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07 de Setembro de 2005
40 Anos
07 de Setembro de 1965
Inauguração do Mineirão
S.E.Palmeiras Representando a
Seleção Brasileira
Brasil 3 x 0 Uruguai
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40 Anos de uma das Maiores Glórias da História do Futebol Brasileiro
No dia 7 de Setembro de 1965, 40 anos atrás, o Brasil
parou e concentrou todas as suas atenções para Belo
Horizonte. Estava sendo inaugurado o Estádio
Magalhães Pinto, o “Mineirão”. Obra corajosa,
vanguardista, imponente, um dos melhores estádios de
futebol do Mundo, com capacidade para mais de
100.000 espectadores. Para coroar os festejos da
inauguração organizou-se um amistoso entre a Seleção
Brasileira e a Seleção do Uruguai, e pela primeira vez na
história do futebol brasileiro uma equipe de futebol, a
Sociedade Esportiva Palmeiras, foi convidada para
compor toda a delegação, do técnico ao massagista, do
goleiro ao ponta esquerda, incluindo os reservas. Uma primazia única em reconhecimento à melhor
equipe do País, que vencia a todos e convencia, encantava de tal maneira, que recebeu da imprensa
e do povo a alcunha de “Academia de Futebol”.
Como tudo começou...
Nos anos 40, enquanto o futebol do Rio de Janeiro desfilava seus clássicos no charmoso estádio São
Januário, e São Paulo levava multidões ao imponente Pacaembú, Belo Horizonte possuía apenas
estádios modestos que comportavam no máximo 10 mil torcedores, limitando o crescimento do
esporte no Estado.
Quando o Brasil obteve da FIFA o direito de abrigar a Copa do Mundo de 1950, a capital mineira
reivindicou uma das sedes, e para abrigar as partidas a Prefeitura optou por ajudar a equipe do Sete
de Setembro de Futebol e Regatas, um modesto clube de Belo Horizonte, que já havia iniciado obras
para um grande estádio, projetado para 40.000 torcedores. O cronograma das obras acabou
atrasando e o projeto foi alterado para uma capacidade bem inferior. Ainda assim o Estádio do Sete
de Setembro foi inaugurado na véspera do torneio, recebendo o nome de Estádio Independência
(hoje arrendado pelo América-MG).
O Sonho do Grande Estádio
A inauguração do Maracanã na Copa de 50, tornou ainda mais clara a necessidade de Belo Horizonte
construir um estádio à altura de seu futebol, e foram estudantes de engenharia da UFMG-
Universidade Federal de Minas Gerais, que fizeram os primeiros esboços, mas para tirar o projeto do
papel foi preciso quase uma década.
Em 12 de Agosto de 1959 o Governador do Estado, José Francisco Bias Fortes, assinou Lei
determinando a construção do “Estádio Minas Gerais”, e seis meses depois, em 25 de fevereiro de
1960, foi assinado acordo com a UFMG para a cessão de uma área de 300 mil metros quadrados, sob
a forma de comodato não-aprazado, para a construção do complexo esportivo.
Projetado pelos arquitetos Eduardo Mendes Guimarães Júnior e Gaspar Garreto, o Estádio teria
capacidade para 130 mil pessoas, uma ousadia para uma cidade que contava com pouco mais de
600 mil habitantes.
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As Obras
Em 1962, Magalhães Pinto venceu as eleições estaduais
contra Tancredo Neves, e assim que assumiu mandou
paralisar as obras do estádio. Parecia que o sonho dos
estudantes da UFMG voltaria à estaca zero, e assim ficou
por mais de um ano, até que em 1963 Minas Gerais
conquistou o título de Campeão Brasileiro de Seleções
Estaduais, torneio que despertava grande atenção naquela
época. A conquista ajudou a ressuscitar a idéia do Estádio,
e restando um ano para as eleições estaduais, o
Governador Magalhães Pinto retomou as obras,
determinando ainda a troca do nome do Estádio para
“Governador Magalhães Pinto”.
O Jornalista Armando Nogueira quando visitou as obras profetizou: "Isto aqui é o ponto de partida
para o Campeonato Nacional !"
Trabalharam na obra 7.200 operários que consumiram quase 5
mil toneladas de aço, 91 toneladas de arame recozido, 27.000
m3 de areia lavada, 46.000 m3 de brita, 2.000 m3 de cascalho,
350.000 sacos de cimento e 810.000 tijolos, e assim, 2 anos
após a retomada dos trabalhos, o Estádio estava pronto, com
seus 88 pórticos de concreto armado, dispostos radialmente em
torno de uma elipse.
O Primeiro Jogo
A inauguração oficial foi programada para a
Semana de Independência, tornando-se uma
grande festa cívica, e a principal atração ficou
por conta de 2 jogos. No domingo, 05 de
Setembro, uma Seleção Mineira enfrentaria o
River Plate da Argentina, e na terça-feira, dia
07 de Setembro, feriado nacional, a Seleção
Brasileira jogaria pela primeira vez em sua
história no Estado de Minas Gerais. O
adversário escolhido era a temida Seleção
Uruguaia, algoz da Seleção Brasileira.
Na véspera da inauguração, uma curiosidade: Felício Brandi, presidente do Cruzeiro, visitou o estádio
e verificou o local onde o sol batia durante toda a tarde. Mandou então fazer mais de 600 bandeiras
do Cruzeiro e colocar, no dia do jogo, no espaço onde havia sombra. Os torcedores atleticanos ao
chegarem para o jogo evitaram o local e assim ficou marcado definitivamente o lado onde se
sentaria a torcida do Cruzeiro.
No domingo, 5 de Setembro de 1965, a Prefeitura colocou 300 ônibus fazendo o transporte gratuito
dos torcedores, e mais de 70 mil compareceram para a festa. Teve desfile de bandas, paraquedistas,
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esquadrilha da fumaça, discurso do Governador, helicóptero trazendo a bola do jogo, e até o
campeão Bellini dando volta no campo conduzindo uma tocha olímpica.
Mesmo sem mostrar muito entrosamento, a Seleção Mineira venceu o River por 1x0 gol de
Bouglaeux, jogador do Atlético-MG na época, aos 2 minutos do 2º tempo.
Ficha Técnica: Seleção Mineira 1x0 River Plate (Argentina)
Seleção Mineira: Fábio; Canindé, Grapette, Bueno e Décio Teixeira;
Bougleaux e Dirceu Lopes, Wilson Almeida (Geraldo e Noventa); Silvestre
(Jair Bala), Tostão e Tião.
River Plate: Gatti; Sainz, Ramos Delgado, Grispo e Matosas; Copp
(Sywica), Sarnari e Cubillas (Solares); Artime (Lallana), Delém e Más.
A festa foi muito bonita, mas o melhor estava por vir. A Seleção Brasileira, que se apresentaria pela
primeira vez em Minas Gerais, para enfrentar a poderosa Seleção do Uruguai. A CBD entretanto ficou
com receio de mandar a campo uma Seleção desentrosada, e pela falta de tempo para organizá-la,
preferiu convidar – pela primeira vez em sua história – uma equipe completa para representá-la, e
esta escolha recaiu sobre a Sociedade Esportiva Palmeiras, uma honra e uma responsabilidade
gigantesca. Na década de 60 a Academia teve rivais como o Santos de Pelé e o Botafogo de
Garrincha, mas naquele momento a Academia era sem sombras de dúvida a melhor equipe do País,
e por isso a CBD fez a escolha.
A Academia de Futebol
A Academia começou a ser montada em 64 com a chegada do
técnico argentino Filpo Nunes. O elenco já era bom, liderado pelo
craque Ademir da Guia, mas junto com Filpo chegaram ainda Dudu
(vindo da Ferroviária), Ademar Pantera (da Seleção Juvenil, revelado
pela Prudentina) e Rinaldo (ponta esquerda do Náutico, craque que
de cara virou titular do time e da Seleção Brasileira). Os resultados
começaram a aparecer no final de 64, mas as conquistas viriam
mesmo em 1965. O elenco básico era:
Valdir [Picasso]
Djalma Santos, Djalma Dias [Minuca], Waldemar Carabina
[Procópio] e Geraldo Scotto [Ferrari]
Dudu e Ademir da Guia [Zequinha]
Julinho [Gildo], Servilio [Ademar Pantera], Tupãzinho [Dario] e
Rinaldo [Germano]
Já em Janeiro, nos primeiros amistosos a equipe
fez uma excursão pelo sul do País e encantou os
gaúchos, goleando o Internacional em Porto Alegre
por 5 a 0 com uma belíssima exibição do Ademir
da Guia. A equipe acabou sendo convidada ao
Palácio do Governo, recebida pelo Governador do
Estado, um colorado fanático, que ficou fascinado
pelo futebol da equipe, em especial por Ademir da
Guia.
Ademar Pantera, Servilio, Dudu e Rinaldo
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O Rio-São Paulo de 1965
Na seqüência a equipe disputou o Rio-São Paulo, torneio mais importante do País naqueles dias. A
primeira fase mostrou um Palmeiras imbatível, que vencia e convencia, arrancando aplausos onde
passava. Foi ao Rio de Janeiro 3 vezes, goleando Vasco por 4 a 1, Flamengo por 4 a 1 e Botafogo por
5 a 3. Em casa bateu Fluminense, América, São Paulo e de quebra ainda humilhou o Santos (que
estava com equipe mista) por 7 a 1. Veio a fase final, e o clube surpreendentemente tropeçou diante
do Flamengo logo na estréia por 2 a 1, mas a recuperação foi fantástica. A equipe retomou a
seqüência de vitórias, foi ao Rio mais 2 vezes, e atropelou Vasco por 3 a 2 e Fluminense por 3 a 1.
No total a equipe foi 5 vezes ao Maracanã e venceu todos, marcando 19 gols em 5 jogos,
encantando a crônica e o público carioca. A coroação veio no dia 19 de Maio no Pacaembu lotado. O
Palmeiras liderando com 7 pontos e o São Paulo vice com 6. As duas equipes fariam o clássico
decisivo na penúltima rodada do
torneio. O Palmeiras humilhou o
São Paulo por 5 a 0 e
praticamente garantiu o título
naquele jogo.
Na última rodada, em jogo de
faixas, o Palmeiras goleou o
Botafogo de Manga, Gerson,
Garrincha e Jairzinho, por 3 a 0.
O IV Centenário do Rio de Janeiro
Após a excepcional campanha no Rio-São Paulo, e pelo belo futebol praticado, o Palmeiras passou a
receber uma série de convites para torneios amistosos, no Brasil e no exterior. Um dos convites foi
da Federação Carioca para um Torneio quadrangular em comemoração ao IV Centenário da Cidade
do Rio de Janeiro. Foram selecionados o Fluminense (campeão carioca), o Palmeiras (campeão do
Rio-São Paulo), a Seleção Paraguaia (que se preparava para as eliminatórias da Copa de 66) e o
Penarol, campeão uruguaio, base da Seleção do País, com Mazurkiewicz, Forlán, Spencer, Pedro
Rocha, que havia eliminado o Santos na Libertadores.
A semi-final foi disputada no
Maracanã em rodada dupla: o
Penarol bateu facilmente o
Fluminense por 3 a 1. À torcida
carioca restou torcer para o
Palmeiras, e este não
decepcionou. Goleou a Seleção
Paraguaia por 5 a 2.
Dois dias depois, Palmeiras e
Penarol retornaram ao
Maracanã para a final do
torneio, o tira-teima de quem seria a melhor equipe do continente naquele momento. Após um jogo
duro e disputado, com atuações soberbas de Valdir e Mazurkiewicz, o jogo terminou empatado sem
gols, indo a decisão para os penais. Detalhe: na época a disputa de penais era diferente. Cada
equipe indicava um único batedor. Este batia 3 pênaltis seguidos, depois o adversário ia e fazia suas
3 cobranças. O Penarol indicou Pedro Rocha para as cobranças, ele mesmo, um dos maiores craques
da história do Uruguai, e o Palmeiras indicou Rinaldo, o batedor oficial. Pedro Rocha bateu o primeiro
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e Valdir pegou. Bateu o segundo e Valdir pegou novamente. Na terceira cobrança, certamente
pressionado pela eficiência do Valdir, Pedro Rocha cobrou na trave e desta para fora. Rinaldo diante
do melhor goleiro do mundo, bateu como sempre, e converteu logo o primeiro, garantindo a Taça
para o Palmeiras.
O Convite da CBD
Foi neste cenário que a CBD tomou a decisão de convidar a Sociedade Esportiva Palmeiras, a
Academia de Futebol, para representá-la no jogo de inauguração do Mineirão, diante da Seleção
titular do Uruguai.
Detalhe: A CBD somente voltou a conceder esta honra a uma equipe, em 2 oportunidades: Em vista
do sucesso do Palmeiras nesta tarde, dois meses depois, em novembro do mesmo, a CBD tentou o
mesmo, e convidou o Corinthians para representá-la, desta vez não contra uma Seleção, mas um
time, o Arsenal, porém o Corinthians (Seleção Brasileira) acabou perdendo a partida por 2 a 0. Em
68, o Atlético-MG teve a última oportunidade, e venceu a Iugoslávia, no Mineirão, por 3 a 2. Nunca
mais houve convite oficial.
Obs.: Há ainda outras duas ocasiões erroneamente identificadas como tendo sido um clube
representando a seleção, mas na verdade não foi isso que aconteceu:
Em 1968, no jogo Brasil 4x1 Argentina, no Maracanã, alguns dizem que o Botafogo (RJ) representou
a Seleção, mas na realidade, o Brasil contou também com Félix do Fluminense, Brito, Nado e Ney do
Vasco, e Murilo do Flamengo.
Nas Olimpíadas de 1984, em Los Angeles, alguns dizem que o Internacional (RS) representou a
Seleção mas, na realidade, o Brasil contou também com Ronaldo do Corinthians, Gilmar Popoca do
Flamengo, Chicão da Ponte Preta e Davi do Santos.
Mais inaugurações...
O Palmeiras que ao longo de sua história já havia sido
honrado com os convites para inaugurar o Parque São
Jorge, o Canindé, o Pacaembu e o Brinco de Ouro da
Princesa, foi convidado pelo XV de Piracicaba para
inaugurar seu novo estádio, o Barão de Serra Negra,
no domingo 04 de Setembro (tres dias antes do jogo
de inauguração do Mineirão).
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Embarcando para o Rio
BRASIL (Palmeiras) x URUGUAI
O Uruguai acabava de obter a
classificação para o Mundial de 66 de
forma invicta, e apresentava craques
como Manicera (que depois desfilou
sua técnica no Flamengo),
Cincunegui (que faria história no
Atlético-MG), além de Varela,
Douksas, Esparrago...
O Palmeiras vinha de sucessivas vitórias e acumulando uma
invencibilidade de 11 jogos. A equipe estava completa e em plena
forma, mas na última hora, o craque mais experiente, Julinho, sentiu
uma contusão e chegou a pedir para o técnico Filpo Nunes deixá-lo em
São Paulo. Filpo implorou para Julinho viajar com a equipe, mas
preparou Germano para substituir o grande craque. Germano era um
ponteiro revelado pelo Flamengo, que foi jogar na Itália e França, e
havia sido repatriado pelo Palmeiras.
Já no vestiário, Julinho ao perceber a importância daquele momento, o
estádio lotado, o Palmeiras representando a Seleção, não permitiu que
Filpo escalasse Germano e informou ao treinador que jogaria aquela
partida nem que fosse com uma perna só.
O Palmeiras entrou em campo com Valdir Joaquim
de Moraes no gol, Djalma Santos (que completaria
92 jogos pela Seleção justamente nesta partida) na
lateral direita, Djalma Dias e Waldemar Carabina
compondo a zaga e Ferrari na lateral esquerda (no
lugar do titular Geraldo Scotto).
O meio com Dudu e Ademir, municiando Julinho pela
direita, Rinaldo pela esquerda e Tupanzinho e
Servilio no ataque. No banco Picasso, Procópio,
Santo, Zequinha, Germano, Ademar Pantera, Dario e
Gildo. Uma verdadeira Seleção Brasileira.
Waldemar Carabina, foi designado o
capitão do time para esta partida.
No banco Don Filpo Nunes, o “bandaleon”,
argentino de nascimento e palmeirense e
paulistano por opção, tornar-se-ia naquela
tarde o único treinador estrangeiro a
dirigir a Seleção Brasileira. Uma honra
que ele soube valorizar, respeitar e
reconhecer até o fim de sua vida.
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Pênalti batido por Rinaldo. Brasil 1x0
Em pé: Ferruccio Sandoli (Diretor de Futebol), Djalma Santos, Valdir Joaquim de Moraes, Valdemar
Carabina, Dudu, Don Filpo Nuñez, Djalma Dias e Ferrari. Agachados: Julinho Botelho, Servílio,
Tupãzinho, Ademir da Guia e Rinaldo.
O Jogo
Desde o começo o Palmeiras (Seleção Brasileira) se mostrou superior. Aos 2 minutos Servilio de
cabeça quase abriu o placar. Aos 6 Rinaldo avançou e chutou com força rente ao gol do Uruguai. Aos
10 Tupãzinho e Servilio fizeram linda tabela, mas foi somente aos 27 minutos que num ataque do
craque Julinho, este driblou o marcador,
avançou e cruzou para a área, mas o zagueiro
Cincunegui cortou o cruzamento com o braço,
cometendo pênalti. Rinaldo, o batedor oficial foi
lá e fez 1 a 0 para o Brasil. Pouco depois, aos
30 minutos, houve novo pênalti de Cincunegui,
desta vez sobre Rinaldo que entrava com tudo
pela esquerda e foi derrubado, mas o juiz não
assinalou. Aos 34, o mesmo Rinaldo desceu
pela esquerda e cruzou rasteiro, Tupãzinho
dividiu com o zagueiro e na sobra encheu o pé
sem chances para Taibo, 2x0 e o Mineirão
inteiro aplaudia e se encantava com a
Academia. No final do primeiro tempo Ademir
da Guia também foi derrubado dentro da área
em novo pênalti não marcado pelo árbitro.
No intervalo, o Palmeiras fez as alterações previstas: Picasso no lugar de Valdir, Procópio no lugar de
Waldemar Carabina, Zequinha no de Dudu, Germano no de Julinho e Ademar Pantera no lugar de
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Tupãzinho. Mesmo com cinco substituições o Palmeiras voltou tão forte quanto na primeira etapa, e
continuou dominando a partida. Aos 18 Dario entrou no lugar de Rinaldo, e após muitas chances
perdidas, aos 29 minutos, Germano marcou um golaço para alegria da torcida brasileira.
Ficha Técnica Jogo: Brasil [Palmeiras] 3 x 0 Uruguai
Data: 07/09/65
Local: Estádio Magalhães Pinto, em Belo Horizonte (MG)
Brasil [Palmeiras] - Valdir de Moraes (Picasso); Djalma Santos, Djalma
Dias e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Valdemar (Procópio); Julinho
(Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera), Ademir da Guia e
Rinaldo (Dario).
Uruguai - Taibo (Fogni); Cincunegui (Brito), Manciera e Caetano; Nuñes
(Lorda) e Varela; Franco, Silva (Vingile), Salva, Dorksas e Espárrago
(Morales).
Árbitro: Eunápio de Queiroz
Gols: Rinaldo aos 27 e Tupãzinho aos 35 minutos do primeiro tempo.
Germano aos 29 da etapa final.
Renda: Cr$ 49.163.125,00
Público: aproximadamente 80.000 pagantes
Obs.: Havia uma Taça em disputa, mas ao final da partida o Palmeiras entendendo que o troféu
pertencia de direito à CBD, pois a estava apenas representando, deixou o mesmo com a Comissão
Organizadora e retornou à São Paulo. Vinte e três anos depois, em 1988, descobriu-se que o troféu
continuava no Mineirão, pois a CBD também não havia requisitado o troféu, e assim ficou decidido
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pelas partes que o Palmeiras deveria honrosamente ficar com o mesmo. Troféu que hoje está
exposto na Sala de Troféus da Sociedade Esportiva Palmeiras.
O Mineirão
Nome Oficial: Estádio Governador Magalhães Pinto
Proprietário: Governo do Estado de Minas Gerais
Capacidade Atual = 71.860 (O estádio passou por uma obra de revitalização em Jun/2004)
Curiosidades
3 jogadores já conseguiram chutar uma bola para fora do estádio: Nelinho em 1980, convidado pelo
Esporte Espetacular. Anos depois, Eder e Paulo Roberto repetiram a façanha.
Tostão e Reinaldo
Tostão (Eduardo Gonçalves de Andrade), do Cruzeiro, mantém a mais alta média de gols/ano no
Mineirão. Marcou 143 gols em 8 anos, de 1965 à 1972, com a média de 17 gols por ano. Em 166
partidas disputadas, obteve a média de 0,861 gols/jogo.
Reinado Lima, do Atlético, continua sendo o maior artilheiro do Mineirão. Marcou 144 gols durante
sua carreira no estádio, de 1973 à 1984, com a média de 11 gols/ano.
Maior Público
Total: 132.834 Cruzeiro x Vila Nova (22/06/1987)
Pagante: 123.351 Cruzeiro x Atlético (04/05/1969)
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Dúvidas e Esclarecimentos: twitter @_Academia_
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