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    Projeto de Lei n X, de 2012

    (Do Senhor Esperidio Amin)

    Modifica o art. 2 da Lei n 10.836,de 9 de janeirode 2004, para introduzir benefcio varivel que alcance oidoso dependente que viva em unidade familiar de extremapobreza.

    O Congresso Nacional decreta:

    Art. 1 O art. 2 da Lei n 10.836, de 9 de janeiro de 2004,

    passa a viger com a seguinte redao:

    Art.. 2o Constituem benefcios financeiros do Programa,observado o disposto em regulamento:

    I - o benefcio bsico, destinado a unidades familiaresque se encontrem em situao de extrema pobreza;.II - o benefcio varivel, destinado a unidades familiaresque se encontrem em situao de pobreza e extremapobreza e que tenham em sua composio gestantes,nutrizes, crianas entre 0 (zero) e 12 (doze) anos ouadolescentes at 15 (quinze) anos, idoso dependente,sendo pago at o limite de 5 (cinco) benefcios por famlia;

    III o benefcio varivel relativo ao idoso no se

    computar para efeito do limite do inciso anterior.

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    IV o benefcio concernente ao idoso nessa lei

    destinado unidade familiar no interferindo no

    pagamento ao idoso do benefcio recebido na forma da

    lei n 8742, de 7 de dezembro de 1993.V-o benefcio varivel, vinculado ao adolescente, destinadoa unidades familiares que se encontrem em situao depobreza ou extrema pobreza e que tenham em suacomposio adolescentes com idade entre 16 (dezesseis) e17 (dezessete) anos, sendo pago at o limite de 2 (dois)benefcios por famlia. (NR)

    Art. 2 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    JUSTIFICAO

    Com o avano da expectativa de vida, com o avanodos meios de tratamento, cada vez mais um grandecontingente da populao, em todas as faixas de renda, sedefronta com os problemas prprios das idadesavanadas.

    Ainda que se trabalhe para tambm garantir aqualidade de vida nas faixas dos idosos, no raro aspessoas se tornam, em determinado perodo de suas vidas,dependentes, precisando do concurso de outros pararealizar as operaes mais simples do dia a dia. Entre osmales que tm grande incidncia sobre essa faixa da

    populao, pode-se citar, a ttulo de exemplo, a doena de

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    Alzheimer, doena progressiva e que tende a levar o idoso total dependncia.

    Esse problema que alcana todas as faixas da

    populao, todas as classes, adquire aspecto ainda maisdoloroso e trgico entre aqueles menos aquinhoados embens ou rendimentos.

    Como se sabe, as instituies do Estado em que seinternam pessoas nessas condies so muito reduzidas,lastimavelmente no se acompanhou nem se fz o

    prognose das consequncias da alterao da pirmideetria. Acresce serem essas instituies, quando existem,muito precrias e escassamente aparelhadas. Pode-seainda dizer que o ideal que o idoso permanea de algumaforma atado sua famlia, e , alis, despiciendo elencaraqui a importncia dos laos familiares em todas as etapasda vida humana.

    No caso do mal de Alzheimer, apenas para assinalaras vantagens do convvio familiar na assistncia ao idosodependente e atingido por essa doena, ocorre, emgrandes propores, de um modo mesmo devastador, aperda da memria. Essa, como se sabe, tanto mais exercitada tanto mais se conserva. Assim, se o idoso retirado do convvio familiar, est, nesse caso, condenado

    a ter uma evoluo mais forte do mal que carrega consigo,pois o corte dos laos familiares acompanhado daretirada de inmeros ndices objetivos que permitemdesencadear os processos mnemnicos, pelo exerccio dalembrana.

    O Projeto que ora submeto aos meus ilustres paresvisa a amparar precisamente a famlia que cuida de pessoaidosa dependente, o que significa ao final amparar aquela e

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    essa. Ele concede um benefcio famlia que cuida doidoso, o qual no se confundir, nem conceitualmente nemlegalmente, com o benefcio a que faz jus o idoso carente

    na forma da Lei n 8742, de 7 de dezembro de 1993.O Projeto se inscreve de modo inequvoco dentro das

    diretrizes da Constituio, pois o 1 do art. 230, assimdispe:

    Art. 230. A famlia, a sociedade e o Estado tm odever de amparar as pessoas idosas,

    assegurando sua participao na comunidade,defendendo sua dignidade e bem-estar egarantindo-lhes o direito vida.

    1 Os programas de amparo aos idosos seroexecutados preferencialmente em seus lares.

    Desde a Constituio de 1988, a qual consagrou otransporte urbano gratuito para o idoso, no 2 do art. 230,agora referido, surgiram vrios programas sociais com ofim de amparar os que devem ser amparados , como ovale-gs, o vale-transporte, a renda mnima, a lei orgnicade assistncia social, que traz o benefcio ao idoso, e obolsa famlia.

    Esses programas no fazem seno traduzir o espritoda Constituio de auxiliar aqueles que precisam de ajuda.Note-se que o renda mnima teve origem no Parlamento,por iniciativa do Senador Eduardo Suplicy. Com essasobservaes, como proponente da matria, entendo queficam definitivamente afastadas as eventuais objeesquanto constitucionalidade da proposio, a qual, como

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    se v, se insere perfeitamente no quadro das normas denossa Constituio cidad.

    Haja vista o que acabo de aqui expor, peo o apoio

    de meus ilustres Pares ao Projeto ora apresentado.

    Sala das Sesses, em de de 2012.

    Deputado Esperidio Amin

    DEPUTADO ESPERIDIO AMIN