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Página 2 Sexta-feira, 2 de novembro de 1045 O GLOBO SPORTIVO

7--v'':'':--

ES

-•í ¦

y.

\ QUEDA D05 CABEL05ÍT 1

DÁVIDA E VIGGR

Direiores: Roberto Marinho e Mario Rodrigues Filho. — Ge*cnle; Henrique Javaxwt.Secretario: Ricardo Serran. — Redação, administração e oficinas: rua Bethencourtda Silva, 21, I.° andar. Rio de Janeiro. — Preço do número avulso para todo o Brasílt

CrS 0,50 — Assinatura: anual, CrS 25,00: semestral, CrS 15,00

CAMPEONATOD A C I DA D E

Vencendo a sexta etapa do retur-uo, o campeonato da cidade apresen-toü um pouco mais de claridade noseu panorama. O Vasco transpondoo difícil obstáculo que era o Améri-ca, ao mesmo tempo que o Botafogoliquidava^ as esperanças do Flamengoao tetra, colocou-se em situação maispropicia para a conquista do títulomáximo deste ano. Os detalhes darodada foram estes:

VASCO 2 x AMERICA 0

Local: São Januário. Renda: CrS136.916,00. Juiz: Alzilar Costa. Goalsde Chico e Berascochéa, no segundotempo.

VASCO — Rodrigues, Augusto eRafanelli; Berascochéa, Ely e Arge-miro; Ademir, Lelé, Isaias, Jair eChico/

AMERICA — Vicente. Paulo e Gnt-ta; Oscar, Danilo e Amaro; China,Maneco, César, Lima e Jorginho.

BOTAFOGO 2 x FLAMENGO 0

Local: Gávea. Renda: CrS Cr$ 112.137,00. Juiz: Oscar PereiraGomes. Goals de Lula, no primeirotempo, e Octavio, no segrfndo.

FLAMENGO — ÍLuiz, Newton eNorival; Biguá, Bria e Jayme; Adil-son. Zizinho, Pirilo, Peracio o Tião

BOTAFOGO — Ary, Laranjeira eSarno; Ivíiri, Negrinháo e Cid; Lula.Octavio, Heleno, Tim e Walter.

MADUREIRA 2 x FLUMINENSE 2

Local: Conselheiro Galváo. Renda-CrS 13.306,50. Juiz: Antônio Menezes.Goals de Pinhegas e Waldemar, noprimeiro tempo, e Moacyr e Nandi-nho, no segundo.

MADUREIRA — Veliz, MarioBrandão e Danilo; Ésteves, Spina eCastanheira; Lupercio, Waldemar,Bidon, Moacyr e Jorginho.

FLUMINENSE — Alfredo, Afonsoe Haroldo; Vicentini, Pascoal é Bigo-de; Pinhegas, Simões, Geraldino, Nan-dinho e Rodrigues.

S. CRISTÓVÃO 3 x C RIO 2

Local: Niterói. Renda; CrS '.807,00.Juiz: Necyr de Souza. Goals de Ma-galhães, Mical e França, no primeirotempo, e Heraapdez (de penalty) eMical no segundo.

S. CRISTÓVÃO — Louro, Mundi-<*lio e Florindo; índio, Santamaria e.Emanuel; Cidinho, Neca, Mical. Ger-•lon e Magalhães.

CANTO DO RIO — Odair, Expe-dito e Hernandez; Gualter, Etíesio eGrande; Nelsinho, Rubinho, França,Pedro Nunes e Careca.

BONSUCESSO 2 x BANGU 0

Local: Teixeira de Castro. Renda:Cr$ 1.947,30. Goals de Lilic > e Bo-linha, no segundo tempo.

BONSUCESSO — Braulio. Carli-nhos e Laercio; Lilico, Pé de Valsae Duca; Niio; Bucheli, Bolinha, Cam-huí e Darcy.

BANGU — Alcebiades. Bihdú eMineiro; Nadinho, Brito e 'Antônio;

Cardoso, Plácido, Moacyr, Menezes éOrlando.

A SITUAÇÃO DO CERTAME

POSIÇÃO DOS CLUBES — Io lu-gar: Vasco, com três pontos perdidos;2o Botafogo, com seis; 3o Flamengo,com oito; 4o América, com 11; ri° Flu-minense, com 13; 6o São Cristóvão,com 16- 7o Canto do Rio, com 18; SPBangú,'com 21; 9o Mad»reíra, cem25 e 10° Bonsucesso, com 26.

ARTILHEIROS — Io lugar Lele.com 15 goals: 2o Zizánho e Heleno,com 12 goals; 3o Adilson, com 11 goals;4o César, com 10 goals; 5o China, At!e-mir, Menezes e Pirilo, nove goals; 6"'

(Continua na págim 6)

"FLOOD TOWN" — Como animal de doisanos, Flood Town demonstrou claramente ter her-dado a estupenda velocidade de seu famoso as-vendente Johnstown. Porem há qualquer coisa quelhe falta, indispensável a mj» corredor de classe.

Nos prados de grandes dimensões Flodd Townevita atropelos, correndo solto. Falha, entretanto,quando corre por dentro.

Na Primavera passada, este excelente potroteve bela "arrancada", obtendo três vitorias se-guidas: no Juvenile Stakes, em Bclmont, contrafamosos parelheiros, inclusive Jeep e Fórum. Osperitos se convenceram de que o treinador Maxilirscb. tinha de fato um grande animal, quandoFlood Town venceu o National Stallion Stakes,correndo na ponta todo o tempo, que foi 57 2/5.Desde então tem falhado em manter a "perfor-mance* anterior e a reputação que conseguiu.

Na Primavera deste ano Flood Town estevebrilhante nos cotejos. E tâ» bem se portou, que o Secretario de Corridas, John B.Campbell, marcou o peso máximo de 59 1/2 quilos para o filho de Johnston, no"Experimental Handicap" que marcou a abertura da temporada de Jamaica.

Flood Town foi verdadeiro desapontamento naqueles "stakes". Isto não significa, to-da via, que venha ele a ser eliminado, como concorrente serio às provas máximas doKentucky Derby.

|&T.7$umm

OVELHA MESTRE — "Chamem-mearqueologista, se quiserem, porque tenhojá se preparavam para retirar-se da ativi-dade", diz Jimmy Johnston. "O certo, po-de" — diz Jimmy Johnston. "O certo, po-rem, prossegue, é que Mike McTigue, porexemplo, eu o fiz reviver, quando já eraconsiderado "coisa do passado", e fiz delegrande lutador e campeão. Te "Kid" Le-wis voltou a emparelhar-se com os gran-der, depois de receber meu tratamentoespecial. O mesmo se pode dizer de PeteLalzo e Joe Dundee".

"Abe Simon — continua Jimmy —era o símbolo do desgosto, quando pro-eurou meus ensinamentos. Alguns conse-

lhos, soprados às suas orelhas decouve-flor, tornaram-no eminente

peso-pesado, ao ponto de merecera honra de enfrentar Joe Louisduas vezes."Lou Nova possue hoje hábili-dade igual à de qualquer dosgrandes pugilistas atuais. Comum pouco mais de desenvolvi-

mento. poderá conquistar lugar de destaque e varrer de sua frente todosos "ppeudo" pesos-pesados que por aí pululam".

"Se Lou Nova voltar a enfrentar Joe Louis, ficai certos, os anais dopugilismo falarão dele como "o homem milagroso".

gm UIIIW WMWWI I.'ff"*l. . ¦¦",¦¦.¦'.' > 1"

TARTIGOS DE ESFOBTU8

CASA.

A Vr IV 1 ILO18, Praça ¥**aé«ntos, »

ABERTA ATÉ 2» HORAS

â

J

scratchda semanaOs dois jogos príncipeis da

rodada que passou, América xVasco e Flamengo x Botafogo,proporcionaram um farto ma-terial humano para a formaçãodo scratch da semana. De talforma que a seleção ofereceuessa dificuldade pouco comum,a do excesso de cracks em con-dições de figurar no quadro dehonra. Depois de demorado co-tejo entre as impressões dosnossos observadores, o scratchficou assim formado: Ary,Newton e Gr.iU; Beracochéa,Danilo e Argemiro; Lula, Zizi-nho, Heleno, Tim e Chico.

franllo, § erawO posto de honra, máximo,

da semana, coube a Danilo. Ocenter-half do América cum-priu domingo uma atuação por-tentosa, impressionando pelasegurança e classe das jogadas,tanto na defensiva como no au-xilio do at:ique.

DlleoElétrico rcFamoso linimento, \ /combate as dôres^^lAmusculares, torce-"^*^^»duras. In TI mi n ni 'i"~*"^_fclática, lumbago. /'

""Óleo Elétrico-do Dr. Charles de Grath

TI 1jjii

hI

lae Ni

do fígado estai bilioso. abster-sedos prazeres da mesa Levai avida sem saúde. Regularize assuas funções hepáticas com ENOe tudo isso se normalizará.Não sendo em vidros, não é "Sai

de Fructa"

T^S

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 2 de novembro de U>45 Página ò

k

m eu tenho a impressão de que o primeiro ''sabido do

1 footbal brasilero foi o descobriáor ão "deixa". Em

iutioTtcmpol havia muita gente que, ouvindo o grito,°ãe?rava" a bola para o adversário. Como, ha bsm ouço

fé Cox elwKÍia iodo. os pianos dos brasileiros i. c e*

tfcaS intrigados. Com os ouvidos a escuta. Para ver

se percebiam alguma coisa.

-, Ouanão o Exeter City - em 14 - enfrentou os bra-

2 sTeíT quon devia jogar como oenter-forwara era

qUenfZ íaSor EMariô Polo veio com a historia de que

Te Tabia o Z' Borglierlh poderia Jazer;M™^m£$£

SSS&f ^SS* en/rourí"rcampo roao mundoScSo^ue ele nãl ia dar ^tfZTffi&ti Cü/vãi

/issional - e mffles, a»idapoicumu c ,

tgmmV ^uS^oSfcS fg£& Ser ««««*=

por um Welfare não fazia mal.

0 Welfare modelou Fortes' Ensinando ^^J^A em truoue Fortes, vor isso mesmo, tinha um reper

Pé em .O^»^ Sá?S arco do Fluminense, foiãss--^£«°«ris ssíssh'tneia

ôiabóKco dos **&%*•$£> passando por o

Sdo «ÍSÍr^ Forícs «pétçatiH», Com o dedo.

^ rnuonéi não íin/m /aíiia de sabido. £Ze. porem, em

4 u,7jogo Aparai e Flamengo, foi ^^^^efa

«S^3«!«irBBes0%s7;em nao o «<< «,iCa• .Jap„ Ànaririo UEV> Nunca'- "Poisnha leito alguma coisa a ^pancio ¦ BetInft3

pé-parece. Sósepapaa^n^a uni inimigo. ^

gou uma bola. Enlii.gu. T».«_»« '- A Dhendo aue Betinho

clama. E Japonês conieçoUAm]W.._í}?ãéram mais vmtinha razão. Betinho e Apaiuw mo aerar

passe certo um para o outro • CJiurum*%J™%$ J An_^k^bp. SírSS Sufixe a^ala esquerda. For-darai, para ffit?"e^gyS!?^ /»« <*° i°0°- ^c™ouacr^Pon^tío7e?anIoT^: neí„ moZftara a camisa.

,- Chtnnivho. o lilipuluino center-forwarã do ^mencaCZ Q ,! ,ui,u,as compridas, sobrando, balançando noD usava *W««g rSru fazer hands sem ninguém ver.ar quando ele corria, paia ju.u jogavamPara marcar goals com a mâo. CZ/na ve ..em -*.

América e São ^^^^«^^^^£Lum goal com a mao. A torcida ao aao i. .O fcearo rio São Cristóvão cercou Mr Tooa o

SS£ S":"^»"/ - V' roo, .k™ o * ,»™

dor maior solenidade à cena - Chica nao ootoujnao embola. botou?" Chiquinho respondeu logo: "Nao loodvoltou-se para os jogadores do Sao Cristóvão: Ve? C i canão bòtoximão em bola". Quanão acabou o W^porem,ortprceâores do Figueirinha quebraram os vestiários do

América. » » .n Oswaldinho, em 28, cm outro São Cristóvão e Amé-O rica, cortou uma reação do São Cristóvão Punido uin¦minuto ao juiz. Em tempos da Amea o camUc>

^ um

team podia fazer isto: levantar o dedo. E o »'blí™; "ltdiatamente, pi-piu. Os dois, teams varavam em

evan Po a

esnera de aue o cronometrista avisasse o fim de um minufoOSaTcnstovão dominava o América c^V^nen-te E Oswaldinho percebeu que, se o Sao Cr\st0™l°Jr(°•¦esfriasse", era uma vez o América.^vv^Mo^P^-lisacão do jogo acabou com a reação do Sao Lii..tomioQuando a bolí foi posta de novo_emm.ovimento o Americajá se acalmara. E o São Cristóvão ficou manso. 7 ao manso que o América acabou vencendo a parliaa.

-r Hermogenes enfrentou o Bela Vista - um team uru-

í guaio com quase iodos os campeões "livflc0.\<íU%"?n°parar aqui sem dinheiro para voltar a Montevidéu. Orca-nizou-se um match às pressas e W^fâ^Jgfer^na™ marrar Castro, "El Manco". Em dado momento HeiZgenef,CdLXnão uma bola com Castro, moMa-ovaranur-iiãe Ele correu para a pista c trouxe a bola. casi.oáfsse que a bola era áele.1 Outros uruguaios apoiaramCastro H-rmóaenes, porem, não conversou. Atirou a bola

Tara mo e NUo marcou o goal. Q^X^etinnTaCastro procurou Hermogenes para perguntai de qa.m eraabola "A bola era ãe você". "E por nue você bateu o out-aside?i 'Ora! Eu tenho de aproveitar qualquer par^oO treinador uruguaio olhou para Castro e disse: O queme admira é você, üm campeão do mundo, se deixar en-uanar »or um inocente como este .*¦¦¦.-' •

» •

O Hermogenes, porem, não tinha nada ãe inocente. EU,

c^ooiistt eUiatloelia bola o^a^iar^Lon^

a ter um õut-siáe Uma vez, disputando dois minutos ae

Iodaria foi em São Paulo, naquele match da nova peraçao

aue o único recurso é um penally. Se ele nao •<:-'7"ra*;e

abola a bola iria vara Romeu, livre Que faz ele? Se-rara a bola com as duas mãos

%rápi^loe^norLaoágS* SE S5SSS3Ã-' S"nf»||:mfeonipreMeu bem a jogada e apitou. B«

g-íe" Depois os paulistas queriam comer Hermogenes vno

•* f ífoje, todo mundo sabe que Carreiro, de boca fe-1 1 chada, emite o som perfeito ãe um apito Uma vezMario Viana parou o jogo e olhou para a multidão. Eleescutara um apito. Idêntico ao seu. A multidão nao com-nrcendeu Mario Viana. Espantanâo-se por aquela para-tísação do jogo. Era em Álvaro Chaves, p Fluminenseenfrentava o São Cristóvão. E, de repente, Carreiro veüma bola em boas condições. Ele avança e antes queHeritandez fosse em ama dele, apita. Fingindo Mano Via-na H&nandez não teve dúvida. Se Mano Viana apitaraoff-side ãe Carreiro, para que se cansar atras dele? Cor-reiro ficou sozinho na frente ãe Onanha e marcou o goal.Ilernandez protestou: "O senhor apitou off-side seu MarioViana". "Eu não apitei coisa alguma". E CarrÇu°Z%tiu a cara mais inocente deste mundo. Como se nao ti-vesse feito naãa.

• * *•# o Ninguém desconfiava de que Canali era um "sa-

1Z bido" Pelo contrario: de quando em quanão seacusava Canali ãe ter charutos atravessados na cabeça.(Fu nunca procurei saber o que isso significava,. E, quie-tinhtl, Canali fazia ãas suas. Usando o crânio. Queremuma prova? Antes de um jogo entre o Botafogo e o scratch

paranaense, lá em Curitiba, uma casa comerciai Vrometeuum prêmio a quem abrisse o score. Canali nao conversou.A primeira bola que ele pegou foi para fuzilar Aymoré,Aimoré manda a bola para comer. Canali zanga-se res-vingando que Aymoré estava contra ele. AJ2»f%™%aue ele pegou, porem, vão teve castigo. Foi para dentrodas redes

- E quanão recebeu, o prêmio por ter aberto ovCorc _ o i.remio era um pijama, tipo Casa Malias, ae'listas

grossas, de zebra, com as cores mais espalhafatosas— Canali, iriunfanie, perguntou: "Quem foi que disseque eu era bobo?"

'fÍS». HA um comer o favor ^Botafogo

Você,

então..." "Eu. então, pulo pára ^cear Q^^JJ,

cear, qual nada". "Que mais eu posso faer? Jgj^:»£í«occ7ifc, Peracio. O que você tem de 'a:eT J:*n?, ,.£[.< á--

Batataes. Ele está encostado á ^J%*£TredeTnáo»A trave tem uns pregos onde se Pr«"rft"V as:

^ '

um,;,„9" "rem" "Pois o que você tem ãe fazer ê en/m^7,,'„

primeiro com Batataes". ^ ^

* „ &a2_y :i^srás&_&*i£^a^^a^^at^noplgo, Baiataes^s dar o

toucom o Andara o vfftqu.f'c^m(, _ em uv:a prclimi-mmmmmdanado. O Botafogo não ^^ti^^J^^^eom^vreenãer porque, depois. Cazuza deu para apar.cerWenceslau Braz com retrato para passaporte.

10

D O

^#|•fr## Wiíhm -

S0F!A DEf

ABREU E DSofia de Abreu, a consagrada cam

peoníssima brasileira de l»43, seguiueste ano para São Paulo, cheia deconfiança cm ratificar a proeza datemporada anterior.

E não foi com muita dificuldaili-que Sofia d« Abreu, levantou o lítu-Io correspondente a este ano.

A campeã brasileira derrotou RuthMesquita por 3^6 e C/2 e Kallcenr#r í)/7 e 6/0. Alias, cumpre acentuar

„ue esse triunfo foi dos mais mere-cidos. pois no momento Sofia «eAbreu é mesmo a nossa melhor-raoucU!" feminina, apresentando

sempre regularidade em suas atua-

Ç°A vioe-campeã Katlcen Auton.também teve uma atuação destaca-da, se bem que só pudesse resistirà Sofia de Abreu no primeiro 'set ,que foi renhido c bem disputado.

No segundo, Sofia enoerrou de ma-neira brilhante, a sua campanha, naopermitindo a sua adversaria, triun-far em um único "game".

Com as qualidades e recursos tec-nicos de que dispõe, Sofia tem reser-rvado para si um brilhante futuro,sobretudo se vier a desenvolver umaatividade mais constante, partici-pando dos campeonatos cariocas etorneios interestaduais.

Ao mesmo tempo que a ediçãopopular, será lançada uma ediçãode luxo numerada, de 1 a 250, comautografo do autor, das "Historias

do Flamengo", a Cr$ 100,00 o exem-plar. As inscrições para essa edi-

pessoalmente, ou pelo telefone ...23-4002.

- - a„ IORNAL DOS SPORTS,A venda na redação dc JOKNA- *~j«>

^^^i i i i ¦> andar, e *nt *o<n»s mmAvenida Rio Branco, 114, 4. anaar.

livrarias do Brasil.Distribuidores g^Süeim, rua do 0a¥Wor, 94Livraria Civilização urasueu *,

— Serviço de Reembolso Postal.

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r.J^ina 4 Sexta-feira, 2 de novembro de l»4i> O GLOBO SPORTIVO

1 "' ¦

Um Estádio Para Hope Para o rutirú

O Huracan oferece ao torcedor ar-gentino a maior cancha de football

da América

O nome do coronel Tomás A. Ducó está for-temente ligado aos desportos argentinos, atravésde grandes realizações. Durante mais de umadezena de anos tem sido ele o animador do ClubeAtlético Huracan, do qual é figura de maior ex-pressão, devendo ser apontado mesmi como oidealizador do maior estádio da cidade de BuenosAires. Mas não apenas nos esportes o coronelDucó desfruta de prestigio e popularidade em suapátria. Também no Exército e na política argen-tina sua figura ocupa posição de relevo. Revolu-cionario desde os primeiros dias do oficialato,sua vida tem sido verdadeiramente tumultuosa,

oficial ao estádio do Huracan. Aparecem no ch-ché o coronel Ducó e o nosso correspondente no

Prata, Carlos de Ia BargaJornalistas argentinos fazem a primeira visita

sendo oportuno relatar a sua participação nos úl-timos acontecimentos políticos do progressistaEstado rioplatense. Esteve detido quando da de-posição do general Pedro Ramirez, e ocupou postosaliente no Campo de May o, por ocasião da mar-cha sobre Buenos Aires.

UM ESTÁDIO PARA 132.000 PESSOAS PORTRINTA MILHÕES DE CRUZEIROS

O coronel Ducó, que aqui esteve de passa-gem,

"viajando com destino à Europa, forneceu-nos dí/3os curiosos acerca do estádio do Huracan.Revelou que essa praça de esportes é a maior daAmérica do Sul, com capacidade para 132.000 pes-soas. Indagado sobre se o clube havia despendidomuito dinheiro com as obras, declarou que, ape-nas, trinta milhões de cruzeiros. E acrescentou:

— Não sei, francamente, de obra de igual yitl-to que houvesse custado tão pouco em época tãodifícil para a aquisição de material.

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^j^jJIIJJ^Sgsl^PllpP-'''-??"„ 'm*m^^a^am*mxXimmxmx\mxxxEm1mt*l*mÍm*>*m^ "*

A grande praça de esportes está ainda por terminar. Mas já se pode fazer uma idéia

do que será, quando abrir seus portões para a "hinchada" JCONTRUIDO EM BLOCOS

O coronel Ducó vai mais longe, emseu minucioso relato sobre a praça de es-portes do Huracan.

— Esse estádio é o que se pode de-nominar de trabalho de uma agremiação.Todos concorremos para que cedo visse-mos o nosso sonho realizado. Vinte e ummil sócios colaboraram eficazmente para

que atingíssemos à categoria dos "gran-des" clubes de Buenos Aires. E, se haviaalguma dúvida a respeito, esta dúvidaestá hoje dissipada por tudo o que pos-suimos de grande, materialmente, e doimenso em tradição.

A outra novidade na arte arquiteto-nica: o estádio foi levantado em blocos.Os degraus eram colocados jã prontos,pedaço por pedaço.

Este é o pórtico principal do estádio. Uma fachada monumental ,

como é o interior da maior cancha de football da América

•r^^^^^^s2^^__^É^___^^__^__^____l_W?S^^^lB_?^^^H_f'"^ i_H- jnyn gf^g^^^g "ji^Bafe. í*í*__h__h >%u_!iJ__T_5'wÍ9ft W Ç Sk k_ [_s t-s5f t_a4 e»__9__!%¦'- 'WwB ^__l_RÍISí?\ «* ^^___l__9__:'_ ^BJBg^Q» ^_£hkj3k__*& BB—l^rvMil i 1 1 HS

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GLOBO SPORTIVO Sexta-íeira, 2 de novembro de 19à5

*

Página 5

ANTÔNIO CORDEIRO — Até domingo oFlamengo foi um pesadelo para os vascainos.A preocupação do jogo final na Gávea faziacom que o Vasco tivesse mais cuidado nos seuscompromissos do returno, economizando pontoscomo uma fortaleza sitiada economiza munição.

BOBINA — ... Já na Gávea o Botafogologrou um triunfo evidentemente sensacional,dado principalmente ao favoritismo do ex-íutúro "tetra".

FLORITA COSTA — Que despedida dolo-rosa aquela da torcida rubro-negra! Mas, osacenos também significavam que aqueias bati-deiras eram empunhadas por flamengos de fciiiqucbrantavcl. Acabara-se toda a esperança,findara-se a última possibilidade, quase tudoestava perdido, mas perdurava a fe nas coresdi flãmula. A isto, chamamos fibra e aquela

rrtc. ^ttb-1 l^ar^fwSrT^lr^TBmr^^tB^*^*'*™-^^ ''¦'* aGa»ftrpW-B»y'*Wy%_y **_^A *<^-B-JT-i

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demonstração de valor — depois de tão amargaderrota — nos mostrou a verdadeira c incom-paravel gloria do Flamengo: a de estar sem-pre no coração dos torcedores.

LINS DO REGO — Mas as ilusões rubro-negras se foram. Outras, porem, aparecerãopara que continue a existir e sobreviver o meuquerido Flamengo, o clube amado do povo, oque não fecha as portas e nem rasga carteirassomente porque perde um campeonato. Outroscampeonatos virão. As ilusões perdidas renas-cerão cm realidades.

VARGAS NETTO — Todo mundo sabe queo romancista José Lins do Rego é um torce-dor apaixonado do Clube de Regatas do Ma-mengo. Aliás o José Lins faz praça disso.Gosta mesmo* de dizer que é um flamengo dosquatro costados. E é mesmo. Pois bem : o tor-

cedor Lins do Rego portou-se adrm-ravelmente no match de domingopassado, na Gávea. Torceu pelo seuclube, com entusiasmo, com empenhoe elegância. Severidade, no Zé Lins,é mato.

M

FUTURO RIVAL — De uma escada de três me-tros Kobert, que deverá ser um notável campeãoie mergulho, lança-se nos braços do pa. seu trei-mui™ Tquc já é campeão dc.mergulho dc*Ch.cago.

I

1 \ —r, * 1—

QUANDO VEMOS BOBBY DAWSON, uma criançade apenSdíicormos. exibir uma perícia só comparada^Sus grandes meslres do golf. lembramo-nos ^«^.di-tadd? "Quem joga golf. deve prosseguir; ^em

nao jogadeve desistir". E achamos oue Bobby e um dos que cie

vem prosseguir. Essa fenomenacriança, que vem se exercitando eus-c-e os dois anos, conseguiu, no anopassado, uma media de novj "holesl

em uma das difíceis rodadas do LidoBeacti Club, de Nova York:, onde seu

pai atua como associado profissional;Bobbv tem conseguido arremesses de150 jardas, raramente faluando. r«mgrande competência no manejo das*'stick£f. tendo umas tamus atrapa-Inações sobre a grama quanda mane-/¦ n>uttPmulto longos. Alem de possuir um jogo cor-reto e eficiente na execução de tiros de fantasia, queK5*ÍorameXidos pelo" pai Dawson. Ele aUr:i seis

bolas para o ar e então dirige-as no canal exato. Um de

seis Siues favoritos consiste em atirar para o ar tees

boíL, uma após outra, com diminuto *&*£.* mal tu"

cam o solo, arremessá-las com um so _win& •

Paoá Dawson tem tanta confiança em seu controle

que iSnito que ele atire uma bola pousado em seu

sapato ou no queixo.Bobby tinha ainda dois anos de idade JigoABJ

mi observou a sua insistência em treinar num clube de

adü os* "l£sdc

aquele momento ^J*ZQ£g*g£veu cultivar e desenvolver o talento que o duociemonstrava ter para o golf. Knsinou-lhe todos

^ seg»

dos fundamentais do jogo. e c0n\^f°q,foasn^°Xm.transformou no curto espaço de três anos no assombro que hoje vemos.

E' difícil dizer quanto Bobby terá ainda de nlelho-r»>- rnnm "eolfer" — disse pai Dawson. — We wnaafuma"criaK l talvez perca o interesse.pek..jogo à

niedida que for crescendo Garanto, porem, çue^se etetivesse 12 ou 13 anos e ostentasse a ™£™J^0

f£ostenta hoje, teria probabilidades de transforma lo em

um srande campeão.O desenvolvimento de Bobby no golf é espontâneo.

Seu pai não o fmça deixando Quejde.^Sra o^er que,pnf„ on, locar Pode-se, porem, avaliar o intuesse nu-Síte^rÊr^ialquer coisk, uma criança de cinco anos.

J LI £ % 3 U L $D Ák mJ%) m m m— Flamengo x: &**tsaf**&*> \

Alzilar Costa funcionou nadrbitrágeui, tendo como auxi-Uáres Guilherme Gomes c Adol-/o Costa Campos. De um modogeral, o trabalho de Alzilar foiregular. D e i x o u passar umtranco de Ely em César, dentroda arca, no primeiro tempo, co empurrão de Chico em Pau-lo, por ocasião do primeiro goaldo Vasco, mas a verdade é queambos os lances admitiramcontrovérsias. (O GLOBO)

O juiz Alzilar Costa coiutu-zlv a partida com serenidade eenergia. Pareceu determuiaaoa só' marcar faltas máximas cmlances indiscutíveis, razão per-que alguns fouls-penalties, doiscontra o Vasco e um contra oAmcrtca, originados em reien-çdo de jogadores pela roupa,passaram em branco, ti. S.nao viu lambem, pda posiçãoem que estava colocado, aiiuar -dando a cobrança de um cor-ner, uma cotovelada ou secoque Bèráscochéa deu na barri-go de Lima, e um tapa que Vi-oente aplicou no half vascai-no. {A

"NOITE)

Arbitragem regular de /l/st-lar Coita, Deixou passar umpcnultu de Ely cm Casar, noprimeiro tempo, quando o goaldo Vasco estava sob sana amea-ca. No segundo tempo, não vvaum soco de Vicente cm Beras-cochêa, o que terra valido aexpulsão do arqueiro moro. Nomais, andou razoavelmente. —

(DIÁRIO DA NOITE)Alzilar Costa não teve uma

arbitragem cem por cento per-feita Deixou pa^ar o penaltyde Ely, errou em alguns impe-dimentos. Mas devemos consi-derar que atuou num tmpienteum tanto acelerado, em vrrtu-de do acidentado transcorrerdo jogo preliminar...

SABE?__ Quem foi o artilheiro

número 1, em 1943 ?2 Um baskctballer do

Tijuca, em 50 jogadas, ences-tou 49 bolas. E' uma façanha.Sabe o nome ?

— Em que estilo de na-tação Edgard Barbosa Arp ecampeão ?

— Em que esporte voceouvirá falar em tambor evara?

_ Que atleta norte-ame-ricano fez 200 metros rasosem 20 "7 — tempo recorde ?

f Respostas na página 12)

 Marcha do TentoVito Dumas, o "navegador" solitário que a estas horas devera estar a cami-

nho de Nova York na sua pequena embarcação, experimentou ha muito tempo,

talvez desciosc» de gozar uma solidão absoluta - nem mesmo a companhia do

barco! - vencer grandes distancias a nado, viajar de um pais para outro, como

um peixe turista... Na gravura, uma- reminiscencia da sua primeira e un»

tentativa, feita antes de 1920 - atravessar o Rio da Prata a nado. Fracassou.

Outubro, 28 — O América recupera aliderança do campeonato, derrotando oFluminense por G a 5. Mamede fez o goalda vitoria. Renda: 48:900*500. - O Bon-sucesso venceu a A. A. Portuguesa por7 a 3. E o Flamengo teve dificuldade em

carüiar do Modesto por 2 a 1. Sao ons-mvâo \ Andaraí 1. Inaugurando melho-ÜsT seu estádio, o Mad=

Perde PNaapLTífdodGâasio2 Vera^STeixeira bate o record carioca de salto tnpnce. —^

Kennel Club realiza a sua expo-Manoel Villar faz uma exibição de cemme^os. o^

campeonato carioca de remo,sição anual na Feira de Amostras. — O Vasco i«»m*.^

l0vcns, em homenagem aoConstou do programa um pareô feminino — _f^ •.,„

porto' Aiegre. — Lara lamenta-Centenário Farroupilha, empreendem^um rarfcRe;.^nfa°rc,0,is2 scmemante». - Santase da derrota do Fluminense, dizendo: Nuncafc™ ««ia

de descanso ao Flu-Catarina filia-se a Federação Brasileira de Pootbai^ ^^ dua_ horas< __minense. Ele é o almoxarife do f

«clube. 7- OmvJ£» _ desloca um braço.

31 : Orozimbo sofre um serio acidente durante um weuiu

......

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. Página 6 Sexta-feira, 2 de novembro de 1945 O GLOBO SPOKTIVO

I IP " ^' ™£™Bo\\mr ^IIMP^

gpx; ¦Xír|iiif|^^^^^^pi?' rSÉ?'r.^^^^^^fe;jM^^:

- - ¦BBS^sgaxjxrxxírr..

SÊÊSSÊÊÊÊÊÊ irrfl -: - 1As ordens de Gentil Cardo^, o técnico que s e vangloria dc haver introduzido a formação

em "W" no football brasileiro *£c dad x através do megafone

\^

A

C

ADE

(Continuação da página 2.René, Maneco, Franquito e Pascoal(Canto do Rio), com oito goals; 7oChico, com sete goals; 8o Durval, Be-rascochéa, Mical e Geraldino, comseis goals; 9o Rodrigues, Antero, Pe-racio, Bolinha e Magalhães, com chi-co goals; 10° Jair, Simões, Jorginho,(América), Orlando (Flu), e Moacyr(Bangú), com quatro goals; 11° Tião,Ruy, Pascoal (Flu), Anito, Caxango,Tim, Neca, Isaias, Esquerdinha, Ci-dinho, Moacyr (Mad.) c Nandinho,com três goals; 12° Djalma, Vagui-nho, Helmar, Gerson, Jarbas, plácido,Bidon, Tovar, Baleiro, Jorginho tM.)Sono, Vevé, Amaro, Lula e Pinhegas,com dois goals; 13° Argemiro, Jayme,Nelsinho, Wilson, Jervel, Nestor, Bria,Corrêa, Limoeirinho, Rebolo, Sobral,Santo Cristo Pedro Nunes, Zé Luiz,Biguá. Raianelli, índio, Careca, Amo-rim, Ubaldo, Lupercio, Danilo íMati),Geninho, Walter, Rubinho, Nerino,Waldemar. Otávio, Lilico, Hernandez,Fi-ança, Cardoso, e Haroldo (SãoCristóvão>, com um goal.

ARTILHEIROS NEGATIVOS —Laercio (no jogo com o Fluminense);Pé de Valsa (no jogo com o Madu-reira); Spina (no jogo com o Vas-co); Osny I (no jogo com o Bonsu-cesso); Biguá (no jogo com o Vasco);Mineiro (no jogo com o Canto doRio); Gualttr (no jogo com o Amé-rica) e índio (no jogo com o Vasco).

ARQUEIROS VAZADOS — 1 ' lu-gar Robertinho (Bangú), 47 goais; 2ojugar — Maneco (Bonsucesso), 36goals- 3o lugar — Odair (Canto do

Rio), 30 goals; 4o lugar — Veliz (Ma-dureira), 33 goals; 5o lugar — Louro(Sã0 Cristóvão), 26 goals; 6o lugar —Luiz (Flamengo), e Vicente (Améri-ca), 21 goals; 7o lugar -- Batataes(Fluminense), 16 goals; 8o lugar —Gerson (Bonsucesso), com 15 goals;9o lugar — Braulio (Bonsucesso), 14goals; 10° Ary (Bot.), 10 goals; 11°lugar — 'Rodrigues (Vasco) e Alfre-do (Fluminense), nove goals; 123 lu-gar — Roberto (Madureira), oitogoals; 13° lugar — Carimbos <3ãoCristóvão), sete goals; 14° lugar —Osny II (América), três goals; 15°lugar — Barqueta (Vasco), Oncinha(América) e Alcebiades (Bangú), doisgoals; 16° lugar — Castro «Vasco),um goal. Oswaldo (Botafogo) e Mar-tinho (Vasco), atuaram uma vez, semterem sido vazados.

JUIZES QUE ATUARAM — MarioViana (onze vezes); Oscar PereiraGomes (nove vezes); Necyi- de Souza(oito vezes); Aristides Figueira e Al-zilar Costa (sete vezes); José Perei-ra Peixoto, Carlos Milstein e Guilher-me Gomes (cinco vezes); FioravanteD'Angelo e solon Ribeiro (quatro ve-zes); Adolfo da Costa Campos, Bel-grano dos Santos, Cai-los Potengy eAntônio Menezes (duas vezes;; An-gelino de Medeiros e João Aguiar,(uma vez).

RENDAS: Total do Io turno: CrS1.983.316,80. 2o turno: Ia rodada: CrS206.132,10; 2': Cr$ 95.577,70; 3*: CrS244.715,10; 4a: Cr$ 278.779,00; 5": Cr$128.307,60; 6a: Cr$ 269.113.80.

IO

Fluminense iá não pensa mais no Campeonato ca-rioca de 1945. sabe perfeitamente quais serão os seusdestinos na corrente temporada. No entanto, os seus

dirigentes não descançaram por isso, bem ao contrario, tra-balham visado o "certamen" de 1946. Foi por isso que resol-veram contratar desde já um técnico competente, que pu-desse iniciar imediatamente os preparativos primeiros comoalicerce de uma obra que não está longe de ser iniciada, to Fluminense não andou mal. Gentil Cardoso sempre de-monstrou por onde exerceu a sua profissão rer um 'coach

competente, os seus frutos estão por aí para reafirmar o quedizemos.

O técnico entrou num grêmio que desde o profissionalis-mo só havia utilizado os serviços de técofros estrangeiros.Cabeli Carlomagno, Ondino Viera e novamente Cabeli, fo-ram os "entraineurs" tricolores de 35 até hoje. Diziam naoter o club tricolor muita fé em treinadores nacionais. O Flu-minense, porem, conhecia Gentil Cardoso, sabia do seu va-lor e nenhuma outra oportunidade melhor se lhe oferecia,do que a da rescisão do contrato daquele técnico com oAmérica.

A seção de profissionais do clube, andava de mão emmão não'tinha um orientador seguro. Para tanto, os diri-gentes do grêmio das três cores reuniram-se e decidiram porunanimidade contratar os serviços de Gentil Cardoso.

Gentil entrou no Fluminense, meio desconfiado, desa-bientado é claro, mas logo os dirigentes hipotecaram-ihe ir-restrita solidariedade. Aí então ele encheu-se de confiançae de entusiasmo.

Ele sentiu que era a oportunidade máxima da sua car-.eira. Fora contratado por um grande clube, por um clubede orientação segura e criteriosa, de homens sensatos e equi-librados. Ademais, o potencial técnico com que poderia dis-por seria muito maior tambem.

Começou assim, Gentil, a traçar os*seuó primeiros planospara a temporada verdadeira.

O seu trabalho neste final de Campeonato «erá um tra-balho de emergência. Não pretende modificar o quadro, salvoalterações de força maior. Mas, pretende estudar, estudar osseus pupilos, técnica e esportivamente. Ele sabe muito bemque possue profissionais disciplinados e outros cheios de des-lises, cheios de imperfeições em seus métodos de vida, porexemplo.

Mas, ele já pensou no que vai fazer, já observou apesardo pouco tempo em que está no clube, quais os setores maisfracos, os pontos mais vulneráveis dos quadros que estarãosob o seu controle.

RENOVAÇÃO DE VALORESGentil, mostra-se adepto fervoroso da renovação dos

quadros, sempre com elementos jovens. O football brasileironecessita, para o seu maior desenvolvimento, qae seja sem-pre imprimido uni movimento visando o aparecimento denovos jogadores, "cracks" cheios de juventude esbanjandoenergias, sem detrimento fisico ou incompatibilidade ';om oorganismo.

Aliás, o trabalho do ex-"coach" rubro neste tocantetambem tem sido proveitoso em outros clubes. Basta recor-dar-se que Leonidas surgiu com ele no Bonsucesso; que Ma-neco. Lima, China. Álvaro. Amaro, Jorginho. Osny, etc. sãoprodutos forjados pelo seu trabalho, pela sua mão de mes-tre e etc, etc. Isso sem contar com o ressurgimento de Césare Danillo, que deve-se em parte tambem à sua perícia, comopreparador.

Pois bem. no Fluminense, Gentil pensa sobretudo nesteparticular. Ele sabe que o clube tricolor possue as seções dejuvenis, amadores e aspirantes, bem orienta dai e ^uperin-tendidas e por isso rejubila-se pois facilitará enormementeo seu trabalho.

Gentil, não perderá de vista os teams secundários doFluminense e salientou que quando assinou contrato com oclube fez questão de ficar tambem orientando os jogadores-"aspirantes".

Ninguém melhor do que ele, sabe dos valores que figu-ram nestas divisões. São nelas que se formam dentro doclube, elementos com escola, sem vicios, adaptados desdecedo ao padrão do clube, ao seu regime.

Por isso Gentil não esconde a sua intenção de aprovei-tar para o ano, o máximo possível de elementos "prata dacasa", jogadores feitos no clube.

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O <*LOBO SPORTIVO 8exta-feira, 2 du novembro de 1945 Página 7

''% Éf> piais

OS REFOR-COS

2

Como é já do conhecimento público, oFluminense realizará após o Campeo-nato, \ima longa excursão ao norte do

país e desta "tournée" Gentil espera tirarmuitos proveitos. Serão observados os pontosmais falhos do quadro e a produção dos su-plcntes. mas sobretudo o que há de interes-sànte pelo norte do país.. .

Ele. que trouxe de lá para o America, Chi-.na. Amaro, Álvaro e Jaime, estudará as possi-bilidades que-reúnem de novos "cracks" nor-destinos.

Se ele descobriu valores para o América,também poderá fazer a mesma coisa para oFluminense. Acrescente-se ainda, que as pro-iecões do América, eram mais modestas. Oorçamento do América fora de 600 contos pelocsoaço de dois anos no profissionalismo, en-quanto que o Fluminense gastara num so anocerca de*-mil e duzentos contos com essa suamesma seção. Adianta-se ainda que um doselementos visados para reforçar o quadro e ocenter-half Álvaro, que ele mesmo trouxe pa-ra o América e que agora mostra-se desejosodr- transferir-se para o clube tricolor.

No entanto o que há de positivo, até o mo-mentò é o seguinte: - Gentil Cardoso pre-tende formar dois bons quadros de football,titulares e reservas que se equlvalam mais oumenos Assim, existirá a rivalidade esportivano terreno técnico, entre os jogadores e elesterão de empenhar-se para gaiantir o seuposto pois caso contrario serão suplantadospelos seus substitutos. Por enquanto, toda-viá é cedo para tecer quaisquer prognósticosa respeito dos atuais jogadores, quais os queficarão e os que receberão "bilhete azul .Gnrtil adiantou-nos mesmo, que uepende emparte dos mesmos: — Eles é que resolverãodentro do campo, quais as suas possibilidadese o meu "veriditum" não será mais que umespelho de suas atuações.

Portanto que virão refoieos e certo, quaisserão eles é ainda um problema a 'resolver equais serão os jogadores "cor!*adps"_é tambémprematuro adiantar algo. a esse respeito.

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Hrap^B*rW f%_^ItfS^W^SSBtiw * v^S "HH^' "'..'"'^í^ffirl^lMHS^^^rw'0""'mUMÉB

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Ianóoo íécuico íricoíor ?*:/m flagre ide quÁlvaro Chaves, acomp

etnelo participava no prime.ro individual em

anhado de Rodrigues

ESTRUTURAS, TÉCNICA F PSICO-

BIOLÓGICAOutro ponto, a que Gentil se dedicaracom carinho, pois é um estudioso no

assunto é o que se refere a produção dosseus puqilos, vista por vanos ângulos —

quais as causas que motivaram a queda bius-ca de produção ou decrésr.no no padrão deum jogador, que possue recursos, para de-senvolver, muito mais.

Gentil então entra nos mínimos deta-lhes observa de perto o organismo do"n-laver" os complexos que muitas vezes, oenvolvem, as razões de ordem interna quevem prejudicando sobremaneira o melhordesenvolvimento dos músculos ou do funcio-nàmento geral do conjunto anatomo-fisio-Iógíco

Gentil cita o "caso" de Nandinho, um jo-gador no qual ele aponta muitas qualidades,chegando a citá-lo como um Uma, porem.

oue se encontra fora de sua verdadeira for-nS por motivos vários. Para isso enecej-sai o uma orientação, um regime de vidaSais adequado a um footballer profissionale que conte naturalmente com a cooperaçãod° JSd°or

jogador que está inibido em cer-

!íi„vv0 hp qunerior organização e que pcitantn Sodtró eScontrar lá, tudo que ele precisa.ogSes,

eannCi°ilro moral e confiança^bso-

luta por parte dos diretores e do, jogactore*

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P^«lip»!!p-JWÉpST | Heleno expulso? Não, apenas Oscar Pereira Q&ts

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¦'•''"¦:aA>A ' ¦áKffWrfí^Bfc^E» "V "A A'.AsA';": faSaasiõss '•" a^sA;- A

Pirillo correu. Partiu um tiro fraco e Arydefendeu com facilidade, cortando a últi-

ma esperança rubro-negra

-i O ctomingo esportivo registou um lato que háí muito não acontecia: a queda do FlamengoJiíi Gávea. De fato, tudo indicava que, embi.uapoiPUidor de conjunto respeitável, integrada porcttementos de inegável valor, o Botafogo encon-ífaria obstáculos difíceis de serem transporfcosndefampo da Lagoa, o Flamengo, com a oportu-invade de se sagrar tetra-campeão, jogando emíaus domínios e credenciado pelas ultimas vito-lias espetaculares, parecia invencível.

U BOTAFOGO EM GRANDE FORMA-'

O Botafogo, porem, apresentou-se num dia degala. Com as suas linhas ajustadas, não só im-pedia que os avantes rubro-negros fizessem pe-rigar a meta de Ary, como também davam inien-so traba.no à retaguarda flamenga. Auxiliadostambém, pela chance, os alvi-negros fizeram umprimeiro tempo tecnicamente superior ao do ad-versario, conseguindo uma vantagem ds um goal,asinalado aos 18 minutos. Otávio foi o síu autorintelectual. Avançou de posse da pelota, desven-cühando-se de Bria e dando um passe curto aLula. O ponteiro emendou com a oola em mo-vimento e venceu Luiz com potente arremessoeeviezado. O Flamengo quis reagir e, emboraseus atacantes não atuassem com o necessárioentendimento para anular o trabalho deíensivode General Severiano, três situações de real Pe-rigo foram criadas para a meta de Ary.

PIRILO ATIROU FORA A ULTIMA EfcPE- RANÇA

O panorama da fase final não fazia preverUm desfecho favorável ao rubro-negro. O Bota-fogo se firmava de minuto a minuto e as falhasda equipe gaveana, que pareciam sanadas, eramanuladas por outras çue iam surgindo, com ocansaço de Bria, Jayme e Pirilo. A situação nes-sa altura ia se desenhando nitidamente pró-Bo-tafogo, quando Adilson, apanhando uma bola nadefesa, iniciou louca carreira em direção ao goalalvi-negro. Ivan saiu-lhe no encalço e, em últi-mo recurso, agarrou o extrema quando c mesmoestava nas proximidades da área. Os dois caíramaquém da linha divisória e o juiz, qua vinha umpouco distanciado, apitou a falta máxima. De-pois de protestos dos jogadores botafoguenses,que náo se conformavam com a decisão do áibi-tro, Pirilo foi encarregado da execução da pena-lidado. Preparou-se e atirou fracamente, qua.sena direção de Ary, que pouco esforço teve a des-pender para deter a pelota. Era inevitável n de-'fiânimo

que se apoderou de todo o quadro. Piriloacabava de destruir a última esperança do tetra-•wajpeonato.

• Aa % ^iiip^r^*.

o captain alvi-negro havia declarado que o pede Heleno, a despeito da absoluta falta de en

alty

gia

Numa das incursões dos tri-campeões. Adilson, em ótima situação, arre-messou sobre o arco, cabendo a Ary praticar nova e segura intervenção.

Sarno já estava preparado para qualquer eventualidade. O ponteirodireito rubro-negro correu sobre o araueiro, na esperança de uma

falha, mas este eslava realmente num grande dia

a

A fisionomia de Heleno parece explicar tudo. ut

juiz... Bom, o juiz discute e dei l -J

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& $$s chama a autoridade ao campo, porque

alty não ia ser cobrado. Apesar da exaltação

raia do juiz acabou ynesmo não havendo nada

^^p|$<P^fcfv"^ " '*i'l i- -

Ary foi o maior player em campo. Ei-loem ação defendendo forte arremesso de

Zizinho

dodei *

fialquer comentário é desnecessário. Ose abraçar pelos jogadores

Peracio e Ivan em ação. disputando a bola. O half-direüo aluou bem, _embora empregasse o jogo violento. Peracio. por sua vez, teve alguns

momentos altos, mas foi alvo de cerrada marcação. Foi, porem, o ele-

mento que mais fez perigar a cidadela de Anj

OCTAVIQ CONFIRMA

2 Com o Flamengo abatido, à turma de Ge-

nerttl Severiano foi menos difícil a consoli-dação do triunfo. Quando faltavam cinco mi-mitos, Otávio recebeu a bola do lado direito daárea. Esperou Norival, que preferiu aguardar olance, e então de.slocando-se mais pav.t a Jinhade fundo dirigiu um tiro, que alcançou exata-mente a quina do retãngulo, encaminhando-se abola para c fundo das redes, sem que Luiz con-seguisse influir na situação.

OS VALORES EM DESFILE

O Botafogo apresentou um trabalho positivo.A defesa, com Negrinhão, Ary, Laranjeira eIvan em primeiro plano, enquanto Sarno o Oid.brilharam menos. No ataque, o trio central im-pressionou bem. Otavio-Heleno se entenderamrjeríeitamente, contando também com a atividadedos dois pontas.

No i larhengo, Norival voltou a decepcionar.Nilton jogou por eie e pelo companheiro. A linhamedia só contou com Biguá em forma. Jayme eBria não jogaram como de costume. Adilson, fra-co, perdeu oportunidades de fazer goal. Tião, es-forçado, sem poder nada sob a guarda de Ivan.Pirilo, completamente negativo durante todo ojogo. Ziíinho, regular, e Peracio. o melhor dalinha.

LM JUIZ QUE NAO AJUDOU

O jui? Oscar Pereira Gomes, embora suaatuação não se refletisse no marcador, foi fa-

.lho. Permitiu lances por demais bruscos e re-cJamações freqüentes de jogadores, alem de errarna marcação de faltas evidentes. • Cochilou naconsignação do penalty e deixou passar dois ou-tros autênticos, um de cada lado, na primeirafase. Enfim, conseguiu levar a partida ao fimsem outrus incidentes, o que já é um consolo.

RENDA

Apesar do clássico Vasco x América, realiza-do cm São Januário, a renda atingiu Cr$112.137,00. o que mostra a grande importânciado match para os contendores, pois o resultadoíinal afastaria um das espirações ao titulo máximo

I

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Página 10 Sexta-feira, 2 de novembro de 1945 O ti LOBO SFOKTIVO

Beracochéa#

y. WÊl h ül

Reportagem de GERALDO ROMLÍALDO DA SILVA,,

Sebasiian, Salomè,Beracochéa. "Bera"

explica que Beraco-chéa é Beracochéa. as-sim como está- escrito,gem nenhum "s" en-ire o a" e o "c". Sim-

plesmcnie Beracochéa.Mar< súbito, franze oaobrecenho. Aí enlãorevela que não gostanada de seu nome. Eacrescenta:

— Antigamente euassinava apenas Saio-xné Beracochéa, masootn isso de viajar.de ter que tentar avida aqui e sli, aca-bei sendo submetidoà» exigências dos re-gastos Vem daí todaessa interminável len-ga-lenga...

Berachocéa é filhode Montevidéu. Nas-ceu bem no centro dacapital uruguaia. Fi-Ebo de pais pobre?.,trabalhou em misteresoe mais diversos atéos 18 anos. Aliás, pio-curou aprender de tu-do um pouco. Pri-meir emente música*depois comercio. Ten-Sou ainda ser alfaiateaté se perder em "pe-

ladas " inlermiraveis.A "peitada" foi o prin-cipio e o fim dessawa vida nômade"...

SONHO DE TROM-

BONISTA

O rapaz simples esincero não se enver-gonha nem se sentediminuído quando pro-cura recordar as di-ficuldades naturais queo mundo reserva aoshomens de cor escura.Conta:

— Como havia pou-ca genie preta em mi-aha terra, era semprealvo da atenção doscuriosos. Recordo bemque nos primórdiosdo "jaza", quando amúsica do Harlem foitransportada até nós»pelo cinema, chegueia admitir a hipótesede ser, algum dia,uma daquelas figurasdas orquestres de cornorte-americanas. Me-ti-me a aprender mú-¦tea. perdido de se-dação pelos trombo-nes de vara. Queria,porque q«eria tambémêazer as minhas "acro-

bacias" com o instru-menio mais sedutorda época. Gastei di-nheiro e perdi tempotreinando embocadu-ra e decorando esca-Ia*. Ao cabo, porem,de algum teínpo, tiveque desistir da era-bocadura e das esca-les em proveito domeu estômago... Eassim terminou o meusonho de irombonis-ta.

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Ondino Viera parecia não acreditar em Beracochéa. A impressão do "bluff" durou muito tempo. Pelo menos."Bera" não conseguia um fan, nem mesmo um fan sentimental dos fracassados. Agora c um Ídolo da "hinchada"vascaina O "coach" uruguaio rehabilitou Beracochéa e o crack, seu compatriota, é um dos que concorreram para

rehabililar o Vasco

O COMERCIO TAO POUCO ME SEDUZIU

Tendo que trabalhar, tendo que "virar" para que nada faltasse em casa. aca-

boi ingressando no comercio. Concluí que o comercio seria uma magnífica solução

para o meu caso. Foi então que resolvi aderir ao balcão, coisa que. francamente,

fartou-me até os olhos. , .„. ."Bera" vai narrando com simplicidade outros capítulos de sua vida «e anle-, de

"crack" >• •Foi uma vida dura, vida de pouca roupa, de plantões e de nenhuma p^iac.a ..

As peladas" vieram depois Exatamente depois de ler decidido largar o balcão para

tratar de outra coisa. ^

.^^ ^^ ^ s£r alfaiate_

E então, "Bera". você ficou a-toa ?Isso seria impossível Ficar à-íoa. queria dizer ficar sem roupa e ter pouco

o qu? comer —

Foi fazer o que ?Fui ser alfaiate,

ou melhor, fui lenlnrser alfaiate. Aí, e sòai, consegui arranjartempo para me dedi-car com mais carinhoao esporte. Maü. odiacho é que me de-diquei demais, aca-bando por desistir dacostura antes de cho-gar a confeccionar oprimeiro torno. ..

"POR QUE FRACAS.SEI NA ARGEN-

TINA'

Beracochéa recor-da com indisfarçavelpesar a sua perma-nencia om Buenos Ai-res. Adquirido poralto preço ao RiverPlate, de ^Montevidéu,

graças aos esforços doCbacarita Juniors, ru-mei para a capitalportenha convicto deque continuaria o meusucesso no exterior.Mas. chegando a Bue-nos Aires, vendo oteam que me tocavadefender, percebi qüeeslava definiiivamen-te arruintdo. Ao cabode dois meses recaiasobre mim só todo opeso da responsabili-dado do conjunto.Como o conjunto erafraco e quase todosos concorrentes mui-to fortes, vcncíar.iospouco. Foi o basian-le para que eu cedas-se meu poslo a ou-Iro até recucerav aforma. A desculpaímediEia foi a -"aliade forma, o que su-cede sempre nessasocasiões com qual-quer jogador de trõns-ferencia vulsoua As-sim fracassei na ter-ra dos campeões sul-americanos. Igual qu»Og Moreira, no Fa-cing.

Beracochéa volla aoseu período de crfick,no Uruguai E revela:

— Até que não per-maneei mudo tempo

jogando em quadro*"chicos". Como resi-dia perto do River,fiz-me sócio dele. So-oio e jogador. Emmenos de um ano es-tava integrando o qua-dro principal Che-guei a ser apontadopela imprensa, numafase de grandes cen-ler-halve-s, como dos

principais do pais.As opiniões se divi-diam entre este seucriado, Sixlo Gonza-»les e Álvaro Gestido.Geslido já estava nofim, mas se valia dntradição e do presti-gio popular para con-linuar na "capitania"dos selecionados.

O médio cruzmallino faz uma pausa e acrescenta:Mas, um dia, treinando no team "celesie"

que iria enfrentar os argentinos,fui chamado a parle, por Geslido. Pedira-me. ele. para que eu fi7esse uma experiênciana "asa", com Raul Rodrigues do outro lado Relutei, explicando que. de certo, não moadr.plaiia ao novo poslo. Geclido pôs a queslão no seguinle pé:

"ou você atendo a°meu apelo ou desisto de jogar no team !"

O DIA DE MAIOR GLORIA ESPORTIVA

E você concordou. "Bera"?

Concordei. Treinei e fui para campo duas semanas depois, tendo ftcTo opor-tunidade de realizar uma das grandesaiuações de minha carreira

Beracochéa salienta com emocao:Alias, foi o dia de maior gloria esportiva de minha axislcncia. Vencemos o*

argentinos por três a um.

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O «LOBO SPORTIVO Sexta-feira, 2 de novembro de 19451 Página 11

O VASCO E' UM CLUBE COMO POUCOS

O crack cruzmallino aborda outro assunto. E fala sobre ofootball brasileiro. O Vasco da Gama, que vive dentro dele como'um grande prêmio", é agora toda a razão de sua existência.

O Vasco é urh clube como poucos. E' realmente um monu-mento desportivo digno de ser conhecido, digno do apreço emaue o iêm os desportistas sul-americanos.

O ACASO ABRIU-ME AS PORTAS DA FELICIDADE

O repórter deseja saber como o crack veio parar no Brasil,se foi Por intermédio do Vasco, se de outro clube. "Bera" escla-xece: Olhe aqui: devo ao acaso, única e exclusivamente ao acaso,a minha vinda para o Vasco. Estava no Brasil, mas tão distfinle tíoVasco como se vivesse em Montevidéu...

EM BAGE' RICARDO DIEZ RESPONDEU QUE EUSERIA ÚTIL AO VASCO...

A historia vai naturalmente se alongando. E quanto mais sealonga, mais adquire aspectos curiosos. "Bera" prossegue:

A verdade é que, dc uma feita, já desanimado de voltarao que fora. sem clube e sem estimulo. íui convidado para jogar noRio Grande do Sul. A proposta partira de um seu compatriota,residente no Brasil. Ricardo Ditz foi buscar-me, promeier:do-merehabilitação e "plata". Não acreditava muito na rehp.bililaçào empequeno centro esportivo, mas como necessiiava de "plaia" embar-quei. Lá em Bage o Ricardo estava reunindo elementos para for-car uma excursão pelo Brasil. Eu seria, no seu dizer, uma dasatrações da "giria". O giro fracassou pelo falo de o íeam ser avul-so, mas, enlrementes. o Vasco enviou um telegrama, (o Vasco oualguém do Vasco), pedindo info:-maçòes a meu respeito. RicardoDicz respondeu que eu seria útil ao team do Vasco. Foi assim, que,da noite para o dia, a esperança voltou a ak-ntar-me.

...MAS DEVO TUDO A ONDINO

Eu seria um ingrato, no entanto, se ,em meio a todos osacontecimentos que cercaram a minha viagem ao Rio. esquecessede Ondino Viera. Vocês sabem que atravessei um perioco de in-certeza no Rio de Janeiro, sabem que não me aclimatei dc inicio,que estive por regressar. Foi Ondino que levantou o meu espiritoe me deu moral e conciencia de que nem tudo estava perdido. An-dei de center-half a half de ala como quem anda a procura de "cerca*.

Graças a Deus, a sorte não me abandonou. E a torcida incenli-vou-me muito, elevando-me de novo à situação de prestigio dosprimeiros dias de celebridade, em Monievidèu.

UM PRIMO ATACANTE, VIRA' UM DIA TAMBEMPARA O VASCO

Pergunto a "Bera" se ele é só. Responde-me que não.O principal, o ente que mais amava, perdi. Foi minha

mãe. Estava aqui. longe dela, e não pode vê-la. Senti um pesarimenso .

Quero saber, "Bera", se na família existe algum crack ,alem de você.

Existe um primo que joga football, em Bage. Sou suspeitopara dizer se ele é crack. O que sei é que maneja bem a pelotae que desfruta de grande prestigio em Bagè.

Quem é ele ? Rubilar. Franquito poderá fornecer pormenores sobre suas

possibilidades.Rubilar não pensa em vir para o Rio? Pensar ele pensa. Aliás, tenho trabalhado para coloca-lo

num clube como o Vasco. Vamos esperar e ver o que poderá sairde tudo isso...

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Rapaz que pensa, não casou ainda. Beracochéa jd-nais transtornou,a caceça com a gloria enganadora do football, cio foorball qi.e aca-ba um dia. Quando cheoar o fim. começará a vida w.va outra vez,da n "Ihor maneira possível. No Uruguai, tem uma caca, umu casaq<ie o football lhe deu. O trabalho não lhe asnsta. Comerciario,

alfaiate e até musicista "Bera" já 'o:'. .

PRIMEIRO A "PLATA". DEPOIS AS FOTOS...

Beracochéa confessa que é homem de economia. A desventura fez com que eu pensasse maduramente sobre o dia

de amanhã — disse-nos, depois de breve meditação. E concluiu fileso-ficamenle: ,

Adotei o seguinte sistema: primeiro a plata . depois as to.os.Estou fazendo justamente o que nem todos os profissionais lazem. Osexemplos de fracassos e falências, abriram-me os olhes para uma rô&li-dade profundamente dolorosa.

UM CONTRATO A EXPIRARBeracochéa prepara-se para voltar ao estádio, que é a sua casa.

Tentamos ainda uma indagação.E o seu contrato com o Vasco nT£,^;«.rtEstá por expirar. Terminará exatamente em decembro. preciso

jogar sempre e jogar o máximo para continuar garantindo o pao aeCd

Disse'e lá se foi, passos largos, olhar firme. E aqui termina a historiado grande

"Bera". que chegou ao Rio como fracassado, mas que nojefigura singular de nossas canchas.

I O football brasileiro é o mais dificil de ser praticado, no munfaaçgMji*clima mais impiedoso para ajudar a vencer o crack que vem de '?™- f.e\a,c:,.ifFSsa que "pregava", que ficava tonto com a velocidade do noiso footoau

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Pagina 12 Sexta-feira, 2 de novembro de 1945 O GLOBO SPORTIVOi ¦—irr^^^

Amanhã e depois, em São Paulo, nada-dores do Rio, Minas e do centro aquáticotocai mtereirão na segunda PreparaçãoSul-Americana. Trata-se do prossegui-mento de uma intensa campanha prepara-toria organizada pela C. B. D., objeti-?ando a formação da equipe que defen-dera as cores do Brasil, no próximo cam-peonato -continental. Nunca é demais re-petir a responsabilidade que pesa sobre anossa representação, pois ainda somos osdetentores do título máximo, graças aofeito de 1941, em Vina dei Mar. Desde en-tão não voltaram a ser disputados os cam-peonatos sul-americanos e tal lato, teveum mau reflexo em nossos meios aquáti-eos. Sem o estimulo de competições inte-restaduais ou internacionais, os nossoscampeões foram, pouco a pouco, manifes-taudo desinteresse pelos torneios de nata-ção verificando-se um verdadeiro êapdo.A natação brasileira não estava preparadapara sofrer um golpe tão brusco, sem quehouvesse tempo para se processar uma re-novação de valores. E o resultado foi queamericano de 46, o Brasil esta mtei-ao receber o convite para disputar o sul-mente desprevenido.

Se Não Sabe...i

1 —

João Pinto, com 27 "mais".

Jfm Mibielles. Em 19i2.Nado de pe-o.Hipismo.Jcsse Owens.

Mas a C. B. D. não cruzou os braços,como seria lícito supor-se, diante de umquadro tão contristador. Apelos foram di-rígidos a todos os centros aquáticos do país(a dirigentes, técnicos e nadadores) e or-ganizado, concomitantemente um sistemade treinamento. Não há muito tempo foirealizada no Rio a primeira preparaçãosul-americana. Os resultados, para inicioda campanha, foram alem da expectativamais otimista, sobretudo considerando onivel atual da natação lio Brasil. E emrelação ao cenário continental, porem, asmarcas ainda foram discretas. Eis por-que há um ambiente de curiosidade quantoàs performances de amanhã e depois, emSão Paulo.

A VOLTA DE CECÍLIA

Quando da primeira preparação, reali-zada na piscina do Guanabara, o presiden-te Rivadavia Correia Meyer fez um apeloa Cecília Heüborn para que retornasse àatividade. Dias mais tarde, a campeã bra-sileira e sul-americana Piedade CoutinhoTavares renovou lal apelo, salientando queo Brasil não poderia levantar o TorneioFeminino do Sul-Americano se nãqjnidessecontar com todos os seus valores, inclusi-ve Cecília Heüborn e Sieglinda Lenk.

Cecilia, respondendo agora a uma con-«ulta de O GLOBO SPORTIVO mostra-sedisposta a realizar "um grande esforço".Trata-se de defender o renome esportivodo Brasil e a simpática campeã prontifi-cou-se a envidar o melhor de seus esforçospara que a natação brasileira, caso se tornenecessário, venha a ter o seu concurso.

K

HPlimw

i

- Era muita coincidência, Flavio.Muita coincidência o que, Ondino?

_ Acontecer outra vez o que sucedeu o ano

passado.De um certo modo aconteceu, Ondino. Pelo

menos para o Flamengo._ o Flamengo foi campeão, Flavio. E você

não vai me dizer que ainda pensa em campeonato.Agora não penso mais.Então não aconteceu nem vai acontecer.

Tudo saiu ao contrario.Parece que você se esqueceu, Ondino. que o

Flamengo perdeu do Botafogo o ano passado.Uma vez só. Este ano perdeu duas, não deu

ama dentro.Mas o Flamengo perdeu o mesmo numero de

pontos no turno do ano passado e no turno desteano.

Lá isso perdeu.Era isso o que eu queria dizer. O ano pa*-

sado o Flamengo foi campeão com oito pontos per-didos, seis pontos perdidos no turno e dois pontosperdidos no returno.

Exatamente. Mas este ano tinha graça oFlamengo ser campeão com oito pontos perdidos.

Aí é que está. O Flamengo não queria, On-dino, que sucedesse este ano o que sucedeu no ano

passado._ Deixe disso. Flavio.

Não queria, não.Então o Flamengo não queria ser tetra .Queria. E porque queria ser tetra fez os cál-

culos de não perder mais pontos. Eu tinha de ga-nhar todos os jogos do returno. Ondino, não podianem empatar.

Em siuna. Flavio: você queria o impossível.Se não fosse o Botafogo.. .Há sempre um Botafogo, Flavio. Se o Vasco

perdeu um ponto, se o Botafogo perdeu três pontosno returno, para não falar nos outros, por que é

que o Flamengo não ia perder ?_ O Flamengo não tinha jogos perigosos fora

da Gávea, Ondino, a não ser o Fla-Flu.E quem sabe se você não perde também

o Fla-Flu ?Se perder, que mal faz ?

Eu já contava com isso.Com a derrota do Flamengo na Gávea? ^Não propriamente com a derrota do Fia-

mengo na Gávea. Mas com um empatezinho...Na Gávea ?Em qualquer parte.Eu também contava com o empatezinho do

Vasco. Não queria mais do que isso. Um empatezinho do Vasco me bastava.

O Vasco empatou com o Botafogo.Não era esse empate que eu queria. Se o

Vasco tivesse perdido em General Severiano eu não

pediria mais um empate.E não adiantaria de nada para você.Talvez adiantasse.Para você perder também do Botafogo?Talvez não perdesse.Tanto tinha de perder que perdeu.

Eu só sei de uma coisa, Ondino. Você devestar dando graças a Deus.

Por que? Ora, porque! Porque não é nada bom par»

um ponteiro de tabela ter um Flamengo atras deieseguindo-lhe os passos.

A respeitável distancia. A distancia podia diminuir, Ondino. E do-

pois o Flamengo ia pegar o Vasco na Gávea O anopassado você sabe como foi.

Quando o Flamengo pegasse o Vasco lá naGávea, Flavio, o Vasco já estaria de faixa.

Eu acho bom, apesar de tudo, que você n.iose esqueça de levar a faixa.

Pode ficar descansado.Porque senão o Botafogo...Eu não vou mais a General Severiano Só

no ano que vem.Mas não caia na tolice de esquecer da faix.i,

Ondino.Você vai trabalhar pelo Botafogo?Não: mas não há nada que eu goste mais

que tirar tícír pontos do Vasco.

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O (31,0110 SPORTIVO Sexta-feira, 2 de novembro de 11)45 Página 18

_^_É'AaA' BmMi^I HaB—_¦ I W__U_f*_ _W"^SI huv l___E._)' -y_t__t -i.1 ^_r"^_, —W *_F »_^**>v ^£&**^È '*tM_i HHfjf* l____!l'',í___K__ "__r"1'"'^(_ !T^**_.

Alcides Procopio perdeu o seu titulo diante de Armandinho Vieira, que o superou facilmente-em ires series consecutivas 6x3, 6x1 e 6x3

2

Este ano, ao cenário do tennisnacional estava reservada umamagnífica surpresa, ou seja, a

de consagrar um novo campeão: Ar-mando Vieira.

Armandinho, que já era um tênis-ta de qualidades, vinha aprtsentan-do melhoria crescente em sua pro-dução, culminando agora com o títu-Io obtido, após derrotar consecutiva-mente dois dos maiores tenistas na-eionais: Manoel Fernandes e Alei-des Procopio.

O feito de Armandinho, ganhamuito cm valor, se analisarmos, prin-cipalmente, as circunstancias em quefoi ele obtido.

Lembre-se que ele disputou o cam-peonato fora do Rio, em primeirolugar. Depois, acentue-se que o seuterceiro adversário foi Manoel Fer-nandes, grande "raquete" brasileira,com quem sustentou um jogo com aduração de mais de duas bolasNesse mesmo dia, Procopio, seu ad-versado final, havia vencido em ppu-co tempo por motivo de desistênciaao carioca llerbert Mesquita.

E, com an.vnas o intervalo de umdia, teve que decidir a primazia com oantigo detentor do título. A expec-tativa era enorme, mas apesar dosvários "contras", Armandinho, im-pôs-se como um verdadeiro campeão.Venceu com autoridade por

*5 a <•Procopio foi impotente para conteros seus golpes; a sua moeidade, osseu?: constantes deslocamentos dentro

1

Terminou recentemente emSão Paulo, o CampeonatoBrasileiro de Tennis, de

1945. Numeroso público afluiu àsdisputas deste campeonato, queforam todas caracterizadas desensacionalismo e excelentes lan-ces de técnica.

O esporte da elite, que reúne nacapital bandeirante, as simpatiasde um grande público, proporcio-nou aos seus adeptos, por meiodos seus mais destacados "ases",exibições convincentes de técnicae combatividade.

Não foram poucas as vezes emque Armando Vieira executavaum dos seus famosos golpes deesquerda ou que Alcides Procopioe Manoel Fernandes deliciava opúblico presente aos espetáculos,com lindos "voleys" ou "drives"

possantes.

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Manoel Fernandes tentou re-cuperar o título máximo dotennis nacional, mas foi su-perado por Armandinho nasemi-final vor .í\2 (5x*7 4x6,6x2, Sx6. 2x0 e desist-ivua) .Maneco, no entnnto, ãesfor-rou-se do novo campeão,quando da disvufa do cam-

peonato òrasilcirOj porequipes

omeitiageiis. do JockeyClÁ €

jarasiiearoreas Brasil*

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orcase aos

O título que Armandinho acaba de conquistar é um premwà sua brilhante campanha desenvolvida nesta temporada,

na qual teve atuação destacada em vários certamesinternacionais

da quadra. Isso não desmerece, con-tudo. em absoluto o valor de Alcides

que porfiou com valentia e denodo.

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A "R15VANCHK" DOS PAULISTAS

Nas disputas do campeonato por equipesSão Paulo, como era esperado, venceu demaneira absolutamente fácil. No pri-

J^meiro jogo Armando Vieira foi derrotado empartida "revanche" por .Maneco, por .'5x1. Deve-se no entanto levar em conta, o cansaço de Ar-mandinho, que havia levado termo a uma jor-nada árdua que findou com o seu absoluto sucesso. Tanto assim, que na outra peleja quedisputou com Procopio, tornou a abatê-lo, destafeita por 3x1, conseguindo o ponto de honra doscariocas, que tombaram vencidos por 4x1. De

| mua maneira geral a produção da equipe carioca,foi l>oa, deu o que dela se esperava. Pois, alem

Ide Armandinho, que se tornou campeão indivi-dual brasileiro, também uma carioca, Sofia deAbreu, levantou o título. Os resultados gerais

|do campeonato foram os seguintes :

INDIVIDUAL MASCULINOCampeão: Armando Vieira.A sua campanha foi a seguinte: venceu a

[Ary Herzog por 3x0 (6 3, 6/2, 7/5); a Silvio

Boofc por 3x0 (6-1, 6/3, 6/4); a Manoel Fernan-des por 3x2 (."> 7. 16, 6/2, 8/6 e. 2/0) (desis-tencia); e na partida final a Alcides Procopio.por 3x0 (6/3, 6/1, 6/3).

DUPLAS DE CAVALHEIROS

A dupla paulista Alcides Procopio-SilvioRook, levantou o título, vencendo Ary Herzog-AryJucken — W. O.; a Ricardo Pernambuco-Hcrbert Mesquita por 2/6, 6/0, 6 2 0 6 e 6/4"; ea Manoel Fernandes-Jorge Salomão, por 6/3,6/4, 3/6 e 6/2.

O campeonato por equipes apresentou a se-guinte estatística:

Campeã: Equipe paulista.A turma paulista, que no encontro final com

os cariocas venceu por ixl. triunfou na semi-final contra os gaúchos por 5x0.

O único ponto perdido pela equipe paulistanos jogos com os cariocas, foi fruto da derrotaque Armando Vieira impôs a Alcides Procopio,confirmando, assim, o seu triunfo magistral de48 horas antes, no campeonato individual sobreo ex-campeão brasileiro.

O GRANDE PRÊMIO JOCKEY CLUB DORIO DE JANEIRO

O majestoso campo de corridas da Gavca, nma vez mais viveuhoras festivas nas tardes dos dias 28 e 30 do mês findo. Comoacontece, anualmente, a prestigiosa sociedade hípica, recepcionouos representantes das nossas heróicas forças aéreas, comemorandocom unia brilhante reunião a "Semana da Asa".

As carreiras disputadas, com exceção do Clássico "CândidoEgidio de Souza Aranha**, tiveram como nalronos nomes e dataoue enriquecem a histeria dn brava aviação brasileira. Júlio Ce-sar Ribeiro de Souza, Barlolomeu de Gusmão, Augusto Severo,forreio Aéreo Nacional, Aero Clube do Brasil, Alberto SantosDumont e "20 de Janeiro de l!i41", foram assim recordados comorgulho nelo público da cidade que no Hipódromo Brasileiro poderender tão significativa homenagem.

A diretoria do Jockey Club ofereceu, então, um almoço ãsaltas patentes da FAB. no Salão das Rosas, do hipódromo e à tardefez realizar um chá-dansante, homenageando, assim, os cadetesdo ar. Da festa que ali se realizou, ficou a mais significativa dasimpressões.

HOMENAGEANDO A CLASSE DOS COMERCTARTOS

Dois dias depois os portões do majestoso hipódromo abriam-senovamente rara receber os representantes da laboriosa classe doscomerciados.

Novos momentos e horas festivas viveu o belo campo de corridas daGávea. Suas vastas dependências estiveram totalmente lotadas,desenrola ndo-se as carreiras com lisura e entusiasmo. Dentro dopregrama apresentado foram homenageadas as associações declasse, lais como "Sindicato dos Comerciarios Lojistas", "Institutodos romerciarios", "Associação Comercial do Rio de Janeiro","Sindicato dos Comerciantes Atacadistas". "Sindicato União dosEmpregados no Comercio" e "Associação dos Empregados no Co-mercio".

Estiveram ali todas elas representadas por seus dirigentes, noeassistiram o desenrolar das provas anunciadas.

O GRANDE PRÊMIO JOCKEY CLUB DO RIO DE JANEIRO

Depois de amanhã, será disputado mais uma vez o GrandePrêmio Jockey Club do Rio de Janeiro. Prova de alta expressãoem nosso turf, apresenta-se este ano com uma característica nova,tal como o se.ia, a da distancia em que vai ser corrido. Seus dispu-tantes, que são Cumelén, Monterrcal, Goiano e Batton, percorre-rão, então, quatro quilômetros! Esta circunstancia dá a grande car-reira clássica uma atração mais forte. O público está por isso em-nolgado aguardando, entusiasmado, o seu desenrolar. Na partetécnica, nossos carreiristas vão assistir, praticamente, a um matchentre fumclén e Monterrcal, já que os dois restantes adversai ios,não têm credenciais para se nivelar com os pensionistas dos irmãosOsvaldo c Gonçalino Feijó.

OS GANHADORES DESSA PROVA

Dentro do período de 1932 a 1944. quando essa prova foi dispu-tada em 2.500 metros no primeiro desses ;mos c em 2.ÍO0 nos res-tantes, foram seus ganhadores os seguintes animais: Myrthée. Lu-minar, Brunorb, Rio. Formastems. Star Light, Maritain, E»Atla»«tido, Maritain, Zurrun, Criolan, Xingu c Argentina.

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PARA O TÍTÜlAX1MO DE 4

DE CARLOS ARÊAS

sl

influencia para o desfecho da luta. Vemos no jtagranic, u b^^ Uvanta qs hr açOS dc alegria •• m

Intensa expectativa cercava o "clássico da paz". Antes do jogo como uma

conseqüência natural da época de desconfianças em que vivemos, cornam- boatos venenosos sobre condutas anti-desportivas, envolvendo jogadores do

América. No entanto, felizmente, o desenrolar dos acontecimentos veio demons-

trar amplamente a nenhuma razão de ser de tais boatos malévolos. O America,

fiel às suas tradições de dignidade e de alto espírito desportivo, foi a campo e lu-

tou com a bravura que dele seria lícito esperar. Perdeu o jogo, em verdade, mas

nerdeu com honra, com brilho, realizando com o esquadrão invicto do Vasco uma

uta deTgual para igual, que só teve o seu desfecho traçado na fase final do pre-

S, ReproCuz- do ígrande performance ,ue apresentara no ptuneiro turno,

quando não permitiu aos cruzmaltinos mais do que um empate no ultimo mmu-

to da batalha, o América voltou a exigir do lider um esforço máximo para fugir

A PRELIMINAR FOI UM PANO DE AMOSTRA

O iogo preliminar foi, aliás, um pano de amostra do que seria o principal, em

matéria de renhidez, e entusiasmo. Os "aspirantes" rubros, atuando com mais

desembaraço venceram os vascainos que eram os líderes do certame da 2.9 divisão,

por 2x0 O final do jogo, porem, foi tumultuado pela expulsão de um jogador lo-

cal o oue provocou um movimento das sociais vascainas contra o juiz da partida

e o seu auxiliar que atuava do lado das citadas "sociaisA Ambos foram visados

com foguetes e outros objetos, só podendo deixar o campo rumo ao vestiário, ga-

rantidos pelo comandante Euzebio de Queiroz e seus auxiliares da Policia Especial.

OS TEAMS EM CAMPO

Foi ainda nesse ambiente agitado que os dois teams deram entrada em cam-

no Primeiro o América, apresentando: Vicente - Paulo e Gritta — Oscar - Da-

nilo e Amaro - China - Maneco - César - Lima e Jorginho. Depois o Vasco,

sob um foguetorio tremendo, entrou com esta formação: Rodrigues -• Augusto e

Rafanelli - Beracochéa - Bly e Argemiro - Ademir - Lelé - - Isaias - Jair e

Chico. Na arbitragem o Sr. Alzilar Costa, tendo como auxiliares os Srs. Guilher-

me Gomes e Adolfo Costa Campos.

GRANDE JOGO, DE SAÍDA

Desde os primeiros momentos o match pintou-se logo com as características

de um grande jogo.

2 O Vasco lancou-se ao ataque e aos quatro minutos surgiu o primeiro lanceemocionante da luta. Ademir chutou cia ponta e Vicente intervindo largou apelota Jair emendou para o arco mas Paulo aparecendo na hora precisa, sai-

vou a situarão saindo com a pelota nos pés e despejando-a para fora da área. Foise aprumo udo o América e aos onze minutos Jorginho numa arrancada pelo seusetor atirou forte. A bola cobriu Rodrigues, mas chocou-se na trave. Tremeramos "fans" vascainos!... Pouco depois Lima entrando bem numa bola cruzada,emenda forte em goal, mas Rodrigues aparou firme, no alto. Retornou o Vascoao ataque e o América concedeu dois corners seguidos.

TRÊS LANCES DE SENSAÇÃO

No andamento do jogo sucederam-se três lances de sensação. No primeiroOscar atirou forte o rasteiro. Rafanelli tentando cortar a trajetória da bala. des-viou-a para o canto esquerdo do goal de Rodrigues. O arqueiro do Vasco que ha-via iniciado um deslocamento no sentido primitivo do chute de Oscar, voltou-seainda em tempo de um mergulho sensacional na nova direção dada pelo pe deRafanelli. desviando a bola para corner com as pontas dos dedos. Uma grandedefesa essa, de Rodrigues. Depois César invadiu a área. mas na hora do arre-mate foi trancado por Ely. Um tranco leve, não há dúvida, mas que desequih-brou o comandante de ataque dos rubros, fazendo-o chutar o vento e cair depois%p solo. A torcida do América reclamou o penalty, mas o juiz deixou o jogo prós-seguir sem nada marcar. Logo após Chico, impedido, chegou em frente à Vicente,mas atirou para fora. Foi melhor assim porque tardiamente o juiz previu o off-side do ponteiro. Se a bola tivesse ido às redes, na certa estaria formada uma"alteração".

COTOVELADAS E TAPAS

Na altura dos quarenta minutos verificou-se um corner contra o América.Enquanto Chico ajeitava a bola para o tiro de canto surgiu um "qui-pro-quo" nafrente do goal. Beracochéa deu uma cotovelada em Lima que caiu se contor-cendo. Formou-se um bolo agitado e Vicente deixou o arco dando um tapa emBeracochéa. O juiz preocupado em atender Lima, não viu naturalmente o tapade Vicente, de forma que o jogo recomeçou sem nenhuma punição alem do cornerque Chico afinal, depois de dois minutos de paralisação, conseguiu cobrar.

ZERO A ZERO NA PRIMEIRA FASE

Essa íoi a última passagem de relevo no primeiro tempo que, se encerrou as-sim com o placard ainda em branco. Vasco, zero; América, zero. Uma igualdadeque aliás refletia com exatidão, o equilíbrio até então observado na luta. e quenão permitia que se fizessem previsões em torno do seu desfecho. Embora se no-tasse uma articulação mais positiva no ataque do Vasco, a verdade é que no ter-mino do primeiro tempo as possibilidades dos dois quadros em luta eram, emprincipio, as mesmas.

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 2 de novembro d<; H>4i>. iiiiiii 3SbSbÍ|b^PM-bbbbbbbbB

30 reinicio da luta voltou a apresentar o Vasco laneando-so

com mais energia ao ataque. Aos cinco minutos Ademir <>xe-cutou uma grande jogada na área, mas, após passar por dois

adversários, atirou fora. Logo após Isaias avançou com a bolamas não teve para quem passar até que foi apertado por Danilojunto à linha de fundo, e desarmado pelo centro-médio que jo-gou a bola a corner. Batido este a bola demorou-se um pouco naárea rubra, dando ensejo a que Ademir executasse uma notávelbicicleta de lado, que Vicente anulou com uma defesa mais no-tavel ainda. m_ .

CHICO! O PRIMEIRO GOAL!Aos quinze minutos e meio de luta em novo ataque do Vasco,

Chico disputando a bola com Paulo, empurrou o zagueiro e con-seguiu chutar bem para fazer o primeiro goal da tarde Osjogadores do América, reclamaram o foul do ponteiro cruzmaluno.E do lado das -'populares" foi jogado um caixote em campo, o quedeu origem a uma interrupção da partida e a um mcidente como "bandeirinha" Guilherme Gomes.

BERACOCHÉA SENSACIONALReiniciada a partida verificou-se aos vinte minutos de jogo

(já descontado o tempo de paralisação) o segundo goal do Vasco.Foi seu autor Beracochéa. O half-artilheiro dos cruzmaluno»acompanhando o seu ataque apoderou-se da pelota, lutou contradois adversários, passando por eles e chegou perto da meta Matirou com violência, de baixo para cima. A bola batendo na iae*interna do travessão superior, resvalou para o fundo das redes a»-sinalando-se assim o 2.° goal da-tarde.

O AMÉRICA NÃO SE ENTREGOUCom 2 a O no placard, porem, o América não se entregou. As-

sim é que logo derx>is do tento de Beracochéa os rubros criaramuma confusão tremenda na área cruzmaltina. Maneco cabeceoa*a pelota foi à trave e Rodrigues recolheu o ricochete, afastandoo perigo. Respondendo, o Vasco atacou por intermédio de Ade-rnir que foi até à pequena área, onde Vicente, saindo do arco,afastou o perigo. Nos minutos finais, o America levou a efettpmais algumas cargas perigosas, aparecendo então Rodrigues emdestaque com seguras intervenções de "munhecaços .

VASCO DOIS A ZEROE o prelio chegou ao seu término sem mais alterações no pia-

card, ou seja com o Vasco vencendo por 2 a O e sustentando assima liderança invicta.

VITORIA BRILHANTEO triunfo vascaino foi aliás, perfeitamente justo. Encontran-

do pela frente um adversário que se conduziu de forma brilhante,jogando bem e com alma, o esquadrão lider do campeonato agi-,gantou também a sua produção e conseguiu superar o contendo»temível, vencendo-o com brilhantismo.

Rodrigues em ação. O goleiro vascaino que voltou a exibir grandes quiroteaido por Rafanelli. enquanto. César "aterrissa" levantando poei

grandes qualidades, defendera.

4 Com o triunfo alcançado sobre o America,e com a derrota que o Flamengo sofreuante o Botafogo, não há dúvida que o

Vasco está mesmo no caminho reto para aconquista do titulo máximo de 45.

OS "MAIORAIS" DA CANCHAA própria movimentação da luta deu mar-

gem a que se destacassem em campo várioscracks de um lado e de outro. No America,por exemplo. Danilo e Gritta apareceram co-mo os elementos principais, como o foram,aliás, ao nosso ver. os mais destacados docampo. O center-half da seleção guanabarinaesteve impecável na distribuição do jogo en-quanto o zagueiro argentino esteve soberbo naanulação dos ataques cruzmaltinos. Vicente,no arco, Oscar e Amaro, na linha media fo-ram outros elementos seguros e positivos nadefesa rubra. Paulo, embora atirando muitoa bola para "out-side" e para "corner" naocomprometeu a solidez da defesa, aparecendobem pelo esforço. No ataque. César, nao este-

ve feliz, mas as duas alas se esforçaram bas-tarite, tendo Lima e Maneco como os pontosprincipais. No Vasco, o arqueiro Rodrigues,Beracochéa. o half-artilheiro, Rafanelli e Ar-gemiro, foram os pontos altos da defensiva,enquanto no ataque Jair, Ademir e Chico apa-receiam com mais segurança e brilho. Emconjunto, porem, não há restrições a fazer aosdois quadros. Ambos os teams se movimenta-ram bem coletivamente e evidenciaram um'grande equilíbrio de forças.

ARBITRAGEM E RENDAAlzilar Costa funcionou regularmente na

arbitragem. "Cochilou" no tranco de Ely emCésar e no empurrão de Chico em Paulo, quecitamos acima. Admitimos, porem, o critériodo juiz de só marcar falta máxima em casoextremo e daí ter deixado impune o tranco deEly. que em verdade não se revestiu de vio-lcncia. embora desiquilibrasse César. A rendada peleja atingiu a boa cifra de Cr$ 136.916,00assim distribuída: 148 cadeiras, 23.020 arqui-bancadas e 269 militares.

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... Ml—Ml ¦¦ l II - ~' " " " liJUma fase da luta no meio dò campo. Beracochéa e César disptam uma bola alta

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