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o ti V, O - irI i. o 2i — Aliril s-i 1!>;:S,

COM \ FITAVI RMI LU \

de g\«\rvn%

SABONEÍEEucalol

• i lírtSO cio tmevjlyplo

— SI mo tivesse dito que eracom sabonete EUCÂLOL, nãeprecisava puxar tanto I

WS£,tàndâfdy f.

C0RRE5P0MPEÍ1CIA PO DR. SflBE TOPONorberto Braga (J. de Fora) — Pelo correio en-

viei os estatutos dos collegios que citou. Por que nãose dirigiu directamente aquelles estabelecimentos ?

Martha Euler (Rio) — Se você tem 1,50 metrode altura deve pesar 50,k80O. E' contra indicado oregimen de alimentação reduzida para emmagrecçr.

Cadinhos III (São Paulo) — Demosthenes foi0 mais illustre dos oradores athenienses. Envenenou-sedepois da derrota dos gregos por Antipater.

Adrlatica (P. Alegre) — Denario era uma moedaantiga, de valores diversos, que tinha curso em Roma.Luiz Sá é cearense e ainda não fez vinte annos.

Moreninha do morro (Rio) — Você, com o re-gimen adoptado, está caminhando na estrada da saúde.Leite ê saúde.

Sobre, as ondas. (B. Horizonte) — E'o porto dcmar que o seu Estado aspira e a natural via de es-ronmcnto da producção de toda a zona do nordeste.

Mãe zelosa (Curityba) — O banho quente nãodurar mais de dez minutos. A temperatura da-!cve ser sempre a mesma.

Odette Lima (Recife) — O "frevo" aqui foi unisnccesso. Pena é que você não tivesse visto o brilhod.i: festas carnavalescas do Rio. Grato pelos postaes,

Gomil (Belém) — Não vejo inconveniente cmfiddicionar o vinagre á pasta de -sua invenção.

Industrial (Florianópolis) — Como suggestão para«f marca lembro a bolota de um carvalho

Malmequec (Natal) — O melro é preto é tem Obico branco. E' pássaro canóro, mas não se aclimatano Brasil. O principe dos cantores alados é o nossosabiá. ^TOt '

.Sclarhtm (Rio) —> Conseguirá, creio, pela hélio-therapia. Demais, é essa a opinião do seu medico. Nãoindico remédios, A sede actual é no Ministério daEducação.

Chiquinho do Pará (Bragança) — Não deve você,com seus lindos doze annos, falar em política. Continuea escrever contos, como o que nos mandou e que en-viamos ao Meu jornal

Posa dos ventos (Manáos) — Muitas casas aquido Rio têm á venda as tartarugas de que fala. Eumesmo possuo uma, em casa.

Polvarinho (Rio) '¦— Não aprecio a cinegetien.O tiro aos pombos não deve tambem interessar a você,pois é sport cruel demais para as avezinhas.

ficophilo (Barbacena) — O preço de "Meu livrode historias" c 20$000. Envie a importância, sob re-gistro, á gerencia deste jornal.

i Siorni (Bahia) — Os dentes caninos são osque ficam entre os incisivos e os molares. Não pres-rbrevo medicamentos.

A MENTIRA AVILTA. NÃO TE VENÇA A PREGUIÇA

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2í ¦— Abril — 1035

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i O T I C O - T I (! 0

"E IV V E L O F» F» E ]VI A G I O O"['HYSICA RECREATIVA ILLUSÕES ÓPTICASN-__M__B-->a~aliVa-__---------____l__Í «^^^^-à*™«i^M»M^i^_^MWB"W«»^«W»

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Q i ICO -T I C 0 24 — Abril — 1935

d)§rai\ BANA VITA. ÕANAM/L Ke BANA MEL l , -

BANAÍtTCItiHHSÍMPTdí ATE. MOJE^HAiç DE 10-000/,.Á\ i T E^t^AO- Eífe' sêiiíJo oriflíinpíí?^!)'» BanaconrjxtsH d*R-£p«ub!i*í_a <-U f5an«a t»5i*n»5Ír * ' C&Á+ b«Sti *'l*,_] J0 £(£> «4*? JAn.fi r^<z C-Std»*, í s* _i _J_> «a..- .3r»5i.--j í ^^ AAítntíi it*r;jxt ò*-*"1-. &£;&& no B«* -^*^_l*pn»?Jf*í.i-Sí»- p-_._>b-•¦_.*: i^or-it_i .*--.* n<J_-rri.gi «3 ^j*j D»3I n_5íí i «*5 «*_*»•*;-bí. b-Jíri>*-o ít" -"d *-•>$*- C-o:---*•£»'o , Ássirn o tiurnero «•*_¦ bea-na -T^€^TK,asemV<xr\\a 5 «d* <•*><-*«. b«a."rt"t»3 tn-* Zs-lando a'^ panada? noTrtAA+riílO _-»f5 ,t__ rn«j ç, OC ' o < <5\/í n-lifT •fO_>_»5-U£ • Púé*-tj«r1 ¦"©AVANTE..': . .

rfte.r.ócm «s i>vi«.S ^'r>líl 1 f4»í5 ii-nmt" <?'»«.¦!<*CnrC J nCtSA.ip.joC5 -J05 t-sf»a_í os -tx=tr-« í_-a<-i«« soo-t t>S FunJa .^5»Ucci™i.* «-a ^ «71* |wi az\*.e 3 o «_J -' *'J *j l i

t**1cá «3. I «f 35"-

S/A FACR1CA POCEViTA-Bua Bu«noí Airíj, %~TR.IO OE JAMEl P—O

—Jufllo Cnvio d_a r-ic-£.or,i~cs pa< ** v*<,*y\'\ pt&t he 3»3n.á </._»& r\a\^ ** £ y\° *** ** fyo n *>' o c-J-ir\orr,o *t>6i' êtreriso _:«*>-*<„£ ¦, .EH^ei**?*-.* •rorrjD^ll) „.,.-,;,tiorr-c -o F-e ou Rí.í poosov <rl6ícírrt <^« sp»i r-C*v<<ll «fl •*-1 v •? i£ «a'«. prvtf. rfc ( J «t_D<j"a _»Jt-sig'.:__

no çawaclup, ser a'.n$talla daUMA MINIATURA CoN E. Y IS-ANp-,UMACOPIA DA QUE EVIStS Efj NoVÀYOP*K,NO*5 E. U./ DIVERSÕES A'

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,NCE5, CANA £5 CC-VO0*5 OE VENEZA «HEotLS OE PASSE»*, CA-

"SAS Dc MYSTEKIoS, I] RoOf\'> C-IG-Arsresht^j .

A~r£ oi CACHOR -Ru$ OU ENTES* QA<OHt=Y ISU«Dv£R.PAD^IP,A NoSVAMCS TER. ,' OSNOSSOS *'«_6_UOR-RoS" SÃO HELMO- ||uRES Do OuE 05 {JMDE la-D-L-S L/--. vj-TEM CO» Ctyy-

E>A C th TA lM/_ ... //,

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0ü E*-tr.emo MORTE AP -"-trenó sul Dc BRasi- ca-DA estado Pode tE.RSEUS &AN«RfcPR_*jr,i*)TAM'»yHA DEPUREI CA DA BAHA-L-ANDIA v^EJAH EU.eí Mfr

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3AMACIDADÃ0S, El$ AHI AREPUÔLiCA DA qan AlanoiAC«Mt> ELLA SERÁ' DENTRODE POUCOS MEXfcS.CoM0 5-U BANACON<lR.t4S0INSTALLAPOÈ OSEU3AM4-íL0B( A oRGAs:iSA£AO f-RAcreanÇaí mau fantásticaDc MUNDO.' GUASilOüOOBA*JA$oaos se in$veram NESSES OCIS DIAS E- O ChTUSiASM° t?A QURY5APA CoMTI NU

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A REP08L1CA DA ÇANALAMDIA £' um FACTo PACfSS iHO iIMAGINEM VCCÍilJ QUt NOS ^AMOJ T6P, un BanAsE-NADO E UM BAHAConCtKESSO.' A UOSSA QUIIYSAOABrasileira tem 5ioo o"FoflOoTT£N han" fo no*t-IEM ESü,uE<.IDo) Do NOSSo GRANDE PAI __ f-jA5ACORAf_LLA VAE tER V o'-. _/*><-T'

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M«-^àS-r-W 01JVAE SE.R- UH DEUS NOS aíC-uPA/

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^5t5 PARA rjAN-íodloS FUNM-

DORbS iHMEDIATAHtNTEVlAREM °5

6 EN-VèíJí BANCCTOS DE"

^SEüV LUARES -"CA--.*_*>___ *^-J-_-_Z.'-_P-- r- *

moral:BANAVITA.BANAMILK E BANAMEL 5«ÃÕ HO-JE'0S DOCES MAIS TAMüSOS DO BRASILriquíssimos EM VITAMINAS A.B. C*ESSAS 50r)REHESAS 5AÜ PE GRANDEVALOR NUTRITIVO-

Tctfii correspondência tobrc o» "BANA-BOYS" deve »er dirigida á S/A. Docevita,Pua Buenos Airet, 87 r— Rio de Janeiro

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Kectaúior-Çüefe: Carlos Manhãca — bfrci-ítorVGareüfe: A. da" Souza a Süra

Cl£Qe£>-_b 3p_y^ _«^ ^^__| _BF __B _Rr^9___H B-p——"»¦—^» ¦*-''

<3U&Um instrumento de óptica prodigioso

Meus netinhos:Todos os progressos, todas as cies-

cobertas sensacionaes das sciencias bio-íogícas, isto é, da sciencia da vicia, devem-se a um instrumento cíe óptica prodigioso,que é o microscópio. Foi esse pequenoapparelho que permit-tiu a esse gênio rran-cez chamado Pasteurestudar cuidadosamen-te muitas doenças queatacavam o s homense os vegetaes. Foi com

O auxilio do microsco-

pio que Pasteur des-

cobriu a doença que ata-

ca o bicho de seda, fez o

isolamento dos germensda tuberculose, desven-dou a diphteria e a hydrophobia, cre ando

emfim o campo immenso da serologia. O

microscópio, meus netinhos, esse poderá-so auxiliar da sciencia, é um aprimora-mento da lente, descoberta cuja origem

>¦ *« B_T_^_^_^^^^^^^»E^ni^^_^__'

O SÁBIO PASTEUR

remonta á mais remota antigüidade. Foiinventado e construído por um hollandezchamado Jansen, em I 590. Depois, a des-coberta desse apparelho foi se aperfei-coando e Amicis, Zeiss, Chevalíer e Na-chet foram os continuadores da impor-

tante invenção. Se nãoexistissem os microsco-

pios, meus netinhos, oasábios não teriam desço-berto os bacillos de in-numeras moléstias queaffligem a humanidade,não teriam, por conse-

quencia, encontrado oameios de exterminal-os.

Vocês, meus neti-nhos, devem louvar onome do descobridor do

microscópio, os dos aperfeíçoadores doimportante auxiliar dos sábios e das sei-encias, considerando-os, sem favor ai-»gum, beneméritos da humanidade.

Vô V ô

ESTUDA, E VENCERÁS ® SÊ ÚTIL A' HUMANIDADE

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O TICO-TICO ^_ fi- 24 — Abril 1935

YU GOSLAVIAA PÉROLA DOS BALKANS

IA Yugoslavia é um paiz do sul

da Europa, que tem por limites:ao norte, a Áustria c a Hungria;ao oeste, a Itália e o mar Adria-tico; ao sul, a Albânia e a Gre-cia, c a leste, a Rumania e a Bul-garia.

Sua superfície é dc 248.887 ki«,lo'mctros quadrados e sua popu-lação está calculada em cerca de14.000.000 de habitantes.

A Yugoslavia surge nos jornaes domundo inteiro c freqüentemente. A'svezes as noticias a seu respeito nãoBão muito agradáveis. Entretanto, hapouco, o casamento do principe Jor-ge, duque de Kent, com a linda prin-ccza Marina constituiu uma excep-ção á regra. A palavra Bled está li-gada a este acontecimento, pois si-gnifica* o recanto noroeste da Yugos-lavia, onde o casal se encontrou pelaprimeira vez. Bled é de facto umlocal romântico <* o seu castello ficaútuado junto a um lago e rodeado devillas pertencentes á realeza da Yu-goslavia, da Grécia c da Bussia.

Ha muito que vêr e apreciar nae,uas innuancras cascatas situadas emPlivice, na Croácia, as quaes chamam'pCmpre a attenção dos viajantes. Bos-nia tem florestas magníficas. Os mos-Iciios servios encerram "frescos"

maravilhosos c relíquias que remon-tam á época da Edade Media.

i Na Slovenia, pode-se admirar abelleza dos Alpes que ahi se apre-Bcntam mais magestosos do que naSuissa. As miedas dágua de Kirk, na

Dalmacia, e os precipícios famososdo Vintgar, na Slovenia, são outrosmotivos de sensação para os turistas.

Ha vários pontos do paiz procura-dos para tratamento e mais ou me-nos 300 delles. recebem hoje viajan-tes para curas annuaimente.

Depois que se visita o interior dopaiz e se aprecia o verdadeiro sce-nario da Yugoslavia, não se deve es-quecer de apreciar tambem o movi-mento das cidades modernas. O tremque vae de Belgrado á Sarajevo con-duz o viajante ao districto dos ba-zares e das mesquitas onde mulheresveladas passam constantemente pe-Ias ruas do quarteirão turco, emborana Turquia já possam transitar, semyéo, e á moda occidental.

Os moslcms, com o "fez" caracte-rlatico e os seus trajes nacionaes,ficam sentados de pernas cruzadasnos seus bazares, batendo num pra-to de cobre para chamar a attençãodo visitante c offorecendo desta fór-ma os seus artigos, como lembrançaila visita aos Balkans. .—.. TempleMannintr.

Um santa no céoBe. ÇATULLE MEMJDÈS

Deus lembrou-se um dia de dai'tan sarau nos seus paços azues.

Convidou todas as virtudes: ca-valheiros, nenhuns, damas sómen-te.

Vieram muitas virtudes, granir-des e pequenas, e estas eram maisaffavcis e cortezes do que as grau-des;. mas todas pareciam satisfei-tas e conversavam polidamente,como deve acontecer entre pes-soas Intimas e aparentadas.

De repente, o Padre Eterno no-tou duas bellas damas, que pare-ciam desconhecidas unia á outra.

t—• Apresento-lhe a Bcncficeiucia, — disse elle, designando aprimeira. Apresento-lhe a Grati-dão — aceresoentou apontandopara a segunda.

As duas virtudes ficaram indi-zivelmente pasmadas; desde que omundo é mundo, era a primeira

vez que se viam.Logo que findou a festividade,

a celestial orohestra dos anjos en-toou uma saudosa harmonia, e osconvivas fizeram as despedidasdo estylo com o respeito c etique-tas devidas á Corte Empyrea, in-dicando cada uma das virtudes,ao separar-se, o logar em que po-dia ser encontrada* e assim, dissea Fé que a sua morada era nasgrandes almas e corações firmes;a Caridade disse que no seio daspessoas amantes da Beneficência,sua irmã gêmea; a Honra, que aprocurassem no peito dos bravos,no coração das virgens, na frontedos homens de bem e da mulherhonesta; a Esperança, que estavaem todos os logares por onde nãopassasse o seu maior adversário

o Desengano; a Abenegação,onde não mora o Interesse; a Con-sciencia, na alcova e na habitaçãoda sua prima carnal — a Fé, etc,etc. E, assim por deante, cadavirtude' fazia a sua despedida, de-clarando ás outras onde a deviamencontrar; mas notava-se que umadas virtudes, triste c sucqumbida,se conservava de cabeça baixa,com os olhos banhados em Iagri-mas e sentada a um canto, sem seresolver a sahir com as outras: —era a Vergonha.

Dá-me uni abraço — disse-lhe a Honra — c declara-anc ondete posso encontrar.

Ah! — exclamou a Vergonhaa razão do meu abatimento e

tristeza é muito justa, porque ve-jo que aá minhas amigas se sepa-ram c designam as suas moradas,emquanto que só posso dizer-lhescom profunda dôr — que quemme perde unia vez, nunca mais meencontrará.

TRABALHA SEMPRE* fi NÂO TE VENÇA A PREGUIÇA

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© rico-rico -8 - 2*4 _ Abril — li..;.:»

b ;^,(E0^® (iie (

_mt' Mas Lamparina Foi ao tele- ^/V,'^1'\phone da padaria e, disfarçando W [A raH ^^-L/"" ]/

^g^, I' -Í8k a voz. contou a seguinte historia: " /'^yAmW^^ ~~_\

1tX-^ m^i mlmí^áV ^_K___r^X°\ '

Tre» senhoras que moram naOH grande da esquina , visitaramCarrapicho quando elle cahiu dobonde. Carrapicho, então, resolveufazer um lindo doce de coco paramandar ás senhoras, com teus agra-«ieumentos.

A» senhoras ouviram a his-Caria, mas não comprehende-ram porque razão aquella vo?desconhecida lhes avisava umcato que cm nada lhes Interes-tava. A* tarde Lamparina par-tiu para a casa grande da es-quina l-vando o grande doce.

,i P^fflBH i A „— Eu tenho um primo que ain-

da está com dor de barriga por cau-sa de um bolo que lhe man-

daram. — E desligou.

As tres senhoras recordaram as pa-lavras do telephone, fecharam as caras,espalmaram as mãos e disseram s Muito obrigada ! Pôde voltar. Nós nãogostamos de doce de coco.

Deante disso, e da Janella que se fechara br uscamen-te, Lamparina fez uma pequena mesura, metteu dai» <__dos na bocea e soltou um assovio longo.ENCORAJA O FRACO.

Sahiu garoto de todos os lados! Parece quá a coisajã estava combinada. E o grupo, como um cardume de pi-rasnhas, reduziu a nada o doce de coco. Sobrou a bandeja. ,

NÃO TE VENÇA A PREGUIÇA

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24 — Abril — 1935 O TICO-TICO

WBÊb sr* .:mâSÊfí^r^^ ^P xWÊpfWMMir^^^

%^xll_i_wf.( AjÈt /Ww ., «9 Ww//mt A / \mA\ //Gulliver prisioneiro emLiliput.

O máu habito de dizer mentirasé já universal, excepto na terraHouynhmms. O livro chamadoViagens de Gulliver foi escriptopor Jonathan Swift e era uma sa-tyra para condemnar as faltas doanimal chamado — Homem. Poisassim confessou Swift numa cartaque escreveu ao poeta Pope.

Este livro conta as visitas queGulliver fez ás cidades de Liliput

Gulliver entre os cavallos

AS MENTIRAS

e a outras terras. Numa dessasviagens Gulliver visitou a terrade Houynhmms, onde encontrouuma raça estranha de cavallos.

Personagens do Urro deGulliver.

Ahi aprendeu a lingua delles €soube que elles não sabiam dizeruma mentira. Estes cavallos attri-buiam á fala o dom de en-tendimento para o homem e pormeio do qual podemos receber in-formação sobre os factos, de modoque, ás vezes, este meio de infor-mação fica compromettido e pre-judicado quando alguém não dis-ser a verdade sobre qualquer acon-tecimento.

COPERNICOFUNDADOR DA ASTRO-

NOMIA MODERNA

O astrônomo Copecnko

Todas as bases da astronomiamoderna foram dadas ao mundoestudioso pelo grande astrônomo Co-

pernico no século XVI. Nicoláo Co-

pernico nasceu na Polônia em 1473e morreu em 1543. Dedicou-se desde

joven ao estudo da mathematica eda astronomia com todo o ardor dasua profunda intelligencia.

Naquella época os povos acredi-tavam que a Terra era o grandeplaneta em volta do qual giravam osol, as estrellas, todos os planetasque povoam os espaços sidereos,

Copernico, após muito estudo, con-trariou essa asserção e expoz a suatheoria de que o sol era o centrocio systema planetário, de que em

A posição do sol, segundo Galileu

Um astrônomo da Edade Média

volta delle é que gravitavam todosos planetas conhecidos. Sua theoriaencontrou, como era de esperar, de-cididos antagonistas, por fim ven*»cidos ante a evidencia da verdade^A theoria de Nicoláo Copernico nãoé precisamente como se estuda hoje,de vez que elle asseverava estar osol perto do centro, mas não tãocompletamente como os nossos lei-tores observam na gravura desta

pagina. Galileu e outros astrônomoscorrigiram a posição do sol comoexpuzera Copernico em sua theoria.

O Brasil é o maior paiz da America. Será o maior do mundo se o trabalho, o espirito decooperação, o estudo e o patriotismo de seus filhos assim o quizerem.

AMA TUA PÁTRIA. HONRA TEUS PAESi

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A.i.-tl 1935 O r i c o - r i _: tf

r————————— _e__.__-_'k'<___*Bi__--_r_il ¦""_—^_3fiK7"~J. i^c*ís. li._i-____i__________r____r__________¦!

"-™5__X' V^^^'l^.r&4^^^^_?-^_?__OT__5'^Í ^s rcíos- coelhos e demais roedores estão^===-^-' ^^_________________________^4__^i^^__^^>K/^^^r sempre roendo pela necessidade de gastai- ¦ —v __n_BJ__ ________^^ÍD_§J_1__?___SÍrlS§f 5CU!; c*en!es anteriores que crescem continua-."*"*"' ___?l >__.____ __________! ______^}_ê^S_____S_í mente. Justiíica-se assim o facto destes ani-____Xt#J fS _____l___i?_TC____Í__r__> mães roerem madeiras velhas, etc, sem o

•zz? "~i[ Jmt Bfc^"™--^^!__?-íír mínimo proveito alimentar.

irB^METTE E CWFKE. [WPNCA tM_.T.«g[

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© TICO-TICO — ÍO — 2í — Abril — mj

As aventuras do Camondongo Mickey(Desenho de Walter Disney c M. B. íwcrks. txclaslvidade para O TICO-TICO em fodo o Brasil)

' Horacto Cavallinho está sendo submet*fido á experiência do raio hypnotico. Osprofessores vão agora hypnotiza!-ol

———————— ¦ „ , rr|— 1-nn ,-.- im^tmmM

l2

— Horacio vae,'hypno:izado»esquecer toda a sua vida passa-»da! — falava um professor.

— Agora nós seremos seus senhorese é preciso que você saiba que toda genteé sua Inimiga!

a. mÊM "^^ 3/wí ¦ 1

*i*r *''y\wr t \_^y**~m*y_fm^t'2 <^Aj*g53 ¦ ^.."^Tliàh^ .»

^^^^^^\ mm^m\. fm~\ v '1 \ V-"™ 1\ V1 ^^

Um dos professores ordena que a machina Atormentado pelo ruído da macht. "i O ruido cessa Mír-t™ m«Jo raio hypnotico se/a posta cm repouso. A na, o Camondongo Mickey está a cor- 'corre

ainda pelos corredores do «S"«penenca vae terminar, rer pelos corredores desertos. eello. procurando descobSr!.""-'-" -oi—¦ i ""'' '"^L\{y.i ¦— «,

mirWíy^^^^y^?)^^^. (fuT^TZ?! >pJ 4^frrv

.. .uma sahida. Parada a machina, os professores Ecks c Daublex espe«ram o resultado das suas experiências com o raio hypnotico que desce*briram. Vão interrogar Horacio Cavallinho,

^———^—~—.—_»-^_—_¦¦«_«____„«__.

— Horacio, como é o seu nome? —Não me lembro do meu nome! — Não soíembra de nada? — Nãol

—~~^~^——T | - ¦ | I. .

W\ IH B Jr I y*^ wyf /KM Y^ltmm^ltfípÊlgf^K ( * .v /**• _t\

^í«!L_^í3'•^^^^í^^?^',a T,-i- my.rx^T --^ - ,i-r ¦¦¦ >-•_-.»Horacio Cavallinho estava hypno-fiã7?n,S0m°SíÚS--Vocf'scão os meus senhores e meus tizado. com grande alegria dos orofes-amigos. O mundo deve ser des- sores. Era ura succcssol - O mundo se*rmdof rá nosso! — ...

/ '"t^&TJ» ** mm,

Mm* llll*M»4*t i. 11

O TEMPO E' PItECIOSO.

...exclamavam os professores bcks oDaublext de mãos dadas, a dansar c acantar.

(Continua?..TEU PROFESSOR F: TEU AMIGO.

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21 Abr« — mir> —11 — O TICO-TICtf

A origem do Prêmio Nobel..1~-I-W«'\^K_V-V-N^-*V*,N^J*N.*^'V*^,»'N**^ >^>^^^_^^^-^^-^^^¦^^^^^_^>^¦^^-^^^-^^^<^-^S^^^_^^^N^'^_^^^-S/^^^-^^^\<^^^»^^^^

í/a PazPor GALVÃO DE QUEIROZ

(~\S pequenos amigos dO TICO-TICO têm visto, por certo,

nos jornaes que seus papás le-vam para casa, a noticia de queum grande brasileiro, o Dr. Afra-nio de Mello Franco, é candidatoao Prêmio Nobel da Paz.

, Entretanto, talvez nem todossaibam, com justeza, com pre-cisão, em que consiste esse pre-mio, quem foi o seu creador eporque é que o ex-ministro bra-sileiro tem seu nome inscripto nalista dos candidatos a tal recom-pensa.

Alfredo Nobel, chimico sueco,era um desses homens estudiosose trabalhadores que, a par de umcérebro culto, possuem um bon-doso coração.

Um dia, por acaso, em seu ga-j. binete de experiências, descobriu-j que o poder destruidor, a força

impulsiva do mais forte explosivoaté então conhecido — que eraa nitro-glycerina — se multiplica-va, si se lhe juntava certa sub-stancia terrosa que a convertiaem corpo polido.

Sua attenção se volta para anova descoberta e elle realisaexperiências sobre experiências,algumas vezes soffrendo desas-tres formidáveis. Um dia, até,voou pelos ares o edifício ondetrabalhava. Mas, nada detá«n osábio até que. afinal, conse-guiu a fabricação do mais vix-lento c poderoso dos explosivo...que denominou dijnamite. Nadaresistia á força expansiva dosgases desprendidos por esse seuinvento: destruía as rochas maisduras, fracturava, despedaçavatodos os metaes, nada lhe oppon-do ou offcrecendo resistência,

Sua impressão, a principio, qr.elhe causou immensa aleqria, foi ade que, com aquella descob.rla,encontrara o sonhado caminl*.) dapaz perpetua, pensando que, sen-do a dynamite um produeto dsfabricação relativamente fácil, po-dendo ser produzida por todas asnações, nenhum governo quereri:.,

AMA 0 PRÓXIMO.

agora, declarar guerra a outro,porque uma guerra, depois dasua descoberta, seria uma cousatão cruelmente barbara, que a na-ção que a provocasse ou decla-rasse receberia sobre si urna tre-menda responsabilidade.'

Entretanto, logo após surge en-fre o governo prussiano e o dina-marquez uma questão séria. Es-tala a guerra, com seus horrorese o invento nascido em seu gabi-nete é utilizado com resultadosindescriptiveis. Depois ha a con-'flagração franco-prussiana, ante-cedida da guerra prussiana-aus-triaca, onde os maiores mortici-nios são devidos á applicação dadynamite.

Nobel vê, com horror —* talcomo se deu com nosso gloriosopatrício Santos Dumont com aaviação — seu invento a causaros desastres mais medonhos, e aproduzir justamente os effeitoscontrários aos que elle esperava.Fica então a imaginar um meiode reparar os males causados aomundo e á humanidade, e paratanto vae ao extremo de dedicaros lucros fabulosos que teve coma fabricação da dynamite ã crea-ção dos famosGS prêmios mun-diaes que receberam seu nome.

Entre esses prêmios se destacao chamado Prêmio Nobel da Pa:,que deve ser dado, cada anno, ápessoa que tenha mais efficaz-mente, no anno anterior, traba-lhado e contribuído para a obrada conservação da paz entre asnações

Essa é, pois, a origem doprêmio.

Ha para nós, porém, ainda,

.

3,

O chimico Alfredo Ncbel, in-ventor do violento explosivo queé a dynamite e creador dos pre-

mios que têm seu nome.

alguma cousa Interessante sobreesse facto. E' que pela primeiravez iuni brasileiro se acha ins-cripto como concurrente ao pre-mio instituído por Alfredo Nobé!.Esse brasileiro é o Dr. Afraniode Mello Franco. Sua cândida-tura tem recebido, a cfpprovaçãode todos os governos dos paizesda America e da Europa, porquefoi elle que, como ministro dogoverno do Brasil, encarregadode todos os negócios de nossopaiz com os outros paizes, diri-giu os trabalhos e as negociaçõespara que fosse resolvida em paz.dentro da ordem e do maior es-pirito de harmonia, uma questãoterritorial surgida entre as Re-publicas do Peru e da Colômbia.

Graças á acção desenvolvidapor esse nosso compatriota, foievitada a guerra entre os doispaizes, que já se preparavampara as primeiras hostilidades,para se atirarem aos horrores domorticínio em que seriam sacrifi-cadas vidas preciosas.

Como vêm os leitores, AlfredoNobel não podia ter destinado amelhor e mais nobilitante empre-go a sua enorme fortuna, porquea guerra é o que ha de mais hor-rivel e mais tenebroso e combatercom as armas da intelligencia eda boa-vontade em prol da pazno mundo é a acção mais meri-toria e mais louvável que um ho-inem possa praticar

FRATERNIDADE E' PERFEIÇÃO.

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ii T I c. O - T I C o [4 _ Abril _ 1935

DESENHOS QUE A GENTE FAZ

Mossoró — Desenho de AlberloMonfortc (13 annos)

«?=í>

V *c\é&^

if

C t~yz^ \~S

Quisto Redemptor — Desenhode Antônio Magalhães Bastos Junco chinez — Desenho de Ma-

Junior ()2 annos) rio Motta Lyra (11 annos)

gy^ JA ; r^^O jornaieiro — Desenho dc Zé Macaco •— Dese-

Anuindo Pinheiro nho de Lourival Motta

(9 annos), Lyra (10 annos),Tora Mix — Desenho de Paulo C. Caria

(12 annos).

~^_z£l-2XZ—II£jJ3Gallinha e pintos — Desenho de Aida Fortes Miclc-y — Desenho de Ubirajara

César (12 annos).(!4 annos).

Nesta pagina collaboram todos os pequenos desenhistas do Brasil. Os originaes, dese-

nhados em papel branco, sem pauta, com tin ta chineza nankim, devem ser enviados á re-

daccão d'0 TICO-TICO, onde serão examinados, antes de publicados, por um jury composto

de artistas de nomeada, um professor do Departamento de Educação Municipal e um reda-

ctor deste jornal. As composições aue o jury d'0 TICO-TICO classificar em V logar illus-

trarão, em cores, a nossa capa.

JSÃO ENGANES A CREANÇA. ENSINA AO IGNORANTE.

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A S S O I

Órgão dos leitoresd^TICO-TICO JORNAL N.'S

DiRECfOR: — Chiquinho — Colaboradores: — Todos que qiüzereita

mça dÍ7 noi-c-i' :• rjuj quer

A FIRME RESOLU-ÇÃO

A' tardinha quando já ha-v'u «lesapparecido o sol. ebastante negras e carregadascorriam as nuvens nu espa-ro, c os continuados trovõesabala vam a atmosphera.ameaçando um impiedosoagüaceiro, «Paulino viu queera preciso regressar do.passeio, que havia feito ácasa dc seu grande amigoHenrique, conr quem passa-ra o dia, brincando, se di-vertindo com a alegria in-fantil de seus 12 annos. Camas recordações dos jogos,que tiveram durante o dia,voltava elle para junto «icsua adorada Mãe, que bon-dosa lhe tinha concedidopassar o dia com o seu coin-panheiro e amigo. Longoera o caminho á percorrere em um trecho da estradavinha o menino, já tendoentrado na frágil pinguellado caudaloso rio Bandeiri-nhas, quando um choro fra-co, distante, depois um no-ine mal pronunciado: —''.Mamãe" — lhe chegaramaos ouvidos, e Paulino, queera medroso por Índole, eestava só ao cahir da noite,<¦ ao desabar dc terríveltempestade, teve medo;sentiu-se frio, abatido, epensou em atravessar a pin-Kuella a correr, e voar paracasa; mas segunda vez ogrjto: — "Mamãe" — lhevetn abalar o Espirito, c elleelevando então o pensamen»to firme a Deus, sentiu que oanimo, a coragem, o desejode ser útil — o tomaram detido, e disse: "irei ver oque ha, e com a graça deDeus farei o que fôr preci-;,'>; terei forças, c livrarei,talvez, um camaradinha dcuni perigo, c da desgraça deperder-se para sua Mãe". .

.Volta-se então da pinguei»la para a margem oppostado rio. Escuta, chama, gri-ta, c ouvindo responder, di-rige-se a correr para ondeo tliani vsoecorro. Vê um me-nino a desfallecer já, agsr-fado a frágil galhinho de

Todas as creanças brasiloi-

ras devem tomar partono Grande Concurso Brasil,a apparec-er brevementon'0 Tico-Tico.

A ROSEIRA— .Tá viste .cousa mais bellaDo que esla linda roseira?Carregadinha de flores,Sempre a sorrir, prazenteira?Lindos botões côr de rosa,A mostrar todo fresci ç.Entre todas mais formosaE' a rosa a mais linda côr!

Cor de ouro, creme, verme-[lha

Nenhuma outra graça tem,.Mas este bem se assemelhaA' graça, á virtude, ao bem!

Leonor Antunes Ribeiro(12 annoi).

Apparecerà, em Maio, a

"Illust:-ação B r a silei--ra", menáario dc grandeformato editado pela S. A."O Malho".

uma arvore á beira do rio,e rápido, arquejante, cheiode ecrajem e sentindo comoque um Espirito animador

a impellil-oo, Paulino olha,procura e vê ao longe umacomprida vara; corre aapanhal-a, estende-a ao ca-niaradinha sem forças, cn-coraja-o, anima-o, obriga-oa agarrar-se á vara estendi-da, e com uma força desço-nhecida o arrasta, puxando-o para a terra. Reanima-o,e cheio de uma alegria doi-da, vê dahi ha pouco, já depé, o companheiro conheci-do e amigo, a quem Paulinoleva então até sua casa,apresentando-o á sua Mãe,que abraçando jubilosa aPaulino felicita-o, c lison-jeia-o pelo acto

'praticado,

fazendo a Paulino, compre-hender que o medo, o rc-ceio do que suppomos, ásvezes, ser um perigo nãodeve e não pode- apode-rar-se do Espirito da gente,fazendo-nos fracos, tímidoscom falta de coragem, senti-mentos estes que nos tor-nam pouco sympathisados.Paulino comprehendc entãoque não deve jamais abrigaro medo, que é tão feio, re-provável e antipathico; ecom animo e desejo arden-tes toma' a firme resoluçãode i:ão ter mais medo.

Paulo Sizenando Teixeira(11 annos de idade).

Cada numero «le "Arte de

Bordar" 6 um preciosomodelo de trabalhos de agu-lha para as meninas. Saetodos os «lias iõ de cadamez c encontra-se nas livra-rias e bancas <ie jornaes;

SEXTA FEIRA DAPAIXÃO

Havia tuna cidade conhe-cida pelo nome de "BomRetiro*' onde durante deter-minado tempo d, anno, reu-niam-se diversas famíliaspara passar o verão.

Uma vez, appareceu umavelhinha n'aquelle logar.

A petizada cercou-a eprincipiou a fazer-lhe per-guntas.

A cada creança a velhi-nha dizia uma cousa queprendia a attenção do con-sulente.

Uma viva creança deolhos azues e cabellos lou-ros chegou-sc á velhinha edisse:- — Vôvózinha, estou tris-te porque eu «pieria vel-acomo nós outros, pulando,brincando fazendo rodasetc.

No entretanto, aPenas ve-jo-a sentada neste tronco depau, apoiada nesta bengala ecom difficuldade nos res-pondendo o «pie pergunta-mos.

A velha rospon«leu; minhanetinha, fui- creança comovocê, brinquei, corri, pulei,enlacei em meu peito outrascreanças iguaes a você.

Depois, amei, . amei aosmeus irmãos, meus paes eum joven quj -era pae demeus filhos.

O tempo foi passando,principiaram a . nascer osmeus primeiros fios de pra-ta na minha cabeça. Veiu adesillusão da vida, veiu arealidade, que foi a morte elevou tufck) que mais amava.Piquei como um barco semleme, navegando sob a bor-

Tasca que chamamos "Vi-

Vendem-se exemplares do

bello livro para a infan-cia "Meu livro do histo-rias". Preço 20ÇO00. Pedi-dos, com a importância, áTravessa do Ouvidor, 34 —Rio.

PAIZAGEMCAMPESTRE

Era uma bella manhã daiprimavera! Ao longe distin-»guia-se um amontoado dacasinhas brancas e no alta«la colina via-se uma egreja.Tocava o sino para a missado Natal. Todos se aprom-ptavam para festejar a da-ta tão grata para nós. Oapassarinhos cantavam osseus mais bellos trinadoscomo para festejar o nasciamento de Jesus.

Cecília Barbosa Alves Pe-reira (10 anncs)

Moda e Bor.D.vno é o me-

lhor figurino e está ávenda mensalmente *nas li-vrarias e bancas de jornaos.

da", até que cheguei aoponto que você me encoa-»trou.

Velha, quasi paralytica •sem meios de vida.

Minha netinha, o tempoconsome tudo que de maissublime existe e que de maishorroroso nos apresenta.Nada é eterno.

E duas lagrimas correramna face da pobre velhinha.A menina ficou pensativa adepois como si tivesse des-pertado de um sonho, abra-çou a velhinha e colocandoas suas rüãozinhas sobre asdelia, conduziu-a a presençados paes, e disse:

Meus paes, pelo dia dehoje, dia em que Jesus sof-freu, eu peço dc joelhos, poramor a Elle, que recebamesta vôvózinha. cm casa eque .não mais deixem d'aquisahir. Os paes, ante o pro-ceder da filha e dos seus

¦ •ardentes rogos falaram:Seja, pelas chagas da

Jesus, pelo dia de hoje, sa-tisfeita a tua vontade. As-sim, a velhinha é hoje con«siderada uma pessoa da fa-milia e as dores ou alegria!de sua prolectora, ella senta!como se fôra uma mãe a-UO^rosa, e só lhe chama:"Olhos côr do céo".

Feliz d'aqu-ell<s que ao r.as-cer traz comsigo o signodo amor, da bondade e dacompaixão pela dôr alheia.

Estes são os verdadeirojsacerdotes de Deus.

Ermelinda G. dtj Cunha(12 annos)

S ft JUSTO vi* PREZA A TUA PALAVRA.

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O TICO-TICO — li 24 i— Abril — 1933

___5«'>s__k.',T' I

¦II II II ¦ IM ¦—¦III Ml ¦______¦ II I I-

SUPPI.RMENTO DO "MEU JORNAL"

Gavetínha do Saber

i v **M f

FIGURINOS PARACREANÇAS?

Moda eBordado

A* VENDA

Tobias Barreto deMenezes foi um doshomens de mais vas-ta cultura intellectual

do Brasil.Grandep h i 1 o so-pho, C3CI--ptor e ju-rista, eranatural do

Estado de Sergipe»onde nasceu no annode 1839. Morreu emRecife no anno de188..

Um medico.,, dedi-cado ás estatísticas,diz que um homemde- cincoenfa' anncstem dormido efm ter-mo médio 6.000 dias,trabalhado 6.500, an-dado 8 0 0, comido1.500, tem so diverti-ido -.000, estado do-•nte 500. Nos referi-,'dos cincoenta. annosuma pessoa come...8.000 kilos de pão,,7.000 do carne, 2.000.íe vegetaes, ovos epeixes e bebe 30.000Utros de liquidos.

Quintino Bocayuvafoi um dos maioreshomens públicos doBrasil. Propagandis-ta do regime n repu-b-icano, emérito jor-nnlista. ministro do

g o v e r noprovisórioda primei-ra Repu-blica, pre-sidento do'Estado do

Rio dc Janeiro, vice-presidente do Senado.Federal, Quintino Bo-cayuva impoz-se, cmo o d a uma dessasfuneções, pelo seu va-lor do homem inte-gro. Morreu no annode 1911.

tF^i

E' tão ordináriover mudar os gostos,como é extraordina-rio vêr mudar as in-ciinações.

O catalogo maiscompleto sobre asestrellas foi publica-do pelo a s tronemoPadre Main.

A anais perfeita afiel balança do mun-do enqon.ra-se na sé-de do Bank of En-gland, em Londres,onde serve para pe-sar ouro.

A água dos aqua-rios não deve ser re-novada diariamente,pois isso importa namorte do peixe. Os

A estatua de PedroAlvares Cabral, quese ergue no Largo daGloria, no Rio de Ja-neiro, óobra d oe s culptorRodoiphoBernardel-ii. Foi eri-gida paracommeinorar o quar-to centenário da des-coberta do Brasil nodia 3 do Maio do an-no de 1900, entrefestas a que toda apopulação se asso-ciou.

SI

peixes preferem aságuas paradas complantas aquáticas quese encarregam da re-íiovação do exygenio.

O acará-bandeira,peixe do rio Tapajóz,não supporta a tem-peratura abaixo dequinze gráos centi-grados.

Os esquimós temcertes costumes ori-ginaes: quando cha-inam um medico pa-gam iimmediatamentea visita, porém, se odoente morre, os her-deiros recebem a de-yolueão do dinheiro.

Todo bem, toda fe-licidadé provêm dapratica das virtudes.

Qualquer dos sellosdas primeiras emi-soes das ilhas San-dwich vale para oscollecionadores tresmil libras esterlinas.

O leite de cabra erico de elementosnutritivos, pois con-tém assucar, protei-na, manteiga e vita-minas.

Os pergaminh os en-traram em uso nocjuarto século da érachristã.

Pae e filhoestão olmo-çando. O filhodesperd içamuitos boca-dos de pão.

Come cs-se pão, diz-lhe o pae: olhaque podeschegar a serpobre, e não1encontrar e_-5 e s pedaços,que hoje des-prezast

Mas, pa-p_, replica opequeno, se euos comer, ain-da menos osencontrarei!

O ar puro ôo tônico domaior yitali-dade.

Antonio de CastroAlves, o maior poetabrasileiro, nasceu emCachoeira, Bahia, em

14 de Mar-c o de...1847. Dei-\ o u as"Espumasf 1 u ctuan-tes", "A

Cachoeira de PauloAffonso" e "O Escra-vo", tres monumen-tos de poesia. Morreuno seu Estado natal,aos vinte e' quatroannos dc idade, nodia 6 de Julho de1871.

Não ha ho-mem rico. queseja tão dito-bo como o quetem, como In-feliz com oque não pos-sue. — Seneca.

A bcrbole-ta n o c t un ia

• maior que seconhece é aborboletaAtlas, que soencontra naChina, e cujasazas medem

lindas aventuras, numa edição ex- \ 22 centímetrostraordlnaria d'O TICO-TICO, im-pressa a cores e á venda pelo pre-ço de 1$500.

Façam seus pedidos A Travessado Ouvidor, 34, Rio, podendo aimportância ser enviada em sellospostacs.

0 CAM0ND0NG0- MICKEY

O Camondongo Mickey, o famo-so Ratinho Curioso que toda a in-fancia conhece, está figurando em

de e n verga-uura.

— .i

A_ paixõesnão são fortessenão porqueos homens sãofracos.

COMPREM

Meu livrode Historias

A' VENDAI

Paulo B a r r e t .(João do Rio) foi umgrande escjfiptor ejornalista e membroda Academia Brasi-1 e ira deLetras. Nojoriialismoi m p oz-seiniprimin-d0 moldes modernosnos jornaes que diri-giu. Deixou muitoslivros entre òs quaes"A alma encantadoradas ruas". Falleceuno Rio de Janeiro em1921.

____t _>

O primeiro dedalfoi usado por Myfonv a n Renselaer, emAinsterdam, na annode 1084.

Toda a populaçãodo Brasil não seriacapaz de beber num«lia as águas Que orio Amazonas despe-ja durante um minutono oceano Atlântico.

Euclydes da Cunha,genial escriptor bra-sileiro, nasceu na ei-dade de Cantagallo,Estado do Rio de Ja-neiro e m20 de Ja-neiro d e18 6 8.Membroda Acade-mia Bra-sileira de Letras, pro-fessor do lógica doColiegio Pedro II, es,'cre.eu "()s sertões",'livro digno da maiselevada glorifioação,Morreu a s sassinado,no Rio de Janeiro,;.m 15 do Agosto do1909.

CONSERVA O CARACTER UMVO. .© AMA A8 ARVORES.

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2. _ Abril — 1935 — 15 — O TICO- T I c o

AS PROEZAS DO GATO FELIXÇ (Desenha dc Pat Sullican -» Exclusividade d'OTICO-TICO para o Brasil)

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, — Mamãe, este gato pode dormir no ...Gato Felix viu-se, de re- —Que vejo? Uma ...exclamou (lata,_neu quarto? — Não, tem de dormir do pente, num quintal, amea- .orda! Parece que vou Fe li x. — Subamcs(lado de fora. E o pobre... çado de dormir ao reiento.

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dormir bern!__

por essa corda e...

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étZQS,..-cheguemos ao quarto de Jor-mir do meu presado amigo.—Quehabilidades você..-.

»...sabe fazer? — perguntou o me-•nino.— Sei fazer alguns trues inte-ressantes...

... — Vamos fazel-os! — Este, __ equití-brio de uma lâmpada, é difficil dc se e_c«Mar!

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_^z________!!----J- Este outro, com a benga- "' — Faca outros exercícios, meu E Gato Felix começou a equilibrar mavaso

Ia, aprendi-o num circo do Ia- querido Gato Felix! Gosto dc apre- nas patas quando a mãe do garot. .urgiu c

pão! ciaí-osi comum...

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... puxão levou-o para a cama. dando- ...visto, continuava a fazer malata- ...surpreso o ruido característico de unualhe palmadas. E Gato Felix, <jue nada rismo com uns objectos. De repente, palmadaslhavia... ouviu,.,. (Continua).

SEMPRE El TEMPO DE APRENDER. CARIDADE E' VIRTUDE.

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\ ?LEODA-jlAIfJkJCs)

A velhí tia Frederica tinha duas filhas; uma era Lui-zinha, que e a muito boa e muito bonita, a outra era Julia,que era mui o má e muito feia.

Tia Frl derica, entretanto, era toda ternuras para Juliae como esta ;;com ciúmes da belleza de Luizinha, gostavadc maltratar a boa menina, não se passava um dia que Lui-zinha não cr orasse por causa dos maus tratos, que sof fria.

Uma ví jj Julia disse a sua mãe:— Eu queria hoje njuitas violetas, manda Luizinha

procurar na floresta.Era nc/nverno. A tia Frederica observou:

Masj minha filha, neste tempo não ha violetas.Julia im istiu, bateu o pé, teimou que queria. Então a ve-

lha chamou lluizinha e disse-lhe:Va ri imediatamente buscar cincoenta violetas.

—• Onde, mamãe? — perguntou Luizinha; onde quera senhora que eu encontre violetas nesta estação do anno?

Não!sei; vã procurar! Não admitto observações.A menüna abaixou a cabeça e sahiu. A floresta estava

toda coberta de neve e a creança só via os troncos sem fo-lhas sahind«í<jla terra muito branca. r

Por fimj:depois de andar muito, viu. Já muito ao longe,uma luz. Encaminhou-se para essa luz; que foi augmentan-»do pouco a «ouço. Era uma fogueira;ea&.torno da qual esta*vam assentljios doze velhos.

Eram os doze mezes do anno.Luizinha approximou-se de um desses,homens, que se

voltou para it Ha, perguntando;Qücé que você anda procurando, por aqui, menina?Prefiro violetas.Maiáagora não é tempo dessas fl,ores, minha filha.,

—' Eu:|em sei — mas mamãe mandou e eu sou ferça-da a cbedec

O velho! quc era o pae Janeiro, ficou com pena e disse:Veq|;te aquecer aqui na fogueira. E voltando-se

para outro Vjtlho acerescentou:Meu;irmão Maio. Você é que tem violetas. Dê ai-

gumas a ess; -menina.O paeN Éfaío começou a mecher com um pau no fogo

e logo a nev j desappareceu, o ar ficou quente e as violetas

brotaram da terra aos milhares. Luizinha colheu quantasquiz, agradeceu ao velho e voltou para casa.

Trouxe as violetas? — perguntou logo a velha.—- Aqui estão — respondeu Luizinha.Tia Frederica ficou muito espantada, mas não disse

cousa alguma.No dia seguinte, Julia quiz morangos e a velha mandou

Luizinha buscar.A menina já sabia o caminho e foi logo á fogueira e con-

tou ao primeiro velho o que lhe acontecia.Morangos? — perguntou o pae Janeiro. Não chores

minha filha. O meu irmão Junho vae já arranjal-os..Pois não — disse pae Junho.

Mecheu no fogo com um pau, a neve desappareceu — aterra ficou coberta de morangos, Luizinha colheu-os á todapressa, agradeceu a pae Junho e partiu.

Achaste morangos? — perguntou a velha.Achei.

No dia seguinte, Julia pensando que aquillo era muitofácil, disse a sua mãe:

Dê-me uma capa, que eu vou colher morangos e vio-letas. E sahiu. Em parte alguma encontrou flores ou frutas,mas só neve.. . Por fim, chegou ao logar em que estavam osdoze velhos. Dirigiu-se para elles.

Que é qüe você.quer, minha filha? — perguhtoiT/a-neiro.—Não é de sua conta—respondeu Julia que era mui-to malcreada. Então o velho começou a mecher no fogo e aneve começou a cahir do céo com tanta força, que Jitlia fu-giu para casa a correr. Mas a neve era tanta, que ella cahiue ficou inanimada, entorpecida pelo frio.

A noite Tia Frederica não a vendo voltar, ficou assus-tada, sahiu á sua procura. Porém era tal o frio, tanta a neveque ella tambem cahiu. Os lobos já andavam ali por pertocom intenção de,devoral-as.

Mas Luizinha, tambem inquieta, de não ver chegar nemuma ncm outra, sahiu á procura de ambas, acompanhada porum cachorro da casa. O faro do animal em breve descobriuTia Frederica e pouco depois Julia, que estava já quasi morta.

Então, mãe e filha, commovidas com a dedicação deLuizinha, .depois de tantos maltratos, arrependeram-se e pas-saram a tratai-a bem..

POBREZA NÀO E' DEFEITO tt SÊ ÚTIL A* VIDA PROTEGE AS ARVORES SANTIFíCA O NOME DE TEUS PAES

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O TICO-TICO -- IS — £i — Abril — 193».

AVENTURAS DE BROCOIÓ, O MARINHEIRO POPPEYE. i r—i—— ' *»

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— Sabe, Magestade, nuncafiquei'tão embaraçado na mi-

julia vida! Eu disse a ella_jque Olive tinha cara de...

;.. bolacha. E ella e Olive são a mesmapessoa l — Então aquella moça, que pás'-sava a mão na minha cabeça quando estavaaborrecido era ella também ?

— Sim Magestade, eraella, que se embonecott tod*para nos enganar! Mas, Ma-»gestade, havemos de nos.íi

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. %.vingar. ¦•— Veja, o meuBrocoió, o meu querido ma-ripheiro Poppeye um incons-íantc. um ingrato l

— Elle gosta de lábios de rubi. de Ia-bios vermelhos, pois Irei fazer meus lábiosvermelhos como coraes! E instantes de-pois, o.rei e Brocoió ficaram...

... admirados ao verem umamoça com dois lábios verme-Ihos como pimentão. -—>(Con*tinira, no próximo numero)t

PRUDÊNCIAJTorajoso e confiante em si. o escoteiro é, por

Isso'mesmo, prudente. Evita com cuidado todos os

pçrigos que possam ameaçar inutilmente a sua vidaou a sua saude» Sabe bem que uma e outra são pre-cisas á sua Pátria c â sua Familia. Intelligente.observador, comprehende que as menores moléstiasque nos attlngem deixam conseqüências mais ou me-nos profundas no organismo e concorrem para di-©lfii_ÍJLâ*JJ9-S_a"_vitalidade. E por Isso_ cauteloso, evitg.

toda a imprudência, quer esteja na matta, no campo,na.rua ou na escola. .

, No emtanto, quando a consciência do dever Ineaponta o caminho a seguir, por mais- difficil e peri-goso que seja, não mede conseqüências, atira-se re-soiuto e ousado^. arriscando desinteressadamente aprópria vida.':^f¥ BENJAMIM

.sopre:

L0 FANFARRÃO EXARICATO. ® A BONDADE E' VIRTUDE,

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OS ROMANCES D'"0 TICO-TICO"

ninguém era capaz*.!© perceber as palavras, destacadamente. E eis a que es-lou reduzido, Jim, e isso começou jogando bolinhas sobre as tumbas do cerni-terio! Foi ali que isto começou, mas iria longe, era o que me dizia minha mãe,I>ois previra tudo, vaticinara tudo, a pobre mulher: Mas foi a Providencia queme collocou aqui! Tive tempo para pensar em tudo isso, nesta ilha deserta,e tornei-me novamente tim homem de fé. Não me surprehenderá mais a be-ler rhum, a não 6er uma gotta, em occasião opportuna, bem entendido, quan-do puder... Estou resolvido a tornar-me homem sério e conheço o meio. E...Jim, disse elle, olhando em torno e baixando a voz, sou rico.

Fiquei convencido, então, de que o pobre diabo perdera a razão naqueiledeserto, e supponho que elle leu esse pensamento em minha physionomia,porque repetiu com vivacidade:

Rico! rico! Eu lhe digo isso. E vou dizer também outra coisa. Querofazer de você um homem, Jim! Ali! Jim, você dará graças aos céos por ter_ido o primeiro a encontrar-me! _.

Nesse momento pareceu-me que o seu semblante se carregava, apertando-íae a mão com mais força, erguendo deante de mim um dedo ameaçador:

Somente, Jim, diga-me a verdade, não é aquelle o barco de Flint, uãoé verdade?

Tive então uma feliz inspiração. Comecei a acreditar que estava em pre-_euça de um alliado, e respondi logo:

Não é o bareo de Flint, pois Flint morreu, mas vou dizer-lhe a ver-dade, como pede, ha ali alguns homens do bareo de Flint, a bordo, infeiz-mente para nós.

Não ha um homem com ___.- perna só? balbuciou ella.Silvar? perguntei.Ah! Silver! E' esse o seu nome.E' o cozinheiro e ó também o chefe.Se você é enviado por Long John, disse elle, estou perdido, sei. Maa

onde você acredita estar?Tomei uma resolução immediala, e, em fôrma de resposta, contei-lhe toda*

a historia da viagem, e a situação em que nos encontrávamos. Escutou-mecom o maior interesse, e, quando terminei, deu-me uma palmada de amisadona cabeça.

Vocô é um bravo rapaz, Jim, disse elle, e todos estão atrapalhados,pão é exacto? Pois bem, deposite toda a confiança em Ben Gunn. Ben Gutiné o homem que pôde tirar todos desse embaraço. Acredita provável, entre-tanto, que o "squire"' se mostre de espirito bastante generoso, se a gente oajudasse, visto estar atrapalhado, como você dizí

Disse-lhe que o "squire" era o mais liberal dos homens.Sim, mas, você comprehende, rodavguiu Ben Gunn, nâo quero dizer mie

elle me dê um logar de porteiro, ou uma libre de creado, ou qualquer outracoisa semelhante, isso não é nada para mim, Jim. Quero dizer, seria elle ca-par de chegar até á soinnia de... digamos mil libras, sobro o dinheiro queelle vae encontrar aqui?

A ILHA DO THESOURO 73'

rJ-T _é__M_?_fi_fc--?_S^^m\^m^^^J^^m^)^m^rmfl *J/'/t/ ti \___A^' JfMf ¥w*ÊÈÈJnB"^yPhB-l. -_f^!^M tP^J-fa ____! 'UÁJar J_L^_-_-' m

fJP BlSiiWÊT&w!$rWÈmto'-t__-__ra>Rw.-f-_aTg'>...i*-r- ***'j-;f^©^'A«Sh. i iW_i V i i Tffiilim_-n_riiii i/-BlISs-SW-aí _í^''>_4-w__w_#s__l __ Y_S___Pt__IáS_hw_iJi__B»_''

famm— Distingui um vulto

que se oecultava por trazde um tronco...

E agora começava eu a preteri;- os perigos que conhecia aos que ignorava.0 próprio Silver apparecia-me menos terrível do que aquelle animal das fio-restas, e voltei para traz. Olhei de esguelha, e comecei a retroceder, rápido,e.n direcção aos barcos. Immediatamente o vulto reappareceu, e, dando umatrande volta, se foi postar na minha frente. Estava fatigadissimo, sem duvi-da, mas mesmo que estivesse lépido como ao despertar pela manhã, via cia-lamente que seria inútil lutar em velocidade com um tal adversário. De arvoreem arvore, saltava aquella creatura como um gamo, correndo como um ho-mem. mas muito curvado

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OS ROMANCES D'"O TICO-TICO"

E entretanto era um homem, não podia ter mais duvida, sobre este pon-to. Lembrei-me então do que ouvira dizer dos eannibaes.

Estive a ponto de gritar por soccorro, Mas o íacto de ser aqutllo um lio-mem, mesmo selvagem, bastou, de alguma maneira, para me tranquiili.ar, e oaiedo de Silver começou a crescer, na mesma proporção.

Piquei, portanto, immovel. procurando um meio de escapulir, e emquantoreflectia assim, lembrei-me. de repente, da pistola

Logo que recordei estar armado, criei coragem. Revesti-me de audácia, ftcaminhei resolutamente para elle. A creatura eslava, nesse momento, oceultiatraz do tronco de uma arvore, mas devia estar a observar-me atteutamente,pois, logo que comecei a avançar em sua direcção! reappareceu e deu um passapara mim. Depois, hesitou, recuou, avançou de novo, e, emfim. _úrpre_.endsn-ilo-me e confundindo-me. atirou-se dc joelhos, juntando as mãos como a sup-ylicar.

Deante desse espectaculo parei mais uma vez.Quem é? perguntei.Ben Gunn. respondeu.

E íi sua voz resoou. rouca e insegura, como uma fechadura enferrujada.- Sou o pobre Ben Gunn. sou eu, e ha tres annos que não falo a um

christão.Percebi, só então, que se tratava de um nomem uranco come eu, c que a

Sür. physionomia era até agradável.A pelle. em toda a extensão exposta mo sol. <s!ava bronzeada, queimada.

Os próprios lábios estavam ennegrecidos, u os olhos doces e meigos pareciamassustados numa face assim sombria.

De todos os mendigos que vira. este era o mais esfarrapado.Estava vestido de trnpos. restos de pedaços de vela de barco e de panno

alcntroado. e este tecido de remendos era feito por um systema de presilbas omais extravagante: botões de metal, pedaços de barbante e fivelas de canhamealça troado.

Em torno do cc.-po, trazia um velho cinturão de couro com fiveH de cobre,sendo a única peça solida do vestuário.

Tres annos, exclamei. Naufragou?•— Não. camarada, disse elle, usava uma profissão prohibida, era pirata.

Fui punido pelo;; próprios companheiros.Já ouvira dizer dessa punição, muito commum entre os corsários, e que

consistia em desembarcar o .vomem que deixara dc cumprir as regras de pira-teria, com um pomo de pólvora o uma espingarda, em uma ilha deserta e dis-tante, completamente abandonado.

.Abandonado, lá vão tres aiwios. continuou, e de então para cá tenho vi-rido de cabras, groselhas e ostras. Onde quer que o homem se encontre, note.bem, o homem se basta... Mas, camarada, sinto saudades de uma alimentaçãorhristâ, .civilizada. Não terá, por acaso, um pedaço de queijo. Não? Pois bem,noites inteiras tenho sonhado com queijo, queijo frito principalmente, e des-iwrtava aqui. só, abandonado!

ILHA DO THESOURO

— Se por acaso puder tornar para bordo, disse eu, dar-lhe-ai queijo ávontade.

Durante todo esse tempo, elle apalpou a fazenda das minhas vestes, aía-riciou-nie as mãos, examinou-me _.s botas. e, geralmente, no iutervalloarenga, demonstrava grande alegria por deparar com um dos _ .U3-. sem. -lhantes.

Ante as minhas ult'n_as palavras, elle se emoerti^nii com um ar Os sur-presa maliciosa.

¦V-V. .

Com immen-a surprív.a mirh:.,o desconhecido lançou-se de

llios a meus pés.

Se puder tornar para bordo, foi o que disse? repetiu. Mas, quem oimpede?

Não você, eu o sei; foi a minha resposta.E você tem razão, exclamou elle. Mas você, eomo se chama, camarada?

—- Jim,, disse-lhe.-—¦ Jim. Jim. disse elle, com ar contente. Pois bem. Jim. Scf

nciui. que tenho vergonha de lhe contar. .Assim, por exemplo, vocô não acre-ditaria que eu tive uma mãe piedosa, .vendo-me. não é. verdade? perguntou.

Mas nâo, não de uma maneira precisa, respondi.Ah! Muito bem. mas é verdade, profundamente piedosa. T. en era um

rapaz tão j>olido e religioso, que recitava o catecismo com U*I rapidez qu»

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Abril m~> SI — u í i c o - t i r n

Zé Macaco faz um discurso

I—.—;—iJWPkj\fl Zé Macaco tem mania de ser também uro notável orador. Um dia, possuído de enthusi- j / .z"

|l\\\ waxo oratório, começou um discurso vibrante, cujo thema era sobre a solidariedade das for- I / ¦/_/?/?V migas carregadeiras... Zé Macaco provou por A e mais B que as formigas... j /

* I *^&y

...quando achavam occasião opportuna carregavam lodo o assucar ^[ ___^_^^^^^^^~que havia na despem» e só não carregavam a despensa porque não po- ak "^^^^^^^^^"

diam... No enthu*iasmo do discurso, porém, Zé Macaco... ÍlY\ _ ^X^^^^^^~

... escorregou e cahiu, mas mesmo no chão elle continuou o seuformidável discurso, embora a Faustina o aconselha** a abandonaresse assumpto, que não interessava nem ás próprias formijraí!

COME COM SOBRIEDADE. PREMA 0 ESTUDIOSO.

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O TICO-TICO 2Í Abril — li)::.;

R N Mmrmwm^~mM*^amÊBBBOBBm~—m-m~o~BBBm^m h...^*******'

e IbIP:^?-"8 i ©*§>•# # AC-COké <g) /^TICAupEÊ .

Outra carta enigmática offcrece-mos boje aos nossos prezados ami-guinhos. E' fácil e os meninos de-vera decifral-a e. envial-a á reda-cção d'0 TICO-TICO, porque osdecifradores que assim o fizerementrarão em sorteio para o premici— um bello livro de historias in»fantis

As decifrações devem estar naredacção d'0 TICO-TICO até odia 3 de Maio vindouro.

Damos a- seguir o resultado dacarta enigmática publicada em 21de Janeiro :"Menino! Nunca te esqueçasdos teus deveres escolares e do res-

peito que deves aos teus semelhan-.tes."

Recebemos 1.937 soluções certase premiamos com um bello liyro d»íhistorias infantis a do concurrente

ORLANDO VETERE,de 13 annos de edade e morador ãRua do Bispo n. 35, nesta Capital.

No mundo ha muita verdadeQue nem ioda gente diztSeja por medo ou amizade,Porque não'quer... ou não quiz,

Mas a verdade, senhores,Deve ser dita, afinal;E só merece louvoresQuem a proclama e é leal,

Ha palavras que mascaramA verdade nua e crua,E seu effeito separamQuer em casa, quer na rua.:

Vou dar amostras ligeirasDaquillo que estou contando:São verdades... verdadeirasQue podem ir annotando :

Homem pellado é careca,Quem é Camões é caolho,Menina esperta é sapeca.Menino mollc é trambolho, .

L2- *¦ V .-¦»' ~vL

VERDADES

(MONÓLOGO)

Casa de palha é mucambo.Nariz de tucano é béque,Vestido velho é molambo.Menino preto. . . é moleque

Sapato velho é chinelloQuem come carneiro é lobo,

Quem "come terra" é amarello.Menino calado é bobo.

Gallo pequeno é nanico.Doce de coco é cocada;Burro pelludo 6 gerico,Porcos em vara é manada,

Faquinha velha é quicé4Soldado novo é recruta,Vinho fraco é capilé,O mamão é boa frueta

Gato de côr é malhado,E na hespanlia boi é touro.Marido é homem casado.Bicho que zumbe é bezouro.

Gente de circo. .. é sabida,

Jornal mal feito é pasquim, '

Ladeira acima é subida,Cheirosa flor c o jasmim.

Chicra sein asn é tigella,Um rolo ôco é canudo.Bacia de páu: gamella,Panno macio ê velludo.

Um tição de fogo é braza.Homem calado é casmurro.Moça sem cjote não casa,Cavallo orelhudo. .. c burro,

Quem fala só. . . é maluco,

Pinto sem rabo é surico,

Ave ciuc pia é macuco

O melhor jornal é o TICO...

E. WANDERLEY

A SEMENTE E' UMA RIQUEZA. TU Ali ALUA COM CONSTÂNCIA-

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J>í — Abril — 1ÍJ:J3 23 —. O T I t: O - T I c o

exercício escolarDESENHOS PARA COLORIR

. —_—.—_. .

4

—1 »Um apparelho O vaso de flores

Os quatro desenhos desta pagina devem ser coloridos a lápis de côr ou aquarella. Constituem taes desenho3motivos para os nossos leitores se aperfeiçoarem na bella arte que é o desenho.

*^Ml. ^ ^M fff% x

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O <7 a f o Í7 //; .t p a i z a g e m

SAÚDA SEMPRE O SOL ¦ m NÃO ESQUEÇAS TEU VALOR

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o i i ( o - i i t; o Abril — lM-'!a

vcMcclaie;,.

O SEGREDO DO CAPITÃO KEMO(Continuação das Vinte Mil í.cguas Submarinas, de JÚLIO

VERNE) — (45)

Ayrton fora. provavelmente, as-•assinado por aquelles miseráveis,que possuíam armas de fogo. dccujo primeiro uso resultará o feri-mento quasi mortal dc Harbert.Seriam aquelles os primeiros golpescom que a fortuna adversa queria: ¦ perímentar os colonos? Eis o queCyrus a si próprio perguntava!

E isto mesmo era o que elle rc-petia no repórter, parecendo tambema ambos que n intervenção tão sin-guiar como cfficaz que até entãoos tinha servido, começava já afaltar-lhes. Teria acaso o sêr mys-terioso, quem quer que fosse, cujaexistência aliás, não podiam nc<

sabido da ilha ? Porventura teriaelle tambem suecumbido "

Estas perguntas não tinham res-posta possível. Mas não se imàgi-nc porque Cyrus Smith e o compa-nheiro tinham destas conversas, que.eram homens para desesperarem !Nem por sombras. O que ellesqueriam era pôr-sc frente a frentecom a situação, analysar-lhc todasas probabilidades prováveis ou con-trarias, afim dc se prepararem parao que desse e viesse, para estaremfirmes c inabaláveis frente a frentecom o porvir, para que, se fossemdc ser alvo dos golpes da ndversi-dade. esta encontrasse nelles dois

homens preparados a combater. Aconvalescença do moço enfermo, iacaminhando regularmente." Só uma„cousa era agora para desejar, queo estado do doente permittisse'queo transportassem para Granif.e-Hou-se. A habitação do curral, apezardo seu bom arranjo interno c pro-vimento, não podia proporcionar oscommodos da boa c salubre mora-da de granito, não offerecendo demais a mais a menor segurançapara quem ali residia; por maiorque fosse a vigilância os colonosestavam sempre em risco de apa-nhar algum tiro dos degredados.Além, pelo contrario, nov seio da-quella inexpugnável e inaccessivelmolle de pedra, os colonos não te-riam que recear-se de cousav ai-guma, porque qualquer tentativacite se fizesse contra as pessoasdelles devia ficar frustrada. Todosos colonos, pois, estavam á esperacom impaciência do momento et 1que fosse possível transportar Har-bert sem perigo, e decididos a rea-lizar o transporte, apesar de seremmuito difficeis quaesquer communi-cação através das mattas da Jaca-mar. Não havia a menor noticia dcNab, mas isso não dava cuidadoalgum aos colonos. O valente negreestava bem guardado nas profun-dezas de Granite-House, e não erahomem que se deixasse apanhar desurpresa. Nem lhe tinham reenvia-do Top, por julgarem inútil exporo fiel animal a receber algum tiroqtte podia privar os nossos colono?do seu mais útil auxiliar. Os colo-nos. como se vê, estavam á espera.mas com grande pressa de se acha-rem reunidos em Granite-House.

Ao engenheiro custava-lhe verrs suas forças divididas, no quenão havia conveniência senão paraos piratas. Desde que Ayrton des-«.pparecera eram só quatro contra-cinco, porque Harbert não sé po-cliã metter ainda em conta é eraesta uma das maiores afflicções^dobom do moço, que bem comprehcn-dia de õuahtna embaraços eracausa !

A questão dc saber o que nasactuaes circumstancias se devia fa-zer em relação aos degredados, foidiscutida e tornada a discutir nodia 29 de Novembro entre CyrusSmith, Gedeão Spilett e Pencroffnum momento em que Harbertadormecido não podia ouvir o quese dizia.

(Continua no próximo numero)

St PACIENTE, I' I NAO TE IRRITES,

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24 _ Abril 1935 O T I C O - T I i; (_

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O que mais aborrecia Henrique,na vida, era o ser obrigado a levantar-

se cedo. Toda a sua preoccupação era sódormir. E quando o gallo cantava o patrão obrigava-o a deixar-a cama e se..rm

J^-L 1-SM -UBi ^WL. I

.. .pôr ao trabalho. Henrique leu, um dia. numjornal, que havia casos extraordinários de lethar-

gia (moléstia do somno) em que pessoas atacadasdesse mal nada soffriam e dormiam á farta. "Seriaum bom negocio, pensava o preguiçoso, ficar...

. ..tranqüilamente na cama, onde não me incommo-dariam e teria ainda a honra de ser phenon._no!"Foi consultar, com esse pensamento, a uma;sua vi-¦zinha que tinha fama de feiticeira. "Não

poderiasdar-mc um elixir que fizesse dormir muito...

...tempo?...".— "Tenho um já feito, disse a fei-íeceira, e lhe entregou um frasco". — "Bebe umacolher toda manhã e me dirás em seguida o resuítado". Chegando a casa experimentou Henrique oelixir. immediatamente ellese sentiu tomado de...

MBg^ " ' " ¦ ¦ ^mrsmmW W-W mMmwmmamsammmzsssagatsmmmmmamwm^m^^^mmta/mmmmmmammaÊmm^^^

__ _J__W_^~~ . ___________ ___________ W_______rii-i i _-^"i_n ¦¦__ i-__i__h——ulul. _*_______! *-

,- , ___,, j __ _rT^...-.uma energia invencível; não somente dcsappare-ceu-lhe o desejo de dormir como ainda todo trabalho,lhe era leve. Em toda a parte não se falava outracoisa senão na sua actividade. Henrique tornou-se omodelo dos trabalhadores. Tempos depois, voltou omoço á feiticeira e pediu-lhe:...

..."Queria um outro frasco desse elixir qucurou da preguiça". — "Tú já não tens mais preci-são delle. Convencido que meu eüxir tinha um ef-feito mágico, vencesíe tua indolência e descobrist.em seguida que o trabalho dá a satisfação e o _on-tentamento do dever cumprido.

APRENDE A SER JUSTO. NAO TENHAS ORGULHO.

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O TICO-TICO — 26 2Í Abril — 1935

"Coração de Bronze"(MUS. MERVYN)

Ha muitos annos existiu numa velha cidade daEscócia um homem a quem os habitantes affirniavampossuir — "um coração de bronze".

Os piais fanáticos attestavam que as palpitaçõesile lão extranbo coração ouviam-se atravez da carne,como um sino metallico repercute as badaladas a dis-taneia; — outros ainda asseveravam que o dono detal ougão tinha por companheiros gênios malfazejos,que o forçavam ao isolamento, tornando-o impenetra-vel c insensível — como uma pedra. A' noite, diziam,apparcciam espectros, que eram vistos vagando napenumbra, evitando os raios do luar e fugindo dosolhares indiscretos — nos jardins desertos do cas-lello em que morava. Sabia-se, entretanto, que esteser anormal era um dos últimos descendentes de umnome fulgurante da velha aristocracia ingleza, occul-lo naquelle castello medieval de onde ninguém seapproximava, receoso da sua maldade... e o myste-rio em tonio de sua pessoa augmentava dia a dia —"porque a humanidade tece dc phantasias tudo queestá fora de sua percepção".

— "Numa noite nevoenta e triste, em que a tem-per atura baixara horrivelmente, atemorizando os po-brczinhos, que não tinham agasalhos próprios para oinverno—unia Ireança de uns seis annos talvez, pordeseuido dos pães, ou mesmo pela neve (pie cahindo,interceptava todos os caminhos, perdeu-se, vindo ba-ter de encontro ao portão enferrujado do velho ca-sarão.

Inconsciente na sua innocencia, eil-a a tocar acampainha esquecida, transida de frio e fome, na in-tcnção dc procurar a niamãezinha, certa de que ai-guem lhe mostraria o caminho, que a neve cobrira,como um lençol de linho... De repente, sentiu-seagarrada por duas mãos vigorosas e bruscamente ati-rada dentro de uma sala humida e escura, onde, as-sustadinha c amedrontada, rompeu em soluços,

Mas... ao segurar com tanta violência a crean-ça, que ousava perturbar o silencio sepulchral e in-violável do castello — o Coração de Bronze lhe re-bentara o cordão de ouro que trazia, pendendo umamedalha, que reflcctindo um retrato de moça fidalga"c bella, vibrou a alma rude e egoísta de Lord Ba-tckward... pois elle reconhecera naquella physiono-,hiia angelical — Lady Backward — sua filha, quejulgava morta, como morta estivera desde que fugirado palácio, para casar-se com um plebeu... E oódio, que o tinha suffocado todos aquelles annos, fa-zendo-o produzir o mal, esquecendo-se dos deveresdo humanidade para com seus semelhantes — só ofizera infeliz, como acontece a todas as creaturas,quo se deixam dominar por estes sentimentos infe-riores. Que felicidade teria usufruído, se tivesse tro-cado: o ódio pelo amor e a vingança pelo perdão!?

Mas, não... assim não tinha feito no seu egois-hio o na sua dureza, dando razão ao justo cognome:"Coração de Bronze",

E aquella creança, cujos olhos azues dc uma suavi-dado infinita, fitaram-no pedindo protecção o abrigo,jera certamente a sua netinha, que sem querer, fizeravibrar as cordas insensíveis dc um coração, cujas pai-pitações, eram semelhantes és badaladas do um sinometallico.

«Quando na noile seguinte, os pães da menina, can-

sados de procural-a, trêmulos de medo se approxima-vam do castello Encantado, ficaram deslumbrados: —"Era tudo uma magnificência de luz!" Toucaram-se deluz os Jardins abandonados; scintillavam as baixellas deprata — o «s galerias 'Iluminadas, mostravam no pincelde Van Dick, a linhagem fina dos anoestraes de LordBackward... o... dc um salão, onde phosphorescia umjacto de luz dourado de um lustre feudal, npparecia a

TOTÓ, O HERÓE

A \A^ í i v I ** fi ' __-—_* ///4&A*â>

— A dona deste chapéo cahiu no rio!

Vou salval-a!

Correrei e atirar-me

ei á água!

~áâ$AA&zm^-^_8__W_5-i*~^->Ec=__áSp_«# v_! ^___s_ ^^Qi ,-c--^í-———

¦— Ah! A pobrezinha lá está, a boiar, sem forças".

-_^y.~^__.

— Mas nadarei, nadarei até alcançal-al

1klwfh**— Eil-a, sã, molha-

dinha! A boneca maislinda da minha dona!Hei de ganhar um pre-mio!

E Totó teve a Jus-ta recompensa do seuheroísmo: — ganhouum lindo osso!

_-?i_E___________________i»VVVV\rV^VVVVVWVV^/>^VV^/VVVVV^IVVVW\VVVVV>

menina sorridente e feliz, a brincar sob o olhar doce oenlevado de um velho, que toda a Escócia jamais re-conheceria.

Diante deste quadro singular, os dois esposos rea-niniaram-so, e penetraram nos humbraes do palácio,que se paramentara para uma festa... c qual não foi asurpresa de ambos, ao sen tirem-se apertados por doisbraços fortes, num grande abraço, quo era a revelaçãodo perdão, do arrependimento e da reconciliação.

í.Desde ahi, nunca mais se falou no "Coração de

Bronze" — normalizaram-se as palpitações, fugiram osgênios malfazejos: "lendas que a humanidade empres-ta, aos segredos íntimos de cada coração"

A BONDADE ENNOBRECE. €_} A PRUDÊNCIA E' VIRTUDE,

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24 — Abril — 1935 — 27 -

LEÃO, MACACO & CIA.0 TICO-TICO

O tio Lucas

Commigo é nove! I

¦' Este é o arco do Triumpho!Cgr I O' Tio Lucas! r

Caminhava pela estrada uraUrso e, atraz delle, o Dr. Simão achamal-o: — "Tio Lucas. O' tioLucas"! porém fingindo não ouvir,o Macaco procurava um sitio de-serto para agarrar o Dr. Simão.

O bruto levava o bucho vasio. ^..campo das lebres; lá o Tio en-De repente o Urso ergueu-se para contrará lebres com fartura!" Ofalar com o simio encontrando-o Urso ficou muito contente, ia en-tambem em posição de defesa. cher o seu bucho de macias carnes"Meu caro tio Lucas, disse o Ma- 'de lebre. Mas, fincado na estrada,caco, chamei-o para leval-o ao... elle viu um arco de ferro e..-,

Conheceu, papudo:

.. .perguntou ao Macaco o que era aquillo. — "Isso,disse o ladino simio, é o Arco do Triumpho, por on-de passam as lebres de importância nos dias de fes-tas!" "Então, disse o Urso, por ahi é que eu devopassar!" O arco arriou e prendeu o Tio...

Ha mais tempo! \ip\ l \

' \jfi"*-.-. ¦' _i\

ca_íl5- ' ''¦- .

i^_^^»*-^__^_^.^.^.•^v.

^«s_.C"~,_-s-;;___'*•«--^*.\..u*.W!r;.>-' , __ .v*i ¦-..;--- W; S

^T__Orlccni««*

...que ignorava que aquillo era uma engenhosaarmadilha para apanhar animaes vivos. O Ursogrunhiu desesperadamente, até que appareceu odono da armadilha: poz-lhe um açaimo de ferro nofocinho, uma argolla no nariz e o conduziu _ feira.

PROMETTE E CUMPRE. NUNCA MINTAS.

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l> TICO- 1 I C 1» — 28 - 2í — Ais*-íí — 1935

NoMOS /^iv^'W\ ^ONCUR/O/

JRESULTAÜO DO CONCURSON.° 23

fÃ\ slA|jg^JVj^¦ otfs i a^Vu

(H___jlj___lí_]-/9 _L_LJlALAiil

/^'JtIoIr m e m TA_-BVAjS 5 E T I ^A-^^OB

'Solução exucla do concurso

Sol.ciokistas : — Luiz Carlos deCamargo, Clecy Porto Cardoso, MaryBer.liin Ramos, Lucy Pimenta de Oli-veira, Carmen Marques Pereira, Luiz«Ia Graça Castello Branco, Ornar Al-¦ves de Cirvalho, Erh Faller, LuizCarlos da Costa Leite, Nilo Gomes dcMattos, Nilza Martins, llka de Almei-da Rerolatti, Joaquim Rodrigues,Emiiy Mary Dohbin, Celina GloriaAlonso, Roberto Amaral Souz a,Ennio Passos, Carolina de Oli-veira Barbosa, Amélia Carolina deSouza, Luiz Gonzaga Lucas da Silva,Neuza Blondet, Geysa de Barros Cor-reia, Ilza de Almeida Porto, HelenaRoubaud, Sônia Souza, Ivonnc ZenithJorge, Hélio Carlos Soares, SylvioNey Guerra Ribeiro, Nelly Furtado,Yedda de Almeida Alvares. LeonorNogueira Soares, Leda Coelho Leal,Orlando Vctera, Maria José Azevedo«le Souza, Yvonne Sparapanl, MariaVieira de Wetterli, Sylvio RrunniHerdade, Antônio dc Souza Barbosa,Dauro Costa do Souza Aguiar, ElisaCosta de Souza Aguiar, Jorgo Silva"dos Santos, Cláudio Elichirigoity,Lourdita <le Carvalho c Sylva, NeuzaCarvalheira, Carmen Lupinaci Pinto,Nelly Amaro Vianna, Heliton MottaHaydt, José Alves Villela, Leocadio

O TICO-TICOrropriediide da S. A. O MALHO

EXPEDIENTEASSIGNATURAS

Bra3il: 1 anno _5$0006 mezes 13?000

Estrangeiro : 1 anno 75$0006 mezes 38$000

As assignaturas começam 3en»preno dta 1 do mez em que forem to-madas e serão acceitas aunual ousemestralmente. TODA A CORRES-PONDENCIA como toda a remessado dinheiro, (que pôde ser feita porvale postal ou carta com valor de-clarado), deve ser dirigida á S. A.O Malho, Travessa do Ouvidor, 34— Rio. Telephoue: 3-4422.

PÍLULAS

(PÍLULAS DE PAPAINA E PEDO-PHYLINA)

Empregadas com suecesso nas molestia3do estômago, figado ou intestinos. Essaspilulas, além de tônicas, são indicadas nasdyspepsias, dores de cabeça, moléstias dofigado e prisão de ventre. São um pode-roso digestivo e regularizador das func-ções gastro-intestinaes.

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Encontra-se nas boas pharmacias eDrogarias.

L. Lacerda,' Nice Leite Dayreit,Vera Azevedo, José- Malagriso Netto,João Rosco Lemos Ferreira, Vera deCarvalho Armando, Jackson F. Qua-resma, Arnaldo Hccht, Lucy Simo-netti, Fadah Scaff Gattess, PauloRangel Coelho, Eduardo Evaristo deSouza, Leopoldo Silva, Luiz CarlosVidal, José Carlos Paula Freitas, Se-bastião de Ângelo Castanheira, Niciada Cunha Velho, Gilda Araripe, Ivo-naide da Silva Menezes. Walter Pe-troni.

Foram premiados com um lindolivro de historias infantis rs seguiu-tes conciiirentes:

IVONAIDE DA SILVA MENEZES

residente á rua Marechal Rangel ri.293 — Cascadura, nesta Capital.

ENNIO PASSOS

residente á rua Lcvindo Lopes n.°570 — Bello Horizonte, Minas Geraes.

. YEDDA DE ALMEIDA ALVARES

residente á rua Salvador Corrêa n*46 —- Cidade de Campos, Estado doRio.

RESULTADO DO CONCURSON.° 24

¦ Itcsiiostas certas'.

V — Altas.2" — E\3" — Chile.4" — Franco — Franca.5" — Tucano.

Solucionistas : — Jeny Nelly Co-ny, Delcio Carlos . Dayrell, HelitonMotta Haydt, Celso Bittcncurt, Mar-cello Pernambuco, José Alberto Bra-zão José Malagrino Netto, João Bos*oo

'Lemos Ferreira, Otto C. Rezende,

Arnaldo Hecht, Lucas Simonette,Amélia Carolina dc Souza, Luiz Gon-zaga Lucas da Silva, Neuza Blondet,Geysa de Barros Correia, Ilza de Al-meida Porto, José Macedo, HelenaRonbaud, Leda Coelho Leal, Hélio

Impurezas do Sangue?*********¦_—i i _i_» '¦ ¦ ¦•** - Mm***»a*a****-m*m*a*******w**m n '

TOMB

EMXIR OE J-OGÜEIRHdo Ph. Ch. Joito da Silva Silveira

Assim provam os valioslsslmos attestados exhl-bidos diariamente, acompanhados de photographias,níio só de lllustres médicos como de cumdos mm (Se-nhoras, Senhoritas, Cavalheiros e Creanças até detenra edade).

MENINO: diga aos seus paes que arevista O MALHO, em sua

phase de off-set enova

ENSINA AO IGNORANTE*

rotogrnvura tem a melhor leitura e a melhor dis-tracção para qualquer pessoa. Além dos contos, bemescolhidos e bem illustrados, publica semanalmentechronicas e novidades, ao lado de supplcinentos demodas especiaes para as senhoras3 Convém ver...para crer*

O senhor dará ura magnífico presente ao seu filhi-nho comprando o bello livro "Meu Livro de Historia-".A' venda em todas as livrarias.

TUA PALAVRA E' SAGRADA.

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21 Ahiil — 1985 o t i c o - n <; ii

Carlos Soares. Leonor Nogueira Soa-res, Sylvio Ney Guerra Ribeiro, Yeil-da de Almeida Alvares, Luiz SoaresRàpyo, Oswaldo Cândido de Souza,Ilka de Almeida Berolatti, ErmelindaGonçalves da Cunha, Luiz Carlos deCamargo, Clec.y Porto Cardoso, Bet-ty Bentim Ramos, Carmen MarquesPereira, Antônio José da Luz Cas-tro, Ornar Alves de Carvalho, New-ton dc Mattos, Aldo da Costa Leite.Léa de Carvalho Silva, Nilza PaulaPessoa Martins, Dareylla Daisy Pi-nheiro da Silva, João Benedicto Ri-beiro, Celina Gloria Alonso, JoaquimRodrigues, Maurício C. Ferreira Li-ma, Antônio Luciano de Mello Cam-pos, Ennio Passos, Samuel da CostaGrillo, Marcello Pernambuco, Caroli-na de Oliveira Barbosa, Álvaro Sto-vale, Luiz Carlos Vidal, José Carlosde Paula Freitas, Vinicio d'AngeloCastanheira, Gilda Araripe, Luiz Ar-mando Sardo, Maria da Cunha Ve-lho. Yéra Azevedo, Sônia Souza, Or-laudo Gind..ti, Leopoldo Silva," Nel-sou Augusto 1'edral Sampaio, LedaLacerda, Dauro Costa de SouzaAguiar. Kdisa Costa de Souza Aguiar,Lourdita de Carvalho e Sylva, Neu-za Carvalheira.

Foram premiados com im bello li-vro de historias infantis os seguin-tes concurrentes:

OMAR ALVES DE CAMVALIIO

residente á rua Costa Lobo a." 25, ca-sa ."* — nesta Capital."

NELSON AUGUSTQ PJ-DRAL SAM-PAIO

residente á rua Capitão Pinto Fer-reira n.° 30 na capital de S. Paulo.

C O N C L" 15 S O N.* 3 4.

Para os leitores desta Capital e dosEstadas próximos

Perguntas:

1' — O que é, o que é que sêai-pre está no meio da rua?

Odette Lima

2" — Qual a frueta que também éinstrumento de carpinteiro e ferrei-ro?

(2 syllabas).Alberto Lima

3* — Qual o astro que está na mu-sica?

(1 syllaba).Oscar Loureiro

^)am unljas IinfiasésmalteSabt)

V. S, ESTÁ CONCORRENDODIARIAMENTE, TALVEZSEM SABER, A

6 premios de 100S000EM DINHEIRO NO CONCURSO DO

jMaHc^»tfiicía#

"611»Já popularizado com a denominação

p jut-.hr iNADA tem V. S a fazer para

concorrer a es*es premios e

QUASI NADA precisa fazer

para recebel-os, toda vez quefor sorteado ¦—

Tome àn '4 algarismos flnacs (milhar) do numero «le fabricação do «cmAutomóvel, <lo seu Apparelho de Radio, do seu Piano, du sua Machina deCostura e dos Medidores de Luz e de daz inslallados na sua casa. Atmote-ogno logar paia isso reservado na capa da LISTA DK TI.M.rilONJ.S, ou ein«pialipiei' outra parle, e os confronte, todas as manhãs, cota os O milharesdiariamente sorteados na redacção do DIÁRIO DI. XOT1M.S e publicadospor esse jornal. Coincidindo ua desses militares com o do ohjeetõ corres-pondenle em poder <le V. S., reclame o seu premio pelo telephone 23-5915,entre 9 e JO horas da manhã. O leitor ]>oder_, assim, receber, no mesmodia, de uni a seis prêmios de 100.SOOO, em dinheiro.

Somente o. leitores do Dislricto Federal e Xiclheroy podem concorrer.Para os assistentes do interior lia outro concurso, com o premio diário de.8008000.

4" — Qual a peça dc vestuário queí tempo de verbo?

(2 syllabas) .Armando Costa

5" — Qual o mineral que no mas-Clllino c nome dc homem?

• (2 syllabas) .Aloaro Pacheco

Eis organizado o novo concurso deperguntas. As soluções devem serenvia.Ias á redacção (('<) TICO-TICO,separadas das de Outros quaesquerconcursos e acompanhada^ do no-

mi', edade e residência do concor-lente e do vale n." 34. Para este con-curso, que será encerrado no dia 14de _laio vindouro, daremos comopremio de 1" e 2" logares, por sor-

Doenças das Creanças — llegiroeuiAlimenta res

DU. OCTAVIO DA YI.K-.ÍDirector da Instituto Pasteur do Rio de Jí-neiro. Medico da Creche da Casa dos E.pos-tos. Do consultório de Hygien* Infantil (D.N. S. P.). Consultório Rui Rodrigo Silva,14 — 5." andar 2.«, 4." _ 6." de 4 ás 6 horas.Tel. 2_ 2ii(M — Residência: Rua Alfredo Cha-

V*s, .6 (Bolafo^u) — Tel. 2<i-<U27

CONSERVA O CARACTER LIMPO. ®' AMA AS ARVORES.

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:!) TICO-TICO 30 — 2í — Abril — 193?

C O N C U P. S O N. .1 a

Para os leitores desla Capital e dos Estudos

j|5 U-F^^*—k/-f =u-——•___ p_ \

Mais um concurso de palavras cru-z;nl;is, fácil com as seguintes "cha-

ves";

Horizonlaes;

1 — Gosta.3 — Novo Mundo,li — Massa d'agua.8 _ Ponto final.Sl — Hio do Brasil.

1il - Das abelhas.13 — Causa ardor.14 — Residência.1") — Aqui.16 — Alli.17 — Para enxugar.21 — Ensino Municipal.22 — Nome bíblico.2.") — Logar de Installação,27 — Acha graça.28 — Não é meu.SQ — Lâmpada,31 — Corrosivo.35 — Cidade brasileira.37 — O que o palhaço fax.38 — Tempo do verbo amar.SO — Cidade da Argélia.

Verticaes',

1 — Liga sportiva.3 — Antônio Mattos.

— Medida.— Instrumento agrícola,

7 — Côr.11 — O que o cão faz.12 — Aborrecido.15a— Goste.18 — Tomar tudo.1Í) — Argolas.20 — Nota.23 — Hio do Brasil.25 — Tocar.2!) — União Progressista.31 — Ferro temperado.32 — Não é volta.33 — Departamento Autônomo Na-

cional.36 —. Nota.

As soluções devem ser enviadas áredacção d'0 TICO-TICO, separadasdas de outros quaesquer concursos eacompanhadas não só do vale quetem o numero 33, como também daassignatura, edade e residência doconcurrente. Para este concurso, qucserá encerrado no dia 2G dc Maiovindouro, daremos como prêmios del°i 2° c 3° logares, por sorle, entre a?soluções certas tres livros illustradoíde historias infantis.

te, entre as soluções certas, dois ri-cos Livros de historias Infantis.

r^ÜLÊPAPA O

CONCURSO

IVALEPARA OCONCURXO

33.

N?5 34.

Escove seus dentes, mas não limitea isso sua hygriene baccal. Faça uma

:is gengivas,.ando-as dc cima. para baixo C dc

baixo para cima.

¦—(WirReapparecerá emMaio próximo a

IL.UÍ10BRASILEIRA

mensario dos artes,sciencias e cuíturabrasileira, editadapela S.A. O Malho

LU|f^ipii^tn[mtirl," ijfll iiiii»' tULULUill "¦"¦ tu

LIMPEZA DO CORPO. IIYG IENE DO ESPIRITO.

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AS • AVENTURAS DO CHIQUINHO DtFFAMADOR CASTIGADO____-______?„__.1

Um grupo de menino» da rua, maleducados, puzeram uma escada encos-tada ao muro de uma chácara e furta-ram grande quantidade de mangas.Depois, quando presentiram a appro>ximação do chacareiro fugiram, -

O dono da chácara suppondo serChiquinho o autor daquella proeza,foi procural-o em sua casa. Chiqui-nho ficou indignado com o juizo queo homem fez a seu respeito, protes-tou e jurou vingar-se. Elle fazia as...

suas travessuras, mas, era incapaz depraticar acções daquella ordem. Benja-num aproveitando a dístracção de todos,enfiou no bolso do homem, um pedaçode lingüiça. O homem depois de apre-sentar as suas desculpas retírou-se

^3£\\,p is^.

<-Wü>(Jm,Na rua, porém, viu-se de repente cercado de uma

porção de cães vtra-latas. Os animaes saltavam-lhe emcima rasgando-lhe a roupa e embora enxotados á benga-ladas não deixavam o homem caminhar, fazendo-o, porfim cahir.

Nesse momento, o menor dos cães, o "Bolinha", ti-rou do homem o pedaço de lingüiça e sahiu a correr. Foinesse momento que" chegaram Chiquinho, Benjamim eJagunço em soccorro do velho. Só Benjamim, porém, sa-bia a causa daquella aggressão, de que fora autor.

FOGE DOS VÍCIOS NÃO ACCUSES SEM PROVAS

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2i — Al.i-.l — 1935 O TICO-TICU

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