0
UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Pedagogia
Renata Belmiro Gomes Ferreira
Vanessa Mieko Pereira Bernardo
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA A ALFABETIZAÇÃO DOS ALUNOS DO 2º ANO DO
ENSINO FUNDAMENTAL
LINS – SP 2013
1
RENATA BELMIRO GOMES FERREIRA
VANESSA MIEKO PEREIRA BERNARDO
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA A ALFABETIZAÇÃO DOS ALUNOS DO
2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Pedagogia, sob a orientação da Profª Ma Fátima Eliana Frigatto Bozzo.
LINS – SP
2013
2
RENATA BELMIRO GOMES FERREIRA
VANESSA MIEKO PEREIRA BERNARDO
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA A ALFABETIZAÇÃO DOS ALUNOS DO
2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do titulo de Pedagogo.
Aprovada em: ____/____/____
Banca Examinadora
Profª. Orientadora: Fátima Eliana Frigatto Bozzo
Titulação: Mestre em Odontologia – saúde coletiva – na Universidade Sagrado
Coração - Bauru
Assinatura:______________________
1º Prof°. José Médice
Titulação: Mestre em Odontologia – saúde coletiva – na Universidade Sagrado
Coração - Bauru
Assinatura:______________________
2º Prof (a): Karina Fátima Gomes
Titulação: Especialista em Educação Especial – Universidade Iguaçu
Assinatura:______________________
3
DEDICATÓRIA
A vocês, que me deram a vida e me ensinaram a vivê-la com dignidade,
não basta um simples agradecimento... A vocês, que revestiram minha
existência de amor, carinho e dedicação... A vocês que abriram as
portas do meu futuro, me iluminando com a luz mais brilhante que
puderam encontrar... A vocês, dedico o meu trabalho! A vocês, que
trabalharam dobrado, sacrificando seus sonhos em favor dos meus, não
foram pais, mas amigos e companheiros! Lembro-me de suas faces
preocupadas no decorrer desses anos... De tantas orações e apoio
incondicional que me impulsionava à luta. Minha formatura é dedicada
a vocês que num tempo vivido lá longe sorriam ao meu primeiro choro e
choravam ao meu primeiro sorriso. Para vocês que sorrindo me ajudaram
a superar as minhas decepções e chorando aplaudiram as minhas
conquistas. A emoção deste momento faz com que meus olhos brilhem, faz
a minha voz engasgar e quase não conseguir dizer:
Pai! Mãe! Amo vocês!
Renata
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu esposo que sempre esteve ao meu lado e
nunca mediu esforços para me ajudar, a minha mãe, minhas irmãs e
todas as pessoas, que me deram apoio em todos os momentos, aos meus
professores que me ensinaram que nunca aprendemos tudo, que
aprendizagem é algo contínuo, que o conhecimento sempre se renova e
enfim ao meu filho Enzo razão da minha vida, amor incondicional.
Vanessa
5
AGRADECIMENTO
Agradeço em primeiro lugar a Deus, pela sua presença constante em
minha vida, tornando tudo possível. Quero agradecer também a minha
família, que de forma especial e carinhosa me deram força e coragem nos
momentos de dificuldade. A amiga e companheira Vanessa por todos os
momentos que passamos juntas, até conseguirmos concretizar nosso
objetivo. A professora e orientadora Fátima pelos incentivos e dedicação,
que tornaram possível a conclusão deste trabalho.
Muito Obrigada!
Renata
Agradeço a Deus que plantou em mim um sonho que hoje se materializa.
Obrigada, senhor por não me deixais afastar-me de teus planos para
minha vida, dando-me fé e esperança nos momentos difíceis,
conduzindo-me a seguir sempre o melhor caminho, tendo discernimento
nas escolhas realizadas. Agradeço ao meu esposo Roberto que me apoia
em todos os momentos de minha vida; ao meu filho Enzo razão de nunca
desistir e lutar sempre, para buscar realizar todos objetivos e sonhos; a
toda a minha família e pessoas que colaboraram para a realização dessa
vitória. Agradeço a minha companheira Renata que juntas podemos
realizar este trabalho e a professora orientadora Fátima que nos
6
acompanhou na a vida acadêmica e nos auxiliou durante todo o processo
para a conclusão deste trabalho. Obrigada a todos!
Vanessa
7
Não existe alguém que nunca teve um professor na vida,
assim como não há ninguém que nunca tenha tido um aluno.
Se existem analfabetos,
provavelmente não é por vontade dos professores. se existem letrados,
é porque um dia tiveram seus professores. Se existem Prêmios Nobel,
é porque alunos superaram seus professores. Se existem grandes sábios,
é porque transcenderam suas funções de professores.
Quanto mais se aprende, mais se quer ensinar. Quanto mais se ensina, mais se quer aprender.
Içami Tiba
8
RESUMO
A leitura tem um significado muito importante, principalmente na escola, pois o incentivo à leitura deve ser um dos objetivos básicos de todo sistema escolar. A rotina de leitura realizada pelo professor pode favorecer a aprendizagem do aluno de 2° ano do Ensino Fundamental, sendo assim essencial que sua prática seja realizada diariamente, para que o aluno obtenha informações e conhecimentos em todos os aspectos: cognitivo, afetivo, social e cultural, que possibilita desenvolver habilidades de reflexão, interpretação, produção e interação, favorecendo a comunicação com outros indivíduos e com o próprio meio em que está inserido. A leitura é necessária para a sua formação como cidadão integral. A pesquisa teve como objetivo verificar a importância da rotina de leitura realizada pelo professor em salas de 2° ano do Ensino Fundamental; identificar os diferentes tipos de leitura utilizados pelo professor e analisar a eficácia dos diferentes tipos de leitura no processo ensino aprendizagem dos alunos. Através da rotina de leitura o aluno começa a assimilar o som a escrita, o que favorece e auxilia o início de todo o processo da alfabetização, pois quanto maior o hábito de leitura, mais informações em conhecimentos prévios ele adquire, possibilitando uma melhor aptidão para a leitura e escrita. A metodologia utilizada na pesquisa foi levantamento bibliográfico, entrevista com professores regentes em sala de 2° ano, pesquisa exploratória e análise do questionário. No início do processo da alfabetização, é necessário que o professor utilize diferentes tipos de recursos, destacando a importância da diversidade de gêneros literários para a alfabetização. Os resultados obtidos através da pesquisa foi que a rotina de leitura é essencial no processo ensino aprendizagem. A leitura dos diferentes tipos de gêneros literários amplia o repertório do aluno, estimulando a imaginação, criatividade e o interesse pelo hábito de ler. Assim sendo, a leitura e a escrita devem ser trabalhadas de maneira significativa em que a criança compreenda o seu verdadeiro sentido. A pesquisa realizada tem como finalidade contribuir e auxiliar os docentes no trabalho de leitura para sala de aula, de forma a aumentar o gosto pela leitura dos alunos durante o processo de alfabetização. Com a coleta de dados foi possível perceber professores realizam rotina de leitura com diversos gêneros, utilizam diferentes estratégias para que a leitura seja realizada de maneira eficaz e prazerosa.
Palavras-chave: A Importância da Leitura. Alfabetização. Leitura Realizada pelo
Professor.
9
ABSTRACT
Reading has a very important meaning, especially at school, because the reading incentive should be one of the basic goals of every school system. The reading routine performed by the teacher can facilitate student learning of the 2nd grade of elementary school, so it is essential that your practice is held daily, because the student will obtain information and knowledge in all aspects from the cognitive, affective, social and cultural, that enables you to develop skills of reflection, interpretation, production and interaction, favoring communication with other individuals and with the environment in which it is inserted. Reading is necessary for their integral formation as citizens. The research aims to verify the importance of reading routine in classroom performed by the teacher for the 2nd grade of elementary school; identify the different types of reading used by the teacher and analyze the effectiveness of different types of reading in the learning process of students. Through reading routine the student begins to assimilate the sound to writing, which fosters and supports the beginning of the whole process of literacy, the more reading habits a student get, more information on previous knowledge he acquires during the reading process, enabling better collaboration in performing work of reading and writing . The methodology used in this research was a bibliographical survey, interview with 2nd grade school teachers, exploratory research and analysis of the questionnaire. Early in the process of literacy, it is necessary for the teacher to use different types of resources, highlighting the importance of the diversity of literary genres for literacy. The result obtained from the survey was that the reading routine is essential in the learning process. The reading of different types of literary genres broadens the entire student's repertoire, stimulating the imagination, creativity and interest in the habit of reading, so reading and writing should be worked on in a significant way that the child understands their true meaning. The research aims to contribute and assist the teachers in the work of reading in the classroom in order to increase the reading habit of the students during the literacy process. We conclude that after the data collection carried out by teachers reading routine with different types of genres and using different strategies for the reading to be performed effectively and pleasurable.
Keywords: The Importance of Reading. Literacy. Reading performed by Professor.
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: A Leitura....................................................................... 16
Figura 2: Escrita Pictográfica....................................................... 20
Figura 3: Alfabeto Cuneiforme..................................................... 20
Figura 4: Evolução dos Hieróglifos.............................................. 21
Figura 5: Sistema de Escrita Glifos Maias................................... 21
Figura 6: Escrita em Ossos......................................................... 22
Figura 7: Tipos de Leitura............................................................ 27
Figura 8: Contos de Fadas.......................................................... 29
Figura 9: História em Quadrinho.................................................. 32
Figura 10: Parlenda....................................................................... 33
Figura 11: Leitura não-verbal – Semáforo..................................... 36
Figura 12: A Pesquisa................................................................... 38
Figura 13: Resposta da pergunta nº. 1 dos professores............... 40
Figura 14: Resposta da pergunta nº. 2 dos professores............... 41
Figura 15: Resposta da pergunta nº. 3 dos professores............... 42
Figura 16: Resposta da pergunta nº. 4 dos professores............... 44
Figura 17: Resposta da pergunta nº. 5 dos professores............... 45
Figura 18: Resposta da pergunta nº. 6 dos professores............... 47
Figura 19: Resposta da pergunta nº. 7 dos professores............... 48
Figura 20: Resposta da pergunta nº. 8 dos professores............... 49
Figura 21: Resposta da pergunta nº. 9 dos professores............... 51
Figura 22: Resposta da pergunta nº. 10 dos professores............. 52
11
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Respostas nº 1 dos professores................................... 61
Tabela 2: Respostas nº 2 dos professores................................... 61
Tabela 3: Respostas nº 3 dos professores................................... 61
Tabela 4: Respostas nº 4 dos professores................................... 61
Tabela 5: Respostas nº 5 dos professores................................... 61
Tabela 6: Respostas nº 6 dos professores................................... 61
Tabela 7: Respostas nº 7 dos professores................................... 61
Tabela 8: Respostas nº 8 dos professores................................... 62
Tabela 9: Respostas nº 9 dos professores................................... 62
Tabela 10: Respostas nº 10 dos professores................................. 62
12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
MEC Ministério da Educação e Cultura
PCN Parâmetros Curriculares Nacionais
13
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................
14
CAPÍTULO I – A LEITURA......................................................................... 17 1 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA....................................................... 17 2 A HISTÓRIA DA LEITURA............................................................... 19 3 ALFABETIZAÇÃO.............................................................................
22
CAPÍTULO II – TIPOS DE LEITURA.......................................................... 28 1 A IMPORTÂNCIA DA DIVERSIDADE DE GÊNEROS
LITERÁRIOS PARA ALFABETIZAÇÃO.......................................... 28
1.1 Conto de Fadas................................................................................. 29
1.2 Histórias em Quadrinhos................................................................... 32
1.3 Parlendas........................................................................................... 33
1.4 Receitas Culinárias............................................................................ 34
1.5 Texto Não-Verbal..............................................................................
36
CAPÍTULO III – A PESQUISA..................................................................... 39 1 METODOLOGIA................................................................................
39
CONCLUSÃO.............................................................................................. 54 REFERÊNCIAS........................................................................................... 56 APÊNDICES................................................................................................ 58
14
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por finalidade avaliar a importância da leitura
realizada pelo professor e quanto ela favorece a alfabetização das crianças nos
anos iniciais e a influenciar que exerce no processo e aprendizagem do aluno
de 2° ano do Ensino Fundamental. Tendo como objetivos verificar a
importância da leitura para aprendizagem do aluno do 2° ano do Ensino
Fundamental; identificar os diferentes tipos de leitura que o professor utiliza
com os alunos do 2° ano do Ensino Fundamental e analisar a eficácia dos
diferentes tipos de leitura no processo ensino aprendizagem dos alunos de 2°
anos do Ensino Fundamental.
Para a realização do trabalho foram utilizados os seguintes recursos:
levantamento bibliográfico, entrevistas com professores regentes de sala de 2°
ano do Ensino Fundamental, pesquisa exploratória e análise do questionário
qualitativamente.
A entrevista foi realizada através de um questionário, onde constavam
perguntas relacionadas à leitura, sua importância e como os diferentes tipos de
leitura podem contribuir para a alfabetização.
Para realizar o levantamento bibliográfico foram utilizados livros, artigos
científicos, monografias e textos digitais.
A pesquisa foi realizada a partir do método de abordagem hipotético
dedutivo, onde acontecerá a confirmação da hipótese e do método de
procedimentos monográficos, a fim de obter a generalização dos resultados.
Além da obtenção de dados estatísticos e análise qualitativa.
Para a realização do questionário foram entrevistados professores da
rede municipal e estadual de ensino atuante em salas de 2° ano do Ensino
Fundamental.
No 1° capitulo, “A Leitura”, foi descrito a importância da leitura para a
alfabetização das crianças do 2° ano do Ensino Fundamental, a história da
leitura e o processo de alfabetização.
No 2° capítulo, “Tipos de Leitura”, foram abordados os tipos de leitura e
a importância da diversidade de gêneros literários para a alfabetização de
crianças do 2° ano do Ensino Fundamental, tais como: contos de fadas,
histórias em quadrinhos, parlendas, receitas culinárias e texto não verbal.
15
No 3° capítulo, “A Pesquisa”, consiste na pesquisa de campo, onde foi
realizado um questionários com professores regentes de sala de 2° ano do
Ensino Fundamental, com o propósito de analisar as metodologias utilizadas
para alfabetizar, qual a importância da leitura, os tipos de leituras, a frequência
da leitura, o papel da escola e do professor na formação do leitor, a importância
de ensinar estratégias para os alunos, qual a importância da leitura na vida do
aluno, como a leitura influencia no processo ensino aprendizagem e como deve
ser o ambiente para a realização da leitura.
Este trabalho pretende contribuir para a alfabetização dos alunos do 2°
anos do Ensino Fundamental, através de rotinas de leituras realizadas pelo
professor, possibilitando a formação de novos leitores, críticos e ativos, seja
por simples prazer ou até mesmo para suprir as necessidades diárias e
favorecer os conhecimentos diversos.
16
A Leitura Figura 1: A leitura
Fonte: www.google.com.br/search?
A leitura é um dos meios mais importantes na escola para a consecução de novas aprendizagens. (SOLÉ, ano 1998, p. 36)
17
CAPÍTULO I A LEITURA
1 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA
A leitura é um meio de informação que serve de instrumento de pesquisa
e estudo, pode ser uma forma de prazer estético, proporcionada através de
textos literários. Na realização da leitura de textos literários o leitor é como um
sujeito no qual participa do processo de criação, passando a construir e
produzir textos. Proporcionando a criação de textos que aumentam a
criatividade, ativando o seu imaginário, o texto literário pode revelar a realidade
social e desmascarar na ficção a mentira do real. Trabalhar com textos
literários estabelece relações ao gênero textuais, tendo como objetivos
propostos alcançar e estabelecer sua importância.
Não é possível estimular a leitura e cativar novos leitores se não acreditar nas vantagens de se ler. Se a leitura não for vista como um ato permanente de enamoramento com conhecimento, o prazer da convivência com ela sem dúvida, será de uma sociedade não leitora. (SANTOS, 2013, p.1).
A leitura é a capacidade que se possui em perceber e interpretar os
sinais gráficos, de maneira que se consegue entender o sentido do texto em
um todo. Primeiro aprende-se a ler, para depois conseguir obter o sentido das
palavras e compreender o significado do texto.
A leitura é essencial para a aprendizagem da criança, através da leitura
a criança consegue desenvolver-se cognitivamente, aprimorar seus
conhecimentos, ampliando as percepções do mundo, assim conseguindo uma
melhor integração com o meio.
Desde os primeiros anos de vida, a criança já convive com a leitura
indiretamente, pois o mundo que a cerca possui grande quantidade de
estímulos de leituras, que influenciam diretamente no processo de ensino
aprendizagem, assim desenvolvendo as capacidades de compreensão de
mundo.
Conforme Lajolo (apud NASCIMENTO, 2012, p.1) “Ninguém nasce
sabendo ler: aprende-se a ler à medida que se vive. Se ler livros geralmente se
18
aprende em bancos da escola, outras leituras geralmente se aprendem por ai,
na chamada escola da vida [...] “.
O trabalho de leitura deve ser iniciado já nos primeiros anos das séries
iniciais, na escola, através das leituras realizadas diariamente pelos
professores, com o propósito de desenvolver as habilidades literárias das
crianças. Em casa, com a participação da família, deve ser dada continuidade
no trabalho de leitura, assim contribuindo para a formação de um aluno leitor.
Leitura é, basicamente, o ato de perceber e atribuir significados através de uma conjunção de fatores pessoais com o momento e o lugar, com as circunstâncias. Ler é interpretar uma percepção sob as influencias de um determinado contexto. Esse processo leva o individuo a uma compreensão particular da realidade. (SOUZA apud NASCIMENTO, 2012, p.1).
O papel do professor é fornecer diferentes maneiras de aprendizagens
literárias, atividades que envolvam leitura e escrita, de maneira que ocorra uma
compreensão do uso social da leitura. O professor pode desenvolver atividades
diárias, propondo uma rotina de leitura, realizada pelo professor, possibilitando
aos alunos uma maior interação da leitura realizada pelo outro. Envolvendo o
ato de contar histórias usando diversas estratégias, desenvolvendo no aluno a
imaginação e proporcionando assim alegria e gosto em ouvir histórias e
consequentemente o interesse e prazer em ler.
O ato de ouvi-las proporciona a aprendizagem diversa, como, por exemplo, a formação da linguagem oral, a aquisição de novos vocabulários, a estimulação do imaginário, a ordenação e organização do pensamento, através das sequências narrativas. Também estimula o pensamento e a memória, gera hipóteses e perguntas, incentiva a leitura e o cuidado com os livros e amplia o conhecimento cultural. (MARTINELLI apud MATTOS, PIRES, 2011, p. 37)
A escola deve disponibilizar a todos os alunos momentos para
realização de leitura, proporcionando um ambiente agradável e aconchegante,
no qual o aluno sinta prazer na realização na prática da leitura e que o objetivo
principal do ato de ler seja que o aluno realmente aprenda o verdadeiro
significado de ler.
Para que a leitura seja significativa o aluno necessita passar por
processos de aprendizagem para sua compreensão. Aprender a ler envolve
também a parte escrita, pois leitura e escrita são indissociáveis. Para Smith
(1999), a leitura inicia logo ao primeiro contato com a escrita e a leitura
19
consecutiva torna o leitor cada vez mais dotado desse aprendizado.
A leitura se torna então imprescindível a todos os seres humanos, pois
proporciona grande autonomia para se viver no mundo letrado, assumindo uma
postura crítica. [...] Aprender a ler é uma atividade que dá prazer. O que estimula as crianças a ler e, com isso aprender a ler, não é uma promessa de satisfação no futuro, ou uma “recompensa intrínseca” como elogios, boas notas, um tratamento especial ou evitar alguma punição, mas ser capaz de ler. (SMITH apud MATTOS, PIRES, 2011, p.38)
O ato da leitura requer uma série de reflexão envolvendo aspectos
interdisciplinares, os professores devem se orientar e saber a melhor maneira
de sustentar novas propostas pedagógicas, pois a cada dia as crianças estão
se distanciando da prática da leitura. As bibliotecas acabam se tornando um
espaço não frequentado, por falta de alunos leitores e que a televisão e o
avanço das novas tecnologias acabam distanciando o contato com livros.
A escola é a fonte fundamental para se adquirir o hábito da leitura e
consequentemente a formação de um aluno leitor, mesmo possuindo suas
limitações, a escola deve procurar maneiras para possibilitar ao educando
acesso a todos os tipos de leitura e formas de aprendizagem, para a formação
de um cidadão ativo na sociedade em que se vive.
Os bons livros para os jovens leitores correspondem às necessidades internas de modelos e ideias, de amor, segurança e autoafirmação. Os livros ajudam-nos a dominar os problemas éticos, morais e sócio-políticos da vida, proporcionando-lhes casos exemplares, auxiliando o leitor a formular perguntas e a responder a elas (e a pergunta é uma forma básica de confrontação intelectual por si mesmo). Os livros para jovens leitores nos assistem na tarefa de atingir nossa meta educacional de desenvolver a personalidade de secundar os jovens a estabelecer um conceito global do mundo. (BAMBERGER, 1977, p. 13 e 14).
Saber ler nada mais é do que abrir as portas para se entender o mundo,
saber ler é poder dar sentido ao mundo. 2 A HISTÓRIA DA LEITURA Há cerca de 40.000 anos atrás o homem pintava nas paredes das
cavernas símbolos que eram usados para representar objetos e conceitos por
meios de desenhos figurativos, o que se denominava pictografia, que
representava a forma de escrita de suas ideias e seus objetivos transmitidos
através dos desenhos.
20
A escrita é, portanto, uma invenção decisiva para a história da humanidade. Ela é a representação do pensamento e da linguagem humana por meio de símbolos. Um meio durável e privilegiado de comunicação entre as pessoas. Por meio de registros escritos há milhares de anos, ficamos sabendo como era a vida e a organização social de povos que viveram muito antes de nós. A invenção não surgiu por acaso, mas como consequência das mudanças profundas nas sociedades durante o período do surgimento das primeiras cidades. (COLONESE, 2013, p. 1)
Figura 2 - pictografia
Fonte - http://www.google.com.br/imgres?imgur
Foram desenvolvidos quatro sistemas de escritas, por quatros povos
diferentes, Mesopotâmia, Egito, China e América Central.
Na Mesopotâmia, os Sumérios, os povos que viviam no local naquela
época, desenvolveram a escrita Cuneiforme, que era realizada através de uma
cunha e eram registrados os símbolos em placas de cerâmicas.
Figura 3 – alfabeto cuneiforme
Fonte: http://historiaecoisaetal.blogspot.com.br/2011/07/traducao-do-alfabeto-cuneiforme.html
21
No Egito foi criado os Hieróglifos, escritas das pirâmides, que eram
destinadas aos escribas, já que eles ocupavam uma posição de destaque por
ser o elo entre o faraó, funcionários do governo, sacerdotes e o povo.
Figura 4 - evolução de alguns hieróglifos ao longo dos séculos
Fonte: http://hieroglifos.com.sapo.pt/historia.htm
Até meados da Idade Média as pessoas comuns não aprendiam a ler e
escrever, essa ideia só foi modificada a partir do século XIX.
Na América Central, os Maias e os Astecas possuíam seus próprios
sistemas de escritas, nahatl, exemplo de escrita da época. Na invasão dos
Europeus seus documentos escritos foram destruídos, o que até os dias de
hoje, não foram decifrado pelos estudiosos.
Figura 5 – Glifos maias em estuque no museu de Palenque, México
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Escrita_maia
22
Os chineses foram responsáveis pela invenção do papel. Anteriormente
muitos outros objetos já tinham sido usados para registrar a escrita, como as
placas de barro, madeira, metal, ossos e até bambu. Um pouco mais tarde a
escrita passou a ser realizada em papiro, uma espécie de papel mais fibroso, e
pergaminho, era obtido a partir do couro curtido, eram armazenados em rolos e
podiam ser lavados e lixados para apagar o texto e assim sendo reutilizado.
Figura 6 – escrita em ossos
Fonte: http://portuguese.cri.cn/chinaabc/chapter14/chapter140507.htm
No século XVI o Brasil foi ocupado pelos Índios, esta época foi marcada
pelo mercantilismo, por isso sua intenção era entrar no capitalismo decorrente
da revolução francesa. Esse fenômeno impedia a sociedade a se atualizar o
que acabou refletindo na leitura, colocando o sistema literário em
desvantagem. A literatura está voltada ao capitalismo, dado que apareceu em
contextos burgueses.
Naquela época o projeto educativo do país era voltado para a
catequização dos índios pelos jesuítas. O ensino aos indígenas recebia pouca
atenção, principalmente pelas más condições econômicas que o país
enfrentava. “[...] inexistia um sistema escolar exclusivo para eles, que ou
assistiam às ligações dos jesuítas ou permaneciam analfabetos, aprendendo
eventualmente a ler e contar com particulares [...]“ (LAJOLO; ZILBERMAN,
1991, p.28).
3 ALFABETIZAÇÃO
23
Em meados de 1979, houve uma proposta de que a escolarização de
todas as crianças ocorresse em torno de 8 a 10 anos, assim cessando o
analfabetismo, melhorando e ampliando a qualidade e eficiência do sistema
educativo. Porém na década de 80 ocorreu uma crise econômica no país,
provocando uma forte redução de gastos públicos na educação.
Em 1990, passa a ser a década da alfabetização, o governo passa a
investir na educação básica, e também é firmado a Declaração Mundial sobre
Educação para Todos. Segundo Ferreiro, 1999, p.9 “A mais básica de todas as
necessidades de aprendizagem continua sendo a alfabetização.”
Falar em alfabetização envolve dois discursos, o discurso oficial e o
discurso denúncia, onde o oficial fala da quantidade de crianças matriculadas,
e a denúncia fala de classes superlotadas, professores mal pagos e poucas
horas de permanência na escola. Quando o discurso oficial fala da necessidade de eliminar o analfabetismo, a denúncia diz que o que se quer na realidade e só melhorar as estatística pra ficar em melhor condição nas reuniões internacionais, porém, sem atacar as causas que fomentam a reprodução de analfabetos. (FERREIRO, 1999, p.10).
Os objetivos da alfabetização inicial se definem de forma em geral nos
planos e programas, de uma maneira contraditória a prática cotidiana e através
de exercícios propostos para aprendizagem, é comum registrar as introduções
desses planos, manuais que possibilita à criança alcançar o prazer da leitura,
sendo capaz de se expressar por escrito. Há crianças que chegam à escola sabendo que a escrita serve para escrever coisas inteligentes, divertidas ou importantes. Essas são as que terminam de alfabetizar-se na escola, mas começaram a alfabetizar muito antes, através da possibilidade de entrar em contato, de interagir com a língua escrita. Há outras crianças que necessitam da escola para apropriar-se da escrita. (FERREIRO, 1999, p.23)
As antigas práticas convencionais nos levam a pensar sobre a
expressão escrita como formas estereotipadas, na qual a escrita era praticada
fora de um contexto, sem nenhuma função comunicativa real, não preservando
a informação. O prazer da leitura privilegia um único tipo de texto, a narrativa
ou a narrativa de ficção, esquecendo que uma das principais funções da leitura
no decorrer da escolaridade nada mais é do que a obtenção de informações a
partir de textos escritos. Mesmo para a criança que sabe ler, muitas vezes essa
leitura parece estar dissociada da leitura correspondente às aulas de língua.
24
A escola com práticas antigas não fornece em seus programas de
alfabetização a possibilidade da criança compreender as funções da língua
escrita na sociedade. As crianças que desde cedo vivenciam práticas
alfabetizadoras, onde ler e escrever são atividades cotidianas, recebem
informações através das participações de atos sociais, onde a linguagem
cumpre funções precisas, a qual passa a perceber que essas informações
sobre as funções da língua escrita servem para estabelecer comunicações
entre o objeto e a mensagem escrita. Essa informação que uma criança que cresce em um ambiente alfabetizado recebe cotidianamente é inacessível para aqueles que crescem em lares com níveis de alfabetização baixo ou nulos. Isso é o que a escola “dá por sabido”, ocultando assim sistematicamente aqueles que mais necessitam para que serve a língua escrita. E, ao ocultar essa informação discrimina, porque é impossível obter esta informação fora dos atos sociais que a convertem em funcional. Na maioria das escolas se apresenta a escrita como um “objeto em si”, importante dentro da escola, já que regula a promoção ao ano escolar seguinte, e também importante “para quando crescer”, sem que se saiba na realidade de que maneira esses “saber fazer” estará ligada a vida adulta [...] (FERREIRO, 1999, p. 20)
A partir da década de 80, ocorre o processo as desinvenção da
alfabetização, com a chegada de novos métodos e perspectivas teóricas, que
questionavam os velhos métodos de alfabetização, os educadores
questionaram e passaram a negar o uso de tais métodos, apostando numa
alfabetização sem metodologias, sem um plano de atividades com propostas
de ensinar o sistema de escrita alfabética.
Atualmente falar em alfabetização se tornou um tema muito discutido,
com relação aos métodos tradicionais de alfabetização e as atuais práticas de
métodos construtivistas.
Em qualquer método de ensino aprendizagem, ou seja, por trás de
qualquer método de ensino de alfabetização, existe uma teoria sobre o objeto
de conhecimento que será aprendido, desde como se ensina a escrita
alfabética, como se ensina a prática de leitura, ou melhor, dizendo sobre como
os indivíduos o aprendem, como ocorre o processo de aquisição de
conhecimentos do indivíduo.
Nos métodos tradicionais, o professor transmite os conhecimentos aos
alunos. Alguns professores não estão totalmente preparados e capacitados
para compreender as dificuldades em que a criança encontra para entender o
25
verdadeiro sentido da leitura e escrita. Utilizam práticas de aprendizagem
baseadas na junção de sílabas simples, memorização de sons e cópias,
tornando a criança um expectador passivo ou receptor mecânico não
possibilitando o processo de construção de conhecimento.
A leitura e a escrita são sistemas construídos paulatinamente. As primeiras escritas feitas pelos educandos no inicio da aprendizagem devem ser consideradas como produções de grande valor, porque de alguma forma os seus esforços foram colocados nos papéis para representar algo. (DUARTE E ROSSI, 2008, p. 1 e 2)
Os métodos tradicionais de alfabetização obtêm uma teoria única e
comum, de conhecimento subjacente, no qual se tem uma visão empirista,
associacionista de aprendizagem, nesta perspectiva, o aprendiz adquire os
conhecimentos, recebendo informações prontas do meio.
O método construtivista se constitui pela interação do indivíduo com o
meio físico e social. Segundo Ferreiro (1996) o desenvolvimento da
alfabetização ocorre sem dúvida, em um ambiente social. Mas as práticas
sociais, assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente
pelas crianças. O aprendiz não pode ser considerado apenas como uma tábula
rasa, que adquire novos conhecimentos recebendo informações prontas do
exterior, mas a aprendizagem é vista como um processo de acumulação das
informações, recebidas do exterior de maneira em que o aprendiz possa
reconstruir esquemas ou modos de pensar, para poder compreender os
conteúdos que lhes transmitam de forma significativa.
O método construtivista trouxe grandes contribuições e grandes
desafios, ao substituir os métodos tradicionais de educação, no qual ficou
conhecida no mundo inteiro como Teoria da Psicogênese da Escrita.
De acordo com a Teoria da Psicogênese da Língua Escrita, toda criança
passa por quatro fases até que esteja alfabetizada. (MORAIS, 2012)
Segundo Morais (2012, p. 54) “Na fase pré-silábica a criança ainda não
descobriu que a escrita, nota ou registra no papel a pauta sonora, isto é, a
sequência de pedaços que falamos.”
Nesta fase, a criança não compreende que a escrita representa a fala,
ela ainda não consegue distinguir desenhos de escritas, assim misturando
símbolos e letras.
26
Segundo Morais (2012, p. 57) “na fase-silábica: a criança pronuncia a
palavra dividindo-a em sílabas e busca corresponder às letras ou marcas,
colocadas no papel, aos segmentos orais.”
Nessa fase, a criança começa dividir as palavras em sílabas, associando
o valor sonoro a letra escrita.
Segundo Moraes (2012, p. 62) “na fase silábico-alfabética a criança que
já descobriu que a escrita alfabética nota, em lugar de achar que escreve
colocando uma letra para cada sílaba descobre que é preciso por mais letras.”
A criança começa atribuir o número de letras adequado para cada
sílaba, formando a palavra, ou seja, começa associar os sons das sílabas que
formam a palavra.
Segundo Morais (2012 p. 64) “na fase alfabética: a criança coloca uma
letra para cada fonema que pronuncia.”
Nesta fase, a criança ainda comete muitos erros ortográficos, mas já
está apta para realizar leituras e produzir textos. O domínio da escrita alfabética, portanto, implica não só o conhecimento e o uso “cuidadoso” dos valores sonoros que cada letra pode assumir, no processo de notação, mas o desenvolvimento de autoritarismos e agilidades nos processos de “tradução do oral em escrito” (no ato de escrever) e de “tradução do escrito em oral” (no ato de ler). (MORAIS, 2012, p.. 66).
Ferreiro (1999, p. 47) afirma que “a alfabetização não é um estado ao
qual se chega, mas um processo cujo início é na maioria dos casos anterior a
escola é que não termina ao finalizar a escola primária”.
A criança necessita compreender a significação que a escrita tem em
seu dia a dia e suas funções, possibilitando solucionar os problemas de como
se escreve e para que escrever.
27
Tipos de leituras Figura 7: tipos de leitura
Fonte: www.google.com.br/search?
Quanto mais uma pessoa sabe,
mais descobre existir algo que ela gostaria de
saber. Portanto, a sabedoria é um
contínuo aprender.
(TIBA, ano 1998, p.42 )
28
CAPÍTULO II
TIPOS DE LEITURAS
1 A IMPORTÂNCIA DA DIVERSIDADE DE GÊNEROS LITERÁRIOS PARA ALFABETIZAÇÃO
A leitura é considerada um instrumento de grande importância para a
aquisição dos conhecimentos do indivíduo, pois, desenvolve a criatividade e
linguagem, amplia o vocabulário e compreensão de texto e deve ser
introduzida desde a infância, tornando-se um hábito prazeroso ao leitor.
É durante todo o processo de alfabetização, no qual a criança descobre
este novo e fascinante mundo, considerado mundo das letras, despertando
assim o interesse e a imaginação da criança. Para interessar e motivar as
crianças a vencer os diversos desafios de leitura e escrita, os professores além
de utilizar os materiais didáticos e atividades padronizadas, podem utilizar
atividades complementares auxiliando-os nos conteúdos pedagógicos e
despertando um interesse ainda maior durante todo o processo de
aprendizagem da criança.
A literatura oferece uma fonte variada para trabalhar diferentes gêneros,
utilizando diversas técnicas e abordagens. Podem ser utilizados diferentes
tipos de leitura, desde contos de fadas, gibis, revistas, jornais, livros dentre
outros materiais, o mais importante é estar adequando o material,
proporcionado às crianças, a melhor maneira de entrar em contato diretamente
e indiretamente com esse mundo da leitura, atividades diversificadas,
interessantes e agradáveis a cada faixa etária estimulando a imaginação,
criatividades e interesse.
A única forma de alfabetizar é ver a leitura e a escrita como práticas sociais. Ensinadas de formas soltas, as letras, as palavras e as normas gramaticais não servem para formar leitores e escritores. Essas coisas apenas têm sentido quando estão incluídas em situações de leitura e escrita. (KAUFMAN, 2009, p. 10).
Trabalhar com as crianças a leitura e escrita de maneira significativa, em
que o ato, seja trabalhado numa perspectiva em que a criança possa
compreender o verdadeiro sentido do texto.
29
É necessário desde cedo promover e possibilitar o contato das crianças
com a leitura, até mesmo quando essas não sabem ler, sendo fundamental que
os professores forneçam situações em que os textos estejam contextualizados,
possibilitando assim, aos alunos criarem estratégias de leitura. O professor
deve estimular os alunos sempre, proporcionando textos com imagens, contos
ilustrados, histórias em quadrinhos, no qual as crianças antecipam o que está
escrito em função das figuras, já executando assim uma leitura prévia.
Segundo Kaufman (2009, p. 12,) “o professor deve ensinar, ler e
escrever com as crianças, propor situações de leitura e escrita e dar
informações, sempre”.
O professor deve planejar com antecedência e constantemente as
atividades de leitura e escrita, mantendo-se atualizado, inovando-se com as
novas pesquisas didáticas, e propondo novas estratégias de ensino.
Dentre os diversos tipos de leitura que favorecem para a alfabetização
do aluno de 2° ano do Ensino Fundamental, pode ser citados como referenciais
diferentes tipos de gêneros textuais.
1.1Conto de fadas
Figura 8: contos de fadas
Fonte: https://www.google.com.br/search?q=contos+de+fadas
30
Ouvir histórias é de suma importância para a formação de todas as
crianças. Escutá-las é essencial para a aprendizagem, proporcionando um
mundo de descobertas e compreensão, despertando sorrisos e gargalhadas,
fazendo com que a criança seja mais um personagem de cada história, sendo
assim um momento único de muita brincadeira e aprendizagem.
O conto explora o imaginário, aguçando a curiosidade da criança,
estimulando o querer estar em contato com os livros, ouvir os contos de fadas,
apreciar as imagens, despertando o fascinante mundo da leitura.
A Princesa e a Ervilha Adaptado do conto de Hans Christian Andersen Era uma vez um príncipe que queria se casar com uma princesa, mas uma princesa de verdade, de sangue real mesmo. Viajou pelo mundo inteiro, à procura da princesa dos seus sonhos, mas todas as que encontravam tinham algum defeito. Não é que faltassem princesas, não: havia de sobra, mas a dificuldade era saber se realmente eram de sangue real. E o príncipe retornou ao seu castelo, muito triste e desiludido, pois queria muito casar com uma princesa de verdade. Uma noite desabou uma tempestade medonha. Chovia desabaladamente, com trovoadas, raios, relâmpagos. Um espetáculo tremendo! De repente bateram à porta do castelo, e o rei em pessoa foi atender, pois os criados estavam ocupados enxugando as salas cujas janelas foram abertas pela tempestade. Era uma moça, que dizia ser uma princesa. Mas estava encharcada de tal maneira, os cabelos escorrendo, as roupas grudadas ao corpo, os sapatos quase desmanchando... que era difícil acreditar que fosse realmente uma princesa real. A moça tanto afirmou que era uma princesa que a rainha pensou numa forma de provar se o que ela dizia era verdade. Ordenou que sua criada de confiança empilhasse vinte colchões no quarto de hóspedes e colocou sob eles uma ervilha. Aquela seria a cama da “princesa”. A moça estranhou a altura da cama, mas conseguiu, com a ajuda de uma escada, se deitar. No dia seguinte, a rainha perguntou como ela havia dormido. — Oh! Não consegui dormir — respondeu a moça, — havia algo duro na minha cama, e me deixou até manchas roxas no corpo! O rei, a rainha e o príncipe se olharam com surpresa. A moça era realmente uma princesa! Só mesmo uma princesa verdadeira teria pele tão sensível para sentir um grão de ervilha sob vinte colchões!!! O príncipe casou com a princesa, feliz da vida, e a ervilha foi enviada para um museu, e ainda deve estar por lá... Acredite se quiser, mas esta história realmente aconteceu! https://www.google.com.br/search?q=contos+de+fadas
31
Os adultos visam os contos, como fonte de entretenimento ou distração,
já as crianças sempre demonstram interesse especial, independentemente da
classe social a que pertence, uma vez que os contos favorecem a aquisição da
leitura e da escrita.
Existe uma grande diferença entre a história contada e a história lida, na
qual a história lida apresenta uma linguagem escrita o que acaba acarretando
uma melhor aparência do texto. Ao ouvir a história a criança amplia sua visão
da linguagem escrita, o que não se limita apenas em marcas gráficas, gêneros,
estrutura textual, funções, formas e recursos linguísticos. Segundo Vieira,
(2013), ouvindo os contos a criança aprende pela experiência a satisfação que
uma história provoca; aprende a estrutura da história, passando a ter
consideração pela unidade e sequência do texto.
O meio proporciona ao indivíduo estímulos que favorecem a
aprendizagem, principalmente quando se trata da linguagem. De acordo com o
grupo que a criança participa, socialmente falando, ela terá um melhor
desenvolvimento, proporcionado uma verbalização de qualidade.
A leitura de contos de fadas, realizada pelo professor, proporciona à
criança momentos de interação com a leitura, possibilitando conhecer
diferentes formas de pensar e agir.
O professor pode resgatar o repertório de contos que as crianças ouvem
ao longo da vida, já que os contos são fontes de informações sobre as diversas
formas culturais. Ter acesso à boa literatura é dispor de uma informação cultural que alimenta a imaginação e desperta o prazer pela leitura. A intenção de fazer com que as crianças, desde cedo, apreciem o momento de sentar para ouvir histórias exige que o professor, como leitor, preocupe-se em lê-la com interesse, criando um ambiente agradável e convidativo a escuta atento, mobilizando a expectativa das crianças, permitindo que elas olhem o texto e as ilustrações enquanto a história é lida. (BRASIL, 1998, p.144)
A partir da leitura realizada em sala de aula pelo professor, a criança
adquire o gosto pela leitura passando a escrever melhor, obtendo um repertório
amplo de informações, possibilitando formar questões próprias, buscar
respostas, imaginar soluções, formular explicações e interpretar o mundo.
O professor precisa se conscientizar que a literatura em sala de aula não
é apenas objeto de aprendizagem para o aluno, mas sim de aquisição de
novas habilidades.
32
1.2 Histórias em Quadrinhos
Figura 9: História em quadrinho
Fonte: http://www.jogosdaturmadamonica.net/o-jogo-da-corda/
As histórias em quadrinhos oferecem à criança grande interesse em
praticar a leitura, não somente pelo simples fato de ser um tipo de leitura fácil,
33
mas porque atende o processo de comunicação facilmente, passando a diverti-
la.
Através das imagens a criança consegue compreender melhor o texto,
pois não ocorre apenas a leitura das palavras, mas passam a atribuir sentido
as figuras, bem como o contexto que as envolve.
A grande estratégia das histórias em quadrinhos é mesclar imagens e
textos, o que acaba contribuindo significativamente para a alfabetização. A
imagem deve ser vista como objeto central para a aprendizagem, pois ela
favorece a compreensão do texto, uma vez que as crianças não leem somente
as palavras, mas sim o quadrinho como um todo, dando uma sequencia de
ideias, favorecendo a interpretação.
De acordo com as orientações feitas pelo Ministério da Educação e
Cultura (MEC), através dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), é
altamente sugerido o uso de gibis como conteúdos disciplinares dos anos
iniciais, tornando-se um recurso pedagógico.
As histórias em quadrinhos por ser um recurso de alta qualidade para
alfabetização, seu uso é indispensável em sala de aula, onde o professor pode
explorar seu conteúdo, realizando leitura diária, estimulando a habilidade de
interpretação, aguçando a imaginação, despertando o prazer pela leitura e
favorecendo a escrita.
A partir das histórias em quadrinhos o aluno estabelece a leitura correta
através da entonação indicada pelos sinais de pontuação e sua função em um
diálogo, associam as palavras onomatopeias aos sons produzidos (toque-
toque, zum-zum).
1.3 Parlendas
Figura 10: Parlenda
Fonte: https://www.google.com.br/search?q=parlenda
34
As parlendas são pequenos versos de rimas infantis, está presente na
infância e na cultura das crianças, seja ela em ambiente escolar e doméstico.
Por ser um tipo de gênero oral, é usado no cotidiano trazendo momentos de
diversão, pois apresenta sons agradáveis, tornando fácil a memorização. A
partir daí pode-se dizer que a parlenda é uma excelente ferramenta utilizada
pelo professor no processo ensino aprendizagem. A mesma deve ser bem
empregada, tornando desafiador para o aluno ajustar aquilo que fala a aquilo
que está escrito, analisando o texto e buscando estabelecer relações entre a
letra e os sons. Acreditasse que tantos as parlendas, bem como os outros gêneros orais tenham seu papel significativo no exercício de aprendizagem da leitura e escrita. Mais precisamente, eles são ricos materiais para o trabalho pedagógico de alfabetizar: primeiro por se tratar de um gênero bem conhecido das crianças e segundo, pela possibilidade do educando fazer uma associação da linguagem oral ao código escrito. (PARLENDAS... 2013, p.1)
A parlenda por estar dentro dos gêneros orais, é importante ser
trabalhada em salas de alfabetização, pois além de auxiliar no processo de
ensino aprendizagem ela tem um papel de facilitador de comunicação, relação,
imaginação, por ser um texto que permite que a criança leia antes mesmo de
aprender a ler, o que acaba proporcionando um melhor desenvolvimento da
criança, tanto na oralidade como na escrita.
As parlendas assim como outros textos memorizados são atividades de
leitura e escrita que fazem parte da tradição oral, e que as crianças já os
conhecem de memória, pois estão incluídos nos repertórios de suas
brincadeiras desde a infância, são divertidos e é um forte componente lúdico
para a aprendizagem e possibilitam aos alunos avançarem em suas hipóteses
a respeito da língua escrita. Por isso é necessário o professor planejar,
organizar, criar e propor situações de leitura, em que os alunos leiam, recite,
declamam e escrevam os textos avançando em seus conhecimentos e obtendo
um comportamento leitor, enriquecendo seu universo cultural. As parlendas
fazem parte do folclore brasileiro e representam as tradições culturais do nosso
povo.
1.4 Receitas Culinárias
35
As receitas são textos de natureza prescritiva, ou seja, possuem um
conjunto de instruções que devem ser seguidas para a aquisição de um
produto final. Bolo Simples
Ingredientes: 2 copos e meio de farinha 2 copos e meio de açúcar 1 copo de leite 4 ovos 1 colher de sopa de fermento em pó Modo de preparo Bata as claras em neve A parte bata o açúcar com as gemas, misture as claras batendo sempre A farinha de trigo, o fermento e o leite fervendo, por último uma pitada de sal Asse em forno pré-aquecido Cubra com uma mistura de açúcar, clara e maracujá, você pode também por um chocolate ou algum ao seu gosto. Fonte: http://tvg.globo.com/receitas/bolo-simples
Esse gênero textual enriquece as rotinas, principalmente das turmas que
se encontram na fase inicial do processo de alfabetização. As receitas recebem
uma ênfase maior nos períodos de datas comemorativas, por ser um período
típico na realização de culinárias, favorecendo e estimulando o processo de
ensino aprendizagem entre teoria e prática.
Ao iniciar o trabalho com receitas em sala de aula o professor deve
apresentar suas propostas, debatendo com seus alunos a respeito de tipos de
receitas culinárias e escolhendo uma para ser trabalhada e realizada, sempre
que possível, lembrando que a receita deve ser simples e objetiva. O professor
deve procurar a origem e a curiosidade ligadas à receita, compartilhando as
informações com a turma.
O professor deve auxiliar os alunos quanto às características que devem
existir em todas as receitas: nome do prato, enumeração dos ingredientes e
instruções de elaboração. Além dessas características as receitas costumam
vir acompanhadas de fotos, ilustrando a receita, dando possibilidade aos
alunos não alfabéticos de realizarem a identificação do gênero.
As receitas são gênero textual muito adequada para incluir na rotina das turmas que estão na fase inicial do processo de alfabetização. É um gênero de circulação social bastante corrente, presente em todas as classes sociais (mesmo nas cozinhas mais precárias se podem
36
encontrar receitas que estão impressas nas embalagens de produtos básicos como o óleo ou o arroz). Sua estrutura- uma pequena ficha (tempo de preparo, rendimento e grau de dificuldade em alguns casos), uma lista e depois um parágrafo, geralmente com os verbos no modo imperativo ou infinitivo - facilita as antecipações e permite que se coloque em prática uma série de comportamentos de leitor relacionados a ler para fazer alguma coisa, um dos importantes propósitos sociais de leitura que nossos alunos precisam aprender. (ARATANGY, VASCONCELOS, 2012, p. 157)
As receitas culinárias devem ser trabalhadas oralmente (leitura
realizada pelo professor e leitura compartilhada), isoladamente e/ou dentro de
livros culinários, o que favorece a exploração de reconhecimentos de receitas,
comparação de ingredientes e quantidades dentro de diferentes receitas e
busca pelo índice, no qual o aluno buscará na lista inicial o nome da receita, a
página que ela pertence.
1.5 Texto Não-Verbal
Os textos não-verbais, são textos constituídos por signos não-verbais,
como: a pintura, a escultura, a fotografia, a música, a mímica, a dança dentre
outras; é considerada uma forma de linguagem, que o ser humano utiliza para
representar o mundo; através de ações, de sentimentos, pensamentos,
emoções; é uma maneira de comunicação, e até mesmo de influenciar as
pessoas.
Figura 11: Leitura não-verbal
Fonte: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=
37
A realização do contato com textos não-verbais proporciona aos alunos
os conhecimentos de maneira que possam ampliar seu universo cultural,
mostrar diferentes formas de linguagens e expressões, desenvolver habilidades
de observação, prepará-los para leitura de outros textos que incluem os
recursos de linguagens não-verbais, trabalharem com as emoções, sensações,
sentimentos, conteúdos tão ausentes em salas.
O papel do professor ao trabalhar com esse tipo de texto é de grande
importância, pois possibilita o trabalho com a leitura de obras famosas desde a
pintura e escultura, visita ao museu e galerias de artes, leitura de livros com
linguagens não-verbais, ida ao teatro possibilitando aos alunos estabelecer
relações entre o cenário, o figurino, os gestos, as expressões das personagens
com o texto, jogos de adivinhações e quebra cabeças utilizando desenhos,
fotos de revistas ou obras de arte e diversos materiais que podem favorecer a
aprendizagem da realização da leitura.
A realização da leitura acontece em diferentes contextos e os
professores devem proporcionar aos alunos a melhor maneira de apreciar e
realizá-la, possibilitando a compreensão e interpretação ampla e de forma
significativa.
38
A Pesquisa Figura 12 : a pesquisa
Fonte: www.google.com.br/search
O poder de ensinar e o prazer de aprender são os grandes benefícios
de ensinar aprendendo. (TIBA, ano 1998, p. 25)
39
CAPÍTULO III
A PESQUISA
1 METODOLOGIA
A metodologia deste Trabalho de Conclusão de Curso consistiu em
pesquisa bibliográfica e questionário de sondagem, entregue a 11 (onze)
professores regentes em sala de 2º ano do Ensino Fundamental.
O questionário foi preparado com 10 (dez) questões dissertativas
referentes à importância da leitura para a alfabetização dos alunos do 2º ano
do Ensino Fundamental, que norteiam a prática-pedagógica e sua influência
para a alfabetização.
Participaram dessa pesquisa apenas profissional do sexo feminino, entre
25 e 67 anos, sendo todas as professoras formadas em Pedagogia. O tempo
de atuação profissional na área entre as participantes da pesquisa varia de 3
(três) a 29 (vinte e nove) anos. Quanto ao questionário, a primeira pergunta feita aos professores foi
“Para você o que é ler?”, obteve-se como resposta: ler não é apenas
decodificar sinais, mas sim um processo de interação entre homem e mundo,
também foi relatado que ler é prazer, diversão, lazer, obtenção de
informações, conhecimentos, é uma necessidade; e ler é poder viajar no
mundo da imaginação através da leitura sem sair de casa.
Relato de professores:
Ler não é só decodificar sinais e sim um processo de interação, entre o
homem e mundo, compreendendo os significados, interpretando os
resultados lidos, reconhecendo, percebendo e sentindo os fatos,
desenvolvendo assim a imaginação e a criatividade.
Ler pra mim é assimilar conhecimento, interação e reflexão, onde o leitor
e texto interagem entre sim, com a convivência com o próprio mundo. A
leitura é uma atividade rica e complexa que envolve o conhecimento
cultural.
É uma experiência única, um modo de aprender cada vez mais.
40
Figura 13- resposta da pergunta nº. 1 dos professores
Fonte: elaborado pelas pesquisadoras
O ato de ler é muito mais que decodificar sinais gráficos, é saber
interpretar e compreender o que foi lido, além de proporcionar prazer, diversão,
lazer, informação, propicia o aperfeiçoamento, estabelecendo uma maior
interação entre o homem e o mundo buscando novos conhecimentos em
diversos aspectos culturais. Assim sendo possibilita ao leitor reconhecer e
perceber o sentido dos fatos, desenvolvendo a imaginação e a criatividade. A
leitura é uma experiência única, uma maneira de se aprender e buscar cada
vez mais o conhecimento em qualquer gênero textual.
[...] O leque de objetivos e finalidades que faz com que o leitor se situe perante um texto é amplo e variado: desvanear, preencher um momento de lazer e desfrutar; procurar uma informação concreta: seguir uma pauta ou instruções para realizar uma determinada atividade (cozinhar, conhecer as regras de um jogo); informar sobre um determinado fato (ler o jornal, ler um livro de consulta sobre a revolução francesa); confirmar ou refutar um conhecimento prévio; aplicar a informação obtida com a leitura de um texto na realização de um trabalho, etc. (SOLÉ, 1998, p.22)
Quando perguntou-se aos professores, “como fazem suas escolhas
sobre leitura”, obteve-se como resposta, que os professores tentam buscar
informações em livros que dispertam o interesse e a curiosidade dos alunos,
41
dispertando o gosto e o prazer na leitura; e obteve-se também, que as escolhas
são selecionadas por gêneros literários como fábulas, poemas, contos, jornais,
revistas, gibis, textos informativos, poesia, prosa, dentre outros; e através de
escolhas realizadas pelos próprios títulos.
Relatos dos professores:
Procuro livros que despertam o interesse e curiosidade dos alunos.
Livros que apresentam figuras coloridas, letras grandes, a estética do
livro em si.
Escolho textos literários, jornalísticos, de divulgação científica,
publicitários, quadrinhos, poesias e entretenimentos.
Figura 14- resposta da pergunta nº. 2 dos professores
Fonte: elaborado pelas pesquisadoras
As escolhas sobre as leituras são feitas de acordo com a necessidade
apresentada pelos alunos. Desta forma o professor deve sempre buscar
diversos gêneros textuais, uma vez que os mesmos favorecem a alfabetização
e incentivam o aluno quanto à importância do ato de ler. Através de recursos
disponibilizados pelo professor, o aluno terá contato direto com a leitura.
Quando perguntado aos professores “com que frequência você realiza
42
atividades de leitura para seus alunos”, obteve-se como respostas: são
realizadas atividades de leituras diariamente, principalmente no início das
aulas, ou em um momento reservado para a prática da mesma. No decorrer da
aula o aluno mantém o contato com os materiais didáticos e os recursos
disponíveis em sala, favorecendo um contato maior na realização da prática da
leitura, proporcionando o contato com os diversos tipos de textos que contribui
para uma melhor interação e conhecimento sobre a diversidade textual
existente, qual a sua função e utilização.
Relatos dos professores:
Sim, diariamente, procuro ler vários tipos de textos para que eles
possam interagir e saber dessa diversidade textual, para que serve e
como usar.
Os momentos de leitura são realizados diariamente, pois temos um
momento da hora da história e vários materias de visualização expostos
na sala, o qual permite que os alunos estejam diariamente em contato
com a leitura.
Diariamente, inclusive estou fazendo a leitura do livro Reinações de
Narizinho. Leio um pouco por dia, no início da aula.
Figura 15- resposta da pergunta nº. 3 dos professores
Fonte: elaborado pelas pesquisadoras
As atividades de leituras são realizadas diariamente, são utilizados
100%
3- Com que frequência você realiza atividades de leitura para seus alunos?
Diariamente
43
vários tipos de textos, desde uma notícia que impacta a sociedade, os contos
de fadas, poemas que levam os alunos a soltarem a imaginação e até as
histórias em quadrinhos que fazem rir. Diversidades essas que favorecem a
aprendizagem e o conheicmento de maneira ampla, através de vivências e
práticas realizadas no ambiente escolar.
Promover atividades significativas de leitura para as quais tenham sentido - e os possam vê-lo – o fato de ler é uma condição necessária para conseguir o que nós propomos. Promover atividades em que os alunos tenham que perguntar, prever, recaptular para os colegas, opnar, resumir, comparar suas opniões com relação ao que leram, tudo isso fomenta uma leitura inteligente e crítica, na qual o leitor vê a si mesmo como protagonista do processo de construção de significados. Estas atividades podem ser propostas desde o início da escolaridade, a partir da leitura realizada pelo professor e da ajuda que proporciona. (SOLÉ, 1998, p. 173)
Quando perguntado aos professores “quais os tipos de leituras que são
realizadas com mais frequência” obteve-se como respostas que as leituras são
bem variadas desde contos, cantigas, parlendas, poemas, textos instrucionais,
receitas, textos científicos, gibis, fábulas, revistas, textos informativos, anúncios
entre outros temas de interesse dos próprios alunos e que sejam relevantes
para o aprendizado.
Relatos dos professores:
Leio para meus alunos diversos gêneros de leitura, cada semana um
tipo diferente: poemas, fábulas, contos, receitas, textos instrucionais e
científicos.
As leituras contidas na Coletânea de Textos do Programa Ler e Escrever
(contos, fábulas, parlendas, cantigas) e também os de interesses dos
próprios alunos.
Com alunos que já estão alfabetizados, leio livros como “O pequeno
Príncipe”; “As Aventuras de Robison Cruzoe”; livros de Ciências – temas
relevantes ao aprendizado. Para os pequenos – revistas Recreio;
Ciência Hoje; gibis e contos.
44
Figura 16- resposta da pergunta nº. 4 dos professores
Fonte: elaborado pelas pesquisadoras
As leituras como contos, parlendas, cantigas, poesias, fábulas entre
outros gêneros, são realizadas com grande frequência entre os professores
regentes de sala do 2º ano do Ensino Fundamental, visando proporcionar
através da leitura, o ensino-aprendizagem.
Quando foi perguntado aos professores, “qual o papel da escola na
formação do aluno leitor”, obteve-se como respostas que a escola tem que
proporcionar situações onde os alunos tenha contato direto com diferentes
gêneros textuais, assim contribuindo para formar indivíduos leitores
competentes, ampliando seu universo cultural, origanizando, criando e
adequando estratégias e propostas efetivas de leitura; obetve-se também como
resposta, que a leitura deve ser incentivada desde o primeiro ciclo do Ensino
Fundamental, mas ser cobrada a partir do segundo ciclo, no qual já ocorre
grande defasagem na leitura, e só à retoma no Ensino Médio, quando poucos
conservam o hábito de ler.
Relatos dos professores:
A escola deve contibuir para formar indivíduos leitores competentes,
influenciando nas diversas formas de encarar a vida. Cada escola deve
organizar, criar e adequa estratégias e propostas efetivas de leitura para
fornar leitores competentes.
45
Oferecer ao aluno a diversidade textual; e os diferentes portadores de
textos. Ensinar a interpretar os textos para conhecer a intenção dos
autores; a mensagem que querem que o leitor entenda e,
consequentemente, aprenda a fazer suas próprias escolhas.
Figura 17- resposta da pergunta nº 5 dos professores
Fonte: elaborado pelas pesquisadoras
A escola tem um papel importante na formação do aluno leitor, assim
disponibilizando o acesso a diversidade de gêneros textuais e em diferentes
portadores, que devem ser encontrados nas bibliotécas escolares e em
acervos literários das salas de aula, ampliando ao seu aluno o universo
cultural, possibilitando o acesso e a participação nas diversas práticas sociais,
formando bons leitores e bons escritores.
A leitura é incentivada desde o início do ciclo I, mas é cobrada no cliclo
II, no qual já ocorre uma grande defasagem do hábito de leitura, o que acaba
refletindo de forma negativa no desempenho escolar, pois quando chegam ao
Ensino Médio poucos alunos adquirem o hábito de ler.
Quando perguntado aos professores “Você considera importante ensinar
estratégias de leitura para os alunos, usa diferentes estratégias de leitura em
46
sala de aula", obteve-se como resposta, que a estratégia de leitura é
importante para o aprendizado do aluno e as estratégias utilizadas pelos
professores são bons livros literários de diferentes gêneros, hora da história,
roda de leitura, pesquisas, jogos de alfabetização e cartazes; alguns
professores utilizam como estratégias de leitura, a leitura oral e compartilhada;
outros escolhem a leitura através dos conhecimentos prévios de antecipação
sobre o texto, e de escolhas de temas e curiosidades.
Relatos dos professores:
Sim, pois sem dúvida o responsável pela prática de leitura na sala de
aula é o professor. É necessário elaborar estratégias significativas,
oferecer vários recursos para isso, usando bons livros literários de
diversos gêneros, capaz de atender às necessidades dos alunos para
formação do leitor. São várias as estratégias trabalhadas como: a hora
da história, roda de leitura, pesquisas, atividades relacionadas às
disciplinas trabalhadas.
Uma das estratégias que utilizo é: ao ler selecionar ou grifar termos
desconhecidos e buscar no dicionário seus significados (importante para
interpretar o que está lendo). Ler a primeira vez sem a preocupação de
analisar/interpretar. Ler várias vezes e descobrir o verdadeiro gosto do
autor. Entre outras estratégias, gosto de ler em capítulos não sem antes
levantar hipóteses sobre o tema e despertar as curiosidades.
Sim. Principalmente nos anos iniciais, a criança no início do processo de
alfabetização necessita de várias estratégias de leitura. Uma delas e a
de antecipação sobre o texto a ser lido, depois o que os alunos sabem
sobre o texto.
Sim. Na minha opinião não existe uma receita para fazer os alunos
lerem, mas creio que uma boa estratégia e aquela que parece mais
conveniente para enfrentar as dificuldades apresentadas. Por exemplo, o
aluno que ainda não lê a escrita, livros com figuras são ideiais.
47
Figura 18- resposta da pergunta nº 6 dos professores
Fonte: elaborado pelas pesquisadoras
As estratégias de leitura realizadas pelos professores devem colaborar
de forma significativa para a prendizagem de seus alunos através dos diversos
gêneros textuais, envolvendo os diferentes contextos sociais que seu aluno
está inserido, utilizando estratégias a partir dos conhecimentos prévios dos
alunos, através de antecipações sobre os textos, leitura oral e compartilhada,
diversos recursos como: bons livros literários, textos de diversos gêneros, hora
da história, roda de leitura, cartazes, jogos de alfabetização, dentre outros,
possibilitando ao aluno analisar e interpretar o verdadeiro sentido do texto,
levantando hipótese e desafios, despertando a curiosidade e interesse pela
leitura. Aprender a ler compreensivamente é uma condição necessária para poder aprender a partir dos textos escritos. As estratégias de leitura aprendidas em contextos significativos contribuem para a consecução da finalidade geral da educação, que consiste em que os alunos aprendam a aprender. (SOLÉ, 1998, p. 172)
Quando perguntado aos professores “qual a importância da leitura na
vida do aluno”, obteve-se como resposta que a leitura é fundamental, ela
possibilita uma melhor compreensão do sistema de escrita, conhecimento de
mundo, através das vivências diárias, compreendendo sua importância para a
vida individual, social e cultural. Contribui para a vida em sociedade, tornando
cidadãos críticos; já outros professores relataram que a leitura é essencial para
48
aprender e compreender conceitos importantes para a vida acadêmica e
profissional, em outro momento obteve-se como relato que através da leitura se
desenvolve habilidades necessárias para produzir textos e interpretar,
facilitando o uso da gramática, amplia o repertório literário, identifica
informações em diferentes contextos.
Relatos dos professores
Todos os alunos precisam estar convencidos da importância da leitura
para a vida individual, social e cultural, para que vivam em sociedade
familiarizando-se com o mundo, enriquecendo suas ideias como
cidadãos críticos.
Considero essencial a leitura na vida do aluno, é através do hábito de ler
que conseguimos compreender e aprender conceitos importantes para a
vida acadêmica e profissional.
Figura 19- resposta da pergunta nº 7 dos professores
Fonte: elaborado pelas pesquisadoras
A leitura é de fundamental importância no processo de ensino
aprendizagem na vida do aluno, ela favorece uma melhor comprensão do
sistema de escrita e conhecimento do meio social onde vive, proporciona novos
conhecimentos na vida acadêmica e profissional.
55% 18%
27%
7 - Qual a importância da leitura na vida do aluno?
Compreensão do Sistemade Escrita econhecimento de mundo.
Vida Acadêmica eprofissional.
Produzir, interpretar egramática.
49
A leitura favorece uma melhor interpretação, conribui para a produção de
textos de qualidade e uso da gramática de forma adequada, além de ampliar o
repertório de textos de diversos gêneros literários.
Quando perguntado aos professores “como a leitura influência no
processo ensino aprendizagem”, obteve-se como resposta que a leitura
desenvolve hábitos que favorecem a interpretação e amplia o vocabulário.
Outros professores responderam que a leitura é a base para a alfabetização e
ler por prazer, desperta interesse e curiosidade. Veja nos exemplos abaixo:
É através dela que se inicia a alfabetização, portanto considero-a a base
de tudo. Ela auxilia desde o início, quando a criança começa a interagir e
organizar as letras, até o momento em que necessite escrever e/ou
interpretar um texto.
É com a leitura que os alunos são capazes de compreender o sistema
alfabético da escrita e tornam-se amadurecidos e autônomos em seu
processo de alfabetização.
Figura 20- resposta da pergunta nº 8 dos professores
Fonte: elaborado pelas pesquisadoras
No momento em que a criança adquire o hábito de ler, ela contempla
informações que lhe possibilita ampliar seu repertório, tem facilidade para
36%
46%
18%
8 - Como a leitura influencia no processo ensino
aprendizagem.
Hábito de leitura
Base da alfabetização
Leitura por prazer
50
interpretar, expressar-se, escrever, realizar diversas atividades de forma clara e
com melhor entendimento. Sendo assim a leitura é a base para a alfabetização,
auxiliando desde o início do processo, quando a criança passa a interagir e
organizar as letras. A leitura além de contribuir para o processo ensino
aprendizagem, desperta curiosidades estimulando o prazer no ato de ler.
Quando perguntado aos professores “como deve ser o ambiente para a
realização da leitura”, obteve-se como resposta que o ambiente deve ser de
preferência silencioso, privado de coisas que possa desviar a atenção e que
favoreça a concentração. Também obteve-se como resposta que o ambiente
deve ser aconchegante, alfabetizador, prazeroso, estimulador, interessante,
arejado, iluminado, agaradável e também, um ambiente que tenha variados
tipos de leituras, recursos diversos para a realização da roda de leitura e
aquisição de novos conhecimentos.
Como nos exemplos abaixo:
Um ambiente aconchegante, alafabetizador, prazeroso e estimulador.
O ambiente de leitura deve ser organizado de maneira que favoreça o
conhecimento, com materiais de leitura diversos, com ilustrações,
escritas e livros de diversos gêneros para que o aluno possa ter acesso
e espaço para realizar a leitura com concentração e prazer.
Descontraído. Um ambiente muito formal pode levar a pessoa a perder
o interesse pela leitura. Entretanto, num ambiente muito ruidoso a leitura
perde o sentido. O ideal é um ambiente arejado, iluminado, porém
agradável.
Deve ser o melhor possível, fazendo com que todos estejam prontos
para ouvir, um ambiente agradável.
A leitura pode ser feita em qualquer ambiente desde que propicie
concentração.
51
Figura 21- resposta da pergunta nº 9 dos professores
Fonte: elaborado pelas pesquisadoras
O ambiente ideal para a realização de uma leitura eficiente deve ser bem
estimulante, porém deve ser silencioso, calmo, tranquilo, alfabetizador,
prazeroso, interessante, que propicie concentração e atenção. Um ambiente
agradável, favorável à leitura, com diversos recursos, utilização de fantoches,
dramatização, simples acesso aos diferentes tipos de gêneros e roda de leitura.
Desta maneira o ambiente contribui de forma positiva para a aprendizagem das
crianças, principalmente no início da alfabetização.
Quando perguntado aos professores “qual o papel do professor na
formação de um aluno leitor”, obeteve-se como resposta que o papel do
professor é essencial na formação de alunos leitores, pois o professor deve ser
um leitor ativo, possibilitando que os alunos tenham acesso aos diferentes tipos
de gêneros textuais diariamente, investir nos conhecimentos prévios dos
alunos. Também foi relatado como resposta, que o professor tem a
responsabilidade de propor atividades desafiadoras e estimuladoras, com
práticas inovadoras, com o intuito de formar bons leitores e bons escritores.
Relatos dos professores:
O professor precisa ser leitor, gostar de ler, pois só assim ele incentivará
o aluno para a leitura. Quando o professor é leitor ele é espelho para o
aluno. Normalmente, observo que quando leio um livro, todos os alunos
querem ler o mesmo; então o professor deve ficar atento e selecionar
27%
46%
27%
9 - Como deve ser o ambiente para a realização da leitura?
Silencioso, calmo e que propicieconcentração.
Alfabetizador, prazeroso eagradável.
Ambiente com diversosrecursos.
52
livros com conteúdos adequadados para a faixa etária de seus alunos e
ler. É uma experiência fantástica.
O papel do professor é de prorpor atividades de leitura que desafiam e
estimulam o aluno a pensar, refletir, debater e criticar, assim realizando
tarefas significativas e de qualidade. O educador deve proporcionar
conhecimentos com práticas inovadoras, criando situações variadas
para formar bons leitores.
Figura 22- resposta da pergunta nº10 dos professores
Fonte: elaborado pelas pesquisadoras
Segundo Solé (1998, p. 172), aprender a ler requer que se ensine a ler.
O modelo de leitor oferecido pelo professor e as atividades propostas para o
ensino e a aprendizagem da leitura não são um luxo, mas uma necessidade.
É essencial que o professor seja um leitor, ele terá que demonstrar
diariamente o gosto pela leitura, pois é o exemplo em sala de aula, ele deve
possibilitar situações de leitura que sejam atrativas e constantes, ter como
ponto de partida o conhecimento prévio de seus alunos, possibilitando-os
relacionar com as informações que a leitura proporciona. Propor atividades
inovadoras e variadas que estimulem os alunos a pensar, refletir, debater e
criticar. Situações diferenciadas e significaticas, que influenciarão na formação
55% 27%
18%
0%
10 - Qual o papel do professor na formação de um aluno leitor?
Professor leitor.
Atividades inovadoras.
Formação de leitores eescritores.
53
de aluno leitor e bons escritores.
Aprender a ler não é muito diferente de aprender outros procedimentos ou conceitos. Exige que a criança possa dar sentido àquilo que se pede que ela faça, que disponha de instrumentos cognitivos para fazê-lo e que tenham a seu alcance ajuda insubstituível do seu professor, que pode transformar em um desafio apaixonante o que para muitos é um caminho duro e cheio de obstáculo. (SOLÉ, 1998, p.65)
As atividades de leitura realizadas pelo professor devem propor aos
alunos momentos desafiadores e transformadores, tornando o ato de ler um
momento único e prazeroso. A leitura deve ser uma atividade rotineira, que
proporcionará ao leitor o conhecimento de um mundo fascinante, cheio de
novas descobertas.
54
CONCLUSÃO
Este trabalho procurou mostrar por meio de pesquisas bibliográficas que
a leitura é fundamental na vida do indivíduo, pois através da leitura se obtém
informações de diferentes tipos para diferentes áreas do conhecimento
humano. A leitura possibilita ao sujeito leitor construir, produzir e analisar textos
de diversos gêneros literários. A leitura é considerada um ato permanente,
sendo necessária sua prática cotidiana em nossas vidas, construindo assim
uma sociedade ativa de leitores.
Foi realizado dentro da pesquisa um questionário respondido pelos
professores regentes de sala de 2º ano do Ensino Fundamental, no qual se
concluiu que a leitura não é apenas decodificar sinais gráficos e sim um
processo de interação entre o homem e o mundo, de maneira que o aluno
consiga entender o verdadeiro sentido do texto em todo o seu contexto.
Os professores realizam atividades de leituras diariamente, leituras de
diferentes gêneros textuais, desde contos, fábulas, parlendas, histórias em
quadrinhos, receitas, cantigas, poemas, textos instrucionais e científicos, dentre
outras leituras que despertam o interesse e facilitem a aprendizagem dos
alunos e consequentemente, o gosto e prazer no ato de ler.
Relataram também que a leitura é essencial para a aprendizagem e
formação da criança na fase inicial do processo ensino aprendizagem, pois
através da leitura a criança consegue desenvolver-se em vários aspectos: o
cognitivo, afetivo, emocional, social, cultural, dentre outros, aprimorando seus
conhecimentos e ampliando suas percepções de mundo.
Os professores utilizam diferentes estratégias de ensino aprendizagem
para a prática de leitura realizada em sala de aula, desde roda de leitura, jogos
de alfabetização, cartazes, livros, revistas, valorizando os conhecimentos
prévios dos alunos entre outras estratégias que proporcionem uma
aprendizagem de forma significativa e contínua. Por isso a leitura deve ser
iniciada desde o inicio da alfabetização de maneira a dar suporte e condições
aos alunos para serem cidadãos críticos e argumentativos.
As estratégias de leitura realizadas durante o processo de alfabetização
possibilitam o desenvolvimento de habilidades iniciais de codificação e
decodificação. Aprender a ler é muito mais do que o reconhecimento das letras
55
e formas de decodificá-las ou associá-las, mas sim a forma na qual possibilitem
utilizar o conhecimento em proveito das formas de expressão e comunicação
que fazem parte de todo o contexto cultural e social em que a criança vive.
A escola tem o papel fundamental na formação de novos e bons leitores
e escritores. O livro é um instrumento que favorece o hábito da leitura, sendo
assim, ele é essencial para a aquisição de novos conhecimentos e para a
formação de cidadãos críticos.
A leitura abre as portas para se entender melhor o mundo, buscando
novos desafios e oportunidades para uma melhor integração relacional e o
querer aprender sempre mais, pois a aprendizagem é contínua.
56
REFERÊNCIAS
ARATANGY, Claudia, R; VASCONCELOS, Rosalinda, S.R, Ler e Escrever: guia de planejamento e orientações didáticas. 6º ed. São Paulo, FDE, 2012. BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito da leitura. São Paulo: Cultrix Ltda, 1977. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 1998. COLONESE, Paulo, H. O Abecê da Escrita. Disponível em http://www.invivo. fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=911&sid=7. Acesso em 23 de maio de 2013. DUARTE, Karina; ROSSI, Karla. O processo de alfabetização da criança segundo Emília Ferreiro. Revista Cientifica eletrônica de Pedagogia. Ano VI, número 11, 2008. FERREIRO. Emilia. Com Todas as Letras. 7°ed. São Paulo: Cortez, 1999. GOMES, Solange. Coleção Vitória-régia: Língua Portuguesa. São Paulo: Lago, sd. KAUFMAN, Ana, M. O Aluno precisa de informação para refletir. Nova Escola, edição especial N°22, abril, São Paulo, 2009. LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina. A leitura rarefeita. Livro e literatura no Brasil, São Paulo, Brasiliense, 1991. MATTOS, Fernanda T.R; PIRES, Taissa. M. A leitura e o papel do professor nas séries iniciais. Lins, 2011. MORAIS, Arthur, G. Sistema de Escrita Alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012. NASCIMENTO, Eder. Net Saber. A importância da leitura no Ensino Fundamental. Disponível em http://artigos.netsaber.com.br/ resumo _artigo _
57
47072/artigo_sobre_a_import%C3%82ncia_da_leitura_no_ensino_fudamental. Acesso em 01 março 2013. PARLENDAS...http://petpedagogia.blogspot.com.br/2013/05/parlendas-no-pro cesso-de-alfabetizacao.html. Disponível em 14 de agosto de 2013. SANTOS, Mirthes, M. Os Processos de Leitura e Letramento. Disponível em http://monografias.brasilescola.com/educacao/os-processos-leitura-letramento. htm. Acesso em 17 de maio de 2013. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura, 6° ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. TIBA, Içami. Ensinar aprendendo: Como superar os desafios do relacionamento professor-aluno em tempos de globalização, 16° ed. São Paulo: Gente, 1998.
59
APÊNDICE A QUESTIONÁRIO PARA OS PROFESSORES
Nós, Renata Belmiro Gomes Ferreira, RG 40.992.886-0 e Vanessa
Mieko Pereira Bernardo, RG 41.579.866-8, alunas do curso de Pedagogia, do
Unisalesiano de Lins gostaríamos de contar com sua participação respondendo
a esse questionário, o qual faz parte do nosso Trabalho de Conclusão de
Curso (TCC) como o tema: “A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA A
ALFABETIZAÇÃO DOS ALUNOS DO 2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL”.
Gostaríamos ainda que a devolução fosse feita até ___/___/___.
Obrigada.
Tempo de magistério:____________
Idade: ________________________
1- Para você o que é ler?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2- Como faz suas escolhas sobre leitura?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3- Com que frequência você realiza atividades de leitura para seus alunos?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
4- Quais os tipos de leitura que realiza com mais frequência?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
60
5- Qual o papel da escola na formação do leitor?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
6- Você considera importante ensinar estratégias de leitura para os alunos?
Você usa estratégia de leitura em sala de aula? Fundamente.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
7- Qual a importância da leitura na vida do aluno?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
8- Como a leitura influencia no processo ensino aprendizagem?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
9- Como deve ser o ambiente para a realização da leitura?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
10- Qual o papel do professor na formação de um aluno leitor?
Fundamente.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
61
APÊNDICE B TABELAS
1- Para você o que é ler?
Decodificação de sinal e
processo de interação
Prazer, diversão, lazer,
informação
Conhecimentos de mundo
3 5 3
2- Como faz suas escolhas sobre leitura?
Gêneros textuais Interesses e Curiosidades Escolha por títulos
6 3 2
3- Com que frequência você realiza atividades de leitura para seus alunos?
Diariamente
11
4- Quais os tipos de leitura que realiza com mais frequência?
Contos, parlendas, cantigas, poesias, fábulas, entre outros.
11
5- Qual o papel da escola na formação do leitor?
Promover situações diferentes de leitura Pouco incentivo
10 1
6- Você considera importante ensinar estratégias de leitura para os alunos?
Você usa estratégia de leitura em sala de aula? Fundamente.
Leitura oral e compartilhada Gêneros textuais, história de roda, pesquisa, cartazes,
entre outros.
Escolha de temas e curiosidades
2 5 4
7- Qual a importância da leitura na vida do aluno?
Compreensão do Sistema de Escrita e Conhecimentos
de mundo
Vida Acadêmica e Profissional
Produzir, Interpretar e gramática
6 2 3
62
8- Como a leitura influencia no processo ensino aprendizagem?
Hábitos de leitura Base da alfabetização Leitura por prazer
4 5 2
9- Como deve ser o ambiente para a realização da leitura?
Silencioso, calmo e que
propicie concentração
Alfabetizador, prazeroso e
agradável
Ambiente com diversos
recursos
3 5 3
10- Qual o papel do professor na formação de um aluno leitor?
Fundamente.
Professor leitor Atividades inovadoras Formação de leitores e
escritores
6 3 2