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6 – JORNAL DO SINTUFRJ – No 735 - 25 de setembro a 1º de outubro de 2006 - www.sintufrj.org.br

7 – JORNAL DO SINTUFRJ – No 735 - 25 de setembro a 1º de outubro de 2006 - www.sintufrj.org.br

ESC

OLA

RID

AD

E – D

e acordocom

o TSE, o grau de escolarida-

de do eleitorado brasileiro me-

lhorou desde 2002. E as mulhe-

res se destacam

entre aq

ueles

O p

aís

que vai à

s u

rnas e

m 1

º de o

utu

bro

Cerca d

e 126 milh

ões

de eleito

res vão d

esenh

ara n

ova g

eog

rafiap

olítica d

o país

Vota

r com

se

gura

nça

QU

EM VAM

OS ELEG

ER – N

aseleições deste ano, estão disputan-do candidatos aos cargos de presi-den

te e vice-presidente da R

epú-blica, govern

ador e vice-governa-

dor de Estado e do Distrito Fede-

ral, senador (mais dois suplentes),

deputado federal e estadual, e de-putado distrital (no caso dos elei-tores de B

rasília). Em tem

po: quemm

ora no exterior só votará p

arapresidente e vice, desde que tenharequerido sua inscrição ao juiz daZona Eleitoral do Exterior até 151dias anteriores ao dia da eleição.

AS VAGAS – Para a C

âmara Fe-

deral os brasileiros vão eleger 513deputados (o total de cadeiras). Jápara o Senado, desta vez, elegere-m

os apenas 27 senadores (1/3 dototal das cadeiras). N

o país inteiro

são 1.059 vagas para as Assembléias

Legislativas. O eleitor do Estado do

Rio de Janeiro vai eleger 46 deputa-dos federais e 70 deputados esta-duais.

QU

EM VO

TA – São obrigados a

votar os brasileiros natos ou natu-ralizados, entre 18 e 70 anos de ida-de. O

voto é facultativo para anal-fabetos, m

aiores de 16 anos e me-

nores de 18 anos, e idosos acima

de 70 anos. N

ão poderão partici-par do pleito os que não souberemse exprim

ir na língua nacional ouestiverem

privados tem

poráia ou

definitivamente, dos direitos polí-

ticos.M

esmo quem

não votou nas úl-tim

as eleições nem justificou o voto

poderá votar no dia 1º de outubro,desde que o título de eleitor não te-nha sido cancelado pela Justiça Elei-toral. Tam

bém votarão os eleitores

que acertaram sua situação com

aJustiça Eleitoral (pagam

ento da mul-

ta estipulada pelo juiz).

AP

UR

ÃO

DO

S VO

TO

S DO

SD

EP

UT

AD

OS – N

as eleições le-gislativas são eleitos os d

epu

ta-dos federais, estadu

ais, distritaise veread

ores, segun

do as regras

das eleiçõ

es pro

po

rcion

ais. Di-

ferentem

ente do que o ocorre nas

eleições majoritárias (p

residen

tee vice-p

residen

te da R

epú

blica,

govern

ado

r e vice-govern

ado

r,p

refeito e vice-prefeito, e sen

a-dor), cujos eleitos são sem

pre os

candidatos m

ais votados. Em se

tratando de cargos executivos

(presid

ente e vice-p

resi-den

te da Rep

ública, go-vern

ador e vice, e pre-

feito e vice-prefeito), é

eleito em 1º turn

o o can-

didato que alcançar 50%

+ 1d

os votos; caso haja m

ais de

dois candidatos n

a disputa, h

a-verá 2º tu

rno

entre o

s do

ism

ais votados.N

o caso de eleição ded

epu

tado

s e vereado

-res, é n

ecessário que o

partid

o o

u co

ligação a

qu

e perten

ça o can

did

atoo

bten

ha u

m n

úm

ero m

ínim

od

e votos, expresso p

or meio d

oqu

ociente eleitoral. Para deter-

min

ar o nú

mero d

e vagas aqu

e cada partido ou

coli-gação terá d

ireito, sãorealizad

os d

ois cál-

culos: o do quocien-

te eleitoral e do quo-cien

te partidário.

QU

OC

IEN

TE

ELE

ITO

-R

AL – D

efine os p

artidos e/ou coligações que terão direito

a ocupar as vagas em

disputa n

aseleições p

roporcion

ais, aplican

-do-se as seguin

tes regras: “Deter-

min

a-se o quociente eleitoral di-

vidindo-se o n

úmero de votos vá-

lido

s apurados pelo de lugares a

preen

cher em cada circun

scriçãoeleitoral, desprezada a fração se igualou inferior a m

eio, equivalente a umse superior”.

“Nas eleições p

roporcion

ais,contam

-se como válidos ape-

nas os votos dados a candi-datos e às legendas parti-dárias”.

Os votos em

brancon

ão são comp

utad

osp

ara p

roclamação

dos

eleitos nas eleições propor-cionais. Antes da Lei nº 9.504/97, além

dos votos nominais e dos

votos de legenda, os votos em bran-

co também

eram com

putados.Q

UO

CIE

NT

E P

AR

TID

ÁR

IO –

Defin

e o núm

ero inicial de vagas

que caberá a cada partido ou coli-gação qu

e tenh

a alcançad

o oqu

ociente eleitoral. “D

eter-m

ina-se para cada partidoou coligação o quocien-te p

artidário, dividin-

do-se p

elo qu

ociente

eleitoral o

mero

de

votos válidos dados sob am

esma legen

da ou coligação

de legen

das, d

esprezad

a a fra-ção”. (C

ódigo Eleitoral, art. 107).Pelo C

ódigo Eleitoral (art. 108),“Estarão eleitos tantos candidatosregistrados por um

partido ou co-ligação quantos o respectivo quo-ciente partidário indicar, na ordemda votação nom

inal que cada umtenha recebido”.

AN

ULA

ÇÃ

O D

E E

LEIÇ

ÃO

– Am

aioria dos eleitores acha que parau

ma eleição

ser anu

lada b

astam

ais de 50% dos votos serem

nu-los ou an

ulados. Mas, segun

do oC

ódigo Eleitoral a partir da inter-pretação do art. 224, esse questio-nam

ento tem duas respostas, con-

forme ocorrência das seguintes si-

tuações:

1 -V

otos anulados pela Justiça

Eleitoral: se a nulidade atingir mais

da metade dos votos, faz-se n

ovaeleição som

ente quan

do a anula-

ção é realizada pela Justiça Elei-toral, nos seguintes casos: fal-

sidade; fraude; coação; in-terferên

cia d

o

po

der

econôm

ico e desvio ouabuso do poder de auto-

ridad

e em d

esfavor da li-

berdade do voto; emprego de

processo de propaganda ou cap-tação de sufrágios vedados por lei.A

nova eleição deve ser convocadadentro do prazo de 20 a 40 dias.

2 -V

otos anulados pelo eleitor,por von

tade própria ou por erro:N

ão se faz nova eleição. Segundodecisão proferida n

o Recurso Es-

pecial n

º 25.937/2006, os vo

tos

anulados pelo eleitor n

estas duassituações n

ão se confun

dem com

os vo

tos an

ulad

os p

ela Justiça

Eleitoral em decorrên

cia de ilíci-tos. C

omo votos n

ulos d

os elei-to

res são d

iferentes d

os vo

tos

anulados p

ela Justiça Eleitoral, asduas categorias não podem

ser so-m

adas e, portanto, uma eleição só

será invalidada se tiver mais de 50%

dos votos anulados som

ente pela

Justiça Eleitoral.C

LÁU

SULA

DE

BA

RR

EIR

A –

Tem a ver com

o desempenho do

partido político nas eleições. U

mpartido não deixa de existir se nãoalcan

çar bom desem

penho n

uma

eleição. Mas se não obtiver 5%

dototal dos votos para deputado fe-deral n

o país e 2% dessa votação

em pelo m

enos nove estados, fica-rá sem

direito à particip

ação no

horário eleitoral gratuito e sem di-

nheiro do fundo partidário.

Saib

a a

inda:

Na u

rna e

letrônic

a

Utilizan

do o teclado da urn

a,digite o núm

ero do seu candidato.N

a tela, aparecerão a foto, o núme-

ro, o nome e a sigla do partido po-

lítico. Se as informações estiverem

corretas, aperte a tecla verde “Con-

firma”. A

cada voto confirmado a

urna em

itirá um rápido sin

al so-noro. M

as após o registro do votopara presidente, a urna em

itirá umsin

al sonoro m

ais inten

so e pro-

longado e aparecerá na tela a pa-lavra “Fim

”.Se

achar

qu

e erro

u,

ou,quando não aparecerna tela todas as infor-m

ações sobre o candi-dato escolhido, apertea tecla laranja “C

orrige” erepita todo o procedim

entoan

terior.VO

TO D

E LEGEN

DA

– Esse é ovoto n

o partido. Para isso, basta

digitar o núm

ero do partido, quesão os dois p

rimeiros algarism

osdo candidato, e apertar a tecla ver-de “C

onfirma”. O

voto na legendasó é possível em

relação aos car-gos de deputado federal e deputa-do estadual ou distrital.

VOTO

EM B

RAN

CO

– É só aper-tar a tecla “B

ranco” e a verde de

“Con

firma”.

VO

TO N

ULO

– Para anular

o voto basta digitar um nú-

mero de candidato ou de

partido inexistente e aper-tar a tecla verde “C

onfir-m

a”.O Q

UE VESTIR

– É permiti-

do ao eleitor votar de short, ber-m

uda ou sandália, mas se ele usar

trajes de banho (biquíni, sunga) épossível que seja im

pedido de vo-tar. O

eleitor também

pode u

sarbon

é, camiseta ou outro adereço

do seu candidato ou partido.

PR

EFERÊN

CIA

– Idosos, grávi-d

as, portad

ores de d

eficiência e

enfermos têm

preferência durantea votação. M

as a legislação proíbeque qualquer eleitor tenha acessoà seção eleitoral portan

do apare-lh

o de telefone celu

lar ligado ououtro equipam

ento de radiocomu-

nicação, como w

alkie-talkie.VO

TAR SEM

TÍTULO

– O eleitor

que perdeu o título pode votar coma carteira de iden

tidade ou outrodocum

ento com fotografia. Q

uemestiver n

essa situação e não sou-

ber onde votar (conhecer o nº dazona e da seção eleitoral) deve pro-curar antes do dia da eleição o seucartório eleitoral, onde será infor-m

ado a respeito.C

OM

O JU

STIFICA

R O

VO

TO –

O eleitor fora do seu dom

icílio elei-toral no dia da eleição, m

unido dotítu

lo eleitoral ou de docu

men

tod

e iden

tificação, d

eve pro

curar

qualquer local de votação para jus-tificar sua ausência. O

Formulário

de Justificativa também

estará dis-ponível no site do TSE e dos TR

Es.<w

ww

.tse.gov.b

r> e

<ww

w.

tre.rj.gov.br>.A

té 60 dias após as eleições, ajustificativa é feita p

erante o juiz

eleitoral. Q

uem

estiver fora d

op

aís terá até 30 dias após o retor-

no p

ara se justificar peran

te o juizeleitoral. C

aso o eleitor cadastra-d

o n

o exterio

r deixar d

e votar,

basta ap

resentar a ju

stificativap

erante os ch

efes das repartições

consu

lares e missões d

iplom

áti-cas, que duran

te o processo elei-

toral brasileiro assu

mem

fun

çãode juiz eleitoral.

Se, por motivo de trabalho, ser-

vidores civis e militares não pude-

rem votar, poderão se justificar. O

que já não acontece com funcioná-

rios de empresas privadas.

PE

NA

LIDA

DE

S –

Qu

em

não

vota ou não justifica fica impedido

de participar de concurso públicoe assum

ir cargo ou função em ór-

gão pú

blico; receber vencim

ento

ou salário de função ou em

pregopúblico, autárquico ou de algum

aform

a ligado ao governo, corres-

pondentes ao segundo mês seguin-

te ao da eleição; participar de con-corrências públicas ou adm

inistra-tivas do governo; obter passaporteou carteira de iden

tidade e reno-

var matrícula em

estabelecimento

de ensino oficial ou fiscalizado pelogoverno; obter em

préstimo em

au-tarquias, sociedades de econ

omia

mista, caixas econ

ômicas federais

ou estaduais, institutos e caixas deprevidência social, assim

como em

qualquer estabelecimen

to de cré-dito m

antido pelo governo; e pra-ticar qualquer ato para o qual seexija quitação de serviço m

ilitar ouim

posto de renda.IM

POR

TANTE – O

servidor pú-blico federal deve guardar o com

-provan

te de votação, pois poderátê-lo de apresentar no departam

en-to de pessoal.

As m

ulheres são maioria

nestas eleições, in

formou o

Superior Tribunal Eleitoral

(STE). Dos 125.913.479

eleitores em con

dições de votar

no dia 1º de outubro,

64.882.283 são do sexo

femin

ino (51,53%

do total). As

mulheres tam

bém se destacam

pelo maior n

ível de

escolaridade, mas são m

aioria

entre aqueles que n

ão sabem

ler nem

escrever. Os joven

s na

faixa de 25 a 34 anos de idade

representam

23,96% dos

votantes, ou seja, 30.172.037.

O n

úmero de pessoas aptas

a votar aumen

tou quase 10 %

de 2002 para 2006. O R

io de

Janeiro é o terceiro m

aior

colégio eleitoral do país, com

10,9 milhões de eleitores, o que

corresponde a 8,65%

do total.

O estado de São Paulo

contin

ua na lideran

ça: perto

de 28 milhões de eleitores

(22,27% do total), seguido do

estado de Min

as Gerais, com

seus 13,7 milhões (10,86%

do

total).

com n

íveis de instrução m

ais ele-vados. Elas represen

tam 58,27%

dos eleitores com segun

do graucom

pleto e superam os votan

tesdo sexo m

asculino com

curso su-

perior com

pleto e in

comp

leto:são cerca de 3,8 m

ilhões de mu-

lheres contra 3,2 m

ilhões de ho-m

ens. M

as dos 8,2 m

ilhões d

eeleitores que se declararam

anal-

fabetos, 4,4 mi-

lhõ

es são m

u-

lheres e 3,86 mi-

lhõ

es h

o-

men

s.

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