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A cultura do quivizeiro

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Introdução

• Origem: regiões montanhosas da China• Primeiros relatos datam de 1400• Europa, 1845• Nova Zelândia, 1910• América do Sul- Chile (anos 70)• Brasil, 1971 (IAC)

– Cultivos comerciais a partir de 1980

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Principais países produtores

• Itália• Nova Zelândia• Chile• Área de 75.000 ha• Produção de 1 milhão de toneladas

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Estados produtores Brasil

• Rio Grande do Sul• Santa Catarina• Área ao redor de 500 ha• Produção de 5600 toneladas

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Classificação botânica

• Gênero: Actinidia (53 espécies)• Espécie: Actinidia deliciosa

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Morfologia

• Planta sarmentosa e trepadeira• Crescimento rápido• Mais robusta e longeva que a videira

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Sistema radicular

• Superficial, 50 a 60 cm de profundidade• Raízes carnosas, ricas em substâncias de

reserva• Espessas, ramificadas, muito exigentes

em oxigênio• Não toleram solos encharcados

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Caule

• Sarmentoso• Vigoroso• Sarmentos emitidos das zonas mais

baixas, próximo ao solo

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Ramos

• Semelhantes aos da videira• Crescimento vigoroso• Não possuem gavinhas• Frutificação em ramos do ano

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Gemas

• Gemas vegetativas - ramos sem gemas reprodutivas

• Gemas mistas - ramos com gemas vegetativas e reprodutivas

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Folhas

• Planta caducifólia• Folhas grandes, forma circular a elíptica,

cordiformes, • cor, forma e dimensão variam com a

cultivar

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Flores

• Flores grandes, atrativas• Branco-palha ou branco-cremosa• 5 sépalas e 6 pétalas

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As flores se desenvolvem na axila das primeiras 2 a 8 folhas dos ramos mistos do ano

Poda correta

Espécie dióica: Dois sexos na mesma flor, um deles é estéril

Cultivares masculinas e femininas

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Fruto

• É uma baga, forma ovalada• Coloração pardo-esverdeada, recoberta

por tricomas pardos de comprimento variável com a cultivar

• Comprimento, diâmetro e peso variam com a cultivar

• Polpa suculenta, coloração verde-clara a verde-esmeralda

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Sementes

• Tamanho reduzido• Em grande número• Número relacionado com a qualidade da

polinização e fecundação• Vai influenciar o tamanho do fruto

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Clima

• Espécie de clima temperado

• Variedades masculinas: 200 hs de frio• Variedades femininas: 300 a 1000 hs de frio

• Em dormência, resistente a baixas temperaturas– Fase inicial de brotação, 3 a 4ºC podem danificar

gemas– Geadas prematuras outono danificam os frutos

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Clima

• Temperatura ótima: 25 a 30°C• Umidade relativa: ao redor de 60%• Chuva: 1000 mm/m2

• Proteção dos ventos dominantes– Reduzem a ancoragem das plantas

– Reduzem atividade de abelhas

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Solo

• Franco-arenosos• Profundos• Bem drenados• Permeáveis• Ricos em MO• Muito sensível a asfixia radicular

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Propagação

• Produção das mudas através de enxertia– Borbulhia ou garfagem

– ‘Bruno’ é a mais utilizada como porta-enxerto– ‘Hayward’ é a mais utilizada em outros países

• Estaquia – viável, mas pouco empregada no Brasil

• Micropropagação

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Instalação do pomar

• Análise de solo prévia• 300 a 500 kg/ha de sulfato de potássio• Matéria orgânica bem fermentada –

melhora a estrutura do solo além de melhor a absorção dos adubos inorgânicos

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Sistemas de plantio

• 1:8 Uma planta masculina a cada 3 filas e a cada 3 plantas na linha

• 1:6 Uma planta masculina a cada 3 filas e a cada 2 plantas na linha

• 1:5 Uma masculina a cada 2 filas e a cada• 2 plantas na linha

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Formas de sustentação

Espaldeira

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Latada

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Densidade de plantio

• Espaldeira: 6 a 7 m entre linhas e 4 a 4,5 m entre plantas

• Latada: 4,5 a 6 m entre linhas e 4,5 e 5m entre plantas

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Poda

• Hábito similar a videira• Poda anual sistemática• Conhecer hábito de frutificação

– As flores se desenvolvem na base das primeiras 6 a 8 folhas

– Originadas de ramos novos da última primavera (ramos do ano)

– Surgem dos ramos de um ano de idade

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Raleio

• Realizado quando as plantas estiverem carregadas

• 20 a 50 frutos/m² de copa• Eliminar mal formados, doentes, laterais• Retira-se de cada 3 flores, as 2 laterais

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Polinização

• Receptividade do estigma– Flor aberta, uma semana

• Chegada do pólen não deve ultrapassar 4 dias da abertura da flor

• Colméias: 5 por hectare

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Escolha das cultivares

• Florescimento e polinização, considerar:• Sexos em plantas separadas• Sincronização da florada• Agentes polinizadores• Período efetivo de polinização curto

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Cultivares

• Femininas:– Abbott– Allison– Bruno– Hayward– Monty

• Masculinas:– Tomuri– Matua

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Abbott

• Vigorosa• Sensível a clorose e nematóides• Produção inicial no 3º ou 4º ano após plantio• Floração precoce• Flores em grupo de 2, raramente 1 ou 3• Fruto formato oblongo, 65 a 70 g• Maturação média• Boa conservação sob refrigeração• Polpa coloração verde brilhante, perfumada• Baixa exigência em frio• Alta fertilidade de gemas

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Allison

• Floração mais precoce que a Abbott• Pouco exigente em horas de frio• Flores agrupadas, 2 a 2, pétalas

superpostas, bordos dobrados• Frutos tamanho médio, uniformes, forma

elíptica

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Bruno

• Plantas muito produtivas, medianamente vigorosas

• Flores solitárias• Frutos cilíndricos e alongados• Polpa de sabor doce-acidulado, com

maior concentração de vitamina C • Maturação precoce (1ª quinzena de abril)• Mais produtiva nas condições do sul

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Hayward

• Floração tardia• Flores solitárias• Multiplicação por estaquia• Frutos formato oval, 90 a 95g• Resistência ao transporte• Polpa coloração verde-dourado, equilíbrio

perfeito entre ácidos e açúcares• Preferida pelos mercados de todo o mundo• Alta exigência em frio: 700 a 1000 horas

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Monty

• Plantas altamente produtivas• Mais vigorosa e mais rústica• Floração tardia• Flores em grupos de 2 ou 3, muito férteis• Tendência a superprodução, raleio e poda• Frutos formato elíptico• Tamanho médio, peso de 65g

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Abbott Allison Bruno Hayward Monty

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Matua

• Floração precoce, abundante, prolífera • Persistente por longo tempo• Flores agrupadas em número de 1 a 5

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Tomuri

• Floração inicia na meia estação• Prolonga por muito tempo• Flores agrupadas em número de 1 a 7• Floresce mais tarde que a Matua• Indicada para polinizar Hayward

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Doenças

• Podridão das raízes (Phytophtora)• Podridão parda ou cinzenta (Botrytis

cinerea)• Cancro dos ramos

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Pragas

• Mariposas ( Tortricidae)• Trips• Cochonilha branca• Mosca das frutas• Pulgões

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Phytophthora spp.

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Botrytis cinerea

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Botrytis dothidea

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Colheita

• Não apresenta mudança na coloração

• Brix para colheita: de 7 a 8°• Não comestíveis

• Consumo: 14° Brix• Submetidos ao frio para amadurecer

• Cura por 48 horas a 12 °C


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