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Titulo Original
Tênis sujo
Primeira Edição
Copyright @ 2012 by Bruno Ferreira
Copyright da edição @ 2012
Editora do Livre Pensador
Avenida Presidente Kennedy, 4834
Candeias
54430-030 – Jaboatão dos Guararapes – PE
Telefone (081) 3525.4516/ (081) 8162.4184
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A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte,
constitui violação dos direitos autorais. (Lei 9.610/98).
Capa: Instituto do Livre Pensador
Ilustração de capa: Clodoaldo Turcato
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INDICE
Dedicatória...........................................................................04
Prefácio.................................................................................05
Capítulo I................................................................................06
Capítulo II..............................................................................53
Capítulo III...........................................................................114
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Prefácio
Um livro é como uma criança. Ao iniciar as primeiras linhas é
como se ouvíssemos os primeiros berros do rebento querendo ganhar o
mundo. E assim a cada frase ele cresce, aumenta de tamanho e toma vida
própria. Tantas vezes neste trabalho imaginei um final, porém no meio fui
tomado pela minha caneta que parecia ter vida própria.
Dar vida para personagens e fazê-los desfilar por folhas brancas,
comprometendo pessoalmente nossa vida pessoal, levando ao
conhecimento de todas nossas esperanças e frustração, é algo indomável.
Por isso destas flácidas palavras a esmo – é preciso ao menos ousadia.
Tênis sujo é um punhado de emoções - dirão que são tolices. No
momento em que estamos transpondo-as para o papel, são honestas e
conjecturam nossos melhores intentos. Ao escrever nossas mazelas, por
certo se confunde muito com um diário. Afinal contas, em determinado
momento de nossa adolescência, os únicos a nos entender são os objetos
inanimados: um caderno, um quadro, um livro... um tênis. O resto do
mundo parece quadrado, diferente e ofensivo. Logo passamos à imensa
carreira de possibilidades e vamos testando de tudo, porém o vazio parece
imenso e nisto não se tem como preencher o vazio que é nossa existência.
Tênis sujo é meu livro, meu desabafo, como tantos que li. No entanto estas
experiências são necessárias e impera aqui compreender que mesmo
parecidas, minhas vivências diferem dos demais. Se cada um de meus
companheiros pudesse escrever um livro, certamente teríamos estórias de
coragem, que ao menos num instante é compartilhado entre papel e caneta,
ou teclado e tela. E o mundo segue duvidoso, porém atraente por demais.
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Capitulo I
1.
Essa reflexão me veio à cabeça enquanto estive na sala de aula. A
professora dando aquela repetitiva aula de português, poucos prestavam
atenção àqueles rabiscos no quadro, muito menos eu, que só me
perguntava o que fazia naquela sala. Eu olhava pela janela da sala de aula
e via pombos no chão procurando comida, aquele chão mal asfaltado,
poucos carros passando na rua, pouca movimentação. Enquanto eu estava
ali olhando pela janela, e os pombos estavam lá, pareciam mais felizes do
que eu, mais felizes do que qualquer um de nós naquela aula em que
ninguém se importava do que a professora estava falando.
Foi então que uma voz me tirou da distração.
- George! Você entendeu?
- Sim, entendi professora. – eu mal sabia do que se tratava a aula
dela.
Passei minha vida toda dizendo às pessoas que eu as entendia,
que tinha compreendido tudo. Mas eu estava mentindo na maioria das
vezes.
Às vezes quando alguém fala comigo, eu me perco em mim
mesmo, eu vejo os lábios se moverem, os olhos em meus olhos, mas eu
estaria distante, em um mundo só meu não faço por mal, é porque a
distração é um vicio terrível.
Bem-vindo a minha vida no colegial.
Eu não era nenhum antissocial, mas também não fazia amizades
logo de cara.
Eu estudava no Instituto Estadual de Olinda, um colégio do
Estado, mas não era tão horrível assim; já estudei em colégios particulares
7 piores. Os professores faltavam quando queriam era óbvio, alguns alunos
também.
O colégio se situava bem no foco de Olinda: de frente a coqueiros
e igrejas, bem típico da cidade. Alguns alunos fumavam e bebiam nas
escadarias da igreja e poucos se importavam com isso.
Já estava no meu ultimo ano escolar, não via a hora de terminar e
não ter que enfrentar mais uma sala de aula.
- Aproveite os momentos de colegial. – muitos diziam.
Eu nunca soube como fazer isso. Como se poderia tirar algo
proveitoso daquele inferno?
Júlio sentava lá atrás como eu, falava pouco, se mostrava tímido,
é dessas pessoas que eu tenho um dom, digamos, para me aproximar e
fazer uma bela amizade.
- Essa garota é muito gostosa não acha Júlio? – dizia baixinho lá
no fundão.
- Pode crer – soltava um sorriso tímido.
Mas era assim mesmo, nada como falar algumas sacanagens para
fazer um tímido meio desengonçado se sentir a vontade, aos poucos ele
estava falando até das pernas da professora de português que ninguém
tinha coragem de dizer que sentia atração.
Júlio era jovem, mais já era calvo o bastante pra percebemos que
será careca antes dos trinta. Era cheio o bastante pra perceber que antes
dos 25 já estaria gordo, ou não - as pessoas por vezes nos surpreendem,
mas muitas vezes não, na maioria das vezes o futuro delas estava escrito
em suas testas, e isso me deprimia, porque eu sabia que em minha testa
tinha um futuro bastante previsível, e o que eu não quero nessa vida é ser o
que as pessoas esperem que eu seja.
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O ultimo dia de aula estava se aproximando e os alunos estavam
cada vez mais inquietos. Eles falavam cada vez mais alto, riam cada vez
mais, e não pensavam a medida que a prova do vestibular se aproximava.
A professora gostosa perguntava o que agente esperava depois do
colégio; qual o grande sonho profissional que tínhamos.
Esse tipo de pergunta me incomodava, porque eu não fazia a
menor ideia do que eu faria depois do colegial. Esse lance de futuro me
davam embrulhos no estomago.
E as respostas dos alunos iam saindo um por um.
Carina decidiu ser enfermeira. Com aqueles olhos verdes ela
poderia ser qualquer coisa, além de ser bastante talentosa.
Carlos queria ser arquiteto como o Pai. Com a exibição dele dia
após dia na sala de aula, terá mais futuro como palhaço de circo.
Júlio nunca me contou o que passava sobre sua cabeça, que
profissão iria seguir, eu também nunca perguntei, não dava margens para
me perguntar o mesmo.
Quando a pergunta chegava pra mim, eu não sabia o que
responder.
- Professor. – eu dizia.
Era a primeira coisa que me vinha à cabeça. Típico. Sempre fazia
a primeira coisa que me vinha à cabeça.
- Se preocupem em fazer a escolha certa, até porque é uma
escolha que vai decidir os futuros de vocês. Então tracem planos e metas e
sejam felizes. – professora Ruth falava de um jeito tão firme que deixava
meio mundo com medo de fazer a escolha errada.
Mas não eu.
Todas as vezes que eu tento traçar um plano ou um objetivo, o
destino, se é que essa merda existe mesmo, sempre da um jeito de foder
9 com tudo. Então o jeito é deixar as coisas acontecerem, e vê onde tudo vai
dar.
Uma vez eu ouvi de um homem: "Pessoas em circunstancias
desagradáveis se mantêm vivas não porque acham que vai melhorar, mas
porque querem saber como vai terminar”.
Acho que essa frase resume bem o que eu quero, só quero saber
onde tudo isso vai dar.
Enfim a ultima aula acabou.
Os alunos fumavam seu ultimo trago como colegiais, na porta da
instituição e compravam vinho pra comemorar.
Eu via alguns alunos chutarem seus cadernos nas ruas, fazendo
parecer que era uma bola.
Estava eu e Júlio na grade do portão do colégio batendo um papo.
Meu sapato sujo e de cadarço solto arrastava no chão sujo do
pátio do colégio pela ultima vez.
- Vou nessa, a gente marca qualquer coisa, me da um toque
depois. – se despediu Júlio.
Respondi que sim, e naquele dia, no ultimo dia de aula meu
amigo inseparável do colégio se foi. Pode parecer besteira, mas amigos do
colégio só duram enquanto estamos no colégio, isso é a verdade universal,
depois disso só nos restam lembranças e mais um conhecido na rua.
Em casa, em meu quarto bagunçado, camisas penduradas, sapatos
emborcados ao chão. Joguei minha bolsa longe, pensando em nunca mais
pendura-las em meu ombro.
Pelas minhas pisadas, minha mãe já tinha percebido que eu já
tinha chegado.
Peguei um copo, fui ao bebedouro e o enchi d’água.
Minha mãe perguntou:
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- Passou de ano?
- Sim, finalmente.
- Agora é estudar pra ir á faculdade.
- Claro.
Minha mãe é uma pessoa excelente, sempre preocupada com meu
futuro, mais do que eu mesmo até. Cuidou de mim sozinha, meu pai eu
mal o vejo, eles se separaram eu era muito criança. Nem foi uma grande
perda assim afinal, minha mãe lutou muito por mim, tenho muito que
agradecer e penso que tenho muito a decepciona-la também.
Fui subindo as escadas de casa, até o primeiro andar, onde fica
meu quarto, abri a porta marrom, onde tudo parecia desarrumado ainda,
arrastei as coisas de cima da cama coloquei tudo em outra cômoda, deitei
na cama e refletir sobre o que acabou de acontecer em minha vida.
Essa ideia de escolher uma profissão está realmente me
incomodando. Ainda mais pra mim, que nunca tive um sonho profissional.
Ser bombeiro, médico, jogador de futebol, astronauta, nunca imaginei ser
alguma dessas coisas, e se imaginei devo ter mudado de ideia tão rápido
que nem me dou ao luxo de lembrar.
Pois bem, eu não gosto de me definir como nada, porque definir
significa limitar. Mas se pudesse me definir, me definiria como um
Paradoxo.
O que eu quero dizer é que já deixei a televisão ligada mesmo
quando não tem nada pra vê.
Já pulei minha música favorita.
Já joguei mesmo sabendo que ia perder.
Já escrevi mensagens que nunca mandei.
Posso dizer hoje, gosto de tantas coisas ao mesmo tempo, que
nem sei o que realmente gosto.
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Eu sou tantas coisas, que nem sei o que realmente sou.
E o que farei daqui pra frente não tem nada pra oferecer, além da
minha própria confusão.
2.
O tempo foi passando e a confusão em minha mente só foi
aumentando.
Decidi fazer faculdade como todos esperavam que fizesse. Pra
variar não me livraria da sala de aula. E pra falar a verdade até que não
seria uma má ideia passar mais uns quatro anos de minha vida tendo uma
ocupação, cumprindo tabela como sempre fiz.
Primeiro tentei logo psicologia, pensei que fosse um curso
proveitoso, problemas na cabeça era comigo mesmo. Mas percebi que
ciência não era comigo, o ser humano é muito complexo, nossa cabeça é
um grande mistério, e quem sou eu pra tentar desvendar esse mistério?
Então mudei no segundo período para publicidade.
Pensei: mente criativa, deve servir pra algo.
Gostei no começo, primeiro período animado, segundo me
esforçando, terceiro desmotivado e pensando em trancar.
Cursos que são baseados em conjunto de ideias e opiniões para
chegar num dominador comum sempre dará em merda, o ser humano é
egoísta por natureza, e sendo assim, sempre achará a ideia dele melhor que
as dos outros e se sentirá sempre ofendido quando sua ideia for descartada,
essa é a verdade.
Então foi assim que decidi largar o curso, dessa vez no terceiro
período, pelo menos bati o ultimo recorde.
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Novamente em casa. Joguei a bolsa na sala, minha mãe estava no
sofá vendo daquelas besteiras na televisão de fim de tarde. Pensei em
nunca mais ter que coloca-las nos ombros outra vez.
- Tranquei a faculdade.
Minha mãe nem tirou os olhos da televisão, parecia que conhecia
seu filho mais do que eu mesmo, não estava surpresa, era como uma
bomba que só estava esperando estourar.
- Eu quero saber o que tu pretende fazer da tua vida, nunca quer
nada, não gosta de nada, não se interessa em nada a não ser farra.
Ela continuava falando sem olhar pra mim, olhava pra televisão e
só soltava as palavras como jogar granadas de costas.
- Vou procurar um emprego – disse.
Sabia que não era tão fácil, mas precisava tentar. Ter uma grana
para bancar os meus vícios me deixariam menos culpado da vida merda
que tinha.
E essas coisas me atingiam de verdade, como é notável, minha
inquietude não deixa terminar nada que começo, eu sempre deixo tudo
pela metade.
Minhas escolhas são feitas por impulso, minhas metas mudam a
cada vez que acordo, minhas opiniões são baseadas em meus momentos, e
minha música favorita muda todo dia.
Agora que emprego eu devo procurar quando não se têm
objetivos nem sonhos profissionais?
Bati na casa de Matheus.
Ele sempre consegue algum emprego de uma forma ou de outra.
Mas o coitado não consegue ficar muito tempo em um. Eu entendo. Ter
que estar no mesmo lugar, todos os dias era um saco, sabíamos disso.
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Matheus parecia muito comigo, cabeça confusa, pensamentos de
fugir pra algum lugar distante, um lugar onde poderíamos ser nós mesmos,
sem ter que seguir regras. Um lugar onde nos passaríamos o dia bebendo
vinho, assistindo futebol ou vendo alguns filmes.
- A vida poderia ser mais prática. – eu vivia dizendo isso pra ele.
A casa dele era apertada por fora e espaçosa por dentro. Típica
casa de Olinda. Morava com seu irmão. E juntos seguravam a barra de
sobreviver naquela casa passada pela hereditariedade.
Bati em sua porta, e lá vinha ele com seu belo par de olheiras, é
assim quando você não tem uma boa noite de sono.
- Matheus. Eu preciso de um emprego – disse-lhe sentado em seu
chão vermelho, um pouco sujo pra variar.
- Desistisse mesmo da faculdade?
- Pedi minhas contas, não consigo passar nem mais um dia
naquele lugar, acho que chegou minha hora de ganhar dinheiro, juntar uma
grana e me mudar pra algum lugar onde não se precise estudar.
- Difícil é encontrar – ele disse.
Matheus era mais centrado do que eu, fazia faculdade de
educação física, apesar de ter suas limitações espirituais, ele suportava até
as ultimas consequências, conseguia, diferente de mim, que desistia de
tudo tão rápido na mesma proporção que mudava de ideia.
Fomos pra algum barzinho perto. Matheus decidiu pagar umas
cervejas enquanto trocávamos umas ideias, batíamos papo, o que não era
uma má ideia. Diziam: Andar ajuda a pensar. Com certeza beber ajuda
mais.
- George cara, eu poderia te indicar uns lugares chatos e penosos,
lugares em que você terá que suportar uma rotina filho da puta, esse é o
motivo porque não consigo passar um ano em um trabalho fixo.
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- Na faculdade você já vai pro terceiro ano.
- Mas na faculdade você se distrai, têm seus idiotas, isso é certo,
mas as aulas mudam, pessoas entram e saem, tem as calouras querendo
conhecer um universo novo, e tudo mais. – tomou um gole de sua cerveja,
colocou o copo na mesa.
Percebi que os nossos copos estavam quase vazios e não havia
dinheiro pra comprar mais, isso me fazia ter mais vontade de arrumar
emprego.
É horrível quando se começa a beber e tem que parar antes de
ficar bêbado, é como parar de transar antes de gozar.
- Me indique um lugar pra trabalhar e conseguir um trocado no
fim do mês amigo, qualquer um está valendo, veja nossos copos, estão
vazios, quero ter dinheiro para que essa tragédia grega não se repita.
Ele sorriu e pediu que enviasse meu currículo para seu e-mail.
Meu pobre currículo.
3.
Consegui o emprego.
Era em uma empresa de locações de carro, na cidade onde moro
mesmo, Olinda. Uma empresa mal organizada, cheio de gente chata e
ignorante. Chamava-se: Locatur.
O nome era idiota, assim como um monte que trabalhava lá, mas
fiz uma promessa a mim mesmo que ficaria nessa empresa por bastante
tempo e que não desistiria como das ultimas vezes, e por mais estresses
que o dia pudesse me proporcionar, o que importa é o dinheiro no banco
no fim do mês, e pensar nisso me dava força pra continuar.
Acordava cedo. Exatamente cinco e meia meu alarme disparava.
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Escovava os dentes, comia um pão assado e colocava aquela
camisa azul da empresa desbotada. Eu achava horrível a camisa, mas tinha
que usa-la.
Mesmo sendo em minha cidade era longe o suficiente para pegar
um ônibus lotado, em um transito fodido, eu sonhava em um dia que os
ônibus pudessem voar, e no céu não teria semáforos e carros buzinando
por qualquer merda.
Eu era um fantasma na empresa, só de chegar eu já sentia
náuseas.
Todo mundo vestido igual, cheios de energias e disposição, e eu
só queria mais alguns minutos na cama. Por mais que dormisse um dia
inteiro, eu acordaria com sono. O sono, a preguiça e o tédio pela manhã
era assim meu dia.
Eu entrava naquele lugar cheirando a óleo e tinha varias pessoas
trabalhando na oficina de carros. Antes de entrar no escritório que
trabalho, eu tinha que passar por lá e vê um monte de gente, e escutar
barulhos de motor ligando e desligando.
Agora vêm a parte mais chata e romântica do dia: dizer bom dia
para seus colegas de trabalho. Enfim, a rotina é uma maldição, Sísifo é
meu herói.
É difícil ter que aturar um dia que você sabe exatamente o que vai
acontecer antes de acontecer. Eu vou tentar explicar: Você acorda, e sabe
exatamente como vai ser o dia, sabe o que vai comer no café da manhã,
sabe onde vai almoçar, vai ao seu trabalho, e você sabe exatamente que
papelada vai ter que organizar, ou talvez você deva ir á aula, e saber
exatamente qual professor vai dar a aula nesse dia. Tem dias que agente
sabe até saber quais as roupas que tais alunos irão estar vestidos, mas o