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Ill ANNO DOMINGO, 3*? d e DEZEMBRO DE 1903 N.° 128

S E M A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R A R IO E A G R IC O L A

A ssig n a tu raAnno, 18000 reis; sem estie, 5oo réis. Pagamento adeantado. para 0 B razil, anno, 2$5oo réis (moeda for.ej.Avulso, no dia da publicação, 20 réis.

E D I T O R — José Augusto Saloio

. . ' A G Â O E T Y I19, i.° — RUA DIREITA — 19, i.°

- A L U E G A L L K G A

P u b licaçõ es ç,A n n u n cio s— i . a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,

20 réis. A nnuncios na 4.“ pag:na, contracto espacial. grapK osnão se restituem quer sejam ou não publicat

P R O P R I E T Á R I O — José Augusto Saloio

Os auto- dos.

E X P E D I E N T E

Rogamos aos nosso* estimáveis assignantes a fineza de nos participa­rem qualquer falta na re­messa do jornal, para de prompto providenciar- ínos.

Acceitam-se com grati dão quaesquer noticias que sejam dc interesse publico.

“0 Domingo 35

Envia aos seus presados coilegas, collaborador es,correspondentes, assignan les e annunciantes as

B 0 A 3 - F E S T A S .

NATAFesta sagrada entre to­

das, celebra-a o mundo in­teiro com jubilo, lembrando 0 nascimento da creança humilde que depois se tor­nou o apostolo prodigioso das idéas mais grandiosas que teem assombrado a hu­manidade.

Num obscuro presepe de Bethlem, na Gaiiléa, sem pompas nem grandezas, tendo apenas por cortejo uns pobres pastores, viu a luz do dia o maior rei do mundo, aquelle perante quem ainda se curvam os mais elevados potentados da terra.

E’ que a sua doutrina su­blime ha de atravessar os séculos, sem baquear já- mais. Adulterada, calcada aos pés, menospresada por aquelles que mais a deviam elevar e enaltecer, ainda as­sim ella é tão grandiosa, tão extraordinaria, que ven­ce todas as peias, que salta por cima de todos os ob­stáculos.

O’ Christo, se, como tu a sonhaste, pudesse reali- sar-se a egualdade huma­na!

Não é uma utopia. Bas­tava que os homens se des­prendessem das mesqui­nhas paixões terrenas e

comprehendessem que nãoha grandes nem pequenos,

nem pobres, que aricosnatureza a todos deu a mes ma luz e o mesmo solo e que só a estupxia di>tin- cção das sociedades dá cau­sa ás continuas luetas em que a humanidade se de­bate.

E’ mais facil amar que odiar. E comtudo só se vêem por toda a parte odios, invejas e malqueren­ças.

Pobre humanidade, sem­pre acorrentada á maldita lei das convenções e dos preconceitos! Os que tra­tam com a maior altivez e sobranceria aquelles que lhes ficam immediatamen- te inferiores, vão curvar-se dahi a pouco, como já te­mos visto, deante de um monarcha, e beijam-lhe a mão, miseráveissabujos em cata de uma honra ou de uma mercê que lhes vá tra­zer veneras ao peito onde nunca palpitou um coração digno. Todos espesinham os que lhes estão por bai­xo e dobram a espinha em arco perante os que se en- ;ontranr no fastigio do po­der.

Como isto é triste! Co­mo causa tedio! Como en­vergonha os homens, que desceram abaixo dos ani- maes!

Se os que teem sempre nos labios o nome de Chris­to ligassem ás palavras mel- ifluas as acções honestas e

dignas que o grande philo- sopho aconselhava, ainda a uimanidade poderia rege­nerar-se. Assim não; ha de retroceder cada vez mais, até dar rasão ás theorias do celebre Darwin.

JO A Q U IM DOS ANJO S.

Consta-nos que a Pance- ria dos Vapores Lisbonen- ses mandou construir um vapor destinado á carreira diaria entre esta villa e a capital.

A G R I C U L T U R AAs épocas dc plaãsíaça©;

das arroses__ j

Estamos em pleno peno-1

do de plantação das arvo­res.

Em principio pode-se plantar todo o anno; mas é claro que nem todas as estacões convém iírualmen-> ote para reaiisar esta opera­ção. Primeiro ha uma gran­de differença entre as plan­tações effectuadas durante o periodo de repouso da ve­getação e as realisadas no periodo activo.

As feitas na primavera e no outono com a vegeta­ção em repouso pégam, em geral, emquanto que as plantadas no periodo con­trario, em geral, morrem promptamente.

Vamos, pois, examinai as vantagens e os inconve­nientes das plantações nas quatro estações do anno.

Todos os conhecedores do asumpto concordam ho­je que as plantações do ou­tono são as melhores, isto é, todas as plantações feitas de i 5 de outubro a 20 de dezembro.

Está hoje provado que, se no outono a parte aérea da planta cessa de crescer, o mesmo não acontece com o systema radicular, o qual continua a desenvolver-se, mesmo com um certo vi-

jgor, se a temperatura do solo não baixar de 8 a 9 graus. Com isto acontece que, logo que chega a pri­mavera, as arvores que fo­ram plantadas cedo, como já tomaram posse do solo, vegetam rapida e vigorosa­mente e pouco soífrem com a secca do verão.

As plantações íêitas no inverno são ainda muito boas. Em Dora o svmcihc. radicular ílque quasi esta- cionario, a terra está com­primida á volta das raizes, e, ao despertar da vegeta­ção, a arvore encontra-se em condições favoraveis para bem se desenvolver.

As plantações de abril e maio são menos favoraveis, por isso que a sécca póde surgir antes que as arvores estejam bem agarradas ao solo e fazel-as morrer ou, pelo menos, ficarem de tal íorma enfraquecidas que com difficuldade chegarao a dar alguma coisa de bom.

As plantações feitas na primavera só dão resultado completo quando os exem piares estiverem muito bem enraizados e forem dispos tos em terreno fresco. Ain­da assim, vindo um verão precoce e sêcco, é indis pensavel dar frequentes re gas á plantação sem o que ella perde-se toda.

Alguns auctores, porém, tem indicado a primavera como a melhor época para plantar coniferas. Mas em­bora, alguns factos venham confirmar esta affirmativa, os princípios são-lhe con­trários. E’ claro que estes vegetaes vestidos de folha­gem, evaporam por este mesmo motivo muita mais agua que a qne o seu sys­tema radicular. mutilado lhes .pode fornecer, pelo que é frequente vêl-as sec- car por este unico moti­vo.

Cortando-lhe uma parte das folhas ou dos ramos, pode-se, até certo ponto, favorecer-lhe a sua adhe- rencia ao solo, mas é, para isso, preciso que as arvores se prestem á poda, como pode acontecer com os cu- pressos e taxus, mas como se não dá de fórma alguma como os abies, piceas, pi- nus, etc., para os quaes qualquer mutilação, no mo­mento da transplantação é sempre prejudicialissi- ma.

Quanto ás plantações de verão, raro dão resulta­do entre nós. Só são possí­veis tirando todas as folhas, podando fortemente os ra­mos, e regando copiosa-

H l c n J o — r < » i M - n c v a

var o solo sempre fresco.Favorece o bom desen­

volvimento futuro da arvo­re, cortar as raizes que fo­ram esmagadas por occa­sião do arranque, respeitar o mais possivel as raizes finas, mergulhal-as em um banho preparado com gua­no de cavallo dissolvido em agua, e, depois, estendel-as bem na cova, onde a arvo­re for plantada, e cobril-as de boa terra vegetal.

Se se tratar de arvores cradas em vaso, é muito importante desenrolar as raizes que cercam o vaso e

estão muitas vezes envol­vidas umas nas outras. Se se não fizer isto, não só estas arvores pegarão com difficuldade, mas mesmo quando pégam, desenvol­vem-se mal, reséntindo-se durante a maior parte da sua vida do modo como as raizes foram enroladas pa­ra a cova, sem facilidade para poderem alastrar.

Em geral, pode-se garan­tir que, quanto mais novas forem as arvores tanto me­lhor pégam. Ha algumas especies como, por exem­plo, o azevinho e a alfarro­beira, que pégam com dif­ficuldade, tanto em novas como em velhas.

Os solos silicosos frescos são sempre mais favoraveis ás plantações que os de natureza calcarea ou muito seccos.

Quando as arvores a plantar são de grandes di­mensões, para que p jguem, é indispensável preparal-as para a operação que tem de soffrer. O meio mais usualmente empregado consiste em cavar, um an­no ou dois annos antes, um fôsso de o"1,5o e mes­mo o,n,8o em volta do eixo da arvore, cortando as raizes horisontaes que se encontrarem naquella dis­tancia, respeitando as ver- ticaes, e encher 0 fôsso com bom terriço.

As raizes cortdas emitti- rão no terriço abundantes radiculas que ajudarão mui­tíssimo a arvore a pegar quando, um ou dois annos depois, se proceder á sua plantação. E’ assim que emP V n n ,,--!. n ' i r ' i a n Y lf iH p djtLParis, se consegue trans­plantar com exito, arvores de trinta e até de cincoen- ta annos.

Relativamente ao modo de plantação em covas de tamanhos apropriados ás arvores que dá o melhor re­sultado. Estas covas devem ser feitas o maior e mais fundas possivel, sobretudo se o terreno fof duro e pou­co fundo deixand-se as rai­zes das arvores muito es­palhadas nella e cobertas depois de bòa terra fina.

(Da Ga\ela das Aldeias).

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A rv o re «lo Natal

No importante estabele­cimento dos srs. Franco, Capella & C.a estava ele­gantemente disposta. a ar­vore do Natal, chamando por isso a attenção do pu­blico.

Em goso de ferias, acham-se n’esta villa os es­tudantes de Coimbra, srs. dr. Christiano Leite Cruz, Amadeu Quaresma Ventu- ra e José Augusto S.imões da Cunha; de Setúbal, os srs. Antonio Luiz Nepomu­ceno da Silva, Domingos Tavares Móra, Virgilio Ta­vares Móra, João Quares­ma da Silva e José Maria de Vasconcellos; de Lisboa, os srs. Guilhermino Emy- gdio Pires, Antonio Chris­tiano Saloio Junior, Ma­nuel Paulino cLOliveira, Jo­sé Callado Ramos, Fernan­do Callado Ramos, .Abel Justiniano Ventura e José Viegas Ventura Junior; de Evora, o sr. Gabriel da Fonseca.

A n n iv e rsa r ioCompleta depois de

ámanhã mais um anniver­sario natalicio o nosso ami­go, sr. Pedro Antonio Nunes de Almeida, digno professor diplomado, dire­ctor e proprietário do fen- sionato e collegio Almeida Garrett, em Setúbal.

Sinceros parabéns.

No domingo ultimo, pe­las 6 horas da tarde, foi capturado pelo ex.1110 sr. Francisco da Silva, dignis-

(simo vice-presidente da ca­mara municipal, servindo actualmente de administra­dor d’este concelho, Ma nuel Morgado, casado, tra­balhador, desta viila, por andar pelas ruas embriaga­do proferindo em voz alta palavras offensivas da mo­ral publica, no que é uzeiro e vezeiro, tendo ainda no dia19 sahido da cadeia desta comarca, onde esteve cum­prindo sentença p r crime idêntico.

Foi assignada no edifício dos Paços do Concelho, em22 do corrente, aescriptura do contrato celebrada en­tre os ex."10" srs. Domingos Tavares, digníssimo presi­dente da camara, Luiz Tei­xeira Mendes e Luiz Strans, caixas e representantes da Parceria dos Vapores Lis- bonenses, para o exclusivo na atracação ao caes mu­nicipal dos vapores perten­centes á referida Parceria.

Foram testemunhas d’es- te acto os srs. Emygdio Gonçalves d’Aze vedo e Da­niel Augusto Regalia.o o

A.Comprei o relogio«Ave­

lino Marques» na Relojoa­ria Garantida e vejo que é realmente o que ha de me­lhor em relogios.

L u t u o s a

Falleceu nesta villa pe­las 5 horas da tarde de 24 do corrente, victima de ca- chexia senil, Maria Roma­na Nogueira, de 78 annos de edade, viuva, natural d’esta villa

A sua familia enviamos sentidos pesames;

SíaBEHOSSCO

Desde 24 do corrente, tem havido animadíssimos bailes na Sociedade e Club d aquelle aprazivel logar, correndo tudo' na melhor harmonia e decencia, pró­prias d’um povo pacifico e ordeiro como o é 0 do Samouco. No Club acha-se armado um pequeno palco onde uma companhia dra- matica tem realisado alguns espectáculos com grandes enchentes, sendo sempre muito applaudida. Desta villa teem alli ido muitos amadores destes espectá­culos e entre estes alguns dos nossos actores-amado- res, que os temos de valor, que se não fazem rogados para d es e m pe n h are m q u al- quer coisinha que nos faça passar alegres mais um bo­cado da noite.

Q O F R E D E P É R O L A S

O NATALCreancinhas innocentes,Que inda nao sabem o mal,E nos labios, estridentes,Teem risos de crystal;

Rapa rigas casado uras,Gi 'acioikis, d 'encantar;Cujas lindas tranças louras Vae o vento bafejar;

Rapaces novos, pujantes,Todos vigor e saude,D'olhos vivos, radiantes D'unia ardente juventude;

Velhinhos de barba branca,Alvos cabellos de linho,Que 11a cara alegre e franca Têm sorrisos de carinho;

Venham todos festejar Esta noite que sedu*,Porque ao brilho do luar Veiu d terra o bom Jesus.

Venham beijar a creança,De sorriso a Imo e jucundo,Que a doce lu\ d'uma esp'rança Vem trazer a todo 0 mundo.

JO A Q U IM DO S A N JO S.

P E N S A M E N T O S

Entre a flô r e a estrella ha uma aurora, que é o sor­riso da mulher: 0 olhar participa do astro, o beijo tem o perfume da flôr.

— Quaes são as quatro coisas mais difficeis de conhe­cer? Conhecer-se cada um a si proprio.— Calar um se­gredo Esquecer uma injuria.— E aproveitar bem o tempo.

— Não sejas tolo para li e homem de jui\o para os outros.

— A educação visa a reforçar 0 corpo e a aperfeiçoar, quanto possivel, a alma.— Platão.

A N E Ç D O T A S

Uma senhora perguntou a um poeta Jfanceç:— V. S.íl não fa* amor?■— Nada, minha senhora, eu compro-o jd feito, por­

que me fica mais baralo.__ _________

IvífíftvíVvl

— Que fa~es ao leu relogio quando se atraca?— Levo-o a uma casa de penhores. A lli adeanta. . .

um vintem por cada cinco tostões._________ _

No Irtbunal.— Jura di\er a verdade?— Juro, sim senhor.-— E parente do accusado?— Não sei; sou engeitado.

L IT T E R A T U R AAs b ro as do i>reícit«

Relacionado na provin­da em boa amizade de tra­cto com algumas das prin. cipaes familias, sempre pe.

las festas certo prefeito de um collegio recebia, em Lis­boa, coisas que lhe manda­vam de presente.

Offertavam-lhe as se­nhoras, no primeiro tempo muitos limpa-pennas, de 1 de casimira, bordados quando Deus queria a ma­tiz... Mas, o prefeito, co­mo os augures da Bella Helena, haveria preferido dadivas de aproveitamento mais nutritivo...

Sempre fiôres! murmu­ravam os arúspices, aper­cebendo-se d’isso na deca- dencia das crenças. .. Tu­do galanterias! Outrora vinham viandas magnificas, que davam forças para sup- portar os combates da vi­d a... E agora, fiôres, flo­res, fiôres, fiôres!

Assim o prefeito:— Limpa-pennas, cro-

chets, almofadas borda­das!. .. Bem sabemos, que são lembranças delicadas;j 1mas, não se comem! Ao passo que os pasteis de Ten- tugal, o bolo pôdre do Alemtejo, o toucinho do céo de Coimbra, as arrufa­das, as trouxas de ovos, as cavacas das Caldas e as de Rezende, o vinho verde de Amarante, o moscatel do Douro, as tiborneas de Vil­la Viçosa, os presuntos de Chaves, as murcellas de Villa Real!. ..

Tantas vezes dissera isto, primeiro comsigo e, depois, aos outros, que, as bellas senhoras da provinda abri­ram mão dos bordados, das camélias, dos retratos em photographia; e, o pre­feito principiou jucunda- mente a receber, pelas fes­tas, caixinhas de ameixas de Eivas, barrilinhos de ovos de Aveiro, lampreias e me­xilhões de escabeche, sal­mão da Figueira, e as trutas brancas e rosadas da nas­cente do Mondego, nas vol-

5 9 FOLHETIM

T ra d u cção de J. DO S A N JO S

D E P O I S D T P E C C A D OL iv ro Segundo

' 1

Adeantou-se para ella, p^gando-lhe nas mãos, beijou-as e tentou formo- la r um elogio aquella formosura pe­la qual eslava agora mais captivo que quando se lhe reclamava pela prim ei­ra vez.

A Magdalena retiro u as máos brus" camente e d is e-lhe:

— Náo é para isso que est.í aqui. L e o n e l; quiz falar-me, pediu-me que viesse depressa; tem decerto a dizer- me c o iír.i graves?

— T alvez leve n n ito tempo, disse elle com brandura.

— Não im porta, estou ás suas o r­dens.

— Estou arruinado, tornou elle de repente,com o um homem que sequer liv ra r, p o r uma confissão rapida do que considera como a parte mais humi­lhante de uma confissão obrigada.

— A rru inad o ? E é rgora que m’o diz!

— Náo lh’o podia dizer mais cedo, porque só esta mahnã tive a dem ons­tração definitiva.

— Mas isso náo succede de repente, objectou a Magdalena; ha muito tem­po que ,'evia ter previsto esse desen­lace. Porque não me avisou?

— Para que? Se é verdade que as­sisto ha muito tempo ao desmorona­mento d-.: minha fortuna.tinha conser- j vadoao m .n o sa e-perançadeprevenir

uma catastrophe, e emquanto a con­servava, era inutil confiar-lhe os meus cuidados.

— Pois eu, pelo contrario, calculo que devia ser a prim eira a conhecel- os.

— Não consentiria que me auxilias­se, exclam ou o general, enganando-se no sentido das palavras que acabava de ouvir e julgando vêr n'eílas uma inten cão que não havia.

— O h! meu pobre amigo, não é is­so, respondeu a Magdalena, não podia vir-m e á idéa offerecer-i.he um auxilio porque tinha medo de o escandalisar julgando-o capaz de o acceitar. Mas ter-lhe-hia dito que, visto que as coi­sas lhe correm mal, a prudência orde­nava lhe que mudasse de vjda, que restringisse as suas despezas e s^ppri- misse as causas que as fizeram exce­der a receita. . .

— Foi p o r p re v e r esses conselhos que me calei.

— Mas a sua confidencia obriga-me a dizer-lhe agora o que n ’esse tempo lhe diria.

— Separar-me de si! nunca!—- C om tudo. ..— Não insista, Magdalena, tornou o

marquez d'Anelles cortando lhe a pa­lavra; causava-me muita pena e de n a ­da serviria isso parque se ha um des­enlace para que não estou preparado e a que todos os outros, sejam quaes forem, me parecem preferíveis, á o de me afastar de si. T u d o . tudo, me­nos isso. Quando um homem da mi­nha idade concebeu p o r uma c e a tu - ra tão formosa com o a senhora a pai­xão de que poude. ha um anno para cá, medir a extensão, nunca se cura. e quando gosou a alegria de ser ama­d o . ..

A Magdalena interrom peu-o e disse n ’um tom brando e triste;

— Receio muito que se illudisse a re sp ;ito dos meus sentimentos.

— Seja assim. E m todo o caso, e inuti! querer d estru ir essa illusão. Náo tenho a pretenção de lhe ter inspira­do um am or egual ao m eu; mas per- sisto em pensar que quando lhe cor­respondia com uma reciprocidade pe­lo menos apparente, era guiada por uma sympathia real.N ão queira negar; não acreditaria na sinceridade das suas negativas, e como sei que é in­capaz de me fechar o seu c o r a ç a o

pela unica razão de eu e s t a r arruinado,ficaria convencido de que só quer afastar-se de mim porque teme ter si­do a causa da minha ruina e tornar-se um grave estorvo na minha vida.

(• iontinua;.

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tas que dá o rio junto da Serra da Estrella. ..

_Que pechincha! ex­clamava. Até que nos en­tendamos ! Quaesquer lem­branças, em que entre a delicadeza, são mimosas; mas, tambem é bom, quan­do uma pessoa tiver de agradecer, sentir o gosto de que lhe cumpre dar testemunho. Agora sim!

Levava então, todo lépi­do, os presentes para uma commoda, ao lado da sua cama, na vasta sala do dor- mitorio geral do collegio.

A um dos alumnos inter­nos, ainda pequeno, dava- lhe em tanta maneira o chei­ro de alguns desses petis­cos, que, lhe custava a con­ciliar o somno, nas noites em que o prefeito estivesse acompanhado de goloseima odorifera á cabeceira.

Por uma d’estas occa- siões, Natal, havia elle re­cebido umacondeça formi­dável, com as mais formo­sas brôas, que olhos huma­nos têem admirado'; corn- pridinhas, luzidias, mal dei­xando apontar o cidrão, e de bicos torrados e lustro­sos.. .

Uma belleza!O pequeno, quando o

prefeito dormia, ia-se ao cestinho de vimes, levanta­va-lhe a tampa cautelosa­mente, e regalava-se de co­mer broas com fartura, sa­boreando bem a finura d’a- quelle milho, e tomando em consideração o bem traba­lhado delias, assim no que respeitava aos temperos, como á acertada conta em que se via que o forno es­tivera.

— Que boas são! dizia, deleitado do prazer do pa­ladar que as broas lhe cau­savam. Não as vejo eu, mas devem ter muita farinha al­va! e que mel! e que azei­te!... e que adubos!. ..

O prefeito, observando achar-se desfalcada a dadi­va, entrou em suspeitas de cjue lhe assaltavam a copa da cabeceira, e, numa noi­te, desvelado, fingiu dormir, roncando sifnuladamente, mas de braço fóra dos len- çoes, e a mão prompta e decisiva, armada de thesou- ra.

Vae o pequeno ás broas; e o prefeito estende um braço, nas densas sombras > 1da noite; agarra-o pelos cabellos, corta-lhe uma madeixa; depois, sem ac- cender luz nem soltar voz, deixa-o agachar-se e fu­gir. ..

Aterrado, pela idéa do que teria de succeder-lhe no dia immediato, quandoo prefeito reconhecesse, á luz sagrada do dia, na falta do seu cabello, haver sido elle o sicário, o bandido nocturno, scisma o peque­

no, e scisma mais, e torna a scismar, e scisma sem­pre .. .

I udo lhe lembra, então, como aquelle personagem das Nuvens de Aristopba­nes, que, a imaginar como fizesse para não pagar ju­ros num praso marcado, até queria comprar uma bruxa da Fhessalia, que de noite lhe apanhasse a lua, para elle a guardar bem guardada sem a deixar sair livrando-se assim de pagar os juros... visto o dinheiro sèr emprestado ao mez!

Fatigado da vigia econten­te do bom exito da sua as­túcia, adormece o prefeito, emfim; e ronca, cfesta vez, a valer, sem deixar duvida, no echo dos corredores do collegio, de ser deveras aquelle o seu sincero ron­car famoso. . .

Então, o pequeno levan­ta-se outra vez da sua ca­minha; e vae de novo pé ante-pé, até junto da com­moda do prefeito. As pare­des do dormitorio como suavam riso por todos os poros. .. Vae elle apalpan­do, tacteando, na sombra, até que encontra a thesou- ra! Sorri, por entre a noite, n’esse instante; agradece intencionalmente á sua es­trella o valer-lhe em taes apuros; e vae, surrateira- mente, de cama em cama, cortar, a cada um dos ou­tros pequenos, que dormi­am, uma madeixasinaa de seus cabellos,naquelle mo­mento para elle precio­sos ! . . .

Tendo devastado pela thesoura o topete de alguns meninos, volta de novo á commoda'do prefeito, e alli depõe o instrumento, que havia servido por egual para a vingança e para a salvação!

Depois, socegado, feliz, torna a metter-se na ca­ma . ..

De manhã o prefeito, que sempre se levantava mais cedo que os educan­dos, espera-os ao sair do dormitorio, numa saleta contigua, risonho, mofador, humorista: a vêr quando apparecesse deante d’elle o delinquente. . .

Mas, os rapazes, oh! pas mo! oh! surpresa inaudita! os rapazes, não um, n£ dois, não cinco, mas doze, mas quinze,masquasi todos, têem cortado o cabello de deante da cabeça, numa flagrante falha de topete, que evidentemente denun­cia haver por alli passado a thesouia na sua intrépida missão destruidora.

O prefeito esbugalhava os olhos, esfregava-os, fc chava-os, abria-os, a olhar pasmado para os col legiaes.. .

— Um . . . quatro. . . se­is. . . dez-,. . Mas, como!? Mas,porquê!? Mas, qual!??

Nunca, por muito que scismasse, poude compre­hender aquelle caso; e ainda mais duradouramen­te se sentiu chocado, por­que nem na terra nem no seio incognito dos mares se atrevesse em nenhum tem­po a desafogar o singular segredo daquella noite de brôas.

A N N U N C I O S

A Camara Municipal do Concelho de Aldegallega do Ribatejo, manda annun- ciar que a conferição de pesos e medidas neste con­celho, ha de ter logar no proximo mez de janeiro, das io horas da manhã ás3 da tarde em todos os dias não santificados, na respectiva repartição a car­go do respectivo aferidor, na rua do Poço, onde os lojistas e vendedores de generos levarão todos os pesos e medidas que tive­rem, e findo o dito praso se procederá a varejo ge­ral, para serem applicadas as penas da lei a todos aquelles que não tiverem feito o devido atilamento.

E para devido conheci­mento se affixou o presen­te edital e idênticos nos lo- gares mais públicos das freguezias de este conce­lho.

Aldegallega do Ribatejo,ii de dezembro de igo3.

O Secretario da Camara

Anlonio Tavares da Silva.

degual theor para serem aflixados nos logares mais públicos deste concelho.

Aldegallega do Ribatejo,11 de dezembro de 1903.

O Secretario da Camara

Anlonio Tavares da Silva.

canas tanto barbados co­mo estacas e bacello, pa­ra o que está habilitado convenientemente.

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A Camara Municipal do Concelho de Aldegallega do Ribatejo, em harmonia com o artigo i.° da postu­ra de 24 de agosto de igo3, manda avisar todos os proprietários de vehi- culos de qualquer especie, que são obrigados no pro­ximo mez de janeiro a so­licitar a respectiva licença na Secretaria da Camara, sob pena de 2^000 réis de multa nos termos do § 5.° do citado artigo.. São egualmente avisados todos os possuidores de trens particulares para no referido mez entregarem as respectivas chapas e so­licitarem licença gratuita para os mesmos vehicu- los.

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P R E Ç O S : de 20 a 36 réis o kilo, segundo as qualida­des e percentagens.

Recebem-se as saccas em bom estado

F a b r ic a e d ep o s iío s da .Xova ISmpreza dc A du­bos A rtiQ ciaes em A ldegallega do R ib a te jo ao a lto da l i a r rosa .

E S C R IP T O R IO S : em Lisboa, Largo de S. Paulo, 12, 1 em Aldegallega, Rua Conde Paço Vieira, 24.

Page 4: “0 Domingo...no de cavallo dissolvido em agua, e, depois, estendel-as bem na cova, onde a arvo re for plantada, e cobril-as de boa terra vegetal. Se se tratar de arvores cradas em

O D O M I N G O

MERCEARIA RELOGIO(S U C C E S S O R E S )

Franco, Capelia & C.A- o o o o o

Os proprietários d’este novo estabelecimento parti­cipam aos seus amigos e ao publico em geral, que teem á venda um bom e variado sortido de artigos de mer­cearia, especialidade em chá e café, confeitaria, papela­ria, louças pó de pedra. Encarregam-se de mandar vir serviços completos de louça das principaes fabricas do paiz, para o que teem á disposição do publico um bom mostruário. Peiroleo, sabão e perfumarias.

Unicos depositários dos afamados Licores da Fabri­ca Seculo X X , variado sortido em vinhos do Porto das melhores marcas, conservas de peixe e de fructas, mas­sas, bacalhau de differentes qualidades, arroz nacional e extrangeiro, bolachas, chocolates, etc., etc.

PRACA S E R P A P I N T O — ALDE GALLEGA

Ao Commercio do PovoSem contestarão é este o mais b-tn sortido estabe­

lecimento e o que maiores vantagens offerece devido ás enormes compras que os seus proprietários fazem, pois que para obterem sempre umas differenças em preços de fabrica em muitos artigos, vè^n-se na ne­cessidade de comprar sempre em grande ; quantidades

NÃO ESQUECER que este estabelecimento já tão conhecido do publico desta villa e seus arredores, já recebeu grandes remessas de fazendas para a presente estação, estando desde já habilitado a satisfazer os mais exigentes compradores.

PREÇOS E X C E P O I O N A E S !Tem este estabelecimento artigos que são vendidos

por preços TÃO BAIXOS que só a visita do compra­dor poderá fazer justiça dizendo: é barato!

Ha sortimento completo de malhas, a saber:Capas de malha com ou sem capu7 de seda.

Lenços de malha, variedade grande. Capotas de novidade, gorros, boinas e bonets.

Casaquinhos, bolinhas, echarpes, ele., ele Cachene\, sortimento enorne.

CO N TR A O F R IO —Grande sortimento de pannos para capas e casacos, mesclas, cheviotes, matellassé meltons, moscows, etc. — Para vestidos: pannos, ama­zonas, flanellas, sarjas fortes, phantasias fortes, tecidos mixtos em lã, seda e algodão, etc., cortes de alta novi­dade para vestidos de senhora.

A divisa d'esta casa é sempre ganhar pouco em Iodos os seus arligos para vender muito e a todos pelos mes­mos preços SEM EXCEPÇÕES.

v i l ã o s m AiCAFCE TOBAS AS BO10AS Dão-se amostras com preços e larguras a quem as

pedir. Tudo se manda a casa do freguez para 0 que tem pessoal habilitado.

l<]iifeites íic novidade essa todos os

OS D R A M A S D A C O U T E

IC h ro nica do reinado de L u iz X V )Romance historico por

E. LADOUCETTEOs amores trágicos de Manon Les

raut com o ceiebre cavallèiro de G rieux. formam o entrecho doeste rom ance, rigorosam ente historico, a que Ladoucette im prim iu um cunho de originalidade devéras encantador.

A corte de L u iz x v , com todos os seus esplendores e misérias, é escri- pta m; gistralm ente pelo auctor d '0 Bastardo da Rainha nas paginas do seu novo liv ro , destinado sem d u vi­da a alcançar entre nós exito.egual aquelle com que foi receb.do em Pa- lis , onde se conta: am p o r m ilhares os exem plares vendidos.

A ediçáo portugueza do popular e com m ovente romance, será feita em fasciculos semanaes de 16 paginas, de grande fo rm u o , illustrados com soberbas gravuras de pagina, e cons­tará apenas de 2 volumes.

8 0 r é i s o; f f a s e ie n lotO O ré is o tons o

2 valiosos blindes a todos os assignantes

Pedidos á Bibliotheca Popular, E m ­presa E d ito ra, 162, Rua da Rosa, 162 — Lisboa.

G R A N D E A R M A Z É M j

JOSÉ DE I& Comp.a

IMSFarinha, semea, arroz na­

cional, alimpadura, fava, milho, cevada, aveia, sul- phato e enxofre.

Todos estes generos se vendem por preços muito em conta tanto para o con­sumidor como para o re­vendedor. 152

i f s s a d o C it e s — ALDEGALLEGA

T E I X E I R A DE PASCOAES S E M P R E

Um volume de 32 5 pagi­nas, edição luxuosa

5oo réis.J E S U S E P A N

Preço 400 réis Pedidos-á Livraria Editora

de José Figueirinhas Ju­nior — Rua das Olivei­ras, 75 — Porto.

O produeto Teste livro re­vertera a favor duma Assistência a creanças doentes que se vae fun­dar em Amarante.

C O M P A N H I A F A B R I L S I N G E Ri 3o _________

P01' Soo réis semanaes se adquirem as cele­bres machinas S IN G E R para coser.

Pedidos a AURÉLIO JOÃO DA CRUZ, cobrador da casa in c o C K €V e concessionário em Portu­gal para a venda das ditas machinas.

Envia catalogvs a quem os desejar, yo, rua do Rato, yo — Alcochete.

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LO JA DO BARATO— D E —

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JOÃO SE1T0 m CAUVAlttO8 8 , f t U A S l ^ E i T A , 8 0 - e s q u i n a h a r u a d o c o n d e

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e de todos os impressos conforme o decreto de12 de marco de igo3 bem como nota detalhada dos

preços de TODO O MATERIAL ESCOLAR a quem o requisitar á

L IV R A R IA E D IT O R A D E M . G O M E SC H IA D O . 61 L IS B O A

Participamos aos nossos estimáveis freguezes que acaba de chegar ao nosso estabelecimento um colossal sortido de fazendas próprias para a presente estação, de fino gosto, e que vendemos por preços ao alcance de todas as bolsas.

Resolvemos mandar annuneiar, especificando os preços, para assim o publico se certificar que é esta a unica casa que mais vantagens offerece.

Desde 120 réis o metro, casteletas desenfestadas de pura lã.Desde 260 réis o metro, casteletas enfestadas depura lã.

Desde 400 réis o metro, Luzitanas, tecido alta novidade.Desde 480 réis o metros, Amazonas enfestadas de pura lã.

Desde 700 réis o metro, Mélton proprio para capas.Desde 2$ooo o metro, matelasset proprio para capas.

Desde 5oo réis 0 metro, flanellas azues e pretas.Desde 240 réis o metro, castorinas e riscadilhas próprias para saias.

Desde 90 réis 0 metro, flanellas de algodão próprias para camisas.Desde 90 réis o metro, baetilhas de côres próprias para saias.

Desde 60 réis o metro, baetilhas brancas próprias para saias.Desde 800 réis, chailes de pura lã, lindos desenhos.

Desde i$ooo réis, cobertores de Papa, pura lã.Desde i$5oo réis, cobertores matisados, lindos desenhos.

>oo réis, cobertores francezes, pura lã, debruados a seda.A 4$5oo réis, chailes duble-face, muito fortes.

G R A N D E P E C H I N C H A !

Desde

l l ! l l l l l l l l l l l l l i l l i l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l ! l l l l l l l l l l l l i l l l l l ! l l l l l l l l l | l l l l l l l l l ! l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l ! ! i n i l l i l l l l ! l l l l l l l l ! ! l l l ! l l l l l l l l ! ! l l l

ucaum

Pedimos que visitem o nosso estabeleci­mento para assim se certificarem da nossa excepciona! barateza.P R E Ç O S F I X O S E V E N D A S A D I N H E I R O

% HUA M CAES, a — ÀLM6ÂLIESÃ

Baelilha de dois pellos com um melro de largo a 200 réis, própria parasaias.

f l ! l i l l l ! l l i ! i ! l l l l ! ! I Í Í i l i l l l l l l l l l ! l l l ! l l l i l ! l l ! l l ! ! l l l l l l l l l ! l l l l l l l l l l l l l l | l l ! l l l ! i l l l l ! l l l l l l ! l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l t l l l l l l l l l l l l

Dsl este imporíanfe estabelecimento encontra tambem a publi colossal soTÍiíier t»c ía enilaa De linha, lft? al actão, sebas, calçada e chapéos ;

que mencionar aqui os preços seria impossiveL

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