INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO
Curso de Turismo
3º Ano
Mercados e Produtos Turísticos
City-Break em Viana do
Castelo
Discentes:
Ana Escusa, nº5959
Anabela Teixeira, nº 6227
Alberto Magalhães, nº6280
Carla Sofia Ribeiro, nº 5967
Carlos Domingues, nº 6161
Lara Loureiro, nº 6225
Ano lectivo: 2009-2010
Docente
Dr. Francisco Sampaio
Viana do Castelo, 16 Novembro de 2009
Resumo
City-breks… um conceito que muito se tem ouvido hoje em dia. Aparece
consagrado no PENT (Plano Estratégico Nacional para o Turismo), aparece em
brochuras, na internet, em notícias. Será que apesar de toda a informação que
nos rodeia sobre este tipo de turismo (ainda recente) se sabe em que consiste
verdadeiramente?
É esta questão que se irá tentar responder com a realização deste
trabalho. Além da abordagem específica ao produto city-breaks será feita uma
adequação deste à cidade de Viana do Castelo. Esta cidade servirá, assim, de
exemplo prático ao que este produto significa na vida dos turistas, das
populações e de todos os que são atingidos pelo efeito do turismo.
Conteúdo
1. Introdução ................................................................................................... 1
2. Metodologia ................................................................................................. 1
3. City-Break ................................................................................................... 2
4. Viana do Castelo ......................................................................................... 4
5. Análise SWOT ............................................................................................. 5
5.1. Principais conclusões ............................................................................ 6
6. Check-up turístico de Viana do Castelo ...................................................... 7
7. Alojamento .................................................................................................. 9
7.1. Viana do Castelo - Empreendimentos Turísticos: ............................... 12
7.2. Viana do Castelo - Turismo no Espaço Rural:..................................... 13
8. Restauração .............................................................................................. 13
9. Transportes ............................................................................................... 16
De carro ........................................................................................... 16
De Comboio ..................................................................................... 16
De Barco .......................................................................................... 16
10. Programa de City-break em Viana do Castelo ....................................... 17
10.1. Proposta de Programa de City-Break em Viana do Castelo ............ 18
Sexta-Feira ................................................................................................ 18
Sábado ...................................................................................................... 18
Domingo .................................................................................................... 20
Segunda .................................................................................................... 21
11. Animação Turística ................................................................................. 21
12. Marketing ................................................................................................ 25
13. Conclusão............................................................................................... 27
14. Bibliografia .............................................................................................. 28
1
1. Introdução
Este trabalho surge no seguimento da avaliação da disciplina de
Mercados e Produtos Turísticos. Nele serão analisadas as férias de city e short
breaks e posteriormente irá aplicar-se este conceito à cidade de Viana do
Castelo.
Tem-se falado muito em city-breaks desde que este foi um tipo de
turismo presente no Plano Estratégico Nacional para o Turismo. Assim,
considera-se que Portugal, em especial alguns locais com dimensão e
importância, têm capacidade para receber turistas que procuram fazer city-
breaks.
De um modo geral, todos pensamos saber o que são city-breaks, mas,
nem sempre a nossa concepção é a mais indicada. Deste modo, o objectivo
principal deste trabalho será perceber em que consiste este tipo de turismo que
se encontra em franco crescimento e tentar adequá-lo à realidade turística de
Viana do Castelo.
2. Metodologia
Para a realização do presente trabalho foi necessário proceder à
pesquisa de informação. Devido ao teor do mesmo as fontes em que será
baseado são fontes secundárias, uma vez que se recorreu à pesquisa na
internet, em livros e em revistas. No entanto, será apresentado um ponto do
trabalho que é de origem dos elementos do grupo. Esta parte será a de
apresentação e proposta de um possível programa de city-break em Viana do
Castelo.
Quanto à organização, num primeiro momento irá ser apresentado um
resumo explicativo que dirá em que consiste as férias city-breaks.
Posteriormente será apresentada a cidade eleita Viana do Castelo. Neste ponto
estará também presente a análise SWOT à cidade.
2
De seguida será feito um check-up turístico da cidade em que será dito
em que ponto está o turismo e como se tem comportado e evoluído ao longo
dos anos na cidade estudada. Seguidamente serão apresentadas as opções
que Viana tem para oferecer aos seus turistas ao nível do alojamento,
restauração, entre outros aspectos.
Num último momento será apresentada uma proposta de organização de
uma city-break como já foi referido e será proposta animação turística de que
os turistas poderão dispor em Viana do Castelo. Será também apresentada
uma breve abordagem ao marketing realizado pela cidade em termos turísticos.
Este trabalho foi elaborado com base nas regras presentes no “Guia de
apresentação de trabalhos escritos” em vigor.
3. City-Break
City-Break é um produto turístico previsto no PENT (Plano Estratégico
Nacional para o Turismo). Para se entender melhor a essência do presente
trabalho importa perceber e ficar a conhecer um pouco melhor em que se
baseia e o que é e significa este produto turístico.
Assim, segundo o Instituto Português do Turismo, city-break consiste em
“conhecer uma cidade e as suas atracções monumentais, arquitectónicas,
culturais, comerciais, gastronómicas, etc. As viagens internacionais de city
breaks representam 34 milhões de viagens de uma ou mais noites de duração,
i.e., 14% do total de viagens de lazer realizadas pelos europeus. As tendências
revelam a continuação do crescimento do produto nos próximos anos, entre
12% e 15% / ano.”1
A região de turismo Porto e Norte de Portugal enfatiza, também, a
importância do produto city break dizendo que este “simboliza a dinamização
social ao serviço do desenvolvimento turístico. A diversão, a sociabilidade
associada aos movimentos urbanos, à energia e vitalidade que tão bem
caracterizam os itinerários temáticos e os serviços personalizados de alta
1 S.a. (acedido em 05-11-2009); “City break”; [On-line]; disponível em:
http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/AreasActividade/ProdutoseDestinos/Pages/CityBreak.aspx#Anexos
3
qualidade. Um produto cheio de sabor que desvela ao visitante a identidade do
Porto e Norte na compósita unicidade da sua geografia, da sua história e da
sua paisagem urbana”.2
City Breaks é uma forma de realizar turismo em cidades com atracções
monumentais, arquitectónicas, culturais, comerciais, gastronómicas, entre
outras. No Norte de Portugal esta surge como a segunda motivação mais
relevante (19,8%), uma vez que, em primeira posição se encontra o Touring
Cultural e Paisagístico com 56,4%.
Como podemos ver no gráfico apresentado a maioria dos turistas que
visitam Portugal com a motivação city-break vêm de Espanha e o local mais
visitado com esta motivação é Lisboa.
2 S.a. (acedido em 05-11-2009); “City Short Break”; [On-line]; disponivel em:
http://www.portoenorte.pt/
Ilustração 1: City Breaks
Fonte: Turismo de Portugal; (acedido em Outubro de 2009); Relatório anual de pesquisa - 2007h; [on-line]; disponível em:
http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/Proturismo/mercadosturisticos/avaliacaodesegmentos/Anexos/AVALIA%C3%87%C3%83O%20DOS%20PRODUTOS.pdf
4
4. Viana do Castelo
O local escolhido para a realização do city-break foi Viana do Castelo.
Esta cidade situa-se no Norte de Portugal. E é-nos apresentada pelo site da
Câmara Municipal como situando-se “no centro de um triângulo que tem como
vértices as cidades de Vigo, Porto e Braga, das quais dista, em média, 65
quilómetros, Viana do Castelo está servida pelos aeroportos de Vigo e do
Porto.”3
É uma cidade “rodeada pelas montanhas verdejantes, onde nasce o sol,
pelos reflexos de azul intenso do Oceano Atlântico e pela serenidade do Rio
Lima, encontra-se o concelho de Viana do Castelo, rico em paisagens
deslumbrantes. Este quadro de contrastes, oferecido pelo mar, com as suas
praias de areia fina e dourada, pelo monte de Santa Luzia e a sua citânia, que
desenha o horizonte e pelo Rio Lima que banha as suas tranquilas praias
fluviais, constitui, sem dúvida, um dos mais belos cenários que a natureza
produziu e que o Homem soube, felizmente, preservar.” 4
O site especializado em turismo e destinos lifecooler define Viana como
sendo uma cidade belíssima. “O rio, a serra e o mar dão-lhe uma beleza
invulgar. O centro histórico tem numerosos monumentos, testemunhos de
muitos séculos e dos mais diversos estilos arquitectónicos. A cidade tem
beneficiado de intervenções recentes nas ruas e praças, da criação de vias
pedonais e de uma ciclovia urbana. O anel viário que contorna a zona antiga e
a construção de parques de estacionamento subterrâneo fizeram diminuir
substancialmente o tráfego.”5 Refere ainda a facilidade que hoje em dia se tem
para chegar a Viana devido aos bons acessos. “Servida por modernas auto-
estradas, Viana tem fácil acesso, atraindo muitos visitantes. A proximidade do
rio e do mar proporcionam excelentes condições para a prática de desportos
náuticos e para o acolhimento de barcos de recreio na marina em frente ao
jardim da cidade. Para além paisagem e do valor histórico, a riqueza da
3 S.a. (acedido em 28-10-2009); “Imagens da cidade”; [On-line]; disponível em: http://www.cm-
viana-castelo.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=349&Itemid=594 4 S.a. (acedido em 28-10-2009); “Imagens da cidade”; [On-line]; disponível em: http://www.cm-
viana-castelo.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=349&Itemid=594 5 S.a. (acedido em 05-11-2009); “Viana do Castelo”; [On-line]; disponível em:
http://www.lifecooler.com/edicoes/lifecooler/localidades.asp?distritos=16&concelhos=16_9&funcao=Pesquisar1
5
etnografia, do artesanato e da gastronomia, fazem de Viana do Castelo um
destino obrigatório.”6
5. Análise SWOT
Para que se perceba melhor o destino, a sua atractividade e aquilo que
tem de melhor, bem como o que necessita de ser melhorado é necessária a
realização de uma análise SWOT. Esta irá permitir relacionar os pontos fortes
com os pontos fracos, oportunidades e ameaças.
Pontos fortes (S):
S1 – “Cidade saudável”;
S2 – Boas acessibilidades;
S3 – Mar, rio e montanha;
S4 – Tem marina e estaleiro naval;
S5 – Gastronomia;
S6 – Riqueza de património histórico e cultural;
S7 – Paisagens muito ricas;
S8 – Alojamento de qualidade;
S9 – Riqueza de artesanato;
S10 – Variedade de festas e romarias;
S11 – Hospitalidade dos habitantes;
S12 – Arquitectura variada;
S13 – Santa Luzia;
S14 – Presença de grandes empresas.
Pontos fracos (W):
W1 – Estacionamento deficitário;
W2 – Falta de animação nocturna;
W3 – Má divulgação de algumas actividades realizadas;
W4 – Inexistência de placas informativas no centro histórico;
W5 – Pouca dinamização da cidade;
W6 – Museus fechados ao fim de semana;
6 Idem.
6
W7 – Sazonalidade.
Oportunidades (O):
O1 – Construção do pavilhão multiusos;
O2 – Sede da região de turismo;
O3 – Ligação próxima com a Galiza;
O4 – Caminho de Santiago.
Ameaças (T):
T1 – Portagens na A28;
T2 – Proximidade de grandes cidades como Porto, Braga, Guimarães;
5.1. Principais conclusões
Com esta análise podem retirar-se algumas conclusões que mostram
que apesar de Viana do Castelo estar no bom caminho ainda existem alguns
aspectos que devem ser corrigidos. Principalmente ao nível do estacionamento
nota-se uma grande lacuna. Isto porque, o existente não é suficiente o que
provoca uma desordenação no trânsito na cidade. Por outro lado, o facto de ser
uma cidade pouco dinâmica ao nível da animação, principalmente nocturna, em
que falta animação nas ruas, bares abertos, locais onde as pessoas se possam
divertir é um aspecto negativo que deixa os turistas (especialmente os mais
jovens) com outras opções que não Viana.
Um aspecto que poderá ter bastante impacto no turismo (e na vida
diária) de Viana do Castelo é o facto de a A28 vier a ter portagens. Isto pode
levar a que, apesar das boas acessibilidades, os turistas evitem esta cidade em
detrimento de outras.
Os caminhos de Santiago e o novo pavilhão multi-usos são
oportunidades que se bem aproveitadas, geridas e divulgadas podem vir a ser
grandes valias para o turismo da cidade. Poderão ser dois aspectos
diferenciadores que poderão levar à escolha desta cidade como destino de
eleição.
Apesar de tudo, Viana já tem aspectos muito positivos. As suas
características enquanto cidade do Minho, cidade histórica cativam muitas
7
pessoas para a visitarem. Estes aspectos da história, cultura e artesanato
devem por isso ser mantidos e sempre que possível melhorados.
6. Check-up turístico de Viana do Castelo
Quando se fala do check-up turístico, pode dizer-se que corresponde à
situação actual do turismo, à procura e à oferta turística de um determinado
destino, incluindo, também, o número de visitantes/turistas que visitam o
destino turístico. Neste caso, irá abordar-se o check-up turístico de Viana do
Castelo, que se localiza na margem norte do estuário do rio Lima.
Pode-se, assim, definir procura turística como sendo o conjunto de bens
e serviços que as pessoas que se deslocam adquirem para realizar as suas
viagens.
A principal procura das viagens internacionais de city breaks é composta
por 34 milhões de viagens, com uma ou mais noites de duração.
Não se pode comparar a procura turística de Viana do Castelo com as
grandes cidades como o Porto e Lisboa, no entanto pode-se dizer que esta
cidade já começa a ser bastante procurada pelos turistas/visitantes, uma vez
que o Alto Minho tem uma paisagem fabulosa e, também, possui importantes
atracções turísticas. Algumas delas existentes em Viana do Castelo são as
seguintes: centro histórico, nomeadamente o Chafariz da Praça da República;
a citânia de Santa Luzia; os Antigos Passos do Concelho; a Misericórdia; a
Capela das Malheiras; o Museu do Traje; Sé Catedral; etc.
Outro dos pontos importantes na região do Alto Minho é, sem dúvida, a
gastronomia rica e variada.
A cidade de Viana do Castelo é, também, conhecida pelo seu artesanato
e pelo colorido vestuário típico desta região
Relativamente à oferta turística, esta é constituída por todos os factores
naturais ou criados pelo homem que dão resposta às motivações turísticas,
originando uma deslocação.
Viana do Castelo oferece aos seus turistas/visitantes um leque variado
de actividades, sendo algumas delas, o paintball, percursos pedestres,
8
canyoning, BTT, surf, Kayak, passeios de barco, workshops, entre muitas
outras actividades.
A oferta turística não se baseia só nas actividades que cada cidade ou
local tem para oferecer ao turista/visitante, mas também se inclui os locais
onde se pode comer e dormir.
Assim, pode-se referir alguns locais onde se pode provar comida típica
da cidade de Viana do Castelo: Camelo; Os três potes; Pousada Monte Santa
Luzia - Restaurante; etc.
Quanto aos locais onde os turistas/visitantes podem dormir, destacam-
se a Casa Costa Barros (TH), Estalagem Melo Alvim, Hotel Axis Viana, Hotel
Flor de Sal, Pousada de Santa Luzia, entre outros.
Viana do Castelo é considerada uma cidade saudável, com um leque
variado de oferta turística adequado a cada tipo de turista/visitante.
Segundo as estatísticas obtidas pela RTAM em 2005, o Alto Minho teve
“um total de 458.709 visitantes, sendo 250.933 portugueses e 207.776
estrangeiros”.7
Quanto à cidade de Viana do Castelo, pode-se dizer que ocupa um
belíssimo terceiro lugar, obtendo, assim, 54.935 do total do número dos
visitantes do Alto Minho.
Os visitantes são, essencialmente, de “Portugal (Alto Minho com 61.870;
Lisboa e Vale do Tejo – 51.730; Norte de Portugal – 53.212; Porto / Cidade –
26.661; Beiras – 18.529); Espanha (Galiza – 48.001; Madrid – 10.578; Asturias
– 10.512; Catalunha – 6.723; Castela Leon - 5.234; Outros – 8.667, o que
totaliza para a Espanha 89.715 visitantes nas Delegações de Turismo (...) e
França com 41.309; Inglaterra – 16.847; Alemanha – 10.150; Brasil – 6.060;
Itália – 4.980”8.
Ainda, segundo a mesma fonte, em 2006, verificaram-se 8.320 camas
disponíveis em todos os estabelecimentos hoteleiros, TER e meios
complementares de alojamento.
Quanto ao número de turistas/visitantes, que passaram pelos postos de
turismo do Alto Minho, pode-se dizer que, em 2006, o total foi de 448.314
7S.a.; (acedido em Outubro de 2009); Estatísticas Gerais de Visitantes ao Alto Minho por
Delegação/Loja (2005) [On-Line] disponível em: http://www.rtam.pt/index.php?id_categoria=3&id_item=2823 8 Idem
9
visitantes, menos 2,27% do que em 2005 (458.709). Diminuiu o número de
visitantes portugueses (6.36%) e aumentou o número de estrangeiros (2.68%)9.
Relativamente a Viana do Castelo, 19 525 foram visitantes portugueses
e 37 720 estrangeiros, sendo a maioria desde últimos, oriundos da vizinha
Espanha.
No que diz respeito aos produtos turísticos existentes no Alto Minho,
incluindo Viana do Castelo, pode-se dizer que a 1ª prioridade é o touring
cultural e paisagístico, gastronomia e vinhos e turismo de natureza. Já, a 2ª
prioridade é a saúde e bem-estar, city e short breaks e MICE. Finalmente, a 3ª
prioridade é o turismo náutico e o golfe.
7. Alojamento
A oferta hoteleira de Viana do Castelo destaca-se pela sua diversidade
de empreendimentos hoteleiros. Poderá encontrar, desde hotéis de 4 estrelas
até unidades de Turismo Rural.
“A Região de Turismo do Alto Minho possui actualmente um conjunto de
335 unidades de alojamento turístico, sendo que 7 destas unidades estão
classificadas como alojamento particular, 2 como turismo de natureza e 13
como parques de campismo. (…) Relativamente aos estabelecimentos
hoteleiros e meios complementares de alojamento e face aos últimos dados
nacionais disponíveis (2006) a RTAM detinha 5,6% do total de unidades face
ao país e 2,3% do total de camas, o que indicia uma dimensão média das
unidades menor do que a média nacional (130 e 55 camas, respectivamente).
9 S.a.; (acedido em Outubro de 2009); Estatísticas – 2006 – Lojas de Turismo da RTAM (Mais
Estrangeiros / Menos Portugueses) [On-Line] disponível em: http://www.rtam.pt/index.php?id_categoria=3&id_item=3331
10
Comparativamente ao Norte o Alto Minho possuía 25,2% do total de
unidades e 17,6% do número total de camas. No que se refere à análise da
área respeitante à RTAM o maior número de unidades respeita à tipologia dos
empreendimentos de turismo no espaço rural, com 199 unidades, sendo o
turismo rural com 77 unidades a tipologia mais significativa seguindo-se o
turismo de habitação com 48 unidades. Já os estabelecimentos hoteleiros
representam um total de 98 unidades no território dos 13 concelhos e os meios
complementares de alojamento (apartamentos turísticos, aldeamentos
turísticos e moradias turísticas) 16 unidades”.10
10
Rtam; (acedido em Outubro de 2009); Turismo no Alto Minho – número 17; [on-line];
disponível em: http://www.rtam.pt/?id_categoria=36
Ilustração 2: Número de unidades por tipologia de alojamento. Fonte: RTAM
Ilustração 3: Estabelecimentos e capacidade de alojamento por concelho
Fonte: RTAM
11
“Os estabelecimentos hoteleiros são a tipologia de alojamento mais
representativa em Viana do Castelo, com 16 unidades, as quais possuem
1.109 camas, correspondendo a 77,2% da capacidade de alojamento. Os
empreendimentos de turismo em espaço rural contam com 24 unidades que
contêm 258 camas, isto é, 18% da capacidade do concelho, dentro destes
destaca-se o turismo rural cujas 13 unidades contemplam 154 camas. Para
além da oferta já mencionada Viana do Castelo possui ainda 3 unidades de
meios complementares de alojamento que representam 4,9% da capacidade
de alojamento e dois parques de campismo.
No que diz respeito ao número de estabelecimentos, comparativamente
a 2007, houve uma diminuição de 9 unidades, assim como em termos da
capacidade de alojamento que passou de 1.857 camas para 1.437 camas. Esta
diminuição foi causada pelo encerramento definitivo de uma unidade de
alojamento (Hotel Viana Sol) mas também pela indisponibilidade temporária de
algumas unidades que não foram assim contabilizadas (Pensão Laranjeira e
algumas unidades de TER e Meios Complementares) ”.11
O Concelho de Viana do Castelo apresenta uma variedade de
alojamento, no que se refere, a empreendimentos turísticos, Turismo no
espaço rural e parques de campismo, contudo, para a elaboração deste
11
Rtam; (acedido em Outubro de 2009); Turismo no Alto Minho – número 17; [on-line];
disponível em: http://www.rtam.pt/?id_categoria=36
Ilustração 4: Capacidade de alojamento (camas) - Viana do Castelo
Fonte: RTAM
12
trabalho sobre City Breaks vamos basear-nos apenas e só no que existe na
Cidade de Viana do Castelo.
7.1. Viana do Castelo - Empreendimentos Turísticos:12
Nome Categoria
Pousada Monte Sta. Luzia Regional
Casa Melo Alvim Estal. 5*
Hotel Axis Viana 4*
Hotel Flôr de Sal 4*
Hotel Parque (Residencial) 4*
Hotel Rali (Residencial) 3*
Hotel Aliança (Residencial) 2*
Pensão Calatrava (Residencial) Pensão 1ª
Pensão Jardim (Residencial) Pensão 2ª
Pensão Laranjeira (Residencial) Pensão 2ª
Pensão Restaurante Alambique Pensão 2ª
Pensão Dolce Vita (Residencial) Pensão3ª
Pensão Viana Mar (Residencial) Pensão 3ª
Pensão Viana Mar (Residencial) Anexo A Pensão 3ª
Pensão Viana Mar (Residencial) Anexo B Pensão 3ª
Albergaria Margarida da Praça Albergaria
Ap. Tur. Quinta de Valverde 4*
12
Rtam; (acedido em Outubro de 2009); Viana do Castelo – empreendimentos turísticos; [on-
line]; disponível em:
http://www.rtam.pt/?id_categoria=54&id_item=137
13
7.2. Viana do Castelo - Turismo no Espaço Rural:13
Nome Tipo
Casa dos Costa Barros TH
8. Restauração
Portugal é desde há muito referenciado pelo carácter hospitaleiro das
suas gentes, pelo seu Património e pelos atributos climáticos que oferece a
todos quantos os visitam. Mas, aquilo que verdadeiramente confere ao nosso
país é a qualidade e diversidade da gastronomia.
“A gastronomia desta região pode caracterizar-se de suculenta,
abundante e variada. A diversidade de paisagem natural e as influências
recebidas durante séculos, de outras gentes, são elementos que explicam a
multiplicidade das especialidades gastronómicas: O Caldo Verde e a Broa de
Milho, as Papas de Sarrabulho e os Rojões de Porco à moda do Minho, o
Bacalhau, o Cabrito Assado e a Vitela, o Presunto e os Enchidos. Não
esquecendo de referir o vinho verde.”14
“A Gastronomia é uma das manifestações culturais mais importantes do
Concelho de Viana do Castelo, que se tem tornado num produto turístico
capaz de atrair muitas pessoas. Rica em iguarias, muitas delas servidas em
louça típica da região. Os pratos mais procurados são por excelência o arroz
de lampreia, o sarrabulho e o bacalhau, acompanhados pela famosa broa de
milho e o inigualável Vinho Verde, que também pode beber como aperitivo.
Rojões cabrito assado são igualmente especialidades da cidade. Para
sobremesa, tem o famoso arroz doce, o leite-creme, a torta de Viana, as
13 Rtam; (acedido em Outubro de 2009); Turismo no Espaço rural; [on-line]; disponível em:
http://www.rtam.pt/?id_categoria=32
14 S.a.; (acedido em Outubro de 2009); Entre Douro e Minho; [on-line]; disponível em:
http://www.receitasemenus.net/content/category/5/165/267/
14
cavacas de Viana, os sidónios e os doces à base de doce de ovos, como os
manjericos e barquilhos”.15
“O polvo é brilhantemente confeccionado nesta região, assim como o
bacalhau e os peixes do rio. Os mariscos são muito apreciados bem como a
lampreia. Com a carne do porco fazem-se enchidos variados, sarrabulho,
rojões e outros pitéus deliciosos. O cabritinho assado e o anho assado são
outros dos pratos mais apreciados, saboreie os doces, entre os quais
destacamos, as Bolas de Berlim , os Biscoitos de Viana, o Pão-de-ló, as
Cavacas de Viana, os rebuçados do Senhor dos Passos e os rebuçados da
Paixão”.16
“A gastronomia e o património monumental que fazem de Viana do
Castelo um destino turístico que oferece a quem a visita vastos motivos de
encanto e brinda o paladar com requintados e substanciosos prazeres. Sendo
a Terra dos Bacalhaus descoberta de um navegador de Viana do Castelo,
cidade que se transformou num centro pesqueiro do "fiel amigo", é natural que,
ao longo dos tempos, aqui se fossem multiplicando numerosas e bem
apaladadas maneiras de o cozinhar, esmerando-se os restaurantes vianenses
em apresentar no seu cardápio as melhores e mais variadas receitas de
bacalhau”.17
Segundo a Região de Turismo Porto e Norte de Portugal podemos
identificar alguns restaurantes de Viana do Castelo que participaram nos
Domingos Gastronómicos de Fevereiro a Maio de 2009. São eles:
15
VivExperiência; (acedido em Outubro); Selecção Restaurantes Viana Welcome Center; [on-
line]; disponível em:
http://www.vivexperiencia.pt/site/index.php?option=com_mtree&task=listcats&cat_id=44&Itemid
=131
16 VivExperiência; (acedido em Outubro); Saboreie e Viva Viana; [on-line]; disponível em:
http://www.vivexperiencia.pt/site/index.php?option=com_content&task=view&id=27&Itemid=53
17 RTAM; (acedido em Novembro de 2009); Dia de Bacalhau à Gil Eanes; [on-line]; disponível
em: http://arquivo.rtam.pt/
15
A Matriz Viana do Castelo
A Palhada Viana do Castelo
Asturias Viana do Castelo
Adega do Padrinho Viana do Castelo
Atrio Viana do Castelo
Axis Viana do Castelo
Bar e Montanha Viana do Castelo
Bar Praia do Coral Viana do Castelo
Boccalino Viana do Castelo
Cozinha das
Malheiras Viana do Castelo
Conde do Camarido Viana do Castelo
Casa d'Armas Viana do Castelo
Covas Viana do Castelo
Diplomático Viana do Castelo
Eiffel Viana do Castelo
Foz Grill Viana do Castelo
Laranjeira Viana do Castelo
Magna Viana do Castelo
Maria de Perre Viana do Castelo
Marialva Viana do Castelo
Matriz Viana do Castelo
Náutico Viana do Castelo
O Garfo Viana do Castelo
O Manel Viana do Castelo
O Pipo Viana do Castelo
O Reflexo Viana do Castelo
Os Três Potes Viana do Castelo
Paladar Viana do Castelo
Pizzaria Dolce
Vianna Viana do Castelo
O Prior Viana do Castelo
Sonho do Padrinho Viana do Castelo
Sport Viana do Castelo
Saleiro Viana do Castelo
Scala Viana do Castelo
Viana Mar Viana do Castelo
Zefa Carqueja Viana do Castelo
Gastronomia e Vinhos é uma forma de realizar turismo para os amantes
destas duas modalidades: “Viagens organizadas à volta da variedade e
qualidade do património gastronómico e enológico de um destino. A principal
motivação deste tipo de viagens é a vivência de experiências relacionadas com
o conhecimento dos processos de produção e da degustação dos diversos
produtos de gastronomia e do vinho”.18
18
Turismo de Portugal; (acedido em Outubro de 2009); City Breaks; [on-line]; disponível em:
http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/Proturismo/ProdutoseDestinosTuristicos/Pr
odutosTuristicos/CityBreaks/Anexos/CITY%20BREAKS.pdf
16
9. Transportes
Para chegar a Viana do Castelo pode optar por vários meios de
transporte, nomeadamente, pelo Automóvel, Autocarro, Comboio ou até
mesmo por Barco.
De carro
Vindo de Espanha, entra pela fronteira de Tuy/Valença, e segue pela
N13. Se vier do Porto opte pela A28/IC1, são cerca de 40 minutos até chegar a
Viana do Castelo.
Pode também optar por chegar a Viana do Castelo de autocarro, existem
várias empresas, que fazem ligação entre Viana do Castelo e vários cidades
Portuguesas e algumas cidades europeias.
De Comboio Pode sempre chegar de comboio a Viana do Castelo, a CP- Caminhos
de Ferro Portugueses, fazem ligação com vários pontos do nosso país de com
Espanha.
De Barco
Viana do Castelo possui uma marina, um porto comercial. Podendo
assim atracar quando viajar de iate ou veleiro podendo assim desfrutar de todo
o encanto da cidade de Viana do Castelo. “O porto de recreio de Viana do
Castelo é constituído por duas docas. Uma, situada a jusante da ponte metálica
Eiffel (…) A outra, localizada a montante da mesma ponte”.19
É possível encontrar em Viana do Castelo autocarros eléctricos, que
facilita a circulação na cidade sem usar o transporte individual: “Uma rede de
transportes urbanos, que inclui pequenos autocarros eléctricos a circular nas
ruas, desincentiva a utilização do automóvel individual e favorece a qualidade
ambiental. O Anel Viário contornando o núcleo mais antigo da cidade e a
distribuição de vários parques de estacionamento subterrâneo ao longo dessa 19 Câmara Municipal de Viana do Castelo; (acedido em Outubro de 2009); Marina; [on-line];
disponível em: http://www.cm-viana-
castelo.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=348&Itemid=573
17
via, permitem aliviar a zona medieval do aparcamento de automóveis à
superfície, afastando-os da zona nobre da urbe e facilitando, em consequência,
a mobilidade pedonal”. 20
Outro Transporte disponível é o Elevador de Santa Luzia, é um funicular
localizado na cidade de Viana do Castelo, ligando qualquer turista/ visitante
desde a estação ferroviária da cidade à basílica de Santa Luzia. “Vencendo um
desnível de 160 metros, em seis a sete minutos, a viagem no Funicular de
Santa Luzia é a mais longa de todos os funiculares do país”.21
10. Programa de City-break em Viana do Castelo
Viana do Castelo é uma cidade rica em cultura e tradições, arquitectura
(monumental e moderna), conhecida pela sua Gastronomia e Vinhos e com
uma componente paisagística única, originada na confluência entre rio, mar e
monte. São estas características que os turistas de City-breaks procuram nas
cidades para escolherem qual irão visitar, e uma vez que Viana possui todas
estas características é justificável apostar neste produto turístico. Para que
Viana seja considerada uma cidade para realizar este tipo de turismo é
necessário realizar alguns ajustes, principalmente na mentalidade das
pessoas.22
Este é um produto que os profissionais do sector turístico prevêem ter
uma grande taxa de crescimento, sobretudo devido ao aparecimento de linhas
aéreas de baixo custo, as descidas dos preços dos voos e as maiores
facilidades de reserva e compra de viagens e de outros componentes de
consumo turístico (alojamento, transportes, etc.).23 É ainda necessário ter em
conta as necessidades dos principais mercados emissores de viagens de city
20 Câmara Municipal de Viana do Castelo; (acedido em Outubro de 2009); Viana do Castelo;
[on-line]; disponível em: http://www.cm-viana-
castelo.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=348&Itemid=573
21 Câmara Municipal de Viana do Castelo; (acedido em Outubro de 2009); Funicular de Santa
Luzia; [on-line]; disponível em: http://www.cm-viana-
castelo.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=348&Itemid=573
22 Turismo De Portugal (2006) City breaks, Lisboa, edição Turismo de Portugal
23 idem
18
breaks, que são o Reino Unido e a Alemanha, e preparar os profissionais de
turismo para melhor atraírem estes mercados e os fidelizarem.24
Normalmente os turistas de city breaks fazem o seu próprio programa
para a estadia, onde vão, o que vão visitar, quando, quanto vão gastam, etc.,
mas para o propósito deste trabalho escrito deixamos uma proposta de city
breaks para a cidade de Viana do Castelo.
Para realizar esta proposta baseámo-nos sobretudo nas sugestões
presentes nos folhetos do posto de turismo e do website da Câmara Municipal
de Viana do Castelo. È um programa de quatro dias e três noites, com
alojamento no Hotel Axis em Viana do Castelo, restauração em restaurantes
típicos e/ou de qualidade e que se pode dizer ser direccionado para pessoas
que gostam de passear, conhecer cidades, as suas tradições e monumentos,
fazer exercício e relaxar, em suma, aproveitar a vida ao máximo.
10.1. Proposta de Programa de City-Break em Viana do Castelo
Sexta-Feira
16:00 – Check-in no Hotel Axis Viana (O edifício do Hotel Axis foi
referido na Revista Wallpaper25 por desafiar a gravidade e os próprios modelos
construtivos tradicionais. É um edifício que se destaca na cidade e que só pelo
seu design inovador atrai turistas. Aqui poderá usufruir de um serviço de
elevada qualidade, tanto no alojamento como na cozinha típica bem presente
no restaurante).
16:00/20:30 - Resto do dia livre
20:30 – Jantar no Restaurante Camelo (o Restaurante Camelo é um
restaurante que combina a cozinha típica do Alto Minho com a qualidade. É
assim um restaurante de renome).
Sábado
08:00/09:00 – Pequeno-almoço no Hotel
24
Turismo De Portugal (2006) City breaks, Lisboa, edição Turismo de Portugal 25
Revista Wallpaper, (s.d.), Março 2009 - pg 122
19
09:00 – Saída para o Elevador de Santa Luzia
09:30 - Elevador de Santa Luzia (“Vencendo um desnível de 160
metros, em seis a sete minutos, a viagem no Funicular de Santa Luzia é a mais
longa de todos os funiculares do país, com os seus 650 metros, tendo mais do
dobro da distância do que se lhe segue, o da Nazaré (com 310 metros) ”26).
09:45 - Basílica de Santa Luzia (“É um excelente exemplo de
arquitectura revivalista. O templo do Sagrado Coração de Jesus edificado no
esporão poente da montanha de Santa Luzia, de onde domina e "abençoa" a
cidade de Viana do Castelo, é sem dúvida um dos monumentos mais
conhecidos e mais emblemáticos do País. Abriu ao culto em 22 de Agosto de
1926”27).
10:45 - Citânia de Santa Luzia: Visita Guiada pela Citânia e
visionamento de um filme (“A Citânia de Santa Luzia, conhecida localmente
por "Cidade Velha", é um dos Castros mais conhecidos do Norte de Portugal e
sem dúvida um dos mais importantes para o estudo da Proto-História e da
Romanização do Alto Minho.”28 È sempre bom compreendermos como as
populações viviam antigamente, como se organizavam e o que faziam no seu
dia-a-dia. A Citânia de Santa Luzia beneficia ainda de uma deslumbrante vista
para a foz do Rio Lima).
12:30 - Almoço – Pousada de Santa Luzia (Com o acompanhamento
de uma vista fantástica sobre o ponto onde o Lima toca o mar, aprecie os
pratos típicos do Alto Minho regados com um bom vinho da região.)
14:30 - Visita ao Gil Eanes (“O navio-hospital Gil Eanes, construído em
Viana do Castelo, em 1955, apoiou, durante décadas, a frota bacalhoeira
portuguesa que actuava nos bancos da Terra Nova e Gronelândia. O projecto
de reconversão transformou-o em Núcleo Museológico e Pousada da
Juventude, proporcionando aos seus visitantes uma experiência
inesquecível.”29).
26
S.a. (s.d.), Funicular de Santa Luzia, disponível em: http://www.cm-viana-castelo.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=220&Itemid=476 27
S.a. (s.d.), Percursos Culturais pelo Centro Histórico - Saber Mais, disponível em: http://www.cm-viana-castelo.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=221&Itemid=478&limitstart=2 28
idem 29
ibidem
20
15:30 - Visita ao Castelo de Santiago da Barra (“Pensa-se que datará
do reinado de D. Afonso III, a primeira fortificação colocada na barra da Foz do
rio Lima, embora a mais antiga data segura seja já do século XV, quando ali foi
construída uma fortaleza, que teria sido concluída já durante o reinado de D.
Manuel I, como sugerem alguns elementos arquitectónicos manuelinos,
nomeadamente a chamada "Torre da Roqueta", situada no bastião sudoeste da
actual fortaleza.”30 È um edifício que nos leva ao passado e nos leva a
interrogar quais as histórias que aquelas paredes vivenciaram).
18:30 - Resto da Tarde livre
21:00 - Jantar no Hotel Axis Viana
Domingo
08:00/09:00 – Pequeno-almoço no Hotel
09:00 – Saída para a Praça da República
09:30 - Praça da República: Antigos Paços do Concelho, Chafariz
da Praça da República e Edifício da Misericórdia e Igreja (Localizada no
centro histórico de Viana do Castelo, a Praça da República é um pólo de
monumentalidade e história. Deste local são visíveis diversas construções
emblemáticas que enriquecem esta praça.
10:30 - Capela das Malheiras (“A chamada Capela das Malheiras é um
dos mais belos exemplares da arquitectura rocócó protuguesa, mandada
edificar por D. António do Desterro Malheiro no séc. XVIII. Para além da
elegante fachada, esta Capela apresenta um notável retábulo em talha
policromada, segundo Robert Smith um dos melhores exemplares de talha
minhota em estilo rocócó.”31).
11:15 - Igreja de São Domingos (“A Igreja de S. Domingos foi edificada
entre 1566 e 1576. No interior podem admirar-se vários altares de belíssima
talha dourada, com destaque para o grandioso retábulo do braço norte do
transepto, em "talha gorda", que recebeu do prestigiado especialista Robert
Smith a classificação de "obra-prima do estilo rocaille de toda a Europa".”32).
30
Idem ibidem 31
S.a. (s.d.), Percursos Culturais pelo Centro Histórico - Saber Mais, disponível em: http://www.cm-viana-castelo.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=221&Itemid=478&limitstart=2 32
Idem
21
12:00 - Capela da Agonia (“O edifício actual da Igreja de Nª Srª
d'Agonia data de meados do século XVIII. Neste exemplar do barroco final,
onde é possível detectar algumas influências do barroco luso-brasileiro,
destacam-se os retábulos dos altares decorados em "talha gorda", com
especial relevo para o cenotáfio da Paixão desenhado por André Soares. A
torre, que data de 1868, foi construída deslocada do corpo do edifício, para não
impedir as tradicionais voltas da romagem em torno da Igreja.”33).
12:45 - Almoço – Saleiro (Saleiro é o restaurante de um dos mais
recentes empreendimentos hoteleiros de Viana do Castelo. Deixe-se relaxar
com a assombrosa vista para o mar enquanto degusta os pratos típicos que
tanto dão fama a esta região).
14:30 - Museu do Traje (“Situado em pleno centro histórico da cidade, o
edifício do antigo Banco de Portugal, alberga, desde 2004, o Museu do Traje
que dá a conhecer, a riqueza etnográfica dos tradicionais trajes vianenses. O
espólio exposto compreende, igualmente, os utensílios utilizados para a
confecção artesanal de peças de vestuário.”34).
16:00 - Resto do dia para SPA no Hotel Axis (Depois de dois dias de
descoberta, aproveite para descansar e relaxar com alguns tratamentos e
massagens que o irão deixar revitalizado e pronto para os desafios do dia-a-
dia).
21:00 - Jantar no Hotel
Segunda
08:00/09:00 – Pequeno-almoço no Hotel
10:00 - Check-out no Hotel Axis Viana
11. Animação Turística
A animação é talvez um dos aspectos mais importantes e
diferenciadores das cidades.
Paris não é “Paris” apenas por ai se situar o Louvre ou a Catedral de
Notre Dame, mas também pelos pintores que encontramos nas margens do
33
ibidem 34
Idem ibidem
22
Sena, pelos músicos que tocam enquanto desfrutamos do pôr-do-sol numa
esplanada com um chocolate quente na mesa, pelo glamour que desfila pelas
ruas e que descobrimos nas diversas lojas com montras haute couture…
A animação é um factor de distinção do destino, pois se enquanto a
História e os monumentos de um lugar permanecem incólumes e, uma vez
vistos, raramente o turista voltará a visitá-los novamente (e ainda menos
provável será essa possibilidade se a visita for cobrada como muitas vezes
acontece), são então factores como a gastronomia ou a animação que vão
apelar ao regresso do turista ao destino visitado. Deste modo é de todo um
aspecto fulcral o investimento nesta área, tanto para os que são de fora e
queremos apelar a sua visita, assim como aos que habitam a cidade em
questão mas ainda não a “descobriram”, promovendo o destino como um bem
de todos e do qual cada um tem o direito e dever de usufruir.
Para a realização da animação do circuito City Break na cidade de Viana
do Castelo é prioritária a colaboração e empenho da Câmara Municipal, no
sentido de esta entidade facilitar as condições para que se possam criar as
mais diversas actividades de rua e utilização de espaços e equipamentos
municipais, assim como participar na promoção e sensibilização da população
de Viana para a tradicional hospitalidade tão reconhecida na população desta
cidade.
Igualmente importante é o incentivo à criação de clusters entre as várias
empresas de animação turística a actuar na região, a autarquia e as diferentes
associações comerciais e industriais do concelho, através dos seus
associados, para que participem recebendo os turistas de uma forma simpática
e acolhedora e entre as escolas com formação na área do turismo, com a
participação activa dos seus alunos nas suas diferentes áreas de
aprendizagem.
Como sugestão de animação turística para a Viana do Castelo,
sugerimos um plano que propomos pôr em prática, não só no contexto do City-
Break, mas também como forma de sedução do turista, com vista a contrariar e
diminuir a sazonalidade deste destino, tão característica no Alto Minho. No
seguimento deste pensamento, passamos a citar algumas sugestões, que
serão, no nosso entender uma mais-valia para o turismo local, e que assenta
na introdução de um novo interlocutor entre a cidade e o turista: o guia turístico.
23
Assim:
No Check-in, nos hotéis, os turistas deverão ser recebidos
com um “Verde de Honra” regional, acompanhado por doçaria local,
como forma de acolhimento e de promoção destes produtos regionais,
proporcionado pelo próprio recepcionista do Hotel.
Como visita à cidade propomos um percurso animado pelos guias
turísticos:
Durante os 7 minutos da subida à Basílica de Santa Luzia,
no elevador, propõe-se que o Guia faça uma introdução à história da
Basílica e à sua visita bem como à história do elevador, um dos
funiculares mais importantes no País.
Na Basílica, os Guias farão a visita guiada tendo em
atenção os pormenores religiosos, históricos e arquitectónicos. Chamar-
se-á também a atenção dos turistas para uma interpretação da
paisagem de Viana do Castelo desde o cimo da Basílica de Santa Luzia,
a qual goza de uma inigualável panorâmica de rara beleza, onde
podemos desfrutar da vista desta cidade, enquadrada entre o Mar e o
Rio Lima.
Na visita à Citânia de Santa Luzia, o IGESPAR com a
colaboração do Centro Dramático de Viana (Teatro do Noroeste),
companhia profissional de teatro, residente no Teatro Municipal Sá de
Miranda, proporcionaria aos visitantes em dias marcados e de maior
afluência uma dramatização de cenas do dia-a-dia daquele espaço à
época em que foi habitado, assim como a recriação de um episódio
alusivo à chegada dos Romanos.
No navio Museu “Gil Eanes”, com o apoio da “Fundação Gil
Eanes”, poderão as visitas ser animadas com a presença de antigos
pescadores do bacalhau, que com o guia turístico como mediador,
apresentavam histórias de vida sobre a pesca e a vida a bordo,
mostrando e explicado o importante papel deste navio durante a
Epopeia do Bacalhau, dando assim a conhecer o antigo Navio Hospital,
24
que devido ao esforço e união da população de Viana se salvou de um
inglorioso final na sucata.
Com a colaboração dos produtores de vinhos verdes, que
ofereciam amostras dos seus produtos, no Posto de Turismo da
Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, localizado
em pleno centro histórico (Praça da Erva), seria importante promover a
exposição de vinhos verdes das diferentes Quintas do Concelho, bem
como a possibilidade da sua prova/degustação, que pode ser
desempenhada pelo próprio funcionário recepcionista, para o visitante
avulso e pelo guia turístico para os grupos organizados. Esta iniciativa
permitia promover a história do vinho verde da região e conhecer as
diferentes Quintas produtoras deste vinho, bem como através da Loja
deste posto de Turismo permitir a sua venda directa.
No Castelo de Santiago da Barra, devia ser criado um
centro interpretativo desse espaço militar onde seria contada a história
do “Castelo” e a importância do mesmo para a defesa da cidade,
assumindo-o como um dos mais importantes marcos da arquitectura
militar da região e o mais significativo monumento local do qual deriva o
nome da própria cidade: Viana do Castelo.
No Centro Histórico da cidade propõe-se aumentar a
animação de rua, com cedência do referido espaço a pintores e artesãos
da zona, destacando a publicidade aos produtos típicos de Viana, com
destaque para os bordados e a joalharia de Viana, nomeadamente o
desenho da filigrana “coração de Viana”, símbolo que devia ser
assumido como a marca da cidade para o turismo.
A implementação do uso do traje à Vianesa pelos
funcionários que contactam com o público nos estabelecimentos
comerciais mais centrais, assim como aqueles que servem nos
restaurantes, principalmente os do centro histórico, poderia tornar-se um
factor de diferenciação e um reforço da marca deste destino.
25
Ainda na Animação de Rua, seria de explorar a
possibilidade de contratação de figurantes, que envergando vestuário de
época, desfilariam pela parte histórica da cidade, convivendo com o
público, fazendo pequenas demonstrações e alegrando as ruas.
Como forma de contrariar a escassez de animação
nocturna, os bares e cafés do centro histórico e marginal, aos fins-de-
semana e nos dias de maior afluência de turistas e visitantes, poderiam
promover actuações de música ao vivo nos estabelecimentos ou nas
suas esplanadas, lançando novas bandas e talentos, concorrendo para
tal o apoio da autarquia e das Associações empresarial e industrial
(licenças de espectáculo, pagamento de cachets, outros).
Muito em voga hoje em dia, os Workshops, são uma boa
alternativa à tradicional forma de divulgação dos produtos regionais, em
que o turista participa activamente na sua confecção e assim tem a
oportunidade de apreender o produto. Sugerimos workshops em
joalharia (com destaque para a filigrana de Viana), workshops em
bordados, workshops gastronómicos, dada a variedade dos riquíssimos
pratos e doçaria da região, etc.
12. Marketing
Como Marketing para a cidade de Viana do Castelo, propomos a
criação de uma marca inspirada na filigrana “Coração de Viana” e um slogan
apelativo, que actue como um “aperitivo” da cidade ao turista que pretendemos
cativar. Sugerimos:
"Ouro, Mar e Tradição...Viana é emoção"
Este slogan, agiria como a marca do destino Viana do Castelo e, para
uma promoção mais aprofundada, divulgar-se-ia através de Outdoors nas
principais vias de acesso à cidade, assim como à saída do aeroporto,
juntamente com acções promocionais.
No contexto actual, uma mais valia seria a transmissão de vídeos
26
promocionais na televisão nacional assim como nos principais países
emissores de turistas para Portugal, com incidência na vizinha Galiza (com
destaque para jornais do segmento do jornal Faro de Vigo).
Ainda entre as estratégias de promoção do City-Break Viana do
Castelo, encontrar-se-iam acções de publicidade em revistas da área do
turismo nacionais e internacionais, na exploração de um sítio na Internet,
traduzido em pelo menos quatro línguas (Alemão, espanhol, inglês e francês),
a apresentação do programa City-Break Viana do Castelo em Feiras de
Turismo nacionais e internacionais, o contacto promocional directo com os
Operadores Turísticos que operam na região, a criação de pacotes turísticos
para Viana que poderão ser adquiridos em variados locais do país e
estrangeiro, como hipermercados, Centros Comerciais, lojas de prendas,
quiosques, etc.
Por último lembrar que as estratégias de promoção passariam pelo
relançamento bianual do produto, com algumas nuances apelativas, que nessa
fase posterior podiam passar pela criação de eventos regulares que
pontuassem a cidade de tempos a tempos: uma feira com carácter
internacional, um festival de cinema, um festival de música, etc., sempre a
desenvolver aproveitando o que já se vai fazendo por exemplo, a propósito do
“Eixo Atlântico”.
27
13. Conclusão
Com a realização deste trabalho captou-se o que é e deve ser um
programa de city-break e o enquadramento que Viana do Castelo pode ter
como destino para este produto turístico.
Em primeiro lugar constatámos que apesar da qualidade de Viana do
Castelo enquanto destino turístico, para se poder tornar destino de city e short
breaks ainda é necessário trabalhar em alguns aspectos, como a promoção de
Viana do Castelo para este tipo de férias, a mentalidade dos residentes e a
preparação de actividades de animação turística que para além de atraírem
turistas, ainda os irão convencer a prolongar a sua estadia.
Em segundo lugar, e apesar do trabalho necessário, considera-se que
Viana do Castelo tem capacidade e qualidade para poder ser destino de city
breaks, quer seja pela sua história, pela sua cultura, pela sua gastronomia
típica, pela sua arquitectura, quer pela qualidade da oferta disponível nos
vários serviços.
28
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