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ANEXO 1 – MINUTA DO PROJETO DE LEI
PROJETO DE LEI n° ........
Dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos dos Servidores do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás e dá outras
providências.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Fica instituído o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Servidores do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás, fundamentado nos seguintes princípios:
I – racionalização da estrutura de cargos e carreiras;
II – legalidade e segurança jurídica;
III – reconhecimento e valorização do servidor público pelos serviços prestados, pelo
conhecimento adquirido e pelo desempenho profissional; e
IV – estímulo ao desenvolvimento profissional e à qualificação funcional.
Art. 2º Para os fins desta Lei considera-se:
I – Servidor: a pessoa legalmente investida em cargo de provimento efetivo;
II – Cargo efetivo: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com número certo,
que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e responsabilidades,
provido por meio de concurso público, nos termos do art. 37, II da Constituição Federal;
III – Cargo em Comissão: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com
número certo, que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e
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responsabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provido através de livre nomeação, nos
termos do art. 37, V da Constituição Federal;
IV – Função de Confiança: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com
número certo, que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e
responsabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provida através de designação de
servidor titular de cargo efetivo, nos termos do art. 37, V da Constituição Federal;
V – Carreira: estrutura de desenvolvimento funcional e profissional, operacionalizada através de
passagens a Níveis e Graus superiores, no cargo do servidor;
VI – Padrão: conjunto de algarismos que designa o vencimento dos servidores, formado por:
a) Nível: indicativo de cada posição salarial em que o servidor poderá estar enquadrado na
Carreira, segundo critérios de desempenho, capacitação e titulação, representado por números;
b) Grau: indicativo de cada posição salarial em que o servidor poderá estar enquadrado na
Carreira, segundo critérios de desempenho, representado por letras;
VII – Progressão Vertical: passagem do servidor de um Nível para outro superior, na Tabela de
Vencimento própria do cargo a que pertence;
VIII – Progressão Horizontal: passagem do servidor de um Grau para outro superior, na Tabela de
Vencimento própria do cargo a que pertence;
IX – Vencimento Base: retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, de
acordo com o Nível e Grau;
X – Remuneração: retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, composta
pelo vencimento base e pelas demais vantagens pecuniárias estabelecidas em lei;
XI – Área de Atuação: campo genérico de trabalho onde os servidores podem desempenhar suas
atribuições, podendo ser no “Controle Externo” ou no “Apoio Técnico e Administrativo”;
XII – Especialidade: campo específico de trabalho, relacionado a um conjunto de atribuições e
responsabilidades, podendo exigir formações e/ou habilitações específicas, a ser determinado em
regulamento, conforme o cargo e a área de atuação;
XIII – Grupo Ocupacional: conjunto de servidores titulares de cargos e áreas de atuação idênticos.
XIV – Massa salarial: soma do vencimento mensal dos servidores pertencentes a um Grupo
Ocupacional;
CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS
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Seção I
Da Composição do Quadro de Cargos Efetivos
Art. 3º. O Quadro de Pessoal efetivo do Tribunal de Contas do Estado de Goiás é composto pelas
seguintes Carreiras, constituídas pelos respectivos cargos de provimento efetivo:
I - Analista de Controle Externo, de nível superior; e
II - Técnico de Controle Externo, de nível médio.
Parágrafo único. Os cargos efetivos previstos neste artigo são regidos pela Lei Estadual nº
10.460/88 que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de
suas Autarquias, exceto no que contrariar as disposições contidas nesta Lei, em especial, os
artigos 40, §1º e 50.
Art. 4º. Os quantitativos, as áreas de atuação e as atribuições dos cargos de que trata esta Lei
estão fixadas no Anexo I desta Lei.
Parágrafo único. Ato normativo expedido pela Presidência do Tribunal de Contas descreverá as
especialidades relacionadas a cada cargo e suas atribuições específicas.
Art. 5º. São requisitos de escolaridade para ingresso:
I - para o cargo de Analista, diploma de conclusão de curso superior, em nível de graduação, com
habilitação legal específica;
II - para o cargo de Técnico, certificado de conclusão de ensino médio e/ou, se for o caso,
habilitação legal específica.
§1º O Edital do concurso público determinará o número de vagas por área de atuação e
especialidade, devendo especificar os cursos de nível superior admitidos para as vagas
disponibilizadas, bem como o registro profissional exigido, conforme a necessidade do Tribunal de
Contas.
§2º É vedado o desempenho de atribuições diversas daquelas fixadas para o cargo para o qual o
servidor foi aprovado.
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Art. 6º. Os servidores podem ser deslocados para atuar em outras especialidades e/ou áreas de
atuação, desde que possuam as habilitações necessárias, conforme interesse do Tribunal de
Contas, mediante ato da Presidência.
Art. 7º Os cargos estão vinculados à Tabela de Vencimentos aplicável, conforme Anexo I.
Seção II
Da Composição do Quadro de Cargos em Comissão e Funções de Confiança
Art. 8º. Fica criado o Quadro de Cargos em Comissão conforme Anexo II desta Lei.
§1º Os cargos constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para a
constante da coluna “Situação Nova”;
§2º Os cargos comissionados são regidos pela Lei Estadual nº 10.460/88 que dispõe sobre o
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias e vinculados
ao regime geral de previdência.
§3º O vencimento estipulado pelo Anexo II é devido aos nomeados para os cargos em comissão.
§4º Quando o nomeado para cargo em comissão for titular de cargo efetivo do Tribunal de Contas,
perceberá gratificação, cujo montante corresponderá, à opção do servidor, nos termos do Anexo
II:
I – à diferença entre o vencimento-base correspondente ao cargo efetivo do servidor e o
vencimento-base referente ao cargo em comissão;
II – a 60% (sessenta por cento) do valor total correspondente ao vencimento-base do cargo em
comissão.
§5º A Gratificação por Exercício de Cargo em Comissão não se incorpora ao vencimento do
servidor em nenhuma hipótese, sendo, contudo, devida para fins de cálculo de décimo-terceiro e
férias.
§6º A nomeação de servidor efetivo para cargo em comissão implica alteração das atribuições do
servidor, enquanto perdurar a nomeação.
Art. 9º. O cargo de Gerente e Chefe de Serviço terá o percentual mínimo de 30% (trinta por cento)
reservado aos servidores efetivos.
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Art. 10. Fica criado o Quadro de Funções de Confiança, reservados a servidores efetivos,
conforme Anexo III desta Lei, observada as seguintes regras:
§1º As Funções constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para
a constante da coluna “Situação Nova”.
§2º. A gratificação estipulada pelo Anexo III é devido aos servidores designados para as Funções
de Confiança, enquanto perdurar a designação.
§3º A designação de servidor efetivo para função de confiança implica alteração das atribuições
do servidor, enquanto perdurar a designação.
Seção III
Do Ingresso e das Atribuições
Art. 11. Os cargos do Quadro de Cargos Efetivos do Anexo I desta Lei são providos
exclusivamente por concurso público de provas ou de provas e títulos e seu ingresso se dá
sempre no Nível e Grau iniciais do cargo.
§1º O concurso público realizar-se-á, preferencialmente, em duas etapas, na seguinte ordem:
I - provas ou provas e títulos, sendo as provas de caráter eliminatório e classificatório e os títulos
de caráter meramente classificatório;
§2º Para o cargo de Técnico de Controle Externo, durante a primeira etapa do concurso, poderá
ser exigido exame de habilidade específica, conforme dispuser o edital.
Seção IV
Da Remuneração
Art. 12. O servidor será remunerado de acordo com as Tabelas de Vencimento constantes do
Anexo IV, conforme o seu Padrão.
Parágrafo único. As Tabelas de Vencimento do Anexo IV estão fixadas de acordo com a jornada
padrão do cargo definida nesta Lei.
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Art. 13. A maior remuneração, a qualquer título, atribuída aos servidores, obedecerá estritamente
ao disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal, sendo imediatamente reduzidos àquele limite
quaisquer valores percebidos em desacordo com esta norma, não se admitindo, neste caso, a
invocação de direito adquirido ou percepção de excesso a qualquer título.
Art. 14. Fica assegurada aos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás a revisão
geral anual, nos termos do inciso X do artigo 37 da Constituição Federal, observados os recursos
orçamentários, financeiros e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Art. 15. Aos ocupantes de cargo efetivo ou em comissão do Tribunal poderá ser atribuída
Gratificação de Desempenho, de 5% (cinco por cento) a 20% (vinte por cento) do vencimento do
respectivo cargo, observadas as normas previstas em ato do Tribunal para sua concessão.
Art. 16. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato
constante com substâncias tóxicas ou radioativas, ou em atividades com risco de vida
permanente, farão jus a um adicional, incidente sobre o vencimento do cargo efetivo, obedecido o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
§1º Os adicionais de insalubridade, periculosidade e de risco de vida são inacumuláveis, cabendo
opção expressa por um deles.
§2º Os adicionais serão concedidos nos percentuais de 10% (dez por cento), 15% (quinze por
cento) e 20% (vinte por cento) do vencimento, conforme se tratar de insalubridade, periculosidade
e risco de graus mínimo, médio e máximo, respectivamente, não incorporáveis para fins de
aposentadoria.
§3º A concessão dos adicionais previstos neste artigo obedecerá, subsidiariamente, as normas
legais e regulamentares aplicáveis aos trabalhadores em geral.
§4º O direito aos adicionais previstos neste artigo cessa, automaticamente, com a eliminação das
condições que deram causa à sua concessão.
Art. 17. Fica instituída a gratificação por encargo de curso, concurso ou comissão especial,
destinada a retribuir o servidor ou o ocupante de cargo em comissão durante o período em que
estiver designado para:
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I - atividade de professor de cursos de treinamento ou aperfeiçoamento no âmbito do Tribunal;
II - membro de comissões de avaliação ou de concurso público;
III – membro de comissão especial, para exercer atividades não arroladas nas funções ordinárias
de seu cargo.
Parágrafo único. A gratificação de que trata o caput é fixada em ato do Presidente do Tribunal,
no montante de 10% (dez por cento) a 20 % (vinte por cento) do vencimento básico do servidor ou
do ocupante de cargo em comissão, de acordo com a complexidade da atividade desenvolvida, e
seu pagamento está vinculado à verificação do efetivo exercício do encargo.
Art. 18. O décimo terceiro salário do servidor ou do ocupante de cargo em comissão do Tribunal
será pago no mês de dezembro, tendo por base o valor da remuneração devida naquele mês.
Parágrafo único . A metade do valor correspondente ao décimo terceiro salário será paga ao
servidor ou ao ocupante de cargo em comissão, a título de antecipação, no mês de janeiro.
Art. 19. Haverá substituição no impedimento legal e temporário de ocupante de cargo em
comissão.
§1º A substituição prevista no caput deste artigo será remunerada proporcionalmente ao período
que houver ocorrido a substituição de acordo com ato Normativo da Presidência do Tribunal
§2º O substituto perceberá, durante o tempo da substituição, a remuneração do cargo de que for
titular, acrescido da diferença apurada entre esta e a do respectivo cargo em comissão.
Art. 20. O servidor ou o ocupante de cargo em comissão fará jus, anualmente, a trinta dias de
férias, que podem ser acumuladas, até o máximo dois períodos, no caso de necessidade do
serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
§1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta injustificada ao serviço.
§3º As férias poderão, a pedido do servidor ou o ocupante de cargo em comissão e a critério do
Tribunal, ser concedidas em dois períodos de 15 (quinze) dias, devidamente previstos na escala
anual de férias.
§4º No caso de parcelamento de férias, o servidor ou o ocupante de cargo em comissão receberá
o valor adicional previsto no inciso XVII do artigo 7º da Constituição Federal quando da utilização
do primeiro período.
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Art. 21. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa
ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês
de efetivo exercício, ou fração igual ou superior a quinze dias.
Parágrafo único. A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for
publicado o ato exoneratório.
Seção V
Da Jornada
Art. 22. A jornada padrão de trabalho dos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás é
de 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais:
Parágrafo único. A jornada de trabalho é de 8 (oito) horas diárias e 40 (quarenta) horas
semanais para os servidores:
I – nomeados para cargos em comissão; e
II – designados para função de confiança.
CAPÍTULO III
DA EVOLUÇÃO FUNCIONAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 23. A Evolução Funcional nos cargos ocorrerá mediante as seguintes formas:
I – Progressão Vertical;
II – Progressão Horizontal.
Art. 24. A Evolução Funcional somente se dará de acordo com a previsão orçamentária de cada
ano, que deverá assegurar recursos suficientes para, no mínimo:
I – Progressão Vertical de 10% dos servidores de cada Grupo Ocupacional, a cada processo; e
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II – Progressão Horizontal de 20% dos servidores de cada Grupo Ocupacional, a cada processo.
§1º As verbas destinadas à Progressão Vertical e à Progressão Horizontal deverão ser objeto de
rubricas específicas na Lei Orçamentária.
§2º A distribuição dos recursos previstos em orçamento para a Evolução Funcional dos
servidores será distribuída entre os Grupos Ocupacionais, de acordo com a massa salarial de
cada um desses.
§3º O Tribunal de Contas do Estado de Goiás deverá realizar primeiramente a Progressão
Vertical, e, havendo sobras financeiras utilizará os recursos na Progressão Horizontal no próprio
Grupo Ocupacional.
§4º. Sobras apuradas após a aplicação do parágrafo anterior poderão ser utilizadas na Evolução
Funcional do Grupo Ocupacional que tiver mais servidores habilitados.
Art. 25. Os processos de Evolução Funcional ocorrerão anualmente, tendo seus efeitos
financeiros em março do exercício seguinte, beneficiando os servidores habilitados.
Art. 26. O interstício mínimo exigido na Evolução Funcional:
I – será contado em anos, compreendendo o período entre Janeiro e Dezembro;
II – começará a ser contado a partir do mês de Janeiro do ano em que o servidor perceber os
efeitos financeiros da primeira evolução funcional;
III – considerará apenas os anos em que o servidor tenha trabalhado por, no mínimo, 09 (nove)
meses, ininterruptos ou não;
IV - considerará apenas os dias efetivamente trabalhados e o período de gozo:
a) das férias;
b) da licença maternidade e paternidade;
c) da licença em função de luto;
d) dos 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho;
e) das folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo
do Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
§1º Nos casos de licenças e afastamentos descritos acima, a Avaliação de Desempenho recairá
somente sobre o período trabalhado.
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§2º Não prejudica a contagem de tempo para os interstícios necessários para a Evolução
Funcional:
I – a nomeação para cargo em comissão ou a designação para função de confiança no Tribunal
de Contas do Estado de Goiás;
II – o afastamento para Justiça Eleitoral;
III – a convocação para participação do Tribunal do Juri.
Seção II
Da Progressão Vertical
Art. 27. A Progressão Vertical é a passagem de um Nível para outro imediatamente superior,
mantido o Grau, mediante Avaliação de Desempenho e Qualificação.
Art. 28. Está habilitado à Progressão Vertical o servidor que:
I – possuir estabilidade no cargo;
II – houver cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
III – não tiver contra si, no período de interstício, decisão administrativa transitada em julgado
aplicando pena disciplinar de suspensão;
IV – obtiver 02 (dois) desempenhos superiores à média do Grupo Ocupacional a que pertence,
consideradas as 03 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
V – não possuir, durante o interstício, mais de 21 (vinte e uma) ausências;
VI – possuir pelo menos uma das qualificações exigidas no Anexo V para o Nível, observado o
disposto no artigo seguinte.
§1º A média a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo é obtida a partir da soma das
pontuações obtidas na Avaliação Periódica de Desempenho ou na Avaliação Especial de
Desempenho, em cada Grupo Ocupacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
§2º Para fins do inciso V deste artigo, são consideradas ausências:
I – Falta justificada: ausência em caso de necessidade ou força maior, mediante requerimento
fundamentado do servidor e validação do seu chefe imediato;
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II – Falta injustificada: ausência sem apresentação de requerimento ou caso o requerimento
apresentado pelo servidor não for aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência das
justificativas apresentadas.
§3º Excluem-se do conceito de ausência, para fins do inciso V do caput do artigo 28:
I – as férias;
II – a licença maternidade e paternidade;
III – a licença em função de luto;
IV – os 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
V – folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo do
Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
VI – folga decorrente de trabalho para Justiça Eleitoral;
Art. 29. A Qualificação exigida para a Progressão Vertical, conforme Anexo V, pode ser obtida
mediante:
I – Graduação;
II – Titulação;
III – Capacitação.
§1º A Graduação e a Titulação:
I – devem ser reconhecidas pelo Ministério da Educação;
II – têm validade indeterminada para os fins desta Lei;
III – não podem ser utilizadas mais de uma vez para fins de Evolução Funcional;
IV – não podem ter sido utilizadas como requisito de ingresso no cargo ou em processos de
evolução na carreira previstos em legislação anterior.
§2º A Capacitação:
I – deve ser aprovada pela Comissão de Gestão de Carreiras antes do início do curso ou após o
término do curso que tenha sido iniciado antes ou até 06 (seis) meses após a publicação desta
Lei;
II – deve ser utilizada em no máximo 05 (cinco) anos, contados da data do certificado de
conclusão até a data dos efeitos financeiros da progressão;
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III – deve ser iniciada após o ingresso do servidor no Tribunal;
IV – pode ser obtida mediante o somatório de cargas horárias de cursos de capacitação,
respeitadas as cargas horárias mínimas por curso:
a) cargos com exigência de ingresso de nível médio ou técnico: curso com carga horária mínima
de 16 (dezesseis) horas;
b) cargos com exigência de ingresso de nível superior: curso com carga horária mínima de 30
(trinta) horas.
V – não pode ser utilizada mais de uma vez para fins de Evolução Funcional.
§3º O servidor que se habilitar à Progressão Vertical e não se beneficiar da mesma por
inexistência de disponibilidade orçamentária e financeira, poderá fazer uso dos cursos realizados
independentemente do prazo estabelecido no inciso II do parágrafo anterior.
§4º A Qualificação deve ser pertinente com as atribuições do cargo.
Seção III
Da Progressão Horizontal
Art. 30. A Progressão Horizontal é a passagem de um Grau para outro imediatamente superior,
dentro do mesmo nível, mediante classificação no processo de Avaliação de Desempenho.
Art. 31. Está habilitado à Progressão Horizontal o servidor que:
I – possuir estabilidade no cargo;
II – houver cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
III – não tiver contra si, no período de interstício, decisão administrativa transitada em julgado
aplicando pena disciplinar de suspensão;
IV – obtiver 02 (dois) desempenhos superiores à média do Grupo Ocupacional a que pertence,
consideradas as 03 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
V – não possuir, durante o interstício, mais de 21 (vinte e uma) ausências.
§1º A média a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo é obtida a partir da soma das
pontuações obtidas na Avaliação Periódica de Desempenho ou na Avaliação Especial de
Desempenho, em cada Grupo Ocupacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
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§2º Para fins do inciso V deste artigo, são consideradas ausências:
I – Falta justificada: ausência em caso de necessidade ou força maior, mediante requerimento
fundamentado do servidor e validação do seu chefe imediato;
II – Falta injustificada: ausência sem apresentação de requerimento ou caso o requerimento
apresentado pelo servidor não for aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência das
justificativas apresentadas.
§3º Excluem-se do conceito de ausência, para fins do inciso V:
I – as férias;
II – a licença maternidade e paternidade;
III – a licença em função de luto;
IV – os 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
V – folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo do
Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
VI – folga decorrente de trabalho para Justiça Eleitoral;
CAPÍTULO IV
DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Art. 32. Fica instituído o Sistema de Avaliação de Desempenho, com a finalidade de proporcionar
o aprimoramento dos métodos de gestão, a valorização do servidor, a melhoria da qualidade e
eficiência do serviço público, bem como a Evolução Funcional.
Art. 33. O Sistema de Avaliação de Desempenho é composto por:
I – Avaliação Especial de Desempenho, utilizada para fins de aquisição da estabilidade no serviço
público, conforme o artigo 41, § 4º, da Constituição Federal, e para fins da primeira Evolução
Funcional;
II – Avaliação Periódica de Desempenho, utilizada anualmente para fins de Evolução Funcional,
mediante Progressão por Mérito e Capacitação.
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Art. 34. A Avaliação Periódica de Desempenho é um processo anual e sistemático de aferição do
desempenho do servidor ou do ocupante de cargo em comissão, e será utilizada para fins de
programação de ações de capacitação e qualificação e, para os servidores efetivos, como critério
para a Evolução Funcional, compreendendo:
I – Avaliação Funcional;
II – Assiduidade.
§1° A Avaliação Funcional ocorrerá anualmente a partir da identificação e mensuração de
conhecimentos, habilidades e atitudes, e, cumprimentos de metas quantitativas, exigidas para o
bom desempenho do cargo e cumprimento da missão institucional do Tribunal e terá pontuação
máxima de 100 (cem) pontos.
§2° Os servidores serão classificados em lista para a seleção daqueles que vão progredir,
considerando as notas obtidas na Avaliação de Desempenho.
§3° Em caso de empate será contemplado o servidor que, sucessivamente:
I – estiver há mais tempo sem ter obtido uma Progressão Horizontal ou Vertical;
II – tiver obtido a maior nota na Avaliação de Desempenho mais recente;
III – tiver maior tempo de efetivo exercício no cargo;
IV – tiver maior idade.
Art. 35. O Sistema de Avaliação de Desempenho será regulamentado por ato normativo do
Tribunal de Contas no prazo de 90 (noventa) dias contados da data de publicação desta Lei.
Art. 36. O servidor nomeado para ocupar cargo em comissão ou designado para função de
confiança será avaliado de acordo com as atribuições do cargo ou função que tiver exercido mais
tempo durante o período avaliado.
CAPÍTULO V
DA COMISSÃO DE GESTÃO DE CARREIRAS
Art. 37. Fica criada a Comissão de Gestão de Carreiras cujos membros serão nomeados pelo
Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Goiás.
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§1º A Comissão deliberará por maioria qualificada de dois terços e seu presidente só vota em
caso de empate.
§2º Compete à Comissão de Gestão de Carreiras, dentre outras estabelecidas por ato normativo
da Presidência do Tribunal:
I – avaliar a pertinência dos cursos de qualificação iniciados antes, ou até 06 (seis) meses após a
publicação desta Lei, e que se pretendem utilizar para fins de Evolução Funcional;
II – acompanhar os processos de Evolução Funcional e de Avaliação de Desempenho;
III - Julgar os recursos dos servidores relativos à Avaliação de Desempenho;
§3° São regras para o processo e julgamento dos recursos:
I – o recurso deve ser protocolizado em até 05 (cinco) dias úteis, contados da ciência da
Avaliação de Desempenho pelo servidor ou o ocupante de cargo em comissão;
II – somente o servidor ou o ocupante de cargo em comissão pode recorrer da sua Avaliação de
Desempenho;
III – o recurso só será provido quando a Avaliação de Desempenho:
a) não tiver sido executada na forma prevista no regulamento;
b) tiver sido manifestamente injusta;
c) tiver se baseado em fatos comprovadamente inverídicos.
§4º A Comissão de Gestão de Carreiras poderá, a qualquer tempo:
I – utilizar-se de todas as informações existentes sobre o servidor ou o ocupante de cargo em
comissão avaliado;
II – realizar diligências junto às unidades e chefias, solicitando, se necessária, a revisão das
informações, a fim de corrigir erros ou omissões;
III – convocar servidor ou o ocupante de cargo em comissão para prestar informações ou
participação opinativa, sem direito a voto; e
IV – valer-se da Diretoria Jurídica do Tribunal de Contas, que ficará responsável por assessorar o
processo de revisão relativo à Avaliação de Desempenho.
Art. 38. Os trabalhos e a composição da Comissão de Gestão de Carreiras serão
regulamentados por Ato Normativo da Presidência do Tribunal.
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CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Seção I
Do Enquadramento
Art. 39. Ficam os cargos efetivos do Tribunal de Contas do Estado de Goiás consolidados
conforme do Anexo I desta Lei.
Art. 40. Para o enquadramento dos atuais ocupantes dos cargos públicos, deverá ser observado:
I - Posicionamento do servidor no Grau correspondente ao vencimento idêntico ou, se não for
possível, no imediatamente superior, dando sempre preferência ao menor Nível na Tabela de
Vencimentos.
II – Após o posicionamento no nível e grau previsto no inciso I do artigo 40 desta Lei, o servidor
avançará, se possuir:
a) até 5 (cinco) anos de Tempo de Serviço: 1 (um) grau;
b) mais de 5 (cinco) anos até 10 (dez) anos de Tempo de Serviço: 2 (dois) graus;
c) mais de 10 (dez) anos até 15 (quinze) anos de Tempo de Serviço: 3 (três) graus;
d) Mais de 15 (quinze) anos de Tempo de Serviço: 4 (quatro) graus.
III – O posicionamento no nível e grau previstos no inciso II do artigo 40 desta Lei, consistirá no
enquadramento final do servidor;
IV – Após o enquadramento final do servidor previsto no inciso III do artigo 40 desta Lei, será
realizado o cálculo da diferença entre o novo vencimento-base de cada servidor e o valor total de
remuneração pessoal;
V – O valor obtido por meio do cálculo da diferença entre o novo vencimento-base de cada
servidor e o valor total de remuneração pessoal será denominado “Valor de Diferença de
Remuneração” – VDR;
§1º São extintas após o enquadramento final do servidor, realizado na forma do inciso III do Artigo
40 desta Lei, exclusivamente, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, as seguintes
parcelas remuneratórias:
I – Gratificação de Incentivo Funcional, prevista no artigo 16-D da Lei Estadual nº 15.122/05;
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II – Gratificação de 5% por quinquênio, prevista no artigo 16-B da Lei Estadual nº 15.122/05 e
artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88;
III – Gratificação de 10% por quinquênio prevista no artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88
percebida pelo servidor que fazia jus à alíquota pela redação anterior à Lei Estadual nº 12.831/95;
IV – VPNI – Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada, prevista no artigo 16-F da Lei Estadual
nº 15.122/05.
§2º O posicionamento previsto no inciso I do artigo 40 desta Lei deverá ser realizado por meio do
valor nominal do vencimento–base de cada servidor, referente ao mês anterior a publicação desta
Lei.
§2º O “Valor de Diferença de Remuneração” – VDR será objeto de aplicação do índice de reajuste
anual do Tribunal de Contas do Estado.
§3º O Tribunal de Contas do Estado de Goiás deverá considerar o “Valor de Diferença de
Remuneração” – VDR para fins de limite definido no artigo 13 desta Lei.
Art. 41. Serão descontados do “Valor de Diferença de Remuneração” – VDR, os valores de
quinquênios previstos no artigo 42 desta Lei e da evolução funcional prevista nos artigos 27 e 30
desta Lei, dos servidores que futuramente fizerem jus, até o limite de sua extinção.
Art. 42. Fica instituída a Gratificação de 2,5% (dois vírgula cinco por cento) por quinquênio de
efetivo exercício em cargo público do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, calculados
exclusivamente sobre o vencimento base do cargo de provimento efetivo ocupado, sendo vedada
a utilização de outra base de cálculo ou a sua computação para fins de novos cálculos.
Parágrafo único. A contagem do tempo de efetivo de exercício considerará o período não
utilizado na última concessão da Gratificação de 5% por quinquênio, prevista no artigo 16-B da Lei
Estadual nº 15.122/05 e artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88.
Art. 43. O prazo para o enquadramento dos servidores é de até 120 (cento e vinte) dias, a contar
da data de publicação desta Lei.
Parágrafo único. Aplicam-se as regras de enquadramento aos concursos em andamento na data
da publicação desta Lei.
Seção II
19
Do Quadro Suplementar
Art. 44. O Quadro Suplementar é o constante do Anexo VI desta Lei, observada as seguintes
regras:
I – os cargos constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para a
constante da coluna “Situação Nova”;
§1º. Os cargos do Quadro Suplementar extinguem-se na sua vacância.
§2º. Os servidores vinculados ao Quadro Suplementar serão remunerados pela Tabela de
Vencimento correspondente a tabela específica prevista no Anexo VI desta Lei.
§3º. A exoneração do servidor ocupante de cargo do Quadro Suplementar, mencionado no caput
do artigo, dependerá de prévia autorização do Tribunal Pleno.
Seção III
Da nomeação para Cargos em Comissão e designação para Funções de Confiança
Art. 45. Os cargos em comissão e Funções de Confiança previstos na coluna “Situação Anterior”,
nos Anexos II e III desta Lei, serão extintos na vacância.
Parágrafo único. O Tribunal de Contas deverá adotar todas as medidas cabíveis, para que num
prazo máximo de dois anos, todos os Cargos em Comissão e Funções de Confiança estejam
adequados aos cargos previstos na coluna “Situação Nova”, nos Anexos II e III desta Lei.
Seção III
Das Disposições Gerais
Art. 46. Constarão do demonstrativo de vencimentos o Nível e Grau em que está enquadrado o
servidor.
Art. 47. É vedada a concessão de Evolução Funcional aos servidores do Tribunal cedidos a
outros entes.
20
Art. 48. É vedada a Evolução Funcional aos servidores do Tribunal investidos em mandato eletivo,
salvo no caso de investidura em mandato de vereador, desde que haja compatibilidade de
horários, nos termos do art. 38, III, da Constituição Federal.
Art. 49. A Presidência do Tribunal de Contas do Estado de Goiás editará normas regulamentares
referentes as atribuições e especialidades previstas no artigo 4º e habilitação legal específica
prevista nos incisos I e II do artigo 5º, no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 50. Os atuais servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás estão dispensados das
exigências contidas nos artigos 28, I e 31, I desta Lei.
Art. 51. Fica extinto, exclusivamente, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Goiás a
Licença-Prêmio prevista no artigo 16-A da Lei nº 15.122/05 e 243 da Lei Estadual nº 10.460/88.
§1º Será respeitado o direito de fruição do benefício previsto no caput do artigo 51, aos servidores
que, na data da publicação desta Lei, possuírem os requisitos para sua concessão nos termos de
ato normativo da Presidência do Tribunal.
§2º O período de fruição da Licença-Prêmio nos termos do parágrafo primeiro do artigo 51 desta
Lei, será considerado como efetivo trabalho para fins do artigo 26, IV desta Lei.
Art. 52. Fica vedado ao Tribunal de Contas do Estado de Goiás reestabelecer ou criar nova
concessão de qualquer gratificação ou direito, extintos por esta Lei.
Art. 53. É garantida a licença de servidores do Quadro de Cargos Efetivos do Tribunal para
exercício de mandato eletivo de presidente de entidade de classe representativa dos servidores
do Órgão, sem prejuízo da remuneração e dos demais direitos do seu cargo.
Art. 54. As despesas decorrentes da presente lei correrão à conta das dotações orçamentárias
próprias, consignadas no orçamento vigente.
Art. 55. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, assegurando-se ao Tribunal de Contas
do Estado de Goiás um prazo de 120 (cento e vinte) dias para a implementação de seu conteúdo.
21
Art. 56. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei n. 15.122/05 e 16.466/09.
Goiás, xxxxx
22
Anexo I da Lei nº xxxxx
Anexo II da Lei nº xxxxx
Anexo III da Lei nº xxxxx
DENOMINAÇÃO NATUREZA ÁREA DE ATUAÇÃO QUANTIDADE ATRIBUI ÇÕES
CONTROLE EXTERNO
APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
CONTROLE EXTERNO
APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
160
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO CARGO EFETIVO 350
QUADRO DE CARGOS EFETIVOS
Desempenhar todas as atividades concernentes ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás, de nível intermediário, inclusive aquelas relacionadas à
sua gestão, bem como auxiliar o Analista de Controle Externo no exercício de suas
atribuições
Desempenhar de todas as atividades de caráter técnico de nível superior relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a
cargo do Tribunal de Contas da União, inclusive aquelas relacionadas à sua gestão.
TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO CARGO EFETIVO
Situação Anterior
Assessor I
Assessor II
Assessor III
Assessor IV
Situação Anterior
Diretoria Superior
Diretor de Divisão
Chefe de Serviço
NOVO
Situação Anterior
Chefe de Gabinete
Diretor Jurídico
n/c
n/c
Ouvidor Geral
n/c
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Assessor Técnico de Gabinete I 34 R$12.000,00 Nível Superior
Assessor Técnico de Gabinete II 34 R$9.000,00 Nível Superior
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Secretário 4 R$14.000,00 Nível Superior
Gerente 14 R$12.000,00 Nível Superior
Chefe de Serviço* 36 R$9.000,00 Nível Médio
Chefe de Setor* 11 R$7.000,00 Nível Médio
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Secretário Chefe de Gabinete da Presidência 1 R$14.000,00 Nível Superior
Diretor Jurídico 1 R$12.000,00 Nível Superior
Controlador do TCE-GO 1 R$12.000,00 Nível Superior
Assessor Chefe de Comunicação 1 R$9.000,00 Nível Superior
Ouvidor Geral 1 R$9.000,00 Nível Superior
Assessor de Apoio Administrativo 7 R$7.000,00 Nível Médio
14Assessor Técnico de Gabinete III
CARGOS EM COMISSÃO
Nível SuperiorR$7.000,00
Situação Anterior
Assessor Técnico I
Assessor Técnico II
Assessor Técnico III
Assessor Técnico IV
Assessor Supervisor
Situação Nova Quantidade Gratificação Requisito de Eco laridade
Assistente Técnico I 5 R$6.000,00 Nível Superior
Assistente Técnico II 38 R$4.500,00 Nível Superior
Extinto Extinto Extinto Extinto
Nível SuperiorAssistente Técnico III
FUNÇÕES DE CONFIANÇA
21 R$3.500,00
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Anexo IV da Lei nº xxxxx
Anexo V da Lei nº xxxxx
62%
NIVEL A B C D E F G H IIV 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76 11.679,72 12.088,51 12.511,60 12.949,50
III 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76 11.679,72 12.088,51
II 8.569,80 8.869,74 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76
I 8.000,00 8.280,00 8.569,80 8.869,74 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45
NIVEL A B C D E F G H I
56%
NIVEL A B C D E F G H I JIII 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88 6.770,84 7.007,81 7.253,08 7.506,93
II 5.141,88 5.321,84 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88 6.770,84 7.007,81
I 4.800,00 4.968,00 5.141,88 5.321,84 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88
NIVEL A B C D E F G H I J
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO
TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO
Exigência de Ingresso
Nível Médio
Nível Superior
Nível Graduação/Titulação Capacitação
IIEducação Profissional (Técnico) ou
Nível Superior120 Horas
IIIEducação Profissional (Técnico) ou
Nível Superior ou Pós Graduação120 horas
II Pós Graduação 240 Horas
IIIMestrado ou 02 Certificados de Pós
Graduação240 Horas
IVDoutorado ou 03 Certificados de
Pós Graduação240 Horas
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Anexo VI da Lei nº xxxxx
Situaçao Anterior
Assessor de Assuntos Contábeis, Financeiros, Jurídicos e
Orçamentários
Assessor de Assuntos Econômicos junto à ATE
Assessor Técnico de Engenharia
Inspetor de Empresas Econômicas
Inspetor Fiscal da Despesa Pública
Inspetor de Obras Públicas
Inspetor Supervisor da Despesa
Assessistente Técnico Especializado
Assessor de Imprensa
Oficial Especializado de Representação
Condutor Especializado
Datilógrafo
Digitador
Eletricista
Auxiliar Especializado
Fotógrafo
Mecanógrafo
Auxiliar Geral
Cargos em Comis s
Situação Nova
ASSESSOR ESPECIAL II
ASSESSOR ESPECIAL III
ASSESSOR ESPECIAL IV
ASSESSOR ESPECIAL I
são - Quadro Suplementar
ASSESSOR ESPECIAL V
Quantidade Vencimento
57 R$9.000,00
R$7.000,00
R$5.000,00
17 R$12.000,00
R$4.000,00
22
25
23
2
ANEXO 1 – MINUTA DO PROJETO DE LEI
PROJETO DE LEI n° ........
Dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos dos Servidores do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás e dá outras
providências.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Fica instituído o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Servidores do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás, fundamentado nos seguintes princípios:
I – racionalização da estrutura de cargos e carreiras;
II – legalidade e segurança jurídica;
III – reconhecimento e valorização do servidor público pelos serviços prestados, pelo
conhecimento adquirido e pelo desempenho profissional; e
IV – estímulo ao desenvolvimento profissional e à qualificação funcional.
Art. 2º Para os fins desta Lei considera-se:
I – Servidor: a pessoa legalmente investida em cargo de provimento efetivo;
II – Cargo efetivo: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com número certo,
que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e responsabilidades,
provido por meio de concurso público, nos termos do art. 37, II da Constituição Federal;
III – Cargo em Comissão: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com
número certo, que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e
3
responsabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provido através de livre nomeação, nos
termos do art. 37, V da Constituição Federal;
IV – Função de Confiança: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com
número certo, que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e
responsabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provida através de designação de
servidor titular de cargo efetivo, nos termos do art. 37, V da Constituição Federal;
V – Carreira: estrutura de desenvolvimento funcional e profissional, operacionalizada através de
passagens a Níveis e Graus superiores, no cargo do servidor;
VI – Padrão: conjunto de algarismos que designa o vencimento dos servidores, formado por:
a) Nível: indicativo de cada posição salarial em que o servidor poderá estar enquadrado na
Carreira, segundo critérios de desempenho, capacitação e titulação, representado por números;
b) Grau: indicativo de cada posição salarial em que o servidor poderá estar enquadrado na
Carreira, segundo critérios de desempenho, representado por letras;
VII – Progressão Vertical: passagem do servidor de um Nível para outro superior, na Tabela de
Vencimento própria do cargo a que pertence;
VIII – Progressão Horizontal: passagem do servidor de um Grau para outro superior, na Tabela de
Vencimento própria do cargo a que pertence;
IX – Vencimento Base: retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, de
acordo com o Nível e Grau;
X – Remuneração: retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, composta
pelo vencimento base e pelas demais vantagens pecuniárias estabelecidas em lei;
XI – Área de Atuação: campo genérico de trabalho onde os servidores podem desempenhar suas
atribuições, podendo ser no “Controle Externo” ou no “Apoio Técnico e Administrativo”;
XII – Especialidade: campo específico de trabalho, relacionado a um conjunto de atribuições e
responsabilidades, podendo exigir formações e/ou habilitações específicas, a ser determinado em
regulamento, conforme o cargo e a área de atuação;
XIII – Grupo Ocupacional: conjunto de servidores titulares de cargos e áreas de atuação idênticos.
XIV – Massa salarial: soma do vencimento mensal dos servidores pertencentes a um Grupo
Ocupacional;
CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS
4
Seção I
Da Composição do Quadro de Cargos Efetivos
Art. 3º. O Quadro de Pessoal efetivo do Tribunal de Contas do Estado de Goiás é composto pelas
seguintes Carreiras, constituídas pelos respectivos cargos de provimento efetivo:
I - Analista de Controle Externo, de nível superior; e
II - Técnico de Controle Externo, de nível médio.
Parágrafo único. Os cargos efetivos previstos neste artigo são regidos pela Lei Estadual nº
10.460/88 que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de
suas Autarquias, exceto no que contrariar as disposições contidas nesta Lei, em especial, os
artigos 40, §1º e 50.
Art. 4º. Os quantitativos, as áreas de atuação e as atribuições dos cargos de que trata esta Lei
estão fixadas no Anexo I desta Lei.
Parágrafo único. Ato normativo expedido pela Presidência do Tribunal de Contas descreverá as
especialidades relacionadas a cada cargo e suas atribuições específicas.
Art. 5º. São requisitos de escolaridade para ingresso:
I - para o cargo de Analista, diploma de conclusão de curso superior, em nível de graduação, com
habilitação legal específica;
II - para o cargo de Técnico, certificado de conclusão de ensino médio e/ou, se for o caso,
habilitação legal específica.
§1º O Edital do concurso público determinará o número de vagas por área de atuação e
especialidade, devendo especificar os cursos de nível superior admitidos para as vagas
disponibilizadas, bem como o registro profissional exigido, conforme a necessidade do Tribunal de
Contas.
§2º É vedado o desempenho de atribuições diversas daquelas fixadas para o cargo para o qual o
servidor foi aprovado.
5
Art. 6º. Os servidores podem ser deslocados para atuar em outras especialidades e/ou áreas de
atuação, desde que possuam as habilitações necessárias, conforme interesse do Tribunal de
Contas, mediante ato da Presidência.
Art. 7º Os cargos estão vinculados à Tabela de Vencimentos aplicável, conforme Anexo I.
Seção II
Da Composição do Quadro de Cargos em Comissão e Funções de Confiança
Art. 8º. Fica criado o Quadro de Cargos em Comissão conforme Anexo II desta Lei.
§1º Os cargos constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para a
constante da coluna “Situação Nova”;
§2º Os cargos comissionados são regidos pela Lei Estadual nº 10.460/88 que dispõe sobre o
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias e vinculados
ao regime geral de previdência.
§3º O vencimento estipulado pelo Anexo II é devido aos nomeados para os cargos em comissão.
§4º Quando o nomeado para cargo em comissão for titular de cargo efetivo do Tribunal de Contas,
perceberá gratificação, cujo montante corresponderá, à opção do servidor, nos termos do Anexo
II:
I – à diferença entre o vencimento-base correspondente ao cargo efetivo do servidor e o
vencimento-base referente ao cargo em comissão;
II – a 60% (sessenta por cento) do valor total correspondente ao vencimento-base do cargo em
comissão.
§5º A Gratificação por Exercício de Cargo em Comissão não se incorpora ao vencimento do
servidor em nenhuma hipótese, sendo, contudo, devida para fins de cálculo de décimo-terceiro e
férias.
§6º A nomeação de servidor efetivo para cargo em comissão implica alteração das atribuições do
servidor, enquanto perdurar a nomeação.
Art. 9º. O cargo de Gerente e Chefe de Serviço terá o percentual mínimo de 30% (trinta por cento)
reservado aos servidores efetivos.
6
Art. 10. Fica criado o Quadro de Funções de Confiança, reservados a servidores efetivos,
conforme Anexo III desta Lei, observada as seguintes regras:
§1º As Funções constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para
a constante da coluna “Situação Nova”.
§2º. A gratificação estipulada pelo Anexo III é devido aos servidores designados para as Funções
de Confiança, enquanto perdurar a designação.
§3º A designação de servidor efetivo para função de confiança implica alteração das atribuições
do servidor, enquanto perdurar a designação.
Seção III
Do Ingresso e das Atribuições
Art. 11. Os cargos do Quadro de Cargos Efetivos do Anexo I desta Lei são providos
exclusivamente por concurso público de provas ou de provas e títulos e seu ingresso se dá
sempre no Nível e Grau iniciais do cargo.
§1º O concurso público realizar-se-á, preferencialmente, em duas etapas, na seguinte ordem:
I - provas ou provas e títulos, sendo as provas de caráter eliminatório e classificatório e os títulos
de caráter meramente classificatório;
§2º Para o cargo de Técnico de Controle Externo, durante a primeira etapa do concurso, poderá
ser exigido exame de habilidade específica, conforme dispuser o edital.
Seção IV
Da Remuneração
Art. 12. O servidor será remunerado de acordo com as Tabelas de Vencimento constantes do
Anexo IV, conforme o seu Padrão.
Parágrafo único. As Tabelas de Vencimento do Anexo IV estão fixadas de acordo com a jornada
padrão do cargo definida nesta Lei.
7
Art. 13. A maior remuneração, a qualquer título, atribuída aos servidores, obedecerá estritamente
ao disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal, sendo imediatamente reduzidos àquele limite
quaisquer valores percebidos em desacordo com esta norma, não se admitindo, neste caso, a
invocação de direito adquirido ou percepção de excesso a qualquer título.
Art. 14. Fica assegurada aos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás a revisão
geral anual, nos termos do inciso X do artigo 37 da Constituição Federal, observados os recursos
orçamentários, financeiros e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Art. 15. Aos ocupantes de cargo efetivo ou em comissão do Tribunal poderá ser atribuída
Gratificação de Desempenho, de 5% (cinco por cento) a 20% (vinte por cento) do vencimento do
respectivo cargo, observadas as normas previstas em ato do Tribunal para sua concessão.
Art. 16. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato
constante com substâncias tóxicas ou radioativas, ou em atividades com risco de vida
permanente, farão jus a um adicional, incidente sobre o vencimento do cargo efetivo, obedecido o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
§1º Os adicionais de insalubridade, periculosidade e de risco de vida são inacumuláveis, cabendo
opção expressa por um deles.
§2º Os adicionais serão concedidos nos percentuais de 10% (dez por cento), 15% (quinze por
cento) e 20% (vinte por cento) do vencimento, conforme se tratar de insalubridade, periculosidade
e risco de graus mínimo, médio e máximo, respectivamente, não incorporáveis para fins de
aposentadoria.
§3º A concessão dos adicionais previstos neste artigo obedecerá, subsidiariamente, as normas
legais e regulamentares aplicáveis aos trabalhadores em geral.
§4º O direito aos adicionais previstos neste artigo cessa, automaticamente, com a eliminação das
condições que deram causa à sua concessão.
Art. 17. Fica instituída a gratificação por encargo de curso, concurso ou comissão especial,
destinada a retribuir o servidor ou o ocupante de cargo em comissão durante o período em que
estiver designado para:
8
I - atividade de professor de cursos de treinamento ou aperfeiçoamento no âmbito do Tribunal;
II - membro de comissões de avaliação ou de concurso público;
III – membro de comissão especial, para exercer atividades não arroladas nas funções ordinárias
de seu cargo.
Parágrafo único. A gratificação de que trata o caput é fixada em ato do Presidente do Tribunal,
no montante de 10% (dez por cento) a 20 % (vinte por cento) do vencimento básico do servidor ou
do ocupante de cargo em comissão, de acordo com a complexidade da atividade desenvolvida, e
seu pagamento está vinculado à verificação do efetivo exercício do encargo.
Art. 18. O décimo terceiro salário do servidor ou do ocupante de cargo em comissão do Tribunal
será pago no mês de dezembro, tendo por base o valor da remuneração devida naquele mês.
Parágrafo único . A metade do valor correspondente ao décimo terceiro salário será paga ao
servidor ou ao ocupante de cargo em comissão, a título de antecipação, no mês de janeiro.
Art. 19. Haverá substituição no impedimento legal e temporário de ocupante de cargo em
comissão.
§1º A substituição prevista no caput deste artigo será remunerada proporcionalmente ao período
que houver ocorrido a substituição de acordo com ato Normativo da Presidência do Tribunal
§2º O substituto perceberá, durante o tempo da substituição, a remuneração do cargo de que for
titular, acrescido da diferença apurada entre esta e a do respectivo cargo em comissão.
Art. 20. O servidor ou o ocupante de cargo em comissão fará jus, anualmente, a trinta dias de
férias, que podem ser acumuladas, até o máximo dois períodos, no caso de necessidade do
serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
§1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta injustificada ao serviço.
§3º As férias poderão, a pedido do servidor ou o ocupante de cargo em comissão e a critério do
Tribunal, ser concedidas em dois períodos de 15 (quinze) dias, devidamente previstos na escala
anual de férias.
§4º No caso de parcelamento de férias, o servidor ou o ocupante de cargo em comissão receberá
o valor adicional previsto no inciso XVII do artigo 7º da Constituição Federal quando da utilização
do primeiro período.
9
Art. 21. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa
ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês
de efetivo exercício, ou fração igual ou superior a quinze dias.
Parágrafo único. A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for
publicado o ato exoneratório.
Seção V
Da Jornada
Art. 22. A jornada padrão de trabalho dos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás é
de 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais:
Parágrafo único. A jornada de trabalho é de 8 (oito) horas diárias e 40 (quarenta) horas
semanais para os servidores:
I – nomeados para cargos em comissão; e
II – designados para função de confiança.
CAPÍTULO III
DA EVOLUÇÃO FUNCIONAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 23. A Evolução Funcional nos cargos ocorrerá mediante as seguintes formas:
I – Progressão Vertical;
II – Progressão Horizontal.
Art. 24. A Evolução Funcional somente se dará de acordo com a previsão orçamentária de cada
ano, que deverá assegurar recursos suficientes para, no mínimo:
I – Progressão Vertical de 10% dos servidores de cada Grupo Ocupacional, a cada processo; e
10
II – Progressão Horizontal de 20% dos servidores de cada Grupo Ocupacional, a cada processo.
§1º As verbas destinadas à Progressão Vertical e à Progressão Horizontal deverão ser objeto de
rubricas específicas na Lei Orçamentária.
§2º A distribuição dos recursos previstos em orçamento para a Evolução Funcional dos
servidores será distribuída entre os Grupos Ocupacionais, de acordo com a massa salarial de
cada um desses.
§3º O Tribunal de Contas do Estado de Goiás deverá realizar primeiramente a Progressão
Vertical, e, havendo sobras financeiras utilizará os recursos na Progressão Horizontal no próprio
Grupo Ocupacional.
§4º. Sobras apuradas após a aplicação do parágrafo anterior poderão ser utilizadas na Evolução
Funcional do Grupo Ocupacional que tiver mais servidores habilitados.
Art. 25. Os processos de Evolução Funcional ocorrerão anualmente, tendo seus efeitos
financeiros em março do exercício seguinte, beneficiando os servidores habilitados.
Art. 26. O interstício mínimo exigido na Evolução Funcional:
I – será contado em anos, compreendendo o período entre Janeiro e Dezembro;
II – começará a ser contado a partir do mês de Janeiro do ano em que o servidor perceber os
efeitos financeiros da primeira evolução funcional;
III – considerará apenas os anos em que o servidor tenha trabalhado por, no mínimo, 09 (nove)
meses, ininterruptos ou não;
IV - considerará apenas os dias efetivamente trabalhados e o período de gozo:
a) das férias;
b) da licença maternidade e paternidade;
c) da licença em função de luto;
d) dos 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho;
e) das folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo
do Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
§1º Nos casos de licenças e afastamentos descritos acima, a Avaliação de Desempenho recairá
somente sobre o período trabalhado.
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§2º Não prejudica a contagem de tempo para os interstícios necessários para a Evolução
Funcional:
I – a nomeação para cargo em comissão ou a designação para função de confiança no Tribunal
de Contas do Estado de Goiás;
II – o afastamento para Justiça Eleitoral;
III – a convocação para participação do Tribunal do Juri.
Seção II
Da Progressão Vertical
Art. 27. A Progressão Vertical é a passagem de um Nível para outro imediatamente superior,
mantido o Grau, mediante Avaliação de Desempenho e Qualificação.
Art. 28. Está habilitado à Progressão Vertical o servidor que:
I – possuir estabilidade no cargo;
II – houver cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
III – não tiver contra si, no período de interstício, decisão administrativa transitada em julgado
aplicando pena disciplinar de suspensão;
IV – obtiver 02 (dois) desempenhos superiores à média do Grupo Ocupacional a que pertence,
consideradas as 03 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
V – não possuir, durante o interstício, mais de 21 (vinte e uma) ausências;
VI – possuir pelo menos uma das qualificações exigidas no Anexo V para o Nível, observado o
disposto no artigo seguinte.
§1º A média a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo é obtida a partir da soma das
pontuações obtidas na Avaliação Periódica de Desempenho ou na Avaliação Especial de
Desempenho, em cada Grupo Ocupacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
§2º Para fins do inciso V deste artigo, são consideradas ausências:
I – Falta justificada: ausência em caso de necessidade ou força maior, mediante requerimento
fundamentado do servidor e validação do seu chefe imediato;
12
II – Falta injustificada: ausência sem apresentação de requerimento ou caso o requerimento
apresentado pelo servidor não for aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência das
justificativas apresentadas.
§3º Excluem-se do conceito de ausência, para fins do inciso V do caput do artigo 28:
I – as férias;
II – a licença maternidade e paternidade;
III – a licença em função de luto;
IV – os 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
V – folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo do
Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
VI – folga decorrente de trabalho para Justiça Eleitoral;
Art. 29. A Qualificação exigida para a Progressão Vertical, conforme Anexo V, pode ser obtida
mediante:
I – Graduação;
II – Titulação;
III – Capacitação.
§1º A Graduação e a Titulação:
I – devem ser reconhecidas pelo Ministério da Educação;
II – têm validade indeterminada para os fins desta Lei;
III – não podem ser utilizadas mais de uma vez para fins de Evolução Funcional;
IV – não podem ter sido utilizadas como requisito de ingresso no cargo ou em processos de
evolução na carreira previstos em legislação anterior.
§2º A Capacitação:
I – deve ser aprovada pela Comissão de Gestão de Carreiras antes do início do curso ou após o
término do curso que tenha sido iniciado antes ou até 06 (seis) meses após a publicação desta
Lei;
II – deve ser utilizada em no máximo 05 (cinco) anos, contados da data do certificado de
conclusão até a data dos efeitos financeiros da progressão;
13
III – deve ser iniciada após o ingresso do servidor no Tribunal;
IV – pode ser obtida mediante o somatório de cargas horárias de cursos de capacitação,
respeitadas as cargas horárias mínimas por curso:
a) cargos com exigência de ingresso de nível médio ou técnico: curso com carga horária mínima
de 16 (dezesseis) horas;
b) cargos com exigência de ingresso de nível superior: curso com carga horária mínima de 30
(trinta) horas.
V – não pode ser utilizada mais de uma vez para fins de Evolução Funcional.
§3º O servidor que se habilitar à Progressão Vertical e não se beneficiar da mesma por
inexistência de disponibilidade orçamentária e financeira, poderá fazer uso dos cursos realizados
independentemente do prazo estabelecido no inciso II do parágrafo anterior.
§4º A Qualificação deve ser pertinente com as atribuições do cargo.
Seção III
Da Progressão Horizontal
Art. 30. A Progressão Horizontal é a passagem de um Grau para outro imediatamente superior,
dentro do mesmo nível, mediante classificação no processo de Avaliação de Desempenho.
Art. 31. Está habilitado à Progressão Horizontal o servidor que:
I – possuir estabilidade no cargo;
II – houver cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
III – não tiver contra si, no período de interstício, decisão administrativa transitada em julgado
aplicando pena disciplinar de suspensão;
IV – obtiver 02 (dois) desempenhos superiores à média do Grupo Ocupacional a que pertence,
consideradas as 03 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
V – não possuir, durante o interstício, mais de 21 (vinte e uma) ausências.
§1º A média a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo é obtida a partir da soma das
pontuações obtidas na Avaliação Periódica de Desempenho ou na Avaliação Especial de
Desempenho, em cada Grupo Ocupacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
14
§2º Para fins do inciso V deste artigo, são consideradas ausências:
I – Falta justificada: ausência em caso de necessidade ou força maior, mediante requerimento
fundamentado do servidor e validação do seu chefe imediato;
II – Falta injustificada: ausência sem apresentação de requerimento ou caso o requerimento
apresentado pelo servidor não for aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência das
justificativas apresentadas.
§3º Excluem-se do conceito de ausência, para fins do inciso V:
I – as férias;
II – a licença maternidade e paternidade;
III – a licença em função de luto;
IV – os 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
V – folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo do
Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
VI – folga decorrente de trabalho para Justiça Eleitoral;
CAPÍTULO IV
DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Art. 32. Fica instituído o Sistema de Avaliação de Desempenho, com a finalidade de proporcionar
o aprimoramento dos métodos de gestão, a valorização do servidor, a melhoria da qualidade e
eficiência do serviço público, bem como a Evolução Funcional.
Art. 33. O Sistema de Avaliação de Desempenho é composto por:
I – Avaliação Especial de Desempenho, utilizada para fins de aquisição da estabilidade no serviço
público, conforme o artigo 41, § 4º, da Constituição Federal, e para fins da primeira Evolução
Funcional;
II – Avaliação Periódica de Desempenho, utilizada anualmente para fins de Evolução Funcional,
mediante Progressão por Mérito e Capacitação.
15
Art. 34. A Avaliação Periódica de Desempenho é um processo anual e sistemático de aferição do
desempenho do servidor ou do ocupante de cargo em comissão, e será utilizada para fins de
programação de ações de capacitação e qualificação e, para os servidores efetivos, como critério
para a Evolução Funcional, compreendendo:
I – Avaliação Funcional;
II – Assiduidade.
§1° A Avaliação Funcional ocorrerá anualmente a partir da identificação e mensuração de
conhecimentos, habilidades e atitudes, e, cumprimentos de metas quantitativas, exigidas para o
bom desempenho do cargo e cumprimento da missão institucional do Tribunal e terá pontuação
máxima de 100 (cem) pontos.
§2° Os servidores serão classificados em lista para a seleção daqueles que vão progredir,
considerando as notas obtidas na Avaliação de Desempenho.
§3° Em caso de empate será contemplado o servidor que, sucessivamente:
I – estiver há mais tempo sem ter obtido uma Progressão Horizontal ou Vertical;
II – tiver obtido a maior nota na Avaliação de Desempenho mais recente;
III – tiver maior tempo de efetivo exercício no cargo;
IV – tiver maior idade.
Art. 35. O Sistema de Avaliação de Desempenho será regulamentado por ato normativo do
Tribunal de Contas no prazo de 90 (noventa) dias contados da data de publicação desta Lei.
Art. 36. O servidor nomeado para ocupar cargo em comissão ou designado para função de
confiança será avaliado de acordo com as atribuições do cargo ou função que tiver exercido mais
tempo durante o período avaliado.
CAPÍTULO V
DA COMISSÃO DE GESTÃO DE CARREIRAS
Art. 37. Fica criada a Comissão de Gestão de Carreiras cujos membros serão nomeados pelo
Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Goiás.
16
§1º A Comissão deliberará por maioria qualificada de dois terços e seu presidente só vota em
caso de empate.
§2º Compete à Comissão de Gestão de Carreiras, dentre outras estabelecidas por ato normativo
da Presidência do Tribunal:
I – avaliar a pertinência dos cursos de qualificação iniciados antes, ou até 06 (seis) meses após a
publicação desta Lei, e que se pretendem utilizar para fins de Evolução Funcional;
II – acompanhar os processos de Evolução Funcional e de Avaliação de Desempenho;
III - Julgar os recursos dos servidores relativos à Avaliação de Desempenho;
§3° São regras para o processo e julgamento dos recursos:
I – o recurso deve ser protocolizado em até 05 (cinco) dias úteis, contados da ciência da
Avaliação de Desempenho pelo servidor ou o ocupante de cargo em comissão;
II – somente o servidor ou o ocupante de cargo em comissão pode recorrer da sua Avaliação de
Desempenho;
III – o recurso só será provido quando a Avaliação de Desempenho:
a) não tiver sido executada na forma prevista no regulamento;
b) tiver sido manifestamente injusta;
c) tiver se baseado em fatos comprovadamente inverídicos.
§4º A Comissão de Gestão de Carreiras poderá, a qualquer tempo:
I – utilizar-se de todas as informações existentes sobre o servidor ou o ocupante de cargo em
comissão avaliado;
II – realizar diligências junto às unidades e chefias, solicitando, se necessária, a revisão das
informações, a fim de corrigir erros ou omissões;
III – convocar servidor ou o ocupante de cargo em comissão para prestar informações ou
participação opinativa, sem direito a voto; e
IV – valer-se da Diretoria Jurídica do Tribunal de Contas, que ficará responsável por assessorar o
processo de revisão relativo à Avaliação de Desempenho.
Art. 38. Os trabalhos e a composição da Comissão de Gestão de Carreiras serão
regulamentados por Ato Normativo da Presidência do Tribunal.
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CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Seção I
Do Enquadramento
Art. 39. Ficam os cargos efetivos do Tribunal de Contas do Estado de Goiás consolidados
conforme do Anexo I desta Lei.
Art. 40. Para o enquadramento dos atuais ocupantes dos cargos públicos, deverá ser observado:
I - Posicionamento do servidor no Grau correspondente ao vencimento idêntico ou, se não for
possível, no imediatamente superior, dando sempre preferência ao menor Nível na Tabela de
Vencimentos.
II – Após o posicionamento no nível e grau previsto no inciso I do artigo 40 desta Lei, o servidor
avançará, se possuir:
a) até 5 (cinco) anos de Tempo de Serviço: 1 (um) grau;
b) mais de 5 (cinco) anos até 10 (dez) anos de Tempo de Serviço: 2 (dois) graus;
c) mais de 10 (dez) anos até 15 (quinze) anos de Tempo de Serviço: 3 (três) graus;
d) Mais de 15 (quinze) anos de Tempo de Serviço: 4 (quatro) graus.
III – O posicionamento no nível e grau previstos no inciso II do artigo 40 desta Lei, consistirá no
enquadramento final do servidor;
IV – Após o enquadramento final do servidor previsto no inciso III do artigo 40 desta Lei, será
realizado o cálculo da diferença entre o novo vencimento-base de cada servidor e o valor total de
remuneração pessoal;
V – O valor obtido por meio do cálculo da diferença entre o novo vencimento-base de cada
servidor e o valor total de remuneração pessoal será denominado “Valor de Diferença de
Remuneração” – VDR;
§1º São extintas após o enquadramento final do servidor, realizado na forma do inciso III do Artigo
40 desta Lei, exclusivamente, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, as seguintes
parcelas remuneratórias:
I – Gratificação de Incentivo Funcional, prevista no artigo 16-D da Lei Estadual nº 15.122/05;
18
II – Gratificação de 5% por quinquênio, prevista no artigo 16-B da Lei Estadual nº 15.122/05 e
artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88;
III – Gratificação de 10% por quinquênio prevista no artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88
percebida pelo servidor que fazia jus à alíquota pela redação anterior à Lei Estadual nº 12.831/95;
IV – VPNI – Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada, prevista no artigo 16-F da Lei Estadual
nº 15.122/05.
§2º O posicionamento previsto no inciso I do artigo 40 desta Lei deverá ser realizado por meio do
valor nominal do vencimento–base de cada servidor, referente ao mês anterior a publicação desta
Lei.
§2º O “Valor de Diferença de Remuneração” – VDR será objeto de aplicação do índice de reajuste
anual do Tribunal de Contas do Estado.
§3º O Tribunal de Contas do Estado de Goiás deverá considerar o “Valor de Diferença de
Remuneração” – VDR para fins de limite definido no artigo 13 desta Lei.
Art. 41. Serão descontados do “Valor de Diferença de Remuneração” – VDR, os valores de
quinquênios previstos no artigo 42 desta Lei e da evolução funcional prevista nos artigos 27 e 30
desta Lei, dos servidores que futuramente fizerem jus, até o limite de sua extinção.
Art. 42. Fica instituída a Gratificação de 2,5% (dois vírgula cinco por cento) por quinquênio de
efetivo exercício em cargo público do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, calculados
exclusivamente sobre o vencimento base do cargo de provimento efetivo ocupado, sendo vedada
a utilização de outra base de cálculo ou a sua computação para fins de novos cálculos.
Parágrafo único. A contagem do tempo de efetivo de exercício considerará o período não
utilizado na última concessão da Gratificação de 5% por quinquênio, prevista no artigo 16-B da Lei
Estadual nº 15.122/05 e artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88.
Art. 43. O prazo para o enquadramento dos servidores é de até 120 (cento e vinte) dias, a contar
da data de publicação desta Lei.
Parágrafo único. Aplicam-se as regras de enquadramento aos concursos em andamento na data
da publicação desta Lei.
Seção II
19
Do Quadro Suplementar
Art. 44. O Quadro Suplementar é o constante do Anexo VI desta Lei, observada as seguintes
regras:
I – os cargos constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para a
constante da coluna “Situação Nova”;
§1º. Os cargos do Quadro Suplementar extinguem-se na sua vacância.
§2º. Os servidores vinculados ao Quadro Suplementar serão remunerados pela Tabela de
Vencimento correspondente a tabela específica prevista no Anexo VI desta Lei.
§3º. A exoneração do servidor ocupante de cargo do Quadro Suplementar, mencionado no caput
do artigo, dependerá de prévia autorização do Tribunal Pleno.
Seção III
Da nomeação para Cargos em Comissão e designação para Funções de Confiança
Art. 45. Os cargos em comissão e Funções de Confiança previstos na coluna “Situação Anterior”,
nos Anexos II e III desta Lei, serão extintos na vacância.
Parágrafo único. O Tribunal de Contas deverá adotar todas as medidas cabíveis, para que num
prazo máximo de dois anos, todos os Cargos em Comissão e Funções de Confiança estejam
adequados aos cargos previstos na coluna “Situação Nova”, nos Anexos II e III desta Lei.
Seção III
Das Disposições Gerais
Art. 46. Constarão do demonstrativo de vencimentos o Nível e Grau em que está enquadrado o
servidor.
Art. 47. É vedada a concessão de Evolução Funcional aos servidores do Tribunal cedidos a
outros entes.
20
Art. 48. É vedada a Evolução Funcional aos servidores do Tribunal investidos em mandato eletivo,
salvo no caso de investidura em mandato de vereador, desde que haja compatibilidade de
horários, nos termos do art. 38, III, da Constituição Federal.
Art. 49. A Presidência do Tribunal de Contas do Estado de Goiás editará normas regulamentares
referentes as atribuições e especialidades previstas no artigo 4º e habilitação legal específica
prevista nos incisos I e II do artigo 5º, no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 50. Os atuais servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás estão dispensados das
exigências contidas nos artigos 28, I e 31, I desta Lei.
Art. 51. Fica extinto, exclusivamente, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Goiás a
Licença-Prêmio prevista no artigo 16-A da Lei nº 15.122/05 e 243 da Lei Estadual nº 10.460/88.
§1º Será respeitado o direito de fruição do benefício previsto no caput do artigo 51, aos servidores
que, na data da publicação desta Lei, possuírem os requisitos para sua concessão nos termos de
ato normativo da Presidência do Tribunal.
§2º O período de fruição da Licença-Prêmio nos termos do parágrafo primeiro do artigo 51 desta
Lei, será considerado como efetivo trabalho para fins do artigo 26, IV desta Lei.
Art. 52. Fica vedado ao Tribunal de Contas do Estado de Goiás reestabelecer ou criar nova
concessão de qualquer gratificação ou direito, extintos por esta Lei.
Art. 53. É garantida a licença de servidores do Quadro de Cargos Efetivos do Tribunal para
exercício de mandato eletivo de presidente de entidade de classe representativa dos servidores
do Órgão, sem prejuízo da remuneração e dos demais direitos do seu cargo.
Art. 54. As despesas decorrentes da presente lei correrão à conta das dotações orçamentárias
próprias, consignadas no orçamento vigente.
Art. 55. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, assegurando-se ao Tribunal de Contas
do Estado de Goiás um prazo de 120 (cento e vinte) dias para a implementação de seu conteúdo.
21
Art. 56. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei n. 15.122/05 e 16.466/09.
Goiás, xxxxx
22
Anexo I da Lei nº xxxxx
Anexo II da Lei nº xxxxx
Anexo III da Lei nº xxxxx
DENOMINAÇÃO NATUREZA ÁREA DE ATUAÇÃO QUANTIDADE ATRIBUI ÇÕES
CONTROLE EXTERNO
APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
CONTROLE EXTERNO
APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
160
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO CARGO EFETIVO 350
QUADRO DE CARGOS EFETIVOS
Desempenhar todas as atividades concernentes ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás, de nível intermediário, inclusive aquelas relacionadas à
sua gestão, bem como auxiliar o Analista de Controle Externo no exercício de suas
atribuições
Desempenhar de todas as atividades de caráter técnico de nível superior relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a
cargo do Tribunal de Contas da União, inclusive aquelas relacionadas à sua gestão.
TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO CARGO EFETIVO
Situação Anterior
Assessor I
Assessor II
Assessor III
Assessor IV
Situação Anterior
Diretoria Superior
Diretor de Divisão
Chefe de Serviço
NOVO
Situação Anterior
Chefe de Gabinete
Diretor Jurídico
n/c
n/c
Ouvidor Geral
n/c
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Assessor Técnico de Gabinete I 34 R$12.000,00 Nível Superior
Assessor Técnico de Gabinete II 34 R$9.000,00 Nível Superior
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Secretário 4 R$14.000,00 Nível Superior
Gerente 14 R$12.000,00 Nível Superior
Chefe de Serviço* 36 R$9.000,00 Nível Médio
Chefe de Setor* 11 R$7.000,00 Nível Médio
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Secretário Chefe de Gabinete da Presidência 1 R$14.000,00 Nível Superior
Diretor Jurídico 1 R$12.000,00 Nível Superior
Controlador do TCE-GO 1 R$12.000,00 Nível Superior
Assessor Chefe de Comunicação 1 R$9.000,00 Nível Superior
Ouvidor Geral 1 R$9.000,00 Nível Superior
Assessor de Apoio Administrativo 7 R$7.000,00 Nível Médio
14Assessor Técnico de Gabinete III
CARGOS EM COMISSÃO
Nível SuperiorR$7.000,00
Situação Anterior
Assessor Técnico I
Assessor Técnico II
Assessor Técnico III
Assessor Técnico IV
Assessor Supervisor
Situação Nova Quantidade Gratificação Requisito de Eco laridade
Assistente Técnico I 5 R$6.000,00 Nível Superior
Assistente Técnico II 38 R$4.500,00 Nível Superior
Extinto Extinto Extinto Extinto
Nível SuperiorAssistente Técnico III
FUNÇÕES DE CONFIANÇA
21 R$3.500,00
23
Anexo IV da Lei nº xxxxx
Anexo V da Lei nº xxxxx
62%
NIVEL A B C D E F G H IIV 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76 11.679,72 12.088,51 12.511,60 12.949,50
III 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76 11.679,72 12.088,51
II 8.569,80 8.869,74 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76
I 8.000,00 8.280,00 8.569,80 8.869,74 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45
NIVEL A B C D E F G H I
56%
NIVEL A B C D E F G H I JIII 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88 6.770,84 7.007,81 7.253,08 7.506,93
II 5.141,88 5.321,84 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88 6.770,84 7.007,81
I 4.800,00 4.968,00 5.141,88 5.321,84 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88
NIVEL A B C D E F G H I J
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO
TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO
Exigência de Ingresso
Nível Médio
Nível Superior
Nível Graduação/Titulação Capacitação
IIEducação Profissional (Técnico) ou
Nível Superior120 Horas
IIIEducação Profissional (Técnico) ou
Nível Superior ou Pós Graduação120 horas
II Pós Graduação 240 Horas
IIIMestrado ou 02 Certificados de Pós
Graduação240 Horas
IVDoutorado ou 03 Certificados de
Pós Graduação240 Horas
24
Anexo VI da Lei nº xxxxx
Situaçao Anterior
Assessor de Assuntos Contábeis, Financeiros, Jurídicos e
Orçamentários
Assessor de Assuntos Econômicos junto à ATE
Assessor Técnico de Engenharia
Inspetor de Empresas Econômicas
Inspetor Fiscal da Despesa Pública
Inspetor de Obras Públicas
Inspetor Supervisor da Despesa
Assessistente Técnico Especializado
Assessor de Imprensa
Oficial Especializado de Representação
Condutor Especializado
Datilógrafo
Digitador
Eletricista
Auxiliar Especializado
Fotógrafo
Mecanógrafo
Auxiliar Geral
Cargos em Comis s
Situação Nova
ASSESSOR ESPECIAL II
ASSESSOR ESPECIAL III
ASSESSOR ESPECIAL IV
ASSESSOR ESPECIAL I
são - Quadro Suplementar
ASSESSOR ESPECIAL V
Quantidade Vencimento
57 R$9.000,00
R$7.000,00
R$5.000,00
17 R$12.000,00
R$4.000,00
22
25
23
2
ANEXO 1 – MINUTA DO PROJETO DE LEI
PROJETO DE LEI n° ........
Dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos dos Servidores do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás e dá outras
providências.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Fica instituído o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Servidores do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás, fundamentado nos seguintes princípios:
I – racionalização da estrutura de cargos e carreiras;
II – legalidade e segurança jurídica;
III – reconhecimento e valorização do servidor público pelos serviços prestados, pelo
conhecimento adquirido e pelo desempenho profissional; e
IV – estímulo ao desenvolvimento profissional e à qualificação funcional.
Art. 2º Para os fins desta Lei considera-se:
I – Servidor: a pessoa legalmente investida em cargo de provimento efetivo;
II – Cargo efetivo: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com número certo,
que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e responsabilidades,
provido por meio de concurso público, nos termos do art. 37, II da Constituição Federal;
III – Cargo em Comissão: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com
número certo, que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e
3
responsabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provido através de livre nomeação, nos
termos do art. 37, V da Constituição Federal;
IV – Função de Confiança: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com
número certo, que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e
responsabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provida através de designação de
servidor titular de cargo efetivo, nos termos do art. 37, V da Constituição Federal;
V – Carreira: estrutura de desenvolvimento funcional e profissional, operacionalizada através de
passagens a Níveis e Graus superiores, no cargo do servidor;
VI – Padrão: conjunto de algarismos que designa o vencimento dos servidores, formado por:
a) Nível: indicativo de cada posição salarial em que o servidor poderá estar enquadrado na
Carreira, segundo critérios de desempenho, capacitação e titulação, representado por números;
b) Grau: indicativo de cada posição salarial em que o servidor poderá estar enquadrado na
Carreira, segundo critérios de desempenho, representado por letras;
VII – Progressão Vertical: passagem do servidor de um Nível para outro superior, na Tabela de
Vencimento própria do cargo a que pertence;
VIII – Progressão Horizontal: passagem do servidor de um Grau para outro superior, na Tabela de
Vencimento própria do cargo a que pertence;
IX – Vencimento Base: retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, de
acordo com o Nível e Grau;
X – Remuneração: retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, composta
pelo vencimento base e pelas demais vantagens pecuniárias estabelecidas em lei;
XI – Área de Atuação: campo genérico de trabalho onde os servidores podem desempenhar suas
atribuições, podendo ser no “Controle Externo” ou no “Apoio Técnico e Administrativo”;
XII – Especialidade: campo específico de trabalho, relacionado a um conjunto de atribuições e
responsabilidades, podendo exigir formações e/ou habilitações específicas, a ser determinado em
regulamento, conforme o cargo e a área de atuação;
XIII – Grupo Ocupacional: conjunto de servidores titulares de cargos e áreas de atuação idênticos.
XIV – Massa salarial: soma do vencimento mensal dos servidores pertencentes a um Grupo
Ocupacional;
CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS
4
Seção I
Da Composição do Quadro de Cargos Efetivos
Art. 3º. O Quadro de Pessoal efetivo do Tribunal de Contas do Estado de Goiás é composto pelas
seguintes Carreiras, constituídas pelos respectivos cargos de provimento efetivo:
I - Analista de Controle Externo, de nível superior; e
II - Técnico de Controle Externo, de nível médio.
Parágrafo único. Os cargos efetivos previstos neste artigo são regidos pela Lei Estadual nº
10.460/88 que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de
suas Autarquias, exceto no que contrariar as disposições contidas nesta Lei, em especial, os
artigos 40, §1º e 50.
Art. 4º. Os quantitativos, as áreas de atuação e as atribuições dos cargos de que trata esta Lei
estão fixadas no Anexo I desta Lei.
Parágrafo único. Ato normativo expedido pela Presidência do Tribunal de Contas descreverá as
especialidades relacionadas a cada cargo e suas atribuições específicas.
Art. 5º. São requisitos de escolaridade para ingresso:
I - para o cargo de Analista, diploma de conclusão de curso superior, em nível de graduação, com
habilitação legal específica;
II - para o cargo de Técnico, certificado de conclusão de ensino médio e/ou, se for o caso,
habilitação legal específica.
§1º O Edital do concurso público determinará o número de vagas por área de atuação e
especialidade, devendo especificar os cursos de nível superior admitidos para as vagas
disponibilizadas, bem como o registro profissional exigido, conforme a necessidade do Tribunal de
Contas.
§2º É vedado o desempenho de atribuições diversas daquelas fixadas para o cargo para o qual o
servidor foi aprovado.
5
Art. 6º. Os servidores podem ser deslocados para atuar em outras especialidades e/ou áreas de
atuação, desde que possuam as habilitações necessárias, conforme interesse do Tribunal de
Contas, mediante ato da Presidência.
Art. 7º Os cargos estão vinculados à Tabela de Vencimentos aplicável, conforme Anexo I.
Seção II
Da Composição do Quadro de Cargos em Comissão e Funções de Confiança
Art. 8º. Fica criado o Quadro de Cargos em Comissão conforme Anexo II desta Lei.
§1º Os cargos constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para a
constante da coluna “Situação Nova”;
§2º Os cargos comissionados são regidos pela Lei Estadual nº 10.460/88 que dispõe sobre o
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias e vinculados
ao regime geral de previdência.
§3º O vencimento estipulado pelo Anexo II é devido aos nomeados para os cargos em comissão.
§4º Quando o nomeado para cargo em comissão for titular de cargo efetivo do Tribunal de Contas,
perceberá gratificação, cujo montante corresponderá, à opção do servidor, nos termos do Anexo
II:
I – à diferença entre o vencimento-base correspondente ao cargo efetivo do servidor e o
vencimento-base referente ao cargo em comissão;
II – a 60% (sessenta por cento) do valor total correspondente ao vencimento-base do cargo em
comissão.
§5º A Gratificação por Exercício de Cargo em Comissão não se incorpora ao vencimento do
servidor em nenhuma hipótese, sendo, contudo, devida para fins de cálculo de décimo-terceiro e
férias.
§6º A nomeação de servidor efetivo para cargo em comissão implica alteração das atribuições do
servidor, enquanto perdurar a nomeação.
Art. 9º. O cargo de Gerente e Chefe de Serviço terá o percentual mínimo de 30% (trinta por cento)
reservado aos servidores efetivos.
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Art. 10. Fica criado o Quadro de Funções de Confiança, reservados a servidores efetivos,
conforme Anexo III desta Lei, observada as seguintes regras:
§1º As Funções constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para
a constante da coluna “Situação Nova”.
§2º. A gratificação estipulada pelo Anexo III é devido aos servidores designados para as Funções
de Confiança, enquanto perdurar a designação.
§3º A designação de servidor efetivo para função de confiança implica alteração das atribuições
do servidor, enquanto perdurar a designação.
Seção III
Do Ingresso e das Atribuições
Art. 11. Os cargos do Quadro de Cargos Efetivos do Anexo I desta Lei são providos
exclusivamente por concurso público de provas ou de provas e títulos e seu ingresso se dá
sempre no Nível e Grau iniciais do cargo.
§1º O concurso público realizar-se-á, preferencialmente, em duas etapas, na seguinte ordem:
I - provas ou provas e títulos, sendo as provas de caráter eliminatório e classificatório e os títulos
de caráter meramente classificatório;
§2º Para o cargo de Técnico de Controle Externo, durante a primeira etapa do concurso, poderá
ser exigido exame de habilidade específica, conforme dispuser o edital.
Seção IV
Da Remuneração
Art. 12. O servidor será remunerado de acordo com as Tabelas de Vencimento constantes do
Anexo IV, conforme o seu Padrão.
Parágrafo único. As Tabelas de Vencimento do Anexo IV estão fixadas de acordo com a jornada
padrão do cargo definida nesta Lei.
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Art. 13. A maior remuneração, a qualquer título, atribuída aos servidores, obedecerá estritamente
ao disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal, sendo imediatamente reduzidos àquele limite
quaisquer valores percebidos em desacordo com esta norma, não se admitindo, neste caso, a
invocação de direito adquirido ou percepção de excesso a qualquer título.
Art. 14. Fica assegurada aos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás a revisão
geral anual, nos termos do inciso X do artigo 37 da Constituição Federal, observados os recursos
orçamentários, financeiros e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Art. 15. Aos ocupantes de cargo efetivo ou em comissão do Tribunal poderá ser atribuída
Gratificação de Desempenho, de 5% (cinco por cento) a 20% (vinte por cento) do vencimento do
respectivo cargo, observadas as normas previstas em ato do Tribunal para sua concessão.
Art. 16. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato
constante com substâncias tóxicas ou radioativas, ou em atividades com risco de vida
permanente, farão jus a um adicional, incidente sobre o vencimento do cargo efetivo, obedecido o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
§1º Os adicionais de insalubridade, periculosidade e de risco de vida são inacumuláveis, cabendo
opção expressa por um deles.
§2º Os adicionais serão concedidos nos percentuais de 10% (dez por cento), 15% (quinze por
cento) e 20% (vinte por cento) do vencimento, conforme se tratar de insalubridade, periculosidade
e risco de graus mínimo, médio e máximo, respectivamente, não incorporáveis para fins de
aposentadoria.
§3º A concessão dos adicionais previstos neste artigo obedecerá, subsidiariamente, as normas
legais e regulamentares aplicáveis aos trabalhadores em geral.
§4º O direito aos adicionais previstos neste artigo cessa, automaticamente, com a eliminação das
condições que deram causa à sua concessão.
Art. 17. Fica instituída a gratificação por encargo de curso, concurso ou comissão especial,
destinada a retribuir o servidor ou o ocupante de cargo em comissão durante o período em que
estiver designado para:
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I - atividade de professor de cursos de treinamento ou aperfeiçoamento no âmbito do Tribunal;
II - membro de comissões de avaliação ou de concurso público;
III – membro de comissão especial, para exercer atividades não arroladas nas funções ordinárias
de seu cargo.
Parágrafo único. A gratificação de que trata o caput é fixada em ato do Presidente do Tribunal,
no montante de 10% (dez por cento) a 20 % (vinte por cento) do vencimento básico do servidor ou
do ocupante de cargo em comissão, de acordo com a complexidade da atividade desenvolvida, e
seu pagamento está vinculado à verificação do efetivo exercício do encargo.
Art. 18. O décimo terceiro salário do servidor ou do ocupante de cargo em comissão do Tribunal
será pago no mês de dezembro, tendo por base o valor da remuneração devida naquele mês.
Parágrafo único . A metade do valor correspondente ao décimo terceiro salário será paga ao
servidor ou ao ocupante de cargo em comissão, a título de antecipação, no mês de janeiro.
Art. 19. Haverá substituição no impedimento legal e temporário de ocupante de cargo em
comissão.
§1º A substituição prevista no caput deste artigo será remunerada proporcionalmente ao período
que houver ocorrido a substituição de acordo com ato Normativo da Presidência do Tribunal
§2º O substituto perceberá, durante o tempo da substituição, a remuneração do cargo de que for
titular, acrescido da diferença apurada entre esta e a do respectivo cargo em comissão.
Art. 20. O servidor ou o ocupante de cargo em comissão fará jus, anualmente, a trinta dias de
férias, que podem ser acumuladas, até o máximo dois períodos, no caso de necessidade do
serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
§1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta injustificada ao serviço.
§3º As férias poderão, a pedido do servidor ou o ocupante de cargo em comissão e a critério do
Tribunal, ser concedidas em dois períodos de 15 (quinze) dias, devidamente previstos na escala
anual de férias.
§4º No caso de parcelamento de férias, o servidor ou o ocupante de cargo em comissão receberá
o valor adicional previsto no inciso XVII do artigo 7º da Constituição Federal quando da utilização
do primeiro período.
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Art. 21. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa
ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês
de efetivo exercício, ou fração igual ou superior a quinze dias.
Parágrafo único. A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for
publicado o ato exoneratório.
Seção V
Da Jornada
Art. 22. A jornada padrão de trabalho dos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás é
de 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais:
Parágrafo único. A jornada de trabalho é de 8 (oito) horas diárias e 40 (quarenta) horas
semanais para os servidores:
I – nomeados para cargos em comissão; e
II – designados para função de confiança.
CAPÍTULO III
DA EVOLUÇÃO FUNCIONAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 23. A Evolução Funcional nos cargos ocorrerá mediante as seguintes formas:
I – Progressão Vertical;
II – Progressão Horizontal.
Art. 24. A Evolução Funcional somente se dará de acordo com a previsão orçamentária de cada
ano, que deverá assegurar recursos suficientes para, no mínimo:
I – Progressão Vertical de 10% dos servidores de cada Grupo Ocupacional, a cada processo; e
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II – Progressão Horizontal de 20% dos servidores de cada Grupo Ocupacional, a cada processo.
§1º As verbas destinadas à Progressão Vertical e à Progressão Horizontal deverão ser objeto de
rubricas específicas na Lei Orçamentária.
§2º A distribuição dos recursos previstos em orçamento para a Evolução Funcional dos
servidores será distribuída entre os Grupos Ocupacionais, de acordo com a massa salarial de
cada um desses.
§3º O Tribunal de Contas do Estado de Goiás deverá realizar primeiramente a Progressão
Vertical, e, havendo sobras financeiras utilizará os recursos na Progressão Horizontal no próprio
Grupo Ocupacional.
§4º. Sobras apuradas após a aplicação do parágrafo anterior poderão ser utilizadas na Evolução
Funcional do Grupo Ocupacional que tiver mais servidores habilitados.
Art. 25. Os processos de Evolução Funcional ocorrerão anualmente, tendo seus efeitos
financeiros em março do exercício seguinte, beneficiando os servidores habilitados.
Art. 26. O interstício mínimo exigido na Evolução Funcional:
I – será contado em anos, compreendendo o período entre Janeiro e Dezembro;
II – começará a ser contado a partir do mês de Janeiro do ano em que o servidor perceber os
efeitos financeiros da primeira evolução funcional;
III – considerará apenas os anos em que o servidor tenha trabalhado por, no mínimo, 09 (nove)
meses, ininterruptos ou não;
IV - considerará apenas os dias efetivamente trabalhados e o período de gozo:
a) das férias;
b) da licença maternidade e paternidade;
c) da licença em função de luto;
d) dos 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho;
e) das folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo
do Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
§1º Nos casos de licenças e afastamentos descritos acima, a Avaliação de Desempenho recairá
somente sobre o período trabalhado.
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§2º Não prejudica a contagem de tempo para os interstícios necessários para a Evolução
Funcional:
I – a nomeação para cargo em comissão ou a designação para função de confiança no Tribunal
de Contas do Estado de Goiás;
II – o afastamento para Justiça Eleitoral;
III – a convocação para participação do Tribunal do Juri.
Seção II
Da Progressão Vertical
Art. 27. A Progressão Vertical é a passagem de um Nível para outro imediatamente superior,
mantido o Grau, mediante Avaliação de Desempenho e Qualificação.
Art. 28. Está habilitado à Progressão Vertical o servidor que:
I – possuir estabilidade no cargo;
II – houver cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
III – não tiver contra si, no período de interstício, decisão administrativa transitada em julgado
aplicando pena disciplinar de suspensão;
IV – obtiver 02 (dois) desempenhos superiores à média do Grupo Ocupacional a que pertence,
consideradas as 03 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
V – não possuir, durante o interstício, mais de 21 (vinte e uma) ausências;
VI – possuir pelo menos uma das qualificações exigidas no Anexo V para o Nível, observado o
disposto no artigo seguinte.
§1º A média a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo é obtida a partir da soma das
pontuações obtidas na Avaliação Periódica de Desempenho ou na Avaliação Especial de
Desempenho, em cada Grupo Ocupacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
§2º Para fins do inciso V deste artigo, são consideradas ausências:
I – Falta justificada: ausência em caso de necessidade ou força maior, mediante requerimento
fundamentado do servidor e validação do seu chefe imediato;
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II – Falta injustificada: ausência sem apresentação de requerimento ou caso o requerimento
apresentado pelo servidor não for aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência das
justificativas apresentadas.
§3º Excluem-se do conceito de ausência, para fins do inciso V do caput do artigo 28:
I – as férias;
II – a licença maternidade e paternidade;
III – a licença em função de luto;
IV – os 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
V – folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo do
Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
VI – folga decorrente de trabalho para Justiça Eleitoral;
Art. 29. A Qualificação exigida para a Progressão Vertical, conforme Anexo V, pode ser obtida
mediante:
I – Graduação;
II – Titulação;
III – Capacitação.
§1º A Graduação e a Titulação:
I – devem ser reconhecidas pelo Ministério da Educação;
II – têm validade indeterminada para os fins desta Lei;
III – não podem ser utilizadas mais de uma vez para fins de Evolução Funcional;
IV – não podem ter sido utilizadas como requisito de ingresso no cargo ou em processos de
evolução na carreira previstos em legislação anterior.
§2º A Capacitação:
I – deve ser aprovada pela Comissão de Gestão de Carreiras antes do início do curso ou após o
término do curso que tenha sido iniciado antes ou até 06 (seis) meses após a publicação desta
Lei;
II – deve ser utilizada em no máximo 05 (cinco) anos, contados da data do certificado de
conclusão até a data dos efeitos financeiros da progressão;
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III – deve ser iniciada após o ingresso do servidor no Tribunal;
IV – pode ser obtida mediante o somatório de cargas horárias de cursos de capacitação,
respeitadas as cargas horárias mínimas por curso:
a) cargos com exigência de ingresso de nível médio ou técnico: curso com carga horária mínima
de 16 (dezesseis) horas;
b) cargos com exigência de ingresso de nível superior: curso com carga horária mínima de 30
(trinta) horas.
V – não pode ser utilizada mais de uma vez para fins de Evolução Funcional.
§3º O servidor que se habilitar à Progressão Vertical e não se beneficiar da mesma por
inexistência de disponibilidade orçamentária e financeira, poderá fazer uso dos cursos realizados
independentemente do prazo estabelecido no inciso II do parágrafo anterior.
§4º A Qualificação deve ser pertinente com as atribuições do cargo.
Seção III
Da Progressão Horizontal
Art. 30. A Progressão Horizontal é a passagem de um Grau para outro imediatamente superior,
dentro do mesmo nível, mediante classificação no processo de Avaliação de Desempenho.
Art. 31. Está habilitado à Progressão Horizontal o servidor que:
I – possuir estabilidade no cargo;
II – houver cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
III – não tiver contra si, no período de interstício, decisão administrativa transitada em julgado
aplicando pena disciplinar de suspensão;
IV – obtiver 02 (dois) desempenhos superiores à média do Grupo Ocupacional a que pertence,
consideradas as 03 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
V – não possuir, durante o interstício, mais de 21 (vinte e uma) ausências.
§1º A média a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo é obtida a partir da soma das
pontuações obtidas na Avaliação Periódica de Desempenho ou na Avaliação Especial de
Desempenho, em cada Grupo Ocupacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
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§2º Para fins do inciso V deste artigo, são consideradas ausências:
I – Falta justificada: ausência em caso de necessidade ou força maior, mediante requerimento
fundamentado do servidor e validação do seu chefe imediato;
II – Falta injustificada: ausência sem apresentação de requerimento ou caso o requerimento
apresentado pelo servidor não for aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência das
justificativas apresentadas.
§3º Excluem-se do conceito de ausência, para fins do inciso V:
I – as férias;
II – a licença maternidade e paternidade;
III – a licença em função de luto;
IV – os 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
V – folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo do
Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
VI – folga decorrente de trabalho para Justiça Eleitoral;
CAPÍTULO IV
DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Art. 32. Fica instituído o Sistema de Avaliação de Desempenho, com a finalidade de proporcionar
o aprimoramento dos métodos de gestão, a valorização do servidor, a melhoria da qualidade e
eficiência do serviço público, bem como a Evolução Funcional.
Art. 33. O Sistema de Avaliação de Desempenho é composto por:
I – Avaliação Especial de Desempenho, utilizada para fins de aquisição da estabilidade no serviço
público, conforme o artigo 41, § 4º, da Constituição Federal, e para fins da primeira Evolução
Funcional;
II – Avaliação Periódica de Desempenho, utilizada anualmente para fins de Evolução Funcional,
mediante Progressão por Mérito e Capacitação.
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Art. 34. A Avaliação Periódica de Desempenho é um processo anual e sistemático de aferição do
desempenho do servidor ou do ocupante de cargo em comissão, e será utilizada para fins de
programação de ações de capacitação e qualificação e, para os servidores efetivos, como critério
para a Evolução Funcional, compreendendo:
I – Avaliação Funcional;
II – Assiduidade.
§1° A Avaliação Funcional ocorrerá anualmente a partir da identificação e mensuração de
conhecimentos, habilidades e atitudes, e, cumprimentos de metas quantitativas, exigidas para o
bom desempenho do cargo e cumprimento da missão institucional do Tribunal e terá pontuação
máxima de 100 (cem) pontos.
§2° Os servidores serão classificados em lista para a seleção daqueles que vão progredir,
considerando as notas obtidas na Avaliação de Desempenho.
§3° Em caso de empate será contemplado o servidor que, sucessivamente:
I – estiver há mais tempo sem ter obtido uma Progressão Horizontal ou Vertical;
II – tiver obtido a maior nota na Avaliação de Desempenho mais recente;
III – tiver maior tempo de efetivo exercício no cargo;
IV – tiver maior idade.
Art. 35. O Sistema de Avaliação de Desempenho será regulamentado por ato normativo do
Tribunal de Contas no prazo de 90 (noventa) dias contados da data de publicação desta Lei.
Art. 36. O servidor nomeado para ocupar cargo em comissão ou designado para função de
confiança será avaliado de acordo com as atribuições do cargo ou função que tiver exercido mais
tempo durante o período avaliado.
CAPÍTULO V
DA COMISSÃO DE GESTÃO DE CARREIRAS
Art. 37. Fica criada a Comissão de Gestão de Carreiras cujos membros serão nomeados pelo
Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Goiás.
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§1º A Comissão deliberará por maioria qualificada de dois terços e seu presidente só vota em
caso de empate.
§2º Compete à Comissão de Gestão de Carreiras, dentre outras estabelecidas por ato normativo
da Presidência do Tribunal:
I – avaliar a pertinência dos cursos de qualificação iniciados antes, ou até 06 (seis) meses após a
publicação desta Lei, e que se pretendem utilizar para fins de Evolução Funcional;
II – acompanhar os processos de Evolução Funcional e de Avaliação de Desempenho;
III - Julgar os recursos dos servidores relativos à Avaliação de Desempenho;
§3° São regras para o processo e julgamento dos recursos:
I – o recurso deve ser protocolizado em até 05 (cinco) dias úteis, contados da ciência da
Avaliação de Desempenho pelo servidor ou o ocupante de cargo em comissão;
II – somente o servidor ou o ocupante de cargo em comissão pode recorrer da sua Avaliação de
Desempenho;
III – o recurso só será provido quando a Avaliação de Desempenho:
a) não tiver sido executada na forma prevista no regulamento;
b) tiver sido manifestamente injusta;
c) tiver se baseado em fatos comprovadamente inverídicos.
§4º A Comissão de Gestão de Carreiras poderá, a qualquer tempo:
I – utilizar-se de todas as informações existentes sobre o servidor ou o ocupante de cargo em
comissão avaliado;
II – realizar diligências junto às unidades e chefias, solicitando, se necessária, a revisão das
informações, a fim de corrigir erros ou omissões;
III – convocar servidor ou o ocupante de cargo em comissão para prestar informações ou
participação opinativa, sem direito a voto; e
IV – valer-se da Diretoria Jurídica do Tribunal de Contas, que ficará responsável por assessorar o
processo de revisão relativo à Avaliação de Desempenho.
Art. 38. Os trabalhos e a composição da Comissão de Gestão de Carreiras serão
regulamentados por Ato Normativo da Presidência do Tribunal.
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CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Seção I
Do Enquadramento
Art. 39. Ficam os cargos efetivos do Tribunal de Contas do Estado de Goiás consolidados
conforme do Anexo I desta Lei.
Art. 40. Para o enquadramento dos atuais ocupantes dos cargos públicos, deverá ser observado:
I - Posicionamento do servidor no Grau correspondente ao vencimento idêntico ou, se não for
possível, no imediatamente superior, dando sempre preferência ao menor Nível na Tabela de
Vencimentos.
II – Após o posicionamento no nível e grau previsto no inciso I do artigo 40 desta Lei, o servidor
avançará, se possuir:
a) até 5 (cinco) anos de Tempo de Serviço: 1 (um) grau;
b) mais de 5 (cinco) anos até 10 (dez) anos de Tempo de Serviço: 2 (dois) graus;
c) mais de 10 (dez) anos até 15 (quinze) anos de Tempo de Serviço: 3 (três) graus;
d) Mais de 15 (quinze) anos de Tempo de Serviço: 4 (quatro) graus.
III – O posicionamento no nível e grau previstos no inciso II do artigo 40 desta Lei, consistirá no
enquadramento final do servidor;
IV – Após o enquadramento final do servidor previsto no inciso III do artigo 40 desta Lei, será
realizado o cálculo da diferença entre o novo vencimento-base de cada servidor e o valor total de
remuneração pessoal;
V – O valor obtido por meio do cálculo da diferença entre o novo vencimento-base de cada
servidor e o valor total de remuneração pessoal será denominado “Valor de Diferença de
Remuneração” – VDR;
§1º São extintas após o enquadramento final do servidor, realizado na forma do inciso III do Artigo
40 desta Lei, exclusivamente, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, as seguintes
parcelas remuneratórias:
I – Gratificação de Incentivo Funcional, prevista no artigo 16-D da Lei Estadual nº 15.122/05;
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II – Gratificação de 5% por quinquênio, prevista no artigo 16-B da Lei Estadual nº 15.122/05 e
artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88;
III – Gratificação de 10% por quinquênio prevista no artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88
percebida pelo servidor que fazia jus à alíquota pela redação anterior à Lei Estadual nº 12.831/95;
IV – VPNI – Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada, prevista no artigo 16-F da Lei Estadual
nº 15.122/05.
§2º O posicionamento previsto no inciso I do artigo 40 desta Lei deverá ser realizado por meio do
valor nominal do vencimento–base de cada servidor, referente ao mês anterior a publicação desta
Lei.
§2º O “Valor de Diferença de Remuneração” – VDR será objeto de aplicação do índice de reajuste
anual do Tribunal de Contas do Estado.
§3º O Tribunal de Contas do Estado de Goiás deverá considerar o “Valor de Diferença de
Remuneração” – VDR para fins de limite definido no artigo 13 desta Lei.
Art. 41. Serão descontados do “Valor de Diferença de Remuneração” – VDR, os valores de
quinquênios previstos no artigo 42 desta Lei e da evolução funcional prevista nos artigos 27 e 30
desta Lei, dos servidores que futuramente fizerem jus, até o limite de sua extinção.
Art. 42. Fica instituída a Gratificação de 2,5% (dois vírgula cinco por cento) por quinquênio de
efetivo exercício em cargo público do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, calculados
exclusivamente sobre o vencimento base do cargo de provimento efetivo ocupado, sendo vedada
a utilização de outra base de cálculo ou a sua computação para fins de novos cálculos.
Parágrafo único. A contagem do tempo de efetivo de exercício considerará o período não
utilizado na última concessão da Gratificação de 5% por quinquênio, prevista no artigo 16-B da Lei
Estadual nº 15.122/05 e artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88.
Art. 43. O prazo para o enquadramento dos servidores é de até 120 (cento e vinte) dias, a contar
da data de publicação desta Lei.
Parágrafo único. Aplicam-se as regras de enquadramento aos concursos em andamento na data
da publicação desta Lei.
Seção II
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Do Quadro Suplementar
Art. 44. O Quadro Suplementar é o constante do Anexo VI desta Lei, observada as seguintes
regras:
I – os cargos constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para a
constante da coluna “Situação Nova”;
§1º. Os cargos do Quadro Suplementar extinguem-se na sua vacância.
§2º. Os servidores vinculados ao Quadro Suplementar serão remunerados pela Tabela de
Vencimento correspondente a tabela específica prevista no Anexo VI desta Lei.
§3º. A exoneração do servidor ocupante de cargo do Quadro Suplementar, mencionado no caput
do artigo, dependerá de prévia autorização do Tribunal Pleno.
Seção III
Da nomeação para Cargos em Comissão e designação para Funções de Confiança
Art. 45. Os cargos em comissão e Funções de Confiança previstos na coluna “Situação Anterior”,
nos Anexos II e III desta Lei, serão extintos na vacância.
Parágrafo único. O Tribunal de Contas deverá adotar todas as medidas cabíveis, para que num
prazo máximo de dois anos, todos os Cargos em Comissão e Funções de Confiança estejam
adequados aos cargos previstos na coluna “Situação Nova”, nos Anexos II e III desta Lei.
Seção III
Das Disposições Gerais
Art. 46. Constarão do demonstrativo de vencimentos o Nível e Grau em que está enquadrado o
servidor.
Art. 47. É vedada a concessão de Evolução Funcional aos servidores do Tribunal cedidos a
outros entes.
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Art. 48. É vedada a Evolução Funcional aos servidores do Tribunal investidos em mandato eletivo,
salvo no caso de investidura em mandato de vereador, desde que haja compatibilidade de
horários, nos termos do art. 38, III, da Constituição Federal.
Art. 49. A Presidência do Tribunal de Contas do Estado de Goiás editará normas regulamentares
referentes as atribuições e especialidades previstas no artigo 4º e habilitação legal específica
prevista nos incisos I e II do artigo 5º, no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 50. Os atuais servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás estão dispensados das
exigências contidas nos artigos 28, I e 31, I desta Lei.
Art. 51. Fica extinto, exclusivamente, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Goiás a
Licença-Prêmio prevista no artigo 16-A da Lei nº 15.122/05 e 243 da Lei Estadual nº 10.460/88.
§1º Será respeitado o direito de fruição do benefício previsto no caput do artigo 51, aos servidores
que, na data da publicação desta Lei, possuírem os requisitos para sua concessão nos termos de
ato normativo da Presidência do Tribunal.
§2º O período de fruição da Licença-Prêmio nos termos do parágrafo primeiro do artigo 51 desta
Lei, será considerado como efetivo trabalho para fins do artigo 26, IV desta Lei.
Art. 52. Fica vedado ao Tribunal de Contas do Estado de Goiás reestabelecer ou criar nova
concessão de qualquer gratificação ou direito, extintos por esta Lei.
Art. 53. É garantida a licença de servidores do Quadro de Cargos Efetivos do Tribunal para
exercício de mandato eletivo de presidente de entidade de classe representativa dos servidores
do Órgão, sem prejuízo da remuneração e dos demais direitos do seu cargo.
Art. 54. As despesas decorrentes da presente lei correrão à conta das dotações orçamentárias
próprias, consignadas no orçamento vigente.
Art. 55. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, assegurando-se ao Tribunal de Contas
do Estado de Goiás um prazo de 120 (cento e vinte) dias para a implementação de seu conteúdo.
21
Art. 56. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei n. 15.122/05 e 16.466/09.
Goiás, xxxxx
22
Anexo I da Lei nº xxxxx
Anexo II da Lei nº xxxxx
Anexo III da Lei nº xxxxx
DENOMINAÇÃO NATUREZA ÁREA DE ATUAÇÃO QUANTIDADE ATRIBUI ÇÕES
CONTROLE EXTERNO
APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
CONTROLE EXTERNO
APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
160
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO CARGO EFETIVO 350
QUADRO DE CARGOS EFETIVOS
Desempenhar todas as atividades concernentes ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás, de nível intermediário, inclusive aquelas relacionadas à
sua gestão, bem como auxiliar o Analista de Controle Externo no exercício de suas
atribuições
Desempenhar de todas as atividades de caráter técnico de nível superior relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a
cargo do Tribunal de Contas da União, inclusive aquelas relacionadas à sua gestão.
TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO CARGO EFETIVO
Situação Anterior
Assessor I
Assessor II
Assessor III
Assessor IV
Situação Anterior
Diretoria Superior
Diretor de Divisão
Chefe de Serviço
NOVO
Situação Anterior
Chefe de Gabinete
Diretor Jurídico
n/c
n/c
Ouvidor Geral
n/c
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Assessor Técnico de Gabinete I 34 R$12.000,00 Nível Superior
Assessor Técnico de Gabinete II 34 R$9.000,00 Nível Superior
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Secretário 4 R$14.000,00 Nível Superior
Gerente 14 R$12.000,00 Nível Superior
Chefe de Serviço* 36 R$9.000,00 Nível Médio
Chefe de Setor* 11 R$7.000,00 Nível Médio
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Secretário Chefe de Gabinete da Presidência 1 R$14.000,00 Nível Superior
Diretor Jurídico 1 R$12.000,00 Nível Superior
Controlador do TCE-GO 1 R$12.000,00 Nível Superior
Assessor Chefe de Comunicação 1 R$9.000,00 Nível Superior
Ouvidor Geral 1 R$9.000,00 Nível Superior
Assessor de Apoio Administrativo 7 R$7.000,00 Nível Médio
14Assessor Técnico de Gabinete III
CARGOS EM COMISSÃO
Nível SuperiorR$7.000,00
Situação Anterior
Assessor Técnico I
Assessor Técnico II
Assessor Técnico III
Assessor Técnico IV
Assessor Supervisor
Situação Nova Quantidade Gratificação Requisito de Eco laridade
Assistente Técnico I 5 R$6.000,00 Nível Superior
Assistente Técnico II 38 R$4.500,00 Nível Superior
Extinto Extinto Extinto Extinto
Nível SuperiorAssistente Técnico III
FUNÇÕES DE CONFIANÇA
21 R$3.500,00
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Anexo IV da Lei nº xxxxx
Anexo V da Lei nº xxxxx
62%
NIVEL A B C D E F G H IIV 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76 11.679,72 12.088,51 12.511,60 12.949,50
III 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76 11.679,72 12.088,51
II 8.569,80 8.869,74 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76
I 8.000,00 8.280,00 8.569,80 8.869,74 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45
NIVEL A B C D E F G H I
56%
NIVEL A B C D E F G H I JIII 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88 6.770,84 7.007,81 7.253,08 7.506,93
II 5.141,88 5.321,84 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88 6.770,84 7.007,81
I 4.800,00 4.968,00 5.141,88 5.321,84 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88
NIVEL A B C D E F G H I J
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO
TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO
Exigência de Ingresso
Nível Médio
Nível Superior
Nível Graduação/Titulação Capacitação
IIEducação Profissional (Técnico) ou
Nível Superior120 Horas
IIIEducação Profissional (Técnico) ou
Nível Superior ou Pós Graduação120 horas
II Pós Graduação 240 Horas
IIIMestrado ou 02 Certificados de Pós
Graduação240 Horas
IVDoutorado ou 03 Certificados de
Pós Graduação240 Horas
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Anexo VI da Lei nº xxxxx
Situaçao Anterior
Assessor de Assuntos Contábeis, Financeiros, Jurídicos e
Orçamentários
Assessor de Assuntos Econômicos junto à ATE
Assessor Técnico de Engenharia
Inspetor de Empresas Econômicas
Inspetor Fiscal da Despesa Pública
Inspetor de Obras Públicas
Inspetor Supervisor da Despesa
Assessistente Técnico Especializado
Assessor de Imprensa
Oficial Especializado de Representação
Condutor Especializado
Datilógrafo
Digitador
Eletricista
Auxiliar Especializado
Fotógrafo
Mecanógrafo
Auxiliar Geral
Cargos em Comis s
Situação Nova
ASSESSOR ESPECIAL II
ASSESSOR ESPECIAL III
ASSESSOR ESPECIAL IV
ASSESSOR ESPECIAL I
são - Quadro Suplementar
ASSESSOR ESPECIAL V
Quantidade Vencimento
57 R$9.000,00
R$7.000,00
R$5.000,00
17 R$12.000,00
R$4.000,00
22
25
23
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ANEXO 1 – MINUTA DO PROJETO DE LEI
PROJETO DE LEI n° ........
Dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos dos Servidores do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás e dá outras
providências.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Fica instituído o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Servidores do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás, fundamentado nos seguintes princípios:
I – racionalização da estrutura de cargos e carreiras;
II – legalidade e segurança jurídica;
III – reconhecimento e valorização do servidor público pelos serviços prestados, pelo
conhecimento adquirido e pelo desempenho profissional; e
IV – estímulo ao desenvolvimento profissional e à qualificação funcional.
Art. 2º Para os fins desta Lei considera-se:
I – Servidor: a pessoa legalmente investida em cargo de provimento efetivo;
II – Cargo efetivo: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com número certo,
que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e responsabilidades,
provido por meio de concurso público, nos termos do art. 37, II da Constituição Federal;
III – Cargo em Comissão: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com
número certo, que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e
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responsabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provido através de livre nomeação, nos
termos do art. 37, V da Constituição Federal;
IV – Função de Confiança: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com
número certo, que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e
responsabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provida através de designação de
servidor titular de cargo efetivo, nos termos do art. 37, V da Constituição Federal;
V – Carreira: estrutura de desenvolvimento funcional e profissional, operacionalizada através de
passagens a Níveis e Graus superiores, no cargo do servidor;
VI – Padrão: conjunto de algarismos que designa o vencimento dos servidores, formado por:
a) Nível: indicativo de cada posição salarial em que o servidor poderá estar enquadrado na
Carreira, segundo critérios de desempenho, capacitação e titulação, representado por números;
b) Grau: indicativo de cada posição salarial em que o servidor poderá estar enquadrado na
Carreira, segundo critérios de desempenho, representado por letras;
VII – Progressão Vertical: passagem do servidor de um Nível para outro superior, na Tabela de
Vencimento própria do cargo a que pertence;
VIII – Progressão Horizontal: passagem do servidor de um Grau para outro superior, na Tabela de
Vencimento própria do cargo a que pertence;
IX – Vencimento Base: retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, de
acordo com o Nível e Grau;
X – Remuneração: retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, composta
pelo vencimento base e pelas demais vantagens pecuniárias estabelecidas em lei;
XI – Área de Atuação: campo genérico de trabalho onde os servidores podem desempenhar suas
atribuições, podendo ser no “Controle Externo” ou no “Apoio Técnico e Administrativo”;
XII – Especialidade: campo específico de trabalho, relacionado a um conjunto de atribuições e
responsabilidades, podendo exigir formações e/ou habilitações específicas, a ser determinado em
regulamento, conforme o cargo e a área de atuação;
XIII – Grupo Ocupacional: conjunto de servidores titulares de cargos e áreas de atuação idênticos.
XIV – Massa salarial: soma do vencimento mensal dos servidores pertencentes a um Grupo
Ocupacional;
CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS
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Seção I
Da Composição do Quadro de Cargos Efetivos
Art. 3º. O Quadro de Pessoal efetivo do Tribunal de Contas do Estado de Goiás é composto pelas
seguintes Carreiras, constituídas pelos respectivos cargos de provimento efetivo:
I - Analista de Controle Externo, de nível superior; e
II - Técnico de Controle Externo, de nível médio.
Parágrafo único. Os cargos efetivos previstos neste artigo são regidos pela Lei Estadual nº
10.460/88 que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de
suas Autarquias, exceto no que contrariar as disposições contidas nesta Lei, em especial, os
artigos 40, §1º e 50.
Art. 4º. Os quantitativos, as áreas de atuação e as atribuições dos cargos de que trata esta Lei
estão fixadas no Anexo I desta Lei.
Parágrafo único. Ato normativo expedido pela Presidência do Tribunal de Contas descreverá as
especialidades relacionadas a cada cargo e suas atribuições específicas.
Art. 5º. São requisitos de escolaridade para ingresso:
I - para o cargo de Analista, diploma de conclusão de curso superior, em nível de graduação, com
habilitação legal específica;
II - para o cargo de Técnico, certificado de conclusão de ensino médio e/ou, se for o caso,
habilitação legal específica.
§1º O Edital do concurso público determinará o número de vagas por área de atuação e
especialidade, devendo especificar os cursos de nível superior admitidos para as vagas
disponibilizadas, bem como o registro profissional exigido, conforme a necessidade do Tribunal de
Contas.
§2º É vedado o desempenho de atribuições diversas daquelas fixadas para o cargo para o qual o
servidor foi aprovado.
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Art. 6º. Os servidores podem ser deslocados para atuar em outras especialidades e/ou áreas de
atuação, desde que possuam as habilitações necessárias, conforme interesse do Tribunal de
Contas, mediante ato da Presidência.
Art. 7º Os cargos estão vinculados à Tabela de Vencimentos aplicável, conforme Anexo I.
Seção II
Da Composição do Quadro de Cargos em Comissão e Funções de Confiança
Art. 8º. Fica criado o Quadro de Cargos em Comissão conforme Anexo II desta Lei.
§1º Os cargos constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para a
constante da coluna “Situação Nova”;
§2º Os cargos comissionados são regidos pela Lei Estadual nº 10.460/88 que dispõe sobre o
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias e vinculados
ao regime geral de previdência.
§3º O vencimento estipulado pelo Anexo II é devido aos nomeados para os cargos em comissão.
§4º Quando o nomeado para cargo em comissão for titular de cargo efetivo do Tribunal de Contas,
perceberá gratificação, cujo montante corresponderá, à opção do servidor, nos termos do Anexo
II:
I – à diferença entre o vencimento-base correspondente ao cargo efetivo do servidor e o
vencimento-base referente ao cargo em comissão;
II – a 60% (sessenta por cento) do valor total correspondente ao vencimento-base do cargo em
comissão.
§5º A Gratificação por Exercício de Cargo em Comissão não se incorpora ao vencimento do
servidor em nenhuma hipótese, sendo, contudo, devida para fins de cálculo de décimo-terceiro e
férias.
§6º A nomeação de servidor efetivo para cargo em comissão implica alteração das atribuições do
servidor, enquanto perdurar a nomeação.
Art. 9º. O cargo de Gerente e Chefe de Serviço terá o percentual mínimo de 30% (trinta por cento)
reservado aos servidores efetivos.
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Art. 10. Fica criado o Quadro de Funções de Confiança, reservados a servidores efetivos,
conforme Anexo III desta Lei, observada as seguintes regras:
§1º As Funções constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para
a constante da coluna “Situação Nova”.
§2º. A gratificação estipulada pelo Anexo III é devido aos servidores designados para as Funções
de Confiança, enquanto perdurar a designação.
§3º A designação de servidor efetivo para função de confiança implica alteração das atribuições
do servidor, enquanto perdurar a designação.
Seção III
Do Ingresso e das Atribuições
Art. 11. Os cargos do Quadro de Cargos Efetivos do Anexo I desta Lei são providos
exclusivamente por concurso público de provas ou de provas e títulos e seu ingresso se dá
sempre no Nível e Grau iniciais do cargo.
§1º O concurso público realizar-se-á, preferencialmente, em duas etapas, na seguinte ordem:
I - provas ou provas e títulos, sendo as provas de caráter eliminatório e classificatório e os títulos
de caráter meramente classificatório;
§2º Para o cargo de Técnico de Controle Externo, durante a primeira etapa do concurso, poderá
ser exigido exame de habilidade específica, conforme dispuser o edital.
Seção IV
Da Remuneração
Art. 12. O servidor será remunerado de acordo com as Tabelas de Vencimento constantes do
Anexo IV, conforme o seu Padrão.
Parágrafo único. As Tabelas de Vencimento do Anexo IV estão fixadas de acordo com a jornada
padrão do cargo definida nesta Lei.
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Art. 13. A maior remuneração, a qualquer título, atribuída aos servidores, obedecerá estritamente
ao disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal, sendo imediatamente reduzidos àquele limite
quaisquer valores percebidos em desacordo com esta norma, não se admitindo, neste caso, a
invocação de direito adquirido ou percepção de excesso a qualquer título.
Art. 14. Fica assegurada aos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás a revisão
geral anual, nos termos do inciso X do artigo 37 da Constituição Federal, observados os recursos
orçamentários, financeiros e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Art. 15. Aos ocupantes de cargo efetivo ou em comissão do Tribunal poderá ser atribuída
Gratificação de Desempenho, de 5% (cinco por cento) a 20% (vinte por cento) do vencimento do
respectivo cargo, observadas as normas previstas em ato do Tribunal para sua concessão.
Art. 16. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato
constante com substâncias tóxicas ou radioativas, ou em atividades com risco de vida
permanente, farão jus a um adicional, incidente sobre o vencimento do cargo efetivo, obedecido o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
§1º Os adicionais de insalubridade, periculosidade e de risco de vida são inacumuláveis, cabendo
opção expressa por um deles.
§2º Os adicionais serão concedidos nos percentuais de 10% (dez por cento), 15% (quinze por
cento) e 20% (vinte por cento) do vencimento, conforme se tratar de insalubridade, periculosidade
e risco de graus mínimo, médio e máximo, respectivamente, não incorporáveis para fins de
aposentadoria.
§3º A concessão dos adicionais previstos neste artigo obedecerá, subsidiariamente, as normas
legais e regulamentares aplicáveis aos trabalhadores em geral.
§4º O direito aos adicionais previstos neste artigo cessa, automaticamente, com a eliminação das
condições que deram causa à sua concessão.
Art. 17. Fica instituída a gratificação por encargo de curso, concurso ou comissão especial,
destinada a retribuir o servidor ou o ocupante de cargo em comissão durante o período em que
estiver designado para:
8
I - atividade de professor de cursos de treinamento ou aperfeiçoamento no âmbito do Tribunal;
II - membro de comissões de avaliação ou de concurso público;
III – membro de comissão especial, para exercer atividades não arroladas nas funções ordinárias
de seu cargo.
Parágrafo único. A gratificação de que trata o caput é fixada em ato do Presidente do Tribunal,
no montante de 10% (dez por cento) a 20 % (vinte por cento) do vencimento básico do servidor ou
do ocupante de cargo em comissão, de acordo com a complexidade da atividade desenvolvida, e
seu pagamento está vinculado à verificação do efetivo exercício do encargo.
Art. 18. O décimo terceiro salário do servidor ou do ocupante de cargo em comissão do Tribunal
será pago no mês de dezembro, tendo por base o valor da remuneração devida naquele mês.
Parágrafo único . A metade do valor correspondente ao décimo terceiro salário será paga ao
servidor ou ao ocupante de cargo em comissão, a título de antecipação, no mês de janeiro.
Art. 19. Haverá substituição no impedimento legal e temporário de ocupante de cargo em
comissão.
§1º A substituição prevista no caput deste artigo será remunerada proporcionalmente ao período
que houver ocorrido a substituição de acordo com ato Normativo da Presidência do Tribunal
§2º O substituto perceberá, durante o tempo da substituição, a remuneração do cargo de que for
titular, acrescido da diferença apurada entre esta e a do respectivo cargo em comissão.
Art. 20. O servidor ou o ocupante de cargo em comissão fará jus, anualmente, a trinta dias de
férias, que podem ser acumuladas, até o máximo dois períodos, no caso de necessidade do
serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
§1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta injustificada ao serviço.
§3º As férias poderão, a pedido do servidor ou o ocupante de cargo em comissão e a critério do
Tribunal, ser concedidas em dois períodos de 15 (quinze) dias, devidamente previstos na escala
anual de férias.
§4º No caso de parcelamento de férias, o servidor ou o ocupante de cargo em comissão receberá
o valor adicional previsto no inciso XVII do artigo 7º da Constituição Federal quando da utilização
do primeiro período.
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Art. 21. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa
ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês
de efetivo exercício, ou fração igual ou superior a quinze dias.
Parágrafo único. A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for
publicado o ato exoneratório.
Seção V
Da Jornada
Art. 22. A jornada padrão de trabalho dos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás é
de 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais:
Parágrafo único. A jornada de trabalho é de 8 (oito) horas diárias e 40 (quarenta) horas
semanais para os servidores:
I – nomeados para cargos em comissão; e
II – designados para função de confiança.
CAPÍTULO III
DA EVOLUÇÃO FUNCIONAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 23. A Evolução Funcional nos cargos ocorrerá mediante as seguintes formas:
I – Progressão Vertical;
II – Progressão Horizontal.
Art. 24. A Evolução Funcional somente se dará de acordo com a previsão orçamentária de cada
ano, que deverá assegurar recursos suficientes para, no mínimo:
I – Progressão Vertical de 10% dos servidores de cada Grupo Ocupacional, a cada processo; e
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II – Progressão Horizontal de 20% dos servidores de cada Grupo Ocupacional, a cada processo.
§1º As verbas destinadas à Progressão Vertical e à Progressão Horizontal deverão ser objeto de
rubricas específicas na Lei Orçamentária.
§2º A distribuição dos recursos previstos em orçamento para a Evolução Funcional dos
servidores será distribuída entre os Grupos Ocupacionais, de acordo com a massa salarial de
cada um desses.
§3º O Tribunal de Contas do Estado de Goiás deverá realizar primeiramente a Progressão
Vertical, e, havendo sobras financeiras utilizará os recursos na Progressão Horizontal no próprio
Grupo Ocupacional.
§4º. Sobras apuradas após a aplicação do parágrafo anterior poderão ser utilizadas na Evolução
Funcional do Grupo Ocupacional que tiver mais servidores habilitados.
Art. 25. Os processos de Evolução Funcional ocorrerão anualmente, tendo seus efeitos
financeiros em março do exercício seguinte, beneficiando os servidores habilitados.
Art. 26. O interstício mínimo exigido na Evolução Funcional:
I – será contado em anos, compreendendo o período entre Janeiro e Dezembro;
II – começará a ser contado a partir do mês de Janeiro do ano em que o servidor perceber os
efeitos financeiros da primeira evolução funcional;
III – considerará apenas os anos em que o servidor tenha trabalhado por, no mínimo, 09 (nove)
meses, ininterruptos ou não;
IV - considerará apenas os dias efetivamente trabalhados e o período de gozo:
a) das férias;
b) da licença maternidade e paternidade;
c) da licença em função de luto;
d) dos 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho;
e) das folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo
do Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
§1º Nos casos de licenças e afastamentos descritos acima, a Avaliação de Desempenho recairá
somente sobre o período trabalhado.
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§2º Não prejudica a contagem de tempo para os interstícios necessários para a Evolução
Funcional:
I – a nomeação para cargo em comissão ou a designação para função de confiança no Tribunal
de Contas do Estado de Goiás;
II – o afastamento para Justiça Eleitoral;
III – a convocação para participação do Tribunal do Juri.
Seção II
Da Progressão Vertical
Art. 27. A Progressão Vertical é a passagem de um Nível para outro imediatamente superior,
mantido o Grau, mediante Avaliação de Desempenho e Qualificação.
Art. 28. Está habilitado à Progressão Vertical o servidor que:
I – possuir estabilidade no cargo;
II – houver cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
III – não tiver contra si, no período de interstício, decisão administrativa transitada em julgado
aplicando pena disciplinar de suspensão;
IV – obtiver 02 (dois) desempenhos superiores à média do Grupo Ocupacional a que pertence,
consideradas as 03 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
V – não possuir, durante o interstício, mais de 21 (vinte e uma) ausências;
VI – possuir pelo menos uma das qualificações exigidas no Anexo V para o Nível, observado o
disposto no artigo seguinte.
§1º A média a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo é obtida a partir da soma das
pontuações obtidas na Avaliação Periódica de Desempenho ou na Avaliação Especial de
Desempenho, em cada Grupo Ocupacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
§2º Para fins do inciso V deste artigo, são consideradas ausências:
I – Falta justificada: ausência em caso de necessidade ou força maior, mediante requerimento
fundamentado do servidor e validação do seu chefe imediato;
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II – Falta injustificada: ausência sem apresentação de requerimento ou caso o requerimento
apresentado pelo servidor não for aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência das
justificativas apresentadas.
§3º Excluem-se do conceito de ausência, para fins do inciso V do caput do artigo 28:
I – as férias;
II – a licença maternidade e paternidade;
III – a licença em função de luto;
IV – os 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
V – folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo do
Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
VI – folga decorrente de trabalho para Justiça Eleitoral;
Art. 29. A Qualificação exigida para a Progressão Vertical, conforme Anexo V, pode ser obtida
mediante:
I – Graduação;
II – Titulação;
III – Capacitação.
§1º A Graduação e a Titulação:
I – devem ser reconhecidas pelo Ministério da Educação;
II – têm validade indeterminada para os fins desta Lei;
III – não podem ser utilizadas mais de uma vez para fins de Evolução Funcional;
IV – não podem ter sido utilizadas como requisito de ingresso no cargo ou em processos de
evolução na carreira previstos em legislação anterior.
§2º A Capacitação:
I – deve ser aprovada pela Comissão de Gestão de Carreiras antes do início do curso ou após o
término do curso que tenha sido iniciado antes ou até 06 (seis) meses após a publicação desta
Lei;
II – deve ser utilizada em no máximo 05 (cinco) anos, contados da data do certificado de
conclusão até a data dos efeitos financeiros da progressão;
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III – deve ser iniciada após o ingresso do servidor no Tribunal;
IV – pode ser obtida mediante o somatório de cargas horárias de cursos de capacitação,
respeitadas as cargas horárias mínimas por curso:
a) cargos com exigência de ingresso de nível médio ou técnico: curso com carga horária mínima
de 16 (dezesseis) horas;
b) cargos com exigência de ingresso de nível superior: curso com carga horária mínima de 30
(trinta) horas.
V – não pode ser utilizada mais de uma vez para fins de Evolução Funcional.
§3º O servidor que se habilitar à Progressão Vertical e não se beneficiar da mesma por
inexistência de disponibilidade orçamentária e financeira, poderá fazer uso dos cursos realizados
independentemente do prazo estabelecido no inciso II do parágrafo anterior.
§4º A Qualificação deve ser pertinente com as atribuições do cargo.
Seção III
Da Progressão Horizontal
Art. 30. A Progressão Horizontal é a passagem de um Grau para outro imediatamente superior,
dentro do mesmo nível, mediante classificação no processo de Avaliação de Desempenho.
Art. 31. Está habilitado à Progressão Horizontal o servidor que:
I – possuir estabilidade no cargo;
II – houver cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
III – não tiver contra si, no período de interstício, decisão administrativa transitada em julgado
aplicando pena disciplinar de suspensão;
IV – obtiver 02 (dois) desempenhos superiores à média do Grupo Ocupacional a que pertence,
consideradas as 03 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
V – não possuir, durante o interstício, mais de 21 (vinte e uma) ausências.
§1º A média a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo é obtida a partir da soma das
pontuações obtidas na Avaliação Periódica de Desempenho ou na Avaliação Especial de
Desempenho, em cada Grupo Ocupacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
14
§2º Para fins do inciso V deste artigo, são consideradas ausências:
I – Falta justificada: ausência em caso de necessidade ou força maior, mediante requerimento
fundamentado do servidor e validação do seu chefe imediato;
II – Falta injustificada: ausência sem apresentação de requerimento ou caso o requerimento
apresentado pelo servidor não for aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência das
justificativas apresentadas.
§3º Excluem-se do conceito de ausência, para fins do inciso V:
I – as férias;
II – a licença maternidade e paternidade;
III – a licença em função de luto;
IV – os 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
V – folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo do
Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
VI – folga decorrente de trabalho para Justiça Eleitoral;
CAPÍTULO IV
DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Art. 32. Fica instituído o Sistema de Avaliação de Desempenho, com a finalidade de proporcionar
o aprimoramento dos métodos de gestão, a valorização do servidor, a melhoria da qualidade e
eficiência do serviço público, bem como a Evolução Funcional.
Art. 33. O Sistema de Avaliação de Desempenho é composto por:
I – Avaliação Especial de Desempenho, utilizada para fins de aquisição da estabilidade no serviço
público, conforme o artigo 41, § 4º, da Constituição Federal, e para fins da primeira Evolução
Funcional;
II – Avaliação Periódica de Desempenho, utilizada anualmente para fins de Evolução Funcional,
mediante Progressão por Mérito e Capacitação.
15
Art. 34. A Avaliação Periódica de Desempenho é um processo anual e sistemático de aferição do
desempenho do servidor ou do ocupante de cargo em comissão, e será utilizada para fins de
programação de ações de capacitação e qualificação e, para os servidores efetivos, como critério
para a Evolução Funcional, compreendendo:
I – Avaliação Funcional;
II – Assiduidade.
§1° A Avaliação Funcional ocorrerá anualmente a partir da identificação e mensuração de
conhecimentos, habilidades e atitudes, e, cumprimentos de metas quantitativas, exigidas para o
bom desempenho do cargo e cumprimento da missão institucional do Tribunal e terá pontuação
máxima de 100 (cem) pontos.
§2° Os servidores serão classificados em lista para a seleção daqueles que vão progredir,
considerando as notas obtidas na Avaliação de Desempenho.
§3° Em caso de empate será contemplado o servidor que, sucessivamente:
I – estiver há mais tempo sem ter obtido uma Progressão Horizontal ou Vertical;
II – tiver obtido a maior nota na Avaliação de Desempenho mais recente;
III – tiver maior tempo de efetivo exercício no cargo;
IV – tiver maior idade.
Art. 35. O Sistema de Avaliação de Desempenho será regulamentado por ato normativo do
Tribunal de Contas no prazo de 90 (noventa) dias contados da data de publicação desta Lei.
Art. 36. O servidor nomeado para ocupar cargo em comissão ou designado para função de
confiança será avaliado de acordo com as atribuições do cargo ou função que tiver exercido mais
tempo durante o período avaliado.
CAPÍTULO V
DA COMISSÃO DE GESTÃO DE CARREIRAS
Art. 37. Fica criada a Comissão de Gestão de Carreiras cujos membros serão nomeados pelo
Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Goiás.
16
§1º A Comissão deliberará por maioria qualificada de dois terços e seu presidente só vota em
caso de empate.
§2º Compete à Comissão de Gestão de Carreiras, dentre outras estabelecidas por ato normativo
da Presidência do Tribunal:
I – avaliar a pertinência dos cursos de qualificação iniciados antes, ou até 06 (seis) meses após a
publicação desta Lei, e que se pretendem utilizar para fins de Evolução Funcional;
II – acompanhar os processos de Evolução Funcional e de Avaliação de Desempenho;
III - Julgar os recursos dos servidores relativos à Avaliação de Desempenho;
§3° São regras para o processo e julgamento dos recursos:
I – o recurso deve ser protocolizado em até 05 (cinco) dias úteis, contados da ciência da
Avaliação de Desempenho pelo servidor ou o ocupante de cargo em comissão;
II – somente o servidor ou o ocupante de cargo em comissão pode recorrer da sua Avaliação de
Desempenho;
III – o recurso só será provido quando a Avaliação de Desempenho:
a) não tiver sido executada na forma prevista no regulamento;
b) tiver sido manifestamente injusta;
c) tiver se baseado em fatos comprovadamente inverídicos.
§4º A Comissão de Gestão de Carreiras poderá, a qualquer tempo:
I – utilizar-se de todas as informações existentes sobre o servidor ou o ocupante de cargo em
comissão avaliado;
II – realizar diligências junto às unidades e chefias, solicitando, se necessária, a revisão das
informações, a fim de corrigir erros ou omissões;
III – convocar servidor ou o ocupante de cargo em comissão para prestar informações ou
participação opinativa, sem direito a voto; e
IV – valer-se da Diretoria Jurídica do Tribunal de Contas, que ficará responsável por assessorar o
processo de revisão relativo à Avaliação de Desempenho.
Art. 38. Os trabalhos e a composição da Comissão de Gestão de Carreiras serão
regulamentados por Ato Normativo da Presidência do Tribunal.
17
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Seção I
Do Enquadramento
Art. 39. Ficam os cargos efetivos do Tribunal de Contas do Estado de Goiás consolidados
conforme do Anexo I desta Lei.
Art. 40. Para o enquadramento dos atuais ocupantes dos cargos públicos, deverá ser observado:
I - Posicionamento do servidor no Grau correspondente ao vencimento idêntico ou, se não for
possível, no imediatamente superior, dando sempre preferência ao menor Nível na Tabela de
Vencimentos.
II – Após o posicionamento no nível e grau previsto no inciso I do artigo 40 desta Lei, o servidor
avançará, se possuir:
a) até 5 (cinco) anos de Tempo de Serviço: 1 (um) grau;
b) mais de 5 (cinco) anos até 10 (dez) anos de Tempo de Serviço: 2 (dois) graus;
c) mais de 10 (dez) anos até 15 (quinze) anos de Tempo de Serviço: 3 (três) graus;
d) Mais de 15 (quinze) anos de Tempo de Serviço: 4 (quatro) graus.
III – O posicionamento no nível e grau previstos no inciso II do artigo 40 desta Lei, consistirá no
enquadramento final do servidor;
IV – Após o enquadramento final do servidor previsto no inciso III do artigo 40 desta Lei, será
realizado o cálculo da diferença entre o novo vencimento-base de cada servidor e o valor total de
remuneração pessoal;
V – O valor obtido por meio do cálculo da diferença entre o novo vencimento-base de cada
servidor e o valor total de remuneração pessoal será denominado “Valor de Diferença de
Remuneração” – VDR;
§1º São extintas após o enquadramento final do servidor, realizado na forma do inciso III do Artigo
40 desta Lei, exclusivamente, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, as seguintes
parcelas remuneratórias:
I – Gratificação de Incentivo Funcional, prevista no artigo 16-D da Lei Estadual nº 15.122/05;
18
II – Gratificação de 5% por quinquênio, prevista no artigo 16-B da Lei Estadual nº 15.122/05 e
artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88;
III – Gratificação de 10% por quinquênio prevista no artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88
percebida pelo servidor que fazia jus à alíquota pela redação anterior à Lei Estadual nº 12.831/95;
IV – VPNI – Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada, prevista no artigo 16-F da Lei Estadual
nº 15.122/05.
§2º O posicionamento previsto no inciso I do artigo 40 desta Lei deverá ser realizado por meio do
valor nominal do vencimento–base de cada servidor, referente ao mês anterior a publicação desta
Lei.
§2º O “Valor de Diferença de Remuneração” – VDR será objeto de aplicação do índice de reajuste
anual do Tribunal de Contas do Estado.
§3º O Tribunal de Contas do Estado de Goiás deverá considerar o “Valor de Diferença de
Remuneração” – VDR para fins de limite definido no artigo 13 desta Lei.
Art. 41. Serão descontados do “Valor de Diferença de Remuneração” – VDR, os valores de
quinquênios previstos no artigo 42 desta Lei e da evolução funcional prevista nos artigos 27 e 30
desta Lei, dos servidores que futuramente fizerem jus, até o limite de sua extinção.
Art. 42. Fica instituída a Gratificação de 2,5% (dois vírgula cinco por cento) por quinquênio de
efetivo exercício em cargo público do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, calculados
exclusivamente sobre o vencimento base do cargo de provimento efetivo ocupado, sendo vedada
a utilização de outra base de cálculo ou a sua computação para fins de novos cálculos.
Parágrafo único. A contagem do tempo de efetivo de exercício considerará o período não
utilizado na última concessão da Gratificação de 5% por quinquênio, prevista no artigo 16-B da Lei
Estadual nº 15.122/05 e artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88.
Art. 43. O prazo para o enquadramento dos servidores é de até 120 (cento e vinte) dias, a contar
da data de publicação desta Lei.
Parágrafo único. Aplicam-se as regras de enquadramento aos concursos em andamento na data
da publicação desta Lei.
Seção II
19
Do Quadro Suplementar
Art. 44. O Quadro Suplementar é o constante do Anexo VI desta Lei, observada as seguintes
regras:
I – os cargos constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para a
constante da coluna “Situação Nova”;
§1º. Os cargos do Quadro Suplementar extinguem-se na sua vacância.
§2º. Os servidores vinculados ao Quadro Suplementar serão remunerados pela Tabela de
Vencimento correspondente a tabela específica prevista no Anexo VI desta Lei.
§3º. A exoneração do servidor ocupante de cargo do Quadro Suplementar, mencionado no caput
do artigo, dependerá de prévia autorização do Tribunal Pleno.
Seção III
Da nomeação para Cargos em Comissão e designação para Funções de Confiança
Art. 45. Os cargos em comissão e Funções de Confiança previstos na coluna “Situação Anterior”,
nos Anexos II e III desta Lei, serão extintos na vacância.
Parágrafo único. O Tribunal de Contas deverá adotar todas as medidas cabíveis, para que num
prazo máximo de dois anos, todos os Cargos em Comissão e Funções de Confiança estejam
adequados aos cargos previstos na coluna “Situação Nova”, nos Anexos II e III desta Lei.
Seção III
Das Disposições Gerais
Art. 46. Constarão do demonstrativo de vencimentos o Nível e Grau em que está enquadrado o
servidor.
Art. 47. É vedada a concessão de Evolução Funcional aos servidores do Tribunal cedidos a
outros entes.
20
Art. 48. É vedada a Evolução Funcional aos servidores do Tribunal investidos em mandato eletivo,
salvo no caso de investidura em mandato de vereador, desde que haja compatibilidade de
horários, nos termos do art. 38, III, da Constituição Federal.
Art. 49. A Presidência do Tribunal de Contas do Estado de Goiás editará normas regulamentares
referentes as atribuições e especialidades previstas no artigo 4º e habilitação legal específica
prevista nos incisos I e II do artigo 5º, no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 50. Os atuais servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás estão dispensados das
exigências contidas nos artigos 28, I e 31, I desta Lei.
Art. 51. Fica extinto, exclusivamente, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Goiás a
Licença-Prêmio prevista no artigo 16-A da Lei nº 15.122/05 e 243 da Lei Estadual nº 10.460/88.
§1º Será respeitado o direito de fruição do benefício previsto no caput do artigo 51, aos servidores
que, na data da publicação desta Lei, possuírem os requisitos para sua concessão nos termos de
ato normativo da Presidência do Tribunal.
§2º O período de fruição da Licença-Prêmio nos termos do parágrafo primeiro do artigo 51 desta
Lei, será considerado como efetivo trabalho para fins do artigo 26, IV desta Lei.
Art. 52. Fica vedado ao Tribunal de Contas do Estado de Goiás reestabelecer ou criar nova
concessão de qualquer gratificação ou direito, extintos por esta Lei.
Art. 53. É garantida a licença de servidores do Quadro de Cargos Efetivos do Tribunal para
exercício de mandato eletivo de presidente de entidade de classe representativa dos servidores
do Órgão, sem prejuízo da remuneração e dos demais direitos do seu cargo.
Art. 54. As despesas decorrentes da presente lei correrão à conta das dotações orçamentárias
próprias, consignadas no orçamento vigente.
Art. 55. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, assegurando-se ao Tribunal de Contas
do Estado de Goiás um prazo de 120 (cento e vinte) dias para a implementação de seu conteúdo.
21
Art. 56. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei n. 15.122/05 e 16.466/09.
Goiás, xxxxx
22
Anexo I da Lei nº xxxxx
Anexo II da Lei nº xxxxx
Anexo III da Lei nº xxxxx
DENOMINAÇÃO NATUREZA ÁREA DE ATUAÇÃO QUANTIDADE ATRIBUI ÇÕES
CONTROLE EXTERNO
APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
CONTROLE EXTERNO
APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
160
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO CARGO EFETIVO 350
QUADRO DE CARGOS EFETIVOS
Desempenhar todas as atividades concernentes ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás, de nível intermediário, inclusive aquelas relacionadas à
sua gestão, bem como auxiliar o Analista de Controle Externo no exercício de suas
atribuições
Desempenhar de todas as atividades de caráter técnico de nível superior relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a
cargo do Tribunal de Contas da União, inclusive aquelas relacionadas à sua gestão.
TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO CARGO EFETIVO
Situação Anterior
Assessor I
Assessor II
Assessor III
Assessor IV
Situação Anterior
Diretoria Superior
Diretor de Divisão
Chefe de Serviço
NOVO
Situação Anterior
Chefe de Gabinete
Diretor Jurídico
n/c
n/c
Ouvidor Geral
n/c
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Assessor Técnico de Gabinete I 34 R$12.000,00 Nível Superior
Assessor Técnico de Gabinete II 34 R$9.000,00 Nível Superior
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Secretário 4 R$14.000,00 Nível Superior
Gerente 14 R$12.000,00 Nível Superior
Chefe de Serviço* 36 R$9.000,00 Nível Médio
Chefe de Setor* 11 R$7.000,00 Nível Médio
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Secretário Chefe de Gabinete da Presidência 1 R$14.000,00 Nível Superior
Diretor Jurídico 1 R$12.000,00 Nível Superior
Controlador do TCE-GO 1 R$12.000,00 Nível Superior
Assessor Chefe de Comunicação 1 R$9.000,00 Nível Superior
Ouvidor Geral 1 R$9.000,00 Nível Superior
Assessor de Apoio Administrativo 7 R$7.000,00 Nível Médio
14Assessor Técnico de Gabinete III
CARGOS EM COMISSÃO
Nível SuperiorR$7.000,00
Situação Anterior
Assessor Técnico I
Assessor Técnico II
Assessor Técnico III
Assessor Técnico IV
Assessor Supervisor
Situação Nova Quantidade Gratificação Requisito de Eco laridade
Assistente Técnico I 5 R$6.000,00 Nível Superior
Assistente Técnico II 38 R$4.500,00 Nível Superior
Extinto Extinto Extinto Extinto
Nível SuperiorAssistente Técnico III
FUNÇÕES DE CONFIANÇA
21 R$3.500,00
23
Anexo IV da Lei nº xxxxx
Anexo V da Lei nº xxxxx
62%
NIVEL A B C D E F G H IIV 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76 11.679,72 12.088,51 12.511,60 12.949,50
III 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76 11.679,72 12.088,51
II 8.569,80 8.869,74 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76
I 8.000,00 8.280,00 8.569,80 8.869,74 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45
NIVEL A B C D E F G H I
56%
NIVEL A B C D E F G H I JIII 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88 6.770,84 7.007,81 7.253,08 7.506,93
II 5.141,88 5.321,84 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88 6.770,84 7.007,81
I 4.800,00 4.968,00 5.141,88 5.321,84 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88
NIVEL A B C D E F G H I J
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO
TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO
Exigência de Ingresso
Nível Médio
Nível Superior
Nível Graduação/Titulação Capacitação
IIEducação Profissional (Técnico) ou
Nível Superior120 Horas
IIIEducação Profissional (Técnico) ou
Nível Superior ou Pós Graduação120 horas
II Pós Graduação 240 Horas
IIIMestrado ou 02 Certificados de Pós
Graduação240 Horas
IVDoutorado ou 03 Certificados de
Pós Graduação240 Horas
24
Anexo VI da Lei nº xxxxx
Situaçao Anterior
Assessor de Assuntos Contábeis, Financeiros, Jurídicos e
Orçamentários
Assessor de Assuntos Econômicos junto à ATE
Assessor Técnico de Engenharia
Inspetor de Empresas Econômicas
Inspetor Fiscal da Despesa Pública
Inspetor de Obras Públicas
Inspetor Supervisor da Despesa
Assessistente Técnico Especializado
Assessor de Imprensa
Oficial Especializado de Representação
Condutor Especializado
Datilógrafo
Digitador
Eletricista
Auxiliar Especializado
Fotógrafo
Mecanógrafo
Auxiliar Geral
Cargos em Comis s
Situação Nova
ASSESSOR ESPECIAL II
ASSESSOR ESPECIAL III
ASSESSOR ESPECIAL IV
ASSESSOR ESPECIAL I
são - Quadro Suplementar
ASSESSOR ESPECIAL V
Quantidade Vencimento
57 R$9.000,00
R$7.000,00
R$5.000,00
17 R$12.000,00
R$4.000,00
22
25
23
2
ANEXO 1 – MINUTA DO PROJETO DE LEI
PROJETO DE LEI n° ........
Dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos dos Servidores do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás e dá outras
providências.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Fica instituído o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Servidores do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás, fundamentado nos seguintes princípios:
I – racionalização da estrutura de cargos e carreiras;
II – legalidade e segurança jurídica;
III – reconhecimento e valorização do servidor público pelos serviços prestados, pelo
conhecimento adquirido e pelo desempenho profissional; e
IV – estímulo ao desenvolvimento profissional e à qualificação funcional.
Art. 2º Para os fins desta Lei considera-se:
I – Servidor: a pessoa legalmente investida em cargo de provimento efetivo;
II – Cargo efetivo: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com número certo,
que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e responsabilidades,
provido por meio de concurso público, nos termos do art. 37, II da Constituição Federal;
III – Cargo em Comissão: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com
número certo, que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e
3
responsabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provido através de livre nomeação, nos
termos do art. 37, V da Constituição Federal;
IV – Função de Confiança: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com
número certo, que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e
responsabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provida através de designação de
servidor titular de cargo efetivo, nos termos do art. 37, V da Constituição Federal;
V – Carreira: estrutura de desenvolvimento funcional e profissional, operacionalizada através de
passagens a Níveis e Graus superiores, no cargo do servidor;
VI – Padrão: conjunto de algarismos que designa o vencimento dos servidores, formado por:
a) Nível: indicativo de cada posição salarial em que o servidor poderá estar enquadrado na
Carreira, segundo critérios de desempenho, capacitação e titulação, representado por números;
b) Grau: indicativo de cada posição salarial em que o servidor poderá estar enquadrado na
Carreira, segundo critérios de desempenho, representado por letras;
VII – Progressão Vertical: passagem do servidor de um Nível para outro superior, na Tabela de
Vencimento própria do cargo a que pertence;
VIII – Progressão Horizontal: passagem do servidor de um Grau para outro superior, na Tabela de
Vencimento própria do cargo a que pertence;
IX – Vencimento Base: retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, de
acordo com o Nível e Grau;
X – Remuneração: retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, composta
pelo vencimento base e pelas demais vantagens pecuniárias estabelecidas em lei;
XI – Área de Atuação: campo genérico de trabalho onde os servidores podem desempenhar suas
atribuições, podendo ser no “Controle Externo” ou no “Apoio Técnico e Administrativo”;
XII – Especialidade: campo específico de trabalho, relacionado a um conjunto de atribuições e
responsabilidades, podendo exigir formações e/ou habilitações específicas, a ser determinado em
regulamento, conforme o cargo e a área de atuação;
XIII – Grupo Ocupacional: conjunto de servidores titulares de cargos e áreas de atuação idênticos.
XIV – Massa salarial: soma do vencimento mensal dos servidores pertencentes a um Grupo
Ocupacional;
CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS
4
Seção I
Da Composição do Quadro de Cargos Efetivos
Art. 3º. O Quadro de Pessoal efetivo do Tribunal de Contas do Estado de Goiás é composto pelas
seguintes Carreiras, constituídas pelos respectivos cargos de provimento efetivo:
I - Analista de Controle Externo, de nível superior; e
II - Técnico de Controle Externo, de nível médio.
Parágrafo único. Os cargos efetivos previstos neste artigo são regidos pela Lei Estadual nº
10.460/88 que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de
suas Autarquias, exceto no que contrariar as disposições contidas nesta Lei, em especial, os
artigos 40, §1º e 50.
Art. 4º. Os quantitativos, as áreas de atuação e as atribuições dos cargos de que trata esta Lei
estão fixadas no Anexo I desta Lei.
Parágrafo único. Ato normativo expedido pela Presidência do Tribunal de Contas descreverá as
especialidades relacionadas a cada cargo e suas atribuições específicas.
Art. 5º. São requisitos de escolaridade para ingresso:
I - para o cargo de Analista, diploma de conclusão de curso superior, em nível de graduação, com
habilitação legal específica;
II - para o cargo de Técnico, certificado de conclusão de ensino médio e/ou, se for o caso,
habilitação legal específica.
§1º O Edital do concurso público determinará o número de vagas por área de atuação e
especialidade, devendo especificar os cursos de nível superior admitidos para as vagas
disponibilizadas, bem como o registro profissional exigido, conforme a necessidade do Tribunal de
Contas.
§2º É vedado o desempenho de atribuições diversas daquelas fixadas para o cargo para o qual o
servidor foi aprovado.
5
Art. 6º. Os servidores podem ser deslocados para atuar em outras especialidades e/ou áreas de
atuação, desde que possuam as habilitações necessárias, conforme interesse do Tribunal de
Contas, mediante ato da Presidência.
Art. 7º Os cargos estão vinculados à Tabela de Vencimentos aplicável, conforme Anexo I.
Seção II
Da Composição do Quadro de Cargos em Comissão e Funções de Confiança
Art. 8º. Fica criado o Quadro de Cargos em Comissão conforme Anexo II desta Lei.
§1º Os cargos constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para a
constante da coluna “Situação Nova”;
§2º Os cargos comissionados são regidos pela Lei Estadual nº 10.460/88 que dispõe sobre o
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias e vinculados
ao regime geral de previdência.
§3º O vencimento estipulado pelo Anexo II é devido aos nomeados para os cargos em comissão.
§4º Quando o nomeado para cargo em comissão for titular de cargo efetivo do Tribunal de Contas,
perceberá gratificação, cujo montante corresponderá, à opção do servidor, nos termos do Anexo
II:
I – à diferença entre o vencimento-base correspondente ao cargo efetivo do servidor e o
vencimento-base referente ao cargo em comissão;
II – a 60% (sessenta por cento) do valor total correspondente ao vencimento-base do cargo em
comissão.
§5º A Gratificação por Exercício de Cargo em Comissão não se incorpora ao vencimento do
servidor em nenhuma hipótese, sendo, contudo, devida para fins de cálculo de décimo-terceiro e
férias.
§6º A nomeação de servidor efetivo para cargo em comissão implica alteração das atribuições do
servidor, enquanto perdurar a nomeação.
Art. 9º. O cargo de Gerente e Chefe de Serviço terá o percentual mínimo de 30% (trinta por cento)
reservado aos servidores efetivos.
6
Art. 10. Fica criado o Quadro de Funções de Confiança, reservados a servidores efetivos,
conforme Anexo III desta Lei, observada as seguintes regras:
§1º As Funções constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para
a constante da coluna “Situação Nova”.
§2º. A gratificação estipulada pelo Anexo III é devido aos servidores designados para as Funções
de Confiança, enquanto perdurar a designação.
§3º A designação de servidor efetivo para função de confiança implica alteração das atribuições
do servidor, enquanto perdurar a designação.
Seção III
Do Ingresso e das Atribuições
Art. 11. Os cargos do Quadro de Cargos Efetivos do Anexo I desta Lei são providos
exclusivamente por concurso público de provas ou de provas e títulos e seu ingresso se dá
sempre no Nível e Grau iniciais do cargo.
§1º O concurso público realizar-se-á, preferencialmente, em duas etapas, na seguinte ordem:
I - provas ou provas e títulos, sendo as provas de caráter eliminatório e classificatório e os títulos
de caráter meramente classificatório;
§2º Para o cargo de Técnico de Controle Externo, durante a primeira etapa do concurso, poderá
ser exigido exame de habilidade específica, conforme dispuser o edital.
Seção IV
Da Remuneração
Art. 12. O servidor será remunerado de acordo com as Tabelas de Vencimento constantes do
Anexo IV, conforme o seu Padrão.
Parágrafo único. As Tabelas de Vencimento do Anexo IV estão fixadas de acordo com a jornada
padrão do cargo definida nesta Lei.
7
Art. 13. A maior remuneração, a qualquer título, atribuída aos servidores, obedecerá estritamente
ao disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal, sendo imediatamente reduzidos àquele limite
quaisquer valores percebidos em desacordo com esta norma, não se admitindo, neste caso, a
invocação de direito adquirido ou percepção de excesso a qualquer título.
Art. 14. Fica assegurada aos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás a revisão
geral anual, nos termos do inciso X do artigo 37 da Constituição Federal, observados os recursos
orçamentários, financeiros e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Art. 15. Aos ocupantes de cargo efetivo ou em comissão do Tribunal poderá ser atribuída
Gratificação de Desempenho, de 5% (cinco por cento) a 20% (vinte por cento) do vencimento do
respectivo cargo, observadas as normas previstas em ato do Tribunal para sua concessão.
Art. 16. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato
constante com substâncias tóxicas ou radioativas, ou em atividades com risco de vida
permanente, farão jus a um adicional, incidente sobre o vencimento do cargo efetivo, obedecido o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
§1º Os adicionais de insalubridade, periculosidade e de risco de vida são inacumuláveis, cabendo
opção expressa por um deles.
§2º Os adicionais serão concedidos nos percentuais de 10% (dez por cento), 15% (quinze por
cento) e 20% (vinte por cento) do vencimento, conforme se tratar de insalubridade, periculosidade
e risco de graus mínimo, médio e máximo, respectivamente, não incorporáveis para fins de
aposentadoria.
§3º A concessão dos adicionais previstos neste artigo obedecerá, subsidiariamente, as normas
legais e regulamentares aplicáveis aos trabalhadores em geral.
§4º O direito aos adicionais previstos neste artigo cessa, automaticamente, com a eliminação das
condições que deram causa à sua concessão.
Art. 17. Fica instituída a gratificação por encargo de curso, concurso ou comissão especial,
destinada a retribuir o servidor ou o ocupante de cargo em comissão durante o período em que
estiver designado para:
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I - atividade de professor de cursos de treinamento ou aperfeiçoamento no âmbito do Tribunal;
II - membro de comissões de avaliação ou de concurso público;
III – membro de comissão especial, para exercer atividades não arroladas nas funções ordinárias
de seu cargo.
Parágrafo único. A gratificação de que trata o caput é fixada em ato do Presidente do Tribunal,
no montante de 10% (dez por cento) a 20 % (vinte por cento) do vencimento básico do servidor ou
do ocupante de cargo em comissão, de acordo com a complexidade da atividade desenvolvida, e
seu pagamento está vinculado à verificação do efetivo exercício do encargo.
Art. 18. O décimo terceiro salário do servidor ou do ocupante de cargo em comissão do Tribunal
será pago no mês de dezembro, tendo por base o valor da remuneração devida naquele mês.
Parágrafo único . A metade do valor correspondente ao décimo terceiro salário será paga ao
servidor ou ao ocupante de cargo em comissão, a título de antecipação, no mês de janeiro.
Art. 19. Haverá substituição no impedimento legal e temporário de ocupante de cargo em
comissão.
§1º A substituição prevista no caput deste artigo será remunerada proporcionalmente ao período
que houver ocorrido a substituição de acordo com ato Normativo da Presidência do Tribunal
§2º O substituto perceberá, durante o tempo da substituição, a remuneração do cargo de que for
titular, acrescido da diferença apurada entre esta e a do respectivo cargo em comissão.
Art. 20. O servidor ou o ocupante de cargo em comissão fará jus, anualmente, a trinta dias de
férias, que podem ser acumuladas, até o máximo dois períodos, no caso de necessidade do
serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
§1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta injustificada ao serviço.
§3º As férias poderão, a pedido do servidor ou o ocupante de cargo em comissão e a critério do
Tribunal, ser concedidas em dois períodos de 15 (quinze) dias, devidamente previstos na escala
anual de férias.
§4º No caso de parcelamento de férias, o servidor ou o ocupante de cargo em comissão receberá
o valor adicional previsto no inciso XVII do artigo 7º da Constituição Federal quando da utilização
do primeiro período.
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Art. 21. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa
ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês
de efetivo exercício, ou fração igual ou superior a quinze dias.
Parágrafo único. A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for
publicado o ato exoneratório.
Seção V
Da Jornada
Art. 22. A jornada padrão de trabalho dos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás é
de 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais:
Parágrafo único. A jornada de trabalho é de 8 (oito) horas diárias e 40 (quarenta) horas
semanais para os servidores:
I – nomeados para cargos em comissão; e
II – designados para função de confiança.
CAPÍTULO III
DA EVOLUÇÃO FUNCIONAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 23. A Evolução Funcional nos cargos ocorrerá mediante as seguintes formas:
I – Progressão Vertical;
II – Progressão Horizontal.
Art. 24. A Evolução Funcional somente se dará de acordo com a previsão orçamentária de cada
ano, que deverá assegurar recursos suficientes para, no mínimo:
I – Progressão Vertical de 10% dos servidores de cada Grupo Ocupacional, a cada processo; e
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II – Progressão Horizontal de 20% dos servidores de cada Grupo Ocupacional, a cada processo.
§1º As verbas destinadas à Progressão Vertical e à Progressão Horizontal deverão ser objeto de
rubricas específicas na Lei Orçamentária.
§2º A distribuição dos recursos previstos em orçamento para a Evolução Funcional dos
servidores será distribuída entre os Grupos Ocupacionais, de acordo com a massa salarial de
cada um desses.
§3º O Tribunal de Contas do Estado de Goiás deverá realizar primeiramente a Progressão
Vertical, e, havendo sobras financeiras utilizará os recursos na Progressão Horizontal no próprio
Grupo Ocupacional.
§4º. Sobras apuradas após a aplicação do parágrafo anterior poderão ser utilizadas na Evolução
Funcional do Grupo Ocupacional que tiver mais servidores habilitados.
Art. 25. Os processos de Evolução Funcional ocorrerão anualmente, tendo seus efeitos
financeiros em março do exercício seguinte, beneficiando os servidores habilitados.
Art. 26. O interstício mínimo exigido na Evolução Funcional:
I – será contado em anos, compreendendo o período entre Janeiro e Dezembro;
II – começará a ser contado a partir do mês de Janeiro do ano em que o servidor perceber os
efeitos financeiros da primeira evolução funcional;
III – considerará apenas os anos em que o servidor tenha trabalhado por, no mínimo, 09 (nove)
meses, ininterruptos ou não;
IV - considerará apenas os dias efetivamente trabalhados e o período de gozo:
a) das férias;
b) da licença maternidade e paternidade;
c) da licença em função de luto;
d) dos 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho;
e) das folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo
do Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
§1º Nos casos de licenças e afastamentos descritos acima, a Avaliação de Desempenho recairá
somente sobre o período trabalhado.
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§2º Não prejudica a contagem de tempo para os interstícios necessários para a Evolução
Funcional:
I – a nomeação para cargo em comissão ou a designação para função de confiança no Tribunal
de Contas do Estado de Goiás;
II – o afastamento para Justiça Eleitoral;
III – a convocação para participação do Tribunal do Juri.
Seção II
Da Progressão Vertical
Art. 27. A Progressão Vertical é a passagem de um Nível para outro imediatamente superior,
mantido o Grau, mediante Avaliação de Desempenho e Qualificação.
Art. 28. Está habilitado à Progressão Vertical o servidor que:
I – possuir estabilidade no cargo;
II – houver cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
III – não tiver contra si, no período de interstício, decisão administrativa transitada em julgado
aplicando pena disciplinar de suspensão;
IV – obtiver 02 (dois) desempenhos superiores à média do Grupo Ocupacional a que pertence,
consideradas as 03 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
V – não possuir, durante o interstício, mais de 21 (vinte e uma) ausências;
VI – possuir pelo menos uma das qualificações exigidas no Anexo V para o Nível, observado o
disposto no artigo seguinte.
§1º A média a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo é obtida a partir da soma das
pontuações obtidas na Avaliação Periódica de Desempenho ou na Avaliação Especial de
Desempenho, em cada Grupo Ocupacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
§2º Para fins do inciso V deste artigo, são consideradas ausências:
I – Falta justificada: ausência em caso de necessidade ou força maior, mediante requerimento
fundamentado do servidor e validação do seu chefe imediato;
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II – Falta injustificada: ausência sem apresentação de requerimento ou caso o requerimento
apresentado pelo servidor não for aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência das
justificativas apresentadas.
§3º Excluem-se do conceito de ausência, para fins do inciso V do caput do artigo 28:
I – as férias;
II – a licença maternidade e paternidade;
III – a licença em função de luto;
IV – os 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
V – folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo do
Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
VI – folga decorrente de trabalho para Justiça Eleitoral;
Art. 29. A Qualificação exigida para a Progressão Vertical, conforme Anexo V, pode ser obtida
mediante:
I – Graduação;
II – Titulação;
III – Capacitação.
§1º A Graduação e a Titulação:
I – devem ser reconhecidas pelo Ministério da Educação;
II – têm validade indeterminada para os fins desta Lei;
III – não podem ser utilizadas mais de uma vez para fins de Evolução Funcional;
IV – não podem ter sido utilizadas como requisito de ingresso no cargo ou em processos de
evolução na carreira previstos em legislação anterior.
§2º A Capacitação:
I – deve ser aprovada pela Comissão de Gestão de Carreiras antes do início do curso ou após o
término do curso que tenha sido iniciado antes ou até 06 (seis) meses após a publicação desta
Lei;
II – deve ser utilizada em no máximo 05 (cinco) anos, contados da data do certificado de
conclusão até a data dos efeitos financeiros da progressão;
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III – deve ser iniciada após o ingresso do servidor no Tribunal;
IV – pode ser obtida mediante o somatório de cargas horárias de cursos de capacitação,
respeitadas as cargas horárias mínimas por curso:
a) cargos com exigência de ingresso de nível médio ou técnico: curso com carga horária mínima
de 16 (dezesseis) horas;
b) cargos com exigência de ingresso de nível superior: curso com carga horária mínima de 30
(trinta) horas.
V – não pode ser utilizada mais de uma vez para fins de Evolução Funcional.
§3º O servidor que se habilitar à Progressão Vertical e não se beneficiar da mesma por
inexistência de disponibilidade orçamentária e financeira, poderá fazer uso dos cursos realizados
independentemente do prazo estabelecido no inciso II do parágrafo anterior.
§4º A Qualificação deve ser pertinente com as atribuições do cargo.
Seção III
Da Progressão Horizontal
Art. 30. A Progressão Horizontal é a passagem de um Grau para outro imediatamente superior,
dentro do mesmo nível, mediante classificação no processo de Avaliação de Desempenho.
Art. 31. Está habilitado à Progressão Horizontal o servidor que:
I – possuir estabilidade no cargo;
II – houver cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
III – não tiver contra si, no período de interstício, decisão administrativa transitada em julgado
aplicando pena disciplinar de suspensão;
IV – obtiver 02 (dois) desempenhos superiores à média do Grupo Ocupacional a que pertence,
consideradas as 03 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
V – não possuir, durante o interstício, mais de 21 (vinte e uma) ausências.
§1º A média a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo é obtida a partir da soma das
pontuações obtidas na Avaliação Periódica de Desempenho ou na Avaliação Especial de
Desempenho, em cada Grupo Ocupacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
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§2º Para fins do inciso V deste artigo, são consideradas ausências:
I – Falta justificada: ausência em caso de necessidade ou força maior, mediante requerimento
fundamentado do servidor e validação do seu chefe imediato;
II – Falta injustificada: ausência sem apresentação de requerimento ou caso o requerimento
apresentado pelo servidor não for aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência das
justificativas apresentadas.
§3º Excluem-se do conceito de ausência, para fins do inciso V:
I – as férias;
II – a licença maternidade e paternidade;
III – a licença em função de luto;
IV – os 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
V – folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo do
Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
VI – folga decorrente de trabalho para Justiça Eleitoral;
CAPÍTULO IV
DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Art. 32. Fica instituído o Sistema de Avaliação de Desempenho, com a finalidade de proporcionar
o aprimoramento dos métodos de gestão, a valorização do servidor, a melhoria da qualidade e
eficiência do serviço público, bem como a Evolução Funcional.
Art. 33. O Sistema de Avaliação de Desempenho é composto por:
I – Avaliação Especial de Desempenho, utilizada para fins de aquisição da estabilidade no serviço
público, conforme o artigo 41, § 4º, da Constituição Federal, e para fins da primeira Evolução
Funcional;
II – Avaliação Periódica de Desempenho, utilizada anualmente para fins de Evolução Funcional,
mediante Progressão por Mérito e Capacitação.
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Art. 34. A Avaliação Periódica de Desempenho é um processo anual e sistemático de aferição do
desempenho do servidor ou do ocupante de cargo em comissão, e será utilizada para fins de
programação de ações de capacitação e qualificação e, para os servidores efetivos, como critério
para a Evolução Funcional, compreendendo:
I – Avaliação Funcional;
II – Assiduidade.
§1° A Avaliação Funcional ocorrerá anualmente a partir da identificação e mensuração de
conhecimentos, habilidades e atitudes, e, cumprimentos de metas quantitativas, exigidas para o
bom desempenho do cargo e cumprimento da missão institucional do Tribunal e terá pontuação
máxima de 100 (cem) pontos.
§2° Os servidores serão classificados em lista para a seleção daqueles que vão progredir,
considerando as notas obtidas na Avaliação de Desempenho.
§3° Em caso de empate será contemplado o servidor que, sucessivamente:
I – estiver há mais tempo sem ter obtido uma Progressão Horizontal ou Vertical;
II – tiver obtido a maior nota na Avaliação de Desempenho mais recente;
III – tiver maior tempo de efetivo exercício no cargo;
IV – tiver maior idade.
Art. 35. O Sistema de Avaliação de Desempenho será regulamentado por ato normativo do
Tribunal de Contas no prazo de 90 (noventa) dias contados da data de publicação desta Lei.
Art. 36. O servidor nomeado para ocupar cargo em comissão ou designado para função de
confiança será avaliado de acordo com as atribuições do cargo ou função que tiver exercido mais
tempo durante o período avaliado.
CAPÍTULO V
DA COMISSÃO DE GESTÃO DE CARREIRAS
Art. 37. Fica criada a Comissão de Gestão de Carreiras cujos membros serão nomeados pelo
Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Goiás.
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§1º A Comissão deliberará por maioria qualificada de dois terços e seu presidente só vota em
caso de empate.
§2º Compete à Comissão de Gestão de Carreiras, dentre outras estabelecidas por ato normativo
da Presidência do Tribunal:
I – avaliar a pertinência dos cursos de qualificação iniciados antes, ou até 06 (seis) meses após a
publicação desta Lei, e que se pretendem utilizar para fins de Evolução Funcional;
II – acompanhar os processos de Evolução Funcional e de Avaliação de Desempenho;
III - Julgar os recursos dos servidores relativos à Avaliação de Desempenho;
§3° São regras para o processo e julgamento dos recursos:
I – o recurso deve ser protocolizado em até 05 (cinco) dias úteis, contados da ciência da
Avaliação de Desempenho pelo servidor ou o ocupante de cargo em comissão;
II – somente o servidor ou o ocupante de cargo em comissão pode recorrer da sua Avaliação de
Desempenho;
III – o recurso só será provido quando a Avaliação de Desempenho:
a) não tiver sido executada na forma prevista no regulamento;
b) tiver sido manifestamente injusta;
c) tiver se baseado em fatos comprovadamente inverídicos.
§4º A Comissão de Gestão de Carreiras poderá, a qualquer tempo:
I – utilizar-se de todas as informações existentes sobre o servidor ou o ocupante de cargo em
comissão avaliado;
II – realizar diligências junto às unidades e chefias, solicitando, se necessária, a revisão das
informações, a fim de corrigir erros ou omissões;
III – convocar servidor ou o ocupante de cargo em comissão para prestar informações ou
participação opinativa, sem direito a voto; e
IV – valer-se da Diretoria Jurídica do Tribunal de Contas, que ficará responsável por assessorar o
processo de revisão relativo à Avaliação de Desempenho.
Art. 38. Os trabalhos e a composição da Comissão de Gestão de Carreiras serão
regulamentados por Ato Normativo da Presidência do Tribunal.
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CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Seção I
Do Enquadramento
Art. 39. Ficam os cargos efetivos do Tribunal de Contas do Estado de Goiás consolidados
conforme do Anexo I desta Lei.
Art. 40. Para o enquadramento dos atuais ocupantes dos cargos públicos, deverá ser observado:
I - Posicionamento do servidor no Grau correspondente ao vencimento idêntico ou, se não for
possível, no imediatamente superior, dando sempre preferência ao menor Nível na Tabela de
Vencimentos.
II – Após o posicionamento no nível e grau previsto no inciso I do artigo 40 desta Lei, o servidor
avançará, se possuir:
a) até 5 (cinco) anos de Tempo de Serviço: 1 (um) grau;
b) mais de 5 (cinco) anos até 10 (dez) anos de Tempo de Serviço: 2 (dois) graus;
c) mais de 10 (dez) anos até 15 (quinze) anos de Tempo de Serviço: 3 (três) graus;
d) Mais de 15 (quinze) anos de Tempo de Serviço: 4 (quatro) graus.
III – O posicionamento no nível e grau previstos no inciso II do artigo 40 desta Lei, consistirá no
enquadramento final do servidor;
IV – Após o enquadramento final do servidor previsto no inciso III do artigo 40 desta Lei, será
realizado o cálculo da diferença entre o novo vencimento-base de cada servidor e o valor total de
remuneração pessoal;
V – O valor obtido por meio do cálculo da diferença entre o novo vencimento-base de cada
servidor e o valor total de remuneração pessoal será denominado “Valor de Diferença de
Remuneração” – VDR;
§1º São extintas após o enquadramento final do servidor, realizado na forma do inciso III do Artigo
40 desta Lei, exclusivamente, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, as seguintes
parcelas remuneratórias:
I – Gratificação de Incentivo Funcional, prevista no artigo 16-D da Lei Estadual nº 15.122/05;
18
II – Gratificação de 5% por quinquênio, prevista no artigo 16-B da Lei Estadual nº 15.122/05 e
artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88;
III – Gratificação de 10% por quinquênio prevista no artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88
percebida pelo servidor que fazia jus à alíquota pela redação anterior à Lei Estadual nº 12.831/95;
IV – VPNI – Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada, prevista no artigo 16-F da Lei Estadual
nº 15.122/05.
§2º O posicionamento previsto no inciso I do artigo 40 desta Lei deverá ser realizado por meio do
valor nominal do vencimento–base de cada servidor, referente ao mês anterior a publicação desta
Lei.
§2º O “Valor de Diferença de Remuneração” – VDR será objeto de aplicação do índice de reajuste
anual do Tribunal de Contas do Estado.
§3º O Tribunal de Contas do Estado de Goiás deverá considerar o “Valor de Diferença de
Remuneração” – VDR para fins de limite definido no artigo 13 desta Lei.
Art. 41. Serão descontados do “Valor de Diferença de Remuneração” – VDR, os valores de
quinquênios previstos no artigo 42 desta Lei e da evolução funcional prevista nos artigos 27 e 30
desta Lei, dos servidores que futuramente fizerem jus, até o limite de sua extinção.
Art. 42. Fica instituída a Gratificação de 2,5% (dois vírgula cinco por cento) por quinquênio de
efetivo exercício em cargo público do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, calculados
exclusivamente sobre o vencimento base do cargo de provimento efetivo ocupado, sendo vedada
a utilização de outra base de cálculo ou a sua computação para fins de novos cálculos.
Parágrafo único. A contagem do tempo de efetivo de exercício considerará o período não
utilizado na última concessão da Gratificação de 5% por quinquênio, prevista no artigo 16-B da Lei
Estadual nº 15.122/05 e artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88.
Art. 43. O prazo para o enquadramento dos servidores é de até 120 (cento e vinte) dias, a contar
da data de publicação desta Lei.
Parágrafo único. Aplicam-se as regras de enquadramento aos concursos em andamento na data
da publicação desta Lei.
Seção II
19
Do Quadro Suplementar
Art. 44. O Quadro Suplementar é o constante do Anexo VI desta Lei, observada as seguintes
regras:
I – os cargos constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para a
constante da coluna “Situação Nova”;
§1º. Os cargos do Quadro Suplementar extinguem-se na sua vacância.
§2º. Os servidores vinculados ao Quadro Suplementar serão remunerados pela Tabela de
Vencimento correspondente a tabela específica prevista no Anexo VI desta Lei.
§3º. A exoneração do servidor ocupante de cargo do Quadro Suplementar, mencionado no caput
do artigo, dependerá de prévia autorização do Tribunal Pleno.
Seção III
Da nomeação para Cargos em Comissão e designação para Funções de Confiança
Art. 45. Os cargos em comissão e Funções de Confiança previstos na coluna “Situação Anterior”,
nos Anexos II e III desta Lei, serão extintos na vacância.
Parágrafo único. O Tribunal de Contas deverá adotar todas as medidas cabíveis, para que num
prazo máximo de dois anos, todos os Cargos em Comissão e Funções de Confiança estejam
adequados aos cargos previstos na coluna “Situação Nova”, nos Anexos II e III desta Lei.
Seção III
Das Disposições Gerais
Art. 46. Constarão do demonstrativo de vencimentos o Nível e Grau em que está enquadrado o
servidor.
Art. 47. É vedada a concessão de Evolução Funcional aos servidores do Tribunal cedidos a
outros entes.
20
Art. 48. É vedada a Evolução Funcional aos servidores do Tribunal investidos em mandato eletivo,
salvo no caso de investidura em mandato de vereador, desde que haja compatibilidade de
horários, nos termos do art. 38, III, da Constituição Federal.
Art. 49. A Presidência do Tribunal de Contas do Estado de Goiás editará normas regulamentares
referentes as atribuições e especialidades previstas no artigo 4º e habilitação legal específica
prevista nos incisos I e II do artigo 5º, no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 50. Os atuais servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás estão dispensados das
exigências contidas nos artigos 28, I e 31, I desta Lei.
Art. 51. Fica extinto, exclusivamente, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Goiás a
Licença-Prêmio prevista no artigo 16-A da Lei nº 15.122/05 e 243 da Lei Estadual nº 10.460/88.
§1º Será respeitado o direito de fruição do benefício previsto no caput do artigo 51, aos servidores
que, na data da publicação desta Lei, possuírem os requisitos para sua concessão nos termos de
ato normativo da Presidência do Tribunal.
§2º O período de fruição da Licença-Prêmio nos termos do parágrafo primeiro do artigo 51 desta
Lei, será considerado como efetivo trabalho para fins do artigo 26, IV desta Lei.
Art. 52. Fica vedado ao Tribunal de Contas do Estado de Goiás reestabelecer ou criar nova
concessão de qualquer gratificação ou direito, extintos por esta Lei.
Art. 53. É garantida a licença de servidores do Quadro de Cargos Efetivos do Tribunal para
exercício de mandato eletivo de presidente de entidade de classe representativa dos servidores
do Órgão, sem prejuízo da remuneração e dos demais direitos do seu cargo.
Art. 54. As despesas decorrentes da presente lei correrão à conta das dotações orçamentárias
próprias, consignadas no orçamento vigente.
Art. 55. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, assegurando-se ao Tribunal de Contas
do Estado de Goiás um prazo de 120 (cento e vinte) dias para a implementação de seu conteúdo.
21
Art. 56. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei n. 15.122/05 e 16.466/09.
Goiás, xxxxx
22
Anexo I da Lei nº xxxxx
Anexo II da Lei nº xxxxx
Anexo III da Lei nº xxxxx
DENOMINAÇÃO NATUREZA ÁREA DE ATUAÇÃO QUANTIDADE ATRIBUI ÇÕES
CONTROLE EXTERNO
APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
CONTROLE EXTERNO
APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
160
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO CARGO EFETIVO 350
QUADRO DE CARGOS EFETIVOS
Desempenhar todas as atividades concernentes ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás, de nível intermediário, inclusive aquelas relacionadas à
sua gestão, bem como auxiliar o Analista de Controle Externo no exercício de suas
atribuições
Desempenhar de todas as atividades de caráter técnico de nível superior relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a
cargo do Tribunal de Contas da União, inclusive aquelas relacionadas à sua gestão.
TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO CARGO EFETIVO
Situação Anterior
Assessor I
Assessor II
Assessor III
Assessor IV
Situação Anterior
Diretoria Superior
Diretor de Divisão
Chefe de Serviço
NOVO
Situação Anterior
Chefe de Gabinete
Diretor Jurídico
n/c
n/c
Ouvidor Geral
n/c
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Assessor Técnico de Gabinete I 34 R$12.000,00 Nível Superior
Assessor Técnico de Gabinete II 34 R$9.000,00 Nível Superior
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Secretário 4 R$14.000,00 Nível Superior
Gerente 14 R$12.000,00 Nível Superior
Chefe de Serviço* 36 R$9.000,00 Nível Médio
Chefe de Setor* 11 R$7.000,00 Nível Médio
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Secretário Chefe de Gabinete da Presidência 1 R$14.000,00 Nível Superior
Diretor Jurídico 1 R$12.000,00 Nível Superior
Controlador do TCE-GO 1 R$12.000,00 Nível Superior
Assessor Chefe de Comunicação 1 R$9.000,00 Nível Superior
Ouvidor Geral 1 R$9.000,00 Nível Superior
Assessor de Apoio Administrativo 7 R$7.000,00 Nível Médio
14Assessor Técnico de Gabinete III
CARGOS EM COMISSÃO
Nível SuperiorR$7.000,00
Situação Anterior
Assessor Técnico I
Assessor Técnico II
Assessor Técnico III
Assessor Técnico IV
Assessor Supervisor
Situação Nova Quantidade Gratificação Requisito de Eco laridade
Assistente Técnico I 5 R$6.000,00 Nível Superior
Assistente Técnico II 38 R$4.500,00 Nível Superior
Extinto Extinto Extinto Extinto
Nível SuperiorAssistente Técnico III
FUNÇÕES DE CONFIANÇA
21 R$3.500,00
23
Anexo IV da Lei nº xxxxx
Anexo V da Lei nº xxxxx
62%
NIVEL A B C D E F G H IIV 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76 11.679,72 12.088,51 12.511,60 12.949,50
III 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76 11.679,72 12.088,51
II 8.569,80 8.869,74 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76
I 8.000,00 8.280,00 8.569,80 8.869,74 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45
NIVEL A B C D E F G H I
56%
NIVEL A B C D E F G H I JIII 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88 6.770,84 7.007,81 7.253,08 7.506,93
II 5.141,88 5.321,84 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88 6.770,84 7.007,81
I 4.800,00 4.968,00 5.141,88 5.321,84 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88
NIVEL A B C D E F G H I J
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO
TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO
Exigência de Ingresso
Nível Médio
Nível Superior
Nível Graduação/Titulação Capacitação
IIEducação Profissional (Técnico) ou
Nível Superior120 Horas
IIIEducação Profissional (Técnico) ou
Nível Superior ou Pós Graduação120 horas
II Pós Graduação 240 Horas
IIIMestrado ou 02 Certificados de Pós
Graduação240 Horas
IVDoutorado ou 03 Certificados de
Pós Graduação240 Horas
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Anexo VI da Lei nº xxxxx
Situaçao Anterior
Assessor de Assuntos Contábeis, Financeiros, Jurídicos e
Orçamentários
Assessor de Assuntos Econômicos junto à ATE
Assessor Técnico de Engenharia
Inspetor de Empresas Econômicas
Inspetor Fiscal da Despesa Pública
Inspetor de Obras Públicas
Inspetor Supervisor da Despesa
Assessistente Técnico Especializado
Assessor de Imprensa
Oficial Especializado de Representação
Condutor Especializado
Datilógrafo
Digitador
Eletricista
Auxiliar Especializado
Fotógrafo
Mecanógrafo
Auxiliar Geral
Cargos em Comis s
Situação Nova
ASSESSOR ESPECIAL II
ASSESSOR ESPECIAL III
ASSESSOR ESPECIAL IV
ASSESSOR ESPECIAL I
são - Quadro Suplementar
ASSESSOR ESPECIAL V
Quantidade Vencimento
57 R$9.000,00
R$7.000,00
R$5.000,00
17 R$12.000,00
R$4.000,00
22
25
23
2
ANEXO 1 – MINUTA DO PROJETO DE LEI
PROJETO DE LEI n° ........
Dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos dos Servidores do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás e dá outras
providências.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Fica instituído o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Servidores do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás, fundamentado nos seguintes princípios:
I – racionalização da estrutura de cargos e carreiras;
II – legalidade e segurança jurídica;
III – reconhecimento e valorização do servidor público pelos serviços prestados, pelo
conhecimento adquirido e pelo desempenho profissional; e
IV – estímulo ao desenvolvimento profissional e à qualificação funcional.
Art. 2º Para os fins desta Lei considera-se:
I – Servidor: a pessoa legalmente investida em cargo de provimento efetivo;
II – Cargo efetivo: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com número certo,
que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e responsabilidades,
provido por meio de concurso público, nos termos do art. 37, II da Constituição Federal;
III – Cargo em Comissão: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com
número certo, que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e
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responsabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provido através de livre nomeação, nos
termos do art. 37, V da Constituição Federal;
IV – Função de Confiança: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com
número certo, que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e
responsabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provida através de designação de
servidor titular de cargo efetivo, nos termos do art. 37, V da Constituição Federal;
V – Carreira: estrutura de desenvolvimento funcional e profissional, operacionalizada através de
passagens a Níveis e Graus superiores, no cargo do servidor;
VI – Padrão: conjunto de algarismos que designa o vencimento dos servidores, formado por:
a) Nível: indicativo de cada posição salarial em que o servidor poderá estar enquadrado na
Carreira, segundo critérios de desempenho, capacitação e titulação, representado por números;
b) Grau: indicativo de cada posição salarial em que o servidor poderá estar enquadrado na
Carreira, segundo critérios de desempenho, representado por letras;
VII – Progressão Vertical: passagem do servidor de um Nível para outro superior, na Tabela de
Vencimento própria do cargo a que pertence;
VIII – Progressão Horizontal: passagem do servidor de um Grau para outro superior, na Tabela de
Vencimento própria do cargo a que pertence;
IX – Vencimento Base: retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, de
acordo com o Nível e Grau;
X – Remuneração: retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, composta
pelo vencimento base e pelas demais vantagens pecuniárias estabelecidas em lei;
XI – Área de Atuação: campo genérico de trabalho onde os servidores podem desempenhar suas
atribuições, podendo ser no “Controle Externo” ou no “Apoio Técnico e Administrativo”;
XII – Especialidade: campo específico de trabalho, relacionado a um conjunto de atribuições e
responsabilidades, podendo exigir formações e/ou habilitações específicas, a ser determinado em
regulamento, conforme o cargo e a área de atuação;
XIII – Grupo Ocupacional: conjunto de servidores titulares de cargos e áreas de atuação idênticos.
XIV – Massa salarial: soma do vencimento mensal dos servidores pertencentes a um Grupo
Ocupacional;
CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS
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Seção I
Da Composição do Quadro de Cargos Efetivos
Art. 3º. O Quadro de Pessoal efetivo do Tribunal de Contas do Estado de Goiás é composto pelas
seguintes Carreiras, constituídas pelos respectivos cargos de provimento efetivo:
I - Analista de Controle Externo, de nível superior; e
II - Técnico de Controle Externo, de nível médio.
Parágrafo único. Os cargos efetivos previstos neste artigo são regidos pela Lei Estadual nº
10.460/88 que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de
suas Autarquias, exceto no que contrariar as disposições contidas nesta Lei, em especial, os
artigos 40, §1º e 50.
Art. 4º. Os quantitativos, as áreas de atuação e as atribuições dos cargos de que trata esta Lei
estão fixadas no Anexo I desta Lei.
Parágrafo único. Ato normativo expedido pela Presidência do Tribunal de Contas descreverá as
especialidades relacionadas a cada cargo e suas atribuições específicas.
Art. 5º. São requisitos de escolaridade para ingresso:
I - para o cargo de Analista, diploma de conclusão de curso superior, em nível de graduação, com
habilitação legal específica;
II - para o cargo de Técnico, certificado de conclusão de ensino médio e/ou, se for o caso,
habilitação legal específica.
§1º O Edital do concurso público determinará o número de vagas por área de atuação e
especialidade, devendo especificar os cursos de nível superior admitidos para as vagas
disponibilizadas, bem como o registro profissional exigido, conforme a necessidade do Tribunal de
Contas.
§2º É vedado o desempenho de atribuições diversas daquelas fixadas para o cargo para o qual o
servidor foi aprovado.
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Art. 6º. Os servidores podem ser deslocados para atuar em outras especialidades e/ou áreas de
atuação, desde que possuam as habilitações necessárias, conforme interesse do Tribunal de
Contas, mediante ato da Presidência.
Art. 7º Os cargos estão vinculados à Tabela de Vencimentos aplicável, conforme Anexo I.
Seção II
Da Composição do Quadro de Cargos em Comissão e Funções de Confiança
Art. 8º. Fica criado o Quadro de Cargos em Comissão conforme Anexo II desta Lei.
§1º Os cargos constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para a
constante da coluna “Situação Nova”;
§2º Os cargos comissionados são regidos pela Lei Estadual nº 10.460/88 que dispõe sobre o
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias e vinculados
ao regime geral de previdência.
§3º O vencimento estipulado pelo Anexo II é devido aos nomeados para os cargos em comissão.
§4º Quando o nomeado para cargo em comissão for titular de cargo efetivo do Tribunal de Contas,
perceberá gratificação, cujo montante corresponderá, à opção do servidor, nos termos do Anexo
II:
I – à diferença entre o vencimento-base correspondente ao cargo efetivo do servidor e o
vencimento-base referente ao cargo em comissão;
II – a 60% (sessenta por cento) do valor total correspondente ao vencimento-base do cargo em
comissão.
§5º A Gratificação por Exercício de Cargo em Comissão não se incorpora ao vencimento do
servidor em nenhuma hipótese, sendo, contudo, devida para fins de cálculo de décimo-terceiro e
férias.
§6º A nomeação de servidor efetivo para cargo em comissão implica alteração das atribuições do
servidor, enquanto perdurar a nomeação.
Art. 9º. O cargo de Gerente e Chefe de Serviço terá o percentual mínimo de 30% (trinta por cento)
reservado aos servidores efetivos.
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Art. 10. Fica criado o Quadro de Funções de Confiança, reservados a servidores efetivos,
conforme Anexo III desta Lei, observada as seguintes regras:
§1º As Funções constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para
a constante da coluna “Situação Nova”.
§2º. A gratificação estipulada pelo Anexo III é devido aos servidores designados para as Funções
de Confiança, enquanto perdurar a designação.
§3º A designação de servidor efetivo para função de confiança implica alteração das atribuições
do servidor, enquanto perdurar a designação.
Seção III
Do Ingresso e das Atribuições
Art. 11. Os cargos do Quadro de Cargos Efetivos do Anexo I desta Lei são providos
exclusivamente por concurso público de provas ou de provas e títulos e seu ingresso se dá
sempre no Nível e Grau iniciais do cargo.
§1º O concurso público realizar-se-á, preferencialmente, em duas etapas, na seguinte ordem:
I - provas ou provas e títulos, sendo as provas de caráter eliminatório e classificatório e os títulos
de caráter meramente classificatório;
§2º Para o cargo de Técnico de Controle Externo, durante a primeira etapa do concurso, poderá
ser exigido exame de habilidade específica, conforme dispuser o edital.
Seção IV
Da Remuneração
Art. 12. O servidor será remunerado de acordo com as Tabelas de Vencimento constantes do
Anexo IV, conforme o seu Padrão.
Parágrafo único. As Tabelas de Vencimento do Anexo IV estão fixadas de acordo com a jornada
padrão do cargo definida nesta Lei.
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Art. 13. A maior remuneração, a qualquer título, atribuída aos servidores, obedecerá estritamente
ao disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal, sendo imediatamente reduzidos àquele limite
quaisquer valores percebidos em desacordo com esta norma, não se admitindo, neste caso, a
invocação de direito adquirido ou percepção de excesso a qualquer título.
Art. 14. Fica assegurada aos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás a revisão
geral anual, nos termos do inciso X do artigo 37 da Constituição Federal, observados os recursos
orçamentários, financeiros e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Art. 15. Aos ocupantes de cargo efetivo ou em comissão do Tribunal poderá ser atribuída
Gratificação de Desempenho, de 5% (cinco por cento) a 20% (vinte por cento) do vencimento do
respectivo cargo, observadas as normas previstas em ato do Tribunal para sua concessão.
Art. 16. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato
constante com substâncias tóxicas ou radioativas, ou em atividades com risco de vida
permanente, farão jus a um adicional, incidente sobre o vencimento do cargo efetivo, obedecido o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
§1º Os adicionais de insalubridade, periculosidade e de risco de vida são inacumuláveis, cabendo
opção expressa por um deles.
§2º Os adicionais serão concedidos nos percentuais de 10% (dez por cento), 15% (quinze por
cento) e 20% (vinte por cento) do vencimento, conforme se tratar de insalubridade, periculosidade
e risco de graus mínimo, médio e máximo, respectivamente, não incorporáveis para fins de
aposentadoria.
§3º A concessão dos adicionais previstos neste artigo obedecerá, subsidiariamente, as normas
legais e regulamentares aplicáveis aos trabalhadores em geral.
§4º O direito aos adicionais previstos neste artigo cessa, automaticamente, com a eliminação das
condições que deram causa à sua concessão.
Art. 17. Fica instituída a gratificação por encargo de curso, concurso ou comissão especial,
destinada a retribuir o servidor ou o ocupante de cargo em comissão durante o período em que
estiver designado para:
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I - atividade de professor de cursos de treinamento ou aperfeiçoamento no âmbito do Tribunal;
II - membro de comissões de avaliação ou de concurso público;
III – membro de comissão especial, para exercer atividades não arroladas nas funções ordinárias
de seu cargo.
Parágrafo único. A gratificação de que trata o caput é fixada em ato do Presidente do Tribunal,
no montante de 10% (dez por cento) a 20 % (vinte por cento) do vencimento básico do servidor ou
do ocupante de cargo em comissão, de acordo com a complexidade da atividade desenvolvida, e
seu pagamento está vinculado à verificação do efetivo exercício do encargo.
Art. 18. O décimo terceiro salário do servidor ou do ocupante de cargo em comissão do Tribunal
será pago no mês de dezembro, tendo por base o valor da remuneração devida naquele mês.
Parágrafo único . A metade do valor correspondente ao décimo terceiro salário será paga ao
servidor ou ao ocupante de cargo em comissão, a título de antecipação, no mês de janeiro.
Art. 19. Haverá substituição no impedimento legal e temporário de ocupante de cargo em
comissão.
§1º A substituição prevista no caput deste artigo será remunerada proporcionalmente ao período
que houver ocorrido a substituição de acordo com ato Normativo da Presidência do Tribunal
§2º O substituto perceberá, durante o tempo da substituição, a remuneração do cargo de que for
titular, acrescido da diferença apurada entre esta e a do respectivo cargo em comissão.
Art. 20. O servidor ou o ocupante de cargo em comissão fará jus, anualmente, a trinta dias de
férias, que podem ser acumuladas, até o máximo dois períodos, no caso de necessidade do
serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
§1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta injustificada ao serviço.
§3º As férias poderão, a pedido do servidor ou o ocupante de cargo em comissão e a critério do
Tribunal, ser concedidas em dois períodos de 15 (quinze) dias, devidamente previstos na escala
anual de férias.
§4º No caso de parcelamento de férias, o servidor ou o ocupante de cargo em comissão receberá
o valor adicional previsto no inciso XVII do artigo 7º da Constituição Federal quando da utilização
do primeiro período.
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Art. 21. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa
ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês
de efetivo exercício, ou fração igual ou superior a quinze dias.
Parágrafo único. A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for
publicado o ato exoneratório.
Seção V
Da Jornada
Art. 22. A jornada padrão de trabalho dos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás é
de 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais:
Parágrafo único. A jornada de trabalho é de 8 (oito) horas diárias e 40 (quarenta) horas
semanais para os servidores:
I – nomeados para cargos em comissão; e
II – designados para função de confiança.
CAPÍTULO III
DA EVOLUÇÃO FUNCIONAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 23. A Evolução Funcional nos cargos ocorrerá mediante as seguintes formas:
I – Progressão Vertical;
II – Progressão Horizontal.
Art. 24. A Evolução Funcional somente se dará de acordo com a previsão orçamentária de cada
ano, que deverá assegurar recursos suficientes para, no mínimo:
I – Progressão Vertical de 10% dos servidores de cada Grupo Ocupacional, a cada processo; e
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II – Progressão Horizontal de 20% dos servidores de cada Grupo Ocupacional, a cada processo.
§1º As verbas destinadas à Progressão Vertical e à Progressão Horizontal deverão ser objeto de
rubricas específicas na Lei Orçamentária.
§2º A distribuição dos recursos previstos em orçamento para a Evolução Funcional dos
servidores será distribuída entre os Grupos Ocupacionais, de acordo com a massa salarial de
cada um desses.
§3º O Tribunal de Contas do Estado de Goiás deverá realizar primeiramente a Progressão
Vertical, e, havendo sobras financeiras utilizará os recursos na Progressão Horizontal no próprio
Grupo Ocupacional.
§4º. Sobras apuradas após a aplicação do parágrafo anterior poderão ser utilizadas na Evolução
Funcional do Grupo Ocupacional que tiver mais servidores habilitados.
Art. 25. Os processos de Evolução Funcional ocorrerão anualmente, tendo seus efeitos
financeiros em março do exercício seguinte, beneficiando os servidores habilitados.
Art. 26. O interstício mínimo exigido na Evolução Funcional:
I – será contado em anos, compreendendo o período entre Janeiro e Dezembro;
II – começará a ser contado a partir do mês de Janeiro do ano em que o servidor perceber os
efeitos financeiros da primeira evolução funcional;
III – considerará apenas os anos em que o servidor tenha trabalhado por, no mínimo, 09 (nove)
meses, ininterruptos ou não;
IV - considerará apenas os dias efetivamente trabalhados e o período de gozo:
a) das férias;
b) da licença maternidade e paternidade;
c) da licença em função de luto;
d) dos 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho;
e) das folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo
do Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
§1º Nos casos de licenças e afastamentos descritos acima, a Avaliação de Desempenho recairá
somente sobre o período trabalhado.
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§2º Não prejudica a contagem de tempo para os interstícios necessários para a Evolução
Funcional:
I – a nomeação para cargo em comissão ou a designação para função de confiança no Tribunal
de Contas do Estado de Goiás;
II – o afastamento para Justiça Eleitoral;
III – a convocação para participação do Tribunal do Juri.
Seção II
Da Progressão Vertical
Art. 27. A Progressão Vertical é a passagem de um Nível para outro imediatamente superior,
mantido o Grau, mediante Avaliação de Desempenho e Qualificação.
Art. 28. Está habilitado à Progressão Vertical o servidor que:
I – possuir estabilidade no cargo;
II – houver cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
III – não tiver contra si, no período de interstício, decisão administrativa transitada em julgado
aplicando pena disciplinar de suspensão;
IV – obtiver 02 (dois) desempenhos superiores à média do Grupo Ocupacional a que pertence,
consideradas as 03 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
V – não possuir, durante o interstício, mais de 21 (vinte e uma) ausências;
VI – possuir pelo menos uma das qualificações exigidas no Anexo V para o Nível, observado o
disposto no artigo seguinte.
§1º A média a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo é obtida a partir da soma das
pontuações obtidas na Avaliação Periódica de Desempenho ou na Avaliação Especial de
Desempenho, em cada Grupo Ocupacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
§2º Para fins do inciso V deste artigo, são consideradas ausências:
I – Falta justificada: ausência em caso de necessidade ou força maior, mediante requerimento
fundamentado do servidor e validação do seu chefe imediato;
12
II – Falta injustificada: ausência sem apresentação de requerimento ou caso o requerimento
apresentado pelo servidor não for aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência das
justificativas apresentadas.
§3º Excluem-se do conceito de ausência, para fins do inciso V do caput do artigo 28:
I – as férias;
II – a licença maternidade e paternidade;
III – a licença em função de luto;
IV – os 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
V – folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo do
Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
VI – folga decorrente de trabalho para Justiça Eleitoral;
Art. 29. A Qualificação exigida para a Progressão Vertical, conforme Anexo V, pode ser obtida
mediante:
I – Graduação;
II – Titulação;
III – Capacitação.
§1º A Graduação e a Titulação:
I – devem ser reconhecidas pelo Ministério da Educação;
II – têm validade indeterminada para os fins desta Lei;
III – não podem ser utilizadas mais de uma vez para fins de Evolução Funcional;
IV – não podem ter sido utilizadas como requisito de ingresso no cargo ou em processos de
evolução na carreira previstos em legislação anterior.
§2º A Capacitação:
I – deve ser aprovada pela Comissão de Gestão de Carreiras antes do início do curso ou após o
término do curso que tenha sido iniciado antes ou até 06 (seis) meses após a publicação desta
Lei;
II – deve ser utilizada em no máximo 05 (cinco) anos, contados da data do certificado de
conclusão até a data dos efeitos financeiros da progressão;
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III – deve ser iniciada após o ingresso do servidor no Tribunal;
IV – pode ser obtida mediante o somatório de cargas horárias de cursos de capacitação,
respeitadas as cargas horárias mínimas por curso:
a) cargos com exigência de ingresso de nível médio ou técnico: curso com carga horária mínima
de 16 (dezesseis) horas;
b) cargos com exigência de ingresso de nível superior: curso com carga horária mínima de 30
(trinta) horas.
V – não pode ser utilizada mais de uma vez para fins de Evolução Funcional.
§3º O servidor que se habilitar à Progressão Vertical e não se beneficiar da mesma por
inexistência de disponibilidade orçamentária e financeira, poderá fazer uso dos cursos realizados
independentemente do prazo estabelecido no inciso II do parágrafo anterior.
§4º A Qualificação deve ser pertinente com as atribuições do cargo.
Seção III
Da Progressão Horizontal
Art. 30. A Progressão Horizontal é a passagem de um Grau para outro imediatamente superior,
dentro do mesmo nível, mediante classificação no processo de Avaliação de Desempenho.
Art. 31. Está habilitado à Progressão Horizontal o servidor que:
I – possuir estabilidade no cargo;
II – houver cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
III – não tiver contra si, no período de interstício, decisão administrativa transitada em julgado
aplicando pena disciplinar de suspensão;
IV – obtiver 02 (dois) desempenhos superiores à média do Grupo Ocupacional a que pertence,
consideradas as 03 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
V – não possuir, durante o interstício, mais de 21 (vinte e uma) ausências.
§1º A média a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo é obtida a partir da soma das
pontuações obtidas na Avaliação Periódica de Desempenho ou na Avaliação Especial de
Desempenho, em cada Grupo Ocupacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
14
§2º Para fins do inciso V deste artigo, são consideradas ausências:
I – Falta justificada: ausência em caso de necessidade ou força maior, mediante requerimento
fundamentado do servidor e validação do seu chefe imediato;
II – Falta injustificada: ausência sem apresentação de requerimento ou caso o requerimento
apresentado pelo servidor não for aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência das
justificativas apresentadas.
§3º Excluem-se do conceito de ausência, para fins do inciso V:
I – as férias;
II – a licença maternidade e paternidade;
III – a licença em função de luto;
IV – os 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
V – folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo do
Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
VI – folga decorrente de trabalho para Justiça Eleitoral;
CAPÍTULO IV
DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Art. 32. Fica instituído o Sistema de Avaliação de Desempenho, com a finalidade de proporcionar
o aprimoramento dos métodos de gestão, a valorização do servidor, a melhoria da qualidade e
eficiência do serviço público, bem como a Evolução Funcional.
Art. 33. O Sistema de Avaliação de Desempenho é composto por:
I – Avaliação Especial de Desempenho, utilizada para fins de aquisição da estabilidade no serviço
público, conforme o artigo 41, § 4º, da Constituição Federal, e para fins da primeira Evolução
Funcional;
II – Avaliação Periódica de Desempenho, utilizada anualmente para fins de Evolução Funcional,
mediante Progressão por Mérito e Capacitação.
15
Art. 34. A Avaliação Periódica de Desempenho é um processo anual e sistemático de aferição do
desempenho do servidor ou do ocupante de cargo em comissão, e será utilizada para fins de
programação de ações de capacitação e qualificação e, para os servidores efetivos, como critério
para a Evolução Funcional, compreendendo:
I – Avaliação Funcional;
II – Assiduidade.
§1° A Avaliação Funcional ocorrerá anualmente a partir da identificação e mensuração de
conhecimentos, habilidades e atitudes, e, cumprimentos de metas quantitativas, exigidas para o
bom desempenho do cargo e cumprimento da missão institucional do Tribunal e terá pontuação
máxima de 100 (cem) pontos.
§2° Os servidores serão classificados em lista para a seleção daqueles que vão progredir,
considerando as notas obtidas na Avaliação de Desempenho.
§3° Em caso de empate será contemplado o servidor que, sucessivamente:
I – estiver há mais tempo sem ter obtido uma Progressão Horizontal ou Vertical;
II – tiver obtido a maior nota na Avaliação de Desempenho mais recente;
III – tiver maior tempo de efetivo exercício no cargo;
IV – tiver maior idade.
Art. 35. O Sistema de Avaliação de Desempenho será regulamentado por ato normativo do
Tribunal de Contas no prazo de 90 (noventa) dias contados da data de publicação desta Lei.
Art. 36. O servidor nomeado para ocupar cargo em comissão ou designado para função de
confiança será avaliado de acordo com as atribuições do cargo ou função que tiver exercido mais
tempo durante o período avaliado.
CAPÍTULO V
DA COMISSÃO DE GESTÃO DE CARREIRAS
Art. 37. Fica criada a Comissão de Gestão de Carreiras cujos membros serão nomeados pelo
Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Goiás.
16
§1º A Comissão deliberará por maioria qualificada de dois terços e seu presidente só vota em
caso de empate.
§2º Compete à Comissão de Gestão de Carreiras, dentre outras estabelecidas por ato normativo
da Presidência do Tribunal:
I – avaliar a pertinência dos cursos de qualificação iniciados antes, ou até 06 (seis) meses após a
publicação desta Lei, e que se pretendem utilizar para fins de Evolução Funcional;
II – acompanhar os processos de Evolução Funcional e de Avaliação de Desempenho;
III - Julgar os recursos dos servidores relativos à Avaliação de Desempenho;
§3° São regras para o processo e julgamento dos recursos:
I – o recurso deve ser protocolizado em até 05 (cinco) dias úteis, contados da ciência da
Avaliação de Desempenho pelo servidor ou o ocupante de cargo em comissão;
II – somente o servidor ou o ocupante de cargo em comissão pode recorrer da sua Avaliação de
Desempenho;
III – o recurso só será provido quando a Avaliação de Desempenho:
a) não tiver sido executada na forma prevista no regulamento;
b) tiver sido manifestamente injusta;
c) tiver se baseado em fatos comprovadamente inverídicos.
§4º A Comissão de Gestão de Carreiras poderá, a qualquer tempo:
I – utilizar-se de todas as informações existentes sobre o servidor ou o ocupante de cargo em
comissão avaliado;
II – realizar diligências junto às unidades e chefias, solicitando, se necessária, a revisão das
informações, a fim de corrigir erros ou omissões;
III – convocar servidor ou o ocupante de cargo em comissão para prestar informações ou
participação opinativa, sem direito a voto; e
IV – valer-se da Diretoria Jurídica do Tribunal de Contas, que ficará responsável por assessorar o
processo de revisão relativo à Avaliação de Desempenho.
Art. 38. Os trabalhos e a composição da Comissão de Gestão de Carreiras serão
regulamentados por Ato Normativo da Presidência do Tribunal.
17
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Seção I
Do Enquadramento
Art. 39. Ficam os cargos efetivos do Tribunal de Contas do Estado de Goiás consolidados
conforme do Anexo I desta Lei.
Art. 40. Para o enquadramento dos atuais ocupantes dos cargos públicos, deverá ser observado:
I - Posicionamento do servidor no Grau correspondente ao vencimento idêntico ou, se não for
possível, no imediatamente superior, dando sempre preferência ao menor Nível na Tabela de
Vencimentos.
II – Após o posicionamento no nível e grau previsto no inciso I do artigo 40 desta Lei, o servidor
avançará, se possuir:
a) até 5 (cinco) anos de Tempo de Serviço: 1 (um) grau;
b) mais de 5 (cinco) anos até 10 (dez) anos de Tempo de Serviço: 2 (dois) graus;
c) mais de 10 (dez) anos até 15 (quinze) anos de Tempo de Serviço: 3 (três) graus;
d) Mais de 15 (quinze) anos de Tempo de Serviço: 4 (quatro) graus.
III – O posicionamento no nível e grau previstos no inciso II do artigo 40 desta Lei, consistirá no
enquadramento final do servidor;
IV – Após o enquadramento final do servidor previsto no inciso III do artigo 40 desta Lei, será
realizado o cálculo da diferença entre o novo vencimento-base de cada servidor e o valor total de
remuneração pessoal;
V – O valor obtido por meio do cálculo da diferença entre o novo vencimento-base de cada
servidor e o valor total de remuneração pessoal será denominado “Valor de Diferença de
Remuneração” – VDR;
§1º São extintas após o enquadramento final do servidor, realizado na forma do inciso III do Artigo
40 desta Lei, exclusivamente, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, as seguintes
parcelas remuneratórias:
I – Gratificação de Incentivo Funcional, prevista no artigo 16-D da Lei Estadual nº 15.122/05;
18
II – Gratificação de 5% por quinquênio, prevista no artigo 16-B da Lei Estadual nº 15.122/05 e
artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88;
III – Gratificação de 10% por quinquênio prevista no artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88
percebida pelo servidor que fazia jus à alíquota pela redação anterior à Lei Estadual nº 12.831/95;
IV – VPNI – Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada, prevista no artigo 16-F da Lei Estadual
nº 15.122/05.
§2º O posicionamento previsto no inciso I do artigo 40 desta Lei deverá ser realizado por meio do
valor nominal do vencimento–base de cada servidor, referente ao mês anterior a publicação desta
Lei.
§2º O “Valor de Diferença de Remuneração” – VDR será objeto de aplicação do índice de reajuste
anual do Tribunal de Contas do Estado.
§3º O Tribunal de Contas do Estado de Goiás deverá considerar o “Valor de Diferença de
Remuneração” – VDR para fins de limite definido no artigo 13 desta Lei.
Art. 41. Serão descontados do “Valor de Diferença de Remuneração” – VDR, os valores de
quinquênios previstos no artigo 42 desta Lei e da evolução funcional prevista nos artigos 27 e 30
desta Lei, dos servidores que futuramente fizerem jus, até o limite de sua extinção.
Art. 42. Fica instituída a Gratificação de 2,5% (dois vírgula cinco por cento) por quinquênio de
efetivo exercício em cargo público do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, calculados
exclusivamente sobre o vencimento base do cargo de provimento efetivo ocupado, sendo vedada
a utilização de outra base de cálculo ou a sua computação para fins de novos cálculos.
Parágrafo único. A contagem do tempo de efetivo de exercício considerará o período não
utilizado na última concessão da Gratificação de 5% por quinquênio, prevista no artigo 16-B da Lei
Estadual nº 15.122/05 e artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88.
Art. 43. O prazo para o enquadramento dos servidores é de até 120 (cento e vinte) dias, a contar
da data de publicação desta Lei.
Parágrafo único. Aplicam-se as regras de enquadramento aos concursos em andamento na data
da publicação desta Lei.
Seção II
19
Do Quadro Suplementar
Art. 44. O Quadro Suplementar é o constante do Anexo VI desta Lei, observada as seguintes
regras:
I – os cargos constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para a
constante da coluna “Situação Nova”;
§1º. Os cargos do Quadro Suplementar extinguem-se na sua vacância.
§2º. Os servidores vinculados ao Quadro Suplementar serão remunerados pela Tabela de
Vencimento correspondente a tabela específica prevista no Anexo VI desta Lei.
§3º. A exoneração do servidor ocupante de cargo do Quadro Suplementar, mencionado no caput
do artigo, dependerá de prévia autorização do Tribunal Pleno.
Seção III
Da nomeação para Cargos em Comissão e designação para Funções de Confiança
Art. 45. Os cargos em comissão e Funções de Confiança previstos na coluna “Situação Anterior”,
nos Anexos II e III desta Lei, serão extintos na vacância.
Parágrafo único. O Tribunal de Contas deverá adotar todas as medidas cabíveis, para que num
prazo máximo de dois anos, todos os Cargos em Comissão e Funções de Confiança estejam
adequados aos cargos previstos na coluna “Situação Nova”, nos Anexos II e III desta Lei.
Seção III
Das Disposições Gerais
Art. 46. Constarão do demonstrativo de vencimentos o Nível e Grau em que está enquadrado o
servidor.
Art. 47. É vedada a concessão de Evolução Funcional aos servidores do Tribunal cedidos a
outros entes.
20
Art. 48. É vedada a Evolução Funcional aos servidores do Tribunal investidos em mandato eletivo,
salvo no caso de investidura em mandato de vereador, desde que haja compatibilidade de
horários, nos termos do art. 38, III, da Constituição Federal.
Art. 49. A Presidência do Tribunal de Contas do Estado de Goiás editará normas regulamentares
referentes as atribuições e especialidades previstas no artigo 4º e habilitação legal específica
prevista nos incisos I e II do artigo 5º, no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 50. Os atuais servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás estão dispensados das
exigências contidas nos artigos 28, I e 31, I desta Lei.
Art. 51. Fica extinto, exclusivamente, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Goiás a
Licença-Prêmio prevista no artigo 16-A da Lei nº 15.122/05 e 243 da Lei Estadual nº 10.460/88.
§1º Será respeitado o direito de fruição do benefício previsto no caput do artigo 51, aos servidores
que, na data da publicação desta Lei, possuírem os requisitos para sua concessão nos termos de
ato normativo da Presidência do Tribunal.
§2º O período de fruição da Licença-Prêmio nos termos do parágrafo primeiro do artigo 51 desta
Lei, será considerado como efetivo trabalho para fins do artigo 26, IV desta Lei.
Art. 52. Fica vedado ao Tribunal de Contas do Estado de Goiás reestabelecer ou criar nova
concessão de qualquer gratificação ou direito, extintos por esta Lei.
Art. 53. É garantida a licença de servidores do Quadro de Cargos Efetivos do Tribunal para
exercício de mandato eletivo de presidente de entidade de classe representativa dos servidores
do Órgão, sem prejuízo da remuneração e dos demais direitos do seu cargo.
Art. 54. As despesas decorrentes da presente lei correrão à conta das dotações orçamentárias
próprias, consignadas no orçamento vigente.
Art. 55. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, assegurando-se ao Tribunal de Contas
do Estado de Goiás um prazo de 120 (cento e vinte) dias para a implementação de seu conteúdo.
21
Art. 56. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei n. 15.122/05 e 16.466/09.
Goiás, xxxxx
22
Anexo I da Lei nº xxxxx
Anexo II da Lei nº xxxxx
Anexo III da Lei nº xxxxx
DENOMINAÇÃO NATUREZA ÁREA DE ATUAÇÃO QUANTIDADE ATRIBUI ÇÕES
CONTROLE EXTERNO
APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
CONTROLE EXTERNO
APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
160
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO CARGO EFETIVO 350
QUADRO DE CARGOS EFETIVOS
Desempenhar todas as atividades concernentes ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás, de nível intermediário, inclusive aquelas relacionadas à
sua gestão, bem como auxiliar o Analista de Controle Externo no exercício de suas
atribuições
Desempenhar de todas as atividades de caráter técnico de nível superior relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a
cargo do Tribunal de Contas da União, inclusive aquelas relacionadas à sua gestão.
TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO CARGO EFETIVO
Situação Anterior
Assessor I
Assessor II
Assessor III
Assessor IV
Situação Anterior
Diretoria Superior
Diretor de Divisão
Chefe de Serviço
NOVO
Situação Anterior
Chefe de Gabinete
Diretor Jurídico
n/c
n/c
Ouvidor Geral
n/c
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Assessor Técnico de Gabinete I 34 R$12.000,00 Nível Superior
Assessor Técnico de Gabinete II 34 R$9.000,00 Nível Superior
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Secretário 4 R$14.000,00 Nível Superior
Gerente 14 R$12.000,00 Nível Superior
Chefe de Serviço* 36 R$9.000,00 Nível Médio
Chefe de Setor* 11 R$7.000,00 Nível Médio
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Secretário Chefe de Gabinete da Presidência 1 R$14.000,00 Nível Superior
Diretor Jurídico 1 R$12.000,00 Nível Superior
Controlador do TCE-GO 1 R$12.000,00 Nível Superior
Assessor Chefe de Comunicação 1 R$9.000,00 Nível Superior
Ouvidor Geral 1 R$9.000,00 Nível Superior
Assessor de Apoio Administrativo 7 R$7.000,00 Nível Médio
14Assessor Técnico de Gabinete III
CARGOS EM COMISSÃO
Nível SuperiorR$7.000,00
Situação Anterior
Assessor Técnico I
Assessor Técnico II
Assessor Técnico III
Assessor Técnico IV
Assessor Supervisor
Situação Nova Quantidade Gratificação Requisito de Eco laridade
Assistente Técnico I 5 R$6.000,00 Nível Superior
Assistente Técnico II 38 R$4.500,00 Nível Superior
Extinto Extinto Extinto Extinto
Nível SuperiorAssistente Técnico III
FUNÇÕES DE CONFIANÇA
21 R$3.500,00
23
Anexo IV da Lei nº xxxxx
Anexo V da Lei nº xxxxx
62%
NIVEL A B C D E F G H IIV 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76 11.679,72 12.088,51 12.511,60 12.949,50
III 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76 11.679,72 12.088,51
II 8.569,80 8.869,74 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76
I 8.000,00 8.280,00 8.569,80 8.869,74 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45
NIVEL A B C D E F G H I
56%
NIVEL A B C D E F G H I JIII 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88 6.770,84 7.007,81 7.253,08 7.506,93
II 5.141,88 5.321,84 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88 6.770,84 7.007,81
I 4.800,00 4.968,00 5.141,88 5.321,84 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88
NIVEL A B C D E F G H I J
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO
TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO
Exigência de Ingresso
Nível Médio
Nível Superior
Nível Graduação/Titulação Capacitação
IIEducação Profissional (Técnico) ou
Nível Superior120 Horas
IIIEducação Profissional (Técnico) ou
Nível Superior ou Pós Graduação120 horas
II Pós Graduação 240 Horas
IIIMestrado ou 02 Certificados de Pós
Graduação240 Horas
IVDoutorado ou 03 Certificados de
Pós Graduação240 Horas
24
Anexo VI da Lei nº xxxxx
Situaçao Anterior
Assessor de Assuntos Contábeis, Financeiros, Jurídicos e
Orçamentários
Assessor de Assuntos Econômicos junto à ATE
Assessor Técnico de Engenharia
Inspetor de Empresas Econômicas
Inspetor Fiscal da Despesa Pública
Inspetor de Obras Públicas
Inspetor Supervisor da Despesa
Assessistente Técnico Especializado
Assessor de Imprensa
Oficial Especializado de Representação
Condutor Especializado
Datilógrafo
Digitador
Eletricista
Auxiliar Especializado
Fotógrafo
Mecanógrafo
Auxiliar Geral
Cargos em Comis s
Situação Nova
ASSESSOR ESPECIAL II
ASSESSOR ESPECIAL III
ASSESSOR ESPECIAL IV
ASSESSOR ESPECIAL I
são - Quadro Suplementar
ASSESSOR ESPECIAL V
Quantidade Vencimento
57 R$9.000,00
R$7.000,00
R$5.000,00
17 R$12.000,00
R$4.000,00
22
25
23
2
ANEXO 1 – MINUTA DO PROJETO DE LEI
PROJETO DE LEI n° ........
Dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos dos Servidores do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás e dá outras
providências.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Fica instituído o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Servidores do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás, fundamentado nos seguintes princípios:
I – racionalização da estrutura de cargos e carreiras;
II – legalidade e segurança jurídica;
III – reconhecimento e valorização do servidor público pelos serviços prestados, pelo
conhecimento adquirido e pelo desempenho profissional; e
IV – estímulo ao desenvolvimento profissional e à qualificação funcional.
Art. 2º Para os fins desta Lei considera-se:
I – Servidor: a pessoa legalmente investida em cargo de provimento efetivo;
II – Cargo efetivo: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com número certo,
que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e responsabilidades,
provido por meio de concurso público, nos termos do art. 37, II da Constituição Federal;
III – Cargo em Comissão: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com
número certo, que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e
3
responsabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provido através de livre nomeação, nos
termos do art. 37, V da Constituição Federal;
IV – Função de Confiança: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com
número certo, que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e
responsabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provida através de designação de
servidor titular de cargo efetivo, nos termos do art. 37, V da Constituição Federal;
V – Carreira: estrutura de desenvolvimento funcional e profissional, operacionalizada através de
passagens a Níveis e Graus superiores, no cargo do servidor;
VI – Padrão: conjunto de algarismos que designa o vencimento dos servidores, formado por:
a) Nível: indicativo de cada posição salarial em que o servidor poderá estar enquadrado na
Carreira, segundo critérios de desempenho, capacitação e titulação, representado por números;
b) Grau: indicativo de cada posição salarial em que o servidor poderá estar enquadrado na
Carreira, segundo critérios de desempenho, representado por letras;
VII – Progressão Vertical: passagem do servidor de um Nível para outro superior, na Tabela de
Vencimento própria do cargo a que pertence;
VIII – Progressão Horizontal: passagem do servidor de um Grau para outro superior, na Tabela de
Vencimento própria do cargo a que pertence;
IX – Vencimento Base: retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, de
acordo com o Nível e Grau;
X – Remuneração: retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, composta
pelo vencimento base e pelas demais vantagens pecuniárias estabelecidas em lei;
XI – Área de Atuação: campo genérico de trabalho onde os servidores podem desempenhar suas
atribuições, podendo ser no “Controle Externo” ou no “Apoio Técnico e Administrativo”;
XII – Especialidade: campo específico de trabalho, relacionado a um conjunto de atribuições e
responsabilidades, podendo exigir formações e/ou habilitações específicas, a ser determinado em
regulamento, conforme o cargo e a área de atuação;
XIII – Grupo Ocupacional: conjunto de servidores titulares de cargos e áreas de atuação idênticos.
XIV – Massa salarial: soma do vencimento mensal dos servidores pertencentes a um Grupo
Ocupacional;
CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS
4
Seção I
Da Composição do Quadro de Cargos Efetivos
Art. 3º. O Quadro de Pessoal efetivo do Tribunal de Contas do Estado de Goiás é composto pelas
seguintes Carreiras, constituídas pelos respectivos cargos de provimento efetivo:
I - Analista de Controle Externo, de nível superior; e
II - Técnico de Controle Externo, de nível médio.
Parágrafo único. Os cargos efetivos previstos neste artigo são regidos pela Lei Estadual nº
10.460/88 que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de
suas Autarquias, exceto no que contrariar as disposições contidas nesta Lei, em especial, os
artigos 40, §1º e 50.
Art. 4º. Os quantitativos, as áreas de atuação e as atribuições dos cargos de que trata esta Lei
estão fixadas no Anexo I desta Lei.
Parágrafo único. Ato normativo expedido pela Presidência do Tribunal de Contas descreverá as
especialidades relacionadas a cada cargo e suas atribuições específicas.
Art. 5º. São requisitos de escolaridade para ingresso:
I - para o cargo de Analista, diploma de conclusão de curso superior, em nível de graduação, com
habilitação legal específica;
II - para o cargo de Técnico, certificado de conclusão de ensino médio e/ou, se for o caso,
habilitação legal específica.
§1º O Edital do concurso público determinará o número de vagas por área de atuação e
especialidade, devendo especificar os cursos de nível superior admitidos para as vagas
disponibilizadas, bem como o registro profissional exigido, conforme a necessidade do Tribunal de
Contas.
§2º É vedado o desempenho de atribuições diversas daquelas fixadas para o cargo para o qual o
servidor foi aprovado.
5
Art. 6º. Os servidores podem ser deslocados para atuar em outras especialidades e/ou áreas de
atuação, desde que possuam as habilitações necessárias, conforme interesse do Tribunal de
Contas, mediante ato da Presidência.
Art. 7º Os cargos estão vinculados à Tabela de Vencimentos aplicável, conforme Anexo I.
Seção II
Da Composição do Quadro de Cargos em Comissão e Funções de Confiança
Art. 8º. Fica criado o Quadro de Cargos em Comissão conforme Anexo II desta Lei.
§1º Os cargos constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para a
constante da coluna “Situação Nova”;
§2º Os cargos comissionados são regidos pela Lei Estadual nº 10.460/88 que dispõe sobre o
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias e vinculados
ao regime geral de previdência.
§3º O vencimento estipulado pelo Anexo II é devido aos nomeados para os cargos em comissão.
§4º Quando o nomeado para cargo em comissão for titular de cargo efetivo do Tribunal de Contas,
perceberá gratificação, cujo montante corresponderá, à opção do servidor, nos termos do Anexo
II:
I – à diferença entre o vencimento-base correspondente ao cargo efetivo do servidor e o
vencimento-base referente ao cargo em comissão;
II – a 60% (sessenta por cento) do valor total correspondente ao vencimento-base do cargo em
comissão.
§5º A Gratificação por Exercício de Cargo em Comissão não se incorpora ao vencimento do
servidor em nenhuma hipótese, sendo, contudo, devida para fins de cálculo de décimo-terceiro e
férias.
§6º A nomeação de servidor efetivo para cargo em comissão implica alteração das atribuições do
servidor, enquanto perdurar a nomeação.
Art. 9º. O cargo de Gerente e Chefe de Serviço terá o percentual mínimo de 30% (trinta por cento)
reservado aos servidores efetivos.
6
Art. 10. Fica criado o Quadro de Funções de Confiança, reservados a servidores efetivos,
conforme Anexo III desta Lei, observada as seguintes regras:
§1º As Funções constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para
a constante da coluna “Situação Nova”.
§2º. A gratificação estipulada pelo Anexo III é devido aos servidores designados para as Funções
de Confiança, enquanto perdurar a designação.
§3º A designação de servidor efetivo para função de confiança implica alteração das atribuições
do servidor, enquanto perdurar a designação.
Seção III
Do Ingresso e das Atribuições
Art. 11. Os cargos do Quadro de Cargos Efetivos do Anexo I desta Lei são providos
exclusivamente por concurso público de provas ou de provas e títulos e seu ingresso se dá
sempre no Nível e Grau iniciais do cargo.
§1º O concurso público realizar-se-á, preferencialmente, em duas etapas, na seguinte ordem:
I - provas ou provas e títulos, sendo as provas de caráter eliminatório e classificatório e os títulos
de caráter meramente classificatório;
§2º Para o cargo de Técnico de Controle Externo, durante a primeira etapa do concurso, poderá
ser exigido exame de habilidade específica, conforme dispuser o edital.
Seção IV
Da Remuneração
Art. 12. O servidor será remunerado de acordo com as Tabelas de Vencimento constantes do
Anexo IV, conforme o seu Padrão.
Parágrafo único. As Tabelas de Vencimento do Anexo IV estão fixadas de acordo com a jornada
padrão do cargo definida nesta Lei.
7
Art. 13. A maior remuneração, a qualquer título, atribuída aos servidores, obedecerá estritamente
ao disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal, sendo imediatamente reduzidos àquele limite
quaisquer valores percebidos em desacordo com esta norma, não se admitindo, neste caso, a
invocação de direito adquirido ou percepção de excesso a qualquer título.
Art. 14. Fica assegurada aos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás a revisão
geral anual, nos termos do inciso X do artigo 37 da Constituição Federal, observados os recursos
orçamentários, financeiros e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Art. 15. Aos ocupantes de cargo efetivo ou em comissão do Tribunal poderá ser atribuída
Gratificação de Desempenho, de 5% (cinco por cento) a 20% (vinte por cento) do vencimento do
respectivo cargo, observadas as normas previstas em ato do Tribunal para sua concessão.
Art. 16. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato
constante com substâncias tóxicas ou radioativas, ou em atividades com risco de vida
permanente, farão jus a um adicional, incidente sobre o vencimento do cargo efetivo, obedecido o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
§1º Os adicionais de insalubridade, periculosidade e de risco de vida são inacumuláveis, cabendo
opção expressa por um deles.
§2º Os adicionais serão concedidos nos percentuais de 10% (dez por cento), 15% (quinze por
cento) e 20% (vinte por cento) do vencimento, conforme se tratar de insalubridade, periculosidade
e risco de graus mínimo, médio e máximo, respectivamente, não incorporáveis para fins de
aposentadoria.
§3º A concessão dos adicionais previstos neste artigo obedecerá, subsidiariamente, as normas
legais e regulamentares aplicáveis aos trabalhadores em geral.
§4º O direito aos adicionais previstos neste artigo cessa, automaticamente, com a eliminação das
condições que deram causa à sua concessão.
Art. 17. Fica instituída a gratificação por encargo de curso, concurso ou comissão especial,
destinada a retribuir o servidor ou o ocupante de cargo em comissão durante o período em que
estiver designado para:
8
I - atividade de professor de cursos de treinamento ou aperfeiçoamento no âmbito do Tribunal;
II - membro de comissões de avaliação ou de concurso público;
III – membro de comissão especial, para exercer atividades não arroladas nas funções ordinárias
de seu cargo.
Parágrafo único. A gratificação de que trata o caput é fixada em ato do Presidente do Tribunal,
no montante de 10% (dez por cento) a 20 % (vinte por cento) do vencimento básico do servidor ou
do ocupante de cargo em comissão, de acordo com a complexidade da atividade desenvolvida, e
seu pagamento está vinculado à verificação do efetivo exercício do encargo.
Art. 18. O décimo terceiro salário do servidor ou do ocupante de cargo em comissão do Tribunal
será pago no mês de dezembro, tendo por base o valor da remuneração devida naquele mês.
Parágrafo único . A metade do valor correspondente ao décimo terceiro salário será paga ao
servidor ou ao ocupante de cargo em comissão, a título de antecipação, no mês de janeiro.
Art. 19. Haverá substituição no impedimento legal e temporário de ocupante de cargo em
comissão.
§1º A substituição prevista no caput deste artigo será remunerada proporcionalmente ao período
que houver ocorrido a substituição de acordo com ato Normativo da Presidência do Tribunal
§2º O substituto perceberá, durante o tempo da substituição, a remuneração do cargo de que for
titular, acrescido da diferença apurada entre esta e a do respectivo cargo em comissão.
Art. 20. O servidor ou o ocupante de cargo em comissão fará jus, anualmente, a trinta dias de
férias, que podem ser acumuladas, até o máximo dois períodos, no caso de necessidade do
serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
§1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta injustificada ao serviço.
§3º As férias poderão, a pedido do servidor ou o ocupante de cargo em comissão e a critério do
Tribunal, ser concedidas em dois períodos de 15 (quinze) dias, devidamente previstos na escala
anual de férias.
§4º No caso de parcelamento de férias, o servidor ou o ocupante de cargo em comissão receberá
o valor adicional previsto no inciso XVII do artigo 7º da Constituição Federal quando da utilização
do primeiro período.
9
Art. 21. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa
ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês
de efetivo exercício, ou fração igual ou superior a quinze dias.
Parágrafo único. A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for
publicado o ato exoneratório.
Seção V
Da Jornada
Art. 22. A jornada padrão de trabalho dos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás é
de 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais:
Parágrafo único. A jornada de trabalho é de 8 (oito) horas diárias e 40 (quarenta) horas
semanais para os servidores:
I – nomeados para cargos em comissão; e
II – designados para função de confiança.
CAPÍTULO III
DA EVOLUÇÃO FUNCIONAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 23. A Evolução Funcional nos cargos ocorrerá mediante as seguintes formas:
I – Progressão Vertical;
II – Progressão Horizontal.
Art. 24. A Evolução Funcional somente se dará de acordo com a previsão orçamentária de cada
ano, que deverá assegurar recursos suficientes para, no mínimo:
I – Progressão Vertical de 10% dos servidores de cada Grupo Ocupacional, a cada processo; e
10
II – Progressão Horizontal de 20% dos servidores de cada Grupo Ocupacional, a cada processo.
§1º As verbas destinadas à Progressão Vertical e à Progressão Horizontal deverão ser objeto de
rubricas específicas na Lei Orçamentária.
§2º A distribuição dos recursos previstos em orçamento para a Evolução Funcional dos
servidores será distribuída entre os Grupos Ocupacionais, de acordo com a massa salarial de
cada um desses.
§3º O Tribunal de Contas do Estado de Goiás deverá realizar primeiramente a Progressão
Vertical, e, havendo sobras financeiras utilizará os recursos na Progressão Horizontal no próprio
Grupo Ocupacional.
§4º. Sobras apuradas após a aplicação do parágrafo anterior poderão ser utilizadas na Evolução
Funcional do Grupo Ocupacional que tiver mais servidores habilitados.
Art. 25. Os processos de Evolução Funcional ocorrerão anualmente, tendo seus efeitos
financeiros em março do exercício seguinte, beneficiando os servidores habilitados.
Art. 26. O interstício mínimo exigido na Evolução Funcional:
I – será contado em anos, compreendendo o período entre Janeiro e Dezembro;
II – começará a ser contado a partir do mês de Janeiro do ano em que o servidor perceber os
efeitos financeiros da primeira evolução funcional;
III – considerará apenas os anos em que o servidor tenha trabalhado por, no mínimo, 09 (nove)
meses, ininterruptos ou não;
IV - considerará apenas os dias efetivamente trabalhados e o período de gozo:
a) das férias;
b) da licença maternidade e paternidade;
c) da licença em função de luto;
d) dos 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho;
e) das folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo
do Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
§1º Nos casos de licenças e afastamentos descritos acima, a Avaliação de Desempenho recairá
somente sobre o período trabalhado.
11
§2º Não prejudica a contagem de tempo para os interstícios necessários para a Evolução
Funcional:
I – a nomeação para cargo em comissão ou a designação para função de confiança no Tribunal
de Contas do Estado de Goiás;
II – o afastamento para Justiça Eleitoral;
III – a convocação para participação do Tribunal do Juri.
Seção II
Da Progressão Vertical
Art. 27. A Progressão Vertical é a passagem de um Nível para outro imediatamente superior,
mantido o Grau, mediante Avaliação de Desempenho e Qualificação.
Art. 28. Está habilitado à Progressão Vertical o servidor que:
I – possuir estabilidade no cargo;
II – houver cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
III – não tiver contra si, no período de interstício, decisão administrativa transitada em julgado
aplicando pena disciplinar de suspensão;
IV – obtiver 02 (dois) desempenhos superiores à média do Grupo Ocupacional a que pertence,
consideradas as 03 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
V – não possuir, durante o interstício, mais de 21 (vinte e uma) ausências;
VI – possuir pelo menos uma das qualificações exigidas no Anexo V para o Nível, observado o
disposto no artigo seguinte.
§1º A média a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo é obtida a partir da soma das
pontuações obtidas na Avaliação Periódica de Desempenho ou na Avaliação Especial de
Desempenho, em cada Grupo Ocupacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
§2º Para fins do inciso V deste artigo, são consideradas ausências:
I – Falta justificada: ausência em caso de necessidade ou força maior, mediante requerimento
fundamentado do servidor e validação do seu chefe imediato;
12
II – Falta injustificada: ausência sem apresentação de requerimento ou caso o requerimento
apresentado pelo servidor não for aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência das
justificativas apresentadas.
§3º Excluem-se do conceito de ausência, para fins do inciso V do caput do artigo 28:
I – as férias;
II – a licença maternidade e paternidade;
III – a licença em função de luto;
IV – os 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
V – folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo do
Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
VI – folga decorrente de trabalho para Justiça Eleitoral;
Art. 29. A Qualificação exigida para a Progressão Vertical, conforme Anexo V, pode ser obtida
mediante:
I – Graduação;
II – Titulação;
III – Capacitação.
§1º A Graduação e a Titulação:
I – devem ser reconhecidas pelo Ministério da Educação;
II – têm validade indeterminada para os fins desta Lei;
III – não podem ser utilizadas mais de uma vez para fins de Evolução Funcional;
IV – não podem ter sido utilizadas como requisito de ingresso no cargo ou em processos de
evolução na carreira previstos em legislação anterior.
§2º A Capacitação:
I – deve ser aprovada pela Comissão de Gestão de Carreiras antes do início do curso ou após o
término do curso que tenha sido iniciado antes ou até 06 (seis) meses após a publicação desta
Lei;
II – deve ser utilizada em no máximo 05 (cinco) anos, contados da data do certificado de
conclusão até a data dos efeitos financeiros da progressão;
13
III – deve ser iniciada após o ingresso do servidor no Tribunal;
IV – pode ser obtida mediante o somatório de cargas horárias de cursos de capacitação,
respeitadas as cargas horárias mínimas por curso:
a) cargos com exigência de ingresso de nível médio ou técnico: curso com carga horária mínima
de 16 (dezesseis) horas;
b) cargos com exigência de ingresso de nível superior: curso com carga horária mínima de 30
(trinta) horas.
V – não pode ser utilizada mais de uma vez para fins de Evolução Funcional.
§3º O servidor que se habilitar à Progressão Vertical e não se beneficiar da mesma por
inexistência de disponibilidade orçamentária e financeira, poderá fazer uso dos cursos realizados
independentemente do prazo estabelecido no inciso II do parágrafo anterior.
§4º A Qualificação deve ser pertinente com as atribuições do cargo.
Seção III
Da Progressão Horizontal
Art. 30. A Progressão Horizontal é a passagem de um Grau para outro imediatamente superior,
dentro do mesmo nível, mediante classificação no processo de Avaliação de Desempenho.
Art. 31. Está habilitado à Progressão Horizontal o servidor que:
I – possuir estabilidade no cargo;
II – houver cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
III – não tiver contra si, no período de interstício, decisão administrativa transitada em julgado
aplicando pena disciplinar de suspensão;
IV – obtiver 02 (dois) desempenhos superiores à média do Grupo Ocupacional a que pertence,
consideradas as 03 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
V – não possuir, durante o interstício, mais de 21 (vinte e uma) ausências.
§1º A média a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo é obtida a partir da soma das
pontuações obtidas na Avaliação Periódica de Desempenho ou na Avaliação Especial de
Desempenho, em cada Grupo Ocupacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
14
§2º Para fins do inciso V deste artigo, são consideradas ausências:
I – Falta justificada: ausência em caso de necessidade ou força maior, mediante requerimento
fundamentado do servidor e validação do seu chefe imediato;
II – Falta injustificada: ausência sem apresentação de requerimento ou caso o requerimento
apresentado pelo servidor não for aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência das
justificativas apresentadas.
§3º Excluem-se do conceito de ausência, para fins do inciso V:
I – as férias;
II – a licença maternidade e paternidade;
III – a licença em função de luto;
IV – os 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
V – folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo do
Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
VI – folga decorrente de trabalho para Justiça Eleitoral;
CAPÍTULO IV
DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Art. 32. Fica instituído o Sistema de Avaliação de Desempenho, com a finalidade de proporcionar
o aprimoramento dos métodos de gestão, a valorização do servidor, a melhoria da qualidade e
eficiência do serviço público, bem como a Evolução Funcional.
Art. 33. O Sistema de Avaliação de Desempenho é composto por:
I – Avaliação Especial de Desempenho, utilizada para fins de aquisição da estabilidade no serviço
público, conforme o artigo 41, § 4º, da Constituição Federal, e para fins da primeira Evolução
Funcional;
II – Avaliação Periódica de Desempenho, utilizada anualmente para fins de Evolução Funcional,
mediante Progressão por Mérito e Capacitação.
15
Art. 34. A Avaliação Periódica de Desempenho é um processo anual e sistemático de aferição do
desempenho do servidor ou do ocupante de cargo em comissão, e será utilizada para fins de
programação de ações de capacitação e qualificação e, para os servidores efetivos, como critério
para a Evolução Funcional, compreendendo:
I – Avaliação Funcional;
II – Assiduidade.
§1° A Avaliação Funcional ocorrerá anualmente a partir da identificação e mensuração de
conhecimentos, habilidades e atitudes, e, cumprimentos de metas quantitativas, exigidas para o
bom desempenho do cargo e cumprimento da missão institucional do Tribunal e terá pontuação
máxima de 100 (cem) pontos.
§2° Os servidores serão classificados em lista para a seleção daqueles que vão progredir,
considerando as notas obtidas na Avaliação de Desempenho.
§3° Em caso de empate será contemplado o servidor que, sucessivamente:
I – estiver há mais tempo sem ter obtido uma Progressão Horizontal ou Vertical;
II – tiver obtido a maior nota na Avaliação de Desempenho mais recente;
III – tiver maior tempo de efetivo exercício no cargo;
IV – tiver maior idade.
Art. 35. O Sistema de Avaliação de Desempenho será regulamentado por ato normativo do
Tribunal de Contas no prazo de 90 (noventa) dias contados da data de publicação desta Lei.
Art. 36. O servidor nomeado para ocupar cargo em comissão ou designado para função de
confiança será avaliado de acordo com as atribuições do cargo ou função que tiver exercido mais
tempo durante o período avaliado.
CAPÍTULO V
DA COMISSÃO DE GESTÃO DE CARREIRAS
Art. 37. Fica criada a Comissão de Gestão de Carreiras cujos membros serão nomeados pelo
Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Goiás.
16
§1º A Comissão deliberará por maioria qualificada de dois terços e seu presidente só vota em
caso de empate.
§2º Compete à Comissão de Gestão de Carreiras, dentre outras estabelecidas por ato normativo
da Presidência do Tribunal:
I – avaliar a pertinência dos cursos de qualificação iniciados antes, ou até 06 (seis) meses após a
publicação desta Lei, e que se pretendem utilizar para fins de Evolução Funcional;
II – acompanhar os processos de Evolução Funcional e de Avaliação de Desempenho;
III - Julgar os recursos dos servidores relativos à Avaliação de Desempenho;
§3° São regras para o processo e julgamento dos recursos:
I – o recurso deve ser protocolizado em até 05 (cinco) dias úteis, contados da ciência da
Avaliação de Desempenho pelo servidor ou o ocupante de cargo em comissão;
II – somente o servidor ou o ocupante de cargo em comissão pode recorrer da sua Avaliação de
Desempenho;
III – o recurso só será provido quando a Avaliação de Desempenho:
a) não tiver sido executada na forma prevista no regulamento;
b) tiver sido manifestamente injusta;
c) tiver se baseado em fatos comprovadamente inverídicos.
§4º A Comissão de Gestão de Carreiras poderá, a qualquer tempo:
I – utilizar-se de todas as informações existentes sobre o servidor ou o ocupante de cargo em
comissão avaliado;
II – realizar diligências junto às unidades e chefias, solicitando, se necessária, a revisão das
informações, a fim de corrigir erros ou omissões;
III – convocar servidor ou o ocupante de cargo em comissão para prestar informações ou
participação opinativa, sem direito a voto; e
IV – valer-se da Diretoria Jurídica do Tribunal de Contas, que ficará responsável por assessorar o
processo de revisão relativo à Avaliação de Desempenho.
Art. 38. Os trabalhos e a composição da Comissão de Gestão de Carreiras serão
regulamentados por Ato Normativo da Presidência do Tribunal.
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CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Seção I
Do Enquadramento
Art. 39. Ficam os cargos efetivos do Tribunal de Contas do Estado de Goiás consolidados
conforme do Anexo I desta Lei.
Art. 40. Para o enquadramento dos atuais ocupantes dos cargos públicos, deverá ser observado:
I - Posicionamento do servidor no Grau correspondente ao vencimento idêntico ou, se não for
possível, no imediatamente superior, dando sempre preferência ao menor Nível na Tabela de
Vencimentos.
II – Após o posicionamento no nível e grau previsto no inciso I do artigo 40 desta Lei, o servidor
avançará, se possuir:
a) até 5 (cinco) anos de Tempo de Serviço: 1 (um) grau;
b) mais de 5 (cinco) anos até 10 (dez) anos de Tempo de Serviço: 2 (dois) graus;
c) mais de 10 (dez) anos até 15 (quinze) anos de Tempo de Serviço: 3 (três) graus;
d) Mais de 15 (quinze) anos de Tempo de Serviço: 4 (quatro) graus.
III – O posicionamento no nível e grau previstos no inciso II do artigo 40 desta Lei, consistirá no
enquadramento final do servidor;
IV – Após o enquadramento final do servidor previsto no inciso III do artigo 40 desta Lei, será
realizado o cálculo da diferença entre o novo vencimento-base de cada servidor e o valor total de
remuneração pessoal;
V – O valor obtido por meio do cálculo da diferença entre o novo vencimento-base de cada
servidor e o valor total de remuneração pessoal será denominado “Valor de Diferença de
Remuneração” – VDR;
§1º São extintas após o enquadramento final do servidor, realizado na forma do inciso III do Artigo
40 desta Lei, exclusivamente, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, as seguintes
parcelas remuneratórias:
I – Gratificação de Incentivo Funcional, prevista no artigo 16-D da Lei Estadual nº 15.122/05;
18
II – Gratificação de 5% por quinquênio, prevista no artigo 16-B da Lei Estadual nº 15.122/05 e
artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88;
III – Gratificação de 10% por quinquênio prevista no artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88
percebida pelo servidor que fazia jus à alíquota pela redação anterior à Lei Estadual nº 12.831/95;
IV – VPNI – Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada, prevista no artigo 16-F da Lei Estadual
nº 15.122/05.
§2º O posicionamento previsto no inciso I do artigo 40 desta Lei deverá ser realizado por meio do
valor nominal do vencimento–base de cada servidor, referente ao mês anterior a publicação desta
Lei.
§2º O “Valor de Diferença de Remuneração” – VDR será objeto de aplicação do índice de reajuste
anual do Tribunal de Contas do Estado.
§3º O Tribunal de Contas do Estado de Goiás deverá considerar o “Valor de Diferença de
Remuneração” – VDR para fins de limite definido no artigo 13 desta Lei.
Art. 41. Serão descontados do “Valor de Diferença de Remuneração” – VDR, os valores de
quinquênios previstos no artigo 42 desta Lei e da evolução funcional prevista nos artigos 27 e 30
desta Lei, dos servidores que futuramente fizerem jus, até o limite de sua extinção.
Art. 42. Fica instituída a Gratificação de 2,5% (dois vírgula cinco por cento) por quinquênio de
efetivo exercício em cargo público do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, calculados
exclusivamente sobre o vencimento base do cargo de provimento efetivo ocupado, sendo vedada
a utilização de outra base de cálculo ou a sua computação para fins de novos cálculos.
Parágrafo único. A contagem do tempo de efetivo de exercício considerará o período não
utilizado na última concessão da Gratificação de 5% por quinquênio, prevista no artigo 16-B da Lei
Estadual nº 15.122/05 e artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88.
Art. 43. O prazo para o enquadramento dos servidores é de até 120 (cento e vinte) dias, a contar
da data de publicação desta Lei.
Parágrafo único. Aplicam-se as regras de enquadramento aos concursos em andamento na data
da publicação desta Lei.
Seção II
19
Do Quadro Suplementar
Art. 44. O Quadro Suplementar é o constante do Anexo VI desta Lei, observada as seguintes
regras:
I – os cargos constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para a
constante da coluna “Situação Nova”;
§1º. Os cargos do Quadro Suplementar extinguem-se na sua vacância.
§2º. Os servidores vinculados ao Quadro Suplementar serão remunerados pela Tabela de
Vencimento correspondente a tabela específica prevista no Anexo VI desta Lei.
§3º. A exoneração do servidor ocupante de cargo do Quadro Suplementar, mencionado no caput
do artigo, dependerá de prévia autorização do Tribunal Pleno.
Seção III
Da nomeação para Cargos em Comissão e designação para Funções de Confiança
Art. 45. Os cargos em comissão e Funções de Confiança previstos na coluna “Situação Anterior”,
nos Anexos II e III desta Lei, serão extintos na vacância.
Parágrafo único. O Tribunal de Contas deverá adotar todas as medidas cabíveis, para que num
prazo máximo de dois anos, todos os Cargos em Comissão e Funções de Confiança estejam
adequados aos cargos previstos na coluna “Situação Nova”, nos Anexos II e III desta Lei.
Seção III
Das Disposições Gerais
Art. 46. Constarão do demonstrativo de vencimentos o Nível e Grau em que está enquadrado o
servidor.
Art. 47. É vedada a concessão de Evolução Funcional aos servidores do Tribunal cedidos a
outros entes.
20
Art. 48. É vedada a Evolução Funcional aos servidores do Tribunal investidos em mandato eletivo,
salvo no caso de investidura em mandato de vereador, desde que haja compatibilidade de
horários, nos termos do art. 38, III, da Constituição Federal.
Art. 49. A Presidência do Tribunal de Contas do Estado de Goiás editará normas regulamentares
referentes as atribuições e especialidades previstas no artigo 4º e habilitação legal específica
prevista nos incisos I e II do artigo 5º, no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 50. Os atuais servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás estão dispensados das
exigências contidas nos artigos 28, I e 31, I desta Lei.
Art. 51. Fica extinto, exclusivamente, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Goiás a
Licença-Prêmio prevista no artigo 16-A da Lei nº 15.122/05 e 243 da Lei Estadual nº 10.460/88.
§1º Será respeitado o direito de fruição do benefício previsto no caput do artigo 51, aos servidores
que, na data da publicação desta Lei, possuírem os requisitos para sua concessão nos termos de
ato normativo da Presidência do Tribunal.
§2º O período de fruição da Licença-Prêmio nos termos do parágrafo primeiro do artigo 51 desta
Lei, será considerado como efetivo trabalho para fins do artigo 26, IV desta Lei.
Art. 52. Fica vedado ao Tribunal de Contas do Estado de Goiás reestabelecer ou criar nova
concessão de qualquer gratificação ou direito, extintos por esta Lei.
Art. 53. É garantida a licença de servidores do Quadro de Cargos Efetivos do Tribunal para
exercício de mandato eletivo de presidente de entidade de classe representativa dos servidores
do Órgão, sem prejuízo da remuneração e dos demais direitos do seu cargo.
Art. 54. As despesas decorrentes da presente lei correrão à conta das dotações orçamentárias
próprias, consignadas no orçamento vigente.
Art. 55. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, assegurando-se ao Tribunal de Contas
do Estado de Goiás um prazo de 120 (cento e vinte) dias para a implementação de seu conteúdo.
21
Art. 56. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei n. 15.122/05 e 16.466/09.
Goiás, xxxxx
22
Anexo I da Lei nº xxxxx
Anexo II da Lei nº xxxxx
Anexo III da Lei nº xxxxx
DENOMINAÇÃO NATUREZA ÁREA DE ATUAÇÃO QUANTIDADE ATRIBUI ÇÕES
CONTROLE EXTERNO
APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
CONTROLE EXTERNO
APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
160
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO CARGO EFETIVO 350
QUADRO DE CARGOS EFETIVOS
Desempenhar todas as atividades concernentes ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás, de nível intermediário, inclusive aquelas relacionadas à
sua gestão, bem como auxiliar o Analista de Controle Externo no exercício de suas
atribuições
Desempenhar de todas as atividades de caráter técnico de nível superior relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a
cargo do Tribunal de Contas da União, inclusive aquelas relacionadas à sua gestão.
TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO CARGO EFETIVO
Situação Anterior
Assessor I
Assessor II
Assessor III
Assessor IV
Situação Anterior
Diretoria Superior
Diretor de Divisão
Chefe de Serviço
NOVO
Situação Anterior
Chefe de Gabinete
Diretor Jurídico
n/c
n/c
Ouvidor Geral
n/c
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Assessor Técnico de Gabinete I 34 R$12.000,00 Nível Superior
Assessor Técnico de Gabinete II 34 R$9.000,00 Nível Superior
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Secretário 4 R$14.000,00 Nível Superior
Gerente 14 R$12.000,00 Nível Superior
Chefe de Serviço* 36 R$9.000,00 Nível Médio
Chefe de Setor* 11 R$7.000,00 Nível Médio
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Secretário Chefe de Gabinete da Presidência 1 R$14.000,00 Nível Superior
Diretor Jurídico 1 R$12.000,00 Nível Superior
Controlador do TCE-GO 1 R$12.000,00 Nível Superior
Assessor Chefe de Comunicação 1 R$9.000,00 Nível Superior
Ouvidor Geral 1 R$9.000,00 Nível Superior
Assessor de Apoio Administrativo 7 R$7.000,00 Nível Médio
14Assessor Técnico de Gabinete III
CARGOS EM COMISSÃO
Nível SuperiorR$7.000,00
Situação Anterior
Assessor Técnico I
Assessor Técnico II
Assessor Técnico III
Assessor Técnico IV
Assessor Supervisor
Situação Nova Quantidade Gratificação Requisito de Eco laridade
Assistente Técnico I 5 R$6.000,00 Nível Superior
Assistente Técnico II 38 R$4.500,00 Nível Superior
Extinto Extinto Extinto Extinto
Nível SuperiorAssistente Técnico III
FUNÇÕES DE CONFIANÇA
21 R$3.500,00
23
Anexo IV da Lei nº xxxxx
Anexo V da Lei nº xxxxx
62%
NIVEL A B C D E F G H IIV 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76 11.679,72 12.088,51 12.511,60 12.949,50
III 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76 11.679,72 12.088,51
II 8.569,80 8.869,74 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76
I 8.000,00 8.280,00 8.569,80 8.869,74 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45
NIVEL A B C D E F G H I
56%
NIVEL A B C D E F G H I JIII 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88 6.770,84 7.007,81 7.253,08 7.506,93
II 5.141,88 5.321,84 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88 6.770,84 7.007,81
I 4.800,00 4.968,00 5.141,88 5.321,84 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88
NIVEL A B C D E F G H I J
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO
TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO
Exigência de Ingresso
Nível Médio
Nível Superior
Nível Graduação/Titulação Capacitação
IIEducação Profissional (Técnico) ou
Nível Superior120 Horas
IIIEducação Profissional (Técnico) ou
Nível Superior ou Pós Graduação120 horas
II Pós Graduação 240 Horas
IIIMestrado ou 02 Certificados de Pós
Graduação240 Horas
IVDoutorado ou 03 Certificados de
Pós Graduação240 Horas
24
Anexo VI da Lei nº xxxxx
Situaçao Anterior
Assessor de Assuntos Contábeis, Financeiros, Jurídicos e
Orçamentários
Assessor de Assuntos Econômicos junto à ATE
Assessor Técnico de Engenharia
Inspetor de Empresas Econômicas
Inspetor Fiscal da Despesa Pública
Inspetor de Obras Públicas
Inspetor Supervisor da Despesa
Assessistente Técnico Especializado
Assessor de Imprensa
Oficial Especializado de Representação
Condutor Especializado
Datilógrafo
Digitador
Eletricista
Auxiliar Especializado
Fotógrafo
Mecanógrafo
Auxiliar Geral
Cargos em Comis s
Situação Nova
ASSESSOR ESPECIAL II
ASSESSOR ESPECIAL III
ASSESSOR ESPECIAL IV
ASSESSOR ESPECIAL I
são - Quadro Suplementar
ASSESSOR ESPECIAL V
Quantidade Vencimento
57 R$9.000,00
R$7.000,00
R$5.000,00
17 R$12.000,00
R$4.000,00
22
25
23
2
ANEXO 1 – MINUTA DO PROJETO DE LEI
PROJETO DE LEI n° ........
Dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos dos Servidores do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás e dá outras
providências.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Fica instituído o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Servidores do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás, fundamentado nos seguintes princípios:
I – racionalização da estrutura de cargos e carreiras;
II – legalidade e segurança jurídica;
III – reconhecimento e valorização do servidor público pelos serviços prestados, pelo
conhecimento adquirido e pelo desempenho profissional; e
IV – estímulo ao desenvolvimento profissional e à qualificação funcional.
Art. 2º Para os fins desta Lei considera-se:
I – Servidor: a pessoa legalmente investida em cargo de provimento efetivo;
II – Cargo efetivo: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com número certo,
que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e responsabilidades,
provido por meio de concurso público, nos termos do art. 37, II da Constituição Federal;
III – Cargo em Comissão: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com
número certo, que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e
3
responsabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provido através de livre nomeação, nos
termos do art. 37, V da Constituição Federal;
IV – Função de Confiança: unidade laborativa com denominação própria, criada por lei, com
número certo, que implica no desempenho, pelo seu titular, de um conjunto de atribuições e
responsabilidades de direção, chefia ou assessoramento, provida através de designação de
servidor titular de cargo efetivo, nos termos do art. 37, V da Constituição Federal;
V – Carreira: estrutura de desenvolvimento funcional e profissional, operacionalizada através de
passagens a Níveis e Graus superiores, no cargo do servidor;
VI – Padrão: conjunto de algarismos que designa o vencimento dos servidores, formado por:
a) Nível: indicativo de cada posição salarial em que o servidor poderá estar enquadrado na
Carreira, segundo critérios de desempenho, capacitação e titulação, representado por números;
b) Grau: indicativo de cada posição salarial em que o servidor poderá estar enquadrado na
Carreira, segundo critérios de desempenho, representado por letras;
VII – Progressão Vertical: passagem do servidor de um Nível para outro superior, na Tabela de
Vencimento própria do cargo a que pertence;
VIII – Progressão Horizontal: passagem do servidor de um Grau para outro superior, na Tabela de
Vencimento própria do cargo a que pertence;
IX – Vencimento Base: retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, de
acordo com o Nível e Grau;
X – Remuneração: retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício do cargo, composta
pelo vencimento base e pelas demais vantagens pecuniárias estabelecidas em lei;
XI – Área de Atuação: campo genérico de trabalho onde os servidores podem desempenhar suas
atribuições, podendo ser no “Controle Externo” ou no “Apoio Técnico e Administrativo”;
XII – Especialidade: campo específico de trabalho, relacionado a um conjunto de atribuições e
responsabilidades, podendo exigir formações e/ou habilitações específicas, a ser determinado em
regulamento, conforme o cargo e a área de atuação;
XIII – Grupo Ocupacional: conjunto de servidores titulares de cargos e áreas de atuação idênticos.
XIV – Massa salarial: soma do vencimento mensal dos servidores pertencentes a um Grupo
Ocupacional;
CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS
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Seção I
Da Composição do Quadro de Cargos Efetivos
Art. 3º. O Quadro de Pessoal efetivo do Tribunal de Contas do Estado de Goiás é composto pelas
seguintes Carreiras, constituídas pelos respectivos cargos de provimento efetivo:
I - Analista de Controle Externo, de nível superior; e
II - Técnico de Controle Externo, de nível médio.
Parágrafo único. Os cargos efetivos previstos neste artigo são regidos pela Lei Estadual nº
10.460/88 que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de
suas Autarquias, exceto no que contrariar as disposições contidas nesta Lei, em especial, os
artigos 40, §1º e 50.
Art. 4º. Os quantitativos, as áreas de atuação e as atribuições dos cargos de que trata esta Lei
estão fixadas no Anexo I desta Lei.
Parágrafo único. Ato normativo expedido pela Presidência do Tribunal de Contas descreverá as
especialidades relacionadas a cada cargo e suas atribuições específicas.
Art. 5º. São requisitos de escolaridade para ingresso:
I - para o cargo de Analista, diploma de conclusão de curso superior, em nível de graduação, com
habilitação legal específica;
II - para o cargo de Técnico, certificado de conclusão de ensino médio e/ou, se for o caso,
habilitação legal específica.
§1º O Edital do concurso público determinará o número de vagas por área de atuação e
especialidade, devendo especificar os cursos de nível superior admitidos para as vagas
disponibilizadas, bem como o registro profissional exigido, conforme a necessidade do Tribunal de
Contas.
§2º É vedado o desempenho de atribuições diversas daquelas fixadas para o cargo para o qual o
servidor foi aprovado.
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Art. 6º. Os servidores podem ser deslocados para atuar em outras especialidades e/ou áreas de
atuação, desde que possuam as habilitações necessárias, conforme interesse do Tribunal de
Contas, mediante ato da Presidência.
Art. 7º Os cargos estão vinculados à Tabela de Vencimentos aplicável, conforme Anexo I.
Seção II
Da Composição do Quadro de Cargos em Comissão e Funções de Confiança
Art. 8º. Fica criado o Quadro de Cargos em Comissão conforme Anexo II desta Lei.
§1º Os cargos constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para a
constante da coluna “Situação Nova”;
§2º Os cargos comissionados são regidos pela Lei Estadual nº 10.460/88 que dispõe sobre o
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Goiás e de suas Autarquias e vinculados
ao regime geral de previdência.
§3º O vencimento estipulado pelo Anexo II é devido aos nomeados para os cargos em comissão.
§4º Quando o nomeado para cargo em comissão for titular de cargo efetivo do Tribunal de Contas,
perceberá gratificação, cujo montante corresponderá, à opção do servidor, nos termos do Anexo
II:
I – à diferença entre o vencimento-base correspondente ao cargo efetivo do servidor e o
vencimento-base referente ao cargo em comissão;
II – a 60% (sessenta por cento) do valor total correspondente ao vencimento-base do cargo em
comissão.
§5º A Gratificação por Exercício de Cargo em Comissão não se incorpora ao vencimento do
servidor em nenhuma hipótese, sendo, contudo, devida para fins de cálculo de décimo-terceiro e
férias.
§6º A nomeação de servidor efetivo para cargo em comissão implica alteração das atribuições do
servidor, enquanto perdurar a nomeação.
Art. 9º. O cargo de Gerente e Chefe de Serviço terá o percentual mínimo de 30% (trinta por cento)
reservado aos servidores efetivos.
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Art. 10. Fica criado o Quadro de Funções de Confiança, reservados a servidores efetivos,
conforme Anexo III desta Lei, observada as seguintes regras:
§1º As Funções constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para
a constante da coluna “Situação Nova”.
§2º. A gratificação estipulada pelo Anexo III é devido aos servidores designados para as Funções
de Confiança, enquanto perdurar a designação.
§3º A designação de servidor efetivo para função de confiança implica alteração das atribuições
do servidor, enquanto perdurar a designação.
Seção III
Do Ingresso e das Atribuições
Art. 11. Os cargos do Quadro de Cargos Efetivos do Anexo I desta Lei são providos
exclusivamente por concurso público de provas ou de provas e títulos e seu ingresso se dá
sempre no Nível e Grau iniciais do cargo.
§1º O concurso público realizar-se-á, preferencialmente, em duas etapas, na seguinte ordem:
I - provas ou provas e títulos, sendo as provas de caráter eliminatório e classificatório e os títulos
de caráter meramente classificatório;
§2º Para o cargo de Técnico de Controle Externo, durante a primeira etapa do concurso, poderá
ser exigido exame de habilidade específica, conforme dispuser o edital.
Seção IV
Da Remuneração
Art. 12. O servidor será remunerado de acordo com as Tabelas de Vencimento constantes do
Anexo IV, conforme o seu Padrão.
Parágrafo único. As Tabelas de Vencimento do Anexo IV estão fixadas de acordo com a jornada
padrão do cargo definida nesta Lei.
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Art. 13. A maior remuneração, a qualquer título, atribuída aos servidores, obedecerá estritamente
ao disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal, sendo imediatamente reduzidos àquele limite
quaisquer valores percebidos em desacordo com esta norma, não se admitindo, neste caso, a
invocação de direito adquirido ou percepção de excesso a qualquer título.
Art. 14. Fica assegurada aos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás a revisão
geral anual, nos termos do inciso X do artigo 37 da Constituição Federal, observados os recursos
orçamentários, financeiros e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Art. 15. Aos ocupantes de cargo efetivo ou em comissão do Tribunal poderá ser atribuída
Gratificação de Desempenho, de 5% (cinco por cento) a 20% (vinte por cento) do vencimento do
respectivo cargo, observadas as normas previstas em ato do Tribunal para sua concessão.
Art. 16. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato
constante com substâncias tóxicas ou radioativas, ou em atividades com risco de vida
permanente, farão jus a um adicional, incidente sobre o vencimento do cargo efetivo, obedecido o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
§1º Os adicionais de insalubridade, periculosidade e de risco de vida são inacumuláveis, cabendo
opção expressa por um deles.
§2º Os adicionais serão concedidos nos percentuais de 10% (dez por cento), 15% (quinze por
cento) e 20% (vinte por cento) do vencimento, conforme se tratar de insalubridade, periculosidade
e risco de graus mínimo, médio e máximo, respectivamente, não incorporáveis para fins de
aposentadoria.
§3º A concessão dos adicionais previstos neste artigo obedecerá, subsidiariamente, as normas
legais e regulamentares aplicáveis aos trabalhadores em geral.
§4º O direito aos adicionais previstos neste artigo cessa, automaticamente, com a eliminação das
condições que deram causa à sua concessão.
Art. 17. Fica instituída a gratificação por encargo de curso, concurso ou comissão especial,
destinada a retribuir o servidor ou o ocupante de cargo em comissão durante o período em que
estiver designado para:
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I - atividade de professor de cursos de treinamento ou aperfeiçoamento no âmbito do Tribunal;
II - membro de comissões de avaliação ou de concurso público;
III – membro de comissão especial, para exercer atividades não arroladas nas funções ordinárias
de seu cargo.
Parágrafo único. A gratificação de que trata o caput é fixada em ato do Presidente do Tribunal,
no montante de 10% (dez por cento) a 20 % (vinte por cento) do vencimento básico do servidor ou
do ocupante de cargo em comissão, de acordo com a complexidade da atividade desenvolvida, e
seu pagamento está vinculado à verificação do efetivo exercício do encargo.
Art. 18. O décimo terceiro salário do servidor ou do ocupante de cargo em comissão do Tribunal
será pago no mês de dezembro, tendo por base o valor da remuneração devida naquele mês.
Parágrafo único . A metade do valor correspondente ao décimo terceiro salário será paga ao
servidor ou ao ocupante de cargo em comissão, a título de antecipação, no mês de janeiro.
Art. 19. Haverá substituição no impedimento legal e temporário de ocupante de cargo em
comissão.
§1º A substituição prevista no caput deste artigo será remunerada proporcionalmente ao período
que houver ocorrido a substituição de acordo com ato Normativo da Presidência do Tribunal
§2º O substituto perceberá, durante o tempo da substituição, a remuneração do cargo de que for
titular, acrescido da diferença apurada entre esta e a do respectivo cargo em comissão.
Art. 20. O servidor ou o ocupante de cargo em comissão fará jus, anualmente, a trinta dias de
férias, que podem ser acumuladas, até o máximo dois períodos, no caso de necessidade do
serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
§1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta injustificada ao serviço.
§3º As férias poderão, a pedido do servidor ou o ocupante de cargo em comissão e a critério do
Tribunal, ser concedidas em dois períodos de 15 (quinze) dias, devidamente previstos na escala
anual de férias.
§4º No caso de parcelamento de férias, o servidor ou o ocupante de cargo em comissão receberá
o valor adicional previsto no inciso XVII do artigo 7º da Constituição Federal quando da utilização
do primeiro período.
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Art. 21. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa
ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês
de efetivo exercício, ou fração igual ou superior a quinze dias.
Parágrafo único. A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for
publicado o ato exoneratório.
Seção V
Da Jornada
Art. 22. A jornada padrão de trabalho dos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás é
de 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais:
Parágrafo único. A jornada de trabalho é de 8 (oito) horas diárias e 40 (quarenta) horas
semanais para os servidores:
I – nomeados para cargos em comissão; e
II – designados para função de confiança.
CAPÍTULO III
DA EVOLUÇÃO FUNCIONAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 23. A Evolução Funcional nos cargos ocorrerá mediante as seguintes formas:
I – Progressão Vertical;
II – Progressão Horizontal.
Art. 24. A Evolução Funcional somente se dará de acordo com a previsão orçamentária de cada
ano, que deverá assegurar recursos suficientes para, no mínimo:
I – Progressão Vertical de 10% dos servidores de cada Grupo Ocupacional, a cada processo; e
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II – Progressão Horizontal de 20% dos servidores de cada Grupo Ocupacional, a cada processo.
§1º As verbas destinadas à Progressão Vertical e à Progressão Horizontal deverão ser objeto de
rubricas específicas na Lei Orçamentária.
§2º A distribuição dos recursos previstos em orçamento para a Evolução Funcional dos
servidores será distribuída entre os Grupos Ocupacionais, de acordo com a massa salarial de
cada um desses.
§3º O Tribunal de Contas do Estado de Goiás deverá realizar primeiramente a Progressão
Vertical, e, havendo sobras financeiras utilizará os recursos na Progressão Horizontal no próprio
Grupo Ocupacional.
§4º. Sobras apuradas após a aplicação do parágrafo anterior poderão ser utilizadas na Evolução
Funcional do Grupo Ocupacional que tiver mais servidores habilitados.
Art. 25. Os processos de Evolução Funcional ocorrerão anualmente, tendo seus efeitos
financeiros em março do exercício seguinte, beneficiando os servidores habilitados.
Art. 26. O interstício mínimo exigido na Evolução Funcional:
I – será contado em anos, compreendendo o período entre Janeiro e Dezembro;
II – começará a ser contado a partir do mês de Janeiro do ano em que o servidor perceber os
efeitos financeiros da primeira evolução funcional;
III – considerará apenas os anos em que o servidor tenha trabalhado por, no mínimo, 09 (nove)
meses, ininterruptos ou não;
IV - considerará apenas os dias efetivamente trabalhados e o período de gozo:
a) das férias;
b) da licença maternidade e paternidade;
c) da licença em função de luto;
d) dos 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho;
e) das folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo
do Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
§1º Nos casos de licenças e afastamentos descritos acima, a Avaliação de Desempenho recairá
somente sobre o período trabalhado.
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§2º Não prejudica a contagem de tempo para os interstícios necessários para a Evolução
Funcional:
I – a nomeação para cargo em comissão ou a designação para função de confiança no Tribunal
de Contas do Estado de Goiás;
II – o afastamento para Justiça Eleitoral;
III – a convocação para participação do Tribunal do Juri.
Seção II
Da Progressão Vertical
Art. 27. A Progressão Vertical é a passagem de um Nível para outro imediatamente superior,
mantido o Grau, mediante Avaliação de Desempenho e Qualificação.
Art. 28. Está habilitado à Progressão Vertical o servidor que:
I – possuir estabilidade no cargo;
II – houver cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
III – não tiver contra si, no período de interstício, decisão administrativa transitada em julgado
aplicando pena disciplinar de suspensão;
IV – obtiver 02 (dois) desempenhos superiores à média do Grupo Ocupacional a que pertence,
consideradas as 03 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
V – não possuir, durante o interstício, mais de 21 (vinte e uma) ausências;
VI – possuir pelo menos uma das qualificações exigidas no Anexo V para o Nível, observado o
disposto no artigo seguinte.
§1º A média a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo é obtida a partir da soma das
pontuações obtidas na Avaliação Periódica de Desempenho ou na Avaliação Especial de
Desempenho, em cada Grupo Ocupacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
§2º Para fins do inciso V deste artigo, são consideradas ausências:
I – Falta justificada: ausência em caso de necessidade ou força maior, mediante requerimento
fundamentado do servidor e validação do seu chefe imediato;
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II – Falta injustificada: ausência sem apresentação de requerimento ou caso o requerimento
apresentado pelo servidor não for aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência das
justificativas apresentadas.
§3º Excluem-se do conceito de ausência, para fins do inciso V do caput do artigo 28:
I – as férias;
II – a licença maternidade e paternidade;
III – a licença em função de luto;
IV – os 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
V – folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo do
Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
VI – folga decorrente de trabalho para Justiça Eleitoral;
Art. 29. A Qualificação exigida para a Progressão Vertical, conforme Anexo V, pode ser obtida
mediante:
I – Graduação;
II – Titulação;
III – Capacitação.
§1º A Graduação e a Titulação:
I – devem ser reconhecidas pelo Ministério da Educação;
II – têm validade indeterminada para os fins desta Lei;
III – não podem ser utilizadas mais de uma vez para fins de Evolução Funcional;
IV – não podem ter sido utilizadas como requisito de ingresso no cargo ou em processos de
evolução na carreira previstos em legislação anterior.
§2º A Capacitação:
I – deve ser aprovada pela Comissão de Gestão de Carreiras antes do início do curso ou após o
término do curso que tenha sido iniciado antes ou até 06 (seis) meses após a publicação desta
Lei;
II – deve ser utilizada em no máximo 05 (cinco) anos, contados da data do certificado de
conclusão até a data dos efeitos financeiros da progressão;
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III – deve ser iniciada após o ingresso do servidor no Tribunal;
IV – pode ser obtida mediante o somatório de cargas horárias de cursos de capacitação,
respeitadas as cargas horárias mínimas por curso:
a) cargos com exigência de ingresso de nível médio ou técnico: curso com carga horária mínima
de 16 (dezesseis) horas;
b) cargos com exigência de ingresso de nível superior: curso com carga horária mínima de 30
(trinta) horas.
V – não pode ser utilizada mais de uma vez para fins de Evolução Funcional.
§3º O servidor que se habilitar à Progressão Vertical e não se beneficiar da mesma por
inexistência de disponibilidade orçamentária e financeira, poderá fazer uso dos cursos realizados
independentemente do prazo estabelecido no inciso II do parágrafo anterior.
§4º A Qualificação deve ser pertinente com as atribuições do cargo.
Seção III
Da Progressão Horizontal
Art. 30. A Progressão Horizontal é a passagem de um Grau para outro imediatamente superior,
dentro do mesmo nível, mediante classificação no processo de Avaliação de Desempenho.
Art. 31. Está habilitado à Progressão Horizontal o servidor que:
I – possuir estabilidade no cargo;
II – houver cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos no Grau e Nível em que se encontra;
III – não tiver contra si, no período de interstício, decisão administrativa transitada em julgado
aplicando pena disciplinar de suspensão;
IV – obtiver 02 (dois) desempenhos superiores à média do Grupo Ocupacional a que pertence,
consideradas as 03 (três) últimas Avaliações de Desempenho;
V – não possuir, durante o interstício, mais de 21 (vinte e uma) ausências.
§1º A média a que se refere o inciso IV do “caput” deste artigo é obtida a partir da soma das
pontuações obtidas na Avaliação Periódica de Desempenho ou na Avaliação Especial de
Desempenho, em cada Grupo Ocupacional, não podendo ser inferior a 70 (setenta) pontos.
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§2º Para fins do inciso V deste artigo, são consideradas ausências:
I – Falta justificada: ausência em caso de necessidade ou força maior, mediante requerimento
fundamentado do servidor e validação do seu chefe imediato;
II – Falta injustificada: ausência sem apresentação de requerimento ou caso o requerimento
apresentado pelo servidor não for aceito pelo chefe imediato, em razão da impertinência das
justificativas apresentadas.
§3º Excluem-se do conceito de ausência, para fins do inciso V:
I – as férias;
II – a licença maternidade e paternidade;
III – a licença em função de luto;
IV – os 06 (seis) meses iniciais de afastamento por moléstia grave definida em lei, doença
ocupacional ou acidente de trabalho.
V – folgas decorrentes de procedimento de compensação de horas, previsto em ato normativo do
Tribunal, e, desde que concedidas mediante prévia autorização da Presidência do Tribunal.
VI – folga decorrente de trabalho para Justiça Eleitoral;
CAPÍTULO IV
DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Art. 32. Fica instituído o Sistema de Avaliação de Desempenho, com a finalidade de proporcionar
o aprimoramento dos métodos de gestão, a valorização do servidor, a melhoria da qualidade e
eficiência do serviço público, bem como a Evolução Funcional.
Art. 33. O Sistema de Avaliação de Desempenho é composto por:
I – Avaliação Especial de Desempenho, utilizada para fins de aquisição da estabilidade no serviço
público, conforme o artigo 41, § 4º, da Constituição Federal, e para fins da primeira Evolução
Funcional;
II – Avaliação Periódica de Desempenho, utilizada anualmente para fins de Evolução Funcional,
mediante Progressão por Mérito e Capacitação.
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Art. 34. A Avaliação Periódica de Desempenho é um processo anual e sistemático de aferição do
desempenho do servidor ou do ocupante de cargo em comissão, e será utilizada para fins de
programação de ações de capacitação e qualificação e, para os servidores efetivos, como critério
para a Evolução Funcional, compreendendo:
I – Avaliação Funcional;
II – Assiduidade.
§1° A Avaliação Funcional ocorrerá anualmente a partir da identificação e mensuração de
conhecimentos, habilidades e atitudes, e, cumprimentos de metas quantitativas, exigidas para o
bom desempenho do cargo e cumprimento da missão institucional do Tribunal e terá pontuação
máxima de 100 (cem) pontos.
§2° Os servidores serão classificados em lista para a seleção daqueles que vão progredir,
considerando as notas obtidas na Avaliação de Desempenho.
§3° Em caso de empate será contemplado o servidor que, sucessivamente:
I – estiver há mais tempo sem ter obtido uma Progressão Horizontal ou Vertical;
II – tiver obtido a maior nota na Avaliação de Desempenho mais recente;
III – tiver maior tempo de efetivo exercício no cargo;
IV – tiver maior idade.
Art. 35. O Sistema de Avaliação de Desempenho será regulamentado por ato normativo do
Tribunal de Contas no prazo de 90 (noventa) dias contados da data de publicação desta Lei.
Art. 36. O servidor nomeado para ocupar cargo em comissão ou designado para função de
confiança será avaliado de acordo com as atribuições do cargo ou função que tiver exercido mais
tempo durante o período avaliado.
CAPÍTULO V
DA COMISSÃO DE GESTÃO DE CARREIRAS
Art. 37. Fica criada a Comissão de Gestão de Carreiras cujos membros serão nomeados pelo
Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Goiás.
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§1º A Comissão deliberará por maioria qualificada de dois terços e seu presidente só vota em
caso de empate.
§2º Compete à Comissão de Gestão de Carreiras, dentre outras estabelecidas por ato normativo
da Presidência do Tribunal:
I – avaliar a pertinência dos cursos de qualificação iniciados antes, ou até 06 (seis) meses após a
publicação desta Lei, e que se pretendem utilizar para fins de Evolução Funcional;
II – acompanhar os processos de Evolução Funcional e de Avaliação de Desempenho;
III - Julgar os recursos dos servidores relativos à Avaliação de Desempenho;
§3° São regras para o processo e julgamento dos recursos:
I – o recurso deve ser protocolizado em até 05 (cinco) dias úteis, contados da ciência da
Avaliação de Desempenho pelo servidor ou o ocupante de cargo em comissão;
II – somente o servidor ou o ocupante de cargo em comissão pode recorrer da sua Avaliação de
Desempenho;
III – o recurso só será provido quando a Avaliação de Desempenho:
a) não tiver sido executada na forma prevista no regulamento;
b) tiver sido manifestamente injusta;
c) tiver se baseado em fatos comprovadamente inverídicos.
§4º A Comissão de Gestão de Carreiras poderá, a qualquer tempo:
I – utilizar-se de todas as informações existentes sobre o servidor ou o ocupante de cargo em
comissão avaliado;
II – realizar diligências junto às unidades e chefias, solicitando, se necessária, a revisão das
informações, a fim de corrigir erros ou omissões;
III – convocar servidor ou o ocupante de cargo em comissão para prestar informações ou
participação opinativa, sem direito a voto; e
IV – valer-se da Diretoria Jurídica do Tribunal de Contas, que ficará responsável por assessorar o
processo de revisão relativo à Avaliação de Desempenho.
Art. 38. Os trabalhos e a composição da Comissão de Gestão de Carreiras serão
regulamentados por Ato Normativo da Presidência do Tribunal.
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CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Seção I
Do Enquadramento
Art. 39. Ficam os cargos efetivos do Tribunal de Contas do Estado de Goiás consolidados
conforme do Anexo I desta Lei.
Art. 40. Para o enquadramento dos atuais ocupantes dos cargos públicos, deverá ser observado:
I - Posicionamento do servidor no Grau correspondente ao vencimento idêntico ou, se não for
possível, no imediatamente superior, dando sempre preferência ao menor Nível na Tabela de
Vencimentos.
II – Após o posicionamento no nível e grau previsto no inciso I do artigo 40 desta Lei, o servidor
avançará, se possuir:
a) até 5 (cinco) anos de Tempo de Serviço: 1 (um) grau;
b) mais de 5 (cinco) anos até 10 (dez) anos de Tempo de Serviço: 2 (dois) graus;
c) mais de 10 (dez) anos até 15 (quinze) anos de Tempo de Serviço: 3 (três) graus;
d) Mais de 15 (quinze) anos de Tempo de Serviço: 4 (quatro) graus.
III – O posicionamento no nível e grau previstos no inciso II do artigo 40 desta Lei, consistirá no
enquadramento final do servidor;
IV – Após o enquadramento final do servidor previsto no inciso III do artigo 40 desta Lei, será
realizado o cálculo da diferença entre o novo vencimento-base de cada servidor e o valor total de
remuneração pessoal;
V – O valor obtido por meio do cálculo da diferença entre o novo vencimento-base de cada
servidor e o valor total de remuneração pessoal será denominado “Valor de Diferença de
Remuneração” – VDR;
§1º São extintas após o enquadramento final do servidor, realizado na forma do inciso III do Artigo
40 desta Lei, exclusivamente, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, as seguintes
parcelas remuneratórias:
I – Gratificação de Incentivo Funcional, prevista no artigo 16-D da Lei Estadual nº 15.122/05;
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II – Gratificação de 5% por quinquênio, prevista no artigo 16-B da Lei Estadual nº 15.122/05 e
artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88;
III – Gratificação de 10% por quinquênio prevista no artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88
percebida pelo servidor que fazia jus à alíquota pela redação anterior à Lei Estadual nº 12.831/95;
IV – VPNI – Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada, prevista no artigo 16-F da Lei Estadual
nº 15.122/05.
§2º O posicionamento previsto no inciso I do artigo 40 desta Lei deverá ser realizado por meio do
valor nominal do vencimento–base de cada servidor, referente ao mês anterior a publicação desta
Lei.
§2º O “Valor de Diferença de Remuneração” – VDR será objeto de aplicação do índice de reajuste
anual do Tribunal de Contas do Estado.
§3º O Tribunal de Contas do Estado de Goiás deverá considerar o “Valor de Diferença de
Remuneração” – VDR para fins de limite definido no artigo 13 desta Lei.
Art. 41. Serão descontados do “Valor de Diferença de Remuneração” – VDR, os valores de
quinquênios previstos no artigo 42 desta Lei e da evolução funcional prevista nos artigos 27 e 30
desta Lei, dos servidores que futuramente fizerem jus, até o limite de sua extinção.
Art. 42. Fica instituída a Gratificação de 2,5% (dois vírgula cinco por cento) por quinquênio de
efetivo exercício em cargo público do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, calculados
exclusivamente sobre o vencimento base do cargo de provimento efetivo ocupado, sendo vedada
a utilização de outra base de cálculo ou a sua computação para fins de novos cálculos.
Parágrafo único. A contagem do tempo de efetivo de exercício considerará o período não
utilizado na última concessão da Gratificação de 5% por quinquênio, prevista no artigo 16-B da Lei
Estadual nº 15.122/05 e artigo 170 da Lei Estadual nº 10.460/88.
Art. 43. O prazo para o enquadramento dos servidores é de até 120 (cento e vinte) dias, a contar
da data de publicação desta Lei.
Parágrafo único. Aplicam-se as regras de enquadramento aos concursos em andamento na data
da publicação desta Lei.
Seção II
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Do Quadro Suplementar
Art. 44. O Quadro Suplementar é o constante do Anexo VI desta Lei, observada as seguintes
regras:
I – os cargos constantes da coluna “Situação Anterior” ficam com a denominação alterada para a
constante da coluna “Situação Nova”;
§1º. Os cargos do Quadro Suplementar extinguem-se na sua vacância.
§2º. Os servidores vinculados ao Quadro Suplementar serão remunerados pela Tabela de
Vencimento correspondente a tabela específica prevista no Anexo VI desta Lei.
§3º. A exoneração do servidor ocupante de cargo do Quadro Suplementar, mencionado no caput
do artigo, dependerá de prévia autorização do Tribunal Pleno.
Seção III
Da nomeação para Cargos em Comissão e designação para Funções de Confiança
Art. 45. Os cargos em comissão e Funções de Confiança previstos na coluna “Situação Anterior”,
nos Anexos II e III desta Lei, serão extintos na vacância.
Parágrafo único. O Tribunal de Contas deverá adotar todas as medidas cabíveis, para que num
prazo máximo de dois anos, todos os Cargos em Comissão e Funções de Confiança estejam
adequados aos cargos previstos na coluna “Situação Nova”, nos Anexos II e III desta Lei.
Seção III
Das Disposições Gerais
Art. 46. Constarão do demonstrativo de vencimentos o Nível e Grau em que está enquadrado o
servidor.
Art. 47. É vedada a concessão de Evolução Funcional aos servidores do Tribunal cedidos a
outros entes.
20
Art. 48. É vedada a Evolução Funcional aos servidores do Tribunal investidos em mandato eletivo,
salvo no caso de investidura em mandato de vereador, desde que haja compatibilidade de
horários, nos termos do art. 38, III, da Constituição Federal.
Art. 49. A Presidência do Tribunal de Contas do Estado de Goiás editará normas regulamentares
referentes as atribuições e especialidades previstas no artigo 4º e habilitação legal específica
prevista nos incisos I e II do artigo 5º, no prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 50. Os atuais servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás estão dispensados das
exigências contidas nos artigos 28, I e 31, I desta Lei.
Art. 51. Fica extinto, exclusivamente, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Goiás a
Licença-Prêmio prevista no artigo 16-A da Lei nº 15.122/05 e 243 da Lei Estadual nº 10.460/88.
§1º Será respeitado o direito de fruição do benefício previsto no caput do artigo 51, aos servidores
que, na data da publicação desta Lei, possuírem os requisitos para sua concessão nos termos de
ato normativo da Presidência do Tribunal.
§2º O período de fruição da Licença-Prêmio nos termos do parágrafo primeiro do artigo 51 desta
Lei, será considerado como efetivo trabalho para fins do artigo 26, IV desta Lei.
Art. 52. Fica vedado ao Tribunal de Contas do Estado de Goiás reestabelecer ou criar nova
concessão de qualquer gratificação ou direito, extintos por esta Lei.
Art. 53. É garantida a licença de servidores do Quadro de Cargos Efetivos do Tribunal para
exercício de mandato eletivo de presidente de entidade de classe representativa dos servidores
do Órgão, sem prejuízo da remuneração e dos demais direitos do seu cargo.
Art. 54. As despesas decorrentes da presente lei correrão à conta das dotações orçamentárias
próprias, consignadas no orçamento vigente.
Art. 55. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, assegurando-se ao Tribunal de Contas
do Estado de Goiás um prazo de 120 (cento e vinte) dias para a implementação de seu conteúdo.
21
Art. 56. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei n. 15.122/05 e 16.466/09.
Goiás, xxxxx
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Anexo I da Lei nº xxxxx
Anexo II da Lei nº xxxxx
Anexo III da Lei nº xxxxx
DENOMINAÇÃO NATUREZA ÁREA DE ATUAÇÃO QUANTIDADE ATRIBUI ÇÕES
CONTROLE EXTERNO
APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
CONTROLE EXTERNO
APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO
160
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO CARGO EFETIVO 350
QUADRO DE CARGOS EFETIVOS
Desempenhar todas as atividades concernentes ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo do Tribunal de
Contas do Estado de Goiás, de nível intermediário, inclusive aquelas relacionadas à
sua gestão, bem como auxiliar o Analista de Controle Externo no exercício de suas
atribuições
Desempenhar de todas as atividades de caráter técnico de nível superior relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a
cargo do Tribunal de Contas da União, inclusive aquelas relacionadas à sua gestão.
TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO CARGO EFETIVO
Situação Anterior
Assessor I
Assessor II
Assessor III
Assessor IV
Situação Anterior
Diretoria Superior
Diretor de Divisão
Chefe de Serviço
NOVO
Situação Anterior
Chefe de Gabinete
Diretor Jurídico
n/c
n/c
Ouvidor Geral
n/c
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Assessor Técnico de Gabinete I 34 R$12.000,00 Nível Superior
Assessor Técnico de Gabinete II 34 R$9.000,00 Nível Superior
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Secretário 4 R$14.000,00 Nível Superior
Gerente 14 R$12.000,00 Nível Superior
Chefe de Serviço* 36 R$9.000,00 Nível Médio
Chefe de Setor* 11 R$7.000,00 Nível Médio
Situação Nova Quantidade Vencimento Requisito de Escolaridade
Secretário Chefe de Gabinete da Presidência 1 R$14.000,00 Nível Superior
Diretor Jurídico 1 R$12.000,00 Nível Superior
Controlador do TCE-GO 1 R$12.000,00 Nível Superior
Assessor Chefe de Comunicação 1 R$9.000,00 Nível Superior
Ouvidor Geral 1 R$9.000,00 Nível Superior
Assessor de Apoio Administrativo 7 R$7.000,00 Nível Médio
14Assessor Técnico de Gabinete III
CARGOS EM COMISSÃO
Nível SuperiorR$7.000,00
Situação Anterior
Assessor Técnico I
Assessor Técnico II
Assessor Técnico III
Assessor Técnico IV
Assessor Supervisor
Situação Nova Quantidade Gratificação Requisito de Eco laridade
Assistente Técnico I 5 R$6.000,00 Nível Superior
Assistente Técnico II 38 R$4.500,00 Nível Superior
Extinto Extinto Extinto Extinto
Nível SuperiorAssistente Técnico III
FUNÇÕES DE CONFIANÇA
21 R$3.500,00
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Anexo IV da Lei nº xxxxx
Anexo V da Lei nº xxxxx
62%
NIVEL A B C D E F G H IIV 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76 11.679,72 12.088,51 12.511,60 12.949,50
III 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76 11.679,72 12.088,51
II 8.569,80 8.869,74 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45 10.903,15 11.284,76
I 8.000,00 8.280,00 8.569,80 8.869,74 9.180,18 9.501,48 9.834,03 10.178,22 10.534,45
NIVEL A B C D E F G H I
56%
NIVEL A B C D E F G H I JIII 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88 6.770,84 7.007,81 7.253,08 7.506,93
II 5.141,88 5.321,84 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88 6.770,84 7.007,81
I 4.800,00 4.968,00 5.141,88 5.321,84 5.508,10 5.700,88 5.900,41 6.106,92 6.320,66 6.541,88
NIVEL A B C D E F G H I J
ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO
TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO
Exigência de Ingresso
Nível Médio
Nível Superior
Nível Graduação/Titulação Capacitação
IIEducação Profissional (Técnico) ou
Nível Superior120 Horas
IIIEducação Profissional (Técnico) ou
Nível Superior ou Pós Graduação120 horas
II Pós Graduação 240 Horas
IIIMestrado ou 02 Certificados de Pós
Graduação240 Horas
IVDoutorado ou 03 Certificados de
Pós Graduação240 Horas
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Anexo VI da Lei nº xxxxx
Situaçao Anterior
Assessor de Assuntos Contábeis, Financeiros, Jurídicos e
Orçamentários
Assessor de Assuntos Econômicos junto à ATE
Assessor Técnico de Engenharia
Inspetor de Empresas Econômicas
Inspetor Fiscal da Despesa Pública
Inspetor de Obras Públicas
Inspetor Supervisor da Despesa
Assessistente Técnico Especializado
Assessor de Imprensa
Oficial Especializado de Representação
Condutor Especializado
Datilógrafo
Digitador
Eletricista
Auxiliar Especializado
Fotógrafo
Mecanógrafo
Auxiliar Geral
Cargos em Comis s
Situação Nova
ASSESSOR ESPECIAL II
ASSESSOR ESPECIAL III
ASSESSOR ESPECIAL IV
ASSESSOR ESPECIAL I
são - Quadro Suplementar
ASSESSOR ESPECIAL V
Quantidade Vencimento
57 R$9.000,00
R$7.000,00
R$5.000,00
17 R$12.000,00
R$4.000,00
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25
23