Zaions D. R. (2008) - Apostila de Elementos de Maquinas II

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    UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

    CAMPUS DE JOAABA

    VICE-REITORIA DE GRADUAO

    REA DAS CINCIAS EXATAS E DA TERRA

    CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUO MECNICA

    ELEMENTOS DE

    MQUINAS II

    Prof. Douglas Roberto Zaions,MSc.

    Joaaba, 29 de julho de 2008

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    UNOESC Curso de Engenharia de Produo Mecnica iiProf. Douglas Roberto Zaions

    UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

    CAMPUS DE JOAABA

    VICE-REITORIA DE GRADUAO

    REA DAS CINCIAS EXATAS E DA TERRA

    CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUO MECNICA

    ELEMENTOS

    DE

    MQUINAS II

    Prof. Douglas Roberto Zaions,MSc.

    Joaaba, 29 de julho de 2008

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    Este material foi elaborado para a disciplina de Elementos de Mquinas II do curso de

    Engenharia de Produo Mecnica oferecido pela Universidade do Oeste de Santa Catarina

    Campus de Joaaba

    O trabalho apresenta citaes dos autores pesquisados e referncias bibliogrficas, constituindo-

    se em uma tima fonte para aprofundamento do conhecimento sobre os elementos de mquinas.

    No mesmo so tratados assuntos como: molas, dimensionamento de cordes de solda, freios,

    embreagens, transmisso por correia, corrente, e acoplamentos flexveis e elementos de vedao

    Tem a finalidade de proporcionar aos acadmicos o contedo bsico da disciplina, com o intuito

    de melhorar o aproveitamento dos mesmos.

    Qualquer sugesto com referncia ao presente trabalho ser aguardada, pois assim pode-se

    melhor-lo com futuras modificaes.

    Prof. Eng. Douglas Roberto Zaions,MSc.

    Julho de 2008

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    UNOESC Curso de Engenharia de Produo Mecnica ivProf. Douglas Roberto Zaions

    DOUGLAS ROBERTO ZAIONS

    Engenheiro Mecnico formado pela Universidade Federal de Santa Maria em 1993. Em 1994 iniciou

    o curso de especializao em Engenharia Mecnica na Universidade Federal de Santa Catarina obtendo o

    grau de Especialista em Engenharia Mecnica. Em 2003 concluiu o curso de Mestrado em Engenharia deProduo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul na rea de concentrao de Gerncia,

    desenvolvendo o trabalho intitulado Consolidao da Metodologia da Manuteno Centrada em

    Confiabilidade em uma Planta de Celulose e Papel. Atualmente doutorando do curso de Engenharia

    Mecnica pela Universidade Federal de Santa Catarina na rea de concentrao de Projeto de Sistemas

    Mecnicos onde desenvolve uma Metodologia para a Aquisio, a Organizao e o Tratamento de Dados

    de Falhas e Reparos para Anlise de Confiabilidade e Mantenabilidade

    Doze anos de docncia em cursos tcnicos, tecnolgicos, engenharia e especializao na rea

    mecnica e de produo.Professor de vrias disciplinas da rea de projetos nos cursos Tcnico em Mecnica e Eletromecnica

    do SENAI CET Joaaba.

    Professor do curso de Engenharia de Produo Mecnica da UNOESC Joaaba onde atua nas

    disciplinas de Resistncia dos Materiais, Elementos de Mquinas, Mecanismos, Processos de Usinagem e

    Comando Numrico, Pesquisa Operacional, Projeto de Mquinas e Manuteno Mecnica. tambm

    pesquisador nas reas de Desenvolvimento de Projeto e Manuteno Industrial.

    Professor dos cursos de Especializao em Engenharia de Manuteno Industrial, Gesto da Produo

    e Engenharia de Produo da Universidade do Oeste de Santa Catarina ministrando as disciplinas de

    Manuteno de Elementos de Mquinas e Gesto da Manuteno. No curso de Especializao em

    Projetos de Sistemas Mecnicos atua nas disciplinas de Metodologia de Projeto de Sistemas Mecnicos e

    Projeto para a Confiabilidade e Mantenabilidade.

    Conselheiro Estadual e membro da Cmara Especializada de Engenharia Industrial do Conselho

    Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de Santa Catarina, CREA SC no perodo

    de janeiro de 2001 at dezembro de 2003. Tambm foi Diretor do CREA SC no perodo de janeiro de

    2002 at dezembro de 2002.Foi Coordenador do Curso de Engenharia de Produo Mecnica de maro/2000 at maro/2006 e do

    Curso de Tecnologia em Processos Industriais Modalidade Eletromecnica de maro/2000 at

    Junho/2002 da UNOESC Joaaba.

    perito tcnico judicial, desenvolvendo trabalhos nas reas automotiva e industrial na busca de causa

    raiz de falhas.

    Contato: Universidade do Oeste de Santa Catarina Campus de Joaaba

    e-mail: [email protected]

    Fone/Fax: (49) 3551 - 2035

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    NDICE

    1 MOLAS ..................................................... ........................................................... ........................................................... 81.1 MATERIAIS PARA MOLAS.......................................................... ........................................................... ................... 81.2 MOLAS HELICOIDAIS DE COMPRESSO............................................................................ ..................................... 11

    1.2.1 Nomenclatura e parmetros ................................................................ ........................................................ 111.2.2 Tenso nas Molas Helicoidais de Compresso ................................................................... ........................ 121.2.3 Deflexo das molas helicoidais de Compresso ............................................................... .......................... 151.2.4 Detalhes de Extremidades das Molas Helicoidais de Compresso ............................................................ 161.2.5 Detalhes das deformaes e comprimentos das molas ........................................................... .................... 181.2.6 Estabilidade das Molas de Compresso (Segundo Shigley et al (2005)) .................................................... 181.2.7 Resistncia ao Escoamento sob Toro .............................................................. ........................................ 201.2.8 Projeto de Molas Helicoidais de Compresso para Cargas Estticas Segundo Shigley et al (2005) ........ 201.2.9 Projeto de Molas Helicoidais de Compresso para Cargas Estticas Segundo Norton (2004) ................. 221.2.10 Resistncia a fadiga sob toro .................................................................... .............................................. 231.2.11 O diagrama S-N de Cisalhamento Torcional para Fios de Molas ............................................................. 241.2.12 Diagrama de Goodman modificado para fio de mola ............................................................................... . 251.2.13 Projeto de Molas Helicoidais de Compresso para Cargas Dinmicas (Fadiga) segundo Norton (2004) 271.2.14 Frequncia Crtica ........................................................................................ .............................................. 30

    1.3 MOLAS HELICOIDAIS DE TRAO................................................................ ......................................................... 311.3.1 Espiras ativas em molas de trao.............................................................................................................. 311.3.2 Constante de mola helicoidais de trao ...................................................................................... .............. 321.3.3 Indice de mola ............................................................... ............................................................ .................. 321.3.4 Pr-carga das espiras nas molas de trao ................................................................................................ 321.3.5 Deflexo de molas helicoidais de trao .............................................................. ...................................... 331.3.6 Tenses nas espiras das molas helicoidais de trao ................................................................ ................. 331.3.7 Tenses nas extremidades (ganchos) das molas helicoidais de trao ....................................................... 331.3.8 Materiais para molas helicoidais de trao ................................................................................. .............. 35

    1.4 ASSOCIAO DE MOLAS......................................................................................... ............................................... 351.5 MOLAS HELICOIDAIS DE TORO.................................................................. ........................................................ 36

    1.5.1 Terminologia aplicada ........................................................................................... ..................................... 371.6 MOLAS BELLEVILLE........................................................ ........................................................... ........................... 421.7 MOLAS DIVERSAS.................................................. ........................................................... ..................................... 43

    1.7.1 Mola Voluta ................................................................................ ................................................................ 431.7.2 Molas cnicas ............................................................... ............................................................ .................. 441.7.3 Molas e Lminas Planas ............................................................ ......................................................... ........ 44

    2 LIGAES SOLDADAS ...................................................................................................... ...................................... 462.1 INTRODUO......................................................... ........................................................... ..................................... 462.2 TIPOS DE JUNTAS SOLDADAS...................................................................................................... ........................... 47

    2.2.1 Soldas de topo ....................................................... ........................................................... ........................... 472.2.2 Soldas em ngulo (filete)............. ................................................................ ................................................ 48

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    2.2.3 Soldas de topo e ngulo (filete) ........................................................... ........................................................ 482.3 TORO EM JUNTAS SOLDADAS.......................................................... ........................................................... ....... 522.4 FLEXO EM JUNTAS SOLDADAS.................................................................... ........................................................ 562.5 RESISTNCIA DE JUNTAS SOLDADAS.......................................................................................... ........................... 59

    3 FREIOS ........................................................... ........................................................... ................................................... 613.1 FREIOS DE TAMBOR E SAPATA............................................................ ........................................................... ....... 61

    3.1.1 Freio de tambor com sapatas simples ............................................................... .......................................... 613.1.2 Freios de tambor com sapatas duplas externas ........................................................... ............................... 643.1.3 Freios de tambor com sapatas duplas internas ....................................................... ................................... 65

    3.2 FREIO DE TAMBOR E CINTA........................................................ ........................................................... ................. 663.2.1 Freio de cinta para rotao em um sentido .................................................................................. .............. 673.2.2 Freio de cinta para rotao nos dois sentidos ............................................................................................ 673.2.3 Freio de cinta diferencial ..................................................................... ....................................................... 68

    4 EMBREAGENS ........................................................................................................ ................................................... 704.1 EMBREAGENS DE DISCOS MLTIPLOS.................................................................................................. ................. 704.2 EMBREAGENS CNICAS................................................... ........................................................... ........................... 72

    4.2.1 Acoplamentos de embreagens cnicas ................................................................ ........................................ 734.2.2 Fora axial na embreagem cnica .............................................................. ................................................ 734.2.3 Fora axial necessria a separar o acoplamento cnico ....................................................................... .... 744.2.4 Capacidade de transmitir potncia ..................................................................................................... ........ 74

    4.3

    CALOR DESENVOLVIDO.......................................................................................... ............................................... 74

    4.4 VIDA PROVVEL.................................................... ........................................................... ..................................... 764.5 EMBREAGENS E ACOPLAMENTOS DIVERSOS.................................................. ........................................................ 77

    4.5.1 Embreagem tipo engrazador ............................................................. .......................................................... 774.5.2 Embreagem de sobrecarga ............................................................... .......................................................... 78

    5 CORRENTES .................................................. ........................................................... .................................................. 795.1 DIMENSIONAMENTO......................................................................................................... ..................................... 795.2 SISTEMA TRIBOLGICO DA CORRENTE......................................................... ......................................................... 845.3 FORAS TRANSMITIDAS................................................... ........................................................... ........................... 865.4 AVARIAS NAS CORRENTES DEVIDO A FALHA NA LUBRIFICAO............................................................................ 865.5 PROPRIEDADES DOS LUBRIFICANTES PARA CORRENTES.................................................... ..................................... 87

    5.5.1 Aderncia .......................................................... ............................................................... ........................... 875.5.2 Detergncia ....................................................... ............................................................... ........................... 875.5.3 Estabilidade a elevadas temperaturas ........................................................ ................................................ 875.5.4 Proteo anticorrosiva ........................................................ ............................................................... ........ 885.5.5 Resistncia ao meio .............................................................. ............................................................... ........ 885.5.6 Carbonizao ...................................................... ............................................................. ........................... 885.5.7 Poder humectante ................................................. ..................................................................... ................. 885.5.8 Poder Lubrificante ....................................................................... ............................................................... 88

    5.6 SELEO DO LUBRIFICANTE E MTODO DE LUBRIFICAO........................................................................... ....... 88

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    5.6.1 Viscosidade .................................................................................................... ............................................. 885.6.2 Mtodo de Lubrificao ......................................................... .............................................................. ....... 90

    5.7 ESPECIFICAES DE TRANSMISSES POR CORRENTES DE ROLOS............................................... ........................... 926 CORREIAS ............................................................................ ........................................................... ........................... 94

    6.1 CORREIAS SINCRONIZADORAS................................................... ........................................................... ................. 946.2 CORREIAS TRAPEZOIDAIS.......................................................... ........................................................... ................. 95

    6.2.1 Dimenses ........................................................... ............................................................. ........................... 966.2.2 Partes componentes .................................................................. ........................................................... ....... 976.2.3 Seleo das correias trapezoidais ......................................................... ...................................................... 986.2.4 Foras Transmitidas em Correias ............... ................................................................ ............................. 104

    6.3 CORREIAS PLANAS................................................................................................. ............................................. 1076.3.1 Norma para especificao de correia plana .......................................................... ................................... 110

    7 ACOPLAMENTOS ........................................................................ .............................................................. ............. 1137.1 ACOPLAMENTOS RGIDOS................................................................... ........................................................... ..... 1137.2 ACOPLAMENTOS ELSTICOS.................................................................................. ............................................. 115

    7.2.1 Alinhamento de eixos .......................................................... .................................................................. .... 1177.2.2 Especificao de acoplamentos elsticos ..................................................................... ............................ 1207.2.3 Seleo de outros tipos de acoplamentos ..................................................... ............................................. 123

    8 ELEMENTOS DE VEDAO ................................................................ ............................................................. .... 1308.1 INTRODUO......................................................... ........................................................... ................................... 1308.2 ELEMENTOS DE VEDAO ESTTICA......................................................................................... ......................... 130

    8.2.1 Juntas ............................................................ ........................................................... ................................. 1318.2.2 Junes........................................................................... ............................................................. .............. 132

    8.3 ELEMENTOS DE VEDAO DINMICA........................................................................................ ......................... 1338.3.1 Elementos de Vedao por contato ............................................................... ............................................ 1338.3.2 Elementos de Vedao dinmica sem contato .................................................................. ........................ 143

    8.4 CONSIDERAES SOBRE FABRICAO................................................................................................. ............... 1459 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................................. ........................................ 14610 EXERCCIOS ............................................................................. ............................................................. ............. 148

    10.1 MOLAS......................................................................................................... ....................................................... 14810.2 LIGAO SOLDADA......................................................... ........................................................... ......................... 15110.3 FREIOS................................................................................................................................................................ 15410.4 EMBREAGENS........................................................ ........................................................... ................................... 15710.5 CORRENTES.............................................................................. ............................................................ .............. 15810.6 CORREIAS.................................................... ........................................................... ............................................. 15810.7 ACOPLAMENTOS.................................................................................................................................................. 159

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    1MOLASMola um elemento de mquina que se caracteriza pela possibilidade de apresentar deformaes

    relativamente grandes, sem que o limite de elasticidade do material seja ultrapassado. A maioria emprega

    material metlico, mas outros materiais como plstico, no metlicos e outros tem sido utilizados com

    sucesso dentro de suas caractersticas (SHIGLEY, 1984).

    As molas so utilizadas em mquinas para exercer foras, proporcionar flexibilidade ou paraarmazenar ou absorver energia. Em geral, as molas podem ser classificadas quanto forma (planas,

    helicoidais, quadradas, etc...) e quanto ao esforo no elemento (flexo e toro) (SHIGLEY, 1984).

    1.1 MATERIAIS PARA MOLAS

    Na fabricao de molas, so usados tanto processos de trabalho a quente, como trabalho a frio. Esta

    escolha depende das dimenses, do ndice de curvatura da mola e das propriedades desejadas. Em geral o

    fio tratado termicamente no deve ser usado, se Dd

    dp f4 6 ou se . Ao enrolarem-se as espiras, induz-

    se tenses de trabalho nas espiras da mola (molas de trao e compresso). Muito freqentemente, no

    processo de fabricao, estas tenses so aliviadas aps o enrolamento das espiras, atravs de um

    tratamento trmico adequado.

    H uma grande variedade de materiais prprios para a confeco de molas, tais como: aos ao

    carbono, aos liga, aos resistentes a corroso, materiais no ferrosos como bronze fosforoso, lato para

    molas, ligas de cobre berilo e ligas de nquel (SHIGLEY, 1984)

    Pode-se comparar os materiais para molas atravs da observao das resistncias trao, e, estas

    variam tremendamente com o dimetro do fio (que no podem ser especificadas at que ele seja

    conhecido) e, de uma maneira mais branda, com o material e processo de fabricao. Conforme Shigley et

    al(2005), a resistncia a trao Sut do fio de uma mola determinada com uma boa estimativa a partir

    da seguinte expresso:

    Equao 1.1 mut dAS =

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    Elementos de Mquinas II 9Prof. Douglas Roberto Zaions

    Os valores das constantes A e m da Equao 1.1 tem

    sido calculadas a partir de pesquisas recentes e podem se

    obtidos para alguns materiais atravs da Tabela 1.2. O uso dos

    valores das constantes A e m da Tabela 1.2 fornecero oresultado da Equao 1.1 em MPa.

    A Tabela 1.1 ilustra os dimetros preferenciais de fio para

    fabricao de molas.

    A Equao 1.1 indica a resistncia trao Sut.

    Conforme Norton (2004) uma estimativa razovel do limite de

    resistncia a toro de materiais comumente utilizados emmolas de 67% do limite de resistncia a trao do material.

    Isso pode ser identificado pela Equao 1.2:

    Equao 1.2 utus SS = )76,0(

    Shigley et al (2005) apresenta uma estimativa grosseira

    para calcular a resistncia ao escoamento por toro pode ser

    assumida que a resistncia ao escoamento a trao seja entre60 a 90% da resistncia trao. Ento, a teoria da energia de

    distoro pode ser empregada para obter a resistncia ao

    escoamento de toro ( yys SS = 577,0 ), onde essa abordagem

    aplicada no intervalo utysut SSS 52,035,0 . Resumindo

    tem-se que:

    Equao 1.3 uty SaS = )9,06,0(

    Equao 1.4 yys SS = 577,0

    A Tabela 1.3 indica a descrio e aplicao para alguns

    materiais comuns para fios de molas. A Tabela 1.4 apresenta

    algumas propriedades mecnicas de alguns fios de mola

    Tabela 1.1 Dimetrospreferenciais de fio

    Fonte: Noton (2004)

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    UNOESC Curso de Engenharia de Produo Mecnica 10Prof. Douglas Roberto Zaions

    Tabela 1.2 Constantes A e m para uso na Equao 1.1

    Material NmeroASTM

    Dimetro[mm]

    Expoentem

    ConstanteA

    Custorelativodo fio

    Fio musical corda de piano A228 0,10 6,5 0,145 2211 2,6Fio temperado em banho de leoe revenido

    A229 0,5 -12,7 0,187 1855 1,3

    Fio repuxado a frio A227 0,7 12,7 0,190 1783 1,0Fio de Cromo-vandio A232 0,8 11,1 0,168 2005 3,1Fio de Cromo-silcio A401 1,6 9,5 0,108 1974 4,0Fio de ao inoxidvel 302 A313 0,3 2,5 0,146 1867 7,6 - 11Fio de bronze-fosforoso B159 0,1 0,6 0 1000 8

    0,6 2,0 0,028 9132,0 7,5 0,064 932

    Fonte: Shigley et al(2005)

    Tabela 1.3 Materiais comuns para fios de molas

    ASTM Material NoSAE DescrioA227 Fio repuxado a frio 1065 Fio de mola mais barato e de uso mais geral. Adequado para

    carregamento, porm inadequado para carga de fadiga ou impacto. O

    intervalo de temperaturas vai de O a 120C (250F).A228 Fio musical (corda de

    piano)1085 Material mais tenaz e de uso mais generalizado para molas de pequenas

    espiras. Resistncia mais alta de trao e fadiga de todos os fios musicais.Intervalo de temperaturas de O a 120C (250F).

    A229 Fio revenido em leo 1065 Ao de uso geral para molas. Menos custoso e disponvel em tamanhosmaiores que os fios musicais. Adequados para carga esttica, masinadequados para carga de fadiga ou impacto. Intervalo de temperatura de0C a 180C (350F).

    A230 Fio revenido em leo 1070 Qualidade de mola para vlvula - adequado para carga de fadiga.A232 Cromo vandio 6250 Liga mais popular de ao para mola. Qualidade de mola para vlvula -

    adequada para carga de fadiga. Tambm boa para cargas de choque eimpacto. Para temperaturas at 220C (425F). Disponvel na forma

    recozido e pr-revenido.A313(302)

    Ao inoxidvel 30302 Adequado para aplicaes de fadiga.

    A401 Cromo de silcio 9254 Qualidade de mola de vlvula - adequado para carregamento de fadiga.Segunda resistncia mais alta para fio musical e tem resistncia maiselevada temperatura mxima de at 220C (425F).

    B134,260

    Lato de mola CA-260 Baixa resistncia - boa resistncia corroso.

    B159 Fsforo bronze CA-510 Resistncia mais alta que a do lato melhor resistncia fadiga boaresistncia corroso. No pode ser tratado termicamente ou dobrado aolongo dos gros.

    B197 Berlio Cobre CA-172 Resistncia maior que a do lato - melhor resistncia fadiga - boaresistncia corroso. Pode ser tratado

    termicamente ou dobrado ao longo dos gros.- Inconel X-750 - Resistncia corroso.

    Fonte: Norton (2004)

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    Elementos de Mquinas II 11Prof. Douglas Roberto Zaions

    Tabela 1.4 Propriedades mecnicas de alguns fios de mola

    Material Limite elstico% do Sut

    Dimetro d E G

    Trao

    Sy

    Toro

    Sys

    [in] [GPa] [GPa]

    Fio musical A228 65 - 75 45 - 60 < 0,032 203,4 82,70,033 0,063 200,0 81,70,064 0,125 196,5 81,0> 0,125 193,0 80,0

    Mola endurecida A227 60 - 70 45 - 55 < 0,032 198,6 80,70,033 0,063 197,9 80,00,064 0,125 197,2 79,3> 0,125 196,5 78,6

    Revenido em leo A239 85 - 90 45 - 50 196,5 77,2Mola de vlvula A230 85 - 90 50 - 60 203,4 77,2Cromo-vandio A 231 88 - 93 65 - 75 203,4 77,2Cromo-vandio A 232 88 - 93 203,4 77,2Cromo-silcio A401 88 - 93 65 - 75 203,4 77,2Ao inoxidvel A313 65 - 75 45 - 55 193,0 69,0Ao inoxidvel 17-7 PH 75 8- 55 - 60 208,4 75,9Ao inoxidvel 414 65 - 70 45 - 55 200,0 77,2Ao inoxidvel 420 65 - 75 50 - 55 200,0 77,2Ao inoxidvel 431 72 - 76 50 - 55 206,0 79,3Bronze-fsforo B159 75 - 80 45 - 50 103,4 41,4Bronze-cobre B197 70 50 117,2 44,8

    Bronze-cobre B197 75 50 - 55 131,0 50,3Liga inconel X-750 65 - 70 40 - 45 213,7 77,2

    Fonte: Shigley et al(2005)

    1.2 MOLAS HELICOIDAIS DE COMPRESSO

    1.2.1 Nomenclatura e parmetros

    A nomenclatura e os parmetros

    dimencionais de uma mola helicoidal de

    compresso so ilustrados na Figura 1.1.

    Figura 1.1 - Parmetros dimensionais das molashelicoidais de compresso

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    1.2.2 Tenso nas Molas Helicoidais de Compresso

    Na Figura 1.2 ilustrada uma mola helicoidal de compresso de fio de seo circular, carregada por

    uma fora axial F, onde D o dimetro da mola e d o dimetro do fio (SHIGLEY, 1984).

    Supondo o corte de uma parcela da mola e substituindo o efeito da parcela removida pelos esforos

    internos, observa-se que estes, so um esforo e uma toro na parte remanescente da mola (SHIGLEY,

    1984).

    Para melhor entender o efeito de toro, imagine um fio enrolado sobre um cilindro, por exemplo, um

    retrs de linha. Ao tomarmos a extremidade do fio e tracionarmos no sentido axial do cilindro, o fio se

    desenrolar do mesmo. Ao soltarmos a extremidade do fio, este girar em torno de seu prprio eixo,

    comprovando a toro que o fio sofre ao ser tracionado. O mesmo efeito ocorrer para o caso da mola

    helicoidal sujeita a um esforo de trao (SHIGLEY, 1984).

    Figura 1.2 - Mola helicoidal. Fonte: Shigley et al(2005)

    A tenso desenvolvida no fio, devido ao momento toror, :

    Equao 1.5J

    rT=

    onde:

    T - Momento toror: [ ] [ ] [ ]

    2

    mDNFNmT =

    r - raio de girao: [ ] [ ]

    r md m

    =2

    J - Momento polar de inrcia: [ ] [ ]( )

    J md m4

    4

    32=

    .

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    A tenso desenvolvida no fio, devido ao esforo cortante, ser:

    Equao 1.6 =F

    A

    Somando-se os efeitos devidos a toro (Equao 1.5) e do cisalhamento (Equao 1.6), e substituindoos valores correspondentes obtem-se a mxima tenso no fio da mola (Equao 1.8):

    Equao 1.7A

    F

    J

    rT+

    =max

    Equao 1.824max

    4

    22

    32

    d

    F

    d

    dDF

    +

    =

    SubstituindoD

    dC= , que representa o ndice de mola, teremos :

    Equao 1.9

    +

    =

    Cd

    DF 5,01

    83max

    A Equao 1.9 pode ainda ser rearranjada de forma a salientar o fator de correo de tenso de

    cisalhamento Ksou tambm como conhecido fator de acrscimo de tenso devido ao cisalhamento.

    Este fator calculado a partir da seguinte expresso:

    += CKs

    5,01 ou C

    CKs

    += 2

    12

    Assim, substituindo estas expresses na Equao 1.9 tem-se que:

    Equao 1.10 sKd

    DF

    =

    3max

    8

    Para a maioria das aplicaes, o ndice de mola C varia entre 4 a 12.

    A Figura 1.3 que segue mostra o efeito decada um dos esforos e o efeito total, sobre a

    seo do fio sendo que: (a) efeito da toro pura;

    (b) efeito do cisalhamento puro; (c) soma dos

    efeitos de toro e cisalhamento; e (d) efeito

    resultante devido toro, cisalhamento e ao

    efeito de curvatura;

    Figura 1.3 - Efeitos dos esforos sobre a seodo fio de uma mola helicoidal. Fonte: Shigley

    (1984)

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    1.2.2.1 Efeito de Curvatura

    Wahl apud Shigley (1984), demostrou analiticamente que nas molas helicoidais, a tenso mxima

    desenvolvida na borda interna do fio da mola (Figura 1.3 d), engloba duas parcelas: devido ao

    cisalhamento e devido a curvatura do fio, e pode ser calculada pela (Equao 1.11) :

    Equao 1.11CC

    CKW

    615,0

    44

    14+

    =

    O fator de Wahl KW pode tambm ser determinado pelo grfico da Figura 1.4 onde os valores so

    determinados, em funo do ndice de mola. Os valores obtidos na Figura 1.4 so vlidos para molas

    helicoidais de trao e compresso com fio de seo circular.

    Figura 1.4 Valores dos fatores de correo de tenso para molas helicoidais de seo circular, decomrpesso ou trao (Somente para fator de Wahl). Fonte: Shigley (1984)

    Definindo-se KW= KC.KS, onde KCrepresenta o efeito isolado da curvatura, tem-se que:

    Equao 1.12S

    WC

    K

    KK =

    Bergstrsser apud Shigley (1984) tambm elaborou uma expresso levando em considerao os

    mesmos efeitos que diverge em seu resultado em aproximadamente 1% com relao a expresso de Wahl.

    Shigley et al(2005) prefere a utilizao do fator de Bergstrsser ao invs do fator de Wahl nos clculos

    de molas. A Equao 1.13 o fator de Bergstrsser.

    Equao 1.1334

    24

    +

    =C

    CKB

    Definindo-se KB= KC.KS, onde KCrepresenta o efeito isolado da curvatura, tem-se que:

    Equao 1.14S

    BC

    KKK =

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    Conforme Shigley (1984) resultados experimentais revelam que a teno de cisalhamento devido ao

    efeito da curvatura se localiza principalmente na parte interior da mola. As molas submetidas a apenas

    uma solicitao esttica sofrem um escoamento localizado nas bordas interiores, aliviando-se assim as

    tenses. Assim, para solicitaes estticas, pode-se desprezar o efeito da curvatura e usar

    preferencialmente a Equao 1.13. Para solicitaes dinmicas, KC usado como um fator de reduo da

    resistncia a fadiga e, portanto deve-se usar a Equao 1.14, pois a mesma indicar nesta situao a

    tenso correta.

    Assim para cargas estticasa seguinte expresso deve ser usada para calcular a mxima tenso de

    cisalhamento em uma mola helicoidal:

    Equao 1.15S

    Kd

    DF

    =

    3max

    8

    Assim para cargas dinmicasa seguinte expresso deve ser usada para calcular a mxima tenso de

    cisalhamento em uma mola helicoidal:

    Equao 1.16 CKd

    DF

    =

    3max

    8

    O uso de seo especial (quadradas, retangulares), para o fio da mola, no recomendvel, a no ser

    que haja limitao de espao. Os fios de seo especial, no so feitos em grandes escalas, como os de

    seo circular, e, por isso, no se beneficiam dos avanos tecnolgicos de fabricao, podendo no ser to

    resistentes como os de seo circular. Quando as limitaes de espao so severas, recomenda-se o uso de

    molas em paralelo, concntricas, Este tipo de montagem pode oferecer vantagens econmicas, assim

    como de resistncia, sobre as molas de fio especial (SHIGLEY, 1984).

    1.2.3 Deflexo das molas helicoidais de Compresso

    Para obter a equao da deflexo de uma mola helicoidal, deve-se considerar um trecho elementar de

    fio, de espessura dx, formado por duas superfcies transversais adjacentes. Na Figura 1.5 esta

    representado este segmento de fio com dimetro d. Considerando a linha AB na superfcie do fio, antes de

    carregado, aps a deformao, esta linha sofrer uma rotao de um ngulo e ocupar a nova posio

    AC. A equao de Hooke, para a toro, (SHIGLEY, 1984):

    G

    =

    Gd

    DF

    =

    3

    8

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    Figura 1.5 - Deflexo das molas helicoidais. Fonte: Shigley (1984)

    Chamando de N = Na o nmero de espiras ativas, o comprimento do fio em trabalho ser D N.

    Substituindo o valor de na equao, e, posteriormente, fazendo-se a integrao de uma extremidade do

    fio em relao a outra, obtm-se a deflexo angular, que :

    dxd

    ND

    =

    0

    2

    ou dxGd

    DFND

    =

    0 4

    16

    ou Gd

    NDF

    = 4

    216

    A fora F, tem um brao de alavancaD

    2, portanto, a deflexo sob a carga

    2

    Dy = resultando em:

    Equao 1.17Gd

    NDFy a

    =

    4

    38

    Shigley et al(2005) obtem a mesma expresso acima, atravs da anlise do trabalho de deformao

    por toro.

    Por definio, a constante de mola a relao entre a fora aplicada pela deformao produzida

    kF

    y= , desde que respeitada a lei de Hooke. Assim tem-se que:

    Equao 1.18aND

    Gdk

    =3

    4

    8

    As equaes apresentadas so vlidas para molas helicoidais de compresso e trao, mas deve-se

    observar que, molas helicoidais longas, com comprimento livre maior que 4 vezes o dimetro mdio,

    sujeitas a compresso, podem falhar por flambagem. Este efeito pode ser corrigido atravs da montagem

    da mola com uma mangueira interna ou ento dentro de um tubo, lembrando que ao ser comprimida a

    mola aumenta seu dimetro externo, logo, deve-se prever uma folga para que no ocorra engripamento.

    1.2.4 Detalhes de Extremidades das Molas Helicoidais de Compresso

    As molas helicoidiais de compresso, que obrigatoriamente, devem ter as espiras afastadas entre si,

    transmitem a carga atravs de suas extremidades. O tipo de extremidade influi no nmero de espiras

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    inativas da mola, que devem ser subtradas do nmero total de espiras para se obter o nmero de espiras

    ativas (SHIGLEY, 1984).

    Figura 1.6 - Tipos de extremidades em molas de compresso.Fonte: Norton (2004)

    A Figura 1.6 ilustra os tipos de extremidades para molas de compresso e a Tabela 1.5 identifica as

    expresses a serem usadas nos clculos de molas.

    Tabela 1.5 Frmulas para dimenses de molas de compresso

    Termo Tipos de Extremidades de MolaSimples ou planaou em ponta

    Simples/Plana eesmerilhada

    Esquadrejada eFechada

    Esquadrejadaeesmerilhada

    Nmero de espirasde extremidadeNi

    0 1 2 2

    Nmero de espirastotais N

    aN 1+aN 2+aN 2+aN

    Numero de espirasativas Na

    aN 1tN 2tN 2tN

    Comprimento livreda mola Lf

    dNp a+ )1( + aNp dNp a + 3 dNp a + 2

    Comprimentoslido da mola LS )1( + tNd tNd )1( + tNd tNd

    Passo da mola p

    a

    f

    N

    dL

    1+a

    f

    N

    L

    a

    f

    N

    dL 3

    a

    f

    N

    dL 2

    Fonte: Shigley et al (2005)

    No existe uma regra segura, porm, com este procedimento o resultado final est muito prximo do

    real.

    No projeto de molas, usual desprezarem-se os efeitos da excentricidade de carga devido ao tipo deextremidade. Costuma-se tambm, desprezar-se os efeitos das tenses residuais causados por tratamento

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    trmico ou encruamento, no entanto, estes dois fatores so levados em conta atravs do aumento do fator

    de segurana. prtica normal, na fabricao de molas de compresso, aproxim-las do comprimento

    slido, (mola totalmente comprimida at as espiras se tocarem) pois esta prtica induz uma tenso

    residual em sentido oposto a tenso de trabalho e tem efeito de aumentar a resistncia da mola

    (SHIGLEY, 1984).

    1.2.5 Detalhes das deformaes e comprimentos das molas

    As molas possuem diversos comprimentos e deformaes de interesse. A figura abaixo ilustra estas

    dimenses.

    Figura 1.7 - Vrios comprimentos e deformaes de uma mola helicoidal de compresso em uso. Fonte:Norton (2004)

    1.2.6 Estabilidade das Molas de Compresso (Segundo Shigley et al (2005))

    Uma mola de compresso carregada como

    uma coluna e, portanto pode flambar (Figura 1.8)se muito esbelta e quando a deflexo se tornar

    muito grande.

    Figura 1.8 - Flambagem de molas helicoidais decompresso. Fonte: Norton (2004)

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    Shigley et al(2005) apresentam a equao abaixo para o clculo da deflexo crtica de uma mola.

    Equao 1.19

    =

    2/1

    2

    '2'

    1 11eff

    fcr

    CCLy

    Equao 1.20D

    Lfeff

    =

    Equao 1.21( )GEE

    C

    =2

    '1

    Equao 1.22( )

    EG

    GEC

    +

    =2

    2 2'1

    Onde:ycr deflexo que corresponde ao incio da instabilidade;eff razo efetiva de esbeltez, calculada pela Equao 1.20;- condio de extremidade dada pela Tabela 1.6 que depende da forma como as extremidades da

    mola so apoiadas;E mdulo de elasticidade longitudinal [Pa];G mdulo de elasticidade transversal [Pa]

    Tabela 1.6 Constante de condio de extremidade para molas helicoidais de compresso.

    Condio de extremidade Constante

    Molas suportadas entre superfcies planas paralelas(extremidades fixas)

    0,5

    Uma extremidade suportada por superfcie plana,perpendicular ao eixo da mola (fixa) e outra extremidadearticulada (pivotada)

    0,707

    Ambas extremidades articuladas (pivotadas) 1Uma extremidade engastada e a outra livre 2

    Fonte: Shigley et al(2005)

    Shigley et al(2005) mensionam que a estabilidade absoluta ocorre quando o termo 2

    '

    2

    eff

    C

    maior que a

    unidade. Disso resulta que a condio para estabilidade absoluta :

    Equao 1.23( ) 2/1

    2

    2

    +

    EG

    GEDLf

    Tem-se ento que para aos:

    Equao 1.24

    DLf 63,2

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    Para extremidades esquadrejadas e esmerilhadastem-se que:

    Equao 1.25 5,0=

    Equao 1.26 DLf 26,5

    Norton (2004) salienta que a mola pode flambar se 4>D

    Lf .

    1.2.7 Resistncia ao Escoamento sob Toro

    A tabela 1.7 ilustra fatores de resistncia ao escoamento sob toroSys recomendados para diversos

    fios de mola comuns como uma porcentagem do limite de resistncia a trao do fio. Esses valores devem

    ser usados para estimar a resistncia de molas helicoidais compresso em condies estticas de

    carregamento.

    Tabela 1.7 Resistncia de escoamento torcional Syspara molas helicoidais de compresso em aplicaesestticas

    Material Percentual mxima do limite da resistncia trao

    Antes da remoo dedeformao (ajuste useKWou KB)

    Depois da remoo dedeformao (Ajuste useKS)

    Fio musical (corda de piano) e ao carbono repuxado a

    frio( por exemplo A227, A228)

    45 60 - 70

    Ao carbono endurecido e revenido e ao de baixo liga(por exemplo, A229, A230, A232, A401)

    50 65 75

    Aos austenticos inoxidveis (por exemplo A313) 35 55 65Ligas no ferrosas(por exemplo B134, B159, B197 35 55 - 65

    Fonte: Shigley et al(2005) e Norton (2004)

    1.2.8 Projeto de Molas Helicoidais de Compresso para Cargas Estticas Segundo Shigley et al

    (2005)

    No projeto de molas helicoidais sujeitas a cargas estticas, segue na seqncia deste texto algumas

    recomendaes que devem ser seguidas.

    O intervalo recomendado para o ndice de mola dado pela Equao 1.27 sendo que para valores mais

    baixos torna-se mais difcil de conformar a mola devido aos perigos de ocorrer fissuras.

    Equao 1.27 124 C

    O intervalo recomendado para o nmero de espiras ativas :

    Equao 1.28 153 aN .

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    Elementos de Mquinas II 21Prof. Douglas Roberto Zaions

    A fora operacional mxima deve ser limitada a SFF = 87

    max onde FS a fora de servio. Isso evita

    o contato entre as espiras, devido a imperfeies na fabricao, evitando no linearidades da mola.

    Definindo a folga fracionria at o fechamento como sendo , tem-se que

    Equao 1.29 max)1( FFS +=

    Como SS FFF

    +=+=8

    7)1()1( max tem-se que 15,0143,07

    1== . Assim recomendado

    que seja:

    Equao 1.30 15,0

    Conforme Shigley et al (2005), alm das relaes e propriedades do material para molas, tem-se que o

    coeficiente de segurana Ns seja:

    Equao 1.31 2,1SN

    Shigley et al(2005) salientam que ao considerar o projeto de uma mola para produo em grandes

    quantidades, pode-se levar em considerao o valor da figura de mrito, do ingls figure of merit fom

    que pode ser o custo do fio do qual a mola ser fabricada. O valor de fom pode ser calculado por:

    Equao 1.324

    material)dorelativocusto(22 DNd

    fom t

    =

    Shigley et al(2005) sugere a seguinte extratgia de clculo:

    1 Como primeira escolha, selecione um fio de ao duro repuxado cujo custo relativo do mateiral 1;

    2 Escolha um tamanho de fio d e com todas as decises feitas gere uma coluna com os seguintes

    parmetros: d, D, C, Dext, Dint, Na. Ls, L0, (Lf)cr, NSe fom;

    3 Incremente os tamanhos de fio disponveis e v gerando colunas com os seguintes parmetros: d,

    D, C, Dext, Dint, Na. Ls, L0, (Lf)cr, NSe fom;

    4 Observe as recomendaes da Equao 1.27 a Equao 1.31 e elimine aquelas opes que no

    atendem a estas recomendaes;

    5 Das opes restantes, escolha aquela que apresenta maior fom;

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    Shigley et al (2005) sugere tambm o uso das seguintes expresses para o clculo de molas

    submetidas a cargas estticas deduzidas a partir das equaes iniciais deste captulo:

    Equao 1.33( )

    +

    +=

    =

    2max

    3

    18

    34

    248

    d

    CF

    C

    C

    d

    DFK

    N

    SS

    B

    S

    ys

    Onde:

    Equao 1.34S

    ys

    N

    S=

    Equao 1.35( )

    2max18

    d

    F

    +=

    Substituindo-se a Equao 1.34 e Equao 1.35 na Equao 1.33 tem-se uma equao quadrtica em

    C:

    Equao 1.36

    +

    =4

    3

    4

    2

    4

    22

    C

    1.2.9 Projeto de Molas Helicoidais de Compresso para Cargas Estticas Segundo Norton (2004)

    O dimensionamento de molas helicoidais pode diferenciar de autor para autor. Aqui neste captulo,estaremos abordando o mtodo de dimensionamento baseado em Norton (2004).

    Geralmente o processo de dimensionamento de molas iterativo, algumas hipteses devem ser feitas

    para posteriormente determinar tenses, deformaes, constantes de mola. A soluo do problema deve

    ento ser analisada e caso for conveniente, poder ser adotada. Parmetros tais como, peso, custo, nveis

    de tenso, devem ser analisados durante o dimensionamento.

    Norton (2004) menciona que o dimetro do fio da mola d e o ndice de mola C de modo adeterminar do dimetro mdio da mola D. Um material da mola escolhido por tentativas e sua

    resistncia associada ao dimetro do fio deve ser calculada. conveniente calcular as tenses antes de

    calcular a deflexo pois ambas dependem de d e D porm a deflexo depende tambm de N a. Se a

    fora F estiver definida, a respectiva tenso pode ser calculada pela Equao 1.17 ou Equao 1.18,

    conforme o caso. Se dois nveis de foras forem definidos com uma deflexo associada, pode-se ento

    calcular a constante de mola.

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    Elementos de Mquinas II 23Prof. Douglas Roberto Zaions

    O estado de tenso ento comparado resistncia ao escoamento sob carregamento esttico.

    Conforme Norton (2004), o coeficiente de segurana para carga esttica calculado atravs da seguinte

    expresso:

    Equao 1.37

    ys

    SSN =

    Norton (2005) recomenda a seguinte anlise:

    1 Se o valor da tenso calculada for muito alto comparado resistncia do material, o dimetro do

    fio, o ndice de mola ou o material podem ser alterados para melhorar o resultado;

    2 Quando a tenso calculada ao nvel de fora de trabalho (operao) parecer razovel em

    comparao a resistncia do material, pode-se assumir tentativamente novos valores para o nmero de

    espiras e para a tolerncia de contato e a partir da calcular uma nova constante de mola, deflexo e

    comprimento livre;

    3 Deve ser verificada a possibilidade de flambagem da mola;

    O uso do computador para resolver as equaes matemticas fundamental para encotrar a soluo do

    problema. Percebe-se que a otimizao dos parmetros de uma mola dependem fundamentalmente de

    processos iterativos e bastante trabalhosos para serem resolvidos a mo. Por isso lembre-se: Na

    engenharia o trabalho braal deve ser automatizado com o uso de programas de computadores que podem

    ser facilmente implementados em planilhas eletrnicas como o Excel ou Calc.

    1.2.10 Resistncia a fadiga sob toro

    A resistncia a fadiga sob toro varia no intervalo 103N107com o material e com o fato de ter

    sofrido ou no jateamento de esferas. A Tabela 1.8 ilustra o valor recomendado para diversos materiais de

    fios para as condies com e sem jateamento de esfera para trs pontos nos respectivos diagramas S-N: (i)

    105ciclos; (ii) 106ciclos; e (iii) 107ciclos. Observem que so resistncias fadiga com toro e que foram

    determinadas para molas testadas sob tenses com componentes mdias e alternantes idnticas

    ( 0min

    min ==

    R ). Portanto, elas no so diretamente comparveis a nenhum dos limites de resistncia

    fadiga sob carregamento alternado gerado pelos corpos de prova submetidos a flexo alternante conforme

    estudados no Captulo 4 de Elementos de Mquinas I devido ao carregamento torcional e da presena de

    componente mdia e alternante. Utilizaremos a designao Sfw para estes ensaios de fadiga de fios

    (wire) para diferenci-los dos limites de resistncia descritos no Capitulo 4 de Elementos de Mquinas I.

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    UNOESC Curso de Engenharia de Produo Mecnica 24Prof. Douglas Roberto Zaions

    Tabela 1.8 Resistncia a fadiga torcional mxima Sfwpara molas helicoidais de compresso de fioredondo em aplicaes cclicas (razo de tenso, R=0)

    Vida a fadiga

    (Ciclos)

    Percentual do limite de resistncia a trao SutASTM 228, ao inoxidvel austentico

    deformao permanente:

    ASTM 230, e A232 e no ferrosos

    deformao permanente:Sem jateamento Com jateamento Sem jateamento Com jateamento105 36% 42% 42% 49%106 33 39 40 47107 30 36 38 46

    Pesquisas desenvolvidas indicam que os materiais de fios de mola apresentam um limite de fadiga que

    independente do tamanho ou da composio da liga que os constitui. Zimmerli apudNorton (2005)

    reporta que todos os fios de ao de mola com menos de 10 mm de dimetro apresentam um limite de

    resistncia fadiga torcional para vida infinita com razo de tenso R = 0 (Para diferenciar do limite de

    resistncia relativo s tenses alternadas, chamaremos de Sew).

    Assim, temos que:

    Equao 1.38 MPaSew 310= (Molas no jateadas)

    Equao 1.39 MPaSew 465= (Molas jateadas)

    No existe necessidade neste caso de aplicar correes para condio de superfcie, tamanho ou

    fatores de correo de carga para determinar Sewou Sfwuma vez que os dados de teste foram obtidos sob

    condies reais no que refere a estes aspectos dos materiais de mola. No entanto, esses valores podem ser

    corrigidos caso a mola operar em temperaturas diferentes da ambiente, ou em ambientes corrosivos ou

    quando se deseja levar em considerao a confiabilidade. Assim as expresses corrigidas podem tomar a

    seguinte forma:

    Equao 1.40 daeConfiabiliaTemperaturewew CCSS =

    Equao 1.41 daeConfiabiliaTemperaturfwfw CCSS =

    OBS.: Nas discusses futuras deste trabalho, usaremos Sew = Sew e Sfw = Sfw, lembrando que

    estamos assumindo projeto para temperatura ambiente e para uma confiabilidade de 50%.

    1.2.11 O diagrama S-N de Cisalhamento Torcional para Fios de Molas

    Um diagrama S-N de cisalhamento por toro para um fio de material e tamanho particular pode ser

    construdo a partir das informaes contidas na tabela Tabela 1.2 e Tabela 1.8. A regio de interesse parafadiga a alto ciclo corresponde ao intervalo de N= 1000 at N = 107ciclos e mais.

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    O limite de resistncia a fadiga torcional para uma vida infinita Sew determinado pelas Equao

    1.40 e Equao 1.41.

    A resistncia a trao para N = 1000 ciclos Sm normalmente da ordem de 90% da resistncia a

    trao Sut ou seja Sm = 0,9Sut. Como aqui estamos trabalhando com carregamento torcional, as

    resistncias trao no fio devem ser convertidas resistncia torcional. Assim, tem-se que:

    Equao 1.42 ( ) ututusms SSSS 6,067,09,09,0

    Assim:

    Equao 1.43 utms SS 6,0

    A Figura 1.9 ilustra o diagrama S-N de fadiga torcional de fio musical (Corda de piano) de vriosdimetros.

    Figura 1.9 - Diagrama S-N de fadiga torcional de fio musical (Corda de piano) de vrios dimetros.Fonte: Norton (2004)

    1.2.12 Diagrama de Goodman modificado para fio de mola

    Um diagrama de Goodman modificado pode ser construdo para qualquer situao de carregamento da

    mola. No caso de molas, o diagrama de Goodman construdo utilizando a resistncia a toro e

    aplicando as tenses torcionais calculadas diretamente a esse diagrama ao invs de se utilizar das tenses

    equivalentes de von Mises estudadas no captulo 4 de Elementos de Mquinas I.

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    UNOESC Curso de Engenharia de Produo Mecnica 26Prof. Douglas Roberto Zaions

    Ses ouSfs

    Tenso de cisalhamento mdia m

    Tensodecisalham

    entoalternantea

    Sus0,5.Sfwou0,5.Sew

    C

    B

    A

    m

    Linha de Goodman

    0,5.Sfwou0,5.Sew

    45o

    Figura 1.10 - Diagrama de Goodman modificado de tenses torcionais para fio de mola

    Norton (2004) sugere o seguinte procedimento para determinar os pontos caractersticos do diagrama

    de Goodman modificado:

    1 Clculo da tenso de resistncia a trao do material utilizando-se a Equao 1.1:

    mut d

    AS =

    2 - Clculo da tenso de resistncia a toro do material utilizando-se a Equao 1.2:

    utus SS = )76,0(

    3 Determinar Sfw ou Sew, dependendo de se tratar de vida finita ou infinita respectivamente. A

    resistncia a fadiga Sfw determinada a partir da Tabela 1.8. Determina-se Sfw@1E6. A partir do clculo de

    Sfw, determina-se as coordenadas de interseco com o diagrama de Goodman dada pela expresso

    fwS5,0 . Este ponto plotado como o ponto B no diagrama. Para o caso de vida infinita se utiliza o Sewe

    oponto B determinado pelas coodenadas ewS5,0 .

    4 Observe na Figura 1.10 que a resistncia a fadiga do fio Sfw plotada em uma linha a 45 oda origem

    de modo a corresponder s condies de ensaio de componentes de tenso mdia e alternantes iguais ou

    seja 0min

    min ==

    R . O ponto B ento conectado com o limite de resistncia ao cisalhamento Sus no eixo

    das tenses mdias no ponto A, para traar o diagrama de Goodman que estendido ao ponto C;

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    Elementos de Mquinas II 27Prof. Douglas Roberto Zaions

    5 Pode-se ento agora deteminar o valor da resistncia fadiga sob condies alternantes (R=-1), que

    corresponde ao ponto C no diagrama. Este valor pode ser determinado a partir da equao da lina de

    Goodman, definida em termos de seus pontos conhecidos, A e B:

    Equao 1.44fwus

    fw

    SSSm

    =5,0

    5,0

    Equao 1.45 usfs SmS =

    Equao 1.46fwus

    usfw

    fsSS

    SSS

    =

    5,0

    5,0

    6 O uso da linha de Goodman conservadora para razes de tenso R0 e seu uso justificvel neste

    caso porque as molas devem ser carregadas sempre na mesma direo. Molas helicoidais de compresso

    tendem a ter razes de tenso R entre 0 e 0,8, o que coloca suas coordenadas de tenso a direita da linha

    de 45ona figura, onde a linha de Goodman mais conservadora que a linha de Gerber.

    7 Qualquer outra combinao de tenso mdia e alternada com uma razo de tenso R0 para o material

    em questo e vida pode agora ser plotada neste diagrama a fim de obter o coeficiente de segurana.

    1.2.13 Projeto de Molas Helicoidais de Compresso para Cargas Dinmicas (Fadiga) segundo

    Norton (2004)

    Quando as molas esto sujeitas a cargas dinmicas, ocorre a fadiga nas mesmas. O procedimento para

    o projeto de molas helicoidais de compresso para cargas dinmicas similar ao de cargas estticas,

    porm com algumas diferenas significativas. Uma mola carregada dinamicamente opera entre dois nveis

    de fora (Fmaxe Fmin) e a partir destes valores, deve-se determinar as componentes mdia e alternante (Fae

    Fm). As seguintes expresses so utilizadas:

    Equao 1.472

    minmax FFFa= e

    2minmax FFFm

    +=

    Uma razo de fora RFpode ser definida como:

    Equao 1.48max

    min

    F

    FRF=

    Nos casos mais comuns de carregamentos de molas, Fmaxe Fminso positivos, com uma razo de fora

    aproximadamente entre 8,00 pp FR .

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    O problema no dimensionamento assim como mencionado no item anterior tambm um processo

    iterativo. Um dimetro inicial d deve ser assumido e um ndice de mola C deve ser precisamente

    escolhido, a partir dos quais determinado o dimetro mdio da mola D. O material da mola tambm

    deve ser escolhido e as resistncias relevantes do material devem ser calculadas com base no dimetro

    d assumido para o fio. Os limites de resistncia ao cisalhamento, de resistncia ao escoamento sob

    cisalhamento e de resistncia fadiga (ou resistncia a fadiga correspondente a determinado nmero de

    ciclos) devem ser determinados. As componentes Fmaxe Fmindevem ser calculadas.

    No caso de carregamentos repetidos, onde h a componente mdia Fm, necessita-se elaborar o diagrma

    de Goodman para analisar a falha. Uma vez que as maiores tenses desenvolvidas na mola so de

    cisalhamento por toro e a maior parte dos dados de material so para carregamento torcional,

    utilizaremos o diagrama de Goodman torcional. O diagrama de Goodman modificado construdo apartir da resistncia torcional do fio Sfw, ou do limite de resitncia fadiga sob toro do fio Sew

    definidos ao longo de uma linha que 45oa partir da origem para representar os dados de teste que foram

    gerados para RF= 0. O grfico de Goodman modificado tambm construdo utizando-se do limite de

    resistncia fadiga sob carregamento alternante Ses e o limite de resistncia toro Sus.

    A linha de carga, que representa o estado de tenso aplicado, no desenhada a partir da origem neste

    caso, mas sim a partir de um ponto no eixo m representando a tenso inicial nas espiras i , resultantes

    da montagem. Isso pressupe que alguma pr-carga aplicada s molas o que geralmente costuma

    acontecer. No se quer Fmin= 0 em uma situao de carga dinmica pois isso criar condies para cargas

    de impacto nas espiras. Se Fmin= 0 a linha de carga iniciar na origem.

    Ses

    Tenso de cisalhamento mdia m

    Tensodecisalhamen

    toalternantea

    Susi m

    a

    0,5.Sew

    Sa

    C

    B

    DE

    A

    Linha de carregamento

    ml

    Linha de Goodman

    Ponto de Falha

    Estado de tenso

    Figura 1.11 - Diagrama de Goodman modificado mostrando a a linha de carga e dados necessrios para o

    clculo do coeficiente de segurana de uma mola de compresso carregada dinamicamente

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    Elementos de Mquinas II 29Prof. Douglas Roberto Zaions

    O coeficiente de segurana para fadiga torcional determinado atravs da razo entre a resistncia

    alternada Sa" na interseco da linha de carga e a linha de Goodman (ponto D) e a tenso alternante

    aplicada a no ponto E confome equao abaixo:

    Equao 1.49a

    a

    fs

    SN

    =

    A Equao 1.49 pode ser rearranjada em termos das variveis conhecidas do problema resultando na

    Equao 1.50. A deduo desta expresso feita por Norton (2004) nas pginas 716 e 717.

    Equao 1.50( )

    ( ) ausimesiuses

    fsSS

    SSN

    +

    =

    Onde:

    Equao 1.51ewus

    usew

    esSS

    SSS

    =

    5,05,0

    Utilizam-se tambm as expresses abaixo para determinar Fae Fm:

    Equao 1.52 FaF Fm x min=

    2

    FmF Fm x min=

    +2

    Por sua vez, as tenses desenvolvidas por estas cargas, levando em considerao tambm o fator deconcentrao de tenso devido ao cisalhamento KSe fator de Wahl KWso:

    Equao 1.533.

    ..8

    d

    DFK aWa

    =

    m sm

    KF D

    d=

    83

    . .

    .

    A tenso de montagem ou de pr-carga determinada utilizando-se a seguinte expresso onde F i a

    fora de montagem ou pr-carga da mola:

    Equao 1.543.

    ..8

    d

    DFK i

    Si =

    Este procedimento pressupe que a pr-carga no variar de forma significativa durante a vida da

    mola e que tambm, qualquer aumento da carga ser tal que uma razo constante entre as componentes

    alternantes e mdias ser mantida (Caso 3 do Captulo 4 Solicitaes dinmicas de Elementos de

    Mquinas I). Se, contudo essa no for a situao, dever ser utilizado os casos 1, 2 ou 4 descritos.

    Se o coeficiente de segurana for muito baixo, o dimetro do fio, ndice de mola ou material podems

    ser modificados para melhorar os resultados. Uma vez que o coeficiente de segurana a fadiga sejaaceitvel, um nmero inicial de espiras e um limite de interferncia (folga entre espiras) podem ser

    assumidos e clculos seqenciais para a constante de mola, deflexo e comprimento livre podem ser

  • 5/26/2018 Zaions D. R. (2008) - Apostila de Elementos de Maquinas II

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    UNOESC Curso de Engenharia de Produo Mecnica 30Prof. Douglas Roberto Zaions

    desenvolvidos. Qualquer valor no adequado destes parmetros ir requerer novas iteraes atravs de

    modificaes de hipteses.

    Da mesma forma que em projetos de molas sujeitas a cargas estticas, aqui tambm ser necessrio o

    uso freqente de programas ou planilhas computacionais. Para implementar os clculos em uma planilha

    do tipo Excel, em mdia so necessrios de 10 a 30 horas de dedicao inicial podendo necessitar mais

    conforme o grau de sofisticao. Porm posteriormente a obteno da soluo muito mais rpida

    inclusive com a gerao do memorial de clculo.

    1.2.14 Frequncia Crtica

    As molas helicoidais, so utilizadas freqentemente em aplicaes que implicam em um movimento

    alternativo muito rpido entre as espiras, como nas molas de vlvulas de motores de combusto interna.

    Neste caso, o projetista deve certificar-se que a Frequncia natural no fique muito prxima da

    Freqncia de aplicao da carga. Tais condies fariam a mola entrar em ressonncia com o movimento

    aplicado. Como as molas helicoidais so praticamente livres de amortecimento, as tenses e deflexes

    geradas durante a ressonncia seriam mito elevadas (SHIGLEY, 1984).

    Wahl demonstrou que a freqncia crtica da molas helicoidais, vale:

    Equao 1.55 fm k

    M=

    2

    onde:

    f - freqncia, em ciclos por segundo (Hert);m - 1, 2 ... primeira harmnica, segunda harmnica, etc...;

    k - Constante de mola (N

    m)

    M - massa do arame em Kg massa

    A massa pode ser determinada, por:

    Equao 1.56 ( )M A Ld

    D N= =

    2

    4 ou

    4

    22 = a

    NDdM

    onde igual a massa especfica do arame.

    A freqncia natural, deve ser de 15 a 20 vezes a freqncia de funcionamento, para evitar-se a

    ressonncia. Se a freqncia natural no for suficientemente alta, a mola dever ser redimensionada,

    aumentando-se k e ou diminuindo-se M (SHIGLEY, 1984).

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    Elementos de Mquinas II 31Prof. Douglas Roberto Zaions

    1.3 MOLAS HELICOIDAIS DE TRAO

    As molas helicoidais de trao so similares s molas helicoidais de compresso, porm so

    carregadas a trao. Devido a isso, as molas de trao devem, necessariamente, ter meios de transferir a

    carga do suporte para o corpo. Embora isso possa ser feito com uma pea rosqueada ou um gancho, estassolues aumentam o custo do produto, assim, geralmente, se emprega um dos mtodos mostrados na

    Figura 1.12, devendo-se considerar a concentrao de tenso ocasionada.

    Figura 1.12 - Extremidades de molas de trao. Fonte: Shigley (1984)

    1.3.1 Espiras ativas em molas de trao

    Todas as espiras no corpo da mola so

    consideradas espiras ativas, mas tipicamente uma

    espira adicionada ao nmero de espiras ativaspara obter um corpo de comprimento Lb . As

    expresses abaixo so usadas em molas

    helicoidais de trao:

    Equao 1.57 1+= at NN

    Equao 1.58 tb NdL =

    A Figura 1.13 ilustra as dimenses de uma

    mola de trao.

    Figura 1.13 Dimenses de uma mola de trao.Fonte: Norton (2004)

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    1.3.2 Constante de mola helicoidais de trao

    As espiras de mols helicoidais de trao so

    enroladas de forma a criar uma pr-carga na

    mola. O fio torcido a medida que enrolado,

    criando ento a pr-carga nas espiras que deve

    ser superada quando se quer separa-las. A Figura

    1.14 mostra uma curva tpica de carga versus

    deflexo de uma mola helicoidal de trao. A

    constante da mola k linear exceto para a

    parte inicial. A constante de mola pode ento ser

    determinada por:

    Equao 1.59y

    FFk i

    =

    Equao 1.60aND

    Gdk

    =3

    4

    8 Figura 1.14 - Curva fora-deflexo de uma mola

    helicoidal de trao indicando sua fora de pr-carga. Fonte: Norton (2004)

    Observe que nenhuma deflexo ocorre at que a fora aplicada esceda a pr-carga Fi, que impostapela mola.

    1.3.3 Indice de mola

    O ndice de mola C recomendado para molas helicoidais de trao tambm deve estar entre 4 a 8.

    1.3.4 Pr-carga das espiras nas molas de trao

    A pr-carga Fipode ser controlada, at certo ponto, durante o processo de fabricao de molas, e deve

    ser especificada de maneira a manter as tenses iniciais dentro do intervalo preferencial dado pela mdia

    dos valores das Equao 1.61 e Equao 1.62:

    Equao 1.61 [ ] ( ) 70,006894752864033875,181231,4 23 ++= CCCMPai

    Equao 1.62 [ ] ( ) 70,006894753840434277,139987,2 23 ++= CCCMPai

    Norton (2005) apresenta um grfico relacionando as duas expresses acima. Observem que o

    resultado das expresses em psi.

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    1.3.5 Deflexo de molas helicoidais de trao

    A deflexo calculada a partir da mesma expresso utilizada no caso de molas de compresso, porm

    com a introduo da pr-carga Fi:

    Equao 1.63( )

    Gd

    NDFFy ai

    =

    4

    38

    1.3.6 Tenses nas espiras das molas helicoidais de trao

    Assim para cargas estticase utilizando-se o fator de Wahl a seguinte expresso deve ser usada para

    calcular a mxima tenso de cisalhamento em uma mola helicoidal:

    Equao 1.64 SKd

    DF

    = 3max8

    Assim para cargas dinmicas e utilizando-se o fator de Wahl e a Erro! Fonte de referncia no

    encontrada.a seguinte expresso deve ser usada para calcular a mxima tenso de cisalhamento em uma

    mola helicoidal:

    Equao 1.65 CKd

    DF

    =3max

    8

    Sendo KW= KC.KS, onde KCrepresenta o efeito isolado da curvatura, tem-se que:

    Equao 1.66S

    WC

    K

    KK =

    Equao 1.67

    +=C

    Ks5,0

    1

    Equao 1.68 CC

    C

    KW615,0

    44

    14

    +

    =

    1.3.7 Tenses nas extremidades (ganchos) das molas helicoidais de trao

    Os ganchos e laos padro possuem dois pontos de alta tenso, como ilustrado na Figura 1.15. A

    mxima tenso de toro ocorre no ponto B onde o raio de flexo mnimo. H tambm uma componente

    de tenso devido flexo no ponto A do gancho ou lao, uma vez que a extremidade carregada como

    uma viga curva. Wahl apudNorton (2004) define um fator de concentrao de tenses Kbpara flexo em

    um fio curvo. A tenso de flexo no ponto A encontrada a partir de:

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    Equao 1.6923

    416

    d

    F

    d

    FDKbA

    +

    =

    onde:

    Equao 1.70( )14

    14

    11

    12

    1

    =CC

    CCKb

    e

    Equao 1.71d

    RC 11

    2 =

    Sendo R1o raio mdio do lao. Observe que para uma extremidade padro, o raio mdio do lao

    idntico ao raio mdio da espira.

    Figura 1.15 - Pontos de mxima tenso no gancho ou no lao de uma mola helicoidal de extenso. Fonte:Norton (2004)

    A tenso de toro no ponto B encontrada a partir da seguinte expresso:

    Equao 1.7232

    8

    d

    FDKWB

    =

    onde:

    Equao 1.7344

    14

    2

    22

    =

    C

    CKW

    e

    Equao 1.74d

    RC 22

    2 =

    Sendo R2o raio do lado flexionado. C2deve ser maior que 4.

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    1.3.8 Materiais para molas helicoidais de trao

    Os mesmos materiais so utilizados para fios de molas helicoidais de trao e compresso. Alguns dos

    dados de resistncias utlizados em molas de compresso so aplicveis a molas de trao. A Tabela 1.9

    mostra valores recomendados de resistncia ao escoamento sob cargas estticas do corpo, da espira eextremidades para toro e flexo. A Tabela 1.10 mostra a resistncia fadiga recomendada para dois

    materiais a diferentes valores de vida, apresentando dados separados para as espiras, de corpo e de

    extremidades. Os limites de resistncia fadiga da Equao 1.12 e Equao 1.13 so vlidos para molas

    de trao e devem ser convertidos a valores alternados com a Equao 1.51 para que possam ser usados

    na expresso do coeficiente de segurana da linha de Goodman da Equao 1.50.

    Tabela 1.9 Resistncia de escoamento torcional Syse flexo Sypara molas helicoidais de extenso em

    aplicaes estticasMaterial Percentual mxima do limite da resistncia

    traoSutSysem toro S em flexo

    Corpo Extremidade ExtremidadeFio musical (corda de piano) e ao carbonorepuxado a frio( por exemplo A227, A228)

    45% 40% 75%

    Ao carbono endurecido e revenido e ao de baixoliga (por exemplo, A229, A230, A232, A401)

    50 40 75

    Aos austenticos inoxidveis (por exemplo A313) 35 30 55Ligas no ferrosas(por exemplo B134, B159, B197 35 30 55

    Fonte: Norton (2004)

    Tabela 1.10 Resistncia a fadiga torcional mxima Sfwe resistncia a fadiga flexional Sfwb para molashelicoidais de trao de fio redondo de ao ASTM A228 e ao inoxidvel tipo 302 em aplicaes cclicas

    (razo de tenso, R=0)

    Vida a fadiga

    (Ciclos)

    Percentual do limite de resistncia a trao SutSysem toro Syem flexo

    Corpo Extremidade Extremidade

    105 36% 434% 51 %

    106 33 30 47107 30 28 45

    Fonte: Norton (2004)

    1.4 ASSOCIAO DE MOLAS

    Molas helicoidais podem ser associadas tanto em paralelo como em srie. A associao mais usada

    em paralelo, e geralmente com uma montagem de molas concentricamente, que podem ter uma ou mais

    das seguintes finalidades (SHIGLEY, 1984): (i) Necessidades de grandes foras em pequeno espao; (ii)Assegurar a continuidade de funcionamento, mesmo que precariamente, quando uma das molas venha a

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    falhar; e (iii) Necessidade de fora que no varie diretamente com a deflexo ( molas com comprimentos

    diferentes).

    A constante de mola equivalente, para os dois casos, pode ser obtida pelas seguintes equaes

    ilustradas na Tabela 1.11, conhecendo-se as constantes de mola individuais.

    Tabela 1.11 Associao de molas

    Associao Constante de mola equivalenteEm paralelo k k k= + +1 2 .......Em Srie

    ..........11

    1

    21

    ++=

    kk

    k

    Para molas concntricas, o enrolamento das molas devem ter sentidos opostos.

    1.5 MOLAS HELICOIDAIS DE TORO

    As molas helicoidais de toro, so usadas em dobradias de portas, chaves de partida de automveis,

    fechaduras, etc...,na verdade em qualquer aplicao onde haja necessidade de se aplicar torque. So

    enroladas da mesma maneira que as molas de trao ou compresso, porm, tm extremidades adequadas

    para transmitir torque (SHIGLEY, 1984). A Figura 1.16 ilustra alguns tipos de molas helicoidais de

    toro com suas extremidades.

    Figura 1.16 - Molas helicoidais de toro Fonte: (SHIGLEY, 1984).

    Figura 1.17 - Especificao de requisitos carga e deflexo de molas de toro

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    Onde:- ngulo entre extremidades;F carga nas extremidades formando um ngulo ;L brao de alavanca;- deflexo angular a partir da posio livre;

    O momento aplicado em uma mola de toro provoca a ao de um momento fletor M = F.L, que

    produz uma tenso normal no arame. Note-se o contraste existente em relao as molas helicoidais de

    trao e de compresso, onde a fora aplicada produz uma tenso residual provocada durante o

    enrolamento est na mesma direo da tenso de trabalho. Estas tenses residuais so teis para aumentar

    a resistncia da mola, contanto que a carga seja sempre aplicada de maneira a enrolar a mola. Em virtude

    das tenses de trabalho serem opostas as tenses residuais, as molas de toro podem ser projetadas para

    operar em nveis de tenso, iguais ou mesmo superiores a resistncia de escoamento do material

    (SHIGLEY, 1984). Conforme Norton (2004), o momento aplicado nunca deve ser revertido em servio.

    No caso de carregamento dinmico, deve ser repetido ou variado com razo de tenso 0R .

    1.5.1 Terminologia aplicada

    A terminologia utilizada a mesma de molas helicoidais de trao e compresso: (i) D o dimetro

    mdio da mola; (ii) d o dimetro do fio da mola; (iii) C o ndice de mola; (iv) Dext o dimetro

    externo; (v) Dint o dimetro interno; e (vi) Na o nmero de espiras ativas. A constante de mola k

    expressa como o momento por unidade de deflexo angular.

    1.5.1.1 Nmero de espiras ativas

    Onmero de espiras ativas igual ao nmero de espiras no corpo da mola Nb mais a contribuio

    das extremidades que tambm fletem. Para extremidades retas, a contribuio,pode ser expressa como um

    nmero equivalente de espiras Ne dado por:

    Equao 1.75D

    LLNe += 321

    Onde L1e L2so os comprimentos dos braos respectivos s tangentes de extremidades das espiras. O

    nmero de esspiras ativas ento:

    Equao 1.76 eba NNN +=

    Onde Nb o nmero de espiras do corpo da mola.

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    1.5.1.2 Deflexo angular

    A deflexo angular da mola normalmente expressa em radianos, porm frequentemente

    convertida em nmero de voltas ou revolues. Como a extremidade da mola comporta-se semelhante a

    uma viga em balano, (sujeito a flexo) a deflexo angular pode ser calculada pela seguinte expresso:

    Equao 1.77IE

    LM fioradrev

    =

    =

    2

    1

    2

    1

    Onde: M o momento aplicado, Lfio o comprimento do fio, E o mdulo de elasticidade

    longitudinal e I o momento de inrcia da seco do fio;

    Para molas de fio de dimetro circular, tem-se que:

    Equao 1.78 ( )

    =

    64

    21

    4d

    E

    NdM arev

    que atravs de simplificaes resulta em:

    Equao 1.79Ed

    NDM arev

    42,10

    O fator 10,2 usualmente substitudo por 10,8 com base em experincias, para levar em conta o atrrito

    nas espiras e desse modo a equao se torna:

    Equao 1.80Ed

    NDM arev

    48,10

    1.5.1.3 Constante de mola

    A constante de mola obtida a partir da seguinte expresso:

    Equao 1.81arev ND

    EdMk

    ==8,10

    4

    1.5.1.4 Fechamento das espiras

    Quando uma mola de toro carregada no sentido de fechar a mola, o dimetro da mola diminui e

    seu comprimento aumenta. O dimetro mnimo para a delfexo plena :

    Equao 1.82 dN

    NDD

    revb

    b

    +

    =

    minint

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    Elementos de Mquinas II 39Prof. Douglas Roberto Zaions

    Onde D o dimetro mdio da espira no carregada. Qualquer que seja o pino sobre o qual a espira

    trabalhe deve ser limitado em 90% Dint min.

    O mximo comprimento do corpo da mola quando completamente enrolada dado pela seguinte

    expresso:

    Equao 1.83 ( )revbNdL ++= 1max

    1.5.1.5 Tenses nas espiras

    A tenso na fibra externa de uma viga engastada reta I

    cM.= . No caso de mola, ao invs de viga

    engastada reta, tem-se uma viga curva e deve-se incorporar o respectivo fator de concentrao de tenses

    para vigas curvas resultando na expressoI

    cMK

    .= onde K o fator de concentrao de tenso, que

    depende da forma do arame e do fato da tenso ser desejada para a borda interna ou externa do fio.

    Wahl apudShigley (1984), determinou analiticamente os seguintes valores de K, para arame de seo

    circular:

    ( )14

    14 2

    int

    =

    CC

    CCKb

    ( )14

    14 2

    +

    +=

    CC

    CCK

    extb

    onde C, o ndice de mola b int e b ext referem-se respectivamente a borda interna e externa da

    espira.

    Quando, LFM = e , so substitudos na equao da tenso, obtm-se:

    Equao 1.843

    32

    d

    MK

    =

    ou

    3

    32

    d

    LFK

    =

    que fornece o resultado devido da flexo para uma mola helicoidal com fio de seo circular.

    A mxima tenso de compresso na borda do dimetro interno da mola com fio de seo circular :

    Equao 1.853max

    int

    32intmax d

    MKb

    =

    As componentes de tenso de trao na borda externa da mola com fio de seo circular :

    Equao 1.863

    min32

    min d

    MK

    extbext

    =

    3

    max32

    max d

    MK

    extbext

    =

    Em termos de componentes mdias e alternantes tem-se:

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    UNOESC Curso de Engenharia de Produo Mecnica 40Prof. Douglas Roberto Zaions

    Equao 1.872

    minmax extext

    extm

    + e

    2minmax extext

    exta

    No dimensionamento de molas sujeitas a carga esttica(carregamento fechando a mola) deve-se

    levar em considerao a maior tenso de compresso que maxint dado pela Equao 1.85.

    No dimensionamento de molas sujeitas a carga dinmica(carregamento fechando a mola) deve-se

    levar em considerao as tenses de trao (a fissura progride devido ao efeito de trao) e as tenses so

    calculadas para o dimetro exteno da mola, usando a Equao 1.86 e Equao 1.87.

    Conforme Norton (2004) se a mola for carregada de modo a abrir as espiras (situao no

    recomendada) esta deve sofre um tratamento trmico de alvio de tenses, para eliminar as tenses

    residuais das espiras e ento a tenso interna deve ser levada em considerao nos clculos da fadiga.

    1.5.1.6 Parmetros dos materiais da mola

    No caso de molas helicoidais de toro, o limite de resistncia ao escoamento Sy e a fadiga so

    necessrios. A Tabela 1.12 ilustra os valores sugeridos de resistncia ao escoamento para diversos

    materiais como um valor percentual da sua tenso de resistncia a trao Sut.

    Tabela 1.12 Resistncia de escoamento sob flexo Sypara molas helicoidais de toro em aplicaes

    estticas. Fonte: Norton 2004.Material Percentual mxima do limite da resistncia

    trao SutTenses alividadas Tenses residuais

    favorveisAo carbono repuxado a frio( por exemplo A227, A228) 80 100Ao carbono endurecido e revenido e ao de baixo liga(por exemplo, A229, A230, A232, A401)

    85 100

    Aos austenticos inoxidveis (por exemplo A313) 60 80Ligas no ferrosas(por exemplo B134, B159, B197 60 80

    A Tabela 1.13 ilustra os valores da tenso de resistncia fadiga flexo Sfw paa molas helicoidais

    de toro com fio de seo circular como um percentual da tenso limite de resistncia a trao Sut.

    Tabela 1.13 Resistncia a fadiga flexo Sfwpara molas helicoidais de toro de fio redondo emaplicaes cclicas (razo de tenso, R=0) Fonte: Norton (2004

    Vida a fadiga

    (Ciclos)

    Percentual do limite de resistncia a trao SutASTM 228, ao inoxidvel austentico (302) ASTM 230 e A232

    Sem jateamento Com jateamento Sem jateamento Com jateamento

    105 53% 62% 55% 64%106 50 60 53 62

    Os dados limites de resistncia fadiga so:

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    Elementos de Mquinas II 41Prof. Douglas Roberto Zaions

    Equao 1.88 MPaSbew

    537, = (para molas no jateadas)

    Equao 1.89 MPaSbew

    806, = (para molas jateadas)

    1.5.1.7 Coeficiente de segurana esttico

    Para carregamento esttico, a falha ocorre no escoamento do material. Assim, o coeficiente de

    segurana esttico determinado pela seguinte expresso:

    Equao 1.90maxint

    ySN=

    1.5.1.8 Coeficiente de segurana dinmico

    O coeficiente de segurana dinmico usando as teorias de molas helicoidais de trao e compreo

    determinado por:

    Equao 1.91( )

    am extutextexte

    extute

    fbSS

    SSN

    +

    =

    min

    min