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Instituto Multidisciplinar Brasileiro de Educação em Saúde Janio de Andrade Lima Utilização de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) em paciente pediátrico pós-cirúrgico nas correções de cardiopatias congênitas: relato de caso

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Instituto Multidisciplinar Brasileiro de Educação em Saúde

Janio de Andrade Lima

Utilização de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) em paciente

pediátrico pós-cirúrgico nas correções de cardiopatias congênitas:

relato de caso

São Paulo

2019

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Janio de Andrade Lima

Utilização de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) em paciente

pediátrico pós-cirúrgico nas correções de cardiopatias congênitas: relato de

caso

Dissertação apresentada ao Curso de

Pós Graduação em Terapia Intensiva do

Instituto Multidisciplinar Brasileiro de

Educação em Saúde como requisito

obrigatório à obtenção do título de

Mestre Profissional em Terapia

Intensiva

Orientadora: Profª. Drª. Ieda Guedes Simões Coulibaly

São Paulo

2019

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Janio de Andrade Lima

Utilização de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) em paciente

pediátrico pós-cirúrgico nas correções de cardiopatias congênitas: relato de

caso

Dissertação apresentada ao Curso de Pós Graduação em Terapia Intensiva do Instituto

Multidisciplinar Brasileiro de Educação em Saúde como requisito obrigatório à obtenção do

título de Mestre Profissional em Terapia Intensiva

Aprovado em:_____/______/_______

Nota: ________

Banca Examinadora

______________________________ Profª. Drª. Ieda Guedes Simões Coulibaly Orientadora

______________________________ Examinador 1

______________________________ Examinador 2

______________________________ Examinador 3

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RESUMO

A oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) é um método mecânico de

suporte circulatório usado como derivação cardiopulmonar em casos de insuficiência

grave, proporcionando um tempo para descanso pulmonar e/ou cardíaco até a

recuperação ou a substituição do órgão. A ECMO tem sido utilizada como estratégia

de suporte para o desmame da circulação extracorpórea (CEC) após cirurgias de

cardiopatias congênitas de alta complexidade. Relatamos o caso de uma criança do

sexo feminino, com pós-operatório tardio (POT) de Defeito do Septo Atrioventricular

Total (DSAVT) e Insuficiência Mitral. Após procedimento de troca da valva mitral, na

retirada de CEC, apresentou baixo débito cardíaco, sendo necessário instalar um

dispositivo de circulação assistida com membrana de oxigenação e bomba

eletromagnética(ECMO). O suporte teve duração de 5 dias, sem complicações

clínicas e mecânicas. Este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância da

utilização da ECMO como uma ponte para recuperação pós-cirúrgica de criança

portadora de cardiopatia congênita.

Descritores: Insuficiência da valva mitral;Cirurgia cardíaca; Oxigenação por

membranaextracorpóea; Cardiopatias congênitas.

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ABSTRACT

The extracorporeal membrane oxygenation (ECMO) is a mechanical method of

circulatory support used as a cardiopulmonary derivation in severe heart

insufficiency, providing some time for pulmonary and/or cardiac relief until the organ’s

recovery or its transplantation. The ECMO has been used as a support strategy for

weaning from extracorporeal circulation (CEC) after surgeries of congenital

cardiopathies of high complexity. A case of a female child was reported, with late

postoperative period of complete Atrioventricular Septal Defect (AVSD) and Mitral

Insufficiency. After mitral valve replacement procedure, during the CEC removal, it

was observed low cardiac output, and it was necessary to have installed an assisted

circulation device with a membrane of oxygenation and electromagnetic flow pump

(ECMO). This support lasted for five days, with no clinical or mechanical

complications. This paper aims to demonstrate the importance of the use of ECMO

as an effective alternative support to postsurgical recovery in children with congenital

cardiopathies.

Keywords: Mitral valve insufficiency; Cardic surgery ; Extracorporeal membrane

oxygenation; Congenital cardiopathies.

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SUMÁRIO

1. Introdução…………………………………………………………… 09

2. Objetivos………………………………….…………………………. 12

3. Metodologia…………………………………………………………. 12

4. Aspectos Éticos da Pesquisa….………….………………………. 13

5. Relato de Caso…………………………….……………………….. 14

6. Discussão……………………………………………………………. 19

7. Considerações Finais……………………………………………….. 21

8. Referências………………………………………………………….. 22

9. Anexos………………………………………………………………… 24

9.1. Carta de Anuência……………………………………………… 24

9.2. Parecer Consubstanciado do CEP…………………………… 25

9.3. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido……….……… 27

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ABREVIATURAS E SIGLAS

ECMO………………Oxigenação por membrana extracorpórea

CEC…………………Circulação extracorpórea

VA……………………Venoarterial

VV……………………Venovenosa

DSAVT………………Defeito do septo atrioventricular total

UTI…………………..Unidade de terapia intensiva

BAVT………………..Bloqueio atriventricular total

MCP…………………Marcapasso

FIO2…………………Fração inspirada de oxigênio

FR……………………Frequência respiratória

Peep…………………Pressão expiatória final

PINSP……………….Pressão inspiraria

PS……………………Pressão de Suporte

Ti……………………..Tempo inspiratório

pH…………………….Potencial de hidrogênio

pCO2…………………Pressão parcial de gás carbônico

pO2…………………..Pressão de oxigênio

HCO3……………….. Bicarbonato

SatO2……………….. Saturação arterial de oxigênio

Hct……………………Heritrócito

Hb…………………….Hemoglobina

K………………………Potássio

Na……………………. Sódio

Ca…………………….Cálcio

Cl……………………..Cloro

VNI……………………Ventilação não invasiva

TC…………………….Tomografia computadorizada

RNM…………………. Ressonância Magnética

ADNPM………………Atraso no desenvolvimento psico motor

POT…………………..Pós operatório tardio

TCA…………………..Tempo de coagulação ativado

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PAM…………………..Pressão arterial média

BIS……………………Medida do nível de consciência

PV…………………….Parametros ventilatórios

PCR…………………..Parada cardiorespiratória

PC…………………….Pressão controlada

VAS………………..…Vias aéreas superiores

TOT…………….……Tubo orotraqueal

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Relato de Caso 9

1.INTRODUÇÃO

A oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) temo objetivo de prestar

assistência cardiopulmonar por um longo período proporcionando um tempo para

descanso pulmonar e/ou cardíaco até recuperação ou a substituição do órgão

comprometido (KATTAN et al., 2017).

De acordo com Celullare, et al.,(2012,) a ECMO tem a capacidade de realizar

trocas gasosas, permitindo o descanso pulmonar até a recuperação do processo

patológico e diminui os potenciais efeitos deletérios da lesão pulmonar induzida pela

ventilação mecânica; sendo possível fornecer também suporte hemodinâmico,

aumentando o débito cardíaco e diminuindo o consumo de oxigênio pelo miocárdio.

A ECMO é um método mecânico de suporte circulatório usado como

derivação cardiopulmonar em casos de insuficiência grave em crianças e adultos. As

indicações expandiram-se desde sua primeira

utilização no início da década de 70. Atualmente, a

ECMO como estratégia de suporte para intervenções

de alto risco em crianças com doença cardíaca

congênita vem se expandindo na prática(GULGUN;

SHAACK, 2016).

Figura 1. (A) Hemoconcentrador; (B) membrana (trocas

gasosas); (C) bomba centrífuga (impulsiona o sangue em

direção a membrana); (D) console (regula o fluxo); (E)

permutador de calor .

A indicação ocorre na falência cardíaca ou pulmonar, apesar da terapêutica

clínica otimizada, com o objetivo de servir como ponte para recuperação ou

substituição do órgão (CELULLAREet al.,2012).Quadro 1.

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Relato de Caso 10

Quadro 1. Indicações de oxigenação por membrana extracorpórea.

Falência Respiratória Insuficiência respiratória hipoxêmica de qualquer

causa (primária ou secundária). A ECMO pode ser

considerada quando o risco de mortalidadefor ≥50%

(PaO2/FiO2<150 com FiO2>90.

Retenção de CO2 devido à asma ou hipercapnia

permissiva com PaCO2>80 Ou incapacidade de

manter pressões em níveis seguros (Pplatô30cmH2O).

Sindromes de escape de ar

Falência Cardíaca

Perfusão tecidual inadequada, que se manifesta como

hipotensão e baixo débito cardíaco, apesar do volume

intravascular adequado, agentes inotrópicos,

vasoconstritores e balão intra-aórtico de

contrapulsação quando indicado.

As causas mais comuns são: infarto agudo do

miocárdio, cardiomiopatia, insuficiência cardíaca

descompensada, dificuldade de desmame de

circulação extracorpórea em cirurgias cardíaca, após a

otimização do suporte clínico e quando a dose de

vasopressores e inotrópicos era progressivamente

maior para manter funções vitais, com acidose

metabólica persistente dentro de 24 horas.

Fonte: (CELULLARE et al.,2012) e (CANEO et al.2015).

Apresentam contra-indicações a presença de sangramento incontrolável,

lesão neurológica incapacitante ou doença extra-cardíaca grave intratável.(CANEOet

al., 2015).

Fisiologia da ECMO

Durante a circulação extracorpórea, o sangue é drenado do paciente para

uma bomba externa (rotativa ou centrífuga), que bombeia o sangue por meio de uma

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Relato de Caso 11

membrana de troca (oxigenador de silicone ou polimetilpentano) para oxigenação e

remoção do CO2 e de um aquecedor para devolver o sangue à circulação do

paciente (KATTAN et al., 2017).

Segundo Kattan et al. (2017), essa terapia exige a anticoagulação do circuito

e do paciente com heparina administrada ao circuito da ECMO, com o objetivo de

evitar a ativação da cascata de coagulação. Também são usados, monitores de

pressão, fluxo, bolhas e temperatura.

Basicamente são duas formas de ECMO:➢Venoarterial (VA): o sangue é drenado do átrio direito com uma cânula

inserida na veia jugular interna direita, veia femoral ou diretamente no

átrio direito e devolvido à aorta torácica por meio de uma cânula na

carótida direita, femoral ou aórtica. As cânulas transtorácicas (atrio

direito e aórta) geralmente são usadas em pacientes cardíacos no pós-

operatório (KATTAN et al., 2017).

➢Venovenosa (VV): o sangue é drenado do átrio direito pelos orifícios

posterior e inferior de uma cânula de duplo lúmen inserida na jugular

direita e devolvido ao mesmo átrio direito por meio do orifício anterior da

mesma cânula, direcionada à válvula tricúspide(KATTAN et al., 2017).

Durante a ECMO, os parâmetros ventilatórios e fração inspirada de oxigênio

(FiO2) são mantidos baixos para permitir que os pulmões se recuperem, porém, a

pressão expiratória final positiva (PEEP) permanece de (6 a 8 cm H2O) para evitar a

atelectasia(KATTAN et al., 2017).

A oxigenação na membrana da ECMO é uma função da geometria, da

composição do material e da espessura da membrana, da espessura laminar do

sangue e da FiO2, do momento em que as hemácias permanecem na área de troca,

da concentração de hemoglobina e da saturação de O2. A remoção de CO2 por

ECMO ocorre em função da geometria, do material e da área de superfície da

membrana, da pressão de CO2 no sangue e, em menor grau, dos fluxos de sangue e

gás pela membrana(KATTAN et al., 2013).

O procedimento da ECMO apresenta vários riscos de complicação devido ao

uso de anticoagulantes e mudanças nos fluxos sanguíneos, como consequência da

gravidade da doença do paciente após a introdução da ECMO. Complicações como:

hemorragia (sítio cirúrgico, pulmonar, gastrointestinal, cerebral), infarto e convulsões

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Relato de Caso 12

, disfunção cardíaca (atrofia do miocárdio, arritmia), insuficiência renal, sepse ,

hiperbilirrubinemia, hipertensão arterial e hemólise (KATTAN et al., 2013).

Funcionamento da máquina de ECMO

O sangue flui através dos tubos e é empurrado pelo movimento de

rotação da bomba. A velocidade do sangue vai depender, entre outras coisas,

de quão rápido a bomba gira. No início o fluxo pode ser alto, pois a máquina

está fazendo a maior parte do trabalho cardíaco e/ou respiratório. Conforme a

criança for melhorando, o fluxo será reduzido. O tempo depende da

recuperação do coração e/ou pulmões. Além da bomba, o sangue passa por

um pulmão artificial (oxigenador – membrana) que acrescenta oxigênio no

sangue e remove o dióxido de carbono. O sangue é então aquecido à

temperatura do corpo e devolvido ao paciente através da cânula de retorno

(BICHARA , 2018).

Para o sucesso de uma terapia é necessário que se saiba de sua existência e

funcionalidade, assim como suas indicações, para poder ser utilizada de forma

correta e no tempo certo para gerar benefícios ao paciente.

2.OBJETIVODemonstrar a importância da utilização da ECMO como uma ponte para

recuperação pós-cirúrgica de criança portadora de cardiopatia congênita.

3.METODOLOGIATrata-se de um relato de caso com coleta de dados secundários, do

prontuário de uma criança com 2 anos e 5 meses, que se submeteu a cirurgia

cardíaca com utilização de circulação extracorpórea (CEC); tendo a necessidade de

utilizar ECMO para o desmame da CEC.

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Relato de Caso 13

Optamos por descrever esse relato de caso por ter sido ter sito o primeiro

caso cirúrgico que foi utilizado o sistema de oxigenação por membrana

extracorpórea (ECMO) no desmame da circulação extracorpoea (CEC) pós-cirurgia

cardíaca no Estado do Amazonas.

As informações foram colhidas no prontuário do paciente mantidas no arquivo

do Hospital Universitário Francisca Mendes (HUFM), vinculado a Universidade

Federal do Estado do Amazonas, hoje nomeado pelo SUS, como centro de

referência da alta complexidade em cirurgia cardiovascular, cardiologia

Intervencionista, cirurgia vascular de alta complexidade, endovascular e

elotrofisiologia, atende a demanda do Estado do Amazonas e está inserido na rede

de atendimento de alta complexidade do SUS na Região Norte.

Buscas das referencias utilizadas, foram realizadas nos sites: Medline,

Pubmed, Scielo, Lilacs.

DELINEAMENTO

Foram utilizados dados clínicos, laboratoriais e de lâminas histológicas,

radiológica e clínico/cirúrgico que se encontram na ficha de prontuário para traçar a

trajetória do tratamento da paciente. De acordo com a devida autorização do

Hospital Universitário Francisca Mendes, conforme carta de anuência.(Anexo 2)

4. ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA

Esse estudo foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa. Sob oparecer

número:3.066.670 de 07/12/2018.(Anexo 1)

De acordo com a Resolução CNS 466/12, estudos que envolvam

revisão de prontuários clínicos, que não se sejam invasivo à intimidade do indivíduo,

que empregam técnicas e métodos retrospectivos de pesquisa, em que não se

realiza nenhuma intervenção ou modificação intencional nas variáveis fisiológicas ou

psicológicas e sociais dos indivíduos que participam no estudo, apresentam risco

mínimo aos envolvidos na pesquisa.

Para evitar qualquer risco a criança, não foi utilizado o nome e nem iniciais,

apenas a palavra paciente.

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Relato de Caso 14

5. RELATO DE CASO

PRIMEIRA INTERNAÇÃO

Criança feminina, nasceu de parto vaginal com 41 semanas de idade

gestacional, 3.190g, estatura 48cm, APGAR 8/10, apresentando baixo ganho de

peso ponderal e baixa estatura, apresentou icterícia (fez fototerapia por 7 dias),

passou a ser acompanhada por cardiologista e usar hidroclorotiazida e

espironolactona. Com diagnóstico de Defeito do Septo Atrioventricular Total

(DSAVT) de acordo com ecocardiograma; evoluiu sem intercorrências até o primeiro

ano de vida, apresentando quadro de dissonias. Foi internada no dia 19/10/2014,

para ser submetida a cirurgia de correção de DSAVT, com tempo de circulação

extracorpórea (CEC) de 85minutos e pinçamento de 56minutos e levada para

unidade de terapia intensiva (UTI) às 15:51hs do dia 20/10/2014; evoluiu com

bloqueio atrioventricular total (BAVT) no pós-operatório imediato, sendo ligada ao

marcapasso (MCP); acoplada ao ventilador mecânico pulmonar com fração

inspirada de oxigênio (FiO2) 0,5, freqüência respiratória (Fr) 20, pressão expiratória

final (Peep) 6mmHg, pressão inspiratória (Pinsp) 16mmHg, pressão de suporte (PS)

14mmHg, tempo inspiratório (Ti) 0,70. Gasometria arterial pH 7.52; pCO2 33,9; pO2

96,6; Bic 27,6; Be 4,6; SatO2 97.5%; Lactato 2.0; Hct 39.3; Hb 12,8; K 3,4; Na 133;

Ca 1,19; Cl 96; Plaquetas 72.000; Leucócitos 16.300; Hemácias 3.53. No dia

24/10/2014, foi extubada às 22:30hs e colocada em venturi 50%,no dia 25/10/2014,

apresentou congestão pulmonar de acordo com o RX, foi instalado ventilação não

invasiva (VNI) FiO2 0,30; PS 10mmHg; Peep 5mmHg, posteriormente evoluindo para

venturi, cateter nasal de oxigênio e ar ambiente. Realizou no dia 04/11/2014

Tomografia computadorizada(TC) e Ressonância magnática (RNM) de crânio que

evidenciou edema cerebral e lesão anóxica-isquêmica. Evoluiu com disfagia, a qual

apresentou melhora progressiva; diminuição da acuidade visual e espasticidade. Na

avaliação da neuropediatria apresentou: cognitivo rebaixado; irritada ao manuseio;

não acompanha com o olhar; força grau III/IV; tônus com hipotonia axial; trofismo

diminuído; não deambula; com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor

(ADNPM). Na avaliação do oftalmologista apresentou sinais de atrofia dos nervos

ópticos, pois não responde aos reflexos luminosos, apesar de reflexos pupilar

presente. No dia 06/11/2014 foi retirado os fios de MCP, recebendo alta medica no

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Relato de Caso 15

dia 24/11/2014. No ecocardiograma no dia da alta apresentou regurgitação da valva

atrioventricular esquerda com aumento do átrio esquerdo e comunicação

interventircular residual pequena. Farmacologia utilizada: Amicacina; ampicilina;

cefalotina; ceftriaxona; ciprofloxacina; claritromicina; clindamicina; eritromicina;

gentamicina; metronidazol; oxacilina; adrenalina; dobutamina; noradrenalina;

fentanil; dormonid; ketamina; ranitidina; dexamedasona; captopril.

SEGUNDA INTERNAÇÃO

Foi internada em 17/08/2015 às 16:00hs, com diagnóstico de pós-operatório

tardio de DSAVT; insuficiência cardíaca (IC) descompensada; desnutrição;

insuficiência mitral grave; hipertensão pulmonar grave, de acordo com

ecocardiograma. Ecocardiograma do dia 18/08/2015, apresentou: plastia mitral com

insuficiência total; hipertensão pulmonar severa; aumento importante de átrio

esquerdo, sendo dia 19/08/2015 encaminhada para unidade de terapia

intensiva(UTI), submetida a tratamento clínico, apresentando boa resposta clínica.

Farmacologia: captopril; hidroclorotiazida; dignoxina; sildenafil; furosemida; dipirona;

espironolactona; primacor. No dia 31/08/2015, recebeu alta melhorada, com receita

para continuação do tratamento clínico e orientação para retorno após contato para

procedimento cirúrgico.

TERCEIRA INTERNAÇÃO

Internada em 03/11/2015 Às 16:43hs, com diagnóstico de pós-operatório

tardio (POT) de DSAVT; insuficiência mitral grave. No dia 30/11/2015 foi levada para

o centro cirúrgico, para realização de plastica da valva mitral, realizado incisão de

esternotomia para exposição do coração com fixação das bordas do saco pericárdio

para melhor visualização das estruturas. Achados anatômico/cirúrgico – vasos da

base normorelacionados com grande dilatação do tronco pulmonar, importante

cardiomegalia. Hipocinesia cardíaca difusa. Feito dupla bolsa na aorta ascendente,

bolsa na cava superior, bolsa na transição do átrio direito com cava inferior e laçado

e reparado veia cava superior e inferior;heparinização sistêmica;canulação da aorta

com canula nº 12 e conexão ao circuito de extracorpórea sem bolhas em sua via;

canulação em veia cava superior com canula nº 16 e em cava inferior com canula nº

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Relato de Caso 16

20, Conectadas ao circuito de extracorpórea ecom TCA (tempo de coagulação

ativado) acima de 480, inicia a circulação extracorpórea (CEC). Realizado

pinçamento da aorta seguida de solução cardioplegia potássica em raiz da aorta. A

proteção miocárdica foi feita por pinçamento intermitente a cada 15 minutos, com

pinça aberta por dois minutos. Resfriamento do paciente de forma lenta até 28ºC.

Feito torniquete nas cavas e realizado atriotomia direita para exposição das

cavidades cardíacas direitas. Abertura do septo interatrial para exposição da valva

mitral. Sendo observado importante insuficiência da valva mitral ao teste com soro

fisiológico. Não coaptação e cleft no folheto anterior juntamente com perfurações no

mesmo folheto. Feito tentativas de plastia valvar, mas sem sucesso, confirmado por

ecocardiograma no transoperatório. Sendo optado pela troca da valva mitral. Foi

retirada a valva mitral e realizado a medida do anel valvar, sendo aferido o tamanho

da prótase em 21mm. Passagem dos fios e implante de prótese biológica nº 21mm

em posição mitral de pericárdio bovino. Retirada de ar das cavidades esquerdas e

feito septorrafia, seguido de atriorrafia direita. Retirada de ar das cavidades

cardíacas por manobras e desclampeamento da aorta. Retorno da atividade

cardíaca de aspecto razoável. Tentado retirada de CEC, mas apresentou baixo

débito cardíaco sendo necessário o retorno da CEC. Feito ajuste de gasometria,

eletrólitos e hematócrito. Nova tentativa de saída de CEC, mas sem sucesso. Por

mais 3 (três) vezes. Optou-se por instalar um dispositivo de circulação assistida com

membrana de oxigenação e bomba eletromagnética. Desligado a máquina de CEC,

seguindo em circulação assistida. Revisão de hemostasia com eletrocautério de

instalação de quatro fios de marcapasso epicárdio, sendo dois ventricular e dois

atrial, mais drenagem torácica direita com dreno nº 18 com saída contra abertura em

selo d’água. Não foi possível fechar o esterno, deixando a ferida operatória com

placa de pericárdio bovino e curativos.Deu entrada na UTI, as 17:30hs intubada com

canela 4.0, fixada em 12, sedada recebendo adrenalina e milrinona, sob oxigenação

por membrana extracorpórea(ECMO)/CEC assistida por falha na retirada de CEC.

Foi acoplada ao ventilador mecânico pulmonar com fração inspirada de oxigênio

(FiO2) 0,40, freqüência respiratória (Fr) 22, pressão expiratória final (Peep) 5mmHg,

pressão inspiratória (PINSP) 14mmHg, pressão de suporte (PS) 12mmHg, tempo

inspiratório 0,65. Gasometria pH 7,41; pCO2 36,8; pO2 69.5; Bic 23,5; Be -1,1; SpO2

94%. Na UTI recebeu expansão 30ml/kg com soro fisiológico e uma com albumina,

duas correções de potássio e de cálcio, feito metilpredinisolona, devido sangramento

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Relato de Caso 17

importante em ferida operadora, recebeu concentrado de hemácias quatro vezes,

uma de plaquetas, duas de plasma, e heparinização. No dia 01/12/2015, apresentou

bulhas audíveis, visualizado movimento cardíaco em ECO, embora mantenha

disfunção, com freqüência cardíaca própria, reduzido em 50% o fluxo da máquina de

ECMO. No dia 02/12/2015, foi levada ao centro cirúrgico para revisão de ECMO,

sedada, monitorada com PAM invasiva, sonda vesical de demora, oxímetro de

pulso, capnografia, termômetro esofágico e retal, traçado eletrocardiográfico

continuo e BIS (medida do nível de consciência). Realizado anti-sepsia, assepsia

com colocação e fixação de campos cirúrgicos. Retirado curativo cirúrgico com

retirada do pericárdio bovino que fechava a ferida operatória e exposição do coração

e vasos da base. Retirada dos coágulos elavagem exaustiva com soro morno da

cavidade mediastinal. Troca do sistema de oxigenador e circuito de circulação

assistida com implante de hemofiltro. Estabelecido novo circuito de circulação

assistida. Fechado ferida operatória com path de pericárdio bovino, hermeticamente

e curativos. evoluiu grave, necessitando de expansões, hemoderivados, reposições

de potássio, cálcio e aumento de heparina associados ultrafiltração continua a

ECMO para reduzir inflamação e otimizar controle volêmico. No dia 04/12/2015,

retornou ao centro cirúrgico para retirada de assistência circulatória (ECMO).

Retirado curativo cirúrgico com retirada do pericárdio bovino que fechava a ferida

operatória e exposição do coração e vasos da base. Retirada de coágulos,lavagem

exaustiva com soro morno, da cavidade mediastinal. Decanulação venosa e

reposição volêmica pela aorta. Decanulação aórtica seguida de protaminação do

paciente. Revisão de hemostasia rigorosa. Drenagem pleural direita e mediastinal.

Colocação e fixação de marcapasso epicárdio. Fechamento da parede torácica por

planos e curativos. Retornando para UTI instável, necessitando de parâmetros

ventiladores (PV) altos, trocado a canula por uma 4.5 com cuff insuflado, associado

dopamina e noradrenalina, devido a instabilidade hemodinâmica, evoluiu com uma

parada cardiorrespiratória (PCR) menor que um minuto, após queda de saturação,

sendo rapidamente revertida. Recebeu concentrado de hemácias, plaquetas e

plasma, feito furosemida e metilprednisolona; mantendo febre continua. Iniciado

óxido nítrico(NO) = 20PPM devido instabilidade respiratória, evoluiu com taquicardia

supraventricular, revertida com amiodarona, não apresentou diurese, dando início a

diálise peritoneal. Realizado o desmame do óxido nítrico e no dia 10/12/2015 foi

retirado. No dia 14/12/2015, foi retirado o cateter de tenckhoff, apresentando diurese

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Relato de Caso 18

normal. Ecocardiograma apresentou: hipertensão arterial importante; fração de

ejeção(FE) = 76%; átrio esquerdo com aumento importante; aumento cavitário

importante do ventrículo direito; regurgitação leve da valva tricúspede; hipertensão

pulmonar importante; gradiente artéria pulmonar/ventriculo direito = 43mmHg.

Evoluindo com desmame da ventilação e no dia 24/12/2015 foi extubada e mantida

em ventilação não invasiva (VNI) FiO2 0,30; pressão controlada (PC) 12mmHg; Peep

8mmHg; FR 25; Ti 0,65. Evoluindo para mascara de venturi, cateter nasal de O2 e ar

ambiente. No dia 01/02/2016, recebeu alta melhorada, com receita para continuação

do tratamento clínico. Famacologia: Adrenalina; Noradrenalina; Dobutamina;

Primacor; Amiodarona; Dormonid; Fentanil; Meprazol; Captopril; Propranolol;

Furosemida; Sildenafil; Rocurônio Vancomicina; Digoxina; Teicoplamina;

Meropenem; Espironolactona; Ceftriaxona; Cefeprime; Anfotericina; Teicoplamina;

Polimexina B; Fluconazol; Linezolida; Amicacina; Micafungina; Metronizol.

Fisioterapia

Respiratória, tendo como objetivo manter as vias aéreas pervias, utilizando

técnicas de higiene brônquicas como manobras: (vibrocompressão; bag squeezing;

aumento do fluxo expiatório; expiração lenta e prolongada; aspiração de tubo

orotraqueal(TOT) e vias aéreas superiores(VAS)). Monitorização da ventilação

mecânica pulmonar com parâmetros adequados para manter os valores de pressão

de oxigênio(pO2); entre 60 a 100mmHg; pressão de gás carbônico(pCO2) entre 35 e

45mmHg e saturação periférica de oxigênio(SpO2)entre 92 a 97%; desmame e

extubação da ventilação mecânica.

Motora, tendo o objetivo de manter o movimento e ganho da amplitude

adequada, utilizando mobilização; alongamentos; exercícios passivos evoluindo para

ativos; sedestação; ortostatismo, deambulação, treino de equilíbrio; utilizando

circuitos, bolas, rolos e escadas.

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Relato de Caso 19

Demonstração do sistema de ECMO e canulação da aorta e átrio direito

Fonte: arquivo pessoal

Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO)Foi realizado a canulação da artéria aórtica e átrio direito, através da incisão

de esternotomva realizada para cirurgia de troca de valva mitral. Foi utilizado: uma

cânula arterial 12F; cânula venosa ponta reta 20F; bomba eletromagnética; tubo

TCA; transdutor de pressão; cateter duplo lumen 5F; conjunto de circulação

extracorpórea neonatal; bomba centrifuga descartável; cânula venosa PT 90º 16F e

eletrodo de BIS.

6. DISCUSSÃO

O presente trabalho visou mostrar a importância da utilização do sistema de

ECMO no desmame da Circulação Extracorpórea (CEC) após cirurgia de

cardiopatias congênitas de alta complexidade. Pode ser uma estratégia adjunta

viável e segura no tratamento de complicações após a operação.

O suporte cardiopulmonar com oxigenador de membrana vem sendo utilizado

com resultados satisfatórios há anos em grandes centros mundiais. No Brasil, seu

desenvolvimento e aplicação clínica são restritos a alguns centros de alta

complexidade. Sendo, a ECMO no peri-operatório de cirurgia cardiovascular um

método eficaz no controle de alterações hemodinâmica, possibilitando a

recuperação de órgãos(ATIKet al., 2008).

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Relato de Caso 20

O uso da ECMO como uma ponte para a recuperação pós-cirurgia cardíaca

em crianças, já é realidade nos grandes centros internacionais, porém, em nosso

cenário, nem sempre é replicado. Acreditamos ser devido ao alto custo do

desenvolvimento tecnológico e o treinamento de equipes de terapia

intensiva(CANEO et al., 2015).

Segundo Kattan et al.(2017), Pacientes pediátricos que receberam a ECMO

devido a causas cardíacas apresentam taxa de sobrevida ligeiramente maior do que

os neonatais. Conforme pesquisa realizada no período de maio de 2003 a julho de

2016, no centro de ECMO-UC.

Segundo Werho et al.,(2015), os pacientes cirúrgicos cardíacos, têm risco

aumentado de complicações hemorrágicas na ECMO no local da cirurgia, local da

canulação e do sistema nervoso central(SNC). Um outro fator importante é o longo

tempo de CEC e exploração mediastinal. Pode-se considerar a modificação da

estratégias de anticoagulação, logo após a canulação, para amenizar o risco de

complicações hemorrágicas.

Na ECMO à exposição do sangue a superfícies não endoteliais. pode levar a

ativação da cascata inflamatória e da coagulação, hemólise e geração de

fenômenos tromboembólicos, contribuindo para aumentar o risco de lesão de

múltiplos órgãos. O uso de oxigenadores de membrana com tecnologias avançadas

e circuitos revestidos de heparina devem diminuir os riscos(ATIK et al., 2008).

Segundo Rousse et al.,(2015), comprometimento da função renal foi um forte

fator de risco para morte prematura antes do desmame da ECMO. Mantendo o

suporte, pelo menos 6 dias parece reduzir o risco de morte intra-hospitalar, na pós-

cardiotomia. O desmame só deve ser realizado antes do sexto dia se a recuperação

cardíaca for imediata.

Segundo Burkhart et al.,(2019), uma das vantagem de manter as cânulas

após a suspensão da ECMO, é que podemos reiniciar com rapidez a ECMO caso o

coração for incapaz de sustentar um débito cardíaco adequado. Restabelecendo o

fluxo.

Segundo Barrett et al.,(2017) A utilização de ECMO após cirurgia cardíaca

pode ser visto como “terapia de resgate” para pacientes com instabilidade

hemodinâmica que não responde a terapias médicas convencionais.

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Relato de Caso 21

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesse relato de caso chegou-se a conclusão que a utilização da ECMO foi

fundamental para manter a vida da paciente. Com novos investimentos em

pesquisas com equipamentos e treinamento de pessoal, tanto de centro cirúrgicos

como de unidades de terapias intensivas (UTI’s), direcionados a população

pediátrica e neonatal, com a melhora da qualidade dos equipamentos, poderá

diminuir os riscos com hemorrágicas no local da cirurgia, da canulação e do sistema

nervoso central (SNC), sendo capaz de manter a vida pós-cardiotomia com a

utilização de ECMO ou qualquer forma de assistência circulatória.

8.REFERÊNCIAS

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Relato de Caso 22

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