Módulo 01_partido arquitetônico Contextualização histórica
Arquitetura como abrigo
“Antes da cidade, houve uma pequena povoação, o santuário e a aldeia; antes da aldeia, o acampamento, o esconderijo, a caverna, o montão de pedras; e antes de tudo isso, houve certa predisposição para a vida social que o homem compartilhava, evidentemente, com diversas outras espécies animais.”
(MUMFORD,1998: 11)
• O ambiente construído onde viviam os clãs ou agrupamentos humanos dessas épocas remotas não passavam de modificações superficiais da natureza, na tentativa de tornar menos hostil o ambiente natural.
• “O abrigo era uma cavidade natural ou um refúgio de peles sobre uma estrutura simples de madeira;” (BENEVOLO, 2003: 13)
• Mas alguns espaços, cujo significado social extrapolava a simples necessidade de abrigo, eram periodicamente revisitados: o cemitério e o templo.
CÍRCULO DAS PEDRAS STONEHENGE_ SALISBURY | SUL DA INGLATERRA
Arquitetura Egípcia
Piramides de Gizé
Vale do Nilo
“Em verdade, a princípio não se encontra no vale do Nilo a cidade arquetípica da história, a cidade murada, solidamente delimitada e protegida por baluartes, construída para a permanência. Tudo, no Egito, parece ter encontrado uma forma durável, exceto a cidade.”
(MUMFORD,1998: 94)
“A história do Egito divide-
se em dinastias de
soberanos, de acordo com
o antigo costume egípcio,
iniciando-se com a
Primeiro Dinastia, um
pouco antes de 3000 a.C.
Essa forma de contar o
tempo histórico exprime
simultaneamente o forte
senso de continuidade
egípcio e a importância
avassaladora do faraó
(rei), que não era apenas
o regente supremo, mas
também um deus.”
A arte do Antigo Egito, bem como
toda a organização societária do
país, esteve fundamentalmente a
serviço da religião
e da realeza.
Planta de conjunto e casa típica na Aldeia de El Lahun,
realizada por Sesóstris II (c. 1800 a.C.) para os operários
agregados à construção de uma pirâmide.
Planta e corte de uma das casas típicas da aldeia de Deir-el-Medina
Ruínas da cidade de Amarna
PIRÂMIDE DE DJOSER _primeira construção egípcia de grandes dimensões.
• Estas construções demonstram o domínio que
os egípcios detinham de geometria e
astronomia, utilizando-se de instrumentos
bastante simples e obtendo com eles um
resultado extremamente preciso.
• Apesar das enormes proporções do exterior,
as pirâmides tinham um interior pequeno,
repleto de túneis e câmaras secretas,
sempre com o objetivo de proteger seu
morador (o faraó morto) e o tesouro com
ele enterrado.
Pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, construídas
entre c. 2613-2563 a.C. na esplanada de Gizé, na antiga
necrópole da cidade de Mênfis
Quéops:
146m de altura (equivalente ha um prédio de 47 andares)
54.300m²
2.300.000 blocos de pedra
2,5 toneladas cada
Corte esquemático da pirâmide de Queóps
Esfinge: representa o faraó Quéfren
20m de altura
74m de comprimento
• Os templos eram
versões maiores e
mais elaboradas das
residências, nos
quais o mais interior
e íntimo dos cômodos
– a casa do deus –
era cercado por
camadas sucessivas de
cômodos fechados,
portões e pátios.
Planta baixa
de um Templo
egípcio
típico:
A: Pylon; B:
Peristilo;
C: Hall das
colunas ou
Sala
Hipostila;
D: Hall dos
sacerdotes;
E: Santuário
Templo de Ramsés III_Medinet Rabu
Vista da ponte entre o palácio e a casa do rei
Cairo_Egito
• Bibliografia para consulta
– BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. São
Paulo: Perspectiva, 3ª ed., 2003.
– MORRIS, A. E. J. Historia de la forma urbana.
Desde sus orígenes hasta la Revolución
Industrial. Barcelona: Gustavo Gili, 2004.
– MUMFORD, Lewis. A cidade na história: suas
origens, transformações e perspectivas. São
Paulo: Martins Fontes, 4ª ed., 1998.