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REAPROVEITAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA PARA FINS NÃO HUMANOS
João Lucas N. Tavares – [email protected]
Faculdade 7 de SetembroGraduação em Engenharia de Produção.
Resumo: Ultimamente nota-se uma preocupação em preservar a natureza e seus recursos naturais. A água doce é um dos mais importantes recursos da Terra para os seres e para a natureza, porem encontra-se ameaçada devido à má utilização (sendo desperdiçado de diferentes formas, que ocorre principalmente nas grandes cidades), escassez e qualidade e isso é preocupante já que é um recurso finito. Neste contexto fontes alternativas para reuso de águas estão sendo estudados conforme a necessidade de reaproveitamento seja ela domiciliar ou industrial. Essas fontes podem ser por meio de aproveitamento pluvial para lavagem de pisos ou rega de jardins e o reuso de águas cinza, que nas residências se utiliza na maioria dos casos em vasos sanitários. Dentro dessa perspectiva, o objetivo da pesquisa é mostrar sistemas diferentes, que podem auxiliar o morador a captar água da chuva e utilizá-la em sua residência, diminuindo uso de água potável.
Palavras-chave: Reaproveitamento pluvial, Reuso de água, Sistemas de captação.
Abstract: Lately we note a concern to preserve nature and its natural resources. Fresh water is one of the most important Earth's resources for the beings and for nature, however it is threatened due to misuse (being wasted in different ways, which occurs mainly in big cities), scarcity and quality, and this is worrying since it is a finite resource. In this context alternative sources for water reuse are being studied as the need for reuse, be it home or industrial. These sources can be through harnessing rainwater for floor washing or watering gardens and the reuse of greywater, which is used in most cases in toilets. Within this perspective, the objective of the research is to show different systems, which can assist the resident to capture rainwater and use it in his home, reducing potable water use.
Keywords: Rainwater recycling, water reuse, systems of captation.
SUMÁRIO
1
1. INTRODUÇÃO.................................................................................p.3
2. ÁGUA NO BRASIL/MUNDO............................................................p.4
3. REUSO DE ÁGUAS........................................................................p.6
4. CONSTRUÇÃO DE SISTEMA........................................................p.74.1 Sistema Ecológico..........................................................................p.8
4.2 Sistema planejado..........................................................................p.9
4.2.1 Captação...................................................................................p.10
4.2.2 Filtragem...................................................................................p.10
4.2.3 Armazenamento........................................................................p.11
5. ESTUDO DE CASO.......................................................................p.12
6. CONCLUSÃO................................................................................p.13REFERÊNCIAS...................................................................................p.15
1. Introdução
2
A partir de 1830 a população mundial cresceu de forma exorbitante,
este ritmo acelerado preocupa muitos cientistas já que, com este ritmo de
crescimento populacional a quantidade de suprimentos começaria a entrar em
escassez, sendo um deste a água. De acordo com estudos feitos pela
Soeco/MG (2004) o crescimento anual é de cerca de 78 milhões de habitantes,
em consequência disso a quantidade de água doce vem sendo diminuída ao
longo do tempo. Estima-se que a escassez progressiva ocorra no intervalo de
1955-2025. (MORENO, OLIVEIRA, 2013)
Ultimamente nota-se uma preocupação com a natureza e seus
recursos naturais, sendo uma delas a água. A água doce corresponde a 2,5%
de toda a água do planeta, sendo que aproximadamente 98% desta se
encontra em lençóis subterrâneos. Isso mostra que há apenas uma pequena
porção de água que pode ser utilizada para consumo humano. (LISBOA et al.,
2013)
Fewkes e Butler (1999 apud MANO 2004), dizem que coletar,
armazenar e utilizar água da chuva proveniente dos telhados é uma das formas
mais simples de redução do uso de água potável nos municípios, sendo que
um maior aproveitamento da água pluvial dependerá de onde a residência se
encontra. Já Thomas (2001 apud MANO 2004), afirma que é uma tecnologia-
chave para o problema hídrico do sertão brasileiro, porém ela não oferece
100% de segurança hídrica, pois necessitaria de grandes cisternas para
acumular uma quantidade suficiente de água para suprir a demanda da
residência. (MANO, 2004)
Técnicas estão sendo estudadas com o intuito de reaproveitar e
diminuir o descarte deste recurso que é imprescindível para vida. Uma das
alternativas seria a água pluvial, uma vez que em locais que há pouca ocasião
de precipitação, é necessário ter um método de coletá-la em épocas de inverno
e armazená-la no período de escassez, como o sertão nordestino que muitas
famílias a utilizam para irrigação e outras atividades. (LOPES et al., s/a,
LISBOA et al., 2013)
Silva (1993 apud LOPES et al. s/a) diz o seguinte a respeito da
importância da chuva para o semiárido brasileiro.
3
O risco da agricultura dependente de chuva e a falta de água para consumo humano e pequenas criações constituem a principal causa da baixa qualidade de vida no meio rural, principalmente nas zonas áridas e semiáridas, que correspondem a 55% das terras em todo mundo e a 13% do território brasileiro. (SILVA ET AL., 1993, p.01)
A Embrapa desenvolveu um projeto para diminuir os períodos de
estiagem e proporcionar uma vida melhor aos moradores do sertão.
Alternativas de manejo de solo e uso de água da chuva. Dentre as principais
alternativas tecnológicas desenvolvidas, uma delas é uma cisterna rural, que
consiste em um reservatório fechado para armazenar água da chuva com o
intuito de atender as pessoas e animais de pequeno porte. É uma técnica
permanente que capta, armazena e evita desperdícios de água pluvial por meio
do escoamento superficial do telhado. A utilização desses meio reduz a
utilização de outros métodos para abastecimento de água para a população,
como os carros-pipa. Porém não está solucionado o problema da seca do
Nordeste. (LOPES et al., s/a)
Vale ressaltar que a qualidade da água estará diretamente ligada a
região em que ela for captada. Se coletada em centros urbanos a qualidade
não será a mesma da zona rural onde existe menos poluição, no entanto como
as nuvens podem se mover de um local para outro, isso implica que nem
sempre a água será totalmente limpa.
Materiais que, até então são descartados como lixo, podem ser
utilizados para captação e armazenamento dessa água, como as garrafas Pet,
a qual será apresentado um projeto que pode ser viável, além de outras
maneiras, como calha em telhados e cisternas. Existem outros tipos de
reaproveitamento, é o exemplo da água de cinzas proveniente de tanques,
água de chuveiro, lavadoras de roupas, etc. e estes se diferenciam das águas
negras que são oriundas de vasos sanitários e pias. (LISBOA et al. 2013)
2. Água no Brasil/Mundo
A situação mundial atual do uso de água se mostra mais intenso do
que há pouco tempo atrás, ocorrendo principalmente na agricultura e na
indústria o que supera o ritmo de seu ciclo natural. Uma parcela da água
4
utilizada pelas indústrias e pela agricultura é despejada em mananciais,
retornando para o seu ciclo natural. Mas nem sempre essa água é tratada da
forma adequada e juntamente com a falta de saneamento ambiental,
principalmente em países pobres, acaba contaminando estes mananciais.
(GOMES, PEREIRA, 2012)
Mesmo que 71% do planeta seja coberto por água em estado líquido,
observa-se que existe uma má distribuição. Países, onde a presença de água
potável é menor, utilizam métodos de “purificação” para obter uma água
doce/potável a partir da água do mar ou de algum lençol subterrâneo, com o
intuito de diminuir a escassez. (GOMES, PEREIRA, 2012)
A água doce é um dos mais importantes recursos da Terra para os
seres e para a natureza, porem encontra-se ameaçada devido à má utilização
(sendo desperdiçado de diferentes formas, que ocorre principalmente nas
grandes cidades), escassez e qualidade e isso é preocupante já que é um
recurso finito. Muitos fatores contribuem para tal desperdício, um deles seria a
falta de orientação da população de como deve ser tratada/manejada a água.
(MORENO, OLIVEIRA, 2013)
Gomes e Pereira (2012) relatam que,cerca de 12% da água do mundo
se encontra em território brasileiro, possuindo também os maiores recursos
mundiais, tanto superficiais (Bacias hidrográficas do Amazonas e Paraná)
quanto subterrâneos (Bacias Sedimentares do Paraná, Piauí, Maranhão). Essa
grande abundância tem como reforço as chuvas abundantes que ocorrem em
mais de 90 % do território, além de formações geológicas, como crátons e
bacias sedimentares, que favorecem a formação de imensas reservas
subterrâneas, como também possibilitam a instalação de extensas redes de
drenagem, gerando cursos d’água de grandes expressões. Porém há toda essa
água é distribuída de forma irregular pelo país. Em um dos locais onde há
pouca população como a Amazônia, por exemplo, detém 78% da água
superficial. Enquanto isso, no Sudeste, percebe-se o contrario, uma grande
massa populacional para um percentual de 6% de toda a água do país.
Ou seja, mesmo detendo uma das maiores porcentagens de água doce
do planeta e tendo ainda o rio Amazonas em seu território, que é classificado
como um dos maiores do mundo, o Brasil apresenta grandes problemas de
escassez devido ao mau uso e também a má distribuição.
5
3. Reuso de águas
O reuso de água pode ser utilizado em diversas atividades, sendo que
para cada haja uma qualidade estabelecida. Sendo assim o uso de águas cinza
claras tratadas se torna mais favorável ao setor residencial. Esta água é
proveniente da lavagem de roupas, de banheiras, de chuveiros, e diferente das
águas negras e águas cinza escuras, elas possuem uma boa qualidade.
(MORENO, OLIVEIRA, 2013)
Hespanhol (2002, apud GOLDENFUM, s/a), relata que a água sendo
um recurso renovável, reciclada através de seu ciclo, torna-se limpa e segura
para uso, porém com o tempo sua qualidade pode ser prejudicada devido a
ações do homem. Uma vez poluída, a água pode ser recuperada e reutilizada
posteriormente. O nível de limpidez e a finalidade do reuso serão os fatores
que estabeleceram os níveis de tratamentos recomendados, além de critérios
de segurança e custos.
Segundo a Resolução nº 54 de 28 de novembro de 2005, do Conselho
Nacional de Recursos Hídricos – CNRH, o reuso de água constitui-se em
prática de racionalização e de conservação de recursos hídricos, conforme
princípios estabelecidos na Agenda 21. Tal prática reduz a descarga de
poluentes em corpos receptores, conservando os recursos hídricos para o
abastecimento público e outros usos mais exigentes quanto à qualidade; reduz
os custos associados à poluição e contribui para a proteção do meio ambiente
e da saúde pública.
Ou seja, o reuso de água contribui significantemente para a redução no
uso de água potável, evitando que esta seja desperdiçada em atividades em
que a água pluvial cumpriria o mesmo papel.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1973 apud
MORENO, OLIVEIRA, 2013) o reuso pode ser classificado como:
Reuso Potável direto - uso planejado e deliberado de esgotos tratados
para determinadas finalidades, tais como: irrigação, uso industrial,
recarga de aqüífero e água potável.
6
Reuso Potável Indireto – quando a água usada, uma ou mais vezes, no
uso doméstico ou industrial, é descarregada nas águas superficiais ou
subterrâneas e empregada novamente à jusante, de maneira diluída.
Reuso não Potável – pode ser utilizado, de acordo com a qualidade de
uso exigida, em diversos fins, não potáveis: agrícolas, industriais,
recreacionais e domésticos, como regar o jardim, descargas sanitárias e
lavagem de pisos.
Reciclagem Interna – reuso da água internamente às instalações
industriais, tendo como objetivo a economia de água e o controle da
poluição.
Com isso, neste artigo visa-se o reuso não potável, o qual não fará
parte do uso humano, e a água seria designada para os fins supracitados.
4. Construção de sistema
A água de chuva de captação direta pode ser considerada um recurso
de boa qualidade e de quantidade favorável para atender a uma parcela das
demandas e seu reuso possui impactos positivos no meio, como a redução do
consumo de água potável distribuída por redes de abastecimento, diminuem os
riscos de enchentes, serve como uma fonte reserva em situações de escassez
ou emergência e até mesmo ser utilizada pela população que vive no sertão e
sobrevive da agricultura.
Para empregar um sistema de aproveitamento de água pluvial, deve-se
levar em conta onde será instalada, como será a captação e armazenamento.
Serão apresentados dois tipos de sistemas, um intitulado como sistema
ecológico, desenvolvido por alunos de uma escola pública do estado do Ceará,
que utiliza garrafas PET para a construção. O outro chamado de Sistema
Planejado é mais elaborado, com a utilização de filtros e técnicas para tornar a
água mais utilizável. (LISBOA et al., 2013, ZANELLA, 2015, CALIXTO, 2015)
4.1. Sistema Ecológico
7
O sistema ecológico é composto basicamente por garrafas PET.
Baseia-se na idéia de telhado verde/ecológico. Além dos possíveis benefícios
do telhado verde, houve uma idéia de modificar o projeto para que ele pudesse
coletar e armazenar certa quantidade de água proveniente da chuva. Para sua
confecção foram usados conhecimentos matemáticos básicos. (LISBOA et al.,
2013)
Foram feitos analises de como seriam distribuídas as garrafas ao longo
do telhado e de quantas seriam necessárias para se obter uma diminuição no
custo mensal de água da residência modelo, além do formato da garrafa. Com
base nos estudos, foi verificado que para saber a quantidade de garrafas a
serem utilizadas para cobrir a casa seria necessário dividir a área de uma
garrafa pela a área coberta (telhado). O formato da garrafa seria 2 litros lisa, ou
seja, sem curvas em seu corpo. (LISBOA et al., 2013)
Não foi calculado o quanto a casa modelo economizaria fazendo o
projeto, porém em uma pesquisa já realizada com o mesmo intuito de
reaproveitamento pluvial, estima-se ter 40% de redução no consumo. O único
empecilho que é apresentado seria a quantidade de garrafas necessárias. O
autor apresenta como uma saída, coletar as garrafas em centros de reciclagem
para se obter um máximo proveito do sistema. (LISBOA et al., 2013)
O sistema basicamente coleta e armazena. Durante a precipitação a
água começaria a cair nas garrafas com a parte da boca cortada (fig.1) que
estariam com uma rede de proteção para evitar o surgimento de insetos ou
sujeiras, o liquido passaria por uma tubulação (fig.2) que liga as garrafas umas
nas outras e desceria até um local onde será utilizada/armazenada, uma
torneira ou uma cisterna. Pode-se utilizar as garrafas tanto para captação como
armazenamento. (LISBOA et al., 2013)
8
Figura 1 – Modo de disposição das garrafas cortadas no telhado. (LISBOA et al, 2013)
Figura 2 – Garrafas com encanamento que leva a água para uma torneira ou cisterna para que possa ser armazenada. (LISBOA et al, 2013)
4.2. Sistema Planejado
Este sistema diferente do anterior que apenas coletava e armazenava
a água, apresenta uma etapa de purificação da água onde será retirado o
máximo de impurezas para esta ser reutilizada. Ele é composto por três etapas:
coleta, filtração e armazenamento. (ZANELLA, 2015)
O método como será executado cada passo será influenciado pelo uso
final da água. Como opção para captação da água de chuva podem ser
utilizadas telhas galvanizadas pintadas ou esmaltadas com tintas não tóxicas,
superfícies de concreto, cerâmicas, policarbonato e fibra de vidro. As calhas
devem ser fabricadas com materiais inertes, como PVC ou outros tipos de
plásticos, a fim de se evitar que partículas tóxicas provenientes destes
dispositivos venham a ser levadas para os tanques de armazenamento. Essas
orientações são validas para manter a qualidade da água. (MORENO, 2013)
9
4.2.1 Captação
O método de captação é feito a partir do escoamento superficial do
telhado. A água chega até calhas instaladas e com a gravidade desce por um
tubo que vai até um local onde esta será utilizada (fig. 3). (CUNHA et al, 2011,
ZANELLA, 2015, VASCONCELOS, 2008, IPEC, 2005)
Figura 3 – Escoamento de água pluvial para as calhas. (ZANELLA, 2015)
4.2.2 Filtragem
A etapa de filtração serve para reter sujeiras grossas, como galhos,
folhas entre outros. No encanamento que sai da calha, onde serão colocadas
telas de proteção para que esses materiais sólidos possam ficar retidos e com
a força da água sejam descartados por meio de uma pequena abertura no
tubo. Vale ressaltar que a primeira água do escoamento tem função de lavar o
telhado e deve ser descartada, só depois disso é que as próximas coletas
podem ser utilizadas (fig. 4). Para se ter uma água limpa, recomenda-se limpar
as calhas regularmente. (CUNHA et al, 2011, ZANELLA, 2015,
VASCONCELOS, 2008, IPEC, 2005)
10
Figura 4 – Retenção e filtragem de materiais sólidos. (ZANELLA, 2015)
4.2.3 Armazenamento
Depois de captada e filtrada, a água já pode ser armazenada em um
cisterna ou caixa d’água e, se preferir, colocar uma torneira para uso da água
no jardim (fig. 5). Dentro do local de armazenamento pode ser colocado um
clorador flutuante (fig. 6) para retirar as impurezas que possam ainda estar na
água, porem este processo pode não ser necessário, uma vez que não haverá
uso direto por parte dos residentes. (CUNHA et al, 2011, ZANELLA, 2015,
VASCONCELOS, 2008, IPEC, 2005, MANO, 2004)
11
Figura 5 - Esquema de armazenamento com cisterna e torneira acoplada. (MANO, 2004)
Figura 6 – Cisterna com clorador. (CUNHA et al, 2011)
5. Estudo de caso
O presente estudo de caso foi feito com base em uma visita a
Companhia de água e esgoto do estado do Ceará – Cagece, onde foi proposto
um questionário a um representante da empresa a fim de obter conhecimento
12
sobre o percurso da água, desde sua captação até o processo de
abastecimento das residências.
A purificação da água pela Cagece passa por diversos processos até
chegar ao consumidor. De inicio são feitas analises da água que será tratada.
Depois de confirmado que esta se encontra dentro dos padrões (Portaria do
Ministério da Saúde 2914/2011) é começado o tratamento. No tratamento
entram-se os componentes químicos para matar qualquer micro-organismo que
seja prejudicial ao ser humano. Depois é analisada em laboratórios para
verificar se estão nos padrões estabelecidos pela Portaria 518/MS.
O esgoto, ao chegar à estação de tratamento, entra em um processo
de separação para a retirada de qualquer material sólido. Após isso o esgoto
recebe substancias químicas que irão auxiliar no seu processo de limpeza. Por
fim o esgoto é despejado em alto mar e, a partir do movimento das ondas e a
salinidade do água do mar, se completa o tratamento. A distancia em que o
esgoto tratado é lançado não apresenta risco algum aos moradores próximos,
nem os que utilizam a água.
Diante das perguntas propostas, foi questionado se havia incentivo da
empresa em relação ao reuso de água em residências. Foi informado existe
programas que são divulgados na mídia, escolas e comunidades sobre o uso
sustentável da água. Apesar de a água dos mananciais ser proveniente da
chuva, o importante é realizar o uso sustentável da mesma. O governo Federal
realiza programa de instalações de cisternas, que reserva água das chuvas. O
problema destas é a proliferação de mosquitos da dengue quando não esta
vedada corretamente. (AGUIAR, 2015)
6. Conclusão
Conclui-se que o reuso de água é uma saída para locais onde há
presença de crise hídrica, uma vez que ela auxilia na diminuição do uso de
água potável. Sua captação, filtração e armazenamento dependerão de sua
finalidade, e diante disso haverá métodos diferentes de se fabricar um sistema,
13
seja ele ecológico que reutiliza materiais para sua fabricação ou algo mais
elaborado que envolva um conhecimento maior para ser executado.
A água por ser um recurso renovável, pode ser purificada por conta de
seu ciclo natural, ou seja, por conta das precipitações que ocorrem. Um dos
problemas que vem se atenuando ao longo dos tempos é a poluição do ar.
Como a água para ser purificada necessita das nuvens, a região que contiver
os mais diversos poluentes no ar, pode alterar a qualidade desta, originando,
por exemplo,chuvas ácidas. Por isso, nem sempre é segura utilizá-la.
Como a água fornecida por redes de abastecimento deve seguir um
padrão estabelecido por lei para que seja considerada potável, é preferível que
esta seja utilizada para as necessidades humanas, como banho, lavar roupa,
beber entre outras. Já a água da chuva por não receber nenhum tipo de
tratamento ela pode ser utilizada para regar jardim, lavar carro, e até em alguns
casos em vasos sanitários. Por isso para uso humano é optável o uso de água
de redes de abastecimento e recomenda-se usar a água da chuva para fins
não potáveis.
Com a visita a estação de tratamento de água e esgoto, foi possível
conhecer o processo de purificação da água, desde onde é captada até seu
tratamento como esgoto e despejo em local seguro. Reconhece-se que esta é
um recurso muito precioso sem o qual não conseguiríamos sobreviver, por isso
sua preservação é muito importante. De acordo com um representante da
Cagece, aproximadamente, 40 % da água que é produzida na ETA (Estação de
Tratamento de Água) chega nas residências, pois existem muitas perdas de
águas. A principal são as ligações clandestinas que ocorrem em todos os
lugares e a porcentagem de água que retorna para o esgoto é a mesma que
entra nas residências. (AGUIAR, 2015)
14
Referências
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CALIXTO, B. Como armazenar e utilizar a água da chuva. Revista Época. 2015. Disponível em: < http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2015/01/como-armazenar-e-utilizar-bagua-da-chuvab.html>. Acessado em: 14 out. 2015.
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