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INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE DE ESFRIAMENTO DA TÊMPERA NA MICRODUREZA E CARACTERIZAÇÃO DA MICROESTRUTURA EM UM AÇO SAE 5160 Autor (a):Larissa Guadalupe da Silva Diaz 1 Orientador (a): Prof. MSc. José Paulo Diogo Junior 2 RESUMO A descoberta do aço é milenar e sua descomunal evolução é responsável por sua habitual presença no cotidiano urbano e industrial. Devido ao emprego de calor e técnicas de esfriamento de ligas de Fe-C, é possível formar aços com propriedades únicas. Dentre múltiplos tratamentos térmicos, a têmpera é largamente aplicada, pela geração de martensita, microestrutura exclusiva capaz de elevar consideravelmente as propriedades mecânicas de dadas ligas de aço. Contudo para o sucesso da transformação os parâmetros de tratamento térmico e dimensões da peça devem estar coerentes. Um dos parâmetros do tratamento de têmpera é a velocidade de esfriamento, fator crucial para formação de martensita, que por sua vez é proveniente do meio de resfriamento adotado. Sendo este o propósito do artigo, avaliar a influência da escolha do meio 1 Larissa Guadalupe da Silva Diaz é discente de graduação em Engenharia Química (2020) pela Faculdade Municipal Professor Franco Montoro, Mogi Guaçú, São Paulo. E- mail: [email protected] 2 José Paulo Diogo Júnior possui graduação em Engenharia Química (2010), Especialização em Gestão de Projetos/MBA e em Docência no Ensino Superior/Educação, Mestrado em Tecnologia de Ambiente/Tecnologia, pela Faculdade de Tecnologia - UNICAMP (2020). Professor da Faculdade Municipal Professor Franco Montoro, Mogi Guaçu, São Paulo. E-mail: [email protected] 1 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 3 4 5 6 7 8 9 10

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INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE DE ESFRIAMENTO DA TÊMPERA NA MICRODUREZA E CARACTERIZAÇÃO DA MICROESTRUTURA EM UM AÇO

SAE 5160

Autor (a):Larissa Guadalupe da Silva Diaz1

Orientador (a): Prof. MSc. José Paulo Diogo Junior2

RESUMO

A descoberta do aço é milenar e sua descomunal evolução é responsável por sua

habitual presença no cotidiano urbano e industrial. Devido ao emprego de calor e

técnicas de esfriamento de ligas de Fe-C, é possível formar aços com propriedades

únicas. Dentre múltiplos tratamentos térmicos, a têmpera é largamente aplicada,

pela geração de martensita, microestrutura exclusiva capaz de elevar

consideravelmente as propriedades mecânicas de dadas ligas de aço. Contudo para

o sucesso da transformação os parâmetros de tratamento térmico e dimensões da

peça devem estar coerentes. Um dos parâmetros do tratamento de têmpera é a

velocidade de esfriamento, fator crucial para formação de martensita, que por sua

vez é proveniente do meio de resfriamento adotado. Sendo este o propósito do

artigo, avaliar a influência da escolha do meio de esfriamento na dureza de um aço

SAE 5160 e posterior caracterização microestrutural. Para isso foram seccionadas

quatro amostras para que três passassem por têmpera em óleo, água e salmoura

respectivamente, e uma se manteve nas condições naturais. Foi assegurada a

influência do fluido de resfriamento sobre as propriedades do aço SAE 5160 e

verificada a transformação martensítica com a presença ou ausência de desvios no

tratamento, correlacionando microestrutura e microdureza.

Palavras-chave: SAE 5160; Têmpera; Martensita

1Larissa Guadalupe da Silva Diaz é discente de graduação em Engenharia Química (2020) pela Faculdade Municipal Professor Franco Montoro, Mogi Guaçú, São Paulo. E-mail: [email protected]é Paulo Diogo Júnior possui graduação em Engenharia Química (2010), Especialização em Gestão de Projetos/MBA e em Docência no Ensino Superior/Educação, Mestrado em Tecnologia de Ambiente/Tecnologia, pela Faculdade de Tecnologia - UNICAMP (2020). Professor da Faculdade Municipal Professor Franco Montoro, Mogi Guaçu, São Paulo. E-mail: [email protected]

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ABSTRACT

The discovery of steel is millenary and this extraordinary evolution is responsible for

its habitual presence in urban and industrial life. The use of heat and cooling

techniques of Fe-C alloys, it is possible to build steels with unique properties. Among

multiple heat treatments, tempering is widely applied, by the generation of

martensite, an exclusive microstructure capable of increasing the mechanical

properties of some steel alloys. However, for the transformation to be successful, the

heat treatment parameters and dimensions must be consistent. One of the

parameters of the tempering treatment is the cooling speed, a crucial factor for the

formation of martensite, which comes from the cooling medium adopted. This is the

purpose of the article, to evaluate the influence of the choice of cooling medium on

the hardness of SAE 5160 steel and subsequent microstructural characterization. For

this, four samples were cut, three used in the quenching treatment in oil, water and

brine respectively, and the last one was kept in natural conditions. The influence of

the cooling fluid on the properties of SAE 5160 steel was certified and the martensitic

transformation with the presence or absence of deviations in the treatment was

verified, correlating microstructure and microhardness.

Keywords: SAE 5160; Quenching; martensite

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1. INTRODUÇÃO

A descoberta e utilização do ferro é milenar, sua evolução ao longo da história,

desde a extração até a adição de carbono, foi responsável pela criação do aço,

protagonizando percepções na mudança das propriedades do ferro-carbono

(COLPAERT, 2008).

A experimentação também foi aplicada aos tratamentos térmicos e adição de

outras substâncias, ao passo que apenas a seleção de um número limitado de

materiais disponíveis fossem destinados à determinadas aplicações, já que não

havia uma compreensão sobre as técnicas de transformação de suas propriedades.

A partir dos anos 60 a aplicabilidade desta ciência capacitou a modelagem das

características dos materiais, sendo factível a elaboração de milhares de materiais

com características próprias (CALLISTER JR, 1999).

As propriedades e características das ligas metálicas são chave para sua

aplicabilidade nas indústrias e setores da engenharia. Elas são regidas pela

estrutura cristalina, composição química e condições de processamento. Altas

temperaturas e condições diversas de velocidade de esfriamento caracterizam as

estruturas cristalinas, que fornecem propriedades mecânicas diferenciadas. O

tratamento térmico é o recurso mais seguro e eficiente utilizado para controlar a

estrutura cristalina do material, sendo uma vez fixada a composição química o

tratamento de calor e resfriamento que o material sofre determina a estrutura

pretendida e suas propriedades próprias (CHIAVERINI, 2008).

Posto isto, a relevância do tratamento térmico de um determinado material de

composição conhecida, é fundamental na determinação das suas propriedades

mecânicas a partir da formação microestrutural pretendida. Sendo assim, possível a

modelagem de ligas de aço carbono variando os tratamentos térmicos ou apenas

um de seus parâmetros como a velocidade de esfriamento, caracterizada pelo meio

de resfriamento utilizado.

Com o objetivo de avaliar as condições finais do material SAE 5160 após

mudança dos parâmetros de tratamento térmico de tempera, este artigo, pretende

contribuir de forma empírica e técnica a influência da velocidade de esfriamento na

microdureza e microestrutura do aço SAE 5160, com a utilização de diferentes

meios de resfriamento na têmpera. Este artigo enquadra a microdureza como único

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critério de propriedade mecânica e referência a microestrutura do aço após o

tratamento.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Ligas de ferro-carbono – Aço

As ligas de ferro-carbono são as mais utilizadas entre as ligas metálicas, seja

em condições próprias ou alteradas por tratamento térmico. Dentre as ligas de ferro-

carbono as ligas mais comuns classificadas em relação ao teor presente de carbono

são: aços (0,05% - 1,50% de C) e ferros fundidos (2,5% - 4,0% de C). O aço é

comumente submetido à tratamentos térmicos, pois apresentam um alto potencial de

moldagem estrutural, acarretando em propriedades de alta relevância para

aplicações industriais e engenharia (CHIAVERINI, 2008).

Os aços com teor médio de carbono (~ 0,25% à 0,60% C) são tratados

termicamente por austenitização, têmpera e depois revenimento a fim de aprimorar

suas propriedades mecânicas, que junto com adições de cromo, níquel e molibdênio

potencializam o tratamento térmico (CALLISTER JR, 1999).

2.1.1. Aço SAE 5160

A Sociedade de Engenheiros Automotivos (SAE –Society of Automotive

Engineers) é uma instituição normativa de classificação e especificação do aço,

assim como de variadas ligas (CALLISTER JR, 1999). Dentre os copiosos aços o

SAE 5160 se destaca pela sua composição, apresentada na Tabela 1, apropriado

para o tratamento térmico de têmpera – apresenta boa temperabillidade – que

origina alta resistência mecânica, dureza elevada – temperado sua dureza é mínima

de 58HRC – e boa resistência à fadiga, sendo propenso à aplicações (Tabela 2)

sujeitas à esforço mecânico (AÇOSOPORTE, 2020).

Tabela 1–Composição química SAE 5160 (% peso).

C Mn P S Si Cr Al0,56 -

0,64

0,75 -

1,00≤ 0,030 ≤ 0,015 0,15 - 0,35 0,70 - 0,90 0,015 - 0,040

FONTE: ArcelorMittal, 2017

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Tabela 2 – Aplicações do aço SAE 5160

SAE 5160

ParafusosMolas

helicoidaisBarras de torsão Barras estabilizadoras

Perfis

Especiais:

Buchas de

correntes

Molas

parabólicas

Facas para colheitadeiras

agrícolas

FONTE: Tenax, 2020

2.2. Têmpera

A têmpera objetiva a obtenção da estrutura martensítica, para que isso ocorra é

necessário que o aço seja aquecido acima de sua temperatura crítica (temperatura

de austenitização) e esfriado rapidamente, a fim de que a austenita inicie sua

transformação em martensita na temperatura Mi e finalize em Mf (Figura 1) à tempo

suficientemente rápido, para que a curva de esfriamento não toque no cotovelo da

curva C (GEOLOGIA E METALURGIA, 1954; CHIAVERINI, 2008).

Figura 1 – Diagrama esquemático de transformação para têmpera e revenido.

FONTE: Geologia e Metalurgia, 1954

Na etapa de aquecimento do material para a austenitização, o componente a

ser temperado deve ser aquecido uniformemente e prevenir a deformação da peça

(CASTRO, 2007).

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A temperatura de austenitização (constituinte Austenita) varia de acordo com a

composição do aço (Figura 2), no aço SAE 5160 (aço hipoeutetoide) a temperatura

situa-se na faixa de 800-840ºC (CASTRO, 2007 apud SMITH, 1991).

Figura 2 – Diagrama de equilíbrio de fases Fe-C.

FONTE: ArcelorMittal, 2019

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2.2.1. Velocidade de Esfriamento

Posto que a importância da velocidade e esfriamento deve-se a obtenção de

estrutura martensítica. Sendo assim o aumento ou decréscimo da velocidade origina

diferentes estruturas, pois para que haja transformação de austenita em somente

martensita é necessário que se atinja uma velocidade crítica (Figura 3)(GEOLOGIA

E METALURGIA, 1954).

Figura 3 – Efeito da velocidade de esfriamento sobre a transformação austenítica de

um aço.

FONTE: Adaptado de Geologia e Metalurgia, 1954

De forma prática, as operações de tratamento térmico de têmpera comumente

utilizadas ocorrem em resfriamento contínuo, visando a obtenção de martensita,

porém dependendo da velocidade de esfriamento outras estruturas podem ser

encontradas como: bainita, perlita e ferrita (aços hipoeutetoides) (GEOLOGIA E

METALURGIA, 1954; CHIAVERINI, 2008).

A figura 4 representa esquematicamente as constituições primárias das

microestruturas do aço 5160 de acordo com a temperatura e tempo, com acréscimo

da escala de dureza em diferentes microestruturas e temperaturas.

Austenita

Perlita

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Ferrita

Martensita

Perlita e/ou Ferrita

+ Martensita

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Figura 4 – Diagrama de transformação isotérmica do Aço 5160. Temperatura de

austenitização de 845ºC

FONTE: Adaptado de Larrin, 2018.

Quando uma peça é submetida ao tratamento de têmpera, existem dois fatores

que influenciam sua velocidade de esfriamento, nas diferentes posições da peça: a

velocidade com que o calor é extraído da superfície da peça (função do meio de

resfriamento selecionado) e a transmissão de calor condutiva que ocorre dentro da

peça (COLPAERT, 2008). Sendo assim há diferença entre o esfriamento superficial

e do núcleo, sendo possível coexistir estruturas diferentes ao longo da peça (Figura

5), devido a isso, a dureza também pode ser desconforme.

Os desvios que ocorrem na têmpera, devido à velocidade de esfriamento,

resultam em estruturas não desejadas, já citadas, em seu todo ou em determinadas

partes da peça, graças às distintas curvas de esfriamento do centro e da superfície.

A figura 5 exibe diferentes condições de esfriamento de uma barra, que geram

diferentes distribuições microestruturais, dependendo da temperabillidade do aço,

dimensões da barra e meio de resfriamento (COLPAERT, 2008). As estruturas estão

indicadas como: A – Austenita; F – Ferrita; P – Perlita; B – Bainita; M – Martensita.

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Ferrita + carbonetoAustenita

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Figura 5 – Diferentes condições de esfriamento de um determinado aço (a,b,c),

representado pelas curvas de esfriamento, que resultam em diferenças

microestruturais em determinados pontos da secção transversal da barra.

FONTE: Adaptado de Colpaert, 2008.

2.2.2. Martensita

A martensita é um solução sólida supersaturada de carbono em ferro alfa

(Feα), sendo obtida a partir da não formação de ferrita e cementita (posteriormente

perlita) que levam tempo para ocorrer. A supersaturação de carbono leva a distorção

do reticulado cúbico centrado (Feα-CCC), gerando uma estrutura tetragonal

centrada (TCC), que resulta na elevada dureza da martensita. Contudo a formação

da estrutura TCC gera tensões internas que podem ocasionar trincas após o

tratamento de têmpera (PASCOALI, 2008; GEOLOGIA E METALURGIA, 1954;

CHIAVERINI, 2008).

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A formação martensítica obedece exclusivamente a velocidade de esfriamento

(GEOLOGIA E METALURGIA, 1954), contudo o meio de têmpera contribui para o

esfriamento e sucesso da transformação, de acordo com sua severidade. De forma

diretamente proporcional a velocidade e a severidade se relacionam (CALLISTER

JR, 1999).

2.2.3. Severidade de têmpera e meio de resfriamento

A severidade de têmpera (fator H) costuma ser classificada de acordo com os

meios de resfriamento utilizados e estado de agitação deste. Quanto maior a

severidade do meio maior será a velocidade de esfriamento. Contudo o aumento da

severidade de têmpera leva ao crescimento do risco de distorções e trincas na peça

(COLPAERT, 2008; CHIAVERINI, 2008).

O fator H é utilizado para determinar diferentes meio de têmpera, os mais

comuns são: óleo, água e salmoura (CHIAVERINI, 2008).

Tabela 3–Severidade de têmpera em diferentes meios.

Meio de têmperaSeveridade de

têmpera (H)

Óleo sem agitação 0,2

Água sem agitação 1,0

Salmoura sem agitação 2,0

FONTE: Adaptado de Colpaert, 2008

2.3. Ensaio de dureza Vickers - Microdureza

A dureza Vickers é largamente utilizada para estudos, pesquisas e

determinação de profundidade de têmpera nos aços, sendo geralmente aplicada a

microdureza nestes ensaios. Embora requeira mais tempo e cuidados no preparo da

amostra este ensaio apresenta grandes vantagens como: grande precisão e

aplicação para os diversos matérias, sejam quais forem suas durezas (SOUZA,

1982).

O penetrador de diamante garante o mesmo valor de dureza em diferentes

cargas, a mudança de carga visa apenas a impressão regular sem deformação e

tamanho conforme o visor da máquina (SOUZA, 1982).

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TrincasDistorções

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3. MATERIAL E MÉTODOS

O aço SAE 5160 foi recebido em barras cilíndricas de 26mm de diâmetro,

trefiladas a frio, sem posterior tratamento. Destas barras foram seccionados quatro

amostras cilíndricas de mesmo diâmetro da barra (Ø26mm) e comprimento de

100mm.

Todas as amostras foram temperadas no forno mufla (Quimis - 0318M24),

exceto uma que passou pelo preparo “in natura”, para que fosse critério de

comparação. O forno foi programado para aquecer até a temperatura de 900ºC

ainda sem a amostra, só então a amostra foi colocada no interior do forno com o

auxílio de uma pinça, mantendo-se a temperatura programada durante todo o tempo

de encharque (tinta minutos) no forno. Passado o tempo de permanência a amostra

foi depositada imediatamente numa cuba de 15x20x10 cm, com o fluido de

resfriamento em seu interior. Todas as amostras passaram por este processo, uma

de cada vez.

Os fluidos de resfriamentos utilizados foram: óleo mineral comercial próprio

para têmpera; água proveniente do sistema de distribuição da cidade e uma solução

de 10% de cloreto de sódio (NaCl), obtido pela mistura de 100 gramas de NaCl P.A.

e 1000 mililitros de água destilada com o auxílio de um balão volumétrico de 1 litro.

Para a aferição da temperatura do meio de resfriamento foi utilizado um

termômetro de laboratório (Incoterm de -1 a 250ºC).

A Tabela 4 apresenta os parâmetros do tratamento térmico de têmpera para

cada amostra.

Tabela 4 – Parâmetros utilizados nos tratamento térmico de têmpera.

AmostrasTemperatura

(ºC)Tempo (min)

Meio de resfriamentoTemperatura do meio (ºC)

1 - - - -

2 900 30 Óleo sem agitação 25

3 900 30 Água sem agitação 25

4 900 30 Salmoura sem agitação 25

FONTE: Autora, 2020

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Após o tratamento todas as quatro amostras, incluindo a “in natura”, foram

cortadas por uma cortadora metalográfica com refrigeração (Teclago - CM 80), com

discos abrasivos. Em seguida foram embutidas a quente, por uma embutidora

metalográfica (Struers – CitoPress-1), utilizando-se resinas fenólicas em pó (Bhehler

e Baquelite - Arotec).

Logo após, as amostras foram lixadas, por uma lixadeira metalográfica manual

(Arotec, Aropol2V), utilizando lixas d’agua de carbeto de silício (Norton) em duas

granulações: 220 e 600. Seguidamente foram polidas por uma politriz (Imptech, IPM

10V), utilizando um pano apropriado para polimento de amostras metalográficas e

diamante em suspensão (Struers, DiaPro 3μm). Para finalizar o preparo, as

amostras foram secadas por um secador (Bosch, GHG 630 DCE Professional) após

serem limpas com álcool etílico absoluto, a fim de se retirar a umidade.

Terminado o preparo das amostras, estas foram submetidas ao ensaio de

microdureza, utilizando o microdurômetro Vickers (Future-Tech, FV-700), com carga

de 10 kgf durante 10 segundos e convertidos Rockwell C. Os ensaios foram

baseados na norma ASTM E384-17, onde foram medidos cinco pontos (Figura 6),

com o auxílio de uma base deslizante graduada, em seguimentos pré-determinados

iguais para todas as amostra.

Posteriormente, foram atacadas quimicamente com Nital 2%, por 10 segundos

e secas com álcool novamente. Para a caracterização da microestrutura foi utilizado

um microscópio óptico (Olympus, BX41M) e um software de computador próprio

para a captura das imagens.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Ensaio de dureza

O perfil de dureza, foi traçado de uma superfície à outra, cruzando o núcleo da

secção das amostras, como descrito na Figura 6. Este perfil foi definido pela própria

autora, a fim de se obter referências tangíveis para a caracterização da

microestrutura, em cada um destes pontos.

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Figura 6 – Localização dos pontos mensurados no perfil de dureza.

FONTE: Autora, 2020

Os Pontos 1, 2, 3, 4 e 5 representam respectivamente: superfície 1, meio raio

1, núcleo, meio raio 2 e superfície 2, localizando-se em regiões exatas ou próximas

à sua nomenclatura. Mediante a Figura 7 foi possível exibir o perfil de dureza de

todas as amostras com enfoque nos cinco pontos mensurados em Vickers (HV10) e

convertido para Rockwell C (HRC), contendo o valor mínimo da dureza de têmpera

(linha tracejada).

Figura 7 – Valores de dureza em HRC x Pontos definidos nas amostras.

1 2 3 4 520

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30

35

40

45

50

55

60

65

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Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3Amostra 4 Mín 58

Pontos

Dure

za H

RC

FONTE: Autora, 2020

1

Núcleo

1/2 raio

2

5

4

3

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332333

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Após análise da Figura 7, é perceptível que todas as amostras tratadas

termicamente (Amostras 2, 3 e 4) obtiveram valores consideravelmente maiores que

a amostra “in natura” (Amostra 1), contudo três pontos não ultrapassam o limiar de

dureza de têmpera. Através dos dados da Figura 7 foram calculadas as médias de

dureza dos pontos 1 à 5 de cada amostra e expostos na Figura 8 a segui:

Figura 8 – Valores da dureza média em HRC de cada amostra x Condições.

0

2

4

6

8

10

12

Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3Amostra 4 Mín 58

Dure

za H

RC

FONTE: Autora, 2020

O tratamento de têmpera foi adequado, já que todas as amostras tratadas

tiveram a dureza média (Figura 8) acima ou sobre o limiar de 58 HRC, sendo factível

o enfoque nas condições diversas de têmpera e a dureza.

Devido as medições nos Pontos 1 e 5 (Figura 7) é possível notar uma distorção

do gradiente esperado no perfil de dureza das Amostras 1 e 4, sendo ele, valores

maiores na superfície do que no núcleo das mesmas. Contudo estes desvios são

explicados pela provável não planicidade ideal da amostra e pela perturbação

gerada na aplicação de carga do ensaio em regiões próximas à superfície, gerando

distorções na impressão do diamante. Entretanto este desvio é pontual e mínimo,

sendo assim as maiores desarmonias de dureza observadas nos pontos e nas

médias comparadas (Figura 8), são geradas principalmente pela composição

microestrutural que serão apresentadas e discutidas no próximo subtópico.

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4.2. Caracterização da microestrutura do aço temperado.

Com exame microscópico das amostras nos pontos demarcados do perfil de

dureza, foram capturadas imagens da microestrutura antes do ensaio para que fosse

exibida apenas a micrografia, sem a impressão do diamante. A partir da varredura

visual e registro fotográfico (Figura S1) foram obtidos os dados qualitativos da tabela

a seguir:

Tabela 5 – Caracterização microestrutural das amostras nos pontos definidos.

Pontos Posição Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 4

1 Superfície 1

Perlita e Ferrita

BMartensita e MBainita

BMartensita e LBainita

BMartensita e MBainita

2 Meio Raio 1

Perlita e Ferrita

BMartensita e MBainita Martensita BMartensita e

LBainita

3 Núcleo Perlita e Ferrita

BMartensita e ABainita

BMartensita e LBainita

BMartensita e MBainita

4 Meio Raio 2

Perlita e Ferrita

BMartensita e ABainita Martensita BMartensita e

LBainita

5 Superfície 2

Perlita e Ferrita

BMartensita e ABainita

BMartensita e LBainita

BMartensita e MBainita

Legenda: L - Presença leve; M - Presença moderada; A - Presença alta; B - Microconstituinte base FONTE: Autora, 2020

O tratamento de têmpera nos diferentes fluidos foi apropriado para a obtenção

de martensita, já que todas as amostras atingiram o patamar necessário para sua

transformação. Entretanto todas as amostras em algum ou todos os pontos

examinados apresentaram bainita, devido a diminuição da velocidade de

esfriamento gerando uma curva de esfriamento impropria para a formação exclusiva

de martensita. Consequência do possível aquecimento dos fluidos provocado pela

falta de dissipação de calor necessária na cuba de resfriamento. Além da

interferência do fator H sobre a velocidade de esfriamento de cada condição

executada.

É notório a relação entre dureza e microestrutura, já que os pontos onde há

baixos valores de dureza há alta presença de bainita, posto que sua dureza embora

próxima da martensita – a partir de 50 HRC – denota também valores menores – a

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partir de 40 HRC – sendo observada pela comparação entre o Figura 6 e a Tabela 5

(VENSON, 2014).

Foi observado nas Amostras 3 a 4 ocorrência de trincas de têmpera, resultante

do gradiente de tensões ocasionadas pela diferença de temperatura no interior da

peça, gerando contrações ou expansões térmicas, provocadas pelo resfriamento

rápido (COLPAERT, 2008).

5. CONCLUSÕES

Todas as amostras tratadas termicamente (Amostras 2, 3 e 4) obtiveram

valores de dureza consideravelmente maiores que a amostra “in natura” (Amostra 1),

comprovando a mudança esperada das propriedades mecânicas, após o tratamento

térmico de têmpera.

A escolha do meio de resfriamento para este tipo de material gerou diferenças

significativas na microdureza, entre as amostras temperadas, constatando a

influência da velocidade de esfriamento, derivada dos meios de resfriamento

diferentes, sobre microdureza do aço SAE 5160.

Foi possível observar que a utilização da água no meio de resfriamento

(Amostra 3) foi a mais satisfatória, pois apresentou a maior dureza média, acima da

linha tracejada de dureza mínima para a transformação em martensita e

homogeneidade nos pontos mensurados. Além da maior presença de martensita

entre as amostras, comprovando os valores de dureza encontrados em tal condição.

O fator H da água (valor: 1) contribuiu para o sucesso do tratamento, embora não

tenha sido o maior (Salmoura – valor: 2) foi suficiente para a geometria da peça,

apresentando pouca bainita no núcleo e na superfície. Esta por sua vez gerada na

superfície devido a possível falta de dissipação de calor na cuba de resfriamento,

causando o aquecimento do fluido e diminuição da velocidade de esfriamento da

amostra.

Já os tratamento em óleo (Amostra 2) e salmoura (Amostra 4) atingiram

resultados de dureza satisfatórios em relação à amostra inicial (Amostra 1), porém a

Amostra 2 apresentou valores abaixo do mínimo de 58 HRC nos pontos 3,4 e 5

mesmo que sua média tenha atingido a linha tracejada, sua microestrutura exibiu

alta presença de bainita nestes pontos, provando a dureza abaixo do limiar. Devido

a sua menor severidade entre as três condições, a grande presença de bainita na

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amostra é explicada, contudo o possível aumento da temperatura do fluido de

tratamento potencializou este efeito.

A Amostra 4 exibiu valores de dureza apropriados para o tratamento, todavia

as medições superficiais evidenciaram possíveis distorções que geraram valores

relativamente abaixo do esperado (maior dureza na superfície do que no núcleo),

sendo estas: a possível não planicidade ideal da amostra e principalmente a

presença moderada de bainita, que decaiu a medição nestes pontos (1 e 5). A

presença de bainita na superfície é compreendida pela possível diminuição da

velocidade de esfriamento desta região causada pelo aquecimento inapropriado do

meio de resfriamento, como o ocorrido nas outras duas amostras.

As trincas de têmpera observadas nas Amostras 3 e 4, eram esperadas devido

ao aumento da velocidade de esfriamento e severidade de ambos meios (Água e

Salmoura), expondo que estas condições de temperatura e agitação dos fluidos

selecionados não são convenientes para estes tratamentos de têmpera. Contudo

este não é o objetivo do presente estudo, mas sim, o enfoque na microdureza e

microestrutura.

Posto isso, conclui-se que a velocidade de esfriamento do tratamento de

têmpera, influi na microdureza de um aço SAE 5160. Pois a escolha do meio de

resfriamento está intimamente ligada a severidade de têmpera (Fator H), fator

determinante para o sucesso do tratamento.

Com base na micrografia das amostras foram atestados os valores do perfil de

dureza encontrado em cada amostra, além do modo com que a microestrutura atua

nesta propriedade mecânica.

De forma sugestiva para estudos futuros, a mudança de parâmetros como:

agitação e temperatura do fluido de resfriamento podem contribuir para otimização

dos resultados.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AÇOSOPORTE. Aço SAE 5160. Disponível em: http://www.acosporte.com.br/aco-

sae-5160. Acesso em: 20 set. 2020.

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. 2017. Standard Test Method for MicroindentationHardnessofMaterials, [S. l.], n. E384-17, 2017.

3940

411

412

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415

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ARCELORMITTAL. Barras Trefiladas. [S. l.: s. n.], 2017. Disponível em:

https://brasil.arcelormittal.com/pdf/produtos-solucoes/catalogos/catalogo-barras-

trefiladas.pdf?asCatalogo=pdf. Acesso em: 20 set. 2020.

ARCELORMITTAL. Guia do Aço. [S. l.: s. n.], 2019. Disponível em:

https://brasil.arcelormittal.com/pdf/produtos-solucoes/catalogos/catalogo-guia-

aco.pdf?asCatalogo=pdf. Acesso em: 25 out. 2020.

CALLISTER JR, Willian D. Ciência e Engenharia de Materias: Uma Introdução. 5.

ed. Salt Lake City: Ltc, 1999.

CASTRO, Danilo Borges Villarino de. Influência da Temperatura de Austenitização para Têmpera e de Revenimento na Tenacidade e na Vida em Fadiga do Aço 5160 com Diferentes Teores de Fósforo. 2007. Dissertação

(Mestrado em Engenharia de Materiais) - Escola de Engenharia de São Carlos da

Universidade de São Paulo, São Carlos, 2007. Disponível em:

https://teses.usp.br/teses/disponiveis/88/88131/tde-04092008-163946/pt-br.php.

Acesso em: 20 set. 2020.

CHIAVERINI, Vicente. Tratamento Térmico das Ligas Metálicas. São Paulo:

Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, 2008.

COLPAERT, Hubertus. Metalografia dos produtos siderúrgicos comuns. 4. ed.

São Paulo: Blucher, 2008. Edição revisada e atualizada por André Luiz V. da Costa

e Silva.

GEOLOGIA E METALURGIA. São Paulo: Cmr, 1954. Disponível em:

http://sites.poli.usp.br/geologiaemetalurgia/Revistas/Edi%C3%A7%C3%A3o%2011/

completo11.pdf. Acesso em: 20 set. 2020.

LARRIN. BainitevsMartensite – The SecrettoUltimateToughness?. [S. l.], 2018.

Disponível em: https://knifesteelnerds.com/2018/07/09/bainite-vs-martensite/. Acesso

em: 20 set. 2020.

PASCOALI, Suzy. Módulo II: Tecnologia dos Materiais I. Santa Catarina: [s. n.],

2008. Disponível em: https://docplayer.com.br/3346838-Modulo-ii-tecnologia-dos-

materiais-i.html. Acesso em: 20 set. 2020.

SOUZA, Sérgio Augusto de. ENSAIOS MECÂNICOS DE MATERIAIS METÁLICOS.

5. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1982.

TENAX, Aços Especiais. SAE 5160. [S. l.], 2020. Disponível em:

https://www.tenax.com.br/tenax/produtos/acos-para-construcao-mecanica/sae-5160/.

Acesso em: 20 set. 2020.

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VENSON, Ivan. Constituintes estruturais de equilíbrio dos aços. [S. l.], 2014.

Disponível em: http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasivan/processoscorte_arquivos/

FerroAcoConceitos.pdf. Acesso em: 8 nov. 2020.

7. MATERIAL SUPLEMENTAR

Figura S1 – Micrografia da Amostra 1, 2, 3 e 4 nos pontos predeterminados.

Ataque químico com Nital 2% e ampliação de 200x.

a) b) c)

d) e) f)

g) h) i)

j) k) l)

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a) Superfície 1 da Amostra 1 não tratada, presença de perlita e ferrita; b) Meio Raio 1 da Amostra 1

não tratada, presença de perlita e ferrita; c) Núcleo da Amostra 1 não tratada, presença de perlita e

ferrita; d) Meio Raio 2 da Amostra 1 não tratada, presença de perlita e ferrita; e) Superfície 2 da

Amostra 1 não tratada, presença de perlita e ferrita; f) Superfície 1 da Amostra 2 tratada em óleo,

presença moderada de bainita em base de martensita; g) Meio Raio 1 da Amostra 2 tratada em óleo,

presença moderada de bainita em base de martensita; h) Núcleo da Amostra 2 tratada em óleo,

presença alta de bainita em base de martensita; i) Meio Raio 2 da Amostra 2 tratada em óleo,

presença alta de bainita em base de martensita; j) Superfície 2 da Amostra 2 tratada em óleo,

presença alta de bainita em base de martensita; k) Superfície 1 da Amostra 3 tratada em água,

presença leve de bainita em base de martensita; l) Meio Raio 1 da Amostra 3 tratada em água,

presença de martensita; m) Núcleo da Amostra 3 tratada em água, presença leve de bainita em base

de martensita; n) Meio Raio 2 da Amostra 3 tratada em água, presença de martensita; o) Superfície 2

da Amostra 3 tratada em água, presença leve de bainita em base de martensita; p) Superfície 1 da

Amostra 4 tratada em salmoura, presença moderada de bainita em de martensita; q) Meio Raio 1 da

Amostra 4 tratada em salmoura, presença leve de bainita em de martensita; r) Núcleo da Amostra 4

tratada em salmoura, presença moderada de bainita em de martensita; s) Meio Raio 2 da Amostra 4

tratada em salmoura, presença leve de bainita em de martensita; t) Superfície 2 da Amostra 4 tratada

em salmoura, presença moderada de bainita em de martensita.

FONTE: Autora, 2020

m) n) o)

p) q) r)

s) t)

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