Preço 1$00 Quinta-feira, 23 d« Julho de 1959 Àno V - N.« í 26
De 8 a 11 de Agosto de 1959('/cr programa especial na 6." página)
Proprietário, Adminslredor e Editor
v . S . M O T T A P I N T OREDACÇÃO S ADMINISTRAÇÃO - AV. D, NUNO ÁLVARES PEREIRA, 18 - TELEF. 030467--------------------------------------------- M O N T I J O ----------------------------------------------OOMFOSIÇiO a ESIPHESSiO — TIPOGRAFIA «GRAFEX» — TELBS\ 0!0258— M O N TXfO
Liberdliíds Júliap o r S E I S D E D O S B R A N C O
Para os inúmeros leitores deste conceituado jornal este nome certamente é conhecido, mas se alguém o desconhecer satisfaz-me imenso dizer que é o nome previle- piado da linda cidade de Évora, cidade que em Portugal é bem conhecida pelos seus méritos e alto valor, e que também é intitulada pela Cidade Museu.
Satisfez-me im e n s o ver nestas páginas algumas palavras dirigidas à minha — Terra - Mãe — àquela onde pela primeira vez vi a luz do dia, o sol deste lindo Portugal.
Dizia o periódico que a sempre noiva, a linda capital da Alentejo ia comemorar o quarto centenário da instituição da sua antiga Universi
dade, o que a todos os eborenses satisfaz, por ser justo e magnânimo.
Sobre a mesma deliberei dizer, que essa construção apesar de tão velhinha, das suas cãs alvejarem, é sempre sumptuosa e magnífica, talvez porque pela invocação do cardeal Infante D. Henrique, que a fundou com a alma elevada, ante tão grande ideal e este lhe tivesse dado o seu primeiro nomè.
A criação deste colégio do Espírito Santo foi aprovado por todos, e dali sairam grandes homens de letras e ciências.
Para dar mais valor a este estabelecimento de ensino o Infante pensou erigir uma Universidade a que se opôs
(Contínua na pàtyiná 2)
3 m a q e n i d t r( )a r tn ( ja lÉ V O R A (antiga «LiberaliUs Jffla- <k Romanos)
u® aspecto da sua magestosa Catedral, que se encontra enquadrada nesta "Pica cidade, em pleno coração da extensa e fértil província do Alentejo.
Montijo esteve presenlena homenagem ao Chefe do Distrito,
Ex.m° Sr. Dr. MIGUEI BASTOSReportagem do nosso enviado especial, JOSÉ JÚLIO VALÉRIO RODRIGUES
Por cativante e gentil convite da Direcção da Sociedade Filarmónica 1 . ° de Dezembro, de Montijo, — delegada n e s t e concelho da Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio, para a organização da merecida homenagem ao ilustre Governador Civil do Distrito, Sr. Dr. Miguel Rodrigues Bastos, como testemunho de sincera gratidão pelo que Sua E x .a tem feito, em prol das agremiações recreativas do Distrito de Seiúbal, fômos de abalada
no domingo, 14 de Junho p.°, como enviado especial do nosso jornal.
Associaram-se a esta manifestação de louvor, além da delegada concelhia — a «i.° de D ezem bro» — , a quase totalidade das colectividades do nosso concelho, as quais estavam vistosamente representadas. Assim, anotámos a presença das seguintes agrem iações: Banda Democrática 2 de Janeiro, Socie-
N o r í c i a s
diversas( d a A N I )
— O prémio «Camilo Cautela Branco», criado ptlaSociedade Portuguesa de Escritore.-*, foi entregue ao escritor José Ro drigues Miguéis, durante um almoço que se realizou na Cama da Im prensa, em Lisboa. O prém io è de 50 contos.
— O Coronel Santos Costa, antigo Ministro da Defesa Nacional, terminou o curso para oficial general, no Instituto de Altos Estudos Militares.
— O to inistro da Economia, eng. Ferreira Dias, visitou as | exposições industria l e agro- -pecuària de Aveiro e assistiu ao concurso de tractoristas, incluido no p r o g r a m a das comemorações do m ilenário da cidade.
— Subitamente aumentou de volume o rio Cávado. Haviam sido abertas as comportas e, apanhado em cheio pelas águas morreu afogado A rm indo Machado, de 19 ano.».
— Os Correios, Telégrafos e Telefones in a u g u r a r a m até agora 153 estações de Sei viço público. No passado dia 12 do corrente coube a vez a Monte Redondo, tendo à inauguração assistido muito povo.
(Continua na p á g ina 5)
Todas se faziam representar pelos seus dirigentes e sócios, com os respectivos estandartes, o que imprimia um aspecto garrido ao conjunto de manifestantes.
Pelas 15 ,30 horas, começaram a concentrar-se no vasto Parque das Escolas, — junto à Avenida T o d i— , todas as deputações do nosso distrito, representativas de
Sua Ex.*, Sr. Dr. Miguel Bastos, pro ferindo o seu em polgante di*curno db agradecimento á homenagem prom ovida pela Federação das Colectividades de Cultura e Recreio, em Setúbal, em
14 ao mês findo.
dade C o o p e r a t i v a União P i s c a t ó r i a , Cooperativa União dos Trabalhadores Rurais de Montijo, Ateneu Popular de Montijo, Corpo Nacional de Escutas, (agrupamento local, n.# 72), S o ciedade Recreativa do Alto das Vinhas Grandes, Comissão da C asa da Criança de Montijo, Sociedade Columbófila de Montijo, Sociedade do Círio Novo a N.a S r .a da Atalaia, Academia Musical União e Trabalho de Sarilhos Grandes, Grupo Desportivo das Faias-(Pegões), S o c i e d a d e Recreativa do Cruzamento de Pegões, Casa do Povo de Canha, Mesa Administrativa da Misericórdia de Montijo e Bombeiros Voluntários, desta vila.
cerca de 50 colectividades ; predominando as dos concelhos ribeirinhos da margem do T e jo : Almada, Barreiro, Moita, Mpntijo e Alcochete.
Em brilhante e colorido desfile seguiu o extenso cortejo pela citada Avenida, sob o rufar dos tambores das d e p u t a ç õ e s de valorosos Soldados da P a z ,— de briosos e abnegados voluntários, que abriam o desfile e, ao som de atraentes marchas militares, dirigindo-se à Praça do Bocage.
Ali estacionou o cortejo em frente ao edifício da Câmara Municipal de Setúbal, onde, — pouco depois — , pelas 16 ,45 horas, se dava início à homenagem pública
(Continua na pág ina 4)
2 A PROVÍNCIA 23-7-959
. V|D A\PR0 f ISSIOMflL!
Médicos
Dr, Avelino Rocho BarbosaDas 15 às 20 h.
R. Bulhão Pato, 1 4 - 1 . * Telef. 050245 - MONTIJO
Consultas-em Sarilhos Grandes às 9 horas, todos os dias, excepto is sextas feiras.
Dr. fausto KeivoLargo da Igreja, 11
Das 10 às 15 e das 15 às 18h . Telef. 050256 - MONTIJO
Dr. A. Gonçolves de AzevedoMédico-Especialista
B oca e D en te s — P ró te s eComultoi ài 3.as, 5.*3 e Sábados às 14 h.R. Almirante Reis, 134-MONTIJO
Médicos VeterináriosOr. Cristiano do Silva MendonçaAv. Luís de Camões - MONTIJO Telef.8 030502 - 030465 - 030012
Instituto Policlínico Montijense
R u a B u lh ã o P a to , 18
Consulta de Ouvidos, Nariz e Garganta
Dr. fmílio Alves ValadaresTodos os sábxdos, às 9 horas
Análises Clínicas
Dr/ ITIaria lilanuela QuintanilhaTodos os dias, às 10,30
Consulta*de Oftalmologia
Dr. flisio (HorgodoQuintas-feiras, às 14 horas
Consulta de Ginecologia
Dr.* Isabel Gomes Pires3.as e 6.,s feiras, às 16 horas
ParteirasAujusto Marques Charneira
Parteira-Enfermeira Diplomada pela Faculdade de
Medicina de Coimbra R. José Joaquim Marques — N.° 231 .. Telef. 030556
M O N T I J O
Armando LagosParteira-Enfermeira i^ARTO SEM DOR
áx-Estagiária das Maternidades de Paris e de Strasbourg.
De dia - R. Almirante Reis, 72 Telef. 030 038
De noite - R. Machado Santos, 28 MONTIJO
Telefones de urgênc iaHospital, 030 046
Serviços. Médico Sociais, 030 198 Bombeiros, 030048
Taxis, 030 025 e 030479 Ponte doa Vapores,^030 425
Policia, 080441
Clube Desportivo de MontijoFestival de Ginástica
Efectuado em 21 de Junho passado
festas de S. Pedro Am|g°s
Em seguimento à nossa local da penúltima semana e para corresponder ao interesse manifestado por alguns dos nossos leitores, quanto ao festival organizado pela Direcção desta prestimosa agremiação desportiva, pelo facto de encerramento das classes de g i n á s t i c a na é p o c a de 1958-59, reproduzimos a s e g u i f — na integra — a alocução lida na tarde de 21 de Junho findo, pelo nosso distinto redactor desportivo, sr. Manuel Nascimento Lino, na festa levada a efeito no salão da Sociedade Filarmónica 1 . ° de Dezembro, desta vila, a qual mereceu por v e zes vibrantes aplausos da assistência ao referido festival.
*❖ *iP a r a encerramento dos
seus cursos de G inástica organizou a respectiva Secção este F estiva l, que se não f ô r a a va liosa colaboração do S p o r t L isboa e B en fica , não p a ssa ria d u m a despre- tenciosa fe s ta in t im a ; em bora rica de interesse para todos aqueles que às aetivi- dades do C. D . M . dispensam a m elh o r da sua atenção.
D e realçar, antes de mais, essa r e f e r i d a colaboração d u m dos baluartes do D esporto N acional, do Clube que pelas suas nobres tra dições ao serviço da educação f ís ic a em P o rtu g a l, tem sido merecedor dos m ais elevados galardões e d is fru ta dum a popularidade sem par, sem pre crescente.
U g lorioso S p o r t L isboa e B e n fic a só sabe responder com u m a pa lavra quando cham ado a in te rv ir para serviço da Causa D esportiva— P R E S E N T £ — p o r isso, tem os a honra da sua vinda, m ais u m a vez, à nossa terra, em desinteressada e am iga confra tern ização .
P a ra V . E x .a S r . M endes de C arvalho, como chefe da em baixada que aq u i se encontra representada, vai a expressão dos nossos m elhores agradecim entos e os votos de m u ita s prosperidades p a ta o S p o r t L isb o a e B en f ic a , campeão eterno da popu la rid a d e em P o rtu g l.
S eria m o s in ju sto s , como representantes dos Corpos Gerentes do C. D . M., não tra zer a plano elevado, o nome do p ro fe sso r dos nossos cursos, E x .m0 sr. João R ibeiro da Costa, dedicação absolu ta à carreira que abraçou e, em bora ligado ao nosso C lube apenas há um ano, deu sobejas provas da m a io r solidariedade pAracom os nossos prob lem as e d ijicu l- dades, d ificu ld a d es próprias dos clubes pequenos, pois ss não fô r a o seu espirito de sa cr ifíc io ta lvez esta F esta não tivesse possib ilidades de êxito.
J a m a is poderem os esque. cer sr. R ibeiro da Costa, a nobre a titude de V . E x .a, estando sem pre presente com o m esm o interesse, pelo que
f ic a crédor da adm iração e da estim a de todos os desp o r tis ta s m ontijenses.
Sabem os j e r i r a sua sensib ilidade com estas p a la v ra s; no entanto, como a trás d issem o s,p ra tica ría m o s um a in ju s tiça sem publicam ente, não realçássem os as suas v irtudes, a liá s j á jr iz a d a s na ú lt im a A ssem b le ia G eral do C. D. M „ onde lhe f o i con ferido , p o r aclamação, u m voto de louvor.
S r . P ro fe sso r , m uito e m uito obrigado.
N u m paren tesis e antes de serem cham ados os a lunos que durante o ano m a is se evidenciaram pelas suas qua- l id a d fs atléticas, de aproveitam ento e de assiduidade, ped im os a y . E x .as o obséquio de saudarem com um a sa lva de p a lm a s a pessoa que, com surpresa para si, va i ser cham ada à fren te desta pa rada p a ra receber as hom enagens a que tem jú s , pela dedicação e carinho que tem m a n ifes ta d o à G inástica em M ontijo , pois se não fô r a a sua enérgica acção, esta m odalidade - base de toda a actividade desportiva — provavelm ente não existia , na nossa terra.
* A ten çã o ; - P ed ro Gomes, apresente-se. ( P ro longadas saudações, se sucederam a esta cham ada a público).
D as v ic issitudes que d u rante o ano tem so fr id o ao serviço da cáusa que abraçou, nestè m om ento de re. conhecimento colectivo pelo seu esforço , receba os nossos parabéns e o pedido de m a n ter acesa essa fogueira de esperança p a ra ver coroados de êxito os èsforços que tem d e s e n v o lv id o em p ro l do nosso Clube.
P a ra si, tam bém , m uito e m uito obrigado.
F in a liza n d o , vão ser cham ados os a lunos prem iados do C urso de G inástica doC. D. M„ na época de1 9^ / J 9-
P a ra aqueles que não recebem prém io , esta cerim ónia deve se rv ir de incentivo e entusiasm o, de m odo que, no p ró xim o ano se esforcem por merecer esta honra.
E como os ú ltim o s são sem pre os prim eiros no nosso coração, a g r a d e c e m o s reconhecidos a presença de todos vós, à nossa Festa de Ginástica-».
<A PROVÍNCIA»
A S S I N A T U R A S
Per P ag am en la adiantado
10 núm eros — 9$9020 números — 20S00 52 núm eros — 50S00
Para as Províncias Ultramarinas e Estrangeiro, acrescem oa portes de correio.
A Comissão das Festas agradece que lhe sejam presentes, com a maior brevidade possível, as facturas de fornecimentos relativos às Festas do corrente ano.
Igualmente a Comissão agradece a todas as pessoas que ainda nâo tenham entregue os seus donativos, e que o pretendam fazer, o favor de se dirigirem a qualquer dos seus elementos, facilitando desse molde o encerramento de contas e a confecção do respectivo relatório.
Publicações Recebidas
Montijo em [estaPor ocasião das últimas
Festas Populares de S . Pedro, desta vila, o considerado jornalista e escritor, — nosso bom am igo— , Gentil Marques, publicou um interessante folheto, em que se revela o seu fino gosto artístico, que constitui um valioso guia turístico da nossa região, além de incluir uma variedade de leitura, que interessou todos os nossos visitantes.
Muito gratos pela gentileza da sua oferta.
de OlivençaO Grupo dos «AMIGOS
DE OLIVENÇA» dentro da sua finalidade patriótica de divulgação da Causa Oliven- tina, levou a efeito em Algés- -Lisboa no passado dia 5 do corrente, um acto solene para a inauguração nessa localidade, de uma «Rua de Olivença».
Assistiram a essa solenidade, os srs. Presidente, da Câmara Municipal de Oeiras, Eng.‘ Álvaro Ferreira Ro- quete ; Presidente da junta de Freguesia de Algés, sr. Baptista Chamusca ; Presi- dente^daj Liga de Melhoramentos e Recreio de Algés, sr. Pedro Jo sé de Moura; representantes das Forças Vivas, Associações de Recreio e Desportos e as Corporações de Bombeiros Voluntários de Algés, Cama- xide, L in d a - a - P a s t o r a e Dafundo, bem corno muitos sócios do Grupo dos Amigos de Olivença, elevado número de senhoras e bastante público.
V is a d o p e la C e n su ra 11SL£JISL$JL2SLSUL£JLSL2JÍSLS
LlbERALITAS JÚLIAsc a a e a sa rg a c a a E g a c ff ise B a E a g E ^ g ^
( C o n t i n u a ç ã o d a p r i m e i r a p á g i n a )
vigorosamente a Universidade de Coimbra, porém esta oposição foi vencida em 18 de Setembro de 1559, centenário que os Eborenses vão comemorar dignamente.
Para as novas aulas acrescentaram-se imensas obras ao palácio primitivo, de forma que ainda hoje é, um dos bons edifícios escolares do País.
Pela expulsão dos Jesuítas acabou a auspiciosa Universidade da bela cidade alen- tejana.
Por muito tempo nenhuma aplicação teve o magnífico edifício ; mas em 1836, sendo governador civil o senhor António José d’ Avila, determinou-se a fundação da C asa Pia, e o Colégio do Espírito Santo serviu optimamente ao plano.
Para se fazer ideia da sua grandeza, basta dizer-se que não só a Casa Pia, mas todas as diversas repartições públicas ali se acomodaram.
Presentemente, e há muitos anos, funcionam ali as,aulas do Liceu Nacional de Évora, às quais o meu antigo reitor e professor de há muitos anos, Senhor Doutor António B a r t o lo m e u Gromicho, a quem respeito e admiro, deu mais luz e valor, aumentando a sua esfera de acção durante dezenas de anos.
Como eu gostaria de dizer quanto amo e quante vale a minha Terra - Natal, aquele cantinho que não sei ao certo a sua fundação pois que há dúvidas se ela pertenceu aos Celtas se aos Tartézios An- daluzes. É certo porém que
no tempo dos Romanos, já era povoação de bastante | valor e importância.
Sertório, o valente chefe] romano, residiu ali.
Muitos dos seus monumentos se devem ao génio| daquele povo.
Esta querida cidade minha,I foi previlegiada por Júlio| C ésar que a intitulou Liberalitas Júlia.
Muitos reis ali tiveram i sua residência. No tempo delD. Duarte, D. Afonso V e|D. João II celebraram-se| côrtes.
O patriotismo dos Eboren-I ses é proverbial: — Onde» quer que a liberdade e a inl dependência de Portugal cal recem do seu braço, aparei cem eles, e conhece-se que| não é para fazer número.
Aquele cantinho de lenda,I amor e poesia foi berço del escritores, poetas e prosai dores, e eu quero-lhe cortl toda a minha alma, co n todoj o meu ser e sen tir . . .
É ele o cofre dos meus sej gredos de infância, das rnij nhas alegrias e desenganos! Cada pedra, cada rua encerrai uma recordação, uma espej rança a lad a ; mas digo conl aquela saudade infinda, coijf aquele querer eterno, que. sotj o céu do bocado deste lindi rincão que é Portugal, pair| a mais bela canção, que 11 bios de Alentejana podeflj proferir, mas que não há pe| nas que a descrevam ! . . .
Nada mais posso dizer,/ muito que há,para isso, dtófl apenas que Évora é a mint'| saudosa Mãe e eu sou s í f filha.
S e isd e d o s Brsnco
A PROVÍNCIA23-7-959
AGENDA ELEGANTE
M O AGENDAUTIUTARIA
A n iv e r s á r io sJULHO
Fizeram anos:— No dia 15, a nossa estimada
assinan te , sr.a D. Joana Vicente da Silva.
_ No dia 18, completou o seu7.° aniversário o menino Bernar- dino José de Matos A. Cunha, filho do nosso prezado assinante, sr. Natálio A. Cunha.
— No mesmo dia, a menina Noélia Tomé Martins, neta do nosso estimado assinante, sr. Manuel Jerónimo.
— No dia 20, a sr.a D. Maria da Silva Carvalheira da Costa, esposa do nosso dedicado assinante, sr. Virgílio Martins da Costa Júnior.
— No dia 21, a sr.a D. Ana Maria Caria Peixoto, nossa dedicada assinante em Coimbra.Fazem a n o s:
— No dia 24, a menina Maria Amélia Fernandes Barreiros, filha do nosso dedicado assinante, sr. Carlos Barreiros.
— No dia 26, o menino Joaquim Manuel da Cruz Caria, filho do nosso estimado assinante, sr. Va- lentim José Narciso Caria.
— No dia 26, o sr. Alfredo Rodrigues Gomes, nusso estimado assinante.
.4 todos os aniversariantes e suas fam ilias, os nossos parabéns e votos de continuidade, por muitos anos.
Em vilegiaturaManuel Teixeira de Castro
Para seguir prescrição médica e obter necessária cura de repouso, retirou há dias para Artosa do Sul, — Estarreja—, o nosso estimado amigo e dedicado assinante, sr. Manuel Teixeira de Castro, proprietário da bem conceituada «Salsicharia Castro», do Mercado Central de Montijo.
Com os nossos cumprimentos de despedida, auspiciamos-lhe feliz tratamento e votos de breve regresso à sua actividade comercial.
C h a g a d a s
D. Cristina Cheirada
De visita a sua família, já há dias se encontra em Montijo, na residência de sua sobrinha, no Corte Falcão, a nossa estimada assinante, sr.a D. Cristina Cheirada, de Vila Franca de Xira.
Ao termos notícia da sua presença nesta terra, cumprimentamos a respeitável anciã, auspiciando-lhe agradável estadia nesta vila, com os nossos desejos de bem estar junto dos seus.
Vendem-se. Uma balança «AVERY». força 15 Kgs.; Uma balança «BERKEL», força 10 Kgs., em estado de novas, em cnnta.
Nesta redacção se informa.
Câm ara Municipal de Montijo
Resumo da acta da reunião ordinária de 7 de Julho de
1959
P resentes: Os srs. José da Silva Leite; e os vereadores : F rancisco Tobias da Silva Augusto, Tomá3 Manhoso Iça, Francisco Braz da Cruz, Joaquim Brito San- cho, Carlos Gouveia Dimas e Mário Miguel de Sousa Rama. Secretário: o sr. José Maria Mendes Cost3, Chefe da Secretaria.
Foi deliberado deferir os seguintes requerimentos:
— Concessão de terrenos no Cemitério Municipal, (de Ana Rosa Baptista; de Cacilda Faustino Moreira e, de Manuel Tavares Júnior).
— Licença graciosa, (de João de Oliveira Ferreira).
— A ss is tê n c ia Judiciária, (de Manuel Tom ás);
— Licenciamento sanitário, (de Bartolomeu Sobral);
Deliberações:— Conceder um subsídio ao
Clube Desportivo de Montijo ;— Aprovar um voto dTe louvor
e pgradecimento ao sr. Gentil Marques, pelos relevantes serviços prestados ao Montijo.
— Abrir concurso para provimento do lugar de fiscal de obra*.
Clube Desportivo
de Montijo(Continuação ãa 4.a página)
volta da Direcção, para um Clube cada vez maior, pois só os Directores não chegavam nesse sentido.
Era preciso que todos se compenetrassem das suas respousabi- lidades e colaborassem, cora boa vontade, para se ter um Clube mais glorioso.
** *Como acima deixamos dito, os
oradores lamentaram o facto de num acto de tão grande importância para a vida da colectividade, haver uma assistência tão reduzida; e nós, também muito sinceramente o lamentamos, acrescentando ainda que alguns dos presentes, onde se viam algumas senhoras, foram nessa noite à sede do Clube, na intenção de assistirem ao programa da T .V ., como aliás, é seu liábito.
E triste, mas é verdade 1 ...Deste nosso modesto cantinho
saudamos efusivamente os novos dirigentes, apetecendo lhes, — na difícil missão que se impuzeram —, ós maiores prosperidades, para um CLUBE DESPORTIVO Dl£ MONTIJO, CADA VEZ MAIOR 1
A rlu r Lucas
NfAlt(IMfHTOS
Na segunda quinzena de Junhc findo ocorreram neste concelho, os seguintes óbitos:
No dia 15, no Brejo Lobo, de Maria de Jesus, de 58 anos, casada, doméstica; que foi sepultada no dia 16, no cemitério desta vila.
— No dia 17, no Asilo de S. José, desta vila, de Manuel dos Santos Carlinhos, de 65 anos, solteiro, trabalhador, que foi sepultado no dia 18, no cemitério desta vila.
— No dia 17, em Vale Porrim, de Maria de Oliveira, de 59 anos, casada doméstica, que foi sepultada no dia 18, no cemitério desta vila.
As suas famílias, apresentamos as nossas condolências.
Tratou destes funerais a Agência Manuel Silva Ramos, R. Machado Santo», Montijo.
Visita do Sr. Ministro da Justiça, a Montijo
No seu regresso de Setúbal onde fôra na quinta-feira, 2 do correnle, para escolha do terreno destinado à construção da Casa dos Magistrados, esteve também na nossa vila, o sr. prof. Dr. Antunes Varela, Ministro da Justiça, onde foi
.aguardado pelo sr. José da Silva Leite, presidente do nosso Município, e vários funcionários dêsse ministério, tendo visitado as obras do edifício do Palácio da Justiça, em construção muito adeantada, que mereceram o seu melhor apreço.
Exposição de Trabalhos Escolares na
Escola Técnica de MontijoDecorreu com o maior interesse
a exposição de trabalhos escolares, efectuada na Escola Industrial e Comercial desta vila, levada a efeito nos dias 11 a 17 do corrente, que foi bastante concorrida e visitada, por muitas centenas de pessoas.
Agradaram em extremo os trabalhos apresentados, que demonstraram nttidamente o aproveitamento dos seus aiunos na vigência dos dois primeiros anos de funcionamento desta interessante Escola Profissional, graças à digna orientação superior do seu director, sr. Dr. Eugênio Lopes Morais Cardigos, a quem dirigimos as nossas felicitações pelo êxito obtido pela sua iniciativa.
Auro-Progresso de Alcochete, L 4'
Comunica a todos os seus Ex.mos Clientes e Amigos, que tem ao seu serviço o mecânico Sr. Manuel Nunes, apto a desempenhar todos os serviços respeitanies a motores D iese l, tanto industriais, como em camionetas, tractores e todas as máquinas agrícolas a gasolina e a gasóleo. — F a b r ic a n íe s de Charruas para Tractores Reversíveis de de 1 e 2 ferros, pequenos, grandes, e simples de 1, 2, 3, 4 e 5 ferros para a lavoura e deslavre, e de O s s c a ro la d o re s de milhos de pequeno e grande rendimento, que vai de 10 - 40 sacos por hora, completamente limpo, — l rabalhos garantidos, com pessoal habilitadíssimo. S L ,I3
OGrande Concurso Nacional
de Bandas CivisEstá já em distribuição o regu
lamento definitivo do Grande Concurso Nacional das Bandas Civis, por impulso amplo que a Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho pretende exercer no meio musical civil português.
O concurso tem disposições que correspondem às situações de todos os agrupamentos filarmónicos, em três categorias.
A cidade de Setúbal fica colo- c-ida, no grande concurso, como chave estratégica do grande movimento a operar-se, competindo- -lhe a realização da segunda eliminatória.
Setúbal fica sendo a chefe da zona sul, que abrange os distritos de Castelo Branco, Leiria, Lisboa, Santarém, Portalegce, Évora, Beja, Setúbal e Faro.
As bandas apuradas na primeira eliminatória irão jogar seus destinos à nobre cidade de Setúbal.
Por taí distinção, saudamos e felicitamos a linda cidade Sadina, augurando os melhores êxitos para as Bandas representativas deste distrito.
Número Especial das festas do «Barrete Verde e dos
Salinas»Vai «A Província» dedicar a edi
ção da próxima semana, para reservar algumas páginas alusivas ás Festas do «Barrete Verde e das Salinas», que terão lugar nos dias8 a 11 de Agosto próximo, na vizinha e amiga vila de Alcochete, conforme o programa que inserimos na sexta página do presente número.
Para o bom êxito dessa iniciativa, temos como agente de publicidade naquele concelho, o nosso colaborador sr. Francisco Pepe, para o qual solicitamos o bom acolhimento do comércio e indústria locais.
A todos os nossos estimados amigos dessa castiça vila, testemunhamos os nossos antecipados agradecimentos.
Padre Francisco da Cruz
Está marcada para o próximo dia 29, — quarta-feira próxima , a visita oficial do sr. Dr. Miguel Bastos, ilustre Chefe do Distrito a Alcochete, para ali presidir às so- lenidades comemorativas do centenário do nascimento do saudoso padre Francisco da Cruz, ocorrido naquela progressiva e vizinha vila.
Perante a evocação do nome de tão honioso iilho de Alcochete, curvamo-nos respeitosamente e desfolhamos as pétjlas da mais viva saudade.
Vende-se— A propriedade rústica o «Ca-
rodes». Hecebe propostas por carta D. Justa Ventura Sarreira — TORRES VEDRAS.
Pequenas escritas— ENCARREGA-SE, nas horas
vagas.Informa na redacção.
Viúva Vasques Azevedo, Martin Navarro & C .‘ L daVila Seal de St 0 António - lelef. 69Vende casca de pinho mansa, em Alcácer do ,Sal. Quem pretender
dirija-se à firma supra.
Farmácias dt Smiço5,a feira, 24 — G i r a i d e s6.® feira, 25 — M o n t e p i oSábado, 26 — M o d e r n aDomingo, 27 — H i g i e n e2.a feira, 28 — D i o g o
3.* feira, 29 — G i r a i d e s
4.a feira, 30 — M o n t e p i o
B o l e t i m R e l i g i o s o V id a C a tó lica
HORÁRIO DAS MISSAS5.*-feira 23 — às 7 e9 h.6.'-fe ira , 24 — às 8,30 e 9 h.Sábado, 25 — às 8,30 e 9 h.Domingo, 26 — Na Igreja Paro
quial, às 7, 10, 11,30 e 18 h .; no Santuário da Atalaia, às 9 h . ; na Igreja Paroquial do Samouco às9 h .; e na Escola do Alto Estanqueiro às 20 h.
S. Columbófila de MontijoD is tr ib u iç ã o d e p ré m io s d a
C a m p a n h a d e 1958
Efectunu-se no último domingo, dia 19 deste mês, na sede desta colectividade, a anunciada sessão solene que foi presidida pelo revd.® Padre sr. António Gomes Marques, ladeado pelos srs. Dr. Manuel Paulino Gomes, António J. Lucas Catita e Aldemiro Eorges, a qual decorreu brilhantemente.
Foram distribuídos numerosos prémios a vários concorrentes da última campanha, os quais foram igualmente muito ovacionados.
Pela escassez de espaço neste número, somos forçados a adiar para a próxima semana, a publicação do extrato dessa sessão, do que pedimos desculpa à Direcção desta agremiação do nosso concelho e às pessoas ali presenteí.
CortiçasBom emprego de capitalVende-se pequena propriedade
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4 A PROVÍNCIA 23-7-959
Monti|o esteve presentena homenagem ao Chefe do Distrito,
Ex.” Sr. Dr. MIGUEL BASTOS( C o n t i n u a ç ã o d a p r i m e i r a p á g i n a )
ao ilustre Chefe do Distrito.No respeitante ao conce
lho de Montijo, o seu sector era destacado por uma enorme faixa de pano, com o seguinte dístico : — «MONTIJO A G R A D EC ID O S A Ú D A O GO VERNADO R».
Logo, a t r á s , marchava g a r b o s a m e n t e a laureada Sociedade Filarmónica 1.* de Dezembro, cujosfiiarmónicos ostentavam na lapela dos seus fardamentos, o distintivo do Concurso Mundial das Bandas Civis — «KER- K R A D E - HOLANDA», e o seu porta-estandarte, ao peito, trazia a medalha de cobre de «Dedicação*.
Ainda mais atrás as outras agremiações deste concelho e fechando a representação montijense, a não menos categorizada «Banda Democrática 2 de Janeiro», desta vila, com os seus dirigentes e seu estandarte.
Muito povo se aglomerava à passagem das sociedades recreativas, que sublinhava com fervorosas palmas a passagem das representações do nosso concelho, nomeadamente a da <1.* de Dezembro», do Montijo, pois os setubalense sabem ser bairristas e têm o duplo orgulho pelo notável feito da nossa centenária filarmónica, pois aquela colectividade é do seu e nosso distrito; e o seu regente, é filho de S e túbal.
No Salão Nobre dos Paços do Concelho de Setúbal, logo após a concentração de todas as agremiações manifestantes, foi constituída a mesa da sessão solene, a qual foi presidida pelo homenageado, sr. Dr. Miguel Rodrigues Bastos e ladeada, pelos srs. Major Magalhães Mexia, presidente do Município de Setúbal; Coronel Augusto de Carvalho, comandante militar da região ; Dr. Manuel Seabra Carqueijeiro, presidente da Comissão Distrital da União Nacional e deputado da Nação, pelo círculo de Setú b a l; e Jaime Franco, presidente da Mesa da Assembleia Geral, da Federação das Colectividades de Recreio.
Faziam guarda de honra todos os estandartes das c o l e c t i v i d a d e s presentes àquela homenagem, que emprestavam à cerimónia um colorido vistoso a enqua- drar-se com a bela e rica obra de pintura ali existente : O painel colocado naquele Salão Nobre.
** *Abriu a sessão de homenagem
o sr. Jaime Franco, presidente da Assembleia Geral da Federação, que em vibrante e entusiástico improviso, exprimiu o seu agradecimento muito reconhecido ao sr. Governador Civil, por tudo quanto tem feito em benefício das colectividades do teu distrito.
O «iafltro reconhecimento da
Federação, por si representada, era atribuir-lhe a mais alta distinção conferida por aquela colectividade e assim, fazia lhe entrega do artístico Diploma de seu Sócio Honorário, valiosa iluminura da autoria do Místre sr. Alfredo Cândido, membro do Conselho Superior de Orientação da Central Recreativa.
Depois, dirigindo-se ao sr. Dr. Manuel Carqueijeiro, como Deputado da Nação, agradeceu a sua presença naquela homenagem, sentindo-se satisfeito por saber, que os governantes tinham os olhos postos nas colectividades de recreio de todo o Portugal, pela oportuna intervenção dum outro Deputado na Assembleia Nacional em defesa das suas filiadas.
Pediu-lhe que fosse o transmissor dos seus agradecimentos pessoais, federativos e colectivos ao seu colega, sr. Dr. Rogério Peres Claro e solicitou que ambos continuassem em defesa das agremiações recreativas do País.
A findar o seu discurso, agradeceu a presença de todos e felicitou a Imprensa e a Rádio pelo seu trabalho em prol das colectividades de recreio.
Em seguida, o sr. António Pereira Coutinho Salgado, presidente da Socielade Filarmónica1.° de Dezembro, do Montijo, fez entrega ao sr. Governador Civil do Diploma de Sócio Honorário da sua Colectividade, como preito de gratidão da valiosa interven* ção do Chefe do Distrito, quando da ida da Banda de Música daquela sociedade a Holanda.
Seguidamente usou da palavra o homenageado, sr. Dr. Miguel Bastos, que muito comovido iniciou o seu discurso: — Nancipara trabalhar, para trabalhar em defesa dos grandes ideais, em de fesa do povo que muito amo. Sou homem forte p ara o cumprim ento do dever e impresr siono-me sem pre com a bondade dos outros. Quero andar junto de todos, como aliás tenho feito ao longo dos quatro anos de Governador, m as não nasci para isto, para a s hom enagens ! . . .
Considerou humilde a sua contribuição dada às sociedades de recreio, que todavia lhe merecem a mais viva simpatia.
A certa altura do seu discurso, disse: — Sou um sim ples companheiro de trabalho, que p ro cura estar convosco e ligado ás vossas preocupações num a obra, que é posta ao serviço do próprio Portugal».
Mais adiante acrescentou: — «Sempre o Governador tem encontrado o .melhor espirito de compreensão e colaboração da parte das sociedades de recreio. E hoje mais do que nunca, a cultura do nosso povo tem de ser obra também dessas sociedades. 08 valores do espirito, os valores da alm a, os valores da cultura têm de continuar a viver no coração e na inteligência dos homens».
E em outro passo da sua b r ilhante peça oratória, disse: — È com vivo prazer que sem pre assisto às festas e m anifestações populares, pois é nelas que melhor auscnlto a nobre alm a nacional.
Quando vejo os povos entretidos com as suas danças, com as poesias e com as suas m usicas, sou outro homem, porque 8ou um homem fe liz I»
Apelou ainda para a boa conduta de todos, felicitando por fim a Federação e os seus dirigentes, pelo lugar destacado que ocupam no âmbito nacional e agradeceu as palavras generosas do sr. Jaime Franco e a obra artística de Mestre Alfredo Cândido.
Ao terminar o «eu importante ditcurto, todo ele de improviso,
disser — Lá fora já tocam as músicas ! E quando ouço m úsica, apetece-me logo ir atás delas. Por isso me vou desped ir de V. Ex.*s ; Não com um adeus, até am anhã ou até logo! Quando m e despeço, faço-o com uma sim ples palavra, que exprim e a m inha vontade de continuar sem pre junto da vós : Até sem pre 1...
Grande ovação rematou as últimas palavras de Sua Ex * o sr. Governador Civil, o qual foi depois cumprimentado por todos os presentes.
Entretanto, o Sr. Dr. Miguel Bastos, quis despedir-se de todos e desceu vindo à Praça do Bocage, apertar a mão a todos os manifestantes e passar revista de cumprimentos a todas as deputações de bombeiros e filarmónicas que retribuíam com os primeiros acordes do Hino «Maria da Fonte», rematando logo de seguida com alegres marchas militares.
Na mesma altura, foi feita uma solta de milhares de pombos correios, que teve a genlil presença da «Sociedade Columbófila de Setúbal» e dos seus dirigentes.
A grande massa de povo que se apinhava nos passeios e assistia aquela imponente cerimónia, saudava entusiàsiicamente o ilustre Governador Civil.
J o s é Jú lio V a lé r lo R o d rig u es
M o vi m ento associativo
Clube Desportivo de MontijoÂcfo de posse dos seus novos dirigentes. . . — .... .. — — .. ... —
Reportagem de A R T U R L U C Á STeve lugar no psssado dia 3 do
corrente, na sede do CLUBE DESPORTIVO DE MONTIJO, o acto de pos^e dos novos corpos gerentes, para o ano de 1959.
Assim tomaram posse os elementos a que, em nosso jornal da pretérita semana, fizemos referência, eleitos em Assembleia Geral Extraordinária do dia 23 do passado mês de Junho.
Como secretário da mesa da assembleia o sr. Pereira Ribeiro, leu o termo da posse, passando de segnida os empossados, a assinar o respectivo livro, pela ordem dos respectivos cargos.
O sr. Manuel Nascimento Lino, oresidente da mesa, pronunciou algumas palavras, a agradecer a colaboração prestada ao Clube pelos Directores que terminavam o seu mandato; e, saudando os novos eleitos, desejando-lhes as maiores felicidades, durante a vigência do seu mandato.
Em seguida, lamentou a quase total ausência dos sócios da colectividade ; e, bem assim, dos seus atletas, num acto de tão grande importância para a vida do Clube.
Terminou, pedindo uma salva de pilmas para os novos dirigentes.
** *Em seguida, usou da palavra o
presidente da nova Direcção, sr. José Estêvão da Silva Carvalho, que começou por dizer, não achar extranha a ausência dòs sócios da agremiação, pois dada a crise que
a colectividade presentemente atra. vessa, justificava isso mesmo.
O orador acrescentou ainda, que se sentia muito honrado, por vir presidir aos destinos deste Clube o qual considerava o maior de j Montijo, pois logo que se alcan. çasse a posição há muito desejada, este seria, sem dúvida, o melhor cartaz de propaganda desta terra
Para isso, ia empregar todos os esforços, confiando e contando em absoluto na boa vontade dos seus I colegas, para de igual modo se | obter a união de todos aqueles, que se encontram afastados do | seio da colectividade.
A terminar, agradeceu a comparência dos escassos sócios ali presentes; ao sr. presidente da I assembleia as palavras de encora- ; jamento que dirigia à nova Direcção; e, bem assim, ao sr. Francisco António Faria, — representante do Clube na Associação de I Futebol de Setúbal —, pela sua! comparência àquele acto associativo.
Em seguida, foi convidado a usar da palavra o sr. Cosme Benito Resina, presidente do Conselho Fiscal, que declinou o convite.
Por último, usou da palavra o sr. Francisco 4. Faria, que começou por saudar os novos dirigen- j tes, dizendo que confiava em i absoluto, na sua competência e j dedicação, terminando por pedira união de todos os associados em
(Continua na página 3)
ô " Q z u p c c Á z t b t i c o c M o n t l / e m e
ti
Conforme o nosso jornal noticiou, realizou-se no passado sábado, dia 18 do corrente, o espectáculo de variedades desempenhado pelo «Grupo Artístico Montijense», de Montijo, com a colaboração do Casal Tobias e da Fábrica de Malhas «Coração», de Lisboa, na Verbena de Palmeia.
Logo após a chegada da embaixada montijense, o amador da nossa terra, sr. José Luis Caria, ao descer uma escada de acesso a um camarim, por se ter partido um dos degraus, obrigou o distinto amador a uma queda, de certo modo aparatosa.
P ro n ta m e n te socorrido, foi transportado para o Hospital Regional de Setúbal, onde lhe ministraram os primeiros socorros, tendo o médico que lhe assistiu, suspeitado de fractura.
O sr. Caria foi em seguida conduzido à sua residência em Montijo, no veículo do sr. Raul Machado, de Palmeia, que já antes o tinha transportado a Setúbal.
No dia seguinte, — domingo —, foi novamente conduzido o acidentado ao Banco do Hospital de S. José, em Lisboa, onde se verificou haver fractura no joelho da perna direita, recolhendo ao Hospital de Santo António dos Capuchos.
Este acidente foi, não há dúvida, um grande aborrecimento, não só para a sua vítima, como também para os seus acomoa- nhantes e nós desejamos, multo sinceramente ao simpático amador, um pronto restabelecimento.
O espectáculo iniciou-se com o amador António Carlos, cantando os fados de «Palmeia» e de «Montijo», entrando-se, pròpriamente, no acto de variedades apresentadas pelo Grupo Artístico visitante.
Nós não assistimos ao início do espectáculo, porquanto acompanhámos o sr. -José Luis Caria, a Montijo. No entanto, informaram- -nos que os modelos apresentados pela Fábrica de Malhas Coração e aqueles do Casal Tobias, quer em penteados, quer em vestidos, constituíram um bom êxito artístico.
Na sequência da exibição do Grupo Artistico Montijense, não queremos deixar de assinalar o êxito do sketch «Desculpa Xavier»,
EM P A L M E L Ainterpretado pelos distintos amadores, Natália Correia, José Joaquim Caria e Luís Onofre, realmente cheio de graça, de excelente interpretação, e sem desprimor para os restantes, destacaremos J . J. Caria, que verdadeiramente conduziu o diálogo, com mão de mestre.
Durante o intervalo da primeira à segunda parte das variedades,
Reportagem especial dec A i t u i jS .u e .a L
a «Orquestra Eldorado» — como aliás, o havia já feito de início —, executou alguns números musicais, para que toda a gente dançasse.
No início da segunda parte, novamente fc sempre em sequência do espectáculo, o Casal Tobias voltou a apresentar penteados e vestidos, dos quais destacaremos o vestido de noite, exibi Jo agora ali oor Natália Correia, que já o havia feito também no Coliseu dos Recreios, na «Festa das Cosiurei- ras», onde alcançou o primeiro prémio.
É realmente um lindo modelo de vestido, que muito realça a sensibilidade attística de D. Natália Tobias, que o compôs.
Esta segunda parte não teve, — passe o termo —, o brilhantismo da primeira, talvez p;jlo adiantado da hora, em que o público só pensava em alimeniar-se ; ou ainda, talvez, porque a juventude estava ansiosa por dançar.
Ainda na segunda parte e logo que terminou a exibição dos modelos, o sr. Presidente da Câmara Municipal de Palmeia, subiu ao palco, e pronunciou algumas palavras agradecendo ao Grupo Artístico Montijense e ao Casal Tobias, a gentileza que tiveram em aceder ao convite que lhes havia feito, exaltando o seu gesto altruista em colaborarem naquela festa de be
neficência, e terminou por oferecer | ao Grupo Artístico, uma placa, com os seguintes dizeres: «/lo i Grupo A r t i s t ic o Montijense, com a gratidão da Comissão I Municipal de Assistência e da Santa Casa da Misericórdia j de Palmeia», e ao Casal Tobias, nm lindo e artístico ramo de flores.
Todos os «amadores - artistas» que actuaram, estiveram muito | bem, revelando, — como é seu hábito — , um à-vontade e categoria, que lhes continua a assegurar, | êxitos sucessivos.
Deu também a sua colaboração I a esta festa o «Trio Setubalense», | de harmónicas bocais, que se revelou muito agradàvelmente.
No final do espectáculo, foi servido a toda a embaixada montijense, um lauto copo de água, que j muito sensibilizou todos os intervenientes.
Para terminarmos es'as considerações,— e permita-se essa li- j berdade —, devemos dizer, que embora o repinto seja de grandei | dimensões e não reuna condiçõef acústicas suficientes, e o número de alti-falantes fossem três — mal» um, do que é habitual —, o público tinha dificuldades em Ouvir os: artistas, porque trata-se de recinto bastante grande, com o palco ao fundo, e, portanto, a grande distância da assistência; e, tendo ainda de permeio, uma parte re-1 servada a baile e passerele.
Em nossa modesta opinião, deveria ter um maior número de j alti-falantes, a fim de que o público pudesse acompanhar d e v id a m e n te | o espectáculo.
A terminar, podemos desde informar os nossos leitores que está em vias de organização, mai* | um espectáculo por este G ru p o , > efectuar em Vila Franca de Xir»’
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V is a d o p e la C e n s u r i l
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23-7-959 A PROVÍNCIA 5
Os festejos em louvor a S. José-Operario,na Baixa da Banheira
Alcochete— F t s t a s do « B a r r e t e
Verde e das S a lin as» — Organizadas pelo < Aposento do Barrete Verde», desta Vila e sob o patrocínio da Ex.raa Câmara Municipal de Alcochete, vão efectuar-se aqui as tradicionais festas deste concelho, nos dias 8, 9, 10 e11 de Agosto.
O seu programa criteriò- samente organizado, que publicamos em separado neste número, é de molde a prestigiar o nome desta terra castiça, em que sobressaem as suas largadas e corridas de toiros e os concertos musi- sicais por afamadas Bandas deste distrito.
Conta-se, ainda, com as exibições dos distintos Ranchos Folclóricos, — de S. Francisco, deste concelho; Vila Franca de X ira ; «Es- cropi», dos Pescadores de Salvaterra de Magos, e o do «Cartaxo», que é incon- testestàvelmente um dos melhores, enire os melhores.
Na terça-feira, dia 1 1 , está incluída um a im p o rta n te missa campal e bênção de gado, antecedida por corrida de cavalos, que terão início às 8 horas da manhã, números estes que, em conjunto, trarão aqui muitíssimos forasteiros.
Deste modo as festas do «Barrete Verde e das Salinas» continuarão a despertar o interesse já manifestado anteriormente nas comemorações transactas, como timbre de honra para a terra natal do Rei-Venturoso, D. Manuel I. — (E.)
— Passou mais um aniversário da sua fundação, o «União Futebol Comércio e Indústria», desta cidade, cujos dirigentes felicitamos,
— Também festejou mais um ano de existência, o «Clube Recreativo de Pa- lhavã», desta cidade, a quem igualmente saudamos.
— Esteve muito concorrido o mercado mensal desta cidade, realizado nos terrenos próximos do 3 airro Presidente Carmona.
— No tCentro de Recreio do Bairro N.a S.* da Conceição», realizaram-se nos dias 23 e 24, 28 e 29 do mês findo, animados bailes dos santos populares, dedicados aos associados e famílias, abrilhantados por excelentes conjuntos musicais.
— Em S. Pedro de Alcube, Ros subúrbios de Setúbal, realizaram-se nos dias 28 e 29 de Junho, e 5 do corrente, as festas em honra de S. Pedro, de cujo programa faziam parte: missas, sermão, procissão, ai raiai, cavalhadas, quermesse, concerto musical, arrematação de fogaças e bailes.
Mértola— Dispensário A n ti-T «-
berculoso — Inaugurou-se há pouco tempo este dispensário, que tem funcionado já com larga concorrência e que é in c o n te s tà v e lm e n te , um grande melhoramento para este concelho.
E ’ dirigido pelo ilustre mé- dico-municipal, sr. Dr. M anuel Lagarto, que a ele consagra uma parte do seu tempo, com toda a sua dedicação e proficiência.
— Ponte sobre 0 Guadiana— Estão em plena actividade os trabalhos de construção da ponte, que liga as duas margens do Guadiana, tudo levando a crer, que estará pronta no fim do próximo ano
Oxalá que este grande empreendimento, talvez 0 maior do distrito, destes últimos tempos, seja em breVe uma realidade.
— Carreiras de camionetas— Foram ultimamente alterados os horários das carreiras de camionetas de pass a g e i r o s , que ligam este concelho com a sede do distrito e com os concelhos limítrofes.
Tal modificação não foi bem acolhida, porquanto é uma redução de transportes, que prejudica 0 público e as actividades do concelho.
Pensa-se numa representação que, em breve, vai ser entregue às vias competentes solicitando a respectiva modificação.— (C.)
Funcionou um esmerado serviço de bufete.
— No sítio de Santo O vídio • Faralhão, realizaram- -se as festas em honra de Nossa S.“ de Fátima.
— Tomou posse do lugar de oficial de diligências do Tribunal do Trabalho de Setúbal, o sr. José da Silva, que vinha exercendo idêntico cargo em Vila Real de Trás os-Montes, a quem desejamos inúmeras felicidades no desempenho do seu novo cargo.
Provas Desportivos da feiro de fant'latjo, em Setúbal
Pela realização das notáveis festas de Setúbal, por ocasião da conhecida Feira de Santiago vão efectuar-se na cidade sadina diversas provas desportivas, assim distribuídas:
No dia 2 de Agosto —Torneio P opular de Natação, com início nessa data e continuação nos domingos seguintes.
No dia 4 — Circuito de Ciclismo, que será disputado
Com início no sábado, dia1 1 do corrente, e prolongando-se até terça-feira, dia14, efectuaram-se na povoação da Baixa da Banheira, do Vizinho concelho da Moita, as anunciadas festas populares e religiosas em consagração a S. josé-Operário, as quais ali se efectuaram pela primeira vez, mercê dos louváveis esforços do revd.0 padre sr. Jo sé Feliciano Rodrigues Pereira, pároco da freguesia de Alhos Vedros, que foi coadjuvado na sua iniciativa por um grupo de colaboradores, s e u s paroquianos.
Sem desprimor para 0 dedicado sacerdote e seus colaboradores, e embora e s ses festejos tivessem sofrido alguns p e q u e n o s deslizes involuntários, apropriados a se tratar duma «iniciativa nova» para aquele meio populoso, deve-se reconhecer que eles assinalaram um aspecto interessante, para de futuro, na Vida religiosa da progressiva terra que ali se formou há uma vintena de anos, e agora, em amplo e eufórico grau de desenvolvimento.
Assim, fômos ali de lon- gada no último domingo e Viemos de lá contrariados.
O justo e devido brilho que 0 seu iniciador e auxiliares lhe desejariam impri-
na Avenida Luisa Todi, entre 0 Quartel do Regimento de Infantaria n.° 11 e a placa em frente ao Mercado do Livramento. Só podem tomar parte na prova, c iclistas com a idade mínima de 18 anos e que não tenham ainda participado em provas oficiais.
No dia 7 — Circuito de Atletismo, c u j o percurso será o escolhido para o ciclism o e destinado a concorrentes com a idade mínima de 18 anos e que nunca tenham participado em provas oficiais.
Os concorrentes disputarão numa prova de cinco voltas ao percurso indicado, o título de vencedor do Circuito.
Além da classificação individual, serão também apuradas equipas de três concorrentes.
Nessa redacção prestam- -se esclarecimentos para a inscrição de concorrentes a estas provas desportivas, as quais decerto virão realçar a Feira de Santiago, do próximo mês.
Rui d e O liv e ira
r s ' m w m w T n r m m Leia, Assine e Divulgue:
« A P R O V I N C I A »
mir, foi diminuído, infelizmente, na noite de sábado, dia 1 1 , por algumas interrupções da corrente eléctrica, talvez por causas extranhas ao critério carinhoso do digno presidente do Município da Moita, sr. dr. Pires da Costa, atribuindo-se a culpa dessas faltas à incúria do empreiteiro dos trabalhos de ornamentação e iluminação, motivando-se - por isso — que a feira franca e 0 arraial tivessem terminado pouco depois da meia noite, quando ainda havia bastante afluência de público, que debandou para os seus lares.
Outro facto a anotar, foi que no domingo, dia 12 , não tivesse comparecido à procissão e ao arraial, a Banda Musical da «Liga Instrução e Recreio», da C . U . F . , isto até às 22 horas, momento em que nos retirámos dali para a nossa vila.
São pequenos «senões», muito de lamentar, pois estes festejos que já este ano atrairam muitos forasteiros àquela localidade, de futuro, poderão assumir ainda maior imponência.
Na tarde de domingo, dia 12 , compareceu no recinto das festas, Visitando as instalações do «Núcleo dos Amigos da Baixa da B anheira», onde estavam patentes diversos trabalhos das colectividades banheirenses, que foram apreciados por todos os Visitantes, sua Ex.a 0 Governador Civil de S e túbal, sr. Dr. Miguel Bastos e sua comitiva.
Ali foi 0 ilustre Visitante saudado pelo revd.« padre Jo sé Feliciano R. Pereira, como entidade eclesiástica da freguesia ; e em nome do «Núcleo Amigos da Baixa da Banheira», pelo sr. José Rosa Figueiredo; e em representação da Imprensa, pelo nosso confrade, e amigo, sr. Jo sé Ferreira da SilVa, correspondente em Alhos Vedros, do nosso colega <0 Distrito de Setúbal*.
O sr. Governador Civil do Distrito, num dos seus habituais improvisos, agradeceu a gentileza do acolhimento que ali tivera, e salientou qual a sua admiração pela gente humilde de todo 0 distrito de Setúbal, na qual figuram os laboriosos habitantes da Baixa da Banheira.
Estas suas palavras cairam qual bálsamo animador no coração de todos os presentes. que se manifestaram em prolongada ovação a sua ex.a, 0 sr. Chefe do Distrito.
Após esta pequena sessão de boas Vindas, 0 sr. Governador Civil de Setúbal incorporou-se na procissão a S . Jo sé , a qual reuniu um elevado número de fieis e
decorreu na melhor ordem, até ao final. Pena foi, porém, a ausência inexplicável da Banda de música, a que acima nos referimos.
A Baixa da Banheira teve, assim, a boa oportunidade de significar ao Ilustre visitante 0 seu penhorante apreço e estima e, mais uma Vez, veio demonstrar, que 0 bom povo da Baixa da Banheira se manifeste sempre muito reconhecido por todas as atenções que lhe sejam prestadas para a satisfação dos seus anseios de progresso local e de grato regozijo pela sua honrosa presença aos actos festivos.
J , M iguai M a rtin h o
Notícias diversas( d a A N I )
(Continuação da í.* página)— Novas notas de 50 e 100 es
cudos, da emissão denominada «Heróis da Ocupação», vão ser lançadas na província de Moçambique.
— O contra-alm irante Vasco Lopes A lvts presidiu á cerim ónia do lançamento da p r im eira pedra d t uma Igreja e esteve p r e s e n te no festival aéreo da inauguração d a i novas instalações do Aero-Clahe de Moçambique, em Mavalane. O Ministro do U ltram ar foi tam bém à M atola. ■
Por decisão do Governo israelita, uma missão do Ministério do Fomento de Israel visitarA Moçambique, com o propósito de procurar novos mercados na Africa Oriental.
— Depois de ter conferenciado, durante três dias, com os altos comandos de Angola— em reuniões in terrom pidas para as visitas à s diversas unidades e estabelecimentos m ilitares de Luanda — seguiu p a ra outras cidades da Prov in d a o Subsecretário do E xército, tenente-coronel Costa Gomes, no prosseguimento da sua m issão de estudo e in formação.
— O Consul-Geral de Portugal no Congo Belga, Dr. António de Sequeira Freire, visitou a Colónia Portuguesa da cidade de Stanley- ville, onde foi alvo de carinhosa manifestação, p ro m o v id a pelo Clube Português.
Parece estar desim pedido o caminho p a ra a asninutura de um acordo provisório entre Portugal, a Ingla terra , a Áustria a Suiça, a Noruega» « Suécia ea Dinamarca. Onusete» reunivam-se em Extocolmo, a fim de lançarem as bases sobre que deverá assentar a organização da zona de livre- -cambismo europeia, em oposição à zona do Euromercado.
festos do Colete Éncornodo(Continuação da 6.* página )
lezíria e da festa de toiros, dizendo da saudade que tinha das planuras do Tejo, quando andava ao serviço de Portugal, no estrangeiro.
«Que o Colete Encarnado continui a reunir por muitos anos toda esta boa gente, ligada pelo orgulho das suas tradições, na fraternidade cristã do seu viver e no trabalho fecundo do campo e da fábrica» — disse o Ministro, ao terminar o seu discurso.
Entretanto, Vila Franca era todo um arraial e o povo assistiu, a meio da noite, ao espectáculo, tanto do seu agrado, do fogo de artifício. - ( A N I ) .
Ecos de Setúbal
A PROVÍNCIA 23-7-95s I
Festas do «Colete Encarnado»— «Que Deus e a P átria
estejam sempre no vosso pensamento» — disse o Presidente Américo Tomás, ao agradecer uma mensagem que os homens da lezíria ribatejana e n t r e g a r a m ao Chefe do Estado, durante a sua visita a Vila Franca de Xira.
Está Vila Franca — terra das mais vivas tradições ribatejanas — em festa, a festa do <Colete Encarnado», a festa dos toiros e da valentia que é timbre da gente da lezíria imensa.
«No heroísmo que deriva do nosso árduc esforço — diz a mensagem dos homens da lezíria ao Chefe do E s tado — perpassa uma vida inteira de sacrifícios, de lutas e de canseiras. Sabemos assim compreender quanto significa e de que valor se reveste a vossa figura veneranda, primeiro magistrado duma nação sublime, que conta, com orgulho extraordinário, oito séculos de história, de fé e de epopeia.
«Alegrou-se a nossa alma quando, há momentos, o solo desta planície criadora teve a honra solene de ser pisado por alguém que, vindo v is itar-nos, tem jus a esta verdadeira consagração. Rejubilámos, nós, os homens do Colete Encarnado, logo que soubemos que o Chefe do Estado estaria perto de nós e que viria dar-nos estímulo para prosseguirmos, com o suor do nosso rosto, a ganhar, honradamente, o pão nosso de cada dia. Manifestámos, desde logo, a nossa satisfação infinita, ao reconhecermos que um Chefe de Estado não hesitou em vir até nós, trazer-nos a sua palavra esclarecida e concei- tuosa, que iluminará o nosso espírito e se há-de projectar para sempre através dos tempos e das gerações».
O Presidente Américo T o más, atravessou a pé as ruas de Vila Franca, aonde acorreram muitos milhares de pessoas para o saudarem, e foi nos Paços do Concelho que o Chefe do Estado recebeu as saudações.
«Nunca me agradou ser recebido com pompa, mas agradeço ser recebido com amizade» — afirmou o Presidente, ao agradecer, na C â mara, as manifestações populares.
Foi numa tribuna montada sobre quatro carros de lavoura e forrada com mantas ribatejanas que o contra- •almirante Américo Tomás, assistiu, depois da recepção, a um desfile de gado, em plena lezíria — nas terras da Companhia das Lezírias, cuja obra de 8 anos é de extraordinária valorização agro-pe- cuária.
60.000 contos na valorização das Lezírias
Num panorama em que avulta, na planura imensa, a grandiosa ponte Marechal
em Vila Franca de XiraEm Vila Franca, terra das mais vivas tradições ribatejanas/ assiste o Presidente Américo Tomás, às Festas do Colete Encarnado — O s trabalhadores da lezíria entregam uma mensagem ao Presidente, tendo os campinos sido homena
geados com um jantar.
Carmona, decorreu a festa dos campinos e do gado. O povo soube o que tem sido a obra daquela empresa, por uma série de informações prestadas ao Chefe do E s tado e lidas ao microfone!
«Apesar d a s condições geo-clirnáticas tornarem muitas vezes contingentes os rendimentos agrícolas — revelam as informações fornec id as— a Companhia investiu em melhoramentos, no espaço de oito anos, 60.000 contos, o que traduz bem o
ritmo de aperfeiçoamento e beneficiação levado à valorização das terras, assim como o interesse votado à mecanização da lavoura, ao desenvolyimento, em qualidade e quantidade, duma exploração pecuária, e, finalmente, à construção de instalações destinadas ao pessoal».
Colabora a Companhia estreitamente com os Ministérios da Economia e das Obras Públicas e tem ao seu serviço técnicos especializados
em todos os ramos da actividade agro-pecuária . Na fase de evolução em que se encontra — passagem da tradicional cultura de sequeiro para a de regadio — a lézíria de Vila Franca de Xira, abrange uma área de cultivo de 2.300 hectares.
Aproximadamente 1 . 3 0 0 hectares aplicam-se já à lavoura. Na região, embora não muito intensamente, o sal exerce a sua influência nos métodos de cultura e dessa área considerara - se
festas do Barrete Verde e das Salinas
E M A L C O C H E T EDe 8 a 11 de Agosto de 195?
P R O G R A M AS á b a d o , 8 :
A ’s 7 horas — Alvorada, com 21 morteiros.
F E S T A S R E L I G I O S A S :A Js i i horas— Missa Solene, pelo Rev.°
Padre Francisco António Ferreira.A Js 13 horas — Recepção à Imprensa,
Rádio e Televisão, na Câmara Municipal.A Js 19 horas— Procissão e Bênção de
Barcos.
F E S T A S P O P U L A R E S :A ’s 21,30 horas — Abertura do Arraia!
e Feira Franca, com vários atractivos, pelo ilustre Presidente da Câmara Municipal, ex .mo sr. R uy de Sousa Vinagre.
A ’s 22 horas — Concerto pela Banda Im parcial z/ de Janeiro de 1898, de Alcochete, sob a hábil regência do seu maestro, ex .mo sr. José Lopes Bastos.
A Js 24 horas — Exibição do Rancho Folclórico de S . Francisco, da Casa do Povo de Alcochete.
D om ingo , 9 :A ’s 7 horas — Alvorada, com 21 mor
teiros.M issas na Ig re ja P a ro q u ia l: — Às
8,30, 12 h. e 17 h..A Js 9,30 horas — A tradicional e impo
nente Largada de Toiros.A 's 18 horas ■— Grandiosa Corrida de
Toiros, em que toma parte 0 apreciado Grupo de Forcados de Alcochete, capitaneados pelo seu chefe, sr. João Carraça, (Achacha).
A ’s 22 horas — Concerto pela distinta Banda Inctivel Almadense, sob a hábil regência do seu maestro, sr. Francisco Gomes da Costa ; continuação do Arraial, Quermesse e Feira Franca.
A Js 24 horas — Exibição do Rancho Folclórico de V ila Franca de X ira .
S e g u n d a -fe ira , 10 :
s í ’s 7 horas — Alvorada, com 21 morteiros.
A ‘s 9,30 horas — Segunda e tradicional Largada de Toiros.
A Js 18 horas — Grandiosa Novilhada, em que actuarão os melhores amadores da arte de Marialva.
A ’s 22 horas — Concerto pela Banda Democrática 2 de Janeiro, de Montijo, sob a proficiente regência do seu maestro, sr. Homero Ribeiro Apolinário.
A Js 24 horas — Exibição do Rancho Folclórico «Escroph , dos pescadores de Salvaterra de Magos.
Continuação do Arraial, Quermesse e Feira Franca:
T e r ç a - f e i r a , 11:A ’s 7 horas — Alvorada, com 21 mor
teiros.A Js 8 horas — Corridas de Cavalos.
A 's 10 horas — Missa Campal e Bênção de Gado.
A ’s 27 horas — Concerto pela laureada Banda da Sociedade Filarm ónica i.° de Dezembto, de Montijo, sob a regência do seu insigne Maestro, sr. António Gonçalves.
Continuação do Arraial, Quermesse e Feira Franca.
A ’s 24 horas — Exibição do conceituado Rancho Folclórico do Cartaxo.
A ' 1 hora, de 4 .* feira, 1 2 : — Encerramento das Festas, com uma grandiosa Sessão de Fogo de A rtiJic io , fornecido por um dos melhores Pirotécnicos do país.
duas z o n a s : uma de cercal de 700 hectares constitui(ja[ por terras ainda salgadas J fortemente argilosas, ondel se cultivam 0 trigo, 0 arroz | leguminosas, forragens parai fenos, alpista e luzerna. A| cultura do arroz serve equilíbrio à exploração ef contribui para 0 dessalguei do solo. Outros 600 hectaresf são constituídos por solos isentos de sal, onde se distribuem culturas de trigo,! milhos híbridos, cevada, fe[ nos e luzerna.
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D eoorações, I lum ina çõe s e o rn am en ta çõe s, a c a rg o do grande decorador, ex.m0 sr. B E R N A R D O B A R R E I R A , de Guim arães.
2 .8 0 0 cabeças de num imponente desfileFoi durante a festa para:
passagem de 2.800 cabeças| de gado — desfile cheio movimento e de colorido,í com campinos a cavalo e nasl suas vestimentas de cores! garridas, pampilhos ao altol— que os homens da lezíria! entregaram a mensagem del saudação ao Presidente Améj rico Tomás.
O Chefe do Estado resj pondeu-lhes, dizendo:
«Sinto a maior satisfação! em me encontrar entre vósl— nesta lezíria imensa qutl o sol doira e Deus abençoa\ no vosso lindo dizer — e em* receber as vossas simpáticas! homenagens, que sei im| pregnadas dum misto franqueza, de respeito e cordjalidade.
«É duro 0 labor quotidiano| que dispendeis e cheia riscos a vida que levais, masl 0 pão assim angariado, temi perado com 0 sal do vossoi intenso esforço e amassado! com 0 fermento do vossoi constante sacrifício, é, cerj tamente, mais apetitoso, porj que é, como poucos, um pãol bem ganho. E um trabalhei, árduo, como 0 vosso, \tem| pera a alma e prepara-a pari todas as dádivas, até parai da própria vida, quando haja| necessidade de defender terra a que estamos apegai dos com 0 maior amor, pori que, pos.suida já e durantl muitos séculos pelos nossol maiores, é agora nossa I terá de ser, no futuro, per| tença sem fim dos nosso| filhos.
«Do fundo da alma vol agradeço a gentil mensagen| que acabei de escutar».
O desfile foi 0 maior qufl desde sempre se tem reaiij zado no Ribatejo.
Aos campinos foi oferef eido, na C asa do Povo, tini jantar, a que assistiu 0 D(| Pedro T e o t ó n i o Pereira! Ministro da P re s id ê n c ia ] Houve carne a rodos e vinho de que gostam os hoj mens fortes da lezíria, efll quanto grupos folclóricos sl exibiam no fandango e n®| vira. Nada menos do qu£| três campinos agradecera"! à C asa do Povo a h om efl gem e a presença do Minifl tro. . 0 Dr. Pedro Teotónil Pereira, falou aos campinÇ| das tradições ribatejanas, J‘ portuguesismo do povo
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