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A melhor revista de todas
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SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
SETEMBRO-OUTUBRO. 2010
Propriedade: Voz do Campo, Editora Lda. Sede: Trav. do Matadouro, Bloco B, 2-A, R/c Esq.º, 6000-306 Castelo Branco, Portugal, Tel. +351 272 324 585, Fax. +351 272 324 586 Editor: Paulo Martins Gomes Redacção/Repórteres: Fátima Pereira (redactora chefe); Paulo Gomes; Maria João Henriques; Hendriler Francis Amador; [email protected]; [email protected]; [email protected] Edição On-line:www.vozdocampo.pt Direcção Comercial/Publicidade: Maria João Henriques; [email protected]; [email protected]; [email protected]; Tel. +351 272 324 585; Fax. +351 272 324 586Agronegócio: [email protected]. Direcção Geral/Administração: Paulo Martins Gomes; [email protected] Dep. Assinaturas: Adriana Barbosa de Souza; [email protected] Dep.Contabilístico: Albinúmero, Lda. Artes Gráficas: Fátima Pereira Paginação: Fátima Pereira; Paulo Gomes Estagiária: Mónica Gomes Colaboraram nesta edição: Associação de Apicultores do Nordeste, STIHL,Sandra Marques, Pedro Basto, José Martino, Associação de Criadores de Porco Alentejano, Carnalentejana S. A., Valorfito Periodicidade: Bimestral Assinaturas: 1 ano (6 edições) 25 EUR. Estrangeiro 35 EUR;2 anos (12 edições) 40 EUR. Estrangeiro 50 EUR. Registo no ICS: 120363 Empresa Jornalística: 220362 Depósito Legal: 115126/97 Contribuinte: 505903210 Impressão: FIG - Rua Adriano Lucas, 3020-265 CoimbraPreço: 5,00 Euros (Iva inc. à taxa de 5%) Tiragem média por edição: 15.000 Exemplares.
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ACTUALIDADE
APICULTURAPÁG 06 A 11
OLIVAL & AZEITEPÁG 12 A 16
MAQUINARIANEW HOLLAND APRESENTA T8
PÁG 18 A 22
HORTICULTURACEBOLA: UMA CULTURA
DE CUIDADOS
PÁG 25 E 26CENOURA CADA VEZ MAIS
UNIFORME
PÁG 30 E 31
UVA SEM GRAINHA
CENTRAIS
CASTANHA
PÁG 36 A 45
CAMPEONATOS DE STO. HUBERTO
PÁG 46 E 47CERTIFICAÇÃO DA PERDIZ
VERMELHA DE MÉRTOLA
PÁG 48
RECOLHA DE RESÍDUOS
DE EMBALAGENS DE PRODUTOS
FITOFARMACÊUTICOS
PÁG 60
ENTREVISTAPRESIDENTE DA AGROBIO
PÁG 62
A Cooperativa Agrícola de Vila Real,Entidade Gestora da marca CarneMaronesa - DOP, quer recuperar,durante este ano, o volumecomercializado em 2007, ou seja1.800 carcaças certificadas, oque representa um aumento decerca de 30% em relação às vendasactuais. O mercado prioritáriocontinua a ser o consumidor final e arestauração de “gama alta” da região deprodução.
De forma a alcançar estes objectivos, aCooperativa Agrícola de Vila Real, através doseu Agrupamento de Produtores CarneMaronesa-DOP, está a desenvolver um projectode promoção e divulgação, deste produto de altaqualidade, com a finalidade de informar melhoro consumidor final sobre a qualidade e variedadedos produtos comercializados, assim comosobre os pontos de venda autorizados econtrolados, na comercialização da carnecertificada.
Com uma facturação anual a rondar 1.400mil euros de Carne Maronesa, a CooperativaAgrícola de Vila Real desempenha umimportante papel a nível económico e social,pois é a entidade que garante o escoamento da
Maronesa quer aumentar vendas em 30%
quasetotalidadeda produção dosagricultores regionais.
Actualmente existem na região cerca demil e quinhentos criadores de animais da RaçaMaronesa reconhecidos.
A criação destes animais destaca-se por terum modo de produção amigo do ambiente, quefaz um uso equilibrado do solo e da água econtempla a exploração de espécies vegetaisautóctones. A dieta dos animais adultos éconstituída por produtos cultivados, ervas earbustos naturais dos terrenos baldios ou pradosprivados, o que garante a excelência da qualidadedo produto final.
Superfície de milho de regadiomantém-se nos 88 mil hectarespelo segundo ano consecutivo
A superfície de milho de regadio deverá rondar os88 mil hectares, valor idêntico ao de 2009 e ao maisbaixo das últimas duas décadas. Para esta situaçãocontribuíram os valores pouco atractivos pagos aosprodutores, bem como as dificuldades observadas narealização dos trabalhos de sementeira, consequênciada saturação hídrica dos solos causada pelas elevadasprecipitações acumuladas.
Milho de Sequeiro e arroz apresentamdesenvolvimento vegetativo normal
Apesar do intenso calor durante o mês de Julhonão ter, de um modo geral, beneficiado as culturasarvenses de sequeiro, as condições climatéricasregistadas ao longo do ciclo vegetativo do milho desequeiro, têm favorecido o normal desenvolvimentoda cultura, pelo que se prevêem produtividades naordem dos 1570 kg/ha, o que corresponde a umaumento de 5%, face a 2009.
ESTATÍSTICAS
Encharcamento dos solos nalgumasregiões condiciona produtividade
da batata de regadio
Na batata de regadio o encharcamento observadonalguns terrenos atrasou as plantações e impediu oeficaz controlo das infestantes, condicionando odesenvolvimento dos tubérculos e, consequentemente,a produtividade da cultura, perspectivando-se assimuma ligeira quebra de produtividade (-5%) face a 2009.
Quebra na produção de batata de sequeiro ronda os 20%
A produção de batata de sequeiro deverá registaruma quebra de 20%, resultado quer da diminuição dasáreas plantadas devido às intensas chuvas deFevereiro e Março, quer das quebras de produtividade,apresentando os tubérculos, de um modo geral, calibresreduzidos.
FONTE: INE – BOLETIM MENSAL – JULHO 2010
CINEGÉTICA
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
12 números (2 anos)... 40 Euros Estrangeiro... 50 Euros 6 números (1 ano )... 25 Euros Estrangeiro... 35 Euros
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Desejo receber a partir desta data:
Em época de comemoração demais um aniversário resolvemosconstatar a evolução de algumasempresas nossas parceiras nosúltimos anos.
Não perca esta viagem desucessos mas com muitaengenharia para contornar os muitosobstáculos.
Passado, presente e futuro,encontre os vários tempos nasnossas páginas azuis.
04 a 06: Interpoma 2010 (Bolzano – Itália)09 a 12: Agroforum (Kiev – Ucrânia)10 a 14: Eima (Bolonha – Itália)16 a 19: Eurotier (Hannover – Alemanha)16 a 19: BioEnergy Decentral (Hannover – Alemanha)25 a 29: Agrama (Berna – Suíça)30 a 2 Dez.: Vinitech (Bordéus – França)30 a 2 Dez.: Sifel (Agen – França)30 a 4 Dez.: Agromek (Herning – Dinamarca)
ACTUALIDADE
OUTUBRO
08 a 10: Lusoflora (Santarém)09 e 10: Terra Sã 2010 – 1.ª Feira Nacional de Agricultura Biológica
e Biodiversidade (Lisboa)14 a 17: Feira dos Gorazes (Mogadouro)20 a 23: Fimap / Ferralia (Porto)22 a 24: Vinipax (Beja)22 a 24: Feira da Caça (Mértola)29 a 31: Feira da Castanha (Sernancelhe)29 a 31: Rural Castanea (Vinhais)29 a 1 Nov.: Norcaça, Norpesca & Norcastanha (Bragança)30 a 7 Nov.: Festa da Vinha e do Vinho (Arruda dos Vinhos)
Internacional
06 a 08: Sommet de l’Elevage (Clermont-Ferrand – França)06 a 08: Macfrut (Foggia – Itália)06 a 09: Agrosalon (Moscovo – Rússia)11 a 15: Agroprodmash (Moscovo – Rússia)12 a 15: Horti Fair (Amsterdão – Holanda)14 a 16: Inter Agro Business Monchengladbach – Alemanha)14 a 16: Congresso Int.de Porco Mediterrâneo (Cordoba-Espanha)20 a 22: Iberflora (Valência – Espanha)20 a 23: Elmia Agriculture Machinery & Cultivation
(Jonkoping – Suécia)20 a 23: Moldagrotech (Moldávia)20 a 23: Earmer – Máquinas e Equipamentos de Sementeira
(Moldávia)23 a 26: Agrotech Thessaloniki27 a 30: Agri Indo (Jacarta – Indonésia)27 a 29: Expobioenergia (Valladolid – Espanha)28 a 31: Saver – Espaços Verdes, Máq. e Equip. (Madrid – Espanha)31 a 2 Novembro: Garden + Landscaping
(Emirados Árabes Unidos – Dubai)
NOVEMBRO
06 e 07: Feira da Castanha (S. Pedro de Castelões – Vale de Cambra)06 e 07. Feira do Mel e da Castanha (Lousã)06 e 07: Feira da Castanha (Carrazedo de Montenegro - Valpaços)12 a 14: Festa do Castanheiro / Feira da Castanha (Marvão)26 a 01 Dez: Feira do Montado (Portel)
Internacional
Este ano vai ser colhido um milhãoquinhentos e oitenta mil toneladas demaçã em toda a França, segundo asprimeiras estimativas da AssociaçãoNacional de Maçãs e Peras. Apesar derepresentar menos 4% em relação aoano anterior, aquela Associaçãoconsidera-a uma colheita generosa.
A colheita de 2010 oferece umamaçã atraente e todos os profissionaisestão de acordo sobre a qualidadeepidérmica das maçãs, sem nenhumdefeito.
França é o primeiro fornecedor demaçã para o mercado português, comuma quota de 30% do mercado em2009. O nosso país representou 25 miltoneladas nas exportações francesas nacampanha 2009/2010, sendo a Golden,e a Granny Smith as principaisvariedades exportadas.
Registe-se ainda que Portugal é umgrande consumidor de maçã com 30,9kg por ano e habitante.
Colheita generosade maçã em França
O processo de criação das Zonas deIntervenção Florestal constitui-se como ummodelo organizacional fundamental paraultrapassar as fragilidades de ordenamentoe gestão que se fazem sentir, em particularnas zonas de minifúndio.
A sua aceitação e adesão pelosproprietários e técnicos florestais foraminquestionáveis, sendo prova inequívocadisso o facto de terem sido constituídas127 ZIF de Norte a Sul do país.
A constituição das ZIF marca apenas oinício de uma longa e profunda alteração naforma de uso e gestão do território e nãoum fim por si.
Urge então continuar o trabalhodesenvolvido e rapidamente encontrarformas de ultrapassar os actuaisconstrangimentos.
Estas foram as principais conclusõesaprovadas em plenário no final do primeiroEncontro Nacional de Entidades Gestorasde ZIF que teve lugar em Agosto, na vila deMação.
Mas, para fazer valer estas ideias,considera-se essencial garantir,rapidamente, a continuidade dos apoios doFundo Florestal Permanente, promoveruma reestruturação profunda das medidasde apoio do PRODER, bem como criar umobservatório /comissão de acompanhamentodos processos de criação e funcionamentodas ZIF.
Cinco anos depoisda sua constituiçãoas ZIF estãoperfeitamente aceites
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SETEMBRO-OUTUBRO. 2010
A Cooperativa de Produtores deMel da Terra Quente, CRL, e aAssociação dos Apicultores doNordeste dispõem, respectivamente, de64 e 120 associados. Com sede socialem Mirandela, distrito de Bragança, sãoestruturas importantes tanto no apoiodirecto aos apicultores através detécnicos especializados, como naextracção do mel com recurso à suaunidade industrial situada no Cachão,como na orientação à comercialização.
Ambas as estruturas associativasabrangem os concelhos de Mirandela,Alfândega da Fé, Macedo deCavaleiros e Vila Flor, constituindo aZona Controlada da Terra Quente, onde
é assegurado, através do PAN –Programa Apícola Nacional - o apoioe controlo sanitário aos efectivosapícolas dos apicultores existentesnesses concelhos, abrangendo cerca de280 apicultores e 21 mil colmeias.Entretanto, a Cooperativa aguarda porparte da Direcção Geral de Veterináriaa aceitação do pedido de alargamentoda sua área de intervenção para oconcelho de Torre de Moncorvo, o quetornará a Zona Controlada a segundamais importante a nível nacional.
A Associação é detentora da marca“Mel da Terra Quente” – DOP(Denominação de Origem Protegida),que abrange 10 concelhos - Mirandela,
Mel da Terra Quente com predomíniodo rosmaninho
Alfândega da Fé, Macedo deCavaleiros, Vila Flor, Carrazeda deAnsiães, Torre de Moncorvo, Freixode Espada à Cinta, Mogadouro (doDistrito de Bragança), Vila Nova de FozCôa (Distrito da Guarda) e Valpaços(Distrito de Vila Real), estimando-seem 450 os apicultores instaladosnesses concelhos. No mel DOP, a suacomercialização pode ser feita tantopela Cooperativa, como pelo produtora título individual, quer ainda por umaentidade terceira com quem qualquerum dos anteriores estabeleça contrato.
A Cooperativa deu um apoioimportante na candidatura dosapicultores ao Programa de Produtosde Qualidade – Mel da Terra Quente(DOP), no âmbito do PRODER, tendosido beneficiado com ajudas 92apicultores (com um total de 20.086colónias).
Procedeu-se no ano apícolatransacto ao preenchimento elançamento informático de 214declarações de existência (para além deter feito 20 registos iniciais deactividade, 7 fechos de actividade, trêsreinícios de actividade, 60 pedidos dealteração às declarações, e 28deslocações de apiários).
A produção anual de mel na TerraQuente ronda as 400 toneladas,predominando mel de rosmaninho(lavanda stoechas) temos tambémproduções de mel de amendoeira(prunus sp), mel de castanheiro(castanea sativa), mel de melada decarvalho, azinheira e sobreiro (Quercussp), entre outras. Cerca de 20apicultores já dispõem de unidades deprodução primárias registadas na DGV.
“Mel da Terra Quente” – DOP (Denominação de OrigemProtegida)abrange 10 concelhos: Mirandela, Alfândega daFé, Macedo de Cavaleiros, Vila Flor, Carrazeda deAnsiães, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta,Mogadouro, Vila Nova de Foz Côa e Valpaços,estimando-se em 450 os apicultores instalados nessesconcelhos.
O Instituto Politécnico de Castelo Branco vai seranfitrião do I Congresso Ibérico de Apicultura, calendarizadopara os dias 14, 15 e 16 de Abril de 2011 nas instalações daEscola Superior Agrária. É também promovido pelaMelbandos – Cooperativa de Apicultores do Concelho deMação, Meltagus – Associação de Apicultores do ParqueNatural do Tejo Internacional e pela Pinus Verde – Associaçãode Desenvolvimento.
I Congresso Ibérico de Apicultura em Abril do próximo anoÉ mais uma prova do reconhecimento do grande potencial
da apicultura para o desenvolvimento local e regional.A data limite para submissão de resumos é 15 de
Outubro, podendo os trabalhos ser para apresentação oralou na forma de poster. Os tópicos disponíveis são:polinização e flora apícola, sanidade apícola, produtos dacolmeia, gestão e desenvolvimento apícola, bem comoapicultura e OGM.
APICULTURA
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Autoria:
SETEMBRO-OUTUBRO. 2010
Tal como no resto da UniãoEuropeia, em Portugal o sector apícolaé uma actividade tradicionalmenteligada à agricultura. É, normalmente,encarada como um complemento aorendimento das explorações, existindo,contudo, uma pequena minoria deapicultores para os quais a apiculturaé a base das receitas da exploração.
De uma análise bastante abrangentepode concluir-se que o mel, enquantoprincipal produto directo da apiculturanacional, constitui um produtoestratégico do ponto de vista de umaproveitamento integrado do espaçorural.
O PAN anterior foi elaborado comprecauções acrescidas no sentido de
Estratégico do ponto de vista do aproveita
N.º de apicultores 15 267 17 291 +13%N.º de apiários 32 685 38 203 +17%N.º de colónias 555 049 562 557 +1,4%
Caracterização genéricada actividade apícola
2007 2010 VariaçãoConclusão: um acréscimosignificativo do número deapicultores e apiários, um ligeiroaumento do número de colónias.
uma estruturação do sector apícolanacional, melhoria da produção ecomercialização dos produtos daapicultura, através daprofissionalização do sector e de novosincentivos à concentração da oferta.Esse programa tinha ainda intenção dealcançar uma maior eficácia da execução,face a períodos anteriores deprogramação. A avaliação efectuadapermite concluir que tais pressupostossão ainda válidos e oportunos e que ostrês anos de aplicação foraminsuficientes para a adaptação dosoperadores e da própria administraçãoàs alterações de paradigma entãopreconizadas.
A abordagem ao novo período deprogramação tem por base acontinuidade do programa anterior,possibilitando mais tempo de aplicaçãoe amadurecimento, utilizando aexperiência adquirida para efectuaradequações nas acções/medidaspreconizadas, quer em matéria deconcepção quer de operacionalização econtrolo, nomeadamente, no querespeita a simplificação administrativa,relação custo/benefício e selectividadeda atribuição dos apoios face aosobjectivos do programa e em respeitopelo enquadramento regulamentaraplicável.
Fonte: DGV - Dados de Março de 2010
8
7
6
5
4
3
2
1
0Norte Centro Lisboa
e Valedo Tejo
Alentejo Algarve RA Açores RA Madeira
Número de apiários por apicultor
Norte Centro Lisboa e Valedo Tejo
Alentejo Algarve RA Açores RA Madeira
0
20
40
60
80
100
120Número de colónias por apicultor
Fonte: DGV - Dados de Março de 2010
Da análise da distribuição regional deapicultores verifica-se que existe uma fortedispersão da actividade apícola peloterritório nacional, todavia, é na regiãoCentro que se concentra a maiorpercentagem de apicultores (38%).
Os apicultores detêm em média 2,21apiários e 32,5 colónias. Significa que entreos apicultores portugueses existe uma taxade profissionalização (mais de 150colónias) muito reduzida. Os apicultoresnão profissionais representam 96,6% dototal.
Análise SWOT(*) do Sector ApícolaNacional
Uma percentagem muito elevada deefectivo concentrada num reduzido númerode apicultores.Forte implementação regional dasorganizações de apicultores, existência detécnicos com formação e com vontade deintervir no circuito de comercialização.Excelente potencial natural da subespécieautóctone (Apis mellifera iberensis),embora com necessidade demelhoramento.14 zonas controladas que representam56 concelhos.Localização das principais exploraçõesapícolas no Interior do país, em áreaspouco sujeitas à pressão humana.Acréscimo significativo da área de culturase pastagens em Modo de ProduçãoBiológico.O mel é um produto estável e seguro,fácil de enquadrar num sistema derastreabilidade.Aumento significativo de licenciamentos.
Existência de centrais meleiras dedicadasà extracção, embalamento e distribuiçãode mel.
Retirado de:Programa ApícolaNacional: Triénio de2011-2013.Elaborado peloGrupo deAcompanhamentoao PAN, em estreitacolaboração com asentidades oficiais ea FederaçãoNacional dosApicultores dePortugal que oconstituem.
(*) Acrónimo de Forças(Strengths), Fraquezas(Weaknesses),Oportunidades(Opportunities) eAmeaças (Treats)
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PONTOS FORTES
APICULTURA
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
aproveitamento integrado do espaço rural
A primeira fase da transformaçãodo néctar em mel ocorre no pré-estômago das abelhas, através de umaacção enzimática (adição de enzimas)que contribuem para odesdobramento da
sacarose em frutose e glicose.A segunda fase, designada por
trofilaxia, consiste na passagem do melsucessivamente de umas abelhas paraoutras: depois da obreira-sugadora
ingurgitar para a sua bolsa de néctaruma quantidade de néctar
suficiente, outraobreira vaiingurgi tá - lopor sua vez,
para depois oregurgitar para a
língua de outraabelha. Onéctar vaipassandode abelha
em abelhaaté ficar,
pela continuação da acção enzimática,concentrado em açúcares simples: porcada passagem pela bolsa de umaobreira, o que ainda resta de néctarsofre uma transformação graças à acçãode uma diastáse, que consisteessencialmente em transformar asacarose em frutose e glicose, açúcaresdirectamente assimiláveis pelo nossoorganismo.
Depois de ter sido concentrado etransformado, o néctar passa a mel,sendo cuidadosamente depositadopelas obreiras nos alvéolos da colóniaou cortiços, que as abelhas vão ventilar,para eliminar o excesso de humidade eproceder à sua operculação (selagemdos favos).
Tal como o pólen também o mel éusado na alimentação das abelhas.
Produtos
da colmeia
Criação
de Rainhas
Mel
Cera
Pólen
Própolis
PolinizaçãoGeleia Real
Apitoxina
Enxames
Em Portugal, e no que respeita aosprodutos apícolas que não mel, a suaoferta é reduzida, com a indústria aabastecer-se sobretudo de produtosimportados.
O mel é o produto mais importante dacolmeia e em Portugal existem noveDenominações de Origem Protegidas, as quaisdemonstram um crescente interesse por partedos apicultores numa aposta de qualidade comconsequências não só ao nível da dinamizaçãoeconómica das zonas rurais em que seinserem, mas também da própria dinamizaçãodo mel.
Da análise da evolução dos dadosdisponíveis mais recentemente (2006 e 2007),relativos ao número de produtores, colmeias
e quantidades certificadas constata-se que:- a produção nacional de méis DOP temvindo a confirmar o aumento já verificadono triénio anterior, embora de formamenos expressiva, mas continua aapresentar um peso muito reduzido nocomputo global da produção nacional demel (cerca de 2,4% em 2007).
9 denominações de origem protegida = 2,4% da produção
Do néctar ao mel
Caracterização de méis com nomes protegidos - 2006-2007
9
ProdutoNúmero deapicultores
Número de colmeiase cortiços
Produção kg
2006 2007 2006 2007 2006 2007
Mel da Serra da Lousã
Mel da Terra Quente
Mel das Terras Altas do Minho
Mel de Barroso
Mel do Parque de Montesinho
Mel dos Açores
Total
85
7
6
58
115
3
274
102
3
7
81
161
3
357
5500
877
600
3911
9600
430
20918
5000
385
650
4966
10674
420
22095
40000 30000
4706
7147
57000 65000
36186 59232
3000 3000
145790 169085
3404
6200
APICULTURA
continua na página seguinte
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
APICULTURA
Máxima eficácia contra a varroose: 99,5%.Máxima segurança para as abelhas e para os
consumidores: ausência de resíduos no mel e na cera.Revolucionário sistema de libertação progressiva de
amitraz, permanecendo activo durante 8 a 10 semanas.Molécula única, eficaz em casos de resistência cruzada
entre piretróides (flumetrina, fluvalinato, tau-fluvalinato).Líder no mercado Espanhol e Francês.2009: tratamento de eleição contra a varroose pela
OIE e pela AFSSA.2010: tratamento de eleição, recomendado por
Consultores Apícolas (Jornadas Técnicas Apícolas,Fev.2010).
Sanidade & Alimentação
Complemento proteico, vitaminado, enriquecido comminerais e FOS. As proteínas, vitaminas e minerais aliviamde forma imediata as faltas de aporte exterior e sãoimediatamente assimilados pelas abelhas e larvas, devidoà sua solubilidade. A conjugação de proteínas comfrutooligossacarídeos (FOS) contribui para a protecçãoanti-infecciosa e para o reforço do sistema imunitário dasabelhas.
Fornece às abelhas os nutrientes que não encontramna Natureza, nem nos xaropes fabricados a partir deaçúcares refinados.
Indicado na Primavera para um bom arranque; noVerão, para compensar a escassez de alimento e noOutono para uma boa postura.
Permite um crescimento harmonioso das colónias.Para mais informações contactar:IBERIL– Pç. Francisco Sá Carneiro, 7 – 5º Esq.; 1000-159 LISBOA T. 21 843 68 50/ 91 243 77 20/ 91 662 53 83 – F. 21 840 32 17 – E-mail: [email protected]
(Cont. da página anterior)
ComercializaçãoUm dos factores condicionantes que se tem verificado
no sector apícola é a falta de concentração da produção comvista à comercialização.
A grande maioria dos agrupamentos de produtores emactuação no domínio da apicultura tem como principalobjectivo a prestação de serviços aos associados (sobretudoa nível de assistência técnica), com reduzida expressão aonível da comercialização e pouca interferência em termos decapacidade negocial (falta de dimensão, falta de planeamentoestratégico, insuficiente conhecimento do mercado).
As centrais meleiras são estruturas de extracção e/ ouembalamento de mel das organizações de produtores, ouseja, de carácter colectivo.Desempenham um papelimportante no que respeita à concentração da produção nasorganizações de produtores, bem como na capacidade destesem colocar os seus produtos no mercado com marca própria.
ConsumoConclusões de um estudo realizado no âmbito do PAN
para aferir sobre o consumo de mel pelas famílias portuguesasconclui que estas, maioritariamente, adquirem o mel juntodos produtores (40%) na região de onde é originário. Àexcepção das famílias de Lisboa, a maioria prefere mel daprópria região e gasta em média, 20 euros por ano, o querepresenta aproximadamente 35 milhões de euros.
As famílias portuguesas são apreciadoras de mel evalorizam-no sobretudo porque consideram que o mesmofaz bem à saúde. Contrariamente à maioria dos produtosalimentares, as marcas de mel não são muito valorizadas,não deixando de ser uma mais-valia o facto do mel portuguêsser certificado.
Segundo os entrevistados no estudo, as carcaterísticasde um bom mel são sobretudo a textura e o paladar e emmenor grau a cor e a origem do mel.
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SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
Serviços Prestados
Formação Profissional Certificada · Elaboração de Candidaturase Projectos ao IFAP e PRODER· Extracção/ Comercialização de Mel· Comercialização de Produtos Agrícolas, fitofármacos e afins ·Transformação/Comercialização de Queijo · Assistência Técnica aosApicultores · Detentora do Livro Genealógico da Raça Churra doCampo.
Em conjunto com aMEIMOACOOP, a FederaçãoNacional dos Apicultores dePortugal vai organizar o XI FórumNacional de Apicultura, nospróximos dias 29, 30 e 31 deOutubro de 2010, em Penamacor. A 9ª edição da Feira Nacional doMel realiza-se de 29 a 31 deOutubro, novamente em paralelocom o Fórum Nacional deApicultura. Desde 2002 que esteevento se tem vindo a afirmarcomo o espaço privilegiado demostra da qualidade e excelênciados produtos da apiculturanacional.
Reconhecido pelos diversosoperadores da fileira apícola
Apicultura Nacional reúneem Penamacor
nacional como ponto de encontro,local de realização de negócios emostra das mais recentestecnologias e equipamentosdisponíveis para a actividade éuma oportunidade para dar aconhecer produtos ou divulgarserviços.
À semelhança das suasanteriores edições, estarãodisponíveis a todos osinteressados workshops queabrangem as mais actuais temáticasdo sector apícola. Assim, este anoserão abordadas as seguintestemáticas: Produção de Pólen,Implementação de HACCP emMelarias, Polinização de Culturase os Aromas e Sabores do Mel.
APICULTURA
pub.
XI FÓRUM NACIONAL DE APICULTURA - PROGRAMA
SÁBADO – 30 DE OUTUBRO DE 2010
INSCRIÇÕES, DISTRIBUIÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO E RECEPÇÃO AOS PARTICIPANTESSESSÃO DE ABERTURAPAINEL DE DEBATE: DESAFIOS FUTURODA APICULTURA NACIONAL MODERADOR: DR. ANTÓNIO CABANAS–VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DE PENAMACOR
PROGRAMA APÍCOLA NACIONAL 2011/2013 – GABINETE DEPLANEAMENTO E POLÍTICASPROGRAMA APÍCOLA NACIONAL 2011/2013: MEDIDA 2A –DIRECÇÃO GERAL DE VETERINÁRIAINVESTIGAÇÃO SOBRE A ORIGEM DA MORTALIDADE DE COLMEIAS EM ESPANHA
– DR. MARIANO HIGES PASCUAL – CENTRO AGRÁRIO DEMARCHAMALOCOMERCIALIZAÇÃO E MERCADO DO MEL – ARMANDO DIAS –DIRECTOR DE COMPRAS DA COOPLISBOA
INTERVALO PARA CAFÉ ANTES DO DEBATEALMOÇO LIVRE
RESULTADOS FINAIS DOS PROJECTOS DE INVESTIGAÇÃOAPLICADA EM APICULTURA – PAN 2008-2010MODERADOR: DR. MANUEL MARTINS LOPES MARCELO
APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS PROJECTO“PRAMELHOR – PRODUÇÃO DE RAINHA AUTÓCTONESMELHORADAS” PROF. DR. ANTÓNIO MANUEL MURILHAS –UNIVERSIDADE DE ÉVORA
APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS DO PROJECTO“EFICÁCIA DA PRÓPOLIS NO CONTROLO LOQUEAMERICANA” PROF. DR. MIGUEL VILAS BOAS – CIMO – ESCOLA
SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA – IPBAPRESENTAÇÃO DE RESULTADOS DO PROJECTO “PERFISDE AROMA NO MEL” PROF.ª DR.ª MARGARIDA GONÇALVES –FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – FCT/UNL
08:30 - 09:30
09:30 - 10:00
10:00 - 12:30
14:30 -18:30:
14:30 -14:50
14:50 -15:10
15:10 -15:40
“PADRÕES GEOGRÁFICOS DE DIVERSIDADE GENÉTICADA ABELHA MELÍFERA EM PORTUGAL” PROF.ª DR.ª MARIA
ALICE PINTO – CIMO – ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA – IPB“ESTUDO DAS CERAS NACIONAIS” PROF. DR. FERNANDO
MILHEIRO NUNES – UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO
DEBATEENCERRAMENTO DOS TRABALHOS COM LEITURA DASCONCLUSÕES
PAUSA PARA CAFÉ
16:30 -16:50
16:50 -17:10
17:10 -18:10
18:10 -18:30
SEXTA-FEIRA - 29 DE OUTUBROINAUGURAÇÃO OFICIAL DA FEIRAJANTAR DE PRESIDENTESENCERRAMENTO DA FEIRA
SÁBADO - 30 DE OUTUBROXI FÓRUM NACIONAL DE APICULTURA - SALÃO DA JUNTADE FREGUESIA DE PENAMACORABERTURA DA FEIRAJANTAR CONVÍVIO COM ENTREGA DE PRÉMIOSDOS CONCURSOS E ANIMAÇÃOENCERRAMENTO DA FEIRA
DOMINGO - 1 DE NOVEMBROABERTURA DA FEIRAENCERRAMENTO DA FEIRA
IX FEIRA NACIONAL DO MEL - PROGRAMA
17:00
20:30
23:00
09:00 - 19:30
09:30
20:30
23:00
10:00
18:00
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
Quinta Vale do Conde é uma marca
recente mas proveniente da secular
propriedade Casal de S. Pedro de Vale
do Conde, situada na região de Trás-os-
Montes. Nas mãos da família há várias
gerações, Lúcia Gomes de Sá resolveu
enveredar por um novo projecto,
sustentado na criação da marca para
garantir e defender a qualidade e
especificidade do azeite no mercado.
Consciente de que seria incapaz de
concorrer no mercado pela quantidade,
a empresária apostou seriamente numa
produção altamente qualificada,
comercializando apenas azeite virgem
extra com Denominação de Origem
Protegida “Azeite de Trás-os-Montes e
Alto Douro”. Há ainda uma percentagem
de produto escoada como Azeite
Biológico.
Necessariamente mais caro que a
média, este azeite destina-se a um
consumidor mais informado que está
disposto a pagar o valor de um produto
de características específicas. Prova
dessa aceitação são os vários prémios
obtidos nos concursos onde o produto
tem entrado.
O mercado tem estado em expansão,
essencialmente por via da exportação, e
Quinta Vale do Condetem compromisso com a terra
TIPOLOGIA: Azeite virgem-estra – 0,3%acidez máx.CLIMA: Região seca com uma grandevariação de temperaturas.ÁREA DE OLIVAL: 150 hectares.VARIEDADES: verdeal transmontana (60%);madural (20%) e cobrançosa (20%), todasregionais.PROCESSO DE APANHA: Manual e Vibraçãomecânica.LABORAÇÃO: Extracção a frio,no próprio dia ou dia seguinteà apanha. ENGARRAFAMENTO:Garrafa “Dórica” vidro verdeantiqúe 500ml. Lata de 5l.
Azeite meio frutado,com uma mistura dearomas a verde emaduro.
Uma complexidadeprópria de flores e frutosno nariz.
Na boca predomina opicante sobre o amargo.Espiga verde, amêndoaverde.
Com corpo epersistência. Azeitemuito equilibrado, commistura de varietaisverdeal, madural ecobrançosa.
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Nota de Prova:
OLIVAL & AZEITE
Exportação - Esta parece ser
a grande meta que o sector
oleícola português necessita
atingir!
Após dez anos a prestar
serviços a lagares de azeite e a
escutar as dificuldades das
empresas que trabalham com
este produto em Portugal, a
Consulai (empresa de
consultoria no sector Agrícola e
Agro-alimentar) decidiu criar a
Terra Premium, com o objectivo
de levar os excelentes azeites
produzidos em Portugal até aos
mercados que melhor os
valorizam.
O trabalho de BackOffice,
que durou cerca de onze meses
e durante o qual foram
delineados e estruturados os
planos de negócios, de
marketing e comercial, permitiu
abordar os agentes económicos
e as pessoas certas no mercado
internacional, explica o director-
geral da empresa, Pedro Falcato.
A marca umbrella escolhida
é “Safra”, porque apenas se
seleccionam as boas colheitas,
ou “safras” como se diz quanto
à colheita da azeitona em
algumas regiões.
Para acompanhar neste
projecto, a Terra Premium
seleccionou três lagares de
Cooperativas de Olivicultores,
de três regiões diferentes do
país, com as quais mantém uma
relação estreita e de confiança:
Cooperativa de Olivicultores de
Valpaços, Cooperativa Agrícola
dos Olivicultores de Casa
Branca e Cooperativa Agrícola
de Vidigueira foram as eleitas.
Só as melhores Safrassão escolhidaspela Terra Premium
Pub.
para países como a França e Bélgica,
prevendo-se para breve também entrar
nos Estados Unidos.
Certo e sabido é que para fazer um
bom azeite o grande investimento
começa no olival. Neste caso são cerca
de 150 hectares com uma excelente
exposição solar com as especificidades
do solo xistoso e um microclima agreste,
com elevadas amplitudes térmicas e
baixos níveis de pluviosidade. Na maior
parte o olival é trabalhado em regime de
protecção integrada, havendo ainda uma
pequena área em regime biológico.
Prevê-se a plantação de mais 1200
oliveiras de variedade madural,
totalizando então 2700 árvores. Importa
referir ainda que há 30 hectares que só
daqui a cinco anos estarão com uma
produção significativa, antecipando-se
para essa altura uma produção total de
cerca de 400 toneladas/ano.
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
2010 termina em
A CNH Global N. V. anunciou a nomeação de
Franco Fusignani como presidente e director
executivo da New Holland Agricultural Equipment,
substituindo Barry Engle, que deixou a CNH para
perseguir outros interesses.
Fusignani traz consigo uma vasta experiência a
nível internacional e um impressionante registo de
resultados.
Acredita-se que impulsionará ainda mais o
crescimento da New Holland Agriculture em todo o
mundo, apoiado por uma forte estratégia de
investimento contínuo em novos desenvolvimentos
e uma excelente rede de concessionários e serviços
de apoio.
New Holland Agriculture tem novopresidente
A apresentação da nova gamade tractores T8, foi o ponto altode uma jornada de dois dias (14e 15 de Setembro) que a NewHolland proporcionou em Turim,Itália, a cerca de 300 jornalistasda área agrícola de todo omundo.A revista Voz do Campo estevepresente e pôde ainda participarem várias acções de campodestinadas à experimentação eexplicação técnicas dos novosmodelos e equipamentos, visitaras instalações fabris assimcomo uma exploração agrícolapiloto energicamenteindependente graças à produçãode Biogás.
Novo tractor Gama T8apresentado em Itália
A estratégia de numeração da New Holland utiliza dois elementos-chave relacionados com a categoria da gama do tractor e a potênciamáxima com Gestão de Potência do Motor (GPM).
· A primeira letra, T, e o dígito que se segue, 7, 8 ou 9, indicam acategoria da gama do tractor: quanto maior for o número, maior otractor.· Os três dígitos seguintes representam a potência máxima comGestão de Potência do Motor.
Nome do modelo Gama Potência máxima com Gestãode Potência do Motor
T7.270 T7 269 cvT8.390 T8 389 cvT9.670 T9 669 cv
A nova imagem gráfica do capô realça a nova abordagem denumeração, na medida em que o número da potência máxima comgestão de potência do motor será incluído com a placa prateada damarca comercial da New Holland e o logótipo amarelo da marca.
Esta alteração será introduzida aquando do lançamento de novosprodutos, as gamas de tractores existentes manterão os seus nomese números actuais.
Nova numeração das séries
MAQUINARIA AGRÍCOLA
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SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
mina em grandeO início da era da vindima inteligente
Cada vez maislimpos
com 20 tractores e 6 modelos de
ceifeiras-debulhadoras. A solução Tier
4A da Marca oferece hoje aos seus
clientes a tecnologia do futuro, na
medida em que a New Holland utilizará
também a tecnologia SCR para
satisfazer os ainda mais rigorosos
regulamentos Tier 4B relativos a
emissões que entrarão em vigor em
2014.
Juntamente com o seu parceiro de
desenvolvimento de motores, a Fiat
Powertrain Technologies, está
actualmente a introduzir uma gama de
motores altamente eficientes em termos
de combustível, produtivos e em
conformidade com as normas Tier 4A,
que oferecem custos de exploração
mais baixos. No início de 2011, a New
Holland apresentará a oferta Tier 4A
Em 2011a oferta Tier 4A será mais ampla
continua na página seguinte
Sobre astecnologias
New Holland emconformidade comas normas Tier 4Aconsultar ediçãoMarço - Abril daRevista Voz doCampo - pág. 6
A New Holland Agriculture está
totalmente empenhada em fornecer
soluções inteligentes que tornam a
exploração agrícola mais eficiente,
respeitando ao mesmo tempo o ambiente.
A solução Tier 4 escolhida está
perfeitamente em harmonia com esta
filosofia. Além disso, a Marca não a
considera apenas um requisito legal, mas
um papel fundamental a desempenhar
pelos fabricantes de maquinaria agrícola a
fim de salvaguardar o ambiente rural para
as futuras gerações.
A posição de Líder de Energia Limpa
da New Holland baseia-se em elementos
fundamentais para o respeito pelo
ambiente, incluindo o biodiesel, as normas
Tier 4, o tractor a hidrogénio NH2™ e o
conceito de Exploração Agrícola
Energeticamente Independente.A New
Holland é internacionalmente reconhecida
como pioneira no uso de combustíveis
renováveis, e foi o primeiro fabricante a
oferecer compatibilidade com o biodiesel
para os seus produtos, em 2006. Durante
os últimos cinco anos, foi efectuada mais
investigação sobre as aplicações agrícolas
do biodiesel e, actualmente, 85% de toda
a gama de produtos da New Holland pode
trabalhar com biodiesel a 100%.
O revolucionário e premiado tractor a
hidrogénio NH2™ no conceito de
Exploração Agrícola Energeticamente
Independente permite que os agricultores
desfrutem de uma total autonomia de
combustível, satisfazendo todas as suas
necessidades em termos de combustível.
A New Holland está actualmente em
processo de estabelecimento de primeira
exploração agrícola piloto
Energet icamente
I n d e p e n d e n t e
junto da sede da
Marca em Turim,
Itália.
MAQUINARIA AGRÍCOLA
Seguindo uma tradição de excelência
e inovação com mais de 35 anos, a New
Holland revoluciona uma vez mais o
universo das vindimas e lança uma série
totalmente nova de seis modelos de
vindimadoras de elevado rendimento,
proporcionando aos grandes
produtores vinícolas uma alteração
completa da forma de gerir as operações
de vindima e a actividade vinícola.
As vindimadoras BRAUD são
sinónimo de colheitas da melhor
qualidade desde que foram
inicialmente introduzidas em 1975.
Actualmente, a nova série Braud 9000
tira partido destes antecedentes
compostos pelo sistema de sacudidura
SDC com fixação flexível de vara, um
sistema de cesto inigualável e verdadeira
versatilidade multifunções,
acrescentando novas características
como o sistema transportador e
aspiradores de maiores dimensões, que
melhoram a limpeza, e a melhor
separadora-desengaçadeira integrada,
proporcionando aos produtores de
vinho um sistema completo e avançado,
e no entanto fácil de gerir, que permite
tornar realidade qualquer projecto
vinícola de
qualidade.
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SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
Exploração agrícolapilotoEnergeticamenteIndependente junto dasede da New Hollandem Turim, Itália
A New Holland lançou o seu
veículo utilitário 4WD no mercado do
Reino Unido, sinalizando uma nova era
na Task Utility Vehicle (UTV),
desempenho e versatilidade.
New Holland oferece o Rustler 120
em dois modelos: um para a estrada e
outra para o uso off-road, permitindo
que os operadores para optimizar a
vida profissional - qualquer que seja a
tarefa (alimentação do gado, consertar
cercas ou inspeccionar as culturas...).
Em cima disto, o Rustler 120 também
oferece uma opção atraente em
actividades de lazer, como caça, pesca
e golfe, com a disponibilidade de
pintura de camuflagem.
Rustler 120
A FPT - Fiat Powertrain Technologies é a empresa
do Grupo especializada e dedicada à pesquisa,
desenvolvimento, produção e venda de motores e
transmissões.
Com a sua produção anual de cerca de 2,6
milhões de motores, 2,4 milhões de transmissões
e eixos, 20.000 funcionários, 22 fábricas, 14
centros de investigação e uma rede de
revendedores em mais de 100 países, a FPT é
um dos mais importantes actores a nível mundial
do powertrain.
O conceito de Exploração Agrícola Energeticamente Independenteconcentra-se na capacidade das explorações agrícolas produziremelectricidade a partir de fontes naturais com baixo impactoambiental.O conteúdo altamente inovador do projeco fez com que fosseincluído entre os melhores da indústria “2015 - Novas Tecnologiasmade in Italy”, promovido pelo Ministério do DesenvolvimentoEconómico italiano.
Gama T7Em conformidade com as normas Tier 4A para umamaior eficiência agrícola, produtividade e flexibilidade
Escolha da estrutura padrão com ummáximo de 557 cv ou de uma estruturasólida com um máximo de 669 cv parauma flexibilidade total.Conforto excelente para o operador, comníveis de ruído reduzidos na cabina paraaumentar a produtividade.O premiado apoio de braços SideWinder™II oferece excelência ergonómica econtrolo intuitivo do sistema de conduçãoautomática totalmente integrado.Os motores Cursor 9 e 13 SCR da FiatPowertrain Technologies para
Gama T9Um novo conceito para a agricultura intensiva
Motores made by Fiat Powertrain Technologies
conformidade com as normas Tier 4Arelativas a emissões permitem obtercustos de exploração significativamentemais baixos.Melhor desempenho hidráulico da suaclasse com um máximo de 428 litros/minuto.Estrutura robusta para possibilidadesexcepcionais de lastragem.Transmissão robusta e comprovada.Múltiplas opções de pneus, incluindocompatibilidade com pneus Super Singlepara modelos de estruturas padrão.
MAQUINARIA AGRÍCOLA
20
Novos TractoresNovos Tractores
A gama T7 accionada pelo motor NefSCR de 6,7 l i t ros da FPT paraconformidade com as normas Tier 4Aoferece maior desempenho eeficiência.Foram adicionados quatro modelos dedistância curta entre eixos a esta novalinha para uma gama mais ampla.A comprovada transmissão de variaçãocontínua Auto Command da New Holland,fabricada internamente, na Antuérpia,para precisão de funcionamento e
economia de combustível.O apoio de braços SideWinder™ IIvencedor de vários prémios para umfuncionamento ergonómico e um controlointuitivo absolutos do sistema decondução automática totalmenteintegrado.Relação peso/potência de 28,3 kg/cv líderna sua classe.Manobrabilidade e versatilidade líderes dosegmento.Impressionante caudal hidráulico de até140 litros/minuto.
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
T8 redefine os tractoresde elevada potência
A gama T8, florão da New Holland,
foi concebida para revolucionar a
agricultura com o conceito compacto
de grande distância entre eixos. Este
feito é resultado de uma profunda
investigação levada a cabo em
cooperação com os clientes para
garantir uma produtividade máxima e
eficiência agrícola. Esta arquitectura
revolucionária do tractor concilia a
estabilidade do transporte de um design
de grande distância entre eixos com a
manobrabilidade dos tradicionais
tractores de cultivo em linha para
propor aos clientes uma máquina
verdadeiramente universal. Além disso,
a nova gama T8 oferece aos clientes
uma total experiência New Holland,
com um design distintivo,
funcionamento intuitivo, qualidade e
fiabilidade. O hidráulico dianteiro de
metal fundido totalmente integrado
melhora ainda mais a versatilidade e
garante uma manobrabilidade
excepcional.
O novo modelo, fornecido com
soluções engenhosas que permitem
melhorar a eficiência agrícola, é perfeito
para grandes empresas agro-
alimentares, empreiteiros e grandes
produtores leiteiros; além disso, é o
parceiro ideal para as famosas ceifeiras-
debulhadoras rotativas e convencionais,
a gama de ensiladoras de forragem FR e
as enfardadeiras BB de grandes fardos
quadrados da New Holland.
A tecnologia SCR utilizada para
conformidade com as rigorosas normas
Tier 4A relativas a emissões foi
desenvolvida em parceria com a Fiat
Powertrain Technologies. Um
elemento fundamental do sistema
SCR é o AdBlue/DEF, a solução que é
injectada no sistema de pós-
tratamento para neutralizar as
emissões nocivas de gases de escape
produzidos durante a combustão.
Este transforma-as em água e azoto,
ambos existentes naturalmente no
ambiente.
A tecnologia SCR oferece grandes
vantagens em termos de desempenho.
Os motores Cursor 9 SCR beneficiam
de 273 a 389 cavalos-vapor de potência
máxima com Gestão de Potência do
Motor graças ao sistema de Gestão de
Potência do Motor da New Holland,
O mais potente tractor Tier 4A SCR do seu segmentocom custos de exploração mais baixos
Com uma forte presença na última
edição da Agroglobal (ver página seguinte)
a New Holland quis mostrar ao público as
suas últimas novidades para a agricultura,
particularmente em equipamentos
destinados às grandes culturas, como o
milho, por exemplo.
Num espaço de 800 m2, teve em
exposição um elevado número de tractores
da gama de maior potência, juntamente
com uma importante representação de
equipamento forrageiro, encabeçada pela
ceifeira CR9070 e da picadora de forragem
FR9060.
Os visitantes do stand New Holland
puderam ainda comprovar a comodidade
da cabina de modelos como o T7000 Auto
CommandTM (Tractor do Ano 2010) e o
modelo T6090 Grande.
Também na zona destinada à
Agricultura de Precisão foi exposta a oferta
de produtos GPS e autoguiamento da New
Holland. Realizaram-se demonstrações
práticas colocando um sistema EZ Steer
num dos tractores em trabalho, mostrando
assim as respectivas vantagens na redução
de custos e aumento de produtividade.
Líder em váriossectores
Apresentação do sistema de transmissãocontínua na Agroglobal’10
MAQUINARIA AGRÍCOLA
21
que ajusta continuamente a potência
do motor para perfeita adaptação às
condições de trabalho reais através
de uma detecção inteligente da tomada
de força, das cargas hidráulicas e de
transmissão.
A introdução deste motor
altamente eficiente e da avançada
tecnologia pós-tratamento na gama
T8 oferece aos clientes uma redução
de 17% nos custos globais de
exploração graças a um melhor
consumo do combustível e intervalos
de revisão 100% mais longos. Por cada
euro gasto no AdBlue, os utilizadores
economizarão sete euros em
combustível. Ao optarem pela
tecnologia SCR na gama T8, os
clientes da New Holland investiram
numa solução para as emissões e num
tractor rentável.
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
Produzir alimentos ou bens públicos?Sob o lema “Agricultura – De Novo Prioridade
Económica Nacional” a Agroglobal’10 - Feira do Milho edas Grandes Culturas – marcou irremediavelmente opanorama das grandes feiras agrícolas nacionais.
Numa tónica totalmente diferente do que até agora sefazia em Portugal, a Agroglobal introduziu o conceito dedemonstração no terreno, levado muito a sério, comlargos hectares preparados para que as máquinas e osequipamentos pudessem mobilizar, semear, plantar,pulverizar, colher, triturar, transportar, entremuitas outras operações possíveis.
No Mouchão da Fonte Boa, Valada doRibatejo, no Cartaxo, reuniram-se as grandesmarcas de máquinas e equipamentos agrícolas,sementes, agro-químicos, fertilizantes, regas – furos,energia, veículos e serviços que quiseram mostrar aovolumoso público quais as suas mais recentes novidades.
Já na agenda dos políticos nacionais, a Agroglobal,que teve este ano apenas a sua segunda edição, tambémdiscutiu os grandes temas da agricultura portuguesa,nomeadamente “Agricultura de novo prioridadeeconómica nacional?” e “PAC – Pós 2013”,
debatidos em mesas redondas com algumas dasindividualidades do sector e que contaram sempre complateias repletas e atentas.
A organização, da responsabilidade da empresaValinveste, faz um balanço positivo avançando que a partirde agora a periodicidade do evento passará a ser bianual.
Agroglobal lança questões para o futuroda agricultura portuguesa e europeia
“Acho que a pior coisa que podia
acontecer à agricultura portuguesa era
ser de novo prioridade nacional, basta
olhar para o que foram as últimas dessas
prioridades que têm sido catastróficas.”
João César das Neves no Seminário “Agricultura,
de novo prioridade nacional?”
“A agricultura vai voltar a ser
prioridade quando houver uma crise
pior do que aquela que já houve
porque a Europa está sem stock
nem protecção e continua a destruir
o seu tecido produtivo.”
Luís Mira no Seminário “Agricultura, de novo
prioridade nacional?”
“Apesar de tudo, o enquadramentoda PAC pós 2013 é favorável, comum aviso claro de que é precisoproduzir para além dos benspúblicos”.
João Machado no Seminário “PAC - pós 2013”
“É quase certo que os apoios aos bens
públicos, ambientais e sociais vão assumir
uma importância maior do que a que têm tido
até agora.”Francisco Avillez no Seminário “PAC - pós 2013”
“A esmagadora maioria da agricultura
europeia não vive sem ajudas.”
Arlindo Cunha no Seminário “PAC - pós 2013”
“O que está em causa não é a PAC mas
os modos de funcionamento do mercado,
onde a globalização começa a atingir-nos
de uma maneira muito áspera.”
Armando Sevinate Pinto no Seminário “Agricultura,
de novo prioridade nacional?”
GERAL
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
Pub.
Facilidade e rapidez de aplicação semnecessidade de máquinas para a suaaplicação;Eliminação das águas residuais existentescom a utilização dos métodos tradicionais;Redução da contaminação ambientalprovocada pelo uso dos Drencher’s;Permite efectuar re-tratamentos para umaconservação a mais longo prazo;Permite manter, sem afectar a sua eficácia,o LMR abaixo do permitido, ajustando adose de tratamento e efectuando re-tratamentos.
Novo produto para tratamento na pós-colheita
Distribuído por: Nutea de Portugal, LdaRua D. Dinis, n.º 85 - Delgada - 2540-626 Roliça
Tel. 262 602 330 | [email protected]
Numa época de alterações profundas nosector dos tratamentos pós-colheita com anão inclusão da DIFENILAMINA no anexo I, asua consequente retirada do mercado, e comas constantes revisões em baixa dos LMR(1)
dos produtos aplicados, a Nutea de Portugal,Lda, empresa pioneira nos tratamentos pós-colheita em Portugal, vem uma vez maisintroduzir um produto inovador, neste caso oFRUITFOG - I, produto fabricado pela FOMESAFRUITECH S.L. e distribuído em Portugal paratratamento de peras e maçãs pela NUTEA DEPORTUGAL, LDA.
FRUITFOG - I Lata fumigena para tratamentos Fungicida
em pós-colheita de maçãs e peras.
Lata fumigena fungicida à base de 25 %de IMAZALIL para tratamento em pós-colheitade maçãs e peras em câmaras deconservação frigorífica,controlando osprincipais fungos responsáveis pelapodridões causadas em pomóideas :Penicillium spp, Phomopsis spp, Gloesporiumspp,... etc.
Determinar a quantidade de fruta a tratar,utilizar o número de latas necessáriassegundo a dose recomendada, agitarenergicamente a lata, retirar o adesivo daparte superior, introduzir o rastilho e acender.Não aproximar a lata de materiais inflamáveis.Fechar a câmara hermeticamente.
Os locais tratados devem permanecerfechados durante pelo menos 24 horas apósa aplicação.
APV Nº 0178 concedida pela DGADR
UTILIDADE :
DOSE:Uma lata de 600g de fumigeno por cada
25 toneladas de fruta.
INTERVALO DESEGURANÇA:
30 dias entre a aplicação do produto e avenda ou consumo das peras e maçãstratadas.
VANTAGENS:
MODO DE UTILIZAÇÃOE DOSES:
(1) LMR - Limites Máximos de Resíduos
Evolução empresarial em época de maisum aniversário da Voz do Campo
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
Uma cultura de cuidados - Cocebolacebolacebolacebolacebola
As infestantes competem com a culturapor nutrientes, água e luz. O efeito destaconcorrência manifesta-se numa redução dovigor das plantas, numa diminuição daprodutividade e da qualidade, bem como nainterferência destas nas operações de colheita.
É no período de emergência dasinfestantes, quer em relação à emergência dasplantulas de cebola quer no pós-transplantedas plantas de cebola, que ocorre a maiormagnitude desta concorrência,condicionando gravemente odesenvolvimento da cultura na proporção
CONTROLO DAS INFESTANTES
directa da densidade populacional das plantasinfestantes.
Por outro lado as infestantes sãohospedeiros alternativos para doenças einsectos, e durante os períodos chuvosospodem manter a humidade elevada em tornodas plantas de cebola, contribuindo destemodo para uma maior incidência de doençasfoliares, nomeadamente o míldio e a podridão.
Daí que o seu controlo seja crucial nacultura da cebola, uma vez que esta culturanão tolera a competição promovida pelasinfestantes no período do seu
desenvolvimento, como já referidoanteriormente. Por outro lado as infestantesque emergem no final do ciclo da cultura, nãoafectando sobejamente o rendimento desta,poderão influenciar na incidência de doençase na qualidade da colheita, para além deincrementar o banco de sementes deinfestantes, que irão dificultar o seucontrolo nos anos seguintes (a título deexemplo, uma planta infestante podeproduzir de 2 mil a 200 mil sementes, emmédia, dependendo da espécie e dascondições de crescimento).
Totril®, é um herbicida de contacto absorvido pelasfolhas cujo princípio activo é o ioxinil.
Formulação: Concentrado para emulsão (EC)com 225 g/l de ioxinil (na forma de octanoato).Grupo químico: BenzonitrilinaDose: 1,5 l a 2 l / haClassificação Toxicológica,Ecotoxicológica e Ambiental: Xn, NIntervalos de Segurança: 7 dias em cebolae 14 dias em alho-francês.Protecção Integrada: Autorizado o seu uso.Embalagens: 1 l
O Totril® (ioxinil), pertence à família química dosnitrilos, inibindo a fotossíntese no fotossistema II.
É um herbicida de contacto absorvido quaseexclusivamente pelas folhas. Devido à limitadatranslocação que apresenta, a sua eficácia é máximaquando as infestantes estão no início do seu
O Totril® controla com eficácia um conjuntosignificativo de infestantes dicotiledóneas (folhalarga) susceptíveis de causar sérios problemascompetitivos na fase inicial de desenvolvimento,quer da cultura da cebola quer da cultura do alho-francês, sendo elas:
Amaranthus blitoides (Bredos), Amaranthusretroflexus (Moncos-de-perú), Chenopodium album(Catassol), Datura stramonium (Figueira-do-inferno),Polygonum aviculare (Sempre-noiva), Polygonumpersicaria (Erva-pessegueira), Raphanusraphanistrum (Saramago) Solanum ningrum (Erva-
Aplicar em pulverização 300-400 l/ha de calda, abaixa pressão, sendo ideal 400 l/ha de caldaevitando o escorrimento. No sentido de diminuiro risco de arrastamento (deriva) dever-se-á evitarpressões superiores a 2kg/cm2.Não aplicar Totril® se as culturas estiverem sobcondições adversas tais como stress hídrico,crise de transplantação, encharcamento do soloe outras.Proceder à aplicação em pós-emergência precocedas infestantes (3-5 folhas) e quando a culturaestiver no estádio fenológico das 4 folhasverdadeiras.É no período de maior incidência solar (11,00h –15,00h) que a concentração das ceras nas folhasda cebola e do alho-francês atinge o seu máximo,sendo este o momento óptimo de aplicação doTotril® incrementando a sua selectividade.
desenvolvimento, razão pela qual as aplicaçõesdeverão ser em pós-emergência precoce.
O aparecimento dos sintomas de fitotoxicidadenas infestantes verifica-se passadas algumas horasa alguns dias depois, dependendo esta variaçãodas condições climáticas. Por norma, eminfestantes muito jovens os sintomas surgempassados dois dias, apresentando-se a jovem plantatotalmente necrótica e consequentemente morte.
CARACTERÍSTICAS
MODO DE ACÇÃO
ESPECTRO DE ACÇÃO
CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO
moira) e Sonchus oleraceus (Serralha-macia).O Totril® não tem qualquer controlo nas
infestantes gramíneas.
SANIDADE
Para fazer face a este desafio a Bayer CropScience homologou recentemente o Totril®,um novo herbicida resultado da investigação da empresa, selectivo para as culturas dacebola e do alho-francês e de grande eficácia para as principias infestantes dicotiledóneas.Neste contexto, Totril® constituirá certamente uma considerável mais valia para todosos produtores de cebola e alho-francês, porque é:
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
ados - Controlo das infestantes e do míldio
Há dois grupos de doenças que poderãoocorrer com alguma frequência: o das doençasinerentes aos bolbos e raízes (fusariose,bolores, podridão do bolbo e o Phoma
terrestris) e o das que ocorrem nas folhascomo a alternariose, a podridão cinzenta, aestenfiliose e o míldio.
Relativamente ao 1º grupo (doenças dosbolbos e raízes), com o uso de variedadesresistentes de cebola e promovendo-serotações culturais, consegue-se actualmenteminimizar os seus efeitos.
Quanto ao grupo de doenças deincidência foliar , apesar de haver maneiosculturais que auxiliam a sua prevenção, talcomo um adequado equilíbrio nutricional queevita os excessos de azoto na cultura e
CONTROLO DO MÍLDIO
fomenta não só o acesso ao fósforodisponível (facilitador de um bomenraízamento) como ao potássio e cálciopromotores da activação de vários sistemasenzimáticos e de uma melhor estrutura dasparedes celulares, fortalecendo a estruturada planta) por vezes, só com o recurso atratamentos fitossanitários se poderá tersucesso. A acção nefasta do míldio da cebolaque em determinado período do ano (Maio-Junho) condiciona o desenvolvimento destacultura em determinadas regiões do nossopaís, é um dos exemplos.
A primeira evidência do míldio da cebola(Peronospora destructor) é a de uma manchaalongada amarelada e branco-acinzentadatendente a roxo para a zona nuclear da
mancha, na superfície das folhas mais velhas.O tecido foliar em crescimento torna-se verde-pálido, em seguida amarelo e finalmente entraem colapso apresentando as típicas necrosesda acção do míldio.
O míldio desenvolve-se muitorapidamente a partir de uma infecção inicialque, com a subsequente libertação de esporos,se torna numa epidemia se as condições detemperatura e humidade forem favoráveis, istoé, se o número de horas de humectação dasfolhas for de 1,5 a 7 horas e a temperaturaestiver entre os 27º C e os 8º C. Habitualmente,no sentido dos ventos dominantes, observa-sena cultura grupos de plantas com manchasamareladas sendo estes os primeiros sintomasda disseminação de um ataque de míldio.
Como resultado da investigação da Bayer CropScience e da optimização das formulaçõessurgidas no combate ao míldio, o novo produto Melody® Cobre representa uma novageração de um fungicida penetrante, apresentando-se como uma mistura estratégicaentre o iprovalicarbe (aminoácido amido carbamato) e o multisite oxicloreto de cobre(ião cobre), homologado para as culturas da vinha, batata, tomate, alface e cebola,contra fungos da classe dos oomicetas, nomeadamente míldios.
Nome comum: iprovalicarbe & oxicloreto de cobreFamília química: aminoácido amidocarbamato &ião cobreComposição: 40,6% cobre & 8,4% iprovalicarbeFormulação:Grânulos dispersíveis em água (WG)Concentração (Dose): 150g/hl (1,5kg/ha)Intervalo de Segurança: 7 dias em alface e cebolaao ar livre e tomateiro de estufa; 14 dias em batateira;20 dias em tomateiro ao ar livre e 28 dias em videira.
O iprovalicarbe representando a família dosaminoácidos, apresenta uma forte acção fungistáticasobre oomicetas a qual é conseguida através dainibição da germinação dos zoósporos, docrescimento do tubo germinativo, do crescimentodas hifas e da esporulação (excepto na libertaçãodos zoósporos).
Sob o ponto de vista biológico, iprovalicarbepossui ainda uma acção preventiva contra a doençaresultante da inibição completa da infecção ecurativa, se a infecção se tiver iniciado entre 24 a48 horas (dependendo das condições climáticas) oque corresponde a cerca de 25% do período deincubação. Apresenta também uma muita boa acçãoanti-esporulante. Deve no entanto ser usadopreventivamente.
O cobre é um fungicida de superfície ou contactoque é transportado na forma de complexo com osaminoácidos. Desloca-se tanto no floema como no
MODO DE ACÇÃO - BIOQUÍMICOO iprovalicarbe e o cobre são, não só,
substâncias activas pertencentes a famíliasquímicas distintas, como também, possuem ummodo de acção complementar, fazendo, por isso,que o Melody ® Cobre para além de exercer umaforte acção sobre fungos oomicetas seja um produtoparticularmente interessante para o estabelecimentode estratégias de anti-resistência contra o míldiodas diferentes culturas para as quais estáhomologado. Deve, no entanto, ser seguida umaestratégia anti- resistência, pelo que a Bayer CSestabeleceu para o iprovalicarbe e suas misturas,as seguintes recomendações:
Não efectuar mais do que 3 tratamentos porcampanha com este ou outro fungicida com omesmo modo de acção (fungicidas CAA, amidasdo ácido carboxílico).O Melody® Cobre não deverá ser aplicado noslocais onde se comecem a verificar faltas deeficácia do produto.Utilizar Melody® Cobre preventivamente nocombate ao míldio.Com um perfil toxicológico e ecotoxicológico
favorável é igualmente considerado uma boaalternativa em programas de protecção integrada,estando incluído nas listas Oficiais de ProduçãoIntegrada.
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS
MODO DE ACÇÃO - BIOLÓGICO
O iprovalicarbe apesar do seu mecanismo deacção ainda não ser totalmente conhecido, sabe-seque por um lado influencia o metabolismo proteicodo fungo, nomeadamente, conduzindo a umaredução no teor de aminoácidos livres contidos nomicélio e por outro lado altera as proporções relativasde aminoácidos nas proteínas, não conduzindo noentanto a qualquer inibição na síntese destas.
O iprovalicarbe mesmo quando presente emconcentração sub-fungistáticas tem influência noprocesso de síntese das paredes celulares do fungo.Apesar de não ter tido acção directa na sínteses deglucano celulose, origina a desorganização daestrutura de micro fibras celulósicas. Emconsequência, as hifas e os outros orgãos do fungosão anormalmente deformadas conduzindo à suamorte. Sabe-se também que ao contrário dasestrobilurinas o iprovalicarbe não afecta a respiraçãodos zoosporângios, a emergência dos zoósporos ouo transporte de electrões nas mitocôndrias.
Não interfere significativamente no metabolismosdos ácidos nucleicos (ex. fenilamidas),
nem no metabolismo dos lípidos ou na síntese deglucano/celulose (ex. triazóis e morfolinas).
Os catiões de cobre, por seu lado, são essenciaiscomo micronutrientes das plantas. Fazem parte demuitos enzimas que catalizam os processos deoxidação e redução na cadeia respiratória das plantas,
MANEIO DAS RESISTÊNCIAS
Autoria: Pedro Pinto Basto - Gestor de Produto - Bayer
xilema, sendo as concentrações particularmenteelevadas no sistema redicular ou nas folhas maisvelhas onde podem inclusivamente formar depósito.
além de serem fundamentais para a sintese daclorofila.
SANIDADE
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
Como vem sendo habitual, a cada dois anos, teve lugarem La Menitré, onde tem sede a Vilmorin, em França, umavisita técnica com clientes à plataforma de alfaces que ali seencontra. Durante dois dias de Open Days houve aindaoportunidade de visitar a Fábrica e o Laboratório deTecnologia de Sementes.
Interlocutores tão diversos como produtores, viveiristase técnicos tiveram oportunidade de observar e seleccionarvariedades de tipologias tão diversas como alfaces Batavias,alfaces Lisas, Folhas de Carvalho, Icebergs, Multifolhas,Romanas, Lollo Rosso e Babyleaves.
Na visita houve oportunidade de observar o “caminho”
A “família” Vilmorin continua a crescer
Edição 2010 da Plataforma Internacional de Alface
Além das variedadescomerciais presentes comoLirice, Abbice e Pitice, há adestacar para a campanha dePrimavera/Verão a BVP9124,alface de tipologia aberta, comfrisado médio, compacta, compeso médio de 550-600g, comuma base semi-cónica muitolimpa e atraente na caixa. Estavariedade possui altaresistência a míldio (Bl 1-27) ea pulgão (Nr0).Tem aptidãopara consumo em fresco e em4ª gama pois apresenta asfolhas praticamente todas domesmo tamanho e bomrendimento.
percorrido pela semente desde a sua entrada na Fábrica aoembalamento final e expedição passando pelo Laboratóriode Tecnologia de semente.
Foi uma excelente oportunidade de observar e entenderas diferentes apresentações de sementes que a empresadisponibiliza para o mercado profissional e pelo qual temreconhecimento a nível internacional. A semente VILROBque permite um excelente posicionamento durante oprocesso de sementeira e limita o número de duplas oufalhas. A SPHERA que permite ao viveiro uma sementeiraprecisa e a VILSEED que optimiza a densidade de sementeiraem campo e apresenta uma boa qualidade germinativa.
A gama de Mini-Romanasconta com mais umavariedade comercial –Habanera, com cor verdebrilhante e dupla aptidão –fresco e indústria.
Em alfaces lisas duasvariedades já ensaiadas emPortugal despertaram grandeinteresse – BRP 6621 eBRP30191, com altaresistência ao míldio e aopulgão, e com muito boaapresentação. A primeira paramercado em fresco e asegunda com dupla aptidão.
Comice (Bl 1-26) e Exquise (Bl 1-27), duas variedades comerciais em Portugalhá já alguns anos também se encontravam na plataforma, prova da estabilidadedas variedades Vilmorin que se mantêm na gama durante vários anos.
A gama de icebergs continua acrescer igualmente com quatrovariedades já comerciais:Antartica e Kirkeniadireccionadas para o mercadoinglês de fresco e indústria, eCorwallia e Siplia, Bl 1-26 ecom alta resistência a pulgão.
Em batavias vermelhas houveuma variedade que despertouinteresse para desenvolver emPortugal, já que de momentonão existe na gama comercialuma variedade deste tipo, aBVP A 6857.
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HORTICULTURA
Autoria:
Sandra Marques
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
Com objectivo de
analisar a cultura do
pimento face a novas
tecnologias de produção,
nomeadamente a utilização
da mecanização na colheita,
realizou-se um Dia de
Campo nos terrenos
agregados à Organização de
Produtores, Hortas de
Santa Maria, em Salvaterra
de Magos. Presentes
estiveram as casas de
sementes e de fitofármacos,
os produtores e a indústria,
todos visando o objectivo de
preparar a cultura para a
mecanização, dada a
crescente escassez de mão-
de-obra, assim como de
expandi-la dado revelar-se
muito aliciante. Georgina
Rodrigues, técnica agrícola da
Hortas de Santa Maria,
reconhece que há aspectos a
melhorar a nível de
operações culturais e para
isso foi lançado o desafio às
empresas de fitofármacos
para apresentarem um
Mecanização da colheita rentabiliza culturaherbicida homologado
destinado à cultura. Para as
empresas de sementes o
desafio é obterem variedades
com maturação homogénea.
Neste Dia mostrou-se
como fazer a cultura em linha
simples, usando a mesma
tecnologia de produção do
tomate.
Para a Hortas de Santa
Maria a cultura do pimento
é significativa e nos últimos
anos tem havido aumento de
áreas e melhorias em termos
culturais. Agora os
produtores estão muito
receptivos à mecanização da
cultura até porque podem
ser aproveitados os
equipamentos usados na
cultura do tomate.
Para já ainda não está
definido se será a organização
de produtores ou a indústria
a adquirir a máquina, mas
nunca será uma máquina para
cada produtor, tendo em
conta que o país inteiro faz
800 a 1000 hectares anuais.
O pimento produzido
pelos associados da Hortas
de Santa Maria destina-se
exclusivamente à indústria
de congelação, neste caso a
Dardico, para quem o
pimento é a principal
cultura na campanha de
Verão, representando cerca
de 40% da laboração da
fábrica, conforme avança
Luís Domingos, técnico
agrícola da empresa.
Para dar garantias aos
seus clientes a Dardico acompanha a
cultura desde o primeiro passo, daí
estar envolvida com a produção na
escolha dos melhores processos
produtivos mas também das variedades,
elemento fundamental que deve possuir
determinadas características adaptáveis
à colheita mecânica. Há um trabalho
muito estreito com as casas de sementes
na obtenção desse tipo de variedades
mas sabendo-se que é um processo
muito demorado. Até lá vão-se
alterando formas de trabalhar visando
a redução de custos.
Nos últimos anos a empresa não
tem verificado aumento do número de
produtores, bem pelo contrário. Mas,
por seu turno, tem crescido a área
unitária de cada um deles,
cada vez mais profissionais.
Quanto à última
campanha é definida como
muito difícil em todos os
aspectos. Foi preciso reduzir
área e preços, o que não é
fácil quando existe uma
estrutura de produtores que
tem a cultura estabilizada nas
rotações. Depois, em termos
climatéricos, também foi um
ano difícil, com muita chuva
na implantação da cultura,
criando dificuldades na instalação e na
desinfecção dos solos, operação
extremamente importante no controlo
de infestantes e de algumas doenças,
que, quando não realizada, aumenta os
custos de produção. Em resultado não
se esperam produções tão boas como
as atingidas no ano anterior, que foi de
super produção.
Exclusivamente para indústria
HORTÍCOLAS
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
Uma a uma, todas uniformes na grossura, pesoDesde que mudou para as actuais
instalações, no início deste ano, aPrimoHorta (Sociedade de Produtoresde Hortícolas) viu a sua capacidadede trabalho duplicada, o que lhe dámargem para que a área de produçãovenha a crescer, tendo em conta ofacto do nosso país ainda importar umagrande percentagem da cenoura queconsome, isto segundo José PedroGonçalves e Isabel Ferreira,respectivamente sócio-gerente edirectora geral da empresa. Apesar deparecer simples este objectivo esbarracom vários entraves, desde adificuldade dos produtoresconseguirem terrenos para fazerem arotação de solos, de acordo com aprotecção integrada, até àconcorrência, sempre feita por via dopreço.
Ainda assim estes entraves nãoassustam os produtores nem aPrimoHorta que os acompanha naíntegra para que chegada a fase decomercialização seja possível obtertodas as certificações exigidas pelosmercados mais rígidos. Aliás, cerca de50% da produção da PrimoHorta éexportada, precisamente porque noestrangeiro mais facilmente lhereconhecem a qualidade que oconsumidor português ainda descura,muito por falta de informação.
Tem crescido a exportação para aAlemanha e realizaram-se já algumasexperiências positivas com algunspaíses africanos de língua oficialportuguesa. Os responsáveisrecordam igualmente contactos compaíses nórdicos, onde o produto foimuito bem acolhido mas que o seuencarecimento por via do transportepara já não viabilizou.
30
Passou do método convencional para protecçãointegrada, por sua vez conferindo-lhe mais qualidade, paraalém da segurança alimentar. Tal conseguiu-se através deformação dada aos agricultores e com o acompanhamentotécnico do departamento agrícola da PrimoHorta. Ano apósano também tem havido preocupação de seleccionar asmelhores variedades, mais adaptáveis à região e queobviamente tragam mais aproveitamento para os agricultores.
EVOLUÇÃO DA CULTURA
2009 259
ÁREA DE PRODUÇÃO (ASSOCIADOS)
Ano hectares
2005 185
É uma cultura totalmente mecani-zada no campo e dentro da
própria central, onde se investiufortemente em novos equipamen-
tos, nomeadamente para lavar,polir, calibrar, pesar e embalar acenoura. Os novos calibradores
escolhem a cenoura pela grossu-ra e comprimento, obtendo-selotes muito mais uniformes,
importante para responder àscrescentes exigências do
mercado em relação a essespormenores.
Evolução empresarial em época de maisum aniversário da Voz do Campo
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
sura, peso e comprimento
Os 14 produtores associados têm respondido a todos osrequisitos e é com muito orgulho que a empresa fala de um grupomuito coeso, que cresceu em conjunto, conhecendo muito bem acultura e que só não produz mais quando é impedido por falta deterreno. Importa dizer que a empresa trabalha também com algunsprodutores não associados quando necessário e, nesse caso, é-lhes prestado todo o apoio e acompanhamento como se fossem.
Por outro lado a PrimoHorta recorda que quando entrou nomercado “já havia muita cenoura à venda” por isso quis diferenciar-se por via da qualidade. Tem instalado um sistema de rastreabilidadeque lhe permite saber a qualquer momento a proveniência dequalquer cenoura, possuindo igualmente várias certificações, oque obviamente encarece o produto. Quando se olha para ummercado apenas regulado pelo preço, a concorrência deixa de serleal, daí que a empresa peça mais intervenção às entidadesreguladoras. “Não temos qualquer receio da concorrência desdeque funcionemos em pé de igualdade e o nosso maior problema éprecisamente exigirmo-nos o que outros operadores não exigem asi mesmos”, sustenta Isabel Ferreira.
Produtores são muitoprofissionais
Pub
.
Com vontade de crescer e procurar novosmercados a PrimoHorta quer dar continuidade aotrabalho que vem desenvolvendo e acima de tudomanter os actuais clientes satisfeitos.
Em termos líquidos, no ano 2005comercializaram-se cerca de 12mil toneladas de cenoura.No ano 2009 já foram 21 miltoneladas, considerando amédia de 30% de refugo,produziram-se 26 mil.Este ano a produção ultrapassoujá as 16 mil toneladas.A cenoura de refugo destina-se àalimentação animal.
Dados de Produção
Evolução empresarial em época de maisum aniversário da Voz do Campo
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
Crise económica de Portugal:
Uma oportunidade para construir uma novapolítica para a sua agricultura?
Há cerca de um ano, Setembro de
2009, visitei as propriedades de um
potencial interessado em apresentar
uma candidatura aos apoios do
ProDeR investimento. Registei a sua
história: em 1988 instalou-se como
Jovem Agricultor, deixando a sua
profissão de empregado de escritório,
investindo 25 mil contos (125 mil
euros) em instalações pecuárias para
12 vacas leiteiras, assumindo os cinco
hectares das terras de família. Mais
tarde teve que tomar a decisão se
ampliava a exploração (nunca
conseguindo atingir a escala mínima
para ser competitivo por falta de terra
disponível para área forrageira), ou
vender as vacas e a quota leiteira.
Decidiu terminar com a exploração
leiteira e mostrou-se satisfeito com a
decisão, pois vendeu a quota leiteira e
as vacas por preços muito altos, “pico
da procura”, e escapou à actual crise
desta fileira. Passou para a produção
de bovinos de engorda em part time
(conseguiu emprego como funcionário
público) e nesta altura chegou à
conclusão que a actividade que
desenvolve, alia a limitação de
escoamento do produto por escassa
dimensão na actividade à curta margem
bruta, o que se traduz em deficiente
rentabilidade.
Questões que levanta este exemplo
paradigmático de muitos portugueses
que investiram na agricultura com as
ajudas europeias: O Ministério daAgricultura não deveria ter umaPOLÍTICA ESPECÍFICA para odesenvolvimento da AgriculturaPortuguesa? O que se aprendeu com
a experiência de 24 anos de ajudas
europeias, quanto a economias de escala
para ganhos de rentabilidade e acessos
a mercados internacionais,
desenvolvimento económico
sustentável das fileiras a médio/longo
prazo, etc. etc.?
Estas reflexões vêm a propósito de
um artigo do “The Economist”
publicado no Caderno de Economia do
jornal Expresso, 18 de Setembro de
2010, cujo título é: “Como alimentar o
mundo” e Subtítulo “Milagre Agrícola
A sabedoria convencional emergente
sobre a agricultura mundial é
pessimista. Mas há uma alternativa”.
O artigo começa assim: “O mundo está
a cultivar uma nova colheita pujante: o
“agropessimismo” ou o medo que a
humanidade não consiga alimentar-se
senão através da destruição do
ambiente”. Elenca os problemas da
agricultura actual e dá exemplo do
Brasil que em 40 anos desafiou o
domínio dos cinco grandes
exportadores mundiais de produtos
alimentares (EUA, Canadá, Austrália,
Argentina e Europa). “Ainda mais
espantoso do que o seu sucesso, foi a
forma como foi atingido”. O Brasil com
receio de não conseguir importar os
produtos alimentares suficientes para
a sua população decidiu alargar a sua
produção interna obtendo sucesso pela,
importação de modelos tecnológicos de
outros países tendo-os adaptado pelo
uso da investigação científica,
promoção da dimensão das explorações
agrícolas acima do limiar das economias
de escala para cada actividade,
utilização de capital intensivo, abertura
ao comércio mundial e novas
tecnologias agrícolas.
Na minha opinião, Portugal com a
crise económica que vive neste momento,
deveria estudar e utilizar o método do
Brasil, aplicando-o com as devidas
adaptações à realidade nacional e mudar
o paradigma do desenvolvimento da sua
agricultura assumindo uma política
agrícola própria. Será pedir demasiadoaos responsáveis políticos do governoe da oposição que tracem uma novapolítica própria para a agriculturaportuguesa?
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OPINIÃO
Autoria:José Martino(Eng.º Agrónomo )
www.josemartino.blogspot.com
Uma oportunidade para construir uma novapolítica para a sua agricultura?
Crise económica de Portugal:
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
A plantação de vinhas na Herdadedo Vale da Rosa, em Ferreira doAlentejo, teve início pela mão do pai doseu actual administrador, no longínquoano de 1965. Já então eram vinhaspara produção de uva de mesa queentraram no mercado da exportaçãoalguns anos mais tarde,nomeadamente para Inglaterra, Bélgicae Alemanha. Este esforço intenso naexportação levou também à instalaçãode equipamentos frigoríficos quepermitiam a conservação da uvas e arespectiva comercializaçãoextemporânea. Foi uma “época de ouro”para a empresa, dadas também asrestrições à importação existentes nonosso país, mas interrompida pelaocupação das terras aquando da
Revolução.A família Silvestre Ferreira emigrou
para o Brasil, onde não demorou aimplantar um projecto semelhante, noEstado do Paraná.
Com a devolução de parte daspropriedades no Alentejo a famíliadividiu-se e o patriarca voltou a Portugalenquanto que António SilvestreFerreira continuou no Brasil. Em 1999,por motivos de doença de seu pai,regressa a Portugal , herdando apropriedade onde estão instaladas asuvas.
Naturalmente, ao assumir onegócio em Portugal procura algunsdos antigos contactos comerciais,nomeadamente em Inglaterra,apercebendo-se que por essa altura
o país apenas importava uvas semgrainha.
Embora no Brasil já tivessetrabalhado com esse produto, emPortugal era inexistente, obrigando a umtrabalho de raiz em busca das melhoresvariedades e mais adaptáveis à região.É um trabalho que decorre há dez anos,sem interrupção, a dada altura emparceria com uma empresa californianaespecializada nestas variedades de uvae hoje principal fornecedora da Herdade.
Aos 100 hectares de vinhaherdados somam-se já mais 130, dosquais 60 estão situados noutrapropriedade onde António Silvestreconstituiu uma sociedade com umamigo. Mas, todas as uvas sãocomercializadas pela Vale da Rosa.
Nota-se um incremento no consumo de u
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A aposta na sofisticaçãodo produto e na melhoriada qualidade do mesmovai dar bons resultadosmesmo apesar dainsegurança marcadapelos actuais tempos decrise. Pode parecer umaincoerência investir-seagora na qualificação deprodutos, mas, como atendência natural éinversa, o empresárioacredita que cada vezmais o seu produto teráespaço no mercado.
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SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
umo de uvas sem grainha
A produção é toda em áreacoberta, sendo que as uvas maisprecoces são feitas em estufa,forçando o seu desenvolvimento, nosentido de antecipar a produção. Asuvas tardias, por seu turno, são todascobertas com rede e depois complásticos, mas com o objectivo de asatrasar, para além de as proteger.Assim sendo, a Vale da Rosa tem umavindima que se estende por quatromeses e meio.
A área ainda não está toda emplena produção mas conseguem-sejá cerca de quatro mil toneladas deuva por ano, sendo o potencial deprodução de cerca de seis mil.
Neste seguimento, já estão adesenvolver-se esforços para que oproduto possa estar mais tempodisponível e ainda este ano serãoinstaladas novas estufas, ainda maissofisticadas que as actuais e quepermitirão dar início à produção maiscedo (início de Junho). Ao mesmotempo está a ser feito um projecto decâmaras frigoríficas para conservaras uvas . Concluídos estes projectosa Vale da Rosa terá uma propostaalargada para os vários mercados,com produto disponível durante setemeses no ano.
Produção todaem área coberta
A cada ano que passa nota-se um incremento no consumo dasuvas sem grainha , levando oempresário a acreditar que dentrode poucos anos serão essas asuvas mais consumidas emPortugal, à semelhança do quetem acontecido noutros paíseseuropeus.
Na produção, Portugal não temestado muito vocacionado para auva de mesa, apresentando-se aHerdade do Vale da Rosa comocaso único a trabalhar ao mais altonível, com estufas, produção forade época e uma mão-de-obra queem média ronda as 300 pessoasvisto ser preciso muito trabalho decampo com vista a obter umproduto de tão alta qualidade.
É uma produção que requermuita tecnologia, implicando paratal um elevado investimento. Aorganização da empresa acabapor ser também fora dotradicional, muito centrada naconquista de mercadosestrangeiros. É uma estruturamuito pesada, ligada a assessoresinternacionais que regularmentevisitam as instalações,trabalhando também com muitostécnicos de nível superior. Face aesta estrutura pesada énecessário procurar economia deescala e a ideia é aumentar a áreade plantio.
Sobre o mercado nacional, António Silvestre Ferreirareconhece que a marca Vale da Rosa já tem um grandeprestígio e toda a aposta realizada tem colhido os seusfrutos. A empresa sente-se acarinhada tendo recebidovários políticos nos últimos anos e no último 10 de Junho oseu administrador até foi condecorado com a Comenda deMérito Agrícola, pelas mão do Presidente da República.Acredita que o que está a fazer na sua empresa é o queforçosamente a região virá a fazer de futuro porque temcondições e know-how para o fazer, sobretudo agora comas oportunidades proporcionadas pela água de Alqueva.Aliás, na visão do empresário, dentro de pouco tempo,com Alqueva, o Alentejo passará a ser uma região muitoimportante a nível europeu na produção frutícola, nãoencontrando razões para a continuada importação massivade alimentos.
Empresa sente-se acarinhada pelo país
António Silvestre Ferreira recebe a Comenda de Mérito Agrícola
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Apartado 111
7900-909
Ferreira do Alentejo
(t)+351 284 739 933
(f)+351 284 739 932
(w)www.herdadevaledarosa.com
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SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
Há já quem lhe chame “ouroverde” e pode vir a ser uma
importante matéria-prima deexportação para o Norte da
Europa, Brasil (...).
Quanto à Feira, a grandenovidade deste ano é que vai ter maisum dia. A razão é simples, já que oevento atrai anualmente inúmerosturistas, se durar mais um diatambém são mais refeições que seservem e mais dormidas que sevendem.
À semelhança das últimasedições o evento irá incluir palestrassobre a vertente produtiva e aorganização vai desafiar também asduas dezenas de produtores de vinhodo concelho a juntarem-se à Festa.
O que começou por ser umsimples magusto, com um caldeirãode castanhas assadas à porta da Vila,hoje enche todas as ruas e faz deMarvão um verdadeiro parquetemático. Em dois dias chegam aconsumir-se seis toneladas de
castanha.
Embora por natureza o Alentejo nãoseja uma região produtora de castanha,as particulares condições geo-morfológicas de Marvão permitem quea cultura ali se desenvolva, concedendoao fruto um sabor muito particular.Tipicamente é uma castanha depequena dimensão, destacando-se avariedade Bária que por ser temporã écolocada no mercado a preços bastanteinteressantes. Além disso, a castanhaproduzida nas encostas da Serra de S.Mamede beneficia da Denominação deOrigem “Castanha de Marvão” emvalorização da diferenciação.
Há muitos anos atrás a castanhaera o principal alimento da populaçãomas, com a introdução da batata e aalteração dos hábitos alimentares, foi
perdendo significado.O lançamento daFesta do Castanheiro- Feira da Castanha,há 26 anos, acaboupor despoletar uminteresse concelhio,
depois regional e agora até nacional,sendo hoje um marco importante paraeste produto e para a própria regiãoem termos turísticos. A partir destemarco passou a reapreciar-se umproduto que estava praticamenteesquecido.
Na mesma altura em que decorre aFeira da Castanha/Festa doCastanheiro, sempre no segundo fim-de-semana de Novembro (12 a 14) aautarquia de Marvão organiza tambéma Quinzena Gastronómica da Castanhae um Concurso de Doçaria de Castanha,fazendo a ligação entre produção,consumo e distribuição. Pelo facto de
Um filão a explorar!
Seis toneladasde castanhaconsumidas em dois dias
todos os restaurantes do concelhoservirem pratos com base na castanha,acabou por potenciar o interesse naprodução e na regeneração dos soutostradicionais e mais recentemente, numprojecto nacional designado de Refcast,no qual Marvão se inclui.
Esta valorização está arecuperar o próprioartesanato feito apartir da castanha(da sua casca)promovendo oaproveitamentototal em termoscomerciais eartísticos.
De acordocom a explicaçãodo vereador da CâmaraMunicipal de Marvão, JoséManuel Pires, o Refcast engloba umvalor total na ordem dos 80 milhões deeuros tendo o município de Marvão2,5 milhões de euros de investimentosprevistos. Decorre tudo muitolentamente mas os produtores doconcelho de Marvão responderam aorepto e hoje há muitos a fazer plantaçãode novos soutos, perspectivando-seque na campanha do próximo ano sejajá introduzida alguma mecanização naapanha, tornando o produto maiscompetitivo.
Toda a orgânica do projecto estásediada na Cooperativa Agrícola dePorto Espada que, em conjunto com aautarquia, está a desenvolver esforçospara a instalação de uma câmara de frio,equipamento indispensável para aconservação da castanha uma vez queesta tem uma curta durabilidade.
Outros eventos
No início do mês de Outubro teve lugarmais uma edição da Al-Mossassa(fundação em árabe), um FestivalIslâmico, realizado em parceria comBadajoz e que homenageia o fundador deambas as localidades, Ibn-Maruan.
CASTANHA
As Quinzenas Gastronómicasacontecem ao longo do ano e impulsionamMarvão como destino turístico. Estesmomentos de promoção ajudam apotenciar a actividade agrícola e aactividade económica em virtude damovimentação criada nos muitosrestaurantes concelhios:
Quinzena Gastronómica do AzeiteQuinzena Gastronómica do Cabritoe do BorregoQuinzena Gastronómica do BacalhauFeira da GastronomiaQuinzena Gastronómica MarroquinaQuinzena Gastronómica da Castanha
O II Forum Marvão cujo tema principalfoi o relançamento da candidatura deMarvão a Património Mundial da Unesco.Dada a grande singularidade de Marvão,que já está a ser aproveitadaturisticamente, pode ser uma mais –valiaainda maior.
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Com um passado de mais de 75 anos mas sempreligado à transformação de frutos e hortícolas, entreoutras actividades industriais, hoje a empresa NunesSequeira, S.A. está empenhada num projecto globalde transformação de produtos certificados comDenominação de Origem Protegida, ou que possamvir a obter essa certificação, oriundos da regiãoonde está inserida. É na aldeia de Santo Antóniodas Areias, no concelho de Marvão, que estásediada a empresa e respectivas unidades fabris.
A vasta experiência na transformação deazeitonas, picles, pimentos ou tremoços foi canalizadapara um projecto global sob alçada da marca “Conservas Maruán”- nomeárabe do fundador da Vila de Marvão - onde apenas cabem produtos dealta qualidade e destinados a um público restrito já que sãonecessariamente mais caros.
Do lote dos eleitos faz parte a azeitona das variedades regionais galegae cordovil, o pimento assado com azeite e alho, da variedade morrone, aCastanha de Marvão e a Cereja de S. Julião, estes dois com Denominação deOrigem Protegida e mais recentes no projecto.
Falando sobre a castanha o administrador da empresa, José Boto,admite que é uma produção expressiva para o concelho embora nemsempre comercializada com as mais-valias que merece. Anualmente aempresa transforma entre três a quatro mil frascos deste fruto.
O desenvolvimento de novos produtos dentro deste projecto temsido feito na área das azeitonas onde, mesmo dentro da linha gourmet, épossível obter produto mais barato.
São as melhores em cada frascode “Conservas Maruán”
Sem produção própria, a empresaCacovin – Agroindústria estácapacitada para recolher os produtosagrícolas do concelho de Vinhais,nomeadamente a castanha que é omais expressivo. Aliás, de acordo como gestor da empresa, Carlos Silva, omunicípio de Vinhais é um dosgrandes produtores nacionais decastanha, responsável por oito a novemil toneladas.
Grande parte da castanha é davariedade longal , apta para seconsumir fresca ou transformada,com a indústria a ser o principaldestino. Já a judia, outra variedadeexpressiva, é maioritariamenteconsumida fresca, nos mercados dolitoral e alguma exportação para oBrasil.
Embora inserida na Denominaçãode Origem Protegida Castanha da
Cacovin promete novo impulsoà DOP Castanha da Terra Fria
Terra Fria, a castanha deVinhais por enquanto aindanão retirou daí grandesdividendos. Esta falta deinteresse deve-se em grandeparte ao facto de até agora nãoter havido ainda problemas com acomercialização. Carlos Silvaacredita que quando a linha derecepção e transformação de castanhada Cacovin estiver concluída será possível“dar um empurrão” para acrescentar maisalgum valor ao produto.
No campo a produção temcrescido, com plantação de novossoutos e nalguns casos até comintrodução de novas variedades,trazendo uma maior riqueza aoconcelho.
O maior problema da região continuaa ser a apanha, ainda manual quase natotalidade visto orograficamente ser uma
região muito acidentada, onde sónos soutos mais recentes é possívelrecorrer à mecanização.
Desde início que do projecto daCacovin também faz parte a criação deuma linha de recepção e tratamento decogumelos silvestres. Ainda não épossível a concretização uma vez que,sendo altamente perecíveis, oscogumelos necessitam de condições defrio, ainda não disponíveis, masprevistas para 2012.
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Espaço de paisagens e riqueza naturalinvejável, a freguesia de S. Pedro de Castelões,no concelho de Vale de Cambra, já foifortemente marcada pela produção decastanha. Com o declínio que se apoderoudos soutos e da cultura, em 2006 a Junta deFreguesia local decidiu lançar a Feira daCastanha, no sentido de revitalizar o sector.Jorge Costa, presidente da Junta, defendeacerrimamente este investimento uma vez queesta castanha é um fruto de grande qualidade,muito apreciada, fácil de descascar e doce nopaladar. Para cumprir tal objectivo, logo naprimeira edição do evento foram distribuídascentenas de pequenos castanheiros,perspectivando-se que dentro de meia dúziade anos estejam já em produção, não só parahaver produto para a Feira como para vendernoutros canais.
Na freguesia por enquanto não há grandessoutos, mas sim árvores um pouco espalhadaspelas propriedades. Esta pequena dimensãofaz também com que não haja umacomercialização propriamente dita.
Embora se chame Feira da Castanha, oevento que vai encher S. Pedro de Castelõesnos próximos dias 6 e 7 de Novembro, contatambém com a presença de outros produtosda terra. Importa dizer que a freguesia temmuitas associações e esta é uma forma delaspoderem dinamizar-se e conseguirem maisalguns recursos através das tasquinhas,sobretudo com pratos gastronómicosbaseados em castanha.
Além disso, há um espaço próprio para oartesanato, também já estão representadosalguns equipamentos, totalizando entre 60 a70 participantes.
Castanhade S. Pedrode Castelões, fácilde descascare doce no paladar
Plantação de um castanheiro
Além da castanha são comercializadostodos os produtos da terra
Dia 5 - Novembro – Sexta-Feira10:30 h - (Magusto para crianças das escolas da Freguesia)21:00 h - Palestra com o tema “ O Castanheiro e a Castanha nas suas várias vertentes”
Dia 6 - Novembro – Sábado8.30 h Manhã - Feira de Agora com produtos, Locais, Regionais e Nacionais;
Almoço - A nossa Gastronomia, de “comer e mais querer” nas barracas das colectividades;Tarde - Feira de Produtos cultivados e fabricados na nossa terra e de origem nacional;
14:30 h Abertura Solene com a presença das Autoridades Civis e Religiosas15:00 h Animação com Fanfarras da Freguesia;18:00 h Concurso da melhor Castanha;
Jantar - Por mãos habituadas ao que de melhor se faz nesta terra, temos a comida caseiranas barracas das Associações participantes;
20:30 h Animação Musical
Dia 7 - Novembro – DomingoManhã - Continuação da venda e compra de produto naturais da nossa terra ou região;Almoço - Nas barracas das Associações é servido o que de melhor se cozinha nasterras de Castelões e Cambra;Tarde - Continua a Feira da Castanha, com venda de tudo, que é da nossa terra;
15:00 h Animação Folclórica e Etnográfica; - Grupo Folclórico Dr. Gonçalo Sampaio – Braga - Grupo Folclórico Etnográfico de S. Pedro de Castelões
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CASTANHA
Um Verão muito seco e com pouca chuva faz anteveruma campanha com alguma quebra na produtividade. Oscastanheiros apresentam os ouriços uniformementedistribuídos, sem sobrecarregamentos, esperando-se bonscalibres e boa qualidade, embora com pouca produção, oque supostamente irá repercutir-se num preço maiselevado. É deste modo que o sócio-gerente da Frusantos,António José Santos caracteriza a actual campanha decastanha, um dos produtos trabalhados pela empresa,além da batata de consumo, batata de semente, cebola,cereja e maçã.
A castanha é proveniente da Beira Alta e de Trás-os-Montes, regiões afectas a Denominações de OrigemProtegida que para já não têm tido grande impacto. Oconsumidor procura em primeiro lugar a variedademartainha e depois a judia, sendo as restantescomercializadas para a indústria ou para mercadossecundários a preços mais acessíveis.
Refira-se que a campanha é muito curta, com doispicos de consumo, a época dos Santos e o São Martinho,valendo o facto da gastronomia portuguesa estar cada vezmais a usar este fruto na confecção de inúmeros pratos,revelando-se mais uma forma dos produtores obteremrendimento.
A Frusantos recolhe a castanha ou recebe-adirectamente nas suas instalações e a partir daí o frutopassa pela calibragem, triagem, esterilização, embalageme posterior comercialização. Esta é feita na ordem dos70% para o mercado nacional e a restante para a Europa,Brasil, Canadá e Estados Unidos. Até agora o escoamentonão tem sido problema, garantindo estabilidade e boasperspectivas ao produtor que, por seu lado, tem inovado
Campanha é curta mas escoamentonão é problema
A nível de projectos, a empresa Frusantos, de Sernancelherecorda que há dois anos abriu uma filial em Samora Correia,onde processa a distribuição dos produtos e que funciona comocentral de embalamento para as grandes superfícies. Este anoinvestiu-se num calibrador e numa linha de limpeza da castanha,procurando sempre estar no top da tecnologia para satisfazeros clientes. Já para a unidade de Ferreirim também está previstapara breve uma melhoria da qualidade das instalações.
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Acção de promoção numa grande superfície
No top da tecnologia
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Com instalações já viradas para ofuturo, a empresa AgroAguiar, em VilaPouca de Aguiar, cumpre toda alegislação alimentar com as suasestruturas adaptadas à actividade deagro-indústria.
O investimento recente emmáquinas de última linha permite umamelhor preparação dos produtos umavez que a empresa não só comercializaem fresco como também transforma.
Com vocação para trabalhar osdiferentes produtos da região, destaca-se a castanha
Investimento de três milhõese meio de euros
Em parceria com o InstitutoPolitécnico de Bragança e aUniversidade do Minho a AgroAguiarcandidatou-se a um projecto deinovação, já aprovado e em andamento,que visa estudar os melhores métodospara conservação da castanha.“Entendemos que a pareceria com asuniversidades é essencial paracontinuarmos a evoluir e a inovar osnossos produtos”, sustenta o gerenteda empresa, Rodrigo Reis.
Com uma componente comercialmuito forte, a empresa reconhece queé ao produto transformado que vaibuscar mais valor acrescentado e porisso mesmo é aí que aposta seriamente.Rodrigo Reis lamenta a situação aindamuito comum de outros virem aPortugal comprarmatéria-primabarata que
Parceria com o Politécnicode Bragança e Universidade
do Minho
Ambiciosos objectivosde futuro
Com uma forte componente deinovação o investimento da AgroAguiarvai continuar, nomeadamente emcomponentes fabris de transformaçãode produtos para ir ao encontro daquiloque o mercado pede. “ O objectivo queeu tenho para a empresa é que nospróximos quatro a cinco anos se situeno grupo dos três principaisintervenientes a nível nacional na áreada castanha”, remata Rodrigo Reis.
A melhor proximidade e justiçapara com o produtor
“Todo o produtor que nos vende acastanha sabe logo o que o produto valepois é pago na hora. Conferimosqualidade e preço à chegada e nessamesma hora o produtor leva para casaum cheque com o respectivo valor”explica o gestor.
Para aferir da qualidade do fruto aempresa tem ao seu serviço trêsengenheiras especializadas emqualidade que para além de forneceremo controlo à chegada implementam ossistemas necessários dentro dasinstalações que permitem controlar oproduto até à hora de saída. Além dissotambém prestam apoio técnicodirectamente ao produtor, deslocando-se aos soutos sempre que solicitadaspois é do interesse da AgroAguiar queo produto adquirido se encontre nasmelhores condições possíveis atéporque grande parte dos clientes sãograndes superfícies com alto grau deexigência.
Outra tónica a acrescentar é aprodução própria da AgroAguiar, cominvestimento também na plantação desoutos. Este ano instalaram-se já 25hectares na Serra da Padrela, em plenazona de Denominação de OrigemProtegida com o mesmo nome, ao abrigode um acordo com o ConselhoDirectivo de Baldios de Lagoa,traduzido no arrendamento de terrenos.Entende que desta forma é mais fácilcontrolar os preços e aumentar asmargens de lucro, já que os custos serãocertamente inferiores em relação àcompra directamente ao produtor.Todavia, a empresa continuará acomprar aos produtores pois precisade muitas toneladas de castanha.
Uma aposta na produçãoprópria
Exportação, desenvolvimentode novas linhas de mercado
Neste momento a AgroAguiarfornece quase todas as grandessuperfícies no mercado interno. Noentanto, a gerência tem feito algumasviagens ao exterior precisamente paraaumentar a quota de exportação, porentender que por esta via conseguirámelhor remuneração dos produtos.Países como os Estados Unidos,Canadá, França, Itália, Espanha, Brasile Alemanha já consomem produto daAgroAguiar.
depois transformam e para cáexportam por falta de agro-indústriasnacionais capazes de fazer esseaproveitamento.
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CASTANHA
A matéria-prima proveniente dastrês zonas do país que maiorprodutividade têm, nomeadamente dazona da DOP (Denominação de OrigemProtegida) da Castanha da Padrela, daCastanha da Terra Fria e da Castanhados Soutos da Lapa.
Na fase inicial, para além doprocesso de calibragem, a castanha érigorosamente seleccionada através deum processo de escolha por água, quegarante antes do processo industrialum grau de não conformidade inferiora 2%.
Esta castanha é comercializada emfresco e transformada dependendo daaptência das referidas DOP(Denomionação de Origem Protegida)
Na AgroAguiar destaca-se a castanhapara uma ou outra aplicação. Comreferência aos produtos transformadoscomercializa:
Castanha pelada congelada;Castanha assada congelada;Castanha assada embaladaem Atmosfera Modificada;Marron glacé;Castanha em Calda;Compota de Castanha.
FIGOA matéria-prima é oriunda da Região de Trás-os-Montes, mais concretamente
dos Concelhos de Mirandela, Valpaços e Murça. As principais variedadescomercializadas são a Doce, Branco, Bêbera e a Pingo de Mel. Comercializamostambém o figo seco
MORANGOO morango (Fragaria, sp.) é o fruto do morangueiro, uma planta de renovação
anual, pertencente à família da Rosáceas.
OUTROS PRODUTOS FRESCOS
NOZA matéria-prima provém da região de Trás-os-Montes, nomeadamente dos
concelhos de Bragança e Vinhais, sendo que as principais variedadescomercializadas são as Cultivares Francesas, Franquette e Lara.
AMÊNDOANeste caso a matéria-prima é oriunda da região do país responsável por 60%
da produção nacional, essencialmente do concelho de Torre de Moncorvo,Alfândega da Fé, Vila Nova de Foz Côa, Freixo de Espada a cinta e Valpaços. Asprincipais variedades comercializadas são as Portuguesas Parada, Casanova,Verdeal e Gêmea.
AVELÃViseu, área mais representativa do mercado nacional, fornece grande parte
da matéria-prima. As variedades mais representativas são a Granada de Viseu,Molar, Comum e Butler.
AMEIXAAmeixa Rainha Cláudia, nome científico Prunus
Doméstica da família das Rosáceas teve origem na Europa.
CEREJAA cereja é o fruto da cerejeira, planta da família da
Rosáceas, originária da Ásia. Trata-se de um fruto pequeno,arredondado, de cor vermelha, polpa macia e suculenta.
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CASTANHA
FRAMBOESAA framboesa é preparada da mesma forma que o morango. Em Trás-os-Montes, a produção de
framboesa destina-se, na quase totalidade, à indústria da congelação.
Produtos transformadosCASTANHA PELADA CONGELADA
A Castanha é sujeita a um processo automatizado dedescasque e despelagem por vapor.
Sofrendo na fase seguinte em processo de escolha e posteriorcongelação. Após congelação e selecção final é devidamenteembalada e rotulada.
CASTANHA ASSADA CONGELADAA castanha devidamente seleccionada é sujeita a um processo
automatizado de inserção de um corte na casca exterior, seguindopara um forno contínuo onde é assada, sofrendo posterriormenteo descasque e subsequente congelação. Finalmente é sujeita auma selecção sendo depois embalada e rotulada.
CASTANHA ASSADA EMBALADA EM ATMOSFERA MODIFICADAA castanha devidamente seleccionada, é sujeita a um processo automatizado de inserção de um
corte na casca exterior, seguindo para um forno continuo onde é assada, sofrendo posteriormente odescasque e, após a selecção final, é devidamente embalada em atmosfera modificada e rotulada.
MORANGOO morango é congelado individualmente, ficando íntegros e
separados uns dos outros após a embalagem.O princípio de funcionamento é baseado na expansão de
um gás dentro de um túnel, onde os morangos são colocadosseparados sobre uma esteira e sofrem o processo decongelamento.
Linha GourmetOs produtos são sujeitos a um
processo de selecção inicial peranteo cumprimento ou não dasespecificações contidas no manualde produção. Manualmente faz-seuma selecção dos que poderãoapresentar defeitos. Segue-se então,o processo de embalagem eposteriormente rotulagem.
Fazem parte da linha Gourmet:
MARRONS GLACÉS
COMPOTA DE CASTANHA
CASTANHA EM CALDA DOCE
Para além dos frutos secos edos derivados de castanha aAgroAguiar coloca ao dispor docliente a comercialização deMEL MULTIFLORAL E MEL DE
ROSMANINHO.
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www.agroaguiar.pt
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Bragança junta áreas de referência num mega-certameCaça, Pesca e Castanha
Face à importância económica esocial dos recursos naturais e produtoslocais, como a caça, a pesca e a castanha,e entendendo que as autarquias devemcontribuir para o reforço da animaçãoeconómica, faz todo o sentido que omunicípio de Bragança seja o promotorde um evento que valoriza essesrecursos.
A Norcaça e a Norpesca foramcriadas com esse objectivo e, após oitoedições, afirmou-se como a segundamaior feira do sector da caça e aprimeira a nível da pesca.
A Norcastanha foi criada com oobjectivo de promover um produtolocal de grande importância económicae social para o concelho e para toda aregião.
O município de Bragança entendeuter chegado a hora de a Norcastanha seassociar à Norcaça, de modo a reforçaro impacto do certame a custosinferiores, o que constitui uma novidadena edição de 2010, agendada de 29 deOutubro a 1 de Novembro.
A Feira integra um conjunto muitovariado de actividades, das quais sedestacam:Os concursos e exposições de
castanha, de quadras populares e
de pintura, entre outros;
Provas, como as de pesca ou de
Stº Huberto;
Montaria ao javali;
Demonstrações de técnicas de
pesca, de cetraria ou de apanha
mecânica da castanha, entre outras.A transmissão de conhecimentos
técnicos e científicos, através do IIIFórum Internacional dos PaísesProdutores de Castanha e do SeminárioNorçaca & Norpesca, constitui outrodos pontos altos do certame.
Além da diversa animação musical,a gastronomia será uma referêncianeste evento, quer no espaço daFeira, quer nos restaurantes daCidade, onde decorre a SemanaGastronómica da Castanha, Caça ePesca.
Nestes dias, Bragança assume-secomo a Capital Nacional da Castanha,Caça e Pesca, sendo obrigatória a visitaa esta Cidade Transmontana.
Terra Fria produz metadeda castanha nacional
O concelho de Bragança é um dosmaiores produtores de castanha de todo opaís, devido às características do solo edo clima, típicas da Terra Fria do NordesteTransmontano, por si só responsável pormetade da produção nacional, enquanto queTrás-os-Montes produz mais de 80%.
Considerando as plantações decastanheiros, para fruto e madeira, que setêm registado nos últimos anos é de esperar,a médio prazo, um aumento significativona produção de castanha.
Além disso, o uso de variedades regionaisé uma prática fundamental para amanutenção e valorização do sector, coma longal e a judia a dominarem no territórioem causa, sendo também as constituintesda Denominação de Origem ProtegidaCastanha da Terra Fria.
Atendendo às alterações climáticasocorridas na última década a cultura dacastanha requer atenções redobradas,tornando-se imprescindível que osinvestigadores dediquem o temponecessário para que o futuro da mesmaseja acautelado, em prol da sustentabilidadede um significativo número de famílias.
A nível nacional Bragança identifica-sede forma singular com o sector da caça.Foi ali que se caçou o primeiro javali, oprimeiro lobo e o primeiro veado, no que àcaça maior diz respeito. É também emBragança que se localiza a maior Zona deCaça Nacional da Lombada.
Na caça menor, o município orgulha-sede continuar a ser um destino preferencialentre caçadores, nomeadamente os doNorte de Portugal.
Mas, apesar das boas condições naturaispara o desenvolvimento das várias espéciescinegéticas, regista-se, ao longo dos anos,um acentuado decréscimo da oferta, devidoa vários factores que merecem umareflexão mais atenta por parte de todos osagentes e intervenientes sob pena de esterecurso de extrema importância económicae social da região se perder, alerta o vice-presidente da autarquia brigantina, RuiCaseiro.
Já o sector da pesca tem estadoesquecido no que toca à gestão e comdiminutos investimentos a nível daprodução. Muito há a fazer para criarcondições de produção e tornar a regiãomais atractiva para este sector, já que dispõede excelentes condições, nomeadamenteos melhores rios para a pesca da truta ediversas albufeiras para pesca de outrasespécies.
Condições naturaisnão chegam para mantersectores da caça e pesca
GERAL
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Provas de Sto. Huberto juntaram os melRealizou-se no passado mês de
Setembro o 12.º Troféu de Competênciade Tiro da Confederação Nacional dosCaçadores Portugueses (CNCP) e a 2.ªTaça de Portugal de Santo Huberto, noCampo de Tiro das Termas deMonfortinho, no concelho de Idanha-a-Nova e na Zona de Caça Turística daC i n e g e t u r - P e s o - T o u l õ e s ,respectivamente.
Estiveram representadas 10Federações de Norte a Sul do país etambém a Região Autónoma dosAçores.
Ambas as provas, organizadaspela CNCP e pela Federação de Caça ePesca da Beira Interior (FCPBI), forammuito participadas e competitivas.
O presidente da FCPBI, JoãoCarlos Lourenço, recorda que quandoorganizou o primeiro campeonato, há
dez anos, os meios eram totalmentediferentes e muito mais escassos emesmo assim foi possível levar aorganização a bom porto, tal comoaconteceu agora. Deixa uma palavra deagradecimento à autarquia de Idanha-a-Nova e à Associação Naturejo sem oapoio de quem não teria sido possívela realização mesmo com muitacontenção de custos.
Um dos objectivos da CNCP parao próximo ano será que a Competênciade Tiro passe a designar-se Tiro aosPratos, prova na qual os participantesterão de estar federados na FederaçãoPortuguesa de Tiro.
Já se sabe que em 2011 aFederação anfitriã do CampeonatoNacional da CNCP será a da PrimeiraRegião Cinegética (Macedo deCavaleiros).
A cerimónia de encerramento quepara além dos participantes contoutambém com a presença de váriasentidades oficiais como o DirectorRegional da Floresta da Zona Centro,Viriato Garcez em representação doMinistro da Agricultura, o Presidenteda Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Álvaro Rocha, o Presidente daJunta de Freguesia de Monfortinho,António Cruz, o Director da Cinegetur,Augusto Borges de Almeida e o gestorresponsável pela Zona de CaçaTurística da Cinegetur, ManuelBatista.
Foi o momento escolhido pelopresidente da CNCP, Vítor Palmilha,para anunciar a realização de umCampeonato Anual de Santo Huberto,denominado “Dr. Arménio Lança”, umahomenagem ao anterior presidente da
Propôs-se um Campeonato Anualde Santo Huberto “Dr. Arménio Lança”
CNCP, recentemente falecido.Falando sobre a época de caça a
decorrer, João Carlos Lourençorecorda o início conturbado por causada data de abertura à caça da rola,contestado pelos caçadores mas parajá sem resposta. Queixa-se doexcesso de burocracia e da falta deinteresse dos sucessivos governospor este sector que representa muitaspessoas e movimenta vários milhõesde euros.
No caso concreto da Beira Interior éalarmante a situação que se vive emtermos de furtivismo na caça maior, cadavez mais crescente e sem intervenção dasentidades competentes. Soma-se umproblema maior de saúde pública umavez que a carne dos animais furtadosacaba por ter sem qualquer controlosanitário.
CINEGÉTICA
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os melhores em Monfortinho12.º Troféu de Competência
de Tiro
Classificação ColectivaFederação de Caçadores do AlgarveFederação de Clubes de Caça e Pescado Distrito de ViseuOESTECAÇA – Federação das Zonasde Caça do Oeste
Classificação IndividualMarco Afonso - Federação de Caça ePesca da Beira InteriorRui Arez - Federação de Caçadores doAlgarveSérgio Rodrigues - OESTECAÇA –Federação das Zonas de Caça do Oeste
2.ª Taça de Portugalde Santo Huberto
Classificação ColectivaFederação de Caçadores da 1.ª RegiãoCinegéticaFederação de Caçadores do AlgarveFederação de Caça e Pesca da BeiraLitoral
Classificação IndividualDiogo Silva - Federação de Clubesde Caça e Pesca do Distrito de ViseuFernando Silva – Federação deCaçadores do AlgarveMário Brito - Federação de Caça e Pescada Beira Litoral
1.2.
3.
1.
2.
3.
1.
2.3.
1.
2.
3.
Federação Alentejana CaçadoresFederação de Caçadores do AlgarveFederação dos Clubes de Caça e Pescado Distrito de ViseuFederação de Caça e Pesca da BeiraInteriorFederação de Caça e Pesca da BeiraLitoralFederação de Caçadores da 1ª Reg.CinegéticaFed. Caçadores de Entre Douro e MinhoFedercaçaOestecaçaReg. Autónoma dos Açores
FEDERAÇÕES PARTICIPANTES
Entrega do prémio à Federação deCaçadores do Algarve
Diogo Silva (à esquerda) e Marco Afonso,(à direita), primeiros classificadosindividuais, respectivamente na 2.ª Taçade Portugal de Santo Huberto e no 12.ºTroféu Competência de Tiro
Entrega do prémio à Federação deCaçadores da 1.ª Região Cinegética
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CINEGÉTICA
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Por tradição o município deMértola é um território onde a perdizvermelha encontra as condições ideaispara se reproduzir e viver em estadoselvagem, sendo vista pelo edil domunicípio, Jorge Rosa, como a espécierainha da caça menor e a mais procuradapelos caçadores. Além disso, nosúltimos anos, as espécies de caça maiorcomeçaram também a ganharrelevância, fazendo deste um concelhocom características naturais específicasque o tornam muito apetecível para aprática cinegética.
Hoje o território cinegético estáordenado numa percentagem superiora 90% nas diferentes figuras criadaspara o efeito. Daí resultou um aumentodo número de espécies, visíveis atéfinal da época venatória, bem como amelhoria da própria biodiversidade,sendo recorrente vislumbrarem-seagora alguns predadores que sejulgavam extintos, como as águas, quevoltaram a encontrar ali os requisitospara nidificarem.
Neste enquadramento, a I Feira daCaça que a autarquia vai levar a cabode 22 a 24 de Outubro, surge naestratégia traçada para revitalizar oconcelho no que toca às questõescinegéticas e vai no sentido de fazercom que todos os caçadores, e restantepúblico também, conheçam o concelhode Mértola como sendo de excelênciapara a prática cinegética.
A escolha da data foi um factor
Certificação da Perdiz Vermelha de Mértolaestá em andamento
muito importante, porque, ao contráriode outros eventos do sector, esterealiza-se durante a época cinegética,possibilitando que paralelamente àvisita, os caçadores aproveitem tambémpara realizar uma jornada de caça.
Sendo a primeira e dadas asvalências do município em termoscinegéticos, acredita-se que muitorapidamente irá afirmar-se nocalendário nacional de eventos.
Do programa fará parte umcolóquio, a realizar na sexta-feira, eversando sobre três temas principais,perdiz vermelha, lince ibérico e lei dasarmas.
É neste mesmo caminho que seenquadra a certificação da Perdiz
Vermelha de Mértola como espéciecinegética de grande valor acrescentado,com uma genética 100% pura e que nosdias de hoje pode ser caçada totalmenteem estado selvagem. “Se é uma mais-valia natural, então tem de seraproveitada para trazer outros ganhosao município”.
A certificação está a ser tratadacom a Associação Qualifica, da qualMértola é município fundador. Ocaderno de especificações técnicas estáem fase de conclusão, prevendo-se parabreve a submissão do pedido.
Com esta certificação a perdizvermelha sairá muito valorizada e,sabendo-se que neste mundo estãoenvolvidas pessoas “de boa condiçãofinanceira”, poderá ser um atractivo
para um público diferenciado que nãose importa de pagar mais. Além disso,certamente a actividade trará uma novadimensão à pequena economia localnomeadamente, por via do alojamento,restauração, produtos locais (...).
Jorge Rosa considera que o grandedefeito nesta actividade é que ainda nãoexiste a cultura de proporcionarprogramas alternativos aos familiares/amigos dos caçadores para que estequando se deslocam para determinadaparagem a fim de caçarem, não o façamsozinhos e apenas num só dia. Ou seja,por via da actividade cinegética podemser proporcionados vários planos delazer e é precisamente nesse sentidoque Mértola tem vindo a trabalhar.
Quando questionado sobre aactividade em termos futuros, e já emjeito de conclusão, o edil mostra-seoptimista quanto ao acto de caçar emsi, bem como à procura e abate deespécies cinegéticas.
Já no que respeita à legislação, aísim, considera que poderia haveralgumas alterações “porque pareceque se encara o caçador como umpotencial criminoso. Por outro lado,as organizações representativas dosector da caça , rivalizam entre si,não saindo daí nenhum benefício paraquem representam nem para aactividade cinegética e muito menosserá benéfica para a urgentesimplificação de procedimentos quedevem exigir”.
CINEGÉTICA
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O Porco Raça AlentejanaPilar do abastecimento, em tempos
longínquos chegou a estar em vias deextinção.
Os últimos 25 anos foram deorganização, apareceu o movimentoassociativo, implementou-se o LivroGenealógico, qualificaram-se osprodutos e protegeram-se os nomes.
A consequência imediata destaorganização foi o crescimento efectivoem linha pura, a valorização dosespaços de montanheira e umacrescente consciencialização doprodutor agro-pecuário para aimportância da azinheira.
A valorização e aumento doconsumo de produtos tradicionais dequalidade, a multiplicação pelo Alentejode indústrias e salsicharias que, por suavez, geraram pequenas bolsas deemprego num Alentejo com tendência para
a desertificação, são muito importantes.A requisição de quadros
especializados em várias áreas, desdea produção à transformação e aomarketing trouxe ao sector uma lufadade ar fresco e a fixação destas pessoaspelo interior contribui para o aumento eelevação dos valores culturais.
Em volta do sector do porcoalentejano, gravita um conjunto de jovenstécnicos disponíveis para fazer maislutas pelo interior, pela raça e pelaevolução da região e do país. São dissoexemplos, os quadros das associações,das empresas de certificação, dasindústrias instaladas e muitos jovensempresários que levam explorações doporco raça alentejana e que fizeram aseu tempo as suas formações técnicase que, no momento, a sua gestão tambémbeneficia delas.
A grande batalha, que se constituicomo o grande desafio desta gente, égarantir que o futuro do porco de raçaalentejana se desenvolva no seu espaçonatural, no seu habitat, ou seja, omontado.
A varinha mágica tem trêscomponentes: o extensivo, aalimentação e a genética. Sãoinseparáveis e todas as outras formassão adulteradas. Daí, que o futuropasse pela consciencialização de queestas produções têm de ser conduzidasde forma equilibrada.
Tem que garantir e promover oambiente e tem que ser montada umaforma de divulgação desta realidadeonde se promove o porco de raçaalentejana versus montado.
O slogan “Coma presunto bolota esalve uma árvore”, deve ser interiorizadopela população em geral (Presunto deBarrancos DOP, Presunto e Paleta deSantana da Serra IGP, Presunto e Paletade Campo Maior e Elvas IGP e Presuntoe Paleta do Alentejo DOP)*.
Não é possível, hoje, proteger epromover o montado nas suas múltiplasfunções sem que haja uma forma de orentabilizar para que possam pagar oscustos de manutenção e se apresentecom fonte de rendimento dos que lheestão ligados.
Daqui nasce outro slogan “Promovao Alentejo, promova as suas árvores,salve o ambiente em que todosvivemos”.
Associação de Criadores de Porco Alentejano
Rua de Armação de Pêra n.º 7 A
7670-259 Ourique
Telf: 286 518 030
Fax: 286 518 037
E-mail: [email protected]
* Presuntos com nome qualificado de bolota.
É outro mundo.
Pub.
Autoria:Associaçãode Criadoresde Porco Alentejano(ACPA)
Evolução empresarial em época de maisum aniversário da Voz do Campo
SETEMBRO-OUTUBRO. 2010
SETEMBRO-OUTUBRO. 2010
Voz do Campo: Como surge o
Programa Maxi-Leite?
Tiago Teixeira: O ProgramaMaxi-Leite surgiu em 2008, comoum projecto de formação da ISPna área da qualidade do leite, paraprodutores e médicos veterinários.Com o desenvolvimento desteprojecto, pretendemos ir aoencontro de umas das maiorescarências na produção primária,que é a formação.
VC: Quais são as principais
características?
TT: A Formação Maxi-Leite é umaabordagem muito completa àproblemática das Mastites, ainfecção da glândula mamária dasvacas e que é sem dúvida alguma,a patologia mais frequente nasexplorações leiteiras de todo o Mundo.Esta divide-se em vários capítulos:
- O que são as Mastites bovinas e asua classificação;- Importância económica dasMastites;- Factores predisponentes para aocorrência das Mastites;- Técnica de ordenha;- Agentes que causam as Mastites;- Tratamento e prevenção dasMastites.
Ao longo destes capítulos é feitauma explicação clara e muito focadanaquilo que mais interessa emtransmitir aos produtores de leite
VC: A que tipo de explorações se
destina o Programa?
TT: Destina-se a todo o tipo deexplorações produtoras de leite.
VC: Qual tem sido a adesão dos
produtores?
TT: A adesão tem sidoextraordinária. Após já termos feitoformações Maxi-Leite nas maisvariadas zonas do país, somos cada vezmais abordados pelos MédicosVeterinários que nos solicitamnovas reuniões para relembrar
conceitos concretos, como os pontoschave da técnica de ordenha, ou formasde prevenção das Mastites. Inclusive,nalgumas grandes explorações leiteiras,já fizemos formações específicas paraa equipa de ordenhadores, servindocomo uma reciclagem de conhecimentose a identificação de práticas de trabalhoque devem ser melhoradas.
VC: Quais são as principais
vantagens do Maxi-Leite?
TT: O Maxi-Leite distingue-se não sópela riqueza da informação transmitidamas essencialmente, na forma como éfeita. O grande objectivo destasformações sempre foi o de transmitirideias, conceitos e informaçõesconcretas, sempre de uma formasimples e directa. Sempre procurámosfalar a mesma linguagem do produtor eter a certeza que a mensagem erarecebida e bem compreendida e porisso, não tenho dúvidas que este foi osegredo do sucesso do Maxi-Leite
VC: Em que medida a prevenção das
doenças dos animais está
relacionada com a segurança
alimentar, tão importante nos dias
de hoje?
TT: Cada vez mais na produção
A Intervet Schering-Plough, sediada na Alemanha, dedica-se à investigação, desenvolvimento,fabrico e comercialização de produtos de saúde animal.Tiago Teixeira, responsável pela Unidade de Ruminantes da Intervet Schering-Plough em Portugal,falou à Voz do Campo sobre um dos projectos da empresa, o Maxi-Leite.
animal, temos que actuar amontante, ou seja, temos queactuar antes que as patologiasapareçam, muito mais do quetratar, quando elas já estão aafectar os animais. Umaexploração moderna tem queinvestir mais em medidasde profilaxia e num maneiocorrecto para o funcionamentoideal da sua exploração e para asaúde dos seus animais do quepoupar nestas áreas e gastar muitomais a tratar as diversaspatologias que daí advêm e a tentarcorrigir mais tarde, erros quemuitas vezes são irremediáveis.Para além disto, as normas queregulam e limitam o uso demedicamentos em animais para
consumo humano, nomeadamente osantibióticos, são cada vez maisrigorosas e restritivas. O uso dos maisdiversos medicamentos vai ser cada vezmais limitado e apenas as exploraçõesque já têm essa preocupação nos diasde hoje, poderão ser mais competitivasnum futuro muito, muito próximo.
VC: Para concluir, em que situação
se encontra o Maxi-Leite?
TT: Neste momento, já nosencontramos numa segunda fase doMaxi-Leite, na qual estamos adesenvolver, juntamente com osMédicos Veterinários assistentes dasexplorações, check-lists com aidentificação dos pontos críticos naprópria exploração, com especialdestaque para todo o processo deordenha. Desta forma, queremosassegurar-nos que os conhecimentosinicialmente transmitidos são postosem prática e que os resultadospretendidos vão ser alcançados. Maisdo que tudo, a Intervet Scheringh-Plough deseja contribuir para umaprodução de leite mais eficiente nosprodutores nacionais e tudo faremospara continuar a contribuir para essedesígnio.
PECUÁRIA
52
Tiago Teixeira
Para uma produção de leite mais eficiente
SETEMBRO-OUTUBRO. 2010
pub.
O Ministério da Agricultura,Desenvolvimento Rural e Pescas(MADRP), prevê um aumento daprodução vitivinícola em 13% face àcampanha realizada no ano passado, oque significa um volume de 6,3-6,4milhões de hectolitros.
Ministério prevê aumentoda produção de vinho
Regista-se um crescimento daprodução na maior parte das regiõesvitivinícolas e uma quebra de produçãonas regiões sujeitas a maior influênciaatlântica situadas a Sul do território doContinente (Península de Setúbal eAlgarve) e também nas Ilhas.
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PERCENTAGEMDOS VALORES PREVISTOS
PARA CADA REGIÃO
Desde o ano passado comemora-se, no segundo domingo de Novembro,o Dia Europeu do Enoturismo, nascidades membro da Rede Europeia dasCidades do Vinho, entidade promotora,em paralelo com a Associação deMunicípios Portugueses do Vinho.
Sempre com base na promoção dosterritórios vitivinícolas, o eventopretende enaltecer a cultura e a tradiçãoda terra, intimamente ligadas àidentidade do vinho e a todos osprodutos locais, como símbolos daqualidade de vida e embaixadores decada região, e alcançar uma maiordifusão internacional do turismo dovinho.
Dia Europeu doEnoturismo celebra-sea 14 de Novembro
VINHO & VINHA
SETEMBRO-OUTUBRO. 2010
Mário Amaral Diamantino, fundador daFundagrícola
Mário Manuel Amaral, responsável pelodepartamento comercial
Lado a lado com a agricultura da CovFundagrícola chega aos 50 anos “de pedra e cal”
Foi no início da década de 60 doséculo passado que Mário AmaralDiamantino deu os primeiros passospara o que é hoje a Fundagrícola, Lda..Estabeleceu-se por conta própria nacidade do Fundão, depois de algumaexperiência adquirida numa empresa domesmo ramo. Com um capital de 18contos (80 euros) a empresa começoupor ter representações de pequenasmáquinas, já na altura prestandoserviços de reparação de avarias demotores de rega, um equipamentofundamental a qualquer exploraçãoagrícola. No final da década é solicitadapara comercializar a marca de tractoresagrícolas Massey Ferguson. À data arepresentação de um grande fabricantede tractores era sinal de grande prestígioe foi, aos olhos de Mário Diamantino,um grande impulso para odesenvolvimento da agricultura da região.
Sobre a agricultura da Cova da Beiranos primeiros tempos da empresa,Mário Diamantino recorda que eramuito pobre. Além disso, a emigraçãolevou grande parte da força de trabalhohumana, acabando por ser essa falta demão-de-obra que incentivou odesenvolvimento da maquinariaagrícola.
Passados 50 anos, o empresário vêa agricultura da Cova da Beira commuita tristeza e acredita mesmo queestá condenada ao fracasso. Tal podededuzir-se da quebra na facturação quecomeçou a manifestar-se maisvincadamente de há três anos a estaparte.
Falta de rentabilidadeda agricultura manifesta-se
nas empresas paralelas
Mesmo o Regadio da Cova daBeira, uma obra vista com bons olhos,é insuficiente para resolver osproblemas já instalados. Além disso,os agricultores que acreditaram na obraaquando do seu início hoje já estãoenvelhecidos e na maior parte dos casossem seguidores na actividade. É umasituação encarada como preocupantepela Fundagrícola pois é canalizada paraas empresas directamente ligadas à
actividade.Esta falta de rentabilidade está a
manifestar-se de inúmeras formas,havendo inclusivamente muitosagricultores interessados na plantaçãode árvores (pinheiros, eucaliptos,sobreiros ...) em terras com condiçõesóptimas para se cultivar quase tudo ecom boa qualidade. “É antagónicoporque todos os dias ouvimos notíciasde que mais cedo ou mais tarde vai haverescassez de bens alimentares”.
Neste cenário pouco optimista afruticultura é uma excepção na região,onde ainda se encontram casos desucesso e liderados por gente jovem.
Crescendo comos melhores
Regressando à empresapropriamente dita, a sua evolução ecrescimento foram acompanhados porinstalações condignas, criadas de raizalguns anos mais tarde.
Em meados da década de 70 entratambém na empresa um dos filhos dofundador, Mário Manuel Amaral, hojesócio e responsável pelo departamentocomercial.
Depois de ter trabalhado mais de30 anos com a marca Massey Fergusona parceria terminou e a empresa passoua representar a Same. O empresáriofundador apresenta várias razões,
desde logo porque a marca querepresentava não avançoutecnologicamente, distanciando-se dasmarcas concorrentes, tinha falta dealguns modelos adequados à agriculturaregional e os preços deixaram de sercompetitivos.
Entre as marcas disponíveis a Samefoi a que ofereceu mais viabilidade,mantendo-se ainda hoje a parceria
EMPRESAS & NEGÓCIOS
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SETEMBRO-OUTUBRO. 2010
a da Cova da Beira
mesmo com toda asdificuldades já mencionadasanteriormente.
A SAME é uma marca comuma gama de produtos muitodiversificada, tanto a nível de potênciascomo vários tipos de equipamentosdentro da mesma potência. Emconstante modernização, quer porvontade da marca quer por exigênciada Comunidade Europeia no querespeita à emissão de ruídos ou de gasese mesmo em termos de segurança, éuma das primeiras marcas já comtractores preparados para trabalhartotalmente a biodiesel.
Com as crescentes dificuldades daactividade agrícola a empresadiversificou os seus negócios, hojedivididos em três ramos principais:maquinaria para agricultura,movimentação de cargas e elevação depessoas (empilhadores e plataformas)e ainda equipamentos paramovimentação de terras (escavadoras,retroescavadoras...). Dispõeigualmente de material florestal e commenos expressão equipamentos paralimpeza urbana.
1960 – Mário Amaral Diamantino, torneiro mecânico de profissão,funda a empresa, que emprega nessa altura um único funcionário,dedicando-se ao comércio e assistência de máquinas para aagricultura.
1969 – É nomeada concessionária oficial Massey Fergusonexclusivo para 4 concelhos do distrito de Castelo Branco. Além dostractores inicia também a comercialização de máquinas paramovimentação de terras e cargas.
1970 – São inauguradas novas instalações, na periferia da cidade,com condições para a expansão das representações que detinha.Nesta década já emprega cerca de 40 funcionários.
1983 – Como consequência de um abrandamento significativodo negócio das máquinas agrícolas e industriais é criado umdepartamento para comercialização de automóveis Austin, Rover,MG e Land Rover.
1986 – A concessão automóvel é deslocada para instalaçõesadequadas pertença da firma Sotabi, associada da Fundagrícola eos jovens Mário Manuel, na Fundagrícola, e Fernando Paulo, naSotabi, incrementam nova dinâmica na empresa.
1995 – É nomeada concessionário oficial no distrito de CasteloBranco da prestigiada marca de empilhadores Manitou.
2001 – Devido ao abaixamento drástico nas vendas da suarepresentada Massey Ferguson provocado por preços poucocompetitivos, falta de modelos vendáveis na zona concessionadae também porque a marca não evoluiu tecnicamente como o mercadoo exigia, por opção da gerência cessou de comum acordo o contratoque detinha há 33 anos.
Inicia a comercialização dos tractores Same, marca com modelosmais adequados e competitivos para tipo de agricultura da região.
2005 – Inicia a comercialização, para o distrito de Castelo Branco,das máquinas de movimentação de terras Doosan/Daewoo e Terex.
2006 – Inicia negociações para tomar por aluguer instalações nacidade de Castelo Branco, dada a importância significativa que azona sul representa no volume de facturação.
2009 - Nomeada concessionária oficial Ammann-Yanmar e Terexno distrito de Castelo Branco, respectivamente, mini-escavadorase retroescavadoras, cilindros, entre outras.
A Fundagrícola começou por trabalhar comequipamentos Massey Ferguson mas quando estaentrou num ciclo descendente optou por outras marcasque tivessem produto idêntico. Criou umdepartamento específico para material de construçãocivil e mais tarde procurou outra marca de máquinaspara movimentação de cargas, a Manitou. Esta tambémcresceu e hoje apresenta uma completíssima gama detodo o tipo de empilhadores. Também dispõe deequipamentos para movimentação de terras e máquinasespecificamente destinadas à actividade florestal(gruas, reboques, destroçadores ...).
Outros negócios
Aniversário dá descontos!!!
Cronologia
Sem comemorações muito efusivas do seu meioséculo de actividade, a Fundagrícola preferiu virar-se para os clientes e potenciais clientes tendo emmarcha uma campanha de distribuição de panfletosporta a porta, em todo o concelho de Penamacor eparte do concelho do Fundão nos quais, para alémde se dar informação sobre o cinquentenáriotambém é fornecido o novo percurso para chegar àempresa já que foram feiras obras nas imediaçõesque o tornam confuso. A apresentação destepanfleto nas instalações da empresa ainda épremiada com um pequeno desconto.
EMPRESAS & NEGÓCIOS
55
A empresa édetentora da concessão oficial para odistrito da marca Manitou, lídermundial em máquinas que têm aplicaçãoem sectores de actividade tão variadosque vão desde a pequena à grandeindústria, construção civil, bem comoindústria alimentar. É um sector já combastante peso na facturação daFundagrícola e com espaço para crescerainda mais.
As máquinas para movimentaçãode terras são igualmente um produtoque faz parte do portefólio da empresa.
De realçar ainda que a Fundagrícolaé o concessionário mais antigo dePortugal da reputada marca depequenas máquinas Stihl, líder europeuem motosserras, o que muito orgulhaos empresários.
Maquinaria evoluiude forma abismal
Sobre a evolução da maquinariaagrícola nos últimos 50 anos os
empresários reconhecem que tem sidomuito significativa, quase abismal entreuma época e a outra, obrigando aempresa a acompanhar e apostar naformação dos seus técnicos.
Aliás, o serviço de apoio técnico éuma das valias da Fundagrícola e passatanto pelo aconselhamento na hora deaquisição dos equipamentos como pelareparação das máquinas no terreno,sendo cada vez menor o número dedeslocações das máquinas para aoficina.
Onde tudo começou. Antigas instalações
da Fundagrícola.
SETEMBRO-OUTUBRO. 2010
CARNALENTEJANA D.O.P.
Nos finais de 1991, a situaçãoem que se encontravam muitasexplorações de bovinosalentejanos era bastante difícil.Para além da descidageneralizada dos preços dosbovinos verificada em princípiosde 1992, os produtores isoladosno mercado tinham bastantedificuldade em escoar o seugado, que normalmente atingiabaixas cotações.
Nesta altura, a circulação debens e serviços era umarealidade bem patente que, seisanos atrás, antes da adesão àCEE, dificilmente aconteceria.Neste contexto, surgem aspectospositivos, mas também negativos,designadamente o surgimento desubstâncias proibidas usadaspara estimular o crescimento e aengorda dos animais, sendo estauma das razões para a reduçãodas cotações, muito por força dosintermediários.
Devido aos custos deprodução associados a umaexploração extensiva, emliberdade no pasto, a única formade vender os animais seriaatravés da redução das margens.Ora é precisamente aqui que umgrupo de produtores se insurge,entendendo que deveriam ter umrendimento igual aos dos outroscriadores, embora nãopretendessem enveredar pelolucro fácil, engordando osanimais com recurso asubstâncias químicas.
É nesta altura que FernandoCarpinteiro Albino, actualPresidente do Conselho deAdministração da CarnalentejanaS.A., conjuntamente com outroscriadores de bovinos da raçaalentejana, sentiu a necessidadede conjugarem esforços nosentido de comercializarem osseus produtos de uma formaconcentrada, ganhandodimensão e poder negocial.
Perfazendo inicialmente umtotal de 33 interessados em reuniros esforços, havia que dar corpoa toda esta iniciativa. Perante oclima de pouca cooperação a quenormalmente se associa oempresário português, este grupoapresentava uma vontade ímparde fazer acontecer este projecto.Por um lado, porque havia umaameaça generalizada que a todosafectava e, por outro, devido aofacto de serem empresáriosagrícolas de média e grandedimensão, perfeitamente cientesdas vantagens em cooperar.
Havia contudo um dilema quese deparava antes da constituiçãoformal deste projecto: qual seriaa forma jurídica a dar a estaorganização. Entre as duasopções possível, a sociedadeanónima e a cooperativa, adecisão pela primeira foi unânimedevido à heterogeneidade dedimensão dos interessados, nãohavendo motivos para que asparticipações de cada um fossemiguais.
Tem hoje 153 produtoresassociados com o capitalactual de 650.000,00 euros.
Facturou em 2009 mais de 11milhões de euros.
Estamos presentes com umavasta gama de produtossempre actualizados nosprincipais pontos de vendadas principais cadeias dedistribuição com inúmerasprovas de degustação evendas nos principaiscertames agrícolas e festivaisde música.
A certificação do produtoCARNALENTEJANA, D.O.P.pela Certi-Controlo eCertificação e o sistema degestão da nossa Qualidadepelo Lloyd’s Register QualityAssurance de acordo com asNormas ISSO 9001:2008 eNPENISO 9001:2008 são arazão de ser da confiançaque em nós deposita oconsumidor.
Foi assim criada aCarnalentejana S.A. por escriturapública de 1 de Junho de 1992,na qual participaram os 33criadores de bovinos de raçaalentejana pura, reunindo umcapital de 118.150 euros.
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Autoria:Carnalentejana S.A.
Evolução empresarial em época de maisum aniversário da Voz do Campo
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
SETEMBRO-OUTUBRO. 2010
Pub.
Congresso Internacional de Horticultura
Rescaldo muito positivo
O Congresso Internacional de
Horticultura juntou cerca de três mil e
duzentos especialistas, originários de
110 países diferentes. Também as
actividade paralelas foram muitos
positivas, reflecte Luís Mira, presidente
da INOVISA – Associação para a
Inovação e o Desenvolvimento
Empresarial, estabelecida dentro do
Instituto Superior de Agronomia, que
organizou o Horticultural Brokerage
HORTICULTURA
BREVES
A Acção de Entomologia Agrícola:Identificação de Pragas e Auxiliares é aprimeira acção de formação realizada noâmbito do protocolo celebrado entre oCentro Operativo e TecnológicoHortofrutícola Nacional e a AcademiaBayer (Instituto de Formação Profissionalacreditado pela DGERT). Estácalendarizada para os dias 20, 21, 27 e 28de Outubro e 3 e 4 de Novembro e serárealizada na Escola Superior Agrária deSantarém.
Destina-se a quadros técnicossuperiores e médios, com responsabilidadeao nível do apoio técnico, bem comoestudante e agricultores. A duração é de36 horas de teórica e prática simulada.
Gestão do Risco em SecasA mitigação e a preparação para as
secas exigem novas aproximações quetornem efectivas as medidas a adoptar eque favoreçam a convivência com assecas, minimizando os seus impactos.Para isso é imprescindível um melhorconhecimento dos processos, acapacidade de estabelecer avisos aosutilizadores da água e a tomada dedecisões em tempo útil.
É para reflectir sobre essas matériasque o Centro de Engenharia dosBiossistemas e o Instituto Superior deAgronomia vão levar a cabo o workshop“Gestão do Risco em Secas – Métodos,Tecnologias e Desafios”, no próximo dia11 de Novembro, na sala dos actos doISA.
Identificação de Pragas e Doenças
Event, com o apoio da Agência para a
Inovação (ADI). “Muitos participantes
solicitaram-nos para não deixarmos cair
a plataforma entre Congressos, que se
realizam a cada quatro anos, por isso a
Inovisa, em conjunto com a nova
liderança da ISHS(International
Society for Horticultural Science), a
partir da base de dados de cerca de
700 pessoas, vai criar uma
plataforma para transferência de
tecnologia que estará disponível on-
line”.
Durante o Congresso em
assembleia-geral da ISHC foi eleito o
seu novo presidente, António
Monteiro, professor no Instituto
Superior de Agronomia.
Durante a mesma assembleia foi
anunciado que em 2014, realizar-se-á
o 29.º Congresso, na cidade de Brisbane,
na Austrália, em Agosto de 2014, sob
o tema “Horticultura – sustentando
vidas, subsistência e paisagens”.
A Direcção Geral de Agricultura e
Desenvolvimento Rural deferiu o
pedido de autorização excepcional
para utilização do produto AFFIRM
no controlo de Tuta absoluta em
tomateiro. A autorização anterior, que
expirou a 14 de Agosto último, foi
prolongada por mais 120 dias por se
reconhecer a necessidade de prosseguir,
ainda durante o ciclo cultural do
tomateiro, o controlo desta praga de
quarentena com os meios químicos e
Combate à Tuta absolutaAFFIRM pode ser usado até Novembro
outros disponíveis.
A recente introdução no território
da traça do tomateiro (Tuta absoluta)
veio trazer dificuldades acrescidas na
protecção fitossanitária da cultura,
porquanto se trata de uma praga
polífaga e multivoltina de difícil
controlo. Assim, carece de medidas
fitossanitárias adequadas para o seu
controlo e erradicação entre as quais a
luta química, com recurso a fitofármacos
onde se inclui o produto citado.
Cientistas descodificamDNA da Maçã
Uma equipa internacional de cientistassequenciou o DNA da maçã “GoldenDelicious” e descobriu a razão pela qual étão diferente de outras variedades . Estefacto vai agora possibilitar aos cientistasaplicar essas características, como osabor, textura e cor em novasvariedades.
Fonte: Infonews COTHN
SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
pub.
Está marcado para o próximo
dia 19 de Novembro, no auditório
do Inatel da Foz do Arelho o
seminário sobre o tema IV Gama
Hortofrutícola em Portugal:
Investigação e Industrialização.
O enquadramento deste
seminário prende-se
essencialmente com a necessidade
de caracterizar o sector em Portugal:
empresas produtoras, volumes,
segmentos, tendências; fazer a
síntese dos projectos de I&D que
tiveram lugar nos últimos anos nesta
área; orientação de futuros
projectos de investigação aplicada
para as necessidades das empresas.
O objectivo final deste
seminário será identificar
necessidades de conhecimento e
perspectivar o futuro através da
discussão com as empresas do
sector em Portugal.
Investigaçãoe industrializaçãona IV Gama
59
GERAL
Em satisfação do art.º 65 do Código dasSociedades Comerciais, vimos, na qualidadede gerentes/conselho de administração daSociedade, apresentar o Relatório de Gestãorespeitante ao exercício findo em FIM do AnoFiscal, referindo os aspectos mais relevantes:O volume de negócios da empresa em 2009 foiinferior à do exercício anterior como se podeverificar pelo quadro seguinte. A actividade daempresa foi muito prejudicada pela conjunturaeconómica.
Como se pode verificar os gastos da empresa tiveram umaredução relativamente ao ano anterior, tanto em relação osfornecimentos e serviços externos como em relação aoscustos com o pessoal, mas tendo em conta que a empresatem alguns gastos fixos, como por exemplo a renda doestabelecimento, a redução não foi suficiente para aempresa ter lucro com a actividade. Durante o ano de 2009 a empresa gerou um ResultadoLíquido Negativo de 11.973,64 euros, para o qual propomosà Assembleia Geral Ordinária que o resultado líquidoapurado seja lançado na conta de resultados transitadospara eventual cobertura deste em exercícios futuros.A empresa tem a sua situação regularizada com o fisco ecom a Segurança Social.O passivo da empresa situa-se dentro dos prazos normaisde pagamento previstos.
Exercício N-1
VOZ DO CAMPO, EDITORA LDA. | TRAV.MATADOURO, BL-B-2A| CASTELO BRANCO 6000-306 CASTELO BRANCO
Contribuinte Nº. 505903210
RELATÓRIO DE CONTAS - EXERCÍCIO DE 2009
Em termos de estrutura de ganhos e perdas a decomposição é a seguinte:
Custos e perdas ExercícioN
ExercícioN-1
Proveitos e ganhos Exercício N
C.M.V.M.C.F.S.E.ImpostosCustos com o pessoalAmortizaçõesProvisõesResultados operacionais
TOTAIS
58.120427
47.8995.400
0-10.25490.926
047.453
1.05662.96210.757
09.810
142.706
VendasPrestação de serviçosVariação de produçãoSubsídios a exploraçãoTrabalhos para própria empresaOutros proveitos
142.706
0
TOTAIS
22490.702
0000
90.926
411142.150
000
145
Descrição Exercício N Exercício N-1
Venda de Mercadorias 223,81 410,76
Venda de Produtos 0,00 0,00
Prestações de Serviços 90.701,71 142.150,03
90.925,52 142.560,79TOTAISCastelo Branco, 1 de Março de 2010
A Gerência:Paulo Manuel Martins Gomes
SETEMBRO-OUTUBRO. 2010
GERAL
* Contacto VALORFITO – Tel: 214 107 209; Fax: 214 139 214; e-mail: [email protected] ; web: www.valorfito.com
Sistema de recolha de resíduos de embalagensde produtos fitofarmacêuticos
VALORFITO
O VALORFITO é o sistema gerido pela SIGERU – Sistema Integrado de Gestão de Embalagens eResíduos em Agricultura, Lda. e tem por objecto a recolha e encaminhamento para tratamentoadequado dos resíduos de embalagem de produtos fitofarmacêuticos, no quadro da legislaçãoaplicável.
Este sistema integrado está licenciado apenas para
embalagens primárias de produtos fitofarmacêuticos com
uma capacidade inferior a 250 L / 250 kg, ou seja, as
embalagens que estão em contacto directo com os produtos
fitofarmacêuticos, e que por isso são classificadas como
resíduos perigosos.
O VALORFITO é a melhor opção para a gestão de resíduos de embalagens vazias deste tipo de produtos e devem
fazer-se todos os esforços para cumprir as exigências do sistema. O agricultor deve informar-se junto do seu fornecedor
ou directamente junto do VALORFITO*, sobre quais os locais - Centros de Recepção - autorizados a receber as
embalagens vazias.
Os agricultores levantam sacos
adequados à recolha nos locais de
venda, aquando da aquisição dos
produtos fitofarmacêuticos;
Após consumir o produto:
- as embalagens rígidas e com
capacidade / peso inferior a 25 L /
Kg de produtos destinados a
preparação de calda, devem ser
lavadas três vezes, inutilizadas,
fechadas e colocadas nos sacos;
- as embalagens rígidas de capacidade
/ peso superior a 25 L / Kg, de
produtos destinados ou não, a
preparação de calda, não deverão
ser lavadas, sendo completamente
esgotadas do seu conteúdo e
fechadas;
- as embalagens rígidas e não rígidas
de peso inferior a 25 Kg, de produtos
não destinados a preparação de
calda, não deverão ser lavadas, sendo
completamente esgotadas do seu
conteúdo e colocadas nos sacos;
O armazenamento temporário dos
resíduos de embalagem deve ser feito
nas explorações agrícolas, devidamente
acondicionados nos sacos, nos mesmos
locais onde armazenam os produtos;
Nos períodos de recolha
previamente divulgados pelo
VALORFITO, os agricultores devem
transportar e entregar esses sacos nos
centros de recepção autorizados;
Aquando da entrega dos sacos no
centro de recepção, o agricultor
receberá, se o solicitar, um documento
comprovativo da entrega dos resíduos
de embalagens.
Funcionamento do VALORFITO:
A SIGERU / VALORFITO recorrerá aos serviços de
operadores especializados e licenciados pela APA - Agência
Portuguesa do Ambiente, para o levantamento e
encaminhamento destes resíduos dos centros de recepção
para tratamento e posterior reciclagem ou valorização
energética.
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SETEMBRO-OUTUBRO. 2010
AGRICULTURA BIOLÓGICA
Mercados de Rua combatem falta de informação
“Muita gente já ouviu falar de produtos biológicosmas se calhar não sabe muito bem o que são”
Voz do Campo: Comecemos pela
pergunta base, o que é a agricultura
biológica ?
Jaime Ferreira: A agricultura
biológica radica em ensinamentos
tradicionais de produzir alimentos, mas
também no desenvolvimento de
técnicas, como a compostagem, no não
uso de pesticidas de síntese e muito
menos transgénicos.
Em suma, é uma agricultura que
produz alimentos saudáveis e amigos
do ambiente.
VC: Desde a criação da
Agrobio, há 25 anos qual foi o
desenvolvimento da
agricultura biológica em
Portugal?
JF: Hoje temos à volta de 230
mil hectares de terreno em agricultura
biológica, segundo números de 2007,
ocupados por duas culturas principais:
pastagens e olival. Há cerca de dois mil
operadores (toda a fileira) e, em
números vagos, 1400 agricultores. Já o
mercado dos produtos biológicos tem
crescido 10 a 15% ao ano.
Sente-se que a procura tem subido,
mas não acompanhada pela produção.
VC: Qual a razão dessa situação?
JF: Acho que, tal como acontece na
agricultura tradicional, muitas vezes os
agricultores têm dificuldades no
escoamento dos produtos. Ou seja,
faltam canais de distribuição dos
produtos de agricultura biológica, por
isso a Agrobio aposta muito na ideia
dos Mercados de Rua.
VC: Esses mercados são localizados
ou já estão espalhados pelo país?
JF: Esta ideia acompanha um pouco a
“litorização” do país, realizando-se
onde há mais consumidores, não
invalidando que venham a expandir-se
Numa altura em que os problemas derivados de uma alimentação deficiente em frutas e legumesfrescos estão na ordem do dia, a Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (Agrobio) teminsistido na criação de Mercados Biológicos de Rua, onde é possível conhecer, provar e adquirirprodutos de agricultura biológica, sobretudo nos grandes centros.Sobre estes e outros temas estivemos à conversa com o presidente da Agrobio, Jaime Ferreira.
para outras
zonas. A Agrobio
pretende nos
próximos anos desenvolver localmente
as produções e dinamizar os
agricultores para que eles possam
ajudar a criar esses próprios mercados.
VC: O que é que distingue o
produto oriundo deste modo de
produção?
JF: Normalmente o produto biológico
é mais saboroso e de melhor qualidade
que o convencional.
Por detrás da aparência importa
saber que um produto de agricultura
biológica não tem resíduos tóxicos e a
sua produção foi amiga do ambiente,
porque não usou produtos químicos
de síntese e consumiu menos
combustíveis fósseis, entre outras
razões.
VC: O consumidor já está
sensibilizado para essas questões?
JF: A informação é um ponto essencial
e há muita falta dela. Muita gente já
ouviu falar de produtos biológicos mas
se calhar não sabe muito bem o que
são. Os Mercados da Agrobio têm um
importante papel nesta divulgação.
VC: Podemos falar em novas
culturas em Modo de Produção
Biológico (MPB) e qual tem sido a
actuação da Agrobio nessa matéria?
JF: A Agrobio sempre foi parceira e
promotora de projectos de
investigação, desenvolvimento e
divulgação de agricultura biológica, um
papel que tem tentado recuperar.
Muito recentemente foi aprovado um
projecto de demonstração e divulgação
de arroz biológico nos estuários do
Sado e Tejo. São Reservas Naturais,
onde já se produz arroz, mas de modo
convencional, altamente poluente.
O projecto pretende promover a
novidade que é o arroz biológico,
associada a uma menor perda de
biodiversidade.
No final o objectivo é comercializar
o arroz, mas prevê também a
recuperação de uma unidade de
descasque, associado ainda a uma
componente turística, no caso a
Herdade da Comporta, onde se montará
uma loja para vender o produto.
230 mil hectares2 mil operadores1400 agricultores
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A Termoinox – Indústria Metalúrgica -
iniciou a sua actividade no sector dos
lacticínios, nomeadamente tanques para
refrigeração de leite, recuperadores de calor
de circuitos de refrigeração de leite (...) ,
entrando mais tarde no sector do vinho,
fabricando depósitos e comercializando
máquinas para vinicultura. Nesta evolução a
empresa passou a fabricar também máquinas
e equipamentos para queijarias artesanais,
solucionando grandes problemas que essas
unidades enfrentavam. A empresa, com sede
em Oliveira de Azeméis, tem tido
preocupação de diversificar a sua oferta e
como tal produz também algumas peças
direccionadas para o sector do mel, estudando
neste momento a possibilidade de fabricar
equipamentos para fabrico artesanal de
cerveja, que na opinião do empresário Américo
Bastos é um sector que ainda não está muito
divulgado mas que com o tempo poderá vir a
desenvolver-se. Aquilo que não produz na
empresa adquire noutros locais para
completar as diferentes gamas. E, embora a
Termoinox pondera produzir equipamentospara fabrico artesanal de cerveja
empresa se encontre numa situação razoável
a conjuntura negativa é bem evidente com
clientes a não conseguirem o crédito necessário
para liquidarem os equipamentos que
encomendaram, criando uma situação
imprevista de stocks.
A primeira vantagem para o cliente ao
adquirir o produto Termoinox é que, sendo
uma empresa nacional, facilmente se adapta
às solicitações, nomeadamente dos queijeiros,
deslocando-se às queijarias e trocando
impressões com os clientes. Por outro lado,
Américo Bastos refere-se aos preços que, em
seu entender, são bastante competitivos.
Nos sectores a desenvolver futuramente
enquadra-se o do azeite, neste momento
ainda muito residual e resumido apenas ao
fabrico de alguns depósitos e à importação
de máquinas como enchedoras ou
capsuladoras.
EMPRESAS & NEGÓCIOS
Pub.
SETEMBRO-OUTUBRO. 2010
Pub.
A vitivinicultura é uma actividade
fortemente enraizada no município de
Borba, permitindo a muitas famílias daí
retirarem o seu sustento de forma
directa, assim como também
desenvolver muita indústria, esteja a
montante ou a jusante.
Pode dizer-se que o sector cresceu,
embora sem muito significado e talvez
até seja mais correcto falar em
transformação, com o sector a
capacitar-se para responder às novas
exigências do mercado. Ainda assim, a
Adega Cooperativa de Borba, que
representa muitos dos viticultores do
município está a crescer e a construir
novas instalações, inserida num grande
projecto, que demonstra uma visão
estratégica de crescimento em
relação ao futuro, frisa o
vereador da autarquia de Borba,
Humberto Ratado.
Indirectamente, a autarquia tem
tido a preocupação de divulgar o
produto de inúmeras formas e, nos
últimos anos, através de um certame
muito vocacionado para o sector, que
é a Festa da Vinha e do Vinho, este ano
marcada de 6 a 14 de Novembro.
Embora partindo do sector
vitivínicola o certame não se desliga do
turismo e do lazer, atraindo visitantes
e no global consegue proporcionar um
significativo volume de negócios, não
só no próprio local mas também na sua
envolvente.
Para este ano a organização já tem
um pavilhão multiusos totalmente
disponível e, dadas as circunstâncias
orçamentais e toda a conjuntura que se
vive, o município está a tentar trabalhar
na sustentabilidade do certame. As
restrições obrigam a uma redução dos
gastos e o orçamento deste ano será
reduzido em cerca de metade, mas
assegurando o interesse na visita do
certame. O vereador deixa bem claro
que é aliciante ir a Borba provar os
vinhos disponíveis na Festa, degustá-
los com a gastronomia alentejana que
vai estar patente no evento por via de
alguns restaurantes, dando aos
visitantes a possibilidade de durante
os vários dias de Festa conhecerem
produtos diferentes, de várias gamas.
Sector está mais capacitado para responderàs exigências de mercado
VINHA & VINHO
O vinho tinto da região do Tejo
“Quinta da Lapa Reserva 2008” foi
eleito o melhor vinho português
na edição de 2010 do Concurso
Nacional de Vinhos Engarrafados
(CNVE).
Trata-se de um vinho
produzido pela Agrovia –
Sociedade Agro-pecuária, S.A., na
Quinta da Lapa, situada no
concelho de Azambuja. Adquirida
por José Guilherme Jorge da
Costa, em 1990, a propriedade tem
vindo a ser remodelada com o
arranque das vinhas velhas e
“Quinta da Lapa Reserva 2008” - Melhor tinto portuguêsplantação das castas tradicionais do
Ribatejo e outras sobre as quais se
desconhecia o comportamento e só
agora começam a revelar as suas
qualidades, conforme explica o enólogo
residente, Carlos Sardinha.
Para a empresa este prémio é acima
de tudo um estímulo para continuar a
trabalhar na linha definida pois “o
vinho é muito bom mas foi feito para
esse objectivo”.
O galardão obtido destaca o vinho
que mais pontuação obteve entre os
cerca de 700 rótulos presentes na
competição deste ano, que reuniu 250
personalidades do sector vitivinícola,
com o objectivo de apurar os
vencedores das 177 medalhas
atribuídas.
Ainda desconhecido do público, o
“Quinta da Lapa Reserva 2008” vai
apresentar-se no mercado com a mais-
valia do prémio obtido e poderá
destinar-se a restaurantes de gama
média-alta. Aliás, os restaurantes são
o principal destino dos produtos da
Quinta da Lapa, que não trabalha com
distribuidores. Santarém, Lisboa,
Leiria, Ilhas e Angola são os principais
mercados.
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(Técnico de Gestão Agrícola)
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SETEMBRO-OUTUBRO . 2010
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