APAE DE TOMAZINA Escola “Maria Bonfim”
CNPJ: 78.059.300/0001-33 Rua Tenente Ubaldo, 397 – Centro.
Fone/Fax: (43) 3563-1418 – E-mail: [email protected]
CEP: 84.935-000 – Tomazina – Estado do Paraná
ESCOLA “MARIA BONFIM” – EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO
FUNDAMENTAL / ANOS INICIAIS E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL –
MODALIDADE EDUCAÇÃO ESPECIAL
APAE TOMAZINA
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
TOMAZINA
2010
APAE DE TOMAZINA “Maria Bonfim”
CNPJ: 78.059.300/0001-33 Rua Tenente Ubaldo, 397 – Centro.
Fone/Fax: (43) 3563-1418 – E-mail: [email protected]
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1 - APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E PROPOSTA
CURRICULAR.
A elaboração do Projeto Político Pedagógico da Escola “Maria Bonfim” –
Modalidade Educação Especial, mantida pela APAE de Tomazina, localizada à Rua
Tenente Ubaldo, nº 397, em consonância com as Diretrizes Nacionais da APAE
Educadora, respaldadas pela Legislação Educacional em vigor, preocupada com a
melhoria da qualidade de vida da pessoa com necessidades educativas especiais,
ressaltando aquelas com deficiência Intelectual e deficiências múltiplas, representa
um conjunto de esforços de todos os educadores, funcionários, técnicos, e familiares
dos educandos, no sentido de concretizar uma educação democrática de qualidade,
tendo como princípio a inclusão social da pessoa com deficiência.
A nossa escola, integrando o movimento apaeano, apresenta um projeto de
ações destinadas às pessoas portadoras de deficiências que devam contribuir para o
afastamento do assistencialismo e do segregacionismo, procurando a participação
efetiva na vida em sociedade, isto é, a inclusão social.
O Projeto Político Pedagógico, sendo um dos instrumentos de identidade da
Escola possibilita transformar em realidade social os nossos compromissos em fazer
acontecer o fato “o direito de todos à uma educação de qualidade”. A identificação
da nossa escola, refletindo os princípios norteadores da APAE Educadora,
reafirmará nas práticas educativas cotidianas com os nossos alunos, familiares e
todos os que estiverem envolvidos, o compromisso com a conquista dos direitos e
cidadania da pessoa com deficiência.
O Projeto Político Pedagógico organiza-se nas seguintes etapas: Num
primeiro momento, apresentamos alguns dados básicos de identificação da escola e
a estrutura organizacional da APAE Educadora, sob a forma de diagrama, para
situarmos a estrutura e funcionamento da nossa instituição; num segundo momento,
realiza-se uma introdução com o objetivo de ressaltar as linhas, tais como:
- Deficiência Intelectual;
- Deficiências Múltiplas;
- Transtornos Globais do Desenvolvimento.
INTRODUÇÃO
A proposta do Projeto Político Pedagógico, sistematizado traduz o trabalho
coletivo dos profissionais compromissados com a Educação. Expressa a
preocupação e o compromisso com os educandos, com a melhoria do ensino no
sentido de responder as necessidades sociais e pedagógicas. A partir do
pressuposto, é fundamental considerar os agentes sociais presentes na relação de
ensino – aprendizagem que são sujeitos inseridos e determinados socialmente, ou
seja, professor e alunos estão inseridos numa mesma prática social global, embora
ocupem, relativamente ao processo pedagógico, funções diferenciadas.
As interações são fundamentais no processo de desenvolvimento e
aprendizagem dos seres humanos. Para a criança além da interação com adultos que
é fundamental, a interação entre as crianças é igualmente importante.
O homem é resultado do meio cultural em que foi socializado. Ele é herdeiro
de um longo processo cumulativo que reflete conhecimento e as experiências
adquiridas pelas numerosas gerações que o antecederam. A manipulação adequada
e criativa deste patrimônio cultural permite as inovações. Estas não são, pois, os
produtos de ações isolados de um gênio, mas o resultado do esforço de toda uma
comunidade.
Na construção do conhecimento, a grande tarefa que se coloca para o
educador é estabelecer, através de sua prática a aproximação, a interação entre os
alunos e os objetos de conhecimento (e a realidade). Para isto deverá atuar
dialeticamente entre três frentes a saber: sobre os objetos de conhecimento, o sujeito
do conhecimento e sobre o contexto de aprendizagem.
O que busca é que o aluno domine tanto o “porquê” quanto o “para que” e o
“como”. No processo de desenvolvimento todos os alunos devem chegar a ser
capazes dessa abertura e busca do conhecimento por si mesmo (autonomia).
Precisamos resgatar aqui, mais uma vez, o movimento dialético de Educação
destacando que o ser humano não cria necessidades, elas são criadas socialmente,
medidas pela realidade. O trabalho da escola deverá contribuir para o rompimento
dos processos de alienação do aluno e para a construção de seu processo de
humanização.
Tarefa esta complexa, pois; passa tanto pela formação da consciência, como
pelo quadro de valores do aluno.
O aluno precisa ter clareza quanto à finalidade daquilo que vai fazer. Se não
sabe para onde caminha não poderá ter uma participação ativa, a finalidade surge a
partir do contexto, de confronto do aluno com a realidade.
Pois para quem não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve.
Deve-se possibilitar aos alunos o desenvolvimento de capacidades para
aprender continuadamente, da autonomia intelectual e do pensamento crítico de
modo a ser capaz de prosseguir os estudos e de adaptar-se com flexibilidade a novas
condições de ocupação e aperfeiçoamento, sendo esta uma das tarefas primordiais
do trabalho do professor.
Elaborando assim propostas curriculares, com responsabilidade a fim de
buscar a integração dos educadores, num processo de interlocução em que
compartilham e explicitam os valores e propósitos que orientam o trabalho
educacional que se quer desenvolver e que o currículo básico seja capaz de atender
às reais necessidades dos alunos.
Os conteúdos curriculares devem atuar não como fins em si mesmos, mas
como meios para a aquisição e desenvolvimento dessas capacidades. Nesse sentido,
o que se tem em vista é que o aluno possa ser sujeito de sua própria formação, em
um complexo processo interativo em que o professor assume uma postura de
mediador e em muitos momentos de aprendiz nas interfaces do processo ensino
aprendizagem.
A proposta Pedagógica deve considerar as capacidades que os alunos já têm
e as suas potencialidades, preocupando-se em proporcionar aos alunos
oportunidades para que os mesmos possam atingir o desenvolvimento das
capacidades básicas. Elegendo também temas transversais dependendo da realidade
de cada contexto social, político, econômico e cultural.
Acreditamos que a escola sozinha não pode transformar o mundo, mas é ela
um grande agente de transformações, pois; pode ser o foco de muitas mudanças, ou
melhor dizendo, quase todas as mudanças passam pela escola quando a vemos
como responsável pela construção de cidadãos.
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINAR
CAPÍTULO I
IDENTIFICAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E ENTIDADE MANTENEDORA
Art. 1º - A Escola de Educação Especial “Maria Bonfim”, situada à Rua
Tenente Ubaldo, 397, Tomazina – Paraná, endereço eletrônico:
[email protected], com autorização de funcionamento na área da
Deficiência Intelectual, Decreto Estadual nº 1979/80. Mantida pela Associação de
Pais e Amigos dos Excepcionais, identificada neste documento, em conformidade
com a legislação vigente, com organização política, administrativa e pedagógica
assegura os direitos, deveres e atribuições que expressam sua ação educativa.
CAPÍTULO II
DAS FINALIDADES E OBJETIVOS
Art. 2º - A Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” tem a finalidade de
efetivar o processo de apropriação do conhecimento, respeitando os dispositivos
Constitucionais, Federal e Estadual, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional - LDBEN nº 9.394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei
nº 8.069/90, a Legislação do Conselho Nacional de Educação, do Conselho Estadual
de Educação e do Sistema Estadual de Ensino no que se refere à Educação
Especial.
Art. 3º - Esta escola garante o princípio democrático de igualdade de
condições de acesso e de permanência na escola, com qualidade, nas etapas da
Educação Básica, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação Profissional em
Nível Básico, AJA/Alfabetização para Jovens e Adultos, vedada qualquer forma de
discriminação e segregação.
Art. 4º - A escola objetiva a implementação e acompanhamento do seu
Projeto Político-Pedagógico, elaborado coletivamente, com observância aos
princípios democráticos, e submetido à aprovação da Entidade Mantenedora e do
Conselho Escolar e homologado pelo Núcleo Regional de Educação.
Art. 5º - Serão assegurados aos alunos com (deficiências intelectual e
deficiências múltiplas associadas a essas), currículos, métodos, técnicas, recursos
educativos, avaliação e organização específica para atender as suas necessidades
educacionais especiais.
Art. 6º - Encaminhamento dos alunos com Deficiência Intelectual para mundo
do trabalho.
2 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Dados da Mantenedora
1.1 Mantenedora Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Tomazina
1.2 CGC/CNPJ Nº 78.059.300/0001-33
1.3 Endereço completo Rua: Tenente Ubaldo, 397
CEP: 84.935-000- Tomazina – Paraná
1.4 Telefone/Fax Tel. (43) 3563 1418
1.5 Data da Fundação 29/04/1979
1.6 Registros C.N.A.S- Nº 228.345/80 de 01/12/80
_____________________________________________
Certificado de Fins Filantrópicos- N: 28987.010447/94-40
1.7 Utilidade Pública
Municipal – Nº 069 de 1979
_____________________________________________
Estadual – Nº 14137 de 19/09/03
Federal – Nº 1108 de 12/03/85
1.8 Presidente Nome: Pedro Nazário Gomides Filho
_____________________________________________
Endereço: Major Tomaz, 197.
Tomazina – Paraná CEP: 84.285.000
_____________________________________________
CPF: Nº 214.740.449-72 RG: Nº 1.194.862-6
Dados da Escola
2.1 Nome da Escola Escola “Maria Bonfim” – APAE - Tomazina
2.2 Endereço completo Rua: Tenente Ubaldo, 397 Tomazina - Paraná
2.3 Telefone/Fax Tel: (43) 3563 1418
2.4 Localização:
Zona Urbana
2.5 NRE de Ensino Nome: Núcleo Regional de Educação – Ibaiti - Pr
Endereço: Rua Antônio de Moura Bueno, 1.031.
Telefone: (43)- 3546 8100
2.6 Data da criação da Escola 29/04/1979
2.7 Turno de Funcionamento ( x ) Manhã ( x ) Tarde
2.8 Nível de Ensino Ofertado Educação Básica Modalidade Educação Especial
2.9 Programas e projetos especiais ofertados pela entidade
1-Educação Infantil
2-Ensino Fundamental
3-Educação Profissional
3 - RECURSOS E MATERIAIS DA ESCOLA
Secretaria: 02 mesas de computador e 01 mesa de canto, computador
Windows XP, uma copiadora 3535 da HP, 02 computadores SAMSUNG, 01 Notebook
Acer, 01 aparelho de fax, 02 telefones, 01 arquivo de aço, 02 cadeira de digitador, 01
cadeira de secretária e 02 cadeiras p/ visitas, 01 impressora SAMSUNG SCX 4200,
02 balcões e 01 ar condicionado.
Sala de Espera: 01 bebedouro, 01 cadeira, 01 tapete.
Direção: 01 balcão, 01 mesa, 02 cadeiras estofadas, 01 telefone sem fio e 01
ar condicionado.
Coordenação Pedagógica: 01 mesa, 02 cadeiras, 01 armário de aço, livros,
brinquedos pedagógicos, materiais para avaliação, 01 espelho, 01 ventilador e 01
telefone.
Fisioterapia: 02 espelhos, 02 esteiras, 01 cadeira estofada, 01 escada de
canto com rampa, 01 barra de ling, 01 bicicleta, 02 rolos, 06 bolas, 01 Prancha de
equilíbrio, 01 roda de ombro, 01 escada de dedos, 01 mesa de Kannavel, 02 tatames,
01 aparelho parádico galvânico, 01 banheira de hidromassagem, 01 prancha
ortostática, 01 tens, 01 balança, 01 ultrassom.
Terapia Ocupacional: 02 espelhos, 01 mesa infantil, 02 cadeiras infantis, 01
armário de aço, 01 arquivo, 01 estante, 01 mesa, 01 cadeira estofada, 02 carteiras,
02 cadeiras, 01 colchonete, 01 bola bobat, 01 bola feijão, 01 relógio parede, 01
ventilador de teto e materiais referentes à Terapia.
Psicologia: 01 mesa, 02 cadeiras, 01 maca, Brinquedos Pedagógicos,
Materiais para Avaliação, Arquivo, 01 Telefone e 01 Ventilador.
Fonoaudiologia: 01 mesa, 02 cadeiras, 01 espelho, 01 mesa infantil e 02
cadeiras infantis, 01 telefone, materiais referentes à Fonoaudiologia e materiais para
avaliação.
Assistência Social: 01 mesa, 02 cadeiras, 01 armário de parede e 01
ventilador, 01 armário para Remédios, 01 arquivo de ferro, 01 banco.
Biblioteca: 02 estantes de ferro, 02 armários, 01 computador, 01 mesa, 01
arquivo, 03 cadeiras, 01 espelho, 01 mimiógrafo, 01 máquina xérox e 01 rádio e 01
ventilador teto.
Sala 1: 08 cadeiras, 01 quadro de giz, 02 armários, 01 mesa grande, 01 mesa
para professor e 01 cadeira almofadada, 01 pia em mármore e 01 ventilador de pé.
Sala 2: 01 armário, 01 banheira, 02 berços, 01 tatame, 01 mesa infantil, 02
cadeirinhas, 01 escorregador pequeno, 01 trocador com gavetas, 01 espelho, 01 baú
e 01 ventilador teto.
Sala 3: 01 mesa grande circular e 08 cadeirinhas, 02 prateleira, 01 rádio, 01
espelho, 01 relógio, 01 quadro de giz e 01 ventilador teto.
Sala 4: 1 armário de aço, 01 mesa grande, 06 cadeiras, 01 quadro de giz, 01
espelho, 01 mesa professor, 01 cadeira almofadada e 01 ventilador de pé.
Sala 5: 01 armário madeira, 01 estante de madeira, 01 ventilador de teto, 01
mesa professor, 01 cadeira almofadada, 10 carteira, 01 espelho, 01ventilador de teto
e 01 relógio.
Sala 6: 01 mesa professor, 01 cadeira, 06 carteiras, 01 armário embutido, 03
prateleiras, 01 porta fichas e 01 ventilador.
Sala 07: 01 mesa professor, 01 cadeira com rodinha, 04 carteiras, 02
cadeiras, 01 armário, 01 rádio, 01 ventilador e 01 espelho.
Sala 08: 04 carteiras e 04 cadeiras, 04 estantes de madeira, 01 mesa para
professor, 01 espelho e 01 tapete.
Sala 09: 01 baby – mac (confecção de fralda), 01 máquina de costura GC1 3,
01 armário, 03 estantes, 02 carteiras, 02 máquinas de escrever e 02 mesas.
Sala 10: 01 mesa grande, 01 mesa pequena, 02 estantes de aço, 01 armário,
01 arquivo, 01 ventilador de pé, 01 rádio e 01 pirógrafo.
Sala de Dança: 01 espelho, 01 mesa, 01 aparelho de som, 01 DVD, 01
Televisão e 02 colchões.
Sala de Jogos: 01 baú, 02 mesas, 08 cadeiras, 01 espelho, 01 quadro de
giz, 02 armários de madeira, 01 armário de aço, 01 casa de bonecas de madeira e 01
de tapete.
Refeitório: 10 mesas com 04 cadeiras, 01 televisor de 29 polegadas, 01
televisor de 20 polegadas, 01 DVD, 01 caixa amplificada de som, 01 bebedouro de
pressão, 01 banheiro masculino e 01 feminino, 01 aparelho de parabólica, 01 mesa
grande para servir alimentação, 03 mesinhas infantis c/ quatro cadeiras.
Cozinha: 02 geladeiras de 370 lt, 06 botijões de gaz, 02 fogões industrial de
06 bocas, 03 balcões, 01 armário comum, 01 mesa com 05 banquetas, 03 freezers,
01 pia c/ duas bocas, 01 liquidificador, 02 batedeiras, 02 ventiladores de teto e 01
exaustor.
Lavanderia: 01 tanquinho, 01 máquina de lavar de 5kg, 01 armário de
madeira.
Banheiros: 08 banheiros p/ uso adulto e 01 banheiro de uso infantil
Oficina de marcenaria: 01 serra circular, 01 torno simples, 01 serra tico-tico,
01 furadeira, 02 mesas grandes, 01 tesoura de jardim, 01 máquina de cortar grama,
01 garrote, pregos, martelos, serras, lixadeira elétrica etc.
4 - HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNICÍPIO DE TOMAZINA
A Escola “Maria Bonfim – APAE de Tomazina foi fundada em 1979, sendo
autorizada em 22 de fevereiro de 1980, através da Resolução nº 1979/80 e tendo
como Entidade Mantenedora a APAE de Tomazina.
Atualmente a escola possui convênio firmado com a SEED/DEE (Amparo
Técnico) para repasse de professores QPM, Conveniados, Secretário, Serviços
Gerais, Instrutor e também um repasse financeiro relativo ao número de alunos na
escola. Possui registro na Secretaria da Criança e Assuntos da Família n º 0846-01.
Esta escola não-governamental e sem fins lucrativos, expressa a disposição
de ofertar as etapas da Educação Básica: Educação Infantil, Ensino Fundamental e
Educação Profissional em Nível Básico, prestando atendimento nos turnos matutino
e vespertino, na modalidade de Educação Especial, exclusivamente para alunos na
área da deficiência mental, deficiências múltiplas e Síndromes.
A Escola teve início com 11 (onze) alunos matriculados, todos portadores de
deficiência, 2 (dois) professores, 1 diretora e 1 serviço gerais, sendo que 1 professor
exercia também o papel de secretário e 1 psicóloga. Mantinha um convênio com a
Prefeitura Municipal para cedência de pessoal.
No início funcionava em uma casa de madeira, com duas salas de aula, 1
sala para diretoria e 1 barracão onde funcionava a cozinha e refeitório. A casa era
cedida por uma família da comunidade. No ano de 1983, a diretoria da APAE,
conseguiu firmar convênio com uma entidade da Alemanha: C.B.M. Cristoffel
Blindeumission da Alemanha Ocidental, para a compra do local de uma nova sede
para funcionamento da Escola Especial “Maria Bonfim”. Contou, ainda, com a ajuda
da Prefeitura Municipal e da própria comunidade para realização do projeto. No ano
de 1985, foi inaugurada a nova sede da escola, à rua Tenente Ubaldo, 397, centro,
Tomazina – Paraná.
Caracteriza-se como estabelecimento de Ensino especial, visto que apresenta
uma proposta pedagógica ajustada às necessidades educacionais dos alunos e ao
disposto na legislação vigente, proporciona acessibilidade nas edificações, com a
eliminação de barreiras arquitetônicas nas instalações, mobiliários, equipamentos,
conforme normas técnicas vigentes, oferece ajudas e apoios intensos e contínuos,
adaptação curricular significativa e currículo funcional.
Para sua criação, autorização, renovação da autorização de funcionamento e
cessação de atividades, a Escola de Educação Especial Maria Bonfim atendeu e
atende às normas estabelecidas pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná e
Secretaria de Estado da Educação.
Mantém apoio técnico pedagógico e financeiro dos órgãos governamentais,
tendo acompanhamento e avaliação da Secretaria Estadual de Educação/SEED no
cumprimento das determinações legais vigentes.
A clientela atendida na escola é composta por 102 alunos, caracterizam-se por
portadores de deficiência mental e deficiências múltiplas, síndromes, os mesmos são
oriundos da zona rural e urbana, em sua maioria da zona rural. Provenientes de
famílias de nível sócio-econômico e cultural baixo, grande maioria com famílias
desestruturadas, com pais analfabetos e que não valorizam o processo educacional
de seus filhos.
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
IDENTIFICAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E ENTIDADE MANTENEDORA.
Art. 1º - A Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” – Apae de Tomazina,
situada à rua: Tenente Ubaldo, 397 Centro, telefone: 3563-1418, endereço eletrônico
[email protected], com autorização de funcionamento nº 1979/80, na área
da deficiência mental, deficiências múltiplas e síndromes, mantida pela Apae de
Tomazina, identificada neste documento, em conformidade com a legislação vigente,
com organização política, administrativa e pedagógica assegura os direitos, deveres
e atribuições que expressam sua ação educativa.
CAPÍTULO II
DAS FINALIDADES E OBJETIVOS
A Instituição pretende desenvolver seu trabalho, a partir, dos objetivos elencados
abaixo:
- Proporcionar a igualdade de oportunidades, mediante a diversificação dos
serviços educacionais, de modo a acentuar as diferenças individuais dos educandos,
por mais acentuadas que elas sejam;
- Incentivar a autonomia, cooperação, espírito criativo da pessoa com
deficiência;
- Atender adequadamente às necessidades especiais do alunado, no que se
referem aos Currículos adaptados, métodos, técnicas e material pedagógico
diferenciado e adaptado;
- Desenvolver programas voltados à preparação para o trabalho;
- Envolver a família e a comunidade nas ações referentes ao aprendizado e
ao desenvolvimento global dos educandos;
- Incentivar o trabalho coletivo a partir de uma gestão democrática e
participativa;
- Desenvolver as ações pedagógicas a partir das premissas contidas nos
documentos: Declaração Universal dos Direitos Humanos, Declaração de Jontiem,
Declaração de Salamanca e de teóricos como Vygotsky, Gardner, Paulo Freire e
suas reflexões sobre uma educação voltada para a autonomia, para as múltiplas
inteligências e para a história de vida de cada educando.
Possibilitar aos alunos um desenvolvimento favorável para que possam ser
incluídos na escola e na sociedade.
5 - MISSÃO
A APAE tem como missão promover e articular ações de defesa de direitos,
prevenção de deficiência, orientação à família, prestação de serviços, apoio a família,
direcionadas à melhoria da qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência e a
construção de uma sociedade justa e solidária.
As ações do movimento abrangem três esferas de atuação:
1 - Defesa de direitos, desde a concepção até velhice;
2 - Prestação de serviços;
3 - Apoio à família.
A concretização de uma proposta de atuação tão ampla envolve, como
clientes da APAE, não só as pessoas portadoras de deficiências em todas as fases
de sua vida, mas os demais indivíduos e instituições que interagem em sua causa,
destacando-se.
- Familiares e vizinhos de pessoas portadoras de deficiência;
- Profissionais das diferentes áreas envolvidas no trabalho da APAE;
- Voluntários;
- Órgãos Públicos;
- ONGs;
- Estudantes Estagiários;
- Escolas;
- Hospitais;
- Fornecedores/Parceiros;
- Financiadores;
- Comunidade em geral.
A Constituição Federal estabelece que a educação é direito social de todo
brasileiro sendo garantido pelo Estado, bem com a saúde, o trabalho o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção a maternidade e a infância, a assistência
aos desamparados, na forma desta Constituição.
Isso é reforçado pelo Artigo 203, inciso III quando se aborda a promoção da
integração ao mercado de trabalho e no, inciso IV destaca-se, dentre os objetivos da
assistência social, a habilitação e a reabilitação das pessoas portadoras de
deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária.
No Artigo 206, encontramos os princípios que regem o ensino brasileiro,
tendo como premissa: “A igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola (inciso I) e gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais prevista
no inciso IV. Em seu artigo 208, o inciso III relaciona os deveres do Estado com a
educação, garantindo o atendimento especializado as pessoas com deficiência
preferencialmente na rede regular de ensino”.
O artigo 54, em seu inciso III da Lei nº 8069 de 1990, estabelece a
responsabilidade do Estado em assegurar “atendimento educacional especializado
aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino” – O
artigo 66 garante que ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho
Protegido.
A Educação Especial também se apóia na lei nº 7853/89 que estabelece
normas gerais para o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas
portadoras de deficiência e sua ativa integração social.
Porém, é importante ter certeza de que, com maior ou menor envolvimento
por parte dos diferentes segmentos participantes desse processo, não são os
dispositivos legais que definem, por si só, o projeto educacional, mas a forma como
essa legislação é operacionalizada na realidade escolar.
6- HISTÓRIA DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DE TOMAZINA
Nós, da Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” pertencemos a uma
grande rede de aproximadamente 2.025 escolas filiadas ao movimento como maior
movimento filantrópico do mundo e do Brasil, sob a responsabilidade da Federação
Nacional das APAEs. Em cada Estado temos uma Federação e Conselhos Regionais
que atuam como articuladoras, visando garantir a unidade filosófica e educacional do
movimento APAEano, no momento atual a Apae da Figueira é a nossa Conselheira
Regional.
A missão é a razão da existência do Movimento APAEano, delimitando suas
atividades, dentro do espaço que deseja ocupar na sociedade. Tem como missão:
Promover e articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientações,
prestação à melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência e à construção
de uma sociedade justa e solidária.
As ações do Movimento abrangem três esferas de atuação:
1. A defesa de direitos, desde a concepção até a velhice;
2. Prestação de serviços;
3. Apoio à família.
Os desdobramentos dessas esferas de atuação incluem ações nas áreas de:
a) Defesa dos Direitos;
b) Prevenção da incidência da deficiência;
c) Educação;
d) Educação Profissional;
e) Saúde;
f) Promoção da Saúde;
g) Assistência Social;
h) Esporte, lazer e cultura;
i) Assistência ao idoso portador de deficiência;
j) Estudos e pesquisas;
k) Capacitação e aperfeiçoamento profissional.
A Escola ao longo de sua história foi acumulando experiências na Educação
Especial, na área de deficiência Mental com relação ao ensino, currículo e
organização escolar.
Nosso trabalho se efetivou de forma sistemática voltada para o atendimento
ao aluno com:
- Deficiente Intelectual;
- Múltiplas Deficiências (DF- DA – DV);
- Transtornos Globais do Desenvolvimento.
Nossos professores em conjunto com as equipes técnicas e pedagógicas têm
papel central nessa história porque são os principais atores, construtores da proposta
pedagógica diferenciada que ao longo desses trinta anos de existência contribuiu
para a construção da identidade APAEana:
Os conteúdos curriculares passaram por uma reformulação no ano de 2001, e
todos os anos vêem sendo reestruturados de acordo com as exigências da
SEED/DEEIN. De forma, clara e objetiva, buscando integrá-los e prepará-los para o
exercício da cidadania.
Quanto a Educação Profissionalizante os alunos estão sendo treinados para
o mercado de trabalho, mas apenas uma pequena clientela apresenta condições para
ser incluído a outra parcela desse alunado, devido a deficiência mais acentuada, é
atendida em programa de preparação de suas competências e habilidades, num
sistema de pequena empresa nos setores de marcenaria, horticultura, costura e
artesanato, também no sentido de preparar profissionais liberais.
A Educação Especial é uma área relativamente nova. Como campo de estudo
da Pedagogia foi sistematizada em meados do século XX e, apenas na década de 60,
passou a integrar a organização das Secretarias de Estado da Educação como parte
da estrutura e funcionamento dos sistemas de ensino. Isso acontece, de forma
pioneira no cenário nacional, no Estado do Paraná, em 1963.
Esse marco histórico guarda um significado para a compreensão atual da
Educação Especial, já que as concepções sobre a natureza do atendimento
realizado, que o antecederam e o sucederam, relacionam-se a uma complexa luta de
interesses decorrentes das transformações políticas e econômicas por que passaram
as diversas formações sociais.
Deve-se entender o movimento histórico que definiu a educação especial
como parte integrante do sistema de ensino em meio às mesmas contradições
existentes no contexto geral de educação, decorrentes de suas formas de
participação na sociedade capitalista, constituída na dimensão da práxis e do trabalho
social.
São as mudanças nas formas de organização da vida produtiva e material
que determinam as transformações na constituição do alunado da Educação
Especial, ao longo da história. Se, em sua origem, no séc. XVIII, prestava-se ao
atendimento apenas às pessoas com deficiências sensoriais como a surdez e a
cegueira, atualmente ampliam seu escopo de atuação, incorporando a ampla gama
de alunos com necessidades educacionais especiais e que, não necessariamente,
apresentam alguma deficiência, como é o caso dos superdotados. A definição desse
alunado está condicionada às complexas relações de poderes imersas nos
movimentos sociais concretos e não à mera relação do meio social com a
representação da deficiência.
Neste texto, apresenta-se um amplo panorama da atenção às pessoas com
deficiência na história, desde a antiguidade aos dias atuais, destacando-se as
concepções de sujeito subjacentes, em cada uma das etapas que constituíram
marcos em relação ao atendimento prestado. Assim, pretende-se demonstrar que
muitas das práticas, desenvolvidas na contemporaneidade, tem suas raízes fundadas
nas primeiras percepções da sociedade em relação a esse grupo de pessoas,
fortalecendo mitos e estereótipos de suas limitações e possibilidades.
DO HISTÓRICO DO MOVIMENTO APAEANO
As Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais, presentes no Brasil há cinco
décadas constituem-se, hoje, no maior movimento social de caráter filantrópico do
país, na defesa de direitos e prestação de serviços visando proporcionar qualidade
de vida, promoção e inclusão social da Pessoa com Deficiência.
A primeira iniciativa no Brasil, ocorreu no Rio de Janeiro em 1954, liderada
pela Senhora Beatrice Bemis, membro do corpo diplomático americano e mãe de
uma criança com Síndrome de Down que, com outras famílias, viviam o drama de
não encontrarem escolas para a educação de seus filhos.
Em 1955, no Rio de Janeiro, com o apoio da Sociedade Pestalozzi do Brasil,
começou a funcionar a primeira escola mantida por uma Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais/APAE para crianças com deficiência.
Segundo Magalhães - et al,1997, no período de 1954 a 1962, foram criadas
16 Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais/APAEs no Brasil.
Devido à necessidade de troca de experiências, divulgação e padronização
de terminologias e planejamento realizou-se, em 1962, em São Paulo, a 1ª Reunião
Nacional de Dirigentes Apaeanos, presidida pelo Dr. Stanislau Krynsky.
Assim, pela primeira vez no Brasil, discutiu-se a questão sobre as Pessoas
com Deficiência, envolvendo técnicos e familiares, que traziam para o movimento
suas experiências profissionais e como pais.
Para facilitar a articulação e a troca de idéias, os participantes da reunião
constataram a necessidade de se criar um organismo nacional para esta finalidade.
Nesse sentido, no dia 10 de novembro de 1962, foi fundada a Federação
Nacional das APAEs, tendo como primeiro presidente da diretoria provisória eleita o
Dr. Antônio dos Santos Clemente Filho.
Em 1963, realizou-se o 1º Congresso da Federação Nacional das APAEs, na
cidade do Rio de Janeiro, ocasião em que foi aprovado o estatuto e eleita a primeira
Diretoria da Federação Nacional das APAEs, que teve na presidência o Dr. Antônio
Clemente dos Santos Filho (Santos Filho, 1997).
A Federação Nacional das APAEs, adotou como símbolo a figura de uma flor
margarida ladeada por duas mãos em perfil, desniveladas, uma em posição de
amparo e a outra de orientação à Pessoa Portadora de Deficiência (Magalhães . et
al, 1997; FENAPAEs/ Projeto Águia, 1998).
Atualmente, o Movimento Apaeano está estruturado em quatro níveis:
1º) A Federação Nacional das APAEs, responsável pelos rumos, diretrizes e
estratégias do Movimento Apaeano e pela articulação política, defesa de direitos e
ações, em âmbito nacional, em atenção à Pessoa com Deficiência.
2º) As 21 Federações das APAEs dos Estados, responsáveis pelos rumos,
diretrizes e estratégias do Movimento Apaeano e pela articulação política,defesa de
direitos e ações, em âmbito estadual, em atenção à Pessoa com Deficiência.
3º) Os 180 Conselhos Regionais, com a função de organizar as APAEs nas
microrregiões, orientando seus rumos e sendo o contato direto entre a base e a
Federação das APAEs do Estado.
4º) As 2126 APAEs, prestadoras de serviços com atendimentos diretos,
articulação e defesa dos direitos da Pessoa com Deficiência nos municípios.
2. Dos princípios filosóficos:
2.1 A Pessoa com Deficiência dotada de sentimentos, emoções e elaborações
mentais deve ser respeitada e sua deficiência ser entendida como uma de suas
múltiplas características.
2.2 A manifestação dos desejos da Pessoa com Deficiência deve ser respeitada e
aceita.
2.3 A Pessoa com Deficiência possui diferentes possibilidades ensejando o
reconhecimento e abordagens necessárias ao seu desenvolvimento.
2.4 A sociedade tem a responsabilidade de comprometer-se nas questões referentes
às Pessoas com Deficiência, não devendo atribuir somente às famílias, órgãos
públicos e organizações filantrópicas.
2.5 A Pessoa com Deficiência deve ter seus direitos assegurados.
3. Dos Princípios Institucionais
3.1. Possibilitar o desenvolvimento da Pessoa com Deficiência visando a melhoria de
sua qualidade de vida.
3.2. Propiciar à Pessoa com Deficiência condições para o desenvolvimento e
manifestação de sua individualidade.
3.3. Promover e prover acessibilidades: atitudinal, arquitetônica, de comunicação,
instrumental, programática e metodológica para a inclusão social da Pessoa com
Deficiência.
3.4. Sensibilizar a sociedade para a causa da Pessoa com Deficiência, eliminando
preconceitos e discriminações.
3.5. Assegurar a divulgação e o cumprimento dos direitos da Pessoa com
Deficiência.
4. Da Visão Institucional
Movimento de excelência e referência no país, na defesa de direitos e
prestação de serviços.
7. A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO CONTEXTO PARANAENSE
No Estado do Paraná, desde a criação da primeira escola especial, em 1939,
o Instituto Paranaense de Cegos, reproduzem-se concepções e práticas já atestadas
nos movimentos sociais, nacionais e internacionais.
No entanto, pelo pioneirismo das ações aqui ambientadas, como o fato da
criação da primeira classe especial, na rede pública (atual Escola Estadual Guairá,
em Curitiba), em 1958, e a implantação do primeiro serviço de educação especial, em
nível governamental, em 1963 (ALMEIDA, 1998) coloca o Paraná na vanguarda das
políticas de atendimento educacional especializado, em nível nacional.
Assim, desde o início, a educação escolar de pessoas com deficiência
estendeu-se aos dois contextos: as escolas especiais e os, então denominados,
programas especializados na rede pública.
Em função do descaso histórico do Estado, já atestado anteriormente no
contexto mundial, em relação aos direitos educacionais das pessoas com deficiência,
mobilizam-se diferentes lideranças comunitárias na luta pelo acesso aos serviços
especializados. A ação das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais –
APAES destaca-se pela ampla rede de instituições de disseminou em vários
municípios do Estado para o atendimento desse grupo de educandos. Pela falta de
investimentos públicos, coube ao movimento apaeano a busca de difusão de
metodologias, materiais específicos e o suporte à criação de programas de formação
e capacitação de professores. Um outro lado interessante, é que por se construir na
única possibilidade de atendimento especializado nos municípios, passou a
incorporar, além das deficiências sensoriais, além dos chamados distúrbios de
comportamento e/ou emocionais.
Apenas na década de 70, com a estruturação da SEED, que se mantém até
hoje, é que se intensificaram as ações no âmbito da escola pública, com a expansão
do atendimento em diferentes municípios do Estado e a implantação de classes
especiais voltadas ao atendimento de deficiências, por área. Destaca-se com
relevante, neste ponto, a política de descentralização administrativa, com a criação
das equipes de Educação Especial nos Núcleos Regionais de Educação que
possibilitou a interiorização dessa modalidade de ensino (PARANÁ, 1998)
8 - ESCOLA/FAMÍLIA E COMUNIDADE
Somente uma sociedade pluralista, ciente de que é formada por pessoas
diferentes, com capacidade diferente é que acontecerá realmente uma sociedade
integradora, onde todos poderão exercer plenamente seu direito de cidadão.
A Apae de Tomazina procura realizar um trabalho de informação,
conscientização e prevenção das deficiências através de palestras, reuniões e outras
ações envolvendo a equipe de saúde municipal, onde destina-se, aos professores da
rede regular de ensino , Pastoral da criança, Conselho tutelar e Agentes Comunitários
de saúde.
O professor é visto como mediador no processo da busca de conhecimento,
busca essa que deve partir do aluno. Cabe ao professor organizar e coordenar as
situações de aprendizagem, adaptando suas ações às características individuais dos
alunos, para desenvolver suas capacidades e habilidades intelectuais.
Proporciona orientação familiar e comunitária de modo a gerar ambiente
adequado à pessoa portadora de deficiência, tanto em casa como no contexto que
está inserido, de maneira a desenvolver ao máximo suas potencialidades.
A integração da família na escola é feita com palestras, vídeos, conversas
informais, onde são dadas orientações referentes ao processo de desenvolvimento
dos alunos e a importância da participação das famílias nesse aspecto.
O trabalho de orientação e participação dos pais ou responsáveis na
integração com a escola é feito de acordo com a necessidade da família e da criança,
orientando e auxiliando os pais para atender a criança nas práticas de atividades que
levam ao desenvolvimento e na prevenção de problemas comportamentais.
Sendo que a perseverança dos profissionais da família é a mola mestra para
enfrentar os obstáculos, e o amor pela criança significa acreditar no seu potencial e
procurar novos caminhos para atingir os objetivos necessários pra o seu melhor
desenvolvimento.
A participação da família e da comunidade nas atividades desenvolvidas pela
escola como nas reuniões escolares e projetos desenvolvidos com outras escolas do
município, tem como finalidade maior integração da mesma junto aos órgãos
escolares para que possam desenvolver o espírito de cooperação e participação.
A escola na sua interação com a família transforma e colabora na construção
do saber dos seus educandos.
É através da escola que se realiza o processo de transformação, o qual
possibilita a liberdade e a compreensão do mundo de cada cidadão.
8.1 - Caracterização – Comunidade/Aluno
A clientela da Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” caracteriza-se por
indivíduos com deficiência intelectual, deficiências múltiplas e transtornos globais do
desenvolvimento oriundos da zona rural e urbana, provenientes de famílias com
condições muito precárias, baixo nível cultural e sócio-econômico. A grande maioria
são trabalhadores rurais, sem renda mensal fixa, as condições são precárias, não
tendo as mínimas condições de higiene, de moradia, alimentação e acesso à saúde.
As necessidades primordiais para essa comunidade ter uma melhor condição
de subsistência:
- Emprego para seus pais;
- Moradia adequada;
- Alimentação adequada;
- Higiene e saúde;
- Valores morais;
- Valores religiosos;
- Educação básica (leitura e escrita);
Em decorrência da condição de vida precária, as conseqüências são as
piores possíveis nos alunos.
Uma grande maioria chega até a escola num estado deplorável, muitas vezes
sem as mínimas condições de higiene, sem ao menos ter o que comer em casa,
alunos que chegam com bloqueios emocionais e em conseqüência disso apresentam
grandes dificuldades em seu desempenho escolar.
Através do trabalho conjunto da equipe multidisciplinar e equipe pedagógica,
procura-se trabalhar os problemas de ordem familiar, sócio- econômico, saúde e de
ordem emocional, selecionando conteúdos de modo a auxiliá-los, a se adequarem ás
várias situações a que os alunos se deparam em seu dia a dia, preocupando-se com
aqueles alunos que encontram dificuldades no desenvolvimento das ações básicas.
A formação escolar deve propiciar o desenvolvimento de capacidades, de
modo a favorecer a compreensão e a intervenção social e cultural dos educandos,
assim como possibilitar as manifestações culturais, nacionais e universais.
Apesar da evolução do aluno com deficiência intelectual apresentar as
mesmas etapas do desenvolvimento de uma criança comum, o déficit de sua
estrutura intelectual pode apresentar uma imaturidade cognitiva, psicológica, social e
outras, quando comparado a uma criança de uma mesma faixa etária. Desse modo,
deve-se considerar cada aluno como dotado de características singulares e com
necessidades educativas específicas, exigindo, portanto, planejamento de ensino
individualizado, condizente com suas reais capacidades de aprendizagem.
Alguns alunos com deficiência intelectual são capazes de assimilar os
conteúdos curriculares referentes ao ensino fundamental, reúnem condições
suficientes para adaptar-se socialmente através da atuação independente na
comunidade e estão aptos a adquirir formação profissional que lhes garanta o
sustento, parcial ou total, na vida adulta.
Outros apresentam condições de desenvolver o domínio das habilidades
lingüísticas básicas, são competentes para obter sucesso no processo de aquisição
de leitura e de escrita, e outros ainda, são capazes de cuidar de si próprios
protegerem-se de perigos comuns e possuem condições para ajustarem-se e serem
úteis, social e economicamente, no lar e na comunidade, auxiliando em tarefas
caseiras, trabalhando em ambientes especiais ou mesmo realizando atividades
rotineiras, sob supervisão.
Outro grupo apresenta ainda, defasagem cognitiva em grau tão acentuado
que acarreta severo comprometimento no seu desenvolvimento global; sua educação
baseia-se na estimulação multissensorial, com perspectiva limitada de aprendizagem
dos conteúdos acadêmicos.
Diante dessas diferenças entre os alunos com deficiência mental, é
imprescindível, o uso de adaptações curriculares a fim de atender a necessidades
particulares de aprendizagem dos alunos. Uns dos instrumentos que a escola utiliza
para combater a evasão é a Ficha de Comunicação do Aluno Ausente – FICA.
Através de documentos de apoio e de sua prática pedagógica diária a escola
identifica a necessidade de se realizar adaptações significativas no currículo para
atendimento de alunos que apresentam déficits graves permanentes, e muitas vezes,
evolutivos que comprometem o funcionamento cognitivo, sensorial e psíquico, vindo a
constituir deficiências múltiplas e graves. A esses alunos é indicado conteúdos de
caráter mais funcional e prático, levando em conta suas características individuais.
Há necessidade de um currículo especial, voltado para o desenvolvimento de
habilidades básicas, que requerem a participação familiar e uma avaliação
educacional e psicopedagógica do aluno, com procedimentos pedagógicos
adequados ao seu desenvolvimento.
Autodefensoria
Art. 24 - O Autodefensor (a) é o aluno (a) com deficiência intelectual
associada a deficiências múltiplas, escolhido (a) por seus pares para representar o
corpo discente.
Parágrafo único – A escolha do autodefensor (a) será realizada em fórum
específico convocado para este fim, por aclamação da maioria dos participantes
devidamente credenciados.
Art. 25 - Compete ao autodefensor(a):
I. participar das reuniões do Conselho Escolar com direito a voz e voto.
II. defender os interesses individuais e coletivos dos alunos.
III. incentivar a participação dos alunos em eventos culturais, artísticos e
desportivos.
IV. reivindicar a acessibilidade nos espaços escolares.
V. reivindicar acessibilidade nos transportes escolares;
ORGANOGRAMA DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
DIRETORIA DA APAE
↓
Ed. Infantil Ens.
Fundamental
DIREÇÃO
ÁREA
ADMINISTRATIVA ÁREA
PEDAGÓGICA
ÁREA DE
APOIO
SECRETARIA
SERVIÇOS GERAIS
COORDENADORIAS
PEDAGÓ GICO
PROFISSIO NALIZANTE
PROFESSORES
ATENDENTEEEEES
EDUCAÇÃO BÁSICA
INSTRUTORES
SETOR TÉCNICO
SETOR MÉDICO
ED. PROFISSIONAL
9.1 – Objetivos da escola:
Art. 2º Atendendo os dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional nº 9.394/96, a Escola tem por finalidade prestar atendimentos educacionais
a educandos com necessidades educativas especiais, na área de deficiência
intelectual e deficiências múltiplas, crianças de alto risco visando o desenvolvimento
de suas potencialidades, valorização, preparação para o trabalho e o pleno exercício
de sua cidadania.
Art.3º De acordo com os princípios de liberdade, solidariedade e promoção humana,
que regem a Educação Especial e em consonância com a filosofia que norteia à
ação educativa do Movimento Apaeano, a escola de educação básica na
modalidade de educação especial, visa aos seguintes objetivos:
I. Oferecer a educação básica nos níveis e modalidades de ensino, Educação
Infantil, Ensino Fundamental e Educação Profissional, conforme a necessidade e a
demanda, para educandos com deficiência intelectual e/ou múltipla, cujas
necessidades educativas exigem adaptações curriculares específicas que a escola
comum não consegue prover;
II. Oferecer formas alternativas de educação escolar, como currículos adaptados e
funcionais, visando ao desenvolvimento integral das crianças, jovens e adultos com
deficiência intelectual e/ou múltipla, garantindo-lhes acesso, permanência e
desenvolvimento na escola;
III. Oferecer programas educacionais adequados de acordo com os interesses,
necessidades e possibilidades dos educandos, abrangendo todos os aspectos que
favoreçam o desenvolvimento global dos mesmos, visando à sua inclusão e
participação pessoal no meio em que vivem;
IV. Propiciar o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem;
V. Oportunizar aos alunos espaços culturais e desportivos, visando o
desenvolvimento de suas habilidades e potencialidades;
VI. Favorecer e promover a inclusão escolar/social;
VII. Envolver todos os profissionais da escola no processo educacional para a
construção coletiva de valores, concepções, princípios e crenças referentes ao futuro
do homem e da sociedade;
VIII. Oferecer aos profissionais condições para a melhor forma de construir, adquirir,
transmitir e produzir conhecimentos capazes de orientar e motivar a caminhada de
educandos na busca de sua auto-realização, compreensão de mundo, para a
elaboração e consolidação de repertórios de conhecimentos e de vivências como
direitos inerentes ao cidadão;
IX. Proporcionar situações de aperfeiçoamento aos profissionais;
X. Estimular, apoiar e defender o desenvolvimento permanente dos serviços
oferecidos pela escola da APAE, com a observância de padrões de ética e
eficiência;
XI. Definir a sua missão no contexto educacional por meio do processo ensino-
aprendizagem, propiciando a construção da auto-estima, alimentando e incentivando
a curiosidade, cooperação, respeito mútuo, responsabilidade, compromisso,
autonomia, caráter e a alegria de aprender;
XII. Envolver as famílias no processo educativo, prestando-lhes apoio e orientação
em relação aos cuidados, atendimentos específicos e procedimentos necessários
para favorecer o pleno desenvolvimento da criança, do jovem e do adulto com
necessidades educacionais especiais;
XIII. Proporcionar orientação familiar e comunitária de modo a contribuir para gerar
ambientes adequados para desenvolver ao máximo as potencialidades e convívio
social;
XIV. Viabilizar e articular com instituições, órgãos e serviços do município, ações que
propiciem a promoção de educandos em todos os aspectos;
XV. Firmar parcerias com Secretaria(s) de Estado (Educação, Cultura, Trabalho,
Saúde, etc.), visando à integração de ações para atendimento e promoção;
XVI. Promover por meio de iniciativa própria e com auxilio de órgãos públicos
municipais, estaduais ou federais e comunidade, campanhas educativas para
prevenção de deficiências;
10 - PARCERIAS
Nós da Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” reconhecemos que uma
educação de qualidade se faz com parcerias, cientes disso buscamos em nossa
comunidade os órgãos e setores responsáveis pelo desenvolvimento saudável do
indivíduo de forma global para nos juntarmos a eles estabelecendo metas e iniciativas
de trabalho em pról das pessoas com deficiência e a sua inclusão na sociedade.
Considerando que 70% das deficiências podem ser evitadas, é necessário
que se tomem medidas individuais, governamentais e comunitárias para identificarem
e eliminarem os fatores causadores de deficiências resultantes da pobreza, da
ignorância e da assistência insuficiente.
Atualmente contamos com a parceria do Sistema Único de Saúde – SUS,
com verba destinada ao pagamento do corpo técnico bem como: Psicóloga,
Fonoaudióloga, Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional, Assistente Social,
Neurologista, Pediatra e Psiquiatra que veio para acrescentar no desenvolvimento
dos nossos educandos.
11 - INCLUSÃO
Segundo a Declaração de Salamanca, (1994), o princípio fundamental desta
Linha de Ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças
independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais,
linguísticas ou outras. Devem acolher crianças que vivem nas ruas e que trabalham,
crianças bem dotadas, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais, de
outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizados.
Muitas crianças experimentam dificuldades de aprendizagem e têm, portanto,
necessidades educativas especiais em algum momento de sua escolarização.
As escolas têm que encontrar a maneira de educar com êxito todas as
crianças, inclusive as com deficiências graves. O desafio que enfrentam as escolas
integradoras é o de desenvolver uma pedagogia centralizada na criança, capaz de
educar com sucesso todos os meninos e meninas inclusive os que sofrem de
deficiências graves. O mérito dessas escolas não está só na capacidade de ofertar
educação de qualidade a todas as crianças, com sua criação, dá-se um passo muito
importante para tentar mudar atitudes de discriminação, criar comunidades que
acolham a todas e sociedades integradoras.
As necessidades educativas especiais incorporam os princípios já provados
de uma pedagogia equilibrada que beneficia todas as crianças. Parte do princípio de
que todas as diferenças humanas são normais e de que a aprendizagem deve,
portanto, se ajustar às necessidades de cada criança, em vez de cada criança se
adaptar aos supostos princípios quanto ao ritmo e à natureza do processo educativo.
Uma Pedagogia centralizada na criança é positiva para todos os alunos e
consequentemente, para toda a sociedade.
A Constituição Federal em seu art. 208, inciso III, estabelece que o
atendimento especializado aos portadores de deficiências se fará preferencialmente
na rede regular de ensino.
Essa afirmação é extremamente importante no combate à segregação e
estigmatização, tendo em vista a integração do aluno portador de deficiência,
oportunizando o atendimento em escolas comuns, junto a outras crianças.
Mas o que se tem visto com nossos alunos que foram para a rede regular de
ensino, é que as escolas têm medo de recebê-los por não estarem preparadas, medo
de não saberem como estar trabalhando esses novos alunos. Porém, é necessário
demonstrar comprometimento, atenção e interesse em estar com esses alunos, o que
para eles é algo diferente. É necessário que se realizem cursos para capacitação dos
professores do ensino regular que estão recebendo alunos especiais e apresentam
dificuldades no trabalho com os mesmos, muitas vezes por não ter um apoio na área
pedagógica, o que deveria acontecer é que se capacitassem as equipes pedagógicas
para que juntamente com os professores possam desenvolver uma pedagogia
diferenciada que beneficie o processo ensino-aprendizagem desses educandos e
consequentemente os levem ao sucesso acadêmico.
Os sentimentos dos professores de educação especial e dos professores de
educação regular poderiam ser resumidos da seguinte maneira:“Estes alunos sempre
foram educados junto com outros semelhantes diferentes daqueles que trabalhamos
e, o que é muito importante, seus professores têm afiliações diferentes, fontes de
recursos diferentes, e responsabilidades diferentes das nossas”.
Incluir não é tratar igual, pois as pessoas são diferentes, alunos diferentes,
devem ser tratados diferentes, para que o ensino alcance os mesmos objetivos.
Incluir é abandonar esteriótipos, é mudar de paradigma.
O sucesso da inclusão depende de avaliação constante do processo
pedagógico, da flexibilidade da equipe multidisciplinar para alterar programas e do
apoio da família, da escola e da comunidade. Quando o processo de inclusão na
escola é bem conduzido os benefícios são amplos; amizades se desenvolvem,
estudantes sem deficiência aprendem a apreciar as diferenças e os alunos com
deficiência se tornam mais motivados, e nessa luta todos ganham.
12 - PRINCIPIOS NORTEADORES
A finalidade da Educação Especial é oferecer atendimento especializado aos
educandos portadores de deficiências e superdotados, respeitando-se as
necessidades e diferenças de cada criança, com o objetivo de proporcionar o
desenvolvimento global desses alunos, em seus aspectos cognitivo, afetivo,
psicomotor, lingüistica e social, tornando possível não só o reconhecimento de suas
potencialidades como sua integração na sociedade.
O processo deve ser integral, fluindo desde a estimulação essencial até
encaminhamento ao mercado de trabalho. Sob o enfoque sistêmico, a educação
especial integra o sistema educacional vigente, identificando-se com sua finalidade
que é a de formar cidadãos independentes.
Promovendo a inclusão dos deficientes mentais na comunidade, e de acordo
com suas potencialidades na rede regular de ensino, conscientizando o procedimento
adequado com relação ao mesmo.
A Educação Especial, hoje tem como proposta primordial garantir aos
portadores de necessidades especiais direitos assegurados na Constituição Federal.
Apesar dos esforços já desenvolvidos o que se constata ainda hoje, no
âmbito da Educação Especial, é que a rede pública de ensino não se estruturou
adequadamente para atender os alunos portadores de deficiência, sendo que as
instituições filantrópicas especializadas assumissem a tarefa.
Art.4 º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a
arte e o lazer;
III. Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV. Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V. Valorização do profissional da educação;
VI. Gestão democrática do ensino na forma da legislação vigente;
VII. Garantia de padrão de qualidade em educação;
VIII. Valorização de experiências;
IX. Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
13 - DOS DIREITOS DA EDUCAÇÃO NACIONAL
Art. 5º Será assegurado aos educandos com necessidades educacionais especiais:
I. Ensino fundamental obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;
II. Atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com
necessidades educacionais especiais, preferencialmente na rede regular de ensino;
III. Atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos
de idade;
IV. Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,
segundo a capacidade de cada um;
VII. Atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de
programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde;
VIII. Padrões mínimos de qualidade de ensino definido como a variedade e
quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do
processo de ensino-aprendizagem.
14 - DOS DIREITOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Art.6º Será assegurado aos educandos com necessidades educacionais especiais:
I. Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica para
atender às suas necessidades;
II. Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido
para a conclusão do ensino fundamental, e aceleração para aqueles que possuírem
condições e que necessitarem;
III. Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para
atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados
para trabalhar com esses educandos e promover sua inclusão social;
IV. Educação profissional, visando à inclusão na vida em sociedade, proporcionando
condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no
trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como
para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual
ou psicomotora;
V. Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares
disponíveis para os respectivos níveis do ensino regular.
14.1 - Epistemológicos
A Difusão dos conteúdos é a tarefa primordial. Não se trata de conteúdos
abstratos, mas vivos, concretos e, portanto, indissociáveis das qualidades sociais. A
valorização da escola como instrumento de apropriação do saber e o melhor serviço
que se presta aos interesses populares, já que a própria escola pode contribuir para
eliminar a seletividade social e torná-la democrática. Se o que define uma pedagogia
crítica é a consciência de seus condicionantes históricos sociais, a função pedagógica
dos conteúdos é dar um passo a frente ao papel transformador da escola, mas a
partir das condições existentes.
Assim, a condição para que a escola sirva aos interesses populares é garantir
a todos um ensino de qualidade, isto é, a apropriação dos conteúdos escolares
básicos que tenham ressonância na vida dos alunos.
Em síntese, a atuação da Escola consiste na preparação do aluno para o
mundo e suas contradições, fornecendo-lhes um instrumento por meio de aquisição
de conteúdos e da socialização da Sociedade.
14.2 - Didático - Pedagógico
A metodologia escolhida pelo corpo docente que fundamenta a “PràxIs
Pedagógica” para o programa do Ensino Fundamental é baseada no Método Fônico e
no Método das Boquinhas.
Metodologicamente a escola tem como objetivo os conhecimentos da teoria
que contribuem para a melhoria qualitativa do processo de ensino-aprendizagem de
forma integrada onde auxilie os professores na compreensão global do processo de
desenvolvimento de crianças e adolescentes, tornando seu aprendizado mais rico e
eficaz, onde ambos aprendem a aprender, a construir e interagir.
Dentro desta concepção o corpo docente deverá conhecer a realidade de
seus alunos, percebendo como se dá o seu desenvolvimento no ambiente concreto
em que vivem, entendendo os mecanismos que propiciam e facilitam a apropriação
de conhecimentos, assim, o professor poderá selecionar criticamente os conteúdos
escolares e os métodos de ensino, que propiciem uma aprendizagem promovedora
de um desenvolvimento efetivo.
15 - DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Art. 7° O trabalho pedagógico compreende todas as atividades teórico-
práticas desenvolvidas pelos profissionais do estabelecimento de ensino para a
realização do processo educativo escolar.
Art. 8° A organização democrática no âmbito escolar fundamenta-se no
processo de participação e co-responsabilidade da comunidade escolar na tomada
de decisões coletivas, para a elaboração, implementação e acompanhamento do
Projeto Político-Pedagógico.
Art. 9 ° A organização do trabalho pedagógico é constituída pela equipe de
direção, equipe pedagógica, equipe docente, equipe técnica administrativa, equipe
auxiliar operacional, equipe multiprofissional e representantes dos pais e alunos.
Art. 10 São elementos da gestão democrática a indicação do (a) diretor (a)
pelo Presidente da mantenedora da escola, APAE - Associação de Pais e Amigos
dos Excepcionais, evitando vínculo de parentesco e devendo obrigatoriamente ser
aprovado pela diretoria da entidade.
16- OPÇÃO POR METODOLOGIA DE CURRÍCULO FUNCIONAL PARA A
EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE
A Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” optará pela metodologia de
projeto no Programa Profissionalizante, onde o aluno é o sujeito da aprendizagem,
deve ser ativo e investigador. Os conteúdos serão trabalhados na intenção de
aprimorar hábitos e atitudes da vida diária através de experiências cotidianas.
Será dada ênfase a formação de hábitos e atitudes adequadas para a
inserção no mundo do trabalho preparando para a profissão, nas instituições
trabalhadoras e também no preparo como profissional autônomo capaz de
desenvolver atividades para seu próprio sustento.
O papel do professor é colocar os alunos em condições propicias para que
partindo das suas necessidades e estimulando os seus interesses, possa buscar por
si mesmos conhecimentos e interesses.
18 – PLANO DE TRABALHO DOCENTE
Todos os profissionais da escola, professores e técnicos, devem ter seus
planos ou projetos organizados.
A prática dos planos é avaliada periodicamente, conforme observação do
desempenho que o aluno vem obtendo. O relato dos pais e demais pessoas com
quem a criança convive, sobre as mudanças positivas e/ou negativas que vem
obtendo são um fator significativo na observação e avaliação do plano de trabalho do
professor.
O plano de trabalho docente é feito semestralmente com a orientação da
equipe pedagógica.
Para que o professor atinja seus objetivos é necessário que ele tenha
esquematizado passos para o encaminhamento de sua aula.
Os horários das aulas especiais (Educação Física, Música e Artes), devem
ser rígidos e previamente organizados.
Os objetivos e conteúdos usados na elaboração dos projetos são baseados
nas orientações da proposta da APAE Educadora e das Diretrizes Curriculares da
Educação Básica do Estado do Paraná.
O Plano de Trabalho Docente contempla também:
- Orientações familiar e comunitária de modo a gerar ambiente adequado
ao Projeto Político Pedagógico, tanto em casa como no contexto escolar e social em
que está inserido, de maneira a desenvolver ao máximo sua potencialidade.
- O desenvolvimento de todas as capacidades de modo a tornar o ensino
mais humano, mais ético;
- Meios para promover o educando portador de necessidades educativas
especiais, desenvolvendo recursos na comunidade para possibilitar sua integração;
- As atividades pedagógicas com sessão de Terapia Ocupacional,
fisioterapia e fonoaudiologia.
- A sociedade a respeito dos direitos dos portadores de necessidades
educativas especiais à educação, por meio de ampla divulgação pelos meios de
comunicação, baseando-se no princípio de normalização.
- As necessidades de cada um, visto que as maiorias das famílias
apresentam desestruturas que conseqüentemente atingem o desenvolvimento de
menor a maior grau.
19 - A ESCOLA QUE TEMOS
A Educação Especial é um direito constitucionalmente assegurado, a
execução desse direito é que tem sido questionável e bastante desigual. Por ser um
órgão não Governamental esta tem desempenhado um importante papel, em
substituição às ações que por dever, caberiam ao governo.
Temos uma escola com escassos recursos materiais.
Apesar do trabalho da escola especial ser bem direcionado as necessidades
biopsicossociais dos educandos com a equipe multidisciplinar (professores
especializados, psicólogo, pedagogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta
ocupacional, assistente social, neurologista, pediatra e neurologista), ainda
encontramos dificuldades, por parte dos órgãos governamentais e da sociedade que
não tem comprometimento com o portador de necessidades especiais. Deixando a
cargo do serviço social, oferecido pela escola.
Apesar das dificuldades encontradas, o comprometimento dos profissionais
da área proporciona elevado nível de qualidade de atendimento aos nossos
educandos.
Como em todo processo existem mudanças de paradigmas, a Escola
Especial necessita acompanhar essas mudanças para que a cada dia venha entender
plenamente a necessidade dos nossos educandos.
No Brasil se rastrearmos nossa História, percebemos que nos quatro
primeiros séculos, praticamente nada se fez a favor da pessoa portadora de
deficiência e as questões relacionadas às mesmas, daí decorrentes disso, esta
lacuna histórica, tem no tratamento dispensado a essas pessoas sem sombra de
dúvidas a cerca do descaso e da rejeição.
Mesmo considerando os avanços históricos da humanidade: as grandes
descobertas cientificas, as conquistas espaciais e os avanços da informática,
percebemos que até os dias atuais, a questão da discriminação e da segregação da
pessoa portadora de deficiência pouco evoluiu.
No Brasil, nos anos anteriores a 1980, surgiram leis e decretos que de um
lado ou de outro favoreciam essas pessoas, a igualdade perante a lei que era
garantida aos brasileiros, por constituições até 1969 não traduz parâmetro, para
afirmarmos que o Estado brasileiro preocupava-se plenamente com questões
referentes à pessoa portadora de deficiência (CARMO 1991).
Acreditamos que não foi então suficiente o Estado assumir, apenas na forma
da lei a pessoa portadora de deficiência. Muito pouco se fez e ainda se está fazendo
em favor desse segmento social, o que existe são ações pontuais isoladas em
diferentes cidades brasileiras, onde grupos, com grande esforço e dedicação, tentam
desenvolver trabalhos e pesquisa nesta área do conhecimento.
Resta-nos apenas dizer que por pior que pareça a situação das pessoas
portadoras de deficiências em nossa sociedade, grandes conquistas estão se
concretizando, pois onde cresce o que mata, cresce, também, o que salva. E nessa
luta social as pessoas, que trabalham com os deficientes nas diferentes instituições,
bem como as associações de pessoas portadoras de deficiências, por razões
diversas, são peças fundamentais no processo d luta para superação deste estado de
hipocrisia social, em que estamos vivendo: e que tem contribuído de forma decisiva
para a estagnação e, às vezes, até para o processo desse movimento social.
Queremos neste sec. XXI preparar nossos educandos não somente para a
difusão do saber culturalmente construído, mas com a formação do cidadão crítico,
participativo e criativo para fazer face às demandas cada vez mais complexas da
sociedade moderna.
20 - A ESCOLA QUE QUEREMOS
A Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” tem como perspectiva a
inserção do aluno num sistema educacional de qualidade, com base nos princípios
normativos vigentes da Educação Nacional. É o esforço permanente da busca de
uma educação mais igualitária e justa a todos os cidadãos, independente de suas
condições pessoais e sociais.
A Escola que queremos, tendo como principio a educação Especial, enquanto
uma das modalidades da Educação Básica organiza-se, de modo a buscar a inclusão
social - Paradoxo de uma sociedade global vista na perspectiva que todos os
cidadãos têm acesso aos diferentes serviços e usufrutos dos bens materiais. É o que
Rivera (IN Ozório 1995, p.5) denomina pelas expressões “Universalização e
mundialização da vida.” Nossa realidade, mostra um cenário um pouco diferenciado
dessas possibilidades, principalmente em se tratando da educação nas tentativas de
criar uma nova forma de ver a realidade nas relações entre diversidade, diferença e
deficiência, rompendo com preconceitos e mecanismos de exclusão e de segregação
social.
Pensar uma sociedade para todos, na qual se respeite à diversidade da raça
humana, atendendo as necessidades dos maiores e minorias, é concretizar a
realização da sociedade inclusiva, no qual caberá à educação, a mediação deste
processo.
A Educação escolar desempenha um papel relevante neste processo, ao
quebrar barreiras e estigmas consolidados em relação a grupos marginalizados
socialmente, e ao promover, sempre que possível, a aprendizagem conjunta de todas
as crianças, independente de suas dificuldades e diferenças. O mais importante,
entretanto, é que essas diferenças, depois de reconhecidas, sejam respeitadas pela
escola, que mobilizará todos os seus segmentos com o intuito de oferecer respostas
educacionais adequadas a todas as suas necessidades especiais. (Anais do III
Seminário Paranaense de Educação Especial).
21 - O ALUNO
Apesar da evolução do aluno com deficiência intelectual apresentar as
mesmas etapas do desenvolvimento de uma criança comum, o déficit de sua
estrutura intelectual pode apresentar uma imaturidade cognitiva, psicológica, social e
outras, quando comparado a uma criança de uma mesma faixa etária. Desse modo,
deve-se considerar cada aluno como dotado de características singulares e com
necessidades educativas específicas, exigindo, portanto, planejamento de ensino
individualizado, condizente com suas reais capacidades de aprendizagem.
Alguns alunos com deficiência intelectual são capazes de assimilar os
conteúdos curriculares referentes ao ensino fundamental, reúnem condições
suficientes para adaptar-se socialmente através da atuação independente na
comunidade e estão aptos a adquirir formação profissional que lhes garanta o
sustento, parcial ou total, na vida adulta.
Outros apresentam condições de desenvolver o domínio das habilidades
lingüísticas básicas, são competentes para obter sucesso no processo de aquisição
de leitura e de escrita, e outros ainda, são capazes de cuidar de si próprios, para
protegerem-se de perigos comuns, possuem condições para ajustarem-se, serem
úteis, social e economicamente, no lar e na comunidade, auxiliando em tarefas
caseiras, trabalhando em ambientes especiais ou mesmo realizando atividades
rotineiras, sob supervisão.
Um outro grupo apresenta ainda, defasagem cognitiva em grau tão acentuado
que acarreta severo comprometimento no seu desenvolvimento global; sua educação
se baseia na estimulação multisensorial, com perspectiva limitada de aprendizagem
dos conteúdos acadêmicos.
Diante dessas diferenças entre os alunos com deficiência intelectual, é
imprescindível, o uso de adaptações curriculares a fim de atender a necessidades
particulares de aprendizagem dos alunos.
A esses alunos é indicado conteúdos de caráter mais funcional e prático,
levando em conta suas características individuais.
A necessidade de um currículo especial voltado para o desenvolvimento de
habilidades básicas, requer a participação familiar e uma avaliação educacional e
psicopedagógica do aluno, e da eficiência dos procedimentos pedagógicos
empregados em sua educação.
De acordo Vygotsky (1983), uma criança portadora de um defeito não é
simplesmente uma criança menos desenvolvida que as demais, apenas se
desenvolvem de forma diferente. Portanto a construção do conhecimento é adquirida
por meio das interações sofrendo alterações apenas nos caminhos a serem
percorridos e as diversas maneiras de fazê-lo, que dependerá das necessidades de
cada ser humano e a escola deverá oportunizar respostas eficazes por meio de ações
que contemplem as necessidades especiais desses alunos.
Dessa forma acreditamos que conseguimos caracterizar o alunado da Escola
“Maria Bonfim” e demonstrar algumas de suas necessidades e a importância de
currículos diferenciados para o trabalho com os mesmos.
22- FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES
A capacitação dos educadores deve estar voltada para diferentes aspectos
da ação educativa: planejamento e execução da prática pedagógica, avaliação do
processo ensino-aprendizagem e competência interpessoal. A escola é o local
privilegiado para formação continuada. Estudos sobre capacitação docente têm
revelado que projetos de formação eficazes foram desenvolvidos a partir das
demandas dos profissionais envolvidos no trabalho escolar. Esses estudos
contribuíram para a constituição de modelos de formação permanente nas escolas
com as seguintes características:
Formação dirigida à equipe de professores e não aos professores
individualmente;
Ter como eixo norteador a demanda concreta e contextualizada dos
professores que participam da formação;
Realizada em horário de trabalho, pois faz parte da atuação docente e
também em horários extras;
Reconhecer que as tarefas de formação permanente são instrumentos
básicos para garantir o desenvolvimento profissional;
Reconhecer a relevância da auto gestão da formação do professor
estimulando o desenvolvimento de projetos pessoais de estudo e trabalho.
Por tudo que foi dito, pode-se afirmar que a formação permanente deve ser
considerada como um dos elementos do projeto pedagógico assim como a formação
profissional é um processo permanente de reflexão e aperfeiçoamento da equipe e,
portanto, não tem fim.
A escola como contexto de formação vai planejar as atividades de acordo
com as necessidades de seus profissionais, o que implicará em formas e conteúdos
variados. Algumas possibilidades:
O professor dispõe de 20 % de sua carga horária assegurado pela Instrução
Normativa nº 11/06 – SEED/SUED, sob a lei nº 103/2004.
grupos de estudo e seminários sobre LDB, Diretrizes, textos educativos
e pedagógicos com o objetivo de ler, analisar, interpretar as idéias ali contidas para
melhoria do processo ensino aprendizagem;
Elaboração do projeto pedagógico pela equipe pedagógica e pelos
professores e coletivo escolar;
Reconhecer que as tarefas de formação permanente são instrumentos
básicos para garantir o desenvolvimento profissional;
Reconhecer a relevância da autogestão da formação do professor para
a melhoria da qualidade do ensino ofertado na instituição.
A lista poderia continuar indefinidamente expressando a grande diversidade
de instrumentos para a formação e que só dependem da vontade de realizá-los e de
alguém que se encarregue de organizá-las.
Assim a formação dos profissionais da educação e dos demais profissionais
da escola, acontecerá através de cursos promovidos pela SEED, da participação em
Congressos, Seminários, Palestras Cursos de Pós Graduação e outros. Dar-se-á
também através de Grupos de Estudos promovidos pela instituição através de
parcerias com Secretarias Municipais de Educação e Institutos de Ensino Superior
(IES).
Ressaltando a importância da formação continuada percebe-se a relevância
do trabalho do professor como sujeito político no processo de transformação do
aluno, isso se mostra muito forte nas palavras de Paulo Freire:
“Minha presença de professor que não pode passar despercebida dos alunos,
na classe e na escola é uma presença política. Enquanto presença não pode ser uma
omissão mais um sujeito de ações
Pensar uma sociedade para todos, na qual se respeite à diversidade da raça
humana, atendendo as necessidades dos maiores e minorias, é concretizar a
realização da sociedade inclusiva, no qual caberá à educação, a mediação deste
processo.
A educação escolar desempenha um papel relevante neste processo, ao
quebrar barreiras e estigmas consolidados em relação a grupos marginalizados
socialmente, e ao promover, sempre que possível, a aprendizagem conjunta de todas
as crianças, independente de suas dificuldades e diferenças. O mais importante,
entretanto, é que essas diferenças, depois de reconhecidas, sejam respeitadas pela
escola, que mobilizará todos os seus segmentos com o intuito de oferecer respostas
educacionais adequadas a todas as suas necessidades especiais.
23 - DA AVALIAÇÃO E DESEMPENHO ESCOLAR
Art.111 A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem com a função de diagnosticar o nível de apropriação de
conhecimento pelo aluno.
Art.112 A avaliação será a fonte principal de informação e referência para a
organização e formação de práticas pedagógicas que possibilitem a aprendizagem
dos alunos.
Art.113 A avaliação é contínua, cumulativa, e processual, devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Art.114 A avaliação escolar considera todas as dimensões de aprendizagem, como
a cognitiva, afetiva, cultural, social e outras.
Parágrafo Único: No processo de avaliação serão considerados, além do produto, o
processo de aprendizagem e os aspectos relacionados à atitude dos alunos.
Art.115 o resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão
sobre a ação pedagógica, contribuído para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Art.116 A verificação do desempenho escolar tem por objetivo avaliar o
desempenho do aluno, dificuldades e possibilidades, procedimentos didáticos e
metodológicos, a fim de programar ações educativas necessárias ao
desenvolvimento integral do mesmo.
Art.117 O desempenho e a freqüência dos alunos serão periodicamente avaliados,
sendo os pais e/ou responsáveis cientificados.
Parágrafo Único: A direção da escola, com a equipe pedagógica, deve organizar
situações, como reuniões e/ou momentos individuais com as famílias, para análise
do processo ensino-aprendizagem, freqüência e outros apostos relevantes para o
desenvolvimento do aluno.
Art.118 O desempenho do aluno será consignado em fichas individuais para
comprovação e legalidade da vida escolar do mesmo.
24 – A AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO – APRENDIZAGEM
Definir o real objetivo da avaliação é a missão mais complexa que todo o
educador enfrenta no processo de ensino aprendizagem.
Numa perspectiva qualitativa e diagnóstica, a avaliação serve para verificar
como está se dando o aprendizado dos alunos, as dificuldades e os avanços desse
processo, para que o educador possa corrigir ou mudar as diretrizes do planejamento
pedagógico. É, portanto, uma ferramenta fundamental para garantir ao professor a
aferição de seu trabalho, sendo assim deve assumir um caráter cooperativo e
orientador.
Infelizmente a avaliação ainda para muitos, tem o objetivo de mostrar aquilo
que o aluno não aprende. O objetivo da avaliação está no lado diametralmente oposto
desse campo de batalha.
Ou seja, deveria mostrar aquilo que não foi bem ensinado, tratando também
da avaliação do professor.
Se ela continuar a estigmatizar, classificar, discriminar ou excluir as
possibilidades de avanço, a avaliação perde o caráter humano, pois avaliar é, em seu
sentido multidimensional, uma leitura que ser faz da realidade do aluno em termos
afetivos, sociais e epistêmicos. Ela tem sua natureza específica. Para que a avaliação
seja uma ação sistemática, para que ela alcance seus propósitos, é preciso que o
professor se de conta de que está desenvolvendo, efetivamente, o processo
avaliativo. Se ele observa o aluno, se o conhece, por exemplo, é com o objetivo de
intervir, de auxiliá-lo, de ajudá-lo a aprender mais.
25 - DO ENCAMINHAMENTO
Art. 121 A escola especial tem autonomia para avaliar o aluno a ser encaminhado
para o ensino comum devendo ocorrer ao final do ano letivo, garantindo sua
matrícula e freqüência no inicio do ano letivo seguinte no ensino comum.
Art.122 A documentação correspondente ao processo de encaminhamento de cada
aluno será arquivada na escola para comprovar a legalidade da vida escolar do
aluno.
Art.123 Para fins de encaminhamento para o ensino comum, a escola especial
deverá observar as seguintes medidas e critérios administrativos, conforme
legislação do Estado. Exemplo:
1. Organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da escola para
efetivar o processo;
2. Comunicar o responsável a respeito do processo;
3. Proceder à avaliação documentada pela equipe pedagógica;
4. Registrar os resultados na documentação escolar do aluno;
5. Arquivar ATA, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
6 . A Escola da APAE é que vai fazer todos estes procedimentos e munidos da ATA
e de toda a documentação correspondente ao processo, os pais e/ou responsáveis
efetivarão a matrícula no ensino comum.
26 - ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA, FUNCIONAMENTO E GESTÃO DAS
ESCOLAS APAEanas.
26.1 - Organização das Turmas
Para a distribuição das turmas (programas), a equipe pedagógica se reúne e
cada técnico dá seu parecer sobre o professor, embasado na observação,
acompanhamento e orientações feitas durante o trabalho que é desenvolvido na
escola, levando em conta faixa etária e grau de deficiência do aluno.
26.2 - Oferta de Cursos e Turmas
O encaminhamento dos alunos para as Escolas Especiais normalmente é
feito pelos órgãos educacionais, por outras escolas, pela saúde ou por indicações da
comunidade.
Após avaliação diagnóstica e comprovada a necessidade de atendimento
especial o aluno é devidamente matriculado no programa adequado com toda a
documentação exigida pela mesma.
Internamente esses documentos são arquivados, de forma que todos tenham
acesso aos mesmos. Os documentos necessários à pasta individual do aluno são:
Certidão de nascimento, ficha de matricula, ananmenese do aluno, relatório dos
profissionais e instituições anteriores que trabalharam com a criança.
O número de aluno para cada Professor é de acordo com a Resolução
estabelecida pela SEED e são distribuídos de forma o mais homogênea possível,
respeitado a idade cronológica e o programa a ser inserido.
A Escola de Educação Especial ”Maria Bonfim” atende pessoas com
deficiência intelectual, crianças de alto risco, condutas típicas e múltiplas deficiências.
A Escola oferta os seguintes programas:
Educação Infantil Especializada
Para crianças de 0 a 03 anos
Para crianças de 04 a 05 anos e 11 meses
Ensino Fundamental Especializado
Educação Profissional
27 - EDUCAÇÃO INFANTIL – ESPECIALIZADA DE 0 A 03 ANOS
27.1 Concepção da infância
A concepção de criança é uma noção historicamente construída e
conseqüentemente vem mudando ao longo dos tempos, não se apresentando de
forma homogênea nem mesmo no interior de uma mesma sociedade e época. Assim
é possível que, por exemplo, em uma mesma sociedade existam diferentes maneiras
de se considerar as crianças pequenas dependendo da classe social a qual
pertencem, do grupo étnico do qual fazem parte. No Brasil, grande parte das crianças
pequenas enfrenta um cotidiano bastante diferente do considerado normal, sofrendo
exploração por parte de adultos. Outras crianças são protegidas de todas as
maneiras, recebendo de suas famílias e da sociedade em geral todos os cuidados
necessários ao seu desenvolvimento. Essa dualidade revela a contradição e conflito
de uma sociedade que não resolveu ainda as grandes desigualdades sociais
presentes no cotidiano.
A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte
de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma
determinada cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente
marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas também o marca. A criança
tem na família, biológica ou não, um ponto de referencia fundamental, apesar da
multiplicidade de interações sociais que estabelece com outras instituições sociais.
As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como
seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. Nas interações que
estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que as
circunda, as crianças revelam seu esforço para compreender o mundo em que vivem
as relações contraditórias que presenciam e, por meio das brincadeiras, explicitam as
condições de vida a que estão submetidas e seus anseios e desejos. No processo de
construção do conhecimento, as crianças utilizam-se das mais diferentes linguagens
e exercem a capacidade que possuem de terem idéias e hipóteses originais sobre
aquilo que buscam desvendar. Nessa perspectiva as crianças constroem o
conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com
o meio em que vivem. O conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas
sim, fruto de um intensivo trabalho de criação, significação e ressignificação.
Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem
e estarem no mundo é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais.
Embora os conhecimentos derivados da psicologia, antropologia, sociologia, medicina
etc. possam ser de grande valia para desvelar o universo infantil apontando algumas
características comuns de ser das crianças, elas permanecem únicas em suas
individualidades e diferenças.
27.2 – Fundamentação Teórica
A educação infantil constitui um processo de caráter preventivo, no qual são
adotados técnicas e procedimentos de intervenção e estimulação aplicados por
equipes multidisciplinares (médica, psicológica e social) com a participação efetiva da
família, proporcionando condições para que a criança se aproxime, gradativamente,
dos padrões de desenvolvimento esperados para sua idade e possa alcançar etapas
evolutivas subseqüentes.
As crianças de alto risco estão sujeitas a necessitar mais tarde de
atendimento especial, por mais tempo do que na verdade necessitariam, caso não
recebam os atendimentos adequados nos primeiros anos de vida.
Pelo acima exposto, a Escola Especial desenvolve um trabalho, com
atendimento Psicopedagógico para crianças com deficiência mental leve e para
crianças de alto risco, com atraso no desenvolvimento psicomotor e cognitivo, sob
sua responsabilidade.
Os estímulos serão de acordo com o desenvolvimento alcançado, não se
tratando de “treinar” para determinada atividade e sim oportunizar estímulos e
situações (ação); que permitam adquirir gradativamente habilidades especificas de
cada área do desenvolvimento neuropsicomotor.
Os esclarecimentos à comunidade são importantes e constituem o primeiro
passo, mas não podemos ficar esperando resultados, precisamos iniciar uma prática
mais efetiva. É utópico imaginarmos grandes conquistas, pois continuaremos
encontrando barreiras, a contribuição é mínima, porém necessária. A Estimulação
Essencial é a mola propulsora do trabalho na Educação Especial.
Os estímulos serão de acordo com o desenvolvimento alcançado, não se
tratando de “treinar” para determinada atividade e sim oportunizar estímulos e
situações (ação); que permitam adquirir gradativamente habilidades especificas de
cada área do seu desenvolvimento.
Por todos os caminhos que se possa trilhar na educação é indiscutível a
importância exercida pela Educação Infantil no desenvolvimento global do ser
humano tenha ele ou não deficiência. As primeiras teorias do desenvolvimento e da
aprendizagem enfatizam a infância como o período em que o indivíduo se organiza
no mundo. E que sua estimulação deve se iniciar desde a mais tenra idade.
Trazer esse ensaio sobre a educação da criança com deficiência, mais
especificamente da criança com deficiência intelectual, para dentro da discussão
sobre a “Educação da criança de 0 a 6 anos” manifesta nossa concepção de que a
criança com deficiência intelectual é antes de tudo “criança”.
Os profissionais da área da Educação Infantil têm discutido com muita
propriedade o caráter que o atendimento à clientela de 0 a 6 anos deve assumir,
considerando existência de duas concepções dicotômicas: atendimento com caráter
tutelar, orientando para o cuidado com a criança nos aspectos relativos à
segurança, higiene, alimentação e aquisição de hábitos e atendimento com caráter
educativo. (Haddad,1997).
O aluno com deficiência exige que a educação de maneira geral reveja seu
papel, seus objetivos, visando otimizar seu processo de aprendizagem, uma vez
que não se enquadram nos padrões de normalidade estabelecidos hoje pela nossa
sociedade.
Como fundamentações teóricas estão sendo utilizadas a perspectiva
construtivista de Piaget e a teoria sócio-histórica de Vygotsky, pelo fato de que para
ambas as leis que regulam o desenvolvimento infantil são as mesmas para a
criança com e sem deficiência.
Mantoan (1995, p.4) resume os aspectos estruturais e funcionais da vida
intelectual dos deficientes intelectuais dizendo:
.os deficientes mentais configuram uma condição intelectual análoga a uma construção inacabada,
mas, até o nível em que conseguem evoluir intelectualmente, essa evolução se apresenta como
sendo similar a das pessoas normais mais novas;
.embora possuam esquemas de assimilação equivalentes aos normais mais jovens, os deficientes
mentais mostram-se inferiores às pessoas normais, em face da resolução de situações-problema, ou
seja, na colocação em prática de seus instrumentos cognitivos;
.apesar de se definir por paradas definitivas e uma lentidão significativa no progresso intelectual, a
inteligência dos deficientes mentais testemunha uma certa plasticidade ao reagir satisfatoriamente à
solicitação adequada do meio.
Conclui Mantoan (1995, 1997) que existe entre normais e deficientes uma
semelhança estrutural e uma especificidade funcional, o que aponta para a
possibilidade de se intervir no desenvolvimento cognitivo dos deficientes mentais,
através da solicitação do meio escolar de suas estruturas cognitivas e do
favorecimento de melhores condições para o seu funcionamento intelectual. Nas suas
palavras (1995, p. 9),
Têm-se, portanto, de assegurar ao sujeito cognitivamente prejudicado uma ação
concomitante de apoio e estimulação da construção de seus instrumentos intelectuais e de utilização
mais ampla, adequada e eficiente dos mesmos na resolução de situações-problema.
Também para Vygotsky (1993), as leis que regulam o desenvolvimento
infantil são as mesmas tanto para a criança deficiente quanto para a criança
normal.nas suas palavras, apud Knox e Stevens (1993, p.16),
A criança cujo desenvolvimento está impedido por um defeito não é simplesmente
uma criança menos desenvolvida que seus pares; mais precisamente ela tem se desenvolvido
diferentemente. Uma criança em cada estágio de seu desenvolvimento, em cada uma dessas
fases, representa uma singularidade qualitativa, isto é, uma estrutura orgânica e psicológica
específica; exatamente no mesmo caminho uma criança deficiente representa qualitativamente
uma diferença, um tipo único de desenvolvimento.
A teoria formulada por Vygotsky (1993) propõe que a criança deficiente seja
estudada numa perspectiva qualitativa e não como uma variação quantitativa da
criança normal. Afirma que a deficiência geraria um processo de compensação,
estimulando um direcionamento para o crescimento do indivíduo. Caberia à
defectologia estudar os ciclos e as transformações no desenvolvimento, os processos
compensatórios que permitiriam transpor as deficiências, sendo seu objeto de análise
as reações físicas e psicológicas do deficiente. A singularidade do desenvolvimento
do deficiente estaria nos efeitos positivos da deficiência, ou seja, nos caminhos
encontrados para a superação do déficit. Desta forma, o deficiente não e, nessa
concepção, inferior aos seus pares, apenas apresenta um desenvolvimento qualitativamente
diferente e único.
O meio social, para Vygotsky (1993), pode facilitar ou dificultar a criação desse
novos caminhos de desenvolvimento. O defeito, assim, não está no indivíduo, uma criança
que tem um defeito não é necessariamente deficiente, estando seu grau de normalidade
condicionado à sua adaptação social.
Ao se referir às pessoas com deficiência, Vygotsky (1993) ressalta que, muito
mais do que o defeito em si, o que decide o destino da personalidade da criança é sua
realização sócio-psicológica. Segundo Van der Veer (1996, p. 74-5), uma característica dos
primeiros escritos de Vygotsky na área da defectologia é:
Sua ênfase na importância da educação social de crianças deficientes e no potencial da
criança para o desenvolvimento normal. Esta ênfase estava intimamente ligada à análise
de Vygotsky do papel de qualquer defeito físico na vida da criança. Ele afirmava que todas
as deficiências corporais – seja a cegueira, surdo-mudez ou um retardo mental congênito –
afetavam antes de tudo as relações sociais das crianças e não suas interações diretas
com o ambiente físico. O defeito orgânico manifesta-se inevitavelmente como uma
mudança na situação social da criança. Assim, pais, parentes e colegas irão tratar a
criança deficiente de uma maneira muito diferente das outras crianças, de um modo
positivo ou negativo.
Segundo Knox e Stevens (1993) e Van der Veer (1996), Vygotsky teria desenvolvido o
conceito de zona de desenvolvimento proximal a partir de sua experiência com deficientes
mentais. Para Vygotsky, as crianças deficientes mentais, quando trabalhavam em grupo,
construíam situações de aprendizagem diferenciadas, nas quais umas auxiliam as outras no
seu desenvolvimento. Mais tarde esse conceito seria estendido à teoria geral do
desenvolvimento e da aprendizagem.
28 - ÁREAS DESENVOLVIDAS
28.1 Áreas: Cognitiva, Linguagem, Social, Emocional e motora.
A dimensão cognitiva diz respeito a tudo o que seja relacionado ao raciocínio,
memória, operações mentais, comparações, análise, síntese, julgamento, escolha,
resolução de problemas, coerência, ética.
Já a emocional diz respeito a tudo o que seja relacionado ao sentimento,
todas as emoções, necessidades de amar e ser amado, de dar e de receber, de ser
aceito, querido, prezado, considerado útil, bom e de grande valor.
Na área da linguagem as atividades verbais são importantes para conduzir a
criança a expressar-se com desinibição, espontaneidade, a ir fazer entender e a
satisfazer seus anseios e desejos. É através do treino da linguagem oral que os
alunos adquirem o hábito de ouvir, falar e organizar o pensamento.
A área social está relacionada ao convívio com as outras pessoas, com a
necessidade de comunicação e de pertença a uma comunidade, regras sociais
estabelecidas, interações as mais variadas, e as “entrelinhas” do comportamento
social.
Entretanto, a área motora trabalha a capacidade de manter o equilíbrio motor
geral e fino e de se movimentar ritmicamente, assim conhecendo seu corpo num
todo.
28.2. Objetivos:
- Perceber a ausência e presença de sons.
- Diferenciar sons e reconhecer objetos que emitem sons, identificando-os.
- Perceber a presença a ausência de estímulos visuais.
- Identificar a diferença entre claro e escuro.
- Distinguir diferentes sabores (gustativa), fazendo a correspondência com o
alimento.
- Identificar odores de objetos, de local e de alimento.
- Desenvolver mobilidade com mãos.
- Identificar objetos pela percepção.
- Perceber a diferença de figuras.
- Ouvir e compreender histórias.
- Dramatizar histórias e situações reais ou imaginárias.
- Participar de diálogos.
- Empregar novas palavras no seu vocabulário.
- Desenvolver habilidades de compor oralmente e memorizar.
- Atender ordens simples ou complexas.
- Reconhecer o seu nome, endereço...
- Comportar-se ao público.
- Participar de comemorações sociais e cívicas.
-Adquirir hábitos de cortesia.
- Ter boas maneiras a mesa.
- Relacionar-se adequadamente com os colegas e demais funcionários.
- Aceitar suas limitações e as possibilidades, valorizando-se.
- Identificar e nomear as diferentes partes do corpo.
- Dominar as habilidades motoras e viso motor específicas, como: piscar,
rasgar, amassar, alisar, recortar, dobrar, encaixar, enfiar, abrir e fechar.
28.3 Conteúdo
- Linguagem
- Histórias
- Diálogos
- Vocabulário
- Ordem simples e complexa
- Dramatizações
- Cognitiva
- Presença e ausência de sons
- Presença e ausência de estímulos visuais
- Diferença entre o claro e o escuro
- Hábitos de polidez
28.4 Percepções:
- Olfativa, visual, auditiva, gustativa e tátil
- Orientação temporal e espacial social:
- Socialização do aluno com si mesmo, com a escola e família
- Noções de fatos da vida diária
- Reconhecimento das dependências da escola
- Bons hábitos sociais
- Emocional
- Auto- aceitação
- Auto- identificação
- Adequação de comportamento
- Motora
- Viso - motora e motora fina.
- Colagem
- Pintura
- Rasgadura (mosaico)
- Dobradura
- Pintura
- Alinhavo
- Recorte com tesoura
- Exercícios grafos motores
- Movimento de pinça
- Fazer bolinhas
- Amassar papel
- Jogos de encaixe
- Quebra-cabeça
- Música
29 - METODOLOGIA
O desenvolvimento dos conteúdos dar-se-á de forma que envolva o aluno
com materiais concretos, apresentando uma construção continua evidenciando a
natureza e a extensão da problemática do educando, seu perfil de desenvolvimento,
compreendendo habilidades, potencialidades, interesses, dificuldades e necessidades
educativas especiais.
30 - AVALIAÇÃO
Será feita através de observação e participação, sendo diagnóstica, a fim de
promover uma consciência comum do desenvolvimento e das dificuldades do aluno.
31- EDUCAÇÃO INFANTIL
31.1 Educação Pré-escolar
A educação pré-escolar realiza-se em complementação à ação da família,
sendo considerada um direito da criança, conquanto não efetivada como obrigatória
nos sistemas educacionais. Desse modo, são incipientes as ofertas nas cidades
brasileiras.
A proposta da APAE Educadora inclui o pré-escolar na sua proposta
pedagógica por reconhecer e relevar a importância do processo educacional nos
primeiros anos de vida e no desenvolvimento da criança. Essa relevância torna-se
mais significativa quando a criança é portadora de deficiência(s). Neste caso, além de
natureza educativa, confere-se ao programa um caráter preventivo.
Na escola especial da APAE educadora, são elegíveis para ingressar na
educação pré-escolar, crianças:
- egressas do programa de educação precoce da Escola APAE e de outras
instituições;
- com deficiência mental associada, ou não, a outras deficiências;
- com atraso no desenvolvimento, caso não existam pré-escolas na comunidade.
A educação pré-escolar proposta pela APAE Educadora orienta-se pelo
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (MEC/SEE, 1998) e por
outras literaturas do gênero. Recomendando-se a proposição de um currículo flexível,
com ajustes necessários que atendam, também, às peculiaridades das crianças.
Caso necessário, o programa pedagógico pode ser complementado com
atendimentos especializados nas áreas emocional, cognitiva, psicomotora,
fonoaudiológica comportamental, fisioterápica, etc.
Ao finalizar a educação pré-escolar, o aluno, mediante um processo
avaliativo, poderá ser encaminhado para o ensino fundamental nas escolas regulares
da comunidade. Se indicado pela avaliação ele pode permanecer matriculado na
escola especial da APAE para continuidade de seu processo educacional.
Recomenda-se que o currículo, a avaliação e o programa pedagógico para
alunos com múltipla deficiência contemplem adaptações, ajustes e/ou
complementações que possibilitem a aprendizagem significativa e a participação do
aluno em todas as atividades escolares.
Cabe ressaltar que a inclusão escolar dos alunos poderá ser efetuada a
qualquer momento, mediante documento de transferência para pré-escola da rede
regular de ensino. Recomenda-se que os critérios especificados no Referencial
Curricular Nacional pra a Educação Infantil (MEC/SEF, 1998, vol. 1.p.37) sejam
observados, ao proceder à inclusão escolar do aluno:
- Condições e potencialidades de cada criança;
- Idade cronológica;
- Disponibilidade de recursos humanos e materiais existentes na comunidade;
- Condições socioeconômicas e culturais da região;
- Estágio de desenvolvimento dos serviços de educação especial implantados nas
unidades federadas.
32- ENSINO FUNDAMENTAL
Art.74 O Ensino Fundamental constitui nível de ensino obrigatório e gratuito para o
desenvolvimento da capacidade de aprender e a formação de atitudes e valores
para a vida por meio:
I. da aprendizagem de leitura, escrita e cálculo;
II. da compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, de tecnologia,
das artes, dos esportes e dos valores que fundamentam a sociedade;
III. do fortalecimento dos vínculos familiares, dos laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social;
I. da educação para a liberdade, para a participação na vida
da família e da sociedade, para a independência e para o d
II. desenvolvimento do potencial.
Art.75 O Ensino Fundamental ofertado pela escola especial será desenvolvido no
programa de Educação Escolar e tem por finalidade o desenvolvimento de objetivos,
conteúdos e estratégias metodológicas correspondentes ao 1º ciclo do Ensino
Fundamental;
Art. 76 A faixa etária dos alunos que freqüentam o Programa de Educação Escolar
no Ensino Fundamental é de 6 a 16 anos, de acordo com a Resolução 3616/08 –
SEED/PR;
Art. 77 As disciplinas são as mesmas que compreendem o núcleo comum do Ensino
Fundamental – Fase I, com adaptações curriculares de médio e grande porte, de
acordo com a necessidade do aluno;
Art. 78 O currículo desse nível de ensino está em consonância às capacidades de
ordem cognitiva, física, afetiva, de relação interpessoal e inserção social, tendo em
vista uma formação ampla.
Art. 79 Ao aluno, cujo comprometimento não permite o pleno domínio da leitura,
oralidade, escrita e cálculo, será desenvolvido um currículo funcional, podendo
demonstrar sua capacidade de aprender por formas diferentes de expressão como
desenho, expressão corporal, linguagem, comunicação alternativa, pintura, entre
outros.
Art. 80 As Adaptações Curriculares são realizadas sempre que as condições dos
alunos assim a exigirem, com base no reconhecimento da diversidade e na
necessidade de respeitar e atender essa especificidade. Em vários casos são feitas
adaptações curriculares de médio e grande porte para atender as especificidades
dos alunos.
Art. 81 A Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” deverá reavaliar seus alunos
no final do ano letivo, visando sempre que possível, o encaminhamento destes para
a classe comum da rede pública de ensino, com anuência da família e
acompanhamento da equipe técnica pedagógico da Educação Especial dos Núcleos
Regionais de Educação, conforme Art. 21 da Resolução 3616/08.
O programa objetiva a formação integral do aluno por meio de sua
escolarização. Contempla o 1º ciclo do Ensino Fundamental do que tem por base
para construção de seus objetivos e definição de conteúdos a partir das bibliografias
elencadas para essa etapa da educação básica com as devidas adaptações
curriculares e complementares que se fizeram necessárias, bem como o
desenvolvimento de currículos funcionais de acordo com as necessidades e
peculiaridades dos educandos.
- São elegíveis para o ingresso na fase I do ensino fundamental educando
com deficiência mental:
- Egressos da pré-escola de outras instituições especializadas; oriundos da
comunidade com deficiência mental e outras associadas a esta;
No programa de escolarização da fase I do ensino fundamental, o aluno
poderá ser transferido para as escolas comuns do ensino regular para
prosseguimento de sua escolarização. Se indicado pelo processo avaliativo, poderá
receber da escola especial atendimento de apoio especializado, psicopedagógico,
bem como beneficiar-se de outros serviços disponíveis na entidade. É importante
considerar, na transferência do aluno para o ensino regular, a observância do sistema
de progressão adotado pela escola que receber o aluno, de modo a adequá-lo ao
sistema de avaliação da referida escola. Nesse caso, a terminalidade específica será
concedida pela escola regular que receber o aluno.
O ensino fundamental consolida-se na LDB (1996) como segunda etapa da
educação básica e realiza-se por meio de conteúdos curriculares que integram
conhecimentos úteis ao exercício da cidadania, incorporados a valores éticos e
estéticos e que contemplem a auto-estima do aluno e atitudes adequadas ao convívio
social. Enfim, currículos que façam com que o educando comprometa-se com
posturas relevantes para sua vida pessoal e coletiva.
Na estrutura operacional funcional (fig 04) proposta pela APAE Educadora, o
ensino fundamental realiza-se:
Fase I – por meio do ciclo da escolarização inicial para os educandos na
faixa etária de seis a catorze anos de idade;
Fase II – Por meio do ciclo de escolarização e profissionalização com a
oferta dos programas pedagógicos específicos, de modo interdisciplinar com a área
de formação profissional.
32.1 - Objetivos
Visar o desenvolvimento global e harmônico do educando, de acordo com
suas necessidades físicas e psicológicas nesse momento de sua vida inseridas em
sua cultura e em sua comunidade.
Tomar a realidade das crianças como ponto de partida para o trabalho,
reconhecendo sua diversidade;
Observar as ações infantis e as interações entre as crianças, valorizando
essas atividades;
Confiar nas possibilidades que todas as crianças têm de se desenvolver e
aprender, promovendo a construção de sua auto-imagem positiva;
Propor atividades com sentido, reais e desafiadoras para as crianças, que
sejam, pois, simultaneamente significativas e prazerosas, incentivando sempre a
descoberta, a criatividade e a criatividade;
Fornecer a ampliação do processo de construção dos conhecimentos,
valorizando o acesso aos conhecimentos do mundo físico e social;
Enfatizar a participação e a ajuda mútua, possibilitando a construção da
autonomia e da cooperação.
Consciência fonológica: Habilidade de manipular os seguimentos da fala são
aspectos fundamentais para a aquisição da leitura e escrita.
- consciência de palavras;
- consciência de rimas;
- consciência de sílabas;
- consciência de fonemas.
Conhecimentos de correspondências grafo fonêmica em sistemático de letra e som.
São ensinadas tais correspondências uma a uma de forma clara e sistemática na
introdução de letras e dígrafos.
Produção e interpretação de texto: objetivo final da alfabetização iniciados apenas
após as crianças já terem adquirido algumas habilidades essenciais nos níveis da
letra e da palavra.
- Reconhecer conceitos básicos da matemática;
- Reconhecer número e numeral;
Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipóteses sobre elas, com base
na observação de regularidades, utilizando-se da linguagem oral, de registros
informais e da linguagem oral, de registros informais e da linguagem matemática.
32.2 - Metodologia
A metodologia usada para alfabetização da pessoa com deficiência é o
Método Fônico de Alfabetização, baseado nas instruções de Capovilla, as atividades
são realizadas através de forma sistêmica e gradativa em um ambiente exclusivo ao
conteúdo trabalhado para que o aluno se desenvolva satisfatoriamente.
É no decorrer das atividades que o educando incorpora os dados e relações e
é enfrentado desafios e trocas de informações umas com as outras, realizando
atividades com material concreto.
Além desses, deve-se valorizar as conversas informais, histórias, desenhos,
músicas, livros e muitos jogos para um bom desenvolvimento do educando. Criar
“dificuldades” e “problemas” para que a criança possa ter um espaço criativo,
permitindo a diversificação e ampliação de suas experiências, valorizando a iniciativa,
curiosidade e inventividade da criança e promovendo a sua autonomia.
32.3 - Avaliação
A avaliação realizar-se-á através de observação e participação sendo um
processo contínuo e individualizado.
O processo de avaliação deverá implicar na aceitação do educando com suas
possibilidades de realização, sem a preocupação de enquadrá-lo em modelos rígidos
preestabelecidos.
54.6 - Ensalamento
Os encaminhamentos dos alunos para a Escola Especial normalmente é feito
pelos órgãos educacionais, por outras escolas, pela saúde ou por indicações da
comunidade.
Após avaliação diagnóstica e comprovada a necessidade de atendimento
especial o aluno é devidamente matriculado, sendo que a mesma é efetivada após a
entrega de todos os documentos exigidos pela escola.
Internamente esses documentos são arquivados, de forma que todos tenham
acesso aos mesmos. Os documentos necessários a pasta individual do aluno são:
Certidão de nascimento, ficha de matricula, anamnese do aluno, relatório dos
profissionais e instituições anteriores que trabalharam com a criança.
O número de alunos para cada Professor é de no número 06 e o máximo 15
alunos, e são distribuídos de forma mais homogênea possível, respeitando a idade
cronológica e o programa a ser inserido.
55 - SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL: NA ESCOLA E DA ESCOLA
Para ingresso em programas de Educação Especial é indispensável que o
educando seja submetido a avaliação diagnóstica realizada por equipe constituída
por profissionais habilitados.
O processo de avaliação diagnóstica visa investigar o funcionamento global
do educando, identificando a natureza e a extensão das dificuldades fornecendo
dados que se relacionam do modo pelo qual o educando aprende e indicando meios
pelos quais a excepcionalidade pode ser educacionalmente abordada. O diagnóstico
deverá ser elaborado por equipe multidisciplinar, podendo envolver pareceres de
profissionais em várias áreas tais como: médico, psicólogo, fonoaudiólogo, professor,
assistente social, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta que, através da utilização de
instrumentos formais e informais de avaliação, emitem parecer sobre o desempenho
do educando nas diversas áreas de comportamento que incluem: acuidade sensorial,
habilidade mental, linguagem, comportamento visual, desenvolvimento motor,
maturidade emocional e social e habilidades acadêmicas. Os dados obtidos pelos
profissionais da equipe de avaliação constituem elementos essenciais que permitem
uma visão clara e objetiva das dificuldades dos educandos em cada área e
possibilitam o estabelecimento da programação terapeutico-educacional a ser adota
da pela escola e pela família.
O encaminhamento do educando para a avaliação diagnóstica é realizado
pela família, nela são observados desde os primeiros anos de vida sinais
significativos de distúrbios no desenvolvimento da criança.
Antes da idade escolar, são encaminhados também através da Assistente
Social do Município, Pastoral da criança, agentes de saúde e comunidade em geral.
Os educandos com deficiência leve, os quais são identificados no ambiente
escolar, especialmente nas primeiras séries, sendo nesses casos, responsabilidade
da escola alertar a família e em conjunto serem tomadas a providências quanto ao
encaminhamento da criança para a avaliação diagnóstica.
A avaliação é um processo continuo que acontece sistematicamente pôr
todos os profissionais que atuam com a criança.
Os dados da avaliação são registrados e fornecidos para todos os que atuam
com a criança. Fornecemos também ficha de avaliação semestral para o professor,
onde este registra as modificações e evoluções que vem sendo observados em seu
educando.
56 - RECURSOS HUMANOS
A Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” possui convênio com a
SEED/DEEIN (Amparo Técnico) hoje consta com 13 professores QPM e 03
Professores Conveniados.
A sua estrutura fica assim distribuída:
- Direção;
- Vice – Direção;
- Equipe Administrativa;
- Equipe Pedagógica;
- Professores
- Instrutor;
- Atendentes;
- Auxiliares de Serviços Gerais;
- Alunos
PROPOSTA CURRICULAR
33 - ENSINO FUNDAMENTAL – 06 À 15 ANOS
ALFABETIZAÇÃO ESPECIALIZADA FASE I
Fundamentos Teóricos
33.1 Língua Portuguesa:
A língua portuguesa é a base fundamental que nos leva a interagir com o meio
social e termos uma visão mais ampla do mundo.
A fala, a leitura e a escrita são manifestações de um mesmo sistema, que é o
sistema funcional de linguagem. A linguagem sistematiza a experiência direta das
crianças e por isso adquire uma função central no desenvolvimento cognitivo,
reorganizando os processos que nele estão em andamento, exercendo papel
fundamental no processo de interpretação do mundo pelo sujeito, onde modela seus
pensamentos, seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade e atos.
33.2 Objetivos
.Utilizar a linguagem p/ expressar sentimentos, experiências e idéias, acolhendo,
interpretando e considerando os das outras pessoas e respeitando os diferentes
modos de falar.
.Compreender a função da escrita como mais uma forma de comunicar-se e
conhecer e participar modos de falar.
.Ler e escrever os grafismos que simbolizam cada letra.
.Associar os diferentes formando fonemas, palavras e frases.
.Conhecer regras básicas de acentuação, pontuação e escrita.
.Adquirir o hábito e o gosto pela leitura.
.Contar em síntese as leituras de seus livros.
.Produzir textos escritos c/ coerência e seqüência lógica em função do
desenvolvimento da escrita.
33.3 Oralidade
-Diálogos não verbal e verbal
-Histórias
-Expressão gestual
-Leitura
-Ordens simples e complexas
-Música
-Recados e avisos
-Sons onomatopaicos
-Exposições de idéias
-Gravuras
-Cantar
-Quebra-cabeça
-Dramatização e mímicas
-Exploração de ritmo e rimo das palavras
-Relato de desenhos, filmes, brincadeiras, jogos, historias familiares e do cotidiano.
-Expressões de cortesia
-Leitura
-Jornais
-Revistas
-Rótulos
-Bulas e receitas
-Pesquisa
-Livros infantis
-Jogos: gravura/palavra-palavra/palavra
-Cartelas para leitura
-Jogos de encaixe
-Leitura de textos produzidos em parceria (professor e aluno)
-Escritas
-Escrita de cartas, bilhetes e cartões
-Pesquisa de palavras
-Recorte
-Colagem
-Poemas
-Canções
-Histórias
-Alfabeto de mesa
-Cartelas para produção de textos
-Cartaz alfabético
-Pintura
-Montagem de sílabas
-Ditado
33.4 Metodologia
Valorizar o treino de habilidades, tais como discriminação visual e auditiva
coordenação motora etc... Tais práticas estão muito presentes em nossas escolas e
tem por objetivo preparar o aluno para a fase posterior; aprender a ler e escrever.
Pressupõe-se que, agindo assim, o aluno irá adquirir a tal falada prontidão para o
domínio da linguagem escrita. A criança realizará atividades, que se relacionem c/ a
observação e escrita do próprio nome, até aquelas que envolvam o material escrito
como: rótulos, revistas, jornais, audição de histórias, poemas, noticias, leituras
dirigidas de textos criados pelos alunos, desenhos. É preciso criar em sala
aprendizagem: a interação estimula a aprendizagem, a linguagem muda a natureza
da tarefa, cognitiva, o trabalho escolar se institui como elemento necessário para a
situação de aprendizagem e o diálogo é o meio de efetivação da parceria necessária
para aprendizagem.
“ Ensinar é criar condições intelectuais para a criança”.
33.5 Avaliação
A avaliação será feita através de observação e participação sendo um
processo contínuo e individualizado.
O processo de avaliação deverá implicar na aceitação do educando com suas
possibilidades de realização, sem a preocupação de enquadrá-lo em modelos rígidos
preestabelecidos.
33.6 Matemática
Tanto no campo da Língua, bem como no da matemática, as crianças precisam
ser estimuladas para que possam dominar estratégias espontâneas e para poderem
ampliá-la e usá-las de maneira consistente. Nesta perspectiva entendemos que a
matemática, como parte do conjunto de conhecimentos científicos, é um bem
cultural construído nas relações do homem com o mundo em que vive e no interior
das relações sociais.
33.7 objetivos:
.Reconhecer conceitos básicos da matemática.
.Identificar alguns termos que expressem: espessura, tamanho, altura, quantidade,
comprimento, semelhança, posição no espaço, massa e temperatura.
.Diferenciar formas geométricas: círculo, qualidade e triângulo
.Distinguir as cores Primárias
.Comprar conjuntos através de correspondência biunívoca
.Reconhecer número e numeral
.Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipóteses sobre elas, com
base na observação de regularidades, utilizando-se da linguagem oral, de registros
informais e da linguagem oral, de registros informais e da linguagem matemática.
.Reconhecer a unidade monetária nacional e as diversas formas de seu uso.
.Dominar técnicas operatórias de adição, subtração, multiplicação, divisão.
33.8 Conteúdo
-Quantidade
-Tamanho
-Posição
-Distancia
-Formas geométricas
-Numerais
-Adição
-Subtração
-Multiplicação
-Divisão
-Cores Primárias e Secundárias
-Agrupamentos
-Conjuntos
-Moeda
-Sinais de = e #
-Sucessor e Antecessor
-Expessura ( fino-grosso)
-Comprimento
34 - METODOLOGIA
A construção do concerto matemático na alfabetização deve ser iniciada através
de situações “reais” que possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem
algum conhecimento sobre o assunto; a partir desse saber e que a escola
promoverá a difusão do conhecimento matemático já organizado.
A aprendizagem dos conhecimentos matemáticos é adquirida através dos
conceitos referentes ao número e ao espaço e vão sendo fortalecidos os diferentes
procedimentos: discriminar, analisar, generalizar, reunir. A construção do conceito
matemático na alfabetização deve ser iniciada através ouvir, verbalizar, representar
etc... A criança deve viver rodeada de pessoas e objetos que podem ser tocadas,
mexidos, organizados, e ela própria pode orientar-se em relação a eles. Dentro
desse meio da interação a criança começa a agrupar os objetos, nesse contato com
o material concreto, observará as diferenças e conseguirá e conseguirá resolver os
problemas.
34.1 Avaliação
Será feita através de observação e participação, sendo diagnostica, a fim de
promover uma consciência comum do desenvolvimento e das dificuldades do aluno.
25 – GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O currículo de Geografia deve ser trabalhado em espiral desde a Educação
Infantil até o Ensino Médio através da observação e interpretação dos aspectos
geográficos, políticos, sociais e éticos. Objetiva propiciar a compreensão dessas
estruturas, desenvolvendo a capacidade de analisar, pensar e intervir no meio de
forma a valorizar o ser humano, sua cultura, questionar o sistema político,
econômico, social e tecnológico. Através de constantes informações, de forma
interdisciplinar, busca desenvolver projetos que visem possibilitar complexas
relações para um maior conhecimento do mundo, levando o aluno a ter consciência
de sua identidade, da importância do meio ambiente, de cidadania e da ética de
forma crítica.
A partir do Ensino Fundamental a geografia capacita o educando a exercitar
suas aptidões de forma, a interpretar, na paisagem geográfica, a intervenção
humana.
Através da observação global do planeta e a compreensão de que o educando
se insere no meio em que vive é propiciar-se a criação de atitudes que possam ser
de respeito e de preservação. Conhecendo e refletindo sobre o espaço, construirá
uma visão abrangente, possibilitando uma análise crítica e consciente da realidade.
A escola deve oportunizar a leitura nos aspectos político, econômico, cultural e
ético, extraindo dessa percepção, ferramentas necessárias para a compreensão
global e local das transformações sócio ambientais.
25.1- OBJETIVOS GERAIS
Conhecer o mundo atual em sua diversidade, favorecendo a compreensão de
como as paisagens, os lugares e os territórios se constroem;
.Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas
conseqüências em diferentes espaços e tempos de modo que construa referenciais
que possibilitem uma participação positiva e reativa nas questões sócio-ambientais
locais;
Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos
estudados em suas dinâmicas e interações;
Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da geografia para
compreender a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção,
identificando suas relações, problemas e contradições.
25.2 - METODOLOGIA
Considerando que o aprendizado é um processo e que o mesmo envolve a
reflexão e o desenvolvimento do raciocínio lógico, não podemos perder de vista,
entretanto, que para alcançar esses objetivos há a necessidade de estímulos
permanentes.
A abordagem dos conteúdos da geografia deve colocar-se na perspectiva da
leitura da paisagem, permitindo o conhecimento do espaço geográfico, que serão
trabalhados através de:
Elaboração de textos a partir de imagens;
Estudo dirigido de texto; propiciando a desinibição dos alunos, promovendo
uma maior desenvoltura na socialização dos conhecimentos adquiridos;
Pesquisa de campo para posterior contextualização e debates e cartazes
sobre o ambiente;
Uso de filmes, para provocar discussões, estimular análise, além de permitir
que os alunos expressem suas opiniões e sentimentos;
Composição de melodias de músicas, paródias, letras através dos assuntos
abordados;
Exposições de feiras para desenvolver a participação em grupos, promover a
integração à cooperação e a criatividade entre alunos;
Aula expositiva, dialogada através de diálogos constantes, usando globos,
mapas, maquetes, slides e transparências e multimídia.
24.3 - AVALIAÇÃO:
No processo de ensino-aprendizagem escolar, a avaliação se inicia
quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos prévios e continua a
se evidenciar durante toda a situação escolar. Assim, o que constitui a
avaliação ao final de um período de trabalho é o resultado tanto de um
acompanhamento continuo e sistemático pelo professor como de momento
especifico de formalização, ou seja, a demonstração de que as metas de
formação de cada etapa foram alcançadas. Seja em função de uma visão
prática ou teórica, objetiva ou subjetiva, o que precisa ficar claro nesse
processo e que a avaliação é um instrumento que tem por objetivo aumentar as
potencialidades do próprio aluno. Deve-se deixar bem claro que essa
conscientização o tornará mais critico e perceptivo não só na resolução de
problemas referentes ao âmbito escolar, mas também em relação àqueles que
aparecem no cotidiano e que, para serem solucionados, necessitam
implicitamente desses conhecimentos adquiridos. A avaliação é sempre um
desafio no esboçar de um currículo. Embora fonte de muitos estudos e
pesquisas, tem ainda diferentes modalidades, entre as quais citamos:
Avaliação do processo, de produto, formativa, diagnóstica, etc. A concepção de
ensino-aprendizagem bem como as escolhas pedagógicas, definição de
objetivos e conteúdos de ensino estão intimamente ligados à forma de avaliar.
Se pensarmos na avaliação diagnóstica, então, avalie-se para agir. O ato de
avaliar, nesta concepção, implica dois processos articulados e indissociáveis:
Diagnosticar e decidir. Dessa maneira a avaliação só se completará com a
tomada de decisão do que fazer com a situação diagnosticada.
Como na aprendizagem escolar o erro é considerado um caminho para
buscar o acerto, todo o diagnóstico feito diariamente deve servir como ponto de
partida para o trabalho em sala de aula. Sendo que a revisão e retomada dos
conteúdos deve ser utilizada sempre que necessário.
26 – CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O estudo das Ciências Biológicas ajuda na compreensão do mundo e suas
transformações, permitindo que nos reconheçamos como parte integrante do
universo. Por meio desse saber podemos questionar, criticar o que vemos, e refletir
sobre as questões éticas que estão implícitas na relação entre a Ciência e a
sociedade.
A busca de um viver equilibrado relaciona-se com o conhecimento do ambiente
onde o ser humano interage como ser biológico que é, a fim de usufruir de
condições necessárias à integração com o seu meio, o que promove a melhoria da
qualidade de vida.
Para isto a escola procura valorizar a vivência do aluno trabalhando a
compreensão das interações dos seres vivos com o meio não pode ser entendida
como o fim, mas como o princípio, como base para o desenvolvimento de um senso
crítico e, acima de tudo atuante, podendo fazer desta vivência um aprendizado,
ponderando e questionando a própria existência e a interdependência de todos os
organismos biológicos, seus fenômenos, causas e conseqüências.
Dentro desse conceito, os fundamentos Vygotskyanos, têm evidentes
implicações educacionais, o que se torna mais claro quando nos é dito que "a
disciplina formal dos conceitos científicos transforma gradualmente a estrutura dos
conceitos cotidianos da criança e ajuda a organizá-la num sistema: isso promove a
ascensão da criança para níveis mais elevados do desenvolvimento" (Vygotsky,
1989).
26.1 - OBJETIVOS GERAIS
Possibilitar a criança à compreensão da importância das Ciências na
resolução de questões vitais como saúde, alimentação, urbanização, higiene e
meio ambiente, levando-a a questionar e formular problemas buscando suas
respostas por meio da observação, comparação e experimentação, executando
investigações, fazendo análise de dados e criticando conclusões.
Permitir a compreensão de conceitos científicos e métodos próprios da
ciência desenvolvendo uma atitude científica onde a curiosidade e fascinação
da criança em relação a problemas relativos ao funcionamento do seu próprio
corpo, à natureza e animais, ao universo e à tecnologia em atividades que
permitam o contato com objetos estudados diretamente ou através dos meios
de comunicação.
26.2 - METODOLOGIA
O processo de ensino e de aprendizagem de Ciências deve valorizar a dúvida,
a contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento das certezas e
incertezas, superando o tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos,
priorizando-se a sua função social.
A leitura e análise crítica da realidade social possibilita um novo
encaminhamento pedagógico, a medida que, propõe partir desta realidade como um
todo para a especificidade teórico-prática da sala de aula.
Também é consensual a idéia de que não existe um único caminho para a
construção do conhecimento de determinada disciplina, por essa razão, o trabalho
pedagógico que efetivamente o professor deve desempenhar deve ser interativo e
envolver outras dimensões, como: observação, diálogo, participações em discussões
coletivas e leitura autônoma, utilizando-se para isso, as seguintes estratégias:
Aulas práticas (experimentação com base em desafios constantes,
lançados pelo professor: as certezas estabelecidas do aluno, sobre o mundo e sobre
si próprio) combinando elementos e material teórico;
Pesquisa de campo (com orientação do professor, diálogo constante e
avaliação durante o decorrer da mesma);
Aulas demonstrativas (com questionamentos, confrontos entre
colocações feitas pelos alunos, da mesma).
Elaboração e análise de textos (exercício de produção escrita, da
criação do pensamento, da liberdade de expressão do argumento científico, etc);
Visitas (para o conhecimento de locais que possam auxiliar na
compreensão de determinados conteúdos ensinados em sala de aula);
Entrevistas (troca de informações, enriquecimento cultural, etc).
Recursos tecnológicos como: análises de vídeos, programas na TV
Escola, Teleconferências, filmes ilustrativos.
Trabalhos em equipe
Utilização de jogos
Desenvolvimento de projetos envolvendo vários temas como: Drogas,
Sexualidade, Meio ambiente.
26.3 - AVALIAÇÃO
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem
possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com os alunos,
contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriaram
dos conteúdos tratados.
Por esse motivo a avaliação deve ser um processo contínuo e sistemático,
sendo constante e planejada, fornecendo retorno ao professor, permitindo a
recuperação do aluno. Deve permitir verificar se os objetivos previstos estão sendo
atingidos. È integral, pois deverá considerar o aluno como um todo, ou seja, não
apenas os aspectos cognitivos deverão ser analisados, mas igualmente os
comportamentais e as habilidades psicomotoras. Para tanto, devem ser propostas
atividades que verifiquem o desempenho dos alunos em seu dia-a-dia, considerando
seu interesse, sua responsabilidade, sua curiosidade, sua capacidade de observar e
investigar, discutir idéias, pesquisar, formar conceitos, buscar novos conhecimentos.
Utilizando-se para isso, vários instrumentos, como:
- Exercícios escritos;
- Prova escrita com questões de múltipla escolha;
- Prova oral;
- Auto-avaliação;
- Trabalhos de pesquisa;
- Tarefas em classe e em casa;
- Trabalho integrado – em conjunto com outras disciplinas
- Participação do aluno nas aulas;
- Relatórios referentes as atividades trabalhadas
27 – HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O trabalho de história é concebido como a compreensão da trajetória, humana
ao longo do tempo. A história enquanto ciência social busca localizar no contexto da
sociedade, a matéria prima para compor o seu trabalho.
Com o objetivo de levar os alunos ao conhecimento de que os homens estão
inseridos em um espaço e tempo no qual se reproduzem às relações sociais, busca-
se sua humanização numa interação social.
Os conteúdos da história do Paraná, do Brasil, da América e do mundo estão
agrupados separadamente, a fim de permitir a especificação de acontecimentos
históricos. Aparecem em uma seqüência que pretende expor a importância que as
histórias brasileira, americana, européia e africana possuem para a compreensão
das dimensões históricas da realidade social dos alunos. Isso não significa que os
diferentes contextos devam ser estudados em momentos distintos ou seguindo uma
seqüência de hierarquia espacial. Prevalecem os estudos de forma integrada e nas
relações do tempo, as reflexões sobre as contradições sociais e sobre os processos
históricos contínuos e descontínuos.
Partindo desses pressupostos no ensino fundamental os conteúdos de história
são desenvolvidos de forma mais específica, correlacionando a interdisciplinarmente
com as demais áreas do saber. Nesta fase do conhecimento histórico é incentivada
a valorização do domínio de conceitos, visando favorecer compreensão e reflexão
histórica. O fato de reter uma informação por si só não implica no entendimento de
um episódio histórico; os dados informativos são importantes, mas precisam estar
acompanhados da compreensão dos conceitos envolvidos na referida situação.
Assim, pouco adianta aos alunos saber que Esparta e Atenas se aliaram para
enfrentar os persas, se eles não entenderem em que consiste uma aliança por que
pessoas, grupos ou países se aliam em determinadas circunstâncias, as alianças
nem sempre se dão entre iguais, o que pode gerar resultados desiguais para as
partes. E, por defender-se o domínio dos conceitos como algo da maior relevância
para o estudo de história, dedica-se muita atenção ao desenvolvimento das
habilidades operatórias: identificar, caracterizar, comparar, sintetizar, listar e
relacionar.
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA
Todas as disciplinas devem incluir, de forma interdisciplinar, os conteúdos
étnico–raciais, que devem trabalhar com as diversidades culturais explorando as
diferenças etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade,
possibilitando a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir de seu lugar, de suas
experiências de vida, de suas lutas diárias. Propondo ações afirmativas trazendo à
tona a diversidade.
27.1 - OBJETIVOS GERAIS
Reconhecer-se como sujeito histórico que ocupa um lugar na sociedade em
que vive e que, como tal, desempenha também um papel na vida coletiva;
Comparar as temporalidades (presente e passado), bem como as
semelhanças e diferenças, permanências e mudanças que se efetivam na vida
coletiva;
Caracterizar as sociedades nos seus aspectos sociais, políticos, econômicos,
culturais e religiosos;
Valorizar as diversidades étnicas, culturais entre os povos, em diferentes
tempos e espaços, assumindo uma postura de oposição a todos; e quaisquer
práticas sociais que incitem preconceitos e discriminações (religiosas, étnica,
política, ideologias e de gênero);
Conhecer a história da sociedade brasileira e paranaense, bem como a
contribuição dos diferentes grupos que a constituíram ao longo do tempo.
27.2 - METODOLOGIA
A metodologia desenvolvida terá no professor um mediador entre o aluno e o
mundo do conhecimento, necessitando para isso ter clareza do processo de
produção do conhecimento histórico, rompendo com a história que somente
privilegia o factual e a memorização. O aluno deve perceber-se como agente
histórico e assim perceber que suas atitudes individual ou coletivamente formam e
modificam a sociedade na qual está inserida.
A história concebe o mundo contemporâneo como resultado de processos de
permanências ou transformações realizadas pelo homem. O Conteúdo, portanto,
não pode ser entendido como acabado, é o primeiro passo em direção ao
aprofundamento, a dúvida, a interpretação e análise.
Metodologicamente buscar-se-á contemplar o ensino de história da seguinte
forma:
Ter como ponto de partida o tempo presente, refletindo-se sobre temas
significativos à vivência do aluno;
Problematizar o conteúdo a ser trabalhado, desenvolvendo a capacidade de
refletir, discutir, argumentar e propor soluções para as questões em debate. Deve-se
questionar o presente e o passado de tal maneira que os alunos adquiram a postura
de inquirir, pesquisar, criticar e não aceitar respostas prontas e o mundo como
natural e definitivo;
Desenvolver o espírito de investigação, trabalhando a pesquisa, em que o
aluno coleta dados para que seja realizada uma reflexão sobre eles;
Desenvolver hábitos de leitura, interpretação, argumentação e exposição de
idéias, amparadas em pressupostos consistentes.
Para viabilizar essa proposta propõem-se atividades integradas aos
conteúdos, em situações diversificadas: ora como pesquisa, ora como discussão,
ora com levantamento de hipóteses,ora com outras leituras.
27.3- AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político Pedagógico da Escola, a avaliação deverá
ser diagnóstica propiciando a reflexão sobre o processo de ensino-aprendizagem
levando à decisão de novas ações. É importante ainda estabelecer o que é
necessário para que os alunos dominem para que possam avançar o caminho da
aquisição de conhecimento.
A avaliação da aprendizagem se realizará mediante verificações consistindo
de provas, trabalhos em sala de aula e/ou domicílio, projetos orientados,
experimentações práticas, entrevistas ou outros instrumentos, considerando uma
avaliação progressiva ao longo do bimestre/ano.
No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as
hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem
no processo de ensino e aprendizagem. A avaliação não deve mensurar
simplesmente fatos ou conceitos assimilados. Deve ter caráter diagnostico e
possibilitar ao educador avaliar o seu próprio desempenho como docente, refletindo
sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades de como atar no processo de
aprendizagem dos alunos.
Nesse sentido, deverá considerar os objetivos e as metodologias para o
ensino de História que propõem um trabalho reflexivo sobre os processos de
formação das sociedades. Deverá considerar também a possibilidade de formação
de síntese com base na leitura e interpretação de documentos, permitindo aos
alunos terem contato com a natureza do trabalho do historiador.
A avaliação terá como objetivo o desenvolvimento da reflexão, analise e
interpretação de textos, discussão de temáticas e elaboração de textos.
52- EDUCAÇÃO FÍSICA
52.1 - Fundamentação Teórica
A prática da Educação Física deverá ser incluída no Programa de educação
complementar, objetivando o desenvolvimento e ou aperfeiçoamento motor, aquisição
e reestruturação de hábitos e atitudes ou ainda o equilíbrio de tensões.
Como sabemos a prática de educação física além de extremamente
gratificante, proporcionar aos indivíduos a manutenção da saúde física e até mental,
através de exercícios, jogos, etc. Em se tratando de pessoas deficiente essas
características tomam maiores proporções uma vez que a sua fragilidade física
,mental e social tendem a torna-los arredios um vitorioso é habilidade de extrema
dificuldade e no entanto de relevada importância para nossa vida . Pois em todos os
momentos estamos competindo, vencendo ou perdendo, quem na vida familiar, que
na escola, quer no trabalho. Adquirir essa preciosa habilidade através da educação
física nos parece a maneira mais efetiva direta e porque não dizer, gratificante. O
educador físico Durval Monteiro garante que a prática de Educação Física de forma
organizada e orientada permite a pessoa expandir-se e desenvolver-se tanto física
como mental desse perfeito equilíbrio, dando às atividades um extraordinário valor na
prevenção de enfermidades.
52.2 - Recreação
A recreação deve ser incluída nas atividades de educação física, dentro do
programa de Educação complementar. Fitzgerald, no livro “Leanuship In
Reccreation”, define recreação como a expressão natural dos interesses e
necessidades humanas, buscando satisfações durante o tempo livre. Assim para que
as atividades realizadas durante as horas de ociosidade possam ser chamadas de
recreativas, devem proporcionar alguma física, social, intelectual, cultural ou afetiva.
A recreação divide-se em livre e dirigida, sendo que qualquer uma delas pode
ser praticada de forma coletiva ou individual.
Fundamentação Teórica
-Buscando uma compreensão que melhor contemple a complexibilidade da
questão a escola adotou a distinção entre organismo: sistema estritamente fisiológico
– e como se relaciona dentro de um contexto sociocultural – e aborda os conteúdos
da Educação Física como expressão de produções culturais, como. Conhecimento
historicamente acumulados e socialmente transmitidos. Portanto, a presente proposta
entende a Educação Física como uma cultura corporal.
O trabalho de Educação Física é importante, pois possibilita aos alunos,
desde cedo, as oportunidades culturais, como jogos, esportes, lutas, ginásticas e
danças, com finalidades de lazer.
A Educação Física traz uma proposta que procura democratizar, humanizar,
diversificar a prática pedagógica, para um trabalho que incorpore as dimensões,
afetivas, cognitivas e socioculturais dos alunos.
Competência e Habilidades
.Integração da personalidade, desenvolver a socialização, o equilíbrio
emocional e autoconfiança.
.Aumentar a possibilidade de saúde através de atividades físicas, conforme
as necessidades do praticante.
.Favorecer um desenvolvimento harmonioso do corpo.
.Fixar hábitos de disciplinas e higiene
.Proporcionar um correto e útil aproveitamento das horas escolares e extra
escolares através de atividades sócio-recreativas e desenvolvimento integral do
educando.
.Participação em diversos jogos e lutas respeitando as limitações e regras,
não discriminando os colegas.
.Desenvolver as aptidões perceptivas como meio ou ajustamento do
comportamento físico motor.
.Favorecer a socialização através de atividades físicas recreativas.
52.3 - Conteúdo
-Atividade sensória- Perceptiva
-Motricidade global
-Esquema corporal
-Qualidades físicas básicas
-Respiração
-Relaxamento
-Esquema corporal
-Lateralidade
-Comportamento
-Jogos-regras
-Atividades esportivas
-Atividades extra-classe (dança, cantigas de roda, jogos de imitação e
expressão corporal)
-Coordenação motora ampla
-Equilíbrio
-Orientação espacial
-Orientação temporal
-Jogos (jogos de construção, jogos simbólicos, jogos recreativos, jogos pré-
desportivos)
-Recreação e lazer (passeios, ruas de recreio, excursões...).
.Os conteúdos, que são desenvolvidos no ensino de Educação Física
Especial, são os mesmos propostos no Currículo Básico.
52.4 - Metodologia
Procurar não despertar o sentimento de compatibilidade acirrada,
aproveitando essa disposição natural da criança para jogar pelo simples prazer de
jogar. Além disso, desde selecionar jogos simples, com poucas regras, para serem
praticadas pelas crianças que estão nesta fase de desenvolvimento.
A interação social precisa ser incentivada, dando-se destaque às atividades
de linguagem.
Procurar despertar o espirito de cooperação e de trabalho conjunto no sentido
de metas comuns. A criança precisa de ajuda para aprender vencer sem ridicularizar
uma atitude de compreensão e aceitação: e quando o clima da sala de aula é de
cooperação e respeito mútuo, a criança sente-se segura emocionalmente e tende a
aceitar mais facilmente o fato de ganhar ou perder como algo normal, decorrente do
próprio jogo.
Jogo supõe relação social. Por isso, participação em jogos contribui para a
formação de atitudes sociais: Respeito mutuo, solidariedade, cooperação, obediência
às regras, senso de responsabilidade, iniciativa pessoal e grupal.
O relaxamento é um método de recondicionamento psicofisiológico, que
proporciona uma sensação de calma, reduz a fadiga e afeto, em alguns pontos, o
funcionamento do organismo, fazendo com que a agitação desapareça.
Brincar livremente oferece enumeras oportunidades educativas:
Desenvolvimento corporal e mental harmonioso, estímulo a criatividade; a
cooperação, etc.
É importante propiciar à criança oportunidades para muitas brincadeiras
espontâneas e jogos livres, para que ela desfrute a alegria de brincar em conjunto,
favorecendo a sua socialização.
52.5 - Avaliação
Proceder a avaliação da aprendizagem, clara e consciente, é entendê-la,
como um processo continuo e sistemático de obter informações, de diagnosticar
progressos, capacidades e habilidades aos alunos. Assim será possível orienta-los
para a superação de suas dificuldades e para que façam uma apreciação critica do
seu potencial.
54- ARTES
54.1 - Fundamentação Teórica
A arte é a execução prática de uma idéia ou concepção caracterizada pela
perícia e habilidade do autor. Em nosso sistema educacional tudo se orienta para o
estudo que na maioria dos casos, significa apenas aquisição de conhecimentos. No
entanto sabemos que o mais simples conhecimento não é suficiente para nos fazer
feliz.
A educação em que se da muita importância ao acúmulo de saber tem se
descuidado das coisas importantes do que as crianças especiais ou não, necessitam
para se adaptarem ao mundo em que vivemos...
As manifestações artística, iniciadas nos primeiros anos de vida podem
significar muito para as crianças especiais. A diferença entre crianças adaptadas e
felizes e outras que apesar de sua capacidade continuam as vezes desequilibradas e
com dificuldades de relações com o próprio ambiente.
Quanto a arte, está comprovado que, sem nenhuma sombra de dúvida exerce
influencia fundamental sobre o desenvolvimento da personalidade infantil e portanto o
futuro das crianças.
Em qualquer fase da vida a criança se dedica a atividades criadoras e
desenvolve sua própria liberdade e iniciativa, crescerá dentro de um espírito que lhe
permitirá reconhecer e apreciar as necessidades individuais e coletivas. Aprendendo
a cooperar e entender-se com os outros.
A medida que vai criando, a criança, confronta-se continuamente com suas
próprias experiências, livrando das tensões, fadiga emocional e muitas vezes supera
ou aprende a conviver melhor com sua deficiência.
Queremos o incentivo a criatividade, o despertar da sensibilidade e não o
ensino de regras estéticas, muito menos aprendizagem de histórias da arte ou nações
de proporções e perspectivas. A Educação Artística percebe-se como elemento
participante necessária para a construção do equilíbrio do homem. Quando
colocamos a arte a serviço da educação global considerando-a como um meio e não
uma finalidade. Nossa finalidade é adaptar a criança harmoniosamente ao mundo.
Pela arte e não para a arte.
A criança especial irá descobrir sua imaginação, ela perceberá que pode
transpor a experiência imediata, mesmo com situações inexistentes. Usando
experiências, ou situações imaginárias, suas fantasias, suas explorações racionais,
assim, torna-se um ser mais completo.
O ensino da arte existiu desde a origem do homem, ensinar foi, na verdade, a
marca da evolução. Para que a arte chegasse aos dias de hoje, certamente houve
quem ensinasse e aprendesse.
A arte na escola significa abertura para a riqueza da própria vida. Quem tem
a oportunidade de conhecer a arte com certeza, terá uma vida mais significativa.
A música é uma forma de expressão que acompanha o homem desde o início
de seu processo evolutivo e está cada vez mais presente na vida contemporânea. O
som influencia o indivíduo desde os primeiros anos de vida: o tom com o qual a mãe
e a babá, assim como os outros habitantes da casa, falam na presença do recém-
nascido, seu comportamento em geral, agem de maneira decisiva sobre suas
aptidões futuras. O gosto pela música surge juntamente com o desenvolvimento
mental e emocional da criança, bastando observar que os sons, os ruídos, a fala
despertam grande interesse nos bebês.
A linguagem musical, como qualquer outra, precisa ser aprendida pelo
indivíduo para que possa servir-lhe como instrumento legitimo de comunicação. É
necessário fazer com que a criança vivência e adquira os conceitos musicais básicos,
bem como os seus símbolos e convenções, pois são recursos para a compreensão
da linguagem musical e conseqüente ampliação de seu universo simbólico.
Precisamos saber o que a música quer dizer, para compreender o que nós queremos
dizer através dela.
Segundo BOTELHO (1978, P.20), o som é a matéria-prima da música, que o
homem usa para a criação artística e é necessário educar o ouvido para perceber as
obras de arte que fazem parte da cultura acumulada através dos tempos. Leve-se, no
entanto, considerar a música como uma linguagem, no sentido mais amplo do termo,
pois a mesma influencia e instrumentaliza o pensamento humano. Resgatar o ensino
da música como linguagem é ampliar as possibilidades de comunicação do homem.
Objetivos:
-Estimular a curiosidade do indivíduo para o conhecimento de si próprio e do
mundo em que vive, através de suas múltiplas sonoridades, descobrindo novas
formas de “ler” os objetos e seres a sua volta.
-Tornar seu ouvido aberto e sensível todo o tipo de som, desenvolvendo sua
acuidade para escutar (ou seja, reconhecer, identificar e discriminar).
-Despertar o prazer de ouvir música, cantar, dançar e movimentar-se
individualmente em grupo, conduzido por sons, melodias e rítmos diversos.
-Aguçar o desejo de explorar as possibilidades sonoras do próprio corpo, dos
objetos, dos instrumentos musicais (prontos ou construídos a partir de materiais
comuns) para depois usá-los em improvisações de diálogos sonoros,
acompanhamento ou história, etc...
-Proporcionar experiências musicais que exijam a participação do indivíduo
inteiro, mobilizando seu corpo, seus sentimentos, sua afetividade, sua inteligência,
sua imaginação e sua expressividade.
-Associar as músicas vivenciadas em sala de aula, as produção musicais
veiculadas pelos meios de comunicação de massa, explorando as relações existentes
entre uma modalidade e outra.
-Expressar e saber comunicar-se em artes mantendo uma atitude de busca
pessoal e/ ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a
sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;
-Interagir com materiais instrumentais e procedimentos variados em artes
(Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), experimentando-os e conhecendo-os de
modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais;
-Observar as relações entre o homem e a realidade com interesse e
curiosidade, exercitando a discussão, indagando, argumentando e apreciando a arte
de um modo sensível;
-Desenvolver a observação e a atenção e interação com as pessoas com as
quais convivem;
-Oferecer oportunidades à pessoa portadora de necessidades especiais de
conhecer uma forma de linguagem universal de comunicação, por meio do
movimento.
-Adquirir habilidades e formas próprias, desenhando, pintando, construindo,
modelando;
-Compreender os significados expressivos corporais, textuais, visuais,
sonoros da criação teatral;
Conteúdos
-Canto em coro e individualmente, segundo o ritmo e a tonalidade
-Interpretar as canções cantadas
-Percepção auditiva
-Músicas para relaxamento
-Dança livre
-Exploração do espaço
-Apresentação de canções infantis acompanhadas de gestos, executadas
inicialmente pelo professor, que é seguida e imitada pelos educandos
-Musicalidade pessoal e instrumental
-Marchas ao som de palmas e instrumentos etc...
-Apresentada de discos deixando-se o educando à vontade para ouvir,
apreciar, dançar e cantar.
-Instrumentos
-Notas musicais
-Ritmo
-Canto e discriminação auditiva
-Pintura com temas livres e dirigidos;
-Pintura de pessoas, do educando, da família, do professor, das flores, dos
animais, das frutas, etc;
-Recortes: livres e dirigidos, com e sem tesoura;
-Desenhos de pessoas, do educando, da família, do professor, de flores,
animais, frutas, etc;
-Desenhos livres
-Planejamento corporativo;
-Teatros ou Artes Cênicas;
-Dramatização de histórias criadas pelos próprios alunos;
-Confecção de fantoches e máscaras;
-Preparação de cartões referentes a Datas Comemorativas;
-Cores – primárias, secundárias e terceárias;
-Dança;
-Técnicas de Pinturas, marmorização
-Confecção de embalagens;
-Jogos recreativos e estimulantes (dominó, memória, quebra-cabeça, etc);
-Brincadeira com fantoches;
-Enfiagem;
-Alinhavo;
-Perfuração;
-Dobradura;
-Rasgadura;
-Modelagem ( livre ou dirigida);
-Decalque;
-Contorno;
-Encaixe;
-Carimbagem
-Montagem;
-Leitura dinâmica de histórias, contos e lendas
-Percepção rítmica
-Canções coordenadas com movimento das mãos
-Canções educativas
-Canções (para brinquedos de rodas) como: samba-lê-lê, cravo e a rosa,
canções folclóricas etc...
-Canto em coro e individualmente, segundo o ritmo e a tonalidade
-Interpretar as canções cantadas
-Percepção auditiva
-Músicas para relaxamento
-Dança livre
-Exploração do espaço
54.4 - Metodologia
A Criança, ao se expressar livremente através de técnicas do desenho,
pintura, recorte, manifesta sua emoções, seu ritmo interior, seus interesses. Assim, as
palavras, os gestos e os movimentos, a expressão plástica é uma linguagem,
constituindo uma forma de comunicação com o mundo.
A aula deve ser livre e nunca dirigida, dando as crianças oportunidades para
se expressar naturalmente, ensinando-se algumas técnicas, com a única finalidade
de dar a elas meios de expressão.
- Perceber a qualidade das superfícies, explorando diferentes texturas
encontradas na natureza ou objetos construídos, classificando-as de acordo com as
semelhanças e diferenças.
- Observar as transformações de cor na natureza, conhecendo a variação
da cor e suas tonalidades, encontradas nos vegetais, terras e pedras, identificando as
diferenças entre claro / escuro e diferentes cores.
-Ampliar o diálogo do aluno com os elementos envolvidos nas experiências
da linguagem musical.
-Proporcionar situações para que o aluno se expresse a partir do seu
esquema corporal da relação com o espaço e o tempo.
54.5 - Avaliação
Avaliação em artes é um dos aspectos mais complexos. O ato de avaliar
pressupõe uma atitude de superioridade do avaliador em relação ao avaliado. Já a
arte não pretende descobrir falhas para saná-las.
Numa escola, pode-se avaliar alguns aspectos do fazer artístico, que
indicarão ao professor crescimento preceptivo, criativo e comunicativo do aluno, para
que possam ser proporcionados atividades de arte que lhe despertarão o interesse
pelo prazer estético.
A avaliação é um processo continuo. Os dados da avaliação são registrados,
para que possa analisar o problema e verificar o que está impedindo ou dificultando a
aprendizagem.
ENSINO RELIGIOSO
ENSINO RELIGIOSO
OBJETIVOS CONTEÚDOS
Reconhecer a existência do
Sagrado, suas obras como a vida,
natureza e todas as formas de criatura;
Sagrado-Ser Supremo;
Criação do mundo;
Respeito pela natureza e a vida;
Gestos e atitudes como caminho
para o encontro com Sagrado;
Formas de demonstrar amor pela
natureza;
Desenvolver hábitos de Respeito às diferenças entre as
cordialidade e respeito ao próximo, a
família, a si mesmo e a todas as
formas de religiosidade;
pessoas quanto às características
físicas, culturais e religiosas;
Símbolos religiosos;
Importância da família partilha;
Diálogo com o Sagrado – Orações
espontâneas;
Distinguir as diferenças entre o
bem e o mal e a violência e a paz;
Importância de se evitar brigas;
Atitudes que possam tornar o
mundo melhor;
Convivência e união;
42.1 – Objetivos Da Educação Nacional
Compreender a cidadania como participação social e política,
respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito. Utilizando o diálogo como
forma de mediar conflitos e tomar decisões.
Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio socio-cultural brasileiro,
posicionando contra as diferenças culturais, classe social, crenças, sexo, étnica e
outras características individuais e sociais.
Contribuir ativamente par a melhoria do meio ambiente, percebendo-se
integrante e dependente e agente transformado.
Adotar uma boa qualidade de vida., valorizando e adotando hábitos
saudáveis, agindo como responsabilidade a sua saúde e a coletiva.
Utilizar de diferentes linguagens como forma de expressar e comunicar
suas idéias, através da linguagem verbal, musical, matemática, gráfica plástica e
corporal.
42.2 - Da Educação Especial:
- Organização e prática pedagógica devem respeitar a diversidade dos
alunos, a exigir diferenciações nos atos pedagógicos que contemplem as
necessidades educacionais de todos levando em conta não só as capacidades
intelectuais de todos levando em conta não só as capacidades intelectuais e os
conhecimentos dos alunos, mas também seus interesses e motivações. Os serviços
educacionais especiais, devem fazer parte de uma estratégia global de educação e
não desenvolver-se isoladamente.
- A atenção a diversidade está centrada no direito de acesso a escola e
visa melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem para todos, bem como as
perspectivas de desenvolvimento e socialização. Essas diferenças vistas não como
obstáculos para o cumprimento da ação educativa, mas, como fatores de
enriquecimento.
- A Educação Especial é parte integrante do sistema educacional
brasileiro, constituindo-se como uma modalidade de atendimento que se destina às
necessidades educacionais de pessoas portadoras de deficiência.
42.2 - Da Escola Especial
Oferecer à pessoa portadora de deficiência condições adequadas para o
desenvolvimento do seu potencial proporcionando sua integração no meio social e
respeitando suas limitações.
Oferecer programas educacionais adequados de acordo com seus interesses,
necessidades e possibilidades, abrangendo todos os aspectos que favoreçam o
desenvolvimento global maximizar as semelhanças, visando sua integração
participação e valorização pessoal no meio em que vive;
Dar oportunidade de aperfeiçoamento aos profissionais visando ampliar seus
conhecimentos para obter o máximo aproveitamento no desenvolvimento integral do
aluno;
Proporcionar orientação familiar e comunitária de modo a gerar ambiente
adequado a pessoa portadora de deficiências, tanto em casa como no contexto que
está inserido, de maneira a desenvolver ao máximo suas potencialidades.
Os horários de funcionamento da Escola de Educação Especial Professora
Maria Celeste de Araújo é de Segunda-feira a Sexta-feira nos turnos matutino,
vespertino.
43 - O CURRÍCULO
A escolarização formal, principalmente em níveis de educação infantil e / ou
nas etapas iniciais do ensino fundamental, transforma o currículo escolar num
processo constante de revisão e adaptação. Os métodos e técnicas, recursos
educativos e organizações especificas da prática pedagógica torna-se elementos
permeadores dos conteúdos, enquanto conhecimento científicos. O currículo, em
qualquer processo de formação, transforma-se na síntese básica da educação. Isto
nos possibilita afirmar que a busca da construção curricular deve ser entendida como
aquela garantida na própria LDB, complementada ou não, com atividades que
possibilitem o aluno que possui necessidades educacionais especiais Ter acesso ao
ensino à cultura e a cidadania comum, conforme determinam os artigos 26 e 27 da
LDB 9394/96, a ser ampliada por uma parte diversificada exigida, inclusive, pelas
características do alunado.
43.1 - Objetivos:
Oferecer oportunidade que possam compensar possíveis atrasos no
desenvolvimento mental e social da criança de alto-risco;
Realizar um trabalho conjunto entre a Escola de Educação Especial e
creche comum, visando a integração da criança no meio.
Proporcionar às crianças de alto risco ou portadores de distúrbios do
desenvolvimento evolução tão harmônica quanto possível e diminuir ou eliminar os
efeitos dos transtornos que apresentam, como também evitar o aparecimento de
outros, decorrentes das situações em que elas se encontram, possibilitando um
desenvolvimento equilibrada, com aumento do potencial existente, para garantir
melhor evolução nas etapas posteriores (Peres-Ramos, 1992).
- Levar a criança a praticar posturas e movimentos seguinte a seqüência do
desenvolvimento motor e postural.
- Habilitar na aquisição de posturas adequadas a diferentes posições e
movimentos.
- Desenvolver o equilíbrio e locomoção
- Desenvolver a percepção da imagem corporal.
- Favorecer o processo desenvolvimento motor e o bom equilíbrio do corpo.
- Favorecer o desenvolvimento da coordenação viso-motora.
- Capacitar a criança na apreensão dos fatos e fenômenos essenciais do
meio facilitando-lhe a exploração e resolução de problemas cotidianos simples que
envolvem:
- Elaboração dos esquemas perceptivos do objetivo e do espaço.
44 - PROGRAMAS DE PROFISSIONALIZAÇÃO
46 - EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Art.86 O programa de educação profissional destina-se a educandos com
deficiência intelectual e múltiplas deficiências, a partir de 16 anos e compreende três
etapas: Iniciação para o Trabalho, Qualificação para o Trabalho e Colocação no
Trabalho.
Art. 87 A Educação Profissional desenvolve-se em três etapas do PECT – Programa
Profissional e Colocação no Trabalho: Preparação para o Trabalho; Qualificação
para o Trabalho;Colocação no Trabalho desenvolvido na escola especial em oficina
protegida terapêutica.
Art. 88 A primeira etapa do PECT tem como objetivo a avaliação das condições do
aprendiz para o trabalho e a sondagem de suas aptidões para posterior
encaminhamento aos Programas de Educação Profissional e Colocação no
Trabalho, subdividido em:
I. Avaliação Inicial para o Trabalho;
II. Pré-profissionalização
Art. 89 A segunda etapa do PECT caracteriza-se pelo seu objetivo eminentemente
qualificador de mão-de-obra da pessoa com deficiência para o emprego, subdividido
em:
I. Treinamento Profissional;
II. Habilitação Profissional.
Art 90 O aprendiz, necessariamente, não precisa passar por todos os programas de
Qualificação Profissional, cabe aos professores, técnicos, instrutores e coordenador,
indicarem o programa que mais se adeque as suas características.
Art. 91 No desenvolvimento de todos os Programas de Qualificação Profissional o
aprendiz deverá receber atendimento nas Habilidades Específicas, Básicas e de
Gestão, dos conteúdos ainda não adquiridos.
Art. 92 O Treinamento para o Trabalho na Instituição tem caráter transitório,
apresenta situações reais e vivenciadas compatíveis com a demanda do mercado e
com a região.
Art. 93 O Treinamento para o Trabalho é desenvolvido na própria instituição,
utilizando diversos recursos: Oficina Supervisionada, Subcontratos, Treinamento nas
áreas de serviços gerais. (adequar à realidade)
Art. 94 O Treinamento em Estágio é realizado em uma empresa, em situação real, e
o aprendiz indicado para participar deste programa deve atender aos pré-requisitos
(idade superior a l7 anos, possuir os documentos pessoais, independência de
locomoção e AVD, interesse e autorização da família).
Art. 95 A Colocação no Trabalho é a inserção da pessoa com deficiência em algum
tipo de atividade laborativa, primordialmente competitiva, e sempre condizente com o
potencial, as condições físicas e as aspirações dessa pessoa e também com as
disponibilidades existentes na comunidade. Utiliza-se de três programas, sendo:
I. Programa de Emprego Competitivo Tradicional;
II. Programa de Emprego Competitivo Apoiado;
III. Programa de Trabalho Autônomo. (adequar à realidade)
Art. 96 O Emprego Competitivo Tradicional consiste fundamentalmente em ajudar o
aprendiz na busca de uma atividade profissional, dentro do perfil solicitado pelo
empregador, para o qual não necessita de apoio especializado.
Art. 97 O Emprego Competitivo Apoiado é a modalidade de emprego em que o
aprendiz necessita de um maior apoio em razão de particularidades de sua
deficiência que podem ser de ordem física, mental, sensorial, múltipla ou ainda
social.
Art. 98 O trabalho autônomo caracteriza-se pela atuação profissional sem vínculo
empregatício. Este envolve administração de recursos, aquisição de encomendas e
comercialização, marketing e vendas. Esta modalidade divide-se em quatro:
Individual, Industria Caseira, Cooperativa e Micro-Empresa.
Art. 99 Os alunos que não apresentam condições de inserção no mercado
competitivo de trabalho após avaliação de todo o processo, permanecem para a
Oficina Protegida Terapêutica que funciona na Escola Especial e tem por objetivo a
integração social por meio de atividades de adaptação e capacitação para o trabalho
de adolescentes e adultos que devido ao seu grau de deficiência, transitória ou
permanente, não possa desempenhar atividade laboral no mercado competitivo de
trabalho. DECRETO 3.298 de 20/12/99.
47 - DAS OFICINAS PROTEGIDAS DE PRODUÇÃO
48 - DOS FINS
Art. 100 A oficina protegida de produção é um espaço voltado à educação
profissional do jovem com deficiência.
49 - DA ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO
Art.101 A oficina protegida de produção será organizada de acordo com áreas
correlatas à demanda de mão de obra no município, com vistas à inclusão no
mercado de trabalho.
Art.102 As oficinas protegidas de produção revestir-se-ão de caráter
profissionalizante.
Art.103 As atividades desenvolvidas pelos educandos nas oficinas
profissionalizantes não se revestem de vínculo empregatício, mas unicamente de
aprendizagem profissional.
Art.104 A educação profissional compreende três etapas: a iniciação profissional, a
qualificação profissional e a inclusão no mercado de trabalho.
Art.105 O educando com deficiência mental poderá se matricular a qualquer tempo
do ano letivo e independentemente de faixa etária nos programas de
profissionalização.
Art.106 O jovem com deficiência intelectual somente será desligado do programa de
educação profissional após sua efetiva inclusão no mercado de trabalho.
Art.107 O educando com deficiência intelectual poderá retornar às oficinas
profissionalizantes da entidade, caso se configure dificuldade ou impossibilidade de
permanência no âmbito do trabalho inclusivo.
Art.108 A oficina profissionalizante objetiva a formação para trabalho e a inclusão
profissional do jovem portador de deficiência.
50- OFICINA PROTEGIDA TERAPÊUTICA
Art.109 A Oficina Protegida Terapêutica destinam-se a educandos a partir de 16
anos de idade, com significativas alterações no processo de desenvolvimento,
aprendizagem e adaptação social. Esse aluno demanda cuidados permanentes e
intensos nas áreas de desenvolvimento com atendimentos específicos a suas
características. Os objetivos e conteúdos são organizados conforme a necessidade
dos alunos, com adaptações de médio e grande porte, adoção de currículo funcional
para facilitar o aprendizado, sua autonomia, melhoria na qualidade de vida e
inclusão social;
Art. 110 A terminalidade específica prevista na LDB nº 9394/96 deverá obedecer a
legislação vigente.
50.1 Fase III – Escolarização e Profissionalização
A fase de Escolarização e Profissionalização é destinada a educandos acima
de 14 anos de idade, constitui-se em um ciclo de atendimento com a oferta de três
programas: Escolarização de Jovens e Adultos, Formação Profissional e Programas
Pedagógicos Específicos, que visam atender ás necessidades e possibilidade de seu
alunado.
A LDB (1996) propõe a vinculação da educação com o mundo do trabalho, ou
seja, destaca a relação estreita entre a escolarização e a preparação para a vida
produtiva. Portanto, os currículos devem oferecer aos educandos portadores de
deficiência oportunidades de desenvolvimento de competências e habilidades
necessárias ao exercício profissional para o mundo do trabalho.
É importante ressaltar que a educação profissional é uma modalidade
educativa aberta a qualquer pessoa, considerando os níveis mais elevados de
escolarização ou a condição de não escolarização, Decreto 2.208 (artigo 3º Inciso I).
Para as pessoas com deficiência mental, essa prerrogativa legal merece
consideração. Tendo em vista suas perspectivas escolares, a orientação da APAE
Educadora, consiste em oferecer-lhe educação profissional de nível básico, destinada
“à qualificação, requalificação e reprofissionalização de trabalhadores independente
de escolaridade prévia” como preconiza o referido Decreto 2.208 (artigo 3º Inciso I).
O decreto prevê ainda o desenvolvimento da educação profissional de
maneira articulara com o sistema regular de ensino e/ou outras modalidades que
contemplem a possibilidade de educação continuada, realizando-se em
estabelecimentos de ensino regular, instituições especializadas ou em ambientes de
trabalho (art. 2º), condições possíveis e previstas na proposta da APAE Educadora.
Sua concepção de educação profissional pode ser traduzida no seguinte texto de
Teixeira (1997).
“Em face da importância que o mundo do trabalho assume na vida da
sociedade, em qualquer período histórico, a educação profissional, enquanto parcela
da qualificação profissional adquirida dentro do processo formativo, é algo que vai
além de ser um componente educativo, tornando-se também um direito de toda a
população apta ao trabalho”. (p.10).
Nessa perspectiva, para o cumprimento de suas metas e propósitos
educativos e de acordo com a estrutura organizacional proposta pela APAE
Educadora, as escolas das APAEs devem desenvolver, na Fase III, programas que
visam à Educação para o trabalho, levando em conta a interatividade entre as
modalidades de Educação de Jovens e Adultos, Formação Profissional (Iniciação
para o trabalho, qualificação para o Trabalho, Colocação no Trabalho) e Programas
Pedagógicos Específicos.
São elegíveis para ingressar na Fase II do ensino fundamental para
atendimentos de escolarização e profissionalização os educandos portadores de
deficiência mental:
- egressos dos programas da Fase II;
- transferidos de outras unidades da Escola Especial e outras instituições;
- encaminhados pelas escolas regulares do sistema de ensino;
- oriundos da comunidade, sem escolarização anterior.
Para o desenvolvimento desses educandos, a APAE Educadora propõe a
oferta de programas educativos de natureza propedêutica e profissionalizante. Não
pretendendo, entretanto, manter os educandos necessariamente nos programas que
desenvolve, visa orientar suas escolas para a possibilidade de atuação conjunta com
a rede regular de ensino, para o caso de alunos indicados para a inclusão escolar e a
rede regular de ensino, para ocaso de alunos indicados para a inclusão escolar e o
estabelecimento de parcerias com a comunidade para a formação profissional,
objetivando o desenvolvimento de habilidades e competências por meio do trabalho,
em termos de escolarização, preparo para a vida produtiva e inclusão social desse
educando como agente do processo.
Neste sentido, a LDB (1996) oferece fundamentos legais para concretizar o
ideário apaeano que consiste em preparar o educando para o mundo do trabalho de
maneira processual, iniciando esse processo na Educação Infantil, perpassando o
Ensino Fundamental e estendendo-se durante a trajetória da vida escolar e
profissional do educando.
50.2 - Fundamentação Teórica.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, ao se tratar a
questão do emprego para o portador de deficiência, devemos buscar uma atividade
economicamente rentável que corresponda não tanto às de deficiências do candidato
mas às sua aptidões ao seu potencial. Indica Borges (1998) que “todos sabemos que
o trabalho muito contribui para a auto-estima, confiança e para determinar os status
do ser humano. Seu papel é de fundamental importância para o indivíduo pois
proporciona aprendizagem, crescimento, transformação de conceitos e atitudes,
aprimoramento e remuneração. Assim sendo, devemos considerar seu
aprimoramento e remuneração. Assim sendo, devemos considerar seu treinamento,
suas qualidades pessoais e sua vontade de trabalho.
Além de situar o sujeito num complexo de relações sociais, o trabalho faz
parte do processo de estruturação e formação do seu mundo psíquico. Assim como a
criança começa a estruturar e elaborar sua vida psíquica através do brincar, o ser
adulto se utiliza do seu trabalho como um final deste processo. Existe uma circulação
do lúcido para o trabalho. O direito ao trabalho é estabelecido na declaração universal
dos direitos do homem em seu artigo 23º garantir esse direito às pessoas portadoras
de deficiência mental é acima de tudo consolidar-lhes a dignidade como membros
integrantes da família humana.
Em resumo, para a pessoa portadora de deficiência, o trabalho vai possibilitar
que apareça um sujeito adulto, criativo, produtivo e responsável. Resgatará sua
dignidade perante a sociedade e sua família.
As fases de profissionalização do deficiente mental ocorrem basicamente em
três grandes programas: Iniciação profissional, oficina pedagógico, trabalho protegido
tendo como finalidade última a inserção do aprendiz como a força de trabalho no
mercado competitivo.
1) Iniciação Profissional – de um programa intermediário entre a
escolarização e a profissionalização propriamente dita.
Nesta fase é realizada a sondagem de aptidões limitações e interesse do
aprendiz, visando facilitar sua inserção no próximo programa.
Este programa destina-se aos portadores de deficiência mental de ambos os
sexos, na faixa etária que se inicia a partir dos quatorze anos(14), considerando-se
potencialidades, habilidades e capacidades.
2) Oficina Pedagógica – É um recurso de atendimento que possibilita
treinamento
Através de várias técnicas de trabalho: manual, artesanato, domésticas,
horticultura, atividades industriais, etc. Ocorre através da vivência em variadas formas
de atividades a nível de aprendizagem e treinamento. Caracteriza-se como o elo
entre a escola e a oficina protegida. Como recurso complementares como: música,
esportes, reforço, acadêmico, atividades cívicas e sociais, eventos artísticos e
culturais.
3) Oficina Protegida Terapêutica – Sua característica fundamental é a de
prover trabalho ou emprego protegido, realizado em condições especiais, a fim de
atender as necessidades tem palavras ou permanentes das pessoas portadoras de
deficiência.
O trabalho protegido configura-se com uma das possibilidades de
encaminhamento permanente do deficiente mental, quando o mesmo não apresenta
condições de atuar no mercado competitivo em decorrência das características
apresentadas pelo grau de deficiência.
O trabalho protegido utiliza, em geral, a atividade industrial, comercial a
prestação de serviços.
-As atividades devem ser graduadas de acordo com os diferentes níveis e
categorias.
-Competências e Habilidades
-Formação de hábitos, atitudes comportamento condizentes com ambiente de
trabalho, preparação para o ingresso no mercado de trabalho.
-De forma geral, objetiva o desenvolvimento de hábitos atitudes e habilidades
específicas voltadas ao trabalho.
-Favorecer a integração do aprendiz, visando a aquisição de pré-requisitos,
prontidão para o trabalho, sondagem de aptidões, hábitos e atitudes ligados a
formação global.
-Formação de hábitos, atitudes e comportamentos condizentes com o
ambiente de trabalho.
-Ajustamento sócio-profissional com vistas ao aproveitamento de mão-de-
obra útil ao mercado de trabalho.
-Preparação do aprendiz para ingressar no mercado de trabalho.
50.3 - Conteúdo
-Zelo pela aparência pessoal;
-Conhecimento básico de sim mesmo;
-Consciência do seu valor humano e sua capacidade produtiva.
-Relacionamento comunitário (conhecer lugares, utilizar transporte coletivo)
-Bom relacionamento com colegas superiores;
-Capacidade de reconhecer autoridade nas chefias;
-Noções de autoridade-Federal, Estadual e Municipal;
-Capacidade de receber orientação, ordens e supervisão.
-Manejo de dinheiro;
-Aplicação do dinheiro.
-Domínio do calendário básico indispensável ao exercício da profissão.
-Necessidades vitais, previdência social, saúde, esporte, lazer e cultura.
-As leis do trânsito
-Meios de comunicação
-Serviços de utilidade pública
-Assiduidade
-Pontualidade
-Persistência
-Responsabilidade
-Motivação para o trabalho
-Tolerância a fadiga
-Iniciativa no trabalho
-Tolerância a frustação
-Cuidados para evitar acidentes
-Manejo de equipamentos, ferramentas e materiais
-Noções sobre prevenção de acidentes no trabalho
-Execução de tarefas, fases de confecção e acabamento no trabalho
-Conhecimento de medidas, moldes, formas.
50.4 - Metodologia
No programa de Profissionalização, optamos pela metodologia de projetos,
onde as atividades acadêmicas e complementares não deverão ser planejadas, a
parte e sim estar integradas ás atividades práticas, com vistas á formação de hábitos
e atitudes de trabalho e ao desenvolvimento de conteúdos que tenham valor na vida
dos aprendizes.
Os conteúdos programados são executados dentro dos setores oferecidos
pela Escola, como:
-Marcenaria
-Horticultura
-Cestaria (tecelagem)
-Cozinha experimental
-Artesanato (pintura, croche, bordado...)
-Jardinagem
50.5 - Avaliação
Considerando que a avaliação sistemática, contínua e integral, o aprendiz
deverá ser avaliado a longo da execução do seu plano individualizado. A avaliação
continua propiciará o aprimoramento do processo de Educação Profissional e
colocação no mercado de trabalho.
Através do SERT em parceria com a Federação Nacional da APAE’ S é
ofertado aos alunos acima de 15 anos cursos de capacitação profissional das
pessoas portadoras de deficiência mental. Estes cursos visam, primordialmente à
reabilitação e a habilitação dos aprendizes.
Para a consecução de seus fins, o quadro de atividades é bastante variado,
rico em recursos.
A implantação desses cursos se justifica pelos aspectos positivos que irão
trazer:
- Preparo pré-profissional através da aprendizagem de várias técnicas de
trabalho (manual, artesanato, atividades industriais, domésticas, ocupacionais; etc),
bem como habilidades específicas;
- Desenvolvimento de hábitos e atitudes de trabalhos;
- Ajustamento social e conquista de auto-realização;
- Tolerância da trabalho;
- Possibilidade de colocação para os aprendizes que consigam atingir o
estágio de trabalho competitivo.
O Direito ao trabalho é estabelecido na Declaração Universal dos Direitos do
Homem em seu artigo 23º. Garantir esse direito às pessoas portadoras de deficiência
mental é acima de tudo consolidar-lhes a dignidade como membros integrantes da
família humana. Outrossim , oportunizar a plena realização desse direito significa
abrir caminhos para auto-realização e para a integração.
A despeito de todas as crises e adversidade, devem prosseguir olhando para
o horizonte com a firme determinação de vencer o desafio.
51- FORMAÇÃO PROFISSIONAL
A nova LDB atribui à Educação Profissional uma abrangência que se
estende desde o reconhecimento do valor educativo do que se aprendeu na escola e
no próprio ambiente de trabalho, até a possibilidade de expandir sua formação
continuada. Segundo Carneiro (2001), o trabalho pode ter a certificação de
conclusão de seus estudos a partir dos conhecimentos adquiridos.
“Não se trata de pagar disciplinas, com se diz no jargão escolar, mas de
desenvolver competências que assegurem o exercício criativo de um ofício, de uma
tarefa ou de um trabalho. A certificação, portanto, vai resultar da capacidade que o
aluno possui de operar os conhecimentos adquiridos”. (p. 121).
Considerando a legislação em vigor e as políticas de atenção à pessoa
portadora de deficiência para a formação e a colocação no mundo do trabalho, o
Movimento Apaeano desde 1997 vem ampliando e estruturando seus programas de
formação profissional. A implantação do plano Nacional de Educação Profissional e
Colocação no trabalho (PECT, Batista e Col., 1998) propiciou, além da
ressignificação de conceitos, a quebra de paradigmas estigmatizantes, que se
materializaram com iniciativas e ações que propiciaram a manifestação e o
desenvolvimento das potencialidades da pessoa portadora de deficiência para o
mundo do trabalho e, conseqüentemente, sua promoção e inclusão social.
A APAE Educadora ao definir na sua estrutura níveis e modalidades de
ensino destaca a educação profissional como forma de propiciar o permanente
desenvolvimento de aptidões e habilidades da pessoa portadora de deficiência para
a vida produtiva.
A vinculação da educação profissional ao desenvolvimento de capacidades
para a vida produtiva serve de base para as ações propostas pela APAE Educadora
quanto à formação do indivíduo. Desse modo, os currículos devem contemplar
também o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para o
exercício profissional.
Por tratar-se de escola especializada e considerando a natureza dos
educandos, as ações de educação profissional a serem realizadas desenvolvem-se
de forma articulada, com metodologias diversas, envolvendo inclusive os ambientes
de trabalho, possibilitando formas de qualificação diversificadas, compatíveis com os
níveis de escolaridade dos educandos. Considerando, ainda, aqueles que não
tiveram acesso a condições de aprendizagem escolar como lhes faculta a legislação
vigente.
O programa de formação profissional na proposta APAE Educadora
considera três etapas:
1 – Iniciação para o Trabalho;
2- Qualificação para o trabalho;
3 – Colocação no trabalho.
51.1 Qualificação para o trabalho.
Trata-se de um programa que visa à qualificação do educando para o mundo
do trabalho, considerando, ou não, o nível de escolaridade do mesmo. Realiza-se
por meio de cursos de habilitação profissional de nível básico, na instituição APAE
ou em agências formadoras da comunidade e ainda por meio do treinamento
profissional na instituição ou em ambientes reais do trabalho.
Os programas de iniciação para o trabalho quanto os de qualificação
profissional priorizam o desenvolvimento de habilidades e competências relativas ao
pensar, ao fazer e ao agir, relacionadas aos conhecimentos, atitudes e práticas do
trabalho consideram também as expectativas do mercado e, principalmente, as
potencialidades, aptidões, interesse e aspirações dos alunos, propiciando
conhecimentos que contribuam para a compreensão da cultura do trabalho,
associado a conhecimentos filosóficos, éticos, estéticos que permitam a pessoa
portadora de deficiência o exercício de sua cidadania.
51.2 Colocação no Trabalho
A colocação no trabalho consiste na inserção do educando em algum tipo de
atividade laborativa, primordialmente competitiva, e sempre condizente com as
condições físicas, aspirações pessoais e potencial do educando, assim como as
possibilidades existentes na comunidade.
Os programas de qualificação além de contribuir pra a formação desdobram-
se em ações que visam à colocação da pessoa portadora de deficiência no mundo
do trabalho, essa ação possibilita a conscientização da validade e eficiência de todo
o processo de educação profissional.
Desse modo, propõe-se a colocação no trabalho nas seguintes
possibilidades: emprego competitivo apoiado e não-apoiado e trabalho autônomo.
- Emprego competitivo não-apoiado (tradicional) – consiste fundamentalmente em
ajudar o aprendiz na busca de uma atividade profissional, dentro do perfil
solicitado pelo empregador, para o qual não necessita de apoio especializado.
- Emprego competitivo apoiado – é a modalidade de emprego em que o aprendiz
necessita de um maior apoio em razão de particularidades de sua deficiência que
pode ser de ordem física, metal, sensorial, múltipla ou ainda social.
- Trabalho autônomo – caracteriza-se pela atuação profissional sem vínculo
empregatício. Este envolve administração de recursos de recursos, aquisição de
encomendas e comercialização, marketing e vendas.
Para colocação no trabalho são realizadas pesquisas de mercado, visando à
formação de um cadastro das empresas da comunidade. Essas pesquisas serão
orientadoras não só para os cursos a serem oferecidos como também para os
estágios e empregos para os aprendizes.
Os alunos maiores de 14 anos com deficiência mental, associada ou não a
outras deficiências, contam ainda com projetos especiais de caráter laborativo
desenvolvido por ações institucionais.
61- PLANOS DE AÇÕES DIREÇÃO:
A Diretora tem como principal ação cumprir e fazer cumprir as normas,
estabelecendo diretrizes gerais de planejamento.
Tem como objetivo coordenar e presidir reuniões.
Avaliar o desempenho da Educação Especial na rede educativa sob os
aspectos qualitativos.
Firmar parcerias locais com outras secretarias como transporte, saúde,
trabalho, família e ação social, realizando as interfaces necessárias ao atendimento
de forma global ao aluno com necessidades educacionais especiais.
Capacitação continuada envolvendo a comunidade escolar através de ações
coletivas;
Aprimorar os recursos materiais e capacitar recursos humanos necessários
para dar suporte ao aluno e ao professor.
Incentivar e subsidiar a comunidade escolar na construção do projeto
Pedagógico, principalmente no que diz respeito às modificações e adequações
curriculares necessárias às especificidades dos alunos com deficiência, valorizando
os recursos da comunidade.
Prever a necessidade de contratação e capacitação de profissionais da
educação para suprir a demanda necessária.
Incentivar a produção de recursos e materiais que favoreçam a aprendizagem
de todos.
Divulgar as conquistas obtidas pelas pessoas com deficiência.
Participar de eventos de capacitação: palestras, seminários e cursos.
Inserção de alunos em programas da comunidade (cursos, estágios et
Conscientização da comunidade, em geral, sobre as potencialidades da
pessoa deficiente e a necessidade de se estabelecerem novas relações sociais,
considerando-se o paradigma da inclusão.
Por final a Diretora oferece condições de trabalho para os profissionais
envolvidos no atendimento à Pessoa Portadora de Deficiência.
62- COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
A Coordenação Pedagógica tem como principal ação estabelecer e fazer
cumprir as normas didáticas pedagógicas, proporcionando condições favoráveis ao
desenvolvimento educacional.
Tem como meta principal auxiliar diretamente em suas funções, coordenando
o trabalho educativo da escola, sendo responsável pela regularidade do serviço;
Orientar-se e coordenar a prática pedagógica de cada professor necessário
ao aprendizado dos educandos.
Oportunizar aos professores (reuniões, grupo de estudos) que coloquem suas
dificuldades, inovações, estratégias para discussão em prol ao bom desenvolvimento
do educando.
Zelar pelo aperfeiçoamento aos profissionais sob suas responsabilidades
propondo e viabilizando sua participação em eventos oferecidos pela Escola, Núcleo
Regional de Educação, Secretária de Educação e outros.
Elaborar para uso da biblioteca normas próprias, para um bom funcionamento
e atribuições dos usuários.
Expandir e melhorar a oferta de Educação Infantil para criança com
deficiência e as de alto risco.
Desenvolver trabalho preventivo, com apoio da Secretaria Municipal da
Educação.
E segmentos da Sociedade, junto aos professores de Ensino Regular,
evitando-se mecanismo de exclusão de alunos com dificuldades de aprendizagem.
Criar grupos de Estudo para discutir e redigir as adaptações curriculares,
submetendo-as à apreciação crítica das equipes técnica pedagógica das escolas.
Viabilizar e organizar grupos de estudos no âmbito da escola, permitindo a
discussão e socialização do saber acumulado e o relato de experiência bem sucedida
no contexto da escola;
Criar grupos de estudos buscando inovar as técnicas e metodologias que
auxiliarão positivamente no seu fazer pedagógico e consequentemente irão beneficiar
a integração de todos os alunos e garantir mais sucesso na aprendizagem.
Estimular os professores a elaborar, com seus alunos, material didático-
pedagógico.
Motivar o professor a participar do processo de inclusão, oferecendo-lhes
condições para um dialogo crítico-construtivo, no âmbito escolar, afim de levantar as
dificuldades enfrentadas, apresentando sugestões para a melhoria de seu trabalho.
Estabelecer critérios para a escolarização de alunos com deficiência,
principalmente quanto a terminalidade específica, prevista na LDB/96.
Divulgação das conquistas obtidas pelas pessoas com deficiência.
Elaborar o projeto pedagógico, desenvolvendo em toda a comunidade escolar
o sentimento de pertencer, e de que juntos irão construir a escola que se quer.
Orientação as famílias quanto a importância das providências sobre a
documentação pessoal do filho deficiente. Por final o coordenador cumprirá e fará
cumprir as disposições do Regimento Escolar.
63 - PLANO DE TRABALHO DO DOCENTE
O trabalho do professor como regente de sala de aula, tem como meta
principal de criar condições didático-pedagógicas para o melhor desenvolvimento do
educando, fazendo com que o mesmo adquira o conhecimento de acordo com o
programa que está inserido. Por em prática as orientações recebidas pelos
profissionais que trabalham em parceria para o melhor desenvolvimento do
educando, buscar sempre informações sobre as dificuldades apresentadas em sala
de aula pelo educando, estar sempre bem informado se capacitando na área em que
atua. Cada etapa de ensino, cada avanço na aprendizagem, potencializa, agrega
capacidades adicionais para que o educando adquira novas competências para o seu
progresso.
Postas estas considerações a escola assume o papel de:
- Promover o acesso do aluno às práticas culturais sociais;
- Estimular e instigar o aluno de forma que ele seja não só consumidor, mas
também produtor de cultura;
- Incentivar e respeitar a opção do aluno por todas as formas de manifestação;
- Incentivar e promover momentos de integração entre a comunidade: pais, alunos,
professores, vizinhos, por meio de diversas iniciativas;
- Instigar a curiosidade, estimular a pesquisa, o estudo e a busca por respostas em
diferentes meios de informação;
- Garantir os alunos e seus familiares o debate de questões sociais afetas à
comunidade, como desigualdade social, preconceito, desemprego, fome,
analfabetismo, entre tantos outros.
64 - FONOAUDIOLOGIA
O setor de fonoaudiologia realiza, anaminese, avaliações, reavaliações,
orientações à pais, orientações à professores e auxiliares, visitas as salas e
encaminhamentos.
O setor atende alunos que apresentam distúrbios de comunicação e
distúrbios orais e miofuncionais.
O objetivo do tratamento é em muitos casos desenvolver comunicação verbal,
melhorar ou compensar esta, e em outros desenvolver comunicação alternativa,
visando melhor socialização estomatogmáticas para mastigar, deglutir e sugar
segundo padrões de normalidades. Melhorar musculatura oro facial pra educação da
sialorréia e conseqüentemente melhoramento da fala e funções.
Para melhor adaptação do educando a situação terapêutica, são realizados
reavaliações e reelaborações de planos de tratamento, bem como novas
estruturações visando o aprimoramento, dentro das potencialidades e possibilidades
das partes técnicas cabíveis ao setor, para que este obtenha bom desempenho frente
a parte interessada para nós no momento futuramente.
65 - PSICOLOGIA:
Cabe ao psicólogo realizar: triagem para considerar a necessidade ou não do
aluno freqüentar a escola.
Avaliações e reavaliações dos alunos; encaminhamentos adequados;
reuniões com pais; professores e equipe técnica, conforme a necessidade.
As avaliações consideram o intelectual, físico e emocional do aluno, se dá
através de testes padronizados, observações, levantamento do histórico familiar e do
desenvolvimento do indivíduo.
Com o conhecimento das potencialidades e limitações pode-se encontrar a
melhor forma de oferecer ao aluno uma adaptação diante de suas dificuldades.
É também tarefa do psicólogo, orientar e dar suporte ao aluno, professor e
família através de atendimento individual, em grupo e reuniões e projetos.
O objetivo principal deste serviço é proporcionar melhor qualidade de vida ao
aluno, proporcionar boa auto – estima, fazendo com que se sinta seguro e consciente
do que pode e consegue fazer além de prepara-lo para o convívio social e para o
processo de ensino e aprendizagem.
66 - TERAPIA OCUPACIONAL:
O setor de T.O. realiza avaliações, reavaliações, adaptações e orientações
aos pais e professores.
Este setor atende todos os alunos matriculados na escola. O objetivo do
tratamento é proporcionar uma melhora na qualidade de vida dos alunos, sendo
assim é realizado adaptações pra melhorar nas AVDs e AVPs, orientações aos
professores sobre a defasagem do aluno e suas capacidades, orientações aos pais
sobre o tratamento realizado na escola e como dar continuidade em casa, terapia
individual e terapia em grupo, visando buscar as potencialidades de cada aluno e
assim realizar o tratamento adequado.
67 - SERVIÇO SOCIAL:
O serviço social tem como objetivo prestar atendimento assistencial,
educacional e de saúde à pessoa portadora de deficiência (mental, física, sensorial e
múltipla), assim integrá-la com a comunidade em que vive através de um
acompanhamento orientado que vai da entidade ao lar, ao trabalho, à escola, centros
comunitários, creches e inclusive ao lazer.
- Entrevistas triagens;
- Relatórios;
- Orientações;
- Visitas domiciliares e atendimento aos pais com orientações aos seus
filhos;
- Orientações específicas diante de situações – problemas.
- encaminhamentos conforme necessidade para recursos da
comunidade, saúde, educação e trabalho;
- Participação na organização das campanhas promocionais beneficente;
- Ampliação de atendimentos as famílias através de programas de
atendimento específico.
68 - FISIOTERAPIA
- Avaliação e laudo das alterações neuro muscular, esquelética e
alterações respiratórias;
- Avaliação da defasagem de idade motora tendo como parâmetro a idade
cronológica;
- Tratamento individual de todo paciente que necessite de atendimento do
setor de fisioterapia;
- Orientação à professora sobre manobras de facilitação de movimento,
e/ou inibição dos reflexos patológicos;
- Participação de reuniões para debates de casos com a equipe
multidisciplinar;
- Encaminhamento de pacientes para todos afins que fizerem necessários
e que fujam da competência da equipe Apaeana;
- Orientação diagnóstica para os pais, visando continuidade dos
tratamento no lar, o pleno desenvolvimento do educando.
69 - RECURSOS FINANCEIROS
Os Recursos Financeiros são obtidos pelos órgãos Públicos , A nível
Municipal Estadual e Federal.
-FNDE/MEC
-SEED
-FNAS
-SERT
- SUS
. Doações, Promoções e recursos próprios.
As ações são as seguintes:
1-Parceria com a Igreja
Realização de palestras, projeção de filmes e documentários nos cursos de
noivos, encontro de casais, encontros de jovens...
2-Parcerias com órgãos públicos (Secretaria de Saúde, Educação, Família e
Ação Social).
-Palestras para alunos do 1º e 2º graus.
-Realização de campanhas de prevenção.
-Palestras para gestantes
-Implantação de serviços de prevenção.
A Escola de Educação Especial desenvolve um trabalho com a creche
comum com atendimento psicopedagógico para crianças de alto risco e com
deficiência mental leve, com atraso no desenvolvimento psicomotor e cognitivo, sob
sua responsabilidade.
3-Parcerias com a pastoral da criança, Postos de Saúde, pré-escola e
Conselho Tutelar.
BIBLIOGRAFIA
-APAE Educadora, Escola que buscamos – Brasília /DF. –abril/2001-09-21
-XVII Congresso Nacional das APAEs. SALVADOR – BAHIA julho/1995
-Parâmetros Curriculares Nacionais. Adaptações Curriculares. Brasíla, 1999.
-Referencial, Curricular Nacional para Educação Infantil.
-Colégio Educação Especial. Ação Pedagógica Vol. 1 e 2. Federação Nacional das
APAEs.1993.
-Pedagogia de Projetos – Interdisciplinares Editora Rideel – 1º Edição. São Paulo
-Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei. Nº 9394/96- SINEPE/PR-
Curitiba
-Danilo Gandin/ Luiz Armando Gandin. Temas para um projeto político-Pedagógico.
(Editora Vozes 2º Edição).
-Celso dos S. Vasconcelos. Planejamento. Cadernos Pedagógicos da Libertad-1-
6ºEdição.
-Família e profissionais rumo a parceria. Federação Nacional das APAEs. Brasília
1997.
-Anais 40º Encontro das APAEs do Paraná. Apucarana 2001.
70 - ANEXOS
71 - PROJETOS
A Escola de Educação Especial “Maria Bonfim” desenvolve atualmente
projetos que atinge direta ou indiretamente alunos, pais, professores e comunidade
em geral. Alguns em andamento e outros a serem realizados a partir do ano de 2002.
72- PROJETO GRUPO DE ESTUDOS
Sabendo que as pedagogias presentes nas salas de aula, precisam ser
conhecidas e articuladas. E assim tomadas, são definidoras dos eixos básicos e
necessários à escola em seu projeto pedagógico.
73 JUSTIFICATIVA
Esta prática está justificada na necessidade de proporcionar aos professores
um momento de acréscimo aos seus conhecimentos, com novas técnicas e teorias
que o ajudem na sua prática pedagógica.
74 OBJETIVO
O grupo de estudo tem com objetivo principal a apropriação de novos
conhecimentos e o constante repensar da prática pedagógica.
- desenvolver o gosto pela cultura e experimentos inovadores
necessários à escola;
- desenvolver a capacidade de memorização e articulação adaptados
no decorrer dos conteúdos;
- desenvolver a criatividade e responsabilidade de fazer sempre o
melhor.
75 DESENVOLVIMENTO
O grupo de estudos será realizado a cada 60 dias com um tempo previsto de
04 horas distribuídas entre: estudos de materiais específicos (documentos, livros,
revistas, fitas de vídeo, etc). e discussão sobre o material estudado, levantamento
das dificuldades em sala de aula e finalmente propostas de metas pra solução das
mesmas.
- Leitura e trabalho com textos para levantamento de tópicos
importantes;
- Estudo de documentos e apostilas para sustentação especifica
apontadas no trabalho pedagógico;
- Pesquisas inter-grupal apontando opiniões e argumentos para
posterior discussões;
- Pesquisas para trabalhos coletivos ou individuais que venha interagir
para uma tomada de decisões.
76 FINALIZAÇÃO
Ao final de cada grupo de estudo, os professores terão que apresentar junto a
Direção projetos de trabalhos que venham de encontro a solução dos problemas por
eles levantados.
- como reconhecimento pelo trabalho executado em reuniões propostas,
todos os elementos do referido projeto participaram.
78 - CLUBE DE MÃES
OBJETIVOS:
Propiciar as mães um espaço onde serão realizadas reuniões semanais e
atendimentos individuais, possibilitando a reflexão de seus problemas, na busca de
soluções viáveis para si e o grupo como um todo, bem como, conscientizar quanto a
importância de um maior envolvimento da família com a escola.
79 - PROJETO COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
OBJETIVO:
Desenvolver no aluno com comprometimento neurológico e que apresenta
AFASIA, (ausência de linguagem expressiva uma forma de se comunicar através de
figuras e símbolos).
FONÉTICA
Orientar a equipe pedagógica e informar a importância para alfabetização e
utilização do método fônico.
MÉTODO FÔNICO:
Orientar o professores principalmente para produção adequada dos sons das
letras, e alfabetização à partir daí, auxílio – CAPOVILA E PANLEXIA.
80 - CONCLUSÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO
Este Projeto Pedagógico foi elaborado na intenção de atender as necessidades
educacionais de nossos educandos, baseando-se nas Diretrizes Nacionais da
Educação Básica e dos Referenciais Nacionais Curriculares Para a Educação Infantil,
ECA e outros documentos que amparam o direito de nossos alunos a uma educação
de qualidade, igualitária e emancipatória.
Pretende também ser o espelho de nosso trabalho, possibilitando a todos uma
visualização clara e objetiva das ações desenvolvidas no trabalho pedagógico e em
todas as outras ações executadas no espaço escolar.
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
DIREÇÃO: Vera Lúcia Batista Pires Sanchez
PEDAGOGA: Leila Franco Sanchez
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Diretora Pedagoga