Well to Wheel 19

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Ferramentas Para Planejamento

Ferramentas Para Planejamento

de Energia no Brasil

NDICE2NDICE

3Desafios do planejamento

6BEN

8Matriz de Energia

8Formas de Energia

10Matriz de Energia

13Da Fonte Energia til

13Well 2 Wheel

14Exemplo de W2W

16Generalizando o W2W como ferramenta de planejamento

18DESENVOLVIMENTO

18Modelos

18Informaes dos modelos

20Anexo A - Matriz de Energia

20Modelo de dois setores

22Matriz N setores

22Generalizando o modelo

24Outras consideraes

25Anexo B - Sistemas de Energia

28Anexo C Generalizando o W2W

Desafios do planejamento

Na histria recente do Brasil, poucas vezes foi praticado o que se poderia chamar de um planejamento energtico integrado. Apenas em situaes de crise verificou-se uma atitude mais abrangente, mas limitada em seu alcance temporal e focada em problemas especficos.

Esse planejamento, no entanto, cada vez mais importante para o Brasil onde, ao contrrio do que ocorre na maioria dos pases, h um amplo leque de opes energticas. Assim, preciso analisar, de forma integrada, a efetiva disponibilidade e a utilizao competitiva, em termos tcnicos, econmicos e ambientais, das variadas fontes e caminhos tecnolgicos disponveis para definir as opes mais vantajosas e, a partir da, aplicar polticas de estmulo ou inibio do emprego de fontes especficas.

Note-se que o pas conta com sofisticados sistemas de planejamento voltados, de forma quase que exclusiva, para os setores, eltrico e de petrleo, embora separadamente. Eles tm estruturas, concepes e vises muito diferentes e adaptadas aos tipos de energia que oferecem e s fontes primrias que utilizam ou prevem utilizar. A limitada articulao entre estes setores, e destes com os demais, no gerou maiores conflitos no passado, na medida em que a gerao eltrica tinha pequena dependncia do petrleo e que a eletricidade e os derivados de petrleo praticamente no competem no uso final.

As fontes nuclear, carvo e elica, embora contem com estruturas de planejamento especficas, dependem, na prtica, da sua insero nos planos do setor eltrico, aos quais esto vinculadas.

As energias das biomassas - cana e lenha apesar do grande espao ocupado pelo lcool, no esto inseridas, em seu conceito mais amplo, no planejamento energtico formal, apesar serem renovveis e de terem um contedo energtico primrio, duas vezes maior que a energia hidrulica. So articuladas fora dos setores formais de energia e vistas por estes como uma espcie de energia de segunda classe. Tambm possvel que devido a essa considerao marginal ainda sejam aproveitadas com eficincia muito aqum da recomendada e possvel.O gs natural (GN) a fonte energtica mais recente no pas e um exemplo vivo da falta de planejamento global e para o uso das principais fontes de energia. Como conseqncia, foram adotadas solues ad-hoc, nem sempre adequadas. O gasoduto da Bolvia, construdo com nfase em aspectos geopolticos, ficou pronto sem que a demanda estivesse desenvolvida. Usos incentivados, atravs de programas como o PPT e mais tarde o uso para fins veiculares, vm mostrando sua impropriedade pela desconsiderao da eficincia no uso do GN e o precrio entrosamento desse com as demais fontes. O problema que sua utilizao concorria diretamente, e com vantagem, com as ofertas j estabelecidas de derivados de petrleo e energia eltrica quando usado na co-gerao, que a aplicao que proporciona seu maior aproveitamento energtico.

Ressalte-se que, por terem sido organizadas pelas empresas do setor energtico, as estruturas de planejamento existentes so geralmente orientadas para o suprimento. Existe, at naturalmente, considervel reticncia em relao a aes voltadas para a gesto da demanda, com medidas de conservao no uso final, em muitos casos a forma de menor custo para atender as necessidades de energia da sociedade. A crise de 2001 teria sido evitada ou, pelo menos, atenuada, se o equacionamento pelo lado da demanda tivesse sido praticado nos anos anteriores como proposto por diversas entidades, inclusive do governo. Note-se que a opo pela conservao, ainda que tardia, s foi possvel porque o comando das aes foi politizado. Entretanto, to logo superada a crise, foi cooptado pela viso tradicional da oferta.

Por outro lado, temas como a introduo do bio-diesel, GNV e programa elico, recentemente aprovados sem maiores discusses mostram que a questo energtica vai perdendo, cada vez mais, o carter de um trabalho de um clube fechado para se tornar uma preocupao poltica mais ampla. Os especialistas precisam estar cada vez mais preparados para tratar estas situaes e desenvolverem um trabalho mais abrangente, que lide construtivamente com as especificidades de oferta e demanda, considerando tambm as situaes que proporcionem maior eficincia na utilizao de energia.

A fig 1 resume os principais fluxos de energia na economia onde, para atender as necessidades da populao de 180 milhes de habitantes, debita-se 213 milhes de tep natureza, destinando-se uma parte importante para a lata de lixo energtica. Dado que essas necessidades configuram um quadro real e condicionam a oferta, o INEE tem defendido a prioridade de se identificar as causas e reduzir tais perdas, o que trar relevantes benefcios sociedade, inclusive em termos ambientais.

Completando a figura, uma questo ainda pouco estudada a possibilidade de integrao do sistema eltrico com o de transportes leves, com a difuso do emprego dos veculos eltricos, sobretudo os hbridos (VEH). Com gerao prpria eles tanto podem ser uma nova carga importante quanto se tornarem um elemento ativo para melhorar a qualidade da energia disponvel para consumidores finais (no-break, regulao de voltagem, filtro de harmnicos etc.). Em futuro no distante, poder haver milhes de veculos, com baterias e geradores embarcados, capazes de atender a necessidades locais mediante sua integrao com o sistema eltrico, situao a ser cuidadosamente considerada pelas concessionrias eltricas.

Para trabalhar este tema, necessita-se de instrumentos de anlise e apoio a decises de poltica energtica que: 1) explicitem, localizando e quantificando, as perdas de energia; 2) tenham consistncia tcnica e permitam argumentar com os setores especializados (em formas especficas) e, 3) sejam claros e intuitivos para atingirem um pblico amplo.

O presente documento apresenta e discute dois instrumentos que podero responder a estas necessidades e prope uma estratgia para desenvolv-los. Acredita-se que este objetivo esteja sintonizado com os da Empresa de Planejamento de Energia - EPE, qual cabe formular propostas de poltica energtica e de planejamento, que harmonizem o aproveitamento das vrias fontes e racionalizem a utilizao das energias ofertadas ao mercado.

BEN

O nico instrumento disponvel como referncia abrangente do uso de energia no pas o Balano Energtico Nacional BEN, um conjunto de estatsticas organizadas e anualmente publicadas h mais de duas dcadas pelo MME.

O BEN apresenta, para cada ano, um quadro-sntese (tabela I) dos fluxos de todas as modalidades de energia, dando uma viso abrangente da origem (nacional ou importado) das fontes, das transformaes das fontes de energia disponveis na natureza (petrleo, hidrulica, carvo, urnio, madeira, cana de acar etc.) e as modalidades de uso final (eletricidade, gasolina, diesel, querosene, carvo vegetal, lcool etc.), segundo as principais classes de consumo.

O preparo deste quadro exige uma consistncia estrutural das informaes coletadas em diversas fontes, o que est na base de uma excelente organizao dos dados, no que , provavelmente, uma das melhores estatsticas de energia do mundo.

Entretanto, as informaes apresentadas no BEN, embora constituam uma ampla srie histrica, no so suficientes para fins de planejamento integrado e abrangente, bem como para estimar as eficincias com que so empregadas, pois no explicita as finalidades do uso das energias, tais como trao, aquecimento e refrigerao, coco, iluminao etc. To pouco foi atualizado para explicitar novidades importantes como a co-gerao.

Alm disso, para facilitar a compreenso, colocou as vrias fontes de energia nas colunas e os setores consumidores nas linhas. Esta disposio facilita a compreenso e explicita algumas perdas de armazenamento e distribuio, mas tem o inconveniente de esconder a totalidade das perdas reais das diversas transformaes de energia; gera tambm dificuldades para fazer projees, pois, pela heterogeneidade das funes de cada clula, difcil fazer uma descrio matemtica que facilite o desenvolvimento de modelos para anlise prospectiva e simulaes de cenrios.

O primeiro instrumento, que se prope adiante desenvolver decorre de um abrangente trabalho de adequao de um novo quadro de sntese do BEN, face sua atual estrutura e necessidade de maior consistncia. O trabalho a ser realizado um exerccio da maior importncia para que se possa avaliar o efeito do direcionamento de cenrios em conformidade a diversas polticas de suprimento e uso da energia mais ajustados s diversas variveis em pauta. Para tanto, considera-se, inicialmente, um trabalho voltado s origens do projeto MEB - Matriz Energtica Brasileira, de 1968, que deu origem ao prprio BEN e visava avaliar opes de poltica energtica e de utilizao de novas tecnologias com base em matrizes de insumo-produto derivados dos dados que constituem o BEN.

http://www.mme.gov.br/site/menu/select_main_menu_item.do?channelId=1432&pageId=4060

Tabela 1 BEN 2004 Quadro Sntese Matriz de Energia

A expresso Matriz Energtica foi incorporada ao vocabulrio do setor de energia nos anos 60 pelo projeto Matriz Energtica Brasileira-MEB, mas seu significado, na acepo da poca, acabou se perdendo.

O objetivo original era criar uma ferramenta de planejamento energtico baseado nas matrizes de insumo-produto, mtodo de anlise econmica devido a Wassilly Leontiev. Esta representao permite fazer uma descrio estruturada da economia, conveniente para fazer anlises e projees com base na matemtica de matrizes.

Formas de Energia

Nela, as informaes sobre os fluxos econmicos entre setores da economia so dispostos em formato de matriz. Como os fluxos de energia tm propriedades assemelhadas aos econmicos, possvel utilizar o ferramental de Leontiev. O primeiro passo para montar a matriz segmentar os setores de energia. A fig. 2 apresenta uma diviso em conformidade estrutura e terminologias empregadas em estatsticas nacionais de energia. Elas explicitam as diversas famlias de fluxos da energia desde a origem na natureza at o efetivo atendimento das necessidades de energia da sociedade. Na figura, as elipses representam a energia em seus diversos nveis de processamento e os retngulos, os sistemas e equipamentos que transformam as diversas formas. Nesta representao, em que diversas formas so referidas a uma nica unidade, tudo se passa como se a energia fosse um fluido, que ora se apresenta na eletricidade, ora no calor, ora na gasolina. O conceito fisicamente errado, mas bastante intuitivo e til neste tipo de aplicao de estudos econmico-polticos. So chamadas primrias as energias que esto disponveis na natureza e secundrias as que resultam de transformaes das primrias em formas de mais fcil uso. A energia final vem a ser a energia primria ou secundria colocada junto ao local em que utilizada, como o gs natural e o leo diesel, respectivamente. Esta distino permite explicitar as perdas no transporte e comparar a energia eltrica proveniente de gerao centralizada e transportada pelos sistemas de transmisso e de distribuio com a eletricidade gerada junto ao consumidor final.

A expresso energia til designa as poucas finalidades calor/frio, luz, movimento e efeito eletro-qumico nas quais as energias finais so efetivamente aproveitadas pelos consumidores, para obter bens e servios. As setas, na figura2, indicam o sentido do fluxo da energia. Embora o maior volume de energia usado na sociedade siga o fluxo central, h outras possibilidades, indicadas na figura 2. Por exemplo, a energia solar pode ser usada diretamente mediante um aquecedor solar ou uma clula foto-voltica, instalados junto a um consumidor (tecnologias de uso final) e o carvo e o gs natural tanto podem ser usados conforme so encontrados na natureza (como energia Primria) ou podem ser utilizados para gerar energia eltrica (energia secundria).

Note-se, ainda, na fig. 2, que a maioria das setas aponta para baixo mas a energia eltrica excedente da gerao distribuda (GD) segue a direo oposta. Esta uma das novidades do panorama energtico que vai tender a crescer e precisa ser considerada. Matriz de EnergiaPara a finalidade visada, importante montar uma tabela que explicite todas as formas de energia empregados pela sociedade e como se do as trocas entre elas. A tabela 2 uma representao esquemtica que, para no confundir com o nome Matriz Energtica de uso consagrado, chamada aqui Matriz de Energia. O objetivo da tabela apenas indicar a aparncia da Matriz e deixar clara sua diferena estrutural com relao tabela 1 (BEN), onde as linhas correspondem aos setores da economia usurios de energia e as colunas s variadas modalidades de energia primria e secundria.As linhas e as colunas da Matriz de energia (tabela 2) representam, cada uma, as N modalidades de energia empregadas no pas, formando uma matriz quadrada. Cada clula xProduto,Insumo indica a quantidade de energia relativa coluna (insumo) usada para produzir a forma de energia referente linha (produto). Assim, xEletricidade,GsNatural = 200 significa que no ano em anlise 200 unidades de aproveitamento de gs natural so destinadas produo de energia eltrica.A leitura da tabela2, na horizontal informa, em uma linha, as destinaes da energia para cada um dos setores de energia e para o uso final. A leitura da mesma tabela na vertical indica os insumos de energia usados para produzir a forma especfica da coluna. A tabela assim, um registro de dupla partida em que a mesma informao tem um significado diferente dependendo do sentido em que lida.

A tabela 2 apresenta o papel relativo das diversas formas de energia na economia. O problema que se coloca para o planejador ser de, dada uma projeo das necessidades de energia da sociedade, avaliar quanto de energia precisa ser produzida a partir de cada fonte. Fazer a projeo da tabela a partir de hipteses sobre as demandas, no entanto, no trivial pois as relaes entre as diversas formas de energia, que inclui alguns feed-backs, faz com que no seja uma simples proporcionalidade. A estrutura homognea da matriz, no entanto, permite uma descrio matemtica que facilita realizar as projees, descrita no anexo A. Em sntese, trabalha-se com a matriz A = [ai,j] , derivada da matriz da xi,j da tabela 2 usando as seguintes frmulas :

Onde Xj corresponde ltima coluna da tabela, representando a produo total da forma de energia i, ou seja, a soma de todas as formas internas ao setor de energia e a demanda final Ci que se encontra na penltima coluna. A matriz derivada A = [ai,j] informa os coeficientes tcnicos para produo de cada forma de energia: aEletricidade,GsNatural, por exemplo a quantidade de gs natural necessria para produzir uma unidade de energia eltrica. Por esta razo, A chamada matriz estrutural, pois ela sintetiza a estrutura tecnolgica mdia do pas. As duas ltimas variveis so, na verdade, vetores-coluna X e C, valendo a seguinte expresso matricial:X =A.X + C

e, portanto :

X = [1-A]-1.C

Uma vez projetada a demanda de energia (C) e definida a matriz tecnolgica (A), possvel fazer as projees das fontes necessrias a partir de uma operao matemtica usando como base o modelo acima.

PetrleoGs NaturalCarvoHidroLenhaCanaUrnioImportaoEletricidade.DieselGasolinaleo CombustvellcoolCarvo VegetalEletricidade Distrib.GN canalizadoGN comprimidoGN LiquefeutiGasolinaDieselTransporteIluminao CalorFrioEletricidade cogeradaMovimentoProcessoUson No energtico.Consumo Final CTotal de Produtos X

Petrleo

Gs Natural

Hidro

Carvo

Lenha

Cana

Urnio

Importao

Eletricidade

Diesel

Gasolina

leo Combustvel

lcool

Carvo Vegetal

Eletricidade Distr.

GN canalizado

GN comprimido

GN liqefeito

GAsolina

Diesel distr.

Transporte

Iluminao

Calor

Frio

Eletricidade co-gerada

Movimento

Processo

Uso No Energtico

TABELA 2

Da Fonte Energia til

O segundo instrumento de anlise e deciso ora proposto o Well To Wheel - W2W (do poo roda), um instrumento simples e intuitivo para apresentar as informaes energticas. Ele permite apresentar, analisar e discutir com a sociedade temas especficos, como os melhores caminhos da poltica energtica poltica, fundamentando decises complexas.Na experincia do INEE, a W2W complementa muito bem o primeiro instrumento proposto onde a disposio das informaes em duas dimenses, abrangendo todas as formas de energia fundamental para fazer estudos macro mas sua compreenso, interpretao e anlise so pouco intuitivas para no especialistas. Well 2 Wheel

A metodologia foi desenvovida pelo Argonne National Laboratory dos EUA, para estudar as perdas de energia e emisses de poluentes das diversas modalidades de transportes. Ela se baseia no encadeamento de sistemas de energia, uma representao seqencial de equipamentos/sistemas que transformam as diversas formas de energia (ver anexo B), desde sua obteno na natureza at sua efetiva utilizao em equipamentos de uso final. Por exemplo, a fig.3 apresenta um resumo da trajetria do Gs Natural Veicular, acompanhando o fluxo da energia desde o poo onde o gs obtido at o acionamento da roda de um veculo. Neste trajeto indicado pelas setas horizontais, equipamentos e sistemas transformam a energia, enqquanto uma parte dela, indicada pelas setas para baixo, perdida. Em cada etapa, tambm, so emitidos diversos poluentes.

No W2W, as vrias tecnologias so agregadas em dois grandes sistemas que caracterizam o W2W: esquerda, esto as tecnologias entre o poo e o tanque (Well to Tank) e direita, as tecnologias entre o tanque do veculo e a roda (Tank to Wheel). O W2W, em sntese, acompanha a evoluo de uma unidade de energia primria disponibilizada junto fonte na natureza (Well) um poo de petrleo, por exemplo - at o seu uso final nas rodas (Wheel). Como h diversas rotas possveis, o objetivo do instrumento identificar qual a combinao de combustveis e tecnologias de acionamento que usam menos energia e cuja poluio seja mnima. As polticas pblicas de incentivos deveriam ser orientadas segundo os resultados dessa anlise, que permitem uma avaliao abrangente das opes que esto envolvidas ao longo da cadeia de suprimento e utilizao de de energia.

Fig. 3 Well to Wheel

Exemplo de W2W

Na busca de formas para reduzir a dependncia do petrleo surgiu uma grande expectativa em torno do uso do hidrognio (H) como combustvel automotivo que usa a clula combustvel, um dispositivo que produz eletricidade combinando o H com oxignio, produzindo a corrente eltrica que aciona o veculo. O apelo poltico desta soluo forte, na medida em que a emisso destes veculos o vapor da gua e se tornou um dos pilares da poltica do presidente Bush que, em 2002, destinou uma importante soma para desenvolver as pesquisas.O H uma forma secundria de energia, pois no existe livre na natureza. Para produzir, distribuir e estocar o H preciso despender energia . Uma poltica para incrementar seu uso deve, necessariamente, avaliar seus efeitos sobre a(s) fonte(s) primria(s) e comparar seus resultados com os processos que ele poder substituir, o que pode ser feito com o W2W. A figura 4 tirada de um estudo da TOYOTA que compara veculos a H com os atuais. Na primeira linha v-se que a eficincia W2W para um veculo de passageiros convencional a gasolina de apenas 14% (88% entre o poo e o tanque e de 16% no veculo). A segunda linha mostra os dados referentes ao Prius, veculo eltrico-hbrido(VEH) da Toyota, cujo emprego enseja uma eficincia W2W de 32%. O veculo a H deve atingir entre 22% e 29% pois embora as clulas a combustvel sejam muito eficientes (38% a 50%), as perdas na produo do H usando o gs natural (58%) so elevadas. Uma especulao na ltima linha mostra que, para se tornar atraente como vetor de energia o H precisa dar saltos tecnolgicos ambiciosos.

Fig. 4 eficincia comparada W2W de veculos de passageirosA figura 5 apresenta as emisses de CO2 quando comparadas s de um veculo a gasolina convencional atual. Fig. 5 Emisses comparadas W2W de CO2Os estudos W2W servem para estabelecer de forma clara as combinaes de combustvel e tecnologia mais desejveis a longo prazo. Os dados mostram o salto de eficincia e reduo de emisses dos VEH com relao ao convencional que explica o explosivo sucesso desta tecnologia que consegue hoje resultados surpreendentemente melhores em termos de eficincia e reduo de emisses de CO2. Vale notar que a tecnologia VEH lanada comercialmente no fim do sculo ainda era tida como experimental em 2002 quando avanou a poltica do H. A aceitao do VEH pelos consumidores, que aumentou muito nos ltimos anos faz, no entanto, repensar o direcionamento da poltica e o interesse de buscar solues do aqui e agora. Isto explica, em parte, os incentivos fiscais para estes veculos contemplados pela poltica energtica dos EUA, para 2006. Vale lembrar, finalmente, a deciso da Toyota de equipar todos os seus modelos com a tecnologia VEH.

Generalizando o W2W como ferramenta de planejamentoEmbora pensado para tratar de temas de transporte, fcil generalizar o W2W quando se considera que o poo (Well) pode ser qualquer fonte primria (hidrulica, biomassa, sol, nuclear ou elica) e que a roda (Wheel) uma metfora para qualquer das formas de energia til (luz, calor/frio, trao).

Alm disso, funes complementares eficincia energtica e emisses ao longo da cadeia W2W podem ser consideradas. Exemplos seriam os custos e a mo de obra agregados ao longo da cadeia energtica ou outras informaes que podem apoiar uma viso ampla de um estudo de poltica.O planejador moderno vive muitas situaes em que os temas de energia so colocados em discusso ou pelo lado da fonte (Poo ao Tanque) ou pelo lado do uso final (Tanque Roda). Ver mais detalhes no anexo C. As virtudes das solues acabam sendo apreciadas segundo a tica de um ou outro segmento especfico e a questo global raramente considerada. A utilizao da abordagem W2W especialmente recomendada quando se pretende introduzir ou ampliar significativamente o emprego de novas fontes de energia, sobretudo para avaliar sua adequao para determinadas finalidades. Em muitos casos estas inovaes so feitas mediante subsdios que permitem reduzir seus preos com o argumento de que quando houver escala eles ficaro competitivos. Exemplos de decises relacionadas a novas fontes foram a introduo da energia da cana (dcada de 80), das elicas, do bio-diesel, uso do hidrognio. Exemplos de decises voltadas para o final da cadeia seriam o tipo de veculo a lcool, o uso do GLP, uso do GN para transporte (GNV) e dos Veculos Eltricos.

Como distribuir o GN? (Dutos? GN comprimido? GN liqefeito?) so exemplos de questes que no se consegue resolver sem entender como o GN vai ser transportado, fornecido e usado, uma vez que as operaes de compresso e liqefao so energo-intensivas. A abordagem W2W ajudar as autoridades a perceberem melhor estes fenmenos e tornar mais claro o foco da discusso e instrumentar melhor as decises sobre incentivos tarifrios ou fiscais. Ao mesmo tempo, incorpora-se a discusso da temtica da eficincia energtica que, quando segmentada, acaba sendo abandonada.

O uso do W2W pode ser muito abrangente. O INEE, por exemplo, tem usado o W2W da fig. 6 para discutir duas grandes modificaes importantes que, no seu entendimento, devem trazer modificaes estruturais importantes no mundo da energia. So elas o crescimento da gerao distribuda e a introduo dos veculos eltricos. Este ltimo fenmeno tem uma caracterstica disruptiva como a substituio do lampio a gs pela lmpada eltrica e das locomotivas a vapor pelas diesel-eltricas. A fig. 6 uma representao esquemtica do W2W desta percepo que deve merecer um estudo cuidadoso pelas conseqncias que deve acarretar.

Fig.6 W2W veculo eltrico.

DESENVOLVIMENTO

Para criar instrumentos confiveis necessrio um trabalho multidisciplinar para definir o detalhamento adequado e as agregaes das vrias formas de energia, explicitando o envolvimento de especialistas em energia, modelagem e estatstica.

Seria interessante, no entanto, que este trabalho tivesse carter formal para que as informaes pudessem ser preparadas e gerenciadas de forma oficial. Uma instituio como a EPE, fundada pouco tempo e qual caber onde ser necessrio resolver diversos problemas Modelos

O modelo W2W de grande simplicidade conceitual sendo relativamente simples criar um ferramental matemtico bsico usando planilhas eletrnicas. O prprio Argonne disponibiliza o modelo Greenhouse gases, Regulated Emissions, and Energy use in Transportation GREET voltado, naturalmente, para os estudos de emisses em transportes.

Estudos W2W tambm podem incorporar a energia usada no ciclo de vida que considera tambm a energia usada na fabricao dos equipamentos e materiais utilizados na implantao das instalaes que processam energia.H situaes como o ilustrado pela 6 em que as discrepncias entre usos mais e menos eficientes so to grandes que o modelo W2W pode dar indicaes seguras sobre caminhos e polticas desejveis mesmo que a confiabilidade de uma ou outra informao ainda seja baixa. Isto indica que a W2W pode comear a ser usada a curto prazo e j apresentar bons resultados.

Um desenvolvimento inicial deveria se concentrar neste modelo at porque diversos aspectos dele se refletiriam no relativo ao da Matriz de Energia. H poucos estudos de W2W feitos no Brasil que deveriam ser considerados desde o incio .Questes como detalhamentos dos setores, limitaes e objetivos de uso, a importncia de considerar ou no o ciclo de vida devem ser desenvolvidas pensando na obteno de resultados a curto prazo.

O Modelo matricial de aplicao mais complexa mas, em compensao, estudado h tantos anos, conta com uma extensa literatura terica e ferramentas bem desenvolvidas, pois o modelo de Leontiev, inicialmente voltado para estudos macro-econmicos, muito usado hoje em estudos regionais e ambientais.

Informaes dos modelos

A base de dados fundamental para dar incio o BEN, uma fonte rica e j sistematizada de informaes estatsticas sobre produo e oferta de energia e que conta com longas sries de informaes. Alm deles, h alguns estudos setoriais detalhados que podem ajudar a aumentar o grau de conhecimento sobre setores especficos. o caso do setor sucro-alcooleiro que foi estudado de forma detalhada pelo CTC da e de diversos estudos realizados pela COPPEE sobre o balano energtico.

Considerando a necessidade de obter resultados rpidos, ser importante montar uma metodologia de avaliao e medida que possa, eventualmente, considerar tcnicas bayesianas e/ou de avaliao subjetiva de especialistas para serem usadas enquanto no se dispe de dados precisos recolhidos no campo.

Outro aspecto importante a considerar a heterogeneidade de algumas informaes que decorre da forma como so levantadas (por exemplo dados sobre uso domstico de lenha so muito menos precisos que os relativos ao consumo de energia eltrica). Assim, importante que os trabalhos de projeo levem em conta esta questes, usando Anexo A - Matriz de Energia

Modelo de dois setores

Para apresentar a idia geral, vamos considerar uma situao em que s existem dois tipos de energia, leo e energia eltrica, cuja produo e consumos constam da tabela A1. Nela os fluxos de energia entre os setores energticos e deles com os consumidores em um ano esto expressos em unidades fsicas. Os nmeros, naturalmente, servem apenas para ilustrar o mtodo, no guardando qualquer ligao com uma realidade fsica.

Produtos (

Insumos(Setores leoEn.Eltr.Demanda FinalTotal de Produtos

leo (m3)2575100200

En.Eltr.(GWh)401090140

Tab. A1 Exemplo de dois setores

Seguindo a primeira linha, temos que o setor de leo consume 25 m3 no prprio setor, o setor de energia eltrica consome 75 m3 e os consumidores finais mais 100 m3. Como a linha expressa em um mesm produto (m3 de leo), faz sentido somar os elementos da linha e concluir que o setor de leo tem que produzir 25+75+100 = 200 m3 para atender a demanda deste produto. O mesmo raciocnio se aplica linha seguinte relativa energia eltrica. Portanto, para atender a demanda final de 100 m3 de leo e 90 GWh de energia eltrica preciso produzir, respectivamente 200 m3 e 140 GWh.

As relaes entre os setores podem ser apresentadas de forma mais geral na tabela A2, onde o insumos do setor i no setor representado por xi,j . Sendo de Ci a demanda final, e Xi a produo total da forma de energia i, podemos dizer que :

[A1]

Setores De EnergiaInsumos do Setor 1Insumos do Setor 2Demanda FinalTotal de Produtos

Setor 1x1,1x1,2C1X1

Setor 2x2,1x2,2C2X2

Tab. A2 Variveis do modelo de dois setores

Assumindo que cada insumo uma proporo fixa da produo do setor, mais cmodo trabalhar com a tabela A3, derivada da acima onde, no lugar dos valores absolutos, xi,j apresenta-se a proporo do insumo de um setor com relao sua produo:

[A2]

Setores De EnergiaInsumos do Setor 1Insumos do Setor 2Demanda FinalTotal de Produtos

Setor 1a1,1 a1,2 C1X1

Setor 2a2,1 a2,2 C2X2

Tab. A3 Matriz tecnolgica

A nova tabela chamada de matriz de coeficientes tecnolgicos e mostra, por exemplo, que na estrutura da tabela A1 so necessrios 0,536 m3 (ou seja, 75/140) para produzir 1 GWh de energia eltrica. A tabela A4 apresenta a matriz tecnolgica derivada da tabela A1.

Setores De EnergialeoEn. Eltrica Demanda FinalTotal de Produtos

leo0,1250,536100200

En. Eltrica 0,2000,07190140

Tab. A4 Matriz tecnolgica tabela 1

Podemos escrever as seguintes equaes auto-explicativas :

X1 = a1,1 . X1 + a1,2.X2 + C1 [A3] X2 = a2,1 . X1 + a2,2.X2 + C2A partir da qual possvel explicitar facilmente os valores dos Ci, na equao abaixo, que calcula o consumo final dado o valor total da energia produzida:

C1 = (1-a1,1).X1 - a1,2.X2 = 0,875 .X1 0,536 . X2 [A4] C2 = -a2,1 . X1 + (1- a2,2).X2 = -0,200.X1 + 0,929 . X2

A equao [A4] no de grande interesse para o planejador pois apenas reflete as estatsticas do ano analisado. As necessidades do planejador se refletem em dvidas do tipo:

Qual deve ser a produo de energia { X1, X2 } em um determinado perodo se o consumo do ano for { C1, C2 }, e a estrutura tecnolgica representada por a se mantiver?

Se for introduzida uma nova tecnologia mais eficiente (por exemplo, que produz energia eltrica com 0,45 m3 de lugar no lugar de 0,536 m3) qual deve ser a produo de energia { X1, X2 } para um consumo esperado { C1, C2 } conseqncia da nova tecnologia a,?

Na verdade, interessa uma equao onde se explicita { X1, X2 } em funo {C1, C2 } e da estrutura dada pala matriz a , o que feito na equao A5 abaixo (regra de Crammer):

X1 = [(1-a2,2)/].C1 + [a1,2/].C2 [A5] X2 = -a2,1 /. C1 + [(1- a1,1) /].C2

onde :

= (1 - a2,2).(1- a1,1 ) - a2,1.a1,2De onde se obtm, para o caso estudado:

X1 = 1,316 .C1 + 0,759 . C2 [A6] X2 = 0,284 .C1 + 1,241 . C2

Note-se que a transformao para calcular os coeficientes da equao A5 relativamente complexa e leva a resultados no bvios para quem observa a equao A2. Para o caso mais geral de N setores, o trabalho fica muito mais complexo e intratvel sem usar o clculo matricial. A principal dificuldade so os feed-backs implcitos para os clculos pois para produzir leo necessrio eletricidade e vice-versa.

Finalizando esta seo cabe lembrar que a tabela 1 usa diferentes unidades de energia em cada linha e, no obstante, mantm uma coerncia estrutural. Isto, no entanto, pode tornar muito confuso o entendimento da matriz a onde, na diagonal, a clula adimensional e fora da diagonal as dimenses so diferentes (m3/Gwh em a1,2 e Gwh/m3 em a2,1).

Matriz N setores

A matriz da tabela 2 do texto , na prtica, uma generalizao da tabela A1, usando uma estrutura que descreve de forma mais completa a economia como um todo. No corao da tabela 2, as linhas e as colunas representam as N formas de energia usadas na sociedade. A valor xi,j da clula (i,j), representa a quantidade de energia da forma i, usada como insumo para produzir a forma j (produto) . Estas formam uma matriz quadrada x = [xi,j] .Generalizando o modelo

Note-se que a tabela [xi,j] um mero registro dos fluxos ocorridos em um determinado ano. Neste quadro h diversos feed-backs de energia. Por exemplo, usa-se energia eltrica para enriquecer urnio, que por sua vez, usado para gerar eletricidade; eletricidade usada no bombeamento do GN que gera eletricidade; na produo de cana, o diesel usado como insumo do transporte da prpria cana etc. esta interdependncia que dificulta muito o trabalho de projees e de planejamento normal quando tantos setores so considerados de forma simultnea.

Na tabela h duas colunas suplementares matriz, que registram os consumos finais de cada tipo de energia (ou seja, aqueles que efetivamente tm um uso final, inclusive os de uso no energtico), e uma que registra as produes de cada uma das formas de energia. Elas so representadas por dois vetores C = {Ci } e X = {Xi }respectivamente

A produo de um setor tem que ser igual soma das demandas de energia internas ao setor energtico e de energia til. Portanto, possvel escrever a seguinte equao de equilbrio, onde Xi a produo do setor i e X um vetor coluna:

[A7]Como vimos no modelo de dois setores, interessa muito a matriz derivada de [xi,j], que obtida dividindo a energia produzida por cada clula pelo total de produtos do setor i:

A matriz A = [a i,j] chamada de matriz de coeficientes tecnolgicos por ser uma referncia estrutural da forma como as energias so trocadas entre os setores no ano em que foram feitas as medidas de [xi,j] . A partir dela mais fcil fazer os trabalhos de projeo.

A produo de energia de cada setor tem que ser suficiente para atender as necessidades internas dos setores e de consumo final. Portanto :

[A8]As n equaes acima podem ser apresentadas em termos vetoriais, como:

X = A.X + C [A9]

e, portanto :

X = [I A]-1. C [A10]

onde I uma matriz unitria de dimenso n e [I A]-1 a chamada matriz inversa de Leontiev que, como a equao [9] mais diretamente resolve melhor o problema do planejador.

Atravs da equao [9] que se consegue considerar as interaes setoriais pois, na prtica, como:

[I A]-1 = I + A+ A2+ A3 + ...... Tudo se passa como se fossem feitas infinitas interaes at chegar ao resultado que se deseja projetar.

Outras consideraes

Nesta breve introduo trabalhamos com uma matriz esttica. As projees, no entanto, devem ser trabalhadas especulando sobre avanos de tecnologias e portanto de modificaes de A.

Outros instrumentos, de programao linear, por exemplo, podem ajudar a estabelecer os caminhos mais desejveis para atender as necessidades finais a partir de funes objetivo.

A matriz tem tambm propriedades matemticas especiais pois, na medida que se consideram as perdas, a soma das linhas equivale das colunas.

No objetivo deste documento avanar nas conseqncias destas relaes que permitem diversas concluses importantes e que apiam os trabalhos de planejamento.

Anexo B - Sistemas de EnergiaA figura B1 apresenta o conceito de sistema de energia ilustrado por um equipamento simples (automvel) ou complexo ( automvel - a) ou mesmo por uma hidreltrica.

O conceito geral (B1-c) ilustrado por uma caixa que representa o sistema e setas que indicam os fluxos de energia. esquerda se representa o insumo (E) e a da direita o produto (S). A seta para baixo representa as perdas (P) ou, melhor dizendo, a energia que no pode ser aproveitada de forma til e que normalmente se transforma em calor dissipado no meio ambiente. As relaes simples de um sistema de energia so uma conseqncia das leis da termodinmica segundo a qual ela conservada (1 lei) e que apenas parte dela pode ser aproveitada (2 lei).

A eficincia, por definio, a relao entre o produto normalmente representado pela letra grega ( .

Fig. 3 Sistemas de Energia

A representao abstrata de sistema de energia permite que ele funcione como um bloco bsico para diversas operaes. Assim, diversos blocos podem ser expressos segundo agregados diversos para formar um novo sistema de energia (agregado) mais abrangente como uma indstria, um setor da economia ou mesmo um pas. A fig. 5 ilustra exemplos de sistemas ligados em srie (a). Outras agregaes (b) podem ocorrer, como no caso da co-gerao em que o calor de um gerador, que seria perdido, transformado em energia til, aumentando a eficincia.

Anexo C Generalizando o W2W

Fig. C1 Da Fonte Energia tilA fig. C1, portanto, resume de forma geral a essncia da metodologia W2W, onde se supe existir uma cadeia de setores que so energeticamente encadeados. Existe tambm uma mtrica que pode ser associada a cada um dos sub-sistemas calculados pela funo Fi . A partir dela possvel calcular uma medida mais geral, F, que pode ser atribudo a cada uma das rotas possveis entre o a origem e o destino (poo e roda). Isto permite comparar diversos percursos e estabelecer qual o mais desejvel para atender alguma necessidade especfica da sociedade.

F( F1, F2, ......, Fn)

No exemplo, da eficincia energtica fcil verificar que a relao entre os sistemas multiplicativa :

F = F1 x, F2x.... xFn e, no caso das emisses, aditiva :

F = F1+ F2+......+Fn A apresentao No exemplo acima foi destacada a eficincia energtica e as emisses de gases ao longo da cadeia, dando outro conjunto de informaes. Na verdade, outras funes como, por exemplo, o valor econmico adicionado ao longo da cadeia examinada tambm podem ser estudadas aumentando o grau de informao sobre uma determinada poltica. Estudos W2W tambm podem incorporar a energia usada no ciclo de vida que considera tambm aquela que consumida na fabricao dos equipamentos e materiais utilizados na implantao ds instalaes de suprimento e naquelas que utilizam a energia suprida.

Fig. 1

Obs.: Dados do BEN 2004 em milhes de tep. (a) oferta interna bruta de energia em 2004;(b) inclui a biomassa da cana;(c) fluxos de energia biomassa, solar, elica etc. - aproveitadas pelo homem usando alguma tecnologia( fogo, foto-voltica, cata-vento etc.) ; (d)energia secundria; (e) perdas do setor de energia, inclusive nas centrais de cana ; (f) perdas nos equipamentos de uso final tais como lmpadas, carros ;

ENERGIA NA NATUREZA

(ENERGIA PRIMRIA) 213(a)

N

2

1

SETORES DE PRODUO/ TRANSP0RTE &

USO INTERMEDIARIO

SETORES DE CONSUMO

FINAL

ENERGIA PERDIDA

14 (c)

135(d)

199 (b)

30 (e)

70 (f)

PRODUTOS

INSUMOS

Poo Roda (Well to Wheel) Tanque

Poo ao Tanque

Tanque roda Roda

ENERG.

TIL

Motor

Caixa d Marcha

Tanque

Compr

essor

Com-

pressor (Posto)

sor

Distri- buio

Gaso-duto

CONSUMO FINAL

SUPRIMENTO,

TRANSFORM. & TRANSPORTE

Ener-gia til

Transfr 1

F1 ( )

Transfr N

FN ( )

Transfr 2

F2 ( )

FONTE

53

(b)

(a)

29

100

100

13

100

Veculo

( = 0,70

Co-Gerador

( = 0,85

Distribui

( = 0,98

Transporte

( = 0,92

Veculo

( = 0,70

T&D

( = 0,90

Ger.Central

( = 0,50

Transporte

( = 0,92

Veculo

( = 0,16

Distribui.

( = 0,95

Transporte

( = 0,92

EMBED Equation.3

EMBED Equation.3

EMBED Equation.3

EMBED Equation.3

EMBED Equation.3

100

(b)

84

16

Calor dissipado no radiador, escape e freios.

Gasolina, GNV, diesel, lcool, etc.

Energia p/ vencer resistncia do ar, atrito, inrcia etc.

( =0,16

100

(c)

93

7

( =0,93

Energia cintica da, gua em queda.

Atrito mancais, perdas hmicas, turbilhonamento da gua etc.

Energia eltrica

Sistema

De

Energia

E

S

P

E = S + P (1a lei)

( = S/E = 1 P/E