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PLANO!MUNICIPAL!DE!SANEAMENTO!BÁSICO!Produto!nº2!Diagnóstico!
Estância!@!SE!!Dezembro!de!2014!!!
PMSB Estância-SE Diagnóstico
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Ficha Técnica:
Este Plano Municipal de Saneamento Básico é desenvolvido com recursos do Ministério das Cidades através do contrato de reapasse nº 0351388-99/2011. É coordenado pela Secretária Municipal de Obras, Transporte e Habitação e tem consultoria da Risco arquitetura urbana.
Licitação:
Processo licitatório nº2013.047.165 / Tomada de Preços nº08/2013 / Objeto: Contratação de empresa especializada para elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Estância –SE. Licitação Homologada em 05/12/2013.
Contrato:
Contrato nº217/2013 de 19/12/2013, com ordem de serviço emitida em 13/03/2014.
Prefeitura Municipal de Estância - SE
Prefeito Municipal: Carlos Magno Costa Garcia
Secretário de Obras, Transporte e Habitação: Sóstenes Rollemberg.
Secretária Adjunta de Obras, Transporte e Habitação, Coordenação Geral do PMSB: Margarete Soares Santos Guimarães.
Praça Barão de Rio Branco nº76. Centro – Estância/SE www.estancia.se.gov.br Tel. 79 35221210
Comitês de coordenação e técnico-executivo
No ambito do Plano Municipal de Saneamento Básico, instituidos pelo decreto nº 6.483 de 14 de maio de 2014
Comitê de coordenação: Secretária de Obras, Transporte e Habitação Serviço Autônomo de Água e Esgoto Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente Conselho Municipal de Saúde Conselho Municipal de Meio Ambiente Sindicato dos Feirantes Câmara dos Dirigentes Lojistas - CDL Poder Legislativo – Camara de Vereadores Comitê executivo: Secretária de Obras, Transporte e Habitação Serviço autonomo de água e esgoto – SAAE Secretária de Assistencia Social Instituto Federal do Sergipe – IFS (campus Estância) Secretaria municipal de finanças Secretária municipal de educação Comitê da Bacia Hidrografia do Rio Piauí Secretaria Municipal de Saúde Secretaria municipal de agricultura, pecuária, abastecimento e pesca
Comissão especial de acompanhamento e fiscalização para desenvolvimento e implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Estância/SE , instituida pelo decreto nº 6.484 de 14 de maio de 2014.
Consultoria:
Risco arquitetura urbana LTDA EPP CNPJ 11.509.268/0001-70 CAU nº134040-0 Av. São Luís nº258 – Conjunto 1006 – 10º andar São Paulo-SP CEP 01046-000. CNPJ 11.509.268/0001-70 www.riscoau.com [email protected] Tel. 11 3486-5414 * PMSB Estância na internet: www.pmsbestancia.org facebook.com/pmsbestancia
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INTRODUÇÃO
O Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB é o principal instrumento de
planejamento e estruturação da política pública de saneamento básico de Estância-SE. O
desenvolvimento do Plano, tem como base fundamental a Lei Federal no 11.445/2007 e o
Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB.
O conceito de saneamento básico apresentado considera quatro principais eixos: O
abastecimento de água; o esgotamento sanitário; a limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos; e a drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.
Seguindo a estrutura proposta pelo Termo de Referência para contratação dos serviços
de consultoria para elaboração do Plano Municipal de Saneamento, este caderno apresenta o
diagnóstico da situação da prestação dos serviços de saneamento básico e seus impactos nas
condições de vida e no ambiente natural, relacionado também à caracterização institucional
da prestação dos serviço, e à capacidade econômico-financeira e de endividamento do
Município, contendo 10 capítulos: (1)A Caracterização geral do município, incluindo a
caracterização socioeconômica demográfica, do meio ambiente e físico em geral, além de
dados atuais da saúde, educação, habitação, infraestrutura e demais serviços locais; (2) A
situação institucional, incluindo a leitura das leis relacionadas e dos órgãos vinculados a
política de saneamento nos âmbitos municipal, estadual e federal; (3) A situação econômico-
financeira do município, incluindo uma importante leitura sobre convênios federais realizados,
a potencialidade do uso dos royalties e as condições do Sistema Autônomo de Água e Esgoto
do Município - SAAE; (4) O diagnóstico do Sistema de Abastecimento de água (5) O diagnóstico
do Sistema de coleta e tratamento de esgoto, (6) O diagnóstico dos serviços de limpeza urbana
e manejo de resíduos sólidos (7) O manejo de águas pluviais e drenagem urbana (8) Análise
sobre o setor de desenvolvimento urbano e habitação, no que se refere ao aspecto do
Saneamento Básico (9) Meio ambiente e recursos hídricos e (10) Saúde e saneamento. Foi
incluído ainda um último capitulo (11) que aponta alguns índices de referência para os serviços
e infraestruturas diagnosticadas e realiza considerações de síntese do diagnóstico.
Em todas as etapas de elaboração do PMSB, assim como no presente diagnóstico, é
garantida a participação popular, estabelecendo um conjunto de mecanismos e
procedimentos que garantam à sociedade informações, representações técnicas e
participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação
relacionados aos serviços públicos de saneamento básico.
Neste sentido, a participação da sociedade através do Comitê local de saneamento
PMSB Estância-SE Diagnóstico
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básico (Executivo e de Coordenação), e durante as Oficinas Participativas realizadas ao longo
de todo o processo de elaboração deste PMSB, tem sido fundamentais para a leitura da
realidade local, além de promover a apropriação de conhecimento e o auxílio a tomada de
decisão. Ao todo foram realizadas 15 Oficinas Participativas, incluindo localidades urbanas,
litorâneas, de maré, além de colônias, assentamentos e demais povoados rurais. Estas oficinas
reuniram mais de 350 pessoas que puderam contribuir relatando informações de seus
cotidianos.
Ao fim da etapa de diagnóstico, foi realizada a segunda Conferência Pública de
Saneamento Básico de Estância, no auditório da Universidade Tiradentes, onde a população se
reuniu para debater os resultados deste diagnóstico.
O desenvolvimento do PMSB considera ainda os demais trabalhos, ações e políticas
públicas relacionadas ao tema, existentes e em desenvolvimento no município, afim de
integrá-los.
O presente diagnóstico contou com indicadores estatísticos do IBGE, incluindo os Censos
demográficos e a Pesquisa nacional de saneamento Básico – PNSB, do Sistema de Informação
do Atendimento Básico – SIAB do município, do Sistema Nacional da Informação do
Saneamento – SNIS, além de demais relatórios elaborados pela Prefeitura Municipal.
Apresentamos a seguir o Diagnóstico do Plano Municipal de Saneamento Básico de
Estância-SE.
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INDICE:
1. A caracterização geral do município ............................................................................... 22
1.1 Histórico ............................................................................................................................ 23
1.2 Dados gerais ...................................................................................................................... 23
1.3 População e caracterização demográfica.......................................................................... 25
1.3.1 Quantificação e localização da população. ................................................................ 25
1.3.2 Série histórica 1970-2014, Urbano/Rural e Taxa de Crescimento. ......................... 31
1.3.3 Pirâmide etária atual .................................................................................................. 34
1.3.4 População flutuante, deslocamentos em função do trabalho e turismo. .............. 35
1.3.5 Projeção de crescimento populacional até 2034 ....................................................... 36
1.4 Localização do município no Estado e na Região .............................................................. 38
1.4.1 Distancias entre pontos de maior população na cidade. ........................................... 39
1.4.2 Distâncias entre Estância e cidades vizinhas. ............................................................. 41
1.5 Caracterização socioeconômica. ....................................................................................... 43
1.5.1 Índice de Desenvolvimento Humano, PIB e PIB per capita ........................................ 43
1.5.2 Renda.......................................................................................................................... 46
1.5.3 Educação .................................................................................................................... 48
1.6.1 Saneamento básico .................................................................................................... 50
1.6.2 Energia elétrica ........................................................................................................... 51
1.6.3 Telefonia e comunicação ............................................................................................ 51
1.6.4 Pavimentação, calçada, arborização e iluminação pública ........................................ 51
1.6.5 Transporte .................................................................................................................. 51
1.6.6 Saúde .......................................................................................................................... 51
1.6.7 Habitação ................................................................................................................... 52
1.7 Áreas de proteção ambiental ............................................................................................ 53
1.8 Análise da evolução da atividade antrópica, incluindo desmatamentos. ..................... 56
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1.9 Clima, temperatura e chuvas. ........................................................................................... 60
1.9.1 Série histórica de dados pluviométricos, com medias anuais e ocorrência de precipitações intensas e estiagens prolongadas, curva de intensidade e descrição de fatores especiais de influência sobre o clima...................................................................... 62
1.10 Meio Físico (cartografia) ................................................................................................. 65
1.11 Perfil industrial ................................................................................................................ 76
1.11.1 Industrias existentes ................................................................................................ 76
1.11.2 Tipos de efluentes gerados ...................................................................................... 80
1.11.3 Previsão de expansão industrial e demanda por utilização de serviços públicos de saneamento. ........................................................................................................................ 83
1.12 Outorgas .......................................................................................................................... 84
1.13 Consolidação cartográfica das informações socioeconômicas, físico territorial e ambiental disponíveis sobre o município e a região. .............................................................. 86
2. Situação Institucional ..................................................................................................... 87
2.1 Legislação aplicável. Leitura normativa federal, estadual e municipal relacionada ao Saneamento Básico e sua implicação no desenvolvimento urbano, saúde e meio ambiente. ................................................................................................................................................. 87
2.2 Normas de fiscalização e regulação. Ente responsável, meios e procedimentos para sua atuação .................................................................................................................................... 92
2.2.1 Normas para sistemas de abastecimento d’água ...................................................... 92
2.2.2 Normas para sistema de esgotamento sanitário ....................................................... 92
2.2.3 Normas para resíduos Sólidos .................................................................................... 93
2.3 Entes responsáveis ............................................................................................................ 95
3. Situação econômico-financeira dos serviços de saneamento básico e do Município ......... 96
3.1. Levantamento e avaliação da capacidade econômico-financeira do município ............. 96
3.1.1. Produto Interno Bruto Municipal .............................................................................. 96
3.1.1. Convênios ................................................................................................................ 104
3.1.2. Royalties do Petróleo .............................................................................................. 112
3.2. Situação econômico-financeira de prestação de serviços públicos de água e esgoto .. 116
3.2.1. Política e tarifa ........................................................................................................ 116
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3.2.2. Renda domiciliar, taxa de água e esgoto e tarifa social. ......................................... 116
3.2.5. Orçamento Anual de Custos e Investimentos ......................................................... 120
3.3. Análise geral da sustentabilidade econômica da prestação dos serviços de limpeza urbana e de manejos de resíduos sólidos urbanos ............................................................... 123
4. Situação dos serviços de abastecimento de água potável .............................................. 124
4.1 Caracterização da situação do abastecimento de água nos domicílios. ......................... 125
4.2 Concessão dos serviços de água ..................................................................................... 134
4.3 Sistema produtor de água existente. .............................................................................. 135
4.3.1 Captação e Adução de Água Bruta ........................................................................... 135
4.3.2 Tratamento ............................................................................................................... 136
4.3.3 Casa Química e Laboratório ..................................................................................... 136
4.3.4 Tanque de Contato ................................................................................................... 137
4.3.5 Elevação de água tratada ......................................................................................... 137
4.3.6 Reservação ............................................................................................................... 137
4.3.7 Distribuição .............................................................................................................. 138
4.4 Consumo atual de água. .................................................................................................. 147
4.5 Dados operacionais SAAE ................................................................................................ 147
4.6 Regulação, Controle e Fiscalização dos serviços. ............................................................ 148
4.6.1 Tarifa Social .............................................................................................................. 149
4.7 Qualidade da água consumida. ....................................................................................... 149
4.8 Síntese e localização do SAA ........................................................................................... 150
4.9 Sistema de abastecimento de água na zona rural. ......................................................... 153
4.9.1 Leitura do documento “infraestrutura de abastecimento de água – povoados do município de Estância” - Secretaria de Agricultura do Município de Estância , Agosto de 2014. .................................................................................................................................. 153
4.10 Ações para melhoria do SAA ......................................................................................... 156
4.10.1 Projeto para substituição de rede de distribuição de água de amianto por rede de distribuição de PVC ........................................................................................................... 156
5. Situação dos serviços de esgotamento sanitário ........................................................... 157
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5.1. Situação dos domicílios quanto à infraestrutura hidrosanitária de esgotamento sanitário, caracterização da cobertura e identificação das populações não atendidas ....... 157
5.2 Pontos críticos na sede urbana, indicação de áreas de risco de contaminação e áreas potencialmente já contaminadas. ......................................................................................... 177
5.3 – infraestrutura existente ............................................................................................... 180
6. Situação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos ...................... 182
6.1. Análise da situação da gestão do serviço - indicadores ................................................. 182
6.1.1. Indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) ........ 182
6.1.2. Indicadores Censo IBGE 2010 .................................................................................. 189
6.2. Análise crítica do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos do Consórcio Sul .................... 198
6.3. Descrição da situação dos sistemas (infraestrutura, tecnologia e operação) ............... 199
6.3.1. Acondicionamento ...................................................................................................... 199
6.3.2 Coleta e transporte de resíduos sólidos ................................................................... 202
6.3.3. Tratamento e disposição final dos resíduos sólidos do município.......................... 204
6.4. Atendimento à população .............................................................................................. 207
6.5. Cobertura da coleta porta a porta ................................................................................. 208
6.5.1. Identificação da cobertura da coleta porta a porta .................................................... 209
6.6.Limpeza urbana e varrição .............................................................................................. 209
6.7. Serviços públicos de limpeza urbana e serviços especiais ............................................. 210
6.7.1. Feiras ....................................................................................................................... 210
6.7.4. Praia ......................................................................................................................... 210
6.8. Destinação de resíduos da construção civil ................................................................... 211
6.9. Resíduos dos serviços de saúde (RSS) ............................................................................ 213
6.9.1. Destinação dos RSS ................................................................................................. 214
6.9.2. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (PGRSS) ....... 215
6.10. Caracterização dos resíduos sólidos ............................................................................ 215
6.11. Identificação das formas de coleta seletiva ................................................................. 218
6.11.1. Cooperativas, associações e “carrinheiros” .......................................................... 221
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6.11.2. Inventário/análise da situação dos “catadores” ................................................... 221
6.12. Áreas de risco de poluição/contaminação e alterações ambientais............................ 222
6.13. Situação dos sítios utilizados para disposição final de resíduos sólidos ..................... 223
7. Situação dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas ....................... 227
7.1. Análise do Plano de Drenagem Urbana e Recursos Hídricos ......................................... 227
7.2. Identificação da infraestrutura local e análise crítica dos sistemas ............................... 228
7.3. Identificação das lacunas no atendimento pelo Poder Público ..................................... 233
7.3.1. Demandas de ações estruturais e não estruturais .................................................. 237
7.3.2. Indicadores do sistema de sistema de drenagem ................................................... 238
7.4. Sistema natural de drenagem ........................................................................................ 238
7.5. Drenagem e de esgotamento sanitário .......................................................................... 239
7.6. Estudo das características morfológicas e determinação de índices físicos para as bacias ................................................................................................................................. 241
7.6.1. Hidrografia ............................................................................................................... 241
7.6.2. Pluviometria ............................................................................................................ 241
7.6.3. Topografia ............................................................................................................... 242
7.6.4. Características do solo ............................................................................................ 242
7.6.5. Uso atual das terras ................................................................................................. 242
7.6.6. Índices de impermeabilização e cobertura vegetal ................................................ 242
7.7. Caracterização e indicação das áreas de risco ............................................................... 243
7.7.1. Áreas de risco de enchente, inundação e escorregamentos .................................. 243
7.8. Análise de indicadores epidemiológicos relacionados à deficiência no manejo de águas pluviais .................................................................................................................................. 243
7.9. Análise dos processos erosivos e sedimentológicos e sua influência na degradação das bacias e riscos de enchentes, inundações e deslizamentos de terra .................................... 243
8. Desenvolvimento urbano, habitação e Saneamento Básico ........................................... 245
8.1 parâmetros de uso e ocupação do solo .......................................................................... 245
8.2 definição do perímetro urbano da sede e dos distritos .................................................. 245
8.3 Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS ...................................................................... 245
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8.4 identificação de ocupação irregular em Áreas de Proteção Permanente. ..................... 246
8.5 definição de zoneamento com instrumentos do estatuto das cidades. ......................... 249
8.6 identificação da situação fundiária e eixos de desenvolvimento da cidade. .................. 249
8.7 PLHIS, planos de ação ...................................................................................................... 249
8.8 Oferta de moradia e solo urbanizado ............................................................................. 249
8.9 Demanda por habitação e investimentos habitacionais ................................................. 250
8.10 Projeção do déficit habitacional .................................................................................... 250
9. Meio Ambiente e Recursos Hídricos ............................................................................. 251
9.1. Caracterização geral das Bacias Hidrográficas do Município ......................................... 251
9.1.1. Delimitação territorial ............................................................................................. 252
9.1.2. Meio Físico e Natural, tipos e usos do solo e topografia ........................................ 253
9.1.3 Clima ......................................................................................................................... 255
9.2. Caracterização Geral dos Ecossistemas Naturais ........................................................... 255
9.2.1. Indicadores de Qualidade Ambiental ...................................................................... 255
9.2.1. Áreas de Preservação Permanente ......................................................................... 262
9.3. A situação e perspectivas dos usos e da oferta de água em bacias hidrográficas ......... 262
9.4. Identificação de condições de degradação ................................................................. 262
9.4.1 Degradação por lançamento de resíduos líquidos e sólidos ........................................ 262
9.4.3. Situações de escassez hídrica presente e futura ......................................................... 264
9.5. Identificação de condições de gestão de recursos hídricos nas bacias do município quanto a aspectos do saneamento básico ............................................................................ 264
9.5.1. Quanto ao domínio das águas superficiais e subterrâneas (União ou Estados) ..... 264
9.5.2. Atuação de comitês e agência de bacia .................................................................. 264
9.5.3. Enquadramento dos corpos d`água ........................................................................ 265
9.5.4. Implementação de outorga e cobrança pelo usos .................................................. 265
9.5.5. Instrumentos de proteção de mananciais .............................................................. 265
9.5.6 Situação do Plano de Bacia Hidrográfica e seus programas e ações ....................... 266
PMSB Estância-SE Diagnóstico
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9.5.7 Disponibilidade de recursos financeiros para investimentos em saneamento básico ........................................................................................................................................... 266
9.6 Identificação de relações de dependência entre a sociedade local e os recursos ambientais, incluindo a água ................................................................................................ 267
10.Saúde e saneamento ................................................................................................... 268
10.1 Morbidade relacionadas a falta de saneamento .......................................................... 268
10.2 Sistema de Informação do Atendimento Básico – SIAB ................................................ 268
11. Índices, síntese e considerações finais. ....................................................................... 273
11.1 Considerações sobre o método de espacialização de dados. ....................................... 273
11.2 Variáveis selecionadas no Censo IBGE para o saneamento básico ............................... 273
11.3 Abastecimento de agua:................................................................................................ 273
11.4 Coleta e tratamento de esgoto: .................................................................................... 274
11.5 Resíduos Sólidos ............................................................................................................ 275
11.6 Rede de drenagem Pluvial ............................................................................................. 275
11.7 Descrição dos setores censitários de Estância-SE. ........................................................ 277
11.8 Adequação de serviços e infraestrutura ....................................................................... 284
11.9 Índices e demandas diretas ........................................................................................... 288
11.10 Síntese ......................................................................................................................... 295
*
PMSB Estância-SE Diagnóstico
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SIGLAS E ABREVIAÇÕES
ANA – Agencia Nacional das Águas
DATASUS - Departamento de informática do SUS
DIE – Distrito Industrial de Estância
DESO - Companhia de Saneamento de Sergipe
DRSAI - Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado
DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio
DQO – Demanda Química de Oxigênio
EE – Estação elevatória
ETE – Estação de Tratamento de Esgoto
EMDAGRO – Empresa de Desenvolvimento agropecuário do Sergipe
ETA – Estação de tratamento de água
ETDI - Estações de Tratamento de Despejos Industriais
ETE – Estação de Tratamento de Esgoto
FIES – Federação das Indústrias do Estado do Sergipe
OD – Oxigênio Dissolvido
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
INMET – Instituto nacional de meteorologia
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PIB - Produto Interno Bruto
SIAB – Sistema de Informação do Atendimento Básico
TCG – Taxa de Crescimento Geométrico
SAAE – Sistema Autônomo de Água de Esgoto do município de Estância
PMSB Estância-SE Diagnóstico
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QUADROS
Quadro1.1 População por situação
Quadro1.2 População por setores
Quadro1.3 Evolução populacional por década e crescimento médio anual
Quadro1.4 Evolução populacional por década, idade, urbano/rural e crescimento médio anual
Quadro 1.5 Projeção demográfico de Estância.
Quadro1.6 Distância entre Estância e cidades no entorno até 100km
Quadro 1.7 Dez maiores PIB Per capita do Sergipe em R$ correntes
Quadro 1.8 Renda domiciliar em salários mínimos.
Quadro 1.9 Relação docentes, escolas e alunos.
Quadro 1.10 Estabelecimentos de saúde.
Quadro 1.11 Dados pluviométricos mensais Estância 2001-2013 em mm/m2
Quadro 1.12 Dados pluviométricos máxima, média e mínima Estância 2001-2013
Quadro1.13 Outorgas emitidas no município de Estância-SE
Quadro 2.1 Síntese das leis, decretos e resoluções vinculadas ao Saneamento Básico
Quadro 3.1 PIB a preços correntes 2011 do Sergipe (R$) e participação relativa no PIB estadual (%)
Quadro 3.2 Lavoura Temporária - Área plantada, valor da produção e participações relativas nos totais 2010
Quadro 3.3 Lavoura Permanente - Área plantada, valor da produção e participações relativas nos totais 2010
Quadro 3.4 Participação relativa dos municípios no comércio exterior do Sergipe 2010 (em percentagem)
Quadro 3.5 Tarifa residencial social – SAAE
Quadro 3.6 Tarifa residencial normal – SAAE
Quadro 3.7 SAAE - Síntese Econômico-Financeira 2012
Quadro 4.1 Síntese de abastecimento por tipo
Quadro 4.2 Síntese operacional SAAE, Água – SNIS 2012
Quadro 4.3 Síntese financeira operacional SAAE: Água – SNIS 2012
Quadro 4.4 Síntese financeira operacional SAAE: Água – SNIS 2012
Quadro 4.5 Indicadores de qualidade de água
PMSB Estância-SE Diagnóstico
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Quadro 4.6 Síntese do Sistema de Abastecimento de Água na sede Urbana
Quadro4.7 Situação dos poços artesianos dos Povoados 2009
Quadro 4.8 Localização dos poços artesianos dos Povoados 2009
Quadro 5.1 Instalações Sanitárias - situação domicílios
Quadro 5.2 Destino do Esgotamento Sanitário
Quadro 6.1 índice I015
Quadro 6.2 índice I016
Quadro 6.3 Resíduos Sólidos – destinação áreas urbanas
Quadro 6.4 índice I021
Quadro 6.5 índice I031
Quadro 6.6 Resíduos Sólidos – destinação município
Quadro 6.7 Resíduos Sólidos – destinação áreas urbanas
Quadro 6.8 Volumes coletados
Quadro 6.9 Agente de coleta
Quadro 6.10 Detalhamento da coleta SNIS 2013
Quadro 6.11 Unidades de Saúde em Estância – SE
Quadro 6.12 Estimativa da composição gravimétrica dos resíduos sólidos coletados
Quadro 6.13 Empresas que realizam triagem e reciclagem
Quadro 6.14 Descrição quantidade de material reciclado segundo SNIS
Quadro 6.15 Composição da triagem e reciclagem – SNIS2013
Quadro 6.16 Coleta seletiva - outros serviços prestados (item 10.1 SNIS)
Quadro 7.1. Drenagem - situação domicílios – município
Quadro 7.2 Drenagem - situação domicílios – área urbanas
Quadro 9.1 Classificação do Índice de Qualidade da Água – IQA
Quadro 9.2 - A seguir a tabela de balneabilidade da ADEMA das praias do litoral
Quadro 9.3 Enquadramento de corpos d´água segundo a CONAMA 357
Quadro 10.1 Detalhamento do programa Saúde da Família
Quadro 10.2 Doenças totais SIAB
Quadro 10.3 Dados totais para Zona Urbana
PMSB Estância-SE Diagnóstico
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Quadro 10.4 Dados totais para Zona Rural
Quadro 10.5 Dados totais gerais
Quadro 11.1 Descrição dos perímetros dos setores censitários de Estância-SE
Quadro 11.2 Coleta de lixo adequada, banheiro exclusivo e destino do efluente em rede (V222) ou fossa séptica (V223)
Quadro11.3 Resumo de índices e demandas sugeridos
Quadro 11.4 Índices por Região
Quadro 11.5 Índices de cobertura (%) por setor de mobilização
Quadro 11.6 Demanda em número absoluto de domicílios
GRÁFICOS
Gráfico 1.1 Evolução populacional urbana e rural em Estância 1970-2010
Gráfico 1.2 Pirâmide etária – Comparação entre Estância, Sergipe, 3 Brasil
Gráfico 1.3 Pirâmide etária de Estância em 2010.
Gráfico 1.4 Composição da renda domiciliar em Estância-SE.
Gráfico 1.5 Dados pluviométricos mensais Estância 2001-2013
Gráfico 3.5 Estância - Distribuição dos Convênios por Área 1996-2014
Gráfico 3.6 Estância - Distribuição do Valor Conveniado por Área 1996-2014 (em porcentagem)
Gráfico 3.7 Estância - Média do Valor Conveniado por Área 1996-2014
Gráfico 3.8 Estância - Distribuição do Valor Liberado por Área 1996-2014 (%)
Gráfico 3.9 Estância - Média do Valor Liberado por Área 1996-2014
Gráfico 3.10 Estância - Distribuição por Situação 1996-2014 (em porcentagem)
Gráfico 3.11 Estância - Distribuição de Grupos de situação por Área de Convênio 1996-2014
Gráfico 3.12 Estância - Distribuição por Área dos Grupos de situação 1996-2014
Gráfico 3.13 Repasse de royalties do petróleo para Estância - 2006-2013 - valores e part. relativa (%)
Gráfico 3.14 Repasse de royalties do petróleo para Estância e Sergipe 2006-2013
Gráfico 3.15 Estância - Domicílios particulares permanentes por classes de rendimento nominal mensal domiciliar 2010.
Gráfico 4.1 Situação do abastecimento de água
PMSB Estância-SE Diagnóstico
16
Gráfico 5.1 Instalações Sanitárias - situação domicílios
Gráfico 5.2. Destino do Esgotamento Sanitário
Gráfico 7.1 Pavimentação - situação domicílios – município
Gráfico 7.2 Calçadas - situação domicílios – município
Gráfico 7.3 Meio-fio / guia - situação domicílios
Gráfico 7.4 Bueiro / boca-de-lobo - situação domicílios
Gráfico 6.1 índice I015
Gráfico 6.2 índice I016
Gráfico 6.3. índice I021
Gráfico 6.4. índice I031
Gráfico 6.5 Resíduos sólidos coletados – destinação no Município
Gráfico 6.6 Resíduos sólidos não coletados – destinação no Município
Gráfico 6.7 Resíduos sólidos – destinação nas áreas urbanas (sede)
Gráfico 6.8 Composição dos Resíduos Sólidos Urbanos
Gráfico 6.9 Matéria orgânica, Rejeito e Material reciclável
Gráfico 6.10 Composição do Material Reciclável
MAPAS
Mapa 1.1 Densidade domiciliar por setores censitários.
Mapa 1.2 Situação dos setores censitários
Mapa 1.3 Densidade da Sede do município
Mapa 1.4 Sede urbana, localidades, assentamentos rurais, vias de acesso e hidrografia.
Mapa 1.5 Vias de acesso e áreas urbanizadas no estado do Sergipe.
Mapa 1.6 Área de Proteção Ambiental APA Sul, manguezais e cursos d’água
Mapa 1.7 Perda de mata entre 2000 e 2012
Mapa 1.8 Perda total entre 2000 e 2012
Mapa 1.9 Ganho de mata entre 2000 e 2012
Mapa 1.10 Floresta existente, ganho, perda e perda e ganho
PMSB Estância-SE Diagnóstico
17
Mapa 1.11 Isoietas
Mapa 1.12 Topografia com curvas em 10m.
Mapa 1.13 Geologia Estância
Mapa 1.14 Geologia Sergipe.
Mapa 1.15 Hipsometria
Mapa 1.16 Bacia Hidrográfica do Rio Piauí
Mapa 1.17 Bacias Hidrográficas do estado do Sergipe.
Mapa 1.18 Geomorfologia.
Mapa 1.19 Uso do Solo.
Mapa 1.20 Aquíferos.
Mapa 2.1 PBH Rio Piauí – Uso Potencial dos Solos
Mapa 4.1 Domicílios com abastecimento de água na rede (V012)
Mapa 4.2 Domicílios com abastecimento de água na rede. Sede. (V012)
Mapa 4.3 Domicílios abastecidos por poço ou nascente na propriedade (V013)
Mapa 4.4 Domicílios abastecidos por outra forma (V015)
Mapa 4.5 Sistema de Abastecimento de Água na sede Urbana-SAA
Mapa 4.6 Rede de distribuição existente na sede munícipio
Mapa 5.1 Domicílios com Banheiro de Uso Exclusivo ou Sanitário – Município (V016)
Mapa 5.2 Domicílios com Banheiro de Uso Exclusivo ou Sanitário – sede (V016)
Mapa 5.3 Domicílios sem Banheiro de Uso Exclusivo nem Sanitário – Município (V023)
Mapa 5.4 Destinação de esgotamento sanitário – rede geral de esgoto ou pluvial – Município (V017)
Mapa 5.5 Destinação de esgotamento sanitário – fossas sépticas – Município (V018)
Mapa 5.6 Destinação de esgotamento sanitário – fossas sépticas – sede (V018)
Mapa 5.7 Destinação de esgotamento sanitário – fossas rudimentares – Município (V019)
Mapa 5.8 Destinação de esgotamento sanitário – fossas rudimentares – sede (V019)
Mapa 5.9 Destinação de esgotamento sanitário – via vala – Município (V020)
Mapa 5.10 Destinação de esgotamento sanitário – direto em valas – sede (V020)
Mapa 5.11 Destinação de esgotamento sanitário – rio, lago ou mar – Município (V021)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
18
Mapa 5.12 Destinação de esgotamento sanitário – rio, lago ou mar - sede (V021)
Mapa 6.1 Domicílios sem Coleta de Resíduos Sólidos Domiciliares – Indice 08
Mapa 6.2 Resíduos Sólidos – coleta (V036)
Mapa 6.3 Resíduos Sólidos – coletado em caçamba (V037)
Mapa 6.4 Resíduos Sólidos – queimado na propriedade (V038)
Mapa 6.5 Resíduos Sólidos – enterrado na propriedade (V039)
Mapa 6.6 Resíduos Sólidos – jogado no terreno baldio ou logradouro (V040)
Mapa8.1 Delimitação de APPs na Sede urbana de Estância-SE
Mapa11.1 Numeração dos Setores Censitários
Mapa 11.2 Setores Censitários região central
Mapa11.3 V222 – Domicílios particulares permanentes com lixo coletado, banheiro de uso exclusivo ou sanitário e esgotamento via rede geral de esgoto pluvial
Mapa11.4 V223 – Domicílios particulares permanentes com lixo coletado, banheiro de uso exclusivo ou sanitário e esgotamento via fossa séptica
Mapa 11.5 Índice 1: cobertura de serviço/infraestrutura de distribuição de água potável
Mapa 11.6 Índice 2: cobertura de serviço/infraestrutura de distribuição de água potável incluso poços (%)
Mapa 11.7 Índice 4: coleta de esgoto adequada (rede + fossa séptica) (%)
Mapa 11.8 Índice 5: coleta de esgoto via fossa séptica (%)
Mapa11.9 Índice 5: coleta de esgoto via fossa séptica (%)
Mapa11.10 Índice 8: inexistência de coleta de resíduo sólido (%)
FIGURAS
Figura 1.1 Limites de Estância, municipios vizinhos e limite do estado do Sergipe.
Figura 1.2 Imagem aérea da Sede
Figura1.3 Mesorregião do Leste sergipano e Microrregião de Estância.
Figura 1.4 IDHM no Estado do Sergipe 2010.
Figura 2.1 Organograma de órgãos vinculados a politica de saneamento local
Figura 4.2 Organograma da estrutura do SAAE.
Figura5.1 Detalhe do projeto de concepção da rede de Esgoto do Alecrim (wetland).
PMSB Estância-SE Diagnóstico
19
Figura 6.1 Sergipe – consórcios territoriais de saneamento
Figura 6.2 Localização do depósito de lixo municipal
TABELAS
Tabela 4.1 Situação do abastecimento d’água por Domicílios
Tabela 4.2 Situação do abastecimento d’água por Setores de Mobilização
Tabela 4.3 Situação do abastecimento d’água por Setores Censitário
Tabela 4.3.1 Situação do abastecimento d’água por Setores Censitário continuação
Tabela 5.1 Esgotamento Sanitário - situação domicílios
Tabela 5.2 Situação do esgotamento domiciliar por Setores de Mobilização
Tabela 5.3 Situação do esgotamento domiciliar por Setor Censitário.
Tabela 5.4 Situação do esgotamento domiciliar por Setor Censitário. Continuação
FOTOS
Foto 4.1 Ponto de Captação superficial de Água no rio Piauitinga e gradeamento em caixa de concreto.
Foto 4.2 Estação elevatório de Água Bruta-EAB ao fundo (bomba de contato e sucção + casa de bomba)
Foto 4.3 Estação de Tratamento de Água - ETA SAAE Central.
Foto 4.4 Estação de Tratamento de Água - ETA SAAE Central.
Foto 4.5 Estação de Tratamento de Água - ETA SAAE Central.
Foto 4.6 ETA SAAE Central – reservação 1000m³ / h=5m
Foto 4.7 Escritório do SAAE e Reservatório escritório central elevado 750m3
Foto 4.8 Reservatório escritório central elevado 750m3
Foto 4.9 ETA Cidade Nova
Foto 4.10 ETA Cidade Nova
Foto 4.11 ETA Cidade Nova – Detalhe do Reservatório de Apoio 200m3
Foto 4.12 ETA Cidade Nova –Reservatório de Apoio 600m3
Foto 4.13 Barragem de captação Biriba 2
Foto 4.14 Estrutura abandonada na captação Biriba 2
PMSB Estância-SE Diagnóstico
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Foto 4.15 Reservatório Antônio Carlos Valadares
Foto 4.16 Reservatório elevado no Alecrim 38m3
Foto 5.1 Barragem Rio Piauitinga
Foto 5.2 Fossa rústica como destinação final
Foto 5.3 Tubulação de esgotamento sanitário despejando efluentes diretamente no córrego
Foto 5.4 Zona de Raízes - Wetland Bairro Alecrim
Foto 6.1 caçamba de coleta de resíduos sólidos – povoado rural
Foto 6.2 caminhão de coleta de resíduos sólidos no centro de Estância
Foto 6.3 caminhão de coleta de resíduos sólidos no lixão
Foto 6.4 edificações de triagem de resíduos abandonadas e em estado de ruínas
Foto 6.5 lixão municipal e a presença de catadores e aves
Foto 6.6 lixo sem recobrimento de terra no lixão municipal
Foto 6.7 catadores de recicláveis trabalhando autonomamente (sem cooperativa)
Foto 6.8 descarte irregular de resíduos da construção civil no Bairro Alagoas
Foto 6.9 Deposito central de lixo de Estância
Foto 6.10 Depósito central de lixo de Estância
Foto 6.11 Trabalho irregular em deposito central de lixo de Estância
Foto 6.12 Depósito de lixo no bairro Bonfim
Foto 6.13 descarte irregular de resíduos da construção civil no Bairro Alagoas
Foto 7.1 a 7.3 Canal de Drenagem
Foto 7.4 Galeria águas pluviais na Rua Bahia construída em 1988, com contribuição de esgoto
Foto 7.5 Tubulação e canaleta no meio-fio e sarjeta na Av. Nova do Porto, com contribuição de esgoto
Foto 7.6 Canaleta formada por meio fio e sarjeta à Rua Nossa Sra. de Guadalupe
Foto 7.7 Canaleta improvisada para condução de águas pluviais, com contribuição direta de esgoto no Loteamento Humberto Halim (construído na década de 1980). Foto 7.8 e 7.9 Drenagem urbana com contribuição de esgoto sanitário na Rua da Bahia, Bairro Santa Cruz
Foto 7.10 e 7.11 Drenagem urbana com contribuição de esgoto sanitário na Rua da Bahia, Bairro Santa Cruz (à esquerda). Contribuição de águas cinzas em área rural não pavimentada (à direita)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
21
Foto 7.12 Erosão de planície aluvionar
Foto 9.1. Rio Capivara – margens degradadas sem mata ciliar
PMSB Estância-SE Diagnóstico
22
1. A caracterização geral do município
A caracterização geral do município de Estância, tópico de abertura do diagnóstico, apresenta
os principais aspectos vinculados à: Questão demográfica populacional, incluindo a evolução
da população na história recente, a divisão urbano e rural, a atual pirâmide etária, as
populações flutuantes; A localização do município no Estado do Sergipe e região, indicando as
principais distâncias e pontos de interesse; A caracterização socioeconômica; A descrição das
infraestruturas e serviços disponíveis; A delimitação das áreas de proteção ambiental; Análise
da evolução da atividade antrópica; Clima; Acesos e principais rodovias; Topografia,
hidrografia e geologia; Características específicas urbanas; Condições sanitárias gerais; Perfil
socioeconômico; Perfil industrial; e Consolidação da cartografia existente e produzida.
No que diz respeito objetivamente aos serviços e infraestrutura de Saneamento Básico – foco
central deste diagnóstico – em seus quatro eixos: (1)Água, (2)Esgoto, (3)Resíduos Sólidos e
(4)Drenagem, visando uma contextualização inicial da problemática, é possível afirmar que: (1)
o município tem Sistema de Abastecimento de Água com rede de distribuição que abrange
toda a área urbana central, mas que apesar disso tem alto índice de intermitência e perdas,
ocasionando interrupção cotidiana de abastecimento de água nas regiões de cota de terreno
mais elevadas e nos pontos finais das redes onde a pressão e ou a capacidade instalada são
insuficientes. (2) Não há sistema de tratamento de esgoto e nem rede de coleta adequada,
sendo que as instalações para solução coletiva estão restritas a uma pequena parcela da
população, mais especificamente em 6 pontos da área urbana, sendo as tecnologias
implantadas o Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente – DAFA e uma Zona de Raízes wetland,
que na maior parte dos casos apresentam deficiência de instalação e ou falta de manutenção.
Os demais casos de destino final do esgoto estão vinculados na maior parte dos casos as
Fossas rudimentares. (3) O serviço de coleta de Resíduos Sólidos tem índice satisfatório na
sede urbana, com coleta de lixo em quase 100% das residências urbanas, apesar disso o
destino final é irregularmente feito no Lixão situado no município, que além de ser inadequado
para o destino final dos resíduos ocasionando alto impacto ambiental, contém trabalho
humano altamente precarizado, executado por trabalhadores que realizam a triagem no local
e vendem o produto triado para atravessadores. E (4) a drenagem de águas pluviais conta com
rede parcial e insuficiente, instalada na sede do município, que ao longo da sua extensão
recebe recorrentemente despejo de esgoto doméstico, apesar disso não há incidências de
PMSB Estância-SE Diagnóstico
23
graves inundações nem deslizamentos, sendo que tais eventos concentram-se principalmente
nos períodos de maior chuva.
1.1 Histórico
A primeira ocupação do homem branco na região hoje conhecida como Estância, iniciou-se
ainda no séc. XVI, as margens do Rio Piauí, nas imediações do atual bairro Santa Cruz. O
povoamento e adensamento no entanto ocorreria somente a partir no séc. XVII, quando dada
sua privilegiada inserção em relação a comunicação dos rios com o Mar, o local assumiria
vocação portuária para troca de mercadorias. Estância se tornaria Vila em 1831 e finalmente
cidade em 1848. É também no final do séc. XIX que Estância assume sua vocação industrial
mantida até hoje. (IBGE 2014)
O primeiro ciclo de industrialização foi determinado pelas indústrias têxteis, que entrariam em
declínio na segunda metade do século XX dando lugar a situação derivada da modernização do
atual parque industrial onde há presença de diversos setores.
1.2 Dados gerais
Com área total de 644,038 Km2, o município está situado no sul do estado de Sergipe, com
sede urbana próxima ao encontro dos Rios Piauí e Piauitinga, fazendo divisa com Santa Luzia
do Itanhy e Indiaroba ao sul, Itaporanga da Ajuda ao norte, Salgado, Boquim e Arauá a oeste e
o Oceano Atlântico a leste.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
24
Figura 1.1 Limites de Estância, municipios vizinhos, rodovias e limite do estado do Sergipe.
Fonte: IBGE 2010 Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2015
O município fica a 70 km da capital Aracaju, e mantém forte influência social e econômica no
sul do estado, sobretudo em decorrência do Distrito Industrial instalado.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
25
Figura 1.2 Imagem aérea da Sede
fonte: Marco Barreto 2008
A foto anterior apresenta a sede urbana do municipio, onde concentra-se mais de 80% da
população de Estância, nela é possivel notar a setorização industrial a esquerda (oeste) da
Rodovia BR-101 e a direita seu núcleo histórico e demais bairros da sede. Pode-se notar
também o curso do Rio Piautinga na margem esquerda da BR-101, e ao fundo, do lado direito
da imagem o Rio Piauí, eixos que estruturaram historicamente a organização territorial da
cidade.
1.3 População e caracterização demográfica
A caracterização demográfica incluindo suas particularidades, modos de morar e localização,
são fundamentais ao diagnóstico deste PMSB, e portanto são descritas a seguir.
1.3.1 Quantificação e localização da população.
Em 2010, Estância era habitada por 64.409 pessoas (Censo IBGE 2010), e hoje tem, segundo
estimativa (IBGE 2014), 67.953 habitantes, dos quais aproximadamente 86% estão em situação
urbana, e outros 14% nas áreas rurais de ocupação adensada e ou dispersas.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
26
O total geral urbano, considera os moradores da Sede somados aos moradores da região
litorânea urbanizada, incluindo o litoral de Abaís até a Ponta do Saco. Já nas áreas rurais, os
modos predominantes são as Colônias, os Assentamento Rurais, Povoados e demais domicílios
dispersos não agrupados. O quadro a seguir apresenta estes números.
Quadro1.1 População por situação
Total Geral 64.235 100%
Urbano 1 – Sede Urbana 52.553 81,81%
Urbano 2 – Litoral 2.926 4,56%
Total Urbano 55.479 86,37%
Povoados, colônias e assentamentos 5.971 9,30%
Outros, incluindo rural disperso 2.785 4,34%
Total Rural 8.756 13,63%
Fonte: IBGE 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
Segundo a divisão territorial proposta no Plano de Mobilização e utilizada neste diagnóstico
(Ver setores de mobilização – Plano de Mobilização Social P1), a população do município está
disposta da seguinte maneira, considerando-se: os 15 perímetros propostos, o numero de
domicílios, área e densidade.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
27
Quadro1.2 População por setores
Região
Setores censitários
incorporados1 Domicílios (%) do total População
(%) do total Área (Km2)
Densidade (Hab/km2)
1.Sede Centro
de 01 até 06 + de 17 até 35 + 86 até 93 +98 8.014 43,72% 27.270 42,45% 9,227 2.955,33
2. Sede Sul 07 até 16 + 75 + 83 até 85 3.277 17,88% 11.799 18,37% 2,585 4.564,81
3. Sede Norte de 36 até 52+ 82 + 94 3.793 20,69% 13.484 20,99% 25,202 535,03
4. Colônia Rio Fundo +Cazuza + Araçá 66 208 1,13% 788 1,23% 28,656 27,50
5. Colônia Entre Rios 65 183 1,00% 683 1,06% 1,345 507,69
6. Estâncinha 64 117 0,64% 412 0,64% 0,314 1.312,72
7. Mato Grosso 63 183 1,00% 622 0,97% 48,241 12,89
8. Riachão do Teté (Nova Estancia, Cupim, São José, Saco do Barbosa) 80 165 0,90% 574 0,89% 24,243 23,68
9. Agua branca + PA Caio Prado + Granja Nanay + Junco + Capivaras) 79 221 1,21% 785 1,22% 47,434 16,55
10. Vertentes 81 41 0,22% 147 0,23% 0,220 668,63
11. Muculunduba, Taquari, Rio Fundo, Pastinho. 67 134 0,73% 506 0,79% 29,358 17,24
12. Ouricuri, Tibúrcio, Mocambo, 70 111 0,61% 387 0,60% 46,257 8,37
13. Farnaval + Gravatá + PA Roseli Nunes + Curimã 68 + 69 264 1,44% 1.067 1,66% 33,748 31,62
14. Abais 53 até 57 + 62 + 95 +97 398 2,17% 1.287 2,00% 38,688 33,27
15. Porto do Mato 58 até 61 + 73 464 2,53% 1.639 2,55% 51,031 32,12
Outros, incluindo o Rural disperso
71+72+74+76
até 78 + 96 757 4,13% 2.785 4,34% 257,487 10,82
Total 18.330 100% 64.235 100% 644,038 km2
Fonte: IBGE 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
Nota: Algumas localidades não estão citadas. O desenho dos setores censitários seguem perímetro estabelecido pelo IBGE e podem não delimitar-se em decorrência da ocupação humana, sobretudo nas áreas rurais.
1 A descrição do perímetro de cada um dos setores censitários podem ser encontradas no documento “analise censitária” anexo deste caderno de diagnóstico.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
28
Ressalta-se que a densidade demográfica, medida em domicílios por setor censitário é
predominante maior na Sede urbana, incluindo suas extremidades norte e Sul. Segundo a
divisão apresentada no Quadro 1.2, a densidade urbana central é em média de
2.955,33hab/km2, na extremidade norte da sede de 535,03hab/km2 e na extremidade sul de
4.564,81 hab/km2. A densidade do município, considerando todo seu território é de 104,79
hab/km2.
Mapa 1.1 Densidade domiciliar por setores censitários.
Fonte: IBGE 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
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Mapa 1.2 Situação dos setores censitários
Fonte: IBGE 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
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Mapa 1.3 Densidade populacional na Sede do município
Fonte: IBGE 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
31
1.3.2 Série histórica 1970-2014, Urbano/Rural e Taxa de Crescimento.
Além da caracterização da atual configuração populacional, apresentada no tópico anterior,
faz-se necessária a análise do histórico da população a partir da década de 1970, para que
demonstre-se o desenvolvimento da ocupação no município, e posteriormente seja realizada a
projeção demográfica futura.
Entre os anos de 1970 e 2010, a população de Estância mais que dobrou, crescendo em 129%,
passando de 28.045 para 64.409 habitantes. O ápice desse crescimento ocorreu na década de
1980, quando o crescimento médio anual foi equivalente, na média, a 1.550 pessoas/ano, o
que equivale a um crescimento de 3,52% ao ano. A maior parte deste crescimento se deu na
região urbana que passou de 28.174 habitantes em 1980 para 44.356 em 1991.
O crescimento populacional da zona Rural no período observado é quase nulo, tendendo a
estabilidade, tornando-se negativo entre os anos de 1991 e 2000, quando a população rural
decresceu de 9.513 habitantes para 8.148 habitantes. Na década seguinte no entanto, a
população rural voltou a crescer, sobretudo devido a implantação de novos Projetos de
Assentamento Rural, atingindo 6.649 habitantes em 2010. O quadro e o gráfico dispostos a
seguir apresentam estes dados.
Quadro1.3 Evolução populacional por década e crescimento médio anual
Ano População Total Média de Crescimento Anual na década
1970 28.045 2,76 %
1980 36.825 3,52 %
1991 53.869 1,02 %
2000 59.002 0,88 %
2010 64.409 -
Fonte: Censo IBGE 1970,80,91 2000 e 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
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Gráfico 1.1 Evolução populacional urbana e rural em Estância 1970-2010
Fonte: Censo IBGE 1970,80,91 2000 e 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
Na sede urbana de Estância-SE, no período observado, o principal vetor de expansão territorial
foi dado na porção norte do município, na região do Cidade Nova, que é também a região com
pior infraestrutura e cobertura de serviços urbanos atualmente, incluindo os serviços de
Saneamento Básico.
O crescimento demográfico detalhado ano a ano, para o período de 1970 até 2010,
considerando-se a situação do domicilio (urbano/rural), sexo e faixa etária é apresentado no
quadro a seguir.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
33
Quadro1.4 Evolução populacional por década, idade, urbano/rural e crescimento médio anual TOTAL População residente (Pessoas) População residente (Percentual) ANO 1970 1980 1991 2000 2010 1970 1980 1991 2000 2010 Total 28045 36825 53869 59002 64409 100 100 100 100 100 0 a 4 anos 4650 5764 7231 6528 5270 16,58 15,65 13,42 11,06 8,18 5 a 9 anos 4138 5316 7535 6718 5621 14,75 14,44 13,99 11,39 8,73 10 a 14 anos 3889 5019 7116 7081 6681 13,87 13,63 13,21 12 10,37 15 a 19 anos 3084 4264 5957 6972 6618 11 11,58 11,06 11,82 10,27 20 a 24 anos 2047 3178 4989 5624 6247 7,3 8,63 9,26 9,53 9,7 25 a 29 anos 1544 2318 4232 4517 5722 5,51 6,29 7,86 7,66 8,88 30 a 34 anos 1393 1822 3476 4270 5026 4,97 4,95 6,45 7,24 7,8 35 a 39 anos 1265 1574 2778 3732 4494 4,51 4,27 5,16 6,33 6,98 40 a 44 anos 1193 1412 2268 3090 4120 4,25 3,83 4,21 5,24 6,4 45 a 49 anos 1093 1234 1757 2374 3471 3,9 3,35 3,26 4,02 5,39 50 a 54 anos 984 1116 1478 2023 2976 3,51 3,03 2,74 3,43 4,62 55 a 59 anos 678 914 1302 1509 2236 2,42 2,48 2,42 2,56 3,47 60 a 64 anos 753 840 1096 1390 1822 2,68 2,28 2,03 2,36 2,83 65 a 69 anos 527 809 942 1053 1332 1,88 2,2 1,75 1,78 2,07 70 a 74 anos 386 590 690 695 1037 1,38 1,6 1,28 1,18 1,61 75 a 79 anos 146 367 455 636 774 0,52 1 0,84 1,08 1,2 80 anos ou mais 230 244 567 - - 0,82 0,66 1,05 - - 80 a 84 anos - - - 412 454 - - - 0,7 0,7 85 a 89 anos - - - 203 273 - - - 0,34 0,42 90 a 94 anos - - - 101 178 - - - 0,17 0,28 95 a 99 anos - - - 44 57 - - - 0,08 0,09 100 anos ou mais - - - 30 - - - - 0,05 - URBANO População residente (Pessoas) População residente (Percentual) ANO 1970 1980 1991 2000 2010 1970 1980 1991 2000 2010 Total 20257 28174 44356 50854 54760 72,23 76,51 82,34 86,19 85,02 0 a 4 anos 3199 4097 5792 5558 4411 11,41 11,13 10,75 9,42 6,85 5 a 9 anos 2882 3851 5984 5639 4664 10,28 10,46 11,11 9,56 7,24 10 a 14 anos 2826 3839 5706 5798 5471 10,08 10,42 10,59 9,83 8,49 15 a 19 anos 2353 3447 4909 6019 5469 8,39 9,36 9,11 10,2 8,49 20 a 24 anos 1449 2554 4219 4850 5304 5,17 6,94 7,83 8,22 8,23 25 a 29 anos 1167 1864 3624 4034 5115 4,16 5,06 6,73 6,84 7,94 30 a 34 anos 1004 1446 2977 3817 4318 3,58 3,93 5,53 6,47 6,7 35 a 39 anos 864 1199 2354 3216 3848 3,08 3,26 4,37 5,45 5,97 40 a 44 anos 907 1105 1862 2760 3590 3,23 3 3,46 4,68 5,57 45 a 49 anos 748 935 1463 1991 2895 2,67 2,54 2,72 3,37 4,5 50 a 54 anos 709 871 1180 1780 2547 2,53 2,37 2,19 3,02 3,95 55 a 59 anos 528 708 1061 1260 2002 1,88 1,92 1,97 2,14 3,11 60 a 64 anos 592 642 913 1217 1530 2,11 1,74 1,69 2,06 2,38 65 a 69 anos 400 623 802 951 1059 1,43 1,69 1,49 1,61 1,64 70 a 74 anos 322 461 597 600 945 1,15 1,25 1,11 1,02 1,47 75 a 79 anos 110 272 404 620 748 0,39 0,74 0,75 1,05 1,16 80 anos ou mais 189 220 509 - - 0,67 0,6 0,94 - - 80 a 84 anos - - - 381 385 - - - 0,65 0,6 85 a 89 anos - - - 195 245 - - - 0,33 0,38 90 a 94 anos - - - 101 157 - - - 0,17 0,24 95 a 99 anos - - - 37 57 - - - 0,06 0,09 100 anos ou mais - - - 30 - - - - 0,05 - RURAL População residente (Pessoas) População residente (Percentual) ANO 1970 1980 1991 2000 2010 1970 1980 1991 2000 2010 TOTAL 7788 8651 9513 8148 9649 27,77 23,49 17,66 13,81 14,98 0 a 4 anos 1451 1667 1439 970 860 5,17 4,53 2,67 1,64 1,33 5 a 9 anos 1256 1465 1551 1079 957 4,48 3,98 2,88 1,83 1,49 10 a 14 anos 1063 1180 1410 1283 1210 3,79 3,2 2,62 2,17 1,88 15 a 19 anos 731 817 1048 953 1149 2,61 2,22 1,95 1,62 1,78 20 a 24 anos 598 624 770 774 943 2,13 1,69 1,43 1,31 1,46 25 a 29 anos 377 454 608 483 607 1,34 1,23 1,13 0,82 0,94 30 a 34 anos 389 376 499 453 708 1,39 1,02 0,93 0,77 1,1 35 a 39 anos 401 375 424 516 646 1,43 1,02 0,79 0,88 1 40 a 44 anos 286 307 406 330 530 1,02 0,83 0,75 0,56 0,82 45 a 49 anos 345 299 294 383 576 1,23 0,81 0,55 0,65 0,89 50 a 54 anos 275 245 298 243 429 0,98 0,67 0,55 0,41 0,67 55 a 59 anos 150 206 241 248 234 0,53 0,56 0,45 0,42 0,36 60 a 64 anos 161 198 183 173 292 0,57 0,54 0,34 0,29 0,45 65 a 69 anos 127 186 140 102 273 0,45 0,51 0,26 0,17 0,42 70 a 74 anos 64 129 93 95 92 0,23 0,35 0,17 0,16 0,14 75 a 79 anos 36 95 51 16 26 0,13 0,26 0,09 0,03 0,04 80 anos ou mais 41 24 58 - - 0,15 0,07 0,11 - - 80 a 84 anos - - - 31 69 - - - 0,05 0,11 85 a 89 anos - - - 8 28 - - - 0,01 0,04 90 a 94 anos - - - - 21 - - - - 0,03 95 a 99 anos - - - 7 - - - - 0,01 - 100 anos ou mais - - - - - - - - - - Fonte: Censo IBGE 1970,80,91 2000 e 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
34
1.3.3 Pirâmide etária atual
A pirâmide etária é a maneira pela qual pode-se observar a idade e o envelhecimento da
população. A composição de sua estrutura revela a quantidade de crianças, jovens, adultos e
idosos no município. Com isso é possível prever alguns fatores de comportamento
demográfico, dentre eles o crescimento futuro e as demandas por serviços públicos de
diversas naturezas, incluindo o saneamento.
Se comparadas as composições etárias das populações do Brasil, do Sergipe e de Estância,
nota-se que o município de Estância tem comportamento semelhante ao do estado, onde há
maior concentração de população nas faixas etárias entre 10 e 24 anos, tanto de homens
quanto mulheres. Já se comparadas as situações local e estadual, com a situação brasileira,
nota-se que as populações do Sergipe e de Estância são ligeiramente mais jovens, que no
Brasil, onde a maior concentração encontra-se na faixa etária que vai dos 15 aos 34 anos.
É evidente, como exemplo deste fato, a maior concentração de mulheres brasileiras entre os
25 e 34 anos. Vê-se também que a população masculina brasileira é superior em quantidade à
população feminina até a faixa etária dos 24 anos. A partir dos 25 anos de idade a quantidade
total da população feminina passa a ser superior a masculina em todas as faixas etárias até o
fim da vida. Tais dados mostram também que a mortalidade masculina de jovens até os 24
anos é superior à feminina, este fenômeno está vinculado principalmente as altas taxas de
homicídio do pais2.
Gráfico 1.2 Pirâmide etária – Comparação entre Estância, Sergipe, 3 Brasil
fonte: IBGE Censo demografico 2010, retirado do portal IBGE Cidades.
2 Segundo a Fundação das nações unidas para a infância – Unicef, em relatório publicado em 2014, sobre dados de 2012, o Brasil é o sexto pais do mundo em taxa de homicídios de jovens e crianças de zero a dezenove anos de idade. Sendo a taxa de homicídio média no Brasil de 17 homicídios a cada 100 mil habitantes. A taxa de homicídio no estado do Sergipe passou de 23,3 no ano de 2000 para 33 em 2010. O Sergipe é o decimo primeiro estado com maior taxa de homicídios na federação.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
35
A pirâmide etária de Estância tem a maior concentração populacional na faixa etária de 10 até
14 anos, seguida pela faixa etária de 15 até 19 ano e 20 até 24 anos respectivamente,
conforme demonstra o gráfico a seguir.
Gráfico 1.3 Pirâmide etária de Estância em 2010.
Fonte: IBGE Censo demografico 2010 retirado no Portal SIDRA. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
1.3.4 População flutuante, deslocamentos em função do trabalho e turismo.
Segundo o Censo do IBGE de 2010, haviam no município 385 pessoas que exerciam trabalho
principal em mais de uma cidade do pais, 2.031 pessoas moradoras de Estância mas que
trabalhavam fora do município, formando portanto um contingente imediato de demanda
parcial de 2.416 pessoas.
Outra demanda flutuante em relação aos deslocamentos diários é a de estudantes. Em
Estância, no ano de 2010, 710 alunos frequentavam escola ou creche em outro município.
A população flutuante decorrente da atividade turística, principalmente aquela que visita a
faixa litorânea do município entre Abais até a Ponta do Saco, nos períodos de Carnaval e fim
PMSB Estância-SE Diagnóstico
36
de ano, e aquela que visita a cidade durante as festividades de São João, determinam o
terceiro fator de flutuação de população no munícipio que é turístico.
Tais flutuações incidem no aumento momentâneo do consumo d’agua, geração de esgoto
domiciliar e resíduos sólidos e, portanto, devem ser consideradas no momento de
dimensionamento dos sistemas de infraestrutura local.
1.3.5 Projeção de crescimento populacional até 2034
Segundo a publicação Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período
2000/2060 e Projeção da População das Unidades da Federação por Sexo e Idade para o
período de 2000/2030, lançada pelo IBGE em agosto de 2013, a população brasileira deverá
crescer até 2042, quando deverá atingir um total de 228,4 milhões de pessoas. A partir do ano
de 2043 a população tenderá a decrescer, e em 2060, estima-se que o Brasil seja habitado por
218,2 milhões pessoas.
A população do Estado do Sergipe, estimada em um total de 2.219.574 pessoas no ano de
2014, deverá atingir o total de 2.534.193 pessoas em 2030, sendo acrescida no total de
314.619 habitantes.
A Taxa de Crescimento Geométrico – TGC, atualmente fixada em 1,09%, deverá reduzir-se a
0,60% em 2030. A natalidade, medida pela Taxa Bruta de Natalidade – TBN, hoje fixada em
15,83% deverá ser de 12,37% em 2030. A Taxa Bruta de Mortalidade, hoje de 6,13% deverá ser
de 7,10% em 2030. A Taxa de mortalidade infantil deverá decrescer de 17,94 a cada 1.000
nascidos vivos, para 10,30.
Todos estes indicadores levarão ao envelhecimento da população, sendo que a idade média da
população sergipana, hoje fixada em 29,85 anos de idade, passará para 35,53 em 2030.
Considerando o comportamento estimado para a Taxa Geométrica de Crescimento do estado
do Sergipe nas próximas décadas, a população de Estância deverá atingir o total de 79.316
pessoas, ou seja, serão acrescidos 11.363 novos habitantes, entre nascidos e emigrados. O
quadro a seguir apresenta os dados de crescimento populacional por ano, estimados até o ano
de 2034.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
37
Quadro 1.5 Projeção demográfica de Estância.
ANO Pop. Sergipe TGC Pop. Estância
2014 2.219.574 1,05% 67.953
2015 2.242.937 1,02% 68.668
2016 2.265.779 0,99% 69.368
2017 2.288.116 0,95% 70.051
2018 2.309.961 0,92% 70.720
2019 2.331.323 0,90% 71.374
2020 2.352.207 0,87% 72.014
2021 2.372.637 0,84% 72.639
2022 2.392.601 0,81% 73.250
2023 2.412.078 0,79% 73.847
2024 2.431.072 0,76% 74.428
2025 2.449.564 0,73% 74.994
2026 2.467.561 0,71% 75.545
2027 2.485.037 0,68% 76.080
2028 2.501.980 0,66% 76.599
2029 2.518.373 0,63% 77.101
2030 2.534.193 0,60% 77.585
2031 2.549.352 0,57% 78.049
2032 2.563.837 0,54% 78.493
2033 2.577.635 0,51% 78.915
2034 2.590.734 0,48% 79.316
Fonte: Projeção da população no Brasil IBGE 2014. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
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38
1.4 Localização do município no Estado e na Região
Segundo a divisão territorial definida no âmbito do IBGE, o município Estância situa-se na
Mesorregião do Leste Sergipano e na Microrregião de Estância. A Mesorregião do Leste
Sergipano reúne 42 municípios do estado, incluindo todos os municípios litorâneos. A
Mesorregião se agrupa em outras 7 microrregiões, totalizando 8.028km2.
A Microrregião de Estância é formada pelos municípios de Estância, Indiaroba, Itaporanga
d’Ajuda e Santa Luzia do Itanhy, totalizando área de 2.054,5km2, população total de 130.555
habitantes e densidade média de 59,25 hab./km2 (IBGE 2013). A densidade de Estância é
portando o dobro da densidade média medida na microrregião.
Figura1.3 Mesorregião do Leste sergipano e Microrregião de Estância.
Fonte: Base cartográfica vetorial do IBGE. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
39
1.4.1 Distancias entre pontos de maior população na cidade.
Os pontos onde se concentram a população de Estância, como visto anteriormente nos
quadros 1.1 e 1.2, são a Sede, seguidas das regiões litorâneas de Abaís e das áreas de maré de
Riboleirinha e Porto do Mato. Estes estão conectados, a partir da sede, pelo eixo das rodovias
BR101, SE470 e SE100. Além dos pontos citados, existem ainda, pelo menos 15 localidades
entre povoados, colônias, e 11 assentamentos Rurais.
Os dois maiores pontos de densidade demográfica do município (Sede e Abaís) estão distantes
36km, mediados pelas rodovias BR-101, SE-470 e SE-100.
O ponto mais distante da sede com grande aglomeração populacional, para deslocamento, é a
região de Porto do Mato, distante a 48km.
O município possui em sua rede viária rodovias federais, rodovias estaduais e estradas vicinais.
Não há leito férreo no município, sendo que o ponto mais próximo está situado no extremo
norte, próximo a localidade da Colônia Rio Fundo.
O mapa a seguir apresenta a estrutura viária do município, sua sede, localidades e
assentamento rurais.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
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Mapa 1.4 Sede urbana, localidades, assentamentos rurais, vias de acesso e hidrografia.
Fonte: IBGE 2010
Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
41
1.4.2 Distâncias entre Estância e cidades vizinhas.
Como visto no mapa anterior, Estância tem como cidades de maior porte no Sergipe, os
municipios de Aracaju, Itabaiana e Lagarto, todas ao norte do municipio, distantes 70km,
109km e 65km respectivamente. O principal eixo viario do estado é formado pelas Rodovias
BR101 e BR235, que cortam latitudinal e longitudinalmente o estado. O mapa a seguir
apresenta tal configuração.
Mapa 1.5 Vias de acesso e áreas urbanizadas no estado do Sergipe.
Fonte: IBGE 2010, DNIT 2014, DEIRS 2014
Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
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Quadro1.6 Distância entre Estância e cidades no entorno até 100km
Aracaju 67km BR-101; BR-235
Aráua 32Km BR-101; SE-285
Boquim 26km BR-101; SE-282; SE-160
Conde 81,9km BA-233; BA-099; SE-318
Itaporanga d’Ajuda 38km BR-101;
Indiaroba 32km BR-101; SE-368; SE-100
Jandaíra 69,8km BA-396; BR-101
Lagarto 63km BR-101; SE-282; SE-160; SE-270
Rio Real 74,2km BA-396; BR-101
Santa Luzia do Itanhy 10km BR-101; SE-368
Umbaúba 32km BR-101
Fonte: Departamento Estadual de Infraestrutura Rodoviária de Sergipe – DEIRS e Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes – DNIT 2014.
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43
1.5 Caracterização socioeconômica.
A caraterização socioeconômica geral do município de Estância será composta de alguns
índices e estatísticas que servirão de parâmetro para situar o município em relação
comparativa com as realidades do Sergipe e do Brasil. Interessa ao tópico presente, descrever
características de Desenvolvimento Humano, Renda, Mortalidade Infantil e Expectativa de
Vida.
1.5.1 Índice de Desenvolvimento Humano, PIB e PIB per capita
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM3 de Estância em 2010, segundo o
Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas-PNUD(2013), era de 0,647. Índice
considerado médio, colocando-o em 6º lugar no ranking de desenvolvimento humano do
estado de Sergipe, atrás apenas das cidades de Aracaju, São Cristóvão, Propriá, e Barra dos
Coqueiros respectivamente. Em relação ao Brasil, Estância está na 3172ª posição de um total
de 5565 municípios.
Os Índices de Desenvolvimento Humano Municipal vem crescendo substancialmente nas
últimas três décadas em todo o pais, e nos últimos 15 anos no nordeste. Em Estância esta
evolução é notável: Em 1991 o IDHM do município era de 0,374, e passou para 0,479(2000),
chegando aos atuais 0,647(2010), ou seja, em aproximadamente 25 anos o município passou
do Índice muito baixo para o índice alto.
O Estado do Sergipe não tinha nenhum município com IDHM considerado Muito Alto (acima de
8), apenas Aracaju figurava dentre os municípios com IDHM Alto (entre 0,7 e 0,799), 31
municípios, assim como Estância, estavam classificados como Médios (0,600 a 0,699), 43
municípios estavam classificados como Baixo (0,500 a 0,599) e nenhum município classificado
como Muito Baixo.
3 O IDH é uma medida usada para classificar cidades e países de acordo com seu grau de desenvolvimento humano. O índice é composto pela Expectativa de Vida ao Nascer, Educação e PIB per capita. A Organização das Nações Unidas-ONU, classifica anualmente o ranking dos países membros.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
44
Figura 1.4 IDHM no Estado do Sergipe 2010.
Fonte: IBGE 2010 retirado do Portal IBGE CIDADES
Vale ressaltar que para esse Diagnóstico, o IDHM será entendido apenas como um parâmetro
de referência para localização do município na situação estadual, uma vez que o Índice pode
mascarar diversos fatores da realidade. Por exemplo, a distribuição de renda e o Saneamento
Básico não figuram como fontes diretas de medição, sendo apenas indiretamente influente a
medida que interfere na Expectativa de Vida ao Nascer, que é um dos parâmetro este incluído
na composição do índice.
O Produto Interno Bruto – PIB per capita a preços correntes de Estância, no ano de 2011, era
de R$17.470,64 (IBGE), estando acima da média estadual. No mesmo ano, o estado do Sergipe
tinha PIB Per capita médio de R$12.536(IBGE), colocando-o como 17º estado de maior PIB per
capita dentre as 27 Unidades da Federação-UF. A região nordeste por sua vez apresenta o
menor PIB per capita do Brasil.
No estado do Sergipe o município de Estância tem o 7º maior PIB per capita. São fatores que
elevam este índice, os royalties de petróleo4 e atividade do polo industrial local industrial. Em
4 Os royalties de petróleo serão assunto de capitulo futuro, onde se avaliara a importância dos recursos advindos dessa fonte para o financiamento de politicas públicas municipais, incluindo o saneamento básico
PMSB Estância-SE Diagnóstico
45
todos os outros municípios de PIB elevado, estes fatores são reincidentes. Em Laranjeiras,
cidade de maior PIB per capita do estado, a atividade industrial (Petrobrás/Fafen, Votorantim,
e Usinas de Álcool e açúcar) compõem o Produto Interno. Em Canindé de São Francisco,
segundo maior PIB Per capita do estado, a atividade de geração de energia hidroelétrica eleva
o índice local. O quadro abaixo apresenta os dez maiores PIB perca pita do estado.
Quadro 1.7 Dez maiores PIB Per capita do Sergipe em R$ correntes.
Cidade PIB Per Capita
Laranjeiras 47.506,66
Canindé de São Francisco 46.951,85
Carmópolis 39.331,45
Divina Pastora 38.957,87
Japaratuba 28.915,52
Itaporanga d’Ajuda 19.437,83
Estância 17.470,64
Aracaju 15.913,40
Frei Paulo 15.431,86
Maruim 14.870,75
Fonte: IBGE 2010 retirado portal IBGE CIDADES
Apesar do PIB Per capita relativamente alto, a concentração de renda existente – fator não
incorporado pelo IDH – faz com que a realidade da maior parte da população pouco tenha a
ver com o posicionamento do município nos rankings das melhores economias. Ao invés disso,
um quadro reincidente de insuficiência de renda familiar para obtenção de domicilio no
mercado formal, locado em área dotada de infraestrutura e serviços adequados, incluindo o
saneamento básico, é a realidade da maior parte das populações do estado, e do país. O
próximo tópico ira demonstrar e analisar a atual estrutura de renda da população local.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
46
1.5.2 Renda
A composição de renda no município (IBGE Censo 2010), vista a partir da renda domiciliar,
aponta que 61% dos domicílios, auferiam renda de até 02 salários mínimos no ano de 2010. Os
quadro e gráfico abaixo apresentam estes dados.
Quadro 1.8 Renda domiciliar em salários mínimos.
Renda Domicílios %
Domicílios particulares permanentes totais 18.215 100
sem rendimento 826 4,53%
até ½ salário mínimo 1.474 8,09%
de mais de ½ a 1 salário mínimo 3.146 17,27%
de mais de 1 a 2 salários mínimos 5.797 31,83%
de mais de 2 a 5 salários mínimos 5.042 27,68%
de mais de 5 a 10 salários mínimos 1.356 7,44%
de mais de 10 a 20 salários mínimos 376 2,06%
de mais de 20 salários mínimos 197 1,08%
Fonte: IBGE 2010 retirado portal IBGE CIDADES
PMSB Estância-SE Diagnóstico
47
Gráfico 1.4 Composição da renda domiciliar em Estância-SE.
Fonte: IBGE 2010 retirado portal IBGE CIDADES
PMSB Estância-SE Diagnóstico
48
1.5.3 Educação
O município de Estância contava, no ano de 2012, com rede pública de educação composta
por: Na pré-escola, 161 docentes, dispostos em 40 estabelecimentos, onde haviam 2.077
matriculas ativas. Na rede fundamental, eram 531 docentes, lecionando em 48 escolas com
12.287 alunos. E no ensino médio eram 97 docentes, lecionando em 8 estabelecimentos para
2.704 alunos. Se compararmos a situação de Estância com a do Sergipe e do País, em relação a
proporção de docentes por alunos matriculados e estabelecimentos escolares por alunos
matriculados, notaremos que: Em relação a Pré escola o município tem um número maior de
docentes por matriculados em um número menor de pré escolas instaladas em relação ao
estado e ao país, o que indica genericamente a maior necessidade de instalação de mais pré-
escolas em relação a contratação de novos docentes. No ensino fundamental a relação de
alunos por docente, e de aluno por escolas existente, é maior nos dois casos, se comparadas as
realidades do estado e do país, indicando genericamente para a necessidade de contratação
de mais professores e construção de mais escolas fundamentais. No Ensino médio por sua vez,
o número de alunos por docente é quase o dobro das médias estadual e federal, a média de
aluno por escola está aproximadamente 10% acima, o que aponta genericamente para a alta
necessidade de contratação de docentes no ensino médio.
Quadro 1.9 Relação docentes, escolas e alunos.
Estância
Aluno/ Docente Sergipe
Aluno/ Docente Brasil
Aluno/ Docente
DOCENTES Pré-escolar 161 12,90 3246 19,57 281232 16,91
Fundamental 531 23,14 18647 19,46 1541247 19,27
Médio 97 27,88 5028 16,26 538860 15,55
ESCOLAS
Aluno/ Escola
Aluno/ Escola
Aluno/ Escola
Pré-escolar 40 52 1543 41 107791 44
Fundamental 48 256 1994 182 144705 205
Médio 8 338 264 310 27164 308
MATRICULAS
Pré-escolar 2077 - 63515 - 4754721 -
Fundamental 12287 - 362863 - 29702498 -
Médio 2704 - 81739 - 8376852 - Fonte: IBGE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
49
1.5.4 Mortalidade infantil, expectativa de vida ao nascer e morbidade hospitalar.
São consideradas Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI)
aquelas que podem estar associadas ao abastecimento d’água deficiente, ao esgotamento
sanitário inadequado, a contaminação por resíduos sólidos ou as condições precárias do
domicilio.
Estas doenças estão vinculadas a diferentes tipos de transmissão, sendo eles: feco-oral, por
inseto vetor, contato com a água, relacionadas a cultura de higiene ou transmitidas por Geo-
helmintos e teníases.
Se as diversas ações possíveis para melhoria das condições de saneamento básico, forem
implantadas como forma política pública de Estado e planejada – como é o objetivo deste
PMSB – os níveis de incidência destas doenças serão gradativamente diminuídas.
Não é possível no entanto, por falta de dados, apontar qual a incidência direta destas doenças
nos índices de expectativa de vida ao nascer, mortalidade infantil e fetal e Morbidade
hospitalar. Os dados referente aos últimos aspectos citados são apresentados a seguir:
Expectativa de vida ao nascer
A expectativa de vida ao nascer, ou a esperança de vida, no Brasil apresentou aumento
substancial nas últimas décadas. Em 2000 a esperança era de 69,83 anos, já em 2014 a mesma
passou para 75,14 anos (IBGE).
Mortalidade infantil e fetal
No Município de Estância no ano de 2013 foram notificados 19 óbitos infantis e fetais
(DATASUS 2014), sendo que apenas no mês de fevereiro foram 6 mortes. Nenhuma das
mortes está vinculada a doenças infecciosas e parasitárias.
A queda da mortalidade infantil vem sendo constantemente reduzida no município, desde de
pelo menos o ano de 2008, quando o número de óbitos foi de 44. Em 2014 no entanto, até o
presente (mês de outubro) a mortalidade infantil e fetal registrou aumento, já sendo
notificados até o momento (outubro/2014) 25 óbitos infantis e fetais.
Morbidade hospitalar
Segundo o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS 2012, do
Ministério da Saúde, em 2012 ocorreram um total de 60 óbitos (28 homens e 32 mulheres) no
município de Estância. Destes 16 casos decorrentes do aparelho circulatório, 4 casos do
PMSB Estância-SE Diagnóstico
50
aparelho digestivo, 2 casos do aparelho geniturinário, 18 casos do aparelho respiratório, 7
casos de doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, 2 casos de doenças originadas no
período perinatal, 5 casos de doenças vinculadas ao sangue, órgãos hematológicos e
transtorno imunitários, 4 casos de doenças infecciosas e parasitárias, 1 caso durante gravidez,
parto e puerpério, e um caso de neoplasia.1.6 Infraestrutura e serviços
1.6.1 Saneamento básico
O IBGE possui um indicador genérico de adequação do saneamento, o qual considera os
domicílios simultaneamente ligados à rede geral de abastecimento de água com canalização
interna, à rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e atendidos pelo sistema de
coleta de lixo domiciliar5.
Desta forma aqueles que preenchem todos os requisitos estão considerados pelo Instituto
como adequados, os que preenchem até dois requisitos estão semi-adequados, e os que não
preenchem nenhum requisito estão inadequados. Nota-se que o índice é generalista e
impreciso, uma vez que não considera as intermitências e as falhas do sistema de
abastecimento d’água, não considera o destino final do efluente de esgoto domiciliar que
pode estar sendo despejado in-natura nos cursos d’agua e também não considera o destino
final dos resíduos sólidos que podem ser destinados a lixões ou à aterros não adequados.
No caso de Estância sabe-se que grande parte dos domicílios, devido o destino final dos
esgotos domiciliares, dos resíduos sólidos e às falhas e insuficiências dos sistemas de
abastecimento, e que portanto a condição de saneamento inadequado se estende por quase
todo o município.
Segundo as definições generalistas do Censo IBGE 2010, o município de Estância possuía 13,1%
dos seus domicílios particulares permanentes com saneamento adequado, 10,2% com
saneamento inadequado e outros 76,6% com saneamento semi-adequado.
Quando divido entre urbanos e rurais, tal índice indica que na zona rural apenas 2,2% tinham
saneamento adequado, 50,6% inadequado e outros 47,2% semi-adequados. Já na zona urbana
15,0% tinham saneamento adequado, 3,5% inadequado e outros 76,6% semi-adequados, ou
seja a condição do saneamento nas zonas rurais, segundo tal índice é bastante inferior a
urbana.
5 Definição segundo o documento “Notas técnicas do IBGE 2010” p.5
PMSB Estância-SE Diagnóstico
51
Esse assunto será amplamente diagnosticado, qualitativa e quantitativamente ao longo deste
produto, nos capítulos que tratam de cada assunto especificamente (Ver capítulos 4, 5, 6 e 7).
1.6.2 Energia elétrica
Em 2010, 18.044 domicílios de Estância possuíam energia elétrica, e outros 165 não tinham.
18.035 ligações eram ligadas a rede de companhia distribuidora, destes 17.962 tinham
medidor.
1.6.3 Telefonia e comunicação
Em 2010, 15.931 moradores de Estância possuíam telefone celular, e outros 2.541 possuíam
telefone fixo. No mesmo ano, 3.932 moradores de Estância possuíam microcomputadores,
sendo que destes 2.597 possuíam acesso à internet. Sabe-se que hoje, 4 anos após a realização
do Censo o número de celulares já é bastante superior sendo que parte significativa dos
aparelhos possuem acesso à internet.
1.6.4 Pavimentação, calçada, arborização e iluminação pública
Em 2010, 12.623 domicílios situados em áreas urbanas possuíam pavimentação regular, outros
1.498 careciam desta infraestrutura, 12.575 domicílios tinham calçada em seu entorno, outros
1.546 não possuíam.
1.6.5 Transporte
No Município de Estância não há transporte coletivo, sendo a alternativa de serviço os moto-
taxis bastante utilizados na cidade, além de alguns taxis.
1.6.6 Saúde
Em Setembro de 2014, segundo DATASUS, o município de Estância contava 65
estabelecimentos de Saúde, sendo 28 públicos e 37 privados. O quadro abaixo apresenta os
totais por tipo de Estabelecimentos.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
52
Quadro 1.10 Estabelecimentos de saúde.
Tipo de Estabelecimento Quantidade
TOTAL 65
Centro de Saúde / Unidade Básica de Saúde – UBS 14
Clínica/Ambulatório Especializado 14
Consultório 13
Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia 7
Posto de Saúde 4
Unidade Móvel de nível Urgência/Emergência 3
Academia de Saúde 3
Policlínica 2
Hospital Geral 2
Secretaria de Saúde 1
Centro de Atenção Psico social –CAPS 1
Farmácia 1
Fonte: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES. Consultado no DATASUS
Os serviços e infraestruturas destacados estão dispostos em todo o município, sendo maior a
concentração na sede urbana. Outros dados referentes a saúde serão novamente explorados
neste diagnóstico (ver cap. 10)
1.6.7 Habitação
Estância tem atualmente, segundo Censo IBGE, 18.330 domicílios, sendo esta a unidade
fundamental para entendimento da questão do saneamento, uma vez que a infraestrutura e
os serviços de saneamento devem ser promovidos e quantificados por domicílio. Durante este
diagnóstico, através de tópicos específicos, a cobertura de infraestrutura e serviços de
saneamento será apontada constantemente não só em referência a quantidade populacional,
mas também por numero de domicílios.
O Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS6, de Estância, instrumento de
organização e planejamento da política local de Habitação, não definiu em seu diagnóstico o
6 O PLHIS foi desenvolvido pela Prefeitura Municipal com consultoria da empresa M.C. Engenharia em 2012
PMSB Estância-SE Diagnóstico
53
déficit habitacional a partir de levantamento próprio, recorrendo as referências e estatísticas
publicadas pela Fundação João Pinheiro (2007) que por sua vez se baseiam nos indicadores do
Censo IBGE de 20007. Segundo tal informação, Estância possuía em 2000, 468 domicílios com
serviço/infraestrutura inadequada de Abastecimento d’água, 1.983 com serviço/infraestrutura
inadequada de Esgotamento sanitário e 240 com serviço/infraestrutura inadequada de coleta
de lixo, totalizando 2.691 domicílios com serviços e infraestrutura inadequadas.
Como visto anteriormente (ver item 1.6.1) índices atualizados para o ano de 2010, também
serão priorizados ao longo deste documento.
1.7 Áreas de proteção ambiental
O município de Estância possui grande parte de seu perímetro dentro da Área de Proteção
Ambiental- APA Sul de Sergipe, que abrange todo o litoral do município, formando uma faixa
que segue aproximadamente 10km lineares partindo do Oceano Atlântico para o interior do
município.
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, instituído pela lei nº9.985 de 18 de
julho de 2000, define como Unidade de Conservação o
“espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo águas jurisdicionais,
com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder
Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime
especial de administração, ao qual se aplicam garantia adequadas de
proteção” (Lei federal 9.985 Art.2º)
A APA Sul foi transformada em Unidade de Conservação através do Decreto nº13.468 de 1993,
limitada, ao sul, pela margem esquerda do Rio Real, na fronteira com a Bahia; ao norte, pela
margem direita do Rio Vaza-Barris; ao leste pelo Oceano Atlântico; e ao oeste por uma linha
distante 10km do litoral, totalizando área de aproximadamente 55,5km². A APA abrange ainda
os municípios de Itaporanga d’Ajuda, Santa Luzia do Itanhy e Indiaroba, inserem-se na APA as
praias de Abaís, Saco e Caueira. É característica local a presença de áreas de restingas
arbustivo-arbóreas, dunas, manguezais, lagoas perenes e enclaves da Mata Atlântica. Segundo
a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Sergipe – SEMARHA/SE
7 Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS de Estância 2012. Tabela 31 P.98.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
54
“a APA abriga biodiversidade de ambientes costeiros e de floresta estacional
semidecidual, com a ocorrência de espécies de aves limícolas e migratórias,
incluindo a presença de espécies ameaçadas, a exemplo de Pyriglena atra
(rendeira-dos-olhos-de-fogo) e do macaco-guigó (Callicebus coimbrai)”.
(www.semarh.se.gov.br/biodiversidade) <acessado em 06.09.2014>
O Decreto Estadual nº 13.468 de 21 de janeiro de 1993, definiu ainda a criação da Comissão
coordenadora da APA Sul, que deve elaborar o Plano de Manejo (Zoneamento Ecológico-
Econômico) visando o desenvolvimento sustentável observada a resolução CONAMA n.10.
Compete ainda a comissão, emitir parecer prévio ao licenciamento dos projetos públicos e
privados referentes ao parcelamento e utilização do solo, ao desenvolvimento turístico,
habitacional, industrial, agrícola, agroindustrial e outros projetos propostos para a área
territorial da APA. (Decreto nº13.468 Artigo 3º)
Sendo esta a principal legislação de proteção ambiental incidente sobre o Município de
Estância-SE, cabe ainda atentar para as diversas outras legislações incidentes sobre o
território, cabendo destaque para a legislação vigente de proteção à vegetação das margens
dos cursos d’agua (Código Florestal – Lei nº12.651/2012) que define uma faixa de proteção
mínima de 30m (aumentando dependendo do porte do curso d´água) e do entorno das
nascentes (50m) visando a preservação e a recomposição das matas ciliares, para proteção das
águas.
A sequência de mapas de nº1.7 até 1.10 mostrarão a seguir a evolução das perdas e ganhos de
mata no território de Estância, no período entre o ano 2000 até 2012. O mapa 19 mostra
também as áreas remanescentes de mata ciliar8.
8 ver também Mapa 8.1 “APPs na sede urbana de Estância”
PMSB Estância-SE Diagnóstico
55
Mapa 1.6 Área de Proteção Ambiental APA Sul, manguezais e cursos d’água
Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
56
1.8 Análise da evolução da atividade antrópica, incluindo desmatamentos.
Mapa 1.7 Perda de mata entre 2000 e 2012
Fonte: Global Forest Change, Google e Department of Geografical Sciences – Maryland University 2013 “Results for time-series analysis of 654,178 Landsat images. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
57
Mapa 1.8 Perda total entre 2000 e 2012
Fonte: Global Forest Change, Google e Department of Geografical Sciences – Maryland University 2013 “Results for time-series analysis of 654,178 Landsat images. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014.
A quantidade de perda de matas no período observado é nitidamente maior na porção oeste
do município e parece estar vinculado a atividade pecuária para ampliação de pastos. Nota-se
também diversos pontos de perda de mata por todo o território, incluindo a região da APA Sul.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
58
Mapa 1.9 Ganho de mata entre 2000 e 2012
Fonte: Global Forest Change, Google e Department of Geografical Sciences – Maryland University 2013 “Results for time-series analysis of 654,178 Landsat images. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
O ganho de mata no período observado é substancialmente menor que as perdas, com
destaque para o extremo oeste do território e também, pontualmente, nas proximidades da
margem leste do entroncamento da BR101 com a SE 470, nas imediações do Assentamento
Rural Edimilson Evaristo.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
59
Mapa 1.10 Floresta existente, ganho, perda e perda e ganho.
Fonte: Global Forest Change, Google e Department of Geografical Sciences – Maryland University 2013 “Results for time-series analysis of 654,178 Landsat images. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
O mapa 10, reúne as informações de perda, ganho e ambos, somados à floresta existente.
Ressalta-se que os dados apresentados tem caráter generalista, sendo impossível identificar
qual o tipo de ocupação diretamente relacionada as perdas e ganhos de mata. Apesar disso é
possível confirmar que no município de Estância o impacto ambiental negativo de proporções
territoriais abrangentes a todo o município, avançou na última década.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
60
1.9 Clima, temperatura e chuvas.
Estância está localizada em região de clima tropical e úmido predominante na área litorânea e
que tende gradativamente ao tropical sub-úmido a medida que se avança para o interior do
continente. A média máxima anual é de 28ºC, e a média mínima é de 21ºC (INMET 2014).
O período de maior intensidade de chuvas, se observado o comportamento dos últimos 15
anos, concentra-se nos meses de abril à junho, com índice pluviométrico médio anual variando
entre 1.800mm e 1.300mm.
Sendo a precipitação pluviométrica medida maior na área litorânea e gradativamente menor a
medida que avança para o interior do continente. Na sede urbana a média pluviométrica está
entre 1300 e 1400mm.
O mapa e quadro a seguir apresenta o levantamento das Isoietas e do histórico de
precipitações pluviométricas observado no período de 2001 até 2013.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
61
Mapa 1.11 Isoietas
Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
62
1.9.1 Série histórica de dados pluviométricos, com medias anuais e ocorrência de precipitações intensas e estiagens prolongadas, curva de intensidade e descrição de fatores especiais de influência sobre o clima.
Nas proximidades de Estância existem duas Estações meteorológicas de superfície
automáticas. Estas possuem vários sensores para leitura dos parâmetros meteorológicos de
pressão atmosférica, temperatura e umidade relativa do ar, precipitação, radiação solar,
direção e velocidade do vento. As estações estão instaladas nos municípios de Itabaianinha e
Aracaju, e podem ser consultadas com dados atualizados através da página na internet do
Instituto Nacional de Meteorologia-INMET.
Como Estância não possui estação para geração de dados na base nacional, utilizaremos os
dados presentes na base estadual, gerenciada e mantida pela Empresa de Desenvolvimento
Agropecuário do Sergipe – Emdagro, que disponibiliza dados mensais de 2001 até 2013,
apresentados a seguir.
Quadro 1.11 Dados pluviométricos mensais Estância 2001-2013 em mm/m2
ano jan. fev. mar abr. mai. jun. jul. ago. set out nov. dez acumulado
2001 36,0 38,0 129,8 176,2 144,7 266,9 197,4 171,4 136,6 115,0 60,0 62,8 1534,8
2002 210,6 83,4 90,0 41,4 280,9 351,9 141,6 115,0 112,8 11,6 38,2 4,4 1481,8
2003 10,2 153,0 114,6 45,0 281,6 186,2 169,8 180,2 56,8 107,8 189,6 14,2 1509,0
2004 230,6 48,4 77,2 109,6 108,4 83,5 128,8 165,8 63,6 1,1 2,4 0,0 1019,4
2005 7,8 52,0 45,6 193,5 124,2 86,4 214,6 132,8 19,4 6,0 0,7 79,1 962,1
2006 22,7 56,2 31,6 169,4 279,0 456,3 333,2 93,4 180,6 75,6 61,8 6,0 1765,8
2007 20,6 116,2 277,1 193,2 332,2 221,6 172,8 156,8 124,2 25,8 13,8 26,0 1680,3
2008 80,2 42,6 199,6 187,8 306,4 147,4 183,2 97,8 51,8 26,0 0,0 7,2 1330,0
2009 11,1 188,3 9,2 87,4 643,8 173,8 87,3 184,0 37,6 61,2 1,6 3,9 1489,2
2010 23,4 94,4 92,0 549,6 271,4 323,4 254,8 104,0 100,6 52,0 52,0 0,0 1917,6
2011 134,0 274,6 303,2 610,6 523,8 137,8 238,4 95,2 117,2 288,4 50,0 0,0 2773,2
2012 14,0 24,0 16,0 4,3 108,8 96,6 134,8 143,8 73,6 60,8 0,0 7,0 683,7
2013 6,0 7,3 6,0 234,0 374,0 228,1 236,4 94,5 74,0 - - - 1260,3
Fonte: Dados pluviométricos Emdagro 2001-2013
PMSB Estância-SE Diagnóstico
63
Quadro 1.12 Dados pluviométricos máxima, média e mínima Estância 2001-2013
ano Acumulado (mm/m2) Média (mm/m2) Min (mm/m2) Max (mm/m2)
2001 1534,8 127,9 36 266,9
2002 1481,8 123,48 4,4 351,9
2003 1509 125,75 10,2 281,6
2004 1019,4 84,95 0 230,6
2005 962,1 80,175 0,7 214,6
2006 1765,8 147,15 6 333,2
2007 1680,3 140,025 26 277,1
2008 1330 110,83 0 306,4
2009 1489,2 124,1 1,6 643,8
2010 1917,6 159,8 0 323,4
2011 2773,2 231,1 0 610,6
2012 683,7 56,975 0 143,8
2013 1260,3 140,0 6 374
Fonte: Dados pluviométricos Emdagro 2001-2013
PMSB Estância-SE Diagnóstico
64
Gráfico 1.5 Dados pluviométricos mensais Estância 2001-2013
Fonte: Dados pluviométricos Emdagro 2001-2013 Elaboração: Risco arquitetura Urbana 2014
Os dados apresentados anteriormente apontam o ano de 2011 como de maior acúmulo
pluviométrico dos últimos 13 anos, já em 2012, ano seguinte, foi registrada a menor média
anual (56,97mm/m2). Chama atenção portanto que nos anos recentes o comportamento das
chuvas tendem a maior irregularidade, atingindo altos picos nos meses de março e abril, e
obtendo grande variação nas médias se tornando irregular. No gráfico tal leitura é evidente. As
linhas mais escuras representam o início do período observado, não ultrapassando os 300mm
mensais, enquanto as linhas mais claras apresentam grandes variações tendo meses nulos e
outros com alta incidência de chuvas.
A instabilidade climática é fator cada vez mais presente das cidades e decorrentes do impacto
ambiental e da ação antrópica sobre o meio ambiente.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
65
1.10 Meio Físico (cartografia)
Mapa 1.12 Topografia com curvas em intervalo de 10m.
Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
66
Mapa 1.13 Geologia Estância.
Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2015
PMSB Estância-SE Diagnóstico
67
Mapa 1.14 Geologia Sergipe.
Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
68
Mapa 1.15 Hipsometria
Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012
Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
69
Mapa 1.16 Bacia Hidrográfica do Rio Piaui.
Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
70
Mapa 1.17 Bacias Hidrográficas do estado do Sergipe
Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012
Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
71
Segundo o Comitê da Bacia do Rio Piauí (instituído pelo decreto nº23.375 de 2005) a Bacia
Hidrográfica possui uma área geográfica de 4.150 km², equivalentes a 19% do território
estadual e abrange 15 municípios, com uma população de 432.000 habitantes
aproximadamente. O sistema hidrográfico é bastante desenvolvido, sendo constituído pelo
curso d’água principal do rio Piauí, e por diversos afluentes de grande porte, destacando-se,
pela margem direita, os rios Arauá e Pagão, e, pela margem esquerda, os rios Jacaré, Piauitinga
(inserido no município de Estância), e Fundo (limítrofe ao município).
Os diversos usos das águas na Bacia Hidrográfica como: irrigação, mineração, indústrias,
consumo humano e animal, pesca, turismo e lazer estão associados às atividades econômicas,
ligados aos setores privado e público, bem como, os principais sistemas hídricos, naturais e
construídos, que possibilitam o desenvolvimento da região. Essa relação direta com os
recursos hídricos acarreta problemas inerentes a quase todos os municípios brasileiros como:
lixo, esgoto a céu aberto, assoreamento de rios e córregos, pesca predatória, uso
indiscriminado de agrotóxicos, extração inadequada de minerais, desmatamento e problemas
relacionados à destinação inadequada dos resíduos industriais.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
72
Mapa 1.18 Geomorfologia.
Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
73
Mapa 1.19 Uso do Solo.
Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
74
Mapa 1.20 Aquíferos.
Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
75
O Município de Estância tem 3 Estações de monitoramento fluvial superficiais operadas pela
SEMARH/SE, situadas no Rio Biriba, Riachão e Rio Calumbí/Quebradas, e 1 Estação operada
pela Agência das Águas – ANA situada no Piauitinga. Para este diagnóstico apenas foi possível
acessar os dados da ANA.
A estação localizada no Rio Piauitinga, na bacia do Piauí e está a 20 metros do nível do mar e
tem área de drenagem de 440km2.
A operação da estação teve início em 1949, e dados recentes de 2014 mediram no ponto
vazão máxima de 323m3/s, vazão média de 5,7m3/s, Vazão mínima de 0,2 m3/2 e Q90= a
1.1m3/s.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
76
1.11 Perfil industrial
Estância foi figura de vanguarda no processo de industrialização do nordeste e do estado do
Sergipe, e se consolida hoje como um dos principais polos industriais do Estado, ocupando
espaço fundamental e estratégico para a economia regional.
O primeiro ciclo industrial de Estância foi vinculado à indústria do tecido, ainda no séc. XIX com
a implantação da Fábrica de Tecidos Santa Cruz no ano de 1881, as margens do Rio Piauitinga.
A fábrica incorporou a energia hidráulica para movimentação dos teares, e junto a isso,
construiu uma unidade geradora de energia elétrica. Outra fábrica pertencente ao primeiro
ciclo industrial do município, é a Fábrica Senhor do Bonfim, implantada no ano de 1916, a
Fábrica de Charutos Walkiria em 1929, entre outras, tornando Estância uma cidade de
vanguarda no cenário estadual e nacional. (Melo et al UFS 2013).
Na década de 1960, com novo ciclo de industrialização da região nordeste, impulsionado pelo
conjunto de incentivos fiscais e financeiros do Sistema 34/18 do Fundo de Investimentos do
Nordeste - FINOR9, Estância seria uma das cidades protagonistas da reinserção industrial do
nordeste perante o Brasil, retirando o estado do Sergipe de uma situação de profunda
defasagem industrial em relação ao restante do país.
A criação do Distrito Industrial de Estância - DIE em 1974, em consonância com o corrente
Plano Nacional de Desenvolvimento, consolidaria a vocação industrial do município.
1.11.1 Industrias existentes
Estância produz aproximadamente 9,46% do Produto industrial do Sergipe (FIES 2010), e tem
11910 unidades industriais de diversos portes, sendo 50 delas “contatadas e cadastradas” e
outras 69 “à contatar”, segundo cadastro disponível no site da Fundação em outubro de 2014
(FIES 2014).
Os segmentos de atuação e os portes das unidades industriais instaladas em Estância são
bastante diversificados, cabendo destaque aos segmentos de bebida (incluindo sucos, cerveja
e água), agroindústria, cosméticos e têxtil.
Atualmente se destacam como grandes indústrias instaladas, a Crown (embalagens), Ambev
(cervejas e chope), Água Mineral Entre Rios (água envasada), Indústrias CIT (Consórcio
9 Caderno de Estudos Sociais Recife, v.11 n.1, p.117-140 jan/jun1995 10 Cadastro de unidades industriais da FIES acessado em Setembro de 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
77
Industrial Têxtil), Maranata (Sucos), TropFruit (Sucos), Sulgipe (Energia Elétrica), e em processo
de instalação a Saint Goban (Vidros).
Cada um destes segmentos industriais produz um diferente tipo composto de efluente, mas
todos eles dependem da abundância de água para sua instalação e produção, em decorrência
disso, todos eles devolverão de alguma maneira, adequada ou não, parte dos efluentes
gerados, ao sistema hídrico local.
As tabelas apresentadas a seguir, citam todas as 119 industrias implantadas em Estância,
segundo cadastro da FIES.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
78
PMSB Estância-SE Diagnóstico
79
PMSB Estância-SE Diagnóstico
80
1.11.2 Tipos de efluentes gerados
Todo o setor industrial necessita de tratamento especifico individual para seus efluentes,
garantindo o tratamento da carga poluidora antes do seu lançamento no corpo de água
receptor. Esse tratamento deverá ser garantido pela indústria através da utilização de uma ETE
e/ou outra solução adequada as normas de despejo de efluentes, que deverá atender a
resolução CONAMA nº357/200511.
Destacam-se no município de Estância os efluentes gerados pelas indústrias da cerveja, do
suco e do setor têxtil.
Efluente industrial do setor têxtil
O uso da água é fator central na produção têxtil, onde todos os processos de tingimento e
lavagem demandam grande volume d’água, o que torna o setor um dos maiores consumidores
de água da indústria. Estima-se que em média sejam utilizados entre 120 e 180 litros por m2
de tecido acabado.
A indústria têxtil caracteriza-se ainda por possuir efluentes de alta complexidade de
composição físico-química e biológica - uma vez que cada tipo de fibra e tecido receberá um
diferente processo de tingimento - e pelo grande volume de efluente gerado com alto índice
poluentes químicos, já que até 90% dos componentes químicos serão descartados ao fim do
tingimento. (Silva Filho, 1994 apud Souto Silva 2007)
Destacam-se como produtos químicos utilizados os corantes (que podem ter as seguintes
classes: solúveis em água, reativos, ácidos básicos, diretos, metalíferos, insolúveis em água, a
cuba, ao enxofre, azoicos, dispersos, pigmentos e oxidantes), agentes tensoativos e outros
compostos que incluem metal pesado.
A descoloração dos efluentes do processo de tingimento é complexa e demanda a combinação
adequada de tratamentos por processos físico-químicos e biológicos. Dentre os tipos de
tratamento possíveis, incluem-se a Oxidação biológica, a Oxidação química (Cloro ou Ozônio),
a Oxidação Fotoquímica (fotodegradação por raios U.V.), e o Tratamento de clarificação
(floculação e decantação dos corantes insolúveis através de coagulantes).
11 Resolução CONAMA alterada pelas resoluções 410/2009 e 430/2011. O Art. 10. da Resolução estabelece os valores máximos para os parâmetros relacionados a cada uma das classes de enquadramento. A seção II indica os Padrões para Classe 1 – Água Doce, que é a principal forma de despejo de efluentes industriais em Estância.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
81
Efluentes industriais do setor cervejeiro
A cerveja e o chope são produtos que tem em sua composição final 95% de água. A produção
de cada litro de cerveja no processo industrial consome em média, entre 4 e 10 litros de
água12, gerando efluente com valores moderados ou elevados de carga orgânica e sólidos em
suspensão (de 1.200 a 3.000 mg/l de DBO, e de 100 a 800 mg/l de sólidos suspensos).
Havendo processo de lavagem de garrafas retornáveis na planta industrial, em máquina
lavadora de garrafa, adiciona-se ainda o uso intensivo de água, gerando comumente como
resíduos, a pasta celulósica (cola, papel e vidro), e os efluentes do liquido de lavagem,
contendo solução alcalina (soda) e detergente.
Na indústria cervejeira do Brasil é comum o uso de sistemas de limpeza Clean in Place-CIP, que
opera na seguinte sequência: enxágue, lavagem alcalina (solução de soda), enxague, lavagem
ácida (ácido nítrico) e enxague. Quando a necessidade de desinfecção, utiliza-se hipoclorito de
sódio. Os efluentes de uma lavagem tem potencial de reutilização no mesmo processo de até 6
vezes.
Genericamente, segundo a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB
(2005)13, as plantas industriais do setor devem conter uma primeira fase de pré-tratamento
com neutralização e equalização, e um sistema de tratamento biológico (muitas vezes
integrando etapas anaeróbias e aeróbias), sendo que o lodo gerado no tratamento necessita
de uma destinação exclusiva.
Algumas plantas industriais cervejeiras do pais já possuem sistema de reaproveitamento de
biogás gerado na etapa de tratamento anaeróbio, da ETE localizada na indústria. Este biogás
geralmente é empregado nas caldeiras da fábrica.
12 Dados da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja-CervBrasil apontam para 4,5 l consumidos por litro gerado, esta organização que agrega 96% do mercado através das quatro maiores fabricantes de cerveja no país – Ambev, Brasil Kirin, Grupo Petrópolis e Heineken. Já a CETESB indica que este valor varia hoje no Brasil de 4l até 10l por litro gerado. A indústria europeia de cerveja opera com o uso máximo de 8l. por litro produzido. 13 Documento Cervejas e Refrigerantes. Série P+L
PMSB Estância-SE Diagnóstico
82
Efluentes industriais do setor produtor de Sucos
Os efluentes da indústria do suco em estado bruto contém alto índice de compostos orgânicos
(em média, entre 1.800 e 3.200 mg/l de DBO). No entanto, após tratados da maneira correta, a
concentração cai para de 35 a 380 mg/l)14
Dentre eles, está presente na casca da laranja e do limão o componente d-limoneno,
responsável pelo odor recorrente no entorno das plantas industriais de suco cítrico. Esta
substancia, que também pode ser considerado um dos subprodutos da cadeia de produção,
pode prejudicar significativamente o tratamento do efluente uma vez que a substancia é
bacteriostático, inibindo o crescimento de bactérias e levando a anaerobiose e emissão de
ácido sulfúrico.
Os sistemas mais comuns no tratamento dos efluentes da indústria do suco são os biológicos,
de lodo ativado e lagoas.
Os resíduos sólidos orgânicos do processo (polpa, sementes, bagaço e casca) são subprodutos
comumente direcionados a fábrica de ração. O descarte é composto portanto do lodo
industrial e das cinzas das caldeiras.
Segundo a base de dados da SEMARH/SRH, de maio de 2012, o município de Estância-SE
possui três pontos cadastrados com lançamento de efluentes. Sendo eles de origem da Arum
Produtora de Embalagens do Sergipe LTDA, no manancial Rio das Quebradas, da Companhia
de Bebida das Américas – Ambev, no manancial Rio Fundo e da 13 de maio engenharia e
construção LTDA, no manancial do Rio Piaui. Apesar da limitação do citado cadastro, sabe-se
da existência de inúmeras outras fontes de efluentes industriais, que segundo cadastro de
unidades da FIES, aproxima-se de ao menos 120 fontes no município. O capitulo especifico
sobre os efluentes de esgoto deste caderno, voltará a explorar o assunto.
14 CETESB Documento Sucos Citricos. Série P+L. p.27
PMSB Estância-SE Diagnóstico
83
1.11.3 Previsão de expansão industrial e demanda por utilização de serviços públicos de
saneamento.
Em decorrência da vocação industrial histórica da cidade, e da existência do Distrito Industrial
de Estância-DIE, a expansão industrial é uma constante.
No momento de redação deste trabalho, a Secretária Municipal de Estância trabalhava em
negociação para a implantação de planta industrial da Saint Gobain, o processo aponta para a
atual rotina existente e necessária à implantação de novas industrias.
Os serviços e infraestruturas coletivas de saneamento, na maioria dos casos das industrias
sobretudo aquelas de médio e grande porte, são substituídos por soluções próprias, para
abastecimento de água e tratamento de efluentes. Nestes casos, cabe ao município e aos
demais órgãos públicos reguladores, o licenciamento e a fiscalização.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
84
1.12 Outorgas
Segundo a SEMARH/SE, em maio de 2012, haviam no município 19 outorgas emitidas para uso de águas superficiais, detalhadas nos quadros a seguir
Quadro1.13 Outorgas emitidas no município de Estância-SE
Nº PORTARIA Nº_PROTOCOLO DT_PROTOCOLO DT_OUTORGA VAZÃO_m3/h VOL_m3
_mês REQUERENTE
1 42/2007 00916/2007-5 01/08/07 20/08/07 300 9920 NEDL
2 17/2005 01859/2003-1 29/08/03 22/03/05 23.46 16889
Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Estância
3 18/2005 01861/2003-7 29/08/03 22/03/05 71.09 51182
Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Estância
4 27/2001 01928/2001-0 17/09/01 07/11/01 8 5760 Filadelfo Alexandre Silva Costa
5 fev/12 00104/2012-5 19/01/12 23/01/12 32.76 11795 Porto da Lagoa Carcinicultura Ltda.
6 abr./02 01215/2001-4 29/06/01 22/03/02 3.6 1058.4 Edma de Andrade de Santana
7 fev./10 01261/2009-8 11/12/09 19/01/10 32.76 11795 Porto da Lagoa Carcinicultura Ltda.
8 21/2003 00363/2003-0 18/02/03 09/04/03 6.3 2778 José Araújo de Santana
9 61/2005 00625/2005-1 08/04/05 21/12/05 19.75 9481 Dumar Brasil Ltda.
10 32/2006 02283/2005-5 25/11/05 13/03/06 96.7 29010 Vannamar Agroindústria Ltda.
11 34/2006 01812/2005-1 15/09/05 20/03/06 173 124486
Aquasesa - Aquicultura Sergipana S/A
12 33/2003 01019/2003-3 16/05/03 19/08/03 179.58 129295
Aquasesa - Aquicultura Sergipana S.A.
13 76/2010 00860/2010-1 24/09/10 20/10/10 8 3744 Consórcio QGDC
14 77/2010 00857/2010-1 24/09/10 20/10/10 8 3744 Consórcio QGDC
15 fev./04 01860/2003-2 29/08/03 28/01/04 543 342090
Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Estância
16 jul./04 00768/2003-4 09/04/03 16/03/04 26.01 18727 Carlos Alberto Góis Mendonça
17 abr./11 00135/2011-2 01/02/11 05/05/11 90 64800
Arumé Produtora de Embalagens do Sergipe Ltda.
18 31/2007 00323/2007-9 11/04/07 11/05/07 10 3600 NEDL
19 mai./11 00910/2010-6 20/12/10 05/05/11 360 259200
Companhia de Bebidas das Américas-AMBEV
Fonte: SEMARH maio 2012 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
85
Quadro1.13 Outorgas emitidas no município de Estância-SE (continuação)
Nº MANANCIAL Tipo UTM_N UTM_L FINALIDADE
1 Rio Piauí Sup 8752520 671624 Outros Usos
2 Rio Biriba I Sup 8757722 673526 Abastecimento Público
3 Rio Biriba II Sup 8758204 674738 Abastecimento Público
4 Rio Fundo Sup 8749958 680993 Aquicultura
5 Rio Fundo Sup 8750938 681906 Aquicultura
6 Riacho Águas Claras Sup 8768696 678262 Irrigação
7 Rio Fundo Sup 8750938 681906 Aquicultura
8 Riacho Muculunduba Sup 8761375 675577 Irrigação
9 Rio Fundo Sup 8750918 681915 Aquicultura
10 Rio Mudo Sup 8751796 681775 Aquicultura
11 Rio Mudo Sup 8752876 684605 Aquicultura
12 Rio Fundo Sup 8752876 684605 Aquicultura
13 Rio Fundo Sup 8774935 678532 Outros Usos
14 Riacho dos Macacos Sup 8773737 677532 Outros Usos
15 Rio Piauitinga Sup 8754518 670022 Abastecimento Público
16 Rio Muculunduba Sup 8752340 682285 Aquicultura
17 Rio das Quebradas Sup 8770012 676480 Abastecimento Industrial
18 Rio Piauí Sup 8752428 671563 Outros Usos
19 Rio Fundo Sup 8766184 681448 Abastecimento Industrial Fonte: SEMARH maio 2012 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
Ao todo, a vazão outorgada é estimada em 1.500 m3/h ou 1.098.296 m3/mês. O SAAE tem três outorgas para abastecimento público de água. Sendo elas situadas nos Rios Piauitinga, Biriba I e Biriba II.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
86
1.13 Consolidação cartográfica das informações socioeconômicas, físico territorial e
ambiental disponíveis sobre o município e a região.
Como parte da elaboração deste diagnóstico, todas as informações socioeconômicas,
censitárias, físico territorial e ambientais reunidas nesta etapa do trabalho encontram-se
georreferenciadas no software livre Quantum GIS. Uma parte significativa destas informações
gerou o anexo de mapas em formato A3 (ver anexos)15.
15 Os mapas também estarão disponíveis na página do projeto (www.pmsbestancia.org)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
87
2. Situação Institucional
2.1 Legislação aplicável. Leitura normativa federal, estadual e municipal
relacionada ao Saneamento Básico e sua implicação no desenvolvimento urbano,
saúde e meio ambiente.
Para diagnóstico da condição atual do setor de saneamento, a seguir serão apresentadas
informações referentes à política publica e gestão dos serviços de saneamento básico do
município, incluindo como tópicos deste item: a legislação e instrumentos legais; as normas de
regulação e os entes responsáveis pela regulação e fiscalização bem como seu meio e forma
de atuação; os procedimentos para a avaliação sistemática de eficácia, eficiência e efetividade,
dos serviços prestados; a política de recursos humanos vinculada ao saneamento; a política
tarifária dos serviços de saneamento básico; Instrumentos e mecanismos de participação e
controle social na gestão política de saneamento básico; o sistema de informação sobre os
serviços de saneamento básico; e os mecanismos de cooperação com outros entes federados
para a implantação dos serviços de saneamento básico.
A questão do Saneamento Básico e todas as preocupações ambientais e de saúde pública à
população que ele implica, vem ocupando nos últimos anos, o centro das discussões
vinculadas ao planejamento urbano territorial nas esferas Federal, Estadual e Municipal.
Marco fundamental e ponto de partida deste processo foi a elaboração do Plano Nacional de
Saneamento Básico, estabelecido, com o advento da lei n. 11.445/07, que considera o conceito
de Saneamento Básico como o conjunto de serviços de infraestruturas e instalações de
abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais.
Além disso, a lei também definiu as competências dos diversos agentes envolvidos no
planejamento e execução da política federal de Saneamento Básico no Brasil, atribuindo ao
Ministério das Cidades, a responsabilidade pela elaboração do Plano Nacional de Saneamento
Básico (Plansab). Associado a isto, o país assumiu, junto à ONU (Organização das Nações
Unidas), através do Decreto n. 6.942/09, o compromisso de reduzir pela metade a proporção
de habitantes que não contam com Saneamento Básico até o ano de 2015.
A lei destaca ainda outros aspectos relevantes como a questão da “sustentabilidade” (tanto
ambiental como econômica), a gestão associada (por convênios de cooperação ou consórcio
PMSB Estância-SE Diagnóstico
88
público), as necessidades de se estabelecer os deveres e direitos básicos dos usuários, as
prioridades de ação e o controle social dos serviços.
No contexto da política pública nacional, vale destacar a lei n. 9.795/99, denominada “Política
Nacional de Educação Ambiental”, onde se constatou a importância eminente de uma
conscientização junto à população.
Figuram ainda diversas outras leis federais e resoluções do Conselho Nacional de Meio
Ambiente - CONAMA, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, que também estabelece
normas referentes ao Saneamento Básico.
Em relação aos resíduos sólidos, deve-se mencionar a recente Lei n. 12.305/10, que institui a
“Política Nacional de Resíduos Sólidos”, a qual estabelece diretrizes relativas à gestão
integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, às responsabilidades dos geradores e do
poder público e aos instrumentos econômicos a serem aplicados.
Entre outros aspectos, a Lei de resíduos determina que todas as administrações públicas
municipais, indistintamente do seu porte e localização, deveriam construir aterros sanitários e
encerrarem as atividades dos lixões e aterros controlados, até 02/08/2014, substituindo-os por
aterros sanitários ou industriais, onde só poderão ser depositados resíduos sem possibilidade
de reciclagem e reaproveitamento, obrigando também a compostagem dos resíduos
orgânicos. Tal questão é emergencial em Estância, onde existe um grande lixão com trabalho
humano além de diversos pontos de acumulo de lixo nas áreas urbana e rural, onde ocorre o
depósito irregular dos resíduos sólidos.
Recentemente, o texto da Medida Provisória-MP 651/14, aprovado pela Câmara Nacional dos
deputados, amplia o prazo de instalação dos aterros sanitários para 201816. Na Medida
Provisória ficaria prorrogado também o prazo para elaboração dos Planos municipais e
estaduais de resíduos sólidos, requisito obrigatório para aquisição de convênios federais no
setor. A MP depende ainda de sanção do executivo, e portanto ainda é possível que
municípios que não cumpriram a meta sofram sanções e até multas pela não adequação da
destinação dos seus resíduos e implantação de aterro sanitário.
A Lei 12.305/10 obriga ainda o setor da construção civil a dar destinação final ambientalmente
adequada aos resíduos de construção e demolição (RCD), não podendo mais encaminhá-los
aos aterros.
16 Recentemente foi vetada a prorrogação de prazo para implantação dos aterros sanitários.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
89
No que se refere aos instrumentos e normativas Estaduais, consequentes das exigências
Federais, destaca-se o “Plano Estadual de Recursos Hídricos de Sergipe” (PERH-SE),
desenvolvido pela Secretaria do Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH),
no âmbito do Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos (PROÁGUA).
Neste, programas, ações e metas são elencados para se tratar dos aspectos referentes aos
recursos hídricos em todo o Estado, num período compreendido entre 2010 e 2025, com
recursos estimados de até R$ 4 bilhões, advindos, entre outros, do Ministério de Ciência e
Tecnologia (MCT), Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério de Integração
Nacional (MI), Ministério das Cidades (MC); Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), Agência
Nacional de Águas (ANA), Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura, Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco do Nordeste do Brasil
(BNB), além de recursos Estaduais.
O Plano da Bacia Hidrográfica do Piauí, em seu diagnóstico publicado em abril de 2010 define
que
“na bacia do Rio Piauí, estão localizados em sua totalidade seis municípios. Nessa
bacia 53,0% dos municípios estão com a taxa de urbanização acima de 50,0%, sendo
os municípios de Estância 85,0 % urbanizado e Pedrinhas com 73,0% de urbanização.
Os municípios que apresentaram baixas taxas de urbanização são os seguintes: Santa
Luzia do Itanhy com 22,7% de urbanização e Riachão do Dantas com 23,0 % de
urbanização. Para essa bacia realizou-se um estudo demográfico com base nos
dados levantados pelo IBGE nos censos de 1980, 1991 e 2000 e na contagem de
população do ano de 1996 e de 2007”. (Diagnóstico do PBH Piauí p.5)
O diagnóstico do Plano em questão, definiu área que incide sobre a porção oeste do município
de Estância como potencial para agricultura e pastagem. O mapa a seguir, retirado do Plano
ilustra tal apontamento.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
90
Mapa 2.1 PBH Rio Piauí – Uso Potencial dos Solos
Fonte: Plano de Bacia Hidrógrafica Piaui, 2010.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
91
Quadro 2.1 Síntese das leis, decretos e resoluções vinculadas ao Saneamento Básico.
Abrangência Nº / Ano Conteúdo
Federal Lei nº 11.445/2007 Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.
Lei nº 12.305/10 Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos
Decreto nº 7.217/07 Regulamenta lei n.11.445, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.
Decreto nº 4.281/02 Regulamenta lei n.9.759, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental.
Lei nº 9.433/97 Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Decreto nº2612/98 Regulamenta o Conselho Nacional de Recursos Hídricos, e dá outras providências.
Estadual Lei nº3.870 Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, cria Fundo Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Lei nº6882/10 Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Estadual de Educação Ambiental.
Lei nº5.857/2006 Dispõe sobre a Política Estadual de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
Municipal Lei orgânica de 1990 Lei orgânica de Estância
Lei Complementar 17/2008 Código de Obras
Lei Complementar 18/2008 Código de Meio Ambiente
Lei Complementar 31/2013 Plano Diretor
Lei nº1569/2012 Ratifica inclusão no consorcio público de saneamento básico do sul e centro sul do Sergipe.
Lei 1647/2013 Nomeia Conselho municipal de Meio Ambiente
Decreto º 6.483 de 14 de maio de 2014
Cria os comitês de Saneamento Básico
Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
Nota: Considerou-se o conjunto de leis de maior relevância, que determinam diretamente as políticas de Saneamento Básico ou que se relacionam com o tema.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
92
2.2 Normas de fiscalização e regulação. Ente responsável, meios e procedimentos
para sua atuação
Além do conjunto da Legislação vigente, abordado no item anterior, que da base para o
funcionamento da política de saneamento, é importante ainda destacar o conjunto de Normas
Técnicas existentes que incidem sobre os sistemas de abastecimento de agua, esgotamento
sanitário, e de resíduos sólidos, permitindo a leitura técnica especifica, lançando padrões de
normatização para uso e manuseio de materiais e dimensionamento que incidem sobre o
projeto de infraestrutura, cabendo aos entes responsáveis pela gestão dos serviços locais -
SAAE e DESO – a adequada prestação de serviços.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT determina as seguintes normas vinculadas
aos temas específicos17:
2.2.1 Normas para sistemas de abastecimento d’água
▪ NBR 09650 – Verificação de estanqueidade no assentamento de adutoras e redes de água.
▪ NBR 10156 – Desinfecção de tubulações de sistema público de abastecimento de água.
▪ NBR 12211 – Estudo de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água.
▪ NBR 12212 – Projeto de poço para captação de água subterrânea.
▪ NBR 12213 – Projeto de captação de água para o abastecimento público.
▪ NBR 12214 – Projeto do Sistema de bombeamento de água para o abastecimento público.
▪ NBR 12215 – Projeto de adutoras de água para o abastecimento público.
▪ NBR 12216 – Projeto de Estação de Tratamento de água para o abastecimento público.
▪ NBR 12217 – Projeto de reservatório de distribuição de água para o abastecimento público.
▪ NBR 12218 – Projeto de rede de distribuição de água para o abastecimento público.
▪ NBR 12244 – Construção de poço para captação de água subterrânea.
▪ NBR 12266 – Projeto de execução de valas para assentamento de tubulação de água, esgoto e drenagem.
▪ NBR 12586 – Cadastro de sistema de abastecimento de água.
2.2.2 Normas para sistema de esgotamento sanitário
17 Seleção a partir de FUNASA/PAC “Saneamento em município com população total de até 50.000 habitantes” e Guia de Elaboração do PMSB – Min. Cidades 2011.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
93
▪ NBR 5645 – Tubo cerâmico para canalizações;
▪ NBR 7362 – Tubo de PVC rígido com junta elástica, coletor de esgoto;
▪ NBR 7367 – Projeto e assentamento de tubulações de PVC rígido para sistemas de esgoto sanitário;
▪ NBR 7663 – Tubo de ferro fundido dúctil centrifugado para canalizações sob pressão;
▪ NBR 8409 – Conexão cerâmica para canalização;
▪ NBR 8889 – Tubo de concreto simples, de seção circular, para esgoto sanitário;
▪ NBR 8890 – Tubo de concreto armado de seção circular para esgoto sanitário;
▪ NBR 9648 – Estudos de concepção de sistemas de esgoto sanitário;
▪ NBR 9649 – Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário;
▪ NBR 9814 – Execução de rede coletora de esgoto sanitário;
▪ NBR 9914 – Tubos de aço ponta e bolsa para junta elástica;
▪ NBR 12207 – Projeto de interceptores de esgoto sanitário;
▪ NBR 12208 – Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário;
▪ NBR 12209 – Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário;
▪ NBR 12266 – Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de água, esgoto ou drenagem urbana;
▪ NBR 13133 – Execução de levantamento topográfico.
2.2.3 Normas para resíduos Sólidos
Classificação dos resíduos sólidos
▪ NBR 10.004 resíduos sólidos.
▪ NBR 12.807 resíduos de serviços de saúde, Terminologia;
▪ NBR 12.808resíduos de serviços de saúde, Classificação.
Acondicionamento
▪ NBR 9.190/ 1985 classificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo;
▪ NBR 9.191/ 2000 classificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo;
▪ NBR 12.810/1993 procedimento de Coleta de Resíduos de Saúde;
▪ NBR 9.259 agulha hipodérmica estéril e de uso único;
▪ NBR 12.809 resíduos de Serviços de Saúde - Manuseio;
▪ NBR 13.853 coletorespararesíduosdeserviçosdesaúdeperfurantesoucortantes-Requisitos e métodos de ensaio;
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94
▪ NBR 12.235 armazenamento de resíduos sólidos perigosos;
▪ NBR 10.007 amostragem;
▪ NBR 10.004 classificação.
Coleta
▪ NBR 14.725 ficha de informações de segurança de produtos químicos – FISPQ ;
▪ NBR 7.500 símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento de Material;
▪ NBR 9.191 sacos plásticos;
▪ NBR 12.907 resíduos de serviços de saúde, terminologia;
▪ NBR 12.808 resíduos de serviços de saúde, classificação;
▪ NBR 12.809 manuseio de serviços de resíduos de saúde, procedimento;
▪ NBR 12.810 coleta de serviços de resíduos de saúde, procedimento;
▪ NBR 12.980 coleta, varrição e acondicionamento de RSU, terminologia;
Transportes
▪ NBR 13.221 transportes de resíduos
Aterro
▪ NBR 8.419 apresentação de projetos de aterros sanitários, procedimento;
▪ NBR 8.849 apresentação de projetos de aterros controlados, procedimento;
▪ NBR 9.690 mantas de polímeros para impermeabilização, PVC;
▪ NBR 10.157 aterros de resíduos perigosos;
▪ NBR 10.703 degradação do solo;
▪ NBR 7.229 projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos.
Entulho
▪ NBR 7.211 agregado para concreto.
Incineração
▪ NBR 11.175 – Incineração de Resíduos Sólidos Perigosos – Padrões de Desempenho.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
95
2.3 Entes responsáveis
O ente responsável pela regulação direta e fiscalização dos serviços gerais de Saneamento Básico no Município de Estância, é primordialmente a Prefeitura Municipal por meio da Secretaria de Obras, Transporte e Habitação, órgão que analisa, aprova e fiscaliza as obras no setor. Outros órgãos públicos e autarquias ou empresas mistas, também detém funções fiscalizadoras e executoras, em suas ações especificas, como será visto a seguir.
Em Estância a prestação de serviços de abastecimento de água e de coleta e destinação do esgoto fica dividida entre ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE e a Companhia de Desenvolvimento do Estado do Sergipe - DESO. A primeira opera os serviços da sede urbana, a segunda opera os serviços da região litorânea. Há ainda diversos pontos com pequenos sistemas rurais implantados e operados por secretarias municipais diretamente, como por exemplo os sistemas de abastecimento de água através de poços tubulares profundos implantados pela Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento.
Na região nordeste, o número de entes que operam sobre o saneamento básico - a água, o esgoto, os resíduos sólidos e a drenagem – é bastante grande, tornando a relação e coesão das ações complexas, devido sobretudo a sobreposição de funções sem a devida integração. O organograma a seguir organiza todos os órgãos que podem exercer alguma relação com os serviços de saneamento básico no estado do Sergipe.
Figura 2.1 Organograma de órgãos vinculados a politica de saneamento local.
elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
Prefeitura de Estância
Secretaria de Obras Comitê Local
PMSB Estância-SE Diagnóstico
96
3. Situação econômico-financeira dos serviços de saneamento básico
e do Município
3.1. Levantamento e avaliação da capacidade econômico-financeira do município
O levantamento e avaliação da capacidade econômico-financeira do Município de Estância
considerou primeiramente o PIB municipal e sua comparação com outros municípios e o
Estado de Sergipe, bem como a existência dos convênios e os recursos provenientes dos
royalties da exploração do petróleo.
3.1.1. Produto Interno Bruto Municipal
O município de Estância possui, segundo dados do IBGE, o 5º maior Produto Interno Bruto
(PIB) do Estado do Sergipe, atrás de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Laranjeiras e Canindé
de São Francisco.
Quadro 3.1 PIB a preços correntes 2011 do Sergipe (R$) e participação relativa no PIB
estadual (%)
Sergipe 26.198.908 100,00
Aracaju - SE 9.222.818 35,20
Nossa Senhora do Socorro - SE 2.119.765 8,09
Laranjeiras - SE 1.291.088 4,93
Canindé de São Francisco - SE 1.184.079 4,52
Estância - SE 1.132.534 4,32
Itabaiana - SE 906.826 3,46
Lagarto - SE 767.686 2,93
Itaporanga d'Ajuda - SE 598.646 2,29
São Cristóvão - SE 557.339 2,13
Carmópolis - SE 543.639 2,08
Fonte: IBGE. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
97
Enquanto a capital, Aracaju, possui um PIB correspondente a pouco mais de um terço de todo
o Estado, Estância representa 4,32% do PIB sergipano. Esses 10 municípios listados
representam aproximadamente 70% do Produto estadual. Ou seja, 13,33% dos municípios do
Sergipe são responsáveis por 69,94% do valor adicionado no estado, enquanto 86,67% dos
municípios perfazem apenas cerca de 30% dessa mesma cifra.
A composição setorial do PIB de Estância possui diferenças em relação ao verificado para o
Sergipe como um todo. A participação do setor agropecuário é similar, 2% para o município, e
3% para o estado. Os serviços e a indústria, entretanto, apresentam diferenças mais
acentuadas. Ao passo que 52% do valor agregado de Estância provém do setor de serviços, a
participação desse setor no total PIB estadual atinge 68%. Em contrapartida, a participação
relativa da indústria no produto estanciano é de 46% e no produto sergipano de 29%. A
distribuição setorial do estado aproxima-se mais da média brasileira, com setor de serviços
com participações maiores.
Gráfico 3.1 Distribuição setorial do PIB de Sergipe e Estância 2011 (%)
Fonte: IBGE. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
Essa diferença na distribuição setorial para a cidade de Estância e a verificada para o Estado faz
com que a participação do produto industrial do município no produto industrial sergipano
seja mais expressiva do que dos outros setores. Em termos gerais, a economia estanciana,
corresponde a 4,32% da economia estadual, mas setorialmente, as contribuições são distintas.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
98
Gráfico 3.2 Participação dos setores nos respectivos totais estaduais 2011 (%)
Fonte: IBGE. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
O gráfico deixa evidente que o setor industrial é que impulsiona a participação de Estância no
PIB do estado, tendo participação relativa próxima ao dobro das verificadas para os demais
setores.
A produção agropecuária de Estância em lavoura temporária tem como principais produções
em termos de área plantada (hectare) a mandioca (47% do total de área de lavoura
temporária), o girassol em grão (16%), milho (12,5%) e feijão em grão (11%). A maior parte
dessa produção destina-se à alimentação e abastecimento local. São culturas, em sua maioria
de fácil cultivo, sem maiores requisitos técnicos para seu cultivo.
No tocante ao valor da produção de lavoura temporária, dois produtos se destacam, somando
quase 90% do total de valor produzido nessas condições: Abacaxi (57,1%) e Mandioca (32,3%).
Nota-se que a cultura do abacaxi possui um coeficiente de valor por área cultivada muito
superior ao da mandioca, tendo 7,3% da área de cultivo, mas mais da metade do valor
produzido.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
99
Quadro 3.2 Lavoura Temporária - Área plantada, valor da produção e participações relativas
nos totais 2010
Área
(he) (%)
Valor
(mil reais) (%)
Abacaxi 140 7,3 2.800 57,1
Amendoim 40 2,1 72 1,5
Batata - doce 15 0,8 57 1,2
Fava (em grão) 40 2,1 40 0,8
Feijão (em grão) 210 11,0 210 4,3
Fumo (em folha) 3 0,2 16 0,3
Girassol (em grão) 307 16,0 8 0,2
Mandioca 900 47,0 1.584 32,3
Melancia 20 1,0 56 1,1
Milho 240 12,5 48 1,0
Tomate 1 0,1 11 0,2
Total 1.916 100,0 4.902 100,0
Fonte: IBGE. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
Apresenta-se, em seguida, tabela similar para as informações da lavoura permanente. Como
esperado, as lavouras permanentes ocupam áreas maiores, mas valores de produção também
mais elevados que os das culturas de lavoura temporária. Para as lavouras permanentes as
maiores áreas correspondem também aos maiores valores de produção, destacando-se o
Coco-da-baía, com 62,6% da área total cultivada e 68,6% do valor total. Outra cultura de
destaque é a de laranja, com 32% da área de cultivo e 21,4% do valor produzido.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
100
Quadro 3.3 Lavoura Permanente - Área plantada, valor da produção e participações relativas
nos totais 2010
Área (he) (%)
Valor
(mil reais) (%)
Banana (cacho) 124 1,5 926 2,3
Coco-da-baía 5.295 62,6 28.073 68,6
Laranja 2.702 32,0 8.754 21,4
Limão 14 0,2 52 0,1
Mamão 51 0,6 1.093 2,7
Manga 116 1,4 1.305 3,2
Maracujá 148 1,8 674 1,6
Tangerina 6 0,1 33 0,1
Total 8.456 100,0 40.910 100,0
Fonte: IBGE. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
De acordo com os dados do Cadastro Central das Empresas do IBGE, Estância possuía em 2010
12 empresas atuantes no setor agropecuário sendo responsável por 122 pessoas ocupadas.
Coincidentemente esses números correspondem a 1,2% das empresas e das pessoas ocupadas
totais na cidade.
Completando a caracterização do setor agropecuário merecem ainda menção a coleta de
castanha de caju (valor de 7mil reais) e a fruta da mangaba (valor de 60mil reais), além dos
rebanhos de galos (68.865 cabeças), galinhas (54.105) e bovinos (28.000).
Para os setores industrial e de serviços lamentavelmente os dados são mais escassos para o
nível da municipalidade de Estância. O que segue são os dados disponibilizados pelo Cadastro
Central das Empresas do IBGE para 2010. Vale a nota de que alguns dados foram sigilados por
terem menos de três informantes.
O setor industrial possui 86 unidades empresariais, perfazendo 9,5% do total de empresas
levantadas pelo IBGE. Trata-se de um setor relativamente dinâmico na cidade, uma vez que
9,5% das unidades empresariais é responsável por 46% do Valor Agregado Bruto do município.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
101
Gráfico 3.3 Distribuição das empresas industriais de Estância 2010
Fonte: IBGE. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
A grande maioria das empresas industriais de Estância opera na Indústria de Transformação
(70%), com as empresas de construção na segunda colocação (23%). O número de pessoas
ocupadas no setor da Indústria é de 2.755, o equivalente a 30,1% do total das pessoas
ocupadas segundo Cadastro Central das Empresas. As pessoas ocupadas na indústria se
distribuíram da seguinte forma:
PMSB Estância-SE Diagnóstico
102
Gráfico 3.4 Estância - Distribuição do Pessoal ocupado na Indústria 2010
Fonte: IBGE – Cadastro Central das Empresas 2010. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014.
Os dados para as atividades de indústria extrativa e de eletricidade e gás foram sigilados.
Podemos ver que a atividade da indústria de transformação concentra 88% das pessoas
ocupadas na indústria em geral.
O setor de serviços, por sua vez, corresponde a 89,2% de todas as unidades empresariais na
cidade, totalizando 806 empreendimentos. A atividade com maior número de empresas é a de
“Comércio; Reparação de veículos automotores e motocicletas”, com 56%, seguida de “Outras
atividades de serviços” que correspondem a 15%, “Alojamento e Alimentação” com
participação percentual de 6% e “Transporte, Armazenagem e Correio” com 5%. Somadas,
totalizam 82% do total de empresas, que se distribuem em 13 grupos de atividades18.
Em termos de pessoal ocupado no setor, o comércio mantém-se como mais expressivo, com
39% das 6.272 pessoas ocupadas ligadas a essa atividade (adicionada de reparo de automóveis
e motocicletas). A segunda posição nesse quesito é da Administração pública, com 31%, ou
seja, juntas, essas duas atividades são responsáveis por 70% do pessoal ocupado em Estância.
As atividades de Saúde e Educação, somadas correspondem a 12% do total do setor.
18 Classificadas de acordo com CNAE 2.0.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
103
Não tendo informações disponíveis sobre a produção industrial e de serviços, propõe-se uma
aproximação do tema através dos dados de comércio exterior da Secretaria de Comércio
Exterior (SECEX). Decidiu-se manter para a análise o ano de 2010, para que se pudesse usar de
parâmetro os dados abordados até este ponto.
Apesar de ser a quinta mais dinâmica economia do estado, Estância apresenta-se como
principal centro exportador do Sergipe, sendo responsável por 61,2% do total do valor
exportado em 2010. Aracaju, capital sergipana, possui coeficiente bastante reduzido, de
apenas 0,9% das exportações. Concentra, por outro lado 34,7% das importações do estado.
Quadro 3.4 Participação relativa dos municípios no comércio exterior do Sergipe 2010 (em
percentagem)
Exportações Importações
Estância 61,2 3,8
Frei Paulo 23,9 0,3
Laranjeiras 8,6 14,9
São Domingos 2,7 0,0
Simão Dias 2,0 0,9
Aracaju 0,9 34,7
Nossa Senhora do
Socorro 0,5 9,9
Riachuelo 0,3 0,0
Fonte: MDIC, SECEX, DEPLA. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
Nota-se ainda que Estância cumpre papel superavitário no comércio exterior estadual. Nesse
sentido, não se pode comparar diretamente a participação relativa estanciana nas exportações
e importações. É preciso recorrer aos dados absolutos. O total exportado pela cidade foi de
US$ 42.991.908,00, ao passo que o importado somou US$ 6.825.358,00, resultando num saldo
positivo de US$ 36.166.550,00. Para base de comparação, o saldo total para o Sergipe foi
negativo, de US$ 109.618.006.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
104
Do total importado no município, 74,49% foi de Bens de Capital e 25,07% de insumos
industriais, com o resíduo correspondendo a bens de consumo, em especial não duráveis. Essa
pauta de importação reflete perfeitamente o perfil de divisão setorial do produto de Estância
com forte participação da indústria. De uma pauta de importação de 41 itens, destacaram-se
“OUTS.MÁQS.APARELHOS D/IMPRESSÃO P/OFSET” (32,81%); “MAQUINAS
FERRAM.P/CISALHAR METAIS, C/COMANDO NUMERICO” (9,27%); e “OUTROS FORNOS
INDUSTRIAIS OU DE LABORATORIO, N/ELETRICOS” (7,44%). Somados, esses itens perfazem
praticamente 50% das importações destacadas para Estância.
Com o foco nas exportações, tem-se a participação quase total (91,91%) dos Bens de Consumo
não Durável. Os Insumos industriais, por sua vez, correspondem a 6,57%, somando 98,5% do
total exportado.
A pauta exportadora de Estância revela que a participação industrial relativamente elevada
está fortemente calcada no beneficiamento e transformação de frutas, com peso notável da
laranja e fabricação de seu suco. O item “SUCOS DE LARANJAS, CONGELADOS, NAO
FERMENTADOS” é responsável, isoladamente por 66,84% do total exportado e os outros itens
que seguem, por participação relativa também são ligados ao beneficiamento do cítrico. O
item “OUTROS SUCOS DE LARANJAS, NAO FERMENTADOS” corresponde a 13,09% e “OUTROS
OLEOS ESSENCIAIS, DE LARANJA” a 6,34%. Somando, temos 86,27% do total exportado de
Estância, sendo que da totalidade da pauta, 99,9% provém do beneficiamento de frutas (como
por exemplo, o abacaxi).
3.1.1. Convênios
O levantamento de convênios realizados junto ao governo federal aponta, entre 1996 e 2014,
um total de 122 convênios abertos. Eles se distribuem da seguinte forma, por Área:
PMSB Estância-SE Diagnóstico
105
Gráfico 3.5. Estância - Distribuição dos Convênios por Área 1996-2014
Fonte: CGU. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
Em termos de número de convênios, as principais áreas contempladas foram Educação (23,
totalizando 18,9%) e Saúde (19, correspondendo a 15,6%), seguidas por Saneamento (16,
equivalente a 13,1%) e Desenvolvimento Urbano (15, perfazendo 12,3%) – neste último item
ressaltaram-se convênios para obras de pavimentação.
Ao se olhar para a distribuição total do valor conveniado para o mesmo período, percebe-se
que sua distribuição por área se deu de maneira distinta, não correspondendo exatamente a
aquela verificada para o número de convênios. O montante de R$28.602.214,91 foi assim
distribuído:
PMSB Estância-SE Diagnóstico
106
Gráfico 3.6 Estância - Distribuição do Valor Conveniado por Área 1996-2014 (em
porcentagem)
Fonte: CGU. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
A principal área beneficiária do montante conveniado é Cultura (22,5%, ou R$6.444.122,23),
que corresponde apenas a 10,7% (13) do número total de convênios firmados. Destacaram-se
nessa área os recursos para construção de quadras esportivas e centros culturais. Embora
Educação e Saúde totalizem pouco mais de um terço do número de convênios realizados no
período, em termos de recursos não chegam a alcançar um quarto da somatória total. A
segunda maior participação foi de convênios ligados ao Des. Urbano (16,5%, R$4.712.350,00).
Além dos recursos destinados a Cultura e Des. Urbano, destacaram-se aqueles
correspondentes ao Saneamento (14,9%, R$4.258.606,67) e Desenvolvimento Agrário (12,4%,
R$3.547.695,00), ambas com maior participação no total conveniado em relação ao número
de convênios.
O valor médio por convênio firmado ficou no patamar de R$234.444,38 levando em
consideração o universo de 122 convênios. O gráfico seguinte apresenta uma comparação do
valor médio conveniado por área, levando em consideração a distribuição previamente
apresentada.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
107
Gráfico 3.7 Estância - Média do Valor Conveniado por Área 1996-2014
Fonte: CGU. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
Como esperado, a média apresentada foi maior para as áreas com maior participação no total
do valor conveniado e que tiveram participação nesse montante superior àquela verificada na
simples distribuição do número de convênios firmados. Quatro áreas obtiveram médias
superiores à média geral, foram: Cultura (R$ 495.701,71), Des. Urbano (R$ 314.156,67), Des.
Agrário (R$ 295.641,25) e Saneamento (R$ 266.162,92).
Essa disposição de valores, entretanto, se altera ao se levar em consideração não o Total do
Valor Conveniado, mas o efetivamente Liberado. A primeira cifra nos dá uma boa noção dos
esforços das autoridades e instituições públicas para transformar e gerir a cidade, mas a
segunda nos permite ter um quadro mais próximo do que efetivamente ocorreu.
O Valor Total Liberado entre 1996-2014 somou R$16.780.352,47, o que equivale a 58,7% do
Valor Total Conveniado, sendo que as participações relativas distribuíram-se da seguinte
forma:
PMSB Estância-SE Diagnóstico
108
Gráfico 3.8 Estância - Distribuição do Valor Liberado por Área 1996-2014 (%)
Fonte: CGU. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
Houve troca de posições ao se listar as Áreas que obtiveram maior parcela de recursos. Pelo
critério do Valor Liberado, Des. Agrário passa a ter a principal cifra, com 20,8%
(R$3.489.445,00). A segunda participação mais expressiva passa a ser da Educação com 16,8%
(R$2.815.979,54), seguida por Saneamento 16,3% (R$2.732.432,29), Des. Urbano 12,4%
(R$2.078.349,25) e Cultura 11,7% (R$1.971.013,21). Embora haja perceptível alteração nas
participações relativas de cada Área, quando comparadas às relativas ao Valor Total
Conveniado, vale notar que não há alteração na lista das cinco Áreas que ficaram com a maior
parte dos Recursos Liberados.
A média do Valor Liberado estabeleceu-se em R$ 137.543,87 tomando os 122 convênios, mas
sobe para R$188.543,30 levando em consideração apenas os 89 em que houve alguma
liberação efetiva de verba. Para esse mesmo conjunto efetivo de liberações temos as seguintes
médias por Área:
PMSB Estância-SE Diagnóstico
109
Gráfico 3.9 Estância - Média do Valor Liberado por Área 1996-2014
Fonte: CGU. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
Ao tomarmos a média do Valor Liberado por Área percebe-se que Saneamento passa ter a
maior média (R$ 303.603,59), seguido de Des. Agrário (R$ 290.787,08), Des. Urbano (R$
230.927,69) e Cultura (R$ 219.001,47). Essa alteração entre as quatro maiores médias se deve,
em grande parte, ao fato de se considerar um universo menor, de 89 convênios com alguma
liberação de verba. Entretanto, não houve alteração da lista das quatro maiores médias,
apenas nas suas posições.
Outro ponto importante de análise remete à Situação do convênio. O gráfico abaixo mostra
que entre os convênios listados entre 1996-2014 metade foi concluído19.
19 Para uma definição completa do que significa cada situação de convênio, acessar o sítio: http://www.portaltransparencia.gov.br/faleConosco/perguntas-tema-convenios.asp#3 .
PMSB Estância-SE Diagnóstico
110
Gráfico 3.10 Estância - Distribuição por Situação 1996-2014 (em porcentagem)
Fonte: CGU. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
Os convênios em situação adimplente (15,6%) e os excluídos (9,8%) são os seguintes em maior
representatividade. Somados aos concluídos, essas três situações abrangem 75% dos
convênios disponibilizados pela CGU entre 1996 e 2014.
Dividindo as possíveis situações em dois grupos, sendo o Grupo 1 formado pelas situações
“Adimplente”, “Concluído”, “Em Execução”, Inadimplência Suspensa”, Prestação de Contas
Aprovada” e Prestação de Contas enviada para a Análise”; e o Grupo 2 conformado por
“Anulado”, “Arquivado”, “Excluído” e “Inadimplente”, tem-se a seguinte distribuição:
PMSB Estância-SE Diagnóstico
111
Gráfico 3.11 Estância - Distribuição de Grupos de situação por Área de Convênio 1996-2014
Fonte: CGU. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
Esse gráfico permite não só visualizar a incidência das Áreas dos convênios, mas ainda ter uma
aproximação do seu resultado (sucesso ou fracasso). O Grupo 1 foi maioria em todas as Áreas
conveniadas. O Grupo 2 teve maior peso relativo nas áreas de Habitação, Saneamento e Des.
Social. Quando, de fato, olha-se para a totalidade das situações integrantes do Grupo 2, vê-se
que as áreas de Habitação e Saneamento perfazem, sozinhas, 50% dos casos de convênios com
algum empecilho. O gráfico abaixo permite visualizar as participações relativas das Áreas
nesses dois grupos de situações que criamos. O anel exterior diz respeito ao Grupo 2 e o anel
interior ao Grupo 1.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
112
Gráfico 3.12 Estância - Distribuição por Área dos Grupos de situação 1996-2014
f
Fonte: CGU. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014.
Dos casos verificados no Grupo 1, Educação Des. Social e Des. Urbanos são os mais
significativos, somando pouco mais da metade dos convênios em situação regular.
3.1.2. Royalties do Petróleo
A análise desses dados de convênios dá referência para avaliar o possível impacto do uso de
recursos de royalties do petróleo para impulsionar políticas urbanas – em seu sentido amplo –
em Estância20. Entre 2006 e 2013 o estado do Sergipe recebeu R$172.941.917,20 em royalties
de petróleo21. Desse montante, R$8.315.765,89 foram para o município de Estância. Essa
somatória representou 4,81% do total recebido pelo estado. Julga-se uma quantia relevante
no sentido de impulsionar políticas municipais, uma vez que essa quantia perfaz 49,56% do
Valor Liberado em convênios com o governo federal, para um período mais extenso, entre
1996 e 2014.
20 O sítio de internet do TCE de Sergipe veiculou no dia 10/07/2014 matéria afirmando que será elaborada norma específica para aplicação desses recursos no estado. A matéria pode ser lida em http://www.tce.se.gov.br/sitev2/conteudo.ler.php?id=6701. 21 Dados corrigidos pelo IGP-DI para dezembro de 2013.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
113
A média anual do repasse de royalties do petróleo para Estância, entre 2006 e2013 foi de
R$1.043.943,17. Houve leve decréscimo do montante repassado no mesmo período, embora
tenha se apresentado irregular. O gráfico abaixo mostra os valores repassados e a participação
relativa de Estância no total de valores relativos a royalties repassados no estado de Sergipe.
Percebe-se que a série mostra comportamento irregular, terminando em patamar levemente
inferior ao iniciado. Nota-se ainda uma queda da participação relativa dos repasses para
Estância em relação ao total do Estado, de 5,78% no início da série para 5,10% em 2013. Isso
reflete um crescimento maior do montante apropriado no estado do que aquele do município,
em especial depois de 2009.
De fato, ao se calcular a taxa média anual de crescimento do repasse de royalties do município
e do estado, vemos que o primeiro fica em -0,38% enquanto o segundo atinge 1,21%, para o
período entre 2006 e 2013. Essa taxa praticamente nula do município esconde um período de
volatilidade considerável do repasse de royalties, como mostram os gráficos.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
114
Gráfico 3.13 Repasse de royalties do petróleo para Estância - 2006-2013 - valores e part.
relativa (%)
Fonte: Secretaria da Fazenda do estado do Sergipe. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
Ao se tomar os dados do munícipio em contrapartida aos do estado, fica fácil notar o
descolamento das séries depois de 2009. Para o ano de 2010 vê-se que, enquanto houve
aumento real do valor de royalties no estado do Sergipe, Estância manteve a tendência de
queda apresentada desde 2008. O descolamento se agrava em 2011, mas passa a ser revertido
desde então. No último ano da série, inclusive, cai o valor total para o estado enquanto
Estância ainda vê crescimento, mesmo que menor.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
115
Gráfico 3.14 Repasse de royalties do petróleo para Estância e Sergipe 2006-2013
Fonte: Secretaria da Fazenda do estado do Sergipe. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
Levando em consideração apenas os últimos três anos da série (2011 a 2013), o repasse de
royalties do petróleo para o município apresentou crescimento anual médio de 10,13% ao
passo que para o Sergipe, no mesmo período, a taxa foi de 1,15%. Entretanto, é necessário
ressaltar que mesmo com esse crescimento no curto período recente, os valores atualizados
de 2013 em Estância não alcançam os obtidos em 2006.
Ao se adotar a média anual de repasse como referência (R$1.043.943,17) e projetando a
mesma média de crescimento anual para os próximos vinte anos (aproximadamente nula),
espera-se que em 2034 o valor acumulado recebido pelo município atinja R$ 21.922.806,48
entre 2014 e o referido ano, sem considerar possíveis flutuações inflacionárias. Trata-se de um
montante considerável para ampliação das possibilidades de política pública para Estância,
num cenário de manutenção das estatísticas apresentadas e que depende, em larga medida,
dos patamares de preço do petróleo de qualidade similar ditado em mercados internacionais,
de notável volatilidade.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
116
3.2. Situação econômico-financeira de prestação de serviços públicos de água e
esgoto
Análise da situação atual dos serviços (água, esgoto, resíduos e drenagem) e análise de
viabilidade e sustentabilidade econômico-financeira da prestação dos mesmos serviços no
curto médio e longo prazo. Enfoque na SAAE Estância (água e esgoto) e na política da
Secretaria de Agricultura para perfuração de poços tubulares profundos em comunidades
rurais.
3.2.1. Política e tarifa
Estes serviços de saneamento são cobrados diretamente do consumidor final através da tarifa.
3.2.2. Renda domiciliar, taxa de água e esgoto e tarifa social.
A seguir analisamos a relação entre os tópicos, dando ênfase ao custo do serviço para as
famílias de baixa renda, a abrangência da tarifa social e o retorno para o SAAE.
A Renda Média Domiciliar para o município de Estância, segundo dados do Censo Demográfico
de 2010 do IBGE foi de R$1.561,1422. Numa primeira vista, parece ser um valor relativamente
alto, considerando a inserção e dinâmica econômicas do município. Para colocarmos essa cifra
em perspectiva escolheu-se por adotar indicadores auxiliares, que compõem um cenário mais
acurado da Renda.
A primeira estatística de que se fará uso é a do rendimento mediano mensal das pessoas de 10
ou mais anos de idade, com rendimento. Esse valor mediano corresponde ao rendimento que
distribui de forma equânime a população referida ao seu redor. Em outros termos, chega-se a
um valor que divide pela metade a totalidade dos casos analisados. Para o ano de 2010, em
Estância, esse valor foi de R$510,00. Isso significa que 50% da população da cidade ganhavam
até esse montante e os outros 50% ganhavam mais que isso. Levando-se em consideração que
para o mesmo ano o valor do salário mínimo era exatamente esse, podemos dizer que, então,
metade da população da cidade ganhava até um salário mínimo. Esse valor fica ainda,
evidentemente, abaixo do apresentado para o domicílio porque se trata de um valor que diz
respeito à renda pessoal e não de uma unidade que agrega mais de uma pessoa.
22 Esse valor foi obtido multiplicando-se a média de moradores por domicílio do município (3,53) pelo valor médio do rendimento mensal domiciliar per capita, todos para o referido ano de 2010.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
117
Escolheu-se, em seguida, apresentar a distribuição dos domicílios do município por classe de
rendimento mensal domiciliar. Os dados seguem no gráfico a seguir.
Gráfico3.15 Estância - Domicílios particulares permanentes por classes de rendimento
nominal mensal domiciliar 2010.
Fonte: Censo Demográfico 2010 IBGE. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
Em primeiro lugar, percebe-se que, de forma isolada, do universo de 18.214 domicílios de
Estância em 2010, 32% - praticamente um terço – possuem rendimento entre 1 e 2 salários
mínimos. A segunda maior participação relativa ficou por conta dos domicílios cujo
rendimento situou-se entre 2 e 5 salários mínimos, perfazendo 28% do total. Em terceiro lugar
figuraram domicílios com rendimento mensal entre ½ e 1 salário mínimo.
Esses dados contribuem muito para ver-se um quadro de grande presença de pobreza no
município. Tem-se quase um terço (29,9%) de domicílios com rendimento igual ou inferior a
um salário mínimo, incluindo-se aí os domicílios sem qualquer rendimento.
Numa outra agregação possível, pode-se afirmar que praticamente metade dos domicílios do
município (49,1%) possui rendimento entre ½ e 2 salários mínimos. Ou ainda, que a maioria
dos domicílios (61,7%) recebe até 2 salários mínimos.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
118
Complementando esse cenário, segundo dados da PNUD para 2010, uma parcela de 80% da
população de Estância se apropriava de 44,02% da Renda para o mesmo ano, ao passo que os
restantes 20% (mais ricos) eram responsáveis pela apropriação dos 55,98% restantes. Trata-se
de um cenário de pobreza agravado por traços notáveis de desigualdade social.
A partir do exposto, apresenta-se uma breve análise do impacto da tarifa de água em relação
aos rendimentos dos domicílios. De início, é importante atentar que, segundo dados do
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) para o ano de 2010, 93,57% das
economias de água em Estância eram de economias residenciais23. Por conta de tamanha
representatividade dentro do total, escolheu-se por focar no caso residencial para tarifa social
e normal. Embora os dados aqui apresentados para rendimento domiciliar médio sejam do
Censo de 2010, optou-se por se utilizar a tabela de preços aprovada segundo Lei Municipal nº
1.633 de 09 de Setembro de 2013. Justifica-se tal escolha pela qualidade dos Dados do Censo
Demográfico e atualizou-se os valores necessários a partir do INPC do IBGE.
Seguem as tabelas de preços praticados pela SAAE para Residência do tipo Social e do tipo
Normal em vigor:
Quadro 3.5 Tarifa residencial social - SAAE
R1 Residencial Social Tarifa (R$)
0-10 10,17
Consumo excedente (por m3)
11-20 3,08
21-30 6,51
31-50 7,9
51-100 11,22
acima de 100 20,61
Fonte: Lei 1.633 do Município de Estância de 09/09/2013
23 A definição de economia para os cálculos que seguem se deu por maior proximidade à noção de domicílio do que a de ligação. Segundo Glossário do Saneamento, economia é Imóvel de uma única ocupação, ou subdivisão de imóvel com ocupação independente das demais, perfeitamente identificável ou comprovável em função da finalidade de sua ocupação legal, dotado de instalação privativa ou comum para o uso dos serviços de abastecimento de água ou de coleta de esgoto. Ex: um prédio com 10 apartamentos possui uma ligação e 10 economias.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
119
Quadro 3.6 Tarifa residencial normal - SAAE
R2 Residencial Normal Tarifa (R$)
0-10 15,93
Consumo excedente (por m3)
11-20 3,08
21-30 6,51
31-50 7,9
51-100 11,22
acima de 100 20,61
Fonte: Lei 1.633 do Município de Estância de 09/09/2013
Segundo informações disponibilizadas através do SNIS, a tarifa social em Estância impõe
algumas exigências para ser aplicada. Em primeiro lugar, o usuário deve estar cadastrado tanto
no Bolsa Família quanto no Cadastro Único para Programas Sociais. Adicionalmente, impõe-se
o volume máximo de 10m3 sobre o que se aplica a tarifa de consumo mínimo (de R$10,17
aprovada em 2013).
Para um domicílio de rendimento igual ao salário mínimo de 2010 atualizado para o ano de
2013 pelo INPC essa fatura corresponderia a 1,65% do rendimento do domicílio, estimado em
R$617,3124. A incidência de tarifa social, entretanto, poderia ser considerada para rendimentos
domiciliares inferiores ao salário mínimo.
De fato, como quase um terço dos domicílios do município apresenta rendimentos no máximo
iguais a um salário mínimo, poderíamos adotar o valor médio de 60% do salário mínimo de
rendimento médio domiciliar como parâmetro (R$370,39). Nesses termos, a fatura média com
valores da tabela residencial social representaria 2,75% do rendimento domiciliar médio.
É importante notar que pelos dados apresentados pelo SNIS para 2012, dentro dos parâmetros
estipulados pela política adotada para tarifa social, tinha-se um total de 177 economias
beneficiadas. Essas economias representam 1,2% do total de economias residenciais ativas
24 Não se utilizou diretamente o valor do salário mínimo de 2013, pois as proporções e distribuições de domicílios por classe de rendimento mensal foram feitos para o salário de 2010.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
120
(14.810) no mesmo ano. Em face da caracterização dos domicílios por classe de renda é
possível afirmar que a base de beneficiários da tarifa social encontra-se demasiado
comprimida. Tem-se como evidência que 5% dos domicílios no município não possuíam
qualquer rendimento e 8% recebiam até ½ salário mínimo. Isso totaliza 13% de domicílios com
rendimento nulo ou de até ½ salário mínimo, enquanto apenas 1,2% das economias
residenciais são beneficiadas pela tarifa social.
Partindo para a tabela residencial normal, a fatura média, seguindo raciocínio análogo ao
apresentado anteriormente, a fatura média seria de R$26,71. Esse valor é obtido
multiplicando-se o consumo médio mensal por economia (de 13,5 m3 por mês por economia)
pelos valores da tabela normal, valor 162,64% superior ao apresentado pela tabela de tarifa
social, para um consumo potencialmente apenas 35% maior. Para um domicílio de rendimento
de salário mínimo atualizado para 2013, essa fatura representaria 4,33% do rendimento
domiciliar. Pode-se ainda calcular o peso dessa fatura no orçamento do domicílio de renda
média do município. O valor apresentado no início da análise, de R$1.561,14 para 2010,
passaria a R$1.889,63 atualizado para 2013 e a fatura média seria 1,41% dessa quantia. Mais
significativo, entretanto, é compará-lo à combinação de classes cuja renda média varia entre ½
e 2 salários mínimos, caso representativo de aproximadamente metade dos domicílios da
cidade e que engloba a classe mais expressiva em termos representativos. Para um
rendimento de R$771,74 (ou 1,25 Salários Mínimos atualizados para 2013) a fatura
representaria 3,46% do rendimento domiciliar.
Em conclusão, é preciso salientar que os valores aqui apresentados referentes ao dispêndio
com serviço de Água apresentaram-se superiores a aqueles constatados pela Pesquisa de
Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, realizada para 2008-2009 para o Nordeste do país. A
POF indica que o dispêndio médio de uma família com rendimento de até R$830,00
(R$1.113,77 em valores atualizados para 2013) seria de 1,4% da sua despesa total com serviço
de Água e Esgoto. Aqui comparamos o gasto com esse serviço em relação a classes de
rendimento e não à despesa, mas é importante ter em mente essa referência.
3.2.5. Orçamento Anual de Custos e Investimentos
Até este ponto deu-se ênfase para a situação de domicílios e famílias, consumidoras do serviço
de abastecimento de água em Estância. Mostra-se relevante tecer alguns comentários sobre a
situação econômico-financeira da empresa (autarquia) responsável pelo serviço, Serviço
PMSB Estância-SE Diagnóstico
121
Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). Para tanto, serão utilizados indicadores do SNIS para o
ano de 2012, entrada mais recente disponível para consulta.
Em primeiro lugar, é necessário deixar explícito que a operação da SAAE resume-se em
essência à atividade de abastecimento de água, com as atividades relativas à operação com
esgoto mostrando representatividade nula nas receitas operacionais da empresa. De fato,
enquanto o índice de atendimento urbano de água é de 100% (85,15% de atendimento total),
o índice de atendimento urbano de esgoto para o mesmo ano foi de 1,87% apenas, com índice
de coleta inferior à unidade percentual.
Por conta desse cenário, 95,58% das receitas operacionais da SAAE provém da operação
diretamente ligada à água, com os outros 4,42% da receita operacional sendo oriundas de
atividades indiretas como cortes, religamentos, etc. Essas receitas operacionais superaram as
despesas totais em 2012, obtendo-se um indicador de desempenho financeiro de 107,5%. De
fato, entre 2009 e 2012 a SAAE obteve esse indicador superior a 100% em três anos. Isso
indica que as operações da SAAE tem sido rentáveis, cobrindo valores de despesa com alguma
folga. Para o ano de 2012, as receitas operacionais superaram as despesas totais em
R$503.324,70. A autarquia possui ainda um ativo a receber de R$914.904,77 em contas.
O investimento total realizado foi de R$1.159.435,81, o que correspondeu a 28,8% da Despesa
Total. Do ponto de vista da origem desses recursos é louvável que a totalidade do montante
investido tenha advindo de recursos próprios, sem onerar as contas da SAAE com empréstimos
e compromissos futuros a serem pagos. Do ponto de vista do destino, a principal parcela do
total investido foi sob a alcunha “outros” 25 (82,21%), enquanto o investimento em
abastecimento de água atingiu R$206.277,56, perfazendo 17,79% do total investido no ano.
25 Segundo Glossário do SNIS trata-se de valor anual investido em aquisição de bens, equipamentos e instalações, não contabilizados nos investimentos realizados em abastecimento de água ou em esgotamento sanitário. Considerar também aplicações em instalações físicas e administrativas de novos serviços, organização ou reorganização de sistemas administrativos, contabilizados no Ativo Diferido.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
122
Quadro 3.7 SAAE - Síntese Econômico-Financeira 2012
Receitas Operacionais
Totais (a) Despesas Totais (b) Diferença (a)-(b)
R$4.532.143,76 R$4.028.819,06 R$503.324,70
Crédito de Contas a
receber Investimento Total Inv. Abast. Água
R$914.904,77 R$1.159.435,81 R$206.277,56
Invest. / Despesa (%) Invest. Com Recursos
Próprios (%)
Inv. Água / Inv. Total
(%)
28,8 100 17,79
Fonte: SNIS. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
Um olhar mais detido sobre as despesas mostra que mais da metade (58%) destinou-se ao
pagamento de pessoal, sendo os dispêndios com energia elétrica (14%) e serviços de terceiros
(11%) seus outros itens mais representativos. Somadas, essas despesas correspondem a mais
de 80% das despesas totais da SAAE.
Gráfico 3.16 SAAE - Despesa total por componente 2012
F
onte: SNIS. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
123
Se a situação econômica da autarquia atualmente é satisfatória, cabe apontar possíveis fontes
futuras de tensão. Acredita-se que a futura operação e tratamento do esgoto possam, de
início, pressionar os gastos operacionais. A recuperação desse gasto, repassado à tarifa, deve
acentuar a pressão que o gasto com água e esgoto tem sobre os orçamentos familiares,
especialmente no cenário de desigualdade social e presença marcante de rendimentos
inferiores a 2 salários mínimos.
3.3. Análise geral da sustentabilidade econômica da prestação dos serviços de
limpeza urbana e de manejos de resíduos sólidos urbanos
Já em relação aos serviços públicos de manejo de resíduos sólidos urbanos, identifica-se
primeiramente que este serviço não é cobrado diretamente através de tarifas, como ocorre
nos serviços de água e esgoto.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
124
4. Situação dos serviços de abastecimento de água potável
Estância conta com a abundância de recursos hídricos (ver mapas 4, 6, 15 e 16). Os rios
Piauitinga (principal fonte de captação de água na área urbana), Piauí, Biriba, Fundo, e
Gonçalves dias, e diversos outros rios secundários, ribeirões e córregos constituem a rede
hidrográfica do município.
Apesar da abundância de recursos hídricos disponíveis, diversos cursos d’água encontram-se
contaminados em decorrência do despejo direto de esgoto domiciliar e/ou industrial, assim
como os lençóis freáticos que recebem contribuição de fossas rudimentares, comprometendo
a qualidade das fontes de água potável para abastecimento atualmente.
Outro problema que atinge os cursos d’água é o desmatamento das matas ciliares, e a
degradação das nascentes, impulsionada também pela atividade pecuária, exploração ilegal de
areia e outros fatores que favorecem o assoreamento dos cursos locais (ver item 1.8).
Durante as atividades de campo e oficinas realizadas junto a população, houveram alguns
relatos sobre a diminuição da quantidade de água disponível, a piora da qualidade, e o
assoreamento dos cursos d’água ao longo dos últimos anos (ver anexo relatório de atividades).
Também foram identificados diversos casos onde os domicílios carecem de abastecimento
d’água, como é o caso do povoado de bairros situados em cotas altas de terreno no norte da
sede urbana, e os domicílios situados no final da linha de distribuição, onde falta pressão na
rede.
O caso mais grave identificado na área urbana, quanto a carência de abastecimento d’água e
interrupção do fornecimento é o caso do bairro Santo Antônio, onde a maioria dos domicílios
carecem de reservatório próprio (caixa d’água), e a água é fornecida a partir da madrugada,
mas acaba ao longo do dia. Por conta deste fato, diversas pessoas acabam buscando água com
balde nos primeiros pontos de saída já no período da madrugada. Agrava ainda mais a situação
o fato de algumas pessoas romperem a rede ilegalmente em seus pontos iniciais, para retirada
de água.
Já na área rural, o caso do Povoado de Tibúrcio (Local de Mobilização 13 – Tibúrcio / Ouricuri)
é o mais grave, com 32 domicílios (de um total de 56) abastecidos por uma fonte de água
barrenta (imprópria para o consumo) e os demais abastecidos por poço cacimba. Esta situação
PMSB Estância-SE Diagnóstico
125
associada à falta de banheiros (somente 1 domicílio possui) agrava ainda mais a situação de
acesso à água potável.
Apesar da situação exposta acima, de maneira geral o município não tem limitação quanto a
disponibilidade de recursos hídricos, estando o problema de fornecimento vinculado porém a
limitação de infraestrutura e a poluição dos cursos d’água e lençóis freáticos.
4.1 Caracterização da situação do abastecimento de água nos domicílios.
O IBGE classifica as diferentes formas de abastecimento de água do domicílio como:
Rede geral de distribuição - quando o domicílio ou o terreno, ou a propriedade onde estava
localizado, estava ligado a uma rede geral de distribuição de água;
Poço ou nascente na propriedade - quando o domicílio era servido por água proveniente de
poço ou nascente localizado no terreno ou na propriedade onde estava construído;
Água de chuva armazenada em cisterna - quando o domicílio era servido por água de chuva
armazenada em cisterna, caixa de cimento etc.
Outra - quando a forma de abastecimento de água do domicílio era proveniente de poço ou
nascente fora da propriedade, carro-pipa, água da chuva armazenada de outra forma, rio,
açude, lago ou igarapé ou outra forma de abastecimento de água, diferente das descritas
anteriormente.
Quanto a situação do abastecimento de água em Estância, segundo o Censo IBGE 2010,
83,12% dos domicílios (93,6% dos urbanos e 26,49% dos rurais) estavam ligados a rede geral,
outros 9,18% (2,87% dos urbanos e 43,33% dos rurais) tinham poço ou nascente na
propriedade. Foram também identificados 99 (0,54%) casos onde o domicilio armazenava água
em cisterna, e outros 1.302 (7,16%) casos onde o abastecimento se dava por outra forma,
inclusive formas não regulares e precárias. A tabela, gráfico e mapas26 à seguir apresentam
detalhadamente a caracterização geral do abastecimento de água em Estância.
26 Os mapas apresentados a seguir, tem como unidade de medida o número de domicílios. Já os números que aparecem no interior do mapa se referem aos dígitos finais do setor censitário, fazendo alusão as tabelas 4.2, e 4.3.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
126
Tabela 4.1 Situação do abastecimento d’água por Domicílios
Tipo de abastecimento de água
Dom. com abastecimento de água da rede geral
Poço ou nascente na propriedade
agua de chuva armazenada em cisterna
outra forma de abastecimento Total
Total Geral 15123 1671 99 1302 18195 (%) 83,12% 9,18% 0,54% 7,16% 100%
Urbano 1 (domicílios) 14273 175 13 513 14974 (%) 95,32% 1,17% 0,09% 3,43% 100%
Urbano 2 (domicílios) 98 266 2 16 382 (%) 25,65% 69,63% 0,52% 4,19% 100,00%
Total Urbano (dom.) 14371 441 15 529 15356 (%) 93,59% 2,87% 0,10% 3,44% 100%
Povoados, Colônias e Assentamentos (dom.) 594 948 78 462 2082
(%) 28,53% 45,53% 3,75% 22,19% 100% Rural Disperso (dom.) 158 282 6 311 757
(%) 20,87% 37,25% 0,79% 41,08% 100% Total Rural (dom.) 752 1230 84 773 2839
(%) 26,49% 43,33% 2,96% 27,23% 100% Fonte: IBGE 2010 – Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
Tabela 4.2 Situação do abastecimento d’água por Setores de Mobilização
Setor
Dom. com abastecimento de água da rede geral
Poço ou nascente na propriedade
agua de chuva armazenada em cisterna
outra forma de abastecimento
Total Domicílios
1.Sede Centro 7.286 37 0 50 8.014 2. Sede Sul 3.004 14 1 55 3.277 3. Sede Norte 3.347 127 0 376 3.793
4. Colônia Rio Fundo 180 0 0 3 208 5. Entre Rios 116 0 0 1 183 6. Estâncinha 14 122 0 45 117
7. Mato Grosso 2 18 0 0 183
8. Riachão do Teté (Nova Estancia, Cupim*, São José*, Saco do Barbosa) 0 112 45 64 165
9. Agua branca + PA Caio Prado + Granja Nanay + Junco + Capivaras) 95 36 0 31 221 10. Vertentes 0 107 2 55 41
11. Muculunduba, Taquari, Rio Fundo, Pastinho. 107 55 0 45 134 12. Ouricuri, Tibúrcio, Mocambo, 36 65 0 31 111
13. Farnaval + Gravatá + PA Roseli Nunes + Curimã 30 112 1 122 264 14 Abais 313 362 13 100 398 15 Porto do Mato 80 324 2 46 464 *Rural disperso 260 179 35 260 757 TOTAL 14.870 1.670 99 1.284 18.330
Fonte: IBGE 2010 – Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
127
Tabela 4.3 Situação do abastecimento d’água por Setores Censitário
Nº do Setor Censitário Setor de mobilização
Dom. com abastecimento de água da rede geral
Poço ou nascente na propriedade
agua de chuva armazenada em cisterna
outra forma de abastecimento
V012 V013 V014 V015
1 1.Sede Centro 249 0 0 0
2 1.Sede Centro 216 0 0 0
3 1.Sede Centro 235 1 0 0
4 1.Sede Centro 348 0 0 9
5 1.Sede Centro 205 0 0 0
6 1.Sede Centro 270 0 0 0
7 2. Sede Sul 365 0 0 0
8 2. Sede Sul 431 1 0 5
9 2. Sede Sul 303 0 0 1
10 2. Sede Sul 173 0 0 1
11 2. Sede Sul 306 0 0 2
12 2. Sede Sul 116 0 0 3
13 2. Sede Sul 130 1 0 3
14 2. Sede Sul 158 0 0 11
15 2. Sede Sul 136 0 0 1
16 2. Sede Sul 244 1 0 1
17 1.Sede Centro 194 1 0 1
18 1.Sede Centro 125 0 0 2
19 1.Sede Centro 260 2 0 8
20 1.Sede Centro 322 1 0 3
21 1.Sede Centro 239 0 0 0
22 1.Sede Centro 296 0 0 0
23 1.Sede Centro 198 1 0 1
24 1.Sede Centro 250 1 0 1
25 1.Sede Centro 171 5 0 3
26 1.Sede Centro 195 8 0 9
27 1.Sede Centro 169 0 0 1
28 1.Sede Centro 218 3 0 0
29 1.Sede Centro 305 0 0 0
30 1.Sede Centro 201 0 0 0
31 1.Sede Centro 381 0 0 0
32 1.Sede Centro 185 0 0 1
33 1.Sede Centro 202 0 0 2
34 1.Sede Centro 245 0 0 0
35 1.Sede Centro 164 0 0 3
36 3. Sede Norte 262 10 0 4
37 3. Sede Norte 292 0 0 4
38 3. Sede Norte 100 0 0 114
39 3. Sede Norte 47 0 0 153
40 3. Sede Norte 162 0 0 8
41 3. Sede Norte 160 0 0 3
42 3. Sede Norte 278 0 0 0
43 3. Sede Norte 303 0 0 3
44 3. Sede Norte 242 0 0 1
45 3. Sede Norte 133 0 0 0
46 3. Sede Norte 154 0 0 2
47 3. Sede Norte 274 2 0 5
48 3. Sede Norte 257 0 0 2
49 3. Sede Norte 220 4 0 1
50 3. Sede Norte 8 88 0 16
51 3. Sede Norte 3 3 0 36
52 3. Sede Norte 0 21 11 8
53 14 Abais 13 32 0 3
54 14 Abais 8 20 1 0
PMSB Estância-SE Diagnóstico
128
Tabela 4.3.1 Situação do abastecimento d’água por Setores Censitário continuação
Nº do Setor Censitário Setor de mobilização
Dom. com abastecimen
to de água da rede geral
Poço ou nascente na propriedade
agua de chuva armazenada em
cisterna outra forma de abastecimento
V012 V013 V014 V015
55 14 Abais 26 82 1 4
56 14 Abais 41 51 0 5
57 14 Abais 1 50 0 1
58 15 Porto do Mato 23 44 0 2
59 15 Porto do Mato 13 14 0 1
60 15 Porto do mato (central) 43 180 0 36
61 15 Porto do Mato 23 77 0 4
62 14 Abais 2 18 0 0
63 7. Mato Grosso + Entre Rios 14 122 0 45
64 6. Estâncinha 116 0 0 1
65 5. Colônia Entre Rios 180 0 0 3
66 4. Colônia Rio Fundo 107 55 0 45
67 11. Muculunduba, 27 59 1 47
68 13. Farnaval, 3 53 0 75
69 13. Farnaval 36 65 0 31
70 12. Ouricuri, Tibúrcio, Mocambo. 9 40 30 32
71 Rural disperso 4 36 1 29
72 Rural disperso 0 36 2 6
73 15 Porto do Mato 0 0 0 0
74 Rural disperso 9 5 0 6
75 2. Sede Sul 193 0 1 19
76 Rural disperso 46 17 1 38
77 Rural disperso 1 73 2 139
78 Rural disperso 95 36 0 31
79 9. Agua branca + PA Caio Prado 0 112 45 64 80 8. Riachão do Teté 0 107 2 55
81 10. Vertente 0 20 0 21
82 3. Sede Norte 153 7 1 15
83 2. Sede Sul 251 0 0 6
84 2. Sede Sul 203 0 0 1
85 2. Sede Sul 207 0 0 0
86 1.Sede Centro 297 0 0 2
87 1.Sede Centro 163 0 0 0
88 1.Sede Centro 143 6 0 2
89 1.Sede Centro 164 2 0 0
90 1.Sede Centro 160 2 0 0
91 1.Sede Centro 265 2 0 3
92 1.Sede Centro 234 1 0 1
93 1.Sede Centro 288 0 0 0
94 3. Sede Norte 199 0 0 14
95 14 Abais 7 13 0 3
96 Rural disperso 3 79 0 62
97 14 Abais 0 0 0 0
98 1.Sede Centro 253 1 0 18 Fonte: Censo IBGE 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
129
Gráfico 4.1 Situação do abastecimento de água.
Fonte: Censo IBGE 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2013
Quadro 4.1 Síntese de abastecimento por tipo
Tipo de abastecimento Domicílios
Rede geral (V012) 15.123 Poço ou nascente na propriedade (V013) 1.671
Água de chuva armazenada em cisterna (V014) 99
Abastecimento de água - Outra (V015) 1.302
Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
130
Mapa 4.1 Domicílios com abastecimento de água na rede (V012)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
131
Mapa 4.2 Domicílios com abastecimento de água na rede. Sede. (V012)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
132
Mapa 4.3 Domicílios abastecidos por poço ou nascente na propriedade (V013)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
133
Mapa 4.4 Domicílios abastecidos por outra forma (V015)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
134
A partir dos dados expostos, pode-se considerar que o município tem boa cobertura de rede
de água na sede municipal, atingindo, no momento de realização do Censo, 83% da população
geral, sendo 93,6% dos domicílios urbanos. Outros 1.671 (2,97%) casos são abastecidos por
poço ou nascente na propriedade, e outros 1.302 (7,16%) casos tinham abastecimento de
outra forma. A análise das informações apresentadas espacialmente nos mapas, demonstram
que os domicílios com abastecimento por poço ou nascente, ou de outra forma estão
majoritariamente fora da área urbana da sede.
4.2 Concessão dos serviços de água
Os sistemas de abastecimento de água no município de Estância-SE, são realizados na sede
pela SAAE e no Litoral pela DESO. Diversos pontos das regiões rurais tem abastecimento
realizado pela Prefeitura municipal, onde destaca-se a atuação da Secretaria de Agricultura, na
operação e instalação de Poços.
Criado em 1967, pela lei nº274/1967, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE é uma
Autarquia Municipal que faz parte da administração Indireta do Município de Estância – SE,
tem como finalidade gerir o sistema de abastecimento de água do município, captar, tratar e
distribuir água potável, com observância dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Saúde, de
acordo com a Portaria - MS n.º 518/2004.
Figura4.2 : Organograma da estrutura do SAAE.
Fonte: SAAE 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
135
A Companhia de Desenvolvimento do Sergipe – DESO é uma empresa de economia mista
criada em 25 de agosto de 1969, responsável por estudos, projetos e execução de serviços de
abastecimento de água, esgotos e obras de saneamento. Tem como principal acionista o
Governo do Estado de Sergipe, que detém 99% do total de ações.
4.3 Sistema produtor de água existente.
O Sistema de Abastecimento de Água - SAA de Estância é composto por três subsistemas:
(1)Central, (2)Bairro Cidade Nova (Valter Cardoso Costa) e (3)Conjunto Albano Franco,
totalizando aproximadamente 100km27 de rede de distribuição.
4.3.1 Captação e Adução de Água Bruta
Subsistema Central é abastecido pelo rio Piauitinga, responsável pelo fornecimento de água a
cerca de 70% da extensão territorial da sede do município de Estância. A captação de água
bruta é realizada de forma superficial, através de uma barragem de elevação de nível em
concreto e com uma tubulação em ferro fundido de aproximadamente 200 mm de diâmetro.
O ponto de captação superficial está 200m distante da reservação. No entorno do manancial
foi observado um ponto de lançamento de esgoto in natura a jusante do ponto de captação e
pontos difusos de lançamento de esgoto doméstico. A unidade de captação, situada às
margens do rio Piauitinga retira um volume médio de 540 m3 de água com utilização de bomba
de sucção de vazão máxima de 601 m3/h e potência de 75cv, recalcando-o para a Estação de
Tratamento de água ETA – Rio Piauitinga através de tubulação em ferro fundido com diâmetro
aproximado de 200mm.
O Subsistema Bairro Cidade Nova é abastecido pelo Riacho Biriba, que é responsável pelo
fornecimento de água a cerca de 30% da extensão territorial da sede do município. A captação
de água bruta é feita de forma superficial através de uma tubulação de ferro fundido e
medindo 200 mm de diâmetro. A unidade de captação do Riacho Biriba retira
aproximadamente o volume de 144m3/h de água bruta com a utilização de dois conjuntos
moto-bombas funcionando de forma alternada com vazão de 144m3/h e potência de 75cv,
recalcando-o para a ETA – Bairro Cidade Nova, distante linearmente há 2,5 km, através de
adutora em PVC DeFoFo, medindo 150 mm de diâmetro e 3.415 metros de extensão,
recebendo um volume de aproximadamente 110m3 devido à perda de carga na elevação. O
Subsistema do Conjunto Albano Franco é abastecido por manancial subterrâneo por meio de
um poço artesiano e é responsável pelo abastecimento de água em cerca de 5% da extensão 27 Segundo dados do SAAE disponíveis na pagina da empresa em julho de 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
136
territorial do município estanciano. A unidade de Captação de água bruta submersa retira
aproximadamente o volume de 8m3 de água, recalcando-o para o reservatório elevado com
capacidade de armazenamento de 100m3 através de adutora em PVC com diâmetro de 75 mm
4.3.2 Tratamento
A estação de Tratamento ETA – Rio Piauitinga é do tipo convencional, e compreende as etapas
de floculação, decantação, filtração descendente e desinfecção de água bruta. Os filtros
realizam filtragem descendente e são lavados 2 filtros à cada 24horas em intervalos de 6
horas. O volume aduzido pela ETA é de 580 m3/h, sendo produzido 460m3/h.
A ETA – Bairro Cidade Nova, é do tipo simples e compreende as etapas de floculação, filtração
descendente e desinfecção. O volume aduzido é de 144m3/h, sendo produzido 110m3/h. A
filtragem da água é realizada de forma descendente e para lavagem dos filtros é utilizado um
volume de água de aproximadamente 23.000L. É utilizada a descarga de fundo de filtro para
lavagem dos mesmos e economia do volume demandado para lavagem.
O tratamento de água proveniente do Subsistema Conjunto Albano Franco compreende
apenas a desinfecção de água bruta com tabletes de hipoclorito de sódio
4.3.3 Casa Química e Laboratório
A casa química da ETA – Rio Piauitinga possui um pavimento e armazena em baias o sulfato de
alumínio Al2(SO4)3 e o fluossilicato de sódio Na2SiF6. O sulfato de alumínio é adicionado como
coagulante na forma de solução em um volume de 40 mg/s através de uma calha Parshall. Os
serviços de Adição de Cloro são terceirizados. A adição de cloro é realizada no tanque de
contato através de sistema o de dosadores instalados em dois cilindros com capacidade de 68
Kg cada um, instalados numa casa de gás e tem autonomia de 72 horas. A casa química da ETA
– Cidade Nova consiste em um pequeno pavimento onde fica armazenado o sulfato de
alumínio que é adicionado em forma de solução a 5% de concentração através de um tanque
de gotejamento adaptado, pois não existe calha parshall nesta unidade e o fluossilicato de
sódio que é adicionado numa proporção 50 kg/1.000 l com autonomia de consumo de 21 dias.
A adição de cloro é realizada no tanque de contato de forma semelhante ao da ETA – Rio
Piauitinga, através de dosador instalado em um cilindro de 6 kg com autonomia de 12 dias de
consumo.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
137
4.3.4 Tanque de Contato
O tanque de contato do Subsistema Central é do tipo reservatório apoiado e tem capacidade
para armazenamento de 1.100 m3 de água. Além da adição de cloro gasoso, o tanque de
contato recebe a adição de fluossilicato de sódio. O tanque de contato do Subsistema Cidade
Nova, é em forma de reservatório apoiado e tem capacidade para armazenamento de 600m3
de água tratada, este por sua vez recebe adição de cloro gasoso e fluossilicato de sódio.
4.3.5 Elevação de água tratada
A água tratada na ETA – Rio Piauitinga é bombeada com o auxílio de dois conjuntos moto-
bombas com volume de vazão máxima de 500m3/h e 136m3/h e potência de 150cv e 20cv
respectivamente, para os reservatórios elevados localizados no escritório do SAAE, que possui
capacidade de armazenar 750m3 de água tratada e é abastecido pela rede adutora de ferro
fundido e 350 mm de diâmetro, para o reservatório localizado no conjunto Valadares, este
com capacidade para armazenar 100m3 e o reservatório localizado no bairro Alecrim, que
conta com uma capacidade de armazenar 36m3. Os dois últimos são abastecidos por uma rede
adutora em PVC DeFoFo medindo 100mm de diâmetro. A ETA – Cidade Nova possui além do
tanque de contado de 600m3, que também funciona como reservatório, um tanque com
capacidade de 200m3, que recebe água tratada através de bombeamento e abastece o bairro
Santo Antônio. O abastecimento é realizado por gravidade.
4.3.6 Reservação
Os reservatórios do Subsistema Central são o da ETA – Rio Piauitinga, localizada na BR 101,
que tem capacidade de armazenamento de 1.100m3 e foi construído em Alvenaria e tem a
função de reservação e tanque de Contato. O reservatório localizado no escritório do SAAE foi
construído em Alvenaria, tem capacidade de armazenamento de 750m3 de água e possui a
função de reservatório de água. O reservatório elevado localizado no Conjunto Valadares, tem
capacidade de armazenamento de 100m3, foi construído em alvenaria e tem função de
reservatório de água. O reservatório localizado no bairro Alecrim tem capacidade de
armazenamento de 36m3 de água e foi construído em alvenaria tendo como função a reserva
de água tratada para distribuição no bairro Alecrim. Os Reservatórios do Subsistema Bairro
Cidade Nova, são dois, um com capacidade de armazenar 600m3, tem função de reservatório e
tanque de contato e foi construído em alvenaria e o outro tem capacidade de armazenar
200m3, tem função apenas de reservatório e foi construído em alvenaria.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
138
4.3.7 Distribuição
A distribuição de água tratada no subsistema Central e Conjunto Albano Franco é realizada
através de bombeamento, já no Subsistema Bairro Cidade Nova, a distribuição de água é feita
por gravidade. A extensão geral da rede de distribuição dos três subsistemas é de cerca de 100
km, com variações de diâmetro entre 100 mm e 500 mm, sendo composta por materiais como
Ferro fundido, PVC DeFoFo e Concreto Amianto, que é proibido pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), devido seu alto potencial cancerígeno.
Foto 4.1 Ponto de Captação superficial de Água no rio Piauitinga e gradeamento em caixa de
concreto.
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
139
Foto 4.2 Estação elevatório de Água Bruta-EAB ao fundo (bomba de contato e sucção + casa de bomba)
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014. Foto 4.3 Estação de Tratamento de Água - ETA SAAE Central.
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
140
Foto 4.4 Estação de Tratamento de Água - ETA SAAE Central.
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014. Foto 4.5 Estação de Tratamento de Água - ETA SAAE Central.
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
141
Foto 4.6 ETA SAAE Central – reservação 1000m³
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014. Foto 4.7 Escritório do SAAE e Reservatório escritório central elevado 750m3
Fonte: Google street view, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
142
Foto 4.8 Reservatório escritório central elevado 750m3
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
Foto 4.9 ETA Cidade Nova
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
143
Foto 4.10 ETA Cidade Nova
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014. Foto 4.11 ETA Cidade Nova – Detalhe do Reservatório apoiado 200m3
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
144
Foto 4.12 ETA Cidade Nova –Reservatório de Apoiado 600m3
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
Foto 4.13 Barragem de captação Biriba 2
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
145
Foto 4.14 Estrutura desativada Biriba 2
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
Foto 4.15: Reservatório elevado no conjunto Antônio Carlos Valadares 100m3
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
146
Foto 4.16 Reservatório elevado no Alecrim 38m3
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
147
4.4 Consumo atual de água.
Segundo do Sistema Nacional de Informação do Saneamento – SNIS, o consumo médio do
brasileiro no ano de 2012 era de 163 litros por dia. Em Estância, o consumo médio per capita
no mesmo, ano era de 104,3 litros/dia por pessoa28.
Considerando a média apontada pelo SNIS, o consumo humano total anual de Água em
Estância, fica estimado, para população de 67.953 habitantes (IBGE estimativa 2014) a
demanda total de 7.087.497,9 litros por dia ou 7.087,5m3/dia.
A eficiência técnica do sistema apresentava em 2012, baseado no índice de perdas de
distribuição, era de 61,83%. Ou seja, para servir o município, o município precisou produzir e
distribuir 61,85% a mais do que o necessário.
Além do consumo humano, é importante destacar ainda o consumo de água demandado pela
pecuária e indústria, que demandam atualmente grande volume dos mananciais locais.
4.5 Dados operacionais SAAE
Segundo o SNIS, o Sistema Operacional da SAAE tinha em 2012 o Total de ligações ativas de
15.683, sendo que destas 14.810 eram residenciais. A síntese financeira operacional, aponta
uma receita operacional anual total de R$4.532.143,76 R$/ano.
Quadro 4.2 Síntese operacional SAAE, Água – SNIS 2012
Tipo de
Serviço
Índice de atendimento com rede
de água Consumo
médio per
capita de água
Índice de
perdas na
distribuição
Quantidade de ligações de
água
Quantidade
de economias
residenciais
ativas
População
total
População
urbana
Total (ativas
+ inativas) Ativas Água
% % l/hab./dia % lig. lig. econ.
IN055 IN023 IN022 IN049 AG021 AG002 AG013
Água 85,15 100 104,30 61,85 17.711 15.683 14.810
Fonte: SNIS 2012
28 SNIS IN022 2012
PMSB Estância-SE Diagnóstico
148
Quadro 4.3 Síntese financeira operacional SAAE: Água – SNIS 2012
Tipo de
Serviço
Receita
operacional total Arrecadação total
Despesa total com os
serviços Despesa de exploração
R$/ano R$/ano R$/ano R$/ano
FN005 FN006 FN017 FN015
Água 4.532.143,76 4.532.143,76 4.028.819,06 3.628.819,06
Fonte: SNIS 2012
Quadro 4.4 Síntese financeira operacional SAAE: Água – SNIS 2012
Investimentos realizados Despesa
total
média
Tarifa média
praticada
Índice de
suficiência
de caixa
Quantidade
equivalente de
pessoal total Total Água Esgotos
R$/ano R$/ano R$/ano R$/m3 R$/m3 % emprego
FN024 Obs. "e" Obs. "e" IN003 IN004 IN101 IN018
206.277,56 206.277,56 0,00 1,60 1,72 124,89 118,0
Fonte: SNIS 2012
4.6 Regulação, Controle e Fiscalização dos serviços.
A regulação, controle e fiscalização dos serviços de saneamento no estado do Sergipe, é
atualmente responsabilidade da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Sergipe
- AGRESE. Criada em 28 de agosto de 2009, através da lei 6.661. Segundo texto da lei, em seu
artigo 4º a agencia tem por tem por finalidade “exercer o poder de regular e de fiscalizar as
concessões e permissões de serviços públicos nas quais o Estado de Sergipe, por disposição
legal ou delegação, figure como Poder Concedente ou Permitente, nos termos das normas
legais, regulamentares e contratuais pertinentes, e, em especial, das disposições da Lei n°
3.800, de 26 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão de
prestação de serviços públicos, pelo Estado de Sergipe”.
No âmbito municipal a regulação dos serviços públicos de água e esgoto sanitário do
SAAE estão estabelecidos pelo decreto nº2.402/1994, que regulamenta as relações
entre SAAE e seus usuários. As categorias de usuário ficam divididas em comercial,
residencial, pública e industrial.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
149
4.6.1 Tarifa Social
A lei n.1554/2012 normatiza a tarifa social dos serviços de água e esgoto no município de
Estância, decretada anteriormente pela lei 1.358/2009, que determina a tarifa aplicável a
domicílios com consumo de até 10m3 por mês e que estejam incluídos no Cadastro Único
(CadÚnico), ou que recebam benéfico de prestação continuada da assistência social.
Atualmente 9.999 economias residências são beneficiadas com a Tarifa Mínima29, sendo a
tarifa mínima praticada de R$15,93 R$/mês.
4.7 Qualidade da água consumida.
O quadro a seguir apresenta índices de qualidade de análises de água retirados do SNIS 2013.
Quadro 4.5 Indicadores de qualidade de água
Índice de conformidade da quantidade de amostra -
Cloro Residual
Incidência das análises de cloro residual fora do
padrão
Índice de conformidade da quantidade de amostra -
Turbidez
Incidência das análises de
turbidez fora do padrão
Índice de conformidade da quantidade de amostra - Coliformes
Totais
Incidência das análises de coliformes
totais fora do padrão
percentual percentual percentual percentual percentual percentual IN079 IN075 IN080 IN076 IN085 IN084
28,31 0,00 28,31 9,07 23,27 0,00 Fonte: SNIS 2013.
29 Informação referente a 31/12/2013, incluída no relatório de inclusão de informações do SNIS.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
150
4.8 Síntese e localização do SAA
Como síntese, o SAA da sede urbana pode ser resumido em 11 principais etapas, incluindo captação, tratamento e reservação, conforme apresentado no quadro e mapa abaixo.
Quadro 4.6 Síntese do Sistema de Abastecimento de Água na sede Urbana
Etapa Localização Cota(M)
Latitude Longitude
Subsistema – Sede/Centro
1. 1Captação (CAP1) Superficial: Piautinga S11º15’46,44” W37º26’35,57” 23.0
1.2 Estação de Elevação de Água Bruta (EAB1) S11º15’47,08” W37º26’34,15” 25.3
1.3 ETA 1 (Centro Sede) S11º15’38,78” W37º26’27,92” 39.7
1.4 Reservatório (RES1) apoiado 1.100m3 (ETA1 Sede) S11º15’38,60” W37º26’26,87” 39.7
1.5 Reservatório (RES2) elevado 750m3 (Centro/
Escritório SAAE)
S11º16’00,25” W37º25’05,18” 49.9
1.6 Reservatório (RES3) elevado 38m3 (Alecrim) S11º14’41,51” W37º27’14,54” 62.6
Subsistema – Bairro Cidade Nova
1.6 Captação (CAP2) Superficial: Riacho Biriba S11º13’46,36” W37º23’58,94” 20.0
1.7 ETA 2 (Cidade Nova) S11º14’32,11” W37º25’53,79” 47.0
1.8 Reservatório (RES4) apoiado - 600m3 S11º14’32,11” W37º25’53,79” 47.1
1.9 Reservatório (RES5) apoiado – 200m3 - - -
`Subsistema – Conjunto Antônio Carlos Valadares
1.10 Captação (CAP3) profunda (Poço Profundo) S11º14’31,53” W37º25’54,28” 47.5
1.11 Reservatório (RES6) elevado – 100m3 S11º14’31,53” W37º25’54,28” 47.4
Fonte: Base Cartográfica SAAE Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
151
Mapa 4.5 Sistema de Abastecimento de Água na sede Urbana-SAA.
fonte: SAAE, PME, PMSB, 2014
Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
152
Mapa 4.6 Rede de distribuição existente na sede munícipio.
fonte: SAAE, PME, PMSB, 2014 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2015
PMSB Estância-SE Diagnóstico
153
4.9 Sistema de abastecimento de água na zona rural.
A gestão dos sistemas de abastecimento d’agua da zona rural do município de Estância é de
responsabilidade da Secretaria Municipal de Agricultura, que conta com apoio técnico do
SAAE. Devido a grande extensão territorial da zona rural de Estância, com aproximadamente
650km2, e as distancias entre os povoados, a solução mais utilizada e adequada aos sistemas
de abastecimento são os Poços artesianos. Nestas localidades, a inadequação ou ausência de
infraestrutura adequada, é a principal causa de doenças relacionadas a baixa qualidade da
água.
4.9.1 Leitura do documento “infraestrutura de abastecimento de água – povoados do município de Estância” - Secretaria de Agricultura do Município de Estância , Agosto de 2014.
O documento “infraestrutura de abastecimento de água – povoados do município de
Estância” apresenta em forma de relatório, a infraestrutura adequada para implantação nos
povoados do Rio Fundo III, Casulo, Muculunduba, Farnaval, Tibúrcio, Ouricuri, Saco do
Barbosa, Curimã, Miranga e Escola Agrícola do Povoado Araçás. Com aproximadamente 200
paginas, o documento traz para cada um dos povoados citados, um memorial descritivo, um
memorial de cálculo e a relação de materiais hidráulicos. Ainda como parte do documento, o
“Anexo A” traz a relação de materiais hidráulicos por localidade, incluindo os povoados
Taquari, Dizilena, além dos povoados já citados anteriormente. As tabelas descritivas datam de
fevereiro de 2009, e todo o documento é assinado pelo engenheiro civil Marcus Paulo Rosa
Barbosa.
O relatório aponta que em decorrência da boa qualidade da água subterrânea presente em
toda a extensão rural (dado empírico) a solução recomendada é pontual e isolada através de
poços artesianos, com sistema composto por poço, adutora, reservatório ou chafariz, rede de
distribuição e ligação domiciliar .
À viabilidade e a opção de configuração da infraestrutura sugerida, tomou como referencia os
seguintes fatores limitantes: “capacidade de produção do poços artesianos, quantidade de
habitantes e concentração populacional, relevo favorável e infraestrutura existente”. (p.3)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
154
Quadro4.7 Situação dos poços artesianos dos Povoados 2009.
povoado Diâmetro da perfuração (M)
Nível Estático (M)
Nível Dinâmico (M)
Profundidade (M)
Profundidade de Instalação da Bomba (M)
Vazão ( L/s e M3/h)
Taquari 6 15,20 19,30 80,00 30,00 0,58 / 2,08
Dizilena 6 17,20 21,30 80,00 24,00 1,83 / 6,60
Rio Fundo III – 1 6 4,90 20,70 80,00 24,00 2,93 / 10,56
Rio Fundo III – 2 6 8,30 17,90 80,00 24,00 3,28 / 11,82
Casulo 6 4,00 21,50 80,00 24,00 1,95 / 7,01
Muculunduba 6 11,60 12,75 80,00 24,00 3,67 / 13,20
Farnaval 1 6 4,60 31,20 80,00 36,00 2,20 / 7,92
Farnaval 2 6 14,10 15,14 80,00 24,00 2,10 / 7,54
Tibúrcio 6 24,40 37,25 80,00 42,00 1,13 / 4,06
Ouricuri 6 14,00 15,70 80,00 24,00 2,10 / 7,54
Saco do Barbosa 6 10,90 21,30 80,00 24,00 3,61 / 12,98
Curimã 6 30,20 33,50 80,00 36,00 0,81 / 2,93
Miranga 6 22,00 38,90 70,00 42,00 0,92 / 3,30
Escola Agrícola Araçás
6 5,10 24,30 80,00 24,00 2,32 / 8,34
Fonte: Secretaria de Agricultura de Estância 2009. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
155
Quadro 4.8 Localização dos poços artesianos dos Povoados 2009.
povoado latitude longitude
Taquari S 11º 11’ 45,5” W 37º 22’ 59,5”
Dizilena S 11º 13’ 27,1” W 37º 25’ 40,2”
Rio Fundo III S 11º 09’ 13,3” W 37º 20’ 58,2”
Rio Fundo III S 11º 09’ 3,6” W 37º 20’ 51,2”
Casulo S 11º 13’ 1,0” W 37º 27’ 3,5”
Muculunduba S11º 14’ 21,1” W 37º 22’ 5,6”
Farnaval 1 S11º 15’ 41,1” W37º 19’ 52,4”
Farnaval 2 S11º 15’ 33,1” W37º 19’ 22,9”
Tibúrcio S11º 17’ 45,0” W37º 22’ 39,6”
Ouricuri S11º 16’ 8,4” W37º 21’ 36,6”
Saco do Barbosa S11º 10’ 18,6” W37º 24’ 13,3”
Curimã S11º 14’ 2,2” W37º20’ 37,5”
Miranga S11º 17’ 49,8” W37º24’ 6,2”
Escola Agrícola Araçás S11º 7’ 35,1” W37º21’ 58,8”
Fonte: Secretaria de Agricultura de Estância 2009. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
156
4.10 Ações para melhoria do SAA
Existem no município projetos e ações em curso para modernização e melhoria do atual
Sistema de Abastecimento de Água. Dentre as ações identificadas no período de diagnóstico
do PMSB, destaca-se a ação de substituição da rede de amianto existente.
4.10.1 Projeto para substituição de rede de distribuição de água de amianto por rede de
distribuição de PVC
Em 2008 foi publicado pela Prefeitura Municipal de Estância projeto para substituição de
15.738m de rede de amianto por rede de PVC. As ações abrangiam os bairro centro, Santa
Cruz, Bonfim, Porto D’areia e Cidade Nova. Prevendo a substituição de uma extensão total de
3.270m de tubulação com DN75mm; 3.540m de tubulação com DN de 100mm; 5.628m de
tubulação com DN de 150mm; 666m de tubulação com DN de 200mm; 210m de tubulação
com DN de 250mm e 2.424m de tubulação com DN de 300mm.
O valor estimado para o projeto, no ano corrente de 2008 era de R$1,5 milhões, com execução
prevista para 6 meses.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
157
5. Situação dos serviços de esgotamento sanitário
5.1. Situação dos domicílios quanto à infraestrutura hidrosanitária de esgotamento
sanitário, caracterização da cobertura e identificação das populações não
atendidas
Para diagnóstico dos serviços de esgotamento sanitário foram analisados os dados estatísticos
do Censo 2010, em decorrência da inexistência de operação de serviços de saneamento básico
coletivos, não havendo portanto indicadores técnicos de prestação de serviço, operacionais e
financeiros.
A partir dos dados do Censo, identificou-se incialmente que no Município 97% dos domicílios
possuíam banheiros de uso exclusivo30 ou sanitários31 em condições adequadas, sendo que os
demais 3% constituem uma demanda emergencial para atendimento. Quando a destinação
final do esgoto doméstico é a fossa rudimentar para os efluentes da bacia sanitária e a guia/
meio fio ou a saia existente na fachada residencial, ou no quintal, para as águas cinzas.
A atual rede existente de coleta de esgotamento sanitário de Estância é caracterizada como
insuficiente e inapropriada. Composta em sua maioria por ramais compartilhados com de
escoamento de água pluvial, a rede está anexa a um emaranhado de pequenas redes
autoconstruídas, localizadas majoritariamente sob os lotes, e tendo como destino final os rios
locais (Piauitinga, Piauí). É comum o fluxo de água pluvial em toda a extensão da rede.
Não foi identificado no município Plano Diretor de esgotamento sanitário. Não foi identificada
rotina, ou mesmo dados preexistentes, sobre avaliação das condições dos corpos receptores
locais.
Quanto as infraestruturas adequadas, existiam, no momento de levantamento de dados para
realização deste diagnóstico, 6 pontos com soluções locais, sendo as tecnologias implantadas o
Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente – DAFA e uma Zona de Raízes wetland.
Observa-se no gráfico 5.2 a seguir, o grande número de fossas rudimentares como solução de
disposição final de efluentes (90% dos domicílios) além de outros 2% de soluções também
30 Segundo o IBGE, o termo banheiro de uso exclusivo é definido como o cômodo que dispunha de chuveiro (ou banheira) e vaso sanitário (ou privada) e de uso exclusivo dos moradores, inclusive os localizados no terreno ou na propriedade. 31 Segundo o IBGE, o termo sanitário é definido como o local limitado por paredes de qualquer material, coberto ou não por um teto, que dispunha de vaso sanitário ou buraco para dejeções.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
158
inadequadas. Destacamos ainda que somente 6,15% dos domicílios apresentam fossas
sépticas, consideradas como uma solução adequada, dentro dos parâmetros normativos, à
destinação final de efluentes32.
Tendo em vista a inexistência serviço de coleta e tratamento de esgotos da Concessionária,
caracterizamos a atual destinação do esgotamento sanitário, conforme Gráfico, Tabela e
Quadros apresentados a seguir:
Tabela 5.1 Esgotamento Sanitário - situação domicílios
Tipo de abastecimento
de água
banheiro ou sanitário de uso exclusivo
banheiro ou sanitário exclusivo com esgotamento na rede geral ou pluvial
banheiro ou sanitário exclusivo e fossa séptica
banheiro ou sanitário exclusivo e fossa rudimentar
banheiro ou sanitário exclusivo e esgotamento via vala
banheiro ou sanitário exclusivo e esgotamento via rio, lago ou mar
banheiro ou sanitário exclusivo e esgotamento via outro escoadouro
domicilio sem banheiro de uso exclusivo nem sanitário
Total Geral 17659 1711 1577 13694 336 136 205 536
(%) 97,05
% 9,69% 8,93% 77,55% 1,90% 0,77% 1,16% 2,95% Urbano 1
(domicílios) 14878 1676 876 11845 236 132 113 96
(%) 81,77
% 11,19% 5,85% 79,10% 1,58% 0,88% 0,75% 0,64% Urbano 2
(domicílios) 368 8 73 268 9 0 10 14
(%) 96,34
% 2,09% 19,11% 70,16% 2,36% 0,00% 2,62% 3,66% Total Urbano
(dom.) 15246 1684 949 12113 245 132 123 110
(%) 99,28
% 10,97% 6,18% 78,88% 1,60% 0,86% 0,80% 0,72% Povoados Colônias e
Assentamentos (dom.) 1794 3 536 1142 46 2 65 288
(%) 86,17
% 0,14% 25,74% 54,85% 2,21% 0,10% 3,12% 13,83% Rural Disperso
(dom.) 619 24 92 439 45 2 17 138
(%) 81,77
% 3,17% 12,15% 57,99% 5,94% 0,26% 2,25% 18,23% Total Rural
(dom.) 2413 27 628 1581 91 4 82 426
(%) 84,99
% 0,95% 22,12% 55,69% 3,21% 0,14% 2,89% 15,01% Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
32 Apesar do IBGE mencionar tais dados para uso de fossa séptica, durante visita de campo e consulta técnica aos gestores locais, foi identificada a quase inexistência deste tipo de fossa no munícipio.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
159
Tabela 5.2 Situação do esgotamento domiciliar por Setores de Mobilização
Tipo de abastecimento de água
banheiro ou sanitário de uso exclusivo
banheiro ou sanitário exclusivo com esgotamento na rede geral ou pluvial
banheiro ou sanitário exclusivo e fossa séptica
banheiro ou sanitário exclusivo e fossa rudimentar
banheiro ou sanitário exclusivo e esgotamento via vala
banheiro ou sanitário exclusivo e esgotamento via rio, lago ou mar
banheiro ou sanitário exclusivo e esgotamento via outro escoadouro
domicilio sem banheiro de uso exclusivo nem sanitário
1.Sede Centro 7.356 564 444 6.244 58 16 30 17 2. Sede Sul 3.046 334 156 2.294 133 115 14 28 3. Sede Norte 3.804 772 236 2.682 44 1 69 46 4. Colônia Rio Fundo (Cazuza, Araçá) 179 1 43 133 1 0 1 4 5. Colônia Entre Rios 106 0 0 106 0 0 0 11 6. Estâncinha 164 0 163 0 0 0 1 17 7. Mato Grosso + *Entre Rios 17 0 0 17 0 0 0 3
8. Riachão do Teté (Nova Estancia, Cupim*, São José*, Saco do Barbosa) 196 0 176 20 0 0 0 25 9. Agua branca + PA Caio Prado + Granja Nanay + Junco + Capivaras) 144 17 64 18 37 2 6 18 10. Vertentes 144 0 0 120 10 0 14 20
11. Muculunduba, Taquari, Rio Fundo, Pastinho. 183 0 35 130 5 0 13 24 12. Ouricuri, Tibúrcio, Mocambo, 80 0 2 78 0 0 0 52
13. Farnaval* + Gravatá + PA Roseli Nunes + Curimã 185 1 0 153 3 1 27 80 14 Abais 744 8 56 657 13 0 10 44 15 Porto do Mato 404 1 153 241 1 1 7 48 RURAL DISPERSO 636 9 49 535 31 0 12 98 TOTAL 17.388 1.707 1.577 13.428 336 136 204 535
Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
160
Tabela 5.3 Situação do esgotamento domiciliar por Setor Censitário. Nº
do
Seto
r Cen
sitár
io
Setor de mobilização ba
nhei
ro o
u sa
nitá
rio d
e us
o ex
clusiv
o
banh
eiro
ou
sani
tário
ex
clusiv
o co
m
esgo
tam
ento
na
rede
ge
ral o
u pl
uvia
l
banh
eiro
ou
sani
tário
ex
clusiv
o e
foss
a sé
ptica
banh
eiro
ou
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tário
ex
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o e
foss
a ru
dim
enta
r
banh
eiro
ou
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ex
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o e
esgo
tam
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vi
a va
la
banh
eiro
ou
sani
tário
ex
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o e
esgo
tam
ento
vi
a rio
, lag
o ou
mar
banh
eiro
ou
sani
tário
ex
clusiv
o e
esgo
tam
ento
vi
a ou
tro
esco
adou
ro
dom
icilio
sem
ban
heiro
de
uso
exclu
sivo
nem
sa
nitá
rio
V016 V017 V018 V019 V020 V021 V022 V023 1 1.Sede Centro 249 73 11 154 10 0 1 0 2 1.Sede Centro 215 6 0 209 0 0 0 1 3 1.Sede Centro 236 67 20 147 0 0 2 0 4 1.Sede Centro 356 3 0 347 5 0 1 1 5 1.Sede Centro 205 4 0 201 0 0 0 0 6 1.Sede Centro 270 15 14 240 1 0 0 0 7 2. Sede Sul 365 74 16 258 10 2 5 0 8 2. Sede Sul 434 39 13 224 107 50 1 3 9 2. Sede Sul 302 54 106 93 1 48 0 2
10 2. Sede Sul 174 29 0 144 0 0 1 0 11 2. Sede Sul 308 19 0 285 2 2 0 0 12 2. Sede Sul 113 47 0 63 1 0 2 6 13 2. Sede Sul 132 0 0 131 0 0 1 2 14 2. Sede Sul 164 51 0 103 1 8 1 5 15 2. Sede Sul 137 2 0 135 0 0 0 0 16 2. Sede Sul 244 5 0 237 2 0 0 2 17 1.Sede Centro 196 24 18 153 0 1 0 0 18 1.Sede Centro 126 0 0 125 0 0 1 1 19 1.Sede Centro 268 17 1 239 0 5 6 2 20 1.Sede Centro 323 52 0 258 2 7 4 3 21 1.Sede Centro 239 85 24 130 0 0 0 0 22 1.Sede Centro 295 2 1 281 8 0 3 1 23 1.Sede Centro 200 2 0 187 10 1 0 0 24 1.Sede Centro 251 8 0 243 0 0 0 1 25 1.Sede Centro 179 2 171 6 0 0 0 0 26 1.Sede Centro 212 0 0 210 0 0 2 0 27 1.Sede Centro 170 25 66 72 3 1 3 0 28 1.Sede Centro 221 43 70 107 0 0 1 0 29 1.Sede Centro 305 52 25 224 0 0 4 0 30 1.Sede Centro 201 2 9 189 1 0 0 0 31 1.Sede Centro 380 4 0 375 1 0 0 1 32 1.Sede Centro 186 9 1 175 0 0 1 0 33 1.Sede Centro 203 2 7 192 2 0 0 1 34 1.Sede Centro 245 8 2 235 0 0 0 0 35 1.Sede Centro 167 150 0 17 0 0 0 0 36 3. Sede Norte 271 47 5 204 14 0 1 5 37 3. Sede Norte 294 53 2 231 1 0 7 2 38 3. Sede Norte 212 0 2 208 0 0 2 2 39 3. Sede Norte 200 30 165 3 0 0 2 0 40 3. Sede Norte 170 1 0 168 0 0 1 0 41 3. Sede Norte 163 155 1 6 0 0 1 0 42 3. Sede Norte 278 2 1 273 2 0 0 0 43 3. Sede Norte 304 4 0 300 0 0 0 2 44 3. Sede Norte 243 0 0 243 0 0 0 0 45 3. Sede Norte 133 0 0 133 0 0 0 0 46 3. Sede Norte 156 5 0 147 4 0 0 0 47 3. Sede Norte 281 11 2 244 10 0 14 0 48 3. Sede Norte 258 74 6 176 0 0 2 1 49 3. Sede Norte 225 31 1 192 1 0 0 0 50 3. Sede Norte 81 1 2 66 12 0 0 31 51 3. Sede Norte 39 0 0 32 0 0 7 3 52 3. Sede Norte 37 0 36 1 0 0 0 3
Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
161
Tabela 5.4 Situação do esgotamento domiciliar por Setor Censitário. Continuação Nº
do
Seto
r Cen
sitár
io
Setor de mobilização ba
nhei
ro o
u sa
nitá
rio d
e us
o ex
clusiv
o
banh
eiro
ou
sani
tário
ex
clusiv
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m
esgo
tam
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na
rede
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l
banh
eiro
ou
sani
tário
ex
clusiv
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banh
eiro
ou
sani
tário
ex
clusiv
o e
foss
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banh
eiro
ou
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tário
ex
clusiv
o e
esgo
tam
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banh
eiro
ou
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tário
ex
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o e
esgo
tam
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vi
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mar
banh
eiro
ou
sani
tário
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o e
esgo
tam
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tro
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adou
ro
dom
icilio
sem
ban
heiro
de
uso
exclu
sivo
nem
sa
nitá
rio
V016 V017 V018 V019 V020 V021 V022 V023 53 14 Abais 43 0 0 42 1 0 0 5 54 14 Abais 29 0 0 29 0 0 0 0 55 14 Abais 113 2 16 77 8 0 10 0 56 14 Abais 91 4 0 87 0 0 0 6 57 14 Abais 52 1 38 13 0 0 0 0 58 15 Porto do Mato 69 0 68 0 0 0 1 0 59 15 Porto do Mato 28 0 14 13 1 0 0 0 60 15 Porto do mato
central 228 0 7 215 0 1 5 31
61 15 Porto do Mato 101 1 0 100 0 0 0 3 62 14 Abais 17 0 0 17 0 0 0 3 63 7. Mato Grosso +
*Entre Rios 164 0 163 0 0 0 1 17
64 6. Estâncinha 106 0 0 106 0 0 0 11
65 5. Colônia Entre Rios 179 1 43 133 1 0 1 4
66 4. Colônia Rio Fundo (Cazuza, Araçá) 183 0 35 130 5 0 13 24
67
11. Muculunduba, Taquari, Rio Fundo, Pastinho. 104 0 0 88 2 1 13 30
68 13. Farnaval, Curimã 81 1 0 65 1 0 14 50 69 13. Farnaval* +
Gravatá + PA Roseli Nunes + Curimã
80 0 2 78 0 0 0 52 70 12. Ouricuri, Tibúrcio,
Mocambo, 90 0 28 35 26 0 1 21
71 Rural disperso 44 3 0 41 0 0 0 26 72 Rural disperso 27 0 26 0 0 0 1 17 73 15 Porto do Mato 0 0 0 0 0 0 0 0 74 Rural disperso 18 0 0 18 0 0 0 2 75 2. Sede Sul 211 2 2 205 1 0 1 2 76 Rural disperso 90 3 0 79 0 0 8 12 77 Rural disperso 178 0 0 172 4 0 2 37 78 Rural disperso 144 17 64 18 37 2 6 18 79 9. Agua branca + PA
Caio Prado + Granja Nanay + Junco + Capivaras)
196 0 176 20 0 0 0 25 80 8. Riachão do Teté
(Nova Estancia, Cupim*, São José*, Saco do Barbosa)
144 0 0 120 10 0 14 20 81 10. Vertente 41 0 0 39 0 0 2 0 82 3. Sede Norte 173 2 3 165 0 1 2 3 83 2. Sede Sul 256 1 1 244 9 1 0 1 84 2. Sede Sul 200 1 3 191 1 3 1 4 85 2. Sede Sul 207 4 0 203 0 0 0 0 86 1.Sede Centro 299 4 17 278 0 0 0 0 87 1.Sede Centro 163 3 0 160 0 0 0 0 88 1.Sede Centro 148 4 0 137 6 1 0 3 89 1.Sede Centro 166 8 0 158 0 0 0 0 90 1.Sede Centro 162 33 0 129 0 0 0 0 91 1.Sede Centro 270 13 0 256 0 0 1 0 92 1.Sede Centro 236 0 1 227 8 0 0 0 93 1.Sede Centro 288 208 49 0 0 1 30 0 94 3. Sede Norte 212 0 2 210 0 0 0 1 95 14 Abais 23 1 19 3 0 0 0 0 96 Rural disperso 118 1 2 111 4 0 0 26 97 14 Abais 0 0 0 0 0 0 0 0 98 1.Sede Centro 271 4 0 266 0 0 1 1
Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
162
Gráfico 5.1 Instalações Sanitárias - situação domicílios
Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
Gráfico 5.2 Destino do Esgotamento Sanitário
Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
163
Quadro 5.1 Instalações Sanitárias - situação domicílios
Situação Domicílios Domicílios com Banheiro de Uso Exclusivo 17.659 Domicílios sem banheiro de uso exclusivo 536
TOTAL 18.195 Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
Quadro 5.2 Destino do Esgotamento Sanitário
Destinação Domicílios
rede geral de esgoto ou pluvial (V017) 1711 fossa séptica (V018) 1577 fossa rudimentar (V019) 13.694 esgotamento sanitário - vala (V020) 336 rio, lago ou mar (V021) 136
outro escoadouro (V022) 205
Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
Os mapas apresentados a seguir 33 , revelam a distribuição geográfica destes
indicadores:
33 Os mapas apresentados a seguir, tem como unidade de medida o número de domicílios. Já os números que aparecem no interior do mapa se referem aos dígitos finais do setor censitário, fazendo alusão as tabelas 5.2, 5.3 e 5.4
PMSB Estância-SE Diagnóstico
164
Mapa 5.1 Domicílios com Banheiro de Uso Exclusivo ou Sanitário – Município (V016)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
165
Mapa 5.2 Domicílios com Banheiro de Uso Exclusivo ou Sanitário – sede (V016)
Fonte: IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
166
Mapa 5.3 Domicílios sem Banheiro de Uso Exclusivo nem Sanitário – Município (V023)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
167
Mapa 5.5 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – rede geral de esgoto ou pluvial
por– Município (V017)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
168
Mapa 5.4 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – rede geral de esgoto ou pluvial
Sede
Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
169
Mapa 5.5 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – fossas sépticas – Município
(V018)
Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
170
Mapa 5.6 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – fossas sépticas – sede (V018)
Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
171
Mapa 5.7 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – fossas rudimentares –
Município (V019)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
172
Mapa 5.8 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – fossas rudimentares – sede
(V019)
Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
173
Mapa 5.9 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – via vala – Município (V020)
Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
174
Mapa 5.10 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – direto em valas – sede (V020)
Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
175
Mapa 5.11 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – rio, lago ou mar – Município
(V021)
Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
176
Mapa 5.12 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – rio, lago ou mar - sede (V021)
Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
177
5.2 Pontos críticos na sede urbana, indicação de áreas de risco de contaminação e
áreas potencialmente já contaminadas.
Dentre alguns pontos de maior precariedade em relação a atual situação de despejo de
efluentes de esgoto no município, destacamos 13 áreas selecionadas a partir de visitada de
campo realizada para diagnóstico:
A01 - Localizado no Bairro Santa Cruz, próximo ao prédio da polícia feminina, o local consiste
em uma área cercada com declive levemente acentuado, com proximidade de algumas
residências e reservatório suspenso de água. Foi indicada a presença de uma nascente de água
no local e o lançamento de efluentes domésticos sem tratamento, ocasionando a potencial
contaminação da nascente.
P02 - Ainda no bairro Santa Cruz, dentro de uma propriedade particular que fica localizada as
margens da BR 101, foi verificado a presença de esgoto não tratado e não canalizado, disposto
a céu aberto sobre a rua, além de alguns focos de descarte inadequado de resíduos sólidos
domésticos e da construção civil. Este local é o último ponto de conjunção antes do efluente
ser lançado no rio Piauí.
P03 - Localizado no encontro dos rios Piauí e Piauitinga. Próximo a barragem, foi identificada a
presença de espuma com coloração avermelhada, o que indica o lançamento de efluentes
industriais no local, sem o devido tratamento.
P04 – Bairro Santa Cruz, ao lado da Associação de Moradores, numa região conhecida como
“Irã – Iraque” identificou-se um córrego que recebe uma grande vazão de efluentes
domésticos e águas pluviais. Este córrego desagua no rio Piauitinga.
P05 – Localizado próximo ao centro da cidade. O terreno recebe todo o esgoto proveniente do
centro da cidade. As ruas no entorno foram recentemente pavimentadas, porém foi
identificada obras de infraestrutura de esgoto. No local foi informado que há uma lagoa
dentro de propriedade particular e que existe tubulação de esgoto passando próxima a esta
lagoa. Ao longo do muro que cerca a propriedade existem várias aberturas com canaletas que
sugerem o recebimento de efluentes ou águas pluviais.
P06 – Conjunto Nivaldo Silva (Ex-Matadouro), localizado as margens da BR 101. O conjunto
não possui infraestrutura para efluentes, foi identificado várias tubulações danificadas, bocas
PMSB Estância-SE Diagnóstico
178
de lobo obstruídas e o lançamento de grande volume de efluentes domésticos a céu aberto e
acúmulo de resíduos sólidos domiciliares no local. No rio que passa atrás do conjunto foi
verificado vários pontos de lançamento de esgoto in natura. Populares nos passaram
informações de lançamento de efluentes com coloração avermelhada e em temperaturas
elevadas, o que sugere o lançamento indevido de efluentes industriais com alto potencial
poluidor no rio.
P07 – Posto Estanciano, as margens da BR 101. Foi indicado o local que segundo informações
do professor Palomares é utilizado para lançamento de efluente industrial. O local fica
próximo à estação de captação de água do SAAE.
P08 – Centro, ao lado da autopeças Bomfim, identificado ponto de recebimento de esgoto,
com proximidade do mercado municipal da cidade. No local foi identificado resíduo de óleo
automotivo e resíduos domiciliares.
P09 – Ponto de lançamento de efluentes domésticos no rio Piauitinga próximo ao Asilo. No
local existem algumas manilhas de concreto abandonadas e esgoto correndo a céu aberto
numa espécie de córrego. No local há indícios de capina, diferente dos demais locais visitados,
em que a vegetação encobria todo o local.
P10 - Local próximo à captação do SAAE. Maior foco de lançamento de efluente doméstico
encontrado, a jusante do ponto de captação do SAAE, onde foi encontrado focos de depósito
de resíduos sólidos e coloração esverdeada da água, indicando alta carga orgânica depositada
no rio.
P11 – Bairro Alagoas, atrás da Subestação de energia elétrica. Região com características de
ocupação irregular e presença de focos de descarte irregular de resíduos da construção civil.
P12 – Região conhecida como “Cigano”. Local com pequenos pastos, próximo ao rio, é
utilizado com retirada ilegal de areia, possui vários focos de lançamento de esgoto doméstico.
Recebe o esgoto do bairro Alagoas e fica atrás do 6º Batalhão de Polícia Militar.
P13 - BR 101 Próximo ao Riacho do Cuí. Foi indicado o local onde havia uma boca de lobo e a
presença de odores que sugeriam a presença de efluentes industriais.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
179
Foto 5.1 Barragem Rio Piauitinga
Fonte: Risco Arquitetura Urbana 2014.
Foto 5.2 Fossa rústica como destinação final no conjunto Nivaldo silva.
Fonte: Risco Arquitetura Urbana 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
180
Foto 5.3 Tubulação de esgotamento sanitário despejando efluentes diretamente no córrego
Fonte: Risco Arquitetura Urbana 2014.
5.3 – infraestrutura existente
O presente diagnóstico identificou a existência de 6 DAFAs em todo o município sendo um
deles anexado a zona de raízes situada e rede coletora no bairro Alecrim. Contam também
ações em fase de implantação na Praia do Saco e Abaís, todos com projetos executivos
realizados pela L.J. Engenharia entre 2009 e 2014.
Em vistoria in-loco, acompanhada por engenheiro da Prefeitura, verificou-se que a wetland
encontrava-se com grande acumulo de sedimentos e areia em seu interior, apontando para a
possível falta de manutenção, ou mesmo ineficiência do atual sistema.
O projeto executivo existente para a praia de Abaís, conta com a previsão de uma ETE e cinco
EEs. Já o sistema previsto para praia do Saco, que incorpora também o povoado de Porto do
Mato, considera a previsão de uma ETE e nove estações elevatórias. Ambos os sistemas estão
na região com prestação de serviços da DESO.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
181
Foto 5.4 Zona de Raízes - Wetland Bairro Alecrim
Fonte: Risco Arquitetura Urbana 2014.
Figura5.1 Detalhe do projeto de concepção da rede de Esgoto do Alecrim (wetland).
fonte: LJ Engenharia 2009.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
182
6. Situação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos
Este capítulo discorre sobre a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos, englobando
análise dos serviços prestados e das infraestruturas existentes no município de Estância.
A limpeza urbana envolve os serviços de varrição, capina e roçada e o manejo de resíduos
sólidos envolve a coleta e a destinação de resíduos sólidos domiciliares (RDO), resíduos
públicos provenientes da limpeza de logradouros (RPU), as coletas de resíduos dos serviços de
saúde (RSS) e os resíduos da construção e demolição (RCD), estes últimos também
identificados como resíduos da construção civil (RCC).
6.1. Análise da situação da gestão do serviço - indicadores
6.1.1. Indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS)34
Este item apresentará a situação da gestão dos serviços de limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos com base em indicadores técnicos, operacionais e financeiros disponibilizados
no SNIS. A última versão publicada oficialmente pela Secretaria Nacional de Saneamento
Ambiental (SNSA), vinculado ao Ministério das Cidades, é do ano base de 2012, com apenas 13
municípios do Estado do Sergipe tendo fornecido dados para compor este documento (de um
total de 78 municípios). A declaração de dados anterior à de 2013 realizada pela Prefeitura do
Município de Estância ocorreu em 2010.
Estes indicadores são autodeclarados pelos poderes executivo municipais, sendo que para os
Resíduos Sólidos a responsabilidade foi delegada em Estância, ao Departamento de Meio
Ambiente, vinculado à Secretaria Municipal de Urbanismo da Prefeitura Municipal de Estância.
Os dados utilizados nesta análise do diagnóstico do PMSB de Estância são os da Coleta 2013,
disponibilizados em caráter preliminar, ainda em análise para validação da SNSA, sendo
portanto passíveis de ajustes ao longo do desenvolvimento deste PMSB.
Avaliando que os dados fornecidos para 2013 não abrangem todo o universo de indicadores
previstos no SNIS, a seguir listamos os dados disponibilizados e comparamos com os dados do 34 SNIS – Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento – www.snis.gov.br.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
183
SNIS 2012, apresentando as médias para a mesma faixa populacional35, média para municípios
do Nordeste e para o Brasil.
Em Estância, identificamos que os dados passíveis de tal análise são:
ÍNDICES DE COBERTURA DO SERVIÇO DE COLETA DOMICILIAR (RDO)36
I015 - a relação se faz entre a população total atendida (declarada pelo município no campo
Co164) com a população total do IBGE para o ano de referência.
Quadro 6.1 índice I015
Estância 85,02% Faixa Populacional 2 87,09% Nordeste 88,00% Brasil 93,10%
Gráfico 6.1 índice I015
Fonte: SNIS 2012. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014. Neste indicador observa-se que o município encontra-se abaixo da média de municípios do
mesmo porte, das médias para o Nordeste e para o Brasil. Ao se comparar este Índice com o
próximo (I016), pode-se concluir que o problema está na cobertura do serviço nas áreas rurais
do município, assim como nas áreas urbanas litorâneas.
35 Classificação de municípios da amostra do SNIS-RS 2012, por faixas, segundo população total Faixa populacional Intervalo da faixa *2 - de 30.001 a 100.000 habitantes. SNIS-RS, 2012. 36 Ressaltamos que “para o SNIS-RS a frequência mínima admitida é de uma vez por semana, tanto para zona urbana quanto para zona rural. Contudo, vale ressaltar que não se leva em consideração, neste momento, o tipo de coleta adotada - se direta (porta-a-porta) ou através de sistema estacionário (caçambas)”. SNIS-RS, 2012.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
184
Ainda que a coleta regular de resíduos sólidos em área rural seja um desafio do ponto de vista
logístico e do custo de operação, este indicador torna clara a necessidade de se buscar outras
alternativas para saneamento do problema da destinação dos resíduos sólidos.
I016 - relaciona a população urbana atendida (declarada pelo município no campo Co050)
com a população urbana do SNIS/IBGE.
Quadro 6.2. índice I016
Estância 100,00% Faixa Populacional 2 97,40% Nordeste 97,80% Brasil 98,30%
Gráfico 6.2 índice I016
Fonte: SNIS 2012. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014.
Neste indicador observa-se que o município encontra-se acima da média de municípios do
mesmo porte, das médias para o Nordeste e para o Brasil, com 100% de atendimento.
Ressalva-se porém, ao analisar os mapas 6.1 a 6.5 a seguir e o quadro 6.3 com dados
detalhados do Censo IBGE 2010, que há domicílios em área urbana que não destinam seu
lixo para a coleta (seja ela em caçambas de limpeza ou porta-a-porta). O quadro abaixo
resume estes dados:
Quadro 6.3: Resíduos Sólidos – destinação áreas urbanas
DESTINO DO LIXO SEDE URBANA LITORAL URBANO ÁREA URBANA MUNICIPAL
domicílios % domicílios % domicílios %
Coletado (V035) 13314 97,13% 582 48,02% 13.896 93,14%
Não Coletado 393 2,87% 630 51,98% 1.023 6,86%
total 13707 100% 1212 100% 14.919 100%
Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
185
Assim, entendemos que a diferença do Índice para a área urbana da sede possa ter se
aproximado dos 100% entre 2010 (IBGE) e a coleta de dados do SNIS 2013. No entanto, além
do Índice de atendimento na área rural litorânea ser bastante desfavorável a essa virada de
gestão, outras informações coletadas nas oficinas participativas indicam que de fato os
números reais não são de 100% de atendimento.
Sugerimos, portanto, a retificação do Índice I016 para 93,14%, mais condizente com a
realidade encontrada no município.
A seguir apresentamos mapa que apresenta o I8 - Índice de Domicílios sem coleta de
Resíduos Sólidos, com variando entre 5% (áreas urbanas da sede e litoral e povoados de
maior porte) e entre 35 e 39% nas regiões de maré e demais áreas rurais afastadas.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
186
Mapa 6.1. Domicílios sem Coleta de Resíduos Sólidos Domiciliares – Indice 0837
37 Os índices em (%) por cobertura de serviço estão apresentados e detalhados no último capitulo deste caderno
PMSB Estância-SE Diagnóstico
187
Fonte: IBGE Cidades 2010. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014.
MASSA COLETADA PER CAPITA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E PÚBLICOS
(RDO+RPU)
I021 - Índice de massa coletada (RDO+RPU) per Capita em Relação à População Urbana.
Quadro 6.4 índice I021
Estância 1,06 kg.hab x dia Faixa Populacional 2 0,87 kg.hab x dia Sergipe 1,00 kg.hab x dia Nordeste 1,17 kg.hab x dia Brasil 1,00 kg.hab x dia Gráfico 6.3 índice I021
Fonte: SNIS 2012. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014. Neste indicador observa-se que o município encontra-se acima da média em relação a
municípios do mesmo porte, de outros municípios no Sergipe e em relação à média do Brasil,
mas abaixo da médias para o Nordeste. Ressalta-se que a tendência é de que quanto maior e
mais rico o município, maior este Índice.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
188
COLETA SELETIVA E RECUPERAÇÃO DE MATERIAIS RECICLÁVEIS
I031 – Taxa de recuperação de materiais recicláveis em relação à quantidade total (RDO + RPU) coletada.
Quadro 6.5 índice I031
Estância 0,04% Faixa Populacional 2 4,10% Brasil 4,70% Gráfico 6.4 índice I031
Fonte: SNIS 2012. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014.
Neste indicador, observa-se uma taxa ínfima de recuperação de materiais recicláveis no
município, de valor absoluto quase desprezível em comparação com a média de municípios da
mesma faixa populacional ou média do país (ainda que estas também possuam índices abaixo
do desejável).
No entanto, pelas vistorias de campo e oficinas participativas, entende-se que este número
possa ser maior do que o fornecido ao SNIS, umas vez que foram identificados outros agentes
que promovem a coleta seletiva, ainda que de forma não oficial. Deste modo, por se tratar de
dados preliminares fornecidos ao SNIS 2013, atentamos para a possibilidade de haver
inconsistência de informações, que poderão ser retificadas em momento oportuno.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
189
6.1.2. Indicadores Censo IBGE 2010
Os indicadores disponíveis quanto aos resíduos sólidos domiciliares no Censo IBGE 2010 estão
agrupados por setores censitários e correspondem às seguintes variáveis da planilha Dom_01
(domicílios 01), apresentados a seguir:
• Coletado por serviço de limpeza - V036 - quando o lixo do domicílio é coletado diretamente
por serviço de empresa pública ou privada;
• Coletado em caçamba de serviço de limpeza - V037 - quando o lixo do domicílio é
depositado em uma caçamba, tanque ou depósito, fora do domicílio, para depois ser coletado
por serviço de empresa pública ou privada;
• Queimado (na propriedade) V038 - quando o lixo do domicílio é queimado no terreno ou
propriedade em que se localizava o domicílio;
• Enterrado (na propriedade) V039 - quando o lixo do domicílio é enterrado no terreno ou
propriedade em que se localizava o domicílio;
• Jogado em terreno baldio ou logradouro V040 - quando o lixo do domicílio é jogado em
terreno baldio ou logradouro público;
• Jogado em rio, lago ou mar V041 - quando o lixo do domicílio é jogado em rio, lago ou mar;
• Outro destino - V042 - quando o lixo do domicílio tinha destino diferente dos descritos
anteriormente.
Para analisar separadamente os dados referentes à destinação dos RSD, realizamos da
seguinte forma:
• Coletado - V035 – somatória das variáveis V036 e V037;
• Não coletado - V035 – somatória das variáveis V038 a V042;
Após a análise dos dados, geramos mapas, com divisão dos setores censitários do município no
qual estas variáveis podem ser identificadas no território, possibilitando uma análise
geográfica da situação do manejo de RSD no município. A seguir os dados gerais para todo o
Município de Estância:
PMSB Estância-SE Diagnóstico
190
Quadro 6.6 Resíduos Sólidos – destinação no município
DESTINO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES Número de domicílios
TOTAL MUNICÍPIO
Coletado (V035) 14.881 Coletado por serviço de limpeza (V036) 14.097 Coletado em caçamba de serviço de limpeza (V037) 784 Não Coletado (somatória de V038 a V042) 3314 Lixo queimado na propriedade (V038) 2517 Lixo enterrado na propriedade (V039) 120 Lixo jogado em terreno baldio ou logradouro (V040) 606 Lixo jogado em rio, lago ou mar (V041) 3 Outro destino (V042) 68 Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
Considerando os dados do Censo IBGE 2010 representados na tabela anterior, temos que 18%
dos resíduos sólidos urbanos do Município de Estância não são coletados (somatório de V038 a
V042), 4% são coletados por caçamba de serviço de limpeza (V037) e 78% através de coleta
porta-a-porta (V036).
Gráfico 6.5 Resíduos sólidos coletados – destinação no Município
Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
Já o destino dos resíduos sólidos não coletados é majoritariamente a queima na propriedade
(V038) com 76%, seguido pela disposição em terreno baldio ou logradouro (V040) com 18%,
enterrado na propriedade (VO39) com 4% e ainda outro destino não especificado (VO042) que
soma outros 2%.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
191
Gráfico 6.6 Resíduos sólidos não coletados – destinação no Município
Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
Conforme se observará nos mapas a seguir, é clara a divisão geográfica dos serviços de coleta
porta-a-porta dos RSD (mapa 6.2), que atinge principalmente a área urbana do município
localizada na sede (setor mais escuro do mapa), com exceção de alguns bairros situados nos
setores nordeste. Estes, conforme se observa no mapa a seguir (mapa 6.3), são atendidos por
caçambas de limpeza, assim como os bairros mais periféricos localizados à sudeste da sede
urbana (bairros de Porto de Areia e Santa Cruz). Também há uma predominância desta
modalidade nas áreas urbanas litorâneas de Porto do Mato e Praia do Saco, à sudeste do
município, bem como do setor censitário ao norte da área urbana litorânea da Praia de Abaís.
Já na sequência de mapas que trata dos RSD não coletados (mapas 6.4 a 6.6), identifica-se uma
clara predominância de domicílios cuja destinação dos RSD é a queima. Destaca-se também
que na área litorânea fora das áreas urbanas mais consolidadas os RSD são enterrados. Por
último, nos setores oeste do município, há incidência de quantidade significativa de domicílios
que simplesmente jogam em terreno baldio ou logradouro, podendo identificar-se também
que domicílios de alguns bairros mais periféricos da sede urbana também dão este destino aos
seus resíduos.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
192
Mapa 6.2 Resíduos Sólidos coletados – coleta (V036)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
193
Mapa 6.3 Resíduos Sólidos – coletado em caçamba (V037)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
194
Mapa 6.4 – Resíduos Sólidos – queimado na propriedade (V038)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
195
Mapa 6.5 – Resíduos Sólidos – enterrado na propriedade (V039)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
196
Mapa 6.6 – Resíduos Sólidos – jogado no terreno baldio ou logradouro (V040)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
197
O serviço de coleta de lixo por serviço de limpeza atende 78% do município (14.097
domicílios). No entanto, ressaltamos a grande diferenciação entre áreas urbanas (sede
municipal urbana e litoral urbano) e rurais (aglomerados rurais ou domicílios em áreas rurais
dispersas), conforme quadros abaixo:
Quadro 6.7 Resíduos Sólidos – destinação áreas urbanas
DESTINO DO LIXO Número de Domicílios
SEDE URBANA LITORAL URBANO
Coletado (V035) 13.314 582
Coletado por serviço de limpeza (V036) 12762 465
Coletado em caçamba de serviço de limpeza (V037) 552 117
Não Coletado 393 630
Lixo queimado na propriedade (V038) 94 544
Lixo enterrado na propriedade (V039) 6 49
Lixo jogado em terreno baldio ou logradouro (V040) 283 31
Lixo jogado em rio, lago ou mar (V041) 0 0
Outro destino (V042) 10 6
Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
Gráfico 6.7 Resíduos sólidos – destinação nas áreas urbanas (sede)
Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
198
6.2. Análise crítica do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos do Consórcio Sul
O Município de Estância é integrante de Consórcio Intermunicipal regulamentado pela Lei
Estadual nº 11.107/2005, denominado Consórcio Aterro Sanitário da Região Sul, Centro Sul do
Estado de Sergipe – CONSENSUL, estabelecido através da Lei Municipal 1504/2011.
Atualmente em fase de elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do
Consórcio Sul Sergipano, que abrange 16 municípios e 454.784 habitantes 38 , tendo
participação dos seguintes municípios: Estância, Arauá, Boquim, Pedrinhas, Salgado, Indiaroba,
Cristinápolis, Tomar do Geru, Itabaianinha, Tobias Barreto, Lagarto, Simão Dias, Poço Verde,
Santa Luzia do Itanhy, Umbaúba e Riachão do Dantas, todos no Estado de Sergipe39.
Figura 6.1 Sergipe – consórcios territoriais de saneamento
Fonte: Plano Estadual de Regionalização da Gestão dos Resíduos Sólidos de Sergipe. Elaboração: Grupo de Resíduos Sólidos do IFS.
38 Fonte: Plano Estadual de Regionalização da Gestão dos Resíduos Sólidos de Sergipe. Elaboração: Grupo de Resíduos Sólidos do IFS. Os dados de população se referem a dados demográficos do ano de 2007. 39 De acordo com Indicadores PO042, PO043, PO045 e PO046 do SNIS 2013.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
199
Atualmente em fase de validação dos produtos elaborados, já foi disponibilizado uma versão
preliminar pela SEMARH (órgão gestor do contrato), cujo conteúdo utilizamos para as
caracterizações dos dados municipais referentes aos resíduos sólidos e comparações com
outros municípios do Estado do Sergipe.
6.3. Descrição da situação dos sistemas (infraestrutura, tecnologia e operação)
O município, apesar de contar com local próprio para disposição final dos resíduos sólidos no
município, não segue procedimentos de gestão ou cuidados ambientais mínimos necessários à
correto tratamento dos resíduos. Atualmente a infraestrutura de serviços de resíduos sólidos
de Estância é constituída unicamente pela Unidade de Processamento - depósito de lixo
municipal (ver item 6.3.3).
Já a operação do sistema de coleta, transporte e disposição final dos resíduos sólidos do
Município de Estância é misto, sendo realizado em parte pelo Departamento de Meio
Ambiente da Secretaria Municipal de Urbanismo e em parte através de contrato específico
com empresa particular, que atua principalmente no transporte dos resíduos sólidos
coletados, através de caminhões fechados ou para transporte de caçambas de limpeza. Há
também o transporte de material reciclável transportado após triagem no lixão municipal,
acondicionado em sacos, em caminhão com caçamba aberta.
6.3.1. Acondicionamento
Como já foi descrito anteriormente, os resíduos sólidos do município são coletados de duas
formas: através de caminhões que fazem a coleta porta a porta e através de caçambas.
No primeiro caso, o acondicionamento dos resíduos é feito de maneira correta e não vem
trazendo complicações à gestão dos resíduos sólidos no município. No segundo caso, no
entanto, observa-se problemas sérios de transbordamento das caçambas, acúmulo de lixo no
entorno, vazamento de sacos e presença de mau cheiro, ratos, baratas, moscas e demais
PMSB Estância-SE Diagnóstico
200
insetos. Esta situação foi observada em diversas localidades nas visitas de campo e também
relatada durante as oficinas participativas pelos próprios moradores.
A maior causa deste problema de acondicionamento até a coleta e destinação dos resíduos se
deve, principalmente, à relação insuficiente de caçambas por domicílios e a baixa frequência
de recolhimento dos resíduos (geralmente uma vez por semana). Associado a isso e também o
fato de não ser devidamente fechado, sofrendo com a ação do sol (causando mau cheiro) e da
chuva (transbordamento de chorume), bem como e sofrendo com ação dos animais citados
anteriormente, bem como da falta de cuidado dos moradores ao depositar o lixo, que também
pode ser apontado como fator contribuinte, ainda que menos representativo em relação aos
demais problemas apontados acima.
Foto 6.1 caçamba de coleta de resíduos sólidos – povoado rural
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
201
Foto 6.2 caminhão de coleta de resíduos sólidos no centro de Estância
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
202
6.3.2 Coleta e transporte de resíduos sólidos
Os serviços de coleta e transporte dos resíduos sólidos domiciliares do município são
realizados pela própria prefeitura e por empresa contratada, divididos em 50% da massa total
coletada para cada agente, no que diz respeito aos resíduos sólidos domiciliares. Somam
conjuntamente 22.152 toneladas anuais. Além deste montante, a Prefeitura Municipal
também se responsabiliza por outros 936 toneladas anuais de resíduos públicos, conforme
detalhado nos quadros 6.3 e 6.4 a seguir:
Quadro 6.8 Resíduos sólidos coletados
Total Domiciliar Público
t t t
CO119 CO111 CO115
22152 21216 936 Fonte: SNIS 2013. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014.
Quadro 6.9 Agentes de coleta de resíduos sólidos
Quantidade total coletada por agente público Quantidade total coletada por agente privado
Total Domiciliar Público Total Domiciliar Público
t t t t t t
CO116 CO108 CO112 CO117 CO109 CO113
10296 9360 936 9360 9360 0 Fonte: SNIS 2013. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014.
Ainda segundo o SNIS, o valor contratado (preço unitário) do serviço de coleta diurna, em
31/12/2013 era de R$39,54/tonelada (CO012), incluído o transporte de resíduos coletados até
o depósito de lixo municipal (CO0148), área própria municipal, localizada a 13,5 km do centro
(CO149). Ressalta-se que a distância do depósito de lixo ao centro, no entanto é de 6km, e a
diferença entre a ida e a volta deve-se à necessidade de se efetuar um retorno na BR101,
principal via de acesso do município, onerando os custos do transporte dos resíduos sólidos
coletados.
Os serviços realizados pela Prefeitura contam com 03 caminhões compactadores com mais de
10 anos (Co056), 02 caminhões basculantes com menos de 10 anos (Co063 e Co064) e 02
tratores agrícolas com idade entre 6 e 10 anos (Co082). Já a empresa contratada possui 02
caminhões compactadores com menos de 5 anos de idade (Co057) e um com idade entre 6 e
PMSB Estância-SE Diagnóstico
203
10 anos. Também utiliza um caminhão polguindaste – para carregar caçambas – com menos
de 5 anos de idade.
Foto 6.3 caminhão de coleta de resíduos sólidos no lixão
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
204
6.3.3. Tratamento e disposição final dos resíduos sólidos do município
Segundo o SNIS, a Unidade de Processamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Município de
Estância é classificado como aterro controlado (UP003). Teve início de operação em 1997
(UP002), mas à época não foi concluída a obra da central de triagem, que hoje encontra-se
bastante deteriorada, com parte das edificações abandonadas em estado de ruínas.
Também não há licença ambiental para operação desta unidade. Além disso, houve
descontinuidades dos serviços de gestão de resíduos sólidos nos padrões mínimos
estabelecidos40 para que esta unidade possa ser considerada atualmente como aterro
controlado. Deste modo, entendemos que o enquadramento adequado desta unidade seja de
lixão, conforme indica também o mapa de localização de lixões constante do SIRHSE41, cuja
fonte indicada para esta unidade é SEPLANTEC/SRH (2002).
Ressalta-se que além das 22.152 toneladas de resíduos sólidos do Município de Estância
despejado anualmente no depósito de lixo em questão, também são despejados no local
outras 2.016 toneladas anuais provenientes do Município de Santa Luzia do Itanhy42.
Observa-se, apesar de não haver impermeabilização do solo e acondicionamento dos resíduos
em valas, que vem sendo realizado o recobrimento com terra, ainda que não rotineiro, para
evitar a atração excessiva de animais e vetores. Apesar disso, este recobrimento ocorre apenas
em parte das áreas, com muitas delas ainda com resíduos expostos. Também não há controle
adequado da entrada no lixão e presença de catadores de materiais reciclados trabalhando
sem condições mínimas de salubridade ou equipamentos de segurança.
40 Aterro controlado: Forma inadequada de disposição final de resíduos e rejeitos, no qual o único cuidado realizado é o recobrimento da massa de resíduos e rejeitos com terra. Lixão: Forma inadequada de disposição final de resíduos e rejeitos, que consiste na descarga do material no solo sem qualquer técnica ou medida de controle. Plano Nacional de Resíduos Sólidos, 2012. 41 SIRHSE – Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos de Sergipe, 2010. 42 Fonte: SNIS 2013. Indicador UP007.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
205
Figura 6.2 Localização do depósito de lixo municipal
Fonte: Apple Mapas. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014.
Foto 6.4 edificações de triagem de resíduos abandonadas e em estado de ruínas
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
206
Foto 6.5 lixão municipal e a presença de catadores e aves
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
Foto 6.6 lixo sem recobrimento de terra no lixão municipal
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
207
Foto 6.7 catadores de recicláveis trabalhando autonomamente (sem cooperativa)
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
6.4. Atendimento à população
Identificação de lacunas no atendimento à população pelo sistema público de limpeza urbana
e manejo de resíduos sólidos (condições atuais e futuras), quanto à população atendida
(urbana e rural), tipo, regularidade, qualidade e frequência dos serviços. Retomando os
principais dados do SNIS e IBGE já apresentados, temos:
- são coletadas 22.152 toneladas /ano;
- a população urbana do município de Estância com coleta porta-a-porta é de 57.38043
habitantes;
- a população rural do município é de 10.111 habitantes;
- a estimativa de Massa RDO coletada per capita em relação à pop. total atendida (I022) em
2013 é de 1,01 (kg/hab.dia);
- a relação entre a população total atendida com a população total do IBGE para o ano de
referência é de 85,02% (I015);
43 Fonte: Indicador CO165 do SNIS 2013.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
208
- a relação entre população urbana atendida por coleta-porta-a-porta com a população urbana
do SNIS é de 100%. No entanto, os dados do Censo 2010 do IBGE apresentam uma estimativa
mais próxima de 93,14%;
- análise dos mapas 6.1 a 6.6 do item 6.1.2 que tratam da destinação dos resíduos sólidos
urbanos;
Deste modo, identificamos uma lacuna de atendimento à população pelo sistema público de
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos justamente nas áreas rurais, sendo que a massa
estimada produzida e não coletada é de 3.727 toneladas/ano, representando 18% da massa
total de resíduos sólidos urbanos estimados produzidos anualmente no município. Estes
resíduos, conforme item 6.1.2, são em sua maioria queimados ou jogados em terrenos baldios.
6.5. Cobertura da coleta porta a porta
A cobertura da coleta de lixo porta-a-porta aqui considerada diz respeito à coleta através de
caminhões, que passam com periodicidade mínima de uma vez por semana em frente aos
domicílios do município.
Segundo o Censo IBGE 2010, existem no município 14.097 domicílios atendidos por coleta de
serviço de limpeza (V036). Ainda, de acordo com o SNIS, 89% da população com cobertura da
coleta porta a porta é atendida diariamente, 6% é atendida entre duas ou três vezes por
semana e 5% somente uma vez por semana.
Para realizar esse serviço há um total de 30 (trinta) empregados contratados, entre coletores e
motoristas. A seguir apresentamos os valores detalhados no quadro 6.6.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
209
Quadro 6.10 Detalhamento da coleta SNIS 2013
População atendida declarada Pop. atendida, segundo a
frequência
Coleta noturna
Coleta com elevação de contêiner
Quantidade de coletadores e motoristas
Total Urbana do município
Urbana direta
(porta-a-porta), sem
uso de caçambas
Diária 2 ou 3
vezes por semana
1 vez por semana
Prefeitura Empresas
habitante habitante habitante % % % exist. exist. empregado empregado
CO164 CO050 CO165 CO134 CO135 CO136 CO008 CO131 TB001 TB002
57380 57380 57380 89 6 5 não não 20 10
Fonte: SNIS 2013.
6.5.1. Identificação da cobertura da coleta porta a porta
Conforme detalhado no item 6.1, segundo o Censo IBGE 2010, existem no município 14.097
domicílios atendidos por coleta porta-a-porta (V036). Esta ocorre na área urbana da sede e
área urbana litorânea do município, principalmente nas vias principais de Abaís, Porto do Mato
e Praia do Saco (ver mapa 6.2). Nas demais localidades, o serviço é realizado através de
caçambas de serviço de limpeza (ver mapa 6.3) ou não é realizado, sendo que os resíduos
sólidos tem outra destinação (ver mapas 6.4 a 6.7).
6.6.Limpeza urbana e varrição
De acordo com o SNIS, no município há um total de 4.800 km de sarjetas varridas (VA039),
sendo 1.929 km realizados pela Prefeitura Municipal (VA010) e os outros 2.880 km realizados
pelas empresas contratadas (VA011). O serviço é realizado de forma manual e o preço unitário
pago é de R$27,00 por km varrido (VA020), custando aos cofres municipais portanto
R$77.760,00 para pagamento da empresa contratada.
Somente as áreas urbanas mais centrais da sede possuem este serviço, assim como alguns
trechos urbanos no litoral – Praia do Saco e Praia de Abaís. Encontramos nas vistorias
realizadas muitos pontos de acúmulo de lixo junto às guias, bem como em terrenos baldios,
podendo concluir que este serviço deverá ser melhor estruturado e sua abrangência e
eficiência melhoradas.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
210
6.7. Serviços públicos de limpeza urbana e serviços especiais
Análise dos serviços, incluindo desenhos, fluxogramas, fotografias e planilhas para entendimento dos sistemas.
6.7.1. Feiras
Ocorrem no município duas feiras, uma na região central (Praça da Bandeira, entre as ruas
Fausto Cardoso, rua Francisco Pires e Rua da Liberdade) e outra aos sábados no Bairro Cidade
Nova.
A primeira, de ocorrência diária, com exceção dos domingos, possui 02 (dois) dias de maior
movimento (sábados e segundas-feiras) e outros 04 (quatro) dias de menor movimento. Há
setores de verduras e legumes; frutas; confecção; equipamentos importados (bugigangas e
eletroeletrônicos); cereais; peixes; carnes e lanchonetes.
O material acumulado é de aproximadamente 1 (uma) caçamba de resíduos prensados por dia
nos dias de maior movimento e de 2/3 de caçamba nos demais dias.
Há relato que na ocasião do encerramento da feira, por volta das 18h00, comércios próximos
como frigoríficos também juntam parte dos seus resíduos para recolhimento junto com o
restante do material da feira.
A segunda feira, de ocorrência semanal no Bairro Cidade Nova, tem porte menor e não há
dados precisos quanto ao volume coletado.
Deste modo, a produção de resíduos estimada em 1500kg44 semanais, ou 6000kg mensais.
6.7.4. Praia
Mesmo com a vocação turística de veraneio do litoral estanciano não foi identificado serviço
específico de limpeza da praia ou dados que permitam avaliar quantitativa ou
qualitativamente este serviço.
Há relatos da população da região no entanto, que nos meses de alta temporada este serviço
se faz extremamente necessário, devido ao grande aumento de turistas e insuficiência do
serviço de coleta de lixo domiciliar, acarretando em grande acúmulo de material junto à orla,
44 Estimativa realizada de acordo com entrevista a representantes do Sindicato dos Feirantes, integrantes do Comitê de Coordenação do PMSB de Estância/SE.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
211
causando danos ao meio ambiente e a médio prazo prejudicando financeiramente os negócios
da região.
6.8. Destinação de resíduos da construção civil
A execução do serviço de Coleta de Resíduos de Construção e Demolição é realizado por
diversos agentes: Prefeitura Municipal ou empresa contratada diretamente, por empresas
especializadas (“caçambeiros”) que prestam serviço aos geradores de resíduos e pelos
próprios geradores.
Em termos quantitativos, os resíduos da construção civil produzidos anualmente no município
são estimados, segundo SNIS 2013, em 35.728,00 toneladas/ano. A Prefeitura coleta 28.880,00
toneladas/ano (CC013), as empresas especializadas (“caçambeiros”) ou autônomos
contratados pelo gerador (CC014) coletam 11.232,00 toneladas / ano e os próprios geradores
coletam 5.616,00 toneladas /ano (CC015).
Apesar da coleta, não há dados disponibilizados sobre a Gestão de Resíduos da Construção
Civil e principalmente quanto a sua disposição final. Também não foram identificadas
propostas para a reutilização, reciclagem, beneficiamento e disposição final dos resíduos da
construção civil, atendendo a Resolução CONAMA 307/2002.
Durante as vistorias de campo no município, identificou-se alguns pontos de descarte irregular
de resíduos da construção civil, principalmente junto a área nas proximidades do Forródromo,
no Bairro Alagoas, avançando sobre uma área de mata preservada, com presença de córrego
no fundo de vale. Além do entulho e terra, pode-se observar também a presença de resíduos
sólidos domiciliares misturados, trazendo um alerta ainda maior quanto às questões de
presença de animais vetores de doenças, bem como contaminação do solo e dos corpos
d´água.
Desta forma, devido ao grande montante de resíduos desta natureza gerados no município, é
urgente identificar formas de minimizar o descarte irregular deste material e poder atender às
especificações da Resolução citada acima, minimizando os danos ao meio ambiente e à
população do município, bem como otimizando custos e reaproveitando o material.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
212
Foto 6.8 descarte irregular de resíduos da construção civil no Bairro Alagoas
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
213
6.9. Resíduos dos serviços de saúde (RSS)
Estes resíduos, conforme Resolução CONAMA 358/20015, são todos aqueles provenientes de:
“serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de 7acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros similares.“
São também classificados de acordo com uma classificação periculosidade e quanto à origem,
seguindo a normativa da NBR10.004/200445, separando em categorias diferentes os resíduos
que podem causar riscos à saúde pública e ao meio ambiente. São provenientes dos serviços
de saúde, como hospitais, clínicas médicas, odontológicas, veterinárias e laboratórios,
necessitando, dependendo do tipo, pré-tratamento antes da disposição final.
Conforme aponta o Plano Estadual de Resíduos Sólidos:
“De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, apud IPEA, 2012c), 80% dos RSS têm risco similar aos resíduos domiciliares (grupo D), 15% aos biológicos (grupo A), 1% são perfurocortantes (grupo E), 3% são resíduos químicos e farmacêuticos (grupo B) e 1% corresponde ao restante.“
Deste modo, fica evidente que o manejo dos RSS a correta separação e adequação dos
resíduos, pois o acondicionamento incorreto ainda nas unidades de saúde pode fazer com que
resíduos não perigosos se misturem e contaminem os resíduos comuns, aumentando a
quantidade a ser tratada previamente à disposição final, elevando custos de transporte e de
destinação final desnecessariamente. De acordo com a ANVISA46 “apenas uma fração inferior a
2% é composta por RSS e, destes, apenas 10 a 25% necessitam de cuidados especiais”.
É importante ressaltar também que as unidades geradoras de RSS tem obrigação legal47 de
realizar Planos de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde, de modo a estabelecer
45 A NBR 10.004/2005 define as seguintes categorias: - classe I: perigosos; - classe II: não perigosos; - classe II A: não inertes; - classe II B: inertes; 46 Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde / Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 47 De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS e Resolução CONAMA 283/2001.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
214
os critérios e procedimentos para separação de resíduos perigosos e não perigosos,
acondicionamento e destinação final, observando também a coleta de material reciclável não
contaminado separadamente. A seguir estimamos portanto os RSS do Município de Estância:
Quadro 6.11 Resíduos Serviços de Saúde - estimativa
Resíduos toneladas/ano
massa total coletada no município 22152
Estimativa de RSS (2% do total) 443
RSS contaminantes (25% do total de RSS) 111
Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
É válido ressaltar que, uma vez que muitas unidades geradoras de RSS não possuem seus
PRGRS ou não os colocam em prática, há grande possibilidade de que a massa dos RSS
contaminantes sejam maiores dos que os apresentados no quadro.
6.9.1. Destinação dos RSS
No município atualmente a coleta diferenciada de resíduos sólidos dos serviços de saúde é
executada pela Prefeitura Municipal (RS045), em veículo exclusivo (RS038), sendo o controle
sobre executores externos da coleta diferenciada de RSS (RS026) realizada através de relatórios
de entrega (RS027)48.
No entanto, não há dados sobre a destinação dos RSS ou sobre a cobrança destes serviços pela
Prefeitura, quando se tratar de clínicas e hospitais particulares. Já as unidades de saúde
municipais deverão ter o serviço financiado pela própria prefeitura.
De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, não há coleta especial dos resíduos
sólidos dos serviços de saúde e estes são levados diretamente para o depósito de lixo, sem
qualquer separação ou cuidado especial, o que agrava ainda mais a exposição a riscos que os
catadores de material reciclável são expostos no lixão, bem como danos ao meio ambiente.
48 Indicadores SNIS RS045, RS038, RS026 e RS027.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
215
6.9.2. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (PGRSS)
De acordo com a Resolução CONAMA 283/2001, que trata da coleta e destinação final de RSS,
o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde-PGRSS é
documento integrante do processo de licenciamento ambiental, baseado nos princípios da não geração de resíduos e na minimização da geração de resíduos, que aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, no âmbito dos estabelecimentos mencionados no art. 2º desta Resolução, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública. O PGRSS deve ser elaborado pelo gerador dos resíduos e de acordo com os critérios estabelecidos pelos órgãos de vigilância sanitária e meio ambiente federais, estaduais e municipais.
Assim, fica a cargo da Prefeitura Municipal cobrar e fiscalizar a execução destes planos pelas
unidades geradoras privadas, bem como executar os PGRSS para cada unidade geradora
pública municipal que esteja em situação irregular.
Para isso, recomendamos a consulta às Resoluções RDC ANVISA nº 306/04 que “dispõe sobre o
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde” e CONAMA
nº358/05 que “dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de
saúde”.
6.10. Caracterização dos resíduos sólidos
Não há dados específicos para caracterização gravimétrica dos resíduos sólidos do Município
de Estância. Deste modo, adotaremos como base para a análise, o Plano Estadual de Resíduos
Sólidos do Sergipe49, adotando a composição gravimétrica média dos municípios Sergipanos
entre 30.001 a 100.000hab50:
Quadro 6.12 Composição gravimétrica dos resíduos sólidos coletados – PERS 2012
Resíduos Participação (%)
Material Reciclável 19,20%
Matéria Orgânica 70,50%
Rejeito 10,30%
total 100,00% Fonte: Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Sergipe, 2014. 49 Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Sergipe (PERS) – Produto 2: Diagnóstico, abril 2014. 50 Esta classificação é baseada na definição utilizada no SNIS, que adota faixas populacionais dos municípios para para a análise e ponderação dos dados visando maior confiabilidade dos resultados.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
216
Gráfico 6.9 Matéria orgânica, Rejeito e Material reciclável
Fonte: Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Sergipe, 2014.
Ressalta-se que medida que o porte e o poder aquisitivo da população aumenta, a tendência é
de aumento dos recicláveis e diminuição proporcional da representatividade da matéria
orgânica. Sob este ponto de vista, é importante retomar as informações já apresentadas no
item 6.1.1 deste deste relatório, em especial quanto ao indicador do SNIS I021 - Índice de
massa coletada (RDO+RPU) per Capita em Relação à População Urbana, onde observa-se que
os valores de Estância (1,06kg.hab/dia) são mais próximas da média do Estado do Sergipe e da
média nacional (1,00kg.hab/dia) e mais distantes dos municípios da Faixa Populacional 2
(0,97kg.hab/dia), fator que pode estar relacionado ao poder aquisitivo da população urbana
de Estância em comparação com outros municípios de mesmo porte ou outros fatores não
diretamente identificáveis.
Outra ponderação quanto ao alto índice de material orgânico diz respeito à exclusão de dados
provenientes de áreas sem coleta de lixo, como grande parte das áreas rurais dos municípios
do Sergipe e do país. Esta população, apesar de produzir massa de material orgânico
proporcionalmente maior que de áreas urbanas, tende a ser usado como alimentação para
animais e em último caso compostado. A entrada desta população na rotina da coleta de
resíduos também pode alterar esta composição gravimétrica.
Posto isso, para efeito das estimativas deste relatório, sugere-se adotar para cálculo da
composição gravimétrica dos RSU os seguintes valores, provenientes do cruzamento de dados
do SNIS (quanto à quantificação da produção dos RSU municipais) e do Plano Nacional de
Resíduos Sólidos 2011 (que atribui a composição gravimétrica detalhada dos RSU para o
Brasil):
PMSB Estância-SE Diagnóstico
217
Quadro 6.13 Composição gravimétrica estimada – Município de Estância.
Resíduos massa (ton. /ano) Participação (%)
Material Reciclável 7066 31,90%
Metais 642 2,90%
Aço 509 2,30%
Alumínio 133 0,60%
Papel, papelão e Tetrapak 2902 13,10%
Plástico Filme 1972 8,90%
Plástico Rígido 1019 4,60%
Vidro 532 2,40%
Matéria Orgânica 11386 51,40%
Outros 3699 16,70%
TOTAL 22152 100,00% Fonte: Plano Nacional de Resíduos Sólidos 2011 e SNIS 2013. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014 Também adotamos os dados do Plano Nacional de Resíduos Sólidos 2011 e Relatório do SNIS
2012 para caracterizar a composição do material reciclável, conforme gráfico a seguir:
Gráfico 6.10 Composição do Material Reciclável
Fonte: Plano Nacional de Resíduos Sólidos 2011 e SNIS 2013. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
218
6.11. Identificação das formas de coleta seletiva
Apesar de não haver coleta seletiva organizada pelo Município de Estância, neste item será
realizada a identificação, quantificação e qualificação dos agentes que promovem a coleta
seletiva.
Intermediadores
Atuante no depósito de lixo há intermediadora dos catadores, comprando o material separado
por eles de maneira grosseira e transportando até uma central de triagem própria para uma
separação mais minuciosa de materiais de diversas qualidades. Finalmente, o material final
separado é levado para as centrais que compram o material. Dependendo do material, há
necessidade de transportá-lo até Aracaju, Salvador e até mesmo Recife.51
Em Abaís, foi identificado também que o Presidente da Associação de Moradores local compra
material reciclável, armazena, transporta e revende para as centrais de processamento de
material.
Outra forma de coleta seletiva não governamental identificada durante as oficinas
participativas do diagnóstico foi a presença esporádica em muitas localidades de um caminhão
que coleta sucata e alumínio. Sem aviso ou periodicidade definida o material é comprado ou
trocado por doces (algodão-doce). Assim, as crianças acabam sendo agentes que coletam
material nos povoados.
Além disso, identificamos empresas que já realizam triagem e reciclagem de materiais,
conforme quadro abaixo:
Quadro 6.13 Empresas que realizam triagem e reciclagem
Tipo Nome situação Plástico Reciclar/ Ouroplast Em funcionamento Alumínio Crown Em funcionamento Vidro Indústria Vidreira do
Nordeste (IVN) Em obras (previsão de operação em dezembro/2015
Fonte: Risco arquitetura urbana 2014.
51 Segundo relato da intermediadora em entrevista realizada em 14/06/2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
219
Alumínio
Localizado no km 133 da BR-101 a fábrica da Crown Embalagens de Estância produz latas de
alumínio. Não há informações quanto à utilização de material reciclável coletado diretamente
na fábrica.
Vidro
Com lançamento da pedra fundamental das obras da Indústria Vidreira do Nordeste (IVN) em
24/03/2014 e previsão de conclusão das obras em dezembro de 2015. Quando em operação,
haverá a produção anual de 80 mil toneladas de vidro (aproximadamente 200 milhões de
embalagens) 52. Há informação também que parte da produção de novas embalagens será
realizada através da reciclagem de vidros, com processamento do material e transformação
em embalagens novas53.
Ainda, segundo o SNIS 2013, a quantidade de materiais recicláveis recuperados (exceto
matéria orgânica e rejeitos) resultante dos processos de triagem (em toneladas) e dados
quanto à composição do material reciclável recuperado:
Quadro 6.14 Descrição quantidade de material reciclado segundo SNIS
Código SNIS Descrição Toneladas /ano CS010 Papel e papelão recicláveis recuperados 2,0 CS011 Plásticos recicláveis recuperados 3,0 CS012 Metais recicláveis recuperados 1,5 CS013 Vidros recicláveis recuperados 1,0 CS014 Outros materiais recicláveis recuperados 0,5 CS009 Total de materiais recicláveis recuperados 8,0 Fonte: SNIS 2013. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014.
52 Notícia de 24/03/2014 do site Infonet - Estância sediará a nova Indústria Vidreira do Nordeste. Acessado o link http://www.infonet.com.br/politica/ler.asp?id=156248 em 13/10/2014. 53 Notícia de 24/10/2012 do site Agência Sergipe de Notícias (ASN) - Jackson Barreto anuncia instalação de mais uma fábrica em Sergipe. Acessado o link http://www.agencia.se.gov.br/noticias/leitura/materia:30732/jackson_barreto_anuncia_instalacao_de_mais_uma_fabrica_em_sergipe.html em 13/10/2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
220
Quadro 6.15 Composição da triagem e reciclagem – SNIS2013
Incid. de papel/papelão sobre
total mat. recuperado
Incid. de plásticos sobre total material
recuperado
Incid.de metais sobre total material
recuperado
Incid.de vidros sobre total de material
recuperado
Incidência de ''outros'' sobre total material recuperado
% % % % % I034 I035 I038 I039 I040 25 37,5 18,75 12,5 6,25
Fonte: SNIS 2013. Além disso, conforme quadro a seguir, há outros serviços de coleta seletiva prestados pela Prefeitura ou por empresas e demais intuições:
Quadro 6.16 Coleta seletiva - outros serviços prestados (item 10.1 SNIS)
OS001 Lavação de vias e praças não
OS0040 Poda de árvores Sim
OS003 Limpeza de feiras livres ou mercados Sim
OS004 Limpeza de Praias Sim
OS005 Limpeza de bocas de lobo Sim
OS006 Pinturas de meios-fios Sim
OS007 Limpeza de lotes vagos Não
OS008 Remoção de animais mortos de vias públicas Sim
OS009 Coleta diferenciada de pneus velhos Sim
OS0047 Coleta diferenciada de lâmpadas fluorescentes Sim
OS0010 Coleta diferenciada de pilhas e baterias Não
OS0050 Coleta diferenciada de resíduos eletrônicos Não
OS0011 Coleta de resíduos volumosos inservíveis Sim
OS0043 Outros serviços Não
Fonte: SNIS 2013. Destacamos que quanto ao item OS050 temos informação que a Loja da Vivo localizada no
centro da cidade recebe aparelhos celulares usados/quebrados e suas respectivas baterias. No
entanto, esta informação não está devidamente difundida entre a população.
Quanto ao item OS009, referente à coleta diferenciada de pneus velhos, identificamos que
muitos povoados rurais mais afastados possuem borracharias e não ocorre esta coleta, sendo
que em muitos casos os pneus inservíveis ficam acumulados expostos ao tempo ou são
queimados, gerando fumaça tóxica que afeta a vizinhança. Já na sede, há informações de que
lojas de pneus, em parceria com a Prefeitura Municipal de Estância armazena
temporariamente pneus coletados em um galpão, que depois são destinados à central de
PMSB Estância-SE Diagnóstico
221
reciclagem da Reciclanip54 em Aracaju. Não foram disponibilizados dados consistentes quanto
à massa desse material coletado e destinado corretamente, assim como toda a rede deste
serviço prestado. Identificamos também que não há informações disponibilizadas para
borracharias afastadas do centro urbano ou demais consumidores, ficando a coleta e
destinação dos pneus inservíveis restrita aos clientes das borracharias da sede.
A partir destes dados é possível fazer uma comparação com o total de material coletado e com
o total estimado de resíduos sólidos produzidos anualmente no Município. Considerando o
total de 22.152 toneladas /ano de material coletado (CO109)55 no município, a somatória do
total de materiais recicláveis recuperados (CO009) que totaliza 8 toneladas /ano é de 0,36%.
Conforme exposto no Quadro 6.4 que apresenta o I031 – Taxa de recuperação de materiais
recicláveis em relação à quantidade total (RDO + RPU) coletada, este valor de 0,36% é
extremamente baixo, mesmo que comparado com a média nacional e do nordeste, também
bastante distantes das taxas ideais de recuperação de material reciclável.
6.11.1. Cooperativas, associações e “carrinheiros”
Não foram identificados cooperativas, associações e carrinheiros no município. No entanto, há
informações do Departamento de Meio Ambiente de que está em processo de formalização a
associação de catadores de material reciclável atuantes no depósito de lixo municipal, visando
melhores condições de remuneração e de segurança no trabalho, com minimização da atuação
da intermediadora no local.
6.11.2. Inventário/análise da situação dos “catadores”
Foram identificados durante as visitadas de campo “catadores” atuantes somente no depósito
de lixo municipal, sem dados sobre sua atuação nas ruas, povoados ou áreas rurais/litorâneas
do município. No entanto, consta do SNIS 2013 que existem catadores de materiais recicláveis
que trabalham dispersos na cidade56.
De acordo com informação dos próprios “catadores”, há aproximadamente 20 (vinte) famílias
de catadores que subsidiem do trabalho de separação do material reciclável que chega ao
54 Reciclanip é uma entidade sem fins lucrativos criada pelos fabricantes de pneus novos Bridgestone, Continental, Goodyear, Michelin e Pirelli que destina pneus inservíveis pós-consumo para reaproveitamento, reciclagem ou utilização como combustível. Acessado www.reciclanip.org.br em 19/12/2014. 55 Indicador SNIS CO109. 56 Indicador SNIS CO004.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
222
depósito de lixo local, misturado ao lixo orgânico. A triagem é feita a céu aberto, com presença
de animais (insetos, ratos e urubus).
Além disso, há o agravante de que a grande maioria dos trabalhadores não possui e/ou não
utiliza equipamentos mínimos de segurança, como luvas, botas e óculos de proteção. Deste
modo, estão sujeitos à ferimentos dos materiais perfuro cortantes e infectantes existentes no
lixo descartado, estando expostos a contrair doenças e sofrer acidentes graves.
O trabalho ocorre portanto em condições degradantes e com baixa remuneração, sendo
realizado inclusive por adolescentes. Dos catadores entrevistados durante a elaboração do
diagnóstico, a informação (posteriormente confirmada pela “atravessadora” local) é que sua
renda varia entre R$120 e R$300 por semana (entre R$480 e R$1200 mensais).
Há informações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de que para melhorar a qualidade
de vida destes trabalhadores, a Prefeitura Municipal de Estância está auxiliando na
formalização da Cooperativa do Trabalhadores em Reciclagem Autônomos de Estância -
COTRAE57. Além disso, ocorre por parte da Prefeitura um trabalho social direcionado a estes
trabalhadores, com cursos de capacitação, bolsa família e alfabetização58.
Ressalta-se que um dos empecilhos apontados ao sucesso desta iniciativa ocorre devido à
baixa instrução destes trabalhadores e diferenças significativas na eficiência do trabalho de
cada trabalhador. Isto resulta em rendas bastante díspares, consequentemente em resistência
por parte de alguns catadores com receio de equilíbrio da renda, independente da eficiência
do trabalho. Há necessidade de esclarecimento aos cooperados e criação de mecanismos que
possam minimizar este fato, avançando no processo de formalização da cooperativa e
trazendo melhorias urgentes para as condições de trabalho dessa população.
6.12. Áreas de risco de poluição/contaminação e alterações ambientais
Este item identifica e analisa as alterações ambientais, as áreas já contaminadas e as áreas de
potenciais riscos de poluição / contaminação causadas por depósitos de lixo.
O depósito de lixo municipal está localizado na bacia hidrográfica de afluente direto do Rio
Piauitinga, importante rio do município, que abastece grande parte da população urbana do
Município de Estância.
57 Indicador SNIS 2013 CO007. 58 Indicador SNIS 2013 CO008.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
223
Localizado à aproximadamente 1700 metros lineares até o ponto de tangência mais próximo
do Rio Piautinga, entende-se que o depósito de lixo possui interação com o lençol freático que
abastece o sistema de água do município, atingindo também as águas subterrâneas que vem a
abastecer a vazão de base deste rio, uma das principais bacias hidrográficas do município.
6.13. Situação dos sítios utilizados para disposição final de resíduos sólidos
Um levantamento fotográfico realizado durante atividade de campo, documentou os principais
pontos de despejo de resíduos sólidos existentes em Estância, a seguir apresenta-se algumas
destas fotos:
Foto 6.9 Deposito central de lixo de Estância
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
224
Foto 6.10 Depósito central de lixo de Estância
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
Foto 6.11 Trabalho irregular em deposito central de lixo de Estância
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
225
Foram identificados também locais com descarte irregular de lixo nas áreas urbanas e
povoados rurais do município. Destaca-se em porte, no entanto, o localizado no Bairro
Bomfim, conforme foto a seguir:
Foto 6.12 Depósito de lixo no bairro Bonfim
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
Além disso, pelo relato dos moradores nas oficinas participativas do diagnóstico realizadas no
município, destacam-se alguns povoados e arredores, que vem encontrando problemas sérios
de descarte irregular de lixo.
Em especial, citamos o Povoado Farnaval, que por possuir população flutuante grande devido
à proximidade com a maré, presença de muitos estabelecimentos comerciais e residências
voltadas ao turismo de veraneio e fim de semana, há grande aumento de produção de
resíduos sólidos, que são descartados irregularmente, principalmente próximos às vias e em
terrenos baldios.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
226
Foto 6.13 Acumulo de lixo em área rural (Farnaval)
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
227
7. Situação dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais
urbanas
Este capítulo apresenta a situação da infraestrutura de drenagem e manejo de águas pluviais
urbanas, atentando à relação direta com questões relativas à ocupação e uso do solo do
território municipal e também a influência direta de fatores climáticos e características
ambientais, em especial, dos recursos hídricos.
7.1. Análise do Plano de Drenagem Urbana e Recursos Hídricos
No Município de Estância não foi identificado um Plano Diretor de Drenagem Urbana e
Recursos Hídricos (PDU). No entanto, há extensa legislação que trata do assunto e dá subsídio
legal para a sua elaboração, dando diretrizes para sua implantação, análise da situação atual e
também das demandas futuras. Abaixo elencamos as leis pertinentes:
- Lei nº 6.938/81 - Política Nacional do Meio Ambiente(PNMA);
- Lei nº 9.433/97 - Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH);
- Lei nº 12.651/ 2012 – Código Florestal;
A elaboração de um PDU tem sua importância justificada pelo impacto que a urbanização tem
sobre a drenagem, devido à alterações no uso do solo e consequentemente das características
de escoamento superficial das águas, índices de impermeabilização e alteração dos corpos
d´água, seja através da ocupação das áreas de proteção permanente (APPs) ou alteração das
suas seções (alteração da calha). A seguir elaboramos melhor sobre estes aspectos elencados
acima.
Alguns princípios devem orientar a elaboração de um PDU59: “(a) os novos desenvolvimentos
não podem aumentar a vazão máxima de jusante; (b) o planejamento e controle dos impactos
existentes devem ser elaborados considerando a bacia como um todo; (c) o horizonte de
59TUCCI, Carlos E. M. Drenagem Urbana. http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252003000400020
PMSB Estância-SE Diagnóstico
228
planejamento deve ser integrado ao Plano Diretor da cidade; (d) o controle dos efluentes deve
ser avaliado de forma integrada com o esgotamento sanitário e os resíduos sólidos”.
7.2. Identificação da infraestrutura local e análise crítica dos sistemas
Considera-se como “infraestrutura de drenagem urbana” o conjunto de sistemas de
escoamento formados pelo sistema de macrodrenagem e microdrenagem. Os sistemas de
drenagem são geralmente compostos por:
Macrodrenagem:
- galeria (diâmetro maior que 1,5m);
- canal;
- reservatórios, bacias de retenção e detenção de grande porte;
Galeria macrodrenagem
Não foram identificadas galerias de macrodrenagem no Município de Estância/SE.
Canal de drenagem
Abaixo identificamos o canal principal de drenagem com muros de alvenaria / concreto, em
área central da cidade. Recebe contribuição de esgoto e há presença de lixo. Não há relatos
nem registros de inundação neste trecho.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
229
Foto 7.1 a 7.3 Canal de Drenagem
Canal de drenagem à Rua Nossa Sra. de Guadalupe (próximo ao Sesi) – Bairro Santa Cruz. Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
230
Microdrenagem
Considera-se como componentes do sistema de microdrenagem:
- galeria de águas pluviais;
- bueiros e bocas de lobo;
- canaletas (formados por meio-fio e sarjetas);
De maneira geral, as estruturas identificadas apresentam grande precariedade, com remendos
e complementos executados pelos próprios moradores, com indícios de pouca ou nenhuma
manutenção para desobstrução de tubulações e retirada de lixo acumulado.
Além disso, quase a totalidade das estruturas apresenta contribuição de esgoto nas redes de
águas pluviais, seja ele de águas negras (vasos sanitários) ou somente de águas cinzas (pias e
chuveiros). Em ambos os casos, causam mau cheiro e podem causar doenças, em maior ou
menor grau. Abaixo colocamos alguns exemplos para ilustrar as situações existentes no
município:
PMSB Estância-SE Diagnóstico
231
Foto 7.4 Galeria águas pluviais na Rua Bahia construída em 1988, com contribuição de esgoto.
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
Foto 7.5 Tubulação e canaleta no meio-fio e sarjeta na Av. Nova do Porto, com contribuição de esgoto
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
232
Foto 7.6 Canaleta formada por meio fio e sarjeta à Rua Nossa Sra. de Guadalupe.
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
Foto 7.7 Canaleta improvisada para condução de águas pluviais, com contribuição direta de esgoto no Loteamento Humberto Halim (construído na década de 1980).
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
233
7.3. Identificação das lacunas no atendimento pelo Poder Público
São poucos os bairros urbanos do município que possuem um sistema de drenagem adequado
e nenhum dos povoados rurais ou povoados litorâneos possui sistema já implantado, apesar
de haver já projetos de drenagem de águas pluviais já desenvolvidos e em processo de
contratação de obras nos bairros de Alagoas e Alecrim (Sede) e na Praia de Abaís e Praia do
Saco (Litoral).
Deste modo, faz se necessário quantificar e qualificar o déficit de atendimento deste serviço
de saneamento básico no município. Para isso, dados do IBGE 2010 foram utilizados como
forma de organizar as demandas, caracterizando as deficiências do sistema de drenagem de
águas pluviais urbanas existente e auxiliando, na próxima etapa do PMSB, na identificação das
melhores alternativas e soluções para solucionar os problemas encontrados quanto ao manejo
de águas pluviais e drenagem urbana.
A escassez de dados específicos quanto a existência de infraestrutura de microdrenagem faz
com que seja necessário compor este quesito a partir de diversos valores, que direta ou
indiretamente trazem relação com a existência de sistemas de drenagem. Assim, utilizamos os
valores V014 a V037 da tabela de ENTORNO_01 do IBGE 2010, que dizem respeito à existência
de pavimentação, calçada, meio-fio / guia e bueiro / boca-de-lobo.
Agrupando os dados dos Domicílios particulares permanentes (próprios, cedidos e alugados),
chegamos nas informações a seguir, que dizem respeito a todo o município de Estância:
Quadro 7.1 Drenagem - situação domicílios - município Situação Domicílios %
Domicílios - existe pavimentação (soma V014+V016+V018) 13.255 87%
Domicílios - não existe pavimentação (soma V015+V017+0V19) 1.943 13%
Domicílios - existe calçada (soma V020+V022+V024) 12.839 84%
Domicílios - não existe calçada (soma V021+V023+V025) 2.359 16%
Domicílios - existe meio-fio / guia (soma V026+V028+V030) 11.956 79%
Domicílios - não existe meio-fio / guia (soma V027+V029+V031) 3.242 21%
Domicílios - existe bueiro / boca-de-lobo (soma V032+V034+V036) 4.683 31%
Domicílios - não existe bueiro / boca-de-lobo (soma V033+V035+V037) 10.515 69%
TOTAL 15.198 100%
Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
234
Gráfico 7.1 Pavimentação - situação domicílios - município
Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
Gráfico 7.2 Calçadas - situação domicílios - município
Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
235
Gráfico 7.3 Meio-fio / guia - situação domicílios
Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.
Gráfico 7.4 Bueiro / boca-de-lobo - situação domicílios
Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.
Os dados referentes ao quadro 7.1 e gráficos 7.1, 7.2 e 7.3, que dizem respeito
respectivamente à existência de pavimentação, de calçada e de meio-fio / guia, são
compatíveis com o número de domicílios e moradores vivendo em áreas urbanas e rurais do
Município de Estância, respectivamente 86% e 14%.
No entanto, quando se observa o valor dos dados referentes à existência de bueiros e bocas-
de-lobo, estes mostram que inclusive na área urbana há carência desta infraestrutura,
existindo em apenas 31% dos domicílios do município.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
236
Ao se analisar os mesmos dados somente na área urbana, chega-se a um número mais preciso,
conforme quadro abaixo:
Quadro 7.2 Drenagem - situação domicílios – área urbanas
Situação Urbano 1
Centro
Urbano 2
Sede Sul
Urbano 3
Sede norte Urbano Total
Domicílios - existe pavimentação (soma V014+V016+V018) 7.211 91% 2.849 93% 2.825 83% 12.885 90%
Domicílios - não existe pavimentação (soma V015+V017+0V19) 690 9% 206 7% 579 17% 1.475 10%
Domicílios - existe calçada
(soma V020+V022+V024) 7.337 93% 2.852 93% 2.428 71% 12.617 88%
Domicílios - não existe calçada (soma V021+V023+V025) 564 7% 976 32% 976 29% 2.516 18%
Domicílios - existe meio-fio / guia (soma V026+V028+V030) 6.404 81% 2.704 89% 2.696 79% 11.804 82%
Domicílios - não existe meio fio
(soma V027+V029+V031) 1.497 19% 351 11% 708 21% 2.556 18%
Domicílios - existe bueiro / boca-de-lobo (soma V032+V034+V036) 3.026 38% 787 26% 869 26% 4.682 33%
Domicílios - não existe bueiro / boca-de-lobo (soma V033+V035+V037) 4.875 62% 2.268 74% 2.535 74% 9.678 67%
TOTAL 7.901 100% 3.055 100% 3.404 100% 14.360 100%
Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014
Neste quadro observa-se que, em comparação com os dados do quadro 7.1 referente a todo o
município, não há variações significativas quando se avalia os dados referentes à somatória de
áreas urbanas, com menos de 5% de variação entre os indicadores.
Destacam-se negativamente, no entanto, dados referentes aos setores Urbano 3 – Sede Norte
(Cidade Nova), com indicadores consideravelmente mais baixos que os demais setores
urbanos.
É importante ressaltar, ainda, que estes dados dizem respeito à quantidade e não à qualidade
do serviço prestado, que pelo que se observa, não possui manutenção adequada, além da
PMSB Estância-SE Diagnóstico
237
contribuição clandestina de esgoto e existência de lixo acumulado que pode chegar a interferir
o funcionamento destas estruturas, causando entupimentos e consequentes alagamentos.
Além disso, estes não são os únicos elementos que podem caracterizar uma rede de drenagem
adequada, mas ajuda a definir a demanda de domicílios que carecem destas infraestruturas.
7.3.1. Demandas de ações estruturais e não estruturais
Primeiramente, adotamos as seguintes definições para ações em drenagem urbana e manejo
de águas pluviais:
Ações estruturais em drenagem urbana “representam interferências nas características do
escoamento”, como por exemplo construção de obras hidráulicas, como “a construção de
reservatórios, diques e canalizações abertas e fechadas”60.
Estas ações, não garantem proteção absoluta contra os eventos de inundações e enchentes e
necessitam de grandes quantidades de recursos para sua efetivação.
Atualmente no município estão finalizados os Projetos de Drenagem de Águas Pluviais dos
seguintes bairros de Estância/SE:
- Bairro Alecrim – 2009
- Bairro Alagoas – 2014 – área de contribuição da bacia de 208041,30m²
- Povoado de Abaís (litoral)
- Praia do Saco (litoral)
Já as ações não-estruturais são “medidas de caráter legal e institucional e que procuram
disciplinar a urbanização de tal forma a minimizar os seus efeitos no regime hídrico das
bacias”. Dentre os exemplos existentes, elencamos alguns
- Regulamentação do uso e ocupação do solo;
- Medidas de proteção individual das edificações em áreas de risco;
- Seguro contra enchente;
60 São Paulo (cidade). Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. Manual de drenagem e manejo de águas pluviais: gerenciamento do sistema de drenagem urbana. São Paulo: SMDU, 2012.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
238
- Sistemas de alerta;
- Ações da defesa civil e relocações de edificações.
É importante ressaltar que é preciso combinar ações estruturais e não-estruturais no
planejamento da drenagem urbana e manejo de águas pluviais.
7.3.2. Indicadores do sistema de sistema de drenagem
A partir das informações dos itens anteriores, podemos concluir que a cobertura do sistema de
drenagem em Estância é insuficiente, não há dados confiáveis quanto sua capacidade de
suporte e as estruturas carecem de manutenção, estando algumas em péssimo estado.
As demandas para drenagem urbana podem ser resumidas em:
- Necessidade de plano/projeto básico de macrodrenagem do munícipio
- Necessidade de plano/projeto de recuperação e proteção de nascentes e mata ciliares
no perímetro urbano
- Necessidade de rotina de manutenção de limpeza das galerias e bueiros existentes
7.4. Sistema natural de drenagem
O Município de Estância conta com importante área de estuário do Rio Piauí, que recebe
contribuição próximo à sua foz de vários outros corpos d´água do município (Rio Fundo e Rio
Piauitinga) e juntos forma a área denominada popularmente de maré, por sua clara influência
de água do mar, formando grande extensão de canais naturais d´água salobra.
Este sistema, por sua característica, funciona como um depurador natural destas águas,
contribuindo para a melhoria de sua qualidade até chegar ao mar. No entanto, há indícios de
que parte a poluição das águas vem prejudicando a fauna e flora da região, com diminuição da
quantidade de peixes e mariscos encontrados pelos pescadores.
De forma a proteger esta área, como citado anteriormente, é relevante a existência da Área de
Proteção Ambiental- APA Sul de Sergipe (ver item 1.7) , com normas especificas para proteção
ambiental local.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
239
O fator de influência marinha, acrescentando grande volume d´água ao volume dos rios,
também proporciona uma diluição dos poluentes, que contribui para a diminuição dos efeitos
nocivos da poluição.
7.5. Drenagem e de esgotamento sanitário
Conforme apresentado no Capitulo 5. Sistema de Esgotamento Sanitário, a quantidade de
domicílios que tem a destinação do esgoto sanitário no sistema de águas pluviais do município
é bastante relevante, chegando a 9,69% dos domicílios urbanos, somando 1711 domicílios.
Além destes dados referentes ao esgoto proveniente dos vasos sanitários, é crucial ressaltar
que praticamente em todo o município as águas servidas provenientes do chuveiro, pias
(banheiros e cozinhas) e áreas de serviço (lavanderias) – águas cinzas - não são destinadas
junto com as águas do vaso sanitário – águas negras.
Deste modo, conforme identificamos a seguir, grande parte destas águas são direcionadas
diretamente para as vias públicas ou para os fundos dos lotes. Na área rural, estas águas
infiltram no solo com maior rapidez e tem um impacto menor na contaminação dos lençóis
freáticos (em comparação com as águas negras), mas ainda assim, merecem atenção. Já nas
áreas urbanas, nas quais há maior incidência de vias com guias e sarjetas, devido ao
adensamento populacional, há um constante volume de águas cinzas conduzido a céu aberto,
trazendo odor desagradável e disseminação de doenças, apresentando uma situação bastante
preocupante. A seguir, algumas fotos que ilustram esta situação:
PMSB Estância-SE Diagnóstico
240
Foto 7.8 e 7.9 Drenagem urbana com contribuição de esgoto sanitário na Rua da Bahia, Bairro Santa Cruz.
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
Foto 7.10 e 7.11 Drenagem urbana com contribuição de esgoto sanitário na Rua da Bahia, Bairro Santa Cruz (à esquerda). Contribuição de águas cinzas em área rural não pavimentada (à direita).
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
241
7.6. Estudo das características morfológicas e determinação de índices físicos para as bacias
Cada um dos itens a seguir apresenta características e índices que influenciam na gestão das
micro e macrobacias hidrográficas, com destaque para as localizadas nas áreas urbanas. A
análise das bacias hidrográficas de todo o município, de forma mais abrangente, será tratada
no capítulo
7.6.1. Hidrografia
Ver Mapa 1.16 – Bacia Hidrográfica do Rio Piauí e Mapa 1.17 – Bacias Hidrográficas do Estado
de Sergipe.
A hidrografia e a divisão das principais bacias é um dos aspectos a ser avaliados na definição
dos índices físicos do município.
7.6.2. Pluviometria
Conforme Item 1.9 – Clima, temperatura e chuvas deste relatório, observando os dados
relativos à pluviometria no Município de Estância constantes do Quadro 1.11 - Dados
pluviométricos mensais Estância 2001-2013 em mm/m2, Quadro 1.12 - Dados pluviométricos
máxima, média e mínima Estância 2001-2013 e Mapa 1.11 – Isoietas e Gráfico 1.5 - Dados
pluviométricos mensais Estância 2001-2013, chegamos às seguintes conclusões:
- os índices pluviométricos no município variam entre 1200 e 1800mm anuais de
precipitação. Na sede urbana e regiões à oeste do município, a média fica entre 1200 e
1400mm e no litoral e demais regiões à leste, média anual entre 1400 e 1700mm;
- a predominância das chuvas é no período de março a julho;
- o máximo de precipitação mensal ocorreu em maio de 2011, atingindo 523,8mm;
- o mês de dezembro é o de menor precipitação, com vários anos apresentando
precipitação de 0,0mm.
- o ano de 2011 teve o maior acumulado de precipitações, com 2773,2mm;
- o ano de 2012 teve o menor acumulado de precipitações, com 683,7mm;
PMSB Estância-SE Diagnóstico
242
7.6.3. Topografia
Ver Mapa 1.12: Topografia com curvas em 10m e Mapa 1.15: Hipsometria constantes do
Capítulo 1 deste relatório.
Com altura máxima de 170m acima do nível do mar e predominância de alturas até 68m, o
município litorâneo apresenta também pouca declividade de encostas.
7.6.4. Características do solo
Ver mapa 1.13 e 1.18
7.6.5. Uso atual das terras
Ver mapa 1.19
7.6.6. Índices de impermeabilização e cobertura vegetal
Ver mapas 1.6 à 1.9
PMSB Estância-SE Diagnóstico
243
7.7. Caracterização e indicação das áreas de risco
Segundo informação fornecida pela defesa civil local, existem apenas duas áreas com
ocorrência de risco de alagamentos na sede do município, sendo elas a região dos Jardins e
Alagoas. Ambos os locais estão atualmente com execução de obras de drenagem. Não foram
registradas áreas com risco de deslizamento.
As entrevistas a moradores e questionários respondidos, revelaram ainda diversos pontos de
alagamento esporádicos, relacionados a maior ocorrência de chuvas. (Ver anexo)
O PLHIS (2012) indicou a existência de áreas de Risco nas áreas caracterizadas como
assentamentos precários no Conjunto Piautinga (bairro Alagoas), Rua do Pompéu/Av. Nova do
Porto (Bairro Porto d’Areia) e no bairro Candeal (na BR101 na altura do Posto Cachoeira). (ver
quadro 09 do produto nº3 do PLHIS)
7.7.1. Áreas de risco de enchente, inundação e escorregamentos
A partir dos dados destacados anteriormente sobre a hidrografia, pluviometria, topografia,
características do solo, uso atual das terras, índices de impermeabilização e cobertura vegetal
do Município de Estância, apontamos a seguir as áreas de risco de enchente, inundação e
escorregamentos.
7.8. Análise de indicadores epidemiológicos relacionados à deficiência no manejo
de águas pluviais
Considerando os agravos à saúde cuja incidência pode ser determinada diretamente por
deficiência nos sistemas de manejo de águas pluviais destacamos a grande presença de
Dengue, identificada a partir dos dados gerados nas oficinas participativas realizadas em 15
pontos de mobilização do Município de Estância, somadas a aplicação de questionários a
população local (ver anexo2).
7.9. Análise dos processos erosivos e sedimentológicos e sua influência na
degradação das bacias e riscos de enchentes, inundações e deslizamentos de terra
Foram identificados em muitos locais do município a ocorrência de processos erosivos e
sedimentológicos, ocasionados principalmente devido à obras de terraplenagem, minerações
(lavras de areia) e perdas de mata ciliar junto aos principais corpos d´água do município.
Estes processos tem influência na degradação das bacias e riscos de enchentes e inundações.
Não foram identificados locais com deslizamentos de terra relacionados a este fator.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
244
A ONG Água é Vida, que acompanha o processo de elaboração do PMSB como membro do
Comitê de coordenação, acompanha processos junto ao Ministério Público, dentre eles uma
denuncia de lavra ilegal de areia na região do Rio Fundo, destacada em foto a seguir.
Foto 7.12 Erosão de planície aluvionar.
Fonte: ONG Água é vida 2002
PMSB Estância-SE Diagnóstico
245
8. Desenvolvimento urbano, habitação e Saneamento Básico
O desenvolvimento urbano com a promoção de solo urbanizado, incluindo infraestruturas e
serviços urbanos adequados, tem como referencias básicas o Plano Diretor do Município
(2007) e sua lei (LC n31/2010) e o Plano local de Habitação de Interesse Social – PLHIS(2012),
além do PMSB em atual desenvolvimento. A seguir destacamos trechos relevantes para o atual
PMSB retirados destes Planos ou de suas respectivas leis.
8.1 parâmetros de uso e ocupação do solo
A Lei Complementar nº 28, de 2010, instituiu no município de Estância as diretrizes para o
parcelamento do solo urbano, complementando as disposições do Código de Obras e do
Código Municipal de Meio Ambiente.
A lei em seu Art. 3º condiciona a aprovação de parcelamentos por loteamento e
desmembramentos, a lei Federal 6766/79 e ao Plano Direto Urbano, quando houver
especificações e restrições de zoneamento. Todo requerimento de parcelamento novo deverá
passar pela anuência do conselho municipal de Meio Ambiente (Art.4).
Na seção II, Art.7º, a lei estabelece que o parcelamento deverá destinar 35% do total da gleba
para áreas comuns, sendo 20% para área verde, 5% para uso comum social, e 10% para vias.
É de responsabilidade do loteador a execução e locação das ruas, quadras, lotes, meios-fios,
sarjetas, rede de abastecimento de água nas limitações do empreendimento, rede de esgoto
coletiva ou individual e pavimentação de todas as ruas
8.2 definição do perímetro urbano da sede e dos distritos
Não foi identificada base cartográfica, o lei especifica de perímetro urbano, cabendo como
referencia o mapa desenvolvido pelo PMSB (ver mapa 1.2)
8.3 Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS
Segundo o PLHIS (2012)61 , citando o artigo nº 20 do Plano Diretor, menciona que “O Poder
Executivo poderá instituir Zonas de Interesse Social (ZIS) e Zonas Habitacionais de Interesse
Social (ZHIS) com normas especiais de ocupação e uso do solo destinadas a permitir sua
regularização”. O artigo 27 do PD e seus parágrafos, dispõem ainda sobre os dispositivos de
61 Ver PLHIS 2012 p.25 – Plano de Ações, produto 3
PMSB Estância-SE Diagnóstico
246
assistência técnica e jurídica à população carente, especificamente no que diz respeito à
regularização fundiária para efeito de titulação, os processos de desapropriação e as
relocações de famílias que estejam ocupando áreas de risco.
8.4 identificação de ocupação irregular em Áreas de Proteção Permanente.
É recorrente a ocupação de APP por unidades habitacionais ao longo de toda a extensão
urbana de Estância-SE. Notada esta realidade, também recorrente na maioria dos municípios
brasileiros, é pouco recomendada a remoção de domicílios nessa situação, ao menos que estes
estejam em situação de risco, e tal solução seja aplicada somente como último recurso. É
necessário porém, a pratica de ações de contenção destas aeras ocupadas e, sobretudo, o
impedimento do surgimento de novas ocupações irregulares em áreas ambientalmente
frágeis, promovendo para isso a produção de solo urbanizado e unidades habitacionais formais
adequadas e acessíveis a população local, pelo mercado formal.
Sobre a definição destas APPs, seus parâmetros se modificaram recentemente com a
aprovação do Novo Código Florestal (lei 12.561/2012). Segundo a lei, entende por Área de
Preservação Permanente
área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função
ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade
geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora,
proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;
A delimitação destas áreas, ficam definidas no Capitulo nºII, Art. 4º o qual define que
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e
intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito
regular, em largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de
largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a
50 (cinquenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a
200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200
PMSB Estância-SE Diagnóstico
247
(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura
superior a 600 (seiscentos) metros;
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura
mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até
20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta)
metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
Seguindo tais parâmetros, realizou-se mapa de abrangência das áreas de APP, segundo faixa
marginal dos cursos de água existentes na sede do município, conforme apresenta mapa
abaixo.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
248
Mapa8.1: Delimitação de APPs na Sede urbana de Estância-SE
fonte: Base cartografia PME 2012 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
249
8.5 definição de zoneamento com instrumentos do estatuto das cidades.
O Plano Diretor - PD de Estância ( inciso II , artigo 2º) apresenta a delimitação das áreas
urbanas onde poderão ser aplicados os instrumentos urbanísticos previstos na legislação
federal. Apesar de constar no texto, o PD não normatiza nem grafa as áreas onde incidem tais
instrumentos.
8.6 identificação da situação fundiária e eixos de desenvolvimento da cidade.
Segundo o PLHIS(2012) a existência de irregularidade fundiária é recorrente no município,
sendo ela incidente sobre terrenos, glebas, lotes ou mesmo sobre imóveis. Estima-se que mais
de 4.000 imóveis carecem de regularidade fundiária no município. Recentemente o município
lançou o programa municipal Habitação Legal, com objetivo de regularizar 2.000 imóveis
originários do patrimônio público de Estância.
8.7 PLHIS, planos de ação
O Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS, de Estância, de dezembro de 2012
como já destacado anteriormente (ver item 1.6.7) fez referência as estatísticas da Fundação
João Pinheiro (2007) que por sua vez se baseiam nos indicadores do Censo IBGE de 200062.
Segundo tal informação, Estância possuía em 2000, 468 domicílios com serviço/infraestrutura
inadequada de Abastecimento d’água, 1.983 com serviço/infraestrutura inadequada de
Esgotamento sanitário e 240 com serviço/infraestrutura inadequada de coleta de lixo,
totalizando 2.691 domicílios com serviços e infraestrutura inadequadas. A ação de urbanização
deve tomar portanto, inicialmente a referência da necessidade de implantação de
infraestrutura e serviços de saneamento em pelo menos 1.983 domicílios. O Plano de Ação,
destaca a carência total de infraestrutura abrangendo 3.379 domicílios e demandando um
investimento da ordem de R$24,5 milhões.
8.8 Oferta de moradia e solo urbanizado
Estância tem viabilizado nos últimos diversas ações visando a implantação de conjuntos
habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida. Em julho de 2014 foi realizado amplo
recadastramento de demanda para atendimento no programa. Apesar das ações recentes, a
oferta pública de moradia e solo urbanizado ou então a viabilização pelo mercado a preços
acessíveis para a maior parte da população foi insuficiente. Segundo o PLHIS(2012) entre os
anos de 1967 e 2005, apenas 950 unidades, justificando a expansão informal e o passivo atual
de infraestrutura e serviços adequados.
62 Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS de Estância 2012. Tabela 31 P.98.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
250
8.9 Demanda por habitação e investimentos habitacionais
A demanda acumulada segundo o PLHIS(2012) é de 2.360 domicílios. (tabelas 27 e 28 PLHIS
p.101)
8.10 Projeção do déficit habitacional
A demanda demografica futura no municipio foi calculada no item 1, na seção de população.
(ver quadro 1.5)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
251
9. Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Neste capítulo, são abordados os temas referentes ao Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
sempre que possível contextualizando as informações municipais relacionando-os aos dados
do Estado de Sergipe.
9.1. Caracterização geral das Bacias Hidrográficas do Município
O Estado do Sergipe possui oito bacias hidrográficas, sendo que o Município de Estância em
seu território possui parte da Bacia hidrográfica do Rio Piauí e Grupo de Bacias Costeiras. (ver
mapas 1.16 e 1.17)
Na Bacia Hidrográfica do Rio Piauí, os seus principais afluentes diretos são o Rio Piauitinga e
Rio Fundo. O primeiro tem como afluentes respectivamente o Riacho Grotão, Rio Riachão e
Rio das Capivaras e o segundo o Rio Paripueira, Rio Muculunduba e Rio Biriba. Segundo a
SEMARH a Bacia hidrográfica do rio Piauí
possui uma área geográfica de 4.150 km², equivalentes a 19% do território
estadual e abrange 15 municípios, com uma população de 432.000
habitantes aproximadamente. Localizada na parte sul do estado, é um dos
mais importantes componentes da rede hidrográfica do estado de Sergipe.
O sistema hidrográfico é bastante desenvolvido, sendo constituído pelo
curso d’água principal do rio Piauí, e por diversos afluentes de grande porte,
destacando-se, pela margem direita, os rios Arauá e Pagão, e, pela margem
esquerda, os rios Jacaré, Piauitinga e Fundo. Os diversos usos das águas na
Bacia Hidrográfica como: irrigação, mineração, indústrias, consumo humano
e animal, pesca, turismo e lazer estão associados às atividades econômicas,
ligados aos setores privado e público, bem como, os principais sistemas
hídricos, naturais e construídos, que possibilitam o desenvolvimento da
região. Essa relação direta com os recursos hídricos acarreta problemas
inerentes a quase todos os municípios brasileiro como: lixo, esgoto a céu
aberto, assoreamento de rios e riachos, pesca predatória, uso
indiscriminado de agrotóxicos, extração inadequada de minerais,
desmatamento e problemas relacionados com os resíduos industriais.
(www.semarh.se.gov.br/biodiversidade) <acessado em 15.10.2014>
PMSB Estância-SE Diagnóstico
252
9.1.1. Delimitação territorial
A Bacia Hidrográfica do Rio Piauí possui uma área geográfica de 4.150 km², equivalentes a 19%
do território estadual e abrange 15 municípios.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
253
9.1.2. Meio Físico e Natural, tipos e usos do solo e topografia
Analisando os Mapas 1.6 “Proteção ambiental APA Sul, manguezais e cursos d’água” e o mapa
1.12 “Topografia com curvas em 10m”, é possível notar que a faixa litorânea do município,
onde está delimitada a APA SUL – faixa de aproximadamente 10km do mar ao interior do
continente – conformando área de 55km2, tem terreno predominantemente plano com pouca
elevação ao nível do mar, atingindo no máximo 34m de elevação (ver mapa 1.15 Hipsometria)
favorecendo a formação de lagos, mangues e dunas. Além da formação de mangue, esta
porção litorânea abriga formação de floresta estacional Semidecidual. A presença também de
algumas áreas de pastagem (ver mapa 1.19 uso do solo).
Para além da APA Sul, no interior do município, podem ser identificadas cotas de até 339m. A
cobertura predominante do solo é de pastagem, com ocorrências de florestas estacional (ver
mapa 1.19)
A sede urbana do município se encontra no limite da área de influência da maré no Rio Fundo,
nas proximidades da queda d´água do Rio Piauí (ver foto 9.1.), onde ocorre a transição do tipo
de subsolo e solo (ver item 9.1.3), dos depósitos colúvio-eluviais para os depósitos litorâneos.
9.1.2.1 Área degradada
Consiste do agrupamento da sede urbana e dos povoados. A sede ocupa aproximadamente
5,91km² de um total de 644km² de todo o município, com perímetro urbano de
aproximadamente 31,08km63.
Destacamos ainda a evolução de perda e ganho de vegetação no município, no período de
2000 a 2012 (ver mapas 1.7, 1.8 e 1.9). Onde o ganho de mata no período observado é
substancialmente menor que as perdas, e tem destaque no extremo oeste do território e
pontualmente próximo a margem leste do entroncamento da BR101 com a SE470, nas
imediações do Assentamento Rural Edimilson Evaristo.
63 SEMARH/SRS 2010 – Atlas Digital sobre Recursos Hídricos do Sergipe.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
254
9.1.2.2 Área embrejada
Localiza nas planícies costeiras do município, entre a várzea do Rio Fundo e Rio Piauí e da
rodovia litorânea que dá acesso aos Povoados de Porto do Mato e Praia do Saco, bem como da
Praia de Abaís.
9.1.2.3 Manguezal
Incidência sobre grandes áreas lindeiras do Rio Fundo e Rio Piauí até sua foz no Oceano
Atlântico. Também margeia o Rio Biriba na sua porção mais a jusante.
9.1.2.4 Vegetação de restinga
Ocorrência na porção litorânea, ocupa faixa entre as áreas de manguezal e a praia.
9.1.2.5 Pastagem
É o uso de solo de maior extensão no território, sendo encontrado em todas as regiões, com
exceção da região litorânea, onde é pouco presente.
9.1.2.6 Floresta estacional
Uso do solo de pouca extensão territorial, majoritariamente localizada na porção noroeste, nas
bacias do Rio Capivara e Rio Piauitinga.
9.1.2.7 Floresta ombrófila
Com pouca representatividade, localizada principalmente à leste da sede municipal, nas
proximidades do Rio Piauí e Rio Biriba.
9.1.2.8 Mata ciliar
Observa-se que alguns corpos d´água de menor porte na porção oeste do município possuem
suas margens com mata ciliar. Estão localizados principalmente nas margens do Rio Piauí e
Piauitinga, bem como de seus afluentes. Não há ocorrência de mata ciliar nas margens de
outros rios importantes do município, como o Rio Biriba e Rio Fundo.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
255
9.1.2.9 Área degradada
Estas áreas, geralmente localizadas nas proximidades da sede municipal (setor oeste da BR-
101), bem como no depósito de lixo municipal e demais áreas industriais junto à rodovia.
9.1.2.10 Cultivos agrícolas e solos expostos
Predominância na porção noroeste do território, coincidente com a área de maior produção
agrícola do município.
9.1.2.11 Dunas e areial
Localizado na porção sul litorânea do território. Identificamos que no mapa, uma porção
denominada como de cultivos agrícolas / solos expostos.
9.1.3 Clima
*Ver item 1.9
9.2. Caracterização Geral dos Ecossistemas Naturais
Para caracterização geral dos ecossistemas naturais utilizaremos de instrumentos
denominados indicadores, que permitem analisar a evolução de cada aspecto avaliado ao
longo do tempo, permitindo avaliar sua evolução e intuir sobre as tendências de crescimento
ou diminuição dos valores encontrados.
9.2.1. Indicadores de Qualidade Ambiental
Segundo o Ministério do Meio Ambiente os indicadores ambientais são
estatísticas selecionadas que representam ou resumem alguns aspectos do
estado do meio ambiente, dos recursos naturais e de atividades humanas
relacionadas.
(http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/informacao-
ambiental/sistema-nacional-de-informacao-sobre-meio-ambiente-
sinima/indicadores) <acessado em 21.10.2014>
PMSB Estância-SE Diagnóstico
256
Adotamos para efeito deste trabalho os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável64
estabelecidos pelo IBGE, especificamente neste capítulo, aqueles indicados na “dimensão
ambiental”.
A dimensão ambiental diz respeito ao uso dos recursos naturais e à degradação
ambiental, e está relacionada aos objetivos de preservação e conservação do meio
ambiente, considerados fundamentais para a qualidade de vida das gerações atuais
e o benefício das gerações futuras. Estas questões aparecem organizadas nos temas
atmosfera; terra; água doce; oceanos, mares e áreas costeiras; biodiversidade e
saneamento. (BRASIL, IBGE 2012)
Os indicadores escolhidos são estão divididos nas seguintes categorias: atmosfera; terra; água
doce; oceanos, mares e áreas costeiras; biodiversidade e saneamento. Devido à escassez de
dados específicos para o Estado do Sergipe e especificamente para o Município de Estância,
apresentaremos a seguir os que poderão ser analisados de maneira completa. Os demais, em
momento oportuno, poderão ser recomendados e detalhados de modo a coletar dados para
um diagnóstico futuro mais completo.
9.2.1.1 Terra
Uso de fertilizantes
O indicador expressa a intensidade de uso de fertilizantes nas áreas cultivadas de um
território, em determinado período. Este indicador considera as áreas plantadas (ha) e as
quantidades de fertilizantes vendidos e entregues ao consumidor final. Sua relevância para
este trabalho diz respeito aos impactos ambientais que o uso a médio e longo prazo destas
substâncias causa, apesar da sua melhoria na eficiência e produtividade em períodos mais
curtos. Os principais efeitos negativas são eutrofização65 e contaminação de aquíferos, bem
como estudos em andamento que relacionam o uso de fertilizantes nitrogenados à destruição
da camada de ozônio da atmosfera.
O Estado de Sergipe possui os seguintes índices66:
64 Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, Brasil, 2012. Todos os indicadores citados a seguir foram retirados da mesma publicação. 65 Eutrofização é o processo de aumento de nutrientes (especificamente neste caso P e N) nas águas, causando a proliferação de bactérias aeróbias que consomem o O2 da água, causando desequilíbrios ambientais, como por exemplo a mortandade de peixes. 66 Fontes: Anuário estatístico [do] setor de fertilizantes 2010. São Paulo: Associação Nacional para Difusão de Adubos - ANDA, 2011; e Produção agrícola municipal 2010. In: IBGE. Sidra: sistema IBGE de recuperação automática. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pam/ default.asp>. Acesso em: out. 2011.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
257
- Vendas de fertilizantes, por área cultivada - 2010 = 14,5 a 84,0 kg/ha
- Vendas de fertilizantes (Nitrogênio), por área cultivada - 2010 = 20,2 a 34,3 kg/ha
- Vendas de fertilizantes (Fósforo), por área cultivada - 2010 = 7,0 a 24,3 kg/ha
- Vendas de fertilizantes (Potássio), por área cultivada - 2010 = 15,1 a 35,0 kg/ha
Ao se comparar estes valores com outros estados do Nordeste ou do Brasil, verifica-se que são
considerados ainda relativamente baixos. É necessário, no entanto, buscar alternativas
sustentáveis para o usos destas substâncias, transformando a produção local e permitindo que
sejam preservados os recursos naturais conjuntamente com os ganhos de produtividade
agrícola. As formas de como isto pode ser realizado poderão ser explorados em momento
oportuno nas próximas etapas de desenvolvimento do PMSB.
Uso de agrotóxicos
O indicador expressa a intensidade de uso de agrotóxicos nas áreas cultivadas de um território,
em determinado período. (...) é composto pela razão entre a quantidade de agrotóxico
utilizada anualmente e a área cultivada, apresentado em kg/ha/ano.
Consumo total por unidade de área cultivada (2009) = 0,1 a 1,2 kg/ha
Neste indicador, o Estado de Sergipe encontra-se em 22º dentre as 27 unidades federativas,
com consumo bastante abaixo da média, próximo de 0,5 kg/ha. É importante ressaltar que não
encontramos dados específicos para o setor agrícola municipal, mas identificamos durante as
oficinas participativas que o uso irresponsável de agrotóxicos ocorre, seja ele pela proximidade
com corpos d´água seja pela ausência de informações e equipamentos de segurança para seu
manuseio, causando queimaduras severas nos agricultores mal informados.
Terras em uso agrossilvipastoril
O indicador apresenta a proporção de terras imediatamente disponíveis para a produção
agrícola, a pecuária, a silvicultura e aquelas que foram degradadas por essas atividades, em
determinado território.
Neste indicador o Estado de Sergipe possui um dos mais altos índices de terras em uso
agrossilvipastoril na superfície territorial, com aproximadamente 57% da área total do
território municipal, demonstrando um grande potencial para produção agrossilvipastoril.
Ressalta-se, porém, que uma maior área destinada a esta produção não significa diretamente
PMSB Estância-SE Diagnóstico
258
uma maior produção ou eficiência, representando também uma ameaça à sustentabilidade se
combinado com os demais índices de uso de agrotóxicos e de fertilizantes.
Queimadas e incêndios florestais67
O indicador expressa a frequência de focos de calor em um território, em determinado ano.”
Sua relevância como indicador ambiental é devido à expansão agropecuária, geralmente sobre
áreas de vegetação nativa.
Neste indicador, o Estado de Sergipe apresenta a menor escala representada no mapa, com
graduação do número de focos de calor (2011) - 1 a 10 focos / 1000km².
A maior concentração de focos ocorre nos estados do Centro Oeste e Norte do país (Pará e
Tocantins). No Nordeste, os destaques negativos são do Estado da Bahia e do Piauí.
Desmatamento nos biomas extra-amazônicos
O indicador é a proporção da área desmatada acumulada até o último ano apurado em relação
à área total original do bioma no território considerado.” Pode ser utilizado para avaliar a
evolução das atividades antrópicas sobre os biomas, com desmatamento causando danos à
biodiversidade, ao solo e aos recursos hídricos, contribuindo também negativamente para as
emissões de CO2, acentuando o efeito estufa.
Neste quesito, o Estado de Sergipe apresenta os seguintes dados68:
- Desmatamento total do Cerrado até 2010 - 3,1%
- Desmatamento total da Caatinga até 2009 - 53,6 a 82,3%
- Desmatamento total da Mata Atlântica - 89,4 a 92,5%
Os índices de desmatamentos da Caatinga e Mata Atlântica demonstrando elevado grau de
deterioração destes biomas, com todos os efeitos citados anteriormente. É urgente atentar
67 Fonte: Queimadas: monitoramento de focos. Cachoeira Paulista, SP: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - CPTEC, 2012. Disponível em: <http://www.dpi.inpe.br/proarco/bdqueimadas/>. Acesso em: mar. 2012. 68 Fonte: Monitoramento do desmatamento nos biomas brasileiros por satélite. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente - MMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, 2011. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido= conteudo.monta&idEstrutura=72&idConteudo=7422&idMenu=7508>. Acesso em: mar. 2012; e Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica: período de 2008-2010. São Paulo: Fundação SOS Mata Atlântica; São José dos Campos: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, 2011. Disponível em: <http://mapas.sosma.org.br/site_media/download/atlas_2008-10_relatorio%20final_versao2_julho2011.pdf>. Acesso em: mar. 2012.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
259
para a evolução destes indicadores e buscar reverter o quadro através de políticas de incentivo
ao reflorestamento e recuperação de áreas degradadas.
9.2.1.2 Água doce
Qualidade de águas interiores
O indicador apresenta a qualidade da água em alguns corpos de água interiores (trechos de
rios e represas), expressa pela Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO e pelo Índice de
Qualidade da Água – IQA.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
260
Quadro 9.1 Classificação do Índice de Qualidade da Água - IQA69
Categoria Faixa de valor
Ótima 79 < IQA < 100
Boa 51 < IQA < 79
Regular 36 < IQA < 51
Ruim 19 < IQA < 36
Péssima IQA < 19
Fonte: Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB.
Segundo DA SILVA et al (2011)70 as amostras coletadas no Rio Piautinga entre novembro de
2008 e novembro de 2010, apresentaram IQAs variando de ótimo a regular, sendo os valores
respectivamente: 74 nov./08, 48 mar/09, 47 mai./09, 51 ago./09, 85 nov./09, 55 jan./10, 62
mai./10, 82 ago./10 e 56 nov./10.
Destaca-se período de mar/09 até ago./09 onde a qualidade da água resultou como regular,
na principal fonte de abastecimento da sede urbana do município de Estância-SE.
9.2.1.3 Oceanos, mares e áreas costeiras
Balneabilidade
“O indicador expressa a qualidade da água para fins de recreação de contato primário em algumas praias do litoral brasileiro em um determinado período de tempo”.
Quadro 9.2 - A seguir a tabela de balneabilidade da ADEMA71 das praias do litoral
Praias Coordenados UTM Status
Praia do Abaís (em frente à praça de eventos) 687359 E 8747446 N Própria
Praia do Saco (em frente à rua principal) 681695 E 8736298 N Própria
Praia das Dunas (em frente ao lot. Zé de Loia) 683866 E 8738086 N Própria
Fonte: ADEMA 2014.
69 Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB. 70 Artigo publicado na 34ª reunião da Sociedade Brasileira de Quimica disponível em: http://sec.sbq.org.br/cdrom/34ra/resumos/T1937-1.pdf <acessado em 05/11/2014 71 ADEMA - Administração Estadual do Meio Ambiente – Tabela de Balneabilidade das Praias entre 30/10/2014 a 05/11/2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
261
Identificamos também que no período entre 2003 e 2007, segundo os dados constantes do
“Diagrama 3 – Percentil 80 anual da qualidade de água para recreação de contato primário,
por vários métodos, com base na Resolução 274/2000 do CONAMA, nas águas de praias
selecionadas” - Praia do Saco/Estância, a Qualidade das águas apresentada estava dentro do
padrão CONAMA.
População residente em áreas costeiras
O indicador apresenta a proporção da população residente na zona costeira, em relação ao
total da população de um determinado território, e a densidade populacional da zona costeira.
No município de Estância, aproximadamente 4,56% da população municipal vive nas áreas
costeiras, sendo que durante os períodos de férias de verão observa-se também um grande
aumento de turistas.
Este indicador é importante pois as áreas costeiras são regiões ambientalmente delicadas, com
áreas de estuários, manguezais e também, por historicamente abrigarem percentagens
expressivas da população. Esta sobreposição, associada ao turismo de veraneio e aos demais
fatores de sustentabilidades abordados neste relatório precisar ser avaliados regularmente, de
modo a entender as dinâmicas existentes e identificar os problemas que podem levar a uma
situação de risco futuro.
Saneamento
Formado por cinco indicadores, todos eles já explorados detalhadamente em outros capítulos,
são de grande relevância no acompanhamento das condições ambientais dos ecossistemas
naturais, pois tem relação direta com um crescimento sustentável da população municipal e
seu impacto direto sobre os recursos disponíveis. São eles:
x Acesso à sistema de abastecimento de água
x Acesso a esgotamento sanitário
x Acesso a serviço de coleta de lixo doméstico
x Tratamento de esgoto
x Destinação final do lixo
PMSB Estância-SE Diagnóstico
262
9.2.1. Áreas de Preservação Permanente
É essencial acompanhar a questão das áreas de proteção permanente, estabelecidas através
do Código Florestal Lei nº 12.651/2012 é essencial para garantir a qualidade e a quantidade
dos recursos hídricos no Município de Estância.
9.3. A situação e perspectivas dos usos e da oferta de água em bacias hidrográficas
Considerando a utilização potencial de água para suprimento humano, conforme descrito no
capítulos 4 há captação de água do SAAE no Rio Piauitinga e Rio Biriba, e demais captações
profundas abastecendo 95,32% da população da sede. (ver tabela 4.1)
Considerando as demandas presentes e futuras e o lançamento de resíduos líquidos e sólidos
de sistemas de saneamento básico, detalhadamente abordado no capítulo 5 podemos
identificar um claro conflito entre a poluição dos corpos d´água e lençóis freáticos e a
dependência destas fontes de captação para abastecimento das populações urbanas e rurais.
9.4. Identificação de condições de degradação
9.4.1 Degradação por lançamento de resíduos líquidos e sólidos
No Capítulo 5, que trata do esgotamento sanitário, foram identificados pontos de lançamento
direto de esgoto e detalhados os efluentes industriais que causam degradação dos corpos
hídricos.
Outros dois exemplos de degradação do meio ambiente, no que impacta diretamente os
recursos hídricos, são os casos de extração de areia respectivamente do Rio Fundo (no limite
com o Município de Itaporanga D’Ajuda) e no Rio Capivara, região centro-oeste do Município
de Estância.
No primeiro caso, apesar da existência de outorga quanto à retirada de areia, há indícios de
que os limites de extração do mineral estejam sendo descumpridos, acarretando na
degradação de margens de ambos municípios, acelerando o processo de perda de mata ciliar e
de assoreamento do rio a jusante, consequentemente prejudicando a qualidade da água e a
manutenção de aspectos essenciais à vida na área.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
263
Os locais indicados de extração de areia no Rio Fundo:
- Ponto 01 – Lat. 11°10'47.40"S / Long. 37°20'45.50"O
- Ponto 02 – Lat. 11°10'10.40"S / Long. 37°20'25.10"O
- Ponto 03 – Lat. 11°10'33.70"S / Long. 37°20'33.40"O
No segundo caso, há autorização expressa do INCRA para extração de pequenas quantidades
para uso dos moradores cadastrados nos assentamentos rurais das proximidades. No entanto,
há relatos de que estes limites estão sendo descumpridos e também há ocorrência de
empresas (provavelmente clandestinas) que se utilizam do material para execução de obras de
construção civil.
O resultado, como pode-se verificar nas imagens a seguir do Rio Capivara (região oeste do
Município), é de diminuição drástica da mata ciliar, ocasionando a diminuição da vazão de
água superficial, ocorrência de inúmeros trechos com erosão acentuada e podendo acarretar
também na qualidade da água a jusante. Relatos de moradores indicam também que a vazão
do Rio Capivara anos atrás era muito maior, principalmente a vazão de base na época de
estiagem.
Foto 9.1. Rio Capivara – margens degradadas sem mata ciliar
Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
264
9.4.3. Situações de escassez hídrica presente e futura
Conforme detalhado no capítulo 04, os pontos de captação de água para posterior tratamento
e distribuição realizados pelo SAAE de Estância utilizam água de dois afluentes do Rio Piauí: Rio
Biriba e Rio Piauitinga. Deste modo, há uma dependência direta da quantidade de recursos
disponíveis e qualidade destes corpos d´água para abastecimento da população. A única
evidencia de escassez hídrica relacionada a fonte d’água no município de estancia, identificada
durante a fase de diagnóstico, está relacionada ao Rio Capivara, que segundo relato de
moradores locais durante Oficina Participativa, tem apresentado volume de água muito menor
do que nos anos anteriores.
9.5. Identificação de condições de gestão de recursos hídricos nas bacias do
município quanto a aspectos do saneamento básico
A gestão de recursos hídricos nas bacias do município deverá atentar primeiro para as formas
e condições definidas para a União e Estado de Sergipe, e em seguida contextualizar o
município.
9.5.1. Quanto ao domínio das águas superficiais e subterrâneas (União ou Estados)
A água é reconhecida como bem de domínio público e portanto o seu uso deve ser autorizado
pelos governos federal ou estadual. Não há, portanto, cobrança pelo uso da água.
No entanto, apesar de não haver cobrança, para assegurar o controle quantitativo e
qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício do direito de acesso a esse bem público
deverão ser observados aspectos legais que discorrem sobre a outorga de direito de uso dos
recursos hídricos, conforme detalhado no item 9.5.4 deste documento.
9.5.2. Atuação de comitês e agência de bacia
O processo de instituição do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piauí (CBH-Piauí) iniciou-se
em 2004, com base na metodologia participativa aplicada em diversos momentos e em 2005
foi oficializado pelo Decreto do Governo do Estado de nº. 23.375 de 09 de setembro de 2005,
publicado no Diário Oficial do Estado de nº. 24.855 pág. 1 e 2 em 12 de setembro de 2005 e
pela Resolução do CONERH/SE de nº. 05 de 27 de junho de 2007.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
265
O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piauí é composto por 48 membros entre Titulares e
Suplentes eleitos por seus pares dos Segmentos Poder Público, Sociedade Civil e Usuários e
encontra-se na segunda gestão – 2008-201072.
9.5.3. Enquadramento dos corpos d`água
Considerando os principais corpos d´água do município de Estância, apresentamos o quadro a seguir:
Quadro 9.3 Enquadramento de corpos d´água segundo a CONAMA 357
NOME
CLASSE ENQUADRAMENTO
PROPOSTA (CONAMA 357)
DOMÍNIO Extensão (m) FONTE ORDEM
RIO FUNDO Salobra Classe 1 Estadual 44715,25 SEMARH (2010) 2
RIO GONÇALVES DIAS - Estadual 15355,71 SEMARH (2010) 2
RIO PIAUI Doce Classe 1 / Salobra Classe 1 / Doce Classe 2
Estadual 121932,88 ANA (2008) /
SEMARH (2010) 1
RIO PIAUITINGA Doce Classe 2 / Doce
Classe 1 / Salobra Classe 1
Estadual 59115,68 SEMARH (2010) 2
9.5.4. Implementação de outorga e cobrança pelo usos
A outorga de direitos de uso de recursos hídricos visa assegurar o controle quantitativo e
qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água73.
A outorga de direito de uso dos recursos hídricos está prevista na Lei Federal nº9.433/97 e no
Estado de Sergipe é tratada na Lei nº3.870/97 e regulamentada pelo Decreto nº18.456/99,
que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos. As águas superficiais e subterrâneas
tem o pedido de outorga do uso da água submetido à SEMARH – Secretaria de Estado do Meio
Ambiente e dos Recursos Hídricos, órgão gestor dos recursos hídricos no Estado de Sergipe.74
9.5.5. Instrumentos de proteção de mananciais
72 http://www.semarh.se.gov.br/comitesbacias/modules/tinyd0/index.php?id=43 73 Plano Estadual de Recursos Hídricos de Sergipe – PERH-SE, 2010. 74 Site: www.semarh.se.gov.br/srh
PMSB Estância-SE Diagnóstico
266
A legislação vigente no Estado do Sergipe estabelece os instrumentos e diretrizes para
proteção dos mananciais:
1. Constituição do Estado de Sergipe 1989 Artigos 2º, 7º, 232, 239 a 249;
2. Política Estadual de Recursos Hídricos - Lei nº 3870, de 25 de setembro de 1997;
3. Conselho Estadual de Recursos Hídricos - Decreto nº 18.099, de 26 de maio de 1999;
4. Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos - Decreto nº 18.456, de 03 de dezembro de
1999;
5. Fundo Estadual de Recursos Hídricos - Decreto nº 19.079, de 05 de setembro de 2000;
6. Lei N.º 4.787/2003 - Organização básica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMA;
7. Lei N.º 5.057/2003 - Dispõe sobre a organização básica da Administração Estadual do Meio
Ambiente – ADEMA, e dá providências correlatas;
8. Lei N.º 5.360/2004 - Dispõe sobre o Fundo de Defesa do Meio Ambiente de Sergipe –
FUNDEMA/SE;
9. Lei Nº 4.600/2002 - Altera a Lei nº 3.870/1997;
10. Lei Nº 5.858/2006 - Dispõe sobre a Política Estadual do Meio Ambiente, institui o Sistema
Estadual do Meio Ambiente
Através delas devem ser fiscalizados e garantidos direitos e deveres para que se faça um uso
sustentável dos recursos naturais existentes e melhorias nas condições de saneamento básico
da população municipal.
9.5.6 Situação do Plano de Bacia Hidrográfica e seus programas e ações
Foi realizada licitação de consultoria para elaboração do Plano de Bacia Hidrográfica do Rio
Piauí - PBH-Piaui. Atualmente em desenvolvimento foi recentemente apresentado o arranjo
institucional ao GAT – grupo de acompanhamento técnico do SEMARH75. As entidades
participantes farão suas manifestações e propostas, que deverão ser discutidas e incorporadas
às diretrizes para execução do plano.
9.5.7 Disponibilidade de recursos financeiros para investimentos em saneamento básico
Este item é mais detalhadamente abordado no Capítulo 3 - Situação econômico-financeira dos
serviços de saneamento básico e do Município.
75 Notícia do SEMARH/SE de 28/11/2014: http://www.semarh.se.gov.br/comitesbacias/modules/news/article.php?storyid=163
PMSB Estância-SE Diagnóstico
267
9.6 Identificação de relações de dependência entre a sociedade local e os recursos
ambientais, incluindo a água
É importante notar que parcela da população cuja atividade econômica principal é a de pesca,
sendo diretamente dependente da qualidade das águas salobras do sistema de mangues
formados pelos rios Fundo e Piauí e seus estuários, na zona popularmente chamada de maré.
Há inclusive uma série de associações comunitárias diretamente relacionadas às atividades de
pesca de peixes e mariscos, como por exemplo a Associação Comunitária das Marisqueiras de
Porto do Mato, área litorânea do Município.
Há também população cuja atividade econômica também explora o turismo na área litorânea,
com passeios de barco nas regiões dos mangues e estuários, assim como o próprio turismo em
terra, com dunas e praias muito procuradas nas férias de verão e finais de semana. A
preservação desta paisagem natural e da limpeza das praias, qualidade das águas dos rios e do
oceano é vital para sustentabilidade do turismo na região.
Deste modo, observa-se uma relação direta de parcela sociedade quanto à qualidade da água
e a preservação das zonas de preservação e proteção naturais, cujas atividades de sustentação
econômica são dependentes da qualidade da água, da disponibilidade de peixes e mariscos e
da paisagem litorânea preservada.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
268
10.Saúde e saneamento
O diagnóstico da situação de saúde relacionada ao saneamento busca a aproximação dos
temas, colocando o saneamento básico como potencial promotor da prevenção de
efemeridades.
Diversos dados e índices de saúde, ou demais índices diretamente vinculados à saúde, foram
apresentados ao longo deste diagnóstico (ver itens 1.5.4 e 1.6.6 entre outros), os quais
relacionam infraestrutura e serviços existentes. Além dos dados do DATASUS (mortalidade e
morbidade) anteriormente citados, focamos novamente nos dados de morbidade relacionados
a doenças infecciosas e parasitárias. Ressaltamos ainda a importância dos dados gerais
fornecidos pelo Sistema de Atendimento Básico – SIAB (Saúde da Familiar)
10.1 Morbidade relacionadas a falta de saneamento
No Município de Estância, no ano de 2013 foram notificados 19 óbitos infantis e fetais
(DATASUS 2014), sendo que apenas no mês de fevereiro foram 6 mortes. Nenhuma das
mortes está vinculada a doenças infecciosas e parasitárias.
A queda da mortalidade infantil vem sendo constantemente reduzida no município, desde de
pelo menos o ano de 2008, quando o número de óbitos foi de 44. Em 2014 no entanto, até o
presente (mês de outubro) a mortalidade infantil e fetal registrou aumento, já sendo
notificados até o momento (outubro/2014) 25 óbitos infantis e fetais.
10.2 Sistema de Informação do Atendimento Básico – SIAB
O SIAB constitui-se com um importante indicador para saúde municipal, sobretudo porque
dispõem de informações atualizadas e alimentadas no âmbito municipal mensalmente. Em
Estância o SIAB está organizado em 18 áreas vinculadas as respectivas Unidades de Saúde da
Família – USF, e 144 micro áreas, sendo cada uma delas de responsabilidade de um Agente.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
269
Quadro 10.1 – Detalhamento do programa Saúde da Família.
ÁREA LOCALIZAÇÃO USF PROFISSIONAIS Micro áreas
ÁREA 01 (Santa Cruz) USF SANTA CRUZ Aux. de Enf - Érica; Aux de S. Bucal - Tereza; Cirurgião Dentista -
Tatiana; Enf. - Juliana; Médico - Enilma 6 ÁREA 02 (Santa Cruz) USF SANTA CRUZ Aux de Enf. - Valquíria; Enf.ª Heloana; Médico - Ana Claúdia 5 ÁREA 03 (Porto D'Areia)
USF DR. RAIMUNDO GOOD LIMA
Aux de Enf. - Emauela; Aux de S. Bucal - Raimunda; Cirugião Dentista - Louise; Enf.ª - Silvia; Médico - Ricardo 7
ÁREA 04 (São Jorge)
USF DR. RAIMUNDO GOOD LIMA
Aux de Enf. - Valquíria ; Aux de S. Bucal - Josefa;Cirugião Dentista - Hayanna; Enf.ª - Simone; Médico - Silvio 7
ÁREA 05 (Centro) USF DR. QUIRINO LOPES
Aux de Enf.ª - Deise; Aux de S. Bucal - Renata; Cirugião Dentista - Raquel; Enf.ª - Luana; Médico - Anne 7
ÁREA 06 (Centro/Alagoas)
USF DR. QUIRINO LOPES Aux de Enf. - Robson ; Enf. - Aline; Médico - Claúdio 8
ÁREA 07 USF CAIC JORGE AMADO
ASB: Elaine; Auxiliar: Silvânia ; CD: Adriana; Enf.: Milena; Médico Ricardo 10
ÁREA 08 USF IRMÃ MADALENA
ASB: Simone ; Auxíliar: Maria Vanilma; CD: Ana Paula Enf.: Manuel Leandro ; Medico: Antônio José Junior 7
ÁREA 09 (Alagoas) USF IRMÃ MADALENA
ASB: Juliana; Auxíliar:Ana Carla; CD: Alesandra; Enf.: Elline; Médico:Amanda; 8
ÁREA 10 (Cidade Nova/Valadares)
USF RAIMUNDA MESQUITA
ASB: Alzinir Auxiliar: Fabiana CD: Ester Enf.: Liana Carla Médico:Marcos 6
ÁREA 11 USF LEONOR FRANCO
ASB: Magarete; Auxíliar:Claúdeildes; CD: Aline ENF: Rodrigo Médico:Rômulo 6
ÁREA 12 USF LEONOR FRANCO
ASB:Juliana; Auxiliar: Jussara ; CD:Ana Patrcia ; Enf.: Heriomar; Médico: 6
ÁREA 13 USF PAULO AMARAL ASB: Aparecida; Auxíliar: Carlos Alberto; CD:Luciana Enf:Sandro; Médico: Tiago 8
ÁREA 14 ( Praias) USF PROF.ª MARIA EUNICE
ASB: Maria Luzia; Auxiliar: Ivaneide; CD: Sandro; Enf:Eliane Médico:Gabriel 12
ÁREA 15 (Limite com Itaporanga - Zona Norte)
USF 15 ASB: Simone; AUXÍLIAR: Patrícia; CD: Josenilton ;Enf.: Adjane; Médico: Luiz 12
ÁREA 16 (Alecrim - Zona Oeste)
USF DRª WILMA MASCARENHAS
ABS: Jéssica; AUXILIAR:Edineide ; CD:Marcos; Enf:Amanda; Médico:Sílvio 11
ÁREA 17 USF DR VALTER CARDOZO COSTA
ASB:Andreia Auxíliar:Conçeicão CD: Adisson Enf.: Thaila Médico:Márcia 12
ÁREA 18 ( Zona Sul) USF PASTINHO ASB: Auxíliar : Francis; Enf:ALINE; Médico: Roberto 6
Total 144 Fonte: Secretária de Saúde de Estância-SE julho 2014.
Dentre as doenças sistematicamente monitoradas pelo SIAB, nenhuma delas está diretamente
vinculada a qualidade dos serviços e infraestruturas de saneamento básico, para tanto esse
diagnóstico incorporou ao questionário aplicado a diversos moradores, uma pergunta sobre
incidência de doenças diretamente vinculadas ao saneamento (ver item 1.5.4).
Dentre as doenças monitoradas pelo SIAB, destacam-se como as de maior incidência
atualmente no município a Hipertensão Arterial, seguida da Diabetes.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
270
Quadro 10.2 Doenças totais SIAB.
FAIXA ETÁRIA
alcoolismo %
Chagas %
Deficiência física
%
Diabetes %
Distúrbio
mental %
epilepsia %
Hipertensão
arterial %
hanseníase %
malária %
tuberculose % FAIXA ETÁRIA
0 a 14 anos
6 - 35 5 - 14 3 - - - 10 a 19 anos 0,04% - 0,25% 0,04% - 0,10% 0,02% - - -
15 anos ou
mais
184 10 715 1425 - 96 5018 18 - 16 20 anos e mais
0,37% 0,02% 144,0
0% 2,86% - 0,19% 10,08
% 0,04% - 0,03%
Total 190 10 750 1.430 - 110 5.021 18 - 16
Total 0,30% 0,02%
118,00% 2,25% - 0,17% 7,89% 0,03% - 0,03%
Fonte: Secretária de Saúde de Estância-SE julho 2014.
Dentre os demais dados apresentados pelo SIAB, destacamos a forma de tratamento d’água
intradomiciliar, dado inexistente em outras fontes estatisticas públicas. No mês de referencia
(jun 2014), nas área urbana, 60,54% dos moradores utilizavam filtração, 0,5% fervura, 11,36%
cloração adicional e outros 27,5% não utilizavam nenhum outro tipo de tratamento adicional.
Já na zona rural, os mesmo indices eram respectivamente de 22,95% filtração, 1,03% fervura,
36,12% cloração e 39% sem tratamento.
Os dados apontam que a cultura de filtragem, apesar de mais importante na zona rural dado a
inexistencia de serviço coletivo de tratamento de água para consumo, é substancialmente
menor. Ao mesmo tempo é maior o numero de domicilios que utilizam o tratamento de
hipoclorito de sódio (cloração) fornecido pelos agentes de saúde.
O processo de disseminação desta pratica é fundamental, dado o grande numero de domicilios
abastecidos com água de poço raso/cacimba que localizam-se próximos a fossas rudimentares.
Os quadros a seguir apresentam os dados referentes a cada uma das zonas e também os totais
auferidos no municipio.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
271
Quadro 10.3 Dados totais para Zona Urbana.
Fonte: Secretária de Saúde de Estância-SE julho 2014.
Quadro 10.4 Dados totais para Zona Rural.
Fonte: Secretária de Saúde de Estância-SE julho 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
272
Quadro 10.5 Dados totais gerais.
Fonte: Secretária de Saúde de Estância-SE julho 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
273
11. Índices, síntese e considerações finais.
11.1 Considerações sobre o método de espacialização de dados.
Os mapas produzidos ao longo do diagnóstico constituem informações centrais para
determinação da análise apresentada. Para sua produção seguiu-se método próprio de analise
espacial dos dados censitários do IBGE relacionados ao saneamento básico. Para isso foram
selecionadas as variáveis disponíveis que permitiram a espacialização e visualização dos
serviços e infraestruturas e suas carências, gerando índices de cobertura do Saneamento,
dispostos no território e determinando as demandas diretas para cada um dos serviços.
Tal análise revela quais são as áreas do município sujeitas aos piores índices de saneamento
básico, quantificando e qualificando-os.
Para organização, o território de Estância fica subdividido em 98 perímetros, coincidentes com
os Setores Censitários desenhados pelo IBGE. Estes territórios estão também agrupados
através dos 15 setores de mobilização determinados durante a primeira fase de elaboração
deste PMSB.
11.2 Variáveis selecionadas no Censo IBGE para o saneamento básico
Dentre as mais de 3.000 variáveis disponíveis no Censo IBGE 2010, somente uma parte se
relaciona diretamente com o tema do saneamento básico. A tabela disponibilizada pelo
Instituto denominada “Basico_UF_Situacao_setor” 76 reúne variáveis que se referem, de
alguma forma, aos quatro eixos do saneamento básico: Abastecimento d’agua, coleta e
tratamento de esgoto, coleta de lixo e Rede de drenagem Pluvial. Destacamos e detalhamos a
seguir as variáveis utilizadas.
11.3 Abastecimento de agua:
Situação urbana:
Para a situação urbana em geral serão , o abastecimento deverá ser provido pela rede geral de
abastecimento d’agua, sendo o índice de cobertura resultado do número de domicílios
particulares ligados a rede, dividido pelo total de domicílios particulares: (V012/V002) = i1.
A demanda direta é formada por (V002-V012) = D1.
76 Na seção download do site do IBGE http://downloads.ibge.gov.br/ acesse o menu estatísticas, pasta Censos. Seleciona-se a pasta “Censo_Demografico_2010” , “Resultados_do_Universo” , “Agregados_por_Setores_Censitarios”. Seleciona-se a base do estado em que se insere o município.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
274
Para a situação rural:
Para aglomerados rurais de extensão urbana, e aglomerados rurais isolados (povoado, núcleo
e outros aglomerados), considera-se que o abastecimento adequado pode ser provido por
rede, poço ou nascente na propriedade, desta forma o índice de cobertura é
(V012+V013/V002) = i2 . A demanda direta é formada por (V002-V012-V013-V015)=D2.
Cabe dar atenção especial aos casos onde a uso de poço-cacimba (considerado Poço na
propriedade) estão em proximidade com fossa rudimentar. Considera-se que em todas as
residências onde a solução de distribuição de água for adequada via poço ou nascente na
propriedade (V013), mas houver existência de fossa rudimentar ou vala (V019 + V020), há
grandes chances de contaminação da água por interferência do esgoto sanitário domiciliar.
Nestes casos o índice de possibilidade de contaminação será dado por (V019+V020/V013) = i3.
É comum que este índice esteja acima dos 90%.
Outro caso, majoritariamente relacionado ao abastecimento de água nas regiões rurais, é
dado pelo abastecimento de “Outra Forma” que inclui, carro-pipa, cisterna que capta água de
chuva, e outros. Este valor está indicado pela variável “V015”.
11.4 Coleta e tratamento de esgoto:
Para as situações urbanas e rurais em geral, a coleta de esgoto adequada se dá por existência
de sanitário ligado a rede geral ou pluvial (V017) ou fossa séptica (V018). No primeiro caso,
onde o esgotamento for conduzido na rede pluvial existe inadequação. Como este dado não
esta disponível no CENSO é preciso avaliar caso a caso, interpretando os dados de acordo com
a realidade local. Ainda sobre a variável “V017” quando forem inexistes os Sistema de
tratamento de Esgoto, como a exemplo a existência de Estação de Tratamento de Esgoto –
ETE, Sistemas Biodigestores, entre outros, também existira inadequação.
O índice de cobertura será resultado de (V017+V018/V002) = i4
Quando não houver ETEs e outras soluções na cidade, o índice de cobertura dos serviços de
tratamento do esgoto será (V018/V002) = i5.
Ainda sobre a interpretação dos dados fornecidos pelo IBGE, quanto a variável “V018”, é
importante ressaltar que comumente o IBGE informa a existência de fossas sépticas que na
realidade são Rudimentares. Neste caso é preciso também atentar-se para a interpretação dos
PMSB Estância-SE Diagnóstico
275
dados em comparação com a realidade local, podendo ainda este fator reduzir o índice de
cobertura sugerido por “i4” e “i5”
A demanda pelo serviço será resultado de V002-(V017+V018)=D3
Existência de banheiro:
Outro dado de fundamental relevância para diagnóstico da situação do saneamento básico é a
existência de banheiro e sanitários nos domicílios recenseados. A variável “V023” indica a
existência de domicílios particulares permanentes sem banheiro de uso exclusivo dos
moradores e nem sanitário”. A variável “V034” indica os domicílios particulares permanentes
sem banheiro de uso exclusivo dos moradores.
Os índices de existência de sanitário e banheiro se dará por: V034/V002 = i6 e V023/V002 = i7.
A demanda direta pela construção de banheiros sanitários é igual a V023 e V034. D4=V023,
D5=V034
11.5 Resíduos Sólidos
A demanda direta dos serviços de coleta de resíduos sólidos é definida por V002-V035=D6. A
cobertura dos serviços por sua vez, provem da mesma interação, sendo resultante de
V035/V002=i8.
O Censo IBGE não faz menção ao destino final do lixo, e nem a coleta de resíduos especiais,
portanto é necessário interpretar a realidade local, a partir do índice gerado, atentando-se
para a existência ou não de aterros sanitários no município, por processos de consorcio ou
ainda contratado diretamente pela prefeitura local.
Em Estância, sabe-se que todo o lixo coletado esta sendo destinado ao lixão local, havendo
também pelo menos outros 3 pontos urbanos com grande acumulo de resíduos sólidos.
11.6 Rede de drenagem Pluvial
O Censo IBGE não indica com precisão dados referentes a drenagem. Apesar disso no arquivo
“Entorno 01 – Planilha Entorno 01_UF.xls” estão disponíveis algumas variáveis que incidem
sobre a drenagem urbana. São elas:
V032 – Domicílios particulares permanentes próprios – Existe bueiro/boca de lobo e V033 –
Domicílios particulares permanentes próprios – Não existe bueiro/boca de lobo. A mesma
indicação é também delimitada para domicilio alugados, cedidos. Desta forma a variável de
PMSB Estância-SE Diagnóstico
276
existência de Bueiro/Boca de Lobo deverá ser informada pela soma de (V032+V034+V036) e a
inexistência por (V033+V035+V037).
Outras variáveis indicam ainda a existência de pavimentação e meio fio, e podem, durante a
interpretação da realidade local, serem utilizadas como indicativo.
A demanda direta será formada portanto por (V033+V035+V037)=D7 e o Índice de cobertura
da infraestrutura por i9+(V032+V034+V036)/V001.
Todos os mapas gerados estão disponíveis também em formato A3 (Ver Anexo)
PMSB Estância-SE Diagnóstico
277
11.7 Descrição dos setores censitários de Estância-SE.
Os 98 setores censitários existentes em Estância tem seu perímetro detalhadamente descritos
no anexonº4, e se definem da seguinte maneira:
Mapa11.1 Numeração dos Setores Censitários
PMSB Estância-SE Diagnóstico
278
Mapa 11.2 Setores Censitários região central
PMSB Estância-SE Diagnóstico
279
Quadro 11.1 Descrição dos perímetros dos setores censitários de Estância-SE.
Setor Ponto inicial Descrição do perímetro
0001
ENTRONCAMENTO DA AVENIDA PROFESSOR JOAO LIMA DA SILVEIRA, COM A RUA MELQUISEDECK AMADO OU RUA DA ALEGRIA
DO PONTO INICIAL ATE A RUA FAUSTO CARDOSO, RUA FLORIANO PEIXOTO, RUA MOISES COSTA CARVALHO, RUA PEDRO HOMEM DA COSTA, RUA GUMERCINDO BESSA, RUA CAPITAO SALOMAO, PRACA BARAO DO RIO BRANCO, CONTORNANDO O JARDIM, TRAVESA DA INDEPENDENCIA, R
0002 ENCONTRO DA "AVENIDA TENENTE ELOI" COM A "RUA VISCONDE DE INHAUMA"
DO PONTO INICIAL ATE A "RUA DO OURO", "RUA LEOPOLDO RODRIGUES DO NASCIMENTO", "RUA VERISSIMO VIANA", "PRACA 7 DE SETEMBRO" (INCLUSIVE), "RUA GUMERCINDO BESSA", "AVENIDA TENENTE ELOI" ATE O PONTO INICIAL
0003 PRACA 7 DE SETEMBRO(EXCLUSIVE)
DO PONTO INICIAL ATE A RUA VERISSIMO VIANA,TRAVESSA FRANCISCO ARAUJO MACEDO, RUA DEPUTADO F AAUJO MACEDO, RUA MARQUES DE HERVAL, RUA DA MIRANGA, RUA JOAQUIM CALAZANS, RUA JORGE AMADO, RUA VICENTE B ALENCAR, RUA CAPITAO SALOMAO, RUA GUME
0004
ENTRONCAMENTO DA "RUA DO SAO CAETANO" COM A "RUA VOLUNTARIOS DA PATRIA"
DO PONTO INICIAL SEGUE A "RUA VOLUNTARIOS DA PATRIA" ATE O "PERIMETRO URBANO", "PERIMETRO URBANO", "GASODUTO" ATE A "ESTRADA DO CANGA", "RUA MARIO BATISTA DO SANTOS", "RUA VOLUNTARIOS DA PATRIA" ATE O PONTO INICIAL
0005
ENTRONCAMENTO DA RUA TENENTE F. DE OLIVEIRA COM O RUA MARIO BATISTA DOS SANTOS
DO PONTO INICIAL ATE A RUA SEM DENOMINACAO, RUA JOSE ROBERTO SOARES, RUA CANDIDO ARAUJO, RUA IRENIO J DOS SANTOS, RUA JOSE VENANCIO CRUZ, RUA SENHORZINHO ARAUJO DE LIBORIO, RUA TENENTE F. DE OLIVEIRA ATE O PONTO INICIAL
0006 ENTRONCAMENTO DA RUA ELIZIO MATOS COM A RUA RIACHUELO
DO PONTO INICIAL ATE A RUA MARIO BATISTA, RUA TENENTE F OLIVEIRA, RUA SENHORZINHO ARAUJO DE LIBORIO, RUA JOSE VENANCIO CRUZ, RUA ELIZIO MATOS ATE O PONTO INICIAL
0007
ENTRONCAMENTO DA RUA AGNALDO AUGUSTO DO SANTOS COM A RUA JOAQUIM CALAZANS
DO PONTO INICIAL ATE A RUA ELIZIO MATOS, TERCEIRA TRAVESSA ELIZIO MATOS, RUA LOURIVAL BATISTA, RUA JOAO FRANCISCO DA SILVA, RUA AGNALDO AUGUSTO DOS SANTOS ATE O PONTO INICIAL
0008
ENTRONCAMENTO DA AVENIDA LOURIVAL BATISTA COM A TERCEIRA TRAVESSA ELISIO MATOS
DO PONTO INICIAL ATE A RUA NOVA DO PORTO, ESTRADA PARA O CAMPING, GASODUTO, RIO PIAUI ATE ALTURA DA ESCOLA ESTADUAL GILBERTO AMADO (INCLUSIVE), RUA ALTO DA CONCEICAO, RUA DA LAGOA RUA DO POMPEU, RUA JOSE MARCELO DOS SANTOS, AVENIDA LOUR
0009
ENCONTRO DA TRAVESA DA INDEPENDENCIA COM A RUA VICENTE B. ALENCAR
DO PONTO INICIAL ATE A RUA JORGE AMADO, RUA JOAQUIM CALAZANS, RUA AGNALDO AUGUSTO DOS SANTOS, RUA JOAO FRANCISCO DA SILVA, RUA JOSE MARCELO DOS SANTOS, RUA DO POMPEU, PRACA JACKSON FIGUEIREDO(EXCLUSIVE), RUA RAIMUNDO C. CARVALHO, RUA LEOP
0010
ENTRONCAMENTO DA AVENIDA GETULIO VARGAS COM A RUA JOSE ANTONIO DE MENDONCA BA RRETO
DO PONTO INICIAL ATE A RUA LEOPOLDO AMARAL, RUA RAIMUNDO COSTA CARVALHO, RUA DO POMPEU, RUA DO GRAVATA, RUA AQUIDABA, AVENIDA GETULIO VARGAS ATE O PONTO INICIAL
0011 ENCONTRO DA RUA GENERAL PEDRA COM A RUA RAIMUNDO COSTA CARVALHO
DO PONTO INICIAL ATE A AVENIDA GETULIO VARGAS, RUA AQUIDABA, RUA DA BAHIA, RUA CANDIDO FERREIRA DE ANDRADE, SEGUE ATE O RIO PIAUI, ESTRADA DA FABRICA, PRACA LEAO XIII (EXCLUSIVE), AVENIDA SANTA CRUZ, AVENIDA GETULIO VARGAS, PRACA GRACHO
0012 "PONTE" SOBRE O "RIACHO DONANA" NA "BR 101"
DO PONTO INICIAL ATE O "RIO PIAUI" "ESTRADA PARA A FABRICA", "CHURRASCARIA" (INCLUSIVE), "FUNDO DAS CASAS DA ESTRADA PARA INDIAROBA","REDE DE ALTA TENSAO", "RIACHO DA DONANA" ATE O PONTO INICIAL
0013 PONTE SOBRE O RIO PIAUI NA RODOVIA BR 101
DO PONTO INICIAL SEGUE A RODOVIA BR 101 ATE A LINHA DE ALTA TENSAO, SEGUE A LINHA DE ALTA TENSAO PASSANDO PELOS FUNDOS DAS CASAS DA RUA JOAO LAUREANO, IGREJA SANTA RITA DE CASSIA (INCLUSIVE), FUNDOS DAS CASAS DA RUA SAO JOSE, SEGUE PELOS FUNDO
0014 ENTRONCAMENTO DA PRACA LEAO XIII COM A AVENIDA SANTA CRUZ
DO PONTO INICIAL ATE A ESTRADA DA FABRICA, RIO PIAUI, RIO PIAUITINGA, RUA A, RODOVIA BR-101, RUA SAO JOSE, RUA EDGAR B DE ARAUJO, RUA JOAQUIM ONORIO, RUA SANTA LUZIA, PRACA LEAO XIII (INCLUSIVE) ATE O PONTO INICIAL
0015
ENTRONCAMENTO DA RUA SANTA LUZIA COM A PRACA PRINCESA ISABEL (EXCLUSIVE)
DO PONTO INICAL ATE A AVENIDA GETULIO VARGAS, AVENIDA SANTA CRUZ, PRACA LEAO XIII (EXCLUSIVE), RUA SANTA LUZIA, RUA JOAQUIM ONORIO, RUA EDGAR B DE ARAUJO, RUA SEM DENOMINACAO, RUA SANTA LUZIA, ATE O PONTO INICIAL
0016 ENTRONCAMENTO DA RUA SAO JOSE COM A RODOVIA BR 101
DO PONTO INICIAL ATE A AVENIDA RIO BRANCO, AVENIDA PRIMEIRO DE MAIO, RUA SANTA LUZIA, RUA SEM DENOMINCAO, RUA EDGAR B DE ARAUJO, RUA SAO JOSE ATE O PONTO INICIAL
0017
ENTRONCAMENTO DA "AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA" OU "BR-101" COM A "RUA DOUTOR JESSE FONTES"
DO PONTO INICIAL ATE A "RUA FRANCISCO CAMERINO", "RUA GENERAL PEDRA", "RUA PROFESSORA CREMILDES FREIRE", "RUA JOAO SARMENTO", "RUA MARIA PEREIRA SANTOS", "AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA" OU "BR-101" ATE O PONTO INICIAL
0018 CRUZAMENTO DO RIO PIAUI COM A REDE DE ALTA TENSAO
DO PONTO INICIAL ATE A RUA CAJUEIRO, RUA ESTEVES DE FREITAS, JOSE B. NASCIMENTO RUA DOMINGOS ALVES RIBEIRO, AVENIDA CONSTANCIO VIEIRA, CAMINHO PARA FONTE, RIO PIAUITINGA, RIO PIAUI ATE O PONTO INICIAL
PMSB Estância-SE Diagnóstico
280
0019
ENTRONCAMENTO DA "RUA ESTEVES DE FREITAS" COM A "AVENIDA PROFESSOR JOAO LIMA DA SILVEIRA"
DO PONTO INICIAL ATE A "RUA A",'PONTE", "CAMINHO PARA A FONTE", "AVENIDA CONSTANCIO VIEIRA", "RUA DOMINGOS ALVES RIBEIRO", "BECO DA RENDEIRA", "RUA ESTEVES DE FREITAS" ATE O PONTO INICIAL
0020
PONTE SOBRE O RIO PIAUITINGA NO ENTRONCAMENTO DA AVENIDA PROFESSOR JOAO LIMA DA SILVEIRA COM A RUA ESTEVES DE FREITAS
DO PONTO INICIAL ATE O BECO DA RENDEIRA, RUA DOMINGOS ALVES RIBEIRO, RUA JOSE B. NASCIMENTO, PRACA JOAO COSTA E SILVA (EXCLUSIVE), RUA ESTEVES DE FREITAS, RUA CAJUEIRO, SEGUE O PERIMETRO URBANO BEIRANDO A RODOVIA VENANCIO F. DA FONSECA E D
0021
ENTRONCAMENTO DA "AVENIDA PROFESSOR JOAO LIMA DA SILVEIRA" COM A "RUA MARECHAL DEODORO DA FONSECA"
DO PONTO INICIAL ATE A "RUA JOSE ANTONIO DE OLIVEIRA", "RUA PEDRO HOMEM DA COSTA", "RUA MOISES COSTA CARVALHO", "RUA FLORIANO PEIXOTO", "RUA FAUSTO CARDOSO", "RUA MELQUISEDEK AMADO", "AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA" ATE O PONTO INICIAL
0022
ENTRONCAMENTO DA RUA OTAVIANO SIQUEIRA COM A TRAVESSA OTAVIANO SIQUEIRA
DO PONTO INICIAL SEGUE A TRAVESSA OTAVIANO SILVEIRA, RUA ACRISIO ESTEVES DA SILVA, RUA RODOLFO OLIVEIRA DE ANDRADE, RUA JORGE RODRIGUES DE MATOS, RUA MARECHAL DEODORO DA FONSECA, RUA DOUTOR HELVECIO DE ARAUJO MACEDO, RUA PEDRO HOMEM DA COSTA
0023 PONTE SOBRE O RIO PIAUITINGA NA RUA C
DO PONTO INICIAL ATE A RUA A, AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA, RUA HEBERT DE SOUZA, TRAVESSA HEBERT DE SOUZA, TRAVESSA OTAVIANO SIQUEIRA, RUA OTAVIANO SIQUEIRA, RUA MARECHAL DEODORO DA FONSECA, AVENIDA JOAO LIIMA DA SILVEIRA, RUA ESTEVES
0024
CRUZAMENTO DA RODOVIA VENANCIO F. DA FONSECA COM A TRAVESSA DO CAJUEIRO
DO PONTO INICIAL ATE A RUA C, RUA ANTONIO PORTUGUES, RODOVIA VENANCIO F. DA FONSECA ATE O PONTO INICIAL
0025
ENTRONCAMENTO DA "RUA SANTO ANTONIO" COM A "RUA GERALDO BISPO DE SOUZA"
DO PONTO INICIAL ATE A "AVENIDA MANOEL BONFIM", SEGUE CONTORNANDO OS "FUNDOS DAS CASAS" DA "AVENIDA MANOEL BONFIM" ATE A ALTURA DA "RUA SANTO ANTONIO", "RUA SANTO ANTONIO" ATE O PONTO INICIAL
0026 PONTE SOBRE O "RIO PIAUITINGA" NA "RUA ANTONIO PORTUGUES"
DO PONTO INICIAL SEGUE O "RIO PIAUTINGA" ATE A "LINHA DE ALTA TENSAO", "LINHA DO PERIMETRO URBANO" ATE O CRUZAMENTO DA "RODOVIA BR-101" COM A "ANTIGA ESTRADA PARA SALGADO", "AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA", "RUA A" NO "CONJUNTO RESIDENCIAL PIAUITINGA", "RUA ANTONIO PORTUGUES" ATE O PONTO INICIAL
0027
ENTRONCAMENTO DA "AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA" OU "BR-101" COM A "RUA PROFESSOR JOSE DIAS DE OLIVEIRA"
DO PONTO INICIAL ATE A "RUA JOAO ESTEVES", "TRAVESSA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA", "AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA", "RUA 31 DE MARCO", "AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA" OU "BR-101" ATE O PONTO INICIAL
0028
ENTRONCAMENTO DA RUA VICENTE JOSE SANTIAGO COM A AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA
DO PONTO INICIAL ATE A AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA, RUA VICENTE JOSE SANTIAGO NETO ATE O PONTO INICIAL
0029 ENTRONCAMENTO DA TRAVESSA TENENTE ELOI COM A RUA JOAO PASSOS DE SOUZA
DO PONTO INICIAL ATE A TRAVESSA MONSENHOR VITORINO, RUA A, AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA, TRAVESSA TENENTE ELOI ATE O PONTO INICIAL
0030
ENTRONCAMENTO DA "AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA" COM A "RUA A"
DO PONTO INICIAL ATE A "RUA LEANDRO DE SOUZA AZEVEDO", "RUA PEDRO MARIANO DE SOUZA", "RUA MONSENHOR VITORINO FONTES" OU "RUA DO ARAME", "AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA" ATE O PONTO INICIAL
0031
ENTRONCAMENTO DA "RUA VOLUNTARIO DA PATRIA" COM A "RUA VERISSIMO VIANA"
DO PONTO INICIAL ATE A "RUA VERISSIMO VIANA", "RUA LEOPOLDO RODRIGUES DO NASCIMENTO", "RUA SAO CAETANO", "RUA VOLUNTARIOS DA PATRIA" ATE O PONTO INICIAL
0032 "RUA SAO CAETANO" NA ALTURA DA "RUA LEOPOLDO RODRIGUES DO NASCIMENTO"
DO PONTO INICIAL EM LINHA RETA, CONTORNA OS "FUNDOS DAS CASAS" DO "LOTEAMENTO JARDIM CLEA", "LOTEAMENTO JARDIM CLEA" (INCLUSIVE), "RUA SAO CAETANO" ATE O PONTO INICIAL
0033 ENTRONCAMENTO DA AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA COM A RUA C
DO PONTO INICIAL ATE A RUA EZEQUIAS COSTA DE OLIVEIRA, RUA MARINHO DIAS DA SILVA, RUA NIVALDO BATISTA DE JESUS, RUA DEOCLECIANO DOS SANTOS, RUA MARIA LUCIA FONTES EVARISTO, RUA MARINHO DIAS DA SILVA, RUA B, RUA EXISTENTE, RIACHO DO QUI,
0034
ENTRONCAMENTO DA AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA COM A RUA A (CONJUNTO PEDRO BARRETO SIQUEIRA)
DO PONTO INICIAL ATE A RUA A, RUA LESTE, RUA SUL, RUA C, AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA ATE O PONTO INICIAL
0035
ENTRONCAMENTO DA RUA A DO CONJUNTO RESIDENCIAL PEDRO BARRETO SIQUEIRA COM A AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA
DO PONTO INICIAL ATE A AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA OU BR-101, AVENIDA DOUTOR OSORIO RAMOS, RUA SEM DENOMINCAO, RUA M, AVENIDA DOUTOR OSORIO RAMOS, RIACHO DO QUI ATE ALTURA DA RUA SEM DENOMINCAO, RUA A DO CONJUNTO ANTONIO CARLOS VALADA
0036 ENTRONCAMENTO DA RUA G COM A AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES
DO PONTO INICIAL ATE A RUA C, RUA 5, RUA SEM DENOMINACAO, LINHA RETA ATE O PERIMETRO URBANO, SEGUE A LINHA DO PERIMETRO URBANO ATE O RIACHO DO QUI, RIACHO DO QUI, AVENIDA DOUTOR OSORIO RAMOS, TRAVESSA F, RUA F, RUA G ATE O PONTO INIC
0037
ENTRONCAMENTO DA RODOVIA BR 101 OU AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA COM A AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES
DO PONTO INICIAL ATE A RUA G, RUA F, TRAVESSA F, AVENIDA DOUTOR OSORIO RAMOS, RUA M, RUA SEM DENOMINACAO,AVENIDA DOUTOR OSORIO RAMOS, RODOVIA BR 101 OU AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA ATE O PONTO INICIAL
0038 ENTRONCAMENTO DA RODOVIA BR 101 COM A RUA O
DO PONTO INICIAL ATE A RUA L, RUA A, RUA DO CEMITERIO, RUA CAMILO CALAZANS, AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES, RODOVIA BR 101 ATE O PONTO INICIAL
0039 ENTRONCAMENTO DA "RODOVIA BR-101" DO PONTO INICIAL ATE A "RUA A", "RUA L", "RUA O", "RODOVIA BR 101" ATE O
PMSB Estância-SE Diagnóstico
281
COM A "ANTIGA ESTRADA PARA SALGADO" PONTO INICIAL
0040 ENTRONCAMENTO DA "RUA 6" COM A "RUA DO CEMITERIO"
DO PONTO INICIAL ATE A "RUA ANTONIO SERAFIM", SEGUE CONTORNANDO AS "CASAS DO CONJUNTO PAULO AMARAL ATE A RUA A" , "RUA A", "RUA 02", "RUA 06", ATE O PONTO INICIAL
0041 ENTRONCAMENTO DA "RUA DO CEMITERIO" COM A "RUA 06"
DO PONTO INICIAL ATE A "RUA JOAO CAFE FILHO", "RUA FREI DAMIAO", "RUA DO CEMITERIO" ATE O PONTO INICIAL
0042 ENTRONCAMENTO DA "RUA FREI DAMIAO" COM A "RUA FORTALEZA"
DO PONTO INICIAL ATE A "AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES", "RUA FREI DAMIAO" ATE O PONTO INICIAL
0043 ENTRONCAMENTO DA "RUA FORTALEZA" COM A "RUA FREI DAMIAO"
DO PONTO INICIAL ATE A "RUA MACEIO", "AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES", "RUA FORTALEZA" ATE O PONTO INICIAL
0044 ENTRONCAMENTO DA "RUA MACEIO" COM A "RUA FREI DAMIAO"
DO PONTO INICIAL ATE A "RUA ZECA DO FORTE", "RUA JOAO COSTA E SILVA", "RUA MARECHAL RONDON", "AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES" , "RUA MACEIO" ATE O PONTO INICIAL
0045 ENTRONCAMENTO DA RUA SAO JOAO COM A AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES
DO PONTO INICIAL ATE A RUA ZECA DO FORTE , RUA JOAO COSTA E SILVA , RUA MANOEL NATUREZA, RUA SAO JOAO ATE O PONTO INICIAL
0046 PRACA VALTER C. COSTA (INCLUSIVE) DO PONTO INICIAL ATE A RUA D, TRAVESSA D4, RUA VILA NOVA,RUA DA JOAO COSTA E SILVA, RUA ZECA DO FORTE ATE O PONTO INICIAL
0047 "PRACA VALTER C COSTA" (EXCLUSIVE) NA ANTIGA "ESTRADA PARA O ABAIS"
DO PONTO INICIAL ATE O "PERIMETRO URBANO", SEGUE A LINHA DE "PERIMETRO URBANO" ATE A ALTURA DA "RUA SEM DENOMINACAO", "RUA SEM DENOMINACAO", "RUA 5", "RUA 6", "AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES", "RUA SAO JOAO", "RUA MANOEL NATUREZA", LINHA RETA ATE A "RUA JOAO COSTA E SILVA", "RUA JOAO COSTA E SILVA", "RUA VILA NOVA", "TRAVESA D4", "RUA D", "PRACA VALTER CARDOSO COSTA" (EXCLUSIVE) ATE O PONTO INICIAL
0048
CRUZAMENTO DA TRAVESSA DEPUTADO FRANCISCO ARAUJO MACEDO COM A RUA VERRISIMO VIANA
DO PONTO INICIAL ATE A RUA VOLUNTARIOS DA PATRIA, RUA RIACHUELO, RUA DA MARIANGA, LARGO PEDRO PIRES, RUA DEPUTADO F. A. MACEDO, TRAVESSA DEPUTADO FRANCISCO DE ARAUJO MACEDO ATE O PONTO INICIAL
0049
ENTRONCAMENTO DA "AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES" COM A "RUA MARECHAL RONDON"
DO PONTO INICIAL ATE A "RUA JOAO COSTA E SILVA" , "RUA ZECA DO FORTE", "AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES" ATE O PONTO INICIAL
0050 CRUZAMENTO DA "RODOVIA BR 101" COM A "ANTIGA ESTRADA PARA SALGADO"
DO PONTO INICIAL SEGUE A "ANTIGA ESTRADA PARA SALGADO" ATE O "PERIMETRO URBANO", SEGUE A LINHA DO "PERIMETRO URBANO" ATE A "FAZENDA SANTA CLARA" NA "RUA SEM DENOMINACAO", "RUA SEM DENOMINACAO", "RODOVIA BR 101", "ESTRADA DO GASODUTO", "PERIMETRO URBANO", SEGUE A LINHA DO "PERIMETRO URBANO" ATE O "RIACHO DO LESBAO", "RUA M","RUA ANTONIO SERAFIM", "RUA A", CONTORNA O "CONJUNTO PAULO BARRETO" (EXCLUSIVE), "RUA ANTONIO SERAFIM", "ANTIGA ESTRADA PARA A SALGADO" ATE O PONTO INICIAL
0051 "KM 131" NA "RODOVIA BR 101" PROXIMO A "CERVEJARIA AGUAS CLARAS"
DO PONTO INICAL EM DIRECAO A "PONTE" NO "RIACHO DO CARVAO", FUNDOS DA "CERVEJARIA AGUAS CLARAS" (INCLUSIVE), BIFURCACAO DA "ESTRADA PARA ESCOLA AGRICOLA" COM A "ESTRADA DO RIO FUNDO", "ESTRADA DO GASODUTO" NO "ASSENTAMENTO GERALDO GARCIA", "RODOVIA BR 101" ATE O PONTO INICIAL
0052 ALTURA DA "FAZENDA SANTA CLARA" NA "RUA SEM DENOMINACAO"
DO PONTO INICIAL ATE A "SEDE DA FAZENDA NOVA ESTANCIA" (EXCLUSIVE), SEGUE O "PERIMETRO URBANO" ATE A ALTURA DO "KM 132" DA "RODOVIA BR 101", "RODOVIA BR 101" ATE O PONTO INICIAL
0053
LIMITE MUNICIPAL "ESTANCIA-ITAPORANGA DAJUDA" NA "RODOVIA AIRTON SENA"
DO PONTO INICIAL ATE O "OCEANO ATLANTICO", SEGUE PELO "OCEANO ATLANTICO", CONTORNA OS FUNDOS DAS CASA DO "ABAIS", "CASA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO ABAIS" (EXCLUSIVE), "ESTRADA PARA O ABAIS", "RODOVIA AIRTON SENA" ATE O PONTO INICIAL
0054 INICIO DA "RUA JOSE ANTONIO DE MIRANDA BARRETO"
DO PONTO INICIAL SEGUE CONTORNANDO OS "FUNDOS DAS CASAS DO ABAIS", "OCEANO ATLANTICO" ATE A ALTURA DA "RUA 23", "RUA 23", "RUA 9", "RUA JOSE ANTONIO DE MIRANDA BARRETO" ATE O PONTO INICIAL
0055
"CASA DE SERGIO DA PRODASE" (EXCLUSIVE|) NO "CONDOMINIO PRAIA DAS DUNAS"
DO PONTO INICIAL ATE A "ALTURA DA CASA DE MARCOS DE SIMAO DIAS", "CASA DE MARCOS DE SIMAO DIAS" (EXCLUSIVE), NA "ESTRADA DE ACESSO PARA ZECA DE LOIA", "ESTRADA PARA O SACO", "RODOVIA AIRTON SENA", "ESTRADA PARA O ABAIS", "CASA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO ABAIS" (EXCLUSIVE), "FUNDO DAS CASAS DO ABAIS", "CAMPO DE FUTEBOL" (INCLUSIVE), "OCEANO ATLANTICO" ATE A ALTURA DA "CASA DE SERGIO DA PRODASE" ATE O PONTO INICIAL
0056
ENTRONCAMENTO DA "ESTRADA PARA MASSADICO" COM A "RODOVIA AIRTON SENA"
DO PONTO INICIAL ATE A "RODOVIA AIRTON SENA", "ESTRADA AGUA VERMELHA", MARGEANDO A "LAGOA ESCURA", PELA LINHA DE "LIMITE URBANO", "ESTRADA PARA MASSADICO" ATE O PONTO INICIAL
0057
ANTIGA CASA DE SERGIO DA PRODASE (INCLUSIVE) NO CONDOMINIO PRAIA DAS DUNAS
DO PONTO INICIAL ATE O OCEANO ATLANTICO, CONDOMINIO VILA DEL MAR (INCLUSIVE), SEGUE EM LINHA RETA ATE A ALTURA DA CASA DE MARCOS DE SIMAO DIAS, CASA DE MARCOS DE SIMAO DIAS, CONTORNA OS FUNDOS DAS CASAS ATE O PONTO INICIAL
0058 "CONDOMINIO VILA DEL MAR" NA "PRAIA DAS DUNAS" (EXCLUSIVE)
DO PONTO INICIAL ATE O "OCEANO ATLANTICO", ATE A ALTURA DA "CASA DE VALDEMAR DA AGROVEL" (EXCLUSIVE), CONTORNA OS FUNDOS DAS "CASAS DA PRAIA DO SACO", "OCEANO ATLANTICO", SEGUE O "LIMITE URBANO", ATE O "RIO DA NANGOLA", "PONTE NOVA", CONTORNA O "POVOADO PORTO DO MATO"
PMSB Estância-SE Diagnóstico
282
(EXCLUSIVE), ATE O ENTRONCAMENTO DA "ESTRADA PORTO DO MATO - PRAIA DO SACO", "ESTRADA PARA O SACO", "ACESSO A ZECA DE LOIA", SEGUE CONTORNANDO OS "FUNDOS DAS CASAS DO CONDOMINIO PRAIA DAS DUNAS" (EXCLUSIVE), ATE O PONTO INICIAL
0059 "CASA DE IDALICIO - BARBEIRO" (INCLUSIVE)
DO PONTO INICIAL ATE A "CASA DE VALDEMAR DA AGROVEL" (INCLUSIVE), "OCEANO" ATE A ALTURA DA "FAZENDA NOSSA SENHORA BOA VIAGEM", "FAZENDA NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM" (INCLUSIVE) ATE O PONTO INICIAL
0060
ENTRONCAMENTO DA "ESTRADA PARA GRANJA DO PINA" COM A "ESTRADA PARA PORTO DO MATO"
DO PONTO INICIAL CONTORNA OS FUNDOS DAS CASAS DO "POVOADO PORTO DO MATO" (INCLUSIVE), "PONTE NOVA", NO "RIO DA NANGOLA", "RIO DA NANGOLA", SEGUE O "LIMITE URBANO", ATE O "PORTAO DA GRANJA DO PINA", "ESTRADA DA GRANJA DO PINA", ATE O PONTO INICIAL
0061 "PORTAO" DA "GRANJA DO PINA" NA "ESTRADA PARA GRANJA"
DO PONTO INICIAL SEGUE O "LIMITE URBANO", ATE A "ESTRADA AGUA VERMELHA", "RODOVIA AIRTON SENA", "ESTRADA PARA PORTO DO MATO", "ESTRADA PARA GRANJA DO PINA" ATE O PONTO INICIAL
0062
"LIMITE MUNICIPAL ESTANCIA-ITAPORANGA" NA "RODOVIA AIRTON SENA"
DO PONTO INICIAL SEGUE A "RODOVIA AIRTON SENA", "ESTRADA PARA MASSADICO", "LINHA DE LIMITE URBANO" ATE O PONTO INICIAL
0063 ENTRONCAMENTO DA "RODOVIA BR 101" COM O "RIO FUNDO"
DO PONTO INICIAL SEGUE A "RODOVIA BR 101", ATE O "KM 131", CONTORNA O "PERIMETRO URBANO", ATE O "SITIO FUTURO SOSSEGO" (EXCLUSIVE), NO "POVOADO COLONIA ENTRE RIOS", CONTORNANDO O "POVOADO COLONIA ENTRE RIOS", ATE A "CASA DE MILTON DE LAGARTO" (EXCLUSIVE), CONTORNA O "PERIMETRO URBANO", ATE O "RIO PIAUITINGA", SEGUE O "RIO PIAUITINGA", ATE O "LIMITE MUNICIPAL COM SALGADO", "LIMITE MUNICIPAL COM ITAPORANGA D'AJUDA", "RIO FUNDO" ATE O PONTO INICIAL
0064 CASA DE JOSE (INCLUSIVE)
DO PONTO INICIAL ATE O DEPOSITO (INCLUSIVE), CASA DE FARINHA (INCLUSIVE), CASA DE RAIMUNDO BARBOSA LIMA (INCLUSIVE), RUA PRINCIPAL, RUA DO CAMPO, CASA DE JOSE RAIMUNDO (EXCLUSIVE), CASA DE ANTONIO Nº15 (INCLUSIVE), SEGUE O LIMITA MUNICIPAL
0065 "CASA DE COSME RODRIGUES DOS SANTOS"(INCLUSIVE)
DO PONTO INICIAL ATE A "CASA DE ZE LEANDRO" (INCLUSIVE), "SITIO FUTURO SOSSEGO" (INCLUSIVE), "CASA DE MILTON DE LAGARTO" (INCLUSIVE), "CASA DE MILTINHO" (INCLUSIVE), "CASA DE DEZINHO" (INCLUSIVE), NA "ESTRADA PARA GROTAO" ATE O PONTO INICIAL
0066 ENTRONCAMENTO DA "RODOVIA BR 101" COM O "RIO FUNDO"
DO PONTO INICIAL SEGUE O "RIO FUNDO" ATE ALTURA DA "FAZENDA JANGADA" (INCLUSIVE), "ESTRADA PARA O RIO FUNDO III", SEGUE O "PERIMETRO URBANO", "RODOVIA BR 101" ATE O PONTO INICIAL
0067 ENTRONCAMENTO DO "RIACHO LIMOEIRO" COM O "RIO FUNDO"
DO PONTO INICIAL SEGUE O "RIO FUNDO" ATE A "RODOVIA SE 470", "RODOVIA SE 470", "ANTIGA ESTRADA PARA ABAIS" ATE O "PERIMETRO URBANO", CONTORNANDO O "PERIMETRO URBANO", ATE A "FAZENDA ROMA" (INCLUSIVE), "RIACHO LIMOEIRO" ATE O PONTO INICIAL
0068 ENTRONCAMENTO DA "RODOVIA SE 470" COM O "RIO FUNDO"
DO PONTO INICIAL SEGUE O "RIO FUNDO" ATE A "ESTRADA FARNAVAL-GAMELEIRA", "ANTIGA ESTRADA PARA O ABAIS", "RODOVIA SE 470" ATE O PONTO INICIAL
0069 ENTRONCAMENTO DO "RIO FUNDO" COM O "RIO MUCUBANDUBA"
DO PONTO INICIAL SEGUE O "RIO MUCUBANDUBA", "ESTRADA GAMELEIRA - FARNAVAL", "RIO FUNDO" ATE O PONTO INICIAL
0070 ENCONTRO DO "RIO BIRIBA" COM A "ANTIGA ESTRADA PARA O ABAIS"
DO PONTO INICIAL ATE O "RIO MUCUBANDUBA", "RIO FUNDO"(EXCLUSIVE A ILHA), "RIO PIAUI", "RIO BIRIBA" ATE O PONTO INICIAL
0071 ENTRONCAMENTO DO "RIO BIRIBA" COM A "ANTIGA ESTRADA PARA O ABAIS"
DO PONTO INICIAL SEGUE PELO "RIO BIRIBA", ATE O "RIO PIAUI", "RIO PIAUI", "GASODUTO" (EXCLUSIVE), NO "PERIMETRO URBANO", "ANTIGA ESTRADA PARA O ABAIS" ATE O PONTO INICIAL
0072
ENCONTRO DA "ESTRADA AGUA VERMELHA" COM O "RIO GONÇALVES DIAS"
DO PONTO INICIAL SEGUE O "RIO GONCALVES DIAS", "RIO PIAUI" (INCLUSIVE A ILHA DA TARTARUGA), "RIO FUNDO" (INCLUSIVE A ILHA), "LIMITE MUNICIPAL COM ITAPORANGA DAJUDA", FUNDOS DAS CASAS DA "RODOVIA AIRTON SENA" (EXCLUSIVE), MARGEANDO AS LAGOAS "GRANDE" E "ESCURA" (INCLUSIVE), PASSANDO PELA "TORRE DE TELEFONIA CELULAR", "ESTRADA AGUA VERMELHA" ATE O PONTO INICIAL
0073 ENTRONCAMENTO DO "RIO GONCALVES DIAS" COM A "ESTRADA AGUA VERMELHA"
DO PONTO INICIAL SEGUE A "ESTRADA AGUA VERMELHA", ATE "LAGOA SECA" (EXCLUSIVE), EM LINHA RETA ATE A "GRANJA DO PINA" (INCLUSIVE), LINHA RETA ATE O "ATRACADOURO PORTO DO CAVADO" (EXCLUSIVE),"RIO GONCALVES DIAS" ATE O PONTO INICIAL
0074 ENTRONCAMENTO DA "RODOVIA SE 368" COM A "RODOVIA BR 101"
DO PONTO INICIAL SEGUE A "RODOVIA BR 101", ATE OS "FUNDOS DAS CASAS" (EXCLUSIVE), DA "ESTRADA PARA INDIAROBA", "ESTRADA DA FABRICA", NO "PERIMETRO URBANO", "RIO PIAUI", ATE O "LIMITE MUNICIPAL COM INDIAROBA", SEGUE O "LIMITE MUNICIPAL COM INDIAROBA", ATE A "RODOVIA SE 368" ATE O PONTO INICIAL
0075 CONJUNTO ALBANO FRANCO TODA A AREA DO CONJUNTO ALBANO FRANCO ATE O LIMITE MUNICIPAL COM SANTA LUZIA DO ITANHY
0076 ENTRONCAMENTO DA "RODOVIA SE 368" COM A "RODOVIA BR 101"
DO PONTO INICIAL SEGUE A "RODOVIA SE 368", ATE O"RIO ARIQUITIBA", "RIACHO JOAO DIAS", "BRAÇO DO RIO PIAUI", "RIO PIAUI", "BRAÇO DO RIO PIAUI", ATE A "BR 101", "BR 101" ATE O PONTO INICIAL
PMSB Estância-SE Diagnóstico
283
0077
ENTRONCAMENTO DO "RIO PIAUI", COM A "REDE DE ALTA TENSAO" NO "PERIMETRO URBANO"
DO PONTO INICIAL SEGUE CONTORNANDO O "PERIMETRO URBANO", ATE A "RODOVIA BR 101", "RODOVIA BR 101", "ANTIGA ESTRADA PARA ARAUA", "BRACO DO RIO PIAUI", "RIO PIAUI", ATE O "LIMITE MUNICIPAL COM ARAUA", "LIMITE MUNICIPAL COM ARAUA", "LIMITE MUNICIPAL COM SALGADO", ATE O "RIO CASSUNGUE", "RIO PIAUI" ATE O PONTO INICIAL
0078 ENTRONCAMENTO DA "LINHA DE ALTA TENSAO" COM O "RIO PIAUI"
DO PONTO INICIAL SEGUE O "RIO PIAUI", ATE O "RIO CASSUNGUE", "LIMITE MUNICIPAL COM SALGADO", ESTRADA CANAFISTULA-ESTANCIA", CONTORNANDO O "PERIMETRO URBANO", "LINHA DE ALTA TENSAO" ATE O PONTO INICIAL
0079
ENTRONCAMENTO DA "ESTRADA SALGADO-ESTANCIA" COM A "REDE DE ALTA TENSAO"
DO PONTO INICIAL SEGUE A "ESTRADA SALGADO-ESTANCIA" ATE A "RODOVIA BR 101", CONTORNANDO O "PERIMETRO URBANO", "REDE DE ALTA TENSAO" NO "PERIMETRO URBANO", "ESTRADA CANAFISTULA-ESTANCIA", "LIMITE MUNICIPAL COM SALGADO", "ESTRADA SALGADO-ESTANCIA" ATE O PONTO INICIAL
0080
ENTRONCAMENTO DA "LINHA DE ALTA TENSAO" COM A "ESTRADA SALGADO-ESTANCIA"
DO PONTO INICIAL SEGUE A "ESTRADA SALGADO-ESTANCIA", ATE A "FAZENDA EMA" (EXCLUSIVE), CONTORNANDO O "PERIMETRO URBANO", ATE O "RIO PIAUITINGA", "RIO PIAUITINGA", ATE O "LIMITE MUNICIPAL COM SALGADO", "ESTRADA SALGADO-ESTANCIA" ATE O PONTO INICIAL
0081 "FAZENDA DE ZE DA MADEIREIRA" (INCLUSIVE)
DO PONTO INCIAL ATE A "CASA DE ARINALDO - ARI" (INCLUSIVE), "CASA DE MARIA DA CONCEICAO" (INCLUSIVE), CONTORNA O POVOADO ATE A "FAZENDA MILAGRE" (INCLUSIVE), "ESCOLA" (INCLUSIVE), "CASA DE FARINHA" (INCLUSIVE), "CASA DE ZE GORDINHO" (INCLUSIVE) ATE O PONTO INICIAL
0082
ENTRONCAMENTO DA RUA SANTO ANTONIO COM A AVENIDA MANOEL BONFIM
DO PONTO INICIAL ATE O LIMITE DO PERIMETRO URBANO, RIACHO DAS CAPIVARAS, RIO PIAUITINGA ATE A LINHA DE ALTA TENSAO, SEGUE A LINHA DE ALTA TENSAO ATE A RUA ALBERTO BEZERRA DA SILVA, RUA GERALDO BISPO DE SOUZA, RUA SANTO ANTONIO ATE O PONTO I
0083
ENTRONCAMENTO DO RUA SEM DENOMINACAO COM A RUA MARIO BATISTA DOS SANTOS
DO PONTO INICIAL ATE A ESTRADA DO CANGA, GASODUTO, ESTRADA PARA O CAMPING, RUA NOVA DO PORTO, RUA ELISIO MATOS, RUA JOSE VENANCIO CRUZ, RUA IRENO JOSE DOS SANTOS, RUA SEM DENOMINACAO ATE O PONTO INICIAL
0084
ENTRONCAMENTO DA RUA CANDIDO FERREIRA DE ANDRADE COM A RUA AQUIDABA
DO PONTO INICIAL ATE A RUA DO GRAVATA, RUA DO POMPEU, NA ALTURA DA RUA SEM DENOMINACAO SEGUE EM LINHA RETA ATE O RIO PIAUI, SEGUE EM DIRECAO A RUA CANDIDO FERREIRA DE ANDRADE, RUA CANDIDO FERREIRA DE ANDRADE ATE O PONTO INICIAL
0085
ENTRONCAMENTO DA RUA PROFESSORA CREMILDES FREIRE COM A RUA GENERAL PEDRA
DO PONTO INICIAL ATE A PRACA GRACCHO CARDOSO (INCLUSIVE), AVENIDA GETULIO VARGAS, PRACA PRINCESA ISABEL (INCLUSIVE), RUA SANTA LUZIA, AVENIDA PRIMEIRO DE MAIO, JOAO LIDIO DOS SANTOS, AVENIDA RIO BRANCO, RUA DOUTOR CLOVIS ALVES FRANCO, RUA
0086
ENTRONCAMENTO DA RUA RODOLFO OLIVEIRA DE ANDRADE COM A RUA ACRISIO ESTEVES DA SILVA
DO PONTO INICIAL ATE A AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA, AVENIDA TENENTE ELOY, RUA GUMERCINDO BESSA, RUA PEDRO HOMEM DA COSTA, RUA DOUTOR HELVECIO DE ARAUJO MACEDO, RUA MARECHAL DEODORO DA FONSECA, RUA JORGE RODRIGUES DE MATOS, RUA RODOLFO O
0087 ENTRONCAMENTO DA TRAVESSA 31 DE MARCO COM A RUA HERBET DE SOUZA
DO PONTO INICIAL ATE A AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA, RUA ACRISIO ESTEVES DA SILVA, TRAVESSA OTAVIANO SIQUEIRA, TRAVESSA 31 DE MARCO ATE O PONTO INICIAL
0088
ENTRONCAMENTO DA RUA GERALDO BISPO DE SOUZA COM A RUA ALBERTO BEZERRA DA SILVA
DO PONTO INICIAL ATE A REDE DE ALTA TENSÃO, RIO PIAUITINGA, PONTE SOBRE O RIO PIAUITINGA NA RUA ANTONIO PORTUGUES, RUA ANTONIO PORTUGUES, RUA C, TRAVESSA DO CAJUEIRO, RUA PEDRO DE OLIVEIRA, RUA GERALDO BISPO DE SOUZA ATE O PONTO INICIA
0089
ENTRONCAMENTO DA "AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA" OU "BR-101" COM A "RUA VICENTE JOSE SANTIAGO"
DO PONTO INICIAL ATE A "AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA", "TRAVESSA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA", "RUA JOAO ESTEVES", "RUA PROFESSOR JOSE DIAS OLIVEIRA", "AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA" OU "BR-101" ATE O PONTO INICIAL
0090
ENTRONCAMENTO DA TRAVESSA MONSENHOR VITORINO FONTES COM A RUA MONSENHOR VITOR INO FONTES
DO PONTO INICIAL ATE A RUA PEDRO MARIANO DE SOUZA, RUA LENALDO SOUZA AZEVEDO , RUA C, TRAVESSA MONSENHOR VITORINO FONTES ATE O PONTO INICIAL
0091
ENTRONCAMENTO DA RUA MONSENHOR VITORINO COM A ESTRADA PARA FAZENDA FORTE
DO PONTO INICIAL ATE O RIACHO DO QUI, PERIMETRO URBANO, RUA VOLUNTARIOS DA PATRIA, RUA SAO CAETANO, LOTEAMENTO JARDIM CLEA (EXCLUSIVE), RUA DO OURO, RUA LUIZ FILADELFO DA COSTA, RUA MONSENHOR VITORINO ATE O PONTO INICIAL
0092 ENTRONCAMENTO DA RUA EZEQUIAS COSTA DE OLIVEIRA COM A RUA C
DO PONTO INICIAL ATE A RUA A SUL, RUA A LESTE, ESTRADA DA FAZENDA FORTE, RIACHO DO QUI ATE A PONTE, RUA EXISTENTE, RUA B, RUA MARINHO DIAS DA SILVA, RUA MARIA LUCIA FONTES, RUA DEOCLECIANO DOS SANTOS, RUA NIVALDO BATISTA DE JESUS, R
0093
ENTRONCAMENTO DA RUA C DO CONJUNTO ANTONIO CARLOS VALADARES COM A RUA I
DO PONTO INICIAL ATE A RUA SEM DENOMINACAO, RIACHO DO QUI, ESTRADA PARA O FORTE, RUA A NORTE, RUA A DO CONJUNTO PEDRO BARRETO SIQUEIRA, RUA A DO LOTEAMENTO SAO FRANCISCO, ESTRADA PARA O CONJUNTO VALADARES, RUA A DO CONJUNTO ANTONIO CA
0094 ENTRONCAMENTO DA RUA JOAO CAFE FILHO COM A RUA 6
DO PONTO INICIAL ATE A RUA 2, RUA A, TRAVESSA M, RUA M, LINHA RETA A PARTIR DO RIACHO LESBAO ATE A ANTIGA ESTRADA DO ABAIS, RUA FREI DAMIAO, PRACA JOAQUIM DOS SANTOS, RUA FREI DAMIAO, RUA JOAO CAFE FILHO ATE O PONTO INICIAL
PMSB Estância-SE Diagnóstico
284
0095 CASA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO NA RODOVIA ABAIS (INCLUSIVE)
DO PONTO INICIAL SEGUE CONTORNANDO OS FUNDOS DAS CASAS ATE A ALTURA DA RUA JOSE ANTONIO DE MIRANDA BARRETO, RUA JOSE ANTONIO DE MIRANDA BARRETO, RUA 9, RUA 23, OCEANO ATLANTICO ATE A ALTURA DO CAMPO DE FUTEBOL, CAMPO DE FUTEBOL (EXCLUSIVE),
0096
ENTRONCAMENTO DO "PERIMETRO URBANO" COM A "ESTRADA PARA O RIO FUNDO III"
DO PONTO INICIAL SEGUE PELA "ESTRADA PARA O RIO FUNDO III" PASSANDO PELA "FAZENDA JANGADA" (EXCLUSIVE), "RIO FUNDO", "RIACHO LIMOEIRO" ATE A "FAZENDA ROMA" (EXCLUSIVE), SEGUE O "PERIMETRO URBANO" ATE O PONTO INICIAL
0097 "CASA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO" (EXCLUSIVE) NA "RUA PRINCIPAL"
DO PONTO INICIAL SEGUE A "RUA PRINCIPAL" ATE A "RUA 9" , "RUA 35" , "RUA SEM DENOMINACAO" , "RUA 28" , "RUA SEM DENOMINACAO" , "RUA 27" , "RUA SEM DENOMINACAO" "OCEANO ATLANTICO" ALTURA DO "CAMPO DE FUTEBOL" , LINHA RETA ATE A DIRECAO DA "CASA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO" , DAI ATE O PONTO INICIAL
0098 CRUZAMENTO DA "REDE DE ALTA TENSAO" COM A "RUA DO CAJUEIRO"
DO PONTO INICIAL ATE A"RUA ESTEVES DE FREITAS" , "RUA JOSE B DO NASCIMENTO" , "RUA C", "RUA 5" , "RUA SEM DENOMINACAO" , "RUA 10" , "RUA C" "REDE DE ALTA TENSAO" ATE O PONTO INICIAL
Fonte: Censo IBGE 2010
11.8 Adequação de serviços e infraestrutura
Duas variáveis disponíveis no Censo IBGE, ainda não exploradas neste diagnóstico, são
eficientes para incio de lançamento de índices compostos por variáveis de mais de um dos
quatro eixos do saneamento básico, apontando desta forma para um índice único de
adequação dos serviços e da infraestrutura. A seguir destacamos duas destas variáveis
compostas.
Se observado o cruzamento entre coleta adequada de resíduos sólidos, a presença de
banheiro ou sanitário exclusivo e a destinação final de efluente do esgoto em rede e ou fossa
séptica, tem-se um indicativo dos domicílios com a situação mais próxima de adequada em
Estância. A soma total destes casos totaliza 2.659 domicílios.
Pode-se afirmar portanto que a adequação de serviços e infraestrutura (mesmo
desconsiderando-se a forma de abastecimento de água potável e o destino final o efluente de
esgoto e do lixo), é atualmente de no máximo 14,5% dos domicílios.
Se for considerada a inexistência de tratamento de efluentes de esgoto eficiente em sistemas
coletivos, esta adequação tenderá a zero.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
285
Quadro 11.2 Coleta de lixo adequada, banheiro exclusivo e destino do efluente em rede (V222) ou fossa séptica (V223)
V222 V223 Total Geral 1.666 993 Urbano 1 1.639 823 Urbano 2 5 68 TOTAL URBANO 1.644 891 POVOADOS, COLONIAS E ASSENTAMENTOS 1 70 RURAL DISPERSO 21 32 TOTAL RURAL 22 102
Fonte: IBGE 2010 – Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014.
Os mapas a seguir territorializam tais índices destacados, onde é possível observar que a
cobertura adequada é maior na Sede, tomando destaque quando observado o mapa do índice
(V223), os bairro alecrim e o limite norte da Cidade Nova.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
286
Mapa11.3 V222 – Domicílios particulares permanentes com lixo coletado, banheiro de uso exclusivo ou sanitário e esgotamento via rede geral de esgoto pluvial.
fonte: IBGE 2010 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
287
Mapa11.4 V223 – Domicílios particulares permanentes com lixo coletado, banheiro de uso exclusivo ou sanitário e esgotamento via fossa séptica.
fonte: IBGE 2010 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
288
11.9 Índices e demandas diretas
Para conclusão deste diagnóstico, com aferimento seguro de índices de atendimento e
demandas existentes, aponta-se a seguir a definição de 11 índices e 7 demandas, compostos
por variáveis capazes de sintetizar sintetizarmos as demandas existentes no município de
Estância-SE.
Quadro11.3 Resumo de índices e demandas sugeridos.
Nº Descrição do índice ou demanda Composição
I1 Índice de cobertura de distribuição de água potável. (V012/V001)
D1 Demanda direta por abastecimento de água (urbano) (V002-V012)
I2 Índice de adequação de abastecimento de água (rural) (V012+V013/V002)
D2 Demanda direta por abastecimento de água (rural) (V002-V012-V013-V015)
I3* Índice de potencial de contaminação de fonte d’água por fossa rudimentar(1)
(V019+V020/V013)
I4 Índice de cobertura de coleta e tratamento de esgoto adequado para cidades com solução coletiva de tratamento (ETE, DAFA, Biossistemas entre outros)
(V017+V018/V002)
I5 Índice de cobertura de coleta e tratamento de esgoto adequado para cidades sem solução coletiva de tratamento
(V018/V002)
D3 Demanda por tratamento de esgoto V002-(V017+V018)
I6 Índice de inexistência de banheiros V034/V002
I7 Existência de sanitários V023/V002
D4 Demanda por construção de banheiros e sanitário V023
D5 Demanda por construção/reforma de sanitários para inclusão de banheiro + fossa séptica ou conexão na rede
V034
D6 Demanda por serviço de coleta de resíduos sólidos V002-V035
I8 Índice domicílios sem coleta de resíduos sólidos V035/V002
D7 Demanda por drenagem urbana V033+V035+V037
I9 Índice de cobertura de infraestrutura de drenagem urbana (V032+V034+V036)/V001
I10 Índice de adequação do Saneamento 1: V222/V002
I11 Índice de adequação do Saneamento 2: V223/V003
Elaboração: risco arquitetura urbana 2014. Fonte: D7 e i9 se referem as variáveis da planilha “Entorno 01 – Planilha Entorno 01_UF” os demais índices se referem a variáveis da tabela “Domicílios geral 01_UF” (1) é comum que em alguns municípios o poço cacimba seja declarado como “outra forma” nesse caso a variável V015 deverá ser somada com a V013 para geração do índice.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
289
Mapa 11.5 Índice 1: cobertura de serviço/infraestrutura de distribuição de água potável.
fonte: IBGE 2010 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
290
Mapa 11.6 Índice 2: cobertura de serviço/infraestrutura de distribuição de água potável incluso poços (%).
fonte: IBGE 2010 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
291
Mapa 11.7 Índice 4: coleta de esgoto adequada (rede + fossa séptica) (%)
fonte: IBGE 2010 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
292
Mapa 11.8 Índice 5: coleta de esgoto via fossa séptica (%)
fonte: IBGE 2010 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
293
Mapa11.9 Índice 5: coleta de esgoto via fossa séptica (%)
fonte: IBGE 2010 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
294
Mapa11.10 Índice 8: inexistência de coleta de resíduo sólido (%)
fonte: IBGE 2010 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014
PMSB Estância-SE Diagnóstico
295
11.10 Síntese
Para síntese da cobertura de infraestrutura e serviços de saneamento básico adequados,
apresenta-se a seguir os índices de cobertura e demandas direta de domicílios por região,
anteriormente relacionados no quadro 11.2.
Quadro 11.4 Índices por Região
Região i1 i2 i4 i5 i6 i7 i8 i9 I10 I11
Total Geral 70,61% 87,38% 19,57% 11,55% 8,66% 4,45% 71,12% 19,93% 7,72% 6,99%
Urbano 1 92,04% 94,56% 18,31% 7,08% 2,95% 1,06% 92,09% 29,10% 10,89% 5,61%
Urbano 2 21,60% 80,12% 25,71% 24,70% 4,49% 3,57% 53,01% 0,27% 0,77% 22,18%
TOTAL URBANO 80,60% 92,21% 19,51% 9,94% 3,20% 1,47% 85,74% 24,41% 9,25% 8,30% POVOADOS, COLONIAS E ASSENTAMENTOS 28,61% 67,56% 21,65% 21,53% 29,45% 15,90% 2,45% 0,00% 0,00% 0,09%
RURAL DISPERSO 22,43% 63,28% 16,91% 14,28% 38,38% 20,56% 11,85% 0,00% 2,37% 2,82%
TOTAL RURAL 26,21% 65,90% 19,81% 18,71% 32,92% 17,72% 6,10% 0,00% 0,92% 1,15% Fonte: IBGE 2010 – Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014.
Quadro 11.5 Índices de cobertura (%) por setor de mobilização
SETOR MOBILIZAÇÃO i1 i2 i4 i5 i6 i7 i8 i9 i10 i11
1.Sede Centro 98,59% 99,14% 19,15% 7,19% 1,74% 0,21% 98,33% 37,63% 11,80% 7,08%
2. Sede Sul 97,95% 98,05% 13,70% 3,22% 2,03% 1,07% 94,69% 22,19% 9,52% 3,22%
3. Sede Norte 75,99% 83,79% 20,21% 9,73% 5,79% 2,58% 79,03% 18,94% 10,28% 4,74% 4. Colônia Rio Fundo (Cazuza, Araça) 51,69% 78,26% 16,91% 16,91% 19,32% 11,59% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
5. Colônia Entre Rios 98,36% 98,36% 24,04% 23,50% 2,73% 2,19% 0,55% 0,00% 0,00% 0,55%
6. Estâncinha 99,15% 99,15% 0,00% 0,00% 14,53% 9,40% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 7. Mato Grosso + *Entre Rios 7,73% 75,14% 90,06% 90,06% 19,34% 9,39% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 8. Riachão do Teté (Nova Estancia, Cupim*, São José*, Saco do Barbosa) 0,00% 65,24% 0,00% 0,00% 18,90% 12,20% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 9. Agua branca + PA Caio Prado + Granja Nanay + Junco + Capivaras) 0,00% 50,68% 79,64% 79,64% 74,21% 11,31% 0,45% 0,00% 0,00% 0,45%
10. Vertentes 0,00% 48,78% 0,00% 0,00% 9,76% 0 0 0 0 0 11. Muculunduba, Taquari, Rio Fundo, Pastinho. 20,15% 64,18% 0,00% 0,00% 32,84% 22,39% 16,42% 0,00% 0,00% 0,00% 12. Ouricuri, Tibúrcio, Mocambo, 8,11% 44,14% 25,23% 25,23% 38,74% 18,92% 7,21% 0,00% 0,00% 0,00% 13. Farnaval* + Gravatá + PA Roseli Nunes + Curimã 14,78% 59,63% 1,14% 0,76% 46,79% 38,78% 1,14% 0,00% 0,00% 0,00%
14 Abais 20,29% 83,22% 22,75% 21,23% 4,95% 3,95% 54,53% 0,43% 1,13% 20,68%
15 Porto do Mato 23,70% 75,16% 30,44% 30,25% 3,76% 2,97% 50,59% 0,00% 0,19% 24,59% Fonte: IBGE 2010 – Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
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Quadro 11.6 Demanda em número absoluto de domicílios.
Demanda/Região D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7
Total Geral 3.086 113 14.921 536 1.187 3.328 10.515
Urbano 701 13 12.422 96 317 654 9.678
Urbano 2 656 16 685 48 63 428 837
Total Urbano 1.357 29 13.107 144 380 1.082 10.515
Aglomerado rural 1.130 78 1.173 254 506 1.587 0
Rural disperso 599 6 641 138 301 659 0 Fonte: IBGE 2010 – Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
297
Bibliografia e referências
Legislação
Lei 8.080 Lei orgânica da saúde
Lei 8.142 Gestão do Sistema Único de Saúde - SUS
Lei 8.666 Licitações e contratos
Lei 8.987 Concessão e permissão de serviços públicos
Lei 9.074 Outorga e prorrogação de serviços públicos
Lei 9.433 Politica nacional de recursos hídricos
Lei 9.795 Politica de educação ambiental
Lei 11.079 Parceria público privada
Lei 11.107 Contratação de consórcios públicos
Lei 10.257 Estatuto das Cidades
Lei 11.124 SNHIS FNHIS
Lei 11.445 Diretrizes nacionais para Saneamento Básico
Lei 12.305 Institui a politica nacional de resíduos sólidos.
Decreto 6.017 – Regulamenta a lei 11.107
Decretos 7.217 – Regulamenta a lei 11.445
Decreto 7.404 – Regulamenta a lei 12.305
Decreto 7.405 – Institui o Programa Pró-catador
Portaria 518 de 25/03/2004 - Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao
controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade, e dá outras providências.
PMSB Estância-SE Diagnóstico
298
Portaria 2.914 de 12/11/2011 - Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade
Planos, Manuais, Artigos, Dissertações, Teses e Livros
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BRESAOLA JUNIOR e CANTELLI, Tratamento de efluentes líquidos de uma indústria têxtil e seu
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