestado emitido pelo Ministrio da Cincia e Tecnologia.

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  • 32

    Art. 12. A fruio dos benefcios do Recompe fica condicionada regula-ridade fiscal da pessoa jurdica em relao aos tributos e contribuies administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

    Art. 13. A pessoa jurdica beneficiria do Recompe ter a habilitao can-celada:

    I - na hiptese de no atender ou deixar de atender ao processo produti-vo bsico especfico referido no inciso II do 2o do art. 7o desta Lei;

    II - sempre que se apure que no satisfazia ou deixou de satisfazer, no cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para habilitao ao regime; ou

    III - a pedido.

    Art. 14. Aps a incorporao ou utilizao dos bens ou dos servios ad-quiridos ou importados com os benefcios do Recompe nos equipamentos menciona-dos no art. 7o, a suspenso de que trata o art. 9o converte-se em alquota zero.

    Pargrafo nico. Na hiptese de no se efetuar a incorporao ou utili-zao de que trata o caput, a pessoa jurdica beneficiria do Recompe fica obrigada a recolher os tributos no pagos em funo da suspenso de que trata o art. 9o, acresci-dos de juros e multa, de mora ou de ofcio, na forma da lei, contados a partir da data de aquisio ou do registro da Declarao de Importao - DI, na condio de:

    I - contribuinte, em relao ao IPI vinculado importao, Contribuio para o PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao;

    II - responsvel, em relao ao IPI, Contribuio para o PIS/PASEP, COFINS e Contribuio de Interveno no Domnio Econmico destinada a financiar o Programa de Estmulo Interao Universidade-Empresa para o Apoio Inovao.

    ..................................................................................................................

    CAPTULO VIIDisposies Finais

    Art. 139. Esta Lei entra em vigor:I - na data de sua publicao, produzindo efeitos:a) a partir da regulamentao e at 31 de dezembro de 2011, em relao

    ao disposto nos art. 6 a 14;b) a partir de 1o de janeiro de 2010, em relao ao disposto nos arts. 15

    a 17;c) a partir de 1o de abril de 2010, em relao aos arts. 28 e 59; ed) a partir de 16 de dezembro de 2009, em relao aos demais dispositivos;II - em 1o de janeiro de 2010, produzindo efeitos a partir de 1o de abril de

    2010, em relao ao disposto nos arts. 48 a 58.

    Art. 140. Ficam revogados:I - a partir de 1o de abril de 2010:a) a Lei n 7.944, de 20 de dezembro de 1989;b) o art. 2 da Lei n 8.003, de 14 de maro de 1990; c) o art. 112 da Lei n 8.981, de 20 de janeiro de 1995; ed) a lei n 10.829, de 23 de dezembro de 2003;

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  • 33

    II - a partir da publicao desta Lei:a) o nico do art. 74 da Lei n 5.025, de 10 junho de 1966;b) o art. 2 da Lei n 6.704, de 26 de outubro de 1979;c) o Decreto-lei n 423, de 21 de janeiro de 1969;d) o 2 do art. 288 da Lei n 9.503, de 23 de setembro de 1997- Cdigo

    de Trnsito Brasileiro; ee) o art. 15 da Lei n 12.189, de 12 de janeiro de 2010.

    Braslia, 11 de junho de 2010; 189o da Independncia e 122o da Repblica.

    LUIZ INCIO LULA DA SILVA

    NOTA:O Decreto n 7.243/10 encontra-se pg. 82 deste volume.

    LEI N 12.266, DE 21 DE JUNHO DE 2010Institui o Dia Nacional do Sistema Braille

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional de-creta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 institudo o Dia Nacional do Sistema Braille, a ser celebrado, anualmente, em 8 de abril.

    Art. 2 No Dia Nacional do Sistema Braille, as entidades pblicas e priva-das realizaro eventos destinados a reverenciar a memria de Louis Braille, divulgando e destacando a importncia do seu sistema na educao, habilitao, reabilitao e profissionalizao da pessoa cega, por meio de aes que:

    I fortaleam o debate social acerca dos direitos da pessoa cega e a sua plena integrao na sociedade;

    II promovam a insero da pessoa cega no mercado de trabalho; III difundam orientaes sobre a preveno da cegueira; IV difundam informaes sobre a acessibilidade material, informao

    e comunicao, pela aplicao de novas tecnologias; V incentivem a produo de textos em Braille; VI promovam a capacitao de profissionais para atuarem na educa-

    o, habilitao e reabilitao da pessoa cega, bem como na editorao de textos em Braille.

    Art. 3 Esta Lei entra em vigor na data da sua publicao.

    Braslia, 21 de junho de 2010; 189 da Independncia e 122 da Repblica.

    LUIZ INCIO LULA DA SILVA

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  • 34

    LEI N 12.267, DE 21 DE JUNHO DE 2010Institui o Dia Nacional da Cidadania

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional de-creta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1o institudo o Dia Nacional da Cidadania, a ser celebrado, anual-mente, em 5 de outubro.

    Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 21 de junho de 2010; 189o da Independncia e 122o da Repblica.

    LUIZ INCIO LULA DA SILVA

    LEI N 12.287, DE 13 DE JULHO DE 2010Altera a Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases

    da educao nacional, no tocante ao ensino da arte

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional de-creta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 O 2 do art. 26 da Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educao nacional, passa a vigorar com a seguinte redao:

    Art. 26 ..................................................................................................... .................................................................................................................. 2 O ensino da arte, especialmente em suas expresses regionais, consti-

    tuir componente curricular obrigatrio nos diversos nveis da educao bsica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.

    ........................................................................................................ (NR)

    Art. 2 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 13 de julho de 2010; 189 da Independncia e 122 da Repbli-ca.

    LUIZ INCIO LULA DA SILVA

    NOTA:A Lei n 9.394/96 encontra-se pg. 52 do vol. 22/23.

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  • 35

    LEI N 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010Institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis ns 7.716, de 5 de janeiro de

    1989, 9.029, de 13 de abril de 1995, 7.347, de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de 2003

    O PRESIDENTE DA REPBLICAFao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte

    Lei:TTULO I

    Disposies Preliminares

    Art. 1 Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garan-tir populao negra a efetivao da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos tnicos individuais, coletivos e difusos e o combate discriminao e s demais formas de intolerncia tnica.

    Pargrafo nico. Para efeito deste Estatuto, considera-se:I - discriminao racial ou tnico-racial: toda distino, excluso, restrio

    ou preferncia baseada em raa, cor, descendncia ou origem nacional ou tnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exerccio, em igualda-de de condies, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos poltico, econmico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pblica ou privada;

    II - desigualdade racial: toda situao injustificada de diferenciao de acesso e fruio de bens, servios e oportunidades, nas esferas pblica e privada, em virtude de raa, cor, descendncia ou origem nacional ou tnica;

    III - desigualdade de gnero e raa: assimetria existente no mbito da sociedade que acentua a distncia social entre mulheres negras e os demais segmentos sociais;

    IV - populao negra: o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou raa usado pela Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), ou que adotam autodefinio anloga;

    V - polticas pblicas: as aes, iniciativas e programas adotados pelo Es-tado no cumprimento de suas atribuies institucionais;

    VI - aes afirmativas: os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correo das desigualdades raciais e para a pro-moo da igualdade de oportunidades.

    Art. 2 dever do Estado e da sociedade garantir a igualdade de opor-tunidades, reconhecendo a todo cidado brasileiro, independentemente da etnia ou da cor da pele, o direito participao na comunidade, especialmente nas atividades polticas, econmicas, empresariais, educacionais, culturais e esportivas, defendendo sua dignidade e seus valores religiosos e culturais.

    Art. 3 Alm das normas constitucionais relativas aos princpios funda-mentais, aos direitos e garantias fundamentais e aos direitos sociais, econmicos e culturais, o Estatuto da Igualdade Racial adota como diretriz poltico-jurdica a incluso das vtimas de desigualdade tnico-racial, a valorizao da igualdade tnica e o fortale-cimento da identidade nacional brasileira.

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  • 36

    Art. 4 A participao da populao negra, em condio de igualdade de oportunidade, na vida econmica, social, poltica e cultural do Pas ser promovida, prioritariamente, por meio de:

    I - incluso nas polticas pblicas de desenvolvimento econmico e social;II - adoo de medidas, programas e polticas de ao afirmativa; III - modificao das estruturas institucionais do Estado para o adequado

    enfrentamento e a superao das desigualdades tnicas decorrentes do preconceito e da discriminao tnica;

    IV - promoo de ajustes normativos para aperfeioar o combate discri-minao tnica e s desigualdades tnicas em todas as suas manifestaes individuais, institucionais e estruturais;

    V - eliminao dos obstculos histricos, socioculturais e institucionais que impedem a representao da diversidade tnica nas esferas pblica e privada;

    VI - estmulo, apoio e fortalecimento de iniciativas oriundas da sociedade civil direcionadas promoo da igualdade de oportunidades e ao combate s desi-gualdades tnicas, inclusive mediante a implementao de incentivos e critrios de condicionamento e prioridade no acesso aos recursos pblicos;

    VII - implementao de programas de ao afirmativa destinados ao en-frentamento das desigualdades tnicas no tocante educao, cultura, esporte e lazer, sade, segurana, trabalho, moradia, meios de comunicao de massa, financiamentos pblicos, acesso terra, Justia, e outros.

    Pargrafo nico. Os programas de ao afirmativa constituir-se-o em polticas pblicas destinadas a reparar as distores e desigualdades sociais e demais prticas discriminatrias adotadas, nas esferas pblica e privada, durante o processo de formao social do Pas.

    Art. 5 Para a consecuo dos objetivos desta Lei, institudo o Sistema Nacional de Promoo da Igualdade Racial (Sinapir), conforme estabelecido no Ttulo III.

    TTULO IIDOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

    CAPTULO IDO DIREITO SADE

    Art. 6 O direito sade da populao negra ser garantido pelo poder pblico mediante polticas universais, sociais e econmicas destinadas reduo do risco de doenas e de outros agravos.

    1 O acesso universal e igualitrio ao Sistema nico de Sade (SUS) para promoo, proteo e recuperao da sade da populao negra ser de respon-sabilidade dos rgos e instituies pblicas federais, estaduais, distritais e municipais, da administrao direta e indireta.

    2 O poder pblico garantir que o segmento da populao negra vin-culado aos seguros privados de sade seja tratado sem discriminao.

    Art. 7 O conjunto de aes de sade voltadas populao negra consti-tui a Poltica Nacional de Sade Integral da Populao Negra, organizada de acordo com as diretrizes abaixo especificadas:

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    I - ampliao e fortalecimento da participao de lideranas dos movi-mentos sociais em defesa da sade da populao negra nas instncias de participao e controle social do SUS;

    II - produo de conhecimento cientfico e tecnolgico em sade da po-pulao negra;

    III - desenvolvimento de processos de informao, comunicao e educa-o para contribuir com a reduo das vulnerabilidades da populao negra.

    Art. 8 Constituem objetivos da Poltica Nacional de Sade Integral da Populao Negra:

    I - a promoo da sade integral da populao negra, priorizando a redu-o das desigualdades tnicas e o combate discriminao nas instituies e servios do SUS;

    II - a melhoria da qualidade dos sistemas de informao do SUS no que tange coleta, ao processamento e anlise dos dados desagregados por cor, etnia e gnero;

    III - o fomento realizao de estudos e pesquisas sobre racismo e sade da populao negra;

    IV - a incluso do contedo da sade da populao negra nos processos de formao e educao permanente dos trabalhadores da sade;

    V - a incluso da temtica sade da populao negra nos processos de formao poltica das lideranas de movimentos sociais para o exerccio da participa-o e controle social no SUS.

    Pargrafo nico. Os moradores das comunidades de remanescentes de quilombos sero beneficirios de incentivos especficos para a garantia do direito sade, incluindo melhorias nas condies ambientais, no saneamento bsico, na segu-rana alimentar e nutricional e na ateno integral sade.

    CAPTULO IIDO DIREITO EDUCAO, CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER

    Seo IDisposies Gerais

    Art. 9 A populao negra tem direito a participar de atividades educacio-nais, culturais, esportivas e de lazer adequadas a seus interesses e condies, de modo a contribuir para o patrimnio cultural de sua comunidade e da sociedade brasileira.

    Art. 10. Para o cumprimento do disposto no art. 9, os governos federal, estaduais, distrital e municipais adotaro as seguintes providncias:

    I - promoo de aes para viabilizar e ampliar o acesso da populao negra ao ensino gratuito e s atividades esportivas e de lazer;

    II - apoio iniciativa de entidades que mantenham espao para promo-o social e cultural da populao negra;

    III - desenvolvimento de campanhas educativas, inclusive nas escolas, para que a solidariedade aos membros da populao negra faa parte da cultura de toda a sociedade;

    IV - implementao de polticas pblicas para o fortalecimento da juven-tude negra brasileira.

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    Seo IIDa Educao

    Art. 11. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino mdio, pblicos e privados, obrigatrio o estudo da histria geral da frica e da histria da popu-lao negra no Brasil, observado o disposto na Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

    1 Os contedos referentes histria da populao negra no Brasil se-ro ministrados no mbito de todo o currculo escolar, resgatando sua contribuio decisiva para o desenvolvimento social, econmico, poltico e cultural do Pas.

    2 O rgo competente do Poder Executivo fomentar a formao ini-cial e continuada de professores e a elaborao de material didtico especfico para o cumprimento do disposto no caput deste artigo.

    3 Nas datas comemorativas de carter cvico, os rgos responsveis pela educao incentivaro a participao de intelectuais e representantes do movimento negro para debater com os estudantes suas vivncias relativas ao tema em comemorao.

    Art. 12. Os rgos federais, distritais e estaduais de fomento pesquisa e ps-graduao podero criar incentivos a pesquisas e a programas de estudo volta-dos para temas referentes s relaes tnicas, aos quilombos e s questes pertinentes populao negra.

    Art. 13. O Poder Executivo federal, por meio dos rgos competentes, incentivar as instituies de ensino superior pblicas e privadas, sem prejuzo da le-gislao em vigor, a:

    I - resguardar os princpios da tica em pesquisa e apoiar grupos, ncleos e centros de pesquisa, nos diversos programas de ps-graduao que desenvolvam temticas de interesse da populao negra;

    II - incorporar nas matrizes curriculares dos cursos de formao de pro-fessores temas que incluam valores concernentes pluralidade tnica e cultural da sociedade brasileira;

    III - desenvolver programas de extenso universitria destinados a apro-ximar jovens negros de tecnologias avanadas, assegurado o princpio da proporciona-lidade de gnero entre os beneficirios;

    IV - estabelecer programas de cooperao tcnica, nos estabelecimentos de ensino pblicos, privados e comunitrios, com as escolas de educao infantil, ensi-no fundamental, ensino mdio e ensino tcnico, para a formao docente baseada em princpios de equidade, de tolerncia e de respeito s diferenas tnicas.

    Art. 14. O poder pblico estimular e apoiar aes scio educacionais realizadas por entidades do movimento negro que desenvolvam atividades voltadas para a incluso social, mediante cooperao tcnica, intercmbios, convnios e incen-tivos, entre outros mecanismos.

    Art. 15. O poder pblico adotar programas de ao afirmativa.

    Art. 16. O Poder Executivo federal, por meio dos rgos responsveis pelas polticas de promoo da igualdade e de educao, acompanhar e avaliar os programas de que trata esta Seo.

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    Seo IIIDa Cultura

    Art. 17. O poder pblico garantir o reconhecimento das sociedades ne-gras, clubes e outras formas de manifestao coletiva da populao negra, com traje-tria histrica comprovada, como patrimnio histrico e cultural, nos termos dos arts. 215 e 216 da Constituio Federal.

    Art. 18. assegurado aos remanescentes das comunidades dos quilom-bos o direito preservao de seus usos, costumes, tradies e manifestos religiosos, sob a proteo do Estado.

    Pargrafo nico. A preservao dos documentos e dos stios detentores de reminiscncias histricas dos antigos quilombos, tombados nos termos do 5 do art. 216 da Constituio Federal, receber especial ateno do poder pblico.

    Art. 19. O poder pblico incentivar a celebrao das personalidades e das datas comemorativas relacionadas trajetria do samba e de outras manifestaes culturais de matriz africana, bem como sua comemorao nas instituies de ensino pblicas e privadas.

    Art. 20. O poder pblico garantir o registro e a proteo da capoeira, em todas as suas modalidades, como bem de natureza imaterial e de formao da identi-dade cultural brasileira, nos termos do art. 216 da Constituio Federal.

    Pargrafo nico. O poder pblico buscar garantir, por meio dos atos nor-mativos necessrios, a preservao dos elementos formadores tradicionais da capoeira nas suas relaes internacionais.

    Seo IVDo Esporte e Lazer

    Art. 21. O poder pblico fomentar o pleno acesso da populao negra s prticas desportivas, consolidando o esporte e o lazer como direitos sociais.

    Art. 22. A capoeira reconhecida como desporto de criao nacional, nos termos do art. 217 da Constituio Federal.

    1 A atividade de capoeirista ser reconhecida em todas as modalida-des em que a capoeira se manifesta, seja como esporte, luta, dana ou msica, sendo livre o exerccio em todo o territrio nacional.

    2 facultado o ensino da capoeira nas instituies pblicas e privadas pelos capoeiristas e mestres tradicionais, pblica e formalmente reconhecidos.

    CAPTULO IIIDO DIREITO LIBERDADE DE CONSCINCIA E DE CRENA E AO LIVRE EXERCCIO

    DOS CULTOS RELIGIOSOS

    Art. 23. inviolvel a liberdade de conscincia e de crena, sendo assegu-rado o livre exerccio dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteo aos locais de culto e a suas liturgias.

    Art. 24. O direito liberdade de conscincia e de crena e ao livre exerc-cio dos cultos religiosos de matriz africana compreende:

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    I - a prtica de cultos, a celebrao de reunies relacionadas religiosidade e a fundao e manuteno, por iniciativa privada, de lugares reservados para tais fins;

    II - a celebrao de festividades e cerimnias de acordo com preceitos das respectivas religies;

    III - a fundao e a manuteno, por iniciativa privada, de instituies beneficentes ligadas s respectivas convices religiosas;

    IV - a produo, a comercializao, a aquisio e o uso de artigos e mate-riais religiosos adequados aos costumes e s prticas fundadas na respectiva religiosi-dade, ressalvadas as condutas vedadas por legislao especfica;

    V - a produo e a divulgao de publicaes relacionadas ao exerccio e difuso das religies de matriz africana;

    VI - a coleta de contribuies financeiras de pessoas naturais e jurdicas de natureza privada para a manuteno das atividades religiosas e sociais das respec-tivas religies;

    VII - o acesso aos rgos e aos meios de comunicao para divulgao das respectivas religies;

    VIII - a comunicao ao Ministrio Pblico para abertura de ao penal em face de atitudes e prticas de intolerncia religiosa nos meios de comunicao e em quaisquer outros locais.

    Art. 25. assegurada a assistncia religiosa aos praticantes de religies de matrizes africanas internados em hospitais ou em outras instituies de internao coletiva, inclusive queles submetidos a pena privativa de liberdade.

    Art. 26. O poder pblico adotar as medidas necessrias para o combate intolerncia com as religies de matrizes africanas e discriminao de seus seguido-res, especialmente com o objetivo de:

    I - coibir a utilizao dos meios de comunicao social para a difuso de proposies, imagens ou abordagens que exponham pessoa ou grupo ao dio ou ao desprezo por motivos fundados na religiosidade de matrizes africanas;

    II - inventariar, restaurar e proteger os documentos, obras e outros bens de valor artstico e cultural, os monumentos, mananciais, flora e stios arqueolgicos vinculados s religies de matrizes africanas;

    III - assegurar a participao proporcional de representantes das religies de matrizes africanas, ao lado da representao das demais religies, em comisses, conselhos, rgos e outras instncias de deliberao vinculadas ao poder pblico.

    CAPTULO IVDO ACESSO TERRA E MORADIA ADEQUADA

    Seo IDo Acesso Terra

    Art. 27. O poder pblico elaborar e implementar polticas pblicas capazes de promover o acesso da populao negra terra e s atividades produtivas no campo.

    Art. 28. Para incentivar o desenvolvimento das atividades produtivas da populao negra no campo, o poder pblico promover aes para viabilizar e ampliar o seu acesso ao financiamento agrcola.

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    Art. 29. Sero assegurados populao negra a assistncia tcnica rural, a simplificao do acesso ao crdito agrcola e o fortalecimento da infraestrutura de logstica para a comercializao da produo.

    Art. 30. O poder pblico promover a educao e a orientao profissio-nal agrcola para os trabalhadores negros e as comunidades negras rurais.

    Art. 31. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que este-jam ocupando suas terras reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os ttulos respectivos.

    Art. 32. O Poder Executivo federal elaborar e desenvolver polticas p-blicas especiais voltadas para o desenvolvimento sustentvel dos remanescentes das comunidades dos quilombos, respeitando as tradies de proteo ambiental das co-munidades.

    Art. 33. Para fins de poltica agrcola, os remanescentes das comunidades dos quilombos recebero dos rgos competentes tratamento especial diferenciado, assistncia tcnica e linhas especiais de financiamento pblico, destinados realizao de suas atividades produtivas e de infraestrutura.

    Art. 34. Os remanescentes das comunidades dos quilombos se beneficia-ro de todas as iniciativas previstas nesta e em outras leis para a promoo da igual-dade tnica.

    Seo IIDa Moradia

    Art. 35. O poder pblico garantir a implementao de polticas pblicas para assegurar o direito moradia adequada da populao negra que vive em favelas, cortios, reas urbanas subutilizadas, degradadas ou em processo de degradao, a fim de reintegr-las dinmica urbana e promover melhorias no ambiente e na qualidade de vida.

    Pargrafo nico. O direito moradia adequada, para os efeitos desta Lei, inclui no apenas o provimento habitacional, mas tambm a garantia da infraestrutura urbana e dos equipamentos comunitrios associados funo habitacional, bem como a assistncia tcnica e jurdica para a construo, a reforma ou a regularizao fundiria da habitao em rea urbana.

    Art. 36. Os programas, projetos e outras aes governamentais realiza-das no mbito do Sistema Nacional de Habitao de Interesse Social (SNHIS), regulado pela Lei no 11.124, de 16 de junho de 2005, devem considerar as peculiaridades so-ciais, econmicas e culturais da populao negra.

    Pargrafo nico. Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios estimula-ro e facilitaro a participao de organizaes e movimentos representativos da popu-lao negra na composio dos conselhos constitudos para fins de aplicao do Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social (FNHIS).

    Art. 37. Os agentes financeiros, pblicos ou privados, promovero aes para viabilizar o acesso da populao negra aos financiamentos habitacionais.

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    CAPTULO VDO TRABALHO

    Art. 38. A implementao de polticas voltadas para a incluso da po-pulao negra no mercado de trabalho ser de responsabilidade do poder pblico, observando-se:

    I - o institudo neste Estatuto;II - os compromissos assumidos pelo Brasil ao ratificar a Conveno In-

    ternacional sobre a Eliminao de Todas as Formas de Discriminao Racial, de 1965;III - os compromissos assumidos pelo Brasil ao ratificar a Conveno n

    111, de 1958, da Organizao Internacional do Trabalho (OIT), que trata da discrimina-o no emprego e na profisso;

    IV - os demais compromissos formalmente assumidos pelo Brasil perante a comunidade internacional.

    Art. 39. O poder pblico promover aes que assegurem a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho para a populao negra, inclusive mediante a im-plementao de medidas visando promoo da igualdade nas contrataes do setor p-blico e o incentivo adoo de medidas similares nas empresas e organizaes privadas.

    1 A igualdade de oportunidades ser lograda mediante a adoo de polticas e programas de formao profissional, de emprego e de gerao de renda voltados para a populao negra.

    2 As aes visando a promover a igualdade de oportunidades na es-fera da administrao pblica far-se-o por meio de normas estabelecidas ou a serem estabelecidas em legislao especfica e em seus regulamentos.

    3 O poder pblico estimular, por meio de incentivos, a adoo de iguais medidas pelo setor privado.

    4 As aes de que trata o caput deste artigo asseguraro o princpio da proporcionalidade de gnero entre os beneficirios.

    5 Ser assegurado o acesso ao crdito para a pequena produo, nos meios rural e urbano, com aes afirmativas para mulheres negras.

    6 O poder pblico promover campanhas de sensibilizao contra a marginalizao da mulher negra no trabalho artstico e cultural.

    7 O poder pblico promover aes com o objetivo de elevar a esco-laridade e a qualificao profissional nos setores da economia que contem com alto ndice de ocupao por trabalhadores negros de baixa escolarizao.

    Art. 40. O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Code-fat) formular polticas, programas e projetos voltados para a incluso da populao negra no mercado de trabalho e orientar a destinao de recursos para seu financiamento.

    Art. 41. As aes de emprego e renda, promovidas por meio de financia-mento para constituio e ampliao de pequenas e mdias empresas e de programas de gerao de renda, contemplaro o estmulo promoo de empresrios negros.

    Pargrafo nico. O poder pblico estimular as atividades voltadas ao turismo tnico com enfoque nos locais, monumentos e cidades que retratem a cultura, os usos e os costumes da populao negra.

    Art. 42. O Poder Executivo federal poder implementar critrios para provimento de cargos em comisso e funes de confiana destinados a ampliar a par-

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    ticipao de negros, buscando reproduzir a estrutura da distribuio tnica nacional ou, quando for o caso, estadual, observados os dados demogrficos oficiais.

    CAPTULO VIDOS MEIOS DE COMUNICAO

    Art. 43. A produo veiculada pelos rgos de comunicao valorizar a herana cultural e a participao da populao negra na histria do Pas.

    Art. 44. Na produo de filmes e programas destinados veiculao pe-las emissoras de televiso e em salas cinematogrficas, dever ser adotada a prtica de conferir oportunidades de emprego para atores, figurantes e tcnicos negros, sendo vedada toda e qualquer discriminao de natureza poltica, ideolgica, tnica ou ar-tstica.

    Pargrafo nico. A exigncia disposta no caput no se aplica aos filmes e programas que abordem especificidades de grupos tnicos determinados.

    Art. 45. Aplica-se produo de peas publicitrias destinadas veiculao pelas emissoras de televiso e em salas cinematogrficas o disposto no art. 44.

    Art. 46. Os rgos e entidades da administrao pblica federal direta, autrquica ou fundacional, as empresas pblicas e as sociedades de economia mista federais devero incluir clusulas de participao de artistas negros nos contratos de realizao de filmes, programas ou quaisquer outras peas de carter publicitrio.

    1 Os rgos e entidades de que trata este artigo incluiro, nas es-pecificaes para contratao de servios de consultoria, conceituao, produo e realizao de filmes, programas ou peas publicitrias, a obrigatoriedade da prtica de iguais oportunidades de emprego para as pessoas relacionadas com o projeto ou servio contratado.

    2 Entende-se por prtica de iguais oportunidades de emprego o con-junto de medidas sistemticas executadas com a finalidade de garantir a diversidade tnica, de sexo e de idade na equipe vinculada ao projeto ou servio contratado.

    3 A autoridade contratante poder, se considerar necessrio para ga-rantir a prtica de iguais oportunidades de emprego, requerer auditoria por rgo do poder pblico federal.

    4 A exigncia disposta no caput no se aplica s produes publicit-rias quando abordarem especificidades de grupos tnicos determinados.

    TTULO IIIDO SISTEMA NACIONAL DE PROMOO DA IGUALDADE RACIAL (SINAPIR)

    CAPTULO IDISPOSIO PRELIMINAR

    Art. 47. institudo o Sistema Nacional de Promoo da Igualdade Racial (Sinapir) como forma de organizao e de articulao voltadas implementao do conjunto de polticas e servios destinados a superar as desigualdades tnicas existen-tes no Pas, prestados pelo poder pblico federal.

    1 Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero participar do Sinapir mediante adeso.

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    2 O poder pblico federal incentivar a sociedade e a iniciativa privada a participar do Sinapir.

    CAPTULO IIDOS OBJETIVOS

    Art. 48. So objetivos do Sinapir:I - promover a igualdade tnica e o combate s desigualdades sociais

    resultantes do racismo, inclusive mediante adoo de aes afirmativas;II - formular polticas destinadas a combater os fatores de marginalizao

    e a promover a integrao social da populao negra; III - descentralizar a implementao de aes afirmativas pelos governos

    estaduais, distrital e municipais;IV - articular planos, aes e mecanismos voltados promoo da igual-

    dade tnica; V - garantir a eficcia dos meios e dos instrumentos criados para a im-

    plementao das aes afirmativas e o cumprimento das metas a serem estabelecidas.

    CAPTULO IIIDA ORGANIZAO E COMPETNCIA

    Art. 49. O Poder Executivo federal elaborar plano nacional de promoo da igualdade racial contendo as metas, princpios e diretrizes para a implementao da Poltica Nacional de Promoo da Igualdade Racial (PNPIR).

    1 A elaborao, implementao, coordenao, avaliao e acompa-nhamento da PNPIR, bem como a organizao, articulao e coordenao do Sinapir, sero efetivados pelo rgo responsvel pela poltica de promoo da igualdade tnica em mbito nacional.

    2 o Poder Executivo federal autorizado a instituir frum intergover-namental de promoo da igualdade tnica, a ser coordenado pelo rgo responsvel pelas polticas de promoo da igualdade tnica, com o objetivo de implementar estra-tgias que visem incorporao da poltica nacional de promoo da igualdade tnica nas aes governamentais de Estados e Municpios.

    3 As diretrizes das polticas nacional e regional de promoo da igual-dade tnica sero elaboradas por rgo colegiado que assegure a participao da so-ciedade civil.

    Art. 50. Os Poderes Executivos estaduais, distrital e municipais, no m-bito das respectivas esferas de competncia, podero instituir conselhos de promoo da igualdade tnica, de carter permanente e consultivo, compostos por igual nmero de representantes de rgos e entidades pblicas e de organizaes da sociedade civil representativas da populao negra.

    Pargrafo nico. O Poder Executivo priorizar o repasse dos recursos re-ferentes aos programas e atividades previstos nesta Lei aos Estados, Distrito Federal e Municpios que tenham criado conselhos de promoo da igualdade tnica.

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    CAPTULO IVDAS OUVIDORIAS PERMANENTES E DO ACESSO JUSTIA E SEGURANA

    Art. 51. O poder pblico federal instituir, na forma da lei e no mbito dos Poderes Legislativo e Executivo, Ouvidorias Permanentes em Defesa da Igualda-de Racial, para receber e encaminhar denncias de preconceito e discriminao com base em etnia ou cor e acompanhar a implementao de medidas para a promoo da igualdade.

    Art. 52. assegurado s vtimas de discriminao tnica o acesso aos rgos de Ouvidoria Permanente, Defensoria Pblica, ao Ministrio Pblico e ao Po-der Judicirio, em todas as suas instncias, para a garantia do cumprimento de seus direitos.

    Pargrafo nico. O Estado assegurar ateno s mulheres negras em situao de violncia, garantida a assistncia fsica, psquica, social e jurdica.

    Art. 53. O Estado adotar medidas especiais para coibir a violncia poli-cial incidente sobre a populao negra.

    Pargrafo nico. O Estado implementar aes de ressocializao e pro-teo da juventude negra em conflito com a lei e exposta a experincias de excluso social.

    Art. 54. O Estado adotar medidas para coibir atos de discriminao e preconceito praticados por servidores pblicos em detrimento da populao negra, observado, no que couber, o disposto na Lei n 7.716, de 5 de janeiro de 1989.

    Art. 55. Para a apreciao judicial das leses e das ameaas de leso aos interesses da populao negra decorrentes de situaes de desigualdade tnica, recor-rer-se-, entre outros instrumentos, ao civil pblica, disciplinada na Lei n 7.347, de 24 de julho de 1985.

    CAPTULO VDO FINANCIAMENTO DAS INICIATIVAS DE PROMOO DA IGUALDADE RACIAL

    Art. 56. Na implementao dos programas e das aes constantes dos planos plurianuais e dos oramentos anuais da Unio, devero ser observadas as polti-cas de ao afirmativa a que se refere o inciso VII do art. 4o desta Lei e outras polticas pblicas que tenham como objetivo promover a igualdade de oportunidades e a inclu-so social da populao negra, especialmente no que tange a:

    I - promoo da igualdade de oportunidades em educao, emprego e moradia;

    II - financiamento de pesquisas, nas reas de educao, sade e empre-go, voltadas para a melhoria da qualidade de vida da populao negra;

    III - incentivo criao de programas e veculos de comunicao destina-dos divulgao de matrias relacionadas aos interesses da populao negra;

    IV - incentivo criao e manuteno de microempresas administradas por pessoas autodeclaradas negras;

    V - iniciativas que incrementem o acesso e a permanncia das pessoas negras na educao fundamental, mdia, tcnica e superior;

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    VI - apoio a programas e projetos dos governos estaduais, distrital e mu-nicipais e de entidades da sociedade civil voltados para a promoo da igualdade de oportunidades para a populao negra;

    VII - apoio a iniciativas em defesa da cultura, da memria e das tradies africanas e brasileiras.

    1 O Poder Executivo federal autorizado a adotar medidas que garan-tam, em cada exerccio, a transparncia na alocao e na execuo dos recursos neces-srios ao financiamento das aes previstas neste Estatuto, explicitando, entre outros, a proporo dos recursos oramentrios destinados aos programas de promoo da igualdade, especialmente nas reas de educao, sade, emprego e renda, desenvol-vimento agrrio, habitao popular, desenvolvimento regional, cultura, esporte e lazer.

    2 Durante os 5 (cinco) primeiros anos, a contar do exerccio subse-quente publicao deste Estatuto, os rgos do Poder Executivo federal que desen-volvem polticas e programas nas reas referidas no 1 deste artigo discriminaro em seus oramentos anuais a participao nos programas de ao afirmativa referidos no inciso VII do art. 4 desta Lei.

    3 O Poder Executivo autorizado a adotar as medidas necessrias para a adequada implementao do disposto neste artigo, podendo estabelecer pa-tamares de participao crescente dos programas de ao afirmativa nos oramentos anuais a que se refere o 2 deste artigo.

    4 O rgo colegiado do Poder Executivo federal responsvel pela pro-moo da igualdade racial acompanhar e avaliar a programao das aes referidas neste artigo nas propostas oramentrias da Unio.

    Art. 57. Sem prejuzo da destinao de recursos ordinrios, podero ser consignados nos oramentos fiscal e da seguridade social para financiamento das aes de que trata o art. 56:

    I - transferncias voluntrias dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-nicpios;

    II - doaes voluntrias de particulares;III - doaes de empresas privadas e organizaes no governamentais,

    nacionais ou internacionais;IV - doaes voluntrias de fundos nacionais ou internacionais; V - doaes de Estados estrangeiros, por meio de convnios, tratados e

    acordos internacionais.

    TTULO IVDISPOSIES FINAIS

    Art. 58. As medidas institudas nesta Lei no excluem outras em prol da populao negra que tenham sido ou venham a ser adotadas no mbito da Unio, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios.

    Art. 59. O Poder Executivo federal criar instrumentos para aferir a eficcia so-cial das medidas previstas nesta Lei e efetuar seu monitoramento constante, com a emisso e a divulgao de relatrios peridicos, inclusive pela rede mundial de computadores.

    Art. 60. Os arts. 3 e 4 da Lei n 7.716, de 1989, passam a vigorar com a seguinte redao:

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    Art. 3 ..................................................................................................................Pargrafo nico. Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminao

    de raa, cor, etnia, religio ou procedncia nacional, obstar a promoo funcional. (NR)Art. 4 ................................................................................................................. 1 Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminao de raa

    ou de cor ou prticas resultantes do preconceito de descendncia ou origem nacional ou tnica:

    I - deixar de conceder os equipamentos necessrios ao empregado em igualdade de condies com os demais trabalhadores;

    II - impedir a ascenso funcional do empregado ou obstar outra forma de benefcio profissional;

    III - proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no ambiente de trabalho, especialmente quanto ao salrio.

    2 Ficar sujeito s penas de multa e de prestao de servios comunida-de, incluindo atividades de promoo da igualdade racial, quem, em anncios ou qualquer outra forma de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de aparncia prprios de raa ou etnia para emprego cujas atividades no justifiquem essas exigncias. (NR)

    Art. 61. Os arts. 3 e 4 da Lei n 9.029, de 13 de abril de 1995, passam a vigorar com a seguinte redao:

    Art. 3 Sem prejuzo do prescrito no art. 2 e nos dispositivos legais que tipificam os crimes resultantes de preconceito de etnia, raa ou cor, as infraes do disposto nesta Lei so passveis das seguintes cominaes:

    ........................................................................................................ (NR)Art. 4 O rompimento da relao de trabalho por ato discriminatrio,

    nos moldes desta Lei, alm do direito reparao pelo dano moral, faculta ao empre-gado optar entre:

    ........................................................................................................ (NR)

    Art. 62. O art. 13 da Lei n 7.347, de 1985, passa a vigorar acrescido do seguinte 2, renumerando-se o atual pargrafo nico como 1:

    Art. 13. .................................................................................................................. 1 .................................................................................................................. 2 Havendo acordo ou condenao com fundamento em dano causado

    por ato de discriminao tnica nos termos do disposto no art. 1 desta Lei, a prestao em dinheiro reverter diretamente ao fundo de que trata o caput e ser utilizada para aes de promoo da igualdade tnica, conforme definio do Conselho Nacional de Promoo da Igualdade Racial, na hiptese de extenso nacional, ou dos Conselhos de Promoo de Igualdade Racial estaduais ou locais, nas hipteses de danos com exten-so regional ou local, respectivamente. (NR)

    Art. 63. O 1 do art. 1 da Lei n 10.778, de 24 de novembro de 2003, passa a vigorar com a seguinte redao:

    Art. 1 ..................................................................................................................

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    1 Para os efeitos desta Lei, entende-se por violncia contra a mulher qualquer ao ou conduta, baseada no gnero, inclusive decorrente de discriminao ou desigualdade tnica, que cause morte, dano ou sofrimento fsico, sexual ou psicol-gico mulher, tanto no mbito pblico quanto no privado.

    ........................................................................................................ (NR)

    Art. 64. O 3 do art. 20 da Lei n 7.716, de 1989, passa a vigorar acres-cido do seguinte inciso III:

    Art. 20. .................................................................................................................. .................................................................................................................. 3 .................................................................................................................. ..................................................................................................................III - a interdio das respectivas mensagens ou pginas de informao na

    rede mundial de computadores. ........................................................................................................ (NR)

    Art. 65. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias aps a data de sua publicao.

    Braslia, 20 de julho de 2010; 189 da Independncia e 122 da Repblica.

    LUIZ INCIO LULA DA SILVA

    NOTA:Encontram-se na Col. Leg. Fed. de Ens. Fundamental e Mdio CENP/SE:Constituio Federal pg. 25 do vol. 15;Lei n 7.347/85 pg. 46 do vol. 12;Lei n 7.716/89 pg. 25 do vol. 16;Lei n 9.394/96 pg. 52 do vol. 22/23.

    LEI N 12.306, DE 6 DE AGOSTO DE 2010Dispe sobre a prestao de apoio financeiro pela Unio aos Estados e ao Distrito Federal, institui o Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Mdio, para o

    exerccio de 2010, e d outras providncias

    Fao saber que o PRESIDENTE DA REPBLICA adotou a Medida Provisria n 484, de 2010, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Jos Sarney, Presidente da Mesa do Congresso Nacional, para os efeitos do disposto no art. 62 da Constituio Federal, com a redao dada pela Emenda Constitucional n 32, combinado com o art. 12 da Resoluo n 1, de 2002-CN, promulgo a seguinte Lei:

    Art. 1 Fica a Unio obrigada a transferir aos Estados e ao Distrito Fe-deral, no exerccio de 2010, a ttulo de apoio financeiro, o valor de R$ 800.000.000,00 (oitocentos milhes de reais), de acordo com os critrios e prazos estabelecidos nesta Lei, com o objetivo de superar dificuldades financeiras emergenciais.

    1 O valor referido no caput ser entregue aos Estados e ao Distrito Federal mediante a aplicao dos coeficientes individuais de participao no Fundo de

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    Participao dos Estados, conforme Lei Complementar n 62, de 28 de dezembro de 1989, na forma fixada pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministrio da Fazenda, at o quinto dia til aps a aprovao do crdito oramentrio para a finalidade.

    2 Para a entrega dos recursos aos Estados e ao Distrito Federal, sero obrigatoriamente deduzidos os valores das suas dvidas vencidas e no pagas junto Unio.

    Art. 2 Fica institudo, no mbito do Ministrio da Educao, o Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Mdio, com a finalidade de prestar assistncia financeira ao ensino mdio estadual, excepcionalmente no exerccio de 2010, no mon-tante de R$ 800.000.000,00 (oitocentos milhes de reais), na forma desta Lei.

    Pargrafo nico. O Programa Especial de Fortalecimento do Ensino M-dio atender aos Estados das regies Norte e Nordeste cujo valor anual por aluno do ensino mdio do Fundo de Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao dos Profissionais da Educao - FUNDEB, em 2010, seja inferior mdia dessas regies, conforme clculo efetuado na forma do art. 4.

    Art. 3 O Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Mdio tem como objetivos contribuir para:

    I - incentivar a melhoria dos indicadores de qualidade do ensino mdio;II - suprir recursos financeiros de forma a equalizar oportunidades educa-

    cionais no nvel do ensino mdio; eIII - atender ampliao das matrculas no ensino mdio pblico.

    Art. 4 O Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Mdio ser executado por meio de transferncia direta aos Estados considerados prioritrios pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao FNDE, conforme os seguintes pa-rmetros:

    I - o nmero de matrculas no ensino mdi