AÇÃO DA MICROCORRENTE NO ENVELHECIMENTO CUTÂNEO 1Alexandra Elisabeth da Silva Jackson - Acadêmica do Curso de Cosmetologia
e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú,
Santa Catarina.
2Pamela Brenner Durães - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da
Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina.
³Fatima Cecilia Poleto Piazza - Orientadora - Tecnóloga em Cosmetologia e
Estética; Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do
Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina
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RESUMO O processo de envelhecimento ocorre durante o curso de vida do ser humano, provocando no organismo modificações biológicas, psicológicas e sociais. Em decorrência da grande preocupação com a aparência física, despertou-se o interesse pela realização de pesquisas na área de envelhecimento cutâneo, contribuindo assim, para o conhecimento tecnológico da área de Cosmetologia e Estética. O equipamento gerador de microcorrente é uma das opções no tratamento estético das características de envelhecimento cutâneo na tentativa de amenizar e/ou até reverter o quadro. Também denominada de MENS (Microcurrent Electrical Neuromuscular Stimulation), essa técnica eletroterápica produz sinais elétricos similares ao do corpo humano os quais ficam diminuídos com o envelhecimento. Este estudo teve como objetivo analisar o benefício proporcionado pelo uso da microcorrente em peles envelhecidas sem uso de princípios ativos associados. A pesquisa foi realizada com uma amostra constituída por 06 (seis) mulheres, com idade entre 40 anos e 55 anos, que receberam individualmente 12 (doze) aplicações da técnica de microcorrente distribuídas em 03 (três) aplicações semanais. Ao final do estudo pode-se observar que houve melhora no aspecto geral da pele, bem como a suavização de rugas, linhas de expressão e flacidez facial. Essa técnica eletroterápica produziu
efeitos benéficos no tecido cutâneo, mostrando ser uma tendência estética eficaz na suavização das marcas deixadas pelo tempo.
Palavras-chave: Envelhecimento cutâneo; Pele; Microcorrente.
INTRODUÇÃO
O conceito de beleza em vigor atualmente é o da pele jovem, sem linhas de
expressão, rugas e flacidez. Entretanto, com o avanço da idade, a pele começa a
sofrer alterações que modificarão seu aspecto gradativamente caracterizando o
envelhecimento cutâneo.
Senilidade ou envelhecimento é um processo natural que ocorre desde que
nascemos e pode ser definido como um conjunto de modificações fisiológicas
irreversíveis, inevitáveis e conseqüente a uma alteração da homeostasia. (KEDE e
SABATOVICH, 2003)
A pele humana reflete, através da sua aparência, as mais diversas
emoções, a dinâmica mental do individuo e o envelhecimento, que ainda segundo
Guirro e Guirro (2004), é o processo natural a qual todos estamos submetidos.
Para melhor estudar os mecanismos envolvidos no envelhecimento, se faz
necessário compreender as mudanças estruturais e funcionais que ocorrem com o
avançar da idade, analisando as alterações advindas tanto de processos
intrínsecos ou cronológicos como extrínsecos onde a senescência cutânea
engloba os fenômenos biológicos naturais e os fatores de agressão ambiental.
(ORIÁ et al, 2003).
De acordo com West (1994), entre as principais alterações macroscópicas
trazidas pelo envelhecimento cutâneo estão a piora do aspecto nutricional da pele,
enrugamento e perda da elasticidade da mesma. Complementando, Guirro e
Guirro (2004) afirmam que tais alterações estão relacionadas a uma redução do
número total das células do organismo e também ao funcionamento desordenado
das que permanecem e são variáveis de pessoa para pessoa porque dependem
também dos cuidados que a mesma teve com a pele durante a vida.
Entre as disfunções estéticas que surgem no envelhecimento podemos citar
as linhas de expressão, rugas e flacidez por sua enorme importância estética,
particularmente no sexo feminino, é motivo de atenção especial e de procura de
cuidados corretivos e tratamentos (ESTEVES et al,1991).
A estética facial possui alguns métodos de tratamento que minimizam ou
até mesmo revertem às características do envelhecimento cutâneo. Entre eles
destaca-se o uso da microcorrente, também denominada de MENS (Microcurrent
Electrical Neuromuscular Stimulation), essa técnica produz sinais elétricos
similares ao do corpo humano. Com esta característica além de objetivar
promover a revitalização cutânea, produz um aumento da síntese de proteínas,
pois favorece o aumento da produção de ATP (Adenosina Trifosfato) em até
500%, melhorando a elasticidade e viscosidade da pele que ocorre devido à
formação de um campo bioelétrico do corpo humano (BRAGA, 2002).
A partir das pesquisas feitas para o desenvolvimento desse estudo foi
verificado que há poucas referências a respeito da atuação da microcorrente na
melhora dos aspectos clínicos do envelhecimento cutâneo, então se justifica a
realização desse artigo, tendo em vista o grande interesse da população em geral
pelo assunto. Sendo que a incansável busca por uma boa aparência estimula o
aperfeiçoamento e aprimoramento de técnicas que venham a satisfazer esse
desejo, revertendo as “marcas” deixadas pelo tempo.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A pele com cerca de 1,82 m2, é o maior órgão do corpo humano e tem
como função formar uma barreira contra agressões exógenas, de natureza
química ou biológica, impede a perda de água e de proteínas para o exterior e
também age como órgão sensorial, além de participar do sistema imunológico, e
da regulação da temperatura corpórea. Cada uma das estruturas que a compõe
possui uma ou mais funções, tais como produção de colágeno e elastina,
oxigenação dos tecidos, transporte de nutrientes entre as células, entre outras.
Devido aos inúmeros fatores que causam o envelhecimento cutâneo
manifestam-se alterações clínicas visíveis como o aparecimento de rugas
estáticas e/ou dinâmicas, linhas de expressão, ressecamento, flacidez, hiper e
hipopigmentação e textura da pele.
Na concepção de Becker e Nordestron (s.d), o corpo é formado por trilhões
de células, cujas membranas possuem campos elétricos que são chamados de
bioeletricidade. Os aspectos clínicos do envelhecimento citados anteriormente
estão relacionados com a diminuição do fluxo dessa corrente elétrica entre as
células do organismo chamado de bioeletricidade e do funcionamento
desordenado das mesmas.
Várias teorias afirmam que existem sinais magnéticos entre as células e
que são chamadas de bioeletricidade, por isso que as células são capazes de
receber, decodificar e agir sobre sinais elétricos, magnéticos e acústicos
(CHARMAM 2006).
Com o passar do tempo essa corrente elétrica sofre alterações na sua
capacitância elétrica (capacidade de armazenamento de cargas elétricas)
favorecendo então uma interrupção elétrica, resultando aumento de resistência ao
fluxo elétrico (bioimpedância elétrica), proporcionando um comprometimento das
sínteses de proteínas entre a matriz intracelular e extracelular, o que impede o
processo natural de renovação celular, redução na produção de colágeno e
elastina e diminuição da oxigenação dos tecidos, promovendo uma deterioração
gradual da função e capacidade de resposta da pele aos estresses ambientais
(GUIRRO e GUIRRO, 2004).
Tendo em vista os aspectos característicos dos processos de
envelhecimento cutâneo a bibliografia pesquisada defende que a atuação da
técnica de microcorrente proporciona diversos benefícios, pois trabalha com a
menor quantidade de corrente elétrica mensurável, e que isso é compatível com o
campo eletromagnético do corpo.
Microcorrente - MENS
Trata-se de um tipo de eletroestimulação que utiliza correntes com
parâmetros de intensidade na faixa dos microampéres podendo apresentar
correntes contínuas ou alternadas. Os controles de intensidade normalmente
permitem um ajuste de amplitude em torno de 10 a 1000 microamperés. As
freqüências geralmente permitem ajustá-la de 0,5 Hz a 900 Hz (ou em até 1000
Hz) tornando-se 1000 vezes menos intensa que as eletroterapias convencionais
(BORGES, 2006).
De acordo com Borges (2006) a microcorrente tem por objetivo
especificamente emitir os sinais bioelétricos do corpo humano, gerando uma
corrente elétrica para compensar a bioeletricidade que está diminuída nas células
lesionadas (envelhecida). Isto aumentará a capacidade do corpo em transportar
nutrientes para as células da área afetada.
Esta, então, diferencia-se das demais correntes elétricas, por ser
subsensorial ou sensorial muito baixa, com uma estimulação que não consegue
atingir as fibras nervosas sensoriais subcutâneas, proporcionando ao receptor da
corrente maior conforto durante a sua aplicação (ROBINSON e SNYDER-
MACKLER, 2002).
Atualmente no mercado podemos encontrar alguns tipos de microcorrente
que podem ter formas de ondas diferentes, tais como: ondas individuais com
características de pulso monofásicos retangulares, que revertem periodicamente à
polaridade. Algumas formas de microcorrente trazem um formato de pulso com
uma rampa de amplitude automática para a série de pulsos distribuídos. Outras
trazem um formato de pulso retangular distribuído de forma monofásica
(BORGES, 2006).
Robinson e Snyder-Mackler (2002) afirmam que não foi desenvolvido
nenhum padrão industrial para o qual os tipos de correntes são produzidos por
aparelhos fabricados com esta indicação. A técnica de aplicação da microcorrente
consiste basicamente da utilização de eletrodos convencionais tipo sonda, em
forma de dupla caneta (bastonetes ou cotonetes) (MARTINS, 2003).
Microcorrente e o envelhecimento cutâneo
Como já foi citado anteriormente, no decorrer do processo de
envelhecimento celular ocorre uma interrupção elétrica, promovendo um aumento
de resistência ao fluxo elétrico, o que impede o processo natural de renovação
celular, ocasionando assim alterações visíveis na pele em determinadas regiões
da face. De acordo com Kede e Sabatovich (2004), as regiões mais acometidas
pelo aparecimento destas alterações estéticas são:
Região Frontal: o aparecimento das rugas nessa ocorre devido à ação dos
músculos frontais em conjunto com a glabela aponeurótica. Após os 40 anos as
rugas desta região se aprofundam horizontalmente aumentando não só a
profundidade mais também em número, principalmente no centro desta região.
Região Glabelar: o surgimento destas rugas acontece devido à contração
dos músculos corrugadores dos supercílios e uma parte pelo músculo depressor
dos supercílios, ocasionando rugas verticais nesta região
Região Orbitária: é formada pelo complexo orbito-óculares-palpebral. A
partir da quarta década da vida esta região sofre atrofia subcutânea e muscular
alterando a fenda palpebral, salientando as gorduras intra-orbitárias e também
ocorrendo à queda das porções látero-externa das pálpebras.
Região Lateral da Face: essa região tem como limite superior, a reborda
orbitária inferior sulco nasogeniano e linha vertical pré-auricular. Após os 40 anos
essa região sofre ação da gravidade evidenciando os sulcos nasogeniano e
nasolabial, havendo flacidez dos tecidos dessa área.
Região Orolabial (orbicular da boca): esta região situa-se entre os sulcos
nasogenianos e as rugas transversais da região mentoniana. Essas rugas ocorrem
devido à ação dos músculos orbiculares dos lábios, havendo uma perda de tônus
e aspecto pregueado à boca.
De acordo Kede e Sabatovich (2004) referenciando Tsuji e cols. as rugas
podem ser classificadas também em superficiais e profundas. As rugas
superficiais são aquelas que desaparecem quando estiramos a pele, e rugas
profundas e permanentes (incluindo os sulcos) que são aquelas que não
desaparecem quando estiramos a pele.
A aplicação de microcorrente tem como objetivo, proporcionar melhoras nos
aspectos clínicos citados anteriormente, é visto então que esta tende a normalizar
o fluxo de corrente endógena, restabelecendo assim a homeostase local
(GONZALEZ, 2003).
As correntes elétricas de baixa intensidade na faixa de microampéres
quando aplicadas ao corpo e por serem compatíveis aos sinais elétricos do corpo
humano aumentam a atividade celular produzindo aumento de produção de ATP
(Adenosina Trifosfato) em até 500%, transporte de aminoácidos e
conseqüentemente aumento da síntese de proteínas tendo absorção de nutrientes
e eliminação de toxinas (BRAGA, 2002).
Portanto sugere-se que o campo elétrico possa induzir a proliferação e
capacidade migratória de células do tecido conectivo contribuindo assim para o
aumento da síntese de proteínas, alinhamento e aumento da síntese de fibras de
colágeno e elastina envolvidas na reparação e regeneração tecidual (ALVAREZ et
al, 1983).
A utilização de técnica eletroterápica microcorrente em tratamentos para
melhora dos aspectos clínicos da pele envelhecida baseia-se em seus efeitos
fisiológicos e terapêutico sendo um recurso bastante utilizado na estética facial por
sua característica confortável e indolor.
METODOLOGIA
A pesquisa realizada foi do tipo qualitativa experimental que de acordo com
Gil (2006), tem como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou descoberta
de intuições. Utilizaram-se como fontes de informações bases de dados (artigos
científicos e monografias), livros e sites da internet.
Participaram do estudo inicialmente 09 voluntárias, com idade entre 40 e 55
anos, que residem na cidade de Balneário Camboriú, Santa Catarina.
O Projeto de pesquisa foi submetido à avaliação do Comitê de Ética e
Pesquisa (CEP), e após aprovação foram iniciados os procedimentos.
As voluntárias aceitaram participar do estudo assinando o termo de
consentimento livre e esclarecido. Ressalta-se que mesmo sendo escolhida
aleatoriamente nenhuma das participantes da pesquisa tem histórico de cirurgia
plástica e durante o estudo não se submeteram a outros tratamentos estéticos
faciais que poderiam interferir nos resultados da pesquisa.
As participantes não possuíram nenhuma contra-indicação, tais como:
problemas cardíacos, portadoras de prótese metálica na face, útero grávido,
neoplasias, infecção cutânea, dermatite cutânea e alergia ou irritação à corrente
elétrica.
Como método de coleta de dados foi utilizado registro fotográfico, antes do
inicio dos procedimentos e após as 12 sessões no término do tratamento,
mantendo o padrão de: uso do flash, luminosidade do local e distância. Utilizou-se
uma câmera fotográfica Canon Profissional Rebel XSi. Na concepção de Borges
(2006), a utilização do registro fotográfico, além de munir o profissional de dados
para posterior avaliação dos resultados possibilita a formação de um arquivo
pessoal para estudos futuros.
O processo de coleta de dados consistiu também na utilização de uma ficha
de anamnese para levantados os dados relacionados à identificação das
voluntárias, idade e dados referentes às características do envelhecimento de
cada uma, observando textura da pele da face, localização das rugas e
classificação das mesmas em dinâmicas e estáticas, superficiais e profundas e
ainda a presença de flacidez cutânea.
O protocolo utilizado em cada sessão obteve os seguintes padrões: iniciou
promovendo a limpeza da pele com sabonete neutro, esfoliação física para um
refinamento da pele retirando qualquer excesso de sujeira, seguindo a aplicação
de tônico facial para o controle do ph da pele, após esse procedimento foi aplicada
à técnica eletroterápica microcorrente por 30 minutos, utilizando apenas soro
fisiológico como condutor da corrente elétrica. Para finalizar o procedimento foi
aplicado sobre a face protetor solar FPS 30, que serviu como fator de proteção da
pele contra as agressões dos raios ultravioletas (UV).
Para realização deste estudo foi utilizado o aparelho Liftron II da marca
DGM com as seguintes especificações:
1 Recurso: Microcorrente
2 Modo: Contínuo
3 Forma de onda: retangular monopolar polarizada
4 Polaridade: reverte periodicamente à polaridade a cada 1,5 segundos.
5 Intensidade/ freqüência de: 0 a 950 uA com carga de 1k de 135 a 230
hertz
6 Peso: 1,8kg
7 Dimensões (LXPXH): 27X25X12cm
A aplicação da técnica consistiu basicamente da utilização de eletrodos
convencionais tipo sonda, em forma de dupla caneta com cotonetes.
O tratamento foi realizado de acordo com as normas de biossegurança,
com a utilização de materiais descartáveis e posterior descarte, desinfecção do
manípulo e limpeza do local.
Para análise dos resultados obtidos com a utilização da técnica de
microcorrente são utilizados fotos, tabelas, além da percepção visual e clinica das
pesquisadoras.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após o levantamento de dados bibliográficos, foram avaliadas e submetidas ao
tratamento 9 (nove) voluntárias do sexo feminino, com idade entre 40 e 55 anos.
Das voluntárias selecionais 6 (seis) concluíram o estudo, 2 (duas) desistiram de
participar antes do seu termino por indisponibilidade de tempo e 1(uma) das
voluntárias apresentou alergia a corrente elétrica, o que era desconhecido pela
mesma.
Os registros fotográficos das modelos demonstrando o antes e depois do
tratamento encontram-se nos apêndices.
Voluntária 1 – Possui 42 anos, apresenta as seguintes características antes e após o
tratamento com a aplicação da técnica de microcorrente:
Quadro 1 : Resultado obtido na voluntária 1
Fonte : das autoras
Voluntária 1 Na 1ª sessão Após a 12ª sessão
Região orbicular dos olhos
Rugas estáticas, horizontais e oblíquas
Diminuição na profundidade e de comprimento das rugas.
Sulco nasolabial
Sulco profundo Diminuição na profundidade.
Comissura labial Rugas estáticas e profundas Diminuição na profundidade.
Orbicular da boca Rugas dinâmicas Não houve alteração.
Região lateral da face Leve flacidez tissular no
terço médio e inferior da
face
Melhora da firmeza da pele.
Voluntária 2 – Possui 44 anos, apresenta as seguintes características antes e após o
tratamento com a aplicação da técnica de microcorrente:
Quadro 2 : : Resultado obtido na voluntária 2
Fonte : das autoras
Voluntária 2 Na 1ª sessão Após a 12ª sessão
Região frontal Rugas estáticas e horizontais Leve diminuição na profundidade das rugas.
Região glabelar Rugas estáticas e verticais Diminuição quase total na profundidade das rugas.
Região orbicular dos olhos
Rugas estáticas, horizontais e obliquas
Diminuição na profundidade das rugas em geral e apenas diminuição de comprimento das rugas obliquas.
Sulco nasolabial Observa-se mais profundo do lado direito
Pequena diminuição na profundidade do sulco direito e diminuição quase total do lado esquerdo.
Comissura labial Ruga profunda na comissura labial direita e superficial na esquerda.
Leve diminuição na profundidade da ruga do lado direito e melhora. significativa na diminuição da ruga do lado esquerdo.
Orbicular da boca Rugas dinâmicas Não houve alteração
Região lateral da
face
Leve flacidez tissular no terço
médio e inferior da face
Melhora da firmeza da pele
Voluntária 3 – Possui 50 anos, apresenta as seguintes características antes e após o
tratamento com a aplicação da técnica de microcorrente:
Quadro 3 : : Resultado obtido na voluntária 3
Fonte : das autoras
Voluntária 3 Na 1ª sess Após a 12ª sessão
Região frontal Rugas estáticas, horizontais Diminuição na profundidade.
Região glabelar Rugas estáticas, verticais e profundas
Leve diferença na profundidade das rugas.
Região orbicular dos olhos
Rugas estáticas, horizontais e oblíquas
Diminuição na profundidade e de comprimento das rugas.
Sulco nasolabial
Sulco profundo Mínima diferença na profundidade do sulco.
Comissura labial Rugas estáticas, verticais e profundas
Mínima diferença na profundidade da ruga.
Orbicular da boca Rugas estáticas, verticais Diminuição quase total na profundidade das rugas.
Região lateral da
face
Ruga estática, vertical e profunda no terço médio facial esquerdo e terço médio facial direto superficial.
Ausência da ruga estática, vertical da região do terço médio facial direito e diminuição quase total na profundidade da ruga do terço médio esquerdo.
Região lateral da
face
Flacidez média, alterando o contorno facial
Melhora da firmeza da pele e leve melhora na alteração do contorno facial.
Voluntária 4 – Possui 51 anos, apresenta as seguintes características, antes de após o
tratamento com a aplicação da técnica de microcorrente:
Quadro 4 : Resultado obtido na voluntária 4
Fonte : das autoras
Voluntária 4 Na 1ª sessão Após a 12ª sessão
Região frontal Rugas estáticas, horizontais e profundas
Diminuição da profundidade das rugas.
Região glabela Rugas estáticas, verticais e profundas
Leve diferença na profundidade.
Região orbicular dos olhos
Rugas estáticas, horizontais e oblíquas
Diminuição na profundidade e de comprimento das rugas.
Sulco nasolabial Sulco superficial Mínima diferença da profundidade da ruga.
Comissura labial Rugas estáticas, verticais Leve diferença na profundidade.
Orbicular da boca Rugas estáticas, verticais e profundas
Diminuição quase total na profundidade das rugas.
Região lateral da
face
Leve flacidez tissular no terço
médio e inferior da face
Melhora da firmeza da pele.
Voluntária 5- Possui 45 anos, apresenta as seguintes características antes e após o
tratamento com a aplicação da técnica de microcorrente:
Quadro 5: Resultado obtido na voluntária 5
Fonte : das autoras
Voluntária 5 Na 1ª sessão Após a 12ª sessão
Região frontal Rugas estáticas, horizontais e superficiais
Leve melhora na profundidade das rugas.
Região glabela Rugas estáticas, verticais Leve melhora na profundidade das rugas.
Região orbicular dos olhos
Rugas estáticas, horizontais e obliquas
Diminuição na profundidade e de comprimento das rugas.
Sulco nasolabial
Sulco superficial Melhora na profundidade do sulco.
Orbicular da boca Rugas dinâmicas Não houve alterações.
Comissura labial Rugas estáticas, verticais Leve melhora na profundidade das rugas.
Região lateral da
face
Leve flacidez tissular no terço
médio e inferior da face
Melhora da firmeza da pele
Voluntária 6- Possui 41 anos, apresenta as seguintes características antes e após a
aplicação do tratamento com a técnica de microcorrente:
Quadro 6 : Resultado obtido na voluntária 6
Fonte: das autoras
Baseado neste estudo comprovou-se que os resultados são efetivos a o que diz Borges,
(2006) que a técnica de microcorrente tem por objetivo especificamente emitir os sinais
bioelétricos do corpo humano, gerando uma corrente elétrica para compensar a
bioeletricidade que está diminuída nas células envelhecidas, aumentando assim a
Voluntária 6 Na 1ª sessão Após a 12ª sessão
Região frontal Rugas estáticas, horizontais Leve melhora na profundidade das rugas.
Região glabela Rugas estáticas, verticais e superficiais
Leve diferença na profundidade.
Região orbicular dos olhos
Rugas estáticas, horizontais e obliquas
Diminuição na profundidade e de comprimento das rugas.
Sulco nasolabial Sulco profundo Melhora na profundidade e no comprimento do sulco.
Orbicular da boca Rugas estáticas, verticais e profundas
Leve diferença na profundidade.
Região lateral da
face
Leve flacidez tissular no terço
médio e inferior da face
Melhora da firmeza da pele.
atividade celular promovendo o aumento da produção de ATP (Adenosina Trifosfato) em
até 500%, transporte de aminoácidos, aumento da síntese de proteínas, alinhamento e
aumento na síntese de fibras de colágeno e elastina envolvidas na reparação e
regeneração tecidual tendo assim melhora nos aspectos clínicos do envelhecimento
cutâneo.
Pode-se notar melhora significativa no aspecto geral da pele de todas as
voluntárias. Destacando-se algumas regiões da face como: suavização das rugas em
região orbicular dos olhos notando-se em 5 (cinco) voluntárias, suavização também do
sulco nasolabial das 6 (seis) voluntárias e principalmente melhora da flacidez em todas as
voluntárias.
Gráfico de satisfação das voluntárias :
Para avaliar o grau de satisfação obtido no presente estudo pela percepção das
voluntárias, foi pedido que cada uma delas apontasse uma nota que variou de 1 a 6.
Sendo que se escolhessem 1 (um) teriam satisfação mínima e 6 (seis) satisfação
máxima com a aparência da pele pós-tratamento. De acordo com a análise deste
gráfico percebe-se que as modelos ficaram bem satisfeitas com os resultados.
Gráfico 1: Nível de satisfação das voluntárias
Fonte: das autoras
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através desta pesquisa foi possível concluir que o tratamento com a
aplicação da técnica de microcorrente apresentou efeitos benéficos na melhora
dos aspectos clínicos do envelhecimento cutâneo que as voluntárias estudadas
apresentavam.
Pode-se notar melhora significativa no aspecto geral da pele de todas as
voluntárias. Destacando-se suavização das rugas em região orbicular dos olhos,
suavização do sulco nasolabial e principalmente melhora da flacidez.
Estes resultados demonstram a eficácia do tratamento com a aplicação da
técnica de microcorrente, com objetivo de melhora nos aspectos clínicos do
envelhecimento cutâneo.
É importante salientar que neste estudo não foi utilizado princípio ativo no
auxílio do tratamento, somente soro fisiológico como condutor da corrente elétrica,
tendo como objetivo principal verificar somente os benefícios da microcorrente nos
aspectos clínicos do envelhecimento cutâneo facial.
Portanto, sugere-se a realização de novas pesquisas com maior número de
sessões, pois se acredita que os resultados possam ser ainda melhores que os
apresentados neste trabalho.
Entende-se que a microcorrente é um importante e eficaz recurso para
amenizar ou até reverter os aspectos clínicos do envelhecimento, mesmo ainda
que pouco explorada, apresentando-se como uma técnica eletroterápica
confortável e com efeitos comprovados sobre o metabolismo de renovação celular.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVAREZ, O. M., et al. The Healing of Superficial Skin Wounds Is Stimulated by External Electrical Current. The Journal of Investigative Dermatology. v.81. n.2. 1983. BECKER e NORDENSTROM in CRUZ, M. A. B. Microcorrente: Uma alternativa para o tratamento de afecções inestéticas da face . Sociedade Brasileira de Medicina Estética, N. 11, s.d. BORGES, F. S. Dermato-funcional – Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, pp 190-205. 2006. BRAGA, E. S; et al. Efeitos biofísicos, fisiológicos e terapêuticos da microcorrente: uma revisão. Rio de Janeiro. 2002. Revista Brasileira de Fisioterapia Dermato-Funcional . Rio de Janeiro. v.1. n.3, 2002. CHARMAM, R. A in BORGES, F. S. Dermato-funcional – Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, PP. 191.2006. ESTEVES, J.A.; BAPTISTA, A. P.; RODRIGO, F. G. Dermatologia. 1. ed. São Paulo: ed. Fundação Calouste Gulbenkan, 1991. GONZALEZ, L. Microcorrente: A Onda do Futuro. São Paulo. Nov, 2003. Disponível em: <http://www.fisionet.com.br>. Acesso em: 10/07/09. GUIRRO, E; GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-Funcional – Fundamentos, Recursos e Patologias. 3.ed. São Paulo: Manole, Cap.11 pp.282-287. 2004. KEDE, M. P. V., SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. São Paulo: Atheneu, 2004. MARTINS, L. C. Microterapia Celular – MTC: Um Novo Conceito em Eletroterapia. Rio de Janeiro: Revista Fisio&terapia. Ano VII. n.38. abr/mai, 2003. ORIÁ, R. B., et al. Estudo das alterações relacionadas com a idade na pele humana, utilizando métodos de histo-morfometria e autofluorescência. Anais Brasileiros de Dermatologia . Rio de Janeiro. v.78. n.4. jul/ago, 2003. ROBINSON, A. J.; SNYDER-MACKLER, L. Eletrofisiologia Clínica : Eletroterapia e teste eletrofisiológico. 2.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002.
WEST, M.D. The cellular and molecular biology of skin aging. Arch. Dermatol. 130:87-95; 1994.
APÊNDICE
Foto : voluntária 1 – antes do tratamento Foto : voluntária 1 – após o tratamento
Fonte: das autoras Fonte: das autoras
Foto : voluntária 2 – antes do tratamento Foto : voluntária 2 – após o tratamento
Fonte: das autoras Fonte: das autoras
Foto : voluntária 3 – antes do tratamento Foto : voluntária 3 – após o tratamento
Fonte: das autoras Fonte: das autoras
Foto : voluntária 4 – antes do tratamento Foto : voluntária 4 – após o tratamento
Fonte: das autoras Fonte: das autoras
Foto : voluntária 5 – antes do tratamento Foto : voluntária 5 – após o tratamento
Fonte: das autoras Fonte: das autoras
Foto : voluntária 6 – antes do tratamento Foto : voluntária 6 – após o tratamento
Fonte: das autoras Fonte: das autoras