CADERNO DE RESUMOS DO
ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO
DO CURSO DE MEDICINA
Ano III – Número 5
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
Ouro Preto – Minas Gerais
2011
IX ENCONTRO
DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
João Luiz Martins
Reitor
Antenor Rodrigues Barbosa Júnior
Vice-Reitor
ESCOLA DE FARMÁCIA
Marta de Lana
Diretora
Carla Penido Serra
Vice-Diretora
CADERNO DE RESUMOS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS MÉDICAS
Iure Kalinine Ferraz de Souza
Chefe do Departamento
COLEGIADO DE MEDICINA
Márcio Antonio Moreira Galvão
Presidente
15 e 16 de dezembro de 2011
CENTRO DE ARTES E CONVENÇÕES DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
OURO PRETO – MINAS GERAIS
CADERNO DE RESUMOS
REALIZAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
COMISSÃO ORGANIZADORA
Professor Dr. Márcio Antônio Moreira Galvão
Professora Dra. Palmira de Fátima Bonolo
Professora Dra. Fabiana Alves Nunes Maksud
Professor Dr. Rodrigo Pastor Alves Pereira
Professora Dra. Adriana Maria de Figueiredo
Acadêmica de Medicina Bárbara Vidigal dos Santos
Acadêmica de Medicina Joyce Carvalho Martins
Acadêmica de Medicina Lídia Lélis Leal
Acadêmica de Medicina Luiza Fagundes Lima
CADERNO DE RESUMOS ORGANIZADO POR
Professora Dra. Adriana Maria de Figueiredo
Acadêmica de Medicina Bárbara Vidigal dos Santos
SUMÁRIO
PREFÁCIO
APRESENTAÇÕES ORAIS DISCIPLINAS “SAÚDE E SOCIEDADE” E
“PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE SAÚDE I”
1. Transplante, a realidade da espera
2. Opinião e conhecimento dos estudantes de medicina da Universidade Federal de
Ouro Preto (UFOP) sobre doação e transplante de órgãos
3. Doenças Negligenciadas: uma análise do problema social frente aos interesses
da indústria farmacêutica
4. Maconha: Porta de entrada e porta de saída?
5. Resistência na prevenção da neoplasia prostática
6. Reações emocionais e orgânicas apresentadas pelas crianças em função da
hospitalização – Este tema ainda merece atenção?
7. Abordagem psicossocial do início de relacionamentos afetivo-sexuais na
adolescência
8. Expectativas e realidades da atuação em medicina da família: Relatos de
médicos atuantes em Unidades Básicas de Saúde nas regiões de Ouro Preto e
Mariana, em Minas Gerais.
APRESENTAÇÕES ORAIS DISCIPLINAS “MEDICINA, CIÊNCIA E SOCIEDADE”
E “PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE SAÚDE II”
1. Projeto Caminhando para a Saúde: Estratégia de educação em saúde no distrito
de Padre Viegas de Mariana-MG sobre hipertensão e doenças relacionadas
2. Ações Educativas com diabéticos, hipertensos e suas famílias no distrito de
Cachoeira do Brumado – Mariana/MG
3. Humanização do pré-natal: cuidados com a saúde da gestante e da criança - ESF
Vida no Distrito De Cachoeira Do Campo - Ouro Preto/MG
4. Ação educativa em saúde em prol de mães e filhos na ESF Cabanas, em
Mariana/ MG
5. Acompanhamento de mães e crianças na ESF-Amarantina: “Criança Saudável,
Criança Feliz”
6. PET-Saúde: experiência de interação e humanização com a população idosa no
distrito de Santa Rita de Ouro Preto
7. Avaliação da capacidade cognitiva em Glaura - Distrito de Ouro Preto/MG
8. Treinamento de Agentes Comunitários de Saúde em técnicas de geoprocessamento
aplicadas ao planejamento de ações em saúde no distrito de Antônio Pereira – Ouro
Preto - MG
APRESENTAÇÕES ORAIS DISCIPLINA “CLÍNICA CIRURGICA I”
1. Pneumotórax: Uma Revisão da Literatura Científica
2. Abordagem clínico-cirúrgica do câncer de pele
3. Abordagem das hérnias inguinais
APRESENTAÇÃO ORAL DISCIPLINA “INTERNATO SUPERVISIONADO EM
ATENÇÃO PRIMARIA”
1. Proposta de Protocolo para Classificação dos Hipertensos do Psf Caminho Dos
Diamantes –Glaura/OP- segundo o Escore de Framingham
APRESENTAÇÃO ORAL DISCIPLINA “VIGILÂNCIA EM SAÚDE”
1. Cuidado integral da criança que convive com dependentes químicos
PREFÁCIO
O Encontro Didático-Científico é um instrumento integrador das
diferentes disciplinas e atividades do curso de medicina que acolhe
também as reflexões, experiências e pesquisas em saúde realizadas
por estudantes de outros cursos de graduação e profissionais de
saúde. Desta forma, contribui para a consolidação dos conhecimentos
construídos no âmbito das instituições de ensino e de assistência
voltadas para a saúde. Seu caráter didático se mostra também na
mobilização de habilidades relacionadas com a produção científica. Os
Encontros têm primado pela excelência dos trabalhos evidenciando o
compromisso de todos os envolvidos nas ações e intervenções
realizadas junto às comunidades dos distritos e da sede dos
municípios de Mariana e Ouro Preto.
Adriana Maria de Figueiredo
Coordenadora da Comissão Organizadora
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
TRANSPLANTE, A REALIDADE DA ESPERA
Andressa Harpis Bastos
Felipe Sabec Folgueral
Fernanda dos Santos da Silva
Paulo Henrique Castanha Miranda
Vanessa Almeida de Camargos
Orientador: Márcio Antônio Moreira Galvão
Introdução: O Brasil é o segundo país em número de transplantes e possui o melhor programa
público de transplantação do mundo. Contudo, a demora no atendimento tem aumentado devido ao
maior número de pessoas que necessitam do serviço. Objetivo: Analisar a realidade da espera do
brasileiro por transplantes de diferentes órgãos, além dos problemas provenientes do aumento da
demanda e dos problemas relacionados à infra-estrutura do sistema público de saúde. Metodologia:
Análise de artigos com abordagem acerca da situação de pessoas que aguardam a doação de órgãos
com posicionamento crítico sobre o sistema. Desenvolvimento: Com início em 1954, nos Estados
Unidos, e 1965, no Brasil, a prática de transplantes cresce e tem ganhado espaço notório na política
de saúde pública do estado nacional brasileiro, evidenciada pela criação do Sistema Nacional de
Transplantes como órgão administrador dos transplantes financiados pelo Sistema Único de Saúde.
Visto como uma terapia, a transplantação pode curar e propicia esperança para o enfermo que
necessita de tal operação. Associada à necessidade de um novo órgão e à esperança de uma vida
saudável, existe a perturbadora e cruel fila de espera, processo esse que aumenta com o decorrer do
tempo. O aguardo por um órgão, muita vezes, resulta em uma piora na qualidade de vida do
paciente ou até mesmo óbito, uma vez que o transplante, em muitos casos, é a única solução efetiva
encontrada. Conclusão: O programa brasileiro de transplantes possui destaque no contexto
internacional, sendo visto como um exemplo a ser seguido. Todavia, tal realidade e os prós
encontrados, como amplo atendimento e cobertura pelo Sistema Único de Saúde, não são
suficientes para tornar o programa satisfatório. Vale ressaltar que tal programa brasileiro não se
encontra isolado da realidade da política de saúde publica ou da política social de bem-estar
brasileiro, evidenciando certa integração entre o programa de transplantação e as políticas
brasileiras de saúde e atendimento à população.
Palavras chaves: transplantes, espera, SUS
Referências:
GOMES. Fábio de Barros Correia. Critérios Legais e equidade no acesso a órgãos para transplante
no Brasil. Cadernos ALEGIS. Nº 32 – setembro/dezembro de 2007.
MARINHO. Alexandre. Um estudo sobre as filas para transplantes no Sistema Único de Saúde
brasileiro. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 22(10): 2229 – 2239, outubro de 2006.
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
OPINIÃO E CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP) SOBRE DOAÇÃO E TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS
Bernardo Arantes Neves de Abreu
Daniel Guilherme de Oliveira e Silva
Gabriela Cunha Arantes
Giovanny Viegas Rodrigues Fernandes
Robson Moraes dos Santos
Orientadores: Adriana Maria de Figueiredo
Gustavo Meirelles Ribeiro
Introdução: O Brasil desenvolveu-se muito no setor de transplantes nas últimas décadas e hoje possui
um dos maiores programas públicos de transplantes de órgãos e tecidos do mundo. Porém, esse grande
número de cirurgias no país confronta-se com a dificuldade de captação de órgãos devido à baixa
quantidade de doadores existentes e à elevada necessidade de realizações dessa prática. Estudos e
propostas para aumentar a captação de órgãos foram motivados por essa carência. Os médicos
brasileiros, segundo a literatura, possuem conhecimento insuficiente sobre o tema, o que pode ser
causa da pequena captação de órgãos nesse meio. Esse déficit deve ser ainda mais acentuado em
estudantes durante a graduação médica. Portanto se vê necessária a compreensão do conhecimento dos
discentes e a discussão do tema. Objetivos: O estudo visa investigar a opinião e conhecimento dos
alunos do curso de Medicina da UFOP sobre doação e transplante de órgãos e identificar o perfil dos
sujeitos do estudo, comparando os resultados obtidos com os descritos na literatura (GALVÃO, 2007 e
TESSMER,2009). Métodos: Aplicação de questionário que vise determinar o conhecimento dos
estudantes acerca da sua visão em relação à doação e transplante de órgãos aos alunos do 1°, 5° e 9°
períodos do curso de medicina da UFOP, tabulação e análise dos resultados comparando com outros
artigos já publicados. Resultados: A intenção de ser doador após a morte foi de 86,17%, sendo maior
no 1° (91,18%) e menor no 9° período (74,07%), e intervivos foi de 88,29%, apesar de 70,21%
declarar conhecimento regular, ruim ou péssimo. Dos alunos, 78,72% consideram que o tema deve ser
conteúdo da graduação, contudo no primeiro período esse percentual é de 94,12% enquanto no 9°
período é de 44,44%, este valor é inferior ao encontrado na literatura, 92% (GALVÃO, 2007),
apontando uma possibilidade de mudança de opinião sobre o assunto no decorrer do curso de
graduação. Dentre os discentes 58,51% consideram o consentimento informado/expresso como o
melhor critério de doação e 86,17% optam pela gravidade da doença do paciente como melhor forma
de alocação. O entendimento sobre transplante aumentou conforme o avanço no curso de graduação.
Conclusão: O trabalho apontou que apesar de grande parte dos discentes admitirem ter conhecimento
regular, ruim ou péssimo sobre o tema, estes demonstraram uma atitude positiva sobre doação e
transplante de órgãos, a intenção de doar é opção da maioria das pessoas também em outros
artigos(GALVÃO, 2007 e TESSMER, 2009). Quando questionados sobre quando deveria haver
matéria sobre o assunto a maioria no primeiro período respondeu que durante a graduação, sendo
decrescente este índice conforme o período, já no 9° período 55,55% considera que deveria ser durante
a pós-graduação. Observamos que estudantes do 9° período optaram pela não exclusão de pacientes
alcoólatras, não doadores, usuários de drogas ilícitas, estrangeiros e criminosos para transplante de
fígado, em uma proporção maior que os alunos dos 1° e 5° período. Este resultado difere do estudo
realizado anteriormente (GALVÃO, 2007), em que essa exclusão foi maior.
Palavras-chave: transplante, órgãos e opinião
Referências
GALVAO, F. H. F. et al. Conhecimento e opinião de estudantes de medicina sobre doação e
transplante de órgãos. Rev. Assoc. Med. Bras., Out 2007, vol.53, no.5, p.401- 406.
TESSMER, M. S., MIELKE, G. I., RAMIS, T. R., MORAES, B. P.,
TESSMER, C. S. Doação de órgãos: o que pensam os estudantes da Universidade Federal de Pelotas;
In: XVIII Congresso de Iniciação Científica, 2009, Pelotas.
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
DOENÇAS NEGLIGÊNCIADAS: UMA ANÁLISE DO PROBLEMA SOCIAL FRENTE AOS
INTERESSES DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Débora Dumont Cruz Nunes
Najla Braz da Silva Vaz
Pedro Gadbem Bobst
Samira Karolyne da Silva Romão
Simone Alves Edmundo
Orientador: Márcio Antônio Moreira Galvão
Introdução: Denominamos doenças negligenciadas, um grupo de doenças endêmicas que se
manifestam principalmente nas regiões subdesenvolvidas como América Latina, África e Ásia. Dentre
as principais patologias, destaca-se: Leishmaniose, Doença de Chagas e Malária. Atualmente, o Brasil
vem liderando a lista dos países em desenvolvimento que mais tem aplicado recursos em estudos de
novas formas de tratamento para essas doenças, que afetam populações mais empobrecidas. Segundo a
Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas: “Apesar do esforço do setor público em
promover uma solução efetiva, esse processo esbarra na falta de interesse da indústria farmacêutica
que não investe nesse mercado pelo fato de não ser suficientemente lucrativo, para justificar a pesquisa
de medicamentos mais eficazes e acessíveis a população carente.” Objetivo: Atentar para o fato
paradoxal dessas doenças, que apesar de afetarem e levarem a óbito um contingente significativo, que
envolve milhões de pessoas; continuam negligenciadas. Discussão: Diversos fatores contribuem para
que essas doenças continuem ignoradas do interesse público em geral, dentre eles, destaca-se:
conhecimentos técnico-científicos insuficientes, mercado de medicamentos aliado aos interesses
lucrativos da Indústria Farmacêutica; e irregularidade na atuação pública frente à saúde da população.
A principal entidade que atua nesse campo é a Iniciativa de Medicamentos para Doenças
Negligenciadas (DNDi, em inglês) criada pela ONG, Médicos sem Fronteiras. Essa entidade, atua de
forma a incentivar tratamentos que atendam os pacientes, além de fortalecer a capacidade de pesquisa
nos países endêmicos, bem como conscientizar a opinião pública e despertar maior responsabilidade
dos governos sobre a necessidade de desenvolver novos tratamentos e possibilitar maior controle sobre
as doenças negligenciadas. Conclusão: Nos países ricos, o progresso técnico-científico dos últimos 30
anos gerou avanços sem precedentes e um ganho substancial na expectativa de vida. No entanto,
doenças tropicais fatais, que muitas vezes podem ser prevenidas, tratadas e curadas continuam a
assolar comunidades pobres nos países em desenvolvimento, devido, em grande parte a falhas de
mercado e de políticas públicas.
Palavras chave: doenças negligenciadas, descaso com a saúde pública, interesses de grupos
farmacêuticos.
Referências:
http://www.finep.gov.br/imprensa/revista/edicao6/inovacao_em_pauta_6_doencas_negl.pdf
http://www.dndi.org.br/pt/doencas-negligenciadas/panorama.html
http://www.senado.gov.br/sf/comissoes/cas/ap/AP_20080604_Doencas_Negligenciadas.pdf
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
MACONHA: PORTA DE ENTRADA E PORTA DE SAÍDA?
Amália Assis de Freitas
Ana Clarisse da Costa Porto
Eliana Fernandes Maia
Emilia Calil Silva
Júlia Carvalho Oliveira
Orientador: Ricardo Luiz Narciso Moebus
Introdução: A maconha trata-se de uma substância inserida nos contextos recreativo, religioso e
medicinal, cujo uso demanda uma análise atualizada e multidisciplinar. Apresenta-se como tema
extremamente controverso e, sobretudo, distante de um consenso científico ou social. Assim, como
forma de melhor compreendermos e debatermos o uso da maconha e a eventual estigmatização do seu
usuário, propomos uma discussão baseada em dois pólos: a maconha como “porta de entrada” - vez
que se apresentaria como vetor ao consumo de outras drogas ilícitas, consideradas mais “pesadas” - e
como “porta de saída” – utilizada no tratamento de dependentes químicos por redução de danos e
indivíduos com transtornos mentais como depressão, esquizofrenia e ansiedade. Objetivo: O presente
estudo tem como objetivo promover uma reflexão teórico-metodológica sob uma visão científica e
multidisciplinar acerca do tema maconha, ampliando os conhecimentos dos estudantes e dos
profissionais de saúde. Discussão: Esse debate baseia-se em publicações recentes e controversas do
Departamento de Dependência Química da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e da
Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos Sobre Drogas (ABRAMD). Como porta de entrada,
tem-se a visão unilateral da ABP, que aborda o tema sob o ponto de vista psiquiátrico, considerando a
saúde e a dependência química como uma questão meramente médica. Em contrapartida, tem-se a
visão multidisciplinar da ABRAMD, que aborda o uso da maconha como porta de saída, considerando
a contribuição pluralista de sociólogos, educadores, juristas, antropólogos, religiosos e outros
especialistas que poderiam ampliar o significado da questão. Conclusão: Faz-se necessária uma
abordagem transdisciplinar e intersetorial do presente tema. Afinal, esta discussão não deve limitar-se
a apenas uma das versões – seja estritamente médica ou sócio-antropológica – uma vez que o
conhecimento de ambas as facetas é fundamental para que seja evitada uma visão preconceituosa e
limitada sobre o uso da maconha, abstendo o usuário da estigmatização pelo profissional de saúde.
Palavras chave: maconha; multidisciplinaridade; estigmatização
Referências:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA. Revisão Científica: Maconha e Saúde Mental.
Disponível em: <http://www.abpbrasil.org.br/departamentos/coordenadores/coordenador/noticias/
?dep=4¬=69.> Acesso em: 24 nov. 2011.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA MULTIDISCIPLINAR DE ESTUDOS SOBRE DROGAS. Maconha:
Uma visão multidisciplinar. Disponível em <www.neip.info/html/objects/_downloadblob.
php?cod_blob=743>. Acesso em: 24 nov. 2011.
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
RESISTÊNCIA NA PREVENÇÃO DA NEOPLASIA PROSTÁTICA
Adélie Nicolli Martins Gai
Luiz Gustavo Minare Conessa
Sara Helena Resende Carvalho
Taylane Glória Magalhães Coelho
Orientador: Nivan Gibrel
Introdução: A neoplasia prostática, no contexto de saúde pública mundial, demonstra níveis
expressivos de mortalidade, que em parte se deve à resistência do exame preventivo. Vários fatores
interferem na adesão ao exame preventivo do câncer de próstata, tais como: constrangimento,
desinformação, receio e preconceito em realizar os exames básicos de toque retal. Objetivos:
Verificar a transformação acerca da concepção masculina sobre a importância da realização do exame
preventivo do câncer de próstata. Metodologia: Pesquisa bibliográfica entrevista com usuários do
sistema público e privado de saúde. Resultados: Uma comparação feita entre estimativas de 2005 e
2012 evidenciou um aumento de 30% na incidência do câncer de próstata. De acordo com a pesquisa
realizada, dos 50 usuários dos serviços de saúde, 74% tinham mais de 40 anos, 84% vão ao médico
pelo menos 1 vez ao ano , 78% dos homens vão ao médico preventivamente, 92% sabem que a
prevenção começa aos 40 anos, 98% já fizeram ou fariam o exame de toque retal e 48% vão ao médico
por vontade própria. Os resultados, tanto no SUS quanto na rede privada, foram homogêneos.
Conclusão: Com o passar dos anos, os homens estão mudando sua postura quanto à realização do
exame preventivo de toque retal, isto se relaciona com a melhoria do sistema de informação do país,
através de campanhas públicas que visam a prevenção e promoção da saúde, o avanço da Medicina e
maior abrangência no atendimento à saúde.
Referências: Site do Inca
Palavras chave: Neoplasia prostática, Prevenção, Resistência.
Referências:
http://www.inca.gov.br, acessado em 29/11/11.
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
REAÇÕES EMOCIONAIS E ORGÂNICAS APRESENTADAS PELAS CRIANÇAS EM FUNÇÃO
DA HOSPITALIZAÇÃO – ESTE TEMA AINDA MERECE ATENÇÃO?
Clayton Marcos dos Santos
Géssica Santana Marota
Ludyanne da Silva Gomes
Márcio Massao Santana Sueto
Nicollai Silvério Silva
Orientadora: Kerlane Ferreira Costa Gouveia
Introdução: A experiência de hospitalização tem sido considerada como fonte de stress e ansiedade
para a maioria das crianças. Ao conjunto das reações emocionais e orgânicas apresentadas pelas
crianças em função da hospitalização, principalmente quando esta se concretiza como uma situação de
privação afetiva foi denominada, por vários autores de hospitalismo. Ao longo dos anos, a criança
passou a ser vista com mais importância e preocupação pela sociedade, levando ao surgimento de
diversas ações com finalidade de conseguir um equilíbrio entre as necessidades básicas da criança e o
ambiente hospitalar, passando este, de um local totalmente asséptico e frio, para um local mais
humanizado e acolhedor. Objetivos: Realizar uma revisão bibliográfica sobre hospitalização e
hospitalismo e avaliar as impressões e o conhecimento dos profissionais do Setor Pediátrico da Santa
Casa da Misericórdia de Ouro Preto acerca do hospitalismo, assim como as várias atividades hoje
implementadas no sentido de minimizar as reações negativas das crianças frente à hospitalização.
Metodologia: Pesquisa bibliográfica sobre o tema para posterior elaboração de uma revisão narrativa.
Baseando-se na triangulação de métodos, elaborou-se um questionário semi-estruturado com a
finalidade de se conhecer as impressões dos profissionais de saúde sobre o assunto, seguido de visitas
ao hospital para conhecimento da estrutura, funcionamento do serviço e aplicação dos questionários.
Resultados: A partir dos questionários, observou-se que mais da metade dos profissionais consideram
o ambiente hospitalar agradável e que a hospitalização é positiva para o desenvolvimento da criança.
Ainda assim, algumas reações negativas estão presentes. Todos os profissionais entrevistados tinham
conhecimento de mais de uma estratégia que visa minimizar o hospitalismo, e a grande maioria sabiam
quais eram implementadas no hospital. Conclusões: Apesar das evoluções e melhorias sabe-se que
muitos dos fatores negativos da hospitalização jamais serão superados, pois eles são inerentes a prática
necessária para o restabelecimento da saúde. Mas não se pode deixar de perceber que muitos avanços
foram conquistados e vem sendo implementados, visando cada vez mais o bem-estar da criança.
Palavras-chave: Hospitalização, Hospitalismo e Criança.
Referências:
Ranña, Wágner. – Aspectos psicossociais da assistência a criança hospitalizada, Pediat.(S.Paulo)
10:59-66; 1988
Barros, Luísa – As conseqüências psicológicas da hospitalização infantil: Prevenção e Controle, 1
(XVI): 11-28; 1988
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
ABORDAGEM PSICOSSOCIAL DO INÍCIO DE RELACIONAMENTOS AFETIVO-SEXUAIS
NA ADOLESCÊNCIA
Filipe Nappi Mateus
Jane Morais Ramos
Priscila Cintra Campos
Thaís Borges Finotti
Washington Miguel Almeida
Orientador: Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Introdução: As questões sobre sexualidade não são exclusivas da adolescência, na medida em que o
desenvolvimento psicossexual lhe é muito anterior, mas é nesta fase que se inicia a organização sexual
definitiva, tanto do ponto de vista somático, sociológico quanto psicológico e que a identidade sexual
se torna importante. O exercício da sexualidade traz implicações no processo reprodutivo e na saúde
biopsicossocial do adolescente (FERREIRA E TORGAL, 2009). O trabalho apresenta uma revisão
livre da literatura a respeito da sexualidade na adolescência, no que tange os aspectos biológicos e
psicossociais e como a educação sexual orientada sob a óptica dos profissionais da saúde, juntamente
com educadores, influenciam a percepção destes adolescentes sobre o seu próprio corpo, sua saúde e o
seu futuro. Objetivos: Levantamento de informações acerca do comportamento e da expressão da
sexualidade na adolescência e a aquisição de conhecimentos para a orientação da prática dos
profissionais de saúde juntamente com educadores acerca do tema, como os adolescentes a vivem e o
que a entrada tão precoce destes na vida sexual implica em suas vidas. Discussão: A partir da revisão
da literatura nas bases de dados Google Acadêmico e Biblioteca Virtual de Saúde, percebe-se que
decisão de iniciar as relações sexuais acontece paralelamente às modificações na vida deste
adolescente, gerando situações indesejadas como a ocorrência de gravidez, aborto, doença
sexualmente transmissível (DST), etc. que repercutem na adolescência e também na vida futura destes
jovens, segundo Amaral et al. (2005). Mais jovens do sexo masculino iniciam sua vida sexual
precocemente do que mulheres e alguns destes adolescentes negligenciam o uso de métodos
contraceptivos julgando-os desnecessários, sendo este um fator de risco, uma vez que há ainda um
grande número de adolescentes grávidas e jovens com DST. É neste contexto que o profissional de
saúde e os educadores tem um papel central, agindo de forma efetiva na construção da sexualidade
destes adolescentes no intuito de incutir nestes o conhecimento correto sobre o tema e desmistificar
possíveis mitos e tabus ainda existentes. Conclusão: Pelas análises bibliográficas percebe-se que o
tema é amplo e necessita de uma abordagem empírica para a sua consolidação. Contudo observou-se a
fragilidade da relação dos adolescentes com os pais, uma vez que, a abordagem da sexualidade era
feita na maioria das vezes com amigos e que a capacitação e uma nova abordagem dos profissionais de
saúde e educadores podem ser de grande valia para uma nova visão e vivência desta sexualidade.
Palavras chave: Adolescente, relacionamentos, sexualidade
Referências:
AMARAL, M. A.e FONSECA, R. M.G.S. da. Entre o desejo e o medo: As representações sociais das
adolescentes acerca da iniciação sexual. Rev Esc Enferm USP. São Paulo; 2005. p 469-475.
FERREIRA, M.M.S.R.S. e TORGAL, M. C. L.F.P.R. Estilos de vida na adolescência:
comportamento sexual dos adolescentes portugueses. Rev Esc Enferm USP. São Paulo; 2009. p 589-
595.
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
EXPECTATIVAS E REALIDADES DA ATUAÇÃO EM MEDICINA DA FAMÍLIA: RELATOS
DE MÉDICOS ATUANTES EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NAS REGIÕES DE OURO
PRETO E MARIANA, EM MINAS GERAIS
Ana Cláudia dos Santos
Guilherme Ângelo dos Santos Silva
Luciana Silva de Godoy
Natália Dias do Nascimento
Sebastião Leonardo Silva Leite
Orientadora: Adriana Maria de Figueiredo
Com o crescente fomento pela atuação em medicina de família, sendo exemplificado pela tramitação
da lei de Serviço Civil na Estratégia de Saúde da Família, como forma de bonificação na pontuação
em residências médicas, constatamos que, enquanto acadêmicos de medicina do primeiro período,
conhecemos pouco sobre a Residência Médica em Saúde da Família e a realidade da profissão.
Buscando conhecer a realidade dessa atuação, fomos a campo entrevistar médicos, que trabalham na
Estratégia de Saúde da Família, com e sem especialização na referida área. Tendo como intuito,
conhecer as expectativas dos mesmos antes de adentrar no serviço, a sua realidade de trabalho e sua
opinião sobre a residência em Medicina de Família. As entrevistas se deram regidas por um roteiro
semi-objetivo, que tinha como questionamentos os principais pontos compilados da nossa bibliografia
base, a tese de doutorado “O generalista da Estratégia de Saúde da Família: um Hércules na reforma
da reforma.” Os médicos entrevistados apresentam tempo de atuação na Estratégia de Saúde da
Família entre 1 ano e 1 mês a 12 anos, com tempo de atuação na referida Unidade Básica de Saúde
variando de 1 mês a 2 anos. Informaram rotatividade de médicos variando de baixa a alta, nas
diferentes Unidades Básicas relatadas. Todas contam pelo menos com médico, enfermeiro, técnico em
enfermagem, nutricionista e agentes comunitários de saúde. Variando em quantidade. Os fatores
motivantes para a atuação, mais relatados foram atuação em saúde pública e o desafio no campo de
trabalho. E os desmotivantes mais prevanlentes, foram remuneração e rotina de trabalho. Houve
também relatos de atuação em outros serviços, como plantões e consultórios particulares. Com relação
à residência em medicina de família, todos manifestaram-se entusiastas da idéia, porém os
interessados em seguir nessa área, relataram optar por prova de título, ao invés da residência, para se
tornarem especialistas em medicina de família. Concluímos que existem profissionais dispostos a atuar
na área de medicina de família, cumprindo a carga horária exigida, se submetendo à concurso público
para essa função e investindo em capacitação profissional, tendo como sua especialidade a Medicina
de família. Porém, sabemos que para outros profissionais esse trabalho é apenas temporário até que se
consiga o ingresso em uma residência tradicional, para atuação em uma das especialidades clássicas da
medicina, por exemplo. Contudo, nosso objetivo não foi generalizar a situação local para a Estratégia
de Saúde da Família como um todo, mas entendemos ser interessante que hajam mecanismos de
gratificação para aqueles profissionais que trabalham em medicina na família, sendo especialistas na
área. Sem demérito dos que não são. Esse bônus poderia ocorrer através da implementação de um
cargo específico de supervisor dos médicos da Unidades Básicas de Saúde, para esses especialistas.
Poderia se pensar, também, em gratificação salarial ou redução em sua carga horária de trabalho.
Palavras chave: Residência Médica, Medicina de Família e Estratégia de Saúda da Família.
Referências:
FONSECA, Janaína Molinari Veloso. O generalista na estratégia de saúde da família: um Hércules
na Reforma da Reforma. Fevereiro de 2011. Tese de doutorado. Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa, Minas Gerais.
CAMPOS, G.W.D.S. Tratado de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2009. Cap. 25, p. 783 –
836.
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
PROJETO CAMINHANDO PARA A SAÚDE: ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO
DISTRITO DE PADRE VIEGAS DE MARIANA-MG SOBRE HIPERTENSÃO E DOENÇAS
RELACIONADAS
Catarine Alves Silveira
Samuel Silva Ferreira
Silvio Vassão Júnior
Tulio Henrique Versiani de Oliveira
Talles Augusto Martins Gomes
Colaboradores:
Guilherme Rezende
Laurice Barbosa Freitas
Preceptora: Taís Efigênia de Faria
Coordenadora:Adriana Maria de Figueiredo
Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica é a mais frequente das doenças cardiovasculares. Essa
doença crônica atinge aproximadamente de 22,3% a 43,9% da população adulta brasileira, utilizando-
se como critério de diagnóstico a pressão maior ou igual a 140/90 mmHg. O que torna a hipertensão,
uma das enfermidades passíveis de intensa mobilização a favor da diminuição desses índices. O
distrito de Padre Viegas da cidade de Mariana-MG conta com uma população de 765 habitantes e
destes, 106 são considerados hipertensos. Objetivo: Promover um trabalho de educação em saúde
acerca do tema hipertensão e doenças relacionadas com a população atendida e afetada por esse
problema na unidade básica de saúde de Padre Viegas. Metodologia: Foram realizados quatro
encontros com cada participante ao longo do desenvolvimento do projeto. Os 106 hipertensos listados
foram divididos em dois grupos de 53 pessoas e, cada grupo foi convidado ao encontro de 15 em 15
dias. Durante os encontros o tema hipertensão foi trabalhado de uma forma ampla e dinâmica. A
hipercolesterolemia e o diabetes também foram temas recorrentes e que foram relacionados à
hipertensão. Uma alimentação adequada, prática de exercícios físicos e o acompanhamento médico
foram pontos muito enfatizados durante a execução do projeto. Resultados: Foram gravadas
entrevistas de alguns participantes do grupo, um agente comunitário de saúde (ACS) e uma técnica em
enfermagem do posto de saúde para análise dos resultados. A partir dos relatos dos participantes
entrevistados foi percebido um bom conhecimento acerca dos temas trabalhados, condizendo com
tudo que foi exposto pelo grupo nas dinâmicas. Além disso, os entrevistados se mostraram gratos ao
trabalho e manifestaram interesse pela continuidade da execução do projeto. Segundo o ACS e a
técnica de enfermagem houve um aumento da frequência ao posto principalmente para aferição de
pressão demonstrando parte da efetividade do trabalho. Ainda nos foi exposto que pessoas que antes
raramente iam ao posto passaram a frequentá-lo mais assiduamente para um maior controle da saúde.
Conclusão: A intervenção em educação em saúde é fundamental para que haja uma mudança de
comportamento da população a partir do conhecimento construído. A atenção primária tem um papel
importante no controle da hipertensão, pois a mudança de hábitos é a base de um bom tratamento.
Esse nível de atenção desperta nos pacientes o reconhecimento da importância do autocuidado por
contar com a participação direta do atendido. O grupo operativo, utilizando-se de dinâmicas, permitiu
uma boa participação de todos e, de acordo com relatos dos próprios participantes, um bom conteúdo
teórico. Embora o projeto desenvolvido tenha surtido alguns resultados a continuidade deste é muito
importante para que os efeitos sejam mais significativos.
Palavras-chave: Hipertensão arterial sistêmica; educação em saúde; grupo operativo.
Referências:
Cadernos da Atenção Básica – Hipertensão arterial sistêmica. Cadernos da Atenção Básica nº 15.
Ministério da Saúde. Brasília. 2006.
TOLEDO, Melina Mafra, et al. Educação em saúde no enfrentamento da hipertensão arterial: uma
nova ótica para um velho problema. Texto & Contexto Enfermagem, Florianópolis, 2007 Abr-Jun.
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
AÇÕES EDUCATIVAS COM DIABÉTICOS, HIPERTENSOS E SUAS FAMÍLIAS NO DISTRITO
DE CACHOEIRA DO BRUMADO – MARIANA/MG
Ana Luiza Martins Reggiani
Cecília Carneiro e Silva
Gabriela Oliveira Leopoldo
Luísa Martino Avelar
Raquel Domingos da Costa
Wanessa Torres Bernardes
Coordenadora: Adriana Maria de Figueiredo
Preceptora: Maria das Mercês Chaves
Identificação do problema:Ao longo dos últimos trinta anos, houve uma mudança drástica do perfil
de morbimortalidade da população brasileira com grande predomínio das doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT), dentre elas as doenças cardiovasculares e o Diabetes Mellitus. A Hipertensão
Arterial Sistêmica (HAS) é a mais freqüente das doenças cardiovasculares. Já o Diabetes Mellitus se
configura hoje como uma epidemia mundial sendo um grande desafio para os sistemas de saúde de
todo o mundo. No Brasil, a hipertensão arterial e o diabetes são responsáveis, de longe, pela primeira
causa de mortalidade e de hospitalizações, de amputações de membros inferiores e representa ainda
62,1% dos diagnósticos primários em pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à diálise.
O distrito de Cachoeira do Brumado reflete a situação do Brasil, uma vez que possui um grande
número de hipertensos e diabéticos, além de uma alta mortalidade em decorrência dessas doenças.
Cenário:Cachoeira do Brumado se localiza na cidade de Mariana e sua área de abrangência é de 805
famílias e 3393 pessoas divididas em seis micro-áreas. Nesse distrito há 87 portadores de diabetes
mellitus e 397 portadores de hipertensão arterial, segundo dados de 2008. Desenvolvimento:Após a
avaliação situacional da Policlínica Honório José da Silva Ramos e a apresentação de um breve
histórico de atividades realizadas pela enfermeira e pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs)
durante os últimos anos decidimos, conjuntamente, trabalhar com a abordagem dos temas diabetes e
hipertensão através de grupos operativos, como indicado pelo Ministério da Saúde. Além disso, foi
confeccionada uma cartilha com os principais assuntos abordados nos grupos e uma tabela de
medicamentos foi feita para resolver o problema da similaridade das embalagens fornecidas pelo SUS.
O grupo de pacientes portadores de hipertensão e Diabetes Mellitus foi dividido em três. Cada grupo
participou de dois encontros na forma de grupos operativos e no encontro final, para término das
atividades, foi realizada uma caminhada com todos os participantes. No primeiro encontro de cada
grupo, os assuntos abordados foram os conceitos, definições, fatores de risco e como prevenir a
hipertensão e o diabetes. No segundo encontro, os temas abordados foram os cuidados com os pés e
alimentação. No último encontro, o assunto abordado foi atividade física. Principais Resultados:Os
grupos operativos apresentaram uma boa adesão dos portadores de doença crônica, porém obtivemos
uma baixa adesão dos familiares. A cartilha com atividades interativas possibilitou o caráter lúdico do
trabalho e ao mesmo tempo informativo, além de ser uma forma de avaliar o aprendizado dos
participantes. Conclusões:Os grupos operativos, com discussões e relatos, possibilitaram a troca de
experiências entre os participantes e a oportunidade de falar, escutar, refletir e aprender. O
aprendizado no PET Cachoeira do Brumado foi mútuo, se por um lado conseguiu-se uma maior
conscientização sobre a importância da prevenção de agravos decorrentes do diabetes e da hipertensão,
por outro, viu-se a superação do grupo diante de dificuldades e um grande envolvimento com a
comunidade.
Palavras chave: Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial, Grupos Operativos
Referências:
GUTIERREZ, Denise Machado Duran; MINAYO, Maria Cecília de Souza. Produção de
conhecimento sobre cuidados da saúde no âmbito da família. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro,
2011 . http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232010000700062&lng=en&nrm=iso>. access on 23 Oct. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-
81232010000700062
PACE, Ana Emilia et al . O conhecimento sobre diabetes mellitus no processo de
autocuidado. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 14, n. 5, Oct. 2006 Available from
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
11692006000500014&lng=en&nrm=iso>. access on 23 Oct. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
11692006000500014
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
HUMANIZAÇÃO DO PRÉ-NATAL: CUIDADOS COM A SAÚDE DA GESTANTE
E DA CRIANÇA - ESF VIDA NO DISTRITO DE CACHOEIRA DO CAMPO -
OURO PRETO/MG
Amanda Freire Vieira
Fernanda de Faria Mariano
Heloisa Cirilo Sousa
Letícia Aparecida de Figueiredo
Orientador: Professor Dr. Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Preceptora: Cássia Aparecida Barboza
Identificação do problema: A gravidez é um período de grandes modificações, em que
muitas mulheres, principalmente as que terão filho pela primeira vez, apresentam muitas
dúvidas com relação à gestação e o cuidado com o recém-nascido. São dúvidas
freqüentes: estágios de desenvolvimento do bebê, cuidados com a saúde durante a
gestação, o parto, como cuidar do bebê, dentre outras. Cenário: A ESF Vida situa-se no
distrito de Cachoeira do Campo, pertencente ao município de Ouro Preto – Minas
Gerais. Ela abrange uma região dividida em sete microáreas, com um Agente
Comunitário de Saúde cada. A população adstrita é de 4690, sendo 642 crianças, 817
adolescentes, 440 jovens, 2746 adultos e 485 idosos. Na ESF Vida, estão cadastrados
396 hipertensos, 27 diabéticos, 87 hipertensos e diabéticos e 31 gestantes.
Desenvolvimento: Foram feitos Grupos Operativos com as gestantes que foram à
Unidade fazer pré-natal, utilizando de apresentações didáticas. Após os Grupos
Operativos, as monitoras acompanharam as consultas de pré-natal,onde puderam ter um
contato maior com cada gestante e saber quais são suas principais dúvidas para que
pudessem ser solucionadas nos grupos operativos. Foi confeccionado um panfleto
informativo para todas as gestantes, com o resumo das recomendações dadas durante as
apresentações do Grupo Operativo. Tal panfleto foi entregue nos encontros de
encerramento do projeto para as gestantes presentes e armazenados no ESF Vida para
que outras gestantes pudessem ter acesso.Também foi feita uma visita à maternidade da
Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto com as gestantes que se interessaram, a fim
de mostrá-las o lugar em que iriam dar à luz a seus filhos, e também para esclarecer
possíveis dúvidas que surgissem.Além disso, foram feitas visitas às casas das gestantes
após os nascimentos dos bebês (que nasceram durante o desenvolvimento do projeto)
para a entrega do panfleto informativo e para enfatizar a importância de acompanhar o
desenvolvimento do bebê, levando-o ao ESF Vida. Como parte da avaliação do projeto,
durante os encontros de encerramento foi medida a satisfação das gestantes por meio de
avaliação anônima constando das opções “gostei”, “pode melhorar” e “não gostei” com
respectivas faces alegre, indiferente e triste. Principais resultados: Durante os grupos
operativos, as gestantes mostraram-se interessadas e participativas, relatando
experiências pessoais e buscando esclarecer as dúvidas. Além disso, elas demonstraram
sua satisfação através de elogios para o médico e para a enfermeira da unidade de saúde.
Por meio da avaliação final, constatou-se que todas as gestantes gostaram do trabalho
desenvolvido durante o projeto. Conclusão: As gestantes apresentavam dúvidas e elas
só tinham a oportunidade de obter instruções sobre o período de gestação numa consulta
individual, nas quais podia haver receio por parte delas, inibindo-as de perguntar sobre
suas dúvidas. Com o grupo operativo, nota-se que elas se sentiram mais livres pra fazer
suas perguntas e trocarem experiências pessoais.
Palavras-chave: Gestação; Pré-natal; Humanização
Referências:
Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=24085. Acesso em
23/11/11
Disponível em: http://brasil.babycenter.com. Acessado em 23/11/11
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
AÇÃO EDUCATIVA EM SAÚDE EM PROL DE MÃES E FILHOS NA ESF (ESTRATÉGIA DE
SAÚDE DA FAMÍLIA) CABANAS, EM MARIANA/ MG
Aline Ferreira Ricieri
Fernanda Mendes de Oliveira Rossi
Waleska Brito Rabelo
Orientadora: Adriana Maria de Figueiredo
Identificação do Problema: A saúde das crianças é muitas vezes dependente dos cuidados que lhe
são oferecidos. A partir disso, constatou-se então, através de conversas com enfermeiras, médicos e
também com a parte administrativa do ESF (Estratégia de Saúde da Família) localizado no bairro
Cabanas/MG, que havia uma carência de informações relacionadas a problemas enfrentados por mães,
sejam elas gestantes ou não, e por seus filhos de 0 a 2 anos. Desse modo, o projeto visa à realização de
ações educativas que propõem melhorias na qualidade de vida desses grupos. Cenário: A intervenção
foi realizada no município de Mariana, Minas Gerais, no bairro Cabanas. Dentre os dados relevantes
da população estão: baixo padrão socioeconômico, altos índices de violência em regiões específicas,
altas taxas de alcoolismo, desemprego, tráfico e uso de drogas e grande número de mães que não
dispõem de um companheiro para ajudar com os cuidados e a educação dos filhos. O projeto foi
desenvolvido na Policlínica Municipal Cônego José Arimatéia de Pinho (ESF Cabanas) nas quartas
feiras pela manhã, que é também o dia no qual a Unidade de Saúde oferece os serviços de puericultura,
que é o acompanhamento direcionado ao desenvolvimento infantil. Desenvolvimento: A princípio
realizou-se uma pesquisa bibliográfica sobre o local, a população, a unidade de saúde e sobre as
principais adversidades encontradas pelos profissionais de saúde no atendimento de mães e filhos.
Após análise dos dados, definiu-se: o objetivo do projeto - informar a população sobre assuntos
voltados para a saúde da mãe e da criança, elucidando dúvidas; os temas a serem trabalhados - higiene,
amamentação, inserção dos alimentos, vacinação, doenças e acidentes prevalentes na infância; a forma
de exposição - explicação do tema, através de cartazes e slides, dinâmica do “Mito ou Verdade”, etc; a
quantidade de encontros - dois por cada tema; os nomes fantasias - “Saúde é coisa séria... Mas pode
ser divertido!”, além de nomes específicos para cada encontro; e a forma de avaliação - aplicação de
cédulas para medir o nível de satisfação, além de diagnóstico de resultados junto aos profissionais da
Unidade de Saúde. Resultados: Dentre os participantes 90% consideraram as informações recebidas
relevantes e completas, 10% dos participantes consideraram as intervenções relevantes porém
incompletas, e nenhum participante considerou as ações irrelevantes. Quanto aos funcionários da
Unidade Básica de Saúde, todos demonstraram satisfação com o projeto, embora reconhecendo as
limitações do mesmo, e manifestaram o desejo de continuidade. Conclusão: Apesar de ser difícil
mensurar o que de fato foi aprendido em uma ação educativa, devido ao pequeno tempo de atuação, o
projeto mostrou-se eficaz em instigar as dúvidas dos participantes, além de levantar questões muitas
vezes negligenciadas, tais como: amamentação, inserção correta dos alimentos, doenças prevalentes na
infância e acidentes domésticos. Esperamos que o trabalho tenha surtido melhoras na qualidade de
vida das mães e de seus filhos e que contribua para o crescimento e desenvolvimento saudável destas
crianças.
Palavras-chave: Ação educativa; puericultura; saúde da criança.
Referências:
BLANK. Danilo. A puericultura hoje: um enfoque apoiado em evidências (artigo de revisão) Jornal
de Pediatria Copyright © 2003 by Sociedade Brasileira de Pediatria. Jornal de Pediatria - Vol.79,
Supl.1, 2003.
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
ACOMPANHAMENTO DE MÃES E CRIANÇAS NA ESF-AMARANTINA
“CRIANÇA SAUDÁVEL, CRIANÇA FELIZ”
Gabriella Noronha Frois
Jéssica Almeida Horta Duarte
João Luis de Freitas
Rodrigo Vilela Ventura
Orientador: Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Preceptor: Thaline Alves de Oliveira
Identificação do problema: baseando-se no relato de informantes-chave, notou-se a carência de
informação das mães e crianças que são atendidas no dia semanal de puericultura na ESF-Amarantina.
Através do contato direto com o público-alvo pôde-se perceber que as principais dúvidas tratavam de
higiene, alimentação, crescimento e desenvolvimento das crianças. Cenário: o prédio contém seis
consultórios distribuídos em dois andares, um salão comunitário, recepção e três banheiros. A unidade
conta com dezoito integrantes na equipe multiprofissional característica de cada ESF: médico da
família, enfermeira, duas técnicas de enfermagem, sete ACSs, etc. Desenvolvimento: foi elaborada e
entregue às mães uma cartilha informativa, contendo dados simples e figuras, tornando-a bastante
didática. Cada integrante do grupo conversou pessoalmente com cada mãe, buscando esclarecer suas
dúvidas e transmitindo os pontos principais do projeto, e com cada criança, entregando o kit de higiene
bucal e tentando ensinar basicamente a higiene. A abordagem às mães e crianças foi feita no salão
comunitário ou na recepção, enquanto estes esperavam pelo atendimento médico. Para as pessoas que
aguardavam o atendimento médico e a conversa com os alunos, ou com os quais já haviam
conversado, foi disponibilizado algum tipo de passa-tempo, como material para desenho. Além dessas
atividades, um integrante por dia de visita acompanhou a consulta de puericultura executada pela
enfermeira, isso foi feito com o objetivo de constatar a atmosfera e o funcionamento da consulta,
possibilitando melhor identificação dos problemas e melhorando a intervenção do grupo na
comunidade. Como forma de avaliação foi utilizada uma urna, na qual as mães depositavam
anonimamente figuras denotando “satisfação”, “indiferença” ou “descontentamento”. Principais
Resultados: a maioria das dúvidas das mães pôde ser esclarecida no ato da pergunta, enquanto que a
resposta para algumas exigiram estudo posterior dos integrantes. Mães revelaram que esta foi a
primeira intervenção deste tipo; aparentemente ficaram satisfeitas tanto com as informações dadas,
quanto pela forma de abordagem que, segundo elas, foi feita de forma correta e aproveitava o tempo
de espera. A grande maioria das mães e crianças se sentiu à vontade para interagir com o grupo, mas
algumas, mais reservadas, preferiram manter distância, talvez por receio. Conclusões: baseando-se
nos votos inseridos na urna e no feedback dado pela preceptora, pode-se perceber os resultados
positivos colhidos da intervenção. Apesar da subjetividade destes resultados, eles foram utilizados
como parâmetro pois os resultados palpáveis de intervenções do tipo são a longo prazo; para isso,
esperamos que o trabalho seja levado adiante por grupos.
Palavras-chave: puericultura; intervenção; atenção primária
Referências:
1. Candice Boppré Besen; Mônica de Souza Netto; Marco Aurélio Da Ros; Fernanda Werner da
Silva; Cleci Grandi da Silva; Moacir Francisco Pires. A Estratégia Saúde da Família como
Objeto de Educação em Saúde. Saúde e Sociedade v.16, n.1, p.57-68, jan-abr 2007.
2. Luiz Antonio Del Ciampo; Rubens Garcia Ricco; Julio César Daneluzzi; Ieda Regina Lopes
Del Ciampo; Ivan Savioli Ferraz; Carlos Alberto Nogueira de Almeida. O Programa de Saúde
da Família e a Puericultura. Ciência & Saúde Coletiva, 11(3):739-743, 2006.
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
PET-SAÚDE: EXPERIÊNCIA DE INTERAÇÃO E HUMANIZAÇÃO COM A
POPULAÇÃO IDOSA NO DISTRITO DE SANTA RITA DE OURO PRETO
Aline Sanches Oliveira
Elen Cristina da Mata
Fábio Fernandes de Mendonça
Rafaela Arantes
Orientadora: Palmira de Fátima Bonolo
Identificação do problema: O contato no primeiro período de medicina com a
comunidade por meio do Programa Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde)
teve o objetivo de promover uma integração junto aos usuários do Sistema Único de
Saúde (SUS) e aos profissionais de saúde, incluindo trabalho conjunto com uma equipe
multidisciplinar a fim de desenvolver as capacidades de lidar com aqueles que serão
nossos futuros pacientes, sendo focado no lado humanístico do graduando em Medicina.
Cenário: O projeto foi desenvolvido no distrito de Santa Rita de Ouro Preto, na
Estratégia de Saúde da Família Veredas - ESF Veredas. A população total é de 4588
habitantes, sendo 1714 da zona urbana e 2874 da zona rural, constituindo como foco a
população urbana idosa acometida por doenças crônicas como hipertensão e diabetes.
Desenvolvimento: Iniciamos nossas atividades com uma equipe composta por
estudantes de medicina e de educação física da Universidade Federal de Ouro Preto-
UFOP, o preceptor da área odontológica, o tutor sendo um professor da educação física
e a coordenadora, professora do curso de medicina. As primeiras informações sobre a
comunidade a ser trabalhada vieram das agentes comunitárias de saúde e enfermeira da
ESF, através da listagem dos idosos hipertensos/diabéticos e acesso às fichas do
Hiperdia. A partir de então, passamos a visitar as residências destes com a finalidade de
conhecê-los, uma vez que o nosso próximo passo será a implantação de atividades de
educação e promoção à saúde em grupos, de modo que sejam trabalhados temas
multidisciplinares. Essa forma de intervenção coletiva e interdisciplinar contribui para a
superação do modelo biomédico no contexto do SUS, uma vez que serão desenvolvidas
ações em que a saúde é trabalhada visando sua positividade (MARGARIDO, 2010).
Durante as visitas, aprendemos como abordar e lidar com o indivíduo idoso, que
apresenta modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas. Achamos
essencial para a consolidação do aprendizado a análise das necessidades da comunidade
e tal experiência se torna um grande auxílio durante a fundamentação teórica, o que é
reforçado por Silvestre e Neto (2003), que relataram que o profissional da saúde deve
conhecer detalhadamente a realidade das famílias residentes em sua área de
abrangência, identificar os problemas prevalentes e então promover suas ações.
Principais resultados: Pela integração ensino-serviço-comunidade estamos
desenvolvendo as nossas capacidades de compreender e contribuir de algum modo para
o bem-estar da comunidade. Os idosos apresentaram grande receptividade, se mostrando
dispostos a conversar sobre nossos questionamentos. As visitas domiciliares nos
proporcionaram a contextualização do indivíduo em seu meio ambiente e a
compreensão da saúde em seu sentido mais abrangente. Entre outros fatores que
justificam a intervenção, observamos alto nível de sedentarismo, uso de grande número
de medicação e dieta inadequada. Conclusão: O contato com a ESF nos possibilitou
conhecer e interagir com a população idosa, em um processo de mútua aprendizagem.
Além disso, propiciou a ampliação de nossa visão acerca do SUS e a equipe
multidisciplinar.
Palavras-chave: PET-Saúde, promoção da saúde, saúde do idoso.
Referências:
MARGARIDO, E. R. L. A importância da grupoterapia no controle das doenças
crônicas não transmissíveis (HAS e DM) – um relato de experiência. 2010.
Dissertação (Mestrado em Saúde e Gestão do Trabalho) – Centro de Ciências da Saúde,
Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2010. Disponível em:
<http://siaibib01.univali.br/pdf/Elaine%20Ribeiro%20Lino%20Margarido.pdf>. Acesso
em: 01 dez. 2011.
SILVESTRE, J. A. NETO, M. M. C. Abordagem do idoso em programas de saúde da
família. Cadernos de Saúde Pública, v. 19, n. 3, p. 839-847, 2003. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/csp/v19n3/15887.pdf>. Acesso em: 01 dez. 2011.
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE COGNITIVA EM GLAURA - DISTRITO DE
OURO PRETO/MG
Lídia Lelis Leal
Lígia Barros de Oliveira
Mariana Cardoso Gomes Segato
Mariana Gonçalves Teixeira
Renata Barbosa Nogueira
Orientador: Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Introdução: O projeto “Avaliação da Capacidade Cognitiva em Glaura – distrito de
Ouro Preto/MG” baseia-se na complementação e ampliação dos recursos existentes
em saúde mental na Equipe da Saúde da Família (ESF) “Caminho dos Diamantes”,
localizada em Glaura. O foco, dentro da saúde mental, é atuar na capacidade cognitiva
da população local. O distrito acompanha a tendência nacional de envelhecimento da
população com índice elevado de idosos, faixa etária em que o envelhecimento
cerebral está associado a aumento do risco de déficit cognitivo. Visando avaliar o
nível de qualidade de vida cognitiva dessa população, foi aplicado o Mini-exame do
Estado Mental (MEEM), teste de rastreio para perda/avaliação cognitiva. Além disso,
foram realizadas ações educativas e atividades relacionadas à cognição com as
pessoas que participaram. O campo da saúde mental não se baseia em um modelo
fechado, mas é um processo social e complexo, que necessita de estratégias que
perpassem vários setores sociais. É fundamental criar vínculos que completem e
ampliem os recursos existentes na rede de serviços. Nesse sentido, o projeto atua de
modo complementar ao atendimento médico em parte devido à falta de tempo hábil do
médico responsável para aplicar os testes necessários para tal diagnóstico, além da
ausência de atividades relacionadas à saúde mental na ESF. Objetivos: Avaliar as
funções cognitivas dos participantes do “Mutirão da Memória” e classificar sua
necessidade de atendimento médico. Realizar uma ação educativa voltada para
melhoria de suas habilidades cognitivas propondo meios para a continuidade do
projeto. Metodologia: Foi realizado o “Mutirão da Memória”, evento que consistiu na
aplicação do MEEM aos participantes voluntários e na prática de ações educativas
destinadas à melhora das funções cognitivas. Posteriormente, outros encontros
aconteceram no sentido de integrar a já vigente prática de exercícios físicos à prática
de mais ações educativas visando à continuidade daquelas previamente introduzidas.
Os resultados do MEEM foram utilizados para analisar o desempenho dos
participantes, sendo encaminhados aqueles com alterações ao médico da ESF
“Caminho dos Diamantes”. Resultados: Foi aplicado o MEEM em 25 voluntários.
Levando em consideração a escolaridade dos participantes e a pontuação
correspondente no MEEM, um deles apresentou pontuação inferior ao limite
estabelecido, caracterizando uma possível demência. Conclusão: As ações
interventivas e educativas são importantes para a promoção e a manutenção da
capacidade cognitiva. Levando em consideração a alta porcentagem de idosos no
município de Glaura, faz-se necessário a manutenção de tais ações. As boas
pontuações no MEEM revelam que não é necessário tratar esses pacientes, mas atentar
para os cuidados devidos manutenção dessa pontuação.
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
TREINAMENTO DE ACS EM TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO APLICADAS
AO PLANEJAMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE NO DISTRITO DE ANTÔNIO
PEREIRA – OURO PRETO - MG
André Caldeira Grobério
Christiane Torres Felício da Silva
Christian Gomes Cardoso
Roberta Alves Pereira
Wanderley Souza
Orientadores:
George Luis Lins Machado Coelho
Carolina Coimbra Marinho
Colaboradores:
Monize Romualdo de C. Rocha
Tatiane Cinthia Nascimento
Thaysa Larrana Fernandes Lima
Aline Joice Pereira Gonçalves
Introdução: LACAZ (1972) conceitua a Geografia Médica como a disciplina que estuda a
geografia das doenças, isto é, a patologia à luz dos conhecimentos geográficos. Segundo
RIBEIRO (1988), poucos foram os estudiosos dos séculos XVIII e XIX que se preocuparam em
relacionar as doenças aos aspectos geográficos. O mapeamento das doenças é fundamental
quando se considera a necessidade de vigilância diante de uma endemia como a
esquistossomose em que seu acometimento depende de condições geográficas específicas. A
informação possui papel estratégico em organizações públicas ou privadas. Não só sustenta
operações já existentes como também viabiliza o desenvolvimento de novas estratégias do
Estado, em esfera Federal, Estadual e Municipal, ou em qualquer nível operacional. A
tecnologia de informação faz com que dados sejam traduzidos em informação, a qual será
utilizada para implementar novas estratégias. Para Walton (1994), a chave para uma eficaz
implementação de novas ferramentas tecnológicas está no desenvolvimento da competência dos
agentes operadores do sistema e no comprometimento desses operadores. Neste projeto, os
discentes primeiramente e as Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) do distrito de Antônio
Pereira são os operadores.O trabalho de georreferenciamento e treinamento das ACS foi
realizado no Distrito de Antônio Pereira, onde há grande presença de coleções de água, o que
favorece o desenvolvimento do caramujo Biomphalaria glabrata, que veicula o parasita
Schistossoma mansoni, agente etiológico da esquistossomose. Futuramente, o laboratório de
doenças parasitárias da Universidade Federal de Ouro Preto será realizado o fichamento e
cadastro de cada indivíduo para a prevenção desta doença. Objetivos: Realizar o
georreferenciamento e geoprocessamento de todo o distrito mediante aparelhos de GPS e
programa MAPINFO. Realizar um treinamento das ACS do distrito de Antônio Pereira para
utilização de novas tecnologias da informação como ferramentas de coleta e processamento de
dados, evidenciando o papel da ACS na manutenção do geoprocessamento e a importância deste
no planejamento de ações públicas em saúde. Métodos: Consistiu na aquisição e processamento
de dados geográficos obtidos no distrito, além do treinamento das ACS para continuar o
georreferenciamento. Foram utilizados diversos recursos, como aparelhos de GPS (global
positioning system) e softwares (MAPINFO) além de fornecimento de cartilhas sobre o assunto
e apresentação oral para as ACS na Unidade Básica de Saúde de Antônio Pereira. Resultados:
Foram concluídos com êxito o georreferenciamento do distrito de Antônio Pereira pelos
discentes e colaboradores e também o ensinamento da utilização do GPS pelas ACS.
Conclusão: Os recursos humanos são fatores primordiais para o sucesso das ações relacionadas
com os agravos à saúde. Portanto, com educação, qualificação e envolvimento profissional das
ACS poderemos obter resultados satisfatórios da atenção primária no combate aos focos de
esquistossomose na área em estudo. As informações estarão em banco de dados disponível para
consulta e planejamento de medidas políticas visando à saúde da população.
Palavras chave: informação, Agente Comunitário de Saúde, geoprocessamento.
Referências:
1. . LACAZ C. Introdução à Geografia Médica do Brasil. São Paulo: Editora E. Blücher,
1972.
2.MEADE F, FLORIN J, GESLER W. Medical Geography. New York: The Guilford Press,
1988.
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
PNEUMOTÓRAX: UMA REVISÃO DA LITERATURA CIENTÍFICA
Leonardo Pereira Ramiro
Samuel de Andrade Araújo
Vitor Alves Dourado
Orientador – Sávio Lana Siqueira
Professor da disciplina de Clinica Cirurgica I – Iure Kalinine Ferraz de Souza
Pneumotórax é uma condição médica comum passível de ocorrer em qualquer idade.
Independentemente de uma etiologia, a conduta é dirigida pela gradação dos sintomas,pelo
volume do pneumotórax e descompensação cardiorrespiratória. Alguns “guidelines” têm sido
produzidos por grupos de estudos isolados, porém com linhas de abordagem desatualizadas e
não apoiadas em fortes evidências, no mesmo cenário em que surgem terapias como a Cirurgia
Assistida por Video-toracoscópica (VATS), que vem se tornando uma ferramenta de sucesso no
tratamento emergencial, bem como na prevenção da recorrência do pneumotórax. O escopo
deste trabalho foi realizar uma revisão crítica sobre o tema, enfocando as suas bases
fisiopatológicas, classificação, apresentação clínica, propedêutica, abordagem prática e construir
fluxogramas básicos de conduta, confluindo as várias visões em um sistema de orientação mais
didático.Para tal, realizou-se uma grande busca em bases de dadosNCBI/PubMed utilizando o
parâmetro de busca MeSH (Medical SubjectHeadings), com limite para publicações dos últimos
5 anos, pesquisa em seres humanos e artigos de revisão ou meta-análise, salvo algumas poucas
que ultrapassavam estes limite devido seu grau de relevância.Como resultado, pode-se constatar
novas percepções em voga sobre pneumotórax presentes na linguagem científica. Os achados
clínicos mais comuns encontrados foram dor torácica e dispnéia. A maior parte das publicações
relacionadas à abordagem terapêutica dos casos de pneumotórax parte de um algoritmo base em
que o paciente deve ser primeiramente classificado quanto a sua condição em
estável/assintomático/oligossintomáticoou instável/sintomático. As divergências encontradas
em relação à classificação e as propostas de abordagem criam dificuldades metodológicas que
tornam a comparação dos resultados dos vários trabalhos dispendiosa e pouco precisa. Nesta
revisão propusemos alguns fluxogramas de classificação e conduta para a abordagem do
paciente com suspeita de pneumotórax. A aplicação desses fluxogramas na prática dos serviços
de saúde pode contribuir na avaliação das melhores opções de tratamento.
Resistência na prevenção da Neoplasia Prostática
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
ABORDAGEM CLÍNICO-CIRÚRGICA DO CÂNCER DE PELE
AUTORES: João Duarte de Carvalho
Luis Paulo Vilela Lemos
Marlus Sérgio Borges Salomão Júnior
Tiago Araújo Alves
Tiago César Pereira Ferreira
Orientador: Prof. Iure Kalinine Ferraz Souza
Introdução: o câncer de pele é um problema de saúde pública no Brasil, constituindo uma relevante
causa de morte por doença no país. A exposição solar ou a luz ultravioleta, maior longevidade,
genética em alguns casos e supressão imunológica estão entre as principais causas de câncer de pele.
Objetivos: abordar as principais características clínicas e abordagem clínico-cirúrgica dos principais
tumores malignos de pele, sendo eles o carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma.
Métodos: foram feitas revisões bibliográficas baseadas em artigos do PUBMED e SCIELO, além da
base de dados do MEDSCAPE/MEDLINE e AJCC ( American Joint Committee on Cancer), com
posterior análise comparativa dos resultados. Resultados: O câncer de pele, neste trabalho
representado por três de suas principais manifestações, apresenta muitas variações quanto à etiologia e
manifestações clínicas, sendo de suma importância a diferenciação entre elas para uma melhor
abordagem. Quanto ao aspecto cirúrgico, percebe-se que a excisão e sutura da lesão, se possível,
apresenta-se como melhor opção na maioria das vezes, o que não dispensa o uso de outras técnicas se
necessário. Conclusão: os tumores malignos de pele, apesar de todos enquadrados como câncer de
pele, apresentam diferenças importantíssimas e que devem ser observadas para que o manejo
adequado do paciente seja alcançado, com melhora de sua morbidade e mortalidade.
Palavras Chaves: Melanoma maligno – Carcinoma basocelular – Carcinoma espinocelular
Referências
1. Carucci JA, Leffell DJ. Basal cell carcinoma. In:Freedberg IM, Eisen AZ, Wolff K, Austen KF,
GoldsmithLA, Katz SI, editors. Fitzpatrick’s dermatology in generalmedicine. USA: McGraw-Hill;
2003. p.747-54.
2. Naldi L, Dilandro A, D’Avanzo B, Parazzini F. Oncologycooperative group of the Italian group for
epidemiological research in dermatology. Host-related and environmental risk factors for cutaneous
basal cell carcinoma: Evidence from an Italian case-control study. J Am Acad Dermatol. 2000;42:446-
52.
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
ABORDAGEM DAS HÉRNIAS INGUINAIS
Felipe dos Santos Nascimento
Filipe Garcia Moreira
Júlia Bamberg Cunha Melo
Luiz Augusto Martins Silva
Introdução - No seu conceito mais amplo, hérnia é a protrusão de qualquer estrutura,
víscera ou órgão, através de uma abertura, congênita ou adquirida. Nas hérnias da da
região inguinal a protrusão do conteúdo abdominal ocorre ou através do anel inguinal
profundo ,hérnia indireta ou através da parede posterior do canal inguinal, hérnia
indireta.Na maioria das vezes é possível distinguir hérnias inguinais de outras causas de
massa inguinal a partir de características clínicas. Diagnóstico - Os diagnósticos
diferenciais de hérnias inguinais variam desde processos assintomáticos até processos
com dor de grande intensidade. Nos casos em que as hérnias inguinais não podem ser
diferenciadas de outras massas inguinais, os exames de imagem podem ser úteis. Os
principais diagnósticos diferenciais de hérnia inguinal são: Hidrocele, Varicocele,
Torção testicular, Torção do apêndice testicular, Testículo retrátil, Hérnia femoral,
Linfadenite inguinal e Câncer testicular. Tratamento - Existem dois tipos de cirurgia
para reparo de hérnia inguinal: a técnica aberta e a laparoscópica. Em ambos os casos,
uma tela de polipropileno pode ser utilizada, o que nem sempre acontece no caso do
reparo aberto. A técnica aberta mais utilizada é a de Liechestein, mas existem outras,
como a de Bassini e McVay. Na laparoscopia, podem ser utlizadas as técnicas de
Reparo Totalmente Extraperitoneal (TEP) ou Reparo Transabdominal Pré-peritoneal
(TAPP).Conclusão Defensores da técnica laparoscópica citam diversas vantagens,
como redução da dor pós-operatória e retorno precoce às atividades normais. Entretanto,
sérias complicações são documentadas: lesões de nervos e grandes vasos, obstrução
intestinal e danos vesicais. Em relação ao reparo aberto de hérnia inguinal, alguns
estudos concluíram que houve menores índices de recorrência e a experiência do
cirurgião não era determinante nas complicações pós-operatórias.
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
PROPOSTA DE PROTOCOLO PARA CLASSIFICAÇÃO DOS HIPERTENSOS DO
PSF CAMINHO DOS DIAMANTES –GLAURA/OP- SEGUNDO O ESCORE DE
FRAMINGHAM
Ana Paula Alves Santos
Athina Hetiene de Oliveira Irineu
Eduardo Gonçalves Martins da Costa (discentes do nono período de medicina,
disciplina de Internato Supervisionado em Atenção Primaria); Leonardo Savassi,
Rodrigo Pastor (tutores) e Anderson Melo Queiroz (preceptor).
Introdução: Protocolos são as rotinas dos cuidados e das ações de gestão de um
determinado serviço, equipe ou departamento, elaboradas a partir do conhecimento
científico atual, respaldados em evidências científicas, por profissionais experientes e
especialistas em uma área e que servem para orientar fluxos, condutas e procedimentos
clínicos dos trabalhadores dos serviços de saúde. Os protocolos são instrumentos
importantes para o enfrentamento de problemas na assistência e gestão dos serviços.
Eles seguem as diretrizes do SUS e são estratégias fundamentais no processo de
planejamento, implementação e avaliação de ações. Os protocolos podem ser clínicos
e/ou de organização dos serviços de saúde.
Objetivos: A disciplina de Atenção Primária à Saúde teve como um de seus objetivos a
elaboração de um protocolo, pelos discentes do nono período de medicina da
Universidade Federal de Ouro Preto, que suprisse uma demanda específica do serviço
de saúde por eles detectada. Dessa forma, os alunos consideraram relevante a
elaboração de um protocolo que sistematizasse a coleta dos dados dos hipertensos
atendidos pelo PSF Caminho dos Diamantes, localizado no distrito de Glaura, em Ouro
Preto, Minas Gerais, e que permitisse, futuramente, a classificação deles pelo escore de
Framingham.
Metodologia: Inicialmente foram digitalizados no programa Microsoft Excel os dados
dos prontuários dos hipertensos de Glaura, totalizando 108 pacientes. A partir disso,
verificou-se que apenas 8 (7,4%) dos pacientes apresentavam em seus prontuários os
dados suficientes para serem classificados. Confirmado o problema organizacional, a
caracterização do problema e o plano de intervenção, foi proposto o protocolo de
organização dos serviços de saúde baseado em problemas usando como modelo os
Protocolos de Cuidado à Saúde e de Organização do Serviço elaborado pelo Núcleo de
Educação em Saúde Coletiva da UFMG.
Resultados: Foi organizada uma folha de rosto cujo conteúdo era composto por um
cabeçalho com dados de identificação do paciente; uma tabela para relato de problemas
crônicos, eventos cardiovasculares relacionados e medicamentos em uso; e uma
segunda tabela para apontamento dos resultados de exames solicitados de colesterol
total, HDL e LDL, bem como medida de Pressão Arterial à consulta e registro de
informações como tabagismo, presença de diabete melito e total de pontos para
classificação de Framingham. Realizou-se ainda, através de reunião com a equipe de
saúde, a divisão de funções quanto às atividades organizacionais planejadas pelos
alunos.
Principais Recomendações: A principal proposta é de que a folha de rosto seja
anexada ao prontuário de cada paciente hipertenso para que a equipe tenha maior
acessibilidade aos dados e, assim, mantenha atualizada a classificação dos mesmos para
que sejam acompanhados adequadamente. Além disso, uma vez que os dados de cada
hipertenso já estão digitalizados, a equipe de saúde poderá utilizar esse banco de dados
para atualizar de forma mais eficiente os dados e, consequentemente, automatizar a
classificação. Dessa forma, não apenas se cumpriria o proposto pelo Ministério da
Saúde como também se permitiria a elaboração de estratégias mais específicas para
melhorar a qualidade de vida da população atendida.
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
VIGILÂNCIA EM SAÚDE: CUIDADO INTEGRAL DA CRIANÇA QUE CONVIVE
COM DEPENDENTES QUÍMICOS
Orientadora: Palmira Bonolo
Ana Carolina Santana e Silva
Ana Yin Yin Mao
Felipe Moreira Dias
Fernanda Valério Henriques
Gustavo de Freitas Flausino
Janaissa Mara Neto Diniz Ribeiro
Laissa Reis PaixãO
Maria Eugênia Silveira
Robert Eduardo Emídio
Rosana Aparecida Rodrigues Cardoso
Introdução. A vigilância da saúde utiliza como paradigma explicativo a determinação
social do processo saúde-doença, reconhecendo a importância das condições de vida
sobre as condições de saúde da população, indo buscar na promoção estratégias de
intervenção na realidade. O Programa Saúde da Família foi uma tentativa de reorganizar
a atenção básica no país, que instituiu a Visita Domiciliar, como instrumento diferencial
da atuação do Médico de Família. Para estabelecer prioridades na visita, elaborou-se
escala de risco familiar baseada na Ficha A do SIAB que objetiva em apresentar os
dados fundamentais para se estabelecer um corte dinâmico da família que se pretende
abordar. Para análise das relações pessoais e familiares, o método do genograma tem
sido utilizado, pois permite a visualização rápida e clara dos constituintes familiares
assim como a ocorrência de relacionamentos próximos, conflituosos ou rompidos entre
eles. O ecomapa é a representação gráfica das ligações de uma família às pessoas e
estruturas sociais do meio em que habita que avalia a força, o impacto e a qualidade
dessas ligações. Objetivos. Operacionalização do conceito de risco; Intervenção sobre
problemas de saúde; articulação entre as ações de promoção, prevenção, recuperação e
reabilitação. Métodos. O trabalho foi realizado através da disciplina Vigilância em
Saúde do 7º período do curso de Medicina da UFOP. A partir de consultas realizadas
pelos alunos no ESF Flor de Liz, no bairro Padre Faria, em Ouro Preto, Minas Gerais,
foi selecionada a família que apresentava uma maior vulnerabilidade. Foram realizadas
visitas domiciliares para classificação do risco baseada na Ficha A do SIAB, realização
de genograma e ecomapa e intervenção familiar. Resultados. Criança atendida pela
clínica pediátrica apresentava histórico familiar de etilismo crônico. Crianças que
convivem com pais etilistas crônicos são mais vulneráveis para comportamentos
violentos, acidentes, depressão, suicídio, desordens alimentares, dependência química e
gravidez na adolescência. A família foi orientada quanto ao cuidado da criança e a
organização da sua família. Recomendou-se terapia familiar e auxílio escolar
específicos para a criança. Ao final da intervenção, a avó relata uma melhor interação
social da criança após início de acompanhamento psicológico, e retorno positivo da
escola. O pai de criança ainda não procurou ajuda para tratar de sua dependência, mas
trata o filho de maneira mais dócil, sem ofendê-lo. Conclusões. O tratamento e a
prevenção desses transtornos têm impacto concreto no futuro das crianças que convive
com etilismo familiar, favorecendo a diminuição da criminalidade, do abuso de
substâncias, do abandono escolar, do desenvolvimento de transtorno de personalidade e
dos transtornos mentais na vida adulta, além de propiciar que ela se desenvolva com
maior capacidade de autonomia.
Palavras chave: Vigilância em saúde, vulnerabilidade, criança
Referências:
• COELHO, Flávio Lucio G; SAVASSI, Leonardo CM. Aplicação de Escala de
Risco Familiar como instrumento de priorização das Visitas Domiciliares.
Revista Brasileira de Medicina de família e Comunidade- vol. 1, n. 2 (2004)
• MILLER, W.R., ROLLNICK,S. Entrevista Motivacional. Editora ArtMed,
2001. Porto Alegre.