Racionalismo destruidor
Grandes Guerras
Holocausto
Guerra Fria
crise energética
dos anos 70
Metanarrativas frustradas
eliminação da dor pela ciência e
tecnologia
fim da religião mediante o
progresso e a educação
fim da guerra através da
prosperidade
Desencanto
“mortede Deus”
(Nietzsche)
“mortedo homem”(Foucault)
“morteda razão”(Storck)
LIBERALISMO AUTOFÁGICO
Nietzesche•herói intelectual do nazismo•ícone dos tempos modernos
•autor mais lido nas universidades
O ceticismo e a descrença que o iluminismo liberal direcionou contra a religião tradicional voltam-se contra os próprios fundamentos do liberalismo
Niilismo•ciências sociais•comunicação•artes•humanidades
• Pertencia à geração de pensadores como Michel Foucault, Jacques Derrida, Charles Deleuze, Georges Dumézil, Roland Barthes e Jean Baudrillard
• Foi membro ativo do grupo Socialisme ou Barbarie, mas acabou criticando tanto o capitalismo quanto a burocracia soviética
• Ironizou os discursos de poder e os projetos da modernidade
ESTOPIM: FRANÇOIS LYOTARD (1924-1998)
• Síntese razoável das tendências culturais
• Diagnóstico certeiro das mudanças intelectuais então em voga na Europa
• Consagrou o nome pós-modernismo para a o movimento geral
• Não se confunda com “Condição pós-moderna” (The Condition of Postmodernity, 1989), do geógrafo marxista britânico David Harvey
A OBRA: “LA CONDITION POSMODERNE” (1979)
CONTEÚDO: MODELOS EXPLICATIVOS FALHOS
legitimação do saber
prioridade da linguagem nas ciências sociais
cultura acima da economia
explicações holísticas
Ao marxismo, ao estruturalismo e a outros ismos,
seguiram-se novas questões intelectuais que o próprio índice do livro já apontava:
• Qualquer revisão crítica do
legado do racionalismo
ilustrado, comumente
etiquetado como
modernidade
• Posição a favor do
não, mais do que nova
proposta aos velhos
problemas
• Mal-estar das
minorias, insatisfação com
a uniformização e o
ordenamento
“PÓS-MODERNISMO”
• Desde Paris, multinacional
da novidade intelectual,
infiltrou-se em todos os
âmbitos: arquitetura,
cinema, literatura,
jornalismo
• Gerou debates e polêmicas
• Tornou-se tema de
cientistas sociais que não
sabem em quê consistia
exatamente
PENETRAÇÃO DA IDEIA
• Pós-modernidade é o
pós-modernismo dando a
cara
• Contrariando a profecia
derridana, as ideias
escaparam dos textos
acadêmicos para o
dia-a-dia das pessoas
O PÓS-MODERNISMO NA RUA
IMPERATIVOS PÓS-MODERNOS
A presença de personagens desimportantes nos meios de comunicação
A exposição da intimidade como moeda corrente no reino do intranscendente
Arte-lixo vendida a preço de ouro, o banal tornado sacral
O espetáculoe o ícone substituem monumentos e silhares
A aparência vale mais que a realidade e o resultado mais que o processo
• Valores do pós-guerra:
transparência, informação,
abertura; liberdade de
expressão e de escolha;
solidariedade; consenso
• Mas isso também gerou
a difusão midiática do
secularismo,
do hedonismo,
da infidelidade,
do transitório e do
episódico
VALORES E DESVALORES
• Bebe-se a cultura do
know-how
tecnológico, avanços
científicos, trivialidades
efêmeras e aforismos
politicamente corretos
• Falta sentido da vida
(know-how da alma)
• Perdeu-se a arte de
ler, pensar, conversar: só
existem os “hollow men”
de T.S. Eliot
NOVOS BÁRBAROS
• Famílias desestruturadas,
orfandade doméstica,
vizinhança sem rosto,
emigrantes sem-teto,
compras substituindo as
festas
• Fome de amizade,
intimidade, comunhão
• A miríade de escolhas
oculta sentimento de
rejeição
DESEJOS MUDOS
• As pessoas não encontram
a verdade nem a sabem
procurar
• Existe satisfação com a
realidade fictícia
desenhada pelo abuso da
linguagem e pelas falsas
convicções
• A ausência de experiência
espiritual impede de
perceber tais anseios
DE PAZES COM A ILUSÃO
DA DECADÊNCIA À ALTERNATIVA
“Novos sofistas” Alternativas
Derrida Foucault
filha da crise
discurso radical
mera especulação
três viradas (turns) geraram
movimentos mais
duradouros e práticos nas
ciências sociais
Decadência
• Mais antiga, foi a causa indireta das demais
• “Não há realidade fora do texto” (Jacques Derrida)
• A linguística e a antropologia tornaram-se as estrelas do novo panorama epistemológico
• É preciso conhecer os mecanismos de criação e uso da palavra para não cair na sua rede invisível
VIRADA LINGUÍSTICA FILOSÓFICA
• Os historiadores se deram
conta de que seu linguajar
tornara-se hermético, sem
interesse público, abstrato,
mais feito de processos do
que de história, de
esquemas a priori do que
de interpretação de dados
• Daí a volta para o sujeito,
para as coisas, para a
cultura
VIRADA NARRATIVA
• Busca de uma nova
concepção de mundo
• Os valores identitários,
as tradições adventícias,
a consciência das
vicissitudes históricas,
assumem um importante
papel acima da economia
e do monstro ordenador da
modernidade
VIRADA HISTORICISTA LITERÁRIA
UMA REAÇÃO À FALTA DE CRIATIVIDADE
Cultura de massa do entre-Guerras
Derrubada das fronteiras de classe
Lógica depauperização de todo movimento elitista aplicado de forma sistêmica
O igualitarismo transformou os espectadores em protagonistas
Show do desagrado
Sofrimento alheio
Affairs de esportistas desimportantes
Estupidez das beldades
Novas perspectivas
Responsabilidade a que não se pode mais renunciar
A identidade só é resgatada quando se toma consciência de um mundo à deriva
Desafio de conduzir a contento os processos de integração social
COORDENADAS: IDENTIDADE E CONSCIÊNCIA
Resgateda memória
Estabelecimentode relações
Situação do indivíduo na coletividade
Recomposição das notícias fragmentárias
Remoção de máscaras e holofotes
•Relativismo
•Resgatou elementos da
psicologia
•Loucura, corporalidade e poder
reconstruídos conforme os
valores sociais
Michel Foucault(1926-1984)
•Desconstrutivismo
•Descobriu os mecanismos
culturais de criação de
significados
•Colheu contribuições de
Saussure, Heidegger e
Wittgenstein
Jacques Derrida(1930-2004)
•Organizou a obra conjunta
A Virada Linguística,
criando a moda dos volumes
recompilatórios
•Consagrou a expressão e
colocou a linguística no centro
do debate contemporâneo
Richard Rorty
(1931-2007)
Hayden White (1928-)
Meta-história (1973):Bem acolhido entre os filósofos e críticos literários, menos entre os historiadores que se consideravam cientistas
Apresentou o texto histórico como artefato literário e não como produto de ciência experimental
Natalie Z. Davis (1928-)
•Reintroduziu a história das mulheres e resgatou a linguagem narrativa como alternativa à linguagem marxista, quantitativista e estruturalista
Carlo Ginzburg (1939-)
•Introduziu a micro-história, centrada no quotidiano de personagens anônimos
Simon Schama (1945-)
•Mitologia e memória coletiva
Paulo Ricœr(1913-2005)
Tempo e narrativa, 3 vol. (1983-85):Especulação sobre o relato tanto como forma de transmissão quanto como configurador da existência
Perquiriu as raízes da identidade e como a linguagem configura a memória
Hans-Georg Gadamer(1900-2002)
• Mais brilhante discípulo de Heidegger, aplicou seu transcendentalismo e sua ontologia às criações linguísticas
Norbert Elias(1897-1990)
O processo civilizador (1936):Obra só recebida nos anos 80, influenciada por Weber, Marx e o pintor britânico Lucien Freud
Demonstra o nascimento de uma nova ideia de indivíduo e de autoconsciência com seus mecanismos de autocontrole
• Crescente brecha entre
ricos e pobres
• Mas, para muitos
ocidentais, a vida pode ser
bastante boa
• O que se quiser ter,
pode-se conseguir
• Cultura publicitária
orientada deliberadamente
aos consumidores mais
jovens
TEMPO DE CRISE
• A verdade já não se recebe
nem precisa ser provada,
pois “não existe nada
objetivo”
• Quase todas os gostos
pessoais podem ser
atendidos
• Aspiração generalizada
pelo agora, mais e melhor
• O individualismo ameaça a
coesão social: a família e a
comunidade
TUDO É POSSÍVEL, NADA É CERTO
• Cultura dominada pela
escolha, preferência
pessoal e imediatez
• A religião torna-se a la
carte e o futuro
apresenta-se enigmático
• A Igreja institucional pode
parecer antiquada para as
novas gerações
• O esoterismo aparenta
oferecer respostas
TEMPORADA PARA FUTUROLOGIA
Deuspara
responder
Comunidade para
pertencer
Necessitado para
ajudar
•patrulhamento ideológico
•carência de argumentação
tolerânciax
ódio
•informalidade
•burocratização
•impessoalidade
organicidadex
instituição
•holismo
•condenação do dualismo
mentalidade hebraica
xgrega
•compartilhamento
•mobilização
•democratismo
redex
autoridade
relativismo
fragmentação
massificação
atomização
A identidade cristã enriquece o diálogo, pois quanto mais cristão se é, mais aberto está aos outros
A escuta atenta supõe uma linguagem não verbal que transmite carinho a quem fala
A persuasão nasce da interiorização da doutrina, superando as controvérsias artificialmente propostas pela opinião pública
A firmeza de convicções é humilde quando disposta a aprender. A segurança não causa rechaço quando é sincera, não impositiva