A ESPN desistiu de transmitir a Copa do Brasil, seu principal evento no ca-lendário do futebol brasileiro. Segun-do o Blog do Ohata, do UOL Esporte, SporTV e Fox Sports costuram acor-do para exibir a competição, como já ocorreu no ano passado.
A emissora paulista divulgou nota oficial comunicando ter desistido do torneio. “Por questões estratégicas, a
ESPN optou por não transmitir a Copa do Brasil em 2017. O canal reforça seu posicionamento de entregar ao fã do esporte a mais ampla variedade na programação esportiva, com transmis-sões das principais ligas americanas, o melhor do futebol internacional, tênis e esportes radicais. Referência pela credibilidade de seu jornalismo, a ESPN segue investindo na apuração e
Sem ESPN, Fox e Sportv dividem Copa do Brasil
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
B O L E T I M
NÚ
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RO
DO
DIA
QUINTA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2017
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ESPN ficará sem uma das principais
competições do calendário do
futebol brasileira. Saída do torneio
reforça ainda mais a importância de produtos
estrangeiros, como o futebol europeu e os esportes americanos,
para o canal do Grupo Disney.
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7miDe Euros por ano é
o salário estimado de Robben, do Bayern; jogador afirmou que
jogar na China seria fim de carreira.
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B O TA F O G O A J U D A C H A P E
O Botafogo vai leiloar as camisas utilizadas pelo time em seu último jogo no Campeonato Brasileiro 2016, contra o Grêmio, em benefício das famílias dos jogadores da Chapecoense. O leilão será no dia seguinte ao amistoso entre Brasil e Colômbia, no estádio Nilton Santos, o Engenhão, arena do time carioca.
Contra os gaúchos, cada atleta do Botafogo atuou com o nome de um jogador da Chapecoense.
W TA T E M N O V O PA R C E I R O
A WTA (Associação Feminina de Tênis) assinou contrato com a Cambridge Global Payments para os próximos três anos. O valor do acordo entre a entidade que comanda o circuito feminino de tênis e a empresa financeira não foi divulgado. Pelo acerto, a empresa inglesa será responsável pela logística de pagamento das premiações às atletas. A WTA irá supervisionar o programa com a Cambridge.
E S PA N H Ó I S U N E M C A M I S A S
O jornal esportivo “Marca”, da Espanha, fará uma homenagem à Chapecoense, junto com todos os times da Série A do país. A empresa uniu as equipes para juntar uma camisa de cada um. Cada objeto terá autógrafos do elenco e mensagem de apoio. Nesta semana, o “Marca” lançou um vídeo no Twitter com imagens das camisas autografadas. Os uniformes foram dobrados para serem enviados à Chapecoense.
análises das mais diversas modalidades esportivas”, informou o canal fechado.
Com a saída da Copa do Brasil, a ESPN deve privilegiar ainda mais a Premier League e as grandes ligas dos Estados Unidos como seus carros-chefes. Com o Campeonato Inglês, a emissora
anunciou, no ano passado, a transmissão de todas as partidas pela TV ou internet, através do Watch ESPN.
Sem a concorrente no pool da Copa do Brasil, a Globosat, de-tentora dos direitos do torneio para a TV aberta, fechada e in-ternet, deve sublicenciá-lo apenas ao Fox Sports entre os canais por assinatura. A negociação passa por uma distribuição mais igualitária de privilégio de transmissão das partidas, que seria dividido entre SporTV, canal da Globosat, e Fox Sports.
Uma das possibilidades é seguir o exemplo de torneios euro-peus, em que um canal tem o direito à primeira escolha a cada semana, fazendo com que cada emissora ficasse com partidas exclusivas. Em contrapartida, o Fox Sports sublicenciaria os di-reitos de TV da Copa Libertadores ao SporTV.
No ano passado, o Grupo Globo renovou contrato com a CBF pelos direitos de transmissão da Copa do Brasil. O novo acordo é válido para todas as mídias (aberta, fechada e internet) e tem validade de 2018 a 2022. Pelo privilégio, a empresa irá pagar R$ 300 milhões ao ano para a confederação brasileira.
Essa renovação possibilitou que a CBF anunciasse a maior pre-miação de um torneio na América do Sul. O campeão da Copa do Brasil a partir do ano que vem irá receber R$ 68,7 milhões. Como comparação, o vencedor do Brasileirão hoje ganha um prêmio de R$ 17 milhões. A Libertadores paga US$ 7,3 milhões.
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A Juventus da Itália apresentou, nesta semana, um novo escudo e um novo conceito de marca que respon-derá pela equipe. O símbolo maior do time foi totalmente transformado e ficou longe das tradições centenárias que envolvem a agremiação de Turim.
Aparentemente, os Agnelli mistura-ram os dois negócios que envolvem a família: a Juventus e a Fiat. E a Juven-tus não deveria funcionar como a Fiat.
Quando se pensa em uma empresa, reformular conceitos e mensagens faz todo o sentido quando existe um pla-
no de internacionalização. Foi assim, inclusive, que aconteceu quando o Fiat se uniu a Chrysler, sob a justifica-tiva de “criar uma cultura corporativa única”, com alcance global.
No futebol, a transformação em uma marca global gera milhões em novos negócios. O maior exemplo é o Manchester United, uma poderosa marca em todo o planeta.
Por outro lado, esse é um mercado peculiar. O Manchester vende mi-lhões em patrocínio para a Ásia, mas é fundamentalmente um time da cida-
de inglesa de menos de meio milhão de habitantes. E a Juventus também.
Quem paga ingresso, vai a todos os jogos, compra pay-per-view são os torcedores locais. E, para esses, tradi-ção vem em primeiro lugar. É o time da infância, é a lembrança do velho estádio, é o título comemorado com os filhos. Rasgar velhos símbolos é arrancar a memória de seu principal consumidor, aquele torcedor que te fez gigante. E isso não se faz.
Clube de futebol não é uma multinacional qualquer
O jogo entre Brasil e Colômbia, cuja renda será revertida à reconstrução da Chapecoense, terá o maior conjunto de canais transmitindo na história dos eventos esportivos do país. Os direitos de transmissão foram oferecidos gra-tuitamente pela CBF às emissoras, abertas e fechadas, do Brasil e do exterior.
Normalmente detentora dos direitos de transmissão de jogos e amistosos da seleção brasileira, Globo e SporTV não apresentaram empecilho para que a partida contra a Colôm-bia, marcada extraordinariamente por conta da tragédia com o time da Chapecoense, passas-se também nos canais concorrentes.
Segundo a Máquina do Esporte apurou, entre
as TVs abertas, a partida será exibida por Glo-bo, Band, Rede TV!, Record News e Rede Vida. O SBT ainda não respondeu à CBF. Já a Re-cord optou pela transmissão na Record News. No horário do jogo serão exibidos o Jornal da Record e o Programa do Gugu.
Entre os canais esportivos fechados, todos confirmaram que irão passar a partida da se-leção brasileira: SporTV, ESPN, Fox Sports, Es-porte Interativo e BandSports.
No exterior, a ESPN fará transmissão para Es-tados Unidos, América Latina, Caribe e Ocea-nia através de suas afiliadas internacionais. A Record Internacional, presente em mais de 150 países, é outra emissora a integrar o pool.
Maioria de canais abertos e fechados confirma exibição de Brasil x Colômbia
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POR ADALBERTO LEISTER FILHO
O P I N I Ã O
POR DUDA LOPES
novos negócios da Máquina do Esporte
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A Confederação Brasileira de Voleibol anunciou nesta quarta-feira mais um patrocínio: a enti-dade terá aporte da Delta Air Lines até o fim deste ano. A compan-hia aérea será a responsável pelo transporte das seleções brasileiras em trajetos internacionais.
A parceria abrange o desloca-mento da seleção masculina para a Liga Mundial e da seleção femi-nino para o Grand Prix, além dos
torneios mundiais de base. Para o vôlei de praia, a CBV irá selecionar duplas, por ranking, para distri-buir os direitos às passagens.
Como contrapartida, a Delta terá direito a exposição de marca em diversos eventos da CBV, o que inclui a Superliga. Ainda haverá placas em jogos das seleções e na etapa nacional do Circuito Mun-dial de Vôlei de Praia.
O acordo é semelhante ao que a
CBV já possui com a Gol Linhas Aéreas. A empresa brasileira é par-ceira da CBV desde 2010 e faz os voos nacionais dos times que for-mam a entidade.
A Delta é a maior acionista es-trangeira da Gol, com 9,5% das ações da companhia; a Air France-KLM possui 1,5%. Por lei, uma empresa aérea doméstica só pode atuar no Brasil caso tenha 80% das ações em mãos de brasileiros. A questão, no entanto, deverá ser revista pelo presidente Michel Te-mer nos próximos meses.
Em nota, o diretor da Delta para o Brasil, Luciano Macagno, justi-ficou o aporte à CBV. “A parceria com a CBV é outra maneira pela qual a Delta busca permanecer próxima dos clientes brasileiros, apoiando um dos esportes mais populares do país”, afirmou.
Patrocínio esportivo não é uma novidade para a Delta. A marca esteve, por exemplo, na Copa América do Centenário.
POR DUDA LOPES
Sócia da Gol, Delta Air Lines fecha patrocínio à CBV
A Caixa anunciou um time de especialistas para auxiliar os corredores da Maratona do Rio de Ja-neiro, patrocinada pela marca. Serão cinco nomes, focados em nutrição, ortopedia e psicologia.
Os profissionais produzirão conteúdo para o blog da maratona e para as redes sociais. Além disso, os especialistas deverão atender pela inter-
net os corredores interessados em informações de treinamento e corrida em geral.
A estratégia foi anunciada há cinco meses do evento. A expectativa da organização para este ano é reunir 33 mil pessoas.
Como será a edição de número 15 da Maratona, a promessa é ter uma série de ações extras.
Caixa reúne time de especialistas para Maratona