VII – Anexos do
[Relatório de Estágio de (Ana) Filipa Mora – Ciências da Comunicação, Jornalismo 2010]
Encontram-se aqui, nos anexos, os trabalhos feitos pela estagiária durante os 3
meses no JPN. De referir que os trabalhos desenvolvidos ao longo da parceria
JPN/Casa da Música encontram-se no dossier específico, mais à frente. As peças
referidas, a seguir, englobam o serviço de agenda que a estagiária desempenhou
quando não esteve integrada na equipa da Casa da Música. Por último, estão os
originais da grande reportagem, assim como contactos e alguma bibliografia utilizada.
1. Publicado
Artistas sem palco querem encher o Teatro Sá da Bandeira de cultura "variada"
Por Filipa Mora - [email protected]
Publicado: 02.03.2010 | 19:02 (GMT)
Marcadores: Artes , Cinema , Cultura , Dança ,Documentário , Teatro
Teatro, dança e cinema vão ocupar a sala-estúdio Latino do Teatro Sá da
Bandeira, durante os próximos seis meses. É uma forma de intervenção contra
a "falta de oferta cultural" por artistas sem palco.
A "falta de oferta cultural" foi o mote para o projecto "Variação da Cultura". Durante o
próximo meio ano, a esquecida sala-estúdio Latino do Teatro Sá da Bandeira (TSB) vai
receber teatro, dança e cinema. A estreia faz-se hoje, terça-feira, às 21h45, com a mostra de
curtas-metragens documentais de realizadores portuenses (ver caixa).
A iniciativa não conta com qualquer espécie de apoio monetário ou logístico, conforme
esclarece Ivo Bastos, da Companhia Palmilha Dentada. A companhia, salienta o
responsável, até concorreu ao subsídio "pontual" para "dinamização cultural" do Ministério
da Cultura, mas não obtiveram resposta.
Hoje, no TSB:
Para a noite de estreia, hoje, terça-feira, às 21h45, exibem-se as curta-metragens "Zone d'attente #00"
(Frederico Lobo, Luisa Homem, Pedro Pinho), "Territórios" (Mónica Batista), "Flores Magras" (Saguenail) e
"Lefteria=Liberdade" (Tiago Afonso)
A "junção de vontades de colectivo" faz avançar o projecto que, sem qualquer certeza de
rentabilidade, não é um risco calculado, mas antes "um risco necessário". Segundo Ivo
Bastos, a acção interventiva a que se propõem, permite aos performers e companhias
presentes um "espaço físico para apresentarem o seu trabalho", já que estes não têm uma
sala de ensaios e de espectáculos regular.
Os organizadores pretendem, acima de tudo, "chamar a atenção à cidade" e não só, visto
que a companhia não está apenas "preocupada" com isto. "Numa linguagem mais marxista,
é uma iniciativa quase que corporativista que será o nosso último grito: ou o do Ipiranga ou
o canto do cisne."
Cinema em Março
Durante o mês de Março, o documentário de autor marca presença todas as segundas e
terças, às 21h45, no TSB, seguindo-se uma conversa com os realizadores. A iniciativa é
levada a cabo por Tiago Afonso e Jorge Quintela, realizadores e responsáveis pela temática
cinéfila do projecto Variação da Cultura.
Tiago Afonso refere que esta iniciativa passa por "tentar dar apoio à maior dificuldade
encontrada pelos jovens cineastas no circuito e mercado da distribuição cinematográfica".
Neste sentido, as sessões contam com filmes de ficção, ensaio e animação dos estudantes
das escolas de audiovisuais da cidade, como a ESAP, a Universidade Católica e o IPP, e com
a participação de antigos estudantes, agora realizadores, que continuam a trabalhar no
Porto.
Quando confrontado com a coincidência da estreia da mostra documental com o
Fantasporto, Tiago não teme que a afluência de público seja afectada, até porque "a
programação apresentada no TSB nada tem a ver com a oferta do festival". "Estamos a falar
claramente de uma realidade e de um consumo bastante diferente", conclui.
A organização, composta por 87 profissionais da área e 15 companhias, entre as quais
o Teatro da Palmilha Dentada, a Mau Artista e a Tenda de Saias, espera que ao longo dos
próximos seis meses, cerca de 15 mil espectadores passem pelo TSB. Para além do cinema,
vão realizar-se espectáculos de dança, teatro e performances.
link:
http://jpn.icicom.up.pt/2010/03/02/artistas_sem_palco_querem_encher_o_teatro_sa_
da_bandeira_de_cultura_variada.html
2. Original:
"Make think. Not things", aconselha especialista em Design da
Comunicação Visual
Semana da ESAD termina com conferência de Bo Bergström, especialista sueco em
Design da Comunicação Visual e professor universitário, pela primeira vez no Porto.
A conferência comissariada por Emanuel Barbosa estava com sala cheia quando Bo
Bergström invadiu o anfiteatro da ESAD [link], com a sua calma o seu humor. O nome
da própria conferência era indício do humor confirmado: "The designer left the car and
started the helicopter".
Não obstante o humor, a metáfora sugere as várias inspirações que Bergström [link]
aconselha o designer e qualquer profissional a ter. "O designer gráfico tem de encontrar
inspiração em tudo e olhar para tudo. Tem de entrar noutros mundos, noutras áreas,
cinema, pintura, etc", confirma, em entrevista, Bo Bergström ao JPN. Realça ainda que
"não só o design mas todas as áreas precisam de cooperação" e que "amanhã, não
haverá lugar para o especialista trabalhar sozinho, terá de trabalhar em equipa."
O teórico criticou a falta de abertura de mentalidade que, por vezes, encontra na
camada mais jovem e aconselha-os a "discutirem mais, estarem menos confortáveis e,
acima de tudo, não terem medo". "Open up your personality", chega mesmo a dizer.
Uma mentalidade aberta, pré-disposição para aprender e curiosidade são os requisitos
para o equilíbrio entre o pragmatismo e criatividade, segundo o autor. Para encontrar
equilíbrio entre o pragmatismo e criatividade, Berström aponta a personalidade de cada
um como a chave.
Sem não esquecer o papel do jornalismo, aponta os media sociais os responsáveis pela
mudança do futuro e diz ainda que "o jornalista deve incorporar os media sociais
todos." Chama a atenção para "três factores fundamentais" para a mudança do
panorama e interpretação do que nos rodeia ao longo da história: "tempo", "sítio" e
"media", sendo o contexto (interno e externo) apontado como o maior responsável por
todas as mudanças, desde sempre.
Com uma sessão prevista para 1h30, o sueco conseguiu, ao longo da conferência,
arrancar gargalhadas de um público tímido que, no fim, podia aproveitar para colocar
as questões que quisesse. Ficaram ainda conhecidas algumas das referências do autor
como Bergman e Antonioni, numa conferência onde o teórico mencionou a importância
e peso da imagem.
Quando questionado com aquilo que conhece de Portugal e de designers portugueses, o
professor universitário pede desculpa e admite não conhecer muito o que se faz por cá.
"Talvez por ser sueco e conhecer melhor trabalhos americanos, ingleses e suiços." Em
tom de conselho, sugere que os portugueses mostrem mais o seu trabalho, "para
melhorarem a imagem que, infelizmente, não é das melhores. Toda a gente do país
precisa de trabalhar para isso".
O comissário da iniciativa, Emanuel Barbosa [link], confessou ao JPN a importância da
presença do convidado, "com um CV invejável, já fez um pouco de tudo e é uma
referência incontornável no mundo do Design e Comunicação Visual".
A semana da Escola Superior de Artes e Design ofereceu ainda, ao longo da semana,
várias actividades, conferências, exposições, oficinas, aulas abertas e visitas guiadas
para se conhecerem as potencialidades das 6 licenciaturas de que dispõe.
O principal público alvo foram as escolas secundárias da zona norte que visitaram o
espaço. "A afluência do público tem sido imensa", assegura o Sr.Alberto Pereira,
responsável pela livraria da Escola.
2. Publicado:
"Façam pensamento e não coisas", aconselha especialista em Design
Por Filipa Mora - [email protected]
Publicado: 08.03.2010 | 16:45 (GMT)
Marcadores: Comunicação , Cultura , Design , Educação
Especialista sueco em Design da Comunicação Visual esteve, sexta-feira, na
ESAD, onde alertou para a importância do trabalho em equipa e da abertura
das mentalidades.
O designer gráfico tem de "encontrar inspiração em tudo e olhar para tudo". Deve "entrar
noutras áreas" e pensar em "cooperação". Afinal, "amanhã não haverá lugar para não se
trabalhar em equipa". "Façam pensamento e não coisas."
Foram estas algumas das máximas proferidas pelo sueco Bo Bergström, especialista
mundial em comunicação visual, que esteve, esta sexta-feira, na Escola Superior de Artes e
Design (ESAD), para uma conferência intitulada: "The designer left the car and started the
helicopter".
Não obstante o humor do título da sessão, a metáfora sugere as várias inspirações que
Bergström aconselha o designer e qualquer profissional a ter, nomeadamente no que toca à
abertura das mentalidades.
O teórico aconselha, por isso, os mais jovens a "discutir mais" e, acima de tudo, a "não ter
medo". "Open up your personality", apelou. Uma mentalidade aberta, pré-disposição para
aprender e curiosidade, são os requisitos para o equilíbrio entre o pragmatismo e
criatividade, segundo o autor.
"Portugueses têm de mostrar mais o seu trabalho"
Sem esquecer o papel do jornalismo, Bergström aponta os media sociais como os
responsáveis pelos grandes actores de mudanças futuras. Acrescenta, ainda, que "o
jornalista deve incorporar os media sociais todos". O sueco chama a atenção para "três
factores fundamentais" para a mudança do panorama e da interpretação do que nos rodeia
ao longo da história: "tempo", "sítio" e "media", sendo o contexto (interno e externo)
apontado como o maior responsável por todas as mudanças desde sempre.
Quando questionado acerca da situação actual do design português, o professor
universitário admite que não está a par do panorama nacional. Sugere, por isso, aos
portugueses que mostrem mais o seu trabalho, "para melhorarem a imagem que,
infelizmente, não é das melhores". "Toda a gente do país precisa de trabalhar para isso".
O comissário da iniciativa, Emanuel Barbosa, confessou ao JPN a importância da presença
do convidado, "uma referência incontornável no mundo do Design e Comunicação Visual",
que, "com um CV invejável", "já fez um pouco de tudo".
Link:
http://jpn.icicom.up.pt/2010/03/08/facam_pensamento_e_nao_coisas_aconselha_especi
alista_em_design.html
3. Original:
O Primeiro de Janeiro: PCP defende compra de arquivo do jornal pelo Estado
O arquivo histórico e bens de O Primeiro de Janeiro estão à venda até dia 27 de
Abril. O PCP já apresentou requerimento em Assembleia da República para a
aquisição do espólio pelo Estado.
O Tribunal de Comércio de V.N.Gaia anunciou, no início do mês, a venda dos bens do
jornal centenário O Primeiro de Janeiro, cujo valor base de licitação assenta em mais de
200 mil euros.
O deputado do Partido Comunista Português, Jorge Machado, adiantou ao JPN que o
objectivo primeiro passa por "alertar o Ministério da Cultura do património do jornal,
cujo relevo e interesse histórico para o país e, particularmente, para a cidade do Porto,
são indiscutíveis", merecendo, por isso, a "aquisição por parte das entidades públicas".
O deputado salienta a importância e urgência de se encontrarem soluções, evitando a
compra por "mãos privadas", como já aconteceu, anteriormente, com matutino
Comércio do Porto. Jorge Machado refere o arquivo fotográfico como de extrema
importância, quer para investigadores, quer para o público geral, "não podendo, por
isso, ficar restrito ao eventual uso privado".
Após a suspensão da publicação de O Primeiro de Janeiro e despedimento massivo da
redacção em 2008, o Tribunal de Comércio de Gaia, declarou insolvência da SEDICO, a
empresa que detinha o jornal. A dívida da SEDICO ao Estado (5,7 ME) e fornecedores
(8 ME) atinge elevados valores e os bens da empresa vão ser liquidados.
Ao arquivo histórico e fotográfico (este último avaliado em 55 mil euros) do jornal,
junta-se uma lista de bens que inclui variado material de escritório.
O prazo termina no espaço de uma semana, a 27 de Abril e Jorge Machado que,
juntamente com Honório Novo, entregou o requerimento na Assembleia da República,
acredita que o pedido "vai perfeitamente a tempo para que o Ministério da Cultura
intervenha com bom senso" neste processo, atendendo ao "cariz de urgência" do pedido.
3. Publicado:
"O Primeiro de Janeiro": PCP defende compra de arquivo do jornal pelo Estado
Por Filipa Mora - [email protected]
Publicado: 21.04.2010 | 12:54 (GMT)
Marcadores: Jornalismo , Media , O Primeiro de Janeiro
O arquivo histórico e os bens de "O Primeiro de Janeiro" estão à venda até à
próxima terça-feira. O PCP já apresentou requerimento em Assembleia da
República para a aquisição do espólio pelo Estado.
O Partido Comunista Português (PCP) considera que o Estado deve adquirir o arquivo
histórico e os bens do jornal centenário "O Primeiro de Janeiro", tendo já apresentado um
requerimento em Assembleia da República para a compra.
O Tribunal de Comércio de V.N.Gaia anunciou, no início do mês, a venda dos bens do
jornal, cujo valor base de licitação assenta em mais de 200 mil euros.
Contexto:
Após a suspensão da publicação de "O Primeiro de Janeiro" e despedimento massivo da redacção, em 2008, o
Tribunal de Comércio de Gaia, declarou insolvência da SEDICO, a empresa que detinha o jornal. A dívida da
SEDICO ao Estado ronda os 5,7 milhões de euros. Aos fornecedores, a empresa deve 8 milhões de euros.
Tendo em conta estes elevados valores, os bens da empresa vão ser liquidados.
O deputado do Partido Comunista Português, Jorge Machado, adiantou ao JPN que o
objectivo passa primeiro por "alertar o Ministério da Cultura do património do jornal, cujo
relevo e interesse histórico para o país e, particularmente, para a cidade do Porto, são
indiscutíveis", merecendo, por isso, a "aquisição por parte das entidades públicas".
O deputado salienta a importância e urgência de se encontrarem soluções, evitando a
compra por "mãos privadas" como já aconteceu, anteriormente, com "O Comércio do
Porto",cedido pela Prensa Ibérica à Câmara de Gaia. Jorge Machado aponta para a
importância do arquivo fotográfico, quer para investigadores, quer para o público geral,
"não podendo, por isso, ficar restrito ao eventual uso privado".
Ao arquivo histórico e fotográfico (este último avaliado em 55 mil euros) do jornal, junta-se
uma lista de bens que inclui variado material de escritório.
O prazo termina no espaço de uma semana, na terça-feira, 27 de Abril. Jorge Machado, que
juntamente com Honório Novo entregou o requerimento na Assembleia da República,
acredita que o pedido "vai perfeitamente a tempo para que o Ministério da Cultura
intervenha com bom senso" neste processo, atendendo ao "cariz de urgência" do pedido.
Link:
http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/21/o_primeiro_de_janeiro_pcp_defende_compra_de_ar
quivo_do_jornal_pelo_estado.html
4. Original:
SCUT: Autarcas da região Norte apelam ao diálogo com Governo
Autarcas da região norte, indignados com medidas do Governo, querem novo
estudo para as SCUT.
Partido Comunista Português revela estudo das Estradas de Portugal que
comprova a inexistência de alternativas.
Quando, há cerca de um mês atrás, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e
Comunicações convocou os autarcas dos municípios da Maia, Matosinhos, Lousada e
Valongo, os homónimos das Câmaras de Felgueiras, Penafiel e Paredes não foram
chamados para discutir as SCUT portajadas que servem o Vale de Sousa (A41 e A42).
Os sete autarcas reuniram-se hoje na Câmara Municipal da Maia para discutir o estudo
encomendado pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações que,
segundo os mesmos, contém "imprecisões”, ignorando critérios basilares para a
implementação de portagens. O Presidente social-democrata da Câmara Municipal de
Paredes, Celso Ferreira, adjectiva o mesmo de "insultuoso e estranho”, atendendo ao
facto de ter sido feito sob "pressupostos errados”.
Os autarcas querem apelar ao diálogo com o Governo: "queremos ser atendidos em
bloco, queremos diálogo e não guerra”, reivindica Celso Ferreira. O presidente da
Câmara Municipal de Paredes salienta a indignação e incompreensão por não ter sido
chamado e reforça a vontade se serem atendidos conjunta e não individualmente, na
próxima quinta-feira, dia 29. A mobilidade é uma "questão intermunicipal, não há
fronteiras nas auto-estradas”, afirma o presidente, lembrando que alguns municípios são
ignorados.
Os presidentes dos municípios presentes na reunião recusam acreditar na má fé dos
governantes, pelo que continuam, até quinta-feira, dia do encontro em Lisboa, "à espera
de bom-senso e soluções”.
Admitem, ainda, todos os cenários, não excluindo o recurso a instâncias judiciais e
equacionam, também, a possibilidade da encomenda de um outro estudo, visto
sentirem-se "altamente penalizados” com estes resultados. Celso Ferreira refere, ainda,
que o esforço para pagar a crise tem de ser de todos, apontando a falta de coerência do
Governo.
PCP revela documento que "comprova que não há alternativas às SCUT"
O Partido Comunista Português fez conhecer, hoje de manhã, um estudo das Estradas de
Portugal (link PDF) datado de 2006 que, segundo o deputado Jorge Machado, comprova
que não há alternativas viáveis às auto-estradas em regime sem custo para o utilizador.
O deputado comunista disse ao JPN que as estradas nacionais não reúnem condições,
quer relativas ao tempo de viagem que se iria gastar (em alguns casos 3 vezes superior
ao actual), quer de tráfego e/ou segurança. Lembra ainda que as SCUT foram criadas,
precisamente, como “alternativa às estradas nacionais”.
Jorge Machado evidencia as consequências económico-sociais que a implementação
desta medida do Governo pode causar, numa das zonas - Norte de Portugal entre as
regiões mais pobres da União Europeia, recorda o deputado - onde a taxa de
desemprego impera.
Jorge Machado acredita que o Governo vai recuar, uma vez não se reunirem condições
políticas para avançarem, referindo ainda que “nesta luta, cabem todos. Sejam autarcas,
empresas ou utentes”.
4. Publicado: SCUT: Autarcas da Região Norte apelam ao diálogo com Governo
Por Filipa Mora - [email protected]
Publicado: 26.04.2010 | 20:32 (GMT)
Marcadores: Economia , Estradas
Os autarcas da Região Norte estão indignados com as medidas do Governo e
exigem novo estudo para as SCUT. PCP revela estudo das Estradas de Portugal
que comprova a inexistência de "alternativas às SCUT".
Quando, há cerca de um mês, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
convocou os autarcas dos municípios da Maia, Matosinhos, Lousada e Valongo, os
homónimos das câmaras de Felgueiras, Penafiel e Paredes não foram chamados para
discutir as SCUT portajadas que servem o Vale de Sousa (A41 e A42).
Os sete autarcas reuniram-se segunda-feira na Câmara Municipal da Maia para discutir o
estudo encomendado pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações que,
segundo os mesmos, contém "imprecisões", ignorando critérios basilares para a
implementação de portagens. O presidente social-democrata da Câmara Municipal de
Paredes, Celso Ferreira, adjectiva o estudo de "insultuoso e estranho", atendendo ao facto
de ter sido feito sob "pressupostos errados".
Os autarcas querem apelar ao diálogo com o Governo, tendo por objectivo reunir com o
executivo de José Sócrates em conjunto. "Queremos ser atendidos em bloco.Queremos
diálogo e não guerra", reivindica Celso Ferreira. O presidente da Câmara Municipal de
Paredes salienta a indignação e incompreensão por não ter sido convocado da primeira vez
e reforça a vontade de serem atendidos conjunta e não individualmente, na próxima quinta-
feira, dia 29.
A mobilidade é uma "questão intermunicipal", pois "não há fronteiras nas auto-estradas",
afirma o presidente, lembrando que alguns municípios são ignorados.
Os presidentes dos municípios presentes na reunião recusam acreditar na má fé dos
governantes, pelo que continuam, até quinta-feira, dia do encontro em Lisboa, "à espera de
bom-senso e soluções".
Admitem, ainda, todos os cenários, não excluindo o recurso a instâncias judiciais e
equacionam, também, a possibilidade da encomenda de um outro estudo, visto sentirem-se
"altamente penalizados" com estes resultados. Celso Ferreira refere, ainda, que o esforço
para pagar a crise tem de ser de todos, apontando a falta de coerência do Governo.
PCP revela documento que "comprova que não há alternativas às SCUT"
O Partido Comunista Português (PCP) fez conhecer segunda-feira de manhã um estudo das
Estradas de Portugal [PDF] datado de 2006 que, segundo o deputado Jorge Machado,
comprova que não há alternativas viáveis às auto-estradas em regime sem custo para o
utilizador.
O deputado comunista disse ao JPN que as estradas nacionais não reúnem condições, quer
relativas ao tempo de viagem (em alguns casos três vezes superior ao actual), quer de
tráfego e/ou segurança. Lembra ainda que as SCUT foram criadas, precisamente, como
"alternativa às estradas nacionais".
Jorge Machado evidencia as consequências económico-sociais que a implementação desta
medida do Governo pode causar, numa das zonas onde a taxa de desemprego impera, o
Norte. Região essa que, recorda o deputado, se encontra entre as mais pobres da União
Europeia.
O deputado acredita que o Governo vai recuar, uma vez não se reunirem condições políticas
para avançarem, referindo ainda que "nesta luta, cabem todos, sejam autarcas, empresas ou
utentes".
Artigo corrigido às 10h33 de 27 de Abril de 2010
Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/26/scut_autarcas_da_regiao_norte_apelam_ao_dialogo_
com_governo.html
5. Original:
Marinho Pinto: Bastonário da Ordem dos Advogados apoia a não deslocalização
do Tribunal da Maia
Marinho Pinto discorda da proposta do Governo e apoia Bragança Fernandes.
O Bastonário da Ordem dos Advogados mostra-se solidário com a posição tomada pela
Câmara Municipal da Maia face ao novo mapa judicial a implementar, brevemente,
implicando a mudança do Tribunal da Comarca da Maia.
A manifestação de Marinho Pinto tornou-se pública, hoje, no Salão D.Pedro IV da
Câmara Municipal da Maia, onde esteve com o presidente da Câmara, Bragança
Fernandes.
O Governo pretende a deslocalização do Tribunal da Maia, que já não reúne condições
necessárias para servir todas as necessidades, para a zona industrial da cidade.
O Bastonário lembrou que tal não deve acontecer, da mesma forma que os
"estabelecimentos prisionais são atirados para a perifria" por causa de "gulosos
interesses imobiliários, entre outros", não devendo, por isso, subordinarrem-se a esses
interesses.
Marinho Pinto lembrou que a justiça "deve servir os cidadãos e, que para tal, deve ser
pública e acessível a todos". Considera a proposta do Governo má e esclarece que
intervirá sempre que a liberdade de expressão e imprensa assim o permitirem.
5. Publicado:
Marinho Pinto: Bastonário apoia a não deslocalização do Tribunal da Maia
Por Filipa Mora - [email protected]
Publicado: 26.04.2010 | 20:24 (GMT)
Marcadores: Economia , Justiça , Maia
Marinho Pinto discorda da proposta do Governo de mudar o local do tribunal
da Maia e apoia descontentamento do presidente da Câmara, Bragança
Fernandes.
O Bastonário da Ordem dos Advogados mostra-se solidário com a posição tomada pela
Câmara Municipal da Maia face ao novo mapa judicial a implementar, brevemente,
implicando a mudança do Tribunal da Comarca da Maia.
A manifestação de Marinho Pinto tornou-se pública hoje, segunda-feira, no Salão D.Pedro
IV da Câmara Municipal da Maia, onde esteve com o presidente da Câmara, Bragança
Fernandes.
O Governo pretende a deslocalização do Tribunal da Maia, que já não reúne condições
necessárias para servir todas as necessidades, para a zona industrial da cidade.
O Bastonário lembrou que o Governo não deve subordinar-se a "gulosos interesses
imobiliários" para decidir a deslocalização do tribunal, à semelhança do que aconteceu com
os "estabelecimentos prisionais", que são "atirados para a periferia".
Marinho Pinto salienta que a justiça "deve servir os cidadãos e que, para tal, deve ser
pública e acessível a todos". Por isso mesmo, considera a proposta do Governo má e
esclarece que intervirá sempre que a liberdade de expressão e imprensa assim o
permitirem.
Link:
http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/26/marinho_pinto_bastonario_apoia_a_nao_deslocaliza
cao_do_tribunal_da_maia.html
6. Original:
Braga: Enterro da Gata com componente reivindicativa em 2010
A cidade de Braga acolhe as festividades académicas entre 8 a 15 de Maio. O
"gatódromo" é no Estádio Municipal de Braga e, este ano, justificam o tema
escolhido pela necessidade de intervenção.
O cartaz oficial do Enterro da Gata foi apresentado e o destaque recai sobre o carácter
interventivo do tema deste ano: “A Gata d’Assalto”. O presidente da Associação
Académica da Universidade do Minho (AAUM), Luís Rodrigues, justifica a escolha do
tema pela insegurança sentida pelos estudantes na zona do campus de Gualtar, vítimas
de vários assaltos. Pretendem, assim, “chamar a atenção das autoridades” e, ainda,
salientar o problema do “financiamento do ensino Superior e bolsas de acção social
escolar”.
As comemorações incluem, ainda, um “dia de beneficência” (dia 9), onde os lucros das
bebidas consumidas revertem a favor de algumas instituições de solidariedade social.
O alinhamento do cartaz [link] conta com nomes internacionais, nacionais e alguns
DJ’s e a abertura das portas faz-se diariamente, às 22h00. No primeiro dia de
festividades (dia 8), é Slimmy quem inaugura o Enterro, aquecendo o palco para David
Fonseca.
No dia 9, o Coro Académico/Tuna Universitária do Minho sobem ao palco, pelas
22h30. Nessa mesma noite, o destaque vai para a brasileira Daniela Mercury e os
portugueses Azeitonas.
Expensive Soul e Diego Miranda actuam dia 10 e Buraka Som Sistema e os portuenses
Souls of Fire ocupam o palco, no dia seguinte. Quem promete aquecer o dia 12 são Os
Homens da Luta e Quim Barreiros, habitué nestas andanças. Legendary Tiger Man
prepara o público para o sérvio Emir Kusturica (& The No Smoking Orchestra).
Na sexta-feira que antecede o último dia do Enterro, conhece-se a banda vencedora do
concurso Umplugged e o dj vencedor do concurso DJ@UM, dispensando-se
apresentações para os Xutos e Pontapés. A festa termina no sábado, dia 15, com o
grande arraial minhoto “Santoinho”.
Para quem prefira música electrónica ou receie ir para casa demasiado cedo, pode ouvir
Pedro Tabuada, Miguel Rendeiro, Overule, entre outros DJS que presentearão o
público, todas as noites.
6. Publicado:
Braga: Enterro da Gata com componente reivindicativa em 2010
Por Filipa Mora - [email protected]
Publicado: 28.04.2010 | 19:13 (GMT)
Marcadores: Braga , Estudantes , Universidade
A cidade de Braga acolhe as festas académicas entre 8 a 15 de Maio. O
"gatódromo", no Estádio Municipal recebe, entre outros, Emir Kusturika e Os
Homens da Luta, numa edição de cariz reivindicativo.
O cartaz oficial do Enterro da Gata foi apresentado e o destaque recai sobre o carácter
interventivo do tema deste ano: "A Gata d'Assalto". O presidente da Associação Académica
da Universidade do Minho (AAUM), Luís Rodrigues, justifica a escolha do tema pela
insegurança sentida pelos estudantes na zona do campus de Gualtar, vítimas de vários
assaltos.
Pretendem, assim, "chamar a atenção das autoridades" e, ainda, salientar o problema do
"financiamento do Ensino Superior e bolsas de acção social escolar".
As comemorações incluem um "dia de beneficência" (dia 9), onde os lucros das bebidas
consumidas revertem a favor de algumas instituições de solidariedade social.
O alinhamento do cartaz conta com nomes internacionais, nacionais e alguns dj's e a
abertura das portas faz-se diariamente às 22h00. No primeiro dia de festividades (dia 8), é
Slimmy quem inaugura o Enterro, aquecendo o palco para David Fonseca.
No dia 9, o Coro Académico/Tuna Universitária do Minho sobe ao palco pelas 22h30. Nessa
mesma noite, o destaque vai para a brasileira Daniela Mercury e para os portugueses
Azeitonas, que também marcarão presença na Queima das Fitas do Porto.
Expensive Soul e Diego Miranda actuam dia dez e Buraka Som Sistema e os portuenses
Souls of Fire ocupam o palco, no dia seguinte. Quem promete aquecer o dia 12 são Os
Homens da Luta e Quim Barreiros, habitué nestas andanças. Legendary Tiger Man prepara
o público para o sérvio Emir Kusturica (& The No Smoking Orchestra).
Na sexta-feira que antecede o último dia do Enterro, conhece-se a banda vencedora do
concurso Unplugged e o dj vencedor do concurso DJ@UM, dispensando-se apresentações
para os Xutos & Pontapés. A festa termina no sábado, dia 15, com o grande arraial minhoto
"Santoinho".
Para quem prefira música electrónica ou receie ir para casa demasiado cedo, pode ouvir
Pedro Tabuada, Miguel Rendeiro, Overule, entre outros dj's que presentearão o público
todas as noites.
Os estudantes minhotos podem ainda sentir-se mais seguros com o apoio do Governo Civil
de Braga e, para eventuais excessos, os alunos de Medicina e Enfermagem do projecto
"Gata na Saúde" prestarão os devidos cuidados médicos a quem necessite. Uma equipa dos
Bombeiros Voluntários de Braga também estará no local durante a edição 2010 do Enterro
da Gata.
Link:
http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/28/braga_enterro_da_gata_com_componente_reivin
dicativa_em_2010.html
7. Original:
Teatro: "Fazer a Festa" termina 29ª edição com "banho de multidão" e pede
apoios para o próximo ano
O festival de teatro regressou ao "lugar natural", os jardins do Palácio de Cristal.
Organização queixa-se da falta de apoios do Ministério da Cultura e da Câmara
Municipal do Porto
A 29ª edição do "Fazer a Festa" ficou marcada pelo regresso do festival aos jardins
do Palácio de Cristal, contrariamente à edição passada "transladada" para a cidade
da Maia.
José Leitão, director do Teatro Art"Imagem [link] e responsável pela organização do
festival, confessou ao JPN o seu "duplo contentamento" pelo regresso do festival à
cidade do Porto, onde "pertence".
De 24 de Abril até ontem, vinte e uma (21) companhias nacionais e estrangeiras
preencheram os jardins públicos do Palácio de Cristal, oferecendo teatro e debates a
quem por lá passasse. E passaram 5700 pessoas. Os espectáculos distribuíram-se
pelas tendas montadas no recinto, uma vez que a organização não dispôs do
Auditório da Biblioteca Almeida Garrett nem do apoio publicitário da C.M.Porto
Contaram com a ajuda do Museu Nacional Soares dos Reis e o Cine-Teatro
Constantino Nery que ofereceram os seus auditórios.
A organização refere a falta de apoio da Câmara Municipal do Porto, cujas
"políticas culturais dos autarcas" nem sempre se coadunam com a dos agentes
culturais da cidade. José Leitão acusa-os de "não terem tempo para receber os
agentes culturais", quando estes se encontram totalmente disponíveis para reunir
com eles. "Os munícipes do Porto também têm direito à cultura, à cidadania e nós
somos responsáveis por agitar a vida cultural da cidade", diz José Leitão. O director
acusa ainda a falta de apoio da C.M.Porto ao "Fazer a Festa", detentor da Medalha
de Mérito Cultural da cidade do Porto, em detrimento de outros festivais
internacionais.
Recorde-se que do orçamento estimado de cerca de 80 mil euros para o Festival, os
apoios não chegaram a 60 mil euros. "O peso de alguns apoios para o festival não
são condignos para o peso do festival que resulta de quase 30 anos de muito
trabalho", recorda José Leitão. Os apoios financeiros desta edição do "Fazer a Festa"
provêm da Associação Nacional de Teatro para a Infância e Juventude, Instituto
Português da Juventude, da Direcção-Geral das Artes (Ministério da Cultura) e da
"boa-vontade" de algumas companhias teatrais com caches muito baixos.
O director do festival refere que várias companhias se prontificaram a ajudar o
Teatro Art"Imagem que, durante o próximo ano, devolverá a boa vontade com a
"oferta" dos próprios espectáculos da companhia. José Leitão salienta, ainda, a "casa
cheia que teve de ser alargada" durante os espectáculos, nomeadamente a total
lotação no "Vítima de Crise" (parceria Teatro Art"Imagem e associação Terra na
Boca [link]).
O director reforça a importância do trabalho de há quase 30 anos que permite a
existência do festival, havendo mesmo pessoas que viram teatro pela primeira vez
ali. "Já quase uma dezena de presidentes de câmara passaram durante os quase 30
anos do Festival", desabafa ao JPN, José Leitão. Pelo director do festival, o festival
"vai continuar a Fazer a Festa".
7. Publicado:
Teatro: "Fazer a Festa" termina 29.ª edição com "banho de multidão"
Por Filipa Mora - [email protected]
Publicado: 03.05.2010 | 16:40 (GMT)
Marcadores: Cultura , Porto , Teatro
Festival contou com a visita de quase seis mil pessoas. Organização queixa-se
da falta de apoios da Câmara Municipal do Porto.
De 24 de Abril até ontem, domingo, o festival "Fazer a Festa" levou 21 companhias
nacionais e estrangeiras aos jardins públicos do Palácio de Cristal, oferecendo múltiplas
actividades a quem por lá passasse.
E passaram 5700 pessoas. Um autêntico "banho de multidão", graceja José Leitão, director
do Teatro Art'Imagem e responsável pela organização do festival. Por exemplo, em "Vítima
da Crise", parceria entre o Teatro Art"Imagem e a associação Terra na Boca, a tenda teve
mesmo "de ser alargada", tal era a afluência de público.
Contrariamente ao ano passado, a 29.ª edição do "Fazer a Festa" regressou aos jardins do
Palácio de Cristal. José Leitão confessou ao JPN o seu "contentamento" pelo regresso do
festival à cidade do Porto, onde "pertence".
Os espectáculos distribuíram-se pelas tendas montadas no recinto, uma vez que a
organização não dispôs do Auditório da Biblioteca Almeida Garrett, nem do apoio
publicitário da Câmara do Porto. A organização contou, assim, com o apoio do Museu
Nacional Soares dos Reis e do Cine-Teatro Constantino Nery, que disponibilizaram os seus
auditórios.
Falta de apoio da Câmara
A organização aponta para a falta de apoio da Câmara Municipal do Porto, cujas "políticas
culturais dos autarcas" nem sempre se coadunam com a dos agentes culturais da cidade.
José Leitão acusa a autarquia de "falta de tempo para receber os agentes culturais" quando
estes se encontram totalmente disponíveis para reunir com eles. "Os munícipes do Porto
também têm direito à Cultura e nós somos responsáveis por agitar a vida cultural da
cidade", diz. O director vai mais longe ao afirmar que o "Fazer a Festa, detentor da Medalha
de Mérito Cultural da cidade do Porto, é preterido por parte da autarquia em relação a
outros festivais internacionais.
Recorde-se que, apesar do orçamento estimado para o festival ter sido cerca de 80 mil
euros, os apoios não chegaram aos 60 mil euros, afirma José Leitão. Um valor que, diz o
director, não condiz com o resultado final do festival, produto de "30 anos de muito
trabalho". Os apoios financeiros desta edição do "Fazer a Festa" partiram da Associação
Nacional de Teatro para a Infância e Juventude, do Instituto Português da Juventude, da
Direcção-Geral das Artes (Ministério da Cultura) e da "boa-vontade" de algumas
companhias teatrais com cachês muito baixos.
O director do festival refere que várias companhias se prontificaram para ajudar o Teatro
Art"Imagem, que, em resposta, durante o próximo ano, devolverá a boa vontade com a
"oferta" de vários espectáculos.
José Leitão promete que o festival "vai continuar a 'fazer a festa'". "Há pessoas que viram
teatro pela primeira vez aqui", realça. Para o ano, a organização espera realizar espectáculos
de maior dimensão. O "Fazer a Festa" deverá realizar-se entre 22 de Abril e 2 de Maio.
Artigo corrigido às 16h42 de 4 de Maio de 2010
Link:
http://jpn.icicom.up.pt/2010/05/03/teatro_fazer_a_festa_termina_29_edicao_com_banh
o_de_multidao.html
8. Original:
Queima 2010: Franz Ferdinand incendiam Queimódromo e anunciam pausa
no percurso
A terceira noite de Queima ficou marcada pela presença dos escoceses Franz
Ferdinand. Slimmy aqueceu o palco para o quarteto que quis "queimar esta
cidade".
Pelas 23h15, estava o recinto do Queimódromo ainda por preencher a sua totalidade,
quando o português Paulo Fernandes, artisticamente conhecido como Slimmy, trauteava
"Staying Forever". Duas ventoínhas reforçavam o cariz genuinamente ventoso da noite
e os 4 elementos em palco trajavam silhuetas a roçar o cyber-punk.
Um conjunto de fãs espalhados pelos limites do gradeamento e refrões de sintetizadores
e reefs facilmente memoráveis. "Show girl, show girl" era repetido energeticamente
com um misto do recuperado glam post-rock.
Poses humildes e, continuando as "etiquetas", memórias de algum electro-clash
britânico, onde também se inspira. Slimmy é simpático e canta em casa. Esteve na ESE,
usava cabelo comprido e também "bebia copos".
Enquanto se ouvem os hits de "BeatSound Loverboy" (2007), surge "Be Someone Else"
do novo álbum a ser lançado, brevemente.
Na conferência de imprensa, Slimmy aparece de óculos escuros com o baixista, Garim.
Os dois novos elementos não os acompanham. Sempre sonhou pisar os palcos da
Queima, tinha família e amigos no público e é com "paixão e garra" que se atingem as
coisas.
No público de Slimmy, havia cartazes quer para ele quer para Alex. Alex Kapranos,
vocalista de Franz Ferdinand que chegaram depois. Passava da meia noite. Mais de duas
horas de concerto e um público arrebatado.
"Jacqueline" faz as honras da casa mas é o single "No You Girl", do último álbum do
grupo de rock,"Tonight: Franz Ferdinand",que ameniza o frio no recinto. As palmas
animam-se e, nas telas semi-enormes pintalgadas a preto e branco, vê-se Alex a beber
um copo de vinho de um só trago. O hit outrora viciante, "Michael",continua a fazer
mexer: "Beautiful boys on a beautiful dancefloor. Michael, you're dancing like a
beautiful dance whore". Segue-se a segunda do último álbum, Turn It On.
O palco não tem qualquer espécie de artefacto a não ser a gigante tela atrás da
parefernália que varia do padrão quadrado, à projecção do vjiing e algumas excepções
de imagens retro sequenciadas com reefs e percussões ascendentes.
"Take Me Out" prova a capacidade de decorar sequências sonoras do álbum debute da
banda e fez esquecer os outros dois. Houve ainda espaço para uma versão mais alargada
de "40".
Para o final, a banda de Glasgow, que já veio cerca de 7 vezes a Portugal mas pela
primeira vez, na Queima das Fitas do Porto, junta-se à frente do palco e simula uma
percussão colectiva na bateria.
Encore. Alex Kapranos regressa sozinho e anuncia que o grupo vai fazer uma pausa por
tempo indeterminado. Cansaço foi o motivo indicado. Surpresa. "Darts Of Pleasure" e
apresentação de despedida dos elementos da banda.
O cerca de 10 minutos da versão de "Lucid Dreams" com que presentearam o público
no final serviu de mote de abandono do palco, onde fica a solo o baterista Paul
Thomson, depois dos outros elementos sairem em tom de renúncia.
Não houve conferência de imprensa e o trance orgânico dos Olive Tree Dance ia
acontecer no palco Mundos. A festa continuou no lugar onde carrinhos de choque,
INEM, pães com chouriço e elevados décibeis de música gritante podem,
inocentemente, caber na mesma frase.
9. Publicado:
Queima das Fitas 2010: Franz Ferdinand incendiam Queimódromo e anunciam pausa no percurso
Por Filipa Mora - [email protected]
Publicado: 04.05.2010 | 11:12 (GMT)
Marcadores: FAP , Queima do Porto 2010
A terceira noite de Queima ficou marcada pela presença dos escoceses Franz
Ferdinand. Slimmy aqueceu o palco para o quarteto que quis "queimar esta
cidade".
Passava da meia-noite quando os Franz Ferdinand subiram ao palco Queima das Fitas para
gáudio de uns quantos fãs que empunhavam cartazes a exaltar Alex Kapranos. Foram mais
de duas horas de concerto para um público totalmente arrebatado.
Faz um vídeo da Queima e vai a Faro:
O JPN e a Ryanair estão a oferecer bilhetes para Faro para ti e para os teus amigos. Só tens de fazer um vídeo.
Mais informaçõesaqui.
"Jacqueline" fez as honras da casa mas foi o single"No You Girl", do último álbum do grupo,
"Tonight: Franz Ferdinand", que amenizou o frio no recinto. Eis que palmas entram em
sintonia e, nas telas gigantes pintalgadas a preto e branco, vê-se Alex a beber um copo de
vinho de um só trago. Comprova-se que o hit outrora viciante, "Michael", continua a fazer
mexer: "Beautiful boys on a beautiful dancefloor. Michael, you're dancing like a beautiful
dance whore." Segue-se a segunda do último álbum, "Turn It On".
O palco não tem qualquer espécie de artefacto a não ser a gigante tela atrás da parafernália
que varia do padrão quadrado às projecções do VJ e algumas excepções de imagens retro
sequenciadas com as percussões ascendentes.
"Take Me Out" leva-nos ao primeiro álbum da banda e faz-nos esquecer que existem outros
dois. Houve ainda espaço para uma versão mais alargada de "40" e para a simulação de
uma percussão colectiva na bateria por toda a banda.
Encore. Alex Kapranos regressa sozinho e anuncia que o grupo vai fazer uma pausa por
tempo indeterminado. Cansaço é o motivo indicado. Surpresa. "Darts Of Pleasure" e a
despedida de cada um dos elementos da banda.
A versão de dez minutos de "Lucid Dreams" com que presentearam o público serve de mote
para abandonarem o palco. Lá fica sozinho o baterista Paul Thomson. Não houve
conferência de imprensa. Só os primeiros beats do trance orgânico dos Olive Tree Dance no
palco Mundos.
Slimmy, o "da casa"
Pelas 23h15, estava o recinto do Queimódromo ainda por preencher a sua totalidade,
quando o português Paulo Fernandes, artisticamente conhecido como Slimmy, trauteava
"Staying Forever". Duas ventoinhas reforçavam o cariz genuinamente ventoso da noite e os
quatro elementos em palco trajavam silhuetas a roçar o cyber-punk.
Um conjunto de fãs espalhados pelos limites do gradeamento trauteavam os refrões,
recheados de riffs facilmente memoráveis. "Show girl, show girl" foi repetido
energicamente. Depressa o concerto se tornou num tributo ao recuperado glam post-rock e,
continuando com as etiquetas, a algum electro-clash britânico, onde o cantor também se
inspira. Slimmy é simpático e é da casa. Esteve na Escola Superior de Educação, usava
cabelo comprido e também "bebia copos".
Enquanto se ouvem os hits de "BeatSound Loverboy" (2007), surge "Be Someone Else" do
novo álbum a ser lançado, brevemente.
Na conferência de imprensa, Slimmy aparece de óculos escuros com o baixista, Garim. Os
dois novos elementos não os acompanham. Sempre sonhou pisar os palcos da Queima,
tinha família e amigos no público e é com "paixão e garra" que se atingem as coisas.
Artigo corrigido às 14h26 de 4 de Maio de 2010 Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/05/04/queima_das_fitas_2010_franz_ferdinand_incendiam
_queimodromo_e_anunciam_pausa_no_percurso.html
10. Publicado: (vídeo no DVD) Vídeo: Slimmy e Franz Ferdinand enchem Queimódromo
Por Filipa Mora e, Marta Afonso - [email protected]
Publicado: 04.05.2010 | 20:03 (GMT)
Marcadores: Queima do Porto 2010
O terceiro dia de Queima das Fitas trouxe ao Queimódromo um dos maiores
nomes do cartaz: Franz Ferdinand. Os portuenses Slimmy abriram a noite.
Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/05/04/video_slimmy_e_franz_ferdinand_enchem_quei
modromo_.html 11. Original:
Portugal: Número record de praias com Bandeira Azul, mais 14 que no ano
passado
Candidatura de 7 praias de Região Norte justifica aumento para 240 praias azuis.
Quercus elogia percentagem mas adverte para perigos de erosão da orla costeira
Portugal conta com 240 praias com “Bandeira Azul”, um título que distingue praias
com determinados requisitos reunidos (ambientais, segurança, infra-estruturas de apoio,
entre outros).
Em declarações ao JN, o presidente da Associação de Bandeira Azul da Europa
(ABAE), José Archer, diz estarmos “acima dos 50%”, o que é “uma percentagem muito
boa”. O presidente afirma ainda que Portugal é dos países do sul da Europa com uma
maior percentagem com este título.
Silvade, Fraga da Pegada, Angeiras Norte, Pedras Brancas, Azul, Leça da Palmeira e
Gondarém são as zonas balneares nortenhas que se candidatam ao título, este ano.
José Archer considera que os portugueses se encontram preocupados em “conservar a
orla costeira”, desde concessionários à atitude individual de cada um. O presidente da
ABAE salienta que “ao fim de 20 anos” (o título “Bandeira Azul” surgiu em 1987, à
escala europeia), o “comportamento mais adequado está intrinsecamente em cada
pessoa”.
Ricardo Marques, presidente do Núcleo Regional do Porto da Quercus considera a
notícia importante e positiva e confessa ao JPN a preocupação da Quercus com a
qualidade das zonas balneares portuguesas. “Há situações muito complicadas como a
praia da Árvore (Vila do Conde), interdita por má qualidade da água.”Aponta ainda as
suiniculturas e o saneamento de esgotos como principais problemas da zona.
O ambientalista considera um desafio manter uma praia Azul num grande centro
urbano, enaltecendo o esforço da autarquia e da população mas adverte para a falta de
conhecimento das pessoas relativamente à erosão a orla costeira.
É conhecida a oposição da Quercus face à construção das barragens nacionais previstas,
uma vez que estas interrompem o percurso natural dos rios e montanhas. “Há que
perceber que está tudo interligado e as praias também sofrem com isso”, observa o
ambientalista. “As pessoas preocupam-se com os acessos, com o estado da água e da
areia mas, por vezes, não têm noção do impacto que as construções provocam como a
regressão de areias e dunas”, desabafa.
No final do mês, é conhecida a avaliação das praias portuguesas pela Quercus. A análise
da ONG recai concretamente sobre a “qualidade da água”, nos últimos cinco anos, no
ecossistema marinho.
11. Publicado:
Portugal: Mais 14 Praias com Bandeira Azul
Por Filipa Mora - [email protected]
Publicado: 06.05.2010 | 20:15 (GMT)
Marcadores: Porto , Portugal , Praias
Candidatura de sete praias da Região Norte justifica aumento para 240 praias
"azuis". Quercus elogia percentagem, mas adverte para perigos de erosão da
orla costeira.
Portugal conta com 240 praias com "Bandeira Azul", um título que distingue praias com
determinados requisitos reunidos (ambientais, segurança, infra-estruturas de apoio, entre
outros). Este ano, segundo o Jornal de Notícias (JN), Portugal bate o recorde, conseguindo
mais 14 praias com a distinção.
Em declarações ao JN, o presidente da Associação de Bandeira Azul da Europa (ABAE),
José Archer, diz que o país se encontra "acima dos 50%", o que é "uma percentagem muito
boa". O presidente afirma, ainda, que Portugal é dos países do sul da Europa com uma
maior percentagem com este título, conseguindo manter um "número recorde" de praias,
apesar do que aconteceu na Madeira.
Silvade, Fraga da Pegada, Angeiras Norte, Pedras Brancas, Azul, Leça da Palmeira e
Gondarém são as zonas balneares nortenhas que, pela primeira vez, conseguem o título de
"Bandeira Azul". Outras sete praias da Região Norte voltaram a adquirir a distinção,
incluindo Valadares Sul, Fão Ofir, Vila Praia de Âncora, Homem do Leme e Foz.
Um dos motivos que poderá justificar tal aumento de praias "azuis", entende José Archer,
prende-se com a consciencialização ecológica dos portugueses. O presidente da ABAE
considera que os portugueses estão preocupados em "conservar a orla costeira", desde
concessionários à atitude individual de cada um. José Archer salienta que, "ao fim de vinte
anos" de Bandeira Azul (título que surgiu em 1987, à escala europeia), o "comportamento
mais adequado está intrinsecamente em cada pessoa".
Regressão da orla costeira preocupa Quercus
Ricardo Marques, presidente do Núcleo Regional do Porto da Quercus considera a notícia
importante e positiva, mas confessa ao JPN a preocupação da Quercus com a qualidade das
zonas balneares portuguesas. "Há situações muito complicadas como a praia da Árvore
(Vila do Conde), interdita por má qualidade da água", aponta. O presidente refere, ainda, as
suiniculturas e o saneamento de esgotos como principais problemas da zona.
O ambientalista considera um desafio manter uma praia Azul num grande centro urbano,
enaltecendo o esforço da autarquia e da população, mas adverte para a falta de
conhecimento das pessoas relativamente à erosão da orla costeira.
É conhecida a oposição da Quercus face à construção das barragens nacionais previstas,
uma vez que estas interrompem o percurso natural dos rios e montanhas. "Há que perceber
que está tudo interligado e as praias também sofrem com isso", observa o ambientalista.
"As pessoas preocupam-se com os acessos, com o estado da água e da areia mas, por vezes,
não têm noção do impacto que as construções provocam como a regressão de areias e
dunas", desabafa.
No final do mês, é conhecida a avaliação das praias portuguesas pela Quercus. A análise da
ONG recai concretamente sobre a "qualidade da água" nos últimos cinco anos no
ecossistema marinho.
Artigo actualizado às 12h59 de 7 de Maio de 2010 Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/05/06/portugal_mais_14_praias_com_bandeira_azul.ht
ml
12. Original e Publicado (breve publicada como JPN):
Porto: Museu da Indústria procura industriais
Por JPN - [email protected]
Publicado: 07.05.2010 | 17:23 (GMT)
Marcadores: AEP , Câmara Municipal do Porto ,Indústria , Museus , Porto
A Associação Empresarial de Portugal e a Câmara do Porto procuram
parceiros para abrir o Museu da Indústria.
A Associação para o Museu da Indústria, formada pela Associação Empresarial de Portugal
(AEP) e pela Câmara do Porto, procuram parceiros para a futura construção e manutenção
do Museu da Indústria.
O motivo apontado são "os custos inerentes" que ultrapassam "as disponibilidades
financeiras da Associação", conforme se pode ler no comunicado emitido ontem, quinta-
feira, pelas duas entidade envolvidas.
Pretendem, assim, "que sejam os próprios industriais da Área Metropolitana e, em
particular, do Grande Porto a gerir o Museu e a dinamizá-lo", contando com o apoio
da AEP e da CMP.
Devido ao estado de degradação do edifício onde se encontrava o espólio do Museu, na zona
do Freixo, os bens foram recentemente mudados para um armazém na zona industrial do
Porto.
13. Original:
Empreendedorismo: Aluno de Enologia da UTAD cria empresa na área
Parceria entre Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD [link]) e o Centro
de Inovação de Trás-os-Montes e Alto Douro (CITMAD) abre portas a jovens
empreendedores
André Pimentel Barbosa, 27 anos, aluno de Enologia da UTAD e "jovem
empreendedor". Com a experiência adquirida no curso [link] e a paixão pela área, quer
"desenvolver a região, ajudando pequenos produtores". Promover o vinho da região do
Douro e, em especial, o vinho do Porto, "único no mundo" são os objectivos do
estudante da UTAD.
Recorreu ao apoio do Gabinete de Pré-Incubação - resultado da parceria entre a UTAD
e o CITMAD [link] – e foi o primeiro a criar uma empresa, neste programa. O apoio aos
projectos contempla algumas questões logísticas e facilita o acesso a contactos mas não
os subsidia economicamente. Para criar a "Wine Only, André Barbosa diz não ter
precisado de muito investimento económico e admite só vir a obter lucros a longo
prazo. A empresa oferece diferentes serviços e garante todos os processos necessários a
pequenos produtores da área vitícola. "Consultoria de enologia, gestão, marketing e
webdesign, apoio a "enoturismo" e análise a solos e vinhos" são alguns dos serviços
apontados por André Barbosa, ao JPN.
Ana Oliveira, directora da licenciatura de Enologia da UTAD, manifesta o
contentamento pela iniciativa do aluno mas adverte que "é normal os alunos de
Enologia serem reconhecidos nacional e internacionalmente". Aponta o dinamismo
como característica fundamental dos alunos que vingaram na área e salienta a
"reviravolta que o sector vinícola sofreu nos últimos 25/30 anos".
A apresentação oficial da empresa é na Quinta da Barca, em Esposende, num evento
que associa a prática do golfe à prova de vinhos. A simbiose entre o vinho e desporto
percebe-se quando André Pimentel Barbosa confessa ao JPN ser um jogador de golfe e
"ter de começar por algum lado". Escolheu, assim, este "modelo de evento" para a
"prova-debute" da "Wine Only", dia 15.
13. Publicado: Empreendedorismo: Aluno de Enologia da UTAD cria empresa na área
Por Filipa Mora - [email protected]
Publicado: 11.05.2010 | 19:00 (GMT)
Marcadores: Empreendedorismo , UTAD , Vinho do Porto, Vinhos
Parceria entre Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Centro de
Inovação de Trás-os-Montes e Alto Douro abre portas a jovens
empreendedores.
André Pimentel Barbosa, 27 anos, aluno de Enologia da Universidade de Trás-os-Montes e
Alto Douro (UTAD) e "jovem empreendedor". Com a experiência adquirida no curso e a
paixão pela área, quer "desenvolver a região, ajudando pequenos produtores". Promover o
vinho do Douro e, em especial, o vinho do Porto - "único no mundo" - são os objectivos do
estudante da UTAD.
Recorreu ao apoio do Gabinete de Pré-Incubação, resultado da parceria entre a UTAD e o
Centro de Inovação de Trás-os-Montes e Alto Douro (CITMAD) , sendo o primeiro a criar
uma empresa neste programa. O apoio aos projectos contempla algumas questões logísticas
e facilita o acesso a contactos, mas não os subsidia economicamente. Para criar a "Wine
Only", André Barbosa diz não ter precisado de muito investimento económico e admite só
vir a obter lucros a longo prazo.
A empresa oferece diferentes serviços e garante todos os processos necessários a pequenos
produtores da área vitícola. "Consultoria de enologia, gestão, marketing e webdesign, apoio
a 'enoturismo' e análise a solos e vinhos" são alguns dos serviços apontados por André
Barbosa, em entrevista ao JPN.
A directora da licenciatura de Enologia da UTAD, Ana Oliveira, manifesta o contentamento
pela iniciativa do aluno, mas adverte que "é normal os alunos de Enologia da instituição
serem reconhecidos nacional e internacionalmente". A directora aponta o dinamismo como
característica fundamental dos alunos que vingaram na área e salienta a "reviravolta que o
sector vinícola sofreu nos últimos 25, 30 anos", muito graças à maior formação dos
especialistas da área.
A apresentação oficial da empresa é na Quinta da Barca, em Esposende, num evento que
associa a prática do golfe à prova de vinhos. A simbiose entre o vinho e desporto percebe-se
quando André Pimentel Barbosa confessa ao JPN ser um jogador de golfe e "ter de começar
por algum lado". Escolheu, assim, este "modelo de evento" para a "prova-debute" da "Wine
Only", dia 15 de Maio.
Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/05/11/empreendedorismo_aluno_de_enologia_da_utad
_cria_empresa_na_area.html 14. Original:
Energia Sustentável: Campanha Europeia no Porto
David Crous Duran [link], responsável pelo departamento de relações públicas da
Campanha [link] Europeia de Energia Sustentável, esteve hoje no Palacete dos
Viscondes de Balsemão para explicar e promover os benefícios do programa [link] da
Comissão Europeia.
A abertura da sessão foi feita pela directora executiva da AdE [link], Maria João
Samúdio, que salientou que dos vários projectos desenvolvidos na UE, são abrangidas
cerca de 1600 cidades e afectadas 80 milhões de pessoas. As Agências de Energia
[link], locais ou regionais, prestam apoio a qualquer instituição interessada em aplicar
um sistema energético sustentável.
Os objectivos da política energética propostos pela Comissão Europeia conhecem a sua
meta em 2020. O número não é aleatório e até 2020, tenciona-se diminuir em 20% as
quantidades de CO2, aumentar em 20% a eficiência energética e aplicar a mesma
percentagem nas energias renováveis.
A iniciativa europeia visa "incentivar as mudanças necessárias para um aumento do
investimento privado nas tecnologias de energia sustentável" e "divulgar boas práticas".
Durante a apresentação, David Duran mostrou exemplos de empresas portuguesas cujas
"boas práticas" lhes "permitem mais credibilidade e reconhecimento" pela Comissão
Europeia, neste âmbito. Actos como a (re)utilização do óleo alimentar para a produção
de biodiesel é um dos exemplos. O responsável referiu, ainda, o prémio "Sustainable
Energy Europe Awards 2009" com que a Sonae Sierra - a empresa fundada em Portugal
- foi distinguida.
No final do debate, houve espaço para os presentes poderem tirar dúvidas e surgiram
questões pertinentes que obrigaram David Duran a esclarecer que a Campanha serve,
essencialmente, "de plataforma de comunicação para os interessados e agentes em
tornarem-se Parceiros Oficiais". A iniciativa não subsidia financeiramente os
interessados, faz o processo de comunicação e "a comunicação tem um preço".
Salientou, ainda, a importância e impacto dos media e reforçou o interesse e vantagens
em se associarem à campanha.
Na plateia [link] estavam representantes de municípios, instituições e agências de
energias da área do Grande associados [link] à AdE, entre eles a STCP, Metro, LIPOR,
etc.
Na plateia estavam representantes de municípios, instituições e agências de energias da
área do Grande Porto associados [link] à AdE, entre eles a STCP, Metro, LIPOR, etc.
14. Publicado:
Ambiente: Campanha europeia sensibiliza empresas do Porto para a energia sustentável
Por Filipa Mora - [email protected]
Publicado: 13.05.2010 | 15:49 (GMT)
Marcadores: Ambiente , Energia , Porto
A Agência de Energia do Porto (AdE) promoveu, esta quarta-feira, uma sessão
de promoção das Energias Sustentáveis ao abrigo do Programa Europeu.
David Crous Duran[ FOTO], responsável pelo departamento de Relações Públicas
daCampanha Europeia de Energia Sustentável, esteve ontem, quarta-feira, no Palacete dos
Viscondes de Balsemão, no Porto, para explicar e promover os benefícios do programa da
Comissão Europeia para as energias sustentáveis.
A abertura da sessão foi feita pela directora executiva da Agência de Energia do Porto
(AdE), Maria João Samúdio, que salientou que os vários projectos desenvolvidos na União
Europeia (UE) afectam 80 milhões de pessoas e abrangem cerca de 1600 cidades [IMAGEM
MAPA], nomeadamente o Porto, que apresenta um grande número de empresas associadas.
A iniciativa europeia visa "incentivar as mudanças necessárias para um aumento do
investimento privado nas tecnologias de energia sustentável" e "divulgar boas práticas".
Durante a apresentação, David Duran mostrou exemplos de empresas portuguesas cujas
"boas práticas" lhes "permitem mais credibilidade e reconhecimento" pela Comissão
Europeia neste âmbito. É o caso da Sonae Sierra, empresa fundada em Portugal, que
recebeu o prémio "Sustainable Energy Europe Awards 2009".
As Agências de Energia, locais ou regionais, prestam apoio a qualquer instituição
interessada em aplicar um sistema energético sustentável. Os objectivos da política
energética propostos pela Comissão Europeia têm de ser cumpridos até 2020. Tenciona
diminuir-se em 20% as quantidades de CO2, aumentar em 20% a eficiência energética e
aplicar a mesma percentagem nas energias renováveis.
Na plateia [FOTO] estavam representantes de municípios, instituições e agências de
energias da área do Grande Porto associados à AdE, entre eles a STCP, Metro, LIPOR, etc.
Link:
http://jpn.icicom.up.pt/2010/05/13/ambiente_campanha_europeia_sensibiliza_empresas
_do_porto_para_a_energia_sustentavel.html
15. Original:
Cultura: Dia Internacional dos Museus celebrado no Porto
Comemorações do Dia Internacional dos Museus começam amanhã numa iniciativa que
abrange 32 museus da Invicta
Há 30 anos que se celebra o Dia Internacional dos Museus (DIM) por todo o mundo, a
18 de Maio. A iniciativa que contou com a colaboração de 2500 museus espalhados por
40 países europeus em 2009, tem data oficial na próxima terça-feira, dia 18 mas as
celebrações na Invicta começam amanhã.
Nas várias cidades, cada museu envolvido oferece uma programação diferente, podendo
esta ser consultada nos sítios oficiais dos respectivos museus e fundações.
Desde 1977 que é celebrado por todo o mundo este dia e
Anualmente é escolhido um tema para a data solene e para 2010, a "Harmonia Social"
foi a proposta do Comité do ICOM (Internacional Council of Museums). A partir do
tema proposta, cabe a cada museu a programação do mesmo.
Para se compreender melhor o conceito, pode ler-se na página oficial da iniciativa
portuense, valores como "diálogo", "tolerância", "coexistência", Diferença,competição e
criatividade são outras das expressões utilizadas. As actividades e trabalhos
desenvolvidos deverão abraçar estas ideias.
Noite dos Museus
É já amanhã, dia 15 de Maio que se comemora a "Noite dos Museus", das 9h até às 00h.
Esta noite especial remonta a 2005, quando o Departamento Francês da Cultura lançou a
iniciativa, apoiada pela UNESCO.
Todos os países membros do Conselho da Europa são convidados a eloborar um evento
relevante, por uma noite que tem como principal objectivo atrair o público aos museus,
num encontro anual comum.
A iniciativa pretende assim, uma maior proximidade entre a audiência e os profissionais
da museologia, intentando o reforço das parcerias e projectos de relevo e interesse
público.
O programa e mapa das comemorações encontra-se no site oficial da iniciativa:
DIM2010 [link].
CAIXA com temas escolhidos para o DIM:
2010 "Museums for social harmony"
2009 "Museums and tourism"
2008 "Museums as agents of social change and development"
2007 "Museums and Universal Heritage"
2006 "Museums and young people"
2005 "Museums bridging cultures"
2004 "Museums and Intangible Heritage"
2003 "Museums and Friends"
2002 "Museums and Globalisation"
2001 "Museums: building community"
2000 "Museums for Peace and Harmony in Society"
1999 "Pleasures of discovery"
1998-1997" The fight against illicit traffic of cultural property"
1996 "Collecting today for tomorrow"
1995 "Response and responsibility"
1994 "Behind the Scenes in Museums"
1993 "Museums and Indigenous Peoples"
1992 "Museums and Environment"
CAIXA MUSEUS PORTO integrados no ciclo comemorativo:
Casa do Infante/CMP
Casa Museu Eng.António de Almeida
Casa Museu Guerra Junqueiro/CMP
Casa Museu Marta Ortigão Sampaio
Casa Museu Fernando de Castro
Casa Oficinina António Carneiro
Centro Português de Fotografia
Reitoria UP/Dep.Cultura
Gabinete de Numinástica/CMP
Museu de História Natural/UP + Museu História Natural Esc.Sec.Alexandre Herculano
Museu de Arte Contemporânea de Serralves
Jardim Botânico/UP
Fund.Mª Isabel Guerra Junqueiro e Luis Pinto de Mesquita Carvalho
Fund.Inst.Arquitecto José Marques da Silva
Museu de Arte Sacra e Arqueologia do Seminário Maior de N.S.da Conceição
Casa Museu fernando de Castro
Museu do Vinho do Porto
Museu da Ciência/UP
Museu do Carro Eléctrico
Museu do ISEP
Museu do Papel Moeda
Museu Nacional de Imprensa
Museu Nacional Soares dos Reis
Museu Militar do Porto
Museu dos Transportes e Comunicações
Museu Romântico da Quinta da Macierinha/CMP
Núcleo Museológico de Sta.Casa da Misericórdia do Porto
O Museu-FBAUP
Tesouro da Sé
Planetário do Porto/Fund.Ciência e Conhecimento
Museu de S.Francisco de Assis/Ordem Terceira de S.Francisco
15. Publicado:
Cultura: Dia Internacional dos Museus celebrado no Porto
Por JPN - [email protected] Publicado: 14.05.2010 | 18:50 (GMT) Marcadores: Museus , Porto , UP
Comemorações do Dia Internacional dos Museus começam, amanhã, sábado,
numa iniciativa que abrange 32 museus da cidade.
Há 30 anos que se celebra o Dia Internacional dos Museus (DIM) por todo o mundo, a 18
de Maio. A iniciativa, que, em 2009, contou com a participação de de 2500 museus
espalhados por 40 países europeus, tem data oficial na próxima terça-feira. No entanto, no
Porto, as celebrações em 32 museus arrancam já amanhã, sábado.
São vários os museus da cidade que, a partir de sábado, organizam várias actividades e
permitem um acesso gratuito. Todas as informações estão disponibilizadas neste site. O
Museu do Carro Eléctrico, por exemplo, organiza um desfile anual. Já o Museu Nacional de
Soares dos Reis organiza várias visitas guiadas às exposições.
Também a Fundação de Serralves associa-se às comemorações. Durante todo o dia de
sábado, a entrada é gratuita. O museu adere também à "Noite dos Museus", estando aberto
até à meia-noite. Com "Serralves ao Luar" será feita uma visita nocturna e gratuita pelo
Parque.
A Universidade do Porto (UP) também não é excepção e preparou um programa diverso
para honrar a data. Até à meia-noite de sábado, os visitantes podem visitar a exposição
"Tailândia: Rostos e Paisagens" ou participar na tertúlia "As pedras da cidade do Porto", no
edifício da reitoria. Uma outra hipótese é experimentar conhecer os morcegos que
sobrevoam o Jardim da Cordoaria.
Na terça-feira, os museus reabrem às 10h00. Às 15h00, é apresentado um exemplar das
trilobites de Arouca, um fóssil de artrópode marinho, que vai ser oferecido ao Museu de
História Natural, numa sessão que conta com a presença do reitor da UP, Marques dos
Santos.
16. Original:
Jardim Botânico: os segredos e as estórias.
No Dia Internacional dos Museus, o JPN foi conhecer o Jardim Botânico do Porto que,
desde 1951, pertence à Universidade do Porto.
Jardim Botânico do Porto, 10h. Adivinha-se uma visita solarenga ao jardim que já
pertenceu à família Andresen, servindo de inspiração a muitas histórias de Sophia. O
JPN foi conhecer o carvalho que assistia a todas as festas e o jardim dos avós da autora
que guiou Florinda "entre muros de camélias talhadas".
Das várias curiosidades contadas pela guia e bióloga Estefânia Lopes - que com mais
três colegas e a boa vontade de todos, asseguram as visitas guiadas ao Jardim -
destacamos o Eucalipto, a árvore que arde e não morre, o sobreiro que dificilmente arde,
as camélias aristocráticas várias vezes referidas nos contos de Sophia de Mello Breyner
Andresen.
Se ignorarmos a poluição sonora da Via de Cintura Interna mesmo ali ao lado (recorde-
se que a criação da VCI e instalações do CDUP provocaram uma diminuição do espaço
da quinta, passando de 12 para 8 hectares), e esquecermos o monóxido de carbono,
podemos "dar as mãos e andar pelo jardim".
Conheça algumas partes e curiosidades Jardim Botânico/UP [link] no slideshow abaixo.
16. Publicado:
Jardim Botânico: Os segredos e as estórias de um jardim singular
Por Fabíola Maciel e Filipa Mora - [email protected]
Publicado: 19.05.2010 | 18:00 (GMT)
Marcadores: Cultura , Jardim Botânico , Museus , UP
O Jardim Botânico do Porto pertence, desde 1951, à Universidade do Porto. O
JPN deambulou pelo espaço que serviu de inspiração para as estórias de
Sophia de Mello Breyner Andresen. (com som)
Jardim Botânico do Porto, 10h00. Adivinha-se uma visita solarenga ao jardim que já
pertenceu à família Andresen, servindo de inspiração a muitas histórias contidas na obra de
Sophia de Mello Breyner. Aproveitando que o Dia Internacional dos Museus se celebrava
ontem, terça-feira, o JPN foi conhecer o carvalho que assistia a todas as festas no Jardim
Botânico e o jardim dos avós da autora, que guiou Florinda "entre muros de camélias
talhadas".
Das várias curiosidades contadas pela guia e bióloga Estefânia Lopes que, com mais três
colegas e a boa vontade de todos, assegura as visitas guiadas ao Jardim, destacam-se as
estórias das camélias aristocráticas várias vezes referidas nos contos de Sophia de Mello
Breyner Andresen, do eucalipto, a árvore que arde e não morre e do sobreiro, que
dificilmente arde.
Se ignorarmos a poluição sonora da Via de Cintura Interna mesmo ali ao lado (recorde-se
que a criação da VCI provocou uma diminuição do espaço da Quinta onde se situa o Jardim
Botânico, que passou de doze para oito hectares) e esquecermos o monóxido de carbono,
podemos "dar as mãos e andar pelo jardim".
Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/05/19/jardim_botanico_os_segredos_e_as_estorias_de_
um_jardim_singular.html
17. Original e publicado:
Cultura: Serralves em Festa traz 600 artistas a vários pontos da cidade
Por Filipa Mora - [email protected]
Publicado: 18.05.2010 | 11:26 (GMT)
Marcadores: Cultura , Dança , Música , Serralves , Teatro
Serralves em Festa regressa a 5 e 6 de Junho. Evento estende-se à Baixa do
Porto e até ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro.
As edições anteriores do Serralves em Festa não deixam dúvidas - mais de 86 mil visitas em
2009, 80 mil em 2008 - e comprovam a aposta ganha que este festival é. Este ano, 600
artistas asseguram as 48 40 horas de festa e celebração, a 5 e 6 de Junho, em 93 eventos
espalhados um pouco por toda a cidade.
E, desta feita, as 48 40 horas começam mais cedo: o Aeroporto Francisco Sá Carneiro
(AFSC) junta-se à festa a 3 de Junho, obrigando assim os artistas responsáveis a
"reinventarem o espaço e transformar o dia-a-dia", permitindo a "possibilidade de ver o
aeroporto com artistas", como referiu o director do Museu de Serralves, João Fernandes,
ontem, segunda-feira, na apresentação do programa do evento. No dia seguinte, a festa
continua em várias artérias da Baixa do Porto.
Música, dança contemporânea e novo circo
O grande destaque desta edição vai para o concerto homenagem a James Brown,
preconizado pelos americanos Burnt Sugar The Arkestra Chamber, que assim encerram as
festividades no Prado. Ainda na área da música, há que salientar os concertos da Big Band
do Hot Club - o mais antigo clube de Jazz do país - e da banda "indie-punk" Bonaparte.
Na dança contemporânea, o espectáculo "Vale" de Madalena Victorino mereceu a referência
de João Fernandes. No teatro e artes performativas, os destaques recaem sobre o
espectáculo de rua "Tout Va Bien", da Companhia Kumulus, em que é proposto
"transformar o quotidiano citadino" e, ainda, "PIG", peça de teatro infanto-juvenil para
todas as idades da Companhia britânica Whalley Range All Stars.
No que respeita às "novas linguagens circenses", "Shoot The Girl First" é a peça de circo que
a Companhia francesa Le Nadir traz à Clareira das Azinheiras nos dois dias de festa.
Para reinventar os espaços de Serralves e da cidade, dos 50 projectos a concurso para esta
edição, foram seleccionados dez trabalhos de novos artistas.
"Os públicos existem se forem convidados"
Não obstante o público fidelizado, "há pessoas que vêm a Serralves pela primeira vez neste
festival", conta o director do Museu. Para João Fernandes, a forte adesão do evento é
explicada pela "dimensão experimental" e pela "programação artística contemporânea".
O Serralves em Festa constitui, por isso, uma forma de desmistificar e "desmentir" algum
estereótipo criado sobre a arte contemporânea. Afinal, "os públicos existem se forem
convidados", ressalva João Fernandes.
Artigo corrigido às 14h39 de 18 de Maio de 2010
Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/05/18/cultura_serralves_em_festa_traz_600_artistas_a_
varios_pontos_da_cidade.html
18. Publicado:
Paulo Moura: "Jornalismo literário não é ficção"
Por Filipa Mora - [email protected]
Publicado: 26.05.2010 | 16:03 (GMT)
Marcadores: Jornalismo , Jornalista , Literatura , Media
Paulo Moura, grande repórter e professor universitário, esteve ontem, terça-
feira, nas instalações do curso de Ciências da Comunicação para conversar
sobre Jornalismo Literário.
Afinal o que é isso de Jornalismo Literário? A questão foi colocada à composta plateia
que esteve ontem, terça-feira, no Curso de Ciências da Comunicação da Universidade do
Porto, para ouvir Paulo Moura, grande repórter do jornal "Público". Habituado aos
ambientes académicos, o professor da Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa
optou por fazer o que melhor sabe: contar histórias.
E para responder à questão inicial, há que fazer primeiro uma distinção: se no jornalismo
convencional - leia-se as "hard news" - as personagens são a duas dimensões, no jornalismo
literário os actores têm três dimensões, são complexas, concedendo uma maior
ambiguidade a este género. Aqui há espaço para uma estrutura complexa que não obedece
obrigatoriamente à pirâmide invertida e para pormenores "pitorescos e poéticos". "O
jornalismo convencional não esgota a realidade", remata.
Desafio: Encontrar a história
O factor humano é decisivo para a exploração e imersão nas várias realidades.
Profundidade e inteligência são, para o repórter, as duas características indispensáveis para
a prática do jornalismo literário. O desafio? Encontrar a história. O segredo? Manter o
suspense, despertar a curiosidade e partir do princípio que ninguém lê - dicas a ter em
mente para superar o desafio de cativar o leitor.
Depois, partir do real para chegar a toda uma ambiência que "rouba à literatura" algumas
das suas técnicas, nomeadamente a reprodução de monólogos e de figuras estilísticas que
"jogam com o tempo" (analepse/prolepse), etc.
Contudo, Paulo Moura esclarece que as regras basilares do jornalismo são para cumprir.
Para os mais confusos, o autor deixa bem claro: ser sempre honesto. O termo "personagem"
refere-se às fontes reais, que nem por momentos são fictícias, e há diferenças entre história
e intriga.
"Não é enfeitar o texto, nada de adjectivos ou advérbios. Usem verbos, sejam criativos e a
acção fala por si", aconselha o repórter. "Grandes acontecimentos não garantem grandes
histórias."
Anos 60 e New Journalism
Não se podia falar de jornalismo literário sem a devida contextualização: o género remonta
aos anos 60. O mundo estava em mudança, cansado do que lia e o conflito de gerações era
real: o "new journalism" preconiza novas formas de narração e seduz vários autores
como Gay Talese.
São vários os escritores realistas que foram os precursores deste género. Apesar de alvo de
várias críticas e de ter caído em algum descrédito pelo abuso de alguns autores que
adulteraram as suas histórias (manipulação do tempo, personagens fictícias), esta vaga
reaparece nos anos 80 com regras jornalísticas bem definidas.
As influências literárias percebem-se: Tom Wolfe e Hunter S.Thompson, Norman Mailer,
Truman Capote, entre outros, galvanizam o conceito. Nos portugueses, Paulo Moura
destaca Lobo Antunes, Saramago e Eça de Queirós.
Sobre o eventual menosprezo à volta deste género em Portugal, o autor dá o exemplo da
realidade americana em que tudo é diferente. "Algo vai mudar", acredita.
"Neste género, não há um maior risco de parcialidade?", pergunta alguém. Paulo Moura
admite esse risco, mas adverte que, não obstante a subjectividade e interpretação, "literário
não é ficção". Independentemente dos meses que se podem passar com alguém para
escrever determinada reportagem, deve sempre estabelecer-se um "contrato inicial", claro e
com regras. "Um jornalista não é um amigo", salienta Paulo Moura.
E para os mais desconfiados o autor cita Tom Wolfe: "Há coisas tão bem escritas que
parecem mentira."
Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/05/26/paulo_moura_jornalismo_literario_nao_e_ficcao.htm
l
.Dossier dos trabalhos da Casa da Música.
No âmbito do 5.ºaniversário da CdM, foi estabelecida uma parceria entre o JPN e a Casa da Música, conforme já foi referido ao longo do relatório.
Análise Quantitativa:
01. Entrevista António Jorge Pacheco (Jornalista e Edição) Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/07/antonio_jorge_pacheco_uma_casa_da_musica_cada_
vez_mais_intima.html 02. Reportagem Digitópia + vídeo simulação (Jornalista, Imagem, Edição) Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/09/casa_da_musica_ouvir_fazer_criar_e_o_lema_da_di
gitopia_.html 03. Reportagem áudio: Quando os cinco sentidos nos levam ao Gamelão (jornalista, Off, Edição) Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/01/casa_da_musica_quando_os_cinco_sentidos_levam_
ao_gamelao.html
Texto Original da reportagem:
Reportagem áudio visita guiada CdM – lado POENTE 1 - RM 1 - som passos (andar) “passos” 2 - [RM 2 - guia inglês] Off - A visita guiada da Casa da Música pode ouvir-se em língua materna [RM guia português com miúdos] ou nas várias línguas disponíveis, consoante a necessidade de cada visitante. Verónica Moreira, começa por explicar-nos que a CdM está dividida em duas partes essenciais, lado poente e nascente, coordenadora das visitas guiadas confirma-nos a variedade linguística. 3 - [RM – Verónica a falar, a confirmar a variedade de línguas] “guias_línguas_terraço gamelão” A visita, com a duração máxima de 1h30, onde o guia esclarece todas as dúvidas e curiosidades dos visitantes, começa pela Sala VIP, onde os azulejos azuis fazem as honras da Casa. RM 4 – Verónica a falar dos azulejos – ponte com Holanda e Porto E porque estamos na Casa da Música que apela à sensibilidade de todos os sentidos, o que se pode ver nos azulejos não podia representar outra coisa. RM 5 – Verónica a falar dos 5 sentidos dos azulejos (inicio visita CdM) A viagem prossegue até ao Terraço Vip, que serve de complemento à sala VIP, tem uma vertente social. RM 6 – Verónica a falar da complementaridade da Sala VIP A maior particularidade do Terraço é uma janela que se abre ao céu. RM 7 – Verónica a explicar a funcionalidade da janela (RM guia línguas etc) Neste espaço amplo que pode receber conferências ou apresentações públicas, encontra-se o instrumento de colectivo de culto, o Gamelão. Enquanto descemos as várias plataformas do Terraço, Verónica explica-nos a história do Gamelão. RM 8 – Verónica explica o Gamelão (RM guia línguas etc) O instrumento de culto que encontraríamos no Terraço foi transportado para a Sala 2, para um ensaio dum espectáculo próximo, devido à sua versatilidade. RM 9 – Verónica explica a funcionalidade do Gamelão (RM guia línguas etc)
Chegamos à Sala 2 e, finalmente, encontramos xilofones, tambores, metalofones, e gongos envoltos em bambu, madeira e bronze. O colectivo de instrumentos de percussão que constituem o Gamelão está a ser utilizado para um ensaio de um espectáculo para crianças. RM 10 – Som gamelão ensaio, pessoal a falar, etc O ambiente e a cumplicidade são familiares e o ensaio continua durante a tarde. O espectáculo que se prepara é um projecto do Serviço Educativo da Casa da Música para crianças. O Gamelão assegura a linguagem universal que há 2 mil anos proporciona as sensações que podemos ouvir e…sentir. Continuamos a visita com os sons penetrantes da Sala 2 a ecoarem na nossa cabeça. (manter som durante o off –04 D – 15)) RM 10 – chuva, chuvinha cai etc
04. Reportagem: Tudo o que não vê mas ouve na ONP (Jornalista, Imagem) Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/11/casa_da_musica_tudo_o_que_nao_ve_mas_ouve_na
_onp.html 05. Reportagem: Do crocante de queijo de cabra ao chocolatíssimo (Jornalista, Imagem) Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/13/casa_da_musica_do_crocante_de_queijo_de_cabra_a
o_chocolatissimo.html 06. Reportagem: Sound Space, onde qualquer movimento se transforma em música (Jornalista, Imagem, Edição) Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/14/casa_da_musica_sound_space_onde_qualquer_movi
mento_se_transforma_em_musica.html
06. Reportagem: Serviço Educativo na Casa da Música : Em cinco anos, o Serviço Educativo realizou quatro mil actividades
(Jornalista, Imagem, Edição) Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/16/casa_da_musica_em_cinco_anos_o_servico_educati
vo_realizou_quatro_mil_actividades.html 07. Reportagem: Ouvir, fazer, criar é o lema da Digitópia (Jornalista, Imagem, Edição, Off) Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/09/casa_da_musica_ouvir_fazer_criar_e_o_lema_da_di
gitopia_.html
08. Reportagem: Diferentes sinfonias numa só noite de Clubbing (Jornalista, Imagem) Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/10/casa_da_musica_diferentes_sinfonias_numa_so_noit
e_de_clubbing.html 09. Reportagem: GamelIN, um Gamelão ao serviço de todos (Jornalista, Imagem, Edição) Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/08/casa_da_musica_gamelin_um_gamelao_ao_servico_
de_todos.html
10. Reportagem: ESMAE Big Band oferece Jazz no 5.º aniversário (Jornalista, Imagem, Edição) Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/15/casa_da_musica_esmae_big_band_oferece_jazz_no_
5_aniversario.html
11. Reportagem: Alexandra Guimarães: Cada vez mais se procura fado (Imagem) Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/16/alexandra_guimaraes_cada_vez_mais_se_ve_a_proc
ura_do_fado.html 12. Noticiário “Aniversário Casa da Música” (Jornalista, Imagem, Off – inclui a reportagem da estagiária “Instrumentos para Todos”) Link: http://jpn.icicom.up.pt/2010/04/27/casa_da_musica_ha_cinco_anos_a_revelar_um_nov
o_porto.html
13. Artigo imprensa publicado:
Casa da Música celebra o aniversário com um olho na internacionalização
Por Filipa Mora - [email protected]
Publicado: 27.03.2010 | 13:31 (GMT)
Marcadores: Casa da Música , Cultura , Música
De 1 a 14 de Abril, a Casa da Música comemora o 5.º aniversário com uma
programação especial. Orquestra Nacional do Porto vai passar a chamar-se
Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música.
Durante cinco anos, a casa projectada por Rem Koolhaas acolheu cerca de 5.500
espectáculos e abriu a porta a mais de dois milhões de pessoas. Valores que levam o director
artístico, António Jorge Pacheco, a confirmar: "A casa está arrumada." A aposta é, agora, a
internacionalização dos agrupamentos residentes. Mas, para já, é tempo de comemorações.
JPN acompanha comemorações:
O JPN associa-se ao 5.º aniversário da Casa da Música como media partner. Além da cobertura dos eventos da
quinzena das comemorações, foram desenvolvidos vários trabalhos que podem ser vistos, a partir da próxima
semana, aqui e nacasadamusica.tv.
De 1 a 14 de Abril, a Casa da Música (CdM) celebra o 5.º aniversário com um plano de
actividades intenso. O programa foi apresentado, esta sexta-feira, em conferência de
imprensa, com António Jorge Pacheco a destacar o projecto "pioneiro, inovador e
prioritário"Ao Alcance de Todos". Desenvolvido pelo Serviço Educativo, o projecto, que
cruza as capacidades dos cidadãos com necessidades especiais com a música, vai contar
com vários espectáculos, workshops e conferências.
No arranque está a conferência internacional "Opera, Dance & Disability" da RESEO, rede
que integra mais de 60 instituições e companhias artísticas europeias, entre elas a CdM.
Para a quinzena festiva, o director artístico sublinha a "aposta forte no jazz", visível no
espectáculo-homenagem a Billie Holiday, no concerto de Carla Bley com a Orquestra de
Jazz de Matosinhos e nas actuações do Remix Ensemble e da ESMAE Big Band. A 9 de
Abril, a Orquestra Nacional do Porto (ONP) interpreta a Sinfonia nº 5 de Tchaikovsky, que
é precedida por "…aquilo que voa", "encomenda" da CdM ao compositor português António
Chagas Rosa. Durante as celebrações, a vinda de Dick Dale ao Clubbing acende as
memórias do rock californiano dos anos 50 e 60.
Futuro é internacionalização
A partir de 4 de Setembro, a Orquestra Nacional do Porto passa a chamar-se Orquestra
Sinfónica do Porto Casa da Música. A data é simbólica. É o dia da "grande saída
internacional" da ONP, enfatiza António Jorge Pacheco. O agrupamento leva à Wiener
Konzerthaus, em Viena, obras de Mahler, Mitterer e Daniel Moreira e, por isso, atendendo à
"crescente internacionalização da capacidade de criação e produção musical da Casa da
Música" optou-se pela mudança da designação, refere a instituição em comunicado.
Também o Remix Ensemble se vai passar a chamar Remix Ensemble Casa da Música,
fomentando a denominação comum que já estava a ser utilizada com o Coro e a Orquestra
Barroca.
O director artístico admite ainda a possibilidade da ida da ONP à China, manifestando
vontade na internacionalização de todos outros agrupamentos residentes da CdM,
advertindo, no entanto, estar fora de inverter a prioridade que é servir a cidade do Porto.
Com o Relatório de Contas de 2009 fechado, António Jorge Pacheco revela ter as "contas
em dia", devido à "cautelosa gestão e extremo rigor" que permite à CdM gerar receitas
próprias, apesar da actual crise económica e da progressiva diminuição da participação do
Estado na Fundação CdM.
Ao longo dos cinco anos, verificou-se um crescimento médio na ocupação das salas de 66%,
tendo sido atingidos os 81% em Janeiro de 2010. O primeiro trimestre deste ano pode vir a
ser, aliás, "o melhor trimestre de sempre".
14. VOXPOP/entrevistas (11 voxpop publicados):
14.1 – Ana Luísa Amaral
14.2 – Alexandre Alves Costa (Jornalista)
14.3 – Carlos Tê
14.4 – Hélder Pacheco
14.5 – João Gesta (jornalista)
14.6 – João Teixeira Lopes (Jornalista)
14.7 – Rui Moreira (Imagem)
14.8 – Richard Zimmler (Jornalista)
14.9 – Nuno Carinhas (Jornalista)
14.10 – D. Manuel Clemente
14.11 – Odete Patrício
.Dossier Grande reportagem.
REPORTAGEM
Dossier:
Memórias virtuais Vs. Memórias em Papel: Qual delas perdurará?
Memórias virtuais Vs. Memórias em Papel: Consumo de informação
online aumenta em Portugal
Memórias virtuais Vs. Memórias em Papel: "Antes não havia a opção
'find'"
Memórias virtuais Vs. Memórias em Papel: Conservação e restauro de
papel
Memórias virtuais Vs. Memórias em Papel: Dificuldades na conservação
do papel
Memórias virtuais Vs. Memórias em Papel: Como conservar papel
(vídeo)
Memórias virtuais Vs. Memórias em Papel: Alguns conceitos
Original:
Peça geral:
Memórias virtuais Vs. Memórias em Papel: Qual delas perdurará?
O online veio para ficar. Mas o papel já existe há milhões de anos, assim como as
memórias que daí advêm. O JPN consultou vários especialistas, numa reportagem
alargada onde se exploram as memórias virtuais e as memórias do papel. Do
pergaminho ao USB.
Numa altura em que se questiona a efemeridade dos suportes digitais, há opiniões que
ressaem. O escritor e teórico possuidor de uma das maiores bibliotecas pessoais,
Umberto Eco, fala sobre as memórias virtuais Vs. conservação de papel num <a
href="http://www.courrierinternational.com/article/2009/03/12/ces-memoires-
electroniques-qui-risquent-de-flancher">artigo</a> intitulado "Ces mémoires
électroniques qui risquent de flancher". Eco salienta a importância e característica
milenar do papel, preterindo-o aos suportes digitais. O tema não é novo e a última obra
do escritor mereceu semelhante atenção.
Do lado dos consumidores, a procura por informação online aumenta exponencialmente
em todos os cantos do mundo e Portugal não é excepção. Do lado da indústria, os custos
das publicações impressas asfixiam o orçamento pelas baixas receitas e concorrência
dos novos meios dificulta a sobrevivência dos tradicionais que não se conseguem
adaptar.
Eco salienta que os suportes modernos tendem a propagar a informação do que
propriamente a conservá-la. Numa reportagem onde as áreas que se prendem com o
cerne da questão são várias, o JPN foi tentar conhecer melhor este meio e tentou
compreender qual dos suportes perdurará, na opinião dos vários especialistas
consultados.
Estando o aparecimento da escrita associado às questões da memória, os diferentes
suportes evoluem consoante a própria evolução dos tempos. O suporte digital é
sinónimo de uma nova era. Le Goff sugeriu a memória enquanto "Antídoto do
Esquecimento". Partindo desta ideia, consultamos o director do Mestrado Integrado em
Engenharia Informática e Computação da Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto (FEUP) para saber a opinião dele.
Não podíamos ignorar as pessoas que conservam o suporte das memórias do papel: o
próprio papel. Protegemo-nos com máscaras e óculos apropriados e mergulhámos no
processo de conservação e restauro de papel, no atelier de Mafalda Veleda, especialista
da área.
Partindo de um estudo americano revelador de um aumento de consumo de jornais
online pela população, tentamos estabelecer um paralelismo com a realidade
portuguesa. Consultamos a antropóloga e investigadora Alie Duarte para nos elucidar
sobre as potencialidades da sociedade portuguesa em seguir o exemplo americano. Para
compreender o impacto dos media sociais nos portugueses, falamos com o jornalista e
professor universitário António Granado que, detalhadamente, nos deu a sua opinião,
salientando que "já não existem leitores fiéis".
Numa reportagem que se propôs a tentar compreender as mudanças em ambas as
memórias e se alguma delas ultrapassará a outra, não pretendíamos "a" resposta, antes
muitas respostas e cada uma bastante diferente. Tentamos, assim, entender o que é que
afinal se anda a passar, desde o pergaminho ao USB.
Peça ESTUDOS aumento consumo online:
Memórias virtuais Vs. Memórias em Papel: Consumo de informação online
aumenta em Portugal
O consumo de jornais online nos EUA aumentou. Os hábitos de leitura mudam e
acompanham a evolução tecnológica. Os indicadores portugueses começam a
revelar a mesma tendência. O JPN consultou o jornalista António Granado e Alice
Duarte, antropóloga e investigadora, para compreender melhor o panorama
nacional.
Não é, certamente, notícia que os indicadores revelam um aumento do consumo de
jornais online, nos EUA [link para noticia Público]. Que os hábitos dos portugueses
sigam os mesmos passos que os americanos, talvez também não seja. As consequências
disso têm aquecido debates nas mais variadas áreas, com especial destaque para os
órgãos de comunicação social (OCS) tradicionais. Teóricos, académicos, especialistas
das Ciências da Comunicação debatem o futuro dos jornais impressos: o fim?, a
adaptação às novas plataformas?
Seja por serem o elemento afectado mais directamente, seja por precisarem de novas
abordagens de sobrevivência, o jornal impresso para alguns “tem os dias condenados,
por mais balões de oxigénio que utilize” como confessa ao JPN, o jornalista e professor
universitário, António Granado. O jornalista considera que o consumo dos jornais
online pela população portuguesa, na evolução da Web 2.0, levanta questões muito
profundas. Defende, ainda, que aquele que melhor se adaptar, mais hipóteses de
sobrevivência terá.
Na opinião do jornalista, o estudo da Pew Research Center que desencadeou a notícia,
“para além de constatar que a população americana consome, brutalmente, jornais
online, revela ainda que o motivo nº1 é a necessidade dos leitores terem motivos de
conversa com amigos e o 2º é por questões de cidadania, para estarem informados. Os
media, infelizmente, preferem adoptar a estratégia contrária.”, lamenta. Para Granado,
“já não existem leitores fiéis”, mas antes pessoas que continuam a ler o seu jornal de
eleição e “cada vez mais aderem aos media sociais”. Pensa que a maioria do público dos
OCS online não substitui o público do impresso, explicando: “um jornal que vende 30
mil exemplares por dia, atinge 180 mil leitores online. Nunca venderia 180mil
exemplares. É ridículo pensar que a internet rouba leitores, essa canibalização não faz
sentido”, remata.
Já Alice Duarte, antropóloga e investigadora, aponta a crise económica como factor de
participação desse aumento de consumo de jornais. Pensa, ainda, que a crise “impede o
acto de compra de um jornal diário, possivelmente, as pessoas passam a consumir mais
semanários.” Considera o consumo de jornais online importante para a modernização da
sociedade portuguesa mas realça que “falta saber é se esses indicadores referem são
novos ou se houve uma migração de públicos dos meios tradicionais para o online.” A
investigadora conclui, num estudo que desenvolveu sobre “Experiências de Consumo”
da classe média que “as pessoas recorrem a shoppings e utilizam os jornais nas zonas de
restauração/alimentação.”
Quando questionada sobre a taxa de iliteracia e a possibilidade do aumento de jornais na
internet provocar um eventual decréscimo nos hábitos de leitura, a docente da
Faculdade de Letras da Universidade do Porto, confessa ser uma “questão muito
complicada” mas admite notar que “os estudantes recorrem cada vez mais aos meios de
comunicação online” e salienta a escola precisar de repensar algumas coisas porque
“não estão bem”.
António Granado contraria esta opinião, afirmando que não acredita que o aumento de
consumo de jornais online provoque um decréscimo na taxa de literacia ou hábitos de
leitura. Afirma mesmo que “a geração dos estudantes de jornalismo são pessoas bem
informadas. A culpa nem sequer é deles, quando isso acontece é porque os órgãos de
comunicação social é que apostam mais nas breaking news (mais fácil, mais rentável)
do que em temas que exijam mais investigação.” Conclui, criticando: “Claro que um
jornal de qualidade precisa de um número mínimo de pessoas para o fazer, se os grupos
media despedem metade da redacção, não podem esperar que haja boa informação.”
Contudo, os Indicadores Sociais de 2008 do Instituto Nacional de Estatística (INE)
revelam, no Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação
pelas Famílias, um ligeiro decréscimo nas percentagens. Nos objectivos de utilização da
internet pelos indivíduos dos 16 aos 74 anos, na categoria de "ler/download de jornais
/revistas online" - de 2005 até 2008, as estatísticas mostram uma diminuição de 51,3%
(2005) para 48,2% (2008) dos utilizadores inquiridos, no primeiro trimestre do período
referido. Já um estudo do grupo Havas Media sobre hábitos de consumo de meios
confirma que a internet continua a “ganhar terreno” mas que os portugueses continuam
a preferir a televisão. Os indicadores revelam as mesmas tendências comparativamente
ao cenário internacional mas o contexto português é, totalmente, diferente.
António Granado confirma a ideia: “Apesar das diferenças óbvias, [Portugal] segue a
mesma tendência do consumo online, partimos é de níveis muito mais baixos. Se há uns
anos atrás, tínhamos 60 leitores por cada 1000, nos EUA os valores são bastante
diferentes.”
Ainda assim, no contexto nacional, os portugueses passam mais tempo em sites de
informação, conforme comprovam os resultados do estudo Netpanel da Marktest.
Segundo este estudo, em 2008, os jornais desportivos lideravam os OCS consultados.
Peça memórias virtuais FEUP
Memórias virtuais Vs. Memórias em Papel: "Antes não havia a opção 'find' "
O arquivo de informação para a posterioridade conhece novas realidades com a
evolução tecnológica. Estrangeirismos como "backups" tornaram-se familiares e a
sociedade vai vivendo dependente dos suportes digitais. O JPN foi até à FEUP
consultar a opinião de quem lida com esta dependência, todos os dias.
Augusto Sousa é o director do Mestrado Integrado em Engenharia Informática e
Computação da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e está no
seu gabinete, entre dois computadores : um portátil e um de secretária que estão
sincronizados e, simultaneamente, a actualizar conteúdos de ambos. Medidas de
segurança preventivas que podem ser feitas diariamente para guardar conteúdos e
salvaguardar possíveis dores de cabeça. Um processo « extremamente fácil » a qualquer
pessoa. Disponível e bem disposto, o assunto que leva o JPN ao seu gabinete, é-lhe
familiar.
« O problema do arquivo requer muito espaço », começa por dizer. Conseguir ter num
dispositivo portátil, informação que ocuparia as estantes de uma qualquer sala é a
vantagem tão óbvia que acaba por ser escusado falar-se dela. Passemos então às
barreiras.
O maior obstáculo apontado pelo docente, é a (in)compatibilidade dos periféricos
actuais relativamente aos dispositivos utilizados anteriormente. Guardar informação
num determinado dispositivo não garante o acesso a ela ad eternum e as probabilidades
de ser ultrapassado pela própria evolução e/ou descontinuidade do produto agravam-se.
«O formato electrónico depende desse mesmo coxtexto [electrónico] », ressalva
Augusto Sousa. SOM « INCOMPATIBILIDADE PERIFERICOS »
Não basta assegurar a continuidade e compatibilidade do dispositivo utilizado, o
docente adverte SOM « REVER ARQUIVO E RECUPERA LO » também ser
necessário rever e actualizar a informação arquivada.
Considera o arquivo digital uma mais valia nos tempos que correm e mais acessível a
todos. «Os documentos ao estarem devidamente arquivados facilitam imenso a
pesquisa», admite [SOM « nao havia a opçao find »]. « Antes, não havia a opção
«find», sorri.
Quando confrontado sobre o risco e dependência das memórias digitais relativamente à
electricidade, Augusto Sousa é peremptório: não tem qualquer receio. A informação em
formato electrónico alojada em « sistemas de peso » mune-se da « redundância » desses
mesmos sistemas. Assim, a internet e as bases de dados possibilitam réplicas, conforme
menciona [SOM replicas advento internet] o professor da FEUP. A repetição da mesma
informação está alojada em diferentes locais virtuais.
Já relativamente ao papel, o docente considera-o [SOM papel fragil ] "extremamente
sujeito à destruição», o que se revelaria dramático noutros campos, até porque basta
um incêndio para surgirem reminiscências penosas de Alexandria. Pasta D, ficheiro 2,
7mins11 –
Assegurar que uma base dados repleta de informação
pasta D, ficheiro 2 , 14.25mins
Admite não ter « adquirido ainda o treino necessário para conseguir ler documentos
longos como, etc » mas teses, regulamentos reconhece que a geração a quem dá aulas -
os alunos do curso de Engenharia Informática e Computação - apesar de ter um perfil
« bastante específico », recorre cada vez mais às plataformas digitais, utilizando e-books
disponibilizados pelas editoras em formato electrónico com quem a faculdade tem
determinados protocolos, inclusivé. Critica o excessivo uso de um conhecido motor de
pesquisa que, por vezes, é utilizado « em prejuízo » por eles.
Peça alojada no JPN
Augusto Sousa é o director do Mestrado Integrado em Engenharia Informática e
Computação da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e está no
seu gabinete, entre dois computadores: um portátil e um de secretária que estão
sincronizados e, simultaneamente, a actualizar conteúdos de ambos.
Medidas de segurança preventivas que podem ser feitas diariamente para guardar
conteúdos e salvaguardar possíveis dores de cabeça. Um processo "extremamente fácil"
a qualquer pessoa. Disponível e com boa disposição, o assunto que leva o JPN ao seu
gabinete, é-lhe familiar.
"O problema do arquivo requer muito espaço", começa por dizer.
Conseguir ter num dispositivo portátil, informação que ocuparia as estantes de uma
qualquer sala é a vantagem tão óbvia que acaba por ser escusado falar-se dela. Passemos
então às barreiras.
O maior obstáculo apontado pelo <a
href="http://jpn.icicom.up.pt/imagens/pessoas/augusto_sousa_jpn.jpg"
title="docente">docente</a>, é a (in)compatibilidade dos periféricos actuais
relativamente aos dispositivos utilizados anteriormente. Guardar informação num
determinado dispositivo não garante o acesso a ela <em>ad eternum</em> e as
probabilidades de ser ultrapassado pela própria evolução e/ou descontinuidade do
produto agravam-se. "O formato electrónico depende desse mesmo coxtexto
[electrónico]", ressalva Augusto Sousa.
Não basta assegurar a continuidade e compatibilidade do dispositivo utilizado, o
docente <a
href="http://jpn.icicom.up.pt/audio/audio/rever_arquivo_e_recupera_lo.mp3"
title="adverte">adverte</a> também ser necessário rever e actualizar a informação
arquivada.
Considera o arquivo digital uma mais valia nos tempos que correm e mais acessível a
todos, desde que a informação esteja devidamente arquivada. "Antes, não havia a opção
'find' ", <a href="http://jpn.icicom.up.pt/audio/audio/opcao_find_augustoSousa.mp3"
title="graceja">graceja</a>.
<h3>Reminiscências de Alexandria</h3>
Quando confrontado sobre o risco e dependência das memórias digitais relativamente à
electricidade, Augusto Sousa é peremptório: não tem qualquer receio. A informação em
formato electrónico alojada em "sistemas de peso" mune-se da "redundância" desses
mesmos sistemas. Assim, a internet e as bases de dados possibilitam réplicas, conforme
<a href="http://jpn.icicom.up.pt/audio/audio/replicas_advento_internet.mp3"
title="menciona">menciona</a> o professor da FEUP. A repetição da mesma
informação está alojada em em diferentes locais virtuais.
Já relativamente ao papel, o docente <a
href="http://jpn.icicom.up.pt/audio/audio/papel_fragil_sujeito_destruicao_sugusto_sous
a.mp3" title="considera-o">considera-o</a> "extremamente sujeito à destruição", o que
se revelaria dramático noutros campos, até porque basta um incêndio para surgirem
reminiscências penosas de Alexandria.
Admite não ter "adquirido ainda o treino necessário para conseguir ler documentos
longos como, teses, regulamentos, etc mas reconhece que a geração a quem dá aulas - os
alunos do curso de Engenharia Informática e Computação - apesar de ter um perfil
"bastante específico", recorre cada vez mais às plataformas digitais, utilizando e-books
disponibilizados pelas editoras em formato electrónico com quem a faculdade tem
determinados protocolos, inclusivé.
Critica o excessivo uso de um conhecido motor de pesquisa que, por vezes, é utilizado
"em prejuízo" por eles.
Peça Conservação e restauro papel (Atelier Mafalda Veleda)
Memórias virtuais Vs. Memórias em Papel: Conservação e restauro de papel
Mafalda Veleda é conservadora/restauradora de papel, uma especialista entre os
poucos da área na região norte. O JPN foi conhecer o seu atelier e as
particularidades do papel. Ouviu as histórias e curiosidades da arte onde
« conservar é proteger »
Mafalda [BALÃO IMAGEM MAFALDA JPN] Veleda, 35 anos, porte vaporoso que
apraz. De flor no cabelo, chega sorridente ao atelier e pede desculpa pelos cinco
minutos atrasados. Estava «ali num cafézinho », onde conhece a senhora e costuma
almoçar, quando se encontra no Porto. O atelier [foto atelier_jpn] cândido respira a luz
que a Rua do Bonjardim oferece naquela tarde. A brancura que salta à primeira vista
surpreende alguns especialistas da área, habituados a outro tipo de ambientes,
principalmente na área da conservação da madeira, conta Mafalda. «Quer que levante os
estores ?, pergunta, solicíta. «É o problema do meu atelier, nem sempre tem a luz
necessária». Diz-se tímida perante câmaras. «Já em conferências acontece-me o mesmo.
Prefiro ir conversando assim, descontraidamente», desabafa nas entrelinhas das
curiosidades sobre conservação do papel que vai contando, entretanto.
Começa por explicar que a corrente anglo-saxónica que lhe é familiar – após a
licenciatura em História de Arte pela FLUP, completou os seus estudos em Inglaterra,
em « Conservation” pelo Camberwell College of Arts, London Institute - não contempla
a palavra «restauro», algo pejorativo, podendo significar «substituição total». Mafalda
explica a diferença das correntes enquanto vai mostrando [BALAO VIDEO livros
conservação vs. Restauro] alguns autores relevantes em ambas. Portugal utiliza o termo
e bebe influências italianas: Cesare Brandi [balão foto livro Cesari Brandi] é fonte
inegável na corrente italiana, que até aos anos 70 sofreu da pouca tecnologia disponível.
Na conservação do papel, há duas abordagens: a documental e a estética. A documental,
várias vezes de teor arquivista relaciona-se, também, com o poder central/estadual. A
estética é de teor artístico.
A área de conservação do papel é a menos desenvolvida em Portugal. Mafalda Veleda
refere o elitismo da área que pretere a conservação da pintura, por exemplo. O processo
de conservação do papel também difere bastante das outras áreas, uma vez que o
tratamento por via aquosa é a forma de o conservar. O que, à primeira vista, pode
confundir qualquer um.
À semelhança do processo de «eiswein» - processo de vinivultura onde se convervam as
vinhas em gelo utilizado na Alemanha e Canadá – também o papel começa a ser alvo de
processos semelhantes, mais concretamente, os documentos fotográficos. Mafalda
Veleda que, quando estava em Inglaterra, já trabalhou na Getty Images
[http://www.gettyimages.com/ ] relata um episódio http://www.wilhelm-
research.com/nppa/NPPA_Corbis_Preservation.pdf em que Bill Gates, que detém outro
« banco de imagens » - a Corbis Images [http://www.corbisimages.com/ ] – utilizou
antigas minas, na Pensilvânia, para conservar e guardar a colecção fotográfica, deixando
de disponibilizar a visualização dos originais aos especialistas da conservação. Uma das
consequências deste processo é o despedimento dos conservadores de papel que
trabalhavam na empresa. É com especial ironia que Mafalda conta que, anteriormente, o
arquivo fotográfico da Corbis se encontrava em Nova Iorque, um grande centro urbano
um grande centro urbano, onde são emitidas elevadas quantidades de monóxido de
carbono. Estas condições ambientais, às quais o documento está exposto tornam-se
inimigas da preservação do papel. Terá sido um dos principais motivos.
A área de conservação do papel é a menos desenvolvida em Portugal.A especialista
refere o elitismo da área que pretere a conservação da pintura. Ainda assim, Mafalda
Veleda já teve oportunidade de tratar obras/documentos de Vieira da Silva, Picasso,
Henrique Pousão, Júlio Pomar, David Goldblatt, Durval Pereira, entre outros.
Peça : dificuldades e particularidades papel
Memórias virtuais Vs. Memórias em Papel: Dificuldades na conservação do papel
Apesar da durabilidade do papel, os motivos da sua destruição sáo vários.
Seja pela natureza do papel ou por causas biológicas da acção do Homem e
interferência de insectos, microrganismos e roedores. O papel torna-se, assim,
bastante vulnerável.
O problema começa a partir do momento em que os materiais utilizados para a sua
conservação são mais resistentes que o próprio suporte. O papel rompe-se, gasta-se,
suja-se, etc. A celulose, principal componente do papel, pode experimentar vários tipos
de deterioração – seja por acção de determinados agentes de origem natural ou artificial.
O preocupante na área do papel, segundo especialistas, é que este processo de
deterioração é silencioso e espalha-se por todas as bibliotecas do mundo.
« Slow fire » é o termo anglosaxónico utilizado para explicar a combustão do papel que
se traduz numa oxidação rápida da celulose, o principal componente do papel.
A especialista em papel que, zombeteiramente, estagiou no Horniman
Museum(http://www.horniman.ac.uk/), pôde ali aprofundar os seus conhecimentos em
Etnografia. Desses tempos, recorda a morsa gigante, as máscaras mexicanas e as
colecções de espécimens. Ficamos a saber que Portugal tem um vasto legado
etnográfico desde a Guerra Colonial, tal como França e Reino Unido, países que
valorizam imenso a área.
Mas a experiência etnográfica repetiu-se também em Portugal, onde está desde 2000.
Foi no Centro Português de Fotografia (CPF), onde esteve durante 3 anos e onde
trabalhou o espólio fotográfico de Domingos Alvão, conforme conta [BALÃO AUDIO
espolio domingos alvão,6]. Nesse contexto, acabou por tratar um modelo de gesso de
um elefante [BALÃO IMAGEM ELEFANTE] - a peça inconfundível da exposição da
Guerra Colonial – no Palácio de Cristal em 1934 - que recorda com uma intensa
gargalhada. Fala da famosa Rosinha que fez capa enquanto vai mostrando [BALÃO
VIDEO LIVROS ATELIER] a publicação [BALÃO imagem livro exposição colonial
jpn] da exposição.
Mafalda é conversadora. Com um demarcado dinamismo, explica que em Portugal há
uma « certa tendência para o proteccionismo » na área da restauração. No Reino Unido
existe uma « espécie » de Ordem de conservadores e exames de profissionalização,
sujeitos a um exame final para poderem exercer. « Nós somos pequenos e temos de ser
diferentes. Não ter medo do ridículo. As empresas de conservação e restauro não têm
coragem para o empreendedorismo», desabafa. A questão preocupa Mafalda.
Na clínica da especialista, deparam-se com outro problema : dependem de imenso
mateiral que só conseguem obter através da importação. A especialista recorda [SOM 3]
a forte indústria papeleira que existia no nosso país.
Na área da conservação do papel, diz [SOM 2] existir um preconceito à volta da
« digitalização » que afasta o público. A digitalização assegura apenas a continuidade da
existência (de uma reprodução) do documento, mas esta opção pode promover o
« esquecimento » do objecto original e do seu valor artístico real.
CAIXA ANIMAIS QUE ADORAM PAPEL
Se pensava que o maior inimigo do papel poderia ser o próprio tempo, desengane-se. Os
componentes do papel são factor de atracção a muitos animais, entre insectos e
roedores. Não só a celulose os seduz, a encolagem também. Ao longo da história, já se
tomaram algumas medidas extremas como a Torre do Tombo ter optado por pendurar os
livros para os proteger, assim, dos roedores. Atrás do atraente nome « Peixe-prata »,
esconde-se um insecto menos aprazível cuja preferência recai sobre o papel de parede,
como conta [SOM 5] Mafalda.
Peça : vídeo de simulação do processo papel
Memórias virtuais Vs. Memórias em Papel: Como conservar papel (vídeo)
O processo de conservação do papel não é rápido nem fácil.É meticuloso,exige
tempo,paciência e material que,nem sempre,existe cá.Depende do tipo de papel e
do trabalho que o cliente pretende.O JPN assistiu à simulação da primeira fase do
processo: o exame prévio.
Na <a href="http://mafaldaveleda.com/">clínica</a> de Mafalda Veleda, é feito um
exame prévio "o mais rigoroso e científico possível", onde verificam as fragilidades do
documento. Os passos nesta fase: medição PH, sonda plana, observação luz, radiação
ultra-violeta, <a
href="http://jpn.icicom.up.pt/Limpeza_Mec%E2nica_de_Superf%EDcie_jpn.jpg"
title="limpeza mecânica de superfície">limpeza mecânica de superfície</a>.
Após o exame prévio e reunidas as condições necessárias para se poder completar este
processo, o papel passa por uma fase de <a
href="http://jpn.icicom.up.pt/C%E2mara_de_Humidifca%E7%E3o_jpn.jpg"
title="humidificação preliminar">humidificação premilinar</a>, totalmente diferente
das outras áreas. Através do tratamento por <a
href="http://jpn.icicom.up.pt/Tratamento_Por_Via_Aquosa_jpn.jpg" title="via
aquosa">via aquosa</a>, têm de se isolar as fibras que compõem o papel, dispersá-las
em água e o conjunto obtido pelas fibras, deve colocar-se sobre o documento a
conservar.
Se a linguagem técnica potencia a confusão a um leigo na matéria, talvez as expressões
"água faminta" e "tampões alcalinos" facilitem a compreensão. Numa segunda fase, há
que preencher os espaços vazios microscópicos entre as fibras para dar uniformidade à
folha, seja através de carbonatos ou talcos cujo teor alcalino contraria a acidez presente
no papel. A água utilizada é a destilada e Mafalda adjectiva-a, assim, de " faminta " para
<a href="http://jpn.icicom.up.pt/audio/audio/MVeleda_aguda_destilada_4.mp3"
title="explicar">explicar</a> esta fase do processo.
<i><center>O vídeo demonstra uma simulação de alguns dos principais passos
neste processo. Os procedimentos que não se puderam simular encontram-se, ao
longo do texto, em fotografia.
Créditos:
Fotos tratamento: Conservation Clinic
Música vídeo: Kevin MacLeod (Rádio Martini)</i></center>
Peça – alguns conceitos papel
Memórias virtuais Vs. Memórias em Papel: Alguns conceitos
Para compreender melhor todo o processo de conservação/restauro do papel,
torna-se necessário assimilar alguns conceitos sobre a área. Para a elaboração da
reportagem, o JPN precisou de conhecer a origem do papel e distinguir diferentes
tipos de conservação.
« ORIGEM DO PAPEL »
Na Europa, o pergaminho e com menor frequência, o papiro foram utilizados como
suporte de escrita. No séc.XV, com a invenção da imprensa, tornou-se possível a
publicação massiva de livros. O papel torna-se, assim, o principal suporte de
informação.
A natureza do papel condiciona bastante o trablho do restaurador/conservador. Muñoz
utiliza a definição usada nas suas « aulas » : « um material laminar produzido por
decantação e fibras vegetais desagregadas e isoladas »
CONSERVAR OU RESTAURAR INFORMAÇÃO ?
Na área do restauro e conservação, as áreas de especialização organizam-se, partindo do
denominador comum semelhantes problemas e procedimentos. Salvador Muñoz Viñas
diz que o ofício se aplica, essencilamente, em três tipos de « centros » : bibliotecas,
arquivos e museus.
Mas por que motivo, o autor dala em « conservar a informação » e não em « restaurá-
la » ? Muñoz Viñas defende que a informação não pode ser « restaurada », a não ser
pelos próprios meios do historiador. O autor remonta a sua argumentação para os
perigos do restaurador « restaurar » partes que se perderam definitivamente e, detsa
forma, recriar a informação, podendo assim dar-lhe outro significado ou mesmo alterar
a obra. Um conservador deverá possuir características de investigador e impedir que a
informação se perca.
CONSERVAÇÃO PREVENTIVA E INTEGRADA
« Todas as formas de conservação são preventivas, todas tencionam manter o objecto no
seu estado actual, evitando as possíveis alterações que pudessem surgir com o passar do
tempo . » Assim, Muñoz diz que todas as formas de prevenção previnem as futuras
alterações. A autora Ana Calvo acrescenta ainda que ambas [conservação e restauro] se
complementam, mas a restauração é a consequência da ineficácia ou ausência dos meios
preventivos.” Mafalda Veleda utiliza a analogia da saúde para que melhor se
compreenda o impacto da prevenção. Chama [SOM 1] a atenção para a quantidade de
produtos que já estão a ser banidos nos EUA e Canadá por motivos ambientais e destaca
algumas formas naturais de prevenção, como adequar o espaço às obras de arte, por
exemplo.
Bibliografia consultada para a reportagem:
- “La conservación y restauración de obras de arte”, Muñoz Viñas, Salvador; Vivancos
Ramón, María Victoria; Osca Pons, Julia; González Martínez, Enriqueta (Valencia
UPV, 1999)
- Eco, Umberto; Carrière, Jean-Claude, “A Obsessão do Fogo” (Difel, 2009)
- “Do bisturi ao laser, oficina de restauro”, Fundação Calouste Gulbenkian, (Lisboa
1995)
- “A Informação Escrita: Do Manuscrito ao Texto Virtual” – Queiroz, Rita de C. R. de
(2007)
Créditos:
Fotos tratamento: Conservation Clinic
Música vídeo “simulação exame prévio”: Kevin MacLeod, Rádio Martini
Música vídeo Mafalda Veleda mostra publicação: Kevin MacLeod, Bass Vibes
Dados reportagem - consumo online jornais
contactos:
antropóloga e investigadora - Alice Duarte (Departamento Geografia -
226077194)
coordenadora estudo - Manuela Mendes, Havas Media - Tel. 21 791 33 00
http://www.mpg.pt/page.aspx?idCat=70&idMasterCat=3&idContent=625
jornalista e professor universitário – António Granado – 936655565
especialista em conservação em fotografia – Luís Pavão,
http://www.lupa.com.pt/ , 218 126 845 (A Digitalização como forma de
conservação preventiva)
Uma Escala de valores do restauro à conservação
Maria Luísa Cabral – Biblioteca Nacional - 21 798 20 00
10h00 – É necessário prevenir para não restaurar
Ana Fernandes – Instituto Português de Conservação e Restauro
Centro de Conservação e Restauro UCatólica - 22 619 62 40
Escola Superior de Tecnologia de Tomar / Secretaria do Departamento de Arte,
Conservação e Restauro - Tânia Esteves - E-Mail: [email protected] - Telefone Fixo:
249 328 130
Biblioteca Municipal do Porto - 225 193 480 – Drª Lucinda Oliveira
(coordenadora Conservação e Restauro Bibl.Municipal Porto) – MANDAR
EMAIL RP
Portal de conservação e restauro - http://www.prorestauro.com/
Associação Profissional de Conservadores-Restauradores de Portugal -
http://www.arp.org.pt/ , 96 00 44 910
Francisca Figueira (Instituto dos Museus e da Conservação Departamento de
Conservação Área de Papel
Rua das Janelas Verdes, 37
1249-018 Lisboa
Tel: +351 213934225
Arquivo nacional torre do tombo - 21 781 15 00
NOTÍCIAS RELACIONADAS COM O CONSUMO DE JORNAIS ONLINE:
Noticia Público, http://www.publico.pt/Tecnologia/eua-jornais-online-sao-mais-
populares-que-jornais-em-papel_1424925
Estudo de hábitos de consumo de meios HAVAS -
http://www.mpg.pt/Documents/Public/Document/Flash_Junho2007.pdf
Dados do estudo da havas ,
http://www.havasmedia.pt/page.aspx?idCat=70&idMasterCat=70&idContent=625
Portugueses mais tempo em sites de informação,
http://www.marktest.com/wap/a/n/id~1026.aspx
Dados INE - Indicadores Sociais 2008 -
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOES
pub_boui=62622412&PUBLICACOESmodo=2
Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas
Famílias:
Objectivos de utilização da internet pelos indivíduos dos 16 aos 74 anos na categoria de
"ler/download de jornais /revistas online" - de 2005 até 2008, as estatísticas revelam,
surpreendentemente, um decréscimo de 51,3% (2005) para 48,2% (2008) dos
utilizadores inquiridos, no primeiro trimestre do período referido.
http://www.marktest.com/wap/a/n/id~1026.aspx portugueses passam mais tempo em
sites de informação
Digital desacelera mas não cai - http://www.meiosepublicidade.pt/2009/07/24/digital-
desacelera-mas-nao-cai/
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/blogs.asp?id_blog=2&id={CE73E553-
96D8-4360-959F- A0CB9A580A4D} artigo "jornalistas vivem esquizofrenia"
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Mafalda Veleda (especialista em conservação em papel PORTO) –
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Drª Lucinda Oliveira (coordenadora Conservação e Restauro Biblioteca
Municipal Porto – contacto RP - [email protected] )
O papel www.salvarte.pt
O Papel
O papel é essencialmente uma matriz de fibras de celulose interligadas que formam uma folha
produzida através da drenagem de uma suspensão de fibras em água numa malha de rede.
No processo de manufactura podem ser adicionados às fibras outros materiais para formar as
folhas de papel, como cargas, pigmentos, corantes, adesivos e encolagens.
Embora possam ser utilizados os mais diversos materiais fibrosos para fazer papel, este é
principalmente feito de fibras vegetais, tais como o linho, o algodão, a madeira, palha ou
amoreira, que são ricos em celulose.
A celulose é o componente principal no papel e a sua quantidade varia conforme a espécie da
planta: a madeira contém 40%-70% de celulose, enquanto que a fonte mais pura, as
extremidades das sementes de algodão, contêm aproximadamente 96%.Quanto maior for a
quantidade de celulose no papel, melhor é a qualidade deste.
A maior parte do papel europeu até ao séc. XIX era geralmente feito com fibras de celulose
provenientes de desperdícios têxteis, tomando a designação de papel de trapo.
Estas fontes de celulose antes de serem transformadas em matéria-prima passam por uma
série de tratamentos que correspondem a uma espécie de purificação ou selecção, de maneira
a eliminar as impurezas da celulose., designando-se o produto obtido por polpa de papel.
http://www.memoriafutura.org/
Estrutura reportagem conservação papel
O que é o papel
Como é feito o processo de conservação - vídeo (casa do infante ? mafalda veleda –
portucalense ?)
Memórias papel – alfarrebistas e público em geral
Memórias digitais/virtuais – gesco ?
Director Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação- A.Augusto
Sousa
A revolução provocada pela criação da imprensa, em 1450, é a mesma que ocorre
com o uso dos computadores. Fala-se em morte do livro, em fim da escrita; no
entanto, o que ocorre é que cada instrumento utilizado pelo homem para se
comunicar atende às necessidades do seu tempo: volumem, codex, livros,
hipertextos representam o progresso cultural da humanidade.
O aparecimento e a difusão da escrita estão essencialmente relacionados à
evolução da memória. As grandes civilizações, como as da Mesopotâmia, do
Egito, da China e da América pré-colombiana usaram a memória escrita como
símbolo de progresso evolutivo.
A memória aparece então como um dom para iniciados e a anamnesis, a
reminiscência, como uma técnica ascética e mística. Também a memória
joga um papel de primeiro plano nas doutrinas órficas e pitagóricas. Ela é o
antídoto do Esquecimento. No inferno órfico, o morto deve evitar beber no
Letes, mas, pelo contrário, nutrir-se da fonte da Memória, que é uma fonte
de imortalidade. (LE GOFF, 1996, p. 438)
(tese “A INFORMAÇÃO ESCRITA: DO MANUSCRITO AO TEXTO
VIRTUAL” - RITA DE C. R. DE QUEIROZ*)
Entrevista António Augusto Sousa, 28/04/2010
Estando o aparecimento da escrita associado às questões da memória, os diferentes
suportes evoluem consoante a própria evolução dos tempos. Egipto, Mesopotânia,
etc são simbolos disso mesmo... O suporte digital é sinónimo de uma nova era. Le
Goff diz que a memória desempenha um papel de primeiro plano nas doutrinas
órficas e pitagóricas. Diz que ela é «o antídoto do Esquecimento». Acha que as
memórias virtuais facilitam este processo ? Ou podem tornar-se contraproducentes ?
O conceito de texto foi mudando ao longo dos anos. Actualmente, falamos em
«hipertexto». Há autores que defendem que já Leonardo Da Vinci fazia anotações
nos seus trabalhos, permitindo assim ao leitor «transitar» de texto em texto (fonte
em fonte).
Anos 60, universidade manchester – memória virtual Jean-Claude Carriere diz que
o « esquecimento anda rapidamente ». Considera as memórias digitais mais
efémeras que o papel ? (ideia defendida por U.Eco) Qual dos suportes acha que
perdurará mais tempo?
Umberto Eco diz que o papel dura (...)
Entrevista Alice Duarte, antropóloga e investigadora,
http://editorial.up.pt/autores/show/362
Enquanto antropóloga, como encara a evolução da web 2.0 concretamente
no consumo de jornais online por parte da população portuguesa?
A modernização da sociedade portuguesa passa online. A crise também tem
participação nisto, falta saber é se os pelo uso dos meios consumidores que esses
indicadores referem são novos ou se houve uma migração de públicos dos meios
tradicionais para o online. Penso que a crise também tem participação nisto, ou seja, o
factor económico impede o acto de compra de um jornal diário, possivelmente, as
pessoas passam a consumir mais semanários. Conclui que num dos meus estudos, as
pessoas recorrem a shoppings e utilizam os jornais nas zonas de
restauração/alimentação.
A sociedade portuguesa tem potencial para seguir o exemplo dos EUA?
Há uma série de indicadores que apontam nesse sentido, atendendo aos respectivos
contextos, claro.
Tendo em conta a taxa de iliteracia, o aumento do consumo de jornais na
internet provocará um eventual decréscimo nos hábitos de leitura?
A questão da iliteracia é muito complicada. Enquanto docente, obviamente que noto
que os estudantes recorrem cada vez mais aos meios de comunicação online. A
escola precisa de repensar algumas coisas, não estamos bem. A maneira de chegar
aos públicos mais jovens é por aí. Pode ser uma linha de conseguir chegar a eles
mas há sempre dúvidas.
A informação gratuita online tem os dias contados?
Em termos económicos, pode ser um futuro possível.
“Entrevista/conversa” com António Granado, jornalista e professor
universitário
A evolução da Web 2.0 , mais concretamente no consumo de jornais online pela
população portuguesa levanta questões muito profundas. Já não existem leitores fiéis, há
pessoas que continuam a ler o seu jornal de eleição mas cada vez mais aderem aos
media sociais. A maioria do público que prefere os ocs online não substitui o público do
impresso. Um jornal que vende 30 mil exemplares por dia, atinge 180 mil leitores
online, nunca venderia 180mil exemplares. É ridículo pensar que a internet rouba
leitores, essa canibalização não faz sentido. O importante é manter essa massa de
leitores online e agarrá-la, seja através do Facebook que lêem o jornal, etc.
Os jornais em papel estão condenados, por mais balões de oxigénio que utilizem.
Sobreviverá aquele que melhor se conseguir adaptar. O estudo do Pew Research Center,
para além de constatar que a população americana consome, brutalmente, jornais online,
revela ainda que o motivo nº1 é a necessidade dos leitores terem motivos de conversa
com amigos e o 2º é por questões de cidadania, para estarem informados. Os media,
infelizmente, preferem adoptar a estratégia contrária. O contexto português, apesar das
diferenças óbvias, segue a mesma tendência do consumo online, partimos é de níveis
muito mais baixos. Se há uns anos atrás, tínhamos 60 leitores por cada 1000, nos EUA
os valores são bastante diferentes. Actualmente, o acesso à informação por parte dos
estudantes é muito mais fácil do que antigamente, claro. Em 1990 ninguém podia ler a
Folha de S.Paulo no próprio dia, era impensável. Não acredito que o aumento de
consumo de jornais online provoque um decréscimo na taxa de literacia ou hábitos de
leitura, a geração dos estudantes de jornalismo são pessoas bem informadas. A culpa
nem sequer é deles, quando isso acontece é porque os órgãos de comunicação social é
que apostam mais nas breaking news (mais fácil, mais rentável) do que em temas que
exijam mais investigação. Claro que um jornal de qualidade precisa de um número
mínimo de pessoas para o fazer, se os grupos media despedem metade da redacção, não
podem esperar que haja boa informação.