66
1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ......................................................................................................................... 3 CONCEITOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA...................................................................................................... 3 CARACTERÍSTICAS DA EAD.......................................................................................................................... 4 2 HISTÓRICO A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO MUNDO E NO BRASIL NUMA ABORDAGEM EDUCACIONAL E NORMATIVA................................................................................................................................................. 9 2.1 Panorama da EAD no mundo ......................................................................................................... 9 2.2 As cinco gerações de tecnologias na Educação a Distância ....................................................... 17 2.3 História do EAD no Brasil.............................................................................................................. 23 2.4 Regramento Legal da Educação a Distância no Brasil ................................................................ 29 2.4.2 Sistema de Universidade Aberta ............................................................................................... 32 2.5 Considerações .............................................................................................................................. 34 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................... 35 GRUPO C VANTAGENS E DESVANTAGENS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ...................................................... 36 Vantagens: ...................................................................................................................................................... 37 1. A democratização do Ensino. ................................................................................................................. 37 2. O estudante não precisa se deslocar até a Instituição de Ensino. ......................................................... 37 3. O aluno estuda no lugar e horário em que se sentir mais à vontade. ..................................................... 37 4. Autonomia com relação à organização do tempo para os estudos. ....................................................... 37 5. O aluno passa a ser o protagonista do processo de aprendizagem, ou seja, passa a ser o centro desse processo. .................................................................................................................................................... 37 6. Possibilidade de ter contato com um número maior de colegas pertencentes a diferentes localidades e culturas. Facilidade de interação com professor e colegas a qualquer momento. ..................................... 38 Desvantagens: ................................................................................................................................................ 39 1. Os alunos que moram longe dos polos presenciais precisam deslocar-se para outras cidades. ........... 39 2. Não é possível estudar apenas quando se quer .................................................................................... 39 3. Perde-se um pouco do relacionamento pessoal e há empobrecimento da troca direta de experiência proporcionada pela relação educativa entre professor e aluno. ................................................................. 39 4. Cria-se uma dependência muito grande em relação à tecnologia. ......................................................... 40 5. Oferta de cursos de baixa qualidade por instituições ―oportunistas‖. ..................................................... 40 6. Há preconceito no mercado de trabalho em relação aos profissionais que têm formação totalmente a distância. .................................................................................................................................................... 40 7. Em determinados cursos, há a necessidade de o aluno possuir elevado nível de compreensão de textos e saber utilizar os recursos de multimídia. ....................................................................................... 40 8. A retroalimentação ou o ―feedback‖ e a retificação de possíveis erros podem ser mais lentos, embora os novos meios tecnológicos reduzam estes inconvenientes..................................................................... 40 9. Corre-se o risco da homogeneidade dos materiais instrucionais todos aprendem o mesmo conteúdo, por um só pacote instrucional, conjugado. ................................................................................................. 41 10. Não tem intérprete de língua de sinais visto que o idioma é oficial no Brasil e, segundo o IBGE, o país tem mais de cinco milhões de pessoas surdas. ......................................................................................... 41 11. Ainda não disponibiliza recursos para contemplar o público cego e/ou cego-surdo. ............................ 41 Bibliografia........................................................................................................................................... 42 GRUPO D - DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E PRESENCIAL ( TEXTO FINALIZADO) ................................................................................................................................................................ 43 Referências: ........................................................................................................................................ 47 GRUPO E. ................................................................................................................................................. 47 5. FERRAMENTAS PARA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ........................................................................................ 47 5.1. A IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DAS FERRAMENTAS EM EAD. ............................................ 48 5.2. EXEMPLOS DE FERRAMENTAS EM EAD. ............................................................................... 50

Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

Embed Size (px)

DESCRIPTION

1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ......................................................................................................................... 3 2 Referências Bibliográficas: .................................................................................................................. 66

Citation preview

Page 1: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

1

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ......................................................................................................................... 3

CONCEITOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ...................................................................................................... 3 CARACTERÍSTICAS DA EAD .......................................................................................................................... 4 2 HISTÓRICO A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO MUNDO E NO BRASIL NUMA ABORDAGEM EDUCACIONAL E

NORMATIVA ................................................................................................................................................. 9 2.1 Panorama da EAD no mundo ......................................................................................................... 9 2.2 As cinco gerações de tecnologias na Educação a Distância ....................................................... 17 2.3 História do EAD no Brasil.............................................................................................................. 23 2.4 Regramento Legal da Educação a Distância no Brasil ................................................................ 29 2.4.2 Sistema de Universidade Aberta ............................................................................................... 32 2.5 Considerações .............................................................................................................................. 34 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................... 35

GRUPO C – VANTAGENS E DESVANTAGENS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ...................................................... 36 Vantagens: ...................................................................................................................................................... 37

1. A democratização do Ensino. ................................................................................................................. 37 2. O estudante não precisa se deslocar até a Instituição de Ensino. ......................................................... 37 3. O aluno estuda no lugar e horário em que se sentir mais à vontade. ..................................................... 37 4. Autonomia com relação à organização do tempo para os estudos. ....................................................... 37 5. O aluno passa a ser o protagonista do processo de aprendizagem, ou seja, passa a ser o centro desse

processo. .................................................................................................................................................... 37 6. Possibilidade de ter contato com um número maior de colegas pertencentes a diferentes localidades e

culturas. Facilidade de interação com professor e colegas a qualquer momento. ..................................... 38 Desvantagens: ................................................................................................................................................ 39

1. Os alunos que moram longe dos polos presenciais precisam deslocar-se para outras cidades. ........... 39 2. Não é possível estudar apenas quando se quer .................................................................................... 39 3. Perde-se um pouco do relacionamento pessoal e há empobrecimento da troca direta de experiência

proporcionada pela relação educativa entre professor e aluno. ................................................................. 39 4. Cria-se uma dependência muito grande em relação à tecnologia. ......................................................... 40 5. Oferta de cursos de baixa qualidade por instituições ―oportunistas‖. ..................................................... 40 6. Há preconceito no mercado de trabalho em relação aos profissionais que têm formação totalmente a

distância. .................................................................................................................................................... 40 7. Em determinados cursos, há a necessidade de o aluno possuir elevado nível de compreensão de

textos e saber utilizar os recursos de multimídia. ....................................................................................... 40 8. A retroalimentação ou o ―feedback‖ e a retificação de possíveis erros podem ser mais lentos, embora

os novos meios tecnológicos reduzam estes inconvenientes. .................................................................... 40 9. Corre-se o risco da homogeneidade dos materiais instrucionais – todos aprendem o mesmo conteúdo,

por um só pacote instrucional, conjugado. ................................................................................................. 41 10. Não tem intérprete de língua de sinais visto que o idioma é oficial no Brasil e, segundo o IBGE, o país

tem mais de cinco milhões de pessoas surdas. ......................................................................................... 41 11. Ainda não disponibiliza recursos para contemplar o público cego e/ou cego-surdo. ............................ 41

Bibliografia ........................................................................................................................................... 42 GRUPO D - DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E PRESENCIAL ( TEXTO FINALIZADO)

................................................................................................................................................................ 43 Referências: ........................................................................................................................................ 47

GRUPO E. ................................................................................................................................................. 47 5. FERRAMENTAS PARA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ........................................................................................ 47

5.1. A IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DAS FERRAMENTAS EM EAD. ............................................ 48 5.2. EXEMPLOS DE FERRAMENTAS EM EAD. ............................................................................... 50

Page 2: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

2

5.3. Reflexo da Tecnologia, do Conteúdo e Acesso NAS FERRAMENTAS de EAD ........................ 58 CONCLUSÃO...................................................................................................................................... 59 Referências Bibliográficas: .................................................................................................................. 60

EAD E PRESENCIAL. APROXIMAÇÕES, CONCEITOS E CONTEXTUALIZAÇÃO. ................................................... 61 Referências Bibliográficas: .................................................................................................................. 62

O espaço físco ................................................................................................................................................ 63 A instituição ..................................................................................................................................................... 63 O planejamento dos processos ....................................................................................................................... 63 A aprendizagem autônoma ............................................................................................................................. 63 O papel das mídias digitais ............................................................................................................................. 64 Os conceitos de Distância e Presença. .......................................................................................................... 64 Distância econômica ....................................................................................................................................... 64 Distância transacional ..................................................................................................................................... 64 Distância temporal .......................................................................................................................................... 65 O conceito de presença .................................................................................................................................. 65 Telepresença .................................................................................................................................................. 65

Referências Bibliográficas: .................................................................................................................. 66

Page 3: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

3

Educação a distância

Conceitos De Educação A Distância

Conceitualmente a definição de EAD é polêmica, pois literalmente se lê nas suas siglas um

significado de Educação a distância ou Ensino a Distância, no entanto, segundo Moran (2002)

―na expressão ensino a distância a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que

ensina a distância). O autor prefere a palavra "educação que é mais abrangente, embora

nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada." Para Moran (2000), essas

expressões não dão conta da complexidade que se trata essa modalidade de ensino:

(...) educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, no

qual professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. Apesar de não

estarem juntos, de maneira presencial, eles podem estar conectados, interligados por

tecnologias, principalmente as telemáticas, que se referem ao conjunto de tecnologias da

informação e da comunicação resultante da junção entre os recursos das telecomunicações

(telefonia, satélite, cabo, fibras óticas, etc) e da informática (computadores, periféricos,

softwares e sistemas de redes), como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o

rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.

Grande parte de referencial teórico disponível refere-se a uma modalidade de educação em

que alunos e professores estão separados pela distância e algumas vezes pelo tempo. No

entanto, de acordo com Keegan (1980) o que define EAD seria muito mais complexo que

somente o tempo e a distância, para isso apresentou seis elementos básicos que sustentam a

sua definição de EaD:

- separação física entre professor e aluno, que a distingue do ensino presencial;

Page 4: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

4

- influência da organização educacional (planejamento, sistematização, plano, projeto,

organização dirigida), que a diferencia da educação individual;

- utilização de meios técnicos de comunicação, usualmente impressos, para unir o professor ao

aluno e transmitir os conteúdos educativos;

- previsão de uma comunicação bilateral, onde o estudante se beneficia do diálogo, e da

possibilidade de iniciativas bilaterais;

- possibilidade de encontros ocasionais com propósitos didáticos e de socialização;

- participação de uma forma industrializada de educação, que, se aceita, contém o gérmen de

uma radical distinção dos outros modos de desenvolvimento da função educacional.

Segundo García Aretio (2002), citado por Ferreira (2002), o processo de educação a distância

pode ser definido como um diálogo didático entre professor e aluno, no qual o aluno,

normalmente, está localizado em um espaço diferente daquele em que o professo se localiza.

Além disso, o autor afirma que este processo se caracteriza pelo fato de que o aluno aprende

de forma independente, cooperativa e colaborativa entre pares.

O DECRETO Nº 5.622, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2005, já nas suas disposições gerais

aponta para o entendimento de educação a distância como uma modalidade educacional.

Sendo que a especificidade de tal modalidade refere-se à mediação pedagógica que se dá via

meios e tecnologias de informação e comunicação, mesmo quando professores e alunos

estejam separados geográfica ou temporalmente.

Neste sentido, Moore e Kearsley (1996 apud MAGALHÃES, 1997) afirmam que a educação a

distância pode ser entendida como um processo de aprendizado mais planejado e abrangente

ocorrendo em locais que diferem daqueles considerados tradicionais. Os autores também

chamam atenção para o fato de que este processo requer que o projeto do curso, os métodos

de ensino e de comunicação, bem como os sistemas de organização e de administração sejam

especiais e específicos.

Diante do exposto, é possível verificar a complexidade que conceituar essa modalidade de

ensino abrange, perpassando por metodologias, concepções pedagógicas,que vão além das

dimensões do espaço e do tempo. Para entender um pouco mais sobre esta modalidade é

importante considerar que se trata de um processo de ensino-aprendizagem com

características específicas, que diferem daquelas apresentadas pelo modalidade de ensino

presencial, como pode-se observar a seguir.

Características da EAD

Na Educação a Distância (EAD), pode-se destacar, entre outras características, a flexibilidade

e autonomia, que podem permitir que o estudante organize seu tempo para realização das

atividades demandadas por essa modalidade de ensino. Tais características podem facilitar o

Page 5: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

5

acesso à aprendizagem, principalmente levando-se em consideração as demandas impostas

na vida do homem contemporâneo.

Keegan (1991) cita os seguintes elementos centrais para caracterização da Educação à

Distância:

a) Separação do professor e aluno no espaço e/ou tempo.

b) Controle do aprendizado realizado mais intensamente pelo aluno do que pelo professor.

c) Comunicação entre alunos e professores é mediada por documentos impressos ou alguma

forma de tecnologia.

O encurtamento da distância ao acesso à educação é uma das motivações para utilização

desta modalidade de ensino e trabalho. Desvinculada da necessidade da presença física

constante, a relação entre professor/aluno e aluno/aluno, na EAD, também pode gerar grandes

resultados de aprendizagem. A interação entre esses personagens, vinculada ao acesso a

documentos e alguma forma de tecnologia, proporciona aproximação nas discussões, gerando

expansão do conhecimento, independente do local onde os integrantes desse processo

habitam.

Segundo Santos (1999) citado por Carvalho (2009, p.24.), são componentes essenciais de um

sistema de educação a distância:

a) o aluno, considerado o elemento principal do processo de aprendizagem, sendo uma

preocupação central do sistema a de conseguir sua motivação, possibilitando-lhe habilidade

para analisar e aplicar o conteúdo instrucional ensinado;

b) o professor, o qual se torna um facilitador do processo de aprendizagem, utilizando-se de

sua competência e estilo de ensino, ainda que usando de pouco ou nenhum contato face-a-

face;

c) o facilitador, que, mesmo podendo não dominar o conteúdo didático do curso,

responsabiliza-se pela facilidade de operação dos equipamentos da sala, por recolher tarefas e

até por motivar a classe, dando um toque mais pessoal e humano, reduzindo, assim, o

afastamento professor/aluno;

d) o monitor, o qual, obrigatoriamente, deve ter conhecimento sobre o conteúdo didático do

curso, para poder responder dúvidas dos alunos, corrigir exercícios, interagir com os

estudantes e efetuar feedbacks;

e) o suporte técnico, compreendendo o pessoal responsável por todos os aspectos técnicos

relacionados com o sistema de EAD, que vão desde a operação e manutenção dos

equipamentos, configuração de softwares (programas de computador, ou ―aplicativos‖ e suas

licenças) e monitoração dos canais de comunicação, criação de material didático, incluindo

Page 6: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

6

programação, projeto visual, aspectos pedagógicos e apoio aos estudantes no relacionado ao

sistema e seu uso;

f) o suporte administrativo, envolvendo o pessoal responsável pelo gerenciamento de

matrículas, produção e distribuição de material, aquisição de material didático, processamento

de notas e gestão de pessoal em geral;

g) os administradores, que são encarregados pela gestão do sistema de EAD, incluindo

decisões sobre equipamentos, formatos, contratação de pessoal, políticas, prioridades, cursos;

h) o conteúdo didático, que compreende todas as referências primárias de informação

materializada sob as mais diferentes formas: páginas Web, livros e apostilas, arquivos de

vídeo, etc.;

i) o sistema de suporte ao material didático, que consiste em um sistema com funções de

conversão de arquivos de vários formatos para o formato do sistema, auxílio à edição de

conteúdo, facilidades para disponibilização de material on-line, facilidades para criação de

testes, provas e avaliações, facilidades para disponibilizar recursos de comunicação,

configuração de cursos;

j) o sistema de gerenciamento de aprendizagem, composto por módulos que envolvem funções

para o controle do acesso ao curso, para gerenciar matrículas, registrar acessos dos alunos ao

material, suporte à comunicação (chat, news, e-mail interno, listas), registrar freqüência dos

alunos, acesso ao conteúdo didático e mediar a interação instrutor-aluno e aluno-aluno;

k) a mídia, que engloba os meios de comunicação através dos quais são trocadas informações

entre o professor e os alunos e entre os próprios alunos, tais como a internet,

vídeo/teleconferência, rádio, entre outros.

Ainda que vários atores estejam envolvidos no processo de ensino/aprendizagem a distância,

de acordo com Belloni (1999), na EAD, o sucesso depende do aluno, na maioria das vezes, da

sua motivação e das condições de estudo. De qualquer forma, apesar de o aluno ser

considerado o protagonista deste processo, é relevante ressaltar que o ensino a distância

baseia-se no princípio de que qualquer pessoa é capaz de aprender por si só

(autoaprendizagem) desde que tenha um acesso em materiais de instrução de alta qualidade

pedagógica, suficientemente compreensíveis e atrativos. Na autoaprendizagem e importante o

envolvimento do aluno com o texto impressos (módulos e vídeos), no contexto (escola) e com

vista à aplicação (atividades em sala de aula) (GUTIÉRREZ; PRIETO, 1994).

Outra característica do ensino a distância está relacionada ao fato de esta modalidade de

ensino também proporciona a oportunidade de fazer cursos com perspectivas de formação e

reciclagem, possibilitando o contato com estudantes de diferentes classes de sociais, culturais

e econômicas. Destaca-se que os cursos de educação à distância tem aproximadamente 1 / 3

dos custos da educação presencial, possibilitando que os indivíduos de classes menos

Page 7: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

7

favorecidas tenham acesso em cursos de graduação e aperfeiçoamento profissional. Portanto,

também em função de seu baixo custo, esta modalidade permite a inclusão social de indivíduos

com baixo poder aquisitivo, sem estar, contudo, restrita às classes socias mais baixas.

Além disso, a evolução das tecnologias permite que o ensino encontre os mais lugares

distantes, alcançando, muitas vezes, pessoas que não teriam acesso à educação.

Dentro dessa perspectiva, as TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) possibilitam

que ocorra o ensino-aprendizagem da EAD. Isso sugere novas maneiras de produção de

materiais pedagógicos/educacionais, diferentes ferramentas de metodologias de trabalho

educativo a distância e um novo perfil de professor e aluno.

Ao analisar o contexto da EAD em relação às Tecnologias de Informação e Comunicação

(TICs), Belloni (1999) recorda que a educação é e sempre foi um processo complexo que utiliza

a mediação de algum tipo de meio de comunicação como complemento ou apoio à ação do

professor em sua interação pessoal e direta com os estudantes. A internet, então, funciona

como instrumento de mediação, colocando à disposição de discentes e docentes serviços

bastante conhecidos, implementados por meio de protocolos de comunicação e integrados em

um documento hipertexto ou página Web, tais como: correio eletrônico (e-mail), serviço de

hipertextos conhecido como www (World Wide Web) e o serviço de transferência de arquivos.

A múltipla interação (aluno / professor, aluno / aluno, aluno / tutor) e mediada pelas tecnologias

interativas possibilita que os alunos recorram a diferentes materiais didáticos para que ocorra

aprendizagem. De posse desses materiais, cada indivíduo contribui com seus conhecimentos e

habilidades através da interação com o grupo.

A interação pode ocorrer tanto de maneira síncrona, como assíncrona. São denominadas

síncronas a interação que exigem a participação do usuário num momento pré-determinado,

em razão da participação conjunta de vários alunos ou da participação de um coordenador ou

professor. Na relação síncrona o aluno deixa de ser um mero receptor de informação ou

assimilador de conteúdos como acontece nos cursos presenciais e passa a um construtor de

saberes através da interação em tempo real. Já a comunicação assíncrona acontece

independente de tempo e espaço físico, mas o trabalho se consolida em um mesmo ambiente

virtual. As soluções assíncronas pressupõem que o participante possa utilizar a ferramenta no

horário que melhor lhe convier, razão porque este tipo de solução é mais adequado para

abordagens que envolvam um ensino mais individualizado.

Nesse contexto, uma EAD contribui para formação de habilidades para o independente

trabalho e um esforço auto-responsável do estudante. Segundo Moco (2009), essa

característica tem sido muito valorizada em países da Europa e os melhores profissionais

formados nessa modalidade de ensino são disputados no mercado, pois sabem se organizar e

resolvem problemas inesperados com agilidade além de saberem trabalhar com mecanismos

de múltipla comunicação.

Page 8: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

8

Indicamos para leituras complementares os vídeos abaixo a seguir nesses links:

VÍDEO COM PIERRE LEVY

http://www.youtube.com/watch?v=08rVXi55yjE?&feature=related)

O QUE É E-LEARNING?

( http://www.youtube.com/watch?v=7RFbCtIl?-kI&NR=1 )

Referências:

A Inclusão social Através da EAD no Brasil. Disponível em

http://www.scribd.com/doc/4146478/A-INCLUSÃO-SOCIAL-ATRAVES-DA-EAD-NO-BRASIL.

Acesso em 05 de maio de 2010.

ABED. II Epistola de São Paulo Sobre Educação a Distância. Disponível em

http://www2.abed.org.br/institucional.asp?Institucional_ID-28. Acesso em 05 de maio de 2010.

BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. Campinas, SP: Autores Associados, 1999.

CARVALHO, Mario César dos Santos de. Capacitação de professores para atuação no curso

de graduação em administração, modalidade a distância, da EAD/UFRGS. Trabalho de

Conclusão de Curso (Especialista em Educação a Distância), SENAC, Porto Alegre, 2009.

COUTO, Maria Elizabete Souza Couto. A Educação a Distância (EAD): Características e

Estruturação de hum Curso de Formação Continuada de Professores. v. 2, n. 3, dez. 2006.

Disponível em: 2010/05/05

KEEGAN, D. (1991): Foundations of distance education. Londres, Routledge.

MORAN, José M. et al. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica . São Paulo: Papirus, 2000.

MORAN, José Manuel. O Que É Educação a distância. 2002. Disponível em

<http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm>. Acesso em 4 de maio de 2010.

MORAN, José Manuel. Não EaD UM é "fast-food". Disponível em

http://www.escolanet.com.br/sala_leitura/ead_nofastfood.html. Acesso em 04 mai.2010.

Moore, M.G. Earsley & K, G (1996). Distância de educação: uma visão sistêmica. Belmont. CA:

Wadsworth Publishing Company.

PRADO, Luís Alberto. Educação a Distância Como Instrumento Para a Inclusão digital.

Disponível em http://telebrasil.org.br/artigos/outros_artigos.asp?m-555. Acesso em 04

mai.2010.

Page 9: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

9

Revista Educação a Distância nrs. 05/04, Dez./93-Abr/94 Brasília, Instituto Nacional de

Educação a Distância, pp. 25/07: http://www.rau-tu.unicamp.br/nou-rau/ead/document/?view=3

. Acesso em 05 de maio de 2010

Revista Nova Escola n º 227, Nov/2009 São Paulo, Ed. Abril pp. 52-5

2 Histórico a Educação a Distância no Mundo e no Brasil Numa

Abordagem Educacional e Normativa

A prática da Educação a Distância tem sido vinculada cada vez mais com uma perspectiva

educacional metodológica, que assim como, no ensino presencial, reconhece na interação

pedagógica, o foco das aprendizagens. Para Saraiva (1996), essa modalidade de ensino se

efetiva com eficácia, a partir do momento em que consegue se garantir que o seu processo de

utilização ocorra através de uma comunicação bilateral educativa efetiva.

Significa compreender que uma proposta de ensino a distância vai muito além da simples

disponibilização de materiais para os alunos "fisicamente distantes". Moran (2002)

complementa afirmando que ―a educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem,

mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou

temporalmente‖.

Sobretudo, trata-se desta maneira, de um importante desafio que exige um fazer pedagógico

atento por parte dos docentes e tutores, instigando e provocando o aluno na construção do seu

conhecimento, mediando a interação e colaboração entre os colegas, a fim de superar a

distância física e promover um ambiente pleno de aprendizagem.

Por isso, necessita-se compreender a Evolução Histórica da Educação a Distância,

visualizando as diversas mudanças e transformações a partir do contexto mundial, que por sua

vez, repercutiram no contexto nacional brasileiro, colaborando e formatando o entendimento

atual desta modalidade de ensino. Da mesma forma, é importante relacionar os estágios de

evolução tecnológica e de como as tecnologias vem sendo utilizadas como ferramenta para

transmissão das informações, influenciando em cada momento histórico, a transformação da

sociedade, e em particular, a evolução das concepções pedagógicas em Educação a Distância,

bem como do ordenamento legal da mesma, em nível nacional.

2.1 Panorama da EAD no mundo

A EAD, no cenário mundial passou por diversas transformações, entre elas apresenta-se as

mais significantes, conforme quadro-síntese a seguir.

Page 10: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

10

ANO EVENTO

1728 A Gazeta de Boston, em sua edição de 20 de março, oferece num

anúncio: "material para ensino e tutoria por correspondência".

1833 O número 30 do periódico sueco Lunds Weckoblad comunica a

mudança de endereço, durante o mês de agosto, para as remessas

postais dos que estudam "Composição" por correspondência.

1840 Um sistema de taquigrafia a base de fichas e intercâmbio postal com

os alunos e criado pelo inglês Isaac Pitman.

1843 Funda-se a Phonographic Correspondence Society, que se encarrega

de corrigir as fichas com os exercícios de taquigrafia anteriormente

aludidos.

1856 Em Berlim, a Sociedade de Línguas Modernas patrocina os

professores Charles Toussain e Gustav Laugenschied para ensinar

francês por correspondência.

1858 A Universidade de Londres passa a conceder certificados a alunos

externos que recebem ensino por correspondência.

1873 Surge, em Boston, EUA, a Sociedade para a Promoção do Estudo

em Casa.

1883 Começa a funcionar, em Ithaca, no Estado de Nova Iorque, EUA, a

Universidade por Correspondência.

1891 Por iniciativa do reitor da Universidade de Chicago, W. Raineu

Harper, é criado um Departamento de Ensino por Correspondência.

Na Universidade de Wisconsin, os professores do Colégio de

Agricultura mantém correspondência com alunos que não podem

abandonar seu trabalho para voltar as aulas no campus. Nos Estados

Unidos são criadas as Escolas Internacionais por Correspondência.

1894 O Rutinsches Fernelehrinstitut de Berlim organiza cursos por

correspondência obtenção do Abitur (aceitação de matrícula na

Universidade).

Page 11: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

11

1903 Julio Cervera Baviera abre, em Valência, Espanha, a Escola Livre de

Engenheiros.

As Escolas Calvert de Baltimore, EUA, criam um Departamento de

Formação em Casa, para acolher crianças de escolas primárias que

estudam sob a orientação dos pais.

1910 Professores rurais do curso primário começam a receber material de

educação secundária pelo correio, em Vitória, Austrália.

1911 Ainda na Austrália, com a intenção de minorar os problemas das

enormes distâncias, a Universidade de Queensland começa a

experiência para solucionar a dificuldade.

1914 Na Noruega, funda-se a Norst Correspndanseskole e, na Alemanha,

a Fernschule Jena.

1920 Na antiga URSS, implanta-se, também, este sistema por

correspondência.

1922 A New Zeland Correspondence School começa suas atividades com

a intenção inicial de atender a crianças isoladas ou com dificuldade

de freqüentar as aulas convencionais. A partir de 1928, atende

também a alunos do ensino secundário.

1938 No Canadá, na cidade de Victória, realiza-se a Primeira Conferência

Internacional sobre a Educação por Correspondência.

1939 Nasce o Centro Nacional de Ensino a Distância na França (CNED),

que, em princípio, atende, por correspondência, a crianças refugiadas

de guerra. É um centro público, subordinado ao Ministério da

Educação Nacional.

1940 Na década de 1940, diversos países do centro e do leste europeu

iniciam esta modalidade de estudos. Já por estes anos os avanços

técnicos possibilitam outras perspectivas que as de ensino

meramente por correspondência.

1946 A Universidade de Sudafrica (UNISA) começa a ensinar também por

correspondência.

1947 Através da Rádio Sorbonne, transmitem-se aulas de quase todas as

matérias literárias da Faculdade de Letras e Ciências Humanas de

Paris.

Page 12: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

12

1951 A Universidade de Sudafrica, atualmente única Universidade a

Distância na África, dedica-se exclusivamente a desenvolver cursos a

distância.

1960 Funda-se o Beijing Television College, na China, que encerra suas

atividades durante a Revolução Cultural, o que acontece também ao

restante da educação pós-secundária.

1962 Inicia-se, na Espanha, uma experiência de Bacharelado Radiofônico.

A Universidade de Dehli cria um Departamento de Estudos por

Correspondência, como experiência para atender aos alunos que, de

outro modo, não podem receber ensino universitário.

1963 Surge na Espanha o Centro Nacional de Ensino Médio por Rádio e

Televisão, que substitui o Bacharelado Radiofônico, criado no ano

anterior.

Inicia-se, na França, um ensino universitário, por radio, em cinco

faculdades de Letras (Paris, Bordeaux, Lille, Nancy e Strasbourg) e

na Faculdade de Direito de Paris, para os alunos do curso básico.

Duas instituições neozelandesas se unem (Victoria University of

Wellington e Massey Agricultural College) e formam a Massey

University Centre for University Extramural Studies da Nova Zelândia.

1968 O Centro Nacional de Ensino Médio por Rádio e Televisão da

Espanha se transforma no Instituto Nacional de Ensino Médio a

Distância (INEMAD).

1969 Cria-se a British Open University, instituição verdadeiramente

pioneira e única do que hoje se entende como educação superior à

distância. Inicia seus cursos em 1971. A partir desta data, a expansão

da modalidade tem sido inusitada.

1972 Cria-se em Madri, Espanha, a Universidad Nacional de Educación a

Distancia (UNED), primeira instituição de ensino superior a suceder a

Open University, em nível mundial.

1974 Criada a Universidade Aberta de Israel, que oferece, em hebreu,

cerca de quatrocentos cursos em domínios variados.

1975 Criada a Fernuniversitatt, na Alemanha, dedicada exclusivamente ao

ensino universitário.

Page 13: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

13

1979 Criado o Instituto Português de Ensino a Distância, cujo objetivo era

lecionar cursos superiores para população distante das instituições

de ensino presencial e qualificar o professorado.

1988 O Instituto Português de Ensino a Distância da origem a Universidade

Aberta de Portugal.

Fonte: UFOP, 2001, p. 1.

Quadro 1 - Linha de tempo da EaD no mundo desenvolvido pelo Núcleo de educação aberta e

à distância da Universidade Federal de Ouro Preto

De acordo com Pereira e Moraes (2009) e para a maioria dos autores estudiosos da área

(SARAIVA, 1996; NiISKIER, 1998; MOORE; KEARSLEY, 2007, LITTO; FORMIGA, 2008), a

Educação a Distância é muito antiga. Conforme os mesmos, a primeira tecnologia que permite

a Educação a Distância é a escrita, mais especificadamente, a tecnologia tipográfica e, logo

após, amplia expressivamente o alcance da Educação a Distância. Mais recentemente, as

tecnologias de comunicação e telecomunicações, especialmente em sua versão digital,

estendem ainda mais as dimensões de atuação e as possibilidades desta modalidade de

ensino.

Logo, pensar quando e onde surgiu a educação a distância, de acordo com as fontes

históricas, faz voltar-se ao século XV, quando Guttemberg, na Alemanha, inventou a imprensa,

com a composição de palavras através de caracteres móveis.

Entretanto, Pereira (2007) relata que existem notas sobre o uso do ensino a distância desde a

Grécia Antiga, seguida por Roma, onde habitualmente os povos trocavam informações,

notícias, de localidade para localidade através de documentos escritos, sendo esta prática

contributiva para o desenvolvimento econômico e social da comunidade, surgindo assim, o

desenvolvimento da correspondência.

Desta forma, n a antiguidade é possível considerar tanto as cartas de Platão, quanto as

Epístolas de São Paulo, como marco do pioneirismo nas formas de educação a distância . Para

fazer uso dos seus ensinamentos sobre o cristianismo, o personagem bíblico São Paulo

disseminava-os por meio de correspondências com novos grupos de simpatizantes do

movimento religioso cristão. De acordo com Netto (2004 apud PEREIRA, 2007, p. 8), " estas '

cartas' são conhecidas até os dias de hoje, e seus nomes de 'batismo' correspondem a cada

comunidade, como Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, Tessalonocenses,

Timóteo, Filêmon e Hebreus."

Para Piaget (1976) todos os homens são inteligentes e é essa capacidade intelectual que

impulsiona a busca de respostas para as inquietantes buscas do conhecimento.

Sabe-se que a comunicação e a transmissão de informações datam desde os tempos mais

remotos. Mas sozinho, o homem não garante o desenvolvimento da inteligência. Por isso, faz-

Page 14: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

14

se necessário contar com a natureza, as pessoas, os fluxos e as redes para a promoção da

troca, ou seja, o homem depende da interação.

Particularmente, como lembra Maia e Mattar (2007, p. 21), "foi a partir da invenção da

comunicação escrita, que a educação se libertou no tempo e no espaço. Com a escrita, não era

mais necessário que as pessoas estivessem presentes no mesmo momento e local, para que

houvesse comunicação. Daí em diante, qualquer desenvolvimento relacionado às práticas

comunicativas permitiram essa interação entre os homens, culminando com o desenvolvimento

da tipografia."

Com o advento da tipografia, o livro impresso aumentou significativamente a abrangência da

Educação a Distância, visto que, depois do aparecimento dos sistemas postais modernos,

rápidos e confiáveis, o mesmo tornou-se o foco do ensino por correspondência, deixando de

ser disseminado em forma de cartas.

De qualquer forma, o livro, seja manuscrito, seja impresso, representa o segundo estágio da

Educação a Distância, independentemente de estar envolvido no ensino por correspondência,

à medida que pode ser adquirido em livrarias e por meio de outros canais de distribuição,

assumindo assim, uma primeira forma de Educação a Distância em massa. Após, com o

surgimento do rádio, da televisão e, mais recentemente, o uso do computador como meio de

comunicação, surge a possibilidade de uma nova dinâmica, introduzindo assim, cada um

desses, um novo componente à Educação a Distância.

Segundo Neto apud Saraiva (1996) o primeiro marco da educação a distância formal (haja vista

na antiguidade termos registros de formas de educação a distância informal) data de um

anúncio publicado na Gazeta de Boston, em 20 de março de 1728, pelo professor de tipografia

Cauleb Phillips. Faz parte do corpo do texto do referido anúncio: "Toda pessoa da região,

desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições semanalmente e ser

perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston". Em virtude disso, m uitas

pessoas conseguem aprimorar seu nível de conhecimento, a partir da oportunidade de receber

os cursos por correspondência em suas casas.

Mas, o desenvolvimento de uma ação institucionalizada da Educação a Distância tem seu início

na metade do século XIX, impulsionada pelo desenvolvimento dos meios de transporte e

comunicação, como trens e correios (MAIA e MATAR 2007, p. 23). Em Berlim, no ano de 1856,

por iniciativa de Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt ocorre a criação da primeira escola

de línguas por correspondência. Já no ano de 1873, em Boston, Anna Eliot Ticknor ocorre a

fundação da ―Society to Encourage Study at Home‖. Em 1891, Thomas J. Foster, em Scarnton

(Pennsylvania), iniciando com um curso sobre medidas de segurança no trabalho de

mineração, o ―International Correspondence Institute‖. Ainda no mesmo ano, 1891, na

Universidade de Wisconsin, é aprovada uma proposta vinda dos professores de um curso por

correspondência, na extensão universitária. Um ano depois, em 1892, ocorre a criação de uma

Page 15: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

15

Divisão de Ensino por Correspondência, no Departamento de Extensão da Universidade de

Chicago, por iniciativa do Reitor William R. Harper, que já havia experimentado a utilização da

correspondência para preparar docentes de escolas dominicais. Percebe-se assim, que

algumas iniciativas começavam a incrementar e valorizar a educação a distância, até àquela

época, apresentada apenas na modalidade presencial.

No século XX, o movimento de consolidação da EAD começa a se expandir. Conforme Willian

Harper (1886) apud Araújo e Maltez (1997), a ―instrução através da correspondência será maior

que aquelas da academia e que o número de alunos da primeira modalidade, será muito

maior.‖

Ainda, nos anos de 1894 e 1895, em Oxford, por iniciativa de Joseph W. Knipe que, através de

correspondência, prepara um grupo de seis, e logo após, de trinta estudantes para o

Certificated Teacher’s Examination, iniciam-se os cursos de Wolsey Hall. Em 1898, em Malmoe

(Suécia), Hans Hermod, diretor de uma escola que ministra cursos de línguas e cursos

comerciais, publica o primeiro curso por correspondência, dando início ao famoso Instituto

Hermod. Aliado a essa expansão, o desenvolvimento e aprimoramento dos serviços de correio,

transporte e tecnologia no campo da comunicação, foram cruciais para o desenvolvimento da

EAD.

Para Pereira e Moraes (2008), o rádio está disponível desde o início da década de 20, quando

a KDKA de Pittsburgh, torna-se a primeira emissora de rádio comercial a operar. O rádio

permitia que o som, em especial a voz humana, fosse levado a localidades remotas. Assim, a

parte sonora de uma aula, com o rádio, pode ser transferida para espaços distantes.

Já a televisão comercial está disponível desde o final da década de 40. Ela permitiu que a

imagem fosse, simultaneamente com o som, levada a localidades também remotas. Assim,

neste momento, uma aula inteira, englobando os seus componentes audiovisuais, passa a ser

transportada no espaço e no tempo.

O primeiro computador foi revelado ao mundo em 1946, mas só depois do surgimento e do uso

maciço de microcomputadores (no final de 1977) que os mesmos começam a serem vistos

como tecnologia educacional, a partir de um projeto desenvolvido por militares e cientistas nas

Universidades Americanas (ARPANET), na década de 60.

Segundo Pereira e Moraes (2008) ―esse marco foi o estopim do que alguns autores conceituam

como a transformação da sociedade tecnológica, a terceira revolução industrial, sociedade da

informação, sociedade do conhecimento, sociedade pós-moderna, globalização ou

mundialização do capital‖. Desde então, outras formas de organização do mundo do trabalho

vão se desenvolvendo e produzindo - ao mesmo tempo e de forma contraditória - abundância e

escassez, riqueza e miséria, num cenário de crescente violência, vigilância e controle,

sobretudo após os ataques aos EUA em 2001.

Page 16: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

16

Todavia, o computador passa a permitir que o texto seja enviado e extraido com facilidade a

localidades remotas. O correio eletrônico consente que as pessoas se comuniquem

assincronamente (sem necessidade da presença no mesmo instante da emissão da

mensagem), com extrema rapidez. Mais recentemente, o aparecimento de ―chats‖ ou ―bate-

papos‖ permite a comunicação síncrona entre várias pessoas. E, mais importante, a Web

permite não só que seja agilizado o processo de acesso a documentos textuais, mas hoje

abrange gráficos, fotografias, sons e vídeo. Ainda, a Web viabiliza que o acesso a todo esse

material seja feito de forma não linear e interativa, baseado na utilização da tecnologia de

hipertexto. Portanto, a interação, centrada no computador, de todas essas tecnologias como

um só meio de comunicação, dá acesso à realização de conferências eletrônicas, envolvendo

componentes audiovisuais e textuais.

Entretanto, foi a partir das décadas de 1960 e 1970, que a teleducação, embora mantendo os

materiais escritos como sua base, passa a incorporar, articulada e integradamente, o áudio e o

videocassete, as transmissões de rádio e televisão, o vídeotexto, o videodisco, o computador e,

mais recentemente, a tecnologia de multimeios, combinados com textos, sons, imagens,

mecanismos de geração de caminhos alternativos de aprendizagem (hipertextos, diferentes

linguagens), instrumentos de uma fixação de aprendizagem com feedback imediato, programas

tutoriais informatizados, etc.

Assim, o International Council for Correspondence Education, criado em 1938 no Canadá,

passou a denominar-se, em 1982, International Council for Distance Education. Muito mais do

que uma simples mudança de nome, reflete o reconhecimento de um processo histórico que,

apesar da enorme e marcante influência da correspondência, absorve as contribuições da

tecnologia, produzindo uma modalidade de educação capaz de contribuir para a

universalização e a democratização do acesso ao saber, do contínuo aperfeiçoamento do

fazer, da ampliação da capacidade de transformar e criar, ou seja, de uma modalidade que

pode ajudar a resolver as questões de demanda, tempo, espaço, qualidade, eficiência, eficácia.

Enquanto, na América Latina, a Instituição pioneira no uso da videoconferência, no início da

década de noventa, é a Universidad del Valle (Univalle), na Colômbia. A Univalle procurou, com

financiamento próprio e internacional, realizar comunicações videográficas (envio de vídeos de

computador a computador). Essa experiência mostrou que apesar das dificuldades inerentes às

comunicações telefônicas e os problemas didáticos para o ensino, o emprego dessa tecnologia

é factível. No México, as Universidades de Guadalajara y a Universidad Nacional Autónoma

realizaram com êxito o uso das videoconferências, tanto no país como no exterior, sobretudo

com a Universidade Estatal de Pennsylvania. O Instituto Tecnológico e de Estudios Superiores

de Monterrey (ITESM), no México, realiza cursos de atualização profissional, sobretudo na

medicina, e isso em grande escala. O ITESM conta com vasta rede de campus colocados em

comunicação via satélite. Por meio dessa tecnologia, os professores podem comunicar-se tanto

pela via do vídeo, como do correio eletrônico e outros meios. Outra experiência é a realização

de projetos compartilhados, tais como o da Asociación Televisiva Iberoamericana (ATEI),

mediante o uso compartilhado do satélite espanhol Hispasat.

Page 17: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

17

A evolução das tecnologias conduz essa modalidade de educação a um novo estágio de

desenvolvimento, uma vez que suas ferramentas potencializam a comunicação dialógica entre

os sujeitos envolvidos no processo educativo, ampliando a interatividade o compartilhamento

de saberes e a construção coletiva do conhecimento. Venício Lima (2001), apud Moraes e

Pereira, (2009) coloca que as tecnologias da comunicação se dividem, quanto à natureza, em

velhas e novas. As velhas mídias como a imprensa, cinema, rádio e televisão aberta são as

que possibilitam a unidirecionalidade e a massificação. Já as novas mídias, com base na

informática, possibilitam a comunicação de muitos a muitos. A interatividade, no entanto, só é

plena dentro dos modelos comunicacionais da cultura e do diálogo, pois nos outros modelos

(manipulação, persuasão, função, informação, linguagem, mercadoria) ocorre um discurso

monológico e não interativo.

2.2 As cinco gerações de tecnologias na Educação a Distância

Historicamente, as operações em educação a distância evoluem por quatro gerações

vinculadas ao desenvolvimento das tecnologias de produção, distribuição e comunicação :

primeiramente, o Modelo por Correspondência , baseado na tecnologia da impressão; em

segundo, o Modelo Multimídia , baseado em tecnologias impressas e audiovisuais; em terceiro,

o Modelo Teleaprendizagem , mediante aplicações das tecnologias de telecomunicação que

fornecem oportunidades para a comunicação sincrônica; e por último o Modelo de

Aprendizagem Flexível , caracterizado pelo envio online do material via internet.

Conforme a abordagem de Taylor (2001), a quarta e a quinta geração da EAD já estão

emergindo baseadas na exploração mais aprofundada de novas tecnologias, visando

potencializar as vantagens dos recursos da web.

Porém, a quinta geração assume como um Modelo de Aprendizagem Flexível e Inteligente

devido às características das tecnologias: a flexibilidade, materiais altamente refinados, troca

altamente interativa e redução significativa dos custos associados ao provimento de acesso

aos processos institucionais e ao ensino online. Com isso, a educação a distância ganha novas

perspectivas, através da aprendizagem com as tecnologias interativas.

Nesse sentido, Taylor (2001) apresenta um comparativo da estrutura conceitual dos Modelos

de educação a distância no transcorrer do desenvolvimento das tecnologias como ferramentas

implicadas para o processo de ensino e aprendizagem, conforme quadro a seguir.

Modelos de Educação a

Distância e Tecnologias de

Características das Tecnologias de Distribuição

Flexibilidade Materiais Distribuição Custos

Page 18: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

18

Distribuição Associadas

Tempo Local Ritmo

Altamente

Refinados

Interativa

Avançada

Institucio

nais

Variáveis

Zero

1ª GERAÇÃO

Modelos por

Correspondê

ncia

- Impresso Sim Sim Sim Sim Não Não

2ª GERAÇÃO

Modelo

Multimídia

- Impresso Sim Sim Sim Sim Não Não

- Rádio Sim Sim Sim Sim Não Não

- Vídeo Sim Sim Sim Sim Não Não

- Computador

basEaDo no

ensino

(CML/CAL/IMM)

Sim Sim Sim Sim Sim Não

- Vídeo

interativo Sim Sim Sim Sim Sim Não

3ª GERAÇÃO

Modelo de

Aprendizage

m por

Conferência

- Áudio-

teleconferência Não Não Não Não Sim Não

-

Videoconferênci

a

Não Não Não Não Sim Não

-

Comunicação

áudio gráfica

Não Não Não Sim Sim Não

TV/Rádio e

Áudio-

conferência

Não Não Não Sim Sim Não

4ª GERAÇÃO

Modelo de

Aprendizage

- Multimídia

interativa (MM)

on-line

Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Page 19: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

19

m Flexível - Internet

basEaDa no

acesso ao

recurso WWW

Sim Sim Sim Sim Sim Sim

-

Comunicação

Mediada por

computador

Sim Sim Sim Sim Sim Não

5ª GERAÇÃO

Modelo de

Aprendizage

m Flexível

Inteligente

- Multimídia

interativa online Sim Sim Sim Sim Sim Sim

- Internet –

recursos WWW Sim Sim Sim Sim Sim Sim

- Computador

usando sistema

de respostas

automáticas

Sim Sim Sim Sim Sim Sim

- Acesso ao

portal do

campus para

processos e

recursos

Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Fonte: TAYLOR, 2001, p.3 apud PEREIRA, 2003, p. 208.

Quadro 2 - Modelos de Educação a Distância e Tecnologias de Distribuição Associadas

conforme Características das Tecnologias de Distribuição

Com o propósito específico de situar no tempo, cada uma das gerações da EAD, retoma-se

alguns aspectos históricos já apontados ao longo do texto.

Para Pereira (2003), a primeira geração teve sua origem no século XIX, com a criação de

instituições, em diferentes países, que ofereciam cursos por correspondência. Os materiais

escritos continuam a ser utilizados em larga escala, até os dias atuais. A sua finalidade

concentra-se fundamentalmente em possibilitar o acesso à educação, especialmente aos

setores da população que tiveram negadas oportunidades educacionais anteriores.

A produção e distribuição centralizada dos materiais de aprendizagem na forma impressa, se

recomendada pela economia de escala que origina, apresenta limitações, essencialmente do

Page 20: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

20

ponto de vista pedagógico, dada à escassa ou nula interatividade entre a instituição e os

alunos.

A segunda geração desenvolve-se desde o início da década de 1970, logo após a criação da

Open University britânica. A sua ênfase, como a geração anterior, consiste na democratização

do saber, pela oferta de uma segunda oportunidade de estudos à população adulta. Do ponto

de vista social, ambas as gerações têm se constituído num meio essencial para tornar

disponível o conhecimento às populações de países com extensos territórios que, muitas

vezes, por essa razão, não tinham acesso às instituições escolares convencionais.

A característica básica da segunda geração trata-se da promoção da mediação pedagógica

utilizando diversos recursos de mídia. Assim, os materiais escritos passaram a ser

acompanhados por emissões radiofônicas, de televisão ou apresentação de vídeos. Nos

moldes da geração anterior, o sistema de produção do modelo multimídia desenvolve-se de

forma centralizada, em regime de economia de escala. As tecnologias não são interativas,

exceto da aprendizagem assistida por computador e do vídeo interativo.

A terceira geração, correspondente ao Modelo de Aprendizagem a Distância por Conferência,

utilizada em pequena escala desde o final dos anos 1980, caracteriza-se pelo potencial

interativo das novas tecnologias da informação e da comunicação, inclusive para prover

oportunidades de comunicação sincrônica. A inserção das novas tecnologias em ambientes de

aprendizagem alteram a natureza da educação a distância da geração anterior, e possibilita a

emergência de um novo paradigma na educação.

A quarta geração compreende um modelo que tem sido adotado para atender segmentos

específicos da sociedade, em especial no ensino superior, a exemplo das Universidades dos

Estados Unidos, onde o sistema de aula remota foi amplamente adotado. Note-se que, nesse

modelo, se perde a flexibilidade de tempo, de local e de ritmo, uma vez que as sessões

sincrônicas obrigam também à fixação de um espaço adequado, onde as facilidades para a

realização de conferências estejam instaladas.

De acordo com Taylor (2001 apud DIAS; LEITE, 2010, p. 15) ―a quinta geração da EAD tem o

potencial de dar o grande salto na economia de escala e na eficácia de custo associada. Além

disso, a implementação efetiva da tecnologia da quinta geração de EAD provavelmente não

transformará apenas a EAD, mas transformará também a experiência dos estudantes

relacionada a ela‖.

Diante da velocidade e profundidade das mudanças torna-se imprescindível citar a aceleração

crescente do processo de aprendizagem, pois grandes desafios precisam ser superados, e o

primeiro deles está em explorar pedagogicamente o potencial interativo/comunicativo das

tecnologias da informação e da comunicação disponíveis no tempo presente. As tecnologias

alteram para sempre a forma de produzir/interagir com o conhecimento e novas

concepções/teorias da aprendizagem serão necessárias nesse espaço virtual que está

possibilitando a construção de uma nova cultura. A EAD é um fato na realidade nacional e está

Page 21: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

21

legalmente integrada ao sistema de ensino. É urgente, no entanto, que a implementação das

propostas voltadas para essa área não menosprezem todo esse potencial que as TICs

apresentam.

A título ilustrativo pode-se representar as gerações da seguinte maneira:

Fonte: Ana Laura Benachio.

É perceptível a importância das TICs, pois estas rompem definitivamente com o conceito de

espaço fixo e também de tempo. A mobilidade nos permite ver e informar o tempo todo e a

todos. Duarte (apud DIAS; LEITE, 2010, p. 114), afirma que ―nosso desafio é descobrir como

usar as tecnologias móveis para fazer com que o estudo seja tão parte do dia a dia que sequer

seja percebido como estudo.‖

A utilização de dispositivos móveis na educação cria um novo conceito que chamamos de

―aprendizagem com mobilidade‖ sendo caracterizada pelo uso de dispositivos móveis que,

utilizando-se da convergência tecnológica, disponibiliza comunicação e informação instantânea

via texto, imagem, vídeo, além de recursos de gerenciamento, como agenda e notícias, por

exemplo. Tudo isso via web.

Com isso, as tecnologias interativas têm um papel fundamental, porém, muitas pesquisas

precisam ser desenvolvidas para que novos métodos e técnicas para aplicação das tecnologias

Page 22: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

22

interativas na educação sejam criados e validados, e para que outros já existentes sejam

aprimorados.

No que se refere aos paradigmas de aprendizagem, ao longo de quase 180 anos, a

terminologia da modalidade de educação conhecida genericamente no Brasil como EAD,

embora seja a denominação mais usual, já é considerada ultrapassada e relativa ao antigo

modelo, conforme pode ser verificado no quadro a seguir.

TERMINOLOGIA MAIS USUAL PERÍODO APROXIMADO DE DOMÍNIO

· Ensino por correspondência Desde a década de 1830, até as três

primeiras décadas do século XX

· Ensino a distância; educação a distância;

educação permanente ou continuada

Décadas de 1930 e 1940

· Teleducação (rádio e televisão em

broadcasting)

Início da segunda metade do século XX

· Aprendizagem a distância; aprendizagem

aberta e a distância

Final da década de 1960

· Aprendizagem por computador Décadas de 1970 e 1980

· E - learning; aprendizagem virtual Década de 1980

· Aprendizagem flexível Virada do século XX e primeira década

do século XXI

Fonte: ?????

Quadro 3 - Terminologia da modalidade de educação

Neste século, por influência da terminologia inglesa, e traduzindo a atual sociedade da

informação e do conhecimento, predomina a terminologia aprendizagem flexível.

Até quando será utilizado este termo? A resposta está condicionada ao avanço da tecnologia

da informação ou mídia do conhecimento, e a aceitação entre os usuários aprendizes.

Com o lançamento do selo postal, em meados do século XIX, a experiência marcante do

ensino por correspondência na Grã-Bretanha recebe através dos Correios um grande

instrumento facilitador. O determinismo espaço/tempo característico de uma educação

Page 23: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

23

tradicional, que caracterizava o espaço físico formal da Escola, como o único local de

aprendizagens, começava a ceder, através da superação da rigidez física de ambiente

sediador de aprendizagens. Portanto, é no contexto de uma educação rígida e formal que

surge o ensino por correspondência, liberando alunos e professores, monitores e aprendizes da

exigência do espaço escolar. Dessa forma começava ser possível estudar e aprender em

ambientes diversificados. No entanto, o significativo avanço da liberação espacial só se

completa com o aperfeiçoamento dos meios de comunicação.

Se o selo postal representava um enorme avanço quanto à liberação do espaço, temos na

evolução dos meios de comunicação e das mídias de informação, a liberação de uma segunda

variável: o tempo. A educação, até então fenômeno genuinamente sincrônico, torna-se viável

em qualquer lugar e tempo ou de forma assíncrona.

A EAD, atravessa o século XX, incorporando novos meios de comunicação, até a Internet

proporcionar a grande explosão, na virada do século XXI, quando por meio do e-learning a

EAD adquire o atributo atual da flexibilidade com plena interatividade.

2.3 História do EAD no Brasil

Maia e Mattar (2007, p. 24), relatam que em um primeiro momento, que no Brasil a EAD

seguiu, o mesmo movimento internacional. Paula (2007), em sua visão contemporânea sobre a

educação a distância, relata que os cursos por correspondência para ofícios foram o marco de

referência, como é o caso do curso de datilografia, onde o mesmo oferecia profissionalização

por correspondência para datilógrafo no Jornal do Brasil em 1891. No entanto, a EAD só teve o

seu início considerado no Brasil em 1904, com a implantação das "Escolas Internacionais",

representando organizações norte-americanas, mas o curso não logrou êxito, devido as

dificuldades dos correios na época.

Alves (1998) aponta que nessa época havia uma crise na educação nacional e, para confirmar

tal afirmação, apresentou a citação do relatório de 1906, realizado pelo Dr. Joaquim José

Seabra, Ministro da Justiça e Negócios Interiores (que abrangia a Educação), ao Presidente da

República, onde o mesmo citava: "O ensino chegou (no Brasil) a um estado de anarquia e

descrédito que ou faz-se a sua reforma radical, ou preferível será aboli-lo de vez".

Diante de tal fato, é incontestável afirmar de que a educação a distância teve seu início em um

momento conturbado da educação brasileira, pois esta recebia pouco incentivo e não era tão

valorizada pelas próprias autoridades educacionais e órgãos governamentais.

"Outro considerável marco na história do EAD foi a criação da Rádio Sociedade do Rio de

Janeiro, idealizada por Roquete Pinto, entre 1922 e 1925, e de um plano sistemático de

utilização educacional da radiodifusão como forma de ampliar o acesso da população à

educação. Eram oferecidos cursos de português, francês, silvicultura, literatura francesa,

radiotelegrafia e telefonia." (MAIA; MATTAR, 2007, p. 24).

Page 24: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

24

Este marco foi fundamental para o desenvolvimento de outras iniciativas que considerassem e

valorizassem as tecnologias como instrumento pedagógico, como a Comissão Cinema

Educação, em 1927, e, posteriormente, em 1932, a inclusão de propostas da utilização de

recursos de rádio, cinema e impressos na Educação Brasileira no Manifesto da Escola Nova.

Em 1937, foi criado o Serviço de Radiodifusão Educativa – SINRED, pelo Ministério da

Educação, que se expandiu pela região nordeste do país, impulsionando o Movimento de

Educação de Base em 1956. Este Movimento tinha como objeto a alfabetização de jovens e

adultos através do rádio.

Neste período, ainda, surgiu os Institutos Educacionais especialmente dedicados ao

oferecimento de cursos a distância, por correspondência. São eles: o Instituto Rádio Técnico

Monitor, de 1939, dedicado prioritariamente aos cursos técnicos como de construção de Rádio

caseira e o Instituto Universal Brasileiro (IUB), de 1941, que se dedica ao oferecimento de

cursos profissionalizantes, como auxiliar de contabilidade, fotografia, inglês dentre outros.

(ALVES, 1998; MAIA; MATTAR, 2007).

Ainda, em paralelo, o Sistema ―S‖, composto dentre outros por SENAC e SESC, fundaram na

década de 1940 a Universidade do Ar, no Rio de Janeiro e São Paulo, com o objetivo de

oferecer cursos comerciais radiofônicos. Em 1950 já atingia 318 localidades e 80 alunos. Em

1973, iniciam os cursos por correspondência. Desenvolve-se, com esta iniciativa, o papel do

monitor nos cursos de EaD, vez que o aluno tinha que estudar nas apostilas e corrigir os

exercícios com o auxílio dos monitores. A Universidade do Ar durou até 1961, entretanto, o

Sistema ―S‖ continua até os dias atuais participando com intensidade da EaD. (ALVES, 1998;

MAIA; MATTAR, 2007.

A partir da década de 60 é que se encontram registros de programas de EAD, inclusive sendo

possível citar o Programa Nacional de Teleducação (PRONTEL), que se encontrava na

estrutura do Ministério da Educação e Cultura, a quem competia coordenar e apoiar a

teleducação no Brasil. Este órgão foi substituído, anos depois, pela Secretaria de Aplicação

Tecnológica (SEAT), que foi extinta. Ainda nas décadas de 60 e 70, nessa trajetória de

avanços tecnológicos, foram incorporados novos instrumentos para servirem à educação a

distância, tais como áudio, videocassete, televisão, videotexto, computador e, mais tarde,

tecnologia de multimeios. Neste sentido cita-se: Fundação Brasileira de Educação, Fundação

Padre Anchieta, Fundação Educacional Padre Landell de Moura, TVE do Maranhão, TVE

Ceará.

Em 1970, o Ministério da Educação e Cultura, através da Portaria 408, institui a obrigatoriedade

de transmissão gratuita de 5 horas semanais de programas educativos pelas emissoras

comerciais de rádio e televisão. Para a capacitação de professores a Associação Brasileira de

Tele-Educação, criada em 1971, promoveu algumas ações. Nesta mesma década logo foi

contemplado, o ensino pela televisão de cursos de 1º e 2º graus, atualmente ensino

fundamental e médio. Em 1992, ocorre a criação da Coordenadoria Nacional de Educação a

Distância, na estrutura do MEC e, a partir de 1995, a Secretaria de Educação a Distância.

Page 25: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

25

Alves (1998) ainda relata o surgimento do Instituto Universal Brasileiro, ocorrido em 1941, com

o objetivo de formação profissionalizante. O SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem

Comercial, inicia suas atividades em 1946 e desenvolve, no Rio de Janeiro e São Paulo, a

Universidade do Ar, que em 1950 já atingia 318 localidades, somando 80 alunos. Em 1973,

inicia-se os cursos por correspondência. Em 1992, ocorre a criação da Coordenadoria Nacional

de Educação a Distância, na estrutura do MEC e, a partir de 1995, a Secretaria de Educação a

Distância.

Saraiva (1996) elenca alguns dos principais projetos que pontuam a trajetória da teleducação

no Brasil:

a Marinha utiliza ensino por correspondência desde 1939;

o Instituto Universal Brasileiro, sediado em São Paulo com filiais no Rio de Janeiro e Brasília,

como entidade de ensino livre, oferece cursos por correspondência. Foi fundado em outubro de

1941 e pode ser considerado como um dos primeiros do país;

o Informações Objetivas Publicações Jurídicas (IOB), com sede em São Paulo, desenvolve em

todo o país, através do ensino por correspondência, desde a década de 70, um programa

destinado a pessoas que estão na força de trabalho, com predominância em ocupações da

área terciária e de serviços;

Projeto Minerva, transmitido pela Rádio MEC, com convênio entre o MEC, a Fundação Padre

Landell de Moura e Fundação Padre Anchieta, com apoio de material impresso, permitiu a

milhares de pessoas realizarem seus estudos básicos e dedicava-se, especilamente, a inclusão

social de adultos. Este projeto vigorou até 1980;

o Sistema Avançado de Comunicações Interdisciplinares (Projeto Saci) é concebido e

operacionalizado, em caráter experimental, de 1967 a 1974, por iniciativa do Instituto Nacional

de Pesquisas Espaciais (Inpe). Tinha como objetivo estabelecer um sistema nacional de

teleducação, com o uso do satélite, programas de rádio, televisão e material impresso;

a Universidade de Brasília (UnB) registra uma experiência de mais de quinze anos em EAD

através de cursos de extensão, iniciada em 1979, oferecendo mais de 20 cursos, seis dos

quais traduzidos da Open University. Esses cursos são utilizados por pessoas de todos os

estados. Muitos deles têm, além dos alunos regularmente inscritos, um número muito grande

de participantes, uma vez que alguns fascículos começam a ser veiculados por jornais de

várias capitais e pela revista editada pela UnB;

Fundação Roberto Marinho (FRM) vem desenvolvendo vários programas. Inicialmente, o

Telecurso do 2º Grau e o Supletivo do 1o Grau (televisão e material impresso adquirido em

bancas de jornal) prepararam milhares de alunos para os exames supletivos. Os programas

são transmitidos em recepção livre. A FRM concebe e produz a série Telecurso 2000,

Page 26: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

26

composto por 1.140 programas televisivos, para 1º e 2° graus, em convênio com a Federação

das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Senai e Sesi de São Paulo;

Um salto para o futuro, produzido e veiculado pela Fundação Roquete-Pinto, destinado à

atualização de professores.O programa utiliza multimeios (material impresso, rádio, televisão,

fax e telefone), que tem o objetivo de aprofundar os conteúdos trabalhados no programa. Esse

programa foi incorporado à programação da TV Escola (Canal educativo da Secretaria de

Educação a Distância do MEC).

A partir de 1993, multiplicam-se os congressos e seminários sobre EAD, atraindo grande

número de pessoas. O assunto passa a ser discussão obrigatória na agenda dos educadores.

Em 1995, cria-se a Fundação da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed).

O ano de 1995 marca o lançamento da TV Escola, programa concebido e coordenado pelo

MEC, em âmbito nacional. Seu objetivo é o aperfeiçoamento e a valorização dos professores

da rede pública, bem como, a melhoria da qualidade do ensino, por meio de um canal de

televisão dedicado exclusivamente à educação. (SARAIVA, 1996).

Nos anos 2000, inicia-se um novo estágio na EAD, vinculado ao oferecimento de cursos de

graduação e pós-graduação a distancia, previstos na LDB 9394/96 que estimulou a prática da

criação de Consórcios Educacionais, reunindo um certo número de Instituições de Ensino para

o oferecimento regular e contínuo destes cursos, como CEDERJ (Consórcio Centro de

Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro – 2000, a UniREDE (Universidade Virtual

Pública do Brasil – reunindo 70 Universidade Federais), Projeto VEREDAS (da Secretaria de

Educação do Estado de Minas Gerais – 2000), RICESU (Rede de Instituições Católicas de

Ensino Superior – 2001), UVB (Instituto Universidade Virtual Brasileira- Rede Brasileira de

Educação a Distância – 2000) e UAB (Universidade Aberta do Brasil) (MAIA; MATTAR, 2007).

Finalmente, com o surgimento das tecnologias de informação e comunicação, facilitando de

forma ágil e dinâmica o processo de educação a distância, temos essa modalidade de ensino

disseminada em todas as partes do mundo, com especial destaque à Internet que rompeu

definitivamente as barreiras físicas e geográficas na educação.

A seguir, apresenta-se o quadro-resumo da EAD no cenário brasileiro.

ANO EVENTO

1923 Fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.

1936 Doação da Radio Sociedade do Rio de Janeiro ao Ministério da Educação e

Saúde.

1937 Criação do Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação.

Page 27: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

27

1959 Inicio das escolas radiofônicas em Natal (RN).

1960 Inicio da ação sistematizada do Governo Federal em EAD; contrato entre o

MEC e a CNBB: expansão do sistema de escolas radiofônicas aos estados

nordestinos, que faz surgir o MEB – Movimento de Educação de Base –,

sistema de ensino a distância não-formal.

1965 Início dos trabalhos da Comissão para Estudos e Planejamento da

Radiodifusão Educativa.

1966 a 1974 Instalação de oito emissoras de televisão educativa: TV Universitária de

Pernambuco, TV Educativa do Rio de Janeiro, TV Cultura de São Paulo, TV

Educativa do Amazonas, TV Educativa do Maranhão, TV Universitária do Rio

Grande do Norte, TV Educativa do Espírito Santo e TV Educativa do Rio

Grande do Sul.

1967 Criada a Fundação Padre Anchieta, mantida pelo Estado de São Paulo com o

objetivo de promover atividades educativas e culturais através do rádio e da

televisão (iniciou suas transmissões em 1969); constituída a Feplam

(Fundação) Educacional Padre Landell de Moura), instituição privada sem

fins lucrativos, que promove a educação de adultos através de Teleducação

por multimeios.

1969 TVE Maranhão/CEMA – Centro Educativo do Maranhão: programas

educativos para a 5" serie, inicialmente em circuito fechado e a partir de 1970

em circuito aberto, também para a 6ª série.

1970 Portaria 408 – emissoras comerciais de rádio e televisão: obrigatoriedade da

transmissão gratuita de cinco horas semanais de 30 minutos diários, de

segunda a sexta– feira, ou com 75 minutos aos sábados e domingos. É

iniciada em cadeia nacional a serie de cursos do Projeto Minerva, irradiando

os cursos de Capacitação Ginasial e Madureza Ginasial, produzidos pela

Feplam e pela Fundação Padre Anchieta.

1971 Nasce a ABT – inicialmente como Associação Brasileira de Tele–Educação,

que já organizava desde 1969 os Seminários Brasileiros de Teleducação

atualmente denominados Seminários Brasileiros de Tecnologia Educacional.

Foi pioneira em cursos à distância, capacitando os professores através de

correspondência.

1972 Criação do Prontel – Programa Nacional de Teleducação – que fortaleceu o

Sinred – Sistema Nacional de Radiodifusão Educativa.

Page 28: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

28

1973 Projeto Minerva passa a produzir o Curso Supletivo de 1º Grau, II fase,

envolvendo o MEC, Prontel, Cenafor e secretarias de Educação.

1973-74 Projeto SACI conclusão dos estudos para o Curso Supletivo "João da Silva",

sob o formato de telenovela, para o ensino das quatro primeiras séries do lº

grau; o curso introduziu uma inovação pioneira no mundo, um projeto – piloto

de tele – didática da TVE, que conquistou o prêmio especial do Júri

Internacional do Prêmio Japão.

1974 TVE Ceará começa a gerar tele–aulas; o Ceteb – Centro de Ensino Técnico

de Brasília – inicia o planejamento de cursos em convênio com a Petrobras

para capacitação dos empregados desta empresa e do projeto Logus II, em

convênio com o MEC, para habilitar professores leigos sem afastá–los do

exercício docente.

1978 Lançado o Telecurso de 2 Grau, pela Fundação Padre Anchieta (TV

Cultura/SP) e Fundação Roberto Marinho, com programas televisivos

apoiados por fascículos impressos, para preparar o tele-aluno para os

exames supletivos.

1979 Criação da FCBTVE – Fundação Centro Brasileiro de Televisão

Educativa/MEC; dando continuidade ao Curso "João da Silva", surge o

Projeto Conquista, também como telenovela, para as ultimas séries do

primeiro grau; começa a utilização dos programas de alfabetização por TV –

(MOBRAL), em recepção organizada, controlada ou livre, abrangendo todas

as capitais dos estados do Brasil.

1979 a 1983 É implantado, em caráter experimental, o Posgrad – pós-graduação Tutorial à

Distância – pela Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de

Ensino Superior – do MEC, administrado pela ABT – Associação Brasileira de

Tecnologia Educacional – com o objetivo de capacitar docentes universitários

do interior do pais.

1981 FCBTVE trocou sua sigla para FUNTEVE: Coordenação das atividades da TV

Educativa do Rio de Janeiro, da Radio MEC-Rio, da Radio MEC-Brasília, do

Centro de Cinema Educativo e do Centro de Informática Educativa.

1983/1984 Criação da TV Educativa do Mato Grosso do Sul. Inicio do "Projeto Ipê", da

Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e da Fundação Padre

Anchieta, com cursos pura atualização e aperfeiçoamento do magistério de 1º

e 2º Graus, utilizando–se de multimeios.

Page 29: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

29

1988 "Verso e Reverso – Educando o Educador": curso por correspondência para

capacitação de professores de Educação Básica de Jovens e Adultos/ MEC

Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos (EDUCAR), com

apoio de programas televisivos através da Rede Manchete.

1991 O "Projeto Ipê" passa a enfatizar os conteúdos curriculares.

1991 A Fundação Roquete Pinto, a Secretaria Nacional de Educação Básica e

secretarias estaduais de Educação implantam o Programa de Atualização de

Docentes, abrangendo as quatro séries iniciais do ensino fundamental e

alunos dos cursos de formação de professores. Na segunda fase, o projeto

ganha o titulo de "Um salto para o futuro".

1992 O Núcleo de Educação a Distância do Instituto de Educação da UFMT

(Universidade Federal do Mato Grosso), em parceria com a Unemat

(Universidade do Estado do Mato Grosso) e a Secretaria de Estado de

Educação e com apoio da Tele-Universite du Quebec (Canadá), criam o

projeto de Licenciatura Plena em Educação Básica: 1º a 4º series do 1º grau,

utilizando o EAD. O curso é iniciado em 1995.

1996 Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Regulamenta a EaD no Brasil

Fonte: TELEBRASIL, 2010.

Quadro 4 - EAD no cenário brasileiro

2.4 Regramento Legal da Educação a Distância no Brasil

A primeira legislação brasileira a tratar da modalidade EAD foi a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (LDB) de 4024/1961. Em sua reconstrução, formatada pela Lei Federal nº

5692/1971, dez anos depois, foi inserido um capítulo específico sobre o ensino supletivo,

afirmando que ele poderia ser usado em classes (modalidade presencial), ou mediante a

utilização de rádio, televisão, correspondência (modalidade EAD), demarcando um momento

conjuntural brasileiro em que conviviam em mesmo contexto temporal, a primeira e segunda

gerações históricas da EAD.

Mais tarde em 1996, o país conheceu uma nova LDB e, então, a EAD passou a ser possível.

Portanto, regulamentada no Brasil em 20 de dezembro de 1996, na lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional nº 9394/96 (artigo 80) foi sancionada pelo então presidente Fernando

Henrique Cardoso, pelo ministro da Educação Paulo Renato e com Darcy Ribeiro, um dos

nossos mais importantes antropólogos, como relator, que define a Educação a Distância como

uma ―modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de

ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e

Page 30: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

30

comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares

ou tempos diversos‖.

Tal fato representou um avanço, uma vez que possibilitou o funcionamento dos cursos de

graduação e pós graduação, assim como na educação básica, desde o ensino fundamental ao

médio tanto na modalidade regular, como na de jovens e adultos e educação especial. A lei

também admitiu de forma indireta, os cursos livres ou de formação continuada, concebidas

como aprendizagem não - formal, sendo reconhecidos como experiências de tal formato, os

ministrados pelas chamadas universidades corporativas e outros grupos educativos.

Todavia, as dificuldades, passaram a existir nas disposições infralegais, conforme

posicionamento de Moreira Alves (2007): "... temos uma Constituição Federal ótima em termos

de educação; a LDB é boa, eis que permite, entre outras vantagens, a liberdade dos projetos

pedagógicos. O grande problema ocorre com os atos normativos inferiores: os decretos não

são bons; as portarias em grande parte são ruins; e há resoluções e pareceres

desesperadores." Nos dias atuais, enquanto vivemos a 5.ª geração da Modalidade EAD, o texto

normativo regulamentador, mostra-se ainda bastante carente, dificultando inclusive a

implantação de programas de mestrado e doutorado, por ausência de normas

regulamentadoras.

Com relação a EAD no Ensino Superior, o Decreto que regulamenta o Art. 80 da Lei 9394/96,

de 5.622/2005, de 19.12.2005 e revoga os Decretos 2494/98 e 2591/98, com normatização

definida na Portaria Ministerial 43/2004, assim como, a Resolução n.º 1/2001 do CNE/CEB e

outras normatizações subseqüentes regulamenta-se a Pós Graduação Latu e Strictu Sensu na

modalidade EAD. ( vide Quadro 5)

Como avanço do texto legal, o mesmo autor cita uma portaria do MEC que passa a admitir a

adoção parcial da EAD em cursos de graduação superior, independente de credenciamento da

instituição, destacando como forte avanço, uma vez que inaugura um marco na história de voto

de confiança nas universidades, centros universitários e faculdades, para que os programas

fossem implementados sem o prévio consentimento oficial.

Através da retrospectiva histórica legal na EAD, considera-se necessário cada vez mais,

aprimorar o diálogo existente entre o governo, tanto nas esferas federal, como estadual,

alinhavando um Regime de Colaboração entre os sistemas, na oferta da EAD, entre as

entidades representativas do setor e as Universidades, para aprimoramento da legislação, a

favor da garantia de uma Educação a distância, regida pelas tecnologias de informação e

comunicação (as TIC) e para a organização de uma Comunidade Virtual de aprendizagem

colaborativa e interacionista. Abre-se uma porta muito grande neste sentido, no Brasil, a partir

de 2006, com o Sistema de Universidade Aberta.

Lei 9394/96

Page 31: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

31

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Art. 80 trata da Educação a Distância

Resolução nº 1, de 26 de Fevereiro de 1997

Fixa condições para validade de diplomas de cursos de graduação e de pós-graduação

em níveis de mestrado e doutorado, oferecidos por instituições estrangeiras, no Brasil,

nas modalidades semi-presenciais ou a distância.

Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998

Regulamenta o Art. 80 da LDB (Lei n.º 9.394/96).

Portaria n.º 301, de 7 de abril de 1998

Normatiza os procedimentos de credenciamento de instituições para a oferta de cursos

de graduação e educação profissional tecnológica a distância.

Decreto n.º 2.561, de 27 de abril de 1998

Altera a redação dos artigos 11 e 12 do Decreto n.º 2.494.

Resolução CNE/CES nº 1, de 3 de abril de 2001

Estabelece normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação.

Portaria nº. 4.059, de 10 e dezembro de 2004

Substitui a portaria 2.253/01 que normatizava os procedimentos de autorização para

oferta de disciplinas na modalidade não-presencial em cursos de graduação

reconhecidos.

Portaria nº 4.363, de 29 de dezembro de 2004

Dispõe? sobre a autorização e reconhecimento de cursos seqüenciais da educação

superior.

Decreto n.º 5.622, de 19 de dezembro de 2005

Regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as

diretrizes e bases da educação nacional.

Portaria Normativa nº 2 , de 10 de janeiro de 2007

Dispõe? sobre os procedimentos de regulação e avaliação da educação superior na

modalidade a distância.

Portaria Normativa nº 40, de 12 de janeiro de 2008

Institui o e-MEC, sistema eletrônico de fluxo de trabalho e gerenciamento de

informações relativas aos processos de regulação da educação superior no sistema

federal de educação.

Decreto nº 6303, de 12 de dezembro de 2007

Altera dispositivos dos Decretos nos 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que estabelece

Page 32: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

32

as diretrizes e bases da educação nacional, e 5.773, de 9 de maio de 2006, que dispõe

sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de

educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal

de ensino.

Fonte: MEC, 2010.

Quadro 5 - Evolução Legal da EAD no Brasil.

2.4.2 Sistema de Universidade Aberta

Com a criação da British Open University, instituição verdadeiramente pioneira e única do que

hoje se entende como educação superior à distância, datada de 1969, registrando o início do

funcionamento de cursos dois anos seguintes em 1971, repercute em todo o mundo a difusão

da Modalidade EAD, e o Brasil não fica à margem da discussão.

Alguns parlamentares brasileiros, entusiasmados pelo novo modelo, apresentam projetos de lei

para que tivéssemos uma instituição de ensino superior semelhante a do Reino Unido. A

primeira proposição de texto legal a respeito data de 1972, mas acaba sendo arquivada por

reconhecimento de falta de mérito, uma vez que o texto não abordava o intuito social específico

de criação de uma universidade aberta, mas sim a permissão de frequencia livre em cursos de

nível universitário.

Em 1978, surge efetivamente a iniciativa de ser instituída a Universidade Aberta, por meio do

projeto de lei n.º 1878. A proposta enfatizava que se entende por "Universidade Aberta a

instituição de nível superior, cujo ensino seja ministrado através dos processos da

comunicação a distância." O projeto foi bem aceito no legislativo, sendo encaminhado para o

Conselho Federal de Educação, que opinou que a "implantação do sistema entre nós, se é

aconselhável, deve ser iniciativa do MEC." O parecer do Colegiado, conclui pelo aguardo de

normatização sobre o assunto, partindo de um grupo de trabalho organizado para este fim. O

desenvolvimento do projeto pelo referido grupo não surte efeito positivo, sendo que o projeto da

Universidade Aberta acaba por ser arquivado. Dois anos mais tarde, o mesmo deputado

reapresentava a matéria, ocasionando novo arquivamento.

Outras tentativas igualmente frustradas são feitas, pela insistência do posicionamento do CFE

de que a criação de um sistema tão complexo e original de ensino superior exigiria

planejamento lúcido e rigoroso conhecimento das pessoas encarregadas. Apenas em 2005, o

Executivo toma a iniciativa de criar um novo sistema, designando-lhe de Universidade Aberta

do Brasil (UAB), sendo criado pelo MEC, no âmbito do Fórum das Estatais pela Educação. Na

verdade, não é uma Universidade propriamente dita, mas sim um consórcio de instituições

públicas de Ensino Superior.

Page 33: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

33

De acordo com Blois (2006, p. 6) "seu propósito é sistematizar as ações, programas, projetos e

atividades pertencentes às políticas públicas voltadas para a ampliação e interiorização da

oferta do ensino superior gratuito e de qualidade no Brasil." Segundo dados da CAPES de

2009, atualmente, 88 instituições integram o Sistema UAB, entre Universidades Federais,

Universidades Estaduais e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs). De

2007 a julho de 2009, foram aprovados e instalados 557 pólos de apoio presencial com

187.154 vagas criadas.

Dessa maneira, o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) tem como prioridade a

formação de professores para a Educação Básica. Para atingir este objetivo central a UAB

realiza ampla articulação entre instituições públicas de ensino superior, estados e municípios

brasileiros, para promover, através da metodologia da educação a distância, acesso ao ensino

superior para camadas da população que estão excluídas do processo educacional de

implantação, execução e formação de recursos humanos em educação superior a distância.

Tendo como base o aprimoramento da Educação a Distância, o Sistema UAB visa expandir e

interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior. Para isso, o sistema tem

como base, fortes parcerias entre as esferas federais, estaduais e municipais do governo.

Portanto o objetivo do sistema UAB é desenvolver a modalidade de educação a distância, com

a finalidade de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior no

País, além de ampliar o acesso à educação superior pública levando tais cursos às diferentes

regiões do país. É objetivo, também, oferecer cursos superiores para capacitação de dirigentes,

gestores e trabalhadores em educação básica dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios e apoiar a pesquisa em metodologias inovadoras de ensino superior respaldadas

em tecnologias de informação e comunicação.

Além disso, pretende-se atingir objetivos sócio-educacionais com a colaboração da União com

entes federativos, e estimular a criação de centros de formação permanentes por meio dos

pólos de apoio presencial. O Sistema Universidade Aberta do Brasil - UAB não propõe a

criação de uma nova instituição de ensino, mas sim, a articulação das já existentes,

possibilitando levar ensino superior público de qualidade aos municípios brasileiros que não

possuem cursos de formação superior ou cujos cursos ofertados não são suficientes para

atender a todos os cidadãos.

Finalmente, faz-se necessário considerar que a UAB não remonta em sua gênese aos

princípios estruturais da Open University, a qual serviu de modelo inspirador. Para a

Universidade Inglesa, o termo aberta se aplica à universidade em vários sentidos.

Primeiramente, no sentido social, uma vez que se dirige a todas as classes sociais, permitindo

que as pessoas possam completar seus estudos, conforme a realidade de seus tempos e

espaços. Em segundo lugar, do ponto de vista pedagógico, na medida em que a matrícula à

Universidade está aberta a todo indivíduo maior que 21 anos, independente da apresentação

de certificado de instrução anterior e qualquer exame de admissão. Chama-se "aberta" no

sentido de que seus cursos, desde à época da geração do rádio e televisão, na oferta EAD,

Page 34: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

34

estão abertas ao interesse e apreciação do público em geral. Estas considerações, portanto,

não ilegitima a iniciativa brasileira, ao contrário, vem ao encontro da garantia de maior acesso à

educação superior.

2.5 Considerações

Conhecer o passado permite que sejam estabelecidas conexões para melhor entendimento da

própria existência, pois o descobrimento das origens só vem a acrescer na ampliação dos

saberes e proporciona melhor entendimento do que se vivencia no presente, desta forma este

estudo proporcionou melhor entendimento sobre as premissas envolvidas na própria

construção e evolução da EAD.

Vários foram os adventos históricos apresentados que corroboraram com a evolução e

expansão da EAD e pode-se afirmar ser surpreendente a descoberta de fatos históricos que,

além de marcarem épocas e gerações, refletiram no desdobramento desta modalidade de

ensino que tem ganhado, a cada dia, mais espaço e credibilidade junto aos seus atores.

Ao se delinear a cronologia da EAD, observou-se que seu surgimento veio de tempos idos,

muito remotos, tempos estes que nem se imaginava haver indícios de sua existência, a qual foi

confirmada através de manuscritos que remontam desde a Idade Antiga, caminhando

juntamente com a evolução do próprio homem.

A troca de cartas entre as pessoas era dada como uma forma de se passar conhecimentos as

pessoas que se encontravam distantes. O surgimento da imprensa, de novos canais de

comunicação como rádio, televisão e Internet vieram dar maior dinamismo na disseminação do

conhecimento, proporcionado o aprimoramento da própria educação da humanidade. O uso

intensivo das TICs promoveram maior velocidade e amplitude na transmissão do

conhecimento, como exemplo cita-se a própria tecnologia de convergência que possibilita, além

de acesso aos diversos tipos de mídias, a facilidade da mobilidade.

Os recursos da internet multiplicam-se a cada dia, mídias sociais e comunidades colaborativas

são criadas de forma exponencial, constituindo a chamada Sociedade do Conhecimento,

possibilitando às pessoas trocarem informações para aprimorarem seus conhecimentos, os

quais vêm sendo cada vez mais desejados pelas organizações.

As prerrogativas da era do conhecimento são envolvidas pelo uso contínuo das redes de

hipertexto e tecnologia, onde cresce a sociedade de informação e conhecimento, sociedade

que deseja interatividade, troca de informações e ter novas experiências para ampliar suas

capacidades e o que se espera desta sociedade é que sejam observados princípios e metas de

inclusão, diversidades e identidades culturais, respeito às diferenças, sejam elas sociais e/ou

econômicas e participação social.

Várias foram as iniciativas de pessoas e instituições no desejo de que a educação pudesse

chegar a lugares longínquos, da criação de programas de rádio e tvs a própria formatação de

programas educacionais que pudessem ser irradiados a muitos lugares.

Assim como evoluiu a forma de comunicação e tecnologia, evoluiu a forma de ensino,

desenvolvendo-se modelos de aprendizagem, métodos, didática, ambientes de aprendizagem,

Page 35: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

35

todos estes voltados para dar maior acessibilidade as pessoas entusiastas do saber.

Ainda há grandes desafios a serem enfrentados pela EAD, entre eles a quebra de paradigmas

do "aprender a aprender "pois, apesar de todas as facilidades da EAD, é preciso que as

pessoas tenham novas posturas e desejem se desprender dos antigos ou padronizados modos

de aprendizados. Ser um ator da EAD, seja como aluno, tutor ou professor exige que novas

posturas e modelos mentais sejam desenvolvidos, pois são agentes ativos no processo de

disseminação e acesso ao conhecimento.

Finalmente, tecnologia, pessoas e educação são indissociáveis a uma nação que deseja se

reconhecida por sua capacidade evolutiva e somente serão capazes de tirar proveito desta

nova modalidade de ensino - EAD, as pessoas e organizações que souberem se preparar para

isso.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Educação a distância no Brasil : diretrizes, políticas,

fundamentos e práticas. Disponível em:

<http://cecemca.rc.unesp.br/cecemca/EaD/artigos/atigo%20Beth%20Almeida%20RIBIE.pdf>.

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de; MORAN, José Manuel. (Orgs.). Integração das

tecnologias na educação: salto para o futuro. Brasília, DF: Secretaria de Educação a Distância,

SEED, 2005.

ALVES, João Roberto Moreira. Educação a distância no Brasil. Instituto de Pesquisas

avançadas em Educação. Brasil , 1997.

ALVES, João Roberto Moreira. Educação a distância e as novas tecnologias de informação e

aprendizagem. S.l.? : Portal Educacional do Estado do Paraná, 1998. Disponível em:

<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/artigos_teses/EA

D/INFORMACAO.PDF>. Acesso em: 05 mai. 2010. 19:20:00.

ARAÚJO, Suely Trevisan; MALTEZ, Maria Gil Lopes. Educação a distância: retrospectiva

histórica . Disponível em: <http://www.designtotal.com.br/conteudo.php?destino=inst_historia>.

DIAS, Rosilâna Aparecida. LEITE, Lígia Silva. Educação a distância: da legislação ao

pedagógico. Petropolis: Vozes, 2010.

FORMIGA, Marcos; LITTO, Fredric M. (orgs.). Educação a distância: o estado da arte. São

Paulo: ABED, 2008.

MAIA, Carmem; MATTAR, João. ABC da EAD. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

MORAN, José Manuel. O que é educação a distância. Disponível em:

<http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm>. Acessado em: 03 de mai. 2010.

Ministério da Educação e Cultura (MEC). Legislação de Educação a Distância . Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12778%3Alegislacao-

Page 36: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

36

de-educacao-a-distancia&catid=193%3Aseed-educacao-a-distancia&Itemid=865. Acessado em

13 de mai. 2010.

PAULA, Nanci Martins de. Educação a distância e mundo do trabalho: uma visão

contemporânea. Brasília: ABED, 2007. Disponível em:

<http://www.abed.org.br/congresso2007/tc/54200722120PM.pdf>. Acesso em: 05 mai. 2010,

12:32:00.

RALHA, Jurema Luzia de Freitas Sampaio. A utilização de linguagem VRML na Educação à

distância em arte. São Paulo, 2003.

SARAIVA, Terezinha. Educação a distância no Brasil: lições da história. Brasília: Em aberto,

1996. Disponível em:

<http://www.rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/1048/950>. Acesso em: 06

mai. 2010, 00:02:00.

TAYLOR, James C. A quinta geração do ensino a distância. Disponível em: <http://ensino-

distancia.wikispaces.com/>.

TELEBRASIL. Disponível em: < http://www.telebrasil.org.br>. Acessado em: 28 abr. 2010.

TORI, Romero. Educação sem distância: as tecnologias interativas na redução de distâncias

em ensino e aprendizagem. São Paulo, S nac, 2010.

UEBE, André. Um breve histórico do EaD e o uso de AVAs baseados em SL . Disponível em:

<http://www.vivaolinux.com.br/artigo/Um-breve-historico-do-EaD-e-o-uso-de-AVAs-basEaDos-

em-SL/>.

Universidade Aberta do Brasil. Disponível em: <http://www.uab.capes.gov.br>. Acesso em 07

mai. 2010.

WIKIPÉDIA Enciclopédia livre. Disponível em:

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_a_dist%C3%A2ncia>.

Grupo C – Vantagens e Desvantagens da Educação a Distância

A Educação a Distância (doravante EaD) apresenta uma série de vantagens, mas também

algumas desvantagens. Entretanto, nem sempre o que é visto como vantagem por uns é visto

do mesmo modo por outros, pois, por ser uma modalidade ainda em processo de consolidação,

são muitos os fatores que influenciam a análise do que pode ser considerado vantajoso ou não

quando se pensa em EaD. Assim, procuramos elencar algumas vantagens e desvantagens que

envolvem essa modalidade de ensino, partindo de experiências pessoais na área e também de

textos teóricos que tratam do assunto em tela.

Page 37: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

37

Vantagens:

1. A democratização do Ensino.

A EaD oferece condições aos moradores de lugares distantes, afastados dos centros

comerciais e das metrópoles, de terem uma perspectiva de futuro pessoal e profissional por

meio do contato com o conhecimento. E para que isso ocorra é necessário que se tenha

apenas um computador e uma conexão à Internet. Ademais, a EaD proporciona o acesso ao

conhecimento para aqueles que por algum motivo não podem/puderam frequentar os cursos

ministrados no espaço da sala de aula convencional, isto é, o ensino presencial.

2. O estudante não precisa se deslocar até a Instituição de Ensino.

Atualmente, principalmente nos grandes centros urbanos, o tempo que as pessoas perdem no

trânsito a fim de se locomoverem de suas casas para o trabalho e/ou do trabalho para a

escola/universidade, por exemplo, vem aumentando significativamente. Por isso, não perder

tempo para ir e voltar da Instituição de Ensino todos os dias é uma grande vantagem para o

aluno que estuda a distância.

3. O aluno estuda no lugar e horário em que se sentir mais à vontade.

Além de ―ganhar‖ tempo por conta de não precisar se deslocar para estudar, o aluno pode

escolher o local que julgar mais favorável à sua aprendizagem, ou seja, essa possibilidade de

formação fora do contexto da sala de aula torna possível a permanência do aluno em seu

ambiente profissional, cultural e/ou familiar. Além disso, o aluno pode se dedicar ao estudo num

momento em que ele esteja mais disposto e motivado. A ausência de rigidez quanto aos

requisitos de espaço, tempo e ritmo favorece a aprendizagem, posto que cada indivíduo tem o

seu ritmo de aprendizagem.

4. Autonomia com relação à organização do tempo para os estudos.

A maioria das pessoas que procura um curso a distância possui uma vida bastante agitada e

cheia de compromissos profissionais e pessoais. Em virtude disso, é de grande importância

para esse perfil de aluno não precisar se comprometer com horários pré-estabelecidos e ter a

possibilidade de se conectar e poder realizar as tarefas, ler textos e participar de fóruns nas

horas do dia mais favoráveis à sua rotina.

5. O aluno passa a ser o protagonista do processo de aprendizagem, ou

seja, passa a ser o centro desse processo.

O aluno a distância abandona o papel de mero recebedor de informações e assume uma

postura mais responsável em relação à própria aprendizagem. Se devidamente motivado pelo

professor / tutor, ele passa a ser um aluno pesquisador, autodidata, inquieto, que interage mais

com seus colegas e professores/tutores, construindo, dessa forma, coletivamente, o

conhecimento. O aluno torna-se sujeito ativo de sua formação, isso ocorre porque estudar a

Page 38: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

38

distância exige desenvolvimento da iniciativa, da capacidade de pesquisar e de selecionar

fontes confiáveis. Daí considerarmos que a EaD também estimula o desenvolvimento do senso

analítico e crítico.

6. Possibilidade de ter contato com um número maior de colegas

pertencentes a diferentes localidades e culturas. Facilidade de interação

com professor e colegas a qualquer momento.

Normalmente a turma de um curso de EaD é heterogênea e transcultural, o que possibilita o

desenvolvimento da capacidade de aceitar a diversidade, conviver com as diferenças e

estabelecer relações cordiais com a diversidade cultural, respeitando-a e contribuindo para a

harmonia do grupo.

Segundo Maia e Mattar (2007 , p.?????? ), " a manipulação das mídias permite ampliar o

diálogo entre alunos e professores e, em consequência, diminuir a distância transacional e a

sensação psicológica de separação, gerando um senso de comunidade‖.

Incentivo à criatividade e experimentação.

Além de configurar-se como instrumento facilitador de inserção à tecnologia da informação, a

EaD, segundo o filósofo francês Pierre Lévy, é um setor em que há experimentação constante.

É na EaD que é experimentado o maior número de novidades ao mesmo tempo técnicas e

pedagógicas, porque há a necessidade de se acompanhar a velocidade das inovações

tecnológicas.

Os professores têm um perfil diferenciado.

O papel do professor de cursos a distância é diferente do que o de um professor de cursos

presenciais. O primeiro assume um papel de motivador e mediador do processo de

aprendizagem dos seus alunos, pois ele não mais transmite conteúdos acabados, antes

incentiva as discussões e a construção do conhecimento por parte de cada integrante da

comunidade virtual de aprendizagem.

Alunos tímidos têm maiores possibilidades de participarem das discussões.

A interação a distância, por meio de fóruns e chats educacionais, por exemplo, amplia de forma

significativa as chances de alunos tímidos manifestarem suas opiniões, o que provavelmente

não aconteceria num contexto presencial.

Configura-se como educação inclusiva e social.

Pessoas surdas, por exemplo, têm acesso à aprendizagem quando conhecem o português

estruturado ou quando disponibilizam de intérprete de língua de sinais. Pessoas com

deficiência física grave ou alguma paralisia podem estudar, concluir o ensino médio, a

Page 39: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

39

graduação e até mesmo fazer uma pós-graduação por conta da mínima necessidade de

deslocamento até o local de estudo.

Facilita tanto a formação inicial como a formação continuada de professores, principalmente os

da rede pública.

Esses professores têm a possibilidade de fazer um curso de graduação ou pós-graduação a

distância, o que oferece condições de obterem maior qualificação. Nesse sentido, a EaD

tornou-se, de certa forma, uma educação popular.

Desvantagens:

1. Os alunos que moram longe dos polos presenciais precisam deslocar-se

para outras cidades.

Para serem reconhecidos pelo MEC, os cursos de graduação e pós-graduação devem ser

semipresenciais. Por isso, são planejadas algumas atividades presenciais, como avaliações,

trabalhos em grupo e videoconferências. Além disso, apenas metade dos cursos tem acervo

virtual, enquanto a maioria dispõe de biblioteca tradicional, o que obriga os alunos a irem até os

polos para consultar/emprestar livros. Esses deslocamentos configuram-se como dificuldade

para aqueles que moram muito longe dos polos.

2. Não é possível estudar apenas quando se quer

A indisciplina pode representar o fracasso de um aluno que se propõe a realizar um curso a

distância, pois, para nessa modalidade, é necessário ter capacidade de gerir o próprio

processo de aprendizagem. Não se pode estudar apenas quando se tem vontade ou postergar

a realização das tarefas. Apesar de as atividades estarem disponíveis para serem realizadas

em qualquer local e horário, há prazos a serem cumpridos, textos a serem lidos, discussões a

serem realizadas. Além disso, também há atividades síncronas, que exigem certo planejamento

da parte do aluno para estar online (ou até mesmo presencialmente) em determinadas

ocasiões. Portanto, é preciso ter responsabilidade e comprometimento para não cair na

armadilha de ―deixar para amanhã o que se pode fazer hoje‖.

3. Perde-se um pouco do relacionamento pessoal e há empobrecimento da

troca direta de experiência proporcionada pela relação educativa entre

professor e aluno.

Essa limitação em alcançar o objetivo da socialização ocorre em virtude das escassas ocasiões

para interação pessoal dos alunos com o docente e entre si. Essa é uma desvantagem

principalmente para os mais jovens, pois esse público necessita de uma formação que envolva

socialização, contato mais direto com o outro. Em relação ao contato professor e aluno,

normalmente, os cursos a distância têm turmas muito grandes, o que faz com que essa relação

nem sempre se dê de forma adequada. Além disso, algumas disciplinas exigem uma maior

Page 40: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

40

interação com o professor, como no caso das que envolvem cálculos. Também pode ocorrer

limitação em alcançar os objetivos da área afetiva/atitudinal, assim como os objetivos da área

psicomotora.

4. Cria-se uma dependência muito grande em relação à tecnologia.

Dependência da infraestrutura computacional, como o acesso à internet e o processamento de

servidores. E essa tecnologia muitas vezes não funciona plenamente. Sem contar que a

utilização de alguns recursos e ferramentas não é satisfatória para aqueles que não possuem

uma conexão rápida à internet, por exemplo.

5. Oferta de cursos de baixa qualidade por instituições “oportunistas”.

Pelo fato de a EaD ser considerada por muitos uma novidade, observa-se grande proliferação

de cursos no mercado, porém nem todos apresentam um padrão de qualidade adequado.

Ademais, muitas vezes, não são investidos os recursos necessários, já que a implantação de

cursos a distância tem custos iniciais muito altos e os serviços administrativos são, geralmente,

mais complexos do que no ensino presencial. Algumas Instituições, inclusive, ministram curso

na modalidade a distância sem fazer distinção do que é ministrado no presencial.

6. Há preconceito no mercado de trabalho em relação aos profissionais

que têm formação totalmente a distância.

Na maioria das vezes, esse preconceito é motivado pelo desconhecimento de todas as leis,

normas e regras que orientam e balizam a EaD.

7. Em determinados cursos, há a necessidade de o aluno possuir elevado

nível de compreensão de textos e saber utilizar os recursos de multimídia.

8. A retroalimentação ou o “feedback” e a retificação de possíveis erros

podem ser mais lentos, embora os novos meios tecnológicos reduzam

estes inconvenientes.

O EaD exige muito mais tempo e envolvimento tanto de alunos como de professores,

especialmente o tempo para comunicação entre aluno e professor, durante o processo de

aprendizagem, na resolução de dúvidas. Enquanto em uma sala de aula presencial, a dúvida

do aluno pode ser expressa pela fala, por gestos, apontamentos de parágrafos de livros,

desenhos e esquemas. no modelo de comunicação virtual, essas dúvidas devem ser expressas

de outras formas, fazendo -seuso da descrição textual, esquemas diagramáticos e citações

bibliográficas comentadas. Enfim, leva-se bem mais tempo para a elaboração de uma dúvida,

no modelo virtual, do que no modelo presencial. Por parte do professor, o mesmo acontece.

Além de ser mais demorado compreender a dúvida do aluno, o professor leva bem mais tempo

para elaborar o seu retorno ao aluno, principalmente quando as dúvidas envolvem diferentes

conteúdos inter-relacionados.

Page 41: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

41

Portanto, a disponibilização, por parte das instituições de ensino, de ferramentas tecnológicas

diversificadas, que permitam e facilitem a comunicação das dúvidas entre os professores e

alunos, e o pleno domínio dessas ferramentas por parte dos envolvidos (professores e alunos)

é um fator determinante para o sucesso do ensino a distância.

9. Corre-se o risco da homogeneidade dos materiais instrucionais – todos

aprendem o mesmo conteúdo, por um só pacote instrucional, conjugado.

10. Não tem intérprete de língua de sinais visto que o idioma é oficial no

Brasil e, segundo o IBGE, o país tem mais de cinco milhões de pessoas

surdas.

Para as pessoas surdas, o português é a segunda língua. A estrutura gramatical do português

é muito diferente da estrutura da língua nativa dos surdos (libras), porque enquanto o

português é oral-auditivo a libras é espaço-visual. Logo o processo de ensino-aprendizagem

deste idioma fica comprometido, porque a estrutura linguística é específica. Dessa forma,

diante das dificuldades que o aluno surdo encontra na estruturação da Língua Portuguesa, no

uso da leitura e escrita como meio de comunicação, e do direito estabelecido de se ter acesso

aos conteúdos curriculares por meio da utilização da língua de sinais, fica evidente que o fato

de não se ter intérprete de libras em EaD é uma desvantagem. Entretanto, já começam a surgir

recursos que auxiliam na compreensão do conteúdo de textos em português, convertendo

páginas da Internet em português para a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.

11. Ainda não disponibiliza recursos para contemplar o público cego e/ou

cego-surdo.

Existem 3 público específicos, a saber: o surdo, o cego e o surdo-cego.

É considerado surdo-cego o indivíduo que apresenta surdez e também dificuldade visual e tem

necessidade de utilizar, para a comunicação, recursos como a possibilidade de configurar o

ambiente para ―somente texto‖ a fim de evitar a confusão visual causada pela demasia de

informações. Outro recurso importante é o de aumento de letras. Para o público cego, a ajuda

precisa vir de programas que leiam em voz alta cada palavra escrita numa página de internet.

Para o público cego a ajuda vem de um programa que lê em voz alta cada palavra escrita

numa página de internet . Como não pode ver o cursor do mouse, o deficiente visual navega

pelos links das páginas usando apenas o teclado - apertando a tecla Tab ou a seta para

baixo.Entre as dezenas de opções hoje em dia, o mais popular é o Jaws.

Aos surdos o Player Rybená® permite tornar o ambiente da Internet acessível para a

Comunidade Surda. Funcionando como um tradutor, auxilia na compreensão do conteúdo de

textos em português. Este programa é capaz de converter qualquer página da Internet ou texto

escrito em português para a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.

Page 42: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

42

Com este recurso no sítio os usuários poderão selecionar com o mouse qualquer parte do texto

do portal e ver a tradução em LIBRAS por intermédio de um simpático desenho animado.

Em suma, segundo uma entrevista de Maria Cristina Baeta Neves (especialista em educação a

distância do Departamento Nacional do Senac),

"Destacar quais as principais vantagens da EAD é muito difícil, pois cada caso é um caso. É

preciso se ter muito cuidado com certas afirmações, porque se para um determinado caso uma

decisão pode ser vantajosa, em outro, essa mesma decisão pode ser exatamente o contrário.

No entanto, acredito que uma das vantagens indiscutíveis da EAD seja que ao se mudar a

forma de estudar, está-se mudando também a forma de se aprender. Somada à vivência no

ensino presencial trazida pelo aluno, o estudo por meio de uma EAD de qualidade certamente

lhe propiciará maiores possibilidades de desenvolver outras habilidades até então pouco

desenvolvidas. Por exemplo, devido às suas características, a EAD tem mostrado uma

excelência no desenvolvimento da autonomia do aluno maior do que aquela demonstrada no

ensino presencial."

Dessa forma, ao lidar com vantagens e desvantagens da EaD, não podemos deixar de

considerar o exposto por Moran (2007, p.73):

O importante, como educador, é acreditarmos no potencial de aprendizagem pessoal, na

capacidade de evoluir, de integrar sempre novas experiências e dimensões do cotidiano e

aceitarmos nossos limites, nosso jeito de ser, nossa história.

Bibliografia

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. Educação à distância no Brasil: diretrizes políticas,

fundamentos e práticas. Disponível em:

http://cecemca.rc.unesp.br/cecemca/EaD/artigos/atigo%20Beth%20Almeida%20RIBIE.pdf .

Acesso em 04/05/2010.

FARIA, Elaine Turk (Org.). Educação presencial e virtual: espaços complementares essenciais

na escola e na empresa/. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006.

HAGUENAUER, Cristina. Educação à distância e internet. Disponível em:

http://www.latec.ufrj.br/portfolio/at/3%20ead%20e%20internet%201.pdf . Acesso em

04/05/2010.

LÉVY, Pierre. Trecho de entrevista. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=08rVXi55yjE?&feature=player_embedded. Acesso em

04/05/2010.

MAIA, Carmem; MATTAR, ABC da EaD: a educação a distância João. hoje. São Paulo:

Pearson Prentice Hall, 2007.

Page 43: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

43

MARTINS, Ana Rita; MOÇO, Anderson. Educação a Distância: vale a pena entrar nessa? Nova

Escola. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-inicial/vale-pena-

entrar-nessa-educacao-distancia-diploma-prova-emprego-rotina-aluno-teleconferencia-chat-

510862.shtml. Acesso em 04/05/2010.

MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. São

Paulo: Papirus, 2007.

http://www.educacaopublica.rj.gov.br/jornal/materias/0097.html. Acesso em 04/05/2010 .

http://www.feneis.org.br/page/Usher.asp

http://mundoestranho.abril.com.br/tecnologia/pergunta_287927.shtml

http://www.repositorio.seap.pr.gov.br/arquivos/File/material_didatico_EaD/Vantagens_desvanta

gens_EaD?.pdf. Acesso em 04/05/2010 .

Grupo D - Diferenças e Semelhanças Entre Educação a Distância e

Presencial ( texto finalizado)

"As novas tecnologias não só estão presentes em todas atividades práticas contemporâneas

(da medicina à economia), como também tornam-se vetores de experiências estéticas, tanto no

sentido de arte, do belo, como no sentido de comunhão, de emoções compartilhadas. Embora

esse fenômeno não seja novo, ele parece radicalizar-se nesse fim de século. Trata-se de uma

sociedade que aproxima uma técnica (o saber fazer) do prazer estético e comunitário

"(LEMOS, 2007, p.17).

O mundo passa por grandes avanços em todos os campos, e as novas tecnologias têm sido

fundamentais para modificar a forma pela qual passamos a ver e interagir com o mundo.

No que tange a educação, o processo não se deu de maneira diferente. A educação se

moderniza a cada dia. Na atualidade, educadores e pesquisadores voltam seus olhos para a

educação à distância, discutindo sua validade, limitações e, principalmente, fazendo

comparações com a educação presencial.

O que se percebe é que a grande oferta de cursos nesta modalidade tem se tornado um

atrativo para grande parte da população. Entre os atrativos citados está o custo mais baixo em

relação a um curso presencial e a flexibilidade de horário para os estudos. Entretanto, antes de

optar por esta modalidade de ensino, é necessário que alunos e professores levem em

consideração as semelhanças e diferenças entre a EAD e a educação presencial, para assim

decidir qual delas se adéqua melhor ao seu perfil.

Page 44: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

44

Uma das maiores diferenças entre educação virtual e presencial pode ser cultural, pois ainda é

muito latente o "pré-conceito" a respeito da educação virtual. Há uma grande dose de

desconfiança quanto a qualidade e idoneidade dos cursos oferecidos na modalidade virtual.

Atentos a essas discussões, traremos, neste tópico, comparações entre essas duas

modalidades de ensino.

Podemos citar como principais diferenças:

O espaço físico: enquanto professores em cursos presenciais e alunos tratam do conteúdo do

curso em uma sala de aula tradicional, com cadeiras, lousas e portas fechadas, na EAD a

escolha do ambiente fica a critério tanto dos professores quanto dos alunos. O conteúdo

disponibilizado pode ser acessado de qualquer lugar do planeta, bastando para isso, um

computador conectado à internet;

Recursos utilizados: se fizermos uma análise da evolução dos recursos utilizados efetivamente

pelos professores na educação presencial, veremos que houve pouca alteração, resumindo-se

basicamente na troca das lousas verdes com giz coloridos para o quadro branco com

marcadores. Os mais ousados adotam o uso de um DVD, retro-projetor ou um projetor. Na

educação a distância, porém, é imprescindível a utilização de novas tecnologias de

comunicação; esta é uma constatação inicial que não se pode deixar de fazer. Em

conseqüência dessa relação (ou dependência), a EAD pode ser definida em função da

tecnologia predominante no momento, e tornou-se atualmente sinônimo de educação via

Internet, on-line, virtual e outras expressões semelhantes (PONTES, 2010, p.4).

Na educação presencial, é possível ao aluno terminar um curso mesmo que não tenha

aprendido a escrever em um quadro ou a utilizar uma transparência. Na educação a distância

atual, o aluno é obrigado a interagir com o meio utilizado, o que torna a aprendizagem múltipla,

pois além do conteúdo aprende-se ainda a usar novas tecnologias;

Aulas assíncronas: O horário escolhido pelo professor e pelos alunos não precisa ser o mesmo.

Manhãs, tardes, noites, madrugadas e feriados podem ser utilizados por ambos os lados;

Postura do professor: No que se refere à produção de conteúdo e relacionamento com os

alunos, é semelhante nas duas modalidades. Na educação a distância, talvez mais do que na

presencial, o professor precisa ter grande parte de sua atenção voltada para a organização e

disponibilização do conteúdo, a fim de não transformar o curso em um bicho de sete cabeças,

que pode ser motivo para a desistência de muitos alunos. Cabe ainda ao professor, rever sua

postura em cursos EAD pois, diferentemente da maioria dos cursos presenciais, o conteúdo

não pode ser transmitido aos alunos fechado nele mesmo. O conteúdo deve ser construído

com a contribuição dos alunos, expondo suas dúvidas, experiências e resultados de pesquisas,

e assim costuma ter resultados superiores quando comparado ao conteúdo proposto

unicamente pelo mestre;

Page 45: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

45

Postura dos alunos: em EAD os alunos são motivados a adotarem uma postura ativa diante do

que está sendo proposto. Diferentemente do que ocorre em cursos presenciais, nos quais a

passividade é solicitada em muitos casos para que o conteúdo pré-planejado seja ministrado

na íntegra.

O tratamento do conhecimento: Em EAD, o ensino e a aprendizagem ocorre de professor para

alunos, de alunos para professores, e de alunos para alunos. Vemos aqui uma perfeita

aplicação do desenvolvimento humano não apenas de forma interacionista de Piaget, mas

também em uma perspectiva sócio-interacionista de Vygotsky. Enquanto ocorre a interação dos

participantes com o conhecimento construido, adquirindo ou expandindo suas habilidades nas

novas tecnologias, observa-se o desenvolvimento pela interação social destes. Devido a uma

acessibilidade abrangente do curso, dele fazem parte, alunos e professores dos mais variados

lugares do planeta. Cada um com seus costumes, história de vida e experiências, o que

enriquece significativamente o aproveitamento de todos.

Há aqueles que pressupõem que EAD não difere substancialmente do ensino presencial

(caráter o "virtual" do EAD não sendo considerado uma diferença suficientemente importante).

Por isso, argumentam que, se o ensino presencial é bom, e é possível ensinar a distância,

então devemos nos valer dessa oportunidade. O ensino (presencial ou a distância) é uma

atividade triádica que envolvem três componentes: aquele que ensina (o ensinante), aquele a

quem se ensina (vamos chamá-lo de aprendente), e aquilo que o primeiro ensina ao segundo

(digamos, um conteúdo). Para quê o ensinante ensine o conteúdo ao aprendente não é hoje

necessário que estejam em proximidade espaço-temporal, ou seja, que não estejam no mesmo

espaço e no mesmo tempo.

O caráter "pessoal" de um relacionamento hoje, independe da proximidade no espaço e no

tempo. É possível, atualmente, manter relacionamentos extremamente pessoais, e mesmo

íntimos, a distância, usando os meios de comunicação disponíveis, que envolvem o texto, o

som e a imagem (estática e em movimento). Por outro lado, a mera contigüidade espaço-

temporal não garante um relacionamento que seja pessoal. As classes enormes que existem

em algumas escolas levam a um relacionamento extremamente impessoal, apesar da

proximidade no espaço e no tempo . Muitas vezes, nesses contextos, o ensinante nem sequer

sabe o nome de seus aprendentes, e desconhece totalmente as suas características

individuais, que são extremamente relevantes para um ensino eficaz.

O quadro abaixo resume as principais diferenças entre a educação a distância e o ensino

presencial:

Educação a distância Educação presencial

Distanciamento físico proximidade física

Page 46: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

46

Flexibilidade em relação a horários, tempo,

ritmo, local e estilo de aprendizagem

Limitação de local, horários, tempo e ritmo

Processo de comunicação mediado pelas

TICs

Processo de comunicação direto, cara-a-cara

Maior presença da comunicação

bidirecional

Maior presença da comunicação unilateral

O aluno como centro do processo de

ensino-aprendizagem (estimulado a expor /

atuar / interagir durante a maior parte do

tempo)

Professor como centro do processo de ensino

aprendizagem (expõe durante a maior parte

do tempo)

Recursos didáticos representam fontes de

informação principal

Recursos didáticos são utilizados como apoio

para a exposição do professor

Além das habilidades escritas, o aluno

desenvolve habilidades no uso de

tecnologias digitais

O aluno desenvolve habilidades de expressão

oral e escrita

O aluno tem mais tempo para refletir sobre

as questões discutidas nas aulas antes de

elaborar as respostas para o professor

Em geral, o aluno responde ao professor no

momento em que é questionado

O ensino a distância pode ser entendido

como ma forma de aprendizado na qual as

ações do professor e aluno estão

separadas no espaço e no tempo

O ensino presencial é caracterizado por

possuir, necessariamente, salas de aula

físicas, ocupadas por professores e alunos ao

mesmo tempo

Gestão de equipes - na modalidade a

distância é responsabilidade das

instituições, que organizam equipes

multidisciplinares para definir propostas

pedagógicas de acordo com sua filosofia,

missão, pressupostos didáticos

pedagógicos vigentes, amparados nos

referenciais científicos e tecnológicos,

atendendo à legislação vigente

Gestão de equipes - na educação presencial,

convencional, tradicional, o processo de

ensino e aprendizagem é de responsabilidade

dos professores, organizadores e

responsáveis pela elaboração e construção

dos planos de ensino e de aulas

Page 47: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

47

O processo de ensino e aprendizagem se

organiza através do contato entre o

professor e aluno de modo indireto, por

meios tecnológicos. A organização didática

e pedagógica deve ser planejada de modo

que os alunos assumam uma construção

autônoma do processo de aprendizagem

sem a presença física do professor

Obriga o contato direto entre o educador e o

educando estabelecido em um local,

geralmente a sala de aula. A partir desse

encontro ocorre o processo de ensino-

aprendizagem. O professor é o mediador num

processo partilhado de construção do

conhecimento, organizando os conteúdos e

estratégias de ensino criando um ambiente

favorável a aprendizagem

Referências:

Artigos sobre Educação Online - As diferenças entre on line and tradicional classroom

education. Disponível em: < http://education-

portal.com/articles/The_Differences_Between_Online_and_Traditional_Classroom_Educations?

?.html > Acesso em: 06 maio 2010.

CHAVES, Eduardo O C. Tecnologia na Educação, Ensino a Distância, e Aprendizagem

Mediada pela Tecnologia: Conceituação Básica. Disponível em: <

http://www.chaves.com.br/TEXTSELF/EDTECH/EAD.htm > Acesso em: 06 maio 2010.

LEMOS, André. Cibercultura, tecnologia e vida social contemporânea cultura na. 3.ed. Porto

Alegre: Sulina, 2007.

PONTES, Elicio. Novas Tecnologias e Educação a Distância. Universidade de Brasília.

Disponível em: <

http://www.conferencia.ce.gov.br/palestrantes/educacao_distancia_tecnologias_educacionais.p

df .> Acesso em: 06 maio 2010.

Grupo E.

5. Ferramentas para Educação a Distância

Estamos em uma era onde a educação exige constantes atualizações e respostas imediatas,

não mais delimitadas pela sala de aula. Neste panorama uma incorporação de Novas

Metodologias, Técnicas e mídias em Educação a Distância viabilizam o desenvolvimento de

cursos elaborados, bem como a intenção de superar uma separação física existente entre

professor e aluno e procurando melhorar a eles entre interatividade.

Page 48: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

48

Podemos dizer que a educação não é mais unidirecional, visto que a informação circula de

forma bidirecional, colaborativa e interdisciplinar e que as tecnologias quebram barreiras

geográficas e temporais.

Os ambientes virtuais de ensino e aprendizagem são baseados no uso do computador como

um recurso digital com o objetivo da aprendizagem, um espaço de aprendizagem virtual com o

uso da Internet. Um ambiente de ensino e aprendizagem com interações tanto do professor

como dos alunos, simultaneamente onde quem organiza as ideias e seleciona as ferramentas

que serão melhores utilizadas para a interação: o professor.

Os Ambientes Virtuais de Ensino e Aprendizagem possuem muitos recursos e atividades

(denominados funcionalidades) que podem facilitar a aprendizagem do aluno, possibilitando

interatividade e motivação. A esses recursos podemos chamar ferramentas de EAD.

Quando falamos em FERRAMENTAS em EAD é importante diferenciar os recursos de

comunicação que possibilitam uma troca de ideias, informações e conhecimentos de forma

rápida e eficiente. Atualmente uma das formas mais difundidas de promover atividades de

aprendizagem com o apoio da internet é o uso de ferramentas de comunicação e cooperação e

a interatividade entre educandos e educadores. Neste caso os estudantes, por iniciativa própria

ou incentivados pelo educador, utilizam:

• FERRAMENTAS ASSÍNCRONAS: comunicação realizada em tempos diferentes, não

exigindo uma participação simultânea dos envolvidos. Os alunos e professores podem ou não

estar reunidos em um mesmo local ao mesmo tempo, o que resulta em maior flexibilidade de

interação e acompanhamento. As ferramentas assíncronas mais utilizadas são: Correio

eletrônico (e-mail), fórum (fórum de discussão, de dúvidas), Diário de Bordo, wiki, twitter, blogs.

• FERRAMENTAS SÍNCRONAS: a comunicação é realizada em tempo real, exigindo uma

instantânea participação de todos os envolvidos. Como ferramentas síncronas mais utilizadas,

citamos: chats (bate-papo), videoconferência, MSN Messenger, Google Talk, Skype.

A utilização de outros recursos tais como CDROMs, pen drive, DVDs, fitas de vídeo e materiais

impressos, é uma forma de complementar e auxiliar os alunos com maior dificuldade de acesso

à Internet. Dessa forma, a inclusão de outros recursos para os cursos virtuais facilita, em

alguns casos, o acompanhamento dos alunos que têm dificuldades em suas conexões com a

Internet.

5.1. A IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DAS FERRAMENTAS EM EAD.

O Quadro teórico-filosófico da Teoria da Atividade Sócio-Histórica-Cultural (TASHC) TEM um

Mediação Como Princípio básico e salienta Que qualquer atividade humana É Instrumentos

mediada por. Para isso o Homem constrói Instrumentos FERRAMENTAS Que funcionam

Técnicas como, Que São usadas parágrafo Controlar A Natureza como, por exemplo, martelo

um, e OS signos, Como FERRAMENTAS psicológicas representam simbolicamente Que O

Mundo como exemplo concreto, uma linguagem.

Page 49: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

49

Para Vygotsky (1934-1987) O USO Destes Instrumentos Como mediadores Entre o Homem EA

Natureza OU Entre o Homem EO Próprio Homem Seu Papel térios fundamental em

Desenvolvimento sócio-histórico. Porém um Mediação Não Acontece aleatoriamente, O

Homem apropria-se dos Elementos da Natureza e em OS transformações Objetos Que Serao

por sua vez Utilizados NA SUAS Satisfação de Necessidades, no entanto, tão Estes

Instrumentos PASSAM um valor de UM ter sócio-histórico QUANDO OS mesmos São

incorporados AO Humano Fazer sabre. Ou Melhor, QUANDO O homem retorna A esse

Instrumento NAS próximas Vezes figado Que uma Necessidade MESMA. Porém, para quê

Essa apropriação e transformação dos Elementos da Natureza em Instrumentos ocorra É

preciso Homem Que o tenha construido saberes A respeito Deste Elemento. Saberes

possibilitem Que A relação com Desse Elemento como um par Características ideais

Satisfação da Necessidade emergente atividade na. A construção Destes saberes e fruto de

Uma Construção sócio-histórico-cultural. São Esses Movimentos mentais, saberes apoiados

em sócio-Históricos-culturais, o Homem Que Leva um APRENDIZAGEM E AO

desenvolvimento. Como no caso do aluno Que Aprendeu uma distinguir um bis Pesquisar

Qualidade do Produto de Pesquisas SUAS.

Nas palavras de Duarte (2001, 120):

"A Possibilidade do Desenvolvimento Histórico e Gerada Justamente Pelo Fato de Que uma

apropriação Objeto DE UM (transformando-o em Instrumento), pela objetivação da atividade

humana Nesse objeto e conseqüente inserção NA SUA Gera atividade social, atividade e nd nd

Consciência do Homem, Novas Necessidades e Novas Forças, faculdades e Capacidades ".

Nenhum Ambiente de EAD um Mediação da Sé Por meio de ferramentas geralmente divididas

em Duas Categorias: síncronas e assíncronas. A Comunicação síncrona É Realizada em

tempo real, exigindo Participação simultânea de Todos os ENVOLVIDOS Como nos Bate-papo

CONFERÊNCIAS e.

A Comunicação assíncrona É Realizada em Diferentes tempos E não Exige um ENVOLVIDOS

Participação simultânea (em tempo real) dos. Os Participantes Estar Não permite como

Reunidos não Ou mesmo local ao mesmo tempo, resultando em Maior Flexibilidade de

interação e acompanhamento. Como exemplo de ferramenta assíncrona, temos: e-mail e fórum

de discussão.

Como FERRAMENTAS de ensino uma distancia de São Uma alternativa, Não Para quem

disponibiliza da educação formal, Mas se Tornou Uma Modalidade de Ensino de Qualidade

Que Possibilita uma Aprendizagem de UM NÚMERO Maior de Pessoas. Antes o EaD Não

tinha credibilidade era polémico Assunto UM e trazia muitas divergências, Mas Hoje Esse tipo

de ensino VEM Conquistando o Espaço Seu. Porém, Não É uma Modalidade de Ensino Que

determinação o Aprendizado, Seja ELA à Distância presencial OU Aprendizagem se Tornou

Hoje Sinônimo de esforço e de Dedicação CADA UM, e neste sentido uma EaD vista DEVE Ser

Como Possibilidade de inserção social, não PROPAGAÇÃO Conhecimento individual e

coletivo, e TAL COMO NA PoDE ajudar Construção de Uma Sociedade Mais Justa e igualitária.

Page 50: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

50

5.2. EXEMPLOS DE FERRAMENTAS EM EAD.

O Quadro teórico-filosófico da Teoria da Atividade Sócio-Histórica-Cultural ( TASHC ) Tem uma

Mediação Como Princípio básico e salienta Que qualquer atividade humana É Instrumentos

mediada por. Para isso o Homem constrói Instrumentos FERRAMENTAS Que funcionam

Técnicas como, Que São usadas parágrafo Controlar A Natureza como, por exemplo, martelo

um, e OS signos, Como FERRAMENTAS psicológicas representam simbolicamente Que O

Mundo como exemplo concreto, uma linguagem.

Para Vygotsky (1934-1987) O USO Destes Instrumentos Como mediadores Entre o Homem EA

Natureza OU Entre o Homem EO Próprio Homem Seu Papel térios fundamental em

Desenvolvimento sócio-histórico. Porém um Mediação Não Acontece aleatoriamente, O

Homem apropria-se dos Elementos da Natureza e em OS transformações Objetos Que Serao

por sua vez Utilizados NA SUAS Satisfação de Necessidades, no entanto, tão Estes

Instrumentos PASSAM um valor de UM ter sócio-histórico QUANDO OS mesmos São

incorporados AO Humano Fazer sabre. Ou Melhor, QUANDO O homem retorna A esse

Instrumento NAS próximas Vezes figado Que uma Necessidade MESMA. Porém, para quê

Essa apropriação e transformação dos Elementos da Instrumentos em Natureza ocorra É

preciso Homem Que o tenha construido saberes A respeito Deste Elemento. Saberes

possibilitem Que A relação com Desse Elemento como um par Características ideais

Satisfação da Necessidade emergente atividade na. A construção Destes saberes e fruto de

Uma Construção sócio-histórico-cultural. São Esses Movimentos mentais, apoiados em

saberes sócio-histórico-culturais, o Homem Que Leva um APRENDIZAGEM E AO

desenvolvimento. Como no caso do aluno Que Aprendeu uma distinguir Pesquisar bis A

qualidade do Produto Pesquisas de SUAS. Nas palavras de Duarte (2001, 120):

"A Possibilidade do Desenvolvimento Histórico e Gerada Justamente Pelo Fato de Que uma

apropriação Objeto DE UM (transformando-o em Instrumento), pela objetivação da atividade

humana Nesse objeto e conseqüente inserção NA SUA Gera atividade social, atividade e nd nd

Consciência do Homem, Novas Necessidades e Novas Forças, faculdades e Capacidades ".

Segundo Vygotsky, a Aprendizagem da Sé Na zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) e pela

interação do Indivíduo com o Meio e do Indivíduo Outros indivíduos com.

Por meio da EAD uma interação PoDE Também se dar Máquina Entre e OU Indivíduo, Melhor

dizendo, entre uma Possibilidade criada anteriormente professor da UM POR, de Que o

Indivíduo interaja, Fazendo USO OU assíncronas de ferramentas síncronas, com indivíduos

Outros, Por meio de filmes , Escritos de textos orais OU, Imagens, etc, ou seja, se aproveitado

Bem, Que Possível e Um Espaço de Aprendizagem em EAD Seja OU Tão rico Mais do Que

Uma sala de aula Lousa Apenas existam onde, giz, professor e alunos da UM sentados Atrás

do Outro, Uma Vez Que O primeiro Espaço PoDE Ser complementado Por meio dos

Instrumentos com Uma série de Recursos Que podem facilitar e Colaborar com uma

Aprendizagem, no entanto esse mês um Espaço Não dispensa Presença Atenta Que professor

Page 51: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

51

de hum Saiba Quais São as Necessidades de Que SEUS alunos e, acima de tudo, Saiba Como

utilizar Esses Instrumentos parágrafo Supri-las.

A Interligação Entre professor e aluno da Sé Por meio de Tecnologias, Principalmente como

telemáticas, Como a Internet, em especial uma hipermídia, Mas Também PoDE Ser Utilizado o

Correio, o rádio, a Televisão, o vídeo, o de CD-ROM, telefone o , o fax, O celular, o iPod, O

caderno, Entre outras Tecnologias semelhantes.

A Educação a Distância (EaD), Nas últimas décadas Passou uma Fazer parte das atenções

pedagógicas, surgiu da Necessidade do preparo profissional e cultural de Milhões? de Pessoas

Que, Por Vários Motivos, nao podiam freqüentar hum Estabelecimento de ensino presencial, e

com Evoluiu como Tecnologias Disponíveis em CADA momento histórico, pois influenciam

Quais O ambiente educativo Sociedade EA.

Nenhum Ambiente de EAD um Mediação da Sé Por meio de ferramentas geralmente divididas

em Duas Categorias: síncronas e assíncronas. A Comunicação síncrona É Realizada em

tempo real, exigindo Participação simultânea de Todos OS ENVOLVIDOS. A Comunicação

assíncrona É Realizada em Diferentes tempos E não Exige um ENVOLVIDOS Participação

simultânea (em tempo real) dos. Os Participantes Estar Não permite como Reunidos não Ou

mesmo local ao mesmo tempo, resultando em Maior Flexibilidade de interação e

acompanhamento.

Ferramenta para quê serve Aspectos positivos Aspectos Negativos

Email Forma de

correspondência

digital Enviada

Pela Rede

Internet.

Excelente Veículo n

Notificar Pessoas Sobre a

Disponibilidade de

Informação Novas OU

repassar um

Conhecimento

comunidades.

Apesar de o e-mail Dar um

Aparência de Ser Instantaneo,

É UM elemento

essencialmente Meio de Uma

via. QUANDO Pessoas que

utilizam o parágrafo

Conversas manter síncronas,

a Tecnologia torna-se

enfadonha, sem demoras

POIs Envio e Recebimento de

Mensagem CADA tendem

fazer um Diálogo interferir nd

Natureza colaborativa do

Processo.

Wiki Textos

Cooperativos

escrever.

Permite, de uma Criação

de Trabalhos em grupo

Criativos.

O Texto Produzido em muitas

ocasiões podera apresentar

Uma redundância.

Page 52: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

52

Blog Contração de

Web e log, log

UM significando

(registro) na Web

(um em Texto na

Internet. Meio de

Publicidade

Pessoal

Acessível Que

reflete uma

Personalidade do

autor

Pôde Diariamente

atualizado ser.

Questionário Avaliar O que foi

aprendido

Durante o Curso

O próprio Ambiente

avaliar PoDE As

respostas certas OU

Como erradas Através de

Respostas pré-

configuradas Junto AO

questionário. Ex:

Questões? de múltipla

ESCOLHA, falso OU

Verdadeiro, etc

Caso tram de Uma questão

descritiva (descrição longa,

texto UM Como), o professor

Deverra analisar e avaliar

manualmente uma Questão

Lições Disponibliza o

Conteúdo de

forma Flexível e

interessante.

Conciste de hum

Numero de

Páginas Onde

CADA Termina

normalmente

Uma Pergunta

Uma COM UM

NÚMERO e de

Possíveis

Respostas.

Dependendo da

resposta de

escolhida Pelo

Avança-se Para a

Page 53: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

53

Página OU

seguinte retorna-

se um parágrafo

anterior.

Fórum É UM RECURSO

Que possobilita

uma inserção de

Mensagens e

Vários UM

Diálogo Entre

Participantes

nenhuma

Ambiente. Como

podem

Mensagens

visualizadas

Diversas Formas

de Ser, COM OU

SEM Anexo.

Possibilita Uma Maior

Flexibilidade e interação.

Um parágrafo Elemento

principal uma interação e

comunicação dos alunos

e professores

possibilitando EAo alunos

Trocas enguias de ideias

e / professores ou.

Caso o fórum Seja

programado geral Fórum

como, de Todos os

Participantes podem UM

Adicionar novo Tópico de

discussão Como quiserem.

Este ato PoDE dificultar uma

leitura, Sendo Que Vão Para

muitos Adicionar novo Tópico

parágrafo UM Assunto Que Já

tenha Sido Iniciado em Outro

Tópico postado anteriormente.

Glossário A ferramenta

Glossário

Permite, Que OS

criem e atualizem

Participantes

Uma Lista de

Definições Como

em Dicionário

UM.

É Uma ótima

ferramenta

QUANDO OS

Estão os alunos

aprendendo

vocábulos Novos.

É Uma ferramenta

Flexível, podendo

Ser apresentada

Definições de

Diversas.

Aceita em qualquer Definição. Por

isso uma Necessidade das

Definições serem avaliadas Pelo

professor e autor do Pelos Colegas

do item.

Tarefas Consiste

Descrição OU NA

enunciado de um

Ser Uma

atividade

desenvolvida

Pelo Participante,

Que PoDE Ser

em Formato

Este

Instrumento

Incluí uma

Possibilidade de

descrever um

Tarefas serem

realizadas

offline.

Page 54: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

54

Enviada Servidor

AO digital do

curso Utilizando a

Plataforma.

Alguns exemplos:

redações,

Projetos,

Relatórios,

Imagens, etc

AVALIAÇÕES do

Curso

Contém ALGUNS

Tipos de

questionários de

Avaliação de

cursos, parágrafo

Ambientes

Específicos

Virtuais de

Aprendizagem.

Favorece uma

Reflexão Sobre

os Processos de

Aprendizagem

Durante o

Curso.

Diários Corresponde A

uma atividade de

reflexão orientada

moderador hum

por. O Pede ao

professor

estudante Que

reflita hum Sobre

Certo EO Assunto

estudante anota

como

Progressivamente

reflexões SUAS,

aperfeiçoando

uma Resposta.

O professor

PoDE

COMENTÁRIOS

Adicionar

feedback e de

AVALIAÇÕES

CADA uma

anotação Diário

não.

Materiais São de Todos os

Tipos de

Conteúdos Que

Serao

apresentados

nenhum Curso.

Documentos

arquivados sem

Podem Ser

Servidor,

páginas criadas

com o editor do

Page 55: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

55

serviço

universal de

textos OU

Arquivos de

Outros sites

visualizados

nenhuma

Ambiente do

curso.

Pesquisas de Opinião Sirva parágrafo

Fazer Pesquisas

de Opinião

rápidad,

parágrafo

estimular uma

reflexão Tópico

Sobre um, n º

Adiar Entre

sugestões Dadas

Para a Solução

de Problema UM

OU um par obter

permissão de

utilizar dos Dados

Pessoais

Pesquisas em

alunos do

professor.

Este

Instrumento de

Permite Uma

atividade

simples muito.

O professor

Elabora Uma

Pergunta com

Diversas opções

de Resposta.

FTP Disponibilização

de Arquivos

Contendo Áudio,

texto, vídeos

Imagens OU

Permite, o Envio

de Vários

Arquivos AO

Além de tempo

Mesmo Mais

Uma

Transferência

Rápida.

- Clientes de FTP Pagos OU

licenciados: É cobrada uma

Licença Pelo Fabricante Antes

da Instalação e podera Ser de

Custo alto, visto um

Complexidade do software.

- Clientes de FTP Pagos OU

licenciados: É cobrada uma

Licença Pelo Fabricante Antes

da Instalação e podera Ser de

Custo alto, visto um

Page 56: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

56

Complexidade do softwar

Oficina É Uma atividade

de Avaliação

Entre pares

(participantes)

com Uma Vasta

gama de opções.

Os Participantes

podem avaliar

OS Projetos de

Outros

Participantes e

Exemplos de

Modos em

Diversos

Projeto. Este

Instrumento

Também

organiza o

Recebimento

EA Distribuição

Destas

AVALIAÇÕES

Site de

Relacionamento

Sirva parágrafo

discutir temas

Através das

comunidades,

Fazer parte de

clube de amigos,

reencontrar

Antigos Amigos,

Contatos

Profissionais

estabelecer,

Troca de

Informação,

conhecimento em

Transformar

Informação, etc

Manter Contato

com Amigos

Através de fotos

e Mensagens,

pessoas Mais

Conhecer e

amigos

reencontrar

Novos.

Oportuniza AO

Usuà ¡rio

Conhecer

Outras Pessoas

Que estejam em

busca de

Relacionamento

Contato UM OU

afetivo

profissional,

criar

comunidades

Participar OU

on-line de

Site Muito Público, OS Todos

Estão os cadastro uma

mostra, grande Números de

fakes e spam APARECER

Que podem, inúmeras

comunidades sem as

barbatanas e propósito,

Publicidade grande de

Produtos e Serviços nsa

recados / scraps,

QUANTIDADE falsos de

PERFIL, pouco de Falta de

Privacidade, etc

Page 57: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

57

Várias delas

parágrafo

discutir temas

ATUAIS, n

Decidir com

autonomia

Interagir Quem

Quer,

Oportunidade

de inserir links

de currículo

ATUALIZAÇÃO,

e Formação

profissional e

proporcionar

uma Inclusão

digital.

Comunicação síncrona

Ferramenta para quê serve Aspectos positivos Aspectos Negativos

Bate-papo (Bate

papo)

Troca de

Mensagens em

tempo real.

Permite, de uma

Realização de Uma

discussão textual via

web em Modalidade

síncrona. Estar

inserido em Podendo

UM Ambiente Virtual

de Aprendizagem

com Instrumentos

Para a revisão eA

Administração das

discussões, com dia

e hora "determined

previamente.

Confusão Entre

Informação QUANDO Para

muitos enviam textos

Participantes OS SEUS

AO Mesmo tempo.

Teleconferência

Interação em

tempo real com

microfone de

USO, webcam,

chat e slides.

Aproxima Mais os

participantes, Através

de Contato visual e

auditivo.

Usualmente Exige o Uso

de banda larga, mais ainda

se Houver webcam e

streaming ENVOLVIDOS

de Voz.

Page 58: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

58

FERRAMENTAS de Interação

Segundo Loyolla e Prates, OS Tipos de interação Desejada Entre os Participantes (professores

/ tutores e alunos com alunos com aluno) ou Entre Participantes e Informação (professores /

tutores com Informação e Informação com alunos) e um fator primordial n Elaboração e

Sucesso do curso . O Entendimento Adequado Destes Tipos de interação É Que Permite, A

escolha adequada do ferramental de Suporte Tecnológico Que AO Curso. É Pelo Uso de hum

ferramental Tecnológico de interação Adequado Que se obtém uma otimização do Aprendizado

dos alunos, AO direcioná-los um interagirem Entre si e com o material didático formativo e

informativo de uma MANEIRA obterem-se Os objetivos desejados Para o Curso / disciplina .

Para muitos dos casos de cursos Fracasso de uma advém Distância do USO inadequado de

ferramental de interação.

É importante salientar Que OS Ambientes de Suporte Para a Educação a distância, Por Mais

Que ofereçam FERRAMENTAS Que propiciem um Cooperação, nao irão conseguir sozinhos

Que OS SEUS Conhecimentos alunos construam se tiverem Não Uma Equipe interdisciplinar

Que se acompanhe, Tanto Quanto professores alunos. Pois o Acompanhamento e o Ponto

fundamental Para o Funcionamento dos Ambientes eA Construção da Aprendizagem.

Diante da interação e dinâmica Crescente nsa visual Mais Diversos Meios de Comunicação, se

preza Também Pela Necessidade de Uma interface Mais Agradável e provocante NAS

FERRAMENTAS Utilizadas em EAD. A pós-modernidade COM SUA Apreciação Estética da

Vida, também Exige Uma Qualificação Artística, Algo "belo" em Meio AO Desenvolvimento do

Aprendizado. Por isso, a Nova Geração com acostumada como Imagens, vídeos e animações

Visuais tornou-se Extremamente exigente também, Sendo Que Necessário como

FERRAMENTAS Utilizadas em contenham na educação si ESTA dinâmica visual.

Ter FERRAMENTAS em Ambientes Ricos Interativas Importante é, Mas o Mais importante

estarem E Os Profissionais Preparados Estes utilizar um par Recursos Fim de como promover

interações, cooperações de TODOS OS ENVOLVIDOS Aprendizagem No processo de ensino

e virtual.

5.3. Reflexo da Tecnologia, do Conteúdo e Acesso NAS FERRAMENTAS de

EAD

QUANDO mencionamos como devemos FERRAMENTAS de EAD, necessariamente,

considerar uma relevância da Tecnologia nd melhora do Aprendizado. No entanto, Não

Podemos Mais Adicionar relevância e valor à Tecnologia AO MoDo? Como um Utilizamos Para

o Aprendizado.

A tecnologia do Computador Somada à Web Permite, nsa COMBINAR Diferentes mídias como

Quais permitem uma interação dos alunos com o Conteúdo e Entre Si - Como É Que Uma

Page 59: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

59

ponte une OS alunos à Capacidade de Recriar e dar novo substantivos, de forma colaborativa,

um Conteúdos anteriormente criados. É a obra de autores UM passando Por transformações

Pelos olhares e nuances de Novos e Outros co-autores.

Ao Conjunto de mídias empregadas Nessas transformações damos o Nome de multimídia e

Sua Eficácia dez instrucional Sido discutida HÁ UM Longo tempo. A multimídia agregar valor

Pode, Mas Simplesmente multimídia Adicionar a Um Programa de Aprendizado ruim Não o

Melhor Fara.

Desta forma, a inserção de multimídia Uma boa não DEVE Não e-learning, jamais, Eliminar

Necessidade de um sólido UM Conteúdo OU Por Trás do valor dela o design instrucional

desempenha vital Que AO Moldar o Mídia da OSU. Ótima sem Instrução multimídia PoDE Ser

Mais Eficaz Que ótima multimídia sólido design instrucional sem.

Outro Fato Que Ser UM DEVE forte aliado como Em FERRAMENTAS EAD É um Acesso de

Velocidade de download e Que, em menor grau Maior OU UM Ser PoDE Problema Para a

multimídia à Medida Que a "Internet transportar tenha largura de banda Suficiente Parar e

facilitar o Acesso Rápido A TODOS OS Elementos de mídia.

No entanto, no Brasil, como Meio Conexões? de Banda Larga Por significativamente

aumentado TEM. Segundo o site Teleco, em 2002 o País Tinha 526,000 acessos Banda Larga.

Em 2009 Chegou um NÚMERO Esse 7.705.000.

Assim, como FERRAMENTAS de EAD Serao Mais eficazes Quanto Mais fortes FOREM e

simbióticas como Combinações e Relações Entre tecnologia ", Conteúdo e Acesso".

CONCLUSÃO

Como FERRAMENTAS de ensino uma distancia de São Uma alternativa, Não Para quem

disponibiliza da educação formal, Mas se Tornou Uma Modalidade de Ensino de Qualidade

Que Possibilita uma Aprendizagem de UM NÚMERO Maior de Pessoas. Antes o EaD Não

tinha credibilidade era polémico Assunto UM e trazia muitas divergências, Mas Hoje Esse tipo

de ensino VEM Conquistando o Espaço Seu. Porém, Não É uma Modalidade de Ensino Que

determinação o Aprendizado, Seja ELA à Distância presencial OU Aprendizagem se Tornou

Hoje Sinônimo de esforço e de Dedicação CADA UM, e neste sentido uma EaD vista DEVE Ser

Como Possibilidade de inserção social, não PROPAGAÇÃO Conhecimento individual e

coletivo, e TAL COMO NA PoDE ajudar Construção de Uma Sociedade Mais Justa e igualitária.

<! - @ Page (margin: 2cm) P (margin-bottom: 0,21 centímetros) -

Percebe-se que muitas FERRAMENTAS colaborativas Disponíveis Como Estão os

despontando Soluções Importantes potencializar Para as Estratégias de Aprendizagem e

ensino. Muitas Destas Tecnologias Estão os prontas e Disponíveis na Internet para quê Acesso

tenham Todos.

Delors, 2006, P 186.

Page 60: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

60

Inovações como Marcam Que todo o século XX, Quer se fazer tram disco, do rádio, da

Televisão, da gravacao do audiovisual, da informática UO da Transmissão de Sinais Por

eletrônicos via hertiziana, POR Cabo Satélite Por OU, revestiram Uma Dimensão Não

puramente tecnológica, Mas essencialmente econômica e social. A Maior parte Destes

Sistemas tecnológicos, hoje miniaturizados EA PREÇO Acessível, invadiu Uma boa dos lares

parte do Mundo industrializado e E Utilizada UM NÚMERO CADA Por Vez Maior de Pessoas

(...). Tudo leva um CRER Que o Impacto das Novas Tecnologias ligadas AO Desenvolvimento

das Redes Informáticas vai se Ampliando Muito rapidamente um todo o Mundo.

Indiscutivelmente, professores OS permite como Aperfeiçoamento Buscar e analisarem

Cuidado com OS Recursos tecnológicos Disponíveis, poderem parágrafo adequá-los AO

Projeto pedagógico e poderem usufruir parágrafo Dessa ferramenta valiosa Que É uma

Educação a Distancia. Ensinar constante ATUALIZAÇÃO expressão é uma excepção e isso

Depende Muito do profissional. Dias e Leite (2010, p.92) destacam que "não importa a

distância física. Quanto maior a comunicação entre alunos e professores, menor a distância

entre eles".

Portanto, Buscar Conhecer Melhor Que o como de FERRAMENTAS oferecem EAD e Uma

Oportunidade Que o profissional da área de Conhecimento TEM Seu ampliar e preparar-se par

a atender alunos de Necessidades SEUS.

Referências Bibliográficas:

CARNEIRO, Mara LF Instrumentalização Para o Ensino a Distância. Porto Alegre: Editora

UFRGS, 2009.

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro UM descobrir. 10 ª edição. São Paulo: Cortez

Editora, 2006.

DIAS, Aparecida Rosilâna; LEITE, Lígia Silva. Educação a Distância: Da Legislação ao

pedagógico. Petrópolis: Vozes, 2010.

DUARTE, N. (2001). VIGOTSKI e "o Aprender a Aprender": apropriações neoliberais Às

CRÍTICAS E PÓS-Modernas da Teoria vigotiskiana . 2 ª ed. Campinas: Autores Associados.

ROSEMBERG, Marc J. Além do e-Learning. (Pág 343)

ROSEMBERG, Marc J. (2002). e-Learning "Estratégias Para a Transmissão do Conhecimento

nd era digital". (Pág 50)

VYGOTSKY, L. S. (1934/1999). Pensamento e Linguagem . São Paulo: Martins

http://www.webopedia.com/quick_ref/history_of_blogging.asp

http://www.cinted.ufrgs.br/renote/fev2003/artigos/querte_ambientes.pdf

Page 61: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

61

http://www2.abed.org.br/visualizaDocumento.asp?Documento_ID=51

http://www.teleco.com.br/blarga1.asp

http://discovirtual.terra.com.br/help.htm # 08

http://www.orkut.com/About.aspx

http://tele1.dee.fct.unl.pt/rit2_2004_2005/teo/2_web.pdf

http://www.homehost.com.br/artigos/comparativo_de_clientes_de_ftp-029.html

Conforme a Abordagem de Taylor (2001), a quarta EA quinta Geração da EAD Já Estão os

emergindo baseada nd Exploração Mais aprofundada de Novas Tecnologias, como Visando

potencializar Vantagens dos Recursos da teia.

Porém, a Quinta Geração assumir UM Como Modelo de Aprendizagem Flexível e Inteligente

devido Às Características das Tecnologias: a Flexibilidade, materiais refinados Altamente,

Altamente Troca interativa e Significativa Redução dos Custos Associados AO provimento de

acesso em EAo Institucionais e Processos AO ensino online. Com isso, a Educação a distância

Ganha Novas Perspectivas da Aprendizagem Através baseada NAS Tecnologias Interativas.

Nesse sentido, Taylor (2001) ABORDA UM Na Tabela Abaixo comparativo da Estrutura

conceitual dos Modelos de Educação a distância não transcorrer do Desenvolvimento das

Tecnologias Como FERRAMENTAS implicadas Para o Processo de Aprendizagem e ensino.

EAD e Presencial. Aproximações, conceitos e contextualização.

Segundo Piaget:

A aprendizagem, em geral, é provocada por situações externas e ocorre somente quando há,

da parte do sujeito, uma assimilação ativa: ―toda a ênfase é colocada na atividade do próprio

sujeito, e sem essa atividade não há possível didática ou pedagogia que transforme

significativamente o sujeito‖

O autor nos diz ainda que o conhecimento não é uma cópia da realidade, nem simplesmente

olhar, fazer uma cópia mental ou imagem de um acontecimento: "conhecer é modificar,

transformar o objeto, compreender o processo dessa transformação e, consequentemente,

compreender o modo como o objeto é construído" .

Telepresença

Papert , fala da necessidade de que nos ambientes de aprendizagem sejam colocados, à

disposição do sujeito, ferramentas para ajudar a aprender, objetos para pensar com. Nesse

contexto, podemos falar de ambientes presenciais-físicos de aprendizagem e Ambientes

Virtuais de Aprendizagem.

Page 62: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

62

Um ambiente presencial-físico de aprendizagem se caracteriza pela presença física dos

sujeitos envolvidos no processo educativo, num mesmo tempo (síncrono) e no mesmo espaço

geográfico.

Numa cultura da aprendizagem, o foco do processo educacional está na construção do

conhecimento, na aprendizagem, no desenvolvimento de competências e habilidades. Há um

respeito ao ritmo de desenvolvimento do sujeito, pois se acredita que a aprendizagem é um

processo coletivo, significado individualmente pelo sujeito a partir das construções/significações

anteriores.

O espaço educacional deve ser de cooperação, gerando respeito mútuo e solidariedade

interna, um espaço onde todos podem participar, interagir para construir conhecimentos.

O processo educacional é centrado na atividade do aprendente em interação com o objeto do

conhecimento e demais sujeitos, na identificação e resolução de problemas, onde o professor é

o mediador e coparticipante. O conteúdo é construído na criação de redes de informação, o

que incentiva a atividade do sujeito, a autoria e o desenvolvimento da autonomia.

Referências Bibliográficas:

PAPERT, Seymour. A Máquina das crianças : repensando a escola na era da informática. Porto

Alegre: Artes Médicas, 1994.

PIAGET, J. Desenvolvimento e aprendizagem. Tradução de: SLOMP, Paulo Francisco. In:

LAVATTELY, C. S.

http://gpedunisinos.files.wordpress.com/2009/07/tcapi3f.pdf

Grupo D: diferenças e semelhanças entre educação a distância e presencial

EAD e Presencial. Aproximações, conceitos e contextualização.

Educação, Distância e Presença

O termo Educação - referente à formação integral do ser humano - não se restringe ao

procedimental/operacional ou somente ao cognitivo (ao conhecimento por si). Essa palavra

também abrange aspectos atitudinais, comportamentais, éticos, valorativos. Encerra, além do

―saber fazer‖ e do ―saber conhecer‖ o ―saber conviver‖ e o ―saber ser‖.

Há educadores que defendem a idéia de que, sendo a educação fruto do diálogo, da

colaboração, da troca ampla e contínua de idéias e experiências, e sendo tal interação

plenamente possibilitada — e até potencializada — pelos meios tecnológicos dos quais

dispomos nos dias de hoje, a educação a distância não é somente possível, mas desejável,

viável e eficaz.

Page 63: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

63

Há uma grande diversidade de opiniões de acadêmicos, pesquisadores e pedagogos da EAD

quanto ao ―espaço fisco/distância‖, ―a instituição‖, ―o planejamento dos processos‖, ―a

aprendizagem autônoma‖, ―o papel das mídias digitais‖.

O espaço físco

Para muitos autores, o que caracteriza a educação a distância é a separação espacial entre

professores e alunos. A EAD é estabelecida quando o professor não está no mesmo espaço

geográfico (físico) que seus alunos. Essa distância é reduzida por meio dos recursos didáticos,

das tecnologias e dos meios de comunicação utilizados como suporte para a aprendizagem.

A simples presença física do professor na sala de aula não garante a efetividade da troca

comunicativa e do diálogo entre o professor e seus alunos. A partir de nossas experiências

como estudantes, podemos lembrar muitas situações nas quais não tivemos qualquer tipo de

diálogo ou interação significativa com alguns de nossos professores que se limitavam a ―dar

aula’ a cumprir o seu papel de transmissores de conteúdos, sem se importar de fato com quem

estava ali, sentado à sua frente, esperando ser ―iluminado‖.

A instituição

Para Keegan, ―surfar‖ na internet ou assistir sozinho a programas educativos de televisão não

corresponde à educação a distância, pois não envolvem uma instituição de ensino que se

responsabilize pela totalidade do processo de aprendizagem a distância. Keegan também

aponta como condição do estabelecimento da EAD, a presença de outros instrutores - além do

professor - envolvidos com o processo de ensino-aprendizagem, tais como designers,

programadores, diretores de TV, redatores, revisores e outros profissionais.

O planejamento dos processos

A EAD é uma modalidade avessa à improvisação, exigindo muito esforço por parte da

instituição, dos professores e dos demais envolvidos no planejamento das técnicas de ensino e

no desenvolvimento dos materiais didáticos, de modo que, a aprendizagem seja realizada

plenamente quando o professor não estiver ao lado do aluno na sala de aula.

A aprendizagem autônoma

Um dos aspectos mais marcante da EAD na questão da aprendizagem é o papel

desempenhado pelos alunos na sua formação integral à distância, aliado ao relativo grau de

autonomia concedido ao aluno no processo de aprendizagem, tornando-o responsável pela

aquisição do conhecimento. É uma nova relação professor/aluno, mais adequado às propostas

pedagógicas contemporâneas, centradas no aluno e na aprendizagem e não apenas no ensino

e no professor.

Page 64: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

64

O papel das mídias digitais

Com a rápida difusão das novas mídias digitais, como a multimídia e a internet, o surgimento

de novas TICs, novas concepções de EAD surgiram, fazendo com que a própria noção de

distância fosse revista. Conceitos essenciais com o de virtualidade, o de interação e o de redes

contribuem para essa renovação da idéia de educação à distância, deslocando o foco da

separação espacial entre alunos e professores para o da mediação. Atualmente, fala-se em

―aprendizagem em rede‖ em ―ensino distribuído‖ em ―ambientes virtuais de aprendizagem‖ e,

até mesmo, na aprendizagem possibilitada pelo advento de uma ―inteligência coletiva‖ que

emerge do mundo digital virtual.

Os conceitos de Distância e Presença.

A idéia de distância é um dos aspectos mais importantes para a caracterização da

conceituação clássica de EAD. Na Wikipédia distância corresponde ―a medida da separação de

dois pontos e que assim é sempre uma medida positiva‖ (WIKIPEDIA, 2008).

O Houaiss afirma que distância é ―um espaço muito grande que separa dois seres, dois lugares

ou dois objetos‖ (HOUAISS, 2008).

No entanto estes conceitos impõe limites ao entendimento da área.

Existem tipos diferentes de distância que tem importância para a ação educacional que

estamos estudando.

Assim como há a distância geográfica, a separação espacial entre dois ou mais agentes

educacionais, que geralmente são os professores e os alunos, existem a "d istância

econômica", "distância transacional" e a "distância temporal".

Distância econômica

A distância entre o aluno da periferia e o centro de estudos pode ser grande se considerarmos

o que representa, no orçamento doméstico desse aluno, o valor gasto com o transporte de sua

casa até o local onde estuda.

Distância transacional

Existe também a distância presente no espaço escolar presencial. Trata-se da distância de

relacionamento ou da distância transacional, entre

o professor e seus alunos. Pensando nessa distância, logo nos vem à cabeça

a clássica figura do ―doutor’ do professor catedrático inacessível que dava

aulas do alto de seu pedestal, sem jamais abrir qualquer janela para o diálogo

Page 65: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

65

com seus alunos. Há ainda os modelos das grandes turmas, neles o aluno é apenas mais um

membro da platéia a desempenhar o simples papel de receptor passivo das informações que o

professor envia. O tamanho da turma não é uma condição para existir a distância transacional.

Mesmo em turmas pequenas, nas quais o professor ainda segue metodologias expositivas

responsáveis por afastá-lo dos alunos, as distâncias também podem ser muito grandes.

Distância temporal

Existe também a distância temporal. O termo ―distância‖ é geralmente usado para indicar lapso

de tempo entre dois momentos ou fases, indo além do espacial. A educação a distância

envolve formas nas quais alunos e professores não estão somente separados no espaço, mas

também no tempo.

A escrita, por exemplo, é uma forma pela qual nos comunicamos com alguém que pode estar

fisicamente distante de nós, não só no sentido espacial/geográfico, mas também

temporalmente. Por meio da escrita, podemos ler autores que viveram há centenas ou milhares

de anos antes de nós.

Muitas outras distâncias merecem nossa atenção, como as comunicativas, culturais, sociais,

políticas, filosóficas, religiosas e muitas outras. Educadores e instituições que desejam

trabalhar com educação à distância devem considerar todas as formas de distância que podem

ajudar ou dificultar a aprendizagem nessa modalidade.

O conceito de presença

O outro lado da mesma moeda é o conceito de presença, que muitas vezes é entendido como

o antônimo direto da palavra distância: não se pode estar presente, quando se está ausente.

Se refletirmos a respeito desse tema, podemos concluir que os dois termos não devem ser

entendidos como excludentes entre si. A presença não exclui distâncias.

Os meios de comunicação de massa e, mais recentemente, as mídias digitais viabilizaram um

conceito que pode ter representado uma contradição ou uma impossibilidade lógica para

muitos. Trata-se da ―telepresença‖.

Telepresença

Papert , fala da necessidade de que nos ambientes de aprendizagem sejam colocados, à

disposição do sujeito, ferramentas para ajudar a aprender, objetos para pensar com. Nesse

contexto, podemos falar de ambientes presenciais-físicos de aprendizagem e Ambientes

Virtuais de Aprendizagem.

Um ambiente presencial-físico de aprendizagem se caracteriza pela presença física dos

sujeitos envolvidos no processo educativo, num mesmo tempo (síncrono) e no mesmo espaço

geográfico.

Page 66: Wiki_Educacao_a_distancia - Texto coletivo

66

Numa cultura da aprendizagem, o foco do processo educacional está na construção do

conhecimento, na aprendizagem, no desenvolvimento de competências e habilidades. Há um

respeito ao ritmo de desenvolvimento do sujeito, pois se acredita que a aprendizagem é um

processo coletivo, significado individualmente pelo sujeito a partir das construções/significações

anteriores.

O espaço educacional deve ser de cooperação, gerando respeito mútuo e solidariedade

interna, um espaço onde todos podem participar, interagir para construir conhecimentos.

O processo educacional é centrado na atividade do aprendente em interação com o objeto do

conhecimento e demais sujeitos, na identificação e resolução de problemas, onde o professor é

o mediador e coparticipante. O conteúdo é construído na criação de redes de informação, o

que incentiva a atividade do sujeito, a autoria e o desenvolvimento da autonomia.

Referências Bibliográficas:

PAPERT, Seymour. A Máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Porto

Alegre: Artes Médicas, 1994.

PIAGET, J. Desenvolvimento e aprendizagem. Tradução de: SLOMP, Paulo Francisco. In :

LAVATTELY, C. S.

PETERS, O. Didática do ensino à distância: experiências e estágio da discussão em uma visão

internacional. São Leopoldo-RS: Editora Unisinos, 2001.

http://gpedunisinos.files.wordpress.com/2009/07/tcapi3f.pdf

http://www.portalava.com.br/ava/