A IDEOLOGIA ESTADUNIDENSE REPASSADA POR HOLLYWOOD
ATRAVÉS DOS FILMES HANGMEN ALSO DIE! E THE NORTH STAR (1943)
Maicon Alexandre Timm de Oliveira
Mestre em História pela Universidade Federal de Pelotas
Resumo: O cinema desde seus primórdios esteve presente na vida dos cidadãos, toda essa
penetrabilidade encontraria no decorrer das décadas uma nova função, os cinemas
nacionais seriam utilizados pelos Estados, principalmente após a década de 1920, como
arma ideológica para atingir seus objetivos, os Estados Unidos souberam utilizar toda a
potencialidade da indústria de Hollywood a seu favor, no ano de 1943 as narrativas
cinematográficas Hangmen Also Die! e The North Star, surgiram para cumprir esse
objetivo de valorização ideológico, ao abordarem o inimigo nazista como cruel e fazer
alusão a um elemento externo, no caso os Estados Unidos, como a nação que
restabeleceria a ordem mundial referendando práticas ideológicas dos estadunidenses,
Hollywood cumpriria os objetivos a si propostos.
Palavras Chave: Cinema; História; Ideologia; Estados Unidos; Segunda Guerra
Mundial.
Introdução
As formas artísticas estão presentes no percurso da humanidade. O final do século
XIX, observou o surgimento de uma nova forma artística: o cinema, uma invenção em
muito creditada aos irmãos Lumière e o seu aparelho chamado cinematógrafo – “A
primeira exibição dessa nova arte ocorreu em Paris em 28 de dezembro de 1895”
(COUSINS, 2013, p. 23). As narrativas cinematográficas iniciais, apesar de conterem
poucos segundos, modificariam a forma de ver o mundo.
Esse cinema surgiu em uma época de transformações. Esse momento deu início a
inúmeros processos que ainda marcam presença na sociedade contemporânea, todavia,
não estão presentes da mesma forma de quando foram desenvolvidos, nitidamente
receberam transformações ao longo das décadas, até assumirem a forma mais atual.
A modernidade não pode ser entendida fora do contexto da cidade, que
proporcionou uma arena para a circulação de corpos e mercadorias, a troca de
olhares e o exercício do consumismo. A vida moderna parecera urbana por
definição, contudo as transformações sociais e econômicas criadas pela
modernidade remodelaram a imagem da cidade em plena erupção do
capitalismo na segunda metade do século XIX (CHARNEY; SCHWARTZ,
2010, p. 19-20).
Todas essas transformações surgiram em um âmbito bem defino as cidades, isto
principalmente porque elas viram “o nascimento de uma ‘sociedade de massa’ que
resultou, em parte, do crescimento do capitalismo industrial” (CHARNEY;
SCHWARTZ, 2010, p.21). O exemplo mais notório seria a própria Paris – centro de
grandes modificações e inovações, local esse onde os irmãos Lumière realizaram a
primeira exibição do cinema. O cinema surgiu como uma forma de diversão que foi
ganhando terreno na vida das pessoas até se tornar uma das principais artes.
Esse fazer cinematográfico foi evoluindo rapidamente de filmes baseados
inicialmente na forma teatral logo modificou sua postura, e as duas principais mudanças
a do sistema de preto e branco para o colorido e por fim a passagem do cinema mudo para
o cinema falado.
Certamente o cinema já não seria mais o mesmo de sua criação atingiria novos
pontos, toda essas transformações foram importantes para outro dois pontos que norteiam
esse trabalho, no caso a aproximação entre cinema e história e a tônica principal o cinema
como uma arma de valorização ideológica. Para observarmos essa dupla perspectiva o
historiador Marc Ferro nos apresenta algumas indicações.
A primeira delas diz respeito a aproximação entre o cinema e a história, uma
relação que iniciou conturbada isso talvez pelo seguinte fato:
Historiadores tradicionais, preocupados com o poder político e em mobilizar
os cidadãos para as guerras mundiais, e aos marxistas, que buscavam o
fundamento do processo histórico na análise dos modos de produção e da luta
de classes, essa arte era indiferente (NAVARRETE, 2008, p. 21).
Todavia, mesmo que a aproximação tenha demorado não perduraria por mais tanto
tempo seria em meados do século XX, que os primeiros historiadores se debruçaram sobre
o cinema. Marc Ferro seria um dos principais autores a realizar tal encontro isso e
observável em seu artigo “O filme: Uma contra análise da sociedade” (1970), no qual faz
uma explanação de como a fonte fílmica pode ser incorporada à história e qual seria a sua
função. O papel de Ferro não ficaria restrito apenas a este processo inicial, deu origem a
outros trabalhos.
Ferro deu início a um processo que levaria ainda alguns anos para ser introduzido,
e utilizado em uma escala maior, mesmo com esses primeiros processos, os filmes ainda
estavam sendo encarados com desconfiança, Hagemeyer afirma que:
De um extremo a outro, nossa reação pode variar entre o deslumbramento
diante das potencialidades que abrem para o aprendizado humano, ou o terror
diante das implicações que esse tipo de artificio fantasioso poderia ter no
entorpecimento das consciências. Ao longo do século XX, essas duas posturas
marcaram os debates acadêmicos em torno do significado da produção
audiovisual na sociedade contemporânea (HAGEMEYER, 2012, p. 17).
A história após passar por modificações em sua forma de ser escrita e pensada
abriu o precedente para novas fontes, nesse exato momento o cinema encontrou o seu
espaço isso principalmente, pois:
Três eixos fundamentais cujo objetivo visa uma melhor avaliação do cinema
como: a) “agente da história”, b) “fonte histórica”, c) veículo para se construir
uma nova forma de “representação historiográfica” ou de transmissão do
conhecimento histórico. A partir destes eixos o cinema pode ser visto como
“agente histórico”, na medida em que interfere direta ou indiretamente na
História. Muito utilizado como difusor de ideologias o cinema se mostra um
campo investigativo extraordinário para pesquisadores das ciências humanas
de um modo geral (JESUS, 2011, p. 3).
Finalmente então a proposição inicial de Ferro encontrara o caminho para se
desenvolver. A nova fonte de estudo baseada nas narrativas cinematográficas daria acesso
a novas perspectivas isso porque “o poder da imagem se constituiu cada vez mais como
a janela para um mundo temporalmente extinto e que agregava diferentes instâncias de
tempo, entrecruzando passado, presente e futuro” (ROSSINI, 1999, p. 16). Em seus
primórdios o cinema foi comparado a uma janela que daria acesso ao mundo, contudo o
mesmo não teria essa mesma função para a história, apesar de parecer nos abrir caminhos
pela janelas do tempo, o que ele proporciona e uma nova forma de acessar arquivos do
tempo onde o historiador busque suas referências já que “[o] cinema não se constitui
fechado em si mesmo: ele permite o acesso a mundos diferentes, ao visível e ao não
visível” (FRANÇA, 2002, p. 63). Desse modo deve-se levar em conta que utilizar uma
narrativa cinematográfica como fonte de pesquisa vai além da simples observação do
mesmo, seria basicamente compreender como o filme representaria determinado período
ou acontecimento histórico, assim como a forma que foi realizado, se cumpria ou não um
objetivo para com a sociedade que o produziu.
O nascimento do cinema ideológico e um de seus principais exemplos.
Como já observamos anteriormente o cinema passou por transformações em sua
estrutura narrativa e estética, todavia não seria somente a estas que as incorporações
ficariam restritas, pelo fato dos filmes estarem ganhando um destaque maior na vida dos
cidadãos, ele introduziria dessa forma uma nova maneira de se comunicar com as pessoas,
uma narrativa cinematográfica mesmo que produzida na Europa ou na Ásia ganhava com
o tempo um terreno maior que o local onde fora desenvolvido, novos horizontes estavam
sendo abertos para a sociedade moderna.
Com todo esse potencial os filmes logo chamaram a atenção de diferentes setores,
entre eles dos chefes de Estado e de seus políticos, Ferro destaca que, “os dirigentes de
uma sociedade compreenderam a função que o cinema poderia desempenhar, tentaram
apropriar-se dele e pô-lo a seu serviço” (FERRO, 1992, p. 13). Essa utilização se deu
graças a penetrabilidade dos longas-metragens na vida dos cidadãos em geral surgindo
inicialmente como meio de diversão e com o passar do tempo ganhando caráter
ideológico.
Essa correlação cinema e ideologia pode ser observada principalmente quando o
primeiro passou por mudanças ganhando novas formas e estilos e com isso trouxe novas
funções o próprio Nóvoa ressaltaria isso, “é preciso examinar a fundo o cinema como
veículo de ideologias formadoras das grandes massas da população e que pode ser
utilizado, com plena consciência de causa, como meio de propaganda” (NÓVOA, 2008,
p. 25), iniciasse assim a difusão de intenções políticas pelas narrativas cinematográficas.
Como asseverado por Pereira, “os filmes de propaganda desse período [1900 a
1925] não possuíam ainda o aperfeiçoamento técnico, o fascínio e a eficácia que teriam
os produzidos a partir da ascensão dos regimes nazifascistas e da Segunda Guerra
Mundial” (PEREIRA, 2004, p. 2). As dificuldades impostas ao cinema durante a Primeira
Guerra Mundial retardaram brevemente um avanço que logo seria notório, um dos
primeiros Estados a utilizarem essa proposição seriam os russos, estes que recém-saídos
de sua revolução socialista, procuravam novas formas para legitimar seu novo modo de
governo.
Essa ligação entre mídia e política é apontada por Pereira, quando esse afirma que
“a história da propaganda política moderna está intimamente ligada ao desenvolvimento
da política, da sociedade e da cultura de massas, consolidada a partir da década de 1920,
com o avanço tecnológico dos meios de comunicação” (PEREIRA, 2011, p. 2). O cinema
passaria a ser um dos construtores bem como legitimadores de novos regimes, já que “foi
uma seção particularmente importante, sendo digno de atenção devido a sua grande
capacidade de penetração ideológica” (FAZIO, 2009, p. 294). Dessa forma os longas-
metragens e as pessoas envolvidas em sua produção teriam papeis a cumprir
principalmente com as novas causas que surgiam, sendo assim “o filme reproduz valores
e ideologemas que atingirão de forma direta ou indireta o público a que o assiste”
(VIANA, 2009, p. 7). De 1920 em diante o cinema seria invadido por diferentes
proposições ideológicas.
Se a União Soviética pode ser encarada como o principal berço da ideologia
política penetrada nos filmes. Ela não ficaria restrita a apenas esse local logo passaria a
ser observado em outros locais, e se tornaria mais destacável na Segunda Guerra Mundial,
Nóvoa considera que “o “nazi-fascismo” e o “stalinismo” seriam exemplos de fenômenos
históricos que utilizaram exaustivamente o cinema como instrumento difusor de sua visão
de mundo” (NÓVOA, 2008, p. 33). Se os russos deram origem ao cinema ideológico
moderno, o nacional-socialismo elevaria a utilização do cinema por um regime político a
um nível altivo, já que além dessa proposição inicial passou a ser usado para exaltar a
figura do líder, no caso Hitler. O fato de usar uma imagem central seria o elo para dar
legitimidade a uma causa.
Se o nazismo focou a utilização do cinema ideológico para dar origem a uma
consciência de causa, manter todos em volta da imagem do líder bem como referendar as
proposições políticas de Hitler, nos Estados Unidos os longas-metragens ideológicos
teriam um papel similar a cumprir, isso em relação as transposições ideológicas, pois
tentariam referendar a importância dos estadunidenses para manter a liberdade a todos,
ao contrário do nazismo que pretendia oprimir grande parte da população mundial.
Todavia o cinema hollywoodiano não passou de imediato a realizar tal proposição,
logo do início da guerra em 1939 os longas-metragens de Hollywood, mantiveram-se
afastados do conflito, não traziam em sua maioria filmes sobre a guerra, uma explicação
para isso pode ser o fato dos Estados Unidos mantiverem um certo afastamento para com
a guerra, visto que não se envolveram diretamente no conflito, apenas davam apoio aos
países Aliados, principalmente com o fornecimento de matérias primas e demais. A
postura apenas se transformaria com a chegada da guerra ao solo americano isso com o
ataque japonês a Pearl Harbor.
Após esse fatídico dia para os Estados Unidos a máquina cinematográfica
hollywoodiana modificaria a sua postura de forma drástica. Isso porque agora os
estadunidenses entravam na guerra era necessário justificar essa nova postura frente aos
seus cidadãos, bem como referendar o permanente esforço de guerra que militares e não
militares seriam submetidos. Para atingir essas proposições Roosevelt se utilizou da sua
melhor arma: o cinema. Ferro afirma que “[u]ma vez declarada guerra, Roosevelt deu
instruções preciosas no sentido de desenvolver um cinema que glorificasse o justo direito
e os valores americanos” (FERRO, 1992, p. 32). A máquina cinematográfica começava a
se modificar e escolher seus inimigos.
No entanto, é importante apontar que no caso das democracias liberais houve,
em geral, a preocupação de orientar a instrumentalização política do cinema de
forma que a mensagem propagandística não fosse apresentada de forma tão
direta, explícita e agressiva, como ocorreu com o cinema de propaganda
produzido pelos regimes políticos de massas europeus e latino-americanos, já
que numa democracia moderna, de tipo ideal, os meios de comunicação
mantêm-se plurais, a fim de escapar a uma tutela política única, e o direito de
liberdade de expressão é garantido (PEREIRA, 2011, p. 4).
Desse momento em diante inúmeros foram os filmes que surgiram para dar
legitimidade a causa e construir esse inimigo que deveria ser combatido. Mesmo que os
Estados Unidos tenham entrado na guerra por causa do Japão, fora a Alemanha que
ganhou maior atenção do cinema de Hollywood. Com base na observação de todo esse
processo de desenvolvimento de cinemas nacionais como armas ideológicas, os estúdios
de Hollywood também seriam incumbidos de realizar narrativas cinematográficas que
valorizassem o estadunidense ao mesmo tempo que desmerecesse o inimigo alemão, disso
surgem dois filmes a serem analisados, Os Carrascos Também Morrem (Hangmen Also
Die!) e A Estrela do Norte (The North Star) eles surgiriam desse novo objetivo do cinema
hollywoodiano em construir uma valorização e divulgação da ideologia estadunidense.
Hangmen Also Die! e suas proposições ideológicas.
Primeira narrativa cinematográfica a ser analisada diz respeito a Hangmen Also
Die! e um filme estadunidense lançado em 1943, com direção do austríaco Fritz Lang,
escrito por Bertolt Brecht, o filme conta a história do assassinato de Reinhard Heydrich,
encarregado de comandar a região da Boémia e Morávia, entre o desenrolar da narrativa
iram surgindo diferentes conjecturas, duas delas de destaque, a constituição do nazista
como um dos mais temidos dos inimigos já enfrentado pelos estadunidenses, bem como
exaltar ideologicamente os princípios dos Estados Unidos.
Fritz Lang o diretor do filme ao construir uma visão negativa para com os nazistas
utilizou diferentes processos para isso, o primeiro deles surge na abertura do filme
(LANG, 1943, 02’ 41” a 02’ 55”). Após uma tomada da cidade de Praga as imagens são
direcionadas para um castelo quando a câmera começa a mostrar o interior do mesmo,
surgiriam as primeiras referências aos nazistas, pois surgem flamulas e símbolos, contudo
a imagem ganha contornos de negatividade quando a imagem de Hitler surge em um
quadro, somado a imagem a música se torna angustiante, a constituição dessa sequência
visa demonstrar que aquele seria o mal a ser combatido.
A imagem do Führer marcaria presença em outros momentos do filme também,
essa imagem aparece sempre relacionado a algo ligado a ideologias nazista. “Admito que
seus trabalhadores talvez sejam mal pagos, mas como uma raça inferior, como escravos,
são muito bem pagos” (LANG, 1943, 03’ 28” a 03’ 36”). Enquanto um aliado dos nazistas
pronuncia tal frase atrás deles se encontra um quadro de Hitler observando tudo que
transcorre no salão. Note que nos diálogos o que se faz presente e a questão da
superioridade de raças pensadas pelos nazistas. Hitler se faz presente em outros momentos
com princípios parecidos.
Além da imagem do líder nazista outros dois processos construiriam essa imagem
negativa objetivada pelo filme, a primeira delas pode ser observada nos diálogos onde
duras são as constatações feitas pelos nazistas, como pode-se observar na fala do nazista
Heydrich; “Há 37 mil trabalhadores lá. E com uma sabotagem tão escandalosa apenas 50
foram executados. Porque não 500?” (LANG, 1943, 05’ 20” a 05’ 31”). A crueldade surge
na entonação da fala do personagem que parece incomodado com poucas mortes sua
satisfação viria com um extermínio em massa. Qual regime poderia criar tal atmosfera a
não ser os inescrupulosos nazistas, em decorrência desse pensamento e de outros fatores
que os estadunidenses passariam a lutar, para dar fim a estas proposições incabíveis dos
nazistas.
Interligando os pontos anteriores e adicionando uma nova forma de
desmerecimento Lang introduz uma característica própria na narrativa para desvalorizar
os nazistas, essa seria a sombra dos personagens, assim que um oficial ou soldado nazista
surge atrelado a ele está sua sombra bem definida, enquanto os demais integrantes do
filme possuem sombras distorcidas. Analisemos um dos exemplos presente no filme
(LANG, 1943, 01’ 00” 23” a 01’ 01” 10”).
Nesse intervalo duas personagens encontram-se dentro de uma sala onde existem
aparelhos de tortura, uma das personagens encontrasse caída no chão com claro sinais de
tortura, a outra tenta acudir a esta senhora caída – ambas as sombras não são nítidas-,
entretanto já não era mais possível ajudá-la visto que estava morta, se esse primeiro
momento já causaria um impacto, tudo se torna mais tenebroso, quando a música ganha
contornos dramáticos e surge a sombra de um nazista que carrega um chicote em sua mão
ele para em frente a porta o que causa um forte impacto, pois este regime não pouparia a
ninguém se até mesmo uma senhora de idade foi submetida a processos de tortura, o que
esperar para com o resto da humanidade, algo deveria ser feito, os nazistas já não
poderiam seguir agindo dessa forma.
Com isso surge o elemento de valorização ideológico para com os Estados Unidos.
- Refém: “Compatriotas, é chegado o momento. Compatriotas, temos muito a
fazer. Ergam a tocha invisível e a repassem, mantenham-na acessa,
mantenham-na acesa pelo caminho sem volta. Morra se preciso, pela causa,
mas grite até o fim: Render-se jamais. Sempre adiante, sem retroceder até que
o carrasco irracional aprenda que a guerra não está ganha até a última batalha
ser travada. Continuem, quando já não estivermos. Nunca se rendam!”
(LANG, 1943, 1H 06’ 47” a 1H 07’ 21”).
A valorização para com os Estados Unidos surge no trecho “ergam a tocha
invisível e a repassem” (LANG, 1943, 01’ 06” 55”). Uma clara referência a um dos
principais símbolos da liberdade americana essa e: “The Statue of Liberty” (Estátua da
Liberdade). Isso pode ser observado, pois, na mão da estátua encontra-se uma tocha e em
seu nome está mencionado diretamente o termo liberdade. O segundo ponto, pode ser
observado quando retomamos o nome oficial do monumento: “Liberty Enlightening the
World” (“A Liberdade Ilumina o Mundo”). A presença dos Estados Unidos no conflito
mundial incorporou toda uma carga ideológica, a utilização da música referendado
anteriormente junto com a observação da proposição da estátua gera a valorização
ideológica pois na música e o ato do monumento demonstrar que seria os Estados Unidos
que iluminariam o mundo novamente com sua liberdade, uma clara valorização proposta
pelo filme.
Outro momento ideológico do filme surgira da metade para o final do filme, os
diálogos a seguir melhor exemplificaram esse processo.
- Professor Novotny: O que quero lhe dizer agora, meu filho, é para quando
ficar adulto, para quando os poderosos invasores tiverem sido expulsos de
nossa terra há um longo tempo. Espero que esteja vivendo em uma terra livre
onde o povo governará para o povo e pelo povo. Serão grandes dias para viver
numa terra onde todos os homens, mulheres e crianças tem o que comer. E
tempo para ler e pensar e conversar com outros por sua própria vontade.
Quando chegar esse dia não se esqueça de que a liberdade não é algo que se
possui como um chapéu ou doce. A verdadeira questão é a luta pela liberdade.
E você se lembrará de mim não porque fui seu pai, mas porque eu também
morri nesta grande batalha. (LANG, 1943, 1H 17’ 26” a 1H 18’ 35”)
O primeiro ponto, a ser destacado na fala do professor, encontra-se em “Espero
que esteja vivendo em uma terra livre onde o povo governará para o povo e pelo povo”
(LANG, 1943, 1H 17’ 43” a 1H 17’ 50”); Uma frase que definira uma das constantes
lutas pelos direitos democráticos, defendidos e encabeçados pelos Estados Unidos. Todo
o contexto onde o personagem realiza uma fala a sua filha, ganha tons ideológicos com o
soar das frases, se inicialmente o ator e enfocado por planos e ângulos de filmagens mais
distantes, quando mais libertário vai se tornando seu discurso mais a câmera se aproxima
de seu rosto através de um close-up, isso revela a intenção do cinema em valorizar os
princípios estadunidenses.
Outro momento com destaque para a análise está no trecho “Quando chegar esse
dia não se esqueça de que a liberdade não é algo que se possui como um chapéu ou doce”
(LANG, 1943, 1H 18’ 11’ a 1H 18’ 22”). Essa observação revela que a luta pelos
princípios da liberdade constituiu-se como algo que exige sacríficos, que podem parecer
abomináveis como a morte de centenas de soldados, todavia para que essa guerra insana
fosse finalizada sacríficos teriam que ser posto a provas. E os Estados Unidos como nação
fundada sobre os preceitos da liberdade teriam que tomar a dianteira, já eu não poderia
deixar a humanidade ser encoberta pelas trevas nazistas, teriam estes o papel de iluminar
novamente o mundo com a chama da liberdade.
O filme Hangmen Also Die! constrói uma valorização ideológica forte para com
os estadunidenses pois mesmo que os personagens não sejam estadunidenses, eles
subitamente parecem ser arrebatados por esses princípios ideológicos dos americanos, e
suas falas parecem se dirigir a esta nação como uma espécie de apelo para que interviram
de forma definitiva.
The North Star o paradigma ideológico de Hollywood.
Segunda narrativa cinematográfica, diz respeito a The North Star um filme
estadunidense lançado no ano de 1943, com direção do russo Lewis Milestone, o filme
aborda a invasão dos alemães em solo da União Soviética, na região próxima a Kiev, o
vilarejo a estrela do norte e duramente atacado, a tônica da narrativa gira em torno de um
grupo de jovens que tenta retornar ao vilarejo e levar as armas para a resistência soviética.
Entretanto dentro do filme existem assim como no anterior alguns aspectos fogem ao
enredo no caso percebemos três aspectos importantes: 1. O fato do filme ressaltar a União
Soviética como um povo digno, 2. Um desmerecimento para com a figura dos nazistas
como seres inescrupulosos, 3. Uma valorização ideológica de princípios estadunidenses.
Esses serão os pontos a serem analisados posteriormente.
A União Soviética desde sua constituição, passou a sofrer duros ataques,
principalmente pelos filmes hollywoodianos que tentavam desmerecer ao máximo esse
regime que concorria diretamente com os Estados Unidos, essa forma de agir dos estúdios
de Hollywood perduraram por anos, entretanto uma situação em específico mudaria essa
postura, a Segunda Guerra Mundial, levaria os estadunidenses a revisarem essa postura.
O nazismo transformara-se em um inimigo difícil de combater, os ingleses, os
franceses bem como os soviéticos estavam ou já haviam sofrido com o avanço das tropas
alemãs. Era necessária uma colaboração entre todos afim de vencer este inimigo, para
isso essa antiga postura de Hollywood não poderia persistir, como se aliar a alguém que
se desmerece a todo momento, revertendo então toda essa postura os estúdios
hollywoodianos passaram a produzir filmes que exaltavam a União Soviética, com ênfase
na sua população que era capaz de sofrer duros ataques como os implementados pelos
nazistas e mesmo assim mostrar uma força inestimável para defenderem as suas terras.
The North Star mostra isso em diferentes sequências onde as pessoas realizam
atos de coragem, ressaltamos duas partes, a primeira delas (MILESTON, 1943, 57’ 10 a
59’ 13”), referenda uma tática conhecida do povo russo, a destruição de todo material que
o inimigo possa usar em seu benefício, nessas sequências, as senhoras tomam a iniciativa
de atear fogo em suas casas e demais bens. Outra parte de grande impacto surge no final
do filme quando homens do vilarejo mesmo que desmunidos de armas de fogo lutam
incessantemente contra os nazistas para tentar manter sua terra livre das garras nazistas.
Hollywood não ressalta o regime soviético, mas sim seu povo que em muito pode
ser observado como os estadunidenses, já que passam por constantes lutas na tentativa de
manter e reafirmar sua liberdade, The North Star foi um dos primeiros filmes a ressaltar
essa intenção, era preciso demonstrar aos espectadores estadunidenses que os soviéticos
poderiam receber um voto de confiança, e que eles seriam dignos de lutarem ao lado da
nação defensora dos princípios da liberdade.
Contudo a forma mais clara de tentativa de valorização dos soviéticos surge com
as canções que existem no filme, a seguir a análise de uma dessas canções.
- Crianças: Da Ucrânia à fronteira polaca. Do Atlântico ao mar Báltico. Há paz
onde antes havia guerra. Há luz onde antes havia trevas. Nem uma única voz
se lamenta, nem um único coração anseia já pela liberdade. Os povos da nossa
nação construíram um mundo de homens livres. Dá-lhes força para continuar
lutando. Lembraremos com orgulho. É fácil nós sentir ditosos. Teremos uma
vida plena. (MILESTONE, 1943, 10’ 26” a 10’ 26”).
No último dia de aula após o discurso final do professor as crianças iniciam uma
canção que em suas primeiras linhas destacaria as dimensões continentais da nação
soviética, revela aspectos também da formação da nação soviética e que agora deveria ser
observada como algo positivo e valorativo. Concluindo a música visa demonstrar que o
povo soviético teria que se manter firme em seus princípios pois ainda seriam longos os
anos de sacrifícios até a vitória final.
Se os cinemas nacionais ganharam funções ideológicas, uma das mais utilizadas
e a construção de inimigos inescrupulosos, a narrativa cinematográfica de Lewis não seria
diferente, o diretor utilizou-se de diferentes aspectos para referendar isso. No início do
filme essa proposição já pode ser observada conforme o dialogo seguinte:
- Voz em Off: Há movimentos de tropas alemãs na fronteira polaca. Tropas
alemãs estão na fronteira polaca. Desconhece-se o motivo. Foi declarada uma
epidemia de tifo Varsóvia.
Londres foi bombardeada ontem à noite pela Luftwaffe.
Morreram 112 crianças esta manhã resultado de transfusões de sangue
realizadas nos soldados alemães feridos.
- Boris Simonov:Crianças! Tiram-lhes o sangue! (MILESTONE, 1943, 07’
00” a 07’ 26”).
Enquanto uma família tomava seu desjejum tranquilamente surge esse
pronunciamento no rádio, essa seria a primeira forma de mostrar que os nazistas seriam
os mais cruéis dos inimigos, isso fica evidente quando a informação relata o ato de
transfusão de sangue de crianças para soldados nazistas, algo abominável de se pensar.
Todavia isso não ficaria restrito apenas a este pronunciamento, no decorrer do filme após
a invasão nazistas na cidade essa prática e demonstrada (MILESTINE, 1943, 1H 16’ 24”
a 1H 17’ 15”) quando uma criança tem seu sangue retirado por completo, na tentativa de
salvar a vida de um soldado nazista ferido em combate.
Se essas sequências são impactantes, no decorrer do filme o processo tem
prosseguimento com o ataque propriamente dito ao vilarejo, onde os nazistas realizam
duros ataques, inicialmente com aviões que disferem inúmeras rajadas de metralhadoras
ou o despejar de bombas que destroem e matão inocentes, todavia a sequência que mais
proporciona angustia para esse aspecto de ataque cruéis que Lewis implementa em sua
narrativa cinematográfica decorre no intervalo (MILESTONE, 1943, 41’ 18” a 41’ 25”);
Nele uma menina – aparentemente com 6 a 8 anos de idade – que brincava com sua amiga
no pátio de casa, assustada com o barulho proporcionado pelo ataque nazista sai correndo
sem saber o que estava ocorrendo, quando a mesma adentra em uma rua um dos aviões
nazista a persegue e disfere uma rajada de tiros acertando a menina pelas costas, uma
morte cruel.
O atentado por si já seria forte, mas a construção do cenário dessa morte a torna
mais impactante, a menina ao correr pela rua parece estar sendo guiada por um corredor
– formado pelas casas – onde a única saída seria a morte, a sequência culmina com seus
pais lamentando a morte da menina, o desmerecimento implementado por Lewis e uma
das marcas do filme.
Último aspecto desse desmerecimento diz respeito a questão da tortura, imposta
pelos nazistas a população local. Os alemães ao tomarem conta da cidade buscam por
informações sobre a resistência, a mulher do líder do vilarejo e quem deve fornecer as
informações, nisso surgira a tortura, já que ela refutaria em fornecer o que lhe era pedido,
- Dr. Kurin: Eu sou médico.
- Soldado Nazista: Vão dar cabo dela. O braço direito e a perna direita devem
estar partidos. Deve aconselhar a sua gente a dar informação quando for
pedida.
- Dr. Kurin: Você é médico e é capaz?
- Soldado Nazista: Nesta nova ordem do mundo temos que fazer muitas coisas
que não aprovamos necessariamente. (MILESTONE, 1943, 1H 04’ 34” a 1H
04’ 52”).
Após a mulher desferir um grito de dor, o médico local tenta intervir, mas é
impedido por soldados nazistas que bloqueiam a porta, nisso surge a fala que cria toda
essa atmosfera de alemães cruéis já que parece haver satisfação naquilo que havia sido
feito com a mulher. Lewis conseguiu transpor para sua narrativa de forma clara a
representação que se tinha sobre os soldados e lideres do nazismo que eram figuras
diabólicas e que deveriam ser combatidos.
Interligado a isso surgiria o último aspecto a ser analisado no filme a valorização
ideológica para com os estadunidenses o filme apresenta três sequências de caráter
ideológico, mas sobretudo a ultima que encerra o filme irá deter nossa análise.
(MILESTONE, 1943, 1H 44’ 46” a 1H 45’ 16”).
Dois aspectos são importantes para essa sequência: os diálogos e a constituição
fílmica, principalmente a forma de filmagem dos personagens. Quando mais ideológica
as falas das personagens vão se tornando mais a câmera se aproxima de seus rostos através
de um close-up, isso surge principalmente para revelar que algo externo estava entrando
em cena no caso os princípios ideológicos dos Estados Unidos conforme os diálogos iram
referendar:
- Marina: Acabou Sra.
- Nadya Simonov: Haverá outra, um dia.
- Marina: Mas será diferente para nós. A gente não deixa as pessoas como
eram. Todos aprenderão e verão que as guerras não têm razão de ser. Faremos
desta a última guerra, tornaremos o mundo livre para os homens. A terra nos
pertence ao povo, se lutarmos por ela. E nós lutaremos. (MILESTONE, 1943,
1H 44’ 46” a 1H 45’ 16”).
Alguns pontos devem ser analisados. Em primeiro, a questão da incerteza para
com o futuro, isso em decorrência da senhora não estar acreditando em um final promissor
para a humanidade, períodos difíceis vão e voltam. Outro aspecto que dialoga com esse
primeiro e a questão do pacifismo que Lewis tenta impor, onde é notória: “que as guerras
não têm razão de ser” (MILESTONE, 1943, 1H 44’ 58”). O diretor almejava a paz a
todos. O último aspecto a ser extraído dos diálogos diz respeito à valorização ideológica,
sim ela se encontra do meio para o final da fala de Marina: “faremos desta a última guerra”
(MILESTONE, 1943, 1H 45’ 03”). Quem repassa a informação é uma personagem
soviética, todavia, a intenção de dar um fim à guerra, pertence aos Estados Unidos, uma
vez que esta nação vinha trabalhando arduamente para que esse combate chegasse ao fim,
e a eles deveriam ser atribuídos o papel de defender todos das demais guerras evitando
mergulhar o mundo novamente em um caos como o provocado pelo nazismo.
Este primeiro conjunto de palavras revela uma intenção por parte dos Estados
Unidos, o conjunto seguinte é a declaração e o compromisso com tal tarefa, isso por que:
“tornaremos o mundo livre para os homens” (MILESTONE, 1943, 1h 45’ 08”). Esse seria
o aspecto ideológico marcante do filme: os estadunidenses erguem sua principal bandeira
seja antes de conflitos ou no pós-guerra, visto que essa nação seria a escolhida há muito
tempo para guiar o mundo em busca de sua liberdade e em todos os momentos de
dificuldades ela ressurgira para levar ao cabo tal tarefa.
O filme The North Star, pode ser considerado um marco do cinema hollywoodiano
já modifica o paradigma de filmes negativos contra a União Soviética, passando agora a
uma exaltação, comedida sim, mas um grande avanço para estabelecer uma aproximação
entre Washington-Moscou.
Conclusão.
O cinema consolidou-se como uma das grandes armas ideológicas utilizados pelos
Estados modernos, isso pois a alta penetrabilidade do cinema na vida dos cidadãos
proporcionou tudo essa forma de utilização. A Segunda Guerra Mundial observou
claramente um dos grandes momentos da utilização do cinema ideológico, Hollywood
utilizaria todo o seu poderio para exaltar os estadunidenses, isso pode ser observado na
análise das duas narrativas cinematográficas anteriores.
Antes de exaltar a seu próprio povo os cinemas nacionais desmerecem sues
inimigos os filmes Hangmen Also Die! e The North Star, construíram nitidamente a visão
negativa para com os nazistas, ambos os diretores proporcionaram a utilização de imagens
fortes seja com uma senhora morta após um processo de tortura com Lang, ou com Lewis
na perseguição que uma avião realiza para com uma jovem menina terminando numa
trágica morte. Além dessa construção de mortes dramáticas os dois diretores impuseram
outras formas de desmerecimento, como a utilização de imagens do nazismo atrelado a
tons musicais de temor ou angústia. O elemento de denegrir constituiu-se como uma
forma marcante do cinema ideológico.
Mas certamente o principal elemento que preencheu os cinemas modernos foi a
valorização ideológico, os dois filmes aqui analisados constituem-se como exemplo, isso
pois em diferentes momentos das narrativas cinematográficas existem pequenos
elementos que referenciam essa prática, no filme Hangmen Also Die! dois são os
momentos que os estadunidenses são demonstrados como salvadores do globo terrestre,
bem como a sequência final de The North Star que proporciona uma nítida demonstração
que os estadunidenses seriam os verdadeiros lideres mundiais. O cinema hollywoodiano
constituiu-se como uma das mais potentes armas ideológicas já utilizadas pelos Estados
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