O mapa mais antigo que se tem notícia é o Ga-Sur feito na Babilônia. Um tablete de argila cosida de 7x8 cm, datado de aproximadamente 2 400 a.c representando um vale, provavelmente do rio Eufrates
Hoje com tecnologia sofisticada são produzidos e utilizados mapas digitais
O Sistema de projeção tem por objetivo transformar a esfera (o globo) em um plano (o mapa). É matematicamente impossível transformar uma figura tridimensional em um plano perfeito. Sempre há algum tipo de deformação portanto, a escolha do tipo de projeção a ser aplicada varia de acordo com o uso que se vai fazer do mapa que está sendo confeccionado .
Como são feitos os mapas ? Através de técnicas como as de Projeções cartográficas e cálculo de escalas
Projeção azimutal
A projeção azimutal é bastante utilizada em mapas que apresentam as regiões polares, pelos pilotos de aviões no cálculo de distâncias aéreas e também em estudos sísmicos. É uma representação cartográfica que consiste na tomada de um determinado ponto da terra que tangencia o plano. Esta projeção está representada na bandeira das nações Unidas.
Projeção Cônica
São muito utilizadas quando se quer estudar um continente ou países pois só podem abranger a representação de um hemisfério de cada vez. Esta projeção é também muito utilizada na navegação aérea.
É a projeção ideal para representar o planisfério, mantêm perfeitos os ângulos e as formas mas distorce as áreas. Quanto mais afastada da linha do Equador ( maior latitude) maior a distorção nestas áreas .
PROJEÇÃO CILÍNDRICA DE MERCATOR (SÉCULO XVI)
Tipos de Projeções:
Projeção cilíndrica
Muito utilizada na época das grandes navegações, coloca a Europa no centro do mapa (Eurocentrismo).
Mapas e visões de mundo
Os mapas, longe de serem uma representação neutra da realidade, sempre contém em si uma visão do mundo. Visão esta que muitas vezes reflete uma relação de poder dentro da sociedade e da cultura na qual está inserido.
Muitas vezes as representações cartográficas vêm carregadas de visões genéricas e distorcidas da realidade, reforçando estereótipos e preconceitos.
Groelândia
Antartica
Observe com atenção o que acontece nesta projeção de Mercartor:Os meridianos e os paralelos são linhas que se cortam em ângulos retos. Nela as regiões polares aparecem muito exageradas como na Groenlândia e a Antártica.
Uma outra projeção muito utilizada em planisférios é a de Arno Peters, que data de 1973. Sua base também é cilíndrica mas ao contrario da de Mercartor que é do tipo Conforme, esta é do tipo equivalente, isto é mantêm as áreas proporcionalmente corretas. As retas são perpendiculares aos paralelos e as linhas meridianas têm intervalos menores, resultando um significativo achatamento no sentido Leste-Oeste e a deformação no sentido Norte-Sul nas altas latitudes nas massas continentais.
América invertida(1943)
“Tenho dito a escola do Sul porque, na realidade, nosso norte e o sul. Portanto, agora viramos o mapa de cabeça para baixo, então temos a verdadeira ideia de nossa posição, e não como o resto do mundo deseja. A ponta da América, a partir de agora, prolongando-se, aponta para o Sul, o nosso norte”Joaquín Torres Garcia (1874-1949)
Projeção de Robinson: semelhante à representação cilíndrica, nela os meridianos são transformados em linhas curvas (elipses) e os paralelos, em linha reta. Constitui um meio-termo entre as projeções conforme (de Mercatos) e equivalente (de Peters).
Mapas sempre são um produto cultural, no qual se exprimem as visões que cada sociedade tem, num determinado momento, a respeito do espaço físico e do mundo em geral.
Durante a idade média europeia, por exemplo, muitas vezes os mapas obedeciam exigências teológicas. A localização da cidade sagrada de Jerusalém no centro dos mapas e a representação espacial de passagens da Bíblia eram comuns. Por outro lado, mapas chineses e japoneses são testemunhos impressionantes de precisão cartográfica, muito maior do que a alcançada por qualquer mapa ocidental da mesma época
Escalas É a relação entre o tamanho verdadeiro e o número de vezes que esta realidade foi diminuída para caber no papel.
Se a escala está expressa em 1:50 significa que a realidade foi reduzida cinqüenta vezes para caber no papel; em 1:50 000 000 a realidade foi reduzida cinquenta milhões de vezes.
Planisfério E - 1:200 000 000 Brasil relevo E- 1:20 000 000
Obs: No mapa da direita o Brasil está representado de forma dez vezes maior do que no mapa da esquerda (planisfério).
As Escalas podem ser dos tipos:
Gráficas – Uma régua que indica a relação de quanto vale em centímetros a realidade, expresso geralmente em quilômetros.
No exemplo ao lado cada centímetro corresponde a uma realidade de de 4,5 km. Sua escala numérica correspondente seria 1:450 000.
Numéricas – expressa por uma fração onde o numerador é a unidade real e o denominador é o número de vezes que esta realidade foi reduzida para caber no papel. No exemplo abaixo a redução foi de quatrocentos e cinquenta mil vezes.
De acordo com a escala as representações do espaço podem ser classificadas em ...
Plantas – representações em grande escala. Geralmente igual ou superior a 1:25 000
Cartas apresentam escalas que variam entre 1: 25 000 e 1: 1 000 000
Mapas são representações do espaço em pequenas escalas ou seja a partir de 1:1 000 000 ou mais de redução.
OBS: Quanto maior o denominador menor é a escala pois significa que a realidade foi reduzida mais vezes .
Barra da Tijuca 1: 50 000 Escala 1: 50
Os mapas são representações planas, geralmente em escala pequena, destinados a fins temáticos, culturais ou ilustrativos. Apresentam um grau de simplicidade maior em relação ás cartas e em geral representam apenas um fenômeno geográfico de cada vez
Mapas temáticos
Climas África
Tipos vegetação Mexico
Brasil Atividades econômicas séc. XVIII
As cartas são representações em escala média ou grande. Seu objetivo é a avaliação precisa de direções, distâncias e localização de pontos, áreas e detalhes. Destinam-se a uso profissional, como as cartas topográficas ou cartas náuticas. Devido ao alto grau de detalhamento, podem representar diversos fenômenos geográficos ao mesmo tempo.
A planta é um tipo especial de carta. A representação se restringe a uma área limitada e a escala é grande. Consequentemente o grau de detalhamento é maior. Seu uso varia, vai desde objetivos profissionais até o meramente ilustrativo ou como guia de localização
Como fazer a leitura de mapas ?
Para que o mapa seja simples de ler e facilmente compreensível, várias cores e símbolos são utilizados. Esses elementos estão contidos na Legenda e seguem normas e padrões internacionais
No exemplo ao lado a identificação dos diferentes biomas do Brasil é feita pela cor
Elementos de um mapa Titulo – deve conter o local e o tema do mapa
Escala: Informação de quantas vezes a realidade foi reduzida em relação ao mapa.
Legenda: É um conjunto de símbolos, cores, pontos, linhas ou áreas que decodificam o que está representado no mapa
Rosa dos ventos: Orienta a posição do mapa
Anamorfismo: técnica cartográfica que consiste em representar as áreas com tamanho proporcional a intensidade do fenômeno representado. No caso abaixo, temos um mapa da distribuição mundial de pessoas infectadas pelo vírus HIV.
Geotecnologias: conceitos básicos
SIG: sigla para sistema de informações geográficas. É o conjunto de tecnologias relacionadas às informações e ao monitoramento do espaço terrestre.
Sensoriamento remoto: corresponde à tecnologia de captação de imagens através do fluxo de ondas eletromagnéticas refletidas ou emitidas pelos objetos existentes na superfície terrestre.
Geoprocessamento: etapa dos SIGs em que as informações das imagens de satélite e da aerofotogrametria são selecionadas para a elaboração de mapas.
Desenvolvimento tecnológico na cartografia
Principais recursos tecnológicos utilizados na cartografia e no
gerenciamento de informações:
GPS
Aerofotogrametria (Fotografia aérea)
Imagens de satélites
Radar
GPS Sistema de Posicionamento
Global, que utiliza sinais
emitidos por satélites, cujas
aplicações são amplamente
utilizadas nos transportes
marítimos, terrestres e aéreos.
Tecnologia utilizada por
operadoras de celulares e
firmas de seguros de cargas.
RADAR
O desenvolvimento do radar
permitiu superar o problema
relativo à necessidade de se ter
um tempo claro, sem nuvens,
ou sobre áreas de florestas
densas.
Muito utilizado no
monitoramento de espaço aéreo
e áreas florestais.
Fim