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Capitania do Cabo Norte Com a celebração do Tratado de Tordesilhas, em 1493, o território do atual
estado do Amapá estava compreendido entre as terras pertencentes à coroa espanhola. Entretanto, devido às dificuldades logísticas, tanto espanhóis quanto portugueses pouco conseguiram fazer para ocupar a região além da foz do Rio Amazonas, apesar de navegadores de ambas as nações já terem circulado por aquelas terras, para fins de reconhecimento.
Com a União Ibérica, entre 1580 e 1640, o Tratado de Tordesilhas
praticamente perde a sua finalidade, que aliás, haja vista a condição de subordinação de Portugal aos interesses espanhóis, nesse período. Ainda assim, documentos portugueses já registram a região como "Cabo do Norte", em 1621.
Entretanto, em 14 de junho de 1637, o rei Felipe IV da Espanha toma providências no sentido de criar a Capitania do Cabo Norte, num momento
em que a costa do atual estado do Amapá começa a ser frequentada e ocupada por franceses vindos da região de Caiena, na Guiana, os quais criaram a "Companhia do Cabo Norte", em 1633, a fim de explorar e ocupar a região, onde os produtos mais comercializados com a Europa eram as drogas do sertão, madeiras, óleos essenciais, peixes salgados, carne de peixe-boi e peles. Decide o monarca, então, doar aquelas terras a Bento Maciel Parente,
experimentado colonizador e militar, o qual também foi nomeado governador do estado do Maranhão e Grão-Pará, cuja sede ficava em São Luís.
O Contestado O Contestado Franco-Brasileiro
No dia 15 de maio de 1895, na então pequena vila de Amapá, Francisco Xavier da Veiga Cabral,
o Cabralzinho, rechaçou uma invasão francesa ao comando do capitão Lunier. Este fato foi o
mais radical da questão do Contestado do Amapá, que foi resolvido somente cinco anos mais
tarde, através de arbitragem internacional.
Os franceses comandados por Lunier chegaram para obedecer às ordens do governador de
Caiena, Mr. Charvein, que queria a prisão imediata de Cabralzinho caso este não colocasse em
liberdade o "delegado" francês Trajano, que havia sido feito prisioneiro do Exército Defensor
do Amapá, uma força paramilitar comandada por Cabralzinho.
Por ter defendido a vila de Amapá, Cabralzinho foi consagrado herói nacional pelas Forças
Armadas, que lhe deram o título de General Honorário do Exército Brasileiro.
Cabralzinho Francisco Xavier da Veiga Cabral
Barão do Rio Branco
José da Silva Paranhos Júnior