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Vulnerabilidade Socioambiental aos Deslizamentos e Inundações em São José Dos Campos SP Frederico Fernandes de Ávila¹ ¹ Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE Caixa Postal 515 - 12227-010 - São José dos Campos - SP, Brasil [email protected] 1. Introdução Nos grandes centros urbanos os deslizamentos de terra e inundações têm tomado proporções catastróficas, uma vez que os cortes de talude, aterros, depósitos de lixo, modificações na drenagem, desmatamentos entre tantas outras intervenções antrópicas, que muitas vezes ocorrem sem planejamento e infraestrutura adequada, têm gerado novas relações com os condicionantes naturais como a geomorfologia, geologia, pedologia e hidrologia (FERNANDES et al., 2001). A previsão de ocorrência e localização dos fenômenos de deslizamento e inundação, bem como a identificação de possíveis reações da sociedade em condições de pré e pós desastre, torna-se muito difícil, sendo de fundamental importância a ampliação de estudos que considere as características ambientais intrínsecas associadas às características socioeconômicas. Neste contexto, o conceito de vulnerabilidade se apresenta como importante objeto de estudo, pois traz uma abordagem das características naturais do ambiente e das relações humanas entre si e com o território, em que questões como renda, educação, habitação, estrutura familiar, entre outras, ganha espaço para análise juntamente com as características físico-naturais do lugar. Esse estudo integrado permite estabelecer e quantificar a capacidade de determinadas sociedades de absorver, de se auto-organizar e de se adaptar às condições de desastres. O município de São José dos Campos SP, devida as características geológicas e geomorfológicas, se apresenta naturalmente suscetível à ocorrência de deslizamentos de terra e inundações. Alguns estudos apontam a existência de áreas de risco a escorregamentos no município, como os mapeamentos elaborados em 2005 (IPT/CEDEC, 2005) e 2014 (Valério Filho et al, 2014) que demonstram que está ocorrendo um aumento significativo do número de moradias em risco a escorregamentos na região norte. O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise preliminar da vulnerabilidade socioambiental do município de São José dos Campos SP, a partir dos dados censitários de 2010 do IBGE e da carta da suscetibilidade natural a movimentos gravitacionais de massa e inundações em escala 1:25.000 (IPT/CPRM, 2014). Para isso, inicialmente abre-se uma discussão do conceito de vulnerabilidade considerando diferentes abordagens de diversos autores sobre o conceito; posteriormente são apresentadas as características naturais e socioeconômicas do município de São José dos Campos; seguido pelos procedimentos metodológicos implementados para o estudo; e por último são apresentados os resultados, realizando uma discussão das diferentes características (ambientais e antrópicas) do espaço intra-urbano e demonstrando a espacialização do Índice de Vulnerabilidade Socioambiental de São José dos Campos (IVSA SJC). 2. Conceito de Vulnerabilidade O conceito de vulnerabilidade tem sido uma poderosa ferramenta analítica para descrever estado de suscetibilidade aos prejuízos, impotência e marginalidade de sistemas físicos e sociais, além de servir de guia de análise normativa de ações para o aumento do bem estar

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Vulnerabilidade Socioambiental aos Deslizamentos e Inundações em São José Dos

Campos – SP

Frederico Fernandes de Ávila¹

¹ Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE

Caixa Postal 515 - 12227-010 - São José dos Campos - SP, Brasil

[email protected]

1. Introdução

Nos grandes centros urbanos os deslizamentos de terra e inundações têm tomado

proporções catastróficas, uma vez que os cortes de talude, aterros, depósitos de lixo,

modificações na drenagem, desmatamentos entre tantas outras intervenções antrópicas, que

muitas vezes ocorrem sem planejamento e infraestrutura adequada, têm gerado novas relações

com os condicionantes naturais como a geomorfologia, geologia, pedologia e hidrologia

(FERNANDES et al., 2001).

A previsão de ocorrência e localização dos fenômenos de deslizamento e inundação, bem

como a identificação de possíveis reações da sociedade em condições de pré e pós desastre,

torna-se muito difícil, sendo de fundamental importância a ampliação de estudos que

considere as características ambientais intrínsecas associadas às características

socioeconômicas. Neste contexto, o conceito de vulnerabilidade se apresenta como importante

objeto de estudo, pois traz uma abordagem das características naturais do ambiente e das

relações humanas entre si e com o território, em que questões como renda, educação,

habitação, estrutura familiar, entre outras, ganha espaço para análise juntamente com as

características físico-naturais do lugar. Esse estudo integrado permite estabelecer e quantificar

a capacidade de determinadas sociedades de absorver, de se auto-organizar e de se adaptar às

condições de desastres.

O município de São José dos Campos – SP, devida as características geológicas e

geomorfológicas, se apresenta naturalmente suscetível à ocorrência de deslizamentos de terra

e inundações. Alguns estudos apontam a existência de áreas de risco a escorregamentos no

município, como os mapeamentos elaborados em 2005 (IPT/CEDEC, 2005) e 2014 (Valério

Filho et al, 2014) que demonstram que está ocorrendo um aumento significativo do número

de moradias em risco a escorregamentos na região norte.

O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise preliminar da vulnerabilidade

socioambiental do município de São José dos Campos – SP, a partir dos dados censitários de

2010 do IBGE e da carta da suscetibilidade natural a movimentos gravitacionais de massa e

inundações em escala 1:25.000 (IPT/CPRM, 2014). Para isso, inicialmente abre-se uma

discussão do conceito de vulnerabilidade considerando diferentes abordagens de diversos

autores sobre o conceito; posteriormente são apresentadas as características naturais e

socioeconômicas do município de São José dos Campos; seguido pelos procedimentos

metodológicos implementados para o estudo; e por último são apresentados os resultados,

realizando uma discussão das diferentes características (ambientais e antrópicas) do espaço

intra-urbano e demonstrando a espacialização do Índice de Vulnerabilidade Socioambiental

de São José dos Campos (IVSA – SJC).

2. Conceito de Vulnerabilidade

O conceito de vulnerabilidade tem sido uma poderosa ferramenta analítica para descrever

estado de suscetibilidade aos prejuízos, impotência e marginalidade de sistemas físicos e

sociais, além de servir de guia de análise normativa de ações para o aumento do bem estar

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através da redução do risco (ADGER, 2006). Vulnerabilidade pode ter diferentes conotações,

a depender do tipo e perspectiva da pesquisa, existindo, conforme Cutter et al. (2003), três

correntes principais: (i) identificação de condições que colocam pessoas e lugares vulneráveis

aos eventos naturais extremos (modelo de exposição); (ii) vulnerabilidade é uma condição

social, em que se mede a resistência e/ou resiliência da sociedade ao perigo; (iii) e a

integração da exposição potencial e resiliência social com o foco específico na análise local

ou regional.

Por muito tempo as pesquisas consideravam principalmente as componentes da

vulnerabilidade biofísica e do ambiente construído, ignorando os aspectos de cunho social.

Isso ocorreu devido, principalmente, a dificuldade em quantificar as questões sociais, as quais

ficavam muitas vezes restritas aos registros de estimativa pós-desastre (Cutter et al., 2003).

Contudo, os estudos dos índices de vulnerabilidade social tem ganhado aceitação por

explicitar a desigualdade social e local, e contribuir para o entendimento de como grupos

sociais distintos são impactados diferentemente pelos desastres (Hummell et al. 2016).

A interação de forças sociais e ambientais determina o nível de exposição e sensibilidade

do lugar, onde as forças sociais, políticas, culturais e econômicas formam a capacidade de

adaptação (Smit e Wandel, 2006). A ação humana e as estruturas sociais estão integradas a

natureza e qualquer tentativa de separação seria arbitrária. Neste contexto é importante

destacar os conceitos de resiliência, que é a capacidade de absorção de perturbações deste

sistema, bem como a capacidade de se auto organizar e a capacidade de adaptar às

circunstancias emergenciais (Adger, 2006).

Neste sentido, a interação entre a vulnerabilidade social e a biofísica (aspectos naturais do

lugar) pode receber algumas denominações. Cutter et al (2003) classificam como

vulnerabilidade geral do lugar, enquanto que Freitas et al. (2012) de vulnerabilidade

socioambiental e outros pesquisadores também a se refere como vulnerabilidade

socioecológica (Anazwa et al., 2013; Anazwa, 2012; Adger, 2006; Pandey e Bardsley, 2015).

Freitas et al. (2012) consideram a vulnerabilidade como resultante de processos sociais e

mudanças ambientais, em que estruturas socioeconômicas produzem simultaneamente

condições de vida precárias e ambientes deteriorados, a qual ele denomina de vulnerabilidade

socioambiental. Processos sociais relacionados ao trabalho, renda, saúde, educação,

infraestrutura, habitação e saneamento, associados às características físicas e ambientais do

lugar, são determinantes para definir o nível de vulnerabilidade a alguma ameaça (eventos

naturais extremos, por exemplo).

Anazwa et al. (2013) construiu um conjunto de representações que possibilitou a

operacionalização do conceito de vulnerabilidade socioecológica, explicitando o território

através da associação de feições naturais e ambientes construídos pelo homem. O território,

suas dinâmicas e relações sociais foram reconsiderados, permitindo assim uma releitura do

conceito de vulnerabilidade em que observa as cidades em um contexto de sistemas

socioecológicos.

O conceito de vulnerabilidade socioambiental abordado por Freitas et al. (2012) trata da

questão biofísica/ambiental em cunho mais das mudanças ambientais resultantes da

degradação, enquanto que a abordagem socioecológica enfatiza mais a questão das

características naturais do ambiente, em termos de suscetibilidade natural e capacidade de

resiliência e adaptação. No entanto, o conceito socioecológico é bastante abordado em outras

áreas do conhecimento, como biologia marinha, que estuda a vulnerabilidade socioecológica

das populações marinhas associadas aos ambientes de corais. Com isso, por não existir um

consenso ainda bem definido nas terminologias associadas à vulnerabilidade, entende-se para

este trabalho que o termo ambiental seja o mais interessante para abordar as questões

biofísicas no contexto dos estudos populacionais humanos. Assim a interação entre a

vulnerabilidade social e a biofísica é tratada aqui como vulnerabilidade socioambiental.

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Apesar das diferenças e diversidades conceituais de vulnerabilidade, não há uma

definição mais representativa que outra no campo cientifico, podendo assim colocar o termo

vulnerabilidade como um conceito mediador, utilizado para facilitar e mediar o diálogo entre

profissionais de diferentes áreas (Anazwa et al., 2013). Neste sentido, Marandola e Hogan

(2006) apontam para a necessidade de buscar um olhar multidimensional e de esforços

interdisciplinares para a abordagem da vulnerabilidade. Para isso eles afirmam a importância

de reconhecer que a vulnerabilidade envolve uma gama de fenômenos de natureza

multidimensional e multifacetada, que torna imperativo o diálogo e um olhar mais abrangente

diante do tema.

3. Área de Estudo

O município de São José dos Campos está localizado na região do Vale do Paraíba,

Estado de São Paulo. Segundo o Censo Demográfico do ano de 2010 realizado pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, São José dos Campos possuía uma população

total de 629.921 habitantes, sendo que destes 97,7% correspondem à população vivendo em

área urbana e somente 2,3% a população vivendo na área rural do município. O município

correspondia por uma densidade demográfica de aproximadamente 572 habitantes/km².

De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, São José dos Campos

obtém um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 0,807, considerado

como muito alto e ocupando a 24ª posição do ranking brasileiro de IDHM.

Alvares et al (2013) afirma que no município de São José dos Campos predomina um

clima oceânico sem estação seca com verão quente na porção sul associado a superfícies

topograficamente rebaixadas, enquanto na porção norte predomina o mesmo com verão

temperado em decorrência de altitudes mais elevadas (Figura 1A e 1B).

As características físicas do município de São José dos Campos expõem um quadro de

fatores que indicam o potencial natural para a ocorrência de deslizamentos e inundações. O

município é constituído por dois conjuntos geológicos/geomorfológicos distintos: terrenos

cristalinos formados por rochas ígneas e metamórficas, com destaque na região norte,

associado a relevo do tipo morrotes, morros e serras (Serra da Mantiqueira, ao norte); e

cobertura sedimentar predominante na região central e sul associada a planície do rio Paraíba

do Sul, além de colinas e tabuleiros (Figura 1C). Essa clara correlação entre as características

geológicas e geomorfológicas, que condiciona a existência de áreas com alta suscetibilidade à

ocorrência de escorregamentos na região com formação geológica magmática e metamórfica;

também havendo áreas de risco em encostas íngremes relacionadas com a formação geológica

sedimentar, mas em menor quantidade (Mendes et al. 2016). Em regiões de planície de

inundação do rio Paraíba do Sul e afluentes, onde predominam rochas sedimentares, também

condiciona a existência de áreas com alta suscetibilidade à ocorrência de inundações.

O Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo (IPT), em parceria com o

Serviço Geológico do Brasil (CPRM), elaborou a carta de suscetibilidade natural a

movimentos gravitacionais de massa e inundações de São José dos Campos em escala

1:25.000 (IPT/CPRM, 2014). A suscetibilidade aos escorregamentos e inundações foi

classificada como baixa, média e alta e a sua distribuição espacial pode ser observada na

Figura 1D.

4. Procedimentos Metodológicos

Para a elaboração do Índice de Vulnerabilidade Socioambiental do município de São José

dos Campos (IVSA – SJC), foram trabalhados com dados censitários, bases cartográficas de

diferentes fontes, imageamento de satélite, mapeamento das características físico naturais do

município e utilizado alguns programas de geoestatística, SIG e banco de dados. Todos os

materiais, métodos e procedimentos utilizados são apresentados a seguir, juntamente com os

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critérios e as variáveis adotadas para a definição dos grupos de indicadores que determinaram

o IVSA – SJC.

Figura 1: Mapas de precipitação anual média (A), altimetria (B), geológico-estrutural (C) e

de suscetibilidade ao Movimento de Massa e Inundação (D) do município de São José dos

Campos (Adaptado de: IPT/CPRM, 2014).

4.1 Bases Cartográficas e Dados Censitários

A B

C D

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Os indicadores socioeconômicos foram adquiridos a partir dos dados censitários de 2010

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e as variáveis foram trabalhadas para

cada um dos 1073 setores censitários de São José dos Campos, que foram espacializados a

partir da malha censitária de 2010. A caracterização dos aspectos físico naturais do município

foi obtida a partir da carta da suscetibilidade natural a movimentos gravitacionais de massa e

inundações em escala 1:25.000 (IPT/CPRM, 2014).

Outras informações como as regiões geográficas do município, malha ferroviária e

rodoviária, hidrografia e loteamentos, foram adquiridos juntamente com a prefeitura

municipal, cujos levantamentos são do ano de 2010. No que se refere à informação espacial

de áreas construídas, foi adquirida a partir do zoneamento ecológico econômico do estado de

São Paulo em escala de 1:10.000 para do ano de 2010 (SMA/CPLA, 2012).

4.2 Variáveis e Indicadores

O IVSA – SJC foi definido a partir de 13 indicadores classificados em 6 grupos

temáticos. Os indicadores e os respectivos grupos são apresentados na Tabela 1, juntamente

com as variáveis utilizadas e os cálculos aplicados. Em seguida é apresentada uma descrição

mais detalhada dos critérios utilizados para a definição de cada grupo temático.

Tabela 1: Indicadores e variáveis para definição da IVSA-SJC.

GRUPOS

TEMÁTICOS INDICADORES VARIÁVEIS CÁLCULOS

Financeiro

Renda Domiciliar Renda dos domicílios¹ Estratificação do Indicador em faixas de rendimento

Concentração de baixa

renda Renda dos domicílios¹ Proporção de domicilio com renda até 3 salários

Educacional Alfabetização > 5 anos Alfabetização, total¹ Proporção da população alfabetizada com mais de 5

anos

Infraestrutura

Habitacional

Abastecimento de Água Domicílio, características

gerais¹ Proporção de domicílios com acesso a rede de

abastecimento de água

Rede Coletora de Esgoto Domicílio, características

gerais¹

Proporção de domicílios com acesso a rede coletora

de esgoto

Serviço de Coleta de Lixo Domicílio, características

gerais¹ Proporção de domicílios atendidos pela coleta

publica de lixo

Pavimentação Domicílio, características

gerais¹ Proporção de domicílios em ruas pavimentadas

Bueiros Domicílio, características

gerais¹ Proporção de domicílios com bueiros próximos

Dependência Social Razão de Dependência Idade, total¹ Razão entre: População de 0 a 14 anos + População

de 60 anos ou mais pela População de 15 a 59 anos

Estrutura Familiar

Mulher Chefe de Família Responsável pelo domicílio,

mulheres¹

Proporção de domicílios chefiados por mulheres em

relação ao total de domicílios

Pessoas por habitação Domicílio, moradores¹ Média entre o número total de habitantes pelo

número de domicílios

Ambiental

Suscetibilidade

Movimento de Massa

Carta da suscetibilidade

natural - IPT/CPRM

Classificação numérica para as classes Alta, Média e

Baixa

Suscetibilidade Inundação Carta da suscetibilidade

natural - IPT/CPRM Classificação numérica para as classes Alta, Média e

Baixa

¹ Variáveis extraídas dos dados censitários do IBGE 2010.

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- Financeiro: O grupo financeiro foi estabelecido considerando a renda domiciliar e a

concentração de baixa renda. A renda domiciliar foi estratificada em 5 categorias: sem

rendimento; até 2 salários mínimos; entre 2 e 5 salários mínimos; entre 5 e 10 salários; e

maior que 10 salários. Foi adotada uma escala evolutiva para os rendimentos e posteriormente

realizada uma ponderação matemática. O rendimento domiciliar indica a capacidade de

cobertura do orçamento doméstico, de aquisição de bens e consumo e quando avaliado

espacialmente, indica a distribuição de renda domiciliar pelo município. O indicador

concentração de baixa renda foi calculado para os domicílios com até 3 salários mínimos,

sendo importante para agregar peso ao grupo financeiro e também indicar espacialmente onde

se concentra as famílias de baixa renda. Domicílios com maior renda tendem a ser munidos

por melhores infraestruturas e assim obtendo melhores condições de suportar eventos naturais

extremos.

- Educacional: São José dos Campos, por se tratar de uma cidade com bom índice de

desenvolvimento municipal (IDHM) e forte na produção científica e no desenvolvimento

tecnológico, os índices de educação são geralmente altos. Na grande maioria dos setores

censitários, a taxa da população acima de 5 anos alfabetizada fica acima de 90%. Porém, para

a construção de índices de vulnerabilidade, é importante que considere o tema educação.

Indivíduos que frequentam a escola desde criança, aumenta a chance na formação de cidadãos

mais capazes de atuarem social, econômica e politicamente (Anazawa et al., 2013). Assim, a

proporção de pessoas alfabetizadas com mais de 5 anos tornou-se um indicador interessante

para abordar o tema educação.

- Infraestrutura Habitacional: O grupo foi definido considerando indicadores

relacionados às qualidades físicas das habitações e do bairro, além do acesso a serviços

públicos de limpeza e saneamento. Abastecimento de água tratada e rede coletora de esgoto

são fundamentais para a manutenção das condições de saúde e higiene da população e

favorece a regularização das estruturas hidráulicas das habitações, minimizando a existência

de vazamentos que possam contribuir para a saturação do solo e maximizar o risco de

desencadeamento de movimentos gravitacionais de massa. Os serviços de coleta de lixo

também contribuem efetivamente para as melhores condições de saúde e higiene, e ainda

reduz a possibilidade da formação de aterros construídos próximos às habitações. Depósito de

aterros formam camadas bastante instáveis nas encostas, constituindo locais preferencias para

a ocorrência dos deslizamentos. O lixo quando não recolhido adequadamente, tende também a

ser carreado por águas pluviais, entupir bueiros e ser lançado nos cursos d’águas próximos às

habitações. Isso contribui para o assoreamento dos leitos fluviais, contaminação das águas e

ainda aumenta a possibilidade de ocorrer alagamentos, enchentes e inundações. A presença de

vias pavimentadas e bueiros próximos às habitações são indicadores de maior regularização e

disciplinamento das águas pluviais nas encostas, em que a ausência pode contribuir

efetivamente para os deslizamentos de encosta e alagamentos, sendo fatores que contribuem

para a maior vulnerabilidade no local.

- Dependência Social foi definida partir da razão entre a população de crianças (0 a 14

anos) e idosos (maior que 59 anos) pela a população economicamente ativa (15 a 59 anos).

Apesar de cunho econômico, esse grupo também foi desenvolvido para abranger casos em

que seja necessária uma rápida evacuação dos domicílios, em que crianças e idosos

geralmente têm maior dificuldade na rápida remoção dos locais potencias de ocorrer um

desastre.

- Estrutura Familiar: O grupo estrutura familiar considerou a proporção de mulheres

que chefiam famílias e também o número de pessoas por habitação. Chefe de família mulher

indica uma estrutura familiar complexa devido muitas vezes as mulheres ocuparem-se de

atividades domésticas não remuneradas (Anazawa et al., 2013), além de que geralmente têm

salários mais baixos e dão maior assistência a família. Essas situações condicionam as

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mulheres a terem mais dificuldade em reagir e recuperar de desastres (Cutter et al., 2003). O

maior número de pessoas por habitação também contribuem para a maior dificuldade de

evacuação e tende a ocorrer uma maior concentração de atingidos por habitação quando no

desencadeamento de desastres.

- Ambiental: O grupo ambiental foi construído a partir dos dados das cartas de

suscetibilidade natural aos deslizamentos e inundações elaboradas pelo IPT/CPRM (2014).

Anazawa et al. (2013) definiu os indicadores ambientais considerando a declividade, forma do

terreno, proximidade com corpos d’agua. No entanto, as cartas de suscetibilidade já abordam

efetivamente esses indicadores e já definem graus de suscetibilidade, variando de baixa,

média e alta suscetibilidade natural do município ao desencadeamento de inundações e

deslizamentos de encosta.

4.3 Álgebra de Mapas e Estatística

Após a definição das variáveis calculadas para o estabelecimento dos indicadores, os

dados censitários de 2010 escolhidos foram separados em um banco de dados e integrado a

uma base de dados georreferenciada (malha de setores censitários) no software TerraView

(TerraView, 2011). Os dados foram calculados e normalizados por transformações lineares ( 0

a 1), gerando índices adimensionais que permitiram espacializar os indicadores de

vulnerabilidade socioambiental a partir de uma representação de natureza relacional (Equação

1). Quanto mais próximo a 1, maior a vulnerabilidade, e quanto mais próximo a 0, menor a

vulnerabilidade. Em alguns casos, para que a variação 0 a 1 continuasse a indicar

respectivamente menor e maior influência a vulnerabilidade, foi necessário aplicar uma

inversão dos valores do indicador (Equação 2).

V(ob) = valor observado

V(mx) = valor máximo

V(mn) = valor mínimo

Após a realização dos cálculos e as devidas transformações numéricas, os 13 indicadores

simples foram somados, formando os indicadores compostos, se referindo aos 6 grupos

temáticos de indicadores apresentados na Tabela 1. Após esse procedimento no TerraView

(TerraView, 2016), os dados foram transportados para o software ArcGis 10, onde cada grupo

de indicador foi convertido para um espaço celular (imagem raster). Assim, os 6 grupos de

indicadores foram somados e normalizados através do método álgebra de mapas, formando o

índice sintético final, correspondente ao Índice de Vulnerabilidade Socioambiental de São

José dos Campos (IVSA – SJC) considerando todo o limite territorial do município.

Posteriormente, a vulnerabilidade foi extraída somente para os ambientes construídos do

município, utilizando a informação de uso do solo do zoneamento ecológico econômico do

estado de São Paulo (SMA/CPLA, 2012). Esse procedimento é uma simplificação e na

continuidade dos estudos, os indicadores serão distribuídos pelas áreas construídas através de

técnicas mais avançadas de sensoriamento remoto, como a classificação supervisionada e

aplicação do método dessimétrico para a realização da distribuição proporcional dos dados do

polígono de setor censitário para as células dos ambientes construídos.

𝑉(𝑜𝑏)−𝑉(𝑚𝑛)

𝑉(𝑚𝑥)−𝑉(𝑚𝑛) (1)

1 −𝑉(𝑜𝑏)−𝑉(𝑚𝑛)

𝑉(𝑚𝑥)−𝑉(𝑚𝑛) (2)

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5. Resultados

O Índice de Vulnerabilidade Socioambiental de São José dos Campos (IVSA – SJC) para

o ano de 2010 é apresentado espacialmente para todo o limite municipal no mapa da Figura 2

e especificamente para as áreas construídas no mapa da Figura 3. É possível verificar que as

diferenciações nas condições de vulnerabilidade do município refletem as diferenciações das

características do relevo, da geologia e dos fatores socioeconômicos.

As regiões central, centro-sul, centro-oeste, sudeste e leste estão associadas com as áreas

urbanas mais antigas, consolidadas e melhor estruturadas do município, onde a população

possui rendas mais elevadas, e associadas com topografias planas a suave onduladas das

colinas em rochas sedimentares e relativamente afastadas das planícies de inundação do rio

Paraíba do Sul. Essas regiões foram classificadas como as de menor vulnerabilidade dentro do

limite municipal de São José dos Campos.

Em contrapartida, as regiões mais afastadas das áreas urbanas consolidadas, como a norte,

extremo sul, extremo sudeste e regiões rurais, possuem os piores indicadores, onde

concentram as populações de menor renda, as habitações e bairros com infraestruturas

inferiores, associados com superfícies de topografia onduladas a montanhosas, em que o

relevo se caracteriza por morros, serras e escarpas em formação geológica magmática e

metamórfica, que se caracterizam por superfícies naturalmente com alta suscetibilidade à

ocorrência de escorregamentos. Na região norte, bairros construídos na planície de inundação

do rio Paraíba do Sul, também obtiveram valores maiores para a vulnerabilidade

socioambiental. Alguns bairros são marcados pela proximidade ao rio, onde a suscetibilidade

a inundação é classificada como alta.

Após uma avaliação mais geral do município, alguns bairros foram selecionados para uma

observação do IVSA de forma mais detalhada, onde são observados, através de um gráfico do

tipo radar, quais os valores dos indicadores que definiram a vulnerabilidade socioambiental

do local. Os quatro bairros selecionados foram: Pinheirinhos, no extremo sul do município;

Jardim Cristina no centro-norte, na planície de inundação do rio Paraíba do Sul; Havaí e

Canindú, região norte, onde existem várias casas em áreas de risco a escorregamentos; e

Floradas de São José, na região centro-sul. Os bairros foram escolhidos para representar

diferentes características de vulnerabilidade socioambiental e também obter maior

representação espacial da cidade, abrangendo diferentes regiões.

O bairro Pinheirinhos, situado no extremo sul de São José dos Campos, se caracterizava

no ano de 2010 por ocupação irregular (invasão), com infraestrutura urbana inadequada em

relevo acidentado. O maior valor de IVSA do bairro é de 1.0 (Figura 4), o maior identificado

dentre os limites do município estudado. Os indicadores ambientais, representado pela alta

suscetibilidade aos escorregamentos de encosta, financeiros, referente à baixa renda dos

domicílios e à concentração de domicílios com renda abaixo de 3 salários e também os

indicadores de infraestrutura habitacional, caracterizada pela ausência de pavimentação,

bueiros, e baixo acesso a distribuição de água tratada, a rede coletora de esgoto e a coleta de

lixo, foram fatores preponderantes para caracterizar o bairro com alto valor de vulnerabilidade

socioambiental. Importante destacar que atualmente o bairro foi desapropriado judicialmente

para reintegração de posse, não existindo habitações no local.

O bairro Jardim Cristina, localizado na região centro-norte de São José dos Campos, está

situado na planície de inundação do rio Paraíba do Sul e em local de alta suscetibilidade a

inundação. Os bons indicadores educacionais, boas condições de infraestrutura habitacional e

baixa dependência social, contribuíram para que o bairro não obtivesse valores muito altos de

vulnerabilidade socioambiental, apesar da alta suscetibilidade a inundação. No entanto, a

baixa renda dos domicílios, contribuiu, juntamente com o indicador ambiental, para o valor de

IVSA de 0,67 (Figura 5).

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Figura 2: Mapa da vulnerabilidade socioambiental de São José dos Campos considerando

todo o limite municipal.

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Figura 3: Mapa da vulnerabilidade socioambiental de São José dos Campos, considerando as

áreas construídas e enfatizando as áreas urbanas.

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Figura 4: IVSA do bairro Pinheirinhos, extremo sul de São José dos Campos.

Figura 5: IVSA do bairro Jardim Cristina, centro-norte de São José dos Campos.

Os bairros Havaí e Canindú são núcleos de expansão habitacional a norte da mancha

urbana original de São José dos Campos, caracterizados por terrenos altamente suscetíveis aos

escorregamentos. Os bairros ganham destaque por possuírem 500 moradias em setores de

risco Alto e Muito Alto a escorregamentos, mapeadas geotecnicamente por Valério Filho et

al. (2014). O IVSA da região é de até 0.89, podendo ser considerado alto. A alta

vulnerabilidade se justifica pelo alto valor do indicador ambiental, financeiro e infraestrutura

habitacional (Figura 6). Os bairros foram mapeados como alta suscetibilidade natural aos

escorregamentos e os dados censitários indicaram baixo poder aquisitivo da população e

infraestrutura habitacional precária, não existindo pavimentação e bueiros, e ainda existindo

número elevado de habitações que não são atendidas por abastecimento de água tratada, rede

coletora de esgoto e serviços de coleta de lixo.

O bairro Floradas de São José, localizado na região centro-sul do município, foi

classificado como baixa vulnerabilidade, obtendo o IVSA de 0,29. Ao observar a Figura 7

verifica-se que todos os indicadores de vulnerabilidade foram considerados baixos, estando

mais próximos a 0. O bairro se caracteriza por urbanização consolidada e domicílios com

renda mais elevadas em região classificada como de baixa suscetibilidade a escorregamentos

e ausência de suscetibilidade a inundação. O grupo de indicador que obteve valor de

vulnerabilidade um pouco mais elevado foi estrutura familiar. A variável que contribui para

isso foi à existência de mulheres chefes de família. Porém, se comparado com os bairros

anteriormente avaliados, esse indicador ainda pode ser considerado baixo.

Deste modo, o estudo da vulnerabilidade socioambiental de São José dos Campos

indicou, de forma geral, que apesar do município ser classificado com IDHM muito alto, um

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dos maiores do Brasil (24ª posição), os indicadores apontaram para existência de

desigualdades socioeconômicas que coincidem com as variações das características físico-

naturais. Observa-se que o norte e sul do município são caracterizados por regiões de alta

suscetibilidade a escorregamentos e inundações e ocupadas por populações de menor renda,

estruturas habitacionais inferiores e com isso obtendo altos valores de vulnerabilidade

socioambiental. Em contrapartida, as regiões mais centrais estão mais associadas às

superfícies planas e de baixa suscetibilidade natural e ocupadas por domicílios com rendas

maiores e maior acesso às infraestruturas habitacionais, sendo classificada em sua maioria

com baixos valores de vulnerabilidade socioambiental. Isso provavelmente reflete a

desigualdade socioeconômica existente no Brasil e a lógica do mercado imobiliário que, ao

longo dos anos, teve uma tendência a valorizar as regiões centrais e afastar as pessoas de

baixa renda para as áreas periféricas e de menor valor de mercado, como os terrenos de maior

tendência aos escorregamentos e inundações e as áreas de risco. No entanto, essa discussão

pode ser ampliada em outro momento, quando na continuidade dos estudos do IVSA – SJC.

Figura 6: IVSA dos bairros Havaí e Canindú, norte de São José dos Campos.

Figura 7: IVSA dos bairros Havaí e Canindú, norte de São José dos Campos.

6. Considerações Finais

O Índice de Vulnerabilidade Socioambiental de São José dos Campos (IVSA – SJC)

permitiu observar e quantificar os diferentes níveis de vulnerabilidade no espaço intra-urbano

do município. As variáveis definidas para o estabelecimento da vulnerabilidade são

particulares às características da região estudada e o IVSA – SJC está coerente com as

informações físico-naturais e socioeconômicas. Verificou-se que as regiões onde a estrutura

urbana já se encontra bastante estabelecida, tenderam a obter menores índices de

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vulnerabilidade, pois além de melhor infraestrutura, estão relacionadas com superfícies de

menor suscetibilidade a movimentos de massa gravitacionais e inundações. A espacialização

das maiores vulnerabilidades está relacionada com o relevo mais acidentado das regiões norte

e sul do município, e também próxima ao leito do rio Paraíba do Sul, associada com os

bairros de baixa renda.

O estudo apresentado é preliminar e pretende-se estender a metodologia para os anos de

1991 e 2000 e verificar a variação/evolução temporal da Vulnerabilidade Socioambiental de

São José dos Campos. Objetiva-se também realizar uma classificação supervisionada de

imagens landsat do município para os respectivos anos e extrair as informações de áreas

construídas. Posteriormente realizar uma distribuição dos dados dos setores censitários às

células das áreas construídas aplicando o método dasimétrico.

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