CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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Índice
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1.1. Economia Mundial 9
1.2. Economia Portuguesa 13
1.3. Mercado Bancário 17
1.3.1. Evolução do Mercado Nacional de Depósitos 17
1.3.2. Evolução do Mercado Nacional de Crédito 18
1.4. Mercados Financeiros 21
1.5. Principais Riscos e Incertezas para 2017 25
27
2.1. Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA 29
2.2. Outros Factos Relevantes 37
41
3.1. Aspetos Mais Relevantes 45
3.2. Apresentação da CCAM 47
3.2.1. Estrutura de capital 47
3.2.2. Marcos históricos 47
3.2.3. Rede de distribuição 49
3.2.4. Recursos humanos 51
4. ESTRATÉGIA E ÁREA DE NEGÓCIO 53
4.1 Objetivos Estratégicos 55
4.2 Resultados 57
4.2.1. Resultados 57
4.2.2. Margem financeira 59
4.2.3. Produto bancário 60
4.2.4. Custos operacionais 61
4.2.5. Resultado operacional 62
4.2.6. Resultado antes de imposto 62
4.2.7. Resultado líquido 62
4.3. Balanço 64
4.3.1. Crédito concedido 69
4.3.2. Crédito vencido 70
4.3.3. Captação de recursos 72
4.4. Área Social 73
4.5. Principais Indicadores 74
4.5.1 Rácios 74
4.5.1.1. Rácios normativos da Caixa Central 74
4.5.1.2. Rácios de estrutura 79
4.5.1.3. Rácios prudenciais 81
4.5.2. Capitais Próprios 83
85
91
6.1. Conclusão 93
6.2. Considerações Finais 95
97
101
109
10. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 159
11. PARECER DO CONSELHO FISCAL 167
12. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO 171
1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO
2. GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA
0. ÍNDICE
3. A REALIDADE DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L.
9. ANEXO ÀS CONTAS
5. RISCOS E VULNERABILIDADES EM 2016
6. CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES GERAIS
7. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
8. BALANÇO E CONTAS
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Enquadramento Económico
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1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO
1.1. ECONOMIA MUNDIAL
A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do
PIB mundial de 3,1% em 2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em 2015. A
confirmar-se esta expectativa, este será o ritmo de crescimento económico mais
fraco desde o ano da recessão mundial de 2009.
Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando
ritmos de crescimento superiores a 7,0%, tendo nos anos mais recentes (2008-2016)
apresentado um crescimento em torno dos 4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI
antecipa um crescimento no conjunto dos países emergentes de 4,2%, valor aquém
dos 4,4% registados em 2015. Parte deste abrandamento perspectivado para a
economia global em 2016 é explicado pela evolução da segunda maior economia do
mundo – a China que, com uma variação estimada de 6,7% no PIB deste ano, regista
o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%).
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
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Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países
desenvolvidos, que se estima ter sofrido uma desaceleração de 2,1%, em 2015, para
1,6%, em 2016. A quebra no desempenho dos EUA, cujo crescimento anual reduziu
de 2,6% em 2015 para 1,6% em 2016, encontra explicação na componente das
exportações (que foram prejudicadas, entre outros, pelo fortalecimento do dólar
americano) e na componente do investimento (condicionado pelo comportamento
dos preços do petróleo que durante o ano de 2016 se mantiveram baixos).
A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o
crescimento que se perspectiva é tímido e inferior ao registado em 2015 (2,0%), o
que deverá contribuir para a divergência de posições entre os responsáveis
monetários quanto ao fim dos estímulos na região da moeda única.
Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector
do turismo da França (a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro lado, o FMI
assinala que, apesar dos avanços registados na Grécia, com o PIB a progredir de -
0,2% em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da Grécia continuam “insustentáveis”
a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo, os riscos para o crescimento
económico na Zona Euro são legados da crise recente, o voto do Reino Unido para
deixar a União Europeia, potenciais disrupções ao comércio internacional e um
aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos que poderá ter
consequências negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes
relações comerciais com a Europa).
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A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano,
atingindo no final de 2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011
e que compara com os 11,0% registados no final de 2015. Não obstante a redução
do nível de desemprego nos últimos anos, esta continua ainda em níveis
historicamente elevados.
Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego
americano a situar-se nos 4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos
registados em 2007. No que toca à remuneração média por hora, esta aumentou
2,9% face a Dezembro de 2015, o que traduz o maior aumento desde 2009.
Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspectivada para 2016 foi de 0,2%,
que compara com os 0,0% registados em 2015. Esta recuperação, ainda assim para
um nível inferior ao objectivo de 2,0% definido pelo BCE, muito contribuiu a
combinação dos aumentos no preço da energia e uma modesta recuperação
económica.
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
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A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de
activos no sector público como forma de dar força à inflação através de incentivos à
economia. Mas com a subida dos preços a encaminhar-se progressivamente para um
ritmo que o BCE considera adequado para assegurar a estabilidade económica,
alguns responsáveis avaliam a hipótese de antecipar o fim do programa de
quantitative easing.
Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de 2016, principalmente na
segunda metade do ano, estimando-se que fique nos 1,3%, acima dos 0,1%
registados em 2015. Este aumento foi suportado pelo fim do ciclo de quedas nos
preços do petróleo, ditando que o sector energético deixasse de ter uma
contribuição negativa em 2016 e começasse mesmo a contribuir positivamente para
o aumento dos preços ao consumidor.
O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de
consequências potencialmente muito disruptivas.
Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no
Reino Unido, evento que poderá condicionar a situação económica e a evolução dos
mercados em função dos recuos e avanços que se venham a verificar no desenrolar
do processo negocial de saída do Reino Unido da União Europeia. Theresa May, a
chefe do governo britânico, prometeu activar o Artigo 50 antes do final de Março de
2017, pelo que esta questão será um tema importante no debate político associado
à realização de eleições em França e na Alemanha e condicionará o futuro da União
Europeia nos próximos anos.
Nos EUA, Donald Trump venceu as eleições presidenciais constituindo uma incógnita
o rumo esperado da política americana, sendo certo que o actual discurso político é
marcadamente proteccionista (limitações à livre circulação de pessoas e bens) e de
confronto com a política convencional (ruptura com o status quo).
A FED decidiu mais uma vez manter as taxas de juro de referência inalteradas, enquanto que na China, no 2º trimestre, assistiu-se a uma estabilização dos níveis de crescimento. Para os próximos trimestres, na Zona Euro, de acordo com a análise mais recente do BCE, a recuperação económica deverá prosseguir, apoiada pela (i) orientação acomodatícia da política monetária, (ii) por preços do petróleo relativamente baixos, (iii) pela melhoria das condições no mercado de trabalho, (iv) por uma ligeira menor restritividade orçamental e (v) pelos progressos registados ao nível da desalavancagem alcançados em todos os sectores económicos, factores que deverão apoiar o crescimento da procura interna.
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1.2. ECONOMIA PORTUGUESA
A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por
fragilidades ao nível das exportações, no primeiro semestre de 2016, manteve a
tendência de desaceleração iniciada no último trimestre de 2015, tendo crescido
apenas 0,9% em termos homólogos. A aceleração registada no segundo semestre de
2016, muito por conta da evolução da actividade turística e do consumo privado,
permitiu que o crescimento anual se situasse nos 1,3% em 20161, valor 3 p.p. abaixo
do crescimento registado em 2015 (1,6%).
O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de
diversos factores, de entre os quais se destacam a persistente precariedade da
situação económica em Angola (em termos homólogos, entre Janeiro e Outubro, as
exportações de bens para Angola diminuíram 41,9%), muito afectada pelo baixo
preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria ter estado temporariamente parada
no início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis diminuíssem
29,1% até Outubro).
Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações
de serviços de 9,2%.
1 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia
cresça 1,6% e 1,5%, respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e
1,4% em 2018).
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
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O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em 2015.
Por seu lado, o investimento interrompeu em 2016 uma tendência de recuperação
gradual, mas constante, iniciada no final de 2013. A formação bruta de capital fixo
registou ainda assim decréscimos homólogos sucessivamente menores nos 3
primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%).
Os factores que mais contribuíram para este cenário foram as incertezas externas
(volatilidade dos mercados no início do ano e incertezas políticas) e incertezas
internas (viabilidade da solução política e problemas na banca portuguesa) que
afastaram os investidores. Para além disso, observou-se também uma descida do
investimento público para níveis historicamente baixos (até Setembro registou-se
uma quebra de 27,6% na formação bruta de capital fixo por parte das
administrações públicas).
No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016
em que a taxa de desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres
de 2016 mostraram uma tendência de melhoria, com a taxa a descer para os 10,5%
entre Julho e Setembro, o valor mais baixo desde o final de 2009, o que permitiu
fechar o ano com uma taxa de desemprego de 11,0%.
Indicadores macroeconómicos (2014-2016)2014 2015 2016
Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0
EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97 -10,22 -3,18
Preço do Petróleo (%) tav -41,0 -27,6 57,0
Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3
Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1
Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0
Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5 -1,7
Exportações tav 3,4 6,1 3,7
Importações tav 6,2 8,2 3,5
Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8
Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0
Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0
Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0
Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5
Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1
Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2
Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00
Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00 -0,30
Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20
Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76
Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017)
tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual
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Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma
manutenção do nível registado no ano anterior já que a inflação média para 2016
deverá rondar os 0,8%, ligeiramente acima dos 0,5% registados em 2015.
Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M€, o que representa um
aumento de 9,5 mil M€ face a 2015. Para o aumento de 4,1% contribuíram as
emissões líquidas de títulos, com destaque para as emissões de Tesouro de
rendimento variável (um novo instrumento que permitiu captar cerca de 3,3 mil M€
de aplicações das famílias) e para as emissões de certificados do Tesouro (que
aumentaram 3,4 mil M€). Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M€, com o
contributo do reembolso antecipado de 4,5 mil M€ concedidos pelo FMI no âmbito
do Programa de Assistência Económica e Financeira.
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha
subido para 130,2% do PIB no conjunto de 2016. Esta estimativa, a confirmar-se,
significa um decréscimo face ao valor registado no final do terceiro trimestre de
2016, de 133,4% do PIB, mas significa igualmente um aumento em relação a 2015 e
um desvio face ao previsto para o final do ano pelo Ministério das Finanças no
âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá
contribuído o acréscimo de depósitos da administração central de 13,3 mil M€ no
final de 2015 para 17,3 mil M€, quando se encontrava prevista no OE2017 uma
estabilização.
Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017
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A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da
administração central) poderá atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que
representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a 2015. A Comissão Europeia, nas
previsões económicas de Inverno, estima que a dívida pública portuguesa, na óptica
de Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em 2016.
A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o
défice orçamental português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016, ficando
abaixo da meta definida para o fim do processo de sanções (2,5%) mas ainda
revelando a fragilidade das finanças públicas nacionais. A arrecadação de receita foi
inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido parcialmente compensado
por receitas adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do Programa Especial de
Redução do Endividamento ao Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se
que, sem as medidas extraordinárias, o défice orçamental português ficaria nos 2,6%
do PIB.
O Banco de Portugal aponta para uma recuperação moderada da actividade económica ao longo do período 2016-2018. O crescimento médio anual do PIB deverá ser de 1,3% em 2016, acelerando para 1,6% em 2017 e diminuindo para 1,5% em 2018, o que implica um nível de produto em linha com o observado antes da crise financeira de 2008. Segundo as projecções do Banco de Portugal: • A procura externa deverá perder dinamismo em 2016, recuperando em 2017 e 2018
para níveis de crescimento de 4,5% e 4,7%, respectivamente;
• Deverá verificar-se a recuperação gradual da procura interna, associada à redução do nível de alavancagem do sector privado;
• O consumo privado deverá crescer 2,1% em 2016 mas contrair no restante horizonte de
projecção, estando estas variações correlacionadas com a evolução do rendimento real disponível;
• As exportações de bens e serviços deverão desacelerar em 2016, reflectindo a previsão
da evolução das exportações de combustíveis, do menor crescimento da procura externa e do impacto negativo da actividade comercial com países, como Angola e o Brasil, que se deparam com problemas económicos e financeiros. Em 2017 e 2018 as exportações deverão retomar os níveis de crescimento observados nos últimos anos;
• A incerteza que predomina na economia portuguesa deverá ter impacto na
desaceleração do investimento em 2016, mas este deverá recuperar nos anos subsequentes.
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1.3. MERCADO BANCÁRIO
O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação
significativa dos principais bancos portugueses e, em alguns casos, com mudanças na
gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: o plano
de recapitalização e a nomeação de uma nova equipa de gestão para a CGD (o banco
de capitais públicos); a entrada e reforço de um novo accionista (fundo chinês Fosun)
no BCP e o pagamento da última fatia de 700M€ do empréstimo obrigacionista de
acções convertíveis (que chegou a totalizar 3.000M€); a oferta pública de aquisição
lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre o capital do BPI que lhe permitiu
adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os anteriores
45,5%); o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo
Banco, a entrada do BES em processo de liquidação e o reforço das negociações
entre Banco de Portugal e o Fundo de Resolução e os candidatos à aquisição do
Novo Banco (ex. fundo Lone Star) para conclusão deste processo.
1.3.1. Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 – Dezembro
2016)
Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente
a Dezembro de 2016, o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016
face ao período homólogo de 2015. Para essa evolução contribuíram o acentuado
crescimento dos depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que em 2015) e um
ligeiro crescimento nos depósitos de particulares em 1,0% (-2,8 p.p. que em 2015).
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1.3.2. Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 – Dezembro
2016)
Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2%
em Dezembro de 2016 face ao registado no final de 2015. A quebra mais significativa
verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução
no crédito a particulares (-1,6%), ambos face a Dezembro de 2015.
De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e
Dez.2016, o crédito total reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais expressiva
(de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de
Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil
milhões de euros, o que explica mais de 55% da quebra registada no país.
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Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo
deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em Dezembro
de 2016 face ao período homólogo de 2015) que representa 80,8% do total do
crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares,
esse situou-se nos 3,9%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que,
ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito.
Valores em milhares de euros
Evolução do crédito total por região - Dez.2016
Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total
Aveiro 5.598 2.834 8.432 4,3% -3,9% -5,1% -4,3%
Beja 1.290 442 1.732 0,9% -2,5% -0,7% -2,0%
Braga 6.293 3.467 9.760 5,0% -2,8% -8,9% -5,1%
Bragança 903 264 1.167 0,6% -2,3% 10,9% 0,4%
Castelo Branco 1.437 404 1.841 0,9% -3,7% -1,5% -3,2%
Coimbra 3.833 1.291 5.124 2,6% -3,6% 1,2% -2,4%
Évora 1.676 897 2.573 1,3% -4,1% 26,7% 4,8%
Faro 4.661 1.747 6.408 3,3% -6,9% 1,5% -4,7%
Guarda 879 272 1.151 0,6% -2,9% -5,2% -3,4%
Leiria 4.121 2.489 6.610 3,4% -4,4% -1,5% -3,3%
Lisboa 44.162 43.090 87.252 44,9% 1,7% -5,8% -2,1%
Portalegre 869 276 1.145 0,6% -3,8% -16,1% -7,1%
Porto 17.168 12.246 29.414 15,1% -3,0% -4,1% -3,4%
Santarém 4.024 1.507 5.531 2,8% -3,7% -0,4% -2,8%
Setúbal 9.337 1.769 11.106 5,7% -2,9% -15,2% -5,1%
Viana do Castelo 1.641 488 2.129 1,1% -3,3% -24,2% -9,1%
Vila Real 1.337 346 1.683 0,9% -2,5% 4,2% -1,2%
Viseu 2.531 1.084 3.615 1,9% -1,7% 6,3% 0,5%
Reg. Autónoma Açores 2.607 796 3.403 1,8% -4,4% -31,4% -12,5%
Reg. Autónoma Madeira 2.931 1.328 4.259 2,2% -3,8% -14,4% -7,4%
Total 117.296 77.037 194.335 100% -1,6% -5,5% -3,2%
Fonte: Banco de Portugal
Crédito Peso total
%
Var. Homóloga
Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016
Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %
Habitação 94.780 -3,0% 80,8% 2,5%
Consumo 13.725 12,7% 11,7% 6,2%
Outros fins 8.792 -5,8% 7,5% 15,4%
Total 117.297 -1,6% 100% 3,9%Fonte: Banco de Portugal
19 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à
redução do crédito a empresas do sector da construção, actividades imobiliárias e
água e saneamento. Apenas nos sectores da agricultura e pescas, alojamento e
restauração, saúde e apoio social e indústrias extractivas foi possível verificar um
aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%, 1,4% e 0,8%, respectivamente).
Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que
os sectores com maior incumprimento continuam a ser o da construção, do
comércio, das actividades imobiliárias e das indústrias extractivas, que mantêm
elevada representatividade no total do crédito a empresas.
Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito
Vencido
Agricultura e Pescas 5,0% 2.294 3,0% 5,9%
Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5%
Indústrias Transformadoras -0,3% 12.844 16,7% 10,1%
Energia -8,1% 2.313 3,0% 0,7%
Água e Saneamento -12,3% 1.358 1,8% 2,0%
Construção -11,8% 11.343 14,7% 35,8%
Comércio -0,9% 12.127 15,7% 14,6%
Transporte e Armazenagem -5,3% 6.837 8,9% 7,5%
Alojamento e Restauração 2,7% 4.567 5,9% 10,4%
Actividades Imobiliárias -15,2% 9.508 12,3% 25,6%
Saúde e Apoio Social 1,4% 1.291 1,7% 4,7%
Outros -4,7% 12.298 16,0% 10,4%
Total -5,5% 77.037 100% 15,7%
Fonte: Banco de Portugal
Valores em milhões de euros
Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
20
1.4. MERCADOS FINANCEIROS
Mercados accionistas
No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco
perdeu força. O BCE reforçou a sua política monetária acomodatícia. A China
apresentou uma nova série de medidas de estímulos e controlo do valor da sua
moeda. Os EUA divulgaram dados económicos prometedores e a Reserva Federal
Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de juro. Ainda assim,
excluindo os índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais
índices accionistas registou perdas superiores a 10%, particularmente relevantes nos
mercados asiáticos. Com desvalorizações desta magnitude, este acabou por ser o
pior arranque de ano para as bolsas desde 2008.
A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino
Unido retirou um valor recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas dois
dias, levando a uma queda abrupta dos índices accionistas. Em contraposição, as
perspectivas de políticas mais expansionistas nos EUA com a vitória de Trump nas
eleições americanas, a recuperação dos preços do petróleo e uma actividade
económica resiliente levaram os índices americanos a atingirem novos máximos
históricos no final de 2016, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem
valorizações anuais de 15%, 12% e 9%, respectivamente.
0,62
0,95
1,28
1,781,66
1,87
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80
2,00
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Índices Accionistas (base 2010)
PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
21 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
Os factores que foram afectando a Europa ao longo do ano, combinados com os
dados económicos pouco surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas da
Europa a terem um desempenho mais contido. Em termos anuais o Stoxx 600
registou uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão teve uma evolução bastante positiva
(+6,87%). Os países da periferia foram os mais vulneráveis aos desenvolvimentos na
Europa, com o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem perdas de 11,9% e
10,2%, respectivamente. Em Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%).
Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência
Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro
ano consecutivo, algo que não acontecia desde finais de 2001. Num período
marcado pela disparidade entre as políticas monetárias do BCE e da FED, o Euro
recuou 2,9% para os 1,0539 USD no final do ano, tendo chegado a negociar em
mínimos de Dezembro de 2002.
O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido um
dos piores desempenhos em 2016, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num
contexto de elevada incerteza, o Iene continuou a representar o seu papel de moeda
refúgio e, em 2016, o USD perdeu terreno face ao Iene, caindo 2,97% e com cada
USD a valer 116,96 Ienes no final do ano.
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
22
Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de
referência das principais moedas mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em
Dezembro, valor que não era registado desde final de 2002 (dando a 2016 a
denominação de “o ano da nota verde”).
No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo
o ano a progressiva descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um
mês estava a -0,368% e a Euribor a 1 ano apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA,
as taxas LIBOR do USD até um ano acabaram por subir ao longo do ano, tendo
apresentado o valor de 1,686% no final do ano de 2016.
Matérias-primas
Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista
(“spot”) nos mercados das matérias-primas (commodities) que reacenderam o
interesse dos investidores. O ouro, em particular, liderou o caminho, a ganhar quase
20% nos primeiros 6 meses do ano. Os preços do petróleo subiram de US$39 por
barril no final de Março para quase US$50 por barril no final de Junho. Os produtos
agrícolas, como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também apresentaram ganhos
no segundo trimestre.
-0,32
0,00
0,75
0,25
-0,6
-0,4
-0,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxas de referência nos Mercados Monetários
Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
23 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços
das matérias primas. O Brexit enviou ondas de choque para todos os mercados do
mundo, tendo os investidores convergido para o ouro, como activo de refúgio, o que
permitiu uma valorização de 8,2% nas semanas seguintes à votação. Após as eleições
presidenciais americanas o ouro acabou por perder parte do seu valor, tendo
encerrado o ano a valorizar 9,33% em 2016.
No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a
partir de Janeiro de 2017, conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O Brent
do Mar do Norte registou um ganho de 52% nos 12 meses do ano, fechando com
uma cotação de US$56,82 por barril. Já o West Texas Intermediate observou um
rendimento anual de 45%, encerrando o ano a US$53,72 por barril.
Mercado obrigacionista
A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa
da dívida soberana a dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida
do prémio de risco foi ainda mais acentuada, exigindo o mercado um prémio de 356
pontos base face à dívida alemã, referência na Zona Euro.
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
24
As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a
primeira desde a crise da dívida em 2011. No prazo de 10 anos a dívida soberana
italiana subiu de 1,592% no início do ano para os 1,812% no final do ano (+ 22
pontos base), ao contrário da dívida espanhola que, para a mesma maturidade,
registou uma descida de 1,766% no início do ano para os 1,380% no final do ano (-
38,6 p.b.).
A dívida alemã foi um dos activos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma
maturidade a 10 anos, os títulos começaram o ano com uma yield de 0,629% e
acabaram o ano com uma yield de 0,208%, registando uma variação de -42,1 pontos
base. A meio do ano, o rendimento da dívida alemã entrou mesmo em terreno
negativo, chegando a yield a 10 anos a atingir o valor de -0,190%. Do outro lado do
Atlântico, nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana americana a 10 anos
iniciou o ano com uma yield de 2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3
pontos base).
1.5. PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2017
A evolução das economias europeias e a instabilidade política e económica, fruto das futuras eleições em França e na Holanda e da implementação do Brexit, constituem os grandes focos de preocupação para 2017. A eleição de governos extremistas e antieuropeístas nos países referidos juntamente com a concretização da saída do Reino Unido da União Europeia podem significar, segundo analistas internacionais, o fim da União Europeia, com riscos incalculáveis nas economias dos países que dela fazem parte.
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
25 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
A este factor externo, junta-se outro relacionado com a eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA, que criou uma tensão internacional e instabilidade geopolítica que poderá trazer maior incerteza quanto à evolução económica mundial para os próximos anos. O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências
impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central
Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP).
No início de 2017, o Banco de Portugal apontou quatro grandes desafios com que o sistema
bancário nacional se defronta actualmente, são eles:
i. melhorar de forma sustentada a sua rendibilidade;
ii. adaptar-se às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância;
iii. introduzir alterações no modelo de governo e na cultura organizacional que
permitam recuperar a confiança dos stakeholders; e
iv. investir em inovação em termos operacionais e ao nível da prestação de serviços aos
clientes.
No imediato, o reforço da rendibilidade dos bancos é o desafio primordial para gerar capital
interno e para atrair capital externo e, desse modo, criar as condições que permitam pôr em
prática estratégias de:
i. redução do peso dos activos improdutivos (crédito e imóveis) nos balanços;
ii. reavaliação dos modelos de negócio com vista a torná-los mais eficientes
(eliminação do “overbanking”) e ajustados ao novo paradigma de banca digital; e
iii. mudança cultural e de comportamentos com vista a recuperar a confiança e a
estabilidade de todos os stakeholders.
Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as
sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas
autoridades reguladoras do mercado de capitais e das actividades de investimento (e.g.
ESMA2, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em
implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola.
2 European Securities and Markets Authority
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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27 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
02
Grupo Crédito Agrícola
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2. GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA
2.1. Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM) Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas
Associadas), referentes ao exercício de 2016, constituem valores provisórios e não
auditados.
Balanço
Em milhares de euros
Abs. %
Activo
Disponibilidades 421.057 415.824 -5.233 -1,2%
Aplicações em Instituições de Crédito 94.827 6.035 -88.792 -93,6%
Crédito a Clientes (líquido) 7.577.775 7.997.636 419.860 5,5%
Crédito a Clientes (bruto) 8.429.644 8.713.284 283.640 3,4%
Provisões / Imparidades Acumuladas 851.869 715.648 -136.221 -16,0%
Aplicações em Títulos (líquido) 3.729.604 5.311.976 1.582.371 42,4%
Activos não correntes detidos para venda 445.441 395.045 -50.396 -11,3%
Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 330.958 320.780 -10.178 -3,1%
Outros Activos 460.129 433.319 -26.810 -5,8%
Total Activo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%
Passivo
Recursos de bancos centrais e OIC 625.817 1.578.903 953.086 152,3%
Recursos de Clientes 10.969.821 11.770.738 800.917 7,3%
Passivos Subordinados 120.409 116.534 -3.876 -3,2%
Outros Passivos 171.118 187.064 15.946 9,3%
Total Passivo 11.887.166 13.653.239 1.766.073 14,9%
Capitais Próprios 1.172.626 1.227.375 54.749 4,7%
Total do Capital Próprio + Passivo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%
2015 2016Variação
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
30
Após 2 anos de recuperação económica moderada em Portugal, o ano de 2016 veio
abrandar ligeiramente a trajectória iniciada em 2014 com o Banco de Portugal, no
Boletim Económico de Dezembro, a apontar para um crescimento do PIB de 1,2%3,
valor aquém dos 1,6% registados em 2015. A ausência de convergência real face à
área do euro vem reflectindo a persistência de constrangimentos estruturais ao
crescimento da economia portuguesa, no qual assumem uma relevância especial os
elevados níveis de endividamento dos sectores público e privado, uma evolução
demográfica desfavorável e a persistência de ineficiências nos mercados do trabalho
e do produto que requerem a continuação do processo de reformas estruturais. O
forte dinamismo do consumo registado nos últimos anos esteve associado à despesa
em bens duradouros, resultante em parte da concretização de decisões adiadas
durante a recessão de 2011-2013. Apesar do aumento da procura interna em 2016,
assistiu-se à redução do nível de alavancagem da economia (famílias, SNF4 e sector
público) e à redução homóloga do crédito concedido (-2,7%).
3 Para 2017 e 2018, prevê-se um crescimento de 1,4% e 1,5%, respectivamente. Fonte: Boletim Económico do
Banco de Portugal (Dez.2016).
4 Sociedades não financeiras.
Demonstração de Resultados
Em milhares de euros
Abs. %
Juros e rendimentos similares 400.181 396.270 -3.912 -1,0%
Juros e encargos similares 155.052 120.256 -34.795 -22,4%
Margem Financeira 245.129 276.013 30.884 12,6%
Comissões líquidas 130.193 138.192 7.999 6,1%
Result. de operações financeiras 98.912 38.561 -60.351 -61,0%
Outros resultados de exploração (*) 28.523 21.766 -6.756 -23,7%
Produto Bancário 502.756 474.532 -28.225 -5,6%
Custos de Estrutura 300.838 313.331 12.493 4,2%
Custos de pessoal 166.516 175.410 8.895 5,3%
Gastos gerais administrativos 121.152 124.682 3.530 2,9%
Amortizações 13.170 13.238 68 0,5%
Provisões e imparidades 126.902 56.123 -70.778 -55,8%
Resultado antes de impostos 75.017 105.078 30.060 40,1%
Impostos, após correc. e diferidos 18.706 33.020 14.314 76,5%
Resultado Líquido 56.311 72.057 15.746 28,0%
Variação2015 2016
(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros activos e
outros resultados de exploração.
31 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
Em 2016, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do
negócio bancário (SICAM) de cerca de 72,1 milhões de euros que representa um
aumento de 16 milhões de euros face aos 56,3 milhões de euros alcançados em
2015.
Apesar do resultado líquido do SICAM em 2016 ser significativamente superior ao do
ano anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 5,6%.
Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos
financeiros disponíveis para venda (-61,0%) e foi parcialmente compensada através
do aumento da margem financeira e das comissões líquidas em 12,6% e 6,1%,
respectivamente.
1,5
24,5
56,3
72,1
2013 2014 2015 2016
Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)
Valores em milhões de euros
31-mar-16 30-jun-16 30-set-16 31-dez-16
Caixas Associadas 25,5 36,2 56,1 80,6
Caixa Central 5,3 -13,8 -13,7 -9,3
SICAM (Consolidado) 30,9 22,9 42,8 72,1
Evolução do Resultado Líquido
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Margem Financeira 248 245 276 31 12,6%
Margem Complementar, da qual: 306 258 199 -59 -22,9%
Comissões líquidas 129 130 138 8 6,1%
Resultado de operações financeiras 171 98,9 38,6 -60 -61,0%
Outros resultados de exploração 7 29 22 -7 -23,7%
Produto Bancário 554 503 475 -28 -5,6%
Decomposição do Produto Bancário - SICAM
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
32
A margem financeira do SICAM aumentou de 12,6%, passando de 245 milhões de
euros em 2015 para 276 milhões de euros em 2016, e esta variação positiva resultou
do efeito da redução das taxas de remuneração (dos novos depósitos e das
renovações) ainda que aplicado a um volume de depósitos superior ao registado no
período homólogo.
É ainda de realçar que a Caixa Central em 2016 efectuou um esforço de redução
remuneração dos recursos das Caixas Associadas com vista a reduzir a pressão sobre
a margem financeira da Caixa Central, ainda assim acima dos níveis praticados no
mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações têm
vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado. De
qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se
mantenha em 2017, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as
Caixas Associadas.
33 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 4,2% (12,4
milhões de euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o
pessoal em 8,9 milhões de euros (+5,3%) e dos gastos gerais administrativos em 3,5
milhões de euros (+2,9%).
Numa análise à variação homóloga com referência aos 12 meses de 2016, verifica-se:
i. no agregado das 82 Caixas Associadas, um agravamento de 5,9% nos custos
com pessoal (de 140,7 milhões de euros para 149,0 milhões de euros),
explicado pela entrada em vigor dos novos mandatos (2016-2018) e da
associada promoção de quadros qualificados a titulares de funções em órgão
sociais e de fiscalização, e de 1,6% nos gastos gerais administrativos (de 103,6
milhões de euros para 105,3 milhões de euros); e
ii. na Caixa Central, um agravamento de 0,1% nos custos com pessoal (de 25,8
milhões de euros para 25,8 milhões de euros) e de 11,0% nos gastos gerais
administrativos (de 19,0 milhões de euros para 21,1 milhões de euros).
Valores em milhões de euros
Margem
Financeira
Comissões
Líquidas
Res. Op.
Financeiras
Margem
Complementar
Produto
Bancário
Caixas Associadas 256 117 0 138 394
Caixa Central 20 21 35 37 78
SICAM (Consolidado) 276 138 39 199 475
Produto Bancário - SICAM
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Custos de Estrutura 300 301 313 12 4,2%
Custos de Pessoal 165 167 175 9 5,3%
Gastos Gerais Administativos 121 121 125 4 2,9%
Amortizações 14 13 13 0 0,5%
Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
34
Numa análise mais detalhada, é possível verificar que as rubricas que mais
contribuíram para o agravamento dos custos com pessoal nas Caixas Associadas, no
valor de 8,3 milhões de euros, respeitam ao fundo de pensões (+4,0 milhões de
euros), às remunerações com os órgãos sociais de gestão e de fiscalização (+3,0
milhões de euros) e encargos associados. Na Caixa Central, os gastos com pessoal
mantiveram-se em linha com o período homólogo, ainda que se tenha registado um
agravamento na rubrica de indemnizações contratuais.
As rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos gastos gerais
administrativos foram:
- na Caixa Central, o acréscimo de 2,1 milhões de euros respeita
essencialmente aos serviços da SIBS (ex. cartões), aos custos judiciais, de
contencioso e de notariado, às avenças e honorários (ex. recuperação de crédito,
alienação de créditos não produtivos) e aos custos com formação; e
- nas Caixas Associadas, o acréscimo de 1,7 milhões de euros respeita
essencialmente à publicidade, aos serviços de auditoria, aos serviços da SIBS (ex.
meios de pagamento e outros serviços), às comunicações obrigatórias para clientes
(expedição) e aos seguros (ex. imóveis em dação).
O crédito a clientes aumentou 3,4% com o crédito a empresas e administração
pública a crescer 5,0% e o crédito a particulares a crescer 1,4% face a 2015.
A carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola regista, desde 2014, uma assinalável
melhoria ao nível do seu perfil de risco, em particular no segundo semestre de 2016,
ao verificar uma redução muito significativa do crédito vencido em cerca de 121
milhões de euros (o que representa um decréscimo de cerca de 18%) relativamente
ao final de 2015, com o segmento da habitação e o crédito empresarial a serem os
principais responsáveis pelo desagravamento dos níveis de sinistralidade da carteira,
tendo para tal contribuído uma actuação ainda mais eficaz na abordagem do Grupo
CA às actividades de acompanhamento e recuperação de crédito e nos
procedimentos de abate ao activo (write-offs).
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Crédito bruto 8.147 8.430 8.713 284 3,4%
Provisões / Imparidades 838 852 716 -136 -16,0%
Crédito líquido 7.310 7.578 7.998 420 5,5%
Evolução do Crédito a Clientes
35 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
Em 2016 verificou-se uma substancial redução das necessidades de provisionamento
/ reforço das imparidades da carteira de crédito. Em relação ao rácio de cobertura
do crédito vencido registou-se um aumento, passando de 128% em 2015 para 131%
em 2016, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que
respeita a esta matéria.
Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 13,9% no activo
total do SICAM que passou de 13.060 milhões de euros em 2015 para 14.881
milhões de euros em 2016, contribuindo para este crescimento do activo líquido o
aumento do crédito a clientes de 3,4% (284 milhões de euros) e o aumento das
aplicações em títulos (+1,6 mil milhões de euros).
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Crédito total sobre clientes 8.147 8.430 8.713 284 3,4%
Crédito e juros vencidos (total) 672 668 547 -121 -18,1%
Crédito e juros vencidos < 90d 28 18 14 -4 -21,9%
Crédito e juros vencidos > 90d 644 650 533 -117 -18,0%
Rácio de CV > 90d 8,0% 7,8% 6,2% -1,6 p.p. n.a.
Evolução do Rácio de Crédito Vencido
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Correcção de valor em crédito de clientes 160 82 -8 -89 -109,3%
Imparidade de outros activos 40 45 64 19 41,5%
Provisões e imparidades do exercício 201 127 56 -71 -55,8%
Provisões e imparidades (stock) 838 852 716 -136 -16,0%
Rácio de cobertura do crédito vencido 125% 128% 131% 3,30 p.p. -
Evolução das Provisões/Imparidades
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
36
O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,8 mil milhões de euros, por conta do
aumento de recursos em bancos centrais (953 milhões de euros, i.e. +152%) e por
via de aumento de recursos de clientes (801 milhões de euros, i.e. +7,3%).
Salienta-se a evolução negativa do rácio de transformação que, em 2016 face a 2015,
registou um decréscimo de 1,1 p.p. (de 69,1% para 67,9%). Este nível de
transformação fica muito aquém da média do sistema bancário e dos limites
regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o Crédito
Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.
Valores em milhões de euros
Activo PassivoCapitais
Próprios
Caixas Associadas 13.837 12.539 1.297
Caixa Central 7.964 7.735 229
SICAM (Consolidado) 14.881 13.653 1.227
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Crédito a Cl ientes (l íquido) 7.310 7.578 7.998 420 5,5%
Recursos de Clientes 10.620 10.970 11.771 801 7,3%
Rácio de Transformação 68,8% 69,1% 67,9% -1,1 p.p. -
Evolução do crédito e recursos de clientes
37 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
2.2. Outros Factos Relevantes
O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e
de confiança; os prémios obtidos, no ano 2016, enquanto “Melhor Banco no Serviço
de Atendimento ao Cliente” e “O Banco Mais Recomendado e com os Clientes Mais
Satisfeitos”; e o facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas
no sistema bancário5, permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em
2016.
Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às
Seguradoras e à Gestora de Activos do Grupo. Pelo sexto ano consecutivo, a CA
Seguros foi reconhecida como “A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de
dimensão”6. Por seu lado, a CA Vida foi premiada como “A Melhor Grande
Seguradora do Ramo Vida”7. A CA Vida ainda os rankings de Lealdade do Cliente e de
Imagem, duas classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do
ECSI Portugal 2016.
O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de
empresas, donde se destacam:
• O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 3ª
edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o
posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido
empresarial português;
• O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do
sector hortofrutícola;
• A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME
Excelência em 2015, realizada pelo terceiro ano consecutivo, num evento que
sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a
competitividade e crescimento da economia portuguesa;
• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo terceiro ano
consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de
Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões
vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na
Estufa-Fria, em Lisboa.
5 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2016), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 2 reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema atingiu as 11.
6 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.
7 Estudo elaborado pela EY e a Ignios e divulgado na Star Company, uma edição especial do jornal Dinheiro Vivo, distribuída com o
Diário de Notícias e o Jornal de Notícias.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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Inauguração da 1ª Agência na Madeira
No âmbito da sua estratégia de cobertura total do território nacional, foi inaugurada
uma agência no Funchal, dando início à actividade de retalho na Região Autónoma
da Madeira pelo Crédito Agrícola.
A cerimónia de inauguração da Agência,
realizada em Outubro de 2016, contou com a
presença de diversas entidades locais, entre
elas o Presidente do Governo Regional da
Madeira, Miguel Albuquerque.
Dada a importância que a nova Agência
representa para o Grupo CA, foi desenvolvida
uma Campanha Publicitária com o claim
“Nunca Estivemos Tão Próximos”. A
campanha presente em TV, Rádio, Imprensa
e Mupis da Região, revelava Sílvia Alberto a retirar o Canotier, num gesto de
cumprimento à chegada à Madeira.
No domínio da gestão de activos, o Crédito
Agrícola conseguiu obter a melhor
rendibilidade em três dos seus Fundos de
Investimento Mobiliários nas respectivas
categorias, um deles pelo oitavo ano
consecutivo segundo rendibilidades
divulgadas pela Associação Portuguesa de
Fundos de Investimento, Pensões e
Património. O CA Monetário, Fundo de
Investimento Mobiliário Aberto do Mercado
Monetário, com um nível de risco um
(numa escala de um a sete) e uma rendibilidade de 0,10% em 2016, consegue, pelo
oitavo ano consecutivo, o primeiro lugar na categoria Fundos do Mercado Monetário
Euro. O CA Rendimento, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações,
com um nível de risco dois e uma rendibilidade de 2,25% em 2016, foi o vencedor da
categoria Fundos do Obrigações de Taxa Indexada Euro pelo quarto ano consecutivo.
Em 2016, pela primeira vez, o CA Alternativo, Fundo de Investimento Alternativo
Aberto Flexível, foi o vencedor da categoria Fundos Alternativos Flexíveis, ISRR 3.
Trata-se de um fundo de investimento com um nível de risco de três e uma
rendibilidade de 4,20% em 2016.
39 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
O serviço Balcão 24 (B24) terminou o ano 2016 com 258 serviços em funcionamento,
representando um crescimento homólogo de 4% nos serviços inicializados. O
número de transacções nos B24 registou um crescimento de 7% face ao período
homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-se acima dos
37% (mais 3,41 p.p. face a 2015). A evolução semestral do volume de transacções –
operações e consultas – realizadas no serviço B24, registou em 2016, um
crescimento de 8% e 6% respectivamente, em comparação com iguais períodos de
2015.
No ano 2016, o parque de ATM do Crédito Agrícola registou um aumento de 2%,
passando de 1.497 para 1.520 (valores em final de período). Esta situação permitiu
reforçar a quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS em 0,45 p.p.. No que se
refere ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma
subida de 6%, registando-se mais de 86 milhões de transacções.
Em 2016, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 11%, totalizando os 20.749
TPA activos. O número de transacções subiu 18% face a 2015, tendo-se registado
cerca de 44 milhões de transacções.
Em termos homólogos, em 2016, verificou-se um aumento da carteira de cartões de
pagamento a débito do Crédito Agrícola de 4,4% e uma redução da carteira de
cartões de pagamento a crédito do Crédito Agrícola de 7,5%. Esta evolução originou
um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,6 p.p. nos cartões de
débito e uma perda de 0,3 p.p. nos cartões crédito.
No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM, estabeleceram-se
protocolos e parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados
acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades privadas e
institucionais, entre as quais se destacam:
• ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito;
• ENERGIE – Energia solar termodinâmica;
• CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas;
• ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel;
• Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento
Local;
• ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos;
• AGROPORTAL – a porta do mundo rural; e
• Telemédia – Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos
de Associado.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
40
No ano de 2016 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas,
com o objectivo de contribuir para um crescente envolvimento de todos os
colaboradores com funções comerciais na comercialização de produtos estratégicos
e dirigidos aos segmentos alvo.
Com a utilização das redes sociais “facebook” e “instagram” o Crédito Agrícola tem
vindo a reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo atingido
cerca de 90.000 fãs no facebook no final de 2016.
Decorridos 7 anos de transmissão do programa de
actualidade financeira, constatámos que este
patrocínio permitiu impactar mais de 1.300.000
telespectadores por ano, alavancando assim a
notoriedade da marca CA.
Em 2016 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade
estratégica de patrocínios a alguns desportistas,
modalidades e eventos, como sejam:
• Teresa Almeida, Campeã do Mundo de
Bodyboard em 2014;
• Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da
classe “Maratona” no Rali Dakar 2016, em
motociclismo;
• João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na
Categoria I;
• Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para
o Ciclista Pedro Lopes por ter alcançado o
título de Campeão Nacional de Contra-relógio,
na categoria de cadetes;
• 34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta.
A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos,
entre os quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector
Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction.
41 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
03
A Realidade da CCAM de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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43 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
3. A REALIDADE DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, C.R.L. Grandes desafios marcaram a evolução e o desempenho do setor financeiro e,
particularmente, das instituições bancárias, para os quais a Caixa procurou as melhores
respostas, através da readaptação da sua estrutura funcional e organizacional a um novo
paradigma bancário e às novas exigências das autoridades de supervisão, em termos
prudenciais e comportamentais.
Enquanto o sector financeiro viveu grandes transformações , colocando a questão de qual
banca para o futuro, o Crédito Agrícola redefiniu a sua estratégia corporativa, tendo tido
como objetivo o apoio ao desenvolvimento das economias locais, com enfoque no sector
primário e transformador, reforçando o desempenho comercial e ganhando a confiança dos
clientes.
O Ano 2016 foi um exercício com importantes resultados tanto para o Crédito Agrícola como
para a Caixa, no que concerne ao reforço da situação patrimonial da instituição.
Os resultados positivos alcançados nos dois últimos exercícios, permitiram um reforço dos
Capitais Próprios e também da posição de liquidez da Caixa.
O ano de 2016 foi mais um ano de consolidação da situação financeira da Caixa. A Caixa
apresenta resultados positivos de 711.165 euros, sendo o segundo ano consecutivo de
lucros. No entanto verificou-se um redução da Margem Financeira de -173.762 euros e um
aumento dos Custos Operacionas de 17.463 euros.
A nível do SICAM, a Caixa apresenta resultados positivos, que reflectem a pujança
económica da instituição, numa conjuntura ainda dificil, verificando-se no exercício de 2016
um incremento no resultado de mais 3% em relação ao ano transacto. Esta evolução resulta
de um modelo de crescimento orgânico centrado nos ganhos da actividade corrente
derivados da recuperação de crédito e numa prudente gestão de risco.
A situação económica, continua ainda muito dependente da actividade creditícia,
nomeadamente da recuperação de crédito, no que concerne ao impacto positivo nos
resultados, através do reconhecimento da reversão de imparidades de crédito
A Caixa adotou um modelo de negócio centrado no cliente, com uma diversificação
equilibrada entre segmentos de mercado, e está organizada através de um modelo de
delegações com objectivos autónomos, monitorizados centralmente.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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Continuamos a demonstrar a sustentabilidade do nosso modelo de negócio, com a
modernização da Caixa e o seu crescimento a beneficiarem da estratégia adotada nos
últimos anos. Estamos a trabalhar para tornar a instituição mais eficiente e com um modelo
de negócio crescente em termos de oferta digital. Temos vindo a rejuvenescer a nossa base
de clientes, apoiar as PME e ser parceiro de referência dos empresários locais.
Fomos ambiciosos na concretização dos objectivos de 2016, reforçamos a contenção de
custos, o controlo do risco e o reforço dos capitais próprios, sinónimo de uma ambição de
crescimento, que permitiu o reforço da situação financeira e consequentemente o
cumprimento dos rácios impostos pela autoridade de supervisão.
Em finais de 2016, a conjuntura continua ainda a apresentar desafios que extravasam em
muito a esfera financeira, exigindo o reforço de compromissos e a afirmação de valores e
princípios à escala global.
Durante o ano 2016, a Caixa concluiu a implementação do Plano de Recuperação. Este plano
teve como objectivo, para além do reforço da situação financeira, preparar a Caixa para as
alterações que se têm vindo a assitir no sistema bancário, nomeadamente no perfil dos
novos clientes bancários e nas alterações regulatórias que afetam o sistema financeiro.
No corrente exercício verificou-se uma consolidação da atividade económica, embora de
forma ténue, com impacto na melhoria das condições financeiras das famílias e das
empresas.
É perante um quadro desafiante e exigente, que as entidades regulamentares continuam a
solicitar às instituições do setor bancário esforços acrescidos ao nível da liquidez e da
constituição de almofadas de capital, previstos com a implementação de Basileia III (Capital
Requirements Directive IV – CRD IV 2013/36/UE e Capital Requirements Regulation – CRR n.º
575/2013).
Em 2016 foi alcançado um nível de rendibilidade bastante apreciável, uma significativa
recuperação face ao ano anterior que marca uma importante fase de melhoria gradual das
condições de exploração da Caixa. Esta trajetória, beneficiando de iniciativas em curso,
contribuirá positivamente para a sua solvabilidade, permitindo continuar a apoiar a
economia local.
Ao entrar no seu 90º ano de atividade, a história percorrida pela CCAM de Loures, Sintra e
Litoral, CRL, conferiu-lhe o saber e a experiência que permitiram encontrar uma vez mais as
melhores respostas a uma envolvente exigente e a uma nova etapa da sua vida histórica e
económica.
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3.1. ASPETOS MAIS RELEVANTES
Plano de recuperação Estratégia delineada pela CCAM
Em 2016 o plano de reestruturação atingiu a sua maturidade, com concretização total dos objectivos então delineados, tendo contribuido para o reforço da atividade bancária e de apoio continuado à economia local, quer no domínio das famílias, quer no das empresas. Em 2016, CCAM manteve a sua orientação estratégica para o financiamento da economia local, previligiando o setor primário e mantendo particular foco no segmento das micro e pequenas empresas (PME), especialmente as orientadas para o setor da produção no setor primário e transformação. A CCAM continua a ser o banco das famílias, promovendo a poupança e apoiando de forma consistente as respetivas decisões de investimento.
2014 2015 2016(EUROS) (EUROS) (EUROS)
Aplicações em instituições de crédito 71.442.384 86.733.567 91.654.338
Crédito sobre clientes (bruto) 77.417.212 80.765.617 89.951.057
Recursos de clientes 150.587.702 165.828.779 171.780.180
Capitais próprios 5.629.057 6.259.480 7.064.581
Ativo líquido 158.606.774 178.546.319 191.227.527
Margem financeira 2.678.612 3.296.717 3.122.955
Margem complementar 1.322.613 1.866.763 1.953.958
Custos operacionais 4.369.310 4.542.178 4.559.642
Produto bancário 4.001.225 5.163.479 5.076.913
Resultado antes de imposto -2.286.050 1.633.844 964.907
Resultado líquido de impostos -2.658.837 687.977 711.166
Número de balcões 15 15 15
Número de ATM 30 33 33
Número de balcões 24 horas 9 9 9
Número de empregados 61 61 61
BALANÇO
CONTA DE EXPLORAÇÃO
OUTROS INDICADORES
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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Evolução dos Depósitos Contributo dos depósitos de 100% para o total do financiamento Reforço do Resultado líquido Continuação da redução dos custos de provisões e imparidades Política de racionalização e aumento da eficiência operativa Reforço em linhas de crédito a empresas com maior potencial
Os depósitos de clientes tiveram uma variação positiva, tendo aumentado 3,59 % face a 2015, ascendendo a 171.780.180 euros, dos quais 69% correspondem a depósitos a prazo e de poupança. A CCAM mantém-se como uma das Caixas do Sicam com maior volume de depósitos. A CCAM em linha com o SICAM, apresenta uma estrutura de financiamento de grande robustez (única no sistema financeiro nacional) com uma contribuição do retalho de cerca de 52% do total dos recursos, dos quais 100% correspondem a depósitos de clientes (DO, DP e poupança). O resultado líquido registou um aumento de 3,37% face a 2015, com origem na recuperação de crédito, que em termos líquidos ascendeu -1.308.760 euros de provisões líquidas de reversões e anulações. A elevada maturidade dos processos judiciais, com consequente resolução de créditos vencidos, tem impactado positivamente os resultados da Caixa, no que concerne à anulação de provisões já constituídas. As provisões e imparidades do exercício, continuaram a reduzir-se , quer ao nível do crédito, quer dos outros ativos, atingindo em Dezembro de 2016, em termos líquidos -447.635,93 euros do que no final do período homólodo do ano anterior. A CCAM prosseguiu a sua política de racionalização e aumento da eficiência operativa. Incluíndo fatores de natureza extraordinária, decorrentes da reestruturação, a CCAM registou em Dezembro de 2016 um aumento de custos com pessoal de 1,57%, comparativamente ao período homologo do ano anterior A CCAM registou um resultado líquido de 711.165,74 euros em Dezembro de 2016, face a 687.977.33 euros em período homólogo de 2015. A participação crescente da CCAM no segmento das micro empresas verifica-se com particular destaque no segmento das PME do setor primário, com maior potencial de crescimento e de contributo para o tecido empresarial local.
47 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
3.2. APRESENTAÇÃO DA CCAM
3.2.1 ESTRUTURA DE CAPITAL
O capital da CCAM é detido a 100% pelos cooperadores. Em 31 de Dezembro de 2016 o
capital social totalizava 9.553.955 euros.
3.2.2 MARCOS HISTÓRICOS
1927 1983 1987 1988 1989 1990 1991
FUNDAÇÃO DA CAIXA - No dia 3 de Janeiro de 1927, na sede dos Bombeiros Voluntários de Camarate foi criada a “Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de Camarate e aprovados os seus estatutos”, em conformidade com o regulamento do crédito e das instituições sociais agrícolas, aprovado pelo decreto nº 5219 de 08 de Janeiro de 1919. No dia 27 de Janeiro de 1927, foi publicado na II Série – Número 22 do Diário do Governo, pelo Ministério da Agricultura a declaração de aprovação dos estatutos da Caixa, com sede na freguesia de Camarate, concelho de Loures. DELEGAÇÃO DE LOURES - No dia 5 de Dezembro de 1983, a Caixa de Crédito Agrícola mútuo de Camarate,C.R.S.I. abriu uma delegação na Av. Dr.António de Carvalho Figueiredo, em Loures. ALTERAÇÃO DE DENOMINAÇÃO, MUDANÇA DA SEDE - No dia 9 de Outubro de 1987, foi lavrada escritura, no cartório notarial de Loures, com a alteração: da denominação da Caixa, para Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, C.R.I. e mudança da sede para a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra 8 A , em Loures. DELEGAÇÃO DE CAMARATE - Na mesma data a sede no Largo Eng.Bandeira Vaz, 5 – 1º em Camarate, passou a ser delegação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, C.R.I. NOVO EDIFICIO SEDE – No dia 19 de Dezembro de 1987 a Caixa mudou os Serviços da sede para a Av.dos Combatentes da Grande Guerra, 8 A, em Loures, ficando a funcionar no R/C. DELEGAÇÃO DE SINTRA – No dia 14 de Outubro de 1988 foi aberto o balcão de Sintra. DELEGAÇÃO DE LOUSA – No dia 26 de Junho de 1989 foi aberto o balcão de Lousa. DELEGAÇÃO DE ALMARGEM DO BISPO – No dia 20 de Abril de 1990 foi aberto o balcão de Almargem do Bispo. DELEGAÇÃO DE S. JOÃO DAS LAMPAS – No dia 22 de Julho de 1991 foi aberto o balcão de S.João das Lampas.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
48
1993 1994 1995 2001 2002 2005 2007 2009
DELEGAÇÃO DE CANEÇAS – No dia 13 de Dezembro de 1993 foi aberto o balcão de Caneças. DELEGAÇÃO DE BUCELAS – No dia 07 de Outubro de 1994 foi aberto o balcão de Bucelas. DELEGAÇÃO DE MALVEIRA DA SERRA – No dia 03 de Janeiro de 1995 foi aberto o balcão de Malveira da Serra. DELEGAÇÃO DE CATUJAL – No dia 04 de Junho de 2001 foi aberto o balcão do Catujal. DELEGAÇÃO DE FANHÕES– No dia 03 de Setembro de 2001 foi aberto o balcão do Fanhões. ALARGAMENTO ATIVIDADE - Por ofício datado de 28 de Maio de 2001, o Banco de Portugal autorizou a Caixa a realizar operações de crédito com não associados e não agrícolas de acordo com o então fixado pelo nº 6 do aviso nº 6/99. DELEGAÇÃO DE FANQUEIRO– No dia 30 de Outubro de 2002 foi aberto o balcão do Fanqueiro. DELEGAÇÃO DE FAMÕES – No dia 14 de Fevereiro de 2005 foi aberto o balcão do Famões. DELEGAÇÃO DE CASAL S.BRÁS – No dia 03 de Agosto de 2007 foi aberto o balcão do Casal S.Brás. FUSÃO DE CAIXAS - No dia 19 de Setembro de 2007, por escritura pública, foi realizada a fusão por incorporação, entre a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, C.R.L. (Caixa incorporante) e a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Sintra e Litoral, C.R.L. (Caixa incorporada), passando a Caixa incorporante a designar-se: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L. DELEGAÇÃO DE BOBADELA – No dia 20 de Outubro 2007 foi aberto o balcão de Bobadela. DELEGAÇÃO DE OEIRAS – No dia 24 de Novembro 2009 foi aberto o balcão de Oeiras.
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3.2.3. REDE DE DISTRIBUIÇÃO BALCÕES Até 19 de Setembro de 2007, a rede de balcões que a Caixa de Loures possuía era de dez,
sendo sete no concelho de Loures, dois no concelho de Odivelas e um no concelho da
Amadora. Nessa data foi feita a fusão entre a Caixa de Loures e a Caixa de Sintra e Litoral,
passando a Caixa a deter catorze balcões e abrangendo uma área de actuação
correspondente a cinco concelhos.
Com a abertura do balcão de Oeiras, em Novembro de 2009, a CCAM ficou com uma rede de
quinze balcões, inseridos em seis concelhos, ficando a sua área de actuação a nível de
concelhos, totalmente representada, alcançando-se um primeiro objectivo, que era o de ter
presença em todos os concelhos da área social da CCAM.
Em 2016 foi decidido proceder à relocalização de duas delegações, nomeadamente:
Delegação de Famões, que será transferida para a cidade de Odivelas, estando a decorrer
obras de adaptação para o novo balção, cuja abertura está programada para Fevereiro de
2017, e a Delegação de Fanhões, que será transferida para outro imóvel na mesma
localidade, estando em fase de aprovação o projecto de remodelação do imovel onde
funcionou o quartel dos Bombeiros de Fanhões. Ambas as transferências são por motivos
de espaço mais previligiado e de maior dimensão.
Continuamos a privilegiar uma política de reforço dos negócios de todos os balcões e
principalmente dos que ainda são deficitários em termos económicos, como forma de
viabilização dos mesmos, evitando qualquer decisão de encerramento, que causa sempre
transtorno, principalmente aos colaboradores.
Loures; 7
Odivelas; 2
Amadora; 1
Oeiras; 1
Sintra; 3
Cascais; 1
DISTRIBUIÇÃO DE BALCÕES
Loures
Odivelas
Amadora
Oeiras
Sintra
Cascais
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
50
ATM A rede de distribuição da Caixa em 2016 , para além dos balções, era composta por trinta e três ATM, sendo quinze internas e dezoito externas, efetuando assim uma cobertura da região onde a CCAM está inserida e simultaneamente prestando um serviço às populações mais afastadas dos centros urbanos.
BALCÃO 24 HORAS A Caixa dispõe de nove equipamentos “Balcão 24”, distribuídos por nove agências, os quais fazem parte da rede de distribuição e dispõem de um serviço completo ao cliente, permitindo o atendimento nas vinte e quatro horas.
51 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
3.2.4. RECURSOS HUMANOS No que respeita aos recursos humanos, a Caixa prosseguiu com as linhas orientadoras dos
últimos anos, dando continuidade ao apoio prestado às áreas de negócio, no
reconhecimento do mérito, na gestão de potencial, no desenvolvimento de competências,
na implementação de boas práticas de não discriminação e de responsabilidade social, na
defesa de elevados padrões éticos e de valores de confiança, e no equilíbrio e harmonia
entre a vida pessoal e profissional dos seus empregados.
Os recursos humanos na caixa são sessenta e quatro colaboradores, concretamente:
sessenta no quadro ativo, dois com licença sem vencimento, um em pré-reforma e um com
contrato em regime de avença para a área jurídica.
Durante o exercício de 2016, verificou-se a saída de três colaboradores da área comercial,
um a titulo definitivo e dois em regime de licença sem vencimento e foram admitidos dois
em sua substituição. Esta politica restritiva teve como objetico um controlo rigoroso dos
custos operacionais
Do total de empregados 92% possui contrato sem termo, e 8% contrato a termo certo,
refletindo a estabilidade em termos de tipo de contrato.
Em termos de progressão na carreira, os procedimentos são baseados exclusivamente nas
avaliações do desempenho e de perfil de competências evidenciados, cuja análise é
realizada de acordo com critérios de mérito e de competência definidas internamente.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
52
Formação
A formação nas novas tecnologias digitais representa uma enorme oportunidade de
transformação e a Caixa está a preparar-se para responder aos novos desafios de
relacionamento digital, tirando partido dos investimentos que o GCA realizou nos sistemas
de informação e das capacidades que as novas tecnologias trazem.
O SICAM está bem posicionado nos indicadores de utilização e adopção de canais digitais e
em 2016 foi mantido e reforçado o investimento em todas as dimensões de suporte à Banca
Digital.
A política de formação adotada em 2016, assentou na selectividade de programas de
formação, que tiveram como objetivo a aquisição e aplicação de competências e
ferramentas adequadas aos novos desafios do negócio, gestão do risco e controlo interno.
Recrutamento e Gestão de Competências
A Caixa manteve uma política de orientação para a valorização dos recursos humanos.
O investimento no desenvolvimento de carreira dos seus colaboradores, foi uma
preocupação constante, que se traduziu na criação de oportunidades de evolução
profissional, através de processos de mobilidade interna, que permitiram o desenvolvimento
de competências e a concretização de expectativas.
53 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
04
Estratégia e Área de Negócio
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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55 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
4. ESTRATÉGIA E ÁREA DE NEGÓCIO
4.1 – Objetivos Estratégicos O ano de 2016, embora com recuperações nos indicadores macroeconómicos ao nível do
desemprego e do endividamento, ainda acarretou desafios significativos para o setor
bancário português. A manutenção de níveis mínimos históricos das taxas de juro, devido à
politica expansionista do Banco Central Europeu, impactou significativamente a margem
financeira das instituições financeiras.
Aos desafios macroeconómicos adicionaram-se os desafios da regulação, com um
incremento dos rácios de capital no seguimento da Capital Requirements Directive IV (CRD
IV), que condicionaram o investimento em ativos de maior consumo de capital como o
crédito às empresas, com impacto na canalização de crédito à economia.
A premência de resposta às necessidades dos operadores económicos nacionais mediante a
manutenção dos centros de decisão em Portugal deve constituir um designio estratégico,
porque o afastamento desses centros de decisão da realidade local reflete-se já hoje na
Economia Portuguesa, no que se refere às decisões de afetação de recursos captados no
mercado doméstico, a disponibilidade de crédito e ao apoio à recuperação das empresas
portuguesas.
A Caixa, entidade que sempre foi detida por capitais privados portugueses, tem prosseguido
uma estratégia de defesa do interesse do GCA no apoio às economias locais por via da
proximidade.
No exercício findo prosseguiu-se a missão de servir as familias, empresas e instituições
locais, ao mesmo tempo que se manteve a adequação às crescentes exigências sobre o
sistema financeiro.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
56
Neste contexto de desafios e de oportunidades, a Caixa prosseguiu o seu caminho de
robustecimento, com mudanças relevantes ao nível do governo interno, nos quais se
destaca a especialização do orgão de gestão, efetivada através da eleição dos novos orgãos
sociais.
A liquidez constituiu um objetivo primordial em 2016, com a entrada em vigor do novo rácio
regulatorio de cobertura de liquidez (LCR – Liquidity Coverage Ratio), tendo a Caixa
desenvolvido diversas iniciativas para superar os minímos estabelecidos pelo regulador,
nomeadamente por via da gestão criteriosa do gap comercial e dos ativos liquidos.
Foram também desenvolvidas iniciativas importantes para a melhoria da qualidade dos
ativos, por via da redução do crédito vencido, bem como da desalavancagem dos ativos não
correntes detidos para venda. Estas iniciativas, entre outras, concorreram para a diminuição
dos ativos ponderados pelo risco, permitindo reforçar os rácios de capital.
Finalmente, foram estabelecidos critérios rigorosos para a selecção dos segmentos de
crédito a trabalhar, o que permitiu diminuir o custo do risco de crédito para os patamares do
setor, contribuindo para um balanço mais robusto.
A estratégia delineada nos ultimos anos, consolidou o negócio da Caixa, nomedamente no
apoio às famílias, aos associados, e às necessidades financeiras das PME locais , através de
um servico competitivo, eficiente e de confiança. A Caixa prosseguiu o seu modelo de gestão
personalizado, assente na tradicão, solidariedade e solidez com que foi construído e que
sempre o definiram nos seus 90 anos de historia.
As Linhas de Orientacão Estratégica, que contribuiram para a obtenção das metas definidas
e para o reforço da situação financeira da instituição, foram as seguintes:
1. Reforçar o Produto Bancário;
2. Redimensionar a plataforma operacional e melhorar a eficiência;
3. Reforçar a Gestão do Risco;
4. Incrementar a Recuperação e Gestão da Liquidez;
5. Rentabilizar e diversificar a actividade;
6. Racionalização do Balanço/Alienação ativos não core;
7. Reforçar os Rácios de Capital
57 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
4.2 – Resultados A política de maximização de resultados prosseguiu com uma forte aposta no
desenvolvimento e modernização das empresas do sector agrícola e agro-industrial,
reforçando a posição da Caixa, como Banco tradicional no apoio ao sector primário.
O incremento da carteira de crédito, contribuiu para a maximização dos resultados,
dispondo a Caixa de várias soluções de apoio ao investimento, especialmente estruturadas
para as necessidades do sector.
Em 2016 a Caixa assumiu uma política de apoio à inovação e ao empreendedorismo, focada
em ofertas especialmente dirigidas a empresas inovadoras e no apoio a investimentos
diferenciados, com capacidade de forte expansão comercial.
O objectivo foi contribuir para um tecido empresarial forte, a nível local, com perspectivas
de continuidade, que permita à Caixa criar um estrutura de clientes com potencial futuro, e
com forte fidelização à instituição.
Foram dinamizadas as linhas de crédito protocoladas pelo SICAM, nomeadamente a linha
PRODER, soluções conjuntas com a AGROGARANTE.
No apoio à tesouraria, a Caixa adotou soluções como a Linha IFAP Curto Prazo, destinada a
financiar campanhas agrícolas, e o Protocolo CA / CONFAGRI, que enquadra o adiantamento
de subsídios à exploração concedidos pelo IFAP (ajudas directas).
A Caixa continuou a reforçar sustentadamente o seu posicionamento no sector agrícola e
agro-industrial, assumindo uma posição de liderança.
A CCAM continuou a melhorar a capacidade da rede comercial, principalmente
considerando a rede de clientes que detém, e os elevados padrões de satisfação de clientes
e qualidade do serviço prestado.
4.2.1. Resultados Os resultados da Caixa foram beneficiados pela forte reposição de provisões para credito
vencido, e pela redução acentuada nos juros e encargos similares, com o consequente
impacto no resultado líquido, que ascendeu no final do exercício de 2016 a 711.165 euros
contra 687.977 euros no ano anterior.
A Caixa tem vindo a estabelecer uma política de pricing, quer das operações passivas, quer
das ativas, mais adequada à presente conjuntura e aos objetivos estabelecidos em matéria
de custos e proveitos, politica esta naturalmente ajustada ao perfil de risco do cliente.
O resultado líquido de 2016, teve um ligeiro reforço em relação ao exercício de 2015, que
em termos absolutos significa um aumento de 23.188 euros.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
58
Embora com redução na Margem Financeira, a redução de juros e encargos similares e das
provisões para crédito foram os grandes contributos, para a melhoria do resultado, tendo
tido como suporte a politica adotada em termos de gestão das taxas das operações passivas
e a eficiência na recuperação de crédito com a consequente reposição de provisões.
Registando-se nesta vertente uma melhoria acentuada do efeito de repricing das operações
ativas e passivas, que foi suficiente para reverter a insuficiência da Margem Financeira que,
em exercícios anteriores, e em conjunto com a Margem Complementar não cobriu os Custos
Operacionais.
2015 2016 ABSOL. RELAT.
Juros e Rendimentos Similares 4.507.882 3.580.724 -927.158 -21%
Juros e Encargos Similares 1.211.165 457.769 -753.395 -62%
MARGEM FINANCEIRA 3.296.717 3.122.955 -173.762 -5%
Rendimentos de instrumentos de capital 629 638 9 1%
Serviços Bancários Líquidos 1.763.131 1.946.301 183.169 10%
Resultados de Reavaliação Cambial 2.687 914 -1.773 -66%
Resultados de Alienação de Outros Activos 23.900 71.072 47.172 197%
Outros Resultados de Exploração 76.416 -64.966 -141.382 -185%
PRODUTO BANCÁRIO 5.163.479 5.076.913 -86.567 -2%
Gastos com Pessoal 2.413.741 2.451.718 37.977 2%
Gastos Gerais Administrativos 1.894.061 1.889.700 -4.360 0%
Dotações para Amortizações 234.376 218.223 -16.153 -7%
CUSTOS OPERACIONAIS 4.542.178 4.559.642 17.463 0%
RESULTADO OPERACIONAL 621.301 517.271 -104.030 17%
Dotações para Provisões -1.186.762 -1.203.773 -17.011 1%
Imparidade 174.219 756.137 581.918 334%
RESULTADO ANTES DE IMPOSTO 1.633.844 964.907 -668.937 41%
Impostos Correntes 44.278 17.204 -27.074 -61%
Impostos Diferidos 901.589 236.538 -665.052 -74%
RESULTADO DO EXERCÍCIO 687.977 711.166 23.188 -3%
PERIODOSRESULTADOS
VARIAÇÕES
59 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
4.2.2. Margem Financeira Em termos de períodos homólogos, verifica-se uma quebra na Margem Financeira no
montante de 173.762 euros em termos absolutos, tendo contribuído na proporção de 100%
para este resultado, a redução acentuada que se verificou nos Juros e Rendimentos
Similares no montante de 927.158 euros.
O contributo da rúbrica de Juros e Rendimentos Similares, foi negativo, representou -100%
na diminuição da Margem Financeira, o que em termos absolutos corresponde a -173.762
euros, sendo resultado desta evolução o decréscimo verificado nas contas 7903 – Juros de
Aplicações em IC (-685.519 euros) e 7904 - Juros de Crédito a Clientes (-40.388 euros).
Os juros de crédito a clientes, continuam aquém do desejado, tendo-se verificado uma
redução em termos absolutos comparativamente ao período homólogo do ano transato, no
montante de -40.388 euros euros, o que denota a fragilidade, no preçário adotado nas novas
operações.
Nas operações passivas , verifica-se resultados bastante animadores, em consequência da
redução aplicada no precário dos recursos de clientes, situação alavancada e decorrente da
adoção de uma política bastante agressiva de taxas de juro, aplicada pelo BCE, tendo como
objetivo de reduzir o custo de funding dos bancos e simultaneamente fornecer à economia
liquidez a preços baixos.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
60
4.2.3. Produto Bancário O produto bancário ascendeu a 5.076.913 euros, contra 5.163.479 euros verificado no ano
anterior, o que em termos absolutos representa uma diminuição de 86.567 euros,
denotando-se uma quebra na Margem Financeira minimizada pelo incremento na Margem
Complementar, em resultado de uma gestão eficiente na definição das taxas de juro das
operações passivas, na recuperação de crédito vencido e na gestão da venda de imóveis de
recuperação de crédito.
O saldo líquido das comissões de serviços bancários continua a ter um desempenho
significativo, representando em termos relativos um peso de 38% no produto bancário,
contra 34% em período homólogo do exercício anterior. Esta variação positiva deve-se
sobretudo ao incremento significativo das comissões que foi de 10%, ao contrário do
produto bancário que teve uma quebra de 2%.
As comissões líquidas totalizaram 1.946.301 euros, valor superior ao observado no exercício
de 2015, no montante de 183.169 euros.
Por tipo de comissões, refiram-se os provenientes de meios de pagamentos (629.481 euros,
+14,2%), de colocação e comercialização (511.787 euros, -1,6%), de operações de crédito
(321.550 euros, +18,9%), de gestão DO (184.266 euros, +7,3%), de cheques (113.965euros, -
1,2%) e de comissões de mora/contencioso (65.883euros, -8,6%).
61 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
Este agregado foi beneficiado pelos ganhos verificados na alienação de imóveis e
prejudicado na recuperação de crédito, nomeadamente nos “Resultados de Alienação de
Outros Ativos” cujo valor foi de 71.072 euros contra 23.900 euros no exercício de 2015, e
nos “Outros Resultado de Exploração” que ascendeu a -64.966 euros contra 76.416 euros
em 2015.
4.2.4. Custos Operacionais O aumento nos Custos de Funcionamento deve-se ao incremento na rúbrica de Gastos com
Pessoal, que em termos absolutos representam um aumento de 37.977 euros,
comparativamente ao exercício de 2015.
Este agregado em termos absolutos ascendeu a 4.559.642 euros, tendo tido um
agravamento em relação exercício de 2015, em termos relativos de 0,4%.
O aumento do rácio cost-to-income de 87,97% em 2015 para 89,81% em 2016, ficou a dever-
se, à diminuição do produto bancário de -86.567 euros em termos absolutos e -2% em
termos relativos, e pelo agravamento nos Custos de Funcionamento no montante absoluto
de 17.463 euros e 0, 4% em termos relativos.
O agravamento verificado nos Custos de Funcionamento, representou um impacto negativo
no rácio de eficiência em 0,34%, o que significa que existe espaço para melhoria deste rácio.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
62
4.2.5 RESULTADO OPERACIONAL ( RESULTADO BRUTO DE EXPLORAÇÃO) O Resultado Bruto de Exploração situou-se em 517.271 euros, inferior em 104.030 euros ao
alcançado em 2015, no mesmo período homólogo.
Esta evolução negativa do resultado, deve-se ao menor desempenho da Função Financeira,
que alcançou um patamar inferior a 2015, através da redução acentuada na rúbrica de Juros
e Rendimentos Similares, nomeadamente no menor contributo gerado pelo quebra nos
proveitos relacionados com Juros de Crédito Vencido.
4.2.6. RESULTADO ANTES DE IMPOSTO
As Provisões e Imparidades na sua globalidade, continuaram a apresentar uma redução, em
termos líquidos, quer ao nível do crédito, quer nos outros ativos, representado em termos
absolutos uma diminuição de -447.636 euros.
A Imparidade e provisões do Crédito, líquida de reversões, atingiu -1.203.773 euros, face a -
1.186.762 euros no ano anterior, e as provisões e imparidades de outros ativos diminuíram
para 756.137 euros, face a 174.219 euros no ano de 2015.
O Resultado Antes de Imposto situou-se em 964.907 euros, inferior ao resultado de 2015 em
-668.937 euros.
4.2.7. RESULTADO LÍQUIDO
Os Impostos sobre os lucros (IC + ID) totalizam 253.741 euros, correspondendo 17.204 euros
a Impostos Correntes e 236.538 euros a Impostos Diferidos.
Os Impostos Correntes e os Impostos Diferidos tiveram diminuições de respetivamente -
27.074 euros e -665.052 euros, ambos em relação ao ano anterior.
A recuperação de crédito hipotecário, foi responsável pela anulação de impostos diferidos,
no montante de 55.369 euros, enquanto que o incumprimento do crédito implicou um
ajustamento dos ID em 291.907 euros.
63 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
Os resultados negativos apresentados em exercícios anteriores, conduziram ao apuramento
de prejuízos fiscais, que na proporção da sua dedutibilidade, minimizaram o montante da
estimativa de IRC apurada no exercício de 2016, com impacto positivo no resultado líquido.
Após soma algébrica dos Impostos sobre os lucros ao Resultado antes de imposto, o
Resultado líquido de 2016, foi de 711.165,74 euros, que comparativamente ao do exercício
de 2015, teve uma diminuição em termos absolutos de 23.181,41 euros e em termos
relativos de 3,37%.
Esta quebra do resultado líquido, foi originada em grande parte pelo impacto negativo nas
contas da CCAM, resultante da recuperação de crédito, concretamente, diminuição das
rúbricas de juros de crédito vencido (contas 7905 + 8482) no montante global de -275.529,
pela diminuição da rúbrica de aplicações em instituições de crédito (conta 7903) no
montante -685.519 euros e pela diminuição das rúbricas de provisões para crédito e
imparidades, que em termos líquidos foi de -668.937 euros.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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4.3. Balanço O Activo Bruto da Caixa totalizou 210.898.626 euros no final de 2016, valor superior ao do
final do ano anterior em 11.238.996 euros, verificando-se um incremento, que se justificou
principalmente, pela variação positiva nas rúbricas de Aplicações em IC e Crédito Concedido
no montante de 14.106.211 euros e pela variação negativa na rúbrica de ANCDV no
montante de -5.284.926 euros.
As Origens de Recursos, totalizaram 18.326.837 euros no seu conjunto, tendo como
principais rubricas: ANCDV com 5.284.926 euros, Recursos de OIC com 5.889.406 euros,
Recursos de Clientes e Outros empréstimos com 5.951.401 euros, e Outras Reservas e
Resultados Transitados com 674.528 euros.
As Aplicações de Recursos têm como grandes rubricas: Disponibilidades com 619.509 euros,
Disponibilidades em OIC com 1.886.689 euros, Aplicações em Instituições de Crédito com
4.920.772 euros e Crédito Concedido com 9.332.982 euros.
ACTIVIDADE
2016 2015 RELA-
ORIGEM APLIC. TIVAS
FUNDOS FUNDOS %
1.ACTIVO BRUTO 210.898.626 199.659.630 5.522.142 16.761.138 6%
Disponibilidades 1.874.014 1.254.505 619.509 49%
Disponibilidades em OIC 3.799.521 1.912.833 1.886.689 99%
Activos Financeiros Detidos P/Negociação
Activos Financeiros Disponiveis P/Venda 244.796 244.289 507 0%
Aplicações em Instituições de Crédito 91.654.338 86.733.567 4.920.772 6%
Crédito Concedido 90.098.599 80.765.617 9.332.982 12%
Activos não Correntes Detidos P/Venda 5.253.454 10.538.380 5.284.926 -50%
Outros Activos Tangíveis 8.733.843 8.711.526 22.317 0%
Activos Intangíveis 399.115 399.115 0%
Investimentos em Filiais, Associadas 4.209.862 4.209.862 0%
8.826 8.826
1.428.035 1.665.252 237.216 -14%
Outros Activos 3.194.221 3.224.684 -30.463 -1%
2.PASSIVO 184.162.946 172.286.838 11.945.794 69.686 7%
Passivos Financeiros Detidos P/Negociação
Recursos de OIC 10.219.723 4.330.317 5.889.406
Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 171.780.180 165.828.779 5.951.401 4%
Provisões 899.972 794.984 104.988 13%
14.553 14.553
22.111 22.790 679 -3%
Outros Passivos 1.240.961 1.295.415 54.454 -4%
19.671.099 21.113.311 1.442.212 -7%
4.REC. PRÓPRIOS E EQUIPARADOS 7.064.581 6.259.480 858.901 53.800 13%
Capital 9.553.955 9.392.770 161.185 2%
Reservas de Reavaliação 358.941 412.741 53.800 -13%
Outras Reservas e Resultados Transitados -3.559.480 -4.234.008 674.528 -16%
Resultados do Exercício 711.166 687.977 23.188 3%
210.898.626 199.659.630 6%
TOTAL 18.326.837 18.326.837
VARIAÇÕES
VALOR
ABSOLUTAS
ANOS
VALOR
PASSIVO+REG.ACTIVO+R.PROP.EQ.
3.REGULARIZAÇÃO DO ACTIVO
APLICAÇÕES E RECURSOS
Activos por Impostos Correntes
Activos por Impostos Diferidos
Passivos por Impostos Correntes
Passivos por Impostos Diferidos
65 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
O ativo líquido da Caixa totalizou 191.227.527 euros no final de 2016, o que representou um
incremento de 12.681.208 euros face ao valor registado no ano anterior, traduzindo o efeito
de proatividade comercial na captação de poupança, coadjuvada com o impacto da politica
monetária expansiva adotada pelo BCE, em termos de fornecimento massivo de liquidez à
economia, através do setor bancário.
Assim assistiu-se às seguintes variações positivas entre exercícios: na rubrica de caixa e
disponibilidades em bancos centrais 619.509 euros, disponibilidades em OIC 1.886.679
euros, aplicações em instituições de crédito 4.920.772 euros, crédito a clientes 9.332.982
euros, e outros ativos 117.079 euros., sendo estas as rubricas mais significativas e com maior
impacto no ativo da Caixa.
No tocante ao passivo, denota-se um incremento de 11.876.108 euros na sua globalidade,
tendo contribuído em grande parte o aumento das rúbricas: recursos de OIC com 5.889.406
euros e recursos de clientes e outros empréstimos com 5.951.401 euros. A variação nestas
rúbricas é justificada, na sua quase totalidade, pela expansão da carteira de recursos de
clientes, nomeadamente de clientes institucionais.
O Rácio de Transformação medido pelo crédito relativamente aos depósitos de clientes
situou-se em 53,30%, que compara com o rácio de 49,61 % registado no ano anterior,
situando-se muito aquém dos valores fixados para 2016 no âmbito do plano de recuperação
económica e financeira e abaixo do limiar razoável para obter o equilíbrio económico da
Caixa (80%).
Os capitais próprios da Caixa totalizaram 7.064.581 euros em 2016, valor superior em
805.101 euros ao observado em 2015, cuja variação é justificada quase na sua totalidade
pelo resultado líquido do exercício de 2016.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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O Rácio de Solvabilidade em base TOTAL da CCAM incluindo o resultado líquido de 2016 é de
8,50% contra 7,40% no final do ano anterior, verificando-se uma variação positiva de 1,1 P.P.
O Rácio Common equity Tier 1 é de 8%, contra 6,7% verificado no final do ano de 2015,
sendo este o terceiro exercício com este novo formato, respeitando o imposto pela EBA. No
entanto temos caminhar para valores próximos dos apresentados pelas principais IC
europeias e pelo GCA.
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Os mínimos dos rácios de capital, em termos legais são os seguintes: CET1 7%, T1 6%, total
8% (Legislação: art.2º (b) e art.3º do Av.6/2013 e art.92º (c) Regulamento 575/2013).
Contudo o Banco de Portugal através de carta definiu orientações mais conservadoras sobre
os rácios mínimos de fundos próprios, especialmente a serem cumpridos ao nível
consolidado: 8% CET1, 9,5% T1, fundos próprios totais 11,5%.
A Caixa percorreu o ano de 2016 dotada de condições que permitiram enfrentar os desafios
colocados, no entanto iremos continuar a aperfeiçoar o modelo de organização e gestão,
que permita um maior contributo para inverter a tendência conjuntural, para isso
continuaremos a praticar uma politica de contenção/racionalização dos custos de
funcionamento por forma a consolidar a redução verificada em 2016, nos custos de
funcionamento. Paralelamente continuaremos a aprofundar a dinamização da actividade
comercial, através de operações financeiras que se traduzam num reforço efetivo da
margem, para que a estrutura de funcionamento se torne viável e o rácio de eficiência se
aproxime dos valores fixados.
As metas para 2016 foram alcançadas, através do desempenho obtido na conversão dos
ativos que nos estão a penalizar, em ativos geradores de proveitos, concretamente o crédito
vencido e os imóveis não correntes para venda e paralelamente numa gestão muito rígida
da Margem Financeira e Margem Complementar, onde o crescimento do negócio pela
rentabilidade foi uma realidade.
Hoje, como no primeiro dia, o sucesso da Caixa assenta num trabalho rigoroso, empenhado
e eficiente de todos aqueles que, dando o melhor de si, personificam o projeto de criação de
valor e tornam a instituição mais dinâmica e com melhor serviço prestado ao cliente.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
68
INDICADORES DE ACTIVIDADE No exercício de 2016 o volume de negócios incrementou em 15.652.610 euros, o que
representa uma variação positiva em termos relativos de 6%, comparativamente ao ano de
2015.
O volume de negócios é o resultado do somatório do crédito concedido no montante de
90.097.478 euros e dos depósitos no montante de 171.674.588 euros, com um aumento de
12% para a primeira rúbrica e 4% para a segunda.
O rácio de transformação credito/depósitos, no corrente exercício foi de 53,30%, contra
49,61% no ano anterior, em resultado do incremento do volume de crédito, tendo esta
rúbrica contribuído positivamente para o valor deste índice.
69 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
4.3.1. CRÉDITO CONCEDIDO
No exercício de 2016 o crédito concedido bruto teve uma evolução positiva, situando-se em
valores normais para uma conjuntura bastante adversa. Esta situação de crescimento da
carteira de crédito, face ao ano anterior, resultou de uma politica de expansão assente em
critérios de competitividade, nomeadamente ao nível das taxas de juro praticadas.
Os principais destinatários do crédito foram os particulares, segmento que absorveu parte
significativa do total de crédito concedido, sobretudo em crédito à habitação, que totalizou
30.552.392 euros contra 27.416.750 euros no ano anterior, o que em termos relativos
representa 33,91% da globalidade da carteira de crédito, contra 33.95% no ano de 2015.
Na estrutura do balanço, o rácio de transformação de depósitos em crédito fixou-se em
53,30%, contra 49,61% em 2015, cumprindo os limites estabelecidos para o SICAM, no
entanto apresenta índices muito reduzidos para a necessidade que a CCAM tem, em termos
de reforço da Margem Financeira.
2016 2015 Absolutas Relativas
Empresas 28.830.768 24.245.154 4.585.614 19%
Particulares 47.858.922 41.494.963 6.363.959 15%
Outros 8.508 20.647 -12.139 -59%
SUBTOTAL 14 76.698.198 65.760.764 10.937.434 17%
Crédito Vencido 15-157 13.400.400 14.926.692 -1.526.292 -10%
TOTAL 14+15-157 90.098.598 80.687.457 9.411.142 12%
Provisões Cob.Duvidosa e Crédito Vencido* 370 13.679.028 15.074.347 -1.395.319 -9%
CRÉDITO LÍQUIDO 76.419.570 65.613.110 10.806.461 16%
VARIAÇÕESVALORES (EUROS)CRÉDITO CONCEDIDO
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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4.3.2. CRÉDITO VENCIDO
O crédito vencido bruto + 90 dias, em 2016, representa 14,96% do crédito total, contra
18,57% no exercício anterior, tendo-se verificado um desagravamento, no entanto situa-se
acima do Rácio Normativo que é de 5%.
O grau de provisionamento no corrente exercício é equivalente a uma taxa de cobertura de
98,12% do crédito vencido total, contra 95,38% no ano anterior, denotando-se um reforço e
um elevado grau de cobertura do crédito vencido.
O crédito concedido encontra-se coberto por garantias reais em 84,14% da sua globalidade,
estando os processos judiciais em curso também, em grande parte, suportados por garantias
reais, o que permite antever reembolso significativo dos valores em dívida e consequente
recuperação das correspondentes provisões constituídas.
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O Rácio de Crédito Vencido líquido situou-se em 0,34% no corrente exercício, contra 1,07%
no ano anterior, denotando-se um esforço de provisionamento, de acordo com o
estabelecido legalmente e o grau de cobertura do crédito situou-se em 98,12%, contra
95,38% no exercício de 2015.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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4.3.3. CAPTAÇÃO DE RECURSOS Quanto aos recursos de clientes, o volume captado pela rede de balcões da Caixa de Loures,
Sintra e Litoral totalizou 171.674.588 euros, sendo superior ao do exercício de 2015 em
6.242.589 euros, o que em termos relativos significa uma variação positiva de 4%.
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4.4. ÁREA SOCIAL Durante o ano de 2016 foram processadas duzentas e quarenta e cinco admissões de sócios
e efectuadas trinta e seis demissões, perfazendo um total de 3.867 associados, número
superior ao do ano anterior em duzentos e oito sócios, confirmando a estratégia definida
para o corrente exercício, que contempla um reforço efetivo dos capitais próprios.
A última revisão do regime jurídico do CAM, tornou mais flexível a entrada de novos
associados, tendo-se verificado um reforço efetivo no número de sócios durante o ano
corrente, na sequência do incremento da actividade creditícia, situação que se consolidou
em alinhamento com o plano de recuperação.
A participação dos associados na vida da instituição, bem como uma diferenciação no
preçário foi a estratégia para a inversão da tendência de redução gradual do número de
sócios ativos, verificada em anos anteriores, que associada a uma dinamização da actividade
económica permitiu alavancar o capital social da Caixa no corrente ano e reforçar
simultaneamente os rácios de capital.
Também a possibilidade de distribuição de resultados pelos associados, contemplada no
art.º. 34º dos estatutos, foi outra forma ao alcance das áreas comerciais da Caixa, para
transmitir aos nossos clientes a vantagem de ser associado.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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4.5. INDICADORES
4.5.1. Rácios 4.5.1.1 – Rácios Normativos da Caixa Central
CRÉDITO VENCIDO LÍQUIDO – Este Rácio situou-se em 0,34% neste exercício, o que
comparativamente ao ano 2015 teve uma redução de 68,22%.
RÁCIOS NORMATIVOS Orientação 31-12-2013 31-12-2014 31-12-2015 31-12-2016Variação
Homóloga %
Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido ≤ 3% 3,20% 1,79% 1,07% 0,34% -68,22%
Crédito Vencido Bruto há + 90 dias/Crédito Total ≤ 5% 21,61% 21,99% 18,57% 14,96% -19,44%
Rácio de Eficiência < 60% 102,07% 109,20% 87,97% 89,81% 2,09%
Produtividade: 2.803.475 € 2.688.250 €
� Activo Líquido/Nº Empregados �
� Produto Bancário/Nº Empregados � > € 110.000 71.578 € 67.817 € 86.058 € 83.228 € -3,29%
Comissões Líquidas/Produto Bancário > 20% 43,74% 42,27% 34,15% 38,34% 12,27%
Garantias obtidas para o crédito concedido Reais > 65% 84,88% 85,51% 85,52% 84,14% -1,61%
Rácio de Transformação < 85% 58,89% 53,51% 49,61% 53,30% 7,44%
5,35%> € 3.000.000 2.975.772 € 3.134.877 €
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CRÉDITO VENCIDO BRUTO + 90 DIAS – Este Rácio situou-se em 14,96% neste exercício, o
que comparativamente ao ano de 2015 teve uma redução em termos relativos de 19,44%.
RÁCIO DE EFICIÊNCIA – Este Rácio situou-se em 89,81 %, revelando um agravamento em
relação ao exercício de 2015 em termos relativos de 2,09%.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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PRODUTIVIDADE (ATIVO LIQUIDO / EMPREGADOS) – Este Rácio situou-se em 3.134.877
euros revelando uma melhoria em relação ao exercício de 2015, em termos relativos de
5,35%. O índice superou o rácio normativo, concretamente 3.000.000 euros.
PRODUTIVIDADE (PRODUTO BANCÁRIO / EMPREGADOS) – Este Rácio situou-se em 83.228
euros revelando uma diminuição em relação ao exercício de 2015, em termos relativos de
-3,29%. O rácio encontra-se abaixo do montante de 110.000 euros estabelecido como
mínimo.
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COMISSÕES LÍQUIDAS / PRODUTO BANCÁRIO – Este Rácio situou-se em 38,34% revelando
um reforço em relação ao exercício anterior, em termos relativos de 12,27%. Cumpre com
o mínimo estabelecido de 20%.
GARANTIAS OBTIDAS PARA CRÉDITO CONCEDIDO – Este Rácio situou-se em 84,14%
revelando uma diminuição em relação ao exercício de 2015, em termos relativos de -
1,61%. Verifica-se uma estabilização e cumpre com o mínimo de 65%.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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RÁCIO DE TRANSFORMAÇÃO – Este rácio situou-se em 53,30% revelando um reforço em
relação ao exercício de 2015, em termos relativos de 7,44%.
Em termos finais verifica-se o cumprimento dos rácios: crédito vencido líquido,
produtividade (ativo líquido/número de empregados), comissões líquidas/produto
bancário, garantias obtidas para crédito concedido e rácio de transformação; e o
incumprimento dos rácios: crédito vencido bruto + 90 dias, eficiência, e produtividade
(produto bancário/número de empregados.)
O cumprimento dos rácios de crédito vencido líquido, comissões líquidas/produto
bancário, garantias obtidas para crédito concedido e rácio de transformação, foi
resultado: da redução de crédito vencido e consequente anulação de provisões; elevado
desempenho nos serviços prestados/angariação de comissões e estabilização do produto
bancário; gestão rigorosa de garantias em novas operações; e aumento dos recursos de
clientes.
Em termos estratégicos a CCAM terá de continuar a apostar no reforço da carteira de
crédito de uma forma mais acentuada e aplicação de preçário o mais racional possível,
mantendo os mesmos critérios de rigor, em termos de avaliação do risco nas novas
operações de crédito, caminhando assim para um reforço sustentado do Rácio de
Transformação, até alcançar o mínimo desejável, concretamente 80% do valor dos
recursos transformados em crédito.
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4.5.1.2. Rácios de Estrutura
CRÉDITO CONCEDIDO BRUTO – Este indicador situou-se em 90.098.599 revelando um
incremento em relação a Dezembro de 2015, em termos relativos de 11.56%.
Rubrica 31-12-2013 31-12-2014 31-12-2015 31-12-2016Variação período
homologo
Disponibilidades e Aplicações 75.401.117 74.611.445 89.900.904 97.327.874 8,26%
Crédito a Clientes (Bruto) 81.992.139 77.417.212 80.765.617 90.098.599 11,56%
Provisões/Imparidades Acum p/ Crédito 15.769.173 16.488.910 15.074.347 13.679.028 -9,26%
Crédito a Clientes (Líquido) 66.222.966 60.928.301 65.691.270 76.419.571 16,33%
Total Crédito Vencido 17.832.892 17.138.411 15.074.234 13.546.822 -10,13%
Provisões/Imp. Acum p/ C. Vencido 15.731.217 16.060.383 14.378.484 13.291.938 -7,56%
Crédito Vencido + 90 Dias 17.717.137 17.026.781 15.009.503 13.500.346 -10,05%
Grau Cobertura do C.V. por Provisões 88,21% 93,71% 95,39% 98,12% 2,87%
C. Vencido + 90 Dias / Total C. Vencido 99,35% 99,35% 99,57% 99,66% 0,09%
ANCDV (Bruto) 10.648.821 9.898.696 10.538.380 5.253.454 -50,15%
Provisões e Imparidades Acum. 1.672.273 1.251.247 1.263.976 1.008.783 -20,19%
ANCDV (Líquido) 8.976.547 8.647.449 9.274.404 4.244.671 -54,23%
Total Activo Líquido 165.405.052 158.606.774 178.546.319 191.227.527 7,10%
Recursos Clientes e Outros Empréstimos 147.962.161 150.587.702 165.828.779 171.780.180 3,59%
Outros Passivos Subordinados 0 0 0 0 0,00%
Situação Liquida 8.270.737 5.629.057 6.259.480 7.064.581 12,86%
Passivo + Situação Líquida 165.405.052 158.606.774 178.546.319 191.227.527 7,10%
Fundos Próprios Totais (*) 5.020.000 5.950.475 5.949.991 6.529.093
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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GRAU DE COBERTURA DO CRÉDITO VENCIDO – Este rácio situou-se em 98,12% revelando
um reforço em relação ao exercício de 2015, em termos relativos de 2,87%.
ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA (LÍQUIDO) – Este indicador situou-se em
4.244.671 revelando uma acentuada redução em relação ao ano de 2015, em termos
relativos de -54,23%. Evolução é justificada pela alienação massiva de imóveis, assente
numa política de forte divulgação comercial e flexibilidade de preços de venda
81 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
4.5.1.3. Rácios Prudenciais
No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dando lugar ao cálculo dos
requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD
IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte
de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola:
Carta enviada
posteriormente
pelo BP
(1550/14/DSPDR
14.05.2014)
Orientações da
Caixa Central para
as CCAMs
CET1 7% 8,00% > 10%
T1 6% 9,50% > 10%
Total 8% 11,50% > 10%
RÁCIO DE SOLVABILIDADE
Enquadramento legal - Aviso
6/2013 BP e art. 92º
regulamento 575/2013
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
82
83 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
4.5.2. Capitais Próprios Esta rubrica compreende as contas 55, 58, 60, 61, 64 e 65 do Plano de Contas para o Sistema
Bancário e tiveram a seguinte evolução durante os últimos exercícios, desde dois mil e doze
até ao corrente ano:
A rubrica de Capitais Próprios, teve um aumento de 13%, em relação ao exercício anterior, o
que em termos absolutos corresponde a um acréscimo de 805.101 euros, na sequência do
resultado líquido do exercício no montante de 711.165,74 euros.
A rúbrica de capital social em 31 Dezembro de 2016, confirmou a sua tendência
ascendente, registando valores de evolução positivos, que em termos absolutos
ascendeu em 2016 a mais 161.185 euros.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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As Reservas em 2016 totalizaram 9.047.710 euros, valor inferior ao verificado no final do
ano transato, tendo-se verificado ajustamentos na reserva de reavaliação de imóveis e na
reserva de reavaliação-Fundo de Pensões, que de acordo com o normativo contabilístico se
reconhece no final de cada exercício.
Os resultados negativos de exercícios anteriores não têm permitido o reforço das restantes
reservas de acordo com o estabelecido estatutariamente, com consequências diretas nos
Fundos Próprios da Caixa e consequentemente no Rácio de Solvabilidade. No entanto é de
registar a inversão verificada no valor do resultado de 2015 e 2016, passando os mesmos a
apresentar valores positivos.
No período 2007 – 2016, após a fusão entre a CCAM de Loures e a CCAM de Sintra e Litoral,
verificou-se o forte impacto, que as provisões para crédito vencido, tiveram na conta de
exploração, sendo a situação económica fortemente afetada, com consequências diretas nas
reservas até ao exercício de 2016.
O exercício de 2015 e 2016 foram o marco de mudança do ciclo económico vigente, que
tanto afetou as conta das IC nos últimos anos, obrigando estas a fortes reestruturações na
sua estrutura, como meio de sobrevivência.
85 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
05
Riscos e Vulnerabilidades em 2016
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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87 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
5. RISCOS E VULNERABILIDADES EM 2016 O desenvolvimento da actividade no ano de 2016 foi condicionado por vários fatores de
risco, relacionados com a conjuntura económica, doméstica e externa, e com o contexto
regulatório e de supervisão.
A incerteza quanto à dinâmica de crescimento em alguns países emergentes e seu contágio
às economias desenvolvidas afetou a confiança dos agentes económicos e materializou
alguns desses riscos latentes numa pronunciada desaceleração da actividade, de forma
generalizada.
Em Portugal, as condicionantes são variadas. O contexto de crescimento económico
moderado e o processo de desalavancagem do setor privado não-financeiro têm contribuído
para uma expansão mais gradual dos volumes de negócio. A confiança dos agentes
económicos está dependente da evolução da economia europeia, por um lado, e da
execução orçamental, por outro.
Os riscos para a estabilidade financeira em Portugal, mantiveram-se, bem como as
vulnerabilidades que poderão amplificar os seus efeitos, designadamente o nível elevado de
endividamento dos setores público e privado, a baixa rendibilidade no sistema financeiro e a
elevada concentração no ativo do sistema a determinados setores, classes de ativos e
geografias.
Contudo, observou-se, desde o final de 2015, uma intensificação de alguns dos fatores que
concorrem para a materialização dos riscos. Entre estes, destacam-se a perspectiva de
manutenção de taxas de juro baixas ou mesmo negativas e um aumento da volatilidade dos
mercados, relacionada, nomeadamente com uma maior perceção dos desafios que se
colocam ao sistema bancário europeu e aos processos de consolidação orçamental em
curso.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
88
Uma vulnerabilidade estrutural da economia portuguesa é o endividamento do sector
público e do setor privado, que subsiste muito elevado, apesar da desalavancagem
observada nos últimos anos. Tal confere à economia e, em particular, ao sistema financeiro,
uma posição mais vulnerável a desenvolvimentos adversos na atividade económica e à
perceção de risco dos investidores. Os efeitos destes desenvolvimentos poderão traduzir-se
em maiores níveis de incumprimento, por parte das empresas e das famílias, custos de
financiamento mais elevados e / ou em dificuldades acrescidas no acesso dos emitentes
nacionais a financiamento de mercado, com impacto negativo na atividade económica e na
rendibilidade do sistema financeiro.
Os níveis de rendibilidade registados no sector bancário desde o início da crise financeira
continuam a limitar a capacidade de geração interna de capital e a remuneração do capital
investido, apesar da ligeira recuperação registada no período mais recente. Este facto
constitui uma preocupação acrescida, quando as exigências regulamentares de solvabilidade
são crescentes e os rácios de capital dos bancos portugueses – medidos pelo rácio CET 1 –
continuam a ser dos mais reduzidos da Europa.
A rendibilidade do setor bancário em Portugal poderá ser particularmente afetada pela
manutenção de taxas de juro muito reduzidas por um período prolongado e pelo nível
elevado de ativos não geradores de rendimento, incluindo o crédito em risco. Estes fatores
dificultam a recuperação da rendibilidade sustentada pelo aumento do produto bancário,
reforçando, assim, a necessidade de uma significativa redução de custos operacionais, num
contexto em que os indicadores de eficiência operacional do sistema bancário português
comparam desfavoravelmente com os de outros países da área do euro.
89 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
Uma outra fragilidade do sistema financeiro relaciona- se com níveis de concentração
elevados, destacando-se as exposições a títulos de dívida pública, em particular portuguesa,
e a ativos imobiliários.
Quanto à concentração por geografias, salienta-se a exposição direta e indireta a Angola.
A economia angolana enfrenta desafios económicos e financeiros que poderão repercutir-se
num aumento do crédito em risco e de imparidades no balanço dos bancos portugueses.
O ambiente de taxas de juro baixas ou negativas e de crescimento económico moderado
pressiona a margem financeira do setor bancário, nomeadamente nas operações com
clientes.
Adicionalmente, o ajustamento do balanço decorrente da transição para o cumprimento das
novas exigências regulamentares em matéria de capital e de liquidez poderá contribuir para
pressionar a geração de resultados do sistema bancário europeu e, em particular, do sistema
bancário português.
Torna-se, deste modo, essencial que as instituições prossigam o ajustamento iniciado
durante a crise económica e financeira, mantendo os esforços de redução dos custos
operacionais e ajustando o modelo de negócio para aumentar, de forma sustentável, os
níveis de rendibilidade.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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91 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
06
Conclusão e Considerações Finais
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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93 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
6. CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS 6.1 – Conclusão Para a Caixa, 2016 foi um ano importante, tendo sido alcançado um nível de rendibilidade
dos mais elevados nos últimos cinco anos, uma significativa recuperação face a anos
anteriores e que marca uma importante fase de melhoria gradual das condições de
exploração da Caixa. Esta trajetória, beneficiando das iniciativas já em curso, contribuiu
positivamente para a sua solvabilidade e para o prosseguimento do apoio a economia local.
A Caixa continua também a deter uma excelente posição de liquidez, fruto de um balanço
superior a 210 milhões de euros, em que os recursos de clientes representam 93% do seu
passivo, o que demonstra claramente a sua vocação de instituição centrada no mercado de
retalho, ao serviço das famílias e empresas, com especial foco nas pequenas, e micro
empresas locais.
O desempenho da Caixa foi particularmente condicionado pela realidade bancária,
registando resultados positivos em 2016, mas pressionados em função do processo de
desalavancagem e redução das taxas de juro, com impacto na diminuição da margem
financeira, aliada ao reconhecimento adicional de imparidades para cobertura de riscos de
crédito e desvalorização de ativos.
A Caixa marcou a diferença através de três fatores, que lhe permitiram ter um incremento
nos resultados, e apresentar bons rácios de capital e liquidez:
• Uma Equipa coesa, motivada e bem preparada;
• Uma gestão rigorosa de Riscos e uma cultura de Eficiência através do controlo de custos e
permanente inovação; e
• Um modelo de negócio focado no Cliente e nas suas necessidades.
Também uma gestão financeira eficaz foi fator fundamental para o reforço da situação
económica da Caixa, onde toda toda a estrutura comercial teve sensibilidade para a
importância da aplicação correta de taxas ativas e passivas, em linha com as praticas pela
CAM e que contribuíram para o reforço do resultado líquido. Ainda com uma conjuntura
económica débil e com muitos riscos e incertezas, tivemos de prosseguir uma politica de
reforço da situação económica e financeira da instituição, através da consolidação dos
resultados, da racionalização dos ativos, privilegiando os de menor consumo de capital.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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A concretização dos objectivos: de crescimento dos negócios, de recuperação de crédito
vencido, de redução de ativos não correntes para venda, de contenção de gastos
administrativos, foram uma realidade em termos do impacto positivo para a estabilidade da
instituição, como resultado de uma gestão eficiente.
Embora tendo sido um ano menos complexo que o anterior, continuou a ser pautado pelos
temas relacionados com capital e liquidez. Assistimos a uma necessidade de reforço da
solidez e da solvabilidade do sistema financeiro, que no nosso caso tem sido possível através
de autofinanciamento, para isso o reforço da rentabilidade continua a ser uma meta
imprescindível.
Foi num ambiente económico difícil, que executámos as linhas estratégicas, tendo sido
conjugados esforços por toda a estrutura funcional, que contribuíram para um reforço
efectivo dos resultados e dos capitais da Caixa.
Os 89 anos que a Caixa tem, foram a prova que com a sua da sua longevidade, houve
capacidade para enfrentar com determinação cada momento de decisão, em ambiente de
maior ou menor adversidade. Para tal, a confiança nas capacidades e competências de todos
os que fazem parte da nossa instituição foram determinantes para concretizar, as
Orientações Estratégicas.
Foi de forma prudente e com determinação que se alcançaram as metas para o exercício de
2016, sem situações de instabilidade, bem como crescimentos menos sólidos.
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Proposta de Aplicação de Resultados
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Balanço e Contas
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DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
31-12-2016 31-12-2015
Fluxos de caixa das actividades operacionais
Recebimento de juros e comissões 5.690.397 6.457.719Pagamento de juros e comissões (621.142) (1.397.870)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (4.340.014) (4.307.802)Contribuições para o fundo de pensões (1.405) -(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (253.741) (945.867)Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional (64.052) 79.103Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais 410.044 (114.718)
(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV - -Activos disponíveis para venda 507 231.902Aplicações em instituições de crédito 4.920.772 15.291.183Crédito a clientes 9.419.541 3.769.479Investimentos detidos até à maturidade - -Derivados de cobertura - -Activos não correntes detidos para venda (4.400.050) 796.730Outros activos (251.754) (782.535)(…) - -
9.689.016 19.306.759
Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - -Recursos de outras instituições de crédito 5.889.406 4.127.810Recursos de clientes e outros empréstimos 5.951.401 15.241.077Outros passivos (69.686) 133.508(…) - -
11.771.120 19.502.395
2.492.148 80.918
Fluxos de caixa de actividades de investimento
Variação de activos tangíveis e intangíveis 80.523 25.716Recebimento de dividendos (638) (629)Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas - -(…) - -
79.885 25.087
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Aumento de capital 161.185 40.445Diminuição de capital - -Pagamento de dividendos - -Variação de passivos subordinados - -Reservas (67.250) (98.000)(…) - -
93.935 (57.555)
Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes (a) 2.506.198 (1.724)
Caixa e seus equivalentes no início do exercício 3.167.338 3.169.062
(b) 5.673.535 3.167.338
CAIXA DE CRÉDITO AGRICOLA MÚTUO LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
Caixa líquida das actividades de financiamento
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício
Caixa líquida das actividades operacionais
Caixa líquida das actividades de investimento
09
Anexo às Contas
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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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ANEXO ÀS CONTAS
NOTA INTRODUTÓRIA
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L. (adiante designada por
Caixa ou CCAM Loures, Sintra e Litoral) é uma instituição de crédito constituída em 3 de
Janeiro de 1927 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto
da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária,
nos termos previstos na legislação aplicável.
A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é
formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas
de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação,
fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito
Agrícola Mútuo.
Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua
Combatentes da Grande Guerra nº 8-A, em Loures e através de uma rede de 15 balcões
situados nos concelhos de Loures, Odivelas, Amadora, Sintra, Cascais e Oeiras.
1. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS
POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
1.1. Bases de apresentação das contas
As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da
continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de
acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos
termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do
Banco de Portugal.
As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato
Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o
Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho,
transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e
pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:
i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e
contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser
reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor.
111 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de
operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês,
nomeadamente juros e comissões;
ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das
operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão
ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com
o método referido na alínea anterior;
iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime,
sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do
Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal
nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro.
Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e
outros instrumentos de natureza análoga;
iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não
sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 –
Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações
extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são
registadas em “Reservas de reavaliação”.
v) Benefício aos empregados, através do estabelecimento de um período para
diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.
De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005
de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com
referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser
atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31
de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua
de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a
qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2011.
A preparação das demonstrações financeiras anuais de acordo com as NCA's requer que o
Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas e pressupostos que afectam a
aplicação das políticas contabilísticas e o valor dos activos, passivos, proveitos e custos.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
112
As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros
factores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os
julgamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja valorização não é evidente através
de outras fontes.
A 1 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à IAS
19 – norma contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados. O período
de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas
as empresas que adoptem esta norma para a contabilização dos benefícios dos empregados
(planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS 19 durante 2013.
Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada e reportada, a partir do exercício
de 2013 seguindo a IAS 19 revista.
As Demonstrações Financeiras da Caixa foram aprovadas em reunião do Conselho de
Administração.
1.2. Comparabilidade da informação
a) Normas, alterações e interpretações eficazes em ou após 1 de Janeiro de 2016
As principais alterações que entraram em vigor no exercício de 2016 não tiveram impacto
nas DF’s da CCAM.
b) A adopção antecipada das normas
A Caixa não adoptou antecipadamente novas normas ou emendas em 2016.
1.3. Resumo das principais políticas contabilísticas
As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações
financeiras foram as seguintes:
a) Especialização dos exercícios
A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios (regime de
acréscimo) em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras.
113 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
Assim, os gastos e rendimentos são registados à medida que são gerados,
independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.
b) Transacções em moeda estrangeira
Os saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, são convertidos
ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.
Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira
registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em
divisas têm na posição cambial.
c) Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos
As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas
não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira
(directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas
financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto
sobre a mesma.
As empresas e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises
de perdas por imparidade.
d) Crédito e outros valores a receber
Conforme descrito estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o
Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.
A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de
relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os rendimentos são
reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da
taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um
período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e ganhos externos
imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria
devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos,
segundo o método da taxa efectiva.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
114
Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de
provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio
da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos
periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que
são cobrados ou pagos.
Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis passivos contingentes
As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas
em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou
outros ganhos registados em resultados ao longo da vida das operações.
Imparidade
A Caixa aplica nas suas contas individuais as NCA's pelo que, de acordo com o definido no nº
2 e 3 do Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, a valorimetria e provisionamento do crédito
concedido mantém o regime definido pelas regras do Banco de Portugal aplicado pela Caixa
nos exercícios anteriores, como segue:
i) Provisão para crédito e juros vencidos
Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem
prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do
crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do
período decorrido desde a data de incumprimento.
ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa
Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos
concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que
estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do
Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:
115 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique,
relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das
seguintes condições:
. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;
. Estarem em incumprimento há mais de:
. seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;
. doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas
inferior a dez anos;
. vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos.
Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição
de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas
operações.
- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação
acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente
excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são
provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.
iii) Provisão para riscos gerais de crédito
Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de
cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.
Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do
crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:
- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a
particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;
- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de
locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação
do mutuário;
- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
116
A caixa avalia regularmente da existência objectiva de imparidade da sua carteira de crédito.
Deste modo verifica se as provisões anteriormente referidas são suficientes para cobrir o
risco de incobrabilidade. Em caso de insuficiência é reforçada a provisão para riscos gerais de
crédito.
Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão
para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão
deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.
A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos
que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são
denunciados nos termos definidos no manual de crédito, sendo nesse momento considerada
vencida toda a dívida.
Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização
das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é
reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.
e) Outros activos e passivos financeiros
Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os
IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.
i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados,
passivos financeiros detidos para negociação
Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável
transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no
curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber
(justo valor positivo) são incluídos na rubrica activa financeira detida para negociação. Os
derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na
rubrica passiva financeira detida para negociação.
117 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento
fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo
valor através de resultados.
Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo
valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas
decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.
Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor
nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e
reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no
montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise,
considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das
contrapartes.
ii) Activos financeiros disponíveis para venda
Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que
não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor
através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou
como empréstimos e contas a receber.
Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de
instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser
mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas
relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do
capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de
perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou
perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do
período.
Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo
de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com método
taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros rendimentos similares”.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
118
Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data
em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados
são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.
iii) Investimentos detidos até à maturidade
Os investimentos detidos até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo,
com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada,
sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.
Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição.
Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo
de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o
método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos
similares”.
iv) Empréstimos e contas a receber de outras instituições de crédito
De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados
apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.
São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado
activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros.
No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de
eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais
directamente atribuíveis à transacção. Subsequentes, estes activos são reconhecidos em
balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco
país.
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o
custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é
aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados
ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.
119 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
v) Outros passivos financeiros
Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos
de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à
contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados
ao custo amortizado.
Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia
do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98,
de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola
Mútuo, para que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos
constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii)
promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas
instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).
vi) Imparidade em activos financeiros
A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de
crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d).
Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as
perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.
Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de
desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não
cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado
dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com
razoabilidade.
Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por
imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de
ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido
directamente na demonstração de resultados.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade,
resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de
dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo
valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados.
As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas
através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título
resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por
imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que
eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por
imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável
para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor
são sempre reconhecidas em resultados.
No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda
potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.
f) Derivados e contabilidade de cobertura
Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua
contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extra patrimoniais pelo respectivo
valor nominal. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados
pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:
• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo,
no que respeita a futuros transaccionados em mercados
organizados);
• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização
aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de
valorização de opções.
121 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
Derivados de cobertura
Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um
determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de
cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo
descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.
Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação
formal, que inclui os seguintes aspectos:
• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da
operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de
risco definidas;
• Descrição do (s) risco (s) coberto (s);
• Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de
cobertura;
• Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua
realização.
Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da
comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto
(na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade
de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo
entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma
a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.
Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados
mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a
cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo
valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é
reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através
de resultados”.
No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo,
swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos
liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”,
da demonstração de resultados.
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As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e
passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos
são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos.
g) Outros activos tangíveis
Os activos tangíveis utilizados para o desenvolvimento da actividade são contabilisticamente
relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das
depreciações e perdas de imparidade acumuladas. Sempre que existam indícios de perda de
valor dos activos fixos tangíveis, são efectuados testes de imparidade de forma a estimar o
valor recuperável do activo, e quando necessário registar uma perda por imparidade. O valor
recuperável é determinado como o mais elevado entre o justo valor menos custos de
vender, e o valor de uso do activo, sendo este último calculado com base no valor actual dos
fluxos de caixa futuros estimados, decorrentes do uso continuado e da alienação do activo
no final da vida útil definida.
Os ganhos ou perdas na alienação dos activos são determinados pela diferença entre o valor
de realização e o valor contabilístico do activo, devem ser reconhecidos na demonstração
dos resultados, no período em que se realizem
A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período
de vida útil estimado do bem:
Anos de
Vida útil
Imóveis de serviço próprio 50
Despesas em edifícios arrendados 10
Equipamento informático e de escritório 4 a 10
Mobiliário e instalações interiores 6 a 10
Viaturas 4
As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios
que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua
utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.
Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram
registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde
ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de
índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações
que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo
registados os correspondentes impostos diferidos passivos.
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Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por
imparidade.
Activos intangíveis
Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou
preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa e
valores despendidos com trespasses de agências. Os activos intangíveis são registados ao
custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da
vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.
h) Activos não correntes detidos para venda
Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como
detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser
recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de
activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes
requisitos:
• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;
• O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;
• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar
num espaço temporal curto após a classificação do activo nesta
rubrica.
Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o
justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é
determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a
amortizações.
i) Provisões
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Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a risco de
incumprimento das obrigações dos nossos clientes (crédito), riscos fiscais, processos judiciais
e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37
(Nota 30).
j) Benefícios de empregados
A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário
pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez
e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança
Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores
consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV.
Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo
Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por
velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes
complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida
à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço
prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.
Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo
Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um
Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA VIDA.
De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são
abrangidos pelos benefícios descritos.
Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das
seguintes datas:
• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na
carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e
diuturnidades;
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• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das
pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo
de Pensões.
Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões
do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:
• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é
posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões,
é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço
passado e total;
• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é
anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é
esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.
Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e
diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.
Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por
velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por
invalidez e sobrevivência imediata.
O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente
casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de
três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício
encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI
do ACTV.
A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é
estimada pela Companhia de Seguros CA VIDA para cada entidade contribuinte em função
do número de trabalhadores inscrito.
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O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento
integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um
nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de
pessoal no activo.
No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura
do aumento de responsabilidades decorrente da adopção da IAS 19.
A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à
IAS 19 – norma contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados. O
período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de
2013, e todas as empresas que adoptem esta norma para a contabilização dos benefícios dos
empregados (planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS 19
durante 2013. Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada e reportada, a
partir do exercício de 2013 seguindo a IAS 19 revista.
k) Impostos sobre os lucros
A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).
O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e
os impostos diferidos.
O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do
resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou
proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros
períodos.
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em
períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor
de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro
tributável.
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Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças
temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao
montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a
utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No
entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:
• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de
activos e passivos em transacções que não afectem o resultado
contabilístico ou o lucro tributável;
• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não
distribuídos por empresas associadas, na medida em que a Caixa
tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável
que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa
estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas
aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.
Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do
exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido
reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de
activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é
igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do
exercício.
l) Locação financeira
Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito
concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano
financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos
financeiros.
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m) Eventos subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições
que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras, se materiais.
2. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS
A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras
teve um impacto global positivo nos capitais próprios da Caixa em 1 de Janeiro de 2006 no
montante de 207.772,99 Euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações
financeiras preparadas de acordo com o PCSB resultante dos seguintes efeitos:
Activos tangíveis (IAS 16 e 36)
A Caixa regularizou por contrapartida de resultados transitados o valor por amortizar dos
activos intangíveis que não cumpriam com os requisitos do IAS 16 e 36. Nem todos os
activos se encontravam totalmente amortizados, pelo que o valor actual desses bens foi
contabilizado em resultados transitados assim como o respectivo imposto diferido activo.
Activos intangíveis (IAS 38)
A Caixa regularizou por contrapartida de resultados transitados o valor por amortizar
dos activos intangíveis que não cumpriam com os requisitos do IAS 38. Estes activos
encontravam-se totalmente amortizados, pelo que não há valores a mencionar no quadro
superior.
Prémio de antiguidade (IAS 19)
O valor actual dos prémios de antiguidade a pagar no futuro por serviços passados
em 31 de Dezembro de 2006 foi reconhecido por contrapartida de resultados transitados.
De acordo com o anterior normativo do Banco de Portugal, os prémios de antiguidade eram
reconhecidos como custo no momento do respectivo pagamento.
Impostos diferidos (IAS 12)
O valor indicado no quadro supra está relacionado com impostos diferidos relativos a
provisões não aceites fiscalmente e ao aumento das reintegrações resultante da reavaliação
legal.
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Diferimento de comissões (IAS 18)
De acordo com as NCA, os proveitos e custos associados a activos e passivos financeiros
registados ao custo amortizado são reconhecidos ao longo da vida das operações.
As comissões contabilizadas em proveitos até 31 de Dezembro de 2006, mas que de acordo
com as NCA deveriam ser reconhecidas ao longo da vida das operações, foram abatidas a
resultados transitados.
3. Nota de Gestão de Riscos
Risco de crédito
Risco de crédito corresponde a perdas financeiras decorrentes do incumprimento das
contrapartes com as quais são celebrados os instrumentos financeiros.
Exposição máxima ao risco de crédito
Em 31 de Dezembro de 2016, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de
instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue:
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Risco cambial
Em 31 de Dezembro de 2016, os montantes globais dos activos e passivos financeiros por
moeda, convertidos para Euros, apresentam a seguinte composição:
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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O risco cambial existente é de valor muito reduzido ou mesmo nulo.
Risco de mercado
Risco de mercado corresponde ao risco de variação do justo valor ou dos cash-flows dos
instrumentos financeiros em função de alterações nos preços de mercado, incluindo:
• risco cambial;
• risco de taxa de juro;
• outro risco de preço. Este risco está associado a variações ao nível dos
preços de mercados (excluindo as variações associadas ao risco cambial
ou ao risco de taxa de juro) resultantes de variações em factores
específicos de cada instrumento financeiro ou de factores que afectem
todos os instrumentos financeiros similares transaccionados no
mercado.
Análise de sensibilidade
O risco de mercado da Caixa é avaliado com base na metodologia do “Value-at-Risk” (VaR),
sendo este indicador utilizado na gestão da exposição aos riscos gerados pelos instrumentos
financeiros.
4. RELATO POR SEGMENTOS
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, a totalidade
dos elementos do balanço e da demonstração dos resultados da Caixa resultaram de
operações efectuadas em Portugal, a segmentação dos resultados da Caixa por linhas de
negócio é a seguinte:
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Nota: A Caixa possui apenas um segmento dado não estar organizada de forma a separar na sua actividade a área de retalho e
a área de corporate/empresas.
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5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central
Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos
Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas
junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos
os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem
fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é
aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de 100.000 Euros. As reservas
mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de
refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.
6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Esta rubrica tem a seguinte composição:
10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
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Em 31 Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, os prazos residuais das aplicações em
instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:
11. CRÉDITO A CLIENTES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de
Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015 de uma provisão para riscos gerais de crédito
no montante de 690.052 Euros e 615.064 Euros, respectivamente, registada na rubrica
“Provisões” do passivo (Nota 30).
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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Em 31 Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, o prazo residual dos créditos a
clientes apresenta a seguinte estrutura:
15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2016 e 2015 pode ser apresentado da
seguinte forma:
O aumento desta rubrica no exercício é justificado essencialmente pela entrada de novos
imóveis provenientes da recuperação de crédito.
As avaliações de todos os imóveis têm menos de dois anos e são realizadas por especialistas
registados na CMVM. De igual modo, é obtida a autorização do Banco de Portugal para a
manutenção dos imóveis nesta rubrica.
É perspectiva da CCAM que a alienação dos imóveis se venha a concretizar num espaço
temporal curto.
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17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de
2016 e 2015 foi o seguinte:
As imparidades sobre os Ativos Fixos Tangíveis traduzem a aplicação dos procedimentos da Norma Internacional de Contabilidade 36, em conformidade com o descrito na instrução 72/2016 do DCF), de forma a apresentar uma imagem mais verdadeira e apropriada da situação patrimonial da instituição.
18. ACTIVOS INTANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2016 e
2015 foi o seguinte:
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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19. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS
Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, a rubrica “investimentos em filiais”
tem a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2016, os dados financeiros mais significativos retirados das
demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:
20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de
2016 de 31 de Dezembro de 2015 eram os seguintes:
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O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2016 e
2015 foram o seguinte:
Os activos por impostos diferidos são reavaliados de acordo com a análise efetuada
sobre a recuperação dos prejuízos fiscais e de créditos com garantia hipotecária sobre os
imóveis, na convicção que os valores reconhecidos venham a ser recuperados. Por
prudência e conforme instruções recebidas da Caixa Central, não estão reconhecidos em
31 de Dezembro de 2015 activos por impostos diferidos sobre os prejuízos fiscais.
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Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados são apresentados da seguinte
forma:
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e
correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste
modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2012 a 2015 poderão vir ainda a
ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.
Contudo, na opinião da Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções
com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2016.
21. OUTROS ACTIVOS
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
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25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2016 de 31 de Dezembro de 2015, os prazos residuais dos recursos
de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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30. PROVISÕES E IMPARIDADE
O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios
de 2016 e 2015 foi o seguinte:
Nota: O valor registado nas Outras Provisões em 31 de Dezembro de 2016 (209.920€) são:
(179.920€) Provisões para garantias e compromissos assumidos e (30.000,01€) de uma ação
judicial em curso contra a CCAM.
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33. OUTROS PASSIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS
Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária
encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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No âmbito da sua actividade normal a Caixa oferece determinados produtos financeiros que
tradicionalmente incluem instrumentos relacionados com crédito registados em contas
extrapatrimoniais e cujos riscos não se encontram portanto reflectidos totalmente ou em
parte nas demonstrações financeiras.
As garantias e avales prestados podem dizer respeito a operações relacionadas ou não com
crédito, em que a Caixa presta uma garantia em relação a crédito concedido a um cliente por
uma entidade terceira. De acordo com as suas características específicas, espera-se que
algumas destas garantias expirem sem terem sido exigidas, pelo que estas operações não
representam necessariamente fluxos de caixa de saída.
As cartas de crédito e créditos documentários abertos destinam-se particularmente a
garantir pagamentos a entidades terceiras no âmbito de transacções comerciais com o
estrangeiro, financiando o envio das mercadorias adquiridas. Desta forma o risco de crédito
destas transacções encontra-se limitado uma vez que se encontram colateralizadas pelas
mercadorias enviadas e são geralmente de curta duração.
Os compromissos irrevogáveis constituem partes não utilizadas de facilidades de crédito
concedidas a clientes empresas e particulares. Muitas destas operações têm uma duração
fixa e uma taxa de juro variável, pelo que o risco de crédito e de taxa de juro é limitado.
Os instrumentos financeiros contabilizados como Garantias e outros compromissos estão
sujeitos aos mesmos procedimentos de aprovação e controlo aplicados à carteira de crédito
nomeadamente quanto à avaliação da adequação das provisões constituídas tal como
descrito na política contabilística. A exposição máxima de crédito é representada pelo valor
nominal que poderia ser perdido relativo aos passivos contingentes e outros compromissos
assumidos pela Caixa na eventualidade de incumprimento pelas respectivas contrapartes,
sem ter em consideração potenciais recuperações de crédito ou colaterais.
Em virtude da natureza destas operações conforme acima descrito não se prevêem
quaisquer perdas materiais nestas operações para além dos valores registados na rúbrica de
Outras Provisões conforme explicitado na nota 30.
35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO
Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, a estrutura accionista da Caixa é a
seguinte:
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Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I
SérieB, nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de
dividendos nem para a aquisição de acções próprias.
36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E
LUCRO DO EXERCÍCIO
Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, as rubricas de reservas e resultados
transitados têm a seguinte composição:
Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado
pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até
à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados
transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção
não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.
Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para
aumentar o capital.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
145 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
146
45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO
Estas rubricas têm a seguinte composição:
47. CUSTOS COM PESSOAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
147 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
O número médio de colaboradores da Caixa em 2016 e 2015 apresenta a seguinte
composição:
48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
148
49. ENTIDADES RELACIONADAS
Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de
Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.
Em 31 de Dezembro 2016 e 31 de Dezembro de 2015, as demonstrações financeiras da Caixa
incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:
As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores
de mercado nas respectivas datas.
149 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
50. PENSÕES DE REFORMA
ENQUADRAMENTO
A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à
IAS 19 – norma contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados.
O período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de
2013, e todas as empresas que adoptem esta norma para a contabilização dos benefícios dos
empregados (planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS 19
durante 2013.
Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada e reportada, a partir do exercício
de 2013 (com base no estudo actuarial elaborado em 31/12/2013), seguindo a IAS 19
revista.
As principais alterações são:
Reconhecimento
• Eliminação da possibilidade de reconhecimento diferido dos ganhos e perdas
actuariais, ou seja, da utilização do método do corredor. Os ganhos e perdas
actuariais deverão ser totalmente reconhecidos em “outro rendimento integral” no
ano em que ocorrem;
• Eliminação do conceito "retorno esperado dos activos".
Apresentação
• Custo do Serviço (P&L): O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes,
custo dos serviços passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações;
• Juro líquido (P&L): O juro líquido é determinado pela multiplicação da taxa de
desconto pelo passivo (activo) líquido de benefícios definidos (ambos determinados
no início do período de relato anual, tendo em conta qualquer variação do passivo
(activo) líquido de benefícios definidos durante o período em consequência do
pagamento de contribuições e benefícios);
• Remensurações (Outro Rendimento Integral): Inclui todas as alterações resultantes
da remensuração das responsabilidades por serviços passados e activos do plano.
1. CONTABILIZAÇÃO EM NCA
1.a) Apuramento do impacto de adopção das NCA a 1/01/2007
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
150
Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito
à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos
ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006.
Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de pensões de
reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s foram as
seguintes:
1-01-2007
Fundo de pensões
A.1. Responsabilidades PCSB 51.606
A.2. Impacto da transição para IAS 19: 68.564
A.2.1. Tábua de mortalidade 5.641
A.2.2. Pressupostos financeiros 62.923
A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 120.170
A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 60.762
A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. – A.4.) 59.408
1-01-2007
Encargos com saúde (SAMS):
B.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 211.029
B.2. Com licenças sem vencimento 0
B.3. Com pré-reformados 0
B.4. Com pensões em pagamento 3.719
B. Total 214.748
1-01-2007
Prémio de antiguidade:
C.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 194.228
C.2. Com licenças sem vencimento 0
C. Total 194.228
De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades
decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005
pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações
uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).
151 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de
responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser
reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes
anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos).
Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro,
as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser
reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes
anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).
Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14
de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados,
por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.
Foi decisão da CCAM de LOURES, SINTRA E LITORAL prolongar o diferimento dos impactos de
transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.
Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos
impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos
em resultados transitados, é como segue:
31-12-2007 Nº anos a
diferir
Data limite de
diferimento
A.2.1.2007 Alteração da tábua de mortalidade 4.835 9 anos 2016
A.2.2.2007 Alteração dos pressupostos
financeiros 50.338
7 anos 2014
A.2.3.2007 Excesso de cobertura em PCSB 7.325 7 anos 2014
B.2007 Encargos com saúde (SAMS) 184.070 9 anos 2016
No exercício de 2014 terminou o prazo limite de diferimento do impacto de transição na
adopção da IAS 19, no que respeita a:
- Alteração dos pressupostos financeiros;
- Excesso de cobertura em PCSB.
Ficaram por ainda diferir em 2015 e 2016, o valor respeitante a:
- Alteração da tábua de mortalidade;
- Encargos com saúde (SAMS).
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
152
Assim sendo, o reconhecimento anual nos resultados transitados no atual exercício é o
seguinte:
31-12-2016*
A.2.1.2016 Alteração da tábua de mortalidade 537
B.2016 Encargos com saúde (SAMS) 20.452
2016 TOTAL 20.989
TOTAL = A.2.1.2016 + B.2016
*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na
adopção da IAS 19.
1.b) Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e
Prémios de antiguidade a 31/12/2016
Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da
CCAM de LOURES, SINTRA E LITORAL com referência a 31 de Dezembro de 2016 e de 2015
foram os seguintes:
31-12-2016 31-12-2015 Pressupostos demográficos Tábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90 Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80 Idade de Reforma (**) (**) Método de avaliação Projected Unit
Credit”
Projected Unit Credit”
Pressupostos financeiros: Taxa de desconto (*) (*) Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,40% Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00% Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:
- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40% - de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40% (*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:
Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos :
2,30% 2,70%
Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos :
2,10% 2,30%
Pré-reformados, reformados e pensionistas : 1,75% 2,00% (**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013
153 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
Em 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados com o
pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos
de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no activo, licenças sem vencimento, pré-
reformados e pensões em pagamento, são as seguintes:
31-12-2016
F.2016 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 752.621
F.1 Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 585.138
F.2 Com licenças sem vencimento 19.889
F.3 Com pré-reformados 24.993
F.4 Com pensões em pagamento 122.601
O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente
à CCAM de LOURES, SINTRA E LITORAL é o que a seguir se apresenta:
G.1 + Custo do serviço corrente 32.155
G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 716
G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais 46.931
G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores
realizados -26.758
G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas
condições dos planos 73.689
G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas
antecipadas 0
G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 79.801
O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM de LOURES,
SINTRA E LITORAL foi o seguinte:
A.4.2015 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2015 651.062
H.1 (+) Contribuições efectuadas 63.993
H.1.1 Pela CCAM de LOURES, SINTRA E LITORAL 32.528
H.1.2 Pelos empregados 31.465
H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0
H.3 (+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) 18.144
H.4 (-) Prémios de seguro pagos 25.203
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
154
H.9 (+) Participação de resultados no seguro 25.875
H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 5.559
H.5.1 Por reformas antecipadas 0
H.5.2 Outros 5.559
H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 2.154
H.7.2016 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2016 726.160
H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2016
(H.7.2016 – A.4.2015)
75.097
O movimento ocorrido durante o exercício de 2016 relativo ao valor actual das
responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:
F.2015 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2015 662.388
G.1 (+) Custo do serviço corrente 32.155
G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 689
H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 31.465
G.2 (+) Custo dos juros 17.526
G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades 48.265
G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas
antecipadas
0
H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 5.559
H.5.1 Por reformas antecipadas 0
H.5.2 Outros 5.559
H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 2.154
F.2016 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2016 752.621
K. Variação nas responsabilidades em 2016 (F.2016 – F.2015) 90.233
O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016, de acordo com o
Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:
F.2016 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 752.621
I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2014 (Aviso 7/2008) 0
I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 722.370
I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 101
155 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na
adopção da IAS 19.
Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19
Revisto, os desvios actuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012,
foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”.
No exercício de 2016, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido no
exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte:
RI.2015 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2015 159.518
RI.ano Desvios actuariais gerados em 2016 – Ganhos e
perdas actuariais
-46.258
RI.2016 Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2016 113.260
Prémios de antiguidade:
A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de
antiguidade futuros, com trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:
Prémio de Antiguidade 31-12-2015
N.1.2015 Com trabalhadores no activo 312.793
N.2.2015 Com licenças sem vencimento 0
N.2015 Total 312.793
Prémio de Antiguidade 31-12-2016
N.1.2016 Com trabalhadores no activo 317.376
N.2.2016 Com licenças sem vencimento 8.705
N.2016 Total 326.081
Prémio de Antiguidade Variação
O.1. Com trabalhadores no activo 4.583
O.2. Com licenças sem vencimento 8.705
O. Total 13.288
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
156
51. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESEGUROS A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Loures, Sintra e Litoral está inscrita na
Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de
Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº
144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade
com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros
– Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da
actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida –
Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros
para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.
No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de
seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e
participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos
Balcões da CCAM.
Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas
seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de
adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a
CCAM e as referidas Seguradoras.
As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na
Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os
valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano,
estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de
emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que
estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2016, encontram-se já integralmente pagas pelas
referidas Seguradoras.
O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros
auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):
Origem Seguradora 2014 2015 2016 % por
Origem
2016
Ramos Não Vida CA Seguros 256.790,63 363.088,11 360.001,74 70,7%
Ramo Vida CA Vida 153.447,59 150.101,68 144.612,70 28,4%
Fundos de Pensões CA Vida 2.610,91 4.636,09 4.612,47 0,9%
Total 412.849,13 517.825,88 509.226,91 100,0%
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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10
Certificação Legal de Contas
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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
166
11
Parecer do Conselho Fiscal
167 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
169 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
170
12
Estrutura e Prática de Governo Societário
171 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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12. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO
1. Estrutura de Governo Societário
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, CRL adota o modelo de
governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de
Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.
Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia
Geral, para um mandato de três anos.
2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola
3. Assembleia Geral
A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um
Secretário.
3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral
Presidente: Germano Marques da Silva
Vice-Presidente: Antonino Ribeiro Rito da Silva
Secretário: José Augusto Antunes Regedor
Assembleia Geral
Conselho de Administração
Conselho Fiscal ROC
173 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
1.2. Competência da Assembleia Geral
A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe
atribuam competências, competindo-lhe, em especial:
� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os
seus Presidentes;
� Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola
para o exercício seguinte;
� Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;
� Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;
� Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e
de organismos cooperativos de grau superior;
� Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;
� Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor
oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou
membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;
� Decidir da alteração dos Estatutos.
4. Conselho de Administração
O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no
mínimo de três e de um suplente.
Actualmente o Conselho de Administração é composto por três membros efetivos, dois
executivos e um não executivo, com mandato para o triénio 2016/2018.
4.1. Composição do Conselho de Administração
Presidente: José António de Carvalho Barreira - Executivo
Vogal: Márcio José Amorim Henriques - Executivo
Vogal: José Manuel Alvares da Costa e Oliveira – Não Executivo
Suplente: Vítor Manuel Mendes Morais
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
174
4.2. Competências do Conselho de Administração
As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em
especial e de acordo com os Estatutos:
� Administrar e representar a Caixa Agrícola;
� Elaborar, para votação pela Assembleia-geral, uma proposta de plano de
actividades e de orçamento para o exercício seguinte;
� Elaborar, para votação pela Assembleia-geral, o relatório e as contas
relativos ao exercício anterior;
� Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da
Caixa Agrícola;
� Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.
� Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;
� Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e
não pagos;
� Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.
4.3. Reuniões do Conselho de Administração
O Conselho de Administração reúne, pelo menos uma vez por semana, tendo realizado um
total de 53 reuniões em 2016.
4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração
O Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros
da seguinte forma:
Presidente: José António de Carvalho Barreira - Gestão Comercial
Vogal: Márcio José Amorim Henriques – Gestão de Risco de Crédito
Vogal: José Manuel Alvares da Costa e Oliveira – Gestão Recursos Humanos
5. Órgãos de Fiscalização
A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor
Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.
175 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda,
ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de
actividade e de orçamento.
5.1. Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.
5.1.1. Composição do Conselho Fiscal
Presidente: Sandra Maria Gomes Nicolau
Vogal: Luis Miguel Estevão Patrício da Silva
Vogal: Nelson Cesar Gonçalves Baptista
Suplente: Carla Susana Duarte Mateus Oliveira Mendes
5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por mês, tendo realizado, em 2016, um total de
10 reuniões.
5.2. Revisor Oficial de Contas
O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designado
para o cargo:
Efectivo: Diz & Associados – SROC, Lda.
Representada por José Joaquim Afonso Diz
Suplente: Rui Manuel Tavares Leitão
6. Politica de Remuneração
6.1. Politica de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização
6.1.1. Em 09 de Março de 2016, a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola
Mútuo de Loures, Sintra e Litoral, C.R.L., apreciou e aprovou a Declaração sobre Politica de
Remunerações dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, em
cumprimento do disposto no art.2º, nº1, da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho e nos termos do
disposto do Aviso 1/2010 e da Carta-Circular nº2/2010/DSB, ambos do Banco de Portugal.
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6.1.2. Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art.16º do Aviso do Banco de Portugal
nº10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exatos termos em que
foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.
POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E
DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA CAIXA DE
CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL
Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e
Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro,
na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, vem o
Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Loures, Sintra e
Litoral, C.R.L., (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a
Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da
CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016.
Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de
Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016 seja aprovada nos seguintes termos:
1. INTRODUÇÃO
Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos
Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de
modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a
natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a
natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e
delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.
A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda
aprovado qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº
10/2011, sendo que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015,
referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de
informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos:
a. O RGICSF;
b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não
sejam incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste
introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não
devam, por isso, considerar-se revogadas em função de tais alterações;
177 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº
157/2014;
d. A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de
Requisitos de Capital);
e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento
de Requisitos de Capital).
2. PRINCÍPIOS GERAIS
O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da
proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a
relevância dada elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a
imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que
determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão
simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por
conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são
auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de
riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua
estabilidade financeira ou a sua base de capital.
Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA
todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na
medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as
entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve
que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio
da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF.
Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da
presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes
objectivos:
a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a
assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;
b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos,
valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de
interesses;
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c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da
remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e
na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou
de Fiscalização.
3. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:
a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela
Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma
revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos
do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF;
b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis;
c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o
valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de
Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível
pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do
art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração;
d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do
Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente
consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que
preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições
e com a natureza específica do Crédito Agrícola;
e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de
Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de
Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição,
mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza
cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e
Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios
sociais.
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4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO: CONSELHO
FISCAL
A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da
composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga
através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral.
Não há lugar a qualquer acréscimo a esta remuneração.
5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO: CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO
5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS
A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste
exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze
vezes, de valor fixado pela Assembleia Geral.
Sem prejuízo do disposto na presente Política de Remuneração acerca da inexistência de
remunerações variáveis, caso os Administradores Executivos sejam oriundos do quadro de
pessoal da Caixa Agrícola ou da Caixa Central e vejam os seus contratos de trabalho
suspensos em virtude da sua designação para o Conselho de Administração, a remuneração
que lhes for atribuída não poderá ser inferior à que aufeririam caso aqueles contratos de
trabalho se mantivessem em vigor, devendo ainda relevar, para efeitos de antiguidade, o
tempo de duração dos respectivos mandatos.
Ter-se-ão em consideração para o efeito todas as prestações a que os Administradores em
causa tivessem direito à data da suspensão dos respectivos contratos de trabalho, sem
prejuízo da respectiva actualização, nos mesmos termos em que for determinada para a
generalidade dos trabalhadores da Caixa Agrícola, e incluindo-se o direito a prémio de
antiguidade, que não é considerado remuneração variável, por não depender de avaliação de
desempenho.
Acresce a esta remuneração:
i) atribuição de cartão de crédito e afectação do mesmo ao pagamento de despesas de
representação ou outras incorridas no exercício das funções de Membro do Órgão de
Administração;
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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ii) atribuição de telemóvel e viatura de serviço para uso no exercício das mesmas
funções;
iii) facilidades de reembolso de despesas não compreendidas em i);
iv) possibilidade de acesso a financiamento de carácter ou finalidade social ou
decorrente da política de pessoal, conquanto verificados os pressupostos legal,
regulamentar ou convencionalmente exigíveis.
Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do
Aviso nº 10/2011, mais se declara que:
5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho
a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores
Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos
termos acima descritos;
b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo
que são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e
i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011.
5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback
Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma
componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à
aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução (“malus”) ou reversão
(“clawback”).
5.1.3 Disposições gerais
a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente
variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso
nº 10/2011;
b) No exercício de 2016 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e
indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções;
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c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer
contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição,
incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de
não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege
exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos
jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na
Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação
antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;
d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer
remunerações pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição;
e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma
antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão;
f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como
remuneração.
g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração
ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a
atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração
h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu
primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em
consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada
momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela
Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente
diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração.
5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS
A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração consiste
exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze
vezes, de valor fixado pela Assembleia Geral.
Os Membros não executivos do Conselho de Administração terão ainda direito ao reembolso
das despesas em que comprovadamente incorram no exercício das suas funções.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS
A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de
mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.
7. REMUNERAÇÕES PAGAS EM 2016
As remunerações brutas auferidas em 2016 pelos membros do Conselho de Administração
foram as seguintes:
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Fixa
Variavel
Total CCAM
Vencimento
Subsidios e Outros
José Antonio de Carvalho Barreira 69.085,34 69.084,34
Márcio José Amorim Henriques(1) 28.421,12 - - 28.421,12
José Augusto Antunes Regedor(2) 17.755,00 - - 17.755,00
José Manuel Alvares da Costa Oliveira 28.858,85 - - 28.858,85
144.120,31 - - 144.120,31
1.Inicio de funções em 22-08-2016 2.Cessação de funções em 22-08-2016
As remunerações brutas auferidas em 2016 pelos membros do Conselho Fiscal foram as
seguintes:
CONSELHO FISCAL Fixa
Variavel
Total CCAM
Vencimento
Subsidios e Outros
Luis Patricio da Silva (1) - 1.590,00 - 1.590,00
João Lourenço Neves (1) - 0,00 - 0,00
José Valério Vicente Junior (1) - 1.590,00 - 1.590,00
Sandra Maria G.N.Santos (2) - 1.590,00 - 1.590,00
Luis Miguel E.P.Silva (2) - 1.590,00 - 1.590,00
Nelson Cesar G.Batista (2) - 1.590,00 - 1.590,00
- 7.950,00 - 7.950,00
1.Cessação de funções em 22-08-2016 2.Inicio de funções em 22-08-2016
183 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
A revisão de contas é efetuada pela Sociedade Diz & Associados, SROC, Lda, representada
pelo Doutor José Joaquim Afonso Diz. Durante o exercício de 2016 os honorários auferidos
com iva incluido foram os seguintes:
ROC 2016
Honorarios - Certificação Legal Contas * 9.315,19
9.315,19
* o valor inclui honorários do ROC cessante, Esteves Pinho & Associados, SROC, no montante de 3.198,00 euros
6.2. Política de Remuneração de Colaboradores
6.2.1. Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal
nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à politica de remunerações de
colaboradores:
1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº
10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as
condições no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento
remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento
remunerativo casuístico.
2. Também se atribui uma ou duas horas de isenção de horário de trabalho às funções cujo
nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.
3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num
processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual
corresponde apenas a um prémio de desempenho.
4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de
administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para
a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os
resultados finais da avaliação de desempenho efetuada pela hierarquia direta dos
colaboradores.
5. Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração tem como
limite máximo a remuneração de um mês de vencimento. O limite e as orientações de
atribuição são revistos anualmente pelo Conselho de Administração.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LOURES, SINTRA E LITORAL, CRL | Relatório e Contas 2016
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6. A componente variável a verificar-se é assim atribuída anualmente, considerando o
resultado da avaliação de desempenho e o grau de concretização de objetivos definidos
para cada área.
Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a
longo prazo.
7. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o
desempenho do ano anterior.
8. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o
valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez
possa impedir que se atinja qualquer um dos objetivos que o diferimento visaria prosseguir.
9.Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em
2016 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as
seguintes remunerações:
6.2.2 Remunerações Pagas
Fixa
Variavel
Total CCAM
Vencimento
Subsidios e Outros
Gestão de Risco
Compliance
Auditoria Interna 19.469,16 3.244,86 - 22.711,02
19.469,16 3.244,86 - 22.711,02
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