A ZONA DA MATA é a sub-região economicamente mais importante do Nordeste, devido ao seu expressivo dinamismo relacionado ao:
Desenvolvimento da atividade industrial;
Grande mercado consumidor, formado pelos principais centros urbanos;
Desenvolvimento de atividades rurais como a monocultura da cana de açúcar, fumo e cacau além de produções frutíferas (manga, mamão, caju, etc);
Estruturada rede de transportes – facilitando o desenvolvimento de matérias primas e produtos.
Essa sub-região pode ser dividida em três áreas distintas, são elas:
ZONA DA MATA AÇUCAREIRA;
ZONA DA MATA CACAUEIRA;
RECÔNCAVO BAHIANO.
ZONA DA MATA AÇUCAREIRA
Área que vai do Rio Grande do Norte até o norte da Bahia, onde foi organizada a agroindústria da cana-de-açúcar com base no latifúndio, na monocultura e no trabalho escravo. Com a decadência do açúcar o cultivo da cana deu lugar às atividades pecuárias, de produção de frutas, industriais, comércio e de serviços.
ZONA DA MATA CACAUEIRA
Desenvolvida no sul da Bahia, é a área que, no final do século XIX tornou-se um importante centro produtor e exportador de cacau destacando as cidades de Itabuna (centro comercial) e Ilhéus (porto exportador). Mais tarde devido a crise de produção, o cultivo da fruta foi substituído por outras atividades como a pecuária e indústrias de polpa de frutas e celulose.
RECÔNCAVO BAHIANO
Organizou-se desde o século XVI em torno da cultura do tabaco, que exportado para a Europa. Alcança vários municípios em torno da cidade de Salvador, destacando-se o município de Camaçari, onde se situa o Polo Industrial e Petroquímico de Camaçari, que abriga importantes indústrias, caracterizando-se a principal área industrial do Nordeste.
O AGRESTE é caracterizado pelo predomínio de
pequenas e médias propriedades rurais
policultoras e pela criação de gado produtores
de leite.
Destacam-se cidades como: Campina Grande
(PB), Caruaru e Garanhuns (PE), Arapiraca (AL)
e Feira de Santana (BA), Mossoró (RN) devido ao
grande desenvolvimento das atividades
agropecuárias tornaram-se grandes polos de
comercialização e distribuição de produtos
agrícolas, e prestação de serviços.
SUDENE (Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste)
Órgão criado pelo governo federal
com o objetivo de investir na
produção industrial e agropecuária
nordestina.
Economicamente, o SERTÃO baseia-
se na agropecuária sofrendo
consequências com os impactos das
condições climáticas principalmente
na época das estiagens.
Pecuária:
Destaca-se como a principal atividade
econômica praticada de forma extensiva em
grandes latifúndios;
Além da bovinocultura destaca-se também a
caprinocultura por apresentar grande resistência
ao tipo de clima (semiárido).
Agricultura:
Praticada em todo o Sertão em
pequenas propriedades rurais com
técnicas tradicionais caracterizando-se
como agricultura de subsistência em
maior parte da sub-região nordestina;
Em algumas áreas como as encostas
das serras e dos vales fluviais favorecem
à prática agrícola com diversos tipos de
lavouras comerciais.
Frutos do Sertão:
Algumas áreas destacam-se como
verdadeiros “oásis” agrícolas pela
prática da irrigação, p. ex.:
Petrolina (PE) e Juazeiro (BA).
Falta de água no Sertão: Escassez de chuva;
Falta de recursos para pequenos produtores;
Falta de aproveitamento dos recursos hídricos; Desvio de verbas.
Caracterização da seca e suas conseqüências:
Perda das lavouras e cabeças
de gado;
Esgotamento das reservas de
água e alimento.
INDÚSTRIA DA SECA
Termo utilizado para caracterizar
as desigualdades sociais geradas
pelo desvio de verbas financeiras
destinadas ao combate às secas
beneficiando apenas aos
latifundiários e políticos da região.
A TRANSPOSIÇÃO DAS ÁGUAS
DO RIO SÃO FRANCISCO
Devido à grande crise de abastecimento de
água no ano de 1999, o projeto de transposição
passou a ser sugerido. Consiste na transposição
de parte das águas do rio em dois canais:
O canal leste – para os estados de Pernambuco e da Paraíba;
O canal norte – para as áreas mais críticas do sertão de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, perenizando rios intermitentes daquelas regiões.
O MEIO NORTE baseia-se economicamente: na atividade extrativa vegetal principalmente na Mata dos Cocais com técnicas tradicionais;
na criação extensiva de gado bovino;
na plantação de arroz em solos mais úmidos destacando-se Maranhão como o maior produtor do país;
no cultivo de outros produtos como: mandioca, milho, algodão e soja nas áreas mais secas e utilizando alta tecnologia.
CONTRASTES NA DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL DA REGIÃO
NORDESTE Sertão e Meio Norte:
Baixa densidade demográfica.
Agreste e Zona da Mata:
Grande concentração populacional
desenvolvendo precárias condições de
vida nos bairros periféricos dos grandes
centros urbanos.
NORDESTE, uma região de
grande potencial devido:
a ocorrência de grandes investimentos em diversos setores da economia;
ao crescimento das empresas;
a prática da irrigação nas lavouras;
a correção dos solos inférteis.