PROF.: CÍCERO
NETO
ABRIL 2008
E v a n g e l i s m o P e s s o a l P á g i n a | 2
ÍNDICE
Introdução____________________________________________________________03
I ) Definição___________________________________________________________06
1. O que dizem os eruditos
2. Atos 1:8
II ) Base para o Evangelismo______________________________________________11
1. Conhecimento de Deus
2. Teocentrismo
III ) Estratégias e Ferramentas Evangelísticas________________________________16
1. Evangelismo de massa
2. Evangelismo pessoal
IV ) Plano de Salvação___________________________________________________19
1. O conteúdo da mensagem
2. A transmissão da mensagem
VI ) Conclusão_________________________________________________________25
Anexo _______________________________________________________________26
Bibliografia___________________________________________________________27
Prof.: Cícero Neto
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INTRODUÇÃO
Vivemos em um tempo muito
desafiador. O mundo contemporâneo é um
mundo globalizado, que tem como principal
característica o grande avanço tecnológico e a
velocidade com que as informações são
veiculadas, mas que ainda é influenciado pelos
fortes conceitos pós-modernos,
principalmente o relativismo, o pluralismo e o
hedonismo. O grande fato é que o homem de
hoje persisti em buscar a felicidade, a
realização e a satisfação pessoal. É uma busca
antropocêntrica, ou seja, o homem se coloca
no centro, buscando no mundo a sua volta
algo que lhe possa satisfazer e lhe trazer
felicidade. O evangelho responde a esta
grande necessidade do homem
contemporâneo, como disse Rick Warren: “As
boas novas
oferecem às
pessoas
perdidas o que elas estão freneticamente
buscando.” 1 O que os homens de hoje precisam
descobrir é que a felicidade e a realização pessoal
tão almejada, só são possíveis através de Cristo e
1 WARREN, R. Uma Igreja com Propósitos. São Paulo: Editora Vida, 1997, p272Prof.: Cícero Neto
“Se os homens não estiverem perdidos, se o evangelho não for verdadeiro, se a educação for mais necessária que a salvação, e a reforma política mais fundamental que a transformação espiritual, certamente a urgência da evangelização não passara de conversa vazia sem significado algum.” (Russel P. Shedd)
“Se os homens não estiverem perdidos, se o evangelho não for verdadeiro, se a educação for mais necessária que a salvação, e a reforma política mais fundamental que a transformação espiritual, certamente a urgência da evangelização não passara de conversa vazia sem significado algum.” (Russel P. Shedd)
“As boas novas oferecem às pessoas perdidas o que elas
estão freneticamente buscando.”
(Rick Warren)
“As boas novas oferecem às pessoas perdidas o que elas
estão freneticamente buscando.”
(Rick Warren)
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Cristo exige do homem uma vida teocêntrica, ou seja, que coloque Deus no centro e
acima de tudo.
Falar de evangelização é tratar de um assunto urgente, visto que a cada dia
morrem milhares de pessoas que não são convertidas a Cristo. Eles estão perdidos e
caminhando para o inferno desta maneira e por isto a evangelização deve ser nossa
prioridade, ainda que a educação, a ação social e
todos os aspectos para uma melhor qualidade de
vida física do homem sejam importantes, a
evangelização se sobressai sobre todas estas coisas,
pois é o evangelho que vai tirar o homem do
caminho do inferno para o caminho do céu, como
disse Russel P. Shedd: “Se os homens não estiverem
perdidos, se o evangelho não for verdadeiro, se a
educação for mais necessária que a salvação, e a
reforma política mais fundamental que a transformação espiritual, certamente a
urgência da evangelização não passara de conversa vazia sem significado algum.” 2
Tratar a respeito da evangelização é sempre empolgante, pois diz respeito à
prática que nem aos anjos foi permitido realizar, mas tão somente aos homens
regenerados por Cristo. Tal prática é a única que, segundo a Bíblia, pode causar uma
festa no céu, e isto quer dizer que quando um cristão evangeliza um incrédulo e
este se converte ao Senhor o “estado do céu” é alterado, pois há festa no céu
quando um pecador se arrepende (Lucas 15:7). É glorioso pensar que o cristão,
através do próprio Deus, pode ser usado por Ele mesmo para ajudar um incrédulo a
sair do caminho da condenação ao inferno para o caminho que conduz a vida
eterna no céu.
Certa vez Guilherme Carey, que dedicou sua vida ao Senhor como missionário
na Índia, tido como o pai de missões modernas, desafiou: “Tente fazer grandes
coisas para Deus e espere grandes coisas de Deus.” 3 Certamente, decidir fazer
2 SHEDD, R. P. Evangelização: Fundamentos bíblicos. São Paulo: Shedd Publicações, 2006, p8Prof.: Cícero Neto
“Tente fazer grandes coisas para Deus e espere grandes coisas de Deus.” (Guilherme Carey)
“Tente fazer grandes coisas para Deus e espere grandes coisas de Deus.” (Guilherme Carey)
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parte do projeto de evangelização dos homens, em obediência ao Senhor, é buscar
fazer algo grande para Deus, algo que promove festa no céu. Como diz o sábio rei
Salomão, inspirado pelo Todo Poderoso: “Quem ganha almas é sábio.” (Provérbios
11:30).
Nossa proposta, portanto, é tratarmos daqui para diante a respeito da
definição de evangelização, qual a base para a evangelização e também qual o
conteúdo da mensagem de evangelização e a partir disto vermos como podemos
transmitir esta mensagem e que estratégias e ferramentas poderemos utilizar.
I ) DEFINIÇÃO
3 BOTELHO, D. Onde Estão os 7.000 que não Dobraram os Joelhos a Baal? Camanducaia: Missão
Horizontes, 2001, p45Prof.: Cícero Neto
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1. O Que Dizem os Eruditos
Muitos têm procurado definir o que de fato é a evangelização e há algumas
considerações que são dignas de nossa reflexão.
Michael Green dá uma definição bem simples. Ele diz: “Evangelização é a
proclamação das boas novas de salvação a homens e mulheres tendo em vista a sua
conversão a Cristo e filiação a sua Igreja.” 4 Russel Shedd vai dizer que “a natureza
da evangelização é a comunicação do evangelho. Seu propósito é dar aos indivíduos
e aos grupos uma oportunidade genuína de receber a Jesus Cristo como Salvador e
Senhor. Sua meta é persuadi-los a se tornarem discípulos do Senhor e servi-lo na
comunhão da Igreja.” 5
Podemos ainda considerar, como uma definição mais abrangente de
evangelização, a resolução a respeito deste assunto, que nos faz o Pacto de
Lausanne: “Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por
nossos pecados e ressuscitou dentre os mortos, segundo as Escrituras, e que, como
Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos
pecados e o dom libertador do Espírito a todos os
que se arrependem e crêem. A nossa presença
cristã no mundo é indispensável à evangelização,
como também o é o diálogo, cujo propósito é
ouvir com sensibilidade, a fim de compreender.
Mas a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico
como Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a virem a ele
pessoalmente assim se reconciliando com Deus. Na proclamação do convite do
evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus ainda
convida todos que desejam segui-lo a negarem-se a si mesmos, tomarem a cruz e
identificarem-se com a sua nova comunidade. Os resultados da evangelização
4 GREEN, M. Evangelização na Igreja Primitiva, São Paulo, Vida Nova, 1990, p7
5 SHEDD, op. Cit., p93Prof.: Cícero Neto
“… Na proclamação do convite do evangelho, não temos o direito de
esconder o custo do discipulado...”
“… Na proclamação do convite do evangelho, não temos o direito de
esconder o custo do discipulado...”
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incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço responsável no
mundo.” 6
2. Atos 1:8
Estas definições muito nos ajudam a
compreender melhor o que de fato é a
evangelização. Foi se tratado, acertadamente, de
proclamação do evangelho, de reconciliação do
homem com Deus, de persuadir os homens a fé,
de difundir as boas novas, comunicar o evangelho,
no entanto se faz necessário acrescentarmos ainda uma outra idéia dentro da
definição de evangelização, que não foi tratada acima para que alcancemos um
entendimento maior. Trata-se da ordem que o Senhor Jesus nos dá em Atos 1:8. Ele
disse:
“...recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos
confins da terra.”
Jesus Cristo, a própria boas novas, está neste
contexto dizendo suas ultimas palavras na Terra,
pois logo Ele acenderia aos céus como está descrito
no verso 9, e em suas ultimas palavras, Jesus dá
uma ordem de vital importância, para Ele, aos seus
discípulos que estavam ali naquele momento, mas
que nós entendemos que se estende a todos que
vierem a ser discípulos de Cristo, ou seja, é uma ordem para nós, que dizemos que
somos discípulos de Jesus.
6 Congresso Internacional de Evangelização Mundial, Lausanne, Suiça, Julho 1974.Prof.: Cícero Neto
“Sua missão é uma continuação da missão de Jesus sobre a Terra”
(Rick Warren)
“Sua missão é uma continuação da missão de Jesus sobre a Terra”
(Rick Warren)
Podemos, portanto, entender a
evangelização como a experiência de
testemunhar de Cristo desde onde estivermos até os confins da Terra.
Podemos, portanto, entender a
evangelização como a experiência de
testemunhar de Cristo desde onde estivermos até os confins da Terra.
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Se os próprios homens não gastam suas ultimas palavras tratando de
assuntos de pouco relevância, pelo contrário, costumam dizer o que para eles é
altamente importante, quanto mais o Senhor Jesus, em toda a sua sabedoria.
Portanto, a última ordem de Cristo diz respeito a continuação de sua missão, o que
também podemos entender como a continuação de sua vida sobre a Terra, como
disse Rick Warren: “Sua missão é uma
continuação da missão de Jesus sobre a
Terra”7. Ele diz que nós vamos ser suas
testemunhas, podemos, portanto, entender
a evangelização como a experiência de
testemunhar de Cristo desde onde
estivermos até os confins da Terra.
É relevante nós considerarmos um
pouco mais o que Jesus quis dizer com
“testemunhas”. Analisando esta palavra no
texto original - gr. vamos ver que
ela é um substantivo no caso nominativo
predicativo, e isto ocorre depois de verbos
de existência. A idéia fundamental do
nominativo (“o caso de nomear”) é
designação. A função original do caso era
dar identificação mais específica ao sujeito do verbo. Algumas vezes isto é chamado
de o “sujeito complemento”, por que ele completa o sentindo do sujeito e
especifica a mesma pessoa ou coisa como sujeito. Isto quer dizer que Jesus
nomeou, designou os seus discípulos para serem suas testemunhas e estas por sua
vez estão tão identificadas com Jesus, Aquele quem as nomeou, de tal modo que
7 WARREN, R. Uma Vida com Propósitos: Você não esta aqui por acaso. São Paulo: Editora Vida, 2003,
p244Prof.: Cícero Neto
“Mártir cristão é aquele que prefere enfrentar a morte a negar ao Cristo, ou a Sua obra... prefere sacrificar tudo o que possa ser considerado de grande importância para promover o Reino de Deus... prefere enfrentar grandes sofrimentos pelo testemunho de Cristo.”
“Mártir cristão é aquele que prefere enfrentar a morte a negar ao Cristo, ou a Sua obra... prefere sacrificar tudo o que possa ser considerado de grande importância para promover o Reino de Deus... prefere enfrentar grandes sofrimentos pelo testemunho de Cristo.”
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fica difícil saber quem é Jesus e quem é testemunha. Testemunhar de Cristo implica,
portanto, viver a vida de Cristo. É poder dizer como Paulo:
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim;
e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se
entregou a si mesmo por mim.” (Gálatas 2:20)
É interessante notar que o vocábulo grego em Atos 1:8 traduzido por
testemunhas é (martures), do qual também se deriva o termo moderno
mártires. A definição mais simples de mártir é o indivíduo que morreu pela causa
em que cria. A missão Voz dos Mártires nos dá também uma definição para o mártir
Cristão: “Mártir cristão é aquele que prefere
enfrentar a morte a negar ao Cristo, ou a Sua
obra... prefere sacrificar tudo o que possa ser
considerado de grande importância para
promover o Reino de Deus... prefere enfrentar
grandes sofrimentos pelo testemunho de
Cristo.”8
Isto traz à consideração a verdade de que
testemunhar de Cristo implica em estar pronto para morrer por Cristo. Nada novo,
pois se a testemunha está tão identificada com Cristo, o sofrimento, a dor, a “cruz”
é seu destino.
Ao considerarmos esta verdade a respeito do testemunhar de Cristo, uma
questão pode se suscitar: “Será que conseguiremos testemunhar de Cristo, do
modo que Ele requer que testemunhemos?” A resposta está no próprio texto. Ele
disse que nós testemunharíamos a partir do momento que recebêssemos o poder
do Espírito Santo, logo o poder para ser testemunha não é humano e sim espiritual.
Nós vamos conseguir testemunhar, mas na dependência do Espírito Santo e não
com o nosso braço, como diz o salmista: “Uns confiam em carros, e outros, em
cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR, nosso Deus.” (Salmo 20:7)
8 www.vozmartir.orgProf.: Cícero Neto
O poder para ser testemunha não é
humano e sim espiritual. Nós
vamos conseguir testemunhar, mas na
dependência do Espírito Santo, e não com o nosso braço.
O poder para ser testemunha não é
humano e sim espiritual. Nós
vamos conseguir testemunhar, mas na
dependência do Espírito Santo, e não com o nosso braço.
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Pois, na verdade, é como também profetizou Zacarias, dizendo: “...não por força,
nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Zacarias
4:6)
Ao ser analisada no texto original, vamos notar que a palavra “poder” - gr.
que Jesus menciona em Atos 1:8, é
um substantivo no caso acusativo de objeto
direto, que ocorre quando este recebe a ação
de um verbo transitivo. A idéia principal do
acusativo é limitação. Ele limita em referência a
extensão, duração, direção, etc. Isto quer dizer
que o substantivo está limitado e limitado em
referência ao sujeito, ou seja, o poder para ser
testemunha está limitado a quem recebeu o Espírito Santo. Este termo não tem o
sentido de autoridade, mas sim, força intensa, energia, poder real. Com isto vemos
que o cristão tem a grande incumbência de testemunhar de Cristo, mas também
tem a grande força do Espírito para cumprir tal incumbência.
Como percebemos, o vocábulo grego traduzido por poder é
(dunamin), deste também se deriva o termo moderno dinamite. Este fato
torna possível a consideração à comparação do poder do Espírito Santo como um
dinamite, correlacionado com o texto em que Jesus diz que “... as portas do inferno
não prevalecerão...” (Mateus 16:18), nos faz pensar que este poder faz as portas do
inferno explodirem.
Com base em Atos 1:8 podemos dizer, portanto, que a evangelização consiste
em testemunhar de Cristo, no poder do Espírito Santo. A partir desta afirmação
poderemos, então, compreender, daqui em diante, como testemunhar no poder do
Espírito Santo. Para isto precisaremos, antes de mais nada, considerar a base para a
evangelização.
Prof.: Cícero Neto
A evangelização consiste
em testemunhar de Cristo,
no poder do Espírito
Santo
A evangelização consiste
em testemunhar de Cristo,
no poder do Espírito
Santo
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II ) BASE PARA O EVANGELISMO
1. Conhecimento de Deus
Ao tratarmos de qualquer princípio bíblico, é importante considerarmos a
fonte, a base, a motivação para a prática daquele princípio e no que diz respeito à
evangelização, isto não é diferente. A Bíblia nos mostra que tudo começou com
Deus, como está escrito em Romanos 11:36: “Porque dele, e por ele, e para ele são
todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente.
Amém!”, portanto, se quisermos encontrar a
motivação, a força para cumprirmos o
mandato evangelístico que o Senhor nos deu,
precisaremos nos voltar ao próprio Deus, logo
a base para a evangelização é um
conhecimento correto de Deus.
Há quem conheça a Deus e se relacione
com Ele de modo bíblico, mas há também quem conheça e se relacione com Deus a
partir de suas experiências pessoais e há ainda aqueles que conhecem e se
relacionam com Deus a partir de suas experiências interpessoais com homens e
mulheres de Deus.
Concebendo Deus de modo experimental: Esta idéia quer mostrar que
há uma concepção de Deus, que é segundo a experiência de vida de
cada indivíduo, que é passada de geração em geração, ou seja, conceber
Deus de modo experimental é conhecê-lo através de tradições e
culturas e não pelo que, verdadeiramente, Ele é. O relacionamento
desta pessoa com Deus é simplesmente ritualístico. Ex.: O individuo
aprende desde criança, pelo pai e mãe católicos, que deve fazer o sinal
da cruz toda vez que passar em frente a uma igreja católica. Ele faz o Prof.: Cícero Neto
A Base para a
evangelização é
um conhecimento
correto de Deus.
A Base para a
evangelização é
um conhecimento
correto de Deus.
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sinal da cruz e isto demonstra sua relação com Deus. A Bíblia mostra
que viver e se relacionar com Deus através de tradições é inútil. (1º
Pedro 1:18)
Concebendo Deus de modo relacional: É a concepção de Deus, adquirida
pela relação que um indivíduo tem com homens e mulheres que,
verdadeiramente, conhecem a Deus. O relacionamento desta pessoa
com Deus é superficial. Ex.: Um indivíduo pode ter sido criado na igreja
evangélica e ter convivido e aprendido com homens e mulheres de
Deus, mas ainda se parecer como Jó, que conhecia Deus só de ouvir
falar. Jó migrou de um conhecimento superficial para um conhecimento
profundo de Deus. (Jó 42: 1-6)
Concebendo Deus de modo bíblico: É a concepção correta de Deus,
segundo o que Ele verdadeiramente é. Aqueles que conhecem a Deus
desta maneira vivenciam um relacionamento profundo com Ele. Ex.:
Paulo tinha uma visão errada de Deus, mas a partir do momento que se
encontrou com Cristo, passou a conhecer e se relacionar com Deus, pelo
o que de verdade Ele é.
2. Teocentrismo
Vimos que a evangelização
precisa ter como motivação o próprio
Deus, como disse Russell Shedd: “A
ordem bíblica de evangelização
precisa ser vista no contexto do deleite divino. Assim como o motivo por trás de
todas as ações visa o aumento da felicidade de Deus...” 9 Também fica claro que
para sermos motivados em Deus, precisamos conhecer a Deus e nos relacionarmos
com Ele de modo bíblico, portanto vamos ver o que a Bíblia nos diz.
9 SHEDD, op. Cit., p13Prof.: Cícero Neto
“A ordem bíblica de evangelização precisa ser vista no contexto do deleite divino. Assim como o motivo por trás
de todas as ações visa o aumento da felicidade de
Deus...” (Russel Shedd)
“A ordem bíblica de evangelização precisa ser vista no contexto do deleite divino. Assim como o motivo por trás
de todas as ações visa o aumento da felicidade de
Deus...” (Russel Shedd)
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Em II Corintios 5:11-21 o apóstolo Paulo escreve a respeito do ministério da
reconciliação, no verso 18 ele diz: “Deus ... nos deu o ministério da reconciliação;” e
no verso 19: “Deus ... pôs em nós a palavra da reconciliação.” Isto quer dizer que o
cristão, aquele que nasceu de novo, portanto é nova criatura (v17) tem o serviço, a
responsabilidade de testemunhar de Cristo. Ministério é um serviço prestado a
Deus e reconciliação é o que ocorre quando um indivíduo nasce de novo, logo
exercemos este serviço de levar outros a se reconciliarem com Deus pela palavra da
reconciliação, através de nossa ação de testemunhar de Cristo.
No inicio desta sentença o apóstolo Paulo afirma que no esforço para
testemunhar de Cristo, ele persuadia os homens a fé. É essencial notar que Paulo
mostra que o exercício de se persuadir os homens está diretamente embasado no
temor que devemos ao Senhor (v11), por isto está claro que a motivação para
evangelização é o próprio Deus, como
também disse Russel Shedd: “A razão
principal da ordem evangelizadora deve ser
teocêntrica.” 10
O temor a Deus é, portanto, um ponto
vital e só o temeremos quando o tivermos
acima de tudo e isto acontecerá quando
compreendermos que Ele é o Senhor, Todo Poderoso e detém autoridade total
sobre todas as coisas e sobre todas as suas criaturas, pois foi Ele mesmo que com
sua palavra criou (Gn 1), logo Ele é o único que tem direito sobre tudo e todos e
nada é maravilhoso demais que Ele não possa fazer (Jr 32:17). Ele é Eterno (Sl 90:1-
2), o “Eu Sou” (Ex 3:14), Imutável (Sl 102:26-28), Onipresente (Sl 139: 7-12),
Onisciente (139: 1-6), Bom (Sl 25:8), Amoroso (Jo 3:16), Justo (Dt 32:4), Santo (Lv
11:44-45) e a Bíblia diz ainda muito mais a respeito do que Ele é.
É essencial fazer-se estas considerações, pois muitos não persuadem os
incrédulos à fé em Cristo, por que não o teme o suficiente e se é desta forma eles
10 SHEDD, op. Cit., p23Prof.: Cícero Neto
... muitas vezes os cristãos estão
mais preocupados com o que os
outros pensam dele do que com o que o Senhor Todo Poderoso
pensa.
... muitas vezes os cristãos estão
mais preocupados com o que os
outros pensam dele do que com o que o Senhor Todo Poderoso
pensa.
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não se relacionam com um Deus Santo e
Justo, por exemplo, se não o temeriam.
O que ocorre é que muitas vezes os
cristãos estão mais preocupados com o
que os outros pensam dele do que com o
que o Senhor Todo Poderoso pensa.
Questionamentos freqüentes que
acontecem são: “O que o meu pai ou minha mãe vai dizer se eu fizer isto?” ou “O
que o meu marido ou esposa vai fazer se eu tomar esta atitude?” e ainda “O que os
meus vizinhos ou colegas de trabalho vão pensar se eu for tão radical assim?” ou
talvez “Se eu sair evangelizando todo mundo o tempo todo, vão achar que eu sou
louco, fanático ou coisa parecida.” Deste modo muitos estão temendo mais a
sociedade e o circulo de relacionamento ao qual estão inseridos do que o próprio
Deus, logo não testemunha de Cristo, persuadindo os homens à fé.
Para se temer a Deus é necessário conhecê-lo biblicamente e isto só é possível
através da valorização do relacionamento com Ele. Mas como é possível
identificarmos o valor que damos ao nosso relacionamento com Deus? Nós
podemos pesar os nossos valores ao considerarmos nosso tempo e dinheiro, pois
alguém só investe tempo e dinheiro naquilo que valoriza.
Neste ponto surgem questões vitais: “Quanto tempo você se dedica a oração
e ao estudo devocional da Bíblia?”, “Você tem o hábito de jejuar?” ou “Quanto
tempo do seu dia você se dedica aos trabalhos que sua igreja desenvolve?” e
“Quanto dos seus recursos financeiros você investe no Reino de Deus?”. Meia hora
de oração e meia de leitura bíblica, talvez, e você ainda pode dizer: “Eu dou meu
dízimo, certinho, todo mês e até oferto às vezes.”, mas será que está bom do modo
como está?
Basta refletir no fato de nosso dia ter 24 hs, que nós vamos perceber que
apenas uma hora de oração é muito pouco, na verdade, é menos de 10% do dia, no
entanto não são a maioria dos cristãos que chegam a orar uma hora. Prof.: Cícero Neto
No mundo, tempo é
dinheiro.No Reino, tempo são
almas.
No mundo, tempo é
dinheiro.No Reino, tempo são
almas.
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O que mais suga seu tempo e dinheiro hoje, mostra o que você mais valoriza.
Isto quer dizer que você precisa negar-se a si mesmo, os seus próprios valores, para
se dedicar ao relacionamento com Deus, como disse Jesus: “buscai primeiro o reino
de Deus, e a sua justiça, e todas ‘outras’
coisas vos serão acrescentadas.”(Mt 6:33)
Desta maneira elevaremos Deus a sua
justa posição em nossas vidas: Acima de
tudo e de todos e assim teremos uma vida
teocêntrica e todas as nossas ações terão
como princípio e fim o Senhor Todo
Poderoso, ou seja, não viveremos mais para
nós mesmos, mas para Cristo. (II Co 5:15)
Portanto, quando se conhece a Deus
de modo bíblico e se têm um relacionamento tão aprofundado com Ele, o cristão o
coloca acima de tudo e assim têm o temor que se deve ter a Ele e persuadir os
homens à fé, exercendo o ministério da reconciliação, será uma conseqüência
inevitável, pois um relacionamento correto com Deus produz motivação o suficiente
para o cristão obedecer ao mandato evangelístico de seu Senhor de testemunhar
dEle desde onde estiver até os confins da Terra.
III ) ESTRATÉGIAS E FERRAMENTAS
EVANGELÍSTICAS
Ao tratar-se de estratégias para a
evangelização dos incrédulos e das
ferramentas para a realização deste mandato
Prof.: Cícero Neto
...um relacionamento correto com Deus produz
motivação o suficiente para o cristão obedecer ao
mandato evangelístico de seu Senhor de testemunhar
dEle desde aonde estiver até os confins da Terra.
...um relacionamento correto com Deus produz
motivação o suficiente para o cristão obedecer ao
mandato evangelístico de seu Senhor de testemunhar
dEle desde aonde estiver até os confins da Terra.
“Eu só tenho medo de não
receber o sorriso de
Deus.”
(Pr. Carlos A. Simião)
“Eu só tenho medo de não
receber o sorriso de
Deus.”
(Pr. Carlos A. Simião)
E v a n g e l i s m o P e s s o a l P á g i n a | 16
de Cristo de testemunhar dEle, se faz necessário fazer-se distinção entre
evangelismo de massa e evangelismo pessoal.
1. Evangelismo de Massa
Uma estratégia de evangelização que visa alcançar um grande grupo de
pessoas ao mesmo tempo. Neste tipo de estratégia, dependendo da ferramenta
evangelística, é possível se utilizar métodos que confrontem os incrédulos a
tomarem uma decisão de entregar-se a
Cristo, mas nem sempre isto é feito.
A ferramenta mais comum de
evangelismo em massa é o sermão
pregado em cultos públicos. Estes cultos
podem ser ao ar livre, no lar de alguém e
na própria igreja. Durante muito tempo
esta ferramenta evangelística tem sido
muito usada por grandes expoentes na
história, tais como Dwight Lyman Moody e Billy Graham e nos dias de hoje, do
mesmo modo, Reinhard Bonnke, de quem são as palavras: “O evangelho... é uma
proclamação de libertação. Dialogo? O evangelho não está aberto para
modificações. É mandatório, uma ordem real e divina.”11 Muitos outros pastores e
cristãos evangelistas, que nem sabemos seus nomes, estão fazendo uso do sermão
em cultos públicos para ganhar almas para Cristo. O método é simples: há um
esforço para atrair um grande grupo de incrédulos a um lugar específico e ali o
pregador, discursa um sermão evangelístico, neste caso, necessariamente, os
desafiando a se entregarem a Cristo. Há quem possa pensar que isto é novo, no
entanto a primeira ceifa de almas para Cristo foi através de um sermão a um grande
11 BONNKE, R. Evangelismo por Fogo: Acendendo a sua paixão pelo perdido. Curitiba: CFAN, 3ed, p96
Prof.: Cícero Neto
“O evangelho... é uma proclamação de libertação.
Dialogo? O evangelho não está aberto para modificações. É
mandatório, uma ordem real e divina.” (Reinhard Bonnke)
“O evangelho... é uma proclamação de libertação.
Dialogo? O evangelho não está aberto para modificações. É
mandatório, uma ordem real e divina.” (Reinhard Bonnke)
E v a n g e l i s m o P e s s o a l P á g i n a | 17
grupo de incrédulos e na ocasião, cerca de três mil almas se decidiram por Cristo. O
pregador era o apóstolo Pedro e esta história está descrita em Atos 2: 14-47.
Com o tempo, novas ferramentas de evangelização em massa foram sendo
criadas e utilizadas. Têm-se hoje a pantomínia, o teatro evangelístico e também os
folhetos com mensagem evangelística, que apesar de serem entregue
pessoalmente, não incluem um desafio a tomada de decisão por parte dos
incrédulos, sendo assim funcionam mais como “panfletagem”, portanto sendo
considerada uma estratégia para evangelização em massa, até por que na maioria
das vezes é feita por um grupo de cristãos que saem junto para fazerem um,
também, chamado “impacto evangelístico”. Como ferramentas de evangelização
em massa estão incluídos, ainda, os programas evangelísticos de rádio e tv, assim
como todos os recursos que a internet disponibilizou, através dos sites e correio
eletrônico, que possibilita o contato com um grande grupo de indivíduos no mundo
todo, sendo hoje uma ferramenta cada vez mais utilizada.
2. Evangelismo Pessoal
Uma estratégia de evangelização que envolve um contato pessoal e direto
entre o evangelista e o incrédulo. Apesar desta estratégia de evangelização já ter
tomado várias formas, por conta das várias ferramentas que hoje se têm, pode-se
notar que é tão antiga quanto a evangelização em massa, pois o próprio Senhor
Jesus se valeu dela. De modo pessoal e direto Jesus testemunhou das boas novas do
seu reino a mulher samaritana (Jo 4: 1-30), a Nicodemos (Jo 3: 1-21), a Zaqueu (Lc
19:1-10) e por certo, a tantos outros. Também chamada de corpo a corpo, esta
estratégia, comumente, alcança um incrédulo por vez, no entanto também é
possível se alcançar dois ou três incrédulos ao mesmo tempo.
É importante notar que quando se evangeliza pessoalmente, o plano de
salvação sempre precisa ser apresentado, assim como o desafio para a conversão
Prof.: Cícero Neto
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do incrédulo, independentemente da metodologia e da ferramenta que se esteja
utilizando.
Na fila de um banco, na sala de espera para uma consulta, no ponto de
ônibus, em uma viagem ou em vários outros momentos da vida, o cristão pode se
valer desta estratégia de evangelização. Através das células, grupos familiares,
grupos pequenos, após um jogo de futebol ou
qualquer outra atividade esportiva, pode-se
estar evangelizando pessoalmente um
incrédulo. Programar saídas para visitações e
até mesmo abordar diretamente os incrédulos
nas ruas são ótimos métodos para se colocar
em prática esta estratégia, para tanto, algo
precisa estar claro para o evangelista: o plano
de salvação.
Uma ferramenta evangelística que muito
tem ajudado os irmãos da Igreja Batista
Missionária é o folheto intitulado como “Plano perfeito”. Confeccionado pelo Pr.
Carlos Alberto Simião12, este folheto é constituído apenas de figuras e nele está
contida toda a mensagem do plano de salvação. Vamos aprender como utilizar o
folheto do “Plano Perfeito”, no entanto precisamos antes compreender o que é o
plano de salvação.
IV ) PLANO DE SALVAÇÃO
É a mensagem do evangelho. Em termos práticos é o que vamos dizer aos
incrédulos enquanto estivermos os evangelizando.
12 Pastor presidente da Igreja Batista Missionária em Volta Redonda a 15 anos.Prof.: Cícero Neto
Na fila de um banco, na sala de espera para uma
consulta médica, no ponto de ônibus, em uma viagem ou andando pelas ruas, em qualquer momento da vida,
o cristão pode criar uma oportunidade para
evangelizar pessoalmente um incrédulo.
Na fila de um banco, na sala de espera para uma
consulta médica, no ponto de ônibus, em uma viagem ou andando pelas ruas, em qualquer momento da vida,
o cristão pode criar uma oportunidade para
evangelizar pessoalmente um incrédulo.
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1. Conteúdo da Mensagem
Para compreendermos melhor o que contém na mensagem de salvação
iremos dividir, de forma didática, este conteúdo em quatro pontos, ainda que
outros estudiosos já tenham dividido em mais partes. Primeiramente falaremos do
plano de Deus, depois do problema do homem, a solução de Deus e então a nova
vida com Cristo.
O plano de Deus: Como já vimos anteriormente, tudo começa com Deus
e o plano de salvação não poderia ser diferente. Antes de tudo o
incrédulo precisa saber que ele faz parte de um projeto perfeito de Deus
e que o Senhor o criou com um propósito definido de glorificá-lo, por
isto, no início, ao criar o homem o colocou no paraíso, onde ele gozava
de toda felicidade e satisfação possível, pois isto era proveniente do
perfeito relacionamento que ele tinha com Deus e que trazia glória para
Deus por que era sem mácula. Este plano de Deus ao criar o homem fica
claro nos capítulos 1 e 2 de
Genêsis, no entanto também
encontramos em muitas outras
passagens das escrituras este
princípio enfatizado, tais como:
Isaías 43: 21, Levítico 26: 11-12,
Apocalipse 21:3 que querem dizer
que Deus quer um povo que o
glorifique e isto acontecerá quando houver um estreito relacionamento
entre ambos. Também em João 10:10 percebe-se que Deus quer a
felicidade do homem, quer dar vida abundante para ele, mas para isto,
novamente, é necessário o relacionamento perfeito com Deus, que foi Prof.: Cícero Neto
...o plano de Deus é se relacionar
perfeitamente com o homem, e assim este vai o glorificar e por
conseqüência vais ser completamente
feliz.
...o plano de Deus é se relacionar
perfeitamente com o homem, e assim este vai o glorificar e por
conseqüência vais ser completamente
feliz.
E v a n g e l i s m o P e s s o a l P á g i n a | 20
perdido no Jardim do Édem, através de Adão, por causa do pecado.
Sumariamente, conclui-se que o plano de Deus é se relacionar
perfeitamente com o homem, e assim este vai o glorificar e por
conseqüência vais ser completamente feliz.
O problema do homem: Se o plano de Deus é tão bom, por que muitos
homens não o vivem? Alguém pode questionar. O fato é que Adão
pecou ao desobedecer a Deus, devido à sedução de satanás (Gênesis 3:
1-7), e o pecado de Adão foi imputado a toda sua raça, como descrito
em Romanos 5:12. Eis, portanto, o problema do homem: o pecado, que
todos os homens já nascem com ele, por herdarem de Adão, mas
também continuam praticando ao longo de suas vidas. O pecado é o
que separa o homem, de
Deus, por isso Paulo escreve
que todos pecaram e estão
separados de Deus em
Romanos 3:23, pois Deus não
co-habita com pecado, por
que Ele é Santo. Romanos
6:23 ainda afirma que este pecado gerou morte, ou seja, os homens
estão perdidos em seus pecados, caminhando em direção ao inferno e
eles precisam se conscientizarem disto e sentirem a culpa de seus
pecados, para sentirem a necessidade de salvação, pois como disse
Russel Shedd: “Sem convicção de pecado e sem clara consciência de
culpa, não é provável que alguém suplique a Deus por libertação.”13 E
ainda: “Tentar evangelizar alguém que não se sinta angustiado por
causa do pecado é como tentar resgatar um homem que não percebe
que se está afogando.”14
13 SHEDD, op. Cit., p27
14 SHEDD, op. Cit., p26Prof.: Cícero Neto
“Sem convicção de pecado e sem clara consciência de culpa,
não é provável que alguém suplique a Deus por
libertação.”(Russel Shedd)
“Sem convicção de pecado e sem clara consciência de culpa,
não é provável que alguém suplique a Deus por
libertação.”(Russel Shedd)
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A solução de Deus: Neste ponto se percebe que Deus não desistiu do
plano dEle para o homem. Se o homem criou um problema para si, se
tornou pecador, Deus no mesmo instante providenciou a solução. Em
Gênesis 3:15, Deus diz qual era solução, Ele promete o Messias, o
salvador. O texto diz: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua
semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o
calcanhar.” O descendente da mulher é Cristo. Ainda que o calcanhar de
Cristo tivesse de ser ferido, como descendente de Eva, ou seja, o
sofrimento do Messias é patente, Ele mesmo esmagaria a cabeça da
serpente, providenciando perdão pelo pecado humano e salvação
através dEle, como diz em João 3:16, 14:6. Jesus é a solução de Deus, no
entanto o homem pecador precisa reconhecer isto, arrepender-se de
seus pecados e entregar-se a Ele como seu salvador e Senhor. O
homem, portanto precisa tomar uma decisão ante a solução de Deus:
entregar-se a Cristo ou continuar no caminho de morte. Esta decisão é
simples de ser tomada, no entanto pode ser muito dificil, como foi para
o jovem rico que decidiu permanecer no caminho de morte (Lucas 18:
18-23), diferentemente da decisão de um dois ladrões crucificados junto
com Cristo, este disse: “lembra-te de mim” (Lucas 23: 38-43),
reconhecendo que precisava e queria a salvação providenciada por
Cristo. Saber sobre Cristo não é o suficiente o indivíduo precisa se
decidir por Cristo, pela fé.
A nova vida com Cristo: Após o individuo se decidir por Cristo, a Bíblia
declara que ele se torna uma nova criatura (II Corintios 5:17), pois
nasceu de novo (João 3: 1-8). Ele é um bebe espiritual e precisa
aprender os rudimentos da fé e ser integrado a Igreja de Cristo. Vai se
começar com ele então o processo de discipulado, que também é
responsabilidade do evangelista pessoal, pois este não pode ganhar a
pessoa e larga-la sem cuidados.Prof.: Cícero Neto
E v a n g e l i s m o P e s s o a l P á g i n a | 22
2. Como Transmitir a Mensagem
A mensagem do evangelho precisa atingir o homem como um todo por isto ela deve
alcançar tanto sua razão, quanto sua emoção, ou seja o individuo precisa entender a
mensagem, mas também sentir-se cumpulgido a aceitá-la, para tanto isto requer um
esforço do evangelista, por isto Jesus contou a
parábola da grande ceia em Lucas 14: 15-23 e
disse exatamente no verso 23 para os
evangelistas forçarem os incrédulos a
participarem da alegria da salvação. Ao
comentar sobre este trecho, Russell Norman
Champlin disse: “...este versículo realmente
enfatiza que para o salão do banquete do reino
de Deus fique repleto, realmente cheio de
gente, terão de ser feitos esforços intensos e
exaustivos entre os gentios, e que os servos
terão de ser grandemente ambiciosos e
trabalhadores.”
Existem algumas recomendações para o
momento da evangelização, que são
importantes para tomarmos nota. São elas:
Não espere que as pessoas
venham a você. Na direção do Espírito Santo, vá até as pessoas, busque-
as;
Você pode iniciar a evangelização assim: “A mensagem deste folheto
mudou a minha vida. Gostaria de mostrá-la a você. Sabe, Deus nos criou
com um...”Prof.: Cícero Neto
“...este versículo realmente enfatiza que para o salão do banquete do reino de Deus fique repleto, realmente cheio de gente, terão de ser feitos esforços intensos e exaustivos entre os gentios, e que os servos terão de ser grandemente ambiciosos e trabalhadores.”
(Russell Norman Champlin)
“...este versículo realmente enfatiza que para o salão do banquete do reino de Deus fique repleto, realmente cheio de gente, terão de ser feitos esforços intensos e exaustivos entre os gentios, e que os servos terão de ser grandemente ambiciosos e trabalhadores.”
(Russell Norman Champlin)
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Ou assim: “Eu sou estudante da Bíblia e estou fazendo uma pesquisa.
Você pode me responder uma pergunta? ‘Se você morresse hoje, você
tem certeza que iria para o céu? ’...”;
Seja entusiasmado, empolgado, sorridente, positivo, seja animado.
Mostre a pessoa que Cristo mudou sua vida para melhor e que você é
muito feliz por isto;
Seja amigável e sensível a pessoa. Você esta começando a criação de um
vinculo, um relacionamento de confiança;
Pressione, force as pessoas a entregarem suas vidas a Cristo (Lucas 14:
23);
Doe-se totalmente, se esforce ao máximo para que a pessoa decida se
entregar a Cristo. Lembre-se que Jesus chorou gotas de sangue pelos
pecadores (Lc 22: 44);
Nunca se esqueça que é o Espírito Santo que convence as pessoas e que
há quem resista ao Espírito (Lc 18: 18-23);
Pergunte o nome da pessoa no inicio da conversa e sempre repita o
nome dela no decorrer da evangelização, inclusive no momento da
decisão;
Dobre o folheto e segure-o de tal maneira que a pessoa possa ver
facilmente as figuras do folheto. Use seu dedo para focalizar a figura,
uma de cada vez, ao passo que você evangeliza. Isso ajudará a manter a
atenção;
Quando forem apresentadas perguntas que possam desviar o assunto,
explique que a maioria das perguntas serão respondidas no decorrer da
evangelização. Ou diga: “É uma boa pergunta. Nós podemos falar sobre
ela quando terminarmos.” Marque um estudo com ela ou a leve a igreja
e diga que as perguntas serão então respondidas;
Prof.: Cícero Neto
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Não é um debate teológico e nem uma defesa da fé. Você não está em
uma discussão, você está evangelizando;
Jamais se esqueça de pegar o endereço, telefones, os dados de contato
da pessoa evangelizada, principalmente daqueles que se decidiram com
Cristo. Você tem que fazer um novo contato com eles em no máximo 48
horas.
CONCLUSÃO
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Vimos que evangelização é na verdade testemunhar de Cristo no poder do
Espírito Santo e para tanto é necessário conhecer a Deus de modo bíblico, tendo
um relacionamento profundo com Ele, pois só assim o evangelista vai ter a
motivação correta, que não acaba. Podemos evangelizar um grande grupo de
pessoas ao mesmo tempo, mas também podemos evangelizar pessoalmente os
incrédulos onde estivermos, e isto é muito simples, pois temos ferramentas para
fazê-lo.
Sobretudo o trabalho de evangelização é uma ordem de Deus e traz alegria ao
Senhor quando a obedecemos, portanto precisamos nos esmerar ao máximo para
ganhar almas para Cristo, pois uma sequer vale mais do que o mundo todo.
ANEXO I
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Ser um Mártir pelo Senhor
Desde que a primeira igreja surgiu no dia de pentecostes,
Os seguidores do Senhor se sacrificaram voluntariamente.
Dezenas de milhares sacrificaram suas vidas para que o evangelho pudesse prosperar.
Assim obtiveram a coroa da vida.
Ser um mártir pelo Senhor. (2 x )
Estou pronto a morrer gloriosamente pelo Senhor.
Os apóstolos que amaram o Senhor até o fim,
O seguiram voluntariamente pelo caminho do sofrimento.
João foi exilado para a ilha de Patmus.
Estevão foi apedrejado até a morte pela multidão.
Mateus foi cortado em pedaços na Pérsia, pelo povo,
Marcos morreu quando suas pernas foram arrancadas por cavalos.
O doutor Lucas foi cruelmente enforcado.
Pedro, Filipe e Simão foram crucificados.
Bartolomeu foi esfolado vivo pelos pagãos,
Tomé morreu na Índia, quando cinco cavalos rasgaram seu corpo.
O apóstolo Thiago foi decapitado pelo rei Herodes,
Thiago, o menor, foi cortado ao meio por uma serra afiada.
Prof.: Cícero Neto
E v a n g e l i s m o P e s s o a l P á g i n a | 27
Thiago, o irmão do Senhor, foi apedrejado até a morte,
Judas foi amarrado a um pilar e lhe atiraram flechas até morrer.
A cabeça de Matias foi cortada em Jerusalém.
Paulo foi martirizado sob o imperador Nero.
Estou disposto a tomar a cruz e avançar,
Seguir os apóstolos pela estrada do sacrifício.
Para que dezenas de milhares de almas preciosas possam ser salvas.
Estou disposto a abandonar tudo e ser um mártir pelo Senhor.
( Hino cantado por cristãos da
Igreja Subterrânea da China )
BIBLIOGRAFIA
Prof.: Cícero Neto
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Apostila Nível 1 do Professor do INFORME: Instituto de Formação de Multiplicadores
Espirituais. Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo
Apostila Nível 2 do Professor do INFORME: Instituto de Formação de Multiplicadores
Espirituais. Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo
AKINS, T. W. Evangelismo Pioneiro. Rio de Janeiro: Junta de Missões Nacionais da CBB,
7ed, 1996
BONNKE, R. Evangelismo por Fogo: Acendendo a sua paixão pelo perdido. Curitiba:
CFAN, 3ed
BOTELHO, D. Onde Estão os 7.000 que não Dobraram os Joelhos a Baal? Camanducaia:
Missão Horizontes, 2001
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.
Vol3. São Paulo: Mileniun, 1970
GREEN, M. Evangelização na Igreja Primitiva. São Paulo: Vida Nova, 1990
SÉRIE LAUSANNE n2. Evangelização e Responsabilidade Social: Relatório da consulta
internacional realizada em Grand Rapids sob a presidência de John Stott. São Paulo:
ABU e Visão Mundial, 2ed, 1985
KENNEDY, D. J. Evangelismo Explosivo: Edição revisada. Rio de Janeiro: JUERP, 1989
SHEDD, R. P. Evangelização: Fundamentos bíblicos. São Paulo: Shedd Publicações,
2006
WAGENVELD, J. Iglecrecimiento integral: Una intrducción bíblica al estudio del
crecimento de la iglesia. Miami: Editorial Unilit e Logoi – FLET, 2000
WAGNER, P. Estratégias Para o Crescimento da Igreja: Princípios bíblicos e métodos
práticos para uma evangelização eficaz. São Paulo: Editora Sepal, 1991
WARREN, R. Uma Vida com Propósitos: Você não esta aqui por acaso. São Paulo:
Editora Vida, 2003
WARREN, R. Uma Igreja com Propósitos. São Paulo: Editora Vida, 1997
Prof.: Cícero Neto