CENTRO DE DIA DE ATALAIA DO CAMPO
1 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL
DE SERVIÇO DE APOIO DOMOCILIÁRIO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
NORMA I
Âmbito de Aplicação
O Centro de Dia de Atalaia do Campo, designado por C.D.A.C., com acordo de
cooperação, para a resposta social de Serviço de Apoio Domiciliário (SAD)
celebrado com o Centro Distrital de Segurança Social de Castelo Branco, em
16/06/1997, rege-se pelas seguintes normas.
NORMA II
Legislação e Regulamentação Técnica Aplicável
Este estabelecimento/Resposta Social prestadora de serviços rege-se igualmente
pelo estipulado no:
1. Acordo de cooperação celebrado ao abrigo do disposto no art.º 4º, nº 2 do
estatuto das Instituições Particulares de Solidariedade Social;
2. Estatuto das Instituições Particulares de Solidariedade Social aprovado pelo
Decreto-Lei nº 119/83, de 25 de Fevereiro;
3. Orientação Normativa, Circular n.º 3, de 02/05/97; Regulamenta as
comparticipações dos clientes/utentes e seus familiares pela utilização de serviços e
equipamentos sociais das IPSS;
4. Guião Técnico do Serviço de Apoio Domiciliário aprovado em Dezembro de 1996;
5. Orientação Técnica, Circular n.º 7, editado pela Ex - Direção Geral da Ação Social
de 14/08/97; interpretação da Circular n.º 3, de 02/05/97;
6. Portaria n.º 38/2013, de 30 de Janeiro - Estabelece as condições de instalação e
funcionamento do serviço de apoio domiciliário, e revoga o Despacho Normativo n.º
62/99, de 12 de Novembro que aprova as normas que regulam as condições de
implantação, localização, instalação e funcionamento dos serviços de apoio
domiciliário.
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2 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
7. Despacho Normativo nº 75/92 de 20 de Maio de 1992 – Normas reguladoras de
cooperação entre os centros regionais de segurança social e as instituições
particulares de solidariedade social;
8. Decreto de Lei nº. 64/2007, de 14 de Março, define o regime jurídico de
instalação, funcionamento e fiscalização dos estabelecimentos de apoio social
geridos por entidades privadas;
9. Contrato Coletivo de Trabalho para as IPSS;
10. Legislação complementar publicada e/ou a publicar;
11. Orientações técnicas constantes do Manual de Gestão para a Qualidade, para
esta resposta social, publicado pelo ISS.IP.
NORMA III
Objetivos do Regulamento
O presente Regulamento Interno de funcionamento visa:
1. Promover o respeito pelos direitos dos clientes/utentes e demais interessados.
2. Assegurar a divulgação e o cumprimento das regras de funcionamento do
estabelecimento/estrutura prestadora de serviços.
3. Promover a participação ativa dos clientes/utentes ou seus representantes legais
ao nível da gestão das respostas sociais.
NORMA IV
Serviços Prestados e Atividades Desenvolvidas
O Serviço de Apoio Domiciliário é uma resposta social que consiste na prestação
de cuidados individualizados e personalizados no domicílio, a indivíduos e famílias
quando, por motivo de doença, deficiência ou outro impedimento, não possam
assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação das suas necessidades
básicas e/ou as atividades diárias.
O Serviço de Apoio Domiciliário do Centro de Dia de Atalaia do Campo
pretende:
Contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos seus Clientes/utentes e
das suas famílias;
Assegurar aos Clientes/utentes a satisfação das necessidades básicas;
Colaborar na prestação de cuidados de saúde;
Retardar e evitar a institucionalização do Cliente/utente.
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3 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
1. O Serviço de Apoio Domiciliário proporciona os seguintes serviços:
Cuidados de higiene pessoal e conforto;
Arrumação e pequenas limpezas no domicílio;
Transporte e/ou distribuição de refeições;
Tratamento de roupas;
Acompanhamento ao exterior;
Pequenas reparações no domicílio;
Aquisição de bens e pagamento de serviços;
Animação sociocultural;
Outros serviços, a acordar.
O Serviço de Apoio Domiciliário do C.D.A.C, está integrado na estrutura de Centro
de Dia.
2. Para a prossecução da sua finalidade, o Serviço de Apoio Domiciliário tem
capacidade para 40 utentes.
3. Do Serviço de Apoio Domiciliário, fazem parte as seguintes refeições:
- Pequeno-almoço: composto por leite/café/chá e pão com manteiga, fiambre, queijo
ou doce. Servido até as 9.00 horas;
- Almoço: composto por sopa, prato de carne ou peixe (normal ou dieta), pão,
fruta/doce e bebida. Servido das 11.45 horas às 13 horas;
- Jantar aligeirado: composto por sopa, pão com manteiga, fiambre, queijo ou doce,
iogurte ou fruta.
3.1. O mapa semanal das ementas encontra-se afixado no placard e é distribuído
pelos clientes/utentes;
3.2. Têm direito a tomar as refeições no Centro de Dia, os clientes/utentes do
Serviço de Apoio Domiciliário que se desloquem à Instituição para qualquer
atividade;
a) Para tal a comunicação da sua deslocação deverá ser feita aos Serviços
Administrativos do C.D.A.C., no dia anterior;
b) Qualquer outra situação equiparada, será sujeita a apreciação da Equipa Técnica.
4. O serviço de Higiene Pessoal será realizado no domicílio do cliente/utente, com a
periodicidade que satisfaça as necessidades do cliente/utente, caso haja
necessidade.
5. Higiene Habitacional (no estritamente necessário à natureza do apoio prestado);
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6. O serviço de Tratamento de Roupa consiste na recolha de roupa suja e entrega
de roupa lavada. O serviço funciona com a periodicidade que satisfaça as
necessidades dos clientes/utentes e obriga a uma marcação prévia de todas as
peças que são trazidas para a Instituição.
7. Acompanhamento ao nível da saúde (administração e medição dos níveis de
insulina, medição da tensão arterial, assistência medicamentosa);
8. Apoio na aquisição de bens e serviços na situação de idosos com maior
dificuldade de mobilização (ex: pagamento de serviços (eletricidade/telefone),
receber a pensão, aquisição de géneros alimentícios e outros produtos, como sejam,
medicamentos);
9. Os clientes/utentes de Serviço de Apoio Domiciliário terão acesso a atividades de
convívio e ocupação, dinamizadas nas instalações do Centro de Dia e/ou fora deste.
Ser-lhe-ão disponibilizados os meios de transporte facilitadores da sua participação.
9.1. Existe um mapa fixo de atividades semanais, afixado na Instituição, em local
visível;
9.2. Existe um mapa de atividades mensal que é distribuído no início do mês a cada
cliente/utente da Instituição ou pessoa responsável, via papel ou digital, e
devidamente afixado, em local, igualmente, visível.
CAPÍTULO II
PROCESSO DE ADMISSÃO DOS UTENTES
NORMA V
Condições de Admissão
São condições de admissão neste estabelecimento/serviço:
1. Necessitar da prestação de cuidados que assegurem a satisfação das necessidades
básicas;
2. Necessidade de ajuda na execução das actividades da vida diária;
3.Cliente/Utente com condição familiar específica, nomeadamente sem possibilidade
de lhe prestar os cuidados de que necessita, pelas seguintes razões:
a) Doença grave do membro do agregado familiar de quem depende;
b) Trabalho de todos os membros do agregado familiar fora do lar.
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4. Admissão do cliente/utente é prioritária, sempre que este se encontre em situação
de risco de acelerar ou degradar o processo de envelhecimento.
NORMA VI
Candidatura
1. Para efeitos de admissão, o cliente/utente deverá candidatar-se através do
preenchimento de uma ficha de identificação que constitui parte integrante do
processo de cliente/utente, devendo fazer prova das declarações efetuadas,
mediante a entrega de cópia dos seguintes documentos:
1.1. Bilhete de Identidade do cliente/utente e do representante legal, quando
necessário;
1.2. Cartão de Contribuinte do cliente/utente e do representante legal, quando
necessário;
1.3. Cartão de Beneficiário da Segurança Social do cliente/utente e do
representante legal, quando necessário;
1.4. Cartão de Utente dos Serviços de saúde ou de subsistemas a que o
cliente/utente pertença;
1.5. Boletim de vacinas e/ou relatório médico, comprovativo da situação
clínica do cliente/utente, quando solicitado;
1.6. Comprovativo dos rendimentos do cliente/utente e do agregado familiar,
quando necessário;
1.7. Comprovativo de residência do cliente/utente, quando necessário;
1.8. Declaração assinada pelo cliente/utente ou responsável em como
autoriza a informatização dos dados pessoais para efeitos de elaboração de
processo de cliente/utente;
2. Os documentos probatórios referidos no número anterior deverão ser entregues
nos Serviços Administrativos do C.D.A.C.
3. Em caso de admissão urgente, pode ser dispensada a apresentação de
candidatura e respetivos documentos probatórios, devendo todavia ser desde logo
iniciado o processo de obtenção dos dados em falta.
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NORMA VII
Critérios de Admissão
São critérios de prioridade na seleção dos clientes/utentes:
1. Ser pessoa que social e economicamente sejam desfavorecidos ou desprovidos
de apoio familiar;
2. Ausência/insuficiência de redes de suporte pessoal e social (família e/ou outras),
nomeadamente pela hospitalização do individuo ou familiar que preste assistência ao
utente ou outra situação de emergência;
3. Pessoa, com algum tipo de deficiência que estejam impossibilitados de realizar as
suas actividades diárias;
4. Ser residente na Freguesia de Atalaia do Campo, ou ter familiares residentes, ou
qualquer outra ligação afetiva.
São ainda critérios de seleção dos clientes:
Casos em que o cliente esteja em situação de perigo e/ou negligência; 20%
Casos em que se verifique más condições de alojamento, condições de saúde precárias e falta de recursos relacionais com risco de isolamento social ou outras que evidenciem desfavorecimento social;
15%
Necessidade de ajuda na execução das actividades da vida diária 15%
Viver só e/ou com carências socioeconómicas; 15%
Ausência ou indisponibilidade da família, ou outras pessoas, em assegurar cuidados básicos
13%
Situação encaminhada pelos Serviços da Segurança Social 10%
Grau de dependência 10%
Clientes que tenham familiares já a frequentarem alguma resposta social 2%
NORMA VIII
Admissão
1. Recebida a candidatura, segue-se:
a) Entrevista com a Encarregada Geral do Centro de Dia;
b) Avaliação multidimensional com o objetivo de elaboração de parecer técnico,
incluindo a avaliação social, psicológica, funcional e médica;
c) Elaboração de um parecer pelo Diretor Técnico do Centro de Dia, a quem
compete elaborar a proposta de admissão, com posterior apresentação do candidato
à Direção do Centro de Dia.
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2. Assim que a Direção reunir e a decisão for tomada, o Diretor(a) Técnico(a) avisa
de imediato o candidato do resultado. No prazo máximo de 15 dias úteis, após a
entrega da Ficha de Candidatura completa e dos documentos adicionais, o
candidato e/ou a família é informado da decisão, por telefone. Se foi excluído, por
não preencher os requisitos, é esclarecido da razão de não cumprir os critérios de
admissão. Se for selecionado, o Diretor(a) Técnico(a) marcará uma visita domiciliária
para dar continuidade ao processo, bem como, para o estabelecimento de um
contrato de prestação de serviços;
3. Em situações de grande urgência, a admissão será sempre a título provisório com
parecer e autorização da Direção e do Diretor(a) Técnico(a), tendo o processo
tramitação idêntica às restantes situações.
NORMA IX
Acolhimento dos Novos Clientes/Utentes
1. Atendendo ao forte impacto emocional que a solução de Serviço de Apoio
Domiciliário normalmente implica para a pessoa e sua família, nomeadamente pelas
alterações nas rotinas quotidianas, compete à Encarregada Geral acompanhar o
cliente/utente e a sua família, nas diversas fases da sua adaptação e integração,
ajudando-o a adaptar-se e integrar-se, com a equipa que vai pela primeira vez
prestar o serviço, deverá desenvolver as seguintes funções:
1.1. Gerir, adequar e monitorizar os primeiros serviços prestados ao cliente; 1.2. Prestar esclarecimentos em caso de necessidade e avaliar as reações do cliente; 1.3. Evidenciar a importância da participação da (s) pessoa (s) próxima (s) do cliente nas atividades desenvolvidas; 1.4. Definir e conhecer os espaços, equipamentos e utensílios do domicílio a utilizar na prestação dos cuidados; 1.5. Definir as regras e forma de entrada e saída do domicílio; 1.6. Recordar as regras de funcionamento do Serviço de Apoio Domiciliário, assim como os direitos e deveres de ambas as partes e as responsabilidades de todos os intervenientes na prestação do serviço; 1.7. Com o(a) Diretor(a) Técnico(a) desenvolver, observar ou aprofundar alguns aspetos da Entrevista de Avaliação Diagnóstica; 1.8. É elaborado o relatório final pelo(a) Diretor(a) Técnico(a) sobre o processo de integração e adaptação do cliente, que será posteriormente arquivado no Processo Individual do mesmo; 1.9. Se durante este período o cliente não se adaptar, deve ser realizada uma avaliação do programa de acolhimento. Inicialmente, identificando os indicadores que conduziram à inadaptação do mesmo e procurar superá-los, estabelecendo se oportuno novos objetivos
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8 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
de intervenção. Se a inadaptação persistir, é dada a possibilidade ao cliente de rescindir o contrato.
2. O acolhimento deverá ser individualizado, sendo o cliente/utente apresentado ao
funcionário de referência, que será responsável pelo mesmo bem como aos outros
colaboradores, esclarecidas quaisquer dúvidas e reforçada, toda a informação
necessária.
NORMA X
Processo Individual do Utente
A Instituição deverá organizar processos individuais dos clientes/utentes, dos quais
deverão constar, para além da identificação pessoal, elementos sobre a situação
social e financeira, necessidades específicas dos clientes/utentes, bem como outros
elementos relevantes:
1. Ficha de Candidatura do cliente; 2. Contrato; 3. Dados de identificação e sociais do cliente e residência; 4. Identificação e contactos da(s) pessoa(s) próxima(s) do cliente (familiar, representante legal, ou outro) em caso de emergência/necessidade; 5. Dados facultados pelo cliente no processo de candidatura (declaração de rendimentos, Bilhete de Identidade, Nº de contribuinte, entre outros); 6. Identificação do profissional de saúde de referência e respetivos contactos em caso de emergência, bem como, a informação médica necessária (dieta, medicação, alergias e outras); 7. Instrumentos de Avaliação Diagnóstica; 8. Resultado do Programa de Acolhimento Inicial; 9. Plano de Desenvolvimento Individual e respetivas revisões, monitorizações e avaliações; 10. Registos de prestação de serviços; participação em atividades; ocorrências de situações anómalas (em livro) e presenças; 11. Registos de reclamações; 12. Registos da cessação da relação contratual, com a indicação da data e motivo da cessação.
NORMA XI
Lista de Espera
Face à existência de vagas, a admissão é feita imediatamente após a decisão da
Direção. Não havendo vaga, organizar-se-á o processo de candidatura do proposto
a cliente/utente, permanecendo o mesmo em Lista de Candidatura, facto que lhe
será comunicado.
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9 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
NORMA XII
Instalações e Regras de Funcionamento
O Centro de Dia de Atalaia do Campo está sediado na Rua da Igreja, nº 11, 6230 -
130 Atalaia do Campo e as suas instalações são compostas por:
- Área diretiva (Gabinete: Direção, Medico, Diretora Técnica);
- Área administrativa (Secretaria, Gabinete de Recursos Humanos, Serviços
Administrativos e Financeiros);
- Área de animação e convívio (1 sala polivalente para atividades e sala de convívio
com televisão e vídeo);
- Área de refeições (1 refeitório para clientes/utentes e funcionários (em horários
diferenciados), cozinha, copa, despensas de armazenamento, despensa de frio);
- Casas de Banho, 2 WC para homens e 2 WC mulheres clientes/utentes, 2 WC para
homens e mulheres funcionários e WC adaptado para mobilidade reduzida.
- Área de lavandaria/rouparia (engomadoria e costura) e arrecadação de roupas;
- Área envolvente composta por uma área ajardinada e um pátio interior.
- Área de repouso 1 quarto (com 3 camas para repouso dos clientes/utentes)
NORMA XIII
Horários de Funcionamento
1. O Serviço de Apoio Domiciliário funcionará durante todo o ano, de 2.ª a domingo
das 7h00 às 19h00.
2. Aos domingos só será efetuada higiene aos clientes/utentes que tenham
contratualizado esses serviços.
NORMA XIV
Entrada e Saída de Visitas
1. Não se aplica.
NORMA XV
Tabela de Comparticipações/Preçário de Mensalidades
1. A tabela de comparticipações familiares foi calculada(o) de acordo com a
legislação/normativos em vigor e encontra-se afixada(o) em local bem visível.
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10 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
2. De acordo com o disposto na Circular Normativa n.º 3, de 02/05/97 e na Circular
Normativa n.º 7, de 14/08/97, da Direção Geral da Acão Social (DGAS), o cálculo do
rendimento per capita do agregado familiar é realizado de acordo com a seguinte
fórmula:
R = RF – D
N
Sendo que:
R = Rendimento per capita
RF = Rendimento mensal ilíquido do agregado familiar
D = Despesas fixas
N = Número de elementos do agregado familiar
No que respeita às despesas mensais fixas, consideram-se para o efeito:
- O valor das taxas e impostos necessários à formação do rendimento líquido,
designadamente do imposto sobre o rendimento e da taxa social única;
- O valor da renda de casa ou de prestação mensal devida pela aquisição de
habitação própria;
- Os encargos médios mensais com transportes públicos;
- As despesas com aquisição de medicamentos de uso continuado em caso de
doença crónica.
A comparticipação familiar mensal é efetuada no total de 12 mensalidades, sendo
que o valor do rendimento mensal ilíquido do agregado familiar é o duodécimo da
soma dos rendimentos anualmente auferidos, por cada um dos seus elementos.
3. A não apresentação dos documentos para o cálculo da mensalidade implicará a
aplicação da mensalidade máxima até que se verifique a entrega dos mesmos;
4. A comparticipação familiar devida pela utilização dos diversos serviços é
determinada pela aplicação de uma percentagem sobre o rendimento “per capita” do
agregado familiar de acordo com o quadro que a seguir se apresenta:
SERVIÇOS SEGUNDA SÁBADO
SEGUNDA DOMINGO
H1 (Uma higiene pessoal) 15% 25%
H2 (Duas higienes pessoais) 20% 30%
A1 (Uma alimentação: pequeno almoço + almoço) 25% 35%
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11 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
A2 (pequeno almoço + almoço + jantar aligeirado) 30% 40%
H1, A1, TR, HH (Uma higiene, uma alimentação, tratamento de roupas, higiene habitacional)
40% 50%
H1, A2, TR, HH (Uma higiene, duas alimentação, tratamento de roupas, higiene habitacional)
45% 55%
H2, A1, TR, HH (Duas higiene, uma alimentação, tratamento de roupas, higiene habitacional)
45% 55%
H2, A2, TR, HH (Duas higiene, duas alimentação, tratamento de roupas, higiene habitacional)
50% 60%
3.1. Haverá lugar a uma redução de 20% na comparticipação mensal, sempre que
se verifique a frequência de qualquer resposta social da Instituição, por mais do que
um elemento do mesmo agregado familiar.
3.2. Os casos sociais são sempre avaliados pela Equipa Técnica.
4. Comparticipação familiar máxima:
a) A comparticipação familiar máxima calculada nos termos das presentes normas
não poderá exceder o custo médio real do cliente/utente verificado no equipamento
ou serviços que utiliza, se outra norma não existir, nomeadamente em função do
protocolo anual assinado entre a CNIS e Ministério do Trabalho e Segurança Social.
b) O custo médio real do cliente/utente é calculado em função do valor das despesas
efetivamente verificadas no ano anterior com o funcionamento do serviço ou
equipamento, atualizado de acordo com o índice de inflação e ainda em função do
número de utentes que frequentaram o serviço ou o equipamento nesse ano.
c) Nas despesas referidas na alínea anterior incluem-se quer as despesas
específicas do serviço ou equipamento, quer participação que lhe seja imputável nas
despesas comuns a outros serviços da Instituição.
SERVIÇOS SUPLEMENTARES
5. Consideram-se serviços suplementares, não contemplados na comparticipação
mensal, os seguintes:
5.1) Medicamentos;
5.2) Fraldas;
5.3) Transportes;
5.4) Consultas médicas particulares, hospitalização, cuidados de enfermagem de
especialidade e fisioterapia que devam ser prestados por técnicos exteriores à
Instituição;
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12 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
5.5) Cabeleireiro, barbeiro ou serviços de estética.
Os serviços transportes serão cobrados por cliente/utente, de acordo com a seguinte
tabela:
SERVIÇOS TRANSPORTES PREÇOS
Acompanhamento a consultas médicas1) e/ou outros serviços 4,00 €/ Hora/cliente
Deslocação a consultas médicas e outros serviços 0,40€/Km/cliente
1) Independentemente do local
6. Revisão anual das comparticipações familiares:
a) As comparticipações familiares, em regra, são objeto de revisão anual, no início
do ano civil.
b) A revisão da comparticipação familiar proceder-se-á, em regra, tendo por base o
valor da inflação ou outras razões excecionais relacionadas com os clientes/utentes.
NORMA XVI
Pagamento da Comparticipação Familiar
1. O pagamento da comparticipação é efetuado nos Serviços Administrativos do
Centro de Dia, nos respetivos horários de funcionamento.
2. O pagamento da comparticipação deverá ser efetuado até ao oitavo dia útil de
cada mês vincendo.
3. Todas as ausências deverão ser comunicadas com antecedência.
4. As ausências em Serviço de Apoio Domiciliário só serão descontadas a partir do
16º dia consecutivo.
Ausências: a) Até 15 dias não dão direito a qualquer desconto na mensalidade;
b) As ausências de 16 a 29 dias têm desconto de 25%, e de 30 dias ou mais têm desconto de 50 %.
c) As ausências com aviso prévio de 1 mês, de um período superior a 30 dias, podem ter um desconto de 100% (situações pontuais a analisar), porém não garantem o lugar na Instituição. O desconto referido nas alíneas b) e c), será efetuado no mês seguinte.
5. Nos casos de incumprimento do número anterior, a mensalidade será acrescida
de 2% do valor por cada dia útil, reservando-se ainda à Instituição o direito de não
aceitar o cliente no mês imediato, a não ser em casos devidamente justificados e
apreciados pela Direção;
6. No caso de desejar manter a inscrição deverá ser paga a quantia de 25% da
mensalidade.
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13 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
NORMA XVII
Refeições
O transporte das refeições: pequeno-almoço será distribuído das 7h30 às 9h00; das
11h30 às 13h00 será efetuada a distribuição (almoço, lanche, jantar) em recipientes
herméticos e separados, acondicionados em malas térmicas, todos os dias da
semana, tendo em conta que a refeição poderá ser o prato geral ou dieta, consoante
prescrição médica ou o que o cliente/utente pretender. A ementa semanal será
entregue previamente no domicílio do cliente.
Norma XVIII
Atividades /Serviços prestados
Regras relacionadas com o funcionamento das atividades/serviços prestados pelo
SAD:
1.O SAD é prestado por equipas de trabalho, distribuídas por zonas, sendo cada
equipa constituída por duas Ajudantes Familiares, que se deslocam em viatura de
serviço;
2.Cuidados de higiene e conforto pessoal:
2.1) Cada cliente/utente poderá beneficiar de apoio diário de uma ou duas visitas, de
acordo com as necessidades e as possibilidades do serviço;
2.2) Nos feriados só é efetuado o serviço de higiene, aqueles clientes/utentes que
tenham higiene ao Domingo;
2.3) De 2ª a 6ª Feira, no período da manhã, a higiene é de todo o corpo, sendo que
uma vez por semana está incluída a lavagem da cabeça e muda das roupas da
cama. No período da tarde, de 2ª a Sábado, a higiene é parcial: parte genital. Ao
Sábado de manhã, Domingo e feriados, presta-se também uma higiene parcial:
mãos, cara, parte genital. Salvaguarde-se que o serviço é sempre ajustado às
necessidades de cada cliente/utente.
2.4) Cada cliente/utente deverá possuir em sua habitação os produtos de higiene
pessoal (champô, sabonete/sabão ou gel duche; esponjas ou luva para o banho)
para a utilização dos mesmos por parte das funcionárias;
3. Tratamento de roupas:
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14 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
3.1) Sempre que o cliente/utente usufrua de lavagem e tratamento de roupa, a
mesma será identificada com um número que corresponderá ao cliente/utente.
3.2) O tratamento de roupa é efetuado na instituição de suporte (Centro de Dia),
sendo transportada e entregue no domicílio do cliente/utente, pelo pessoal prestador
de serviço;
3.3) As roupas interiores e de cama, são as únicas incluídas neste serviço. Serão
recolhidas e entregues pelas equipas no domicílio dos clientes/utentes;
4. Confeção, distribuição de refeições:
4.1) As refeições serão distribuídas nos seguintes períodos:
Pequeno-almoço das 7.30 às 9.00 h;
Almoço, Lanche e Jantar aligeirado das 11:30 às 13:00h;
4.2) O cliente/utente que usufrua de alimentação tem o dever de passar por água
todos os recipientes que contenham alimentação;
4.3) Todo o material da instituição, no qual são transportadas as refeições (geleiras,
termos, marmitas, tupperware), é da responsabilidade do cliente/utente. Em situação
de material danificado, ou do seu desaparecimento cabe ao cliente/utente
comparticipar nos custos de aquisição de material novo em substituição;
4.4) O serviço de alimentação consiste na confeção, transporte e distribuição diária
de refeições;
4.5) A ementa semanal é afixada em local visível e distribuída pelos clientes/utentes,
elaborada com o devido cuidado nutricional e adaptada aos clientes/utentes desta
resposta social;
4.6) As dietas dos clientes/utentes, sempre que prescritas pelo médico, são de
cumprimento obrigatório.
5. Higiene habitacional:
5.1) Por higiene habitacional entende-se a arrumação e limpeza do domicílio do
cliente/utente, nas zonas e áreas de uso exclusivo do mesmo (quarto e casa de
banho).
6. Apoio na aquisição/cedência de ajudas técnicas/produtos de apoio.
6.1) Nas situações de dependência que exijam o recurso a ajudas técnicas/produtos
de apoio (fraldas, camas articuladas, cadeiras de rodas, andarilhos e outros) o
serviço de apoio domiciliário pode providenciar a sua aquisição ou empréstimo,
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15 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
embora este tipo de apoios não esteja incluído no valor da comparticipação,
devendo ser informado o utente do valor acrescido deste tipo de ajudas/produtos;
7. As passagens de funcionário de referência são registadas por escrito, em registos
próprios (livro de ocorrências);
8. Contactar outros serviços da comunidade sempre que a situação o exija, de
acordo com as indicações e concordância do Diretor(a) Técnico(a).
Norma XIX
Quadro de Pessoal
1. O quadro de pessoal deste estabelecimento/estrutura prestadora de serviços
encontra-se afixado em local bem visível, contendo a indicação do número de
recursos humanos (direção técnica, equipa técnica, pessoal auxiliar e voluntários),
formação e conteúdo funcional, definido de acordo com a legislação/normativos em
vigor.
2. Estão ao serviço do SAD: um(a) Diretor(a) Técnico(a); um(a) Encarregado(a)
Geral, três equipas constituídas por Ajudantes Familiares e Trabalhadores Auxiliares
de Serviços Gerais; Cozinheiras; Ajudante de Cozinha.
3. O Diretor(a) Técnico(a) desempenha as suas funções em todas as respostas
sociais da instituição (Serviço de Apoio Domiciliário, Centro de Dia); também a
Encarregada Geral, duas Cozinheiras, Ajudantes Familiares e Trabalhadoras
Auxiliares de Serviços Gerais desempenham as suas funções em comum com a
resposta social de Centro de Dia;
4. As Ajudantes Familiares desempenham as seguintes funções: prestar os cuidados
de higiene e conforto; proceder ao acompanhamento das refeições quando
solicitado; ministrar quando necessário a medicação prescrita que não seja da
exclusiva competência dos técnicos de saúde e acompanhar as alterações que se
verifiquem na situação global dos clientes que afetem o seu bem-estar, por forma, a
permitir a avaliação da adequação do plano de cuidados;
5. As Trabalhadoras Auxiliares de Serviços Gerais procedem à limpeza e arrumação
das instalações e efetua outras tarefas não específicas que se enquadrem no âmbito
da sua categoria, profissional e não excedam o nível de indiferenciação em que esta
se integra;
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16 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
6. As cozinheiras estão incumbidas das seguintes funções: Preparar e confecionar
as seguintes refeições: Pequeno-almoço; Almoço, Lanche, Jantar;
responsabilizarem-se pela limpeza da cozinha e anexos; colaborar na elaboração de
ementas.
7. Voluntários - O trabalho voluntário não decorre de uma relação subordinada, nem
tem contrapartidas financeiras, sendo alicerçado no princípio de responsabilidade.
Norma XX
Direção Técnica
A Direção Técnica deste estabelecimento/estrutura prestadora de serviços compete
a um técnico, nos termos da legislação específica relativa à resposta social, cujo
nome, formação e conteúdo funcional se encontra afixado em lugar visível.
Norma XXI
Valores fundamentais:
1. Responsabilidade
Os (as) funcionários (as) e voluntários (as) do Serviço de Apoio Domiciliário são
responsáveis perante os órgãos da Direção e as chefias. O grau de
responsabilidade afere-se pela posição hierárquica em que o funcionário(a) se
encontra, bem como pelas tarefas que lhe estão adstritas.
2. Independência
Os interesses do Serviço de Apoio Domiciliário devem ser os únicos a ter em conta
nas relações com terceiros, perante os quais as atitudes a tomar devem ser regidas
por critérios de seriedade e imparcialidade.
3. Profissionalismo
Os (as) funcionários (as) e voluntários (as) do Serviço de Apoio Domiciliário devem,
em todos os momentos da sua atividade, dedicar o seu melhor esforço ao
cumprimento das tarefas que lhe estão confiadas, procurando de forma contínua,
aperfeiçoar e atualizar os seus conhecimentos, tendo em vista a manutenção ou
melhoria das suas capacidades profissionais.
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17 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
4. Confidencialidade
Os (as) funcionários (as) e voluntários (as) do Serviço de Apoio Domiciliário devem
guardar absoluto sigilo em relação ao exterior de todos os factos respeitantes aos
assuntos de que tenham conhecimento no exercício das suas funções.
5. Integridade
Os (as) funcionários (as) e voluntários (as) do Serviço de Apoio Domiciliário devem
abster-se de receber de terceiros qualquer espécie de gratificações, pagamentos ou
favores suscetíveis de criarem a quem os presta expectativas de favorecimento nas
suas relações com a Instituição.
6. Lealdade
Os (as) funcionários (as) e voluntários (as) do Serviço de Apoio Domiciliário devem
empenhar todos os seus conhecimentos e capacidades no cumprimento das ações
que lhes sejam confiadas e usar de lealdade para com os colegas, superiores
hierárquicos ou outros colaboradores na sua dependência. Nessa medida, os
funcionários e voluntários devem formular propostas e sugestões alternativas
sempre que o entendam conveniente, sem prejuízo da obediência às ordens e
instruções legítimas das suas chefias em matéria de serviço.
7. Reserva e Discrição
Os (as) funcionários (as) e voluntários (as) do Serviço de Apoio Domiciliário devem
usar da maior reserva e discrição, de modo a evitar a divulgação de factos e
informações de que tenham conhecimento no exercício das suas funções e que se
não destinem a divulgação externa.
8. Parcimónia
Os (as) funcionários (as) e voluntários (as) do Serviço de Apoio Domiciliário devem
fazer uma utilização criteriosa dos bens que lhe estão facultados e evitar
desperdício. Além disso, não devem utilizar, direta ou indiretamente, quaisquer bens
do Centro de Dia em proveito pessoal ou de terceiros.
9. Solidariedade e Cooperação
Os (as) funcionários (as) e voluntários (as) do Serviço de Apoio Domiciliário devem
manter e cultivar um relacionamento correto e cordial entre si de modo a
desenvolver o espírito de equipa e um forte espírito de cooperação. Nesta perspetiva
Os (as) funcionários (as) e voluntários (as) devem esforçar-se por promover a
solidariedade entre todos e um saudável espírito crítico.
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18 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
Programação e avaliação do trabalho da Instituição:
1. Mensalmente, todos os (as) funcionários (as) devem-se reunir para
programação, avaliação e organização das atividades globais da Instituição, com a
presença de pelo menos um elemento da Direção ou seu representante.
2. A Instituição efetuará com todos (as) seus (suas) funcionários (as), duas vezes
por ano reuniões, para programação das atividades e avaliação do trabalho
realizado. Sempre que se julgue necessário, efetuar-se-ão outras reuniões;
3. Sempre que se achar oportuno, poderão ser convocadas outras reuniões com
os (as) funcionários (as).
CAPÍTULO III
DIREITOS E DEVERES
NORMA XXII
Direitos dos Clientes/Utentes, familiar ou representante legal
1. Constituem direitos dos clientes/utentes, familiar ou representante legal:
- Obter a satisfação das suas necessidades básicas, físicas, psíquicas, sociais e
espirituais;
- Ser informado das normas e regulamentos vigentes;
- Ser tratado com consideração, reconhecimento da sua dignidade e respeito pelas
suas convicções religiosas, sociais e políticas;
- Ter assegurada a confidencialidade dos serviços prestados, sendo a sua vida
privada respeitada e preservada;
- Gerir os seus rendimentos e bens com o apoio da Instituição, sempre que
necessário;
- Participar em todas as atividades, de acordo com os seus interesses e
possibilidades;
- Apresentar reclamações sobre o serviço ao Técnico ou à Pessoa Responsável do
Equipamento.
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19 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
NORMA XXIII
Deveres dos Clientes/Utentes, familiar ou representante legal
1. São deveres dos clientes/utentes, familiar ou representante legal:
- Tratar com respeito e dignidade os companheiros, funcionários e dirigentes da
instituição, respeitando e ajudando os outros;
- Cuidar da sua saúde e comunicar a prescrição de qualquer medicamento que lhe
seja feita fora da Instituição;
- Colaborar em tudo quanto, dentro das possibilidades físicas e mentais, possa
contribuir na melhoria da vida da Instituição;
- Proceder atempadamente ao pagamento da comparticipação familiar.
- Respeitar e cumprir o regulamento interno do serviço;
- Respeitar e tratar com urbanidade as funcionárias e demais;
- Criar e/ou manter condições mínimas de higiene e segurança.
NORMA XXIV
Direitos da Entidade Gestora do Estabelecimento/Serviço
São direitos da entidade gestora do estabelecimento/serviço:
1 – Ser informada relativamente às características e necessidades biopsicossociais
de cada cliente/utente;
2 – Ter conhecimento atualizado do estado de saúde, da informação médica e da
prescrição medicamentosa de cada cliente/utente;
3 - O serviço que a entidade gestora do estabelecimento/valência presta deve ser
respeitado pelos clientes/utentes e suas famílias;
4 - O domicílio dos clientes/utentes deve possuir as condições mínimas de
segurança e higiene;
5 - Serem tratados com respeito e dignidade os dirigentes e funcionários;
6 - Receber atempadamente a comparticipação mensal acordada;
7 - Ver respeitado o seu património;
8 - Proceder à averiguação dos elementos necessários à comprovação da
veracidade das declarações prestadas pelo Cliente/Utente e/ou familiares no ato de
inscrição;
9 - À Instituição é reservado o direito de suspender este serviço, sempre que os
clientes/utentes, grave ou reiteradamente, violem as regras constantes do presente
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20 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
regulamento, de forma muito particular, quando ponham em causa ou prejudiquem a
boa organização dos serviços, as condições e o ambiente necessário à eficaz
prestação dos mesmos, ou ainda, o são relacionamento com terceiros e a imagem
da própria Instituição.
NORMA XXV
Deveres da Entidade Gestora do Estabelecimento/Serviço
São deveres da entidade gestora do estabelecimento/serviço:
1 – Contribuir para o bem-estar físico-psico-social dos clientes/utentes;
2 – Sensibilizar e colaborar com a família/significativos na resolução dos problemas
e exigências dos clientes/utentes;
3 – Apoiar a família/significativos de modo a permitir a conciliação da vida
profissional destes com um correto acompanhamento dos clientes/utentes;
4 – Apoiar os clientes em situação de risco social;
5 - Garantir o bom funcionamento dos serviços de acordo com os requisitos técnicos
adequados;
6 - Assegurar a existência de recursos humanos adequados;
7 - Proceder à admissão dos utentes de acordo com os critérios definidos no
Regulamento;
8 - Prestar, com qualidade, os serviços disponíveis;
9 - Assegurar o acesso ao Regulamento interno da valência.
NORMA XXVI
O Serviço de Apoio Domiciliário, os seus (suas) funcionários (as) e voluntários (as)
são mútuos colaboradores, deste modo ambas as partes têm direitos e deveres.
Direitos dos Funcionários:
- Ter acesso a formação adequada;
- Ser-lhe disponibilizado o material e equipamento necessário á prossecução do
seu trabalho;
- Faltas, Férias e Licenças dos Funcionários (conforme legislação em vigor);
- Contrato e horários de Trabalho (conforme legislação em vigor);
- Serem tratados com respeito e dignidade por utentes e seus familiares.
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21 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
Deveres dos Funcionários:
O (a) funcionário (a) deve respeitar e tratar com urbanidade e lealdade a
entidade patronal, os seus superiores hierárquicos, os companheiros de trabalho e
as demais pessoas que estejam ou entrem em contacto com a instituição;
O (a) funcionário (a) deve comparecer ao serviço com assiduidade, cumprir o
horário estabelecido e realizar o trabalho com zelo e diligência;
O rigoroso cumprimento das normas técnicas, funcionais e comportamentais
instituídas;
Observar escrupulosamente as normas sobre saúde, higiene e segurança no
trabalho;
Guardar lealdade à Instituição, nomeadamente não negociando por conta
própria ou alheia, nem divulgando informações que violem a privacidade dos utentes
da Instituição ou que afetem os interesses da mesma;
Velar pela conservação e boa utilização dos bens que lhe forem confiados,
relacionados com o seu trabalho;
A rigorosa observância dos princípios étnicos e deontológicos no exercício da
sua atividade;
Proporcionar, na medida das suas possibilidades, o máximo bem-estar aos
clientes da Instituição;
Contribuir para a preservação do bom-nome da Instituição, quer dentro, quer
fora das suas instalações;
Dar imediato conhecimento ao superior hierárquico dos acidentes ou
ocorrências anormais; que tenham surgido durante o trabalho.
Direitos dos Voluntários:
Usufruir do programa de voluntariado (conforme legislação em vigor):
1. O Estabelecimento prevê um programa de enquadramento de voluntários, ao
abrigo da legislação em vigor, sendo este um encontro de vontades e
responsabilização mútua;
2. O trabalho voluntário não decorre de uma relação subordinada, nem tem
contrapartidas financeiras, sendo alicerçado no princípio de responsabilidade. O
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22 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
compromisso existente, que a Lei designa por Programa de Voluntariado (art.º 9.º da
Lei n.º 71/98 de 3 de Novembro). Assim, o Programa de Voluntariado:
2.1 Expressa a adesão livre, desinteressada e responsável do voluntário a realizar
ações de voluntariado no âmbito de uma organização promotora;
2.2 Consubstancia as relações mútuas da organização promotora e do voluntariado,
correspondentes ao conteúdo, a natureza e à duração do trabalho voluntário num
quadro de direitos e deveres de ambas as partes;
O Programa de Voluntariado é constituído por processo de seleção (critérios:
competências pessoais e profissionais; pertinência e sustentabilidade); projeto de
voluntariado; formação e avaliação (de acordo com a natureza do programa, projeto
ou atividades).
Deveres dos Voluntários:
- O (a) voluntário (a) deve respeitar e tratar com urbanidade e lealdade a
Direção, os (as) seus (as) funcionários (as), os (as) outros (as) voluntários (as), os
clientes/utentes e as demais pessoas que estejam ou entrem em contacto com a
instituição.
NORMA XXVII
Deveres da Direção:
- Tratar e respeitar o (a) funcionário (a) como seu colaborador;
- Pagar-lhe pontualmente uma retribuição que seja justa e adequada ao seu
trabalho;
- Proporcionar-lhe boas condições de trabalho, tanto do ponto de vista físico
como moral;
- Contribuir para a elevação do seu nível de produtividade;
- Cumprir todas as obrigações decorrentes do contrato de trabalho e das normas
que o regem.
- Tratar e respeitar o voluntário como colaborador da Instituição;
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23 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
NORMA XXVIII
Gestão e Prevenção de Negligência, Abusos e Maus-Tratos
1. A ocorrência de situação de negligência, abusos ou maus-tratos, por parte das
Ajudantes de Ação Direta, ou qualquer outro(a) funcionário(a) prevê os seguintes
procedimentos:
1.1) O cliente, seu familiar ou outro que lhe seja próximo deve informar o(a)
Diretor(a) Técnico(a) da situação ocorrida;
1.2) O(a) Diretor(a) Técnico(a), detetada a situação de negligência, abuso ou maus-
tratos, auscultará todas as partes envolvidas, garantindo que os direitos do
utente/cliente não são postos em causa e a confirmar-se a situação acionará junto
das Ajudantes ações corretivas a tomar, podendo passar por mecanismos de
sanção;
1.3) A sanção a aplicar será decidida conjuntamente com a Direção da Insti tuição,
de acordo com cada situação.
2. A ocorrência de situação de negligência, abusos ou maus-tratos, por parte dos
familiares ou de outros que lhe sejam próximos, prevê os seguintes procedimentos:
2.1) Sempre que detetada algumas destas situações as Ajudantes de Ação Direta ou
qualquer outro(a) funcionário(a) devem informar o(a) Diretor(a) Técnico(a);
2.2) Depois de auscultadas as partes envolvidas o(a) Técnico(a) agirá em
conformidade, informando, formando e apoiando o cliente/utente e o familiar ou
pessoa próxima a superar a situação;
2.3) Sempre que a situação o justifique serão acionados os meios legais necessários
e informadas por escrito, as autoridades competentes, com vista a salvaguardar a
integridade e segurança do cliente/utente.
NORMA XXIX
Procedimentos em situação de emergência
A ocorrência de situação de emergência, seja de acidente ou doença súbita, prevê
os seguintes procedimentos:
1. É avisado o familiar/pessoa próxima de contacto definido;
2. Sempre que a situação o justifique é contactado o serviço de ambulâncias ou
INEM;
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24 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
3. Na impossibilidade de ser acompanhado por um familiar/pessoa próxima o
cliente/utente é acompanhado ao serviço de saúde por uma Ajudante de Ação
Direta, no entanto, cabe à família acompanhar o cliente/utente mal lhe seja possível.
NORMA XXX
Depósito e Guarda dos Bens dos Utentes
O Serviço de Apoio Domiciliário não se responsabiliza por valores ou bens que o
cliente/utente possua, salvo dos clientes/utentes que os tenham confiado à sua
guarda.
NORMA XXXI
Interrupção da Prestação de Cuidados por Iniciativa do Utente
1. Se o cliente/utente pretender deixar de frequentar o Serviço de Apoio Domiciliário,
deverá comunicar com trinta dias de antecedência por escrito, para ser anexo ao
respetivo processo, devendo indicar o motivo de cessação de frequência.
NORMA XXXII
Contrato
Nos termos da legislação em vigor, entre o cliente/utente ou seu representante legal
e a entidade gestora do estabelecimento/serviço deve ser celebrado, por escrito, um
contrato de prestação de serviços.
NORMA XXXIII
Cessação da Prestação de Serviços por Facto Não Imputável ao Prestador
1.Todas as ausências devem ser comunicadas com antecedência.
2. Se o cliente/utente abandonar o Serviço de Apoio Domiciliário, deverá este
comunicar com 30 dias de antecedência por escrito, para ser anexa ao respetivo
processo, devendo indicar o motivo de abandono.
3. Será cancelado o respetivo serviço numa ausência superior a 30 dias sem prévia
comunicação.
4. Uma vez abandonado o Serviço de Apoio Domiciliário só excecionalmente e no
caso de não existirem pedidos em espera, poderá ser solicitada a sua readmissão.
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25 REGULAMENTO INTERNO DA RESPOSTA SOCIAL DE SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO
5. As ausências em Serviço de Apoio Domiciliário só serão descontadas a partir do
16.º dia consecutivo.
NORMA XXXIV
Livro de Reclamações
Nos termos da legislação em vigor, este estabelecimento/serviço possui livro de
reclamações, que poderá ser solicitado sempre que desejado junto dos Serviços
Administrativos, competindo ao Diretor Técnico a Gestão do Livro de Reclamações.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
NORMA XXXV
Alterações ao Regulamento
Nos termos do regulamento da legislação em vigor, os responsáveis dos
estabelecimentos ou das estruturas prestadoras de serviços deverão informar e
contratualizar com os clientes/utentes ou seus representantes legais sobre quaisquer
alterações ao presente regulamento com a antecedência mínima de 30 dias
relativamente à data da sua entrada em vigor, sem prejuízo do direito à resolução do
contrato a que a estes assiste.
Estas alterações deverão ser comunicadas à entidade competente para o
licenciamento/acompanhamento técnico da resposta social.
NORMA XXXVI
Integração de Lacunas
Em caso de eventuais lacunas, as mesmas serão supridas pela entidade proprietária
do estabelecimento/serviço, tendo em conta a legislação/normativos em vigor sobre
a matéria.
NORMA XXXVII
Entrada em Vigor
O presente Regulamento entra em vigor em 01 de -------- de 2014, revogando o
anterior.