COLÉGIO ESTADUAL GETÚLIO VARGAS
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
FERNANDES PINHEIRO
2010
Aos esfarrapados do mundo e aos que
neles se descobrem e, assim
descobrindo-se, com eles sofrem, mas,
sobretudo, com eles lutam.
Paulo Freire
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO...........................................................................................
2 INTRODUÇÃO................................................................................................2.1 Identificação e Localização..........................................................................2.2 Aspectos históricos......................................................................................2.3 Organização do espaço físico......................................................................2.4 Oferta de cursos...........................................................................................2.5 Quadro de trabalhadores em educação......................................................3 OBJETIVOS GERAIS.....................................................................................4 MARCO SITUACIONAL..................................................................................5 MARCO CONCEITUAL...................................................................................5.1 Concepções e Princípios.............................................................................5.2 Currículo.......................................................................................................5.3 Regime escolar............................................................................................5.4 Avaliação......................................................................................................6 MARCO OPERACIONAL................................................................................6.1 Organização interna da escola....................................................................6.2 Planos e Linhas de Ação.............................................................................6.3 Instâncias colegiadas...................................................................................6.4 Formação continuada..................................................................................6.5 Matriz Curricular...........................................................................................6.6 Condições físicas, materiais e didáticas......................................................7 AVALIAÇÃO DO PPP.....................................................................................8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ANEXOS............................................................................................................1 Propostas Curriculares....................................................................................1.1 Educação Básica....................................................................................Arte...................................................................................................................BiologiaCiências.............................................................................................................Educação Física.................................................................................................Ensino Religioso................................................................................................FilosofiaFísicaGeografia...........................................................................................................História...............................................................................................................Língua Portuguesa.............................................................................................Matemática.........................................................................................................L.E.M. Inglês......................................................................................................QuímicaSociologia1.2 Educação Especial.......................................................................................2 Projetos...........................................................................................................Agenda 21 Escolar.............................................................................................CELEM Espanhol...............................................................................................FestDance..........................................................................................................JINGEVAR.........................................................................................................Resgate às Nossas RaízesSábado Ativo......................................................................................................
1 APRESENTAÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, n. 9394/96, estabelece em
seu artigo 12, inciso I, que os estabelecimentos de ensino deverão “elaborar e executar sua
proposta pedagógica”.
A Deliberação n. 14/99 do Conselho Estadual de Educação, apresenta os “indicadores
para elaboração da proposta pedagógica dos estabelecimentos de ensino da Educação Básica
em suas diferentes modalidades”, orientando e normatizando a construção de tais propostas
nos estabelecimentos de ensino da rede pública do Estado do Paraná.
A mesma Deliberação estabelece ainda, em seu artigo 4, que a proposta pedagógica
elaborada pelo estabelecimento deverá equacionar “tempo e espaço, visando à seleção dos
conhecimentos científicos e procedimentos de avaliação, promovendo a aquisição de
conhecimentos, competências, valores e atitudes previstas para a Educação Básica”.
O Projeto Político Pedagógico, a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino,
constitui-se no instrumento legal que, entre outros, regula as relações no ambiente escolar e
estabelece os objetivos e os meios de alcançá-los. De acordo com Veiga “tem a ver com a
organização do trabalho pedagógico em dois níveis: como organização da escola como um
todo e como organização da sala de aula” (2005, p. 14).
Construído coletivamente, traz em si as visões de mundo, os interesses e os anseios da
comunidade escolar. Situado em um dado momento histórico, reflete as contradições e as
possibilidades de um determinado período. Localizado no espaço – local, regional e mundial -
apresenta as relações que nele se dão.
Um projeto é um plano e, como tal, representa um intento, um propósito, expresso em
um conjunto de métodos e medidas para a execução de um empreendimento. O Projeto
Político Pedagógico representa como uma comunidade, em tempo e local determinados,
reconhece a si própria tal qual é, determina como quer ser e estabelece os meios para ser.
Segundo Veiga, é um projeto político por estar “intimamente articulado ao
compromisso sóciopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária” e
pedagógico porque define as “ações educativas e as características necessárias às escolas de
cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade” (2005, p. 13).
Entendido como processo e não como objeto, como meio e não como fim, o Projeto
Político Pedagógico traz em si o germe da sua própria mudança, fruto que é de uma sociedade
em constantes transformações sociais, políticas, econômicas, tecnológicas.
Mais do que isso, o Projeto Político Pedagógico – “construído e vivenciado em todos os
momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola” (VEIGA, 2005, p. 13)
- é a expressão do desejo de superação das contradições e conflitos dessa sociedade, bem
como da realização de suas possibilidades.
Tradicionalmente, as passagens de século e de milênio são anunciadas como períodos
de grande esperança, como o alvorecer de uma nova humanidade, um novo começo.
Infelizmente, o início do século XXI e do terceiro milênio frustrou as expectativas de muitos:
guerras, terrorismo, pobreza, fome, miséria, doenças, desemprego, intolerância, racismo,
violência, corrupção, degradação ambiental, entre outros, são temas cotidianos.
Mais do que objeto de acalorados e intensos debates, a educação e, por conseguinte, a
escola, são palco da luta de classes que permeia nossa sociedade. Criatura e Criador dessa
sociedade, a escola vive uma ambigüidade: dela tudo se espera e a ela pouco se da. A par dos
conhecidos obstáculos e das notórias dificuldades, qual ou quais os desafios da escola? Quais
os meios para superá-los? Quais seus objetivos? Como alcançá-los?
Algumas pessoas afirmam que as melhores perguntas são aquelas para as quais não
possuímos resposta imediata e definitiva, pois são elas que nos fazem buscar, refletir, criar.
Esse é o espírito do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Getúlio Vargas – Ensino
Fundamental e Médio: buscar, refletir, criar.
2 INTRODUÇÃO
2.1 Identificação, localização e contado do estabelecimento de ensino:
Denominação, conforme Alteração 3.120 de 31 de agosto de 1998:
COLÉGIO ESTADUAL GETÚLIO VARGAS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Ato de Autorização do Estabelecimento 4.340 de 25/01/1984
Ato de Reconhecimento do Estabelecimento 2.452 de 25/09/1989
Parecer de Aprovação do Regimento Escolar 180 de 31/12/2007
Distância Escola – Núcleo Regional de Educação 15 km
Localização Rua Romano Bettega, 340 – Centro
Fernandes Pinheiro, Estado do Paraná, CEP 84535-000.
www.fepigetuliovargas.pr.gov.br
Contato Fone/Fax 42 3459.1163 e 3459-1043
2.2 Aspectos históricos
O atual Colégio Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental e Médio, tem suas
origens no Grupo Escolar de Fernandes Pinheiro. Embora não haja documentação referente
ao início de suas atividades, arquivos do ano de 1936 indicam o funcionamento de turmas de
Primeira à Quarta Séries, totalizando 139 educandos. No ano de 1956, em homenagem ao ex-
Presidente da República, o Grupo Escolar passou a ser denominado Dr. Getúlio Vargas.
Desde então a escola passou por sucessivas alterações em sua vida legal, como segue:
Autorização 4.340 de 25/01/1984 Autoriza o funcionamento de turmas de
Primeira a Quarta Séries do Primeiro Grau.Autorização 05 de 02/01/1986 Autoriza o funcionamento de turma de Quinta
a Oitava Série do Primeiro Grau.Resolução 3.652/91 de 23/10/1991 Cessação definitiva das atividades de Primeira
a Quarta Séries (Municipalização de Primeira
a Quarta Séries com a criação de Escola
Municipal, com divisão do espaço físico).Abertura de Turno 4.587 de 10/12/1992 Autoriza o funcionamento de Quinta a Oitava
Séries no período Noturno com implantação
simultânea.Autorização de Funcionamento 1.958 de
04/06/1997.
Autoriza o funcionamento de Ensino de
Segunda Grau – Educação Geral.Alteração Denominação 1.958 de
04/06/1997
Altera denominação para Colégio Estadual
Getúlio Vargas – Ensino de Primeiro e
Segundo Graus.Alteração Denominação 3.120 de
31/08/1998
Altera denominação para Colégio Estadual
Getúlio Vargas – Ensino Fundamental e Médio.Abertura de Turno 58.936.383 de
03/02/2004
Autoriza a abertura de turno da Quinta à
Sétima Série do Primeiro Grau para o período
Vespertino (transferência do Primeiro Grau
Noturno para o Vespertino).Autorização 3.065 de 07/12/2005 Autoriza o funcionamento da Sala de Recursos
do Ensino Fundamental na área de deficiência
mental e distúrbios de aprendizagem.
Em 17 de janeiro de 2006 o Colégio Estadual Getúlio Vargas deixou de funcionar no
prédio que compartilhava com a Escola Municipal Floresval Ferreira, sendo transferido para
instalações próprias construídas pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná -
FUNDEPAR.
2.3 Organização do espaço físico
Atualmente o Colégio Estadual Getúlio Vargas conta com as seguintes instalações:
Bloco Administrativo e PedagógicoSecretariaSala de ProfessoresSala de DireçãoSala de PedagogosSala de RecursosBiblioteca com almoxarifadoAlmoxarifado da AdministraçãoLaboratório de Informática com almoxarifadoSanitários feminino e masculino
Bloco de Serviço e PedagógicoRefeitórioCozinha, com despensa, sanitário e área de serviçoSanitários feminino e masculinoSanitário para portadores de necessidades especiaisSala de Múltiplo-uso - adaptada para sala de aula em dos turnos - com
almoxarifadoLaboratório de Ciências com almoxarifado
Bloco PedagógicoSalas de aula (08 unidades)
Equipamentos externosPátio CentralQuadra Poliesportiva CobertaQuadras de AreiaÁreas gramadasResidência do caseiro
2.4 Oferta de cursos
O Colégio Estadual Getúlio Vargas oferece os seguintes cursos:
• Ensino Fundamental: de Quinta à Oitava Série nos períodos da manhã e da
tarde;
• Ensino Médio: de Primeira à Terceira Série nos períodos da manhã e da noite;
• Ensino Profissionalizante: Técnico em Administração, Técnico em Serviço
Público e Técnico em Secretariado, no período noturno;
• Centro de Ensino de Línguas Estrangeiras: no período noturno.
3 OBJETIVOS GERAIS
O Colégio Estadual Getúlio Vargas, observadas as disposições legais cabíveis (LDB
9394/96, ECA 8069/90, Del. 002/2003 – Ed. Especial, Del 007/99 – Avaliação, Del. 009/01 –
Matrícula de Ingresso, Transferência, Classificação, Reclasificação, Adaptações, Revalidação
e Equivalência de Estudos, Del. 014/99 – Indicadores da PP, Del. 016/99 – Regimento Escolar)
e os contextos social, histórico e espacial nos quais está inserido, estabelece os seguintes
objetivos:
• Propiciar aos educandos seu pleno desenvolvimento enquanto seres humanos,
integrantes do meio sócio-natural e a continuidade dos estudos;
• Preparar os educandos para o exercício da cidadania, participando ativa e criticamente
da sociedade;
• Habilitar os educandos para um mundo onde o trabalho precariza-se e desaparece;
• Permitir aos educandos o acesso ao conhecimento social e historicamente construído e
acumulado, bem como o desenvolvimento das capacidades necessárias à utilização,
transformação e superação do conhecimento;
• Constituir-se em um espaço de contato, mediação e compreensão entre os educandos -
partindo dos conhecimentos que lhes são próprios e daqueles que são adquiridos e
desenvolvidos na escola - e a sociedade e mundo atuais, suas contradições, impasses,
dilemas e possibilidades;
• Apresentar-se como espaço de socialização dos educandos e construção de valores
éticos e morais, desenvolvendo modos de conduta e respeito perante os outros
membros da comunidade escolar, de suas próprias comunidades e da sociedade como
um todo;
• Configurar-se em um ambiente escolar onde educandos, seus responsáveis e os
trabalhadores em educação tenham a possibilidade de desenvolver suas respectivas
funções;
• Promover a integração entre o ambiente escolar e a comunidade, propiciando à
comunidade a oportunidade de participar do ambiente escolar e a este a interação com
a comunidade, sua realidade, deficiências e potencialidades;
• Propiciar a todos os educandos o acesso ao ambiente escolar, sua permanência nele e a
efetiva aprendizagem;
• Constituir-se em um ambiente democrático onde toda a comunidade escolar tenha
direito de manifestar-se e participar dos processos decisórios.
4. MARCO SITUACIONAL
O presente marco situacional expressa a visão que a comunidade escolar
(trabalhadores em educação, educandos, pais e responsáveis e comunidade em geral) tem do
Brasil, do estado do Paraná, do município de Fernandes Pinheiro e do Colégio Estadual
Getúlio Vargas. Partindo do geral – país - para o particular – escola - procura expor as
múltiplas relações e influências que se dão nesses e entre esses espaços. Espaços esses nos
quais a comunidade escolar está inserida, sendo construída e, ao mesmo tempo, construindo.
O Brasil é um país de contrastes impressionantes. O setor primário situa o país entre
os grandes produtores e fornecedores mundiais de alimentos e minérios; possui um parque
industrial amplo e diversificado, situando-se entre as 10 maiores economias industriais do
mundo; o setor terciário - comércio e serviços - é moderno e integrado à economia mundial.
Por outro lado, o país apresenta ainda péssimos indicadores sócio-econômicos, destacando-se
negativamente pela grande concentração de renda e pela existência de milhões de miseráveis.
Ao analisar sua estrutura econômico-social, diversos estudiosos afirmam que não existe
um, mas sim, pelo menos dois “Brasis”. Um “Brazil” - com “z” - rico, moderno, globalizado,
branco, incluído, formal... Outro “brasil” – com “b” minúsculo - pobre, arcaico, negro/mulato,
excluído, informal... Esses “Brasis” convivem lado a lado, amalgamam-se um ao outro mas, ao
mesmo tempo, estão separados no espaço e no tempo por barreiras econômicas, sociais,
políticas e culturais construídas ao longo de séculos de domínio e exploração, tanto das elites
nacionais quanto das estrangeiras.
O avanço das políticas neoliberais, a partir do final da década de 1980, e sua
consolidação, na década de 1990, reforçaram e agravaram esse quadro. O Estado foi
desmontado e sucateado; setores estratégicos da economia, como transporte, exploração
mineral, energia, entre outros, foram privatizados ao capital internacional; investimentos em
educação, saúde, segurança, infra-estrutura, foram reduzidos com objetivo de diminuir as
despesas do Estado e permitir o pagamento dos compromissos externos do país.
Embora a parcela mais rica da população brasileira continue apropriando-se da maior
parte da riqueza produzida no país, nos últimos anos tem sido perceptível a diminuição das
disparidades socioeconômicas. Isso pode ser observado através da melhoria de alguns
indicadores de saúde e educação, aumento da renda e consumo, diminuição da parcela da
população abaixo das linhas da miséria e pobreza e ampliação da chamada classe média, em
grande medida devido às políticas sociais do governo e estabilização econômica.
Dentro deste contexto o Brasil é caracterizado atualmente, entre outras questões, por:
• Permanência do emprego precário e desemprego, embora em diminuição;
• Violência generalizada e, especificamente, contra mulheres, crianças e idosos;
• Corrupção no Poder Público e escândalos políticos;
• Tráfico e consumo de drogas ilícitas, como maconha e craque, e também
consumo excessivo de drogas lícitas, como álcool;
• Disseminação de doenças como AIDS/SIDA, dengue e obesidade e a
permanência de outras como tuberculose e hanseníase;
• Desigualdades sócio-econômicas e discriminação racial;
• Desestruturação familiar e gravidez precoce de adolescentes;
• Deficiências de moradia, saúde, educação, segurança, transportes.
A questão ambiental e do potencial de recursos naturais coloca-se proeminente no
contexto mundial contemporâneo. O Brasil é detentor da maior biodiversidade do mundo, da
maior floresta tropical, da maior quantidade de solo agriculturável, da maior reserva de água
doce, além de consideráveis reservas de petróleo recém-descobertas. No entanto, através da
biopirataria, a biodiversidade tem sido expropriada por empresas de outros países; a floresta
tem sido devastada pela exploração madeireira, agrícola e mineral; o solo destruído ou objeto
de especulação; a água poluída, assim como o solo e o ar; as reservas de petróleo já são alvo
de disputa por corporações transnacionais.
O estado do Paraná, dentro do contexto histórico do neoliberalismo, apresentou na
década de 1990 uma política governamental voltada para a atração de investimentos
estrangeiros, com objetivo de promover a industrialização do estado e a alteração do seu
perfil econômico, até então majoritariamente agrícola.
Para tanto foram concedidos para as empresas privadas, principalmente estrangeiras,
benefícios como doação de terrenos, construção de infra-estrutura, dilação e isenção de
impostos, empréstimos, financiamentos e investimentos diretos com recursos públicos, entre
outros.
Essa política de industrialização teve, entre outras conseqüências: a atração de
grandes contingentes populacionais em busca de emprego, do interior e de outros estados
para a Região Metropolitana de Curitiba – RMC, o centro polarizador dos investimentos; o
crescimento desordenado dos municípios da RMC sem os necessários investimentos em
habitação, infra-estrutura, segurança, educação etc; o grande aumento da quantidade de
trabalhadores desempregados ou com emprego precário; intensificação de desigualdades
regionais; impactos sócio-ambientais, como ocupação e poluição de mananciais e aumento das
favelas.
Além das questões relativas ao processo de industrialização, colocam-se para o estado
também algumas de âmbito nacional como: violência, tráfico e consumo de drogas,
desigualdades sócio-econômicas, discriminação racial, entre outras.
No entanto, o Paraná destaca-se como um estado onde a organização do espaço, a ação
do Poder Público, a vocação agrícola e as riquezas naturais, entre outros, contribuem para
enfrentar e amenizar, de certa maneira, as questões que se colocam em nível nacional.
Na área educacional, especifícamente, o estado do Paraná tem realizado significativos
investimentos na ampliação da infraestrutura física, aquisição de recursos tecnológicos e
formação dos trabalhadores em educação. Esses investimentos tem como resultado a melhoria
dos resultados obtidos em avaliações como o IDEB, embora ainda encontre-se muito distante
do ideal pois não foi alcançado ainda nem 50% do possível.
O município de Fernandes Pinheiro tem suas origens históricas ligadas ao tropeirismo,
constituindo-se em localidade, denominada Imbituvinha, para descanso e reabastecimento das
tropas de gado vindas do Rio Grande do Sul com destino à São Paulo, ainda no final do século
XIX. Durante a construção da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande do Sul, no princípio do
século XX, recebeu uma estação ferroviária denominada Fernandes Pinheiro, em homenagem
a um dos diretores da empresa ferroviária. Fez parte, sucessivamente, dos municípios de
Imbituva, Irati e Teixeira Soares, sendo emancipado deste último em 1995.
Localizado na região Centro-Sul do Paraná, o município de Fernandes Pinheiro dista
aproximadamente 150 km da capital do estado. Possui área de 406,6 km2 (IPARDES/SEMA
2005) e população de 5.696 habitantes (IPARDES/IBGE 2009).
Fernandes Pinheiro é um município de perfil rural. No campo estão localizados 71,13%
dos domicílios e residem 69,14% da população, que desenvolve, em sua maior parte,
atividades relacionadas à produção agropecuária. A população residente ocupada na área
urbana desenvolve atividades no meio rural, nas indústrias de transformação dos produtos
produzidos no campo e nos serviços públicos municipais, além de um significativo contingente
de aposentados e pensionistas.
A agricultura e a pecuária, responsáveis por grande parte do desmatamento, são as
principais atividades econômicas realizadas no município e, juntamente com a silvicultura e os
extrativismos vegetal e mineral, responderam por 82,80% do Valor Adicionado Fiscal em 2008
(BDE). De acordo com o volume de produção os principais produtos foram: da agricultura o
milho, a soja, o feijão, a batata-inglesa, a erva-mate, o trigo e a cebola; da pecuária os
galináceos, os bovinos (leite e corte), os suínos, os caprinos e os ovinos; da silvicultura a
madeira (em tora, papel e celulose e outras finalidades), a lenha e o carvão vegetal; do
extrativismo vegetal a madeira em tora, a erva-mate, o carvão vegetal e o pinhão; e do
extrativismo mineral a argila (BDE).
O setor secundário, que respondeu por 11,32% do Valor Adicionado Fiscal (BDE) e
21,12% da população ocupada (IPARDES), corresponde ao beneficiamento ou industrialização
de alguns dos produtos primários produzidos no próprio município, como o processamento de
erva-mate, o desdobro de madeira, laticínio e olaria.
O comércio varejista de produtos alimentares, de vestuário e materiais de construção e
os serviços de beleza constituem parcela relevante do setor terciário municipal, responsável
por 5,88% do Valor Adicionado Fiscal (BDE) e, considerando o setor público, 29,57% da
população ocupada (IPARDES).
De acordo com as estatísticas oficiais (IPARDES/IBGE 2000) o município apresenta
16% de desempregados. Entre outras conseqüências, são comuns as migrações de famílias e
educandos para outros municípios e estados em busca de trabalho.
No município emergem, de forma direta e sensível, as questões destacadas nos
âmbitos nacional e estadual: desemprego e emprego precário; violência nas suas diversas
formas; gravidez precoce; deficiências do sistema de saneamento básico (água tratada, coleta
de esgoto); serviços públicos insuficientes e/ou ineficientes (saúde, educação, segurança);
doenças; tráfico e consumo de drogas; danos ao meio ambiente; insatisfação com dirigentes
políticos.
Algumas questões que retratam a especificidade da realidade local são: a dificuldade
de deslocamento devido às más condições das estradas rurais; pequeno desenvolvimento do
comércio e serviços locais devido ao deslocamento de consumidores para outros municípios
da região.
O Colégio Estadual Getúlio Vargas, localizado na sede do município de Fernandes
Pinheiro, oferece Educação Básica – Ensino Fundamental e Médio. O público atendido é
bastante heterogêneo, pois estão presentes educandos das áreas urbana e rural; de diversas
classes sócio-econômicas presentes no município; oriundos de famílias estruturadas e
desestruturadas; com idade adequada para a série e com distorção idade-série.
A par das possíveis dificuldades e desafios colocados por essa heterogeneidade, o
reconhecimento da diversidade e a superação das diferenças, por si mesmos, constituem-se
em um momento especial de aprendizagem para a vida e o convívio em sociedade, tanto por
parte dos educandos, quanto por parte dos profissionais em educação.
Tem sido sensível a melhoria em diversos aspectos como: espaço físico apropriado;
implantação de regras de conduta e convivência; qualidade da merenda; percepção da escola
como espaço que propícia a melhoria das condições de vida; organização e funcionamento da
escola; limpeza das instalações; entre outros.
No entanto, são apontados como aspectos ainda deficientes: falta de interesse dos
educandos no processo de ensino e aprendizagem; colaboração dos educandos na
conservação e limpeza das instalações; falta de respeito mútuo entre os educandos e entre
estes e os demais profissionais de educação; necessidade de maior compromisso dos
integrantes do processo de ensino-aprendizagem, principalmente pais e responsáveis;
educandos envolvidos com o consumo de drogas lícitas e ilícitas; educandos com deficiências
sócio-econômicas.
As questões nacionais, estaduais e locais refletem-se na população municipal e,
consequentemente, no estabelecimento de ensino. Demandam a busca de sua compreensão e
a elaboração e implementação de possíveis estratégias de superação ou, ao menos, de
mitigação de seus impactos. Essas estratégias serão explicitadas no Plano de Ação do
estabelecimento de ensino.
5. MARCO CONCEITUAL
5.1 Concepções e Princípios
O presente marco conceitual expressa as concepções que a comunidade escolar tem de
mundo, de sociedade, de homens e mulheres, de educação e escola, de conhecimento, de
aprendizagem e de avaliação. Além disso, explicita os princípios de igualdade de condições de
acesso e permanência no processo educativo; de gestão democrática; de liberdade; de
valorização dos trabalhadores em educação.
O mundo atual é marcado pelo acirramento da disputa das grandes empresas por
novos mercados consumidores e pela garantia de fornecimento de recursos naturais.
Empresas transnacionais, Estados nacionais e instituições multilaterais confundem-se na ação
articulada pelo capital financeiro internacional em sua busca pela reprodução. Os conflitos
atuais - Iraque, Afeganistão e Irã - e as regiões de tensão crescente – Oriente Médio, sudeste
asiático, Amazônia - são conseqüências locais e diretas, embora dissimuladas, dessa ação em
escala global.
A questão ambiental é um dos grandes temas de debate e disputa no cenário
internacional contemporâneo. Aquecimento global, escassez de água, esgotamento dos solos
agrícolas, destruição das florestas e perda da biodiversidade são apenas alguns problemas
que já se fazem presentes nas diversas regiões do planeta Terra, ameaçando as condições de
vida de populações inteiras e mesmo a existência de determinados territórios. Os países ricos
do norte, cujo modelo econômico exerce uma pressão insustentável sobre o meio ambiente,
recusam-se a diminuir o consumo de recursos naturais e a emissão de poluentes. Os países
pobres do sul recusam-se a deixar de seguir o mesmo modelo. Enquanto estendem-se as
discussões políticas, econômicas e científicas, as futuras gerações, e mesmo a atual, vão tendo
ameaçado o seu direito à condições mínimas de sobrevivência através do uso dos recursos do
planeta.
Diante desse cenário, desconsideradas ainda outras questões, pensar em um mundo
onde seres humanos convivam em harmonia, entre si e com o meio ambiente, parece utópico.
Possível talvez seja um mundo onde os seres humanos, conscientes de seu papel e importância
no mundo, possam participar da construção desse mundo, não apenas com seu trabalho, mas,
principalmente, expressando sua visão de mundo através de sua criatividade, sua liberdade e
suas potencialidades.
A sociedade contemporânea, a par das ideologias da Pós-modernidade e do Fim da
História, não superou ainda aquilo que Marx denominou de conflito de classes. O capitalismo,
em sua versão atual – o neoliberalismo – procura dissimular esse conflito difundindo a idéia de
que o sucesso de cada indivíduo depende dele próprio e que a competição é o melhor caminho
para o bem comum da sociedade. Os resultados são evidentes.
O individualismo e a competição têm levado à perda dos valores morais e éticos, do
bem comum, do respeito à vida e à pessoa humana. Seres humanos são assassinados pelos
motivos mais fúteis e banais; o direito à propriedade sobrepõe-se ao direito à vida; direitos
humanos, civis e políticos são violados cotidianamente; o ter prepondera cada vez mais sobre
o ser; a família, unidade básica da sociedade, está sendo paulatina e intencionalmente
desestruturada.
Os ideais liberais de liberdade, igualdade e fraternidade nunca foram efetivamente
realizados, nem mesmo para as classes burguesas. É plausível, considerando o conflito de
classes e a ausência de perspectivas de sua superação no contexto contemporâneo, uma
sociedade em que todas as classes sociais tenham efetiva participação na produção e
apropriação da riqueza – bens e serviços -, beneficiando-se dos avanços tecnológicos
alcançados em áreas como educação, saúde, alimentação, lazer, entre outros.
Homens e mulheres, através do trabalho, libertam-se de sua condição de dependência
do meio natural, subjugando-o e transformando-o para a satisfação de suas necessidades. No
entanto, o mesmo trabalho que liberta homens e mulheres aliena-os, expropriando-os do
domínio dos meios e técnicas de produção, assim como do resultado de seu trabalho. A
proposição de Hegel, “o homem é o lobo do próprio homem”, ainda é válida.
Homens e mulheres, explorados por homens e mulheres através da apropriação do seu
trabalho e do resultado dele, tem suas possibilidades e potencialidades limitadas, senão
impedidas. A vocação para “ser mais” do ser humano, de que nos fala Paulo Freire, é
distorcida e transformada em “desumanização”. Rosseau, no seu O Contrato Social, já
afirmava “o homem nasce livre e por toda parte encontra-se a ferros”.
A realização de homens e mulheres, suas possibilidades e potencialidades, está
relacionada, necessariamente, a como se dá apropriação do seu próprio trabalho e do
resultado dele. Homens e mulheres serão tanto mais plenos e realizados, quanto deles forem o
seu trabalho e o resultado dele.
A educação contemporânea é resultado das necessidades da classe social dominante. A
burguesia, quando ainda classe revolucionária, tinha como ideal educacional transformar
súditos em cidadãos. Para tanto, a educação das massas foi constituída de modo a preparar o
cidadão para o exercício da cidadania. Quando a burguesia estabeleceu-se definitivamente no
poder, deixando de ser revolucionária, o ideal educacional passou a ser a formação do
trabalhador, com objetivo de manter o status quo social e garantir a formação da mão-de-obra
necessária à reprodução do capital.
À escola cabe a função de efetivar os ideais de educação estabelecidos, materializando-
os. No entanto, historicamente a escola estabeleceu-se como campo de luta entre as classes
dominante e dominada. É na escola que se trava a luta entre os ideais estabelecidos pela
classe dominante, que detém o poder político – logo faz as Leis, estabelece planos, objetivos,
meios – e a classe dominada, consubstanciada na comunidade escolar, que participa, faz a
escola.
Na década de 1990 o neoliberalismo expressou-se no campo educacional através de
ideais como os quatro pilares básico da educação; o aprender a aprender; a educação para
todos; o ciclo básico. No Brasil, tais ideais foram formalizados através da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional n. 9394/96, do Plano Decenal de Educação, das Diretrizes e dos
Parâmetros Curriculares Nacionais. Materializados na escola, tais ideais foram alvo de
contestação e resistência, identificados que foram com os objetivos da classe dominante.
A educação, como campo de luta, depende da capacidade e possibilidade da classe
dominada em chegar efetivamente ao poder político e, produzindo seus próprios ideais de
formação de homens e mulheres, cidadãos e cidadãs, trabalhadores e trabalhadoras, permitir
à escola materializá-los.
O conhecimento pode ser entendido como a compreensão dos seres humanos da
realidade em que estão inseridos. É através do conhecimento que a realidade deixa de ser um
mistério e passa a ser compreendida, permitindo a satisfação das necessidades humanas,
sejam elas físicas, biológicas, estéticas ou outras.
A partir dessa concepção de conhecimento, a aprendizagem pode ser compreendida
como o conjunto dos processos necessários para a apreensão dos conhecimentos social e
historicamente construídos e acumulados pela humanidade, bem como a superação desses
conhecimentos e a construção de novos.
A avaliação constitui-se em parte integrante do processo de ensino e aprendizagem.
Mais do que aferir quantitativamente os conhecimentos apreendidos pelos educandos, deve
ser constituída de modo a permitir definir com que qualidade ocorreu essa apreensão e
indicar os caminhos para o prosseguimento do processo.
A igualdade de condições de acesso e permanência no processo educativo são
garantidas pela oferta de vagas e pelas ações que objetivam assegurar aos educandos a
efetiva participação no processo de ensino e aprendizagem pois, de acordo com Saviani, a
democracia do processo educativo deve existir como “possibilidade” no ponto de partida e
como “realidade” no ponto de chegada (2002).
A gestão democrática, princípio constitucional, é efetivada através da participação da
comunidade escolar – trabalhadores em educação, educandos, pais e responsáveis e
comunidade em geral - na tomada de decisões e na execução das medidas propostas. De
acordo com Veiga “a busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla
participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões/ações
administrativo-pedagógicas ali desenvolvidas” (2005, p. 18).
Liberdade implica na responsabilidade por seus atos e no respeito à liberdade do
próximo. A partir desses princípios a liberdade, dentro do contexto escolar, é definida pelo
respeito ao próximo e às normas estabelecidas, com vistas ao bem comum. Liberdade e
autonomia no contexto pedagógico, da relação ensino-aprendizagem, “remete-nos para regras
e orientações criadas pelos próprios sujeitos da ação educativa, sem imposições externas”
(VEIGA, 2005, p. 19).
A valorização do trabalhador em educação ocorre através do respeito ao seu trabalho,
sua criatividade e opinião, bem como da execução de políticas públicas que lhe garantam
condições dignas de trabalho (formação inicial e continuada) e vida (remuneração, plano de
cargos, carreira e salários).
O estágio não obrigatório, segundo a Lei 11.788 de 2008, “é ato educativo escolar
supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho
produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de ensino
superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do
ensino fundamental, na modalidade profissional de jovens e adultos”.
O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das
diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e da proposta pedagógica do
curso. O estágio obrigatório tem definida carga horária e requisito para aprovação e obtenção
do diploma. O estágio não-obrigatório é atividade opcional, acrescida à carga horária regular
e obrigatória.
Os conhecimentos escolares buscam uma educação que possibilite a compreensão dos
princípios científicos-tecnológicos e históricos da produção moderna, de modo a orientar os
estagiários a desenvolverem as ações no ambiente de trabalho relacionando aos
conhecimentos universais necessários para compreende-los a partir das relações de trabalho,
portanto, requer o acesso aos conhecimentos produzidos historicamente pelo conjunto da
humanidade, a fim de possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo
de forma conceitual e operacional. Isto implica em ir além de uma formação técnica que
secundariza o conhecimento, necessário para se compreender o processo de produção em
sua totalidade.
Os temas dos desafios contemporâneos são desenvolvidos em todas as disciplinas, onde
cada educador tem participação relevante a esse processo de construção de conhecimento,
para o exercício da cidadania.
Todos os objetivos elaborados nas propostas curriculares enfatizam a necessidade de
ser trabalhado com os educandos questões de relações étnicos-raciais, drogas e violência, de
demais temas que exigem ação dos professores e demais atuantes na educação. O corpo
docente possui consciência de que está formando pessoas que precisam capacitar-se para a
vida, tornando-se capazes de contribuir com responsabilidade na construção do futuro.
A Equipe Pedagógica atua de forma concomitante aos educadores, abordando os temas
de orientação educacional, motivação, sexualidade, desenvolvimento do caráter, combate e
enfrentamento às drogas e à violência, temas estes que são sempre revistos nas reuniões
pedagógicas, grupos de estudos, hora atividade, conselhos de classe, reunião de pais.
Vivemos numa realidade que precisa ainda lutar contra os diversos preconceitos, pois
todos tem os mesmo direitos e deveres. E na escola, por ser ambiente de aquisição de
conhecimento, esse trabalho é propício, tando quanto os demais conhecimentos científicos.
5.2 Currículo
5.2.1 Matriz teórica e organização dos conteúdos
A matriz teórica e a organização dos conteúdos encontram-se nos anexos, como
propostas curriculares.
5.2.2 Critérios de organização de turmas
Os educandos oriundos da área rural são preferencialmente atendidos no período da
manhã, devido à disponibilidade de transporte escolar nesse período.
5.2.3 Avaliação: instrumentos, registros, recuperação e forma de comunicação dos resultados.
São utilizados, bimestralmente, no mínimo 03 (três) instrumentos de avaliação
diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação é de no máximo 4,0 (quatro) e de no
mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de
avaliação deve totalizar 10,0 (dez) pontos.
O valor da avaliação bimestral do educando é a soma dos resultados obtidos nos
instrumentos de avaliação ofertados.
Aos educandos que não apresentam o aproveitamento desejado, é oferecida a
Recuperação de Estudos no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.
A Recuperação de Estudos aborda os conteúdos nos quais o educando não apresentou
o aproveitamento esperado e utiliza quantos e quais tipos de instrumentos de avaliação o
educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do conteúdo
necessários para a melhoria da aprendizagem.
Para efeito do registro escolar, é considerado o maior valor de avaliação obtido pelo
educando.
Poderão ser utilizados como instrumentos de avaliação:
• projeto de pesquisa bibliográfica;
• leitura compreensiva e/ou crítica de textos;
• pesquisa e produção de textos, relatórios, dramatizações, desenhos, músicas,
poemas, mapas, tabelas, gráficos e outras formas de expressão e representação;
• resolução de questionamentos escritos (discursivos ou objetivos) e orais;
• tradução, compreensão, elaboração de textos e diálogos em língua estrangeira;
• realização de atividades em sala de aula, laboratório das ciências, biblioteca, e
domicílio;
• pesquisa, produção e apresentação de seminários;
• realização e participação em debates;
• projeto de pesquisa de campo/técnica;
• produção e utilização de recursos áudio-visuais;
• participação em palestras, atividades culturais e esportivas;
• diagnóstico do educando em seu processo de aprendizagem;
• outros instrumentos de acordo com a especificidade da disciplina/conteúdo.
Os registros são realizados nos livros de Registro de Classe e no Sistema Estadual de
Registro Escolar.
A comunicação dos resultados é feita através de Boletim Escolar, entregue
bimestralmente aos educandos para que estes os encaminhem aos pais e responsáveis. A
escola, através da direção, equipe pedagógica e corpo docente, busca estabelecer contato os
pais ou responsáveis pelos educandos que tenham apresentado deficiências de aprendizagem,
para determinação e superação de eventuais problemas.
5.2.4 Organização da hora/atividade
A organização da hora-atividade tem como objetivos propiciar aos educadores
momentos para estudo, preparação e conclusão de aulas; reflexão sobre o desenvolvimento do
processo de ensino e aprendizagem; diálogo com os demais educadores, da sua disciplina e de
outras, equipe pedagógica e direção; atendimento personalizado aos educandos;
desenvolvimento de projetos; entre outros. Sua finalidade principal é permitir o constante
desenvolvimento e aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem.
5.2.5 Calendário Escolar
A Secretaria de Estado de Educação propõe alternativas de calendário e a escola, após
entendimento com a rede municipal e o Núcleo Regional de Educação, adota o mais
apropriado para a realidade local.
5.3 Regime Escolar
5.3.1 Horários e períodos de funcionamento da escola
Entrada Intervalo SaídaManhã 7h 30m 10h às 10h 15m 11h 55m Tarde 13h 15h 30m à 15h 45m 17h 25mNoite 18h 30m 21h às 21h 15m 22h 45m
5.3.2 Modalidades de ensino ofertadas
São ofertadas a Educação Básica (compreendendo o Ensino Fundamental, de Quinta à
Oitava Séries, e o Ensino Médio, de Primeira à Terceira Séries), a Educação Especial
(compreendendo a Sala de Recursos) e o Ensino Profissionalizante.
5.3.3 Organização do tempo escolar
O tempo escolar é organizado em séries anuais.
5.3.4 Oferta
Atualmente é ofertada Sala de Recursos para os alunos que apresentam deficiências de
aprendizagem.
5.3.5 Forma de matrícula
São seguidas as determinações legais emitidas pela Secretaria Estadual de Educação e
demais órgãos competentes.
5.3.6 Material didático
O estabelecimento de ensino oferece aos educandos os livros do Programa Nacional do
Livro Didático e do Programa Nacional do Livro do Ensino Médio, ambos fornecidos pelo
governo federal, e do programa do Livro Didático Gratuito, fornecido pelo governo estadual,
além do material solicitado pelos docentes, de acordo com as disponibilidades.
5.3.7 Inclusão social
A escola atende alunos com necessidades especiais, afro-descendentes, do campo e
com diversidade de gênero.
5.4 Avaliação
5.4.1 Avaliação da educação e da escola
São executadas as avaliações propostas pela Secretaria de Estado de Educação.
5.4.2 Ensino e Aprendizagem
A escola avalia os resultados do processo de ensino-aprendizagem através de meios
internos como o Conselho de Classe e reuniões entre os trabalhadores em educação. Externos
como o Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB, no Exame Nacional do Ensino
Médio – ENEM e Prova Brasil – AVA, entre outros, embora estes não permitam avaliar as
especificidades da realidade local.
5.4.3 Processos de avaliação, classificação e promoção
Os processos de avaliação, classificação e promoção seguem as determinações
emitidas pela Secretaria de Estado de Educação e demais órgãos competentes.
6 MARCO OPERACIONAL
6.1 Quadro de trabalhadores em educação
Trabalhador Cargo/Função FormaçãoAlci Maria Fontoura Ferreira
Agente Educacional I Ensino Médio
Ana Maria Pepe Professora de Educação Básica
Licenciatura Curta em Ciências e Plenificação em Matemática
Ana Paula Pedroso Agente Educacional II
Normal Superior
Antonio Michel Kuller de Meira
Agente Educacional II
Licenciatura Plena em Geografia
Ariane Luzia Patrzyk Professora de Educação Básica
Licenciatura Plena em Ciências
Beatriz Loss Diretora Licenciatura Plena em Educação Física e Especialização em Educação Física Escolar
Ediane Karen Sodoski Professora de Educação Básica
Licenciatura Plena em Ciências
Ediliane Pacondes Professora de Educação Básica
Licenciatura em Letras
Eliete Broday Diadio Professora de Apoio Permanente
Licenciatura Plena em Pedagogia
Elisandro Antonio da Silva Agente Educacional I Ensino MédioEnilza Aparecida Seidl Professora de
Educação Básica e da Sala de Recursos
Licenciatura Português, Inglês e Literatura, Especialização em Língua Portuguesa e estudos adicionais em Deficiência Mental
Erno Schwanke Professo de Educação Ba icaś
Licenciatura Plena em Ciências
Drieli de Fatima de Andrade
Professora de Apoio Permanente
Licenciatura Plena em Pedagogia
Gildo Miguel de Lima Agente Educacional I Ensino FundamentalGlaci Rodrigues de Oliveira
Agente Educacional I Ensino Médio
Ian Navarro de Oliveira Silva
Professor de Educação Básica
Licenciatura Plena em Geografia e Especialização em Administração, Supervisão e Orientação Educacional
Ivone Kuller Colesel Agente Educacional I Normal SuperiorIzabel Musiat Professora Licenciatura Plena em Português e
Especialização em Língua Portuguesa – Teoria e Prática
Janaína Aparecida Davebida Sedoski
Professora de Educação Básica
Licenciatura Plena em Ciências
Joseli Aparecida Vieira Guimarães Pabis
Professora de Educação Básica
Licenciatura Plena em História e Arte
Josane Aparecida Alves Pires
Professora de Educação Básica
Licenciatura Plena em Pedagogia, Especialização em Psicopedagogia
José Carlos da Silva Junior Professor de Educação Básica
Licenciatura Plena em Educação Física
Leocádia Kotscherowski Professora de Educação Básica
Licenciatura Plena em Letras – Português, Inglês e Literatura e Especialização em Língua Portuguesa
Luciane Mafalda Loss Agente Educacional II
Ensino Médio
Luciane Passos Professora de Educação Básica
Licenciatura Plena em Matemática e Especialização em Metodologia de
Ensino de MatemáticaLurdes Cristina de Figueiredo
Orientadora Licenciatura Plena em Pedagogia
Maria de Lurdes Tozetto Agente Educacional I Ensino MédioMaria Helena Pereira Professora de
Educação BásicaLicenciatura Plena em Ciências e Matemática e Especialização em Metodologia do Ensino de 3º. e 4º. Ciclos
Maria José Cabral Schletz Pedagoga e Diretora Auxiliar
Licenciatura Plena em Pedagogia e Especialização em Educação Especial e Deficiência Mental
Maria Lurdes Krepk Agente Educacional II
Licenciatura Plena em Pedagogia
Maria Terezinha Wendrechowski
Professora de Educação Básica
Licenciatura Plena em Inglês
Mário Kanarski Professor de Educação Básica
Licenciatura Plena em História
Patrícia Celina Salvador Vier
Professora de Educação Básica
Licenciatura em Educação Física
Paulo Gil Professor de Educação Básica
Licenciatura Plena em Geografia
Regiane Woiski Professora de Educação Básica
Licenciatura Plena em Educação Física e Especialização em Interdisciplinaridade
Regina Larocca Professora de Educação Básica
Licenciatura Plena em História
Sandra Aparecida Costa Orientadora Licenciatra Plena em PedagogiaSandro José Ramos Professor de
Educaçao Básica e Tutor de Ensino Profissionalizante
Licenciatura Plena em História e Especialização em História e Geografia
Sueli da Trindade Silveira Agente Educacional I Ensino MédioThatiany Karam Agente de Execução Licenciatura Plena em QuímicaVera Lucia Correia Professora de
Educação Básica e CELEM - Espanhol
Licenciatura Plena em Letras
Vilson José Ribas Padilha Professor de Educação Básica
Licenciatura Plena em Letras e Geografia
Vivian Dalagnol de Campos
Professora de Educação Básica
Licenciatura Plena em Geografia e Mestrado em Gestão do Território
6.2 Organização interna da escola/funções específicas:
• Da Equipe de Direção
A direção escolar é composta pelo diretor(a) e diretor(a) auxiliar, escolhidos
democraticamente entre os componentes da comunidade escolar, conforme legislação em
vigor.
A função de diretor(a), como responsável pela efetivação da gestão democrática, é a de
assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino.
Compete ao diretor(a):
I. cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
II. responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;
III. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto
IV. Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho
Escolar;
V. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;
VI. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância às
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
VII. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e
submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
VIII. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às
decisões tomadas coletivamente;
IX. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a
comunidade escolar e colocando-os em edital público;
X. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho
Escolar e fixando-os em edital público;
XI. coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a
legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após,
encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;
XII. garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os
órgãos da administração estadual;
XIII. encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente
escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
XIV. deferir os requerimentos de matrícula;
XV. elaborar o calendário escolar, de acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à
apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao NRE para homologação;
XVI. acompanhar o trabalho docente, referente às reposições de horas/aula aos
discentes;
XVII. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas/atividade
estabelecidos;
XVIII. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e
propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-
administrativa no âmbito escolar;
XIX. propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação,
após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou
fechamento de cursos;
XX.participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao
Conselho Escolar para aprovação;
XXI. supervisionar o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das
normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências sanitárias e
padrões de qualidade nutricional;
XXII. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas
coletivamente;
XXIII. definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico administrativa e equipe
auxiliar operacional;
XXIV. articular processos de integração da escola com a comunidade;
XXV. solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e
professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED;
XXVI. organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional
Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos
Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário de trabalho, correspondendo
a 50% (cinquenta por cento) da carga horária da Prática Profissional Supervisionada,
conforme orientação da SEED, contida no Plano de Curso;
XXVII. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem
inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente
com a comunidade escolar;
XXVIII. cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e
epidemiológica;
XXIX. viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular
plurilinguístico da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras
Modernas – CELEM;
XXX. disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios
Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;
XXXI. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
XXXII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XXXIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XXXIV. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
XXXV. Compete ao(à) diretor(a) auxiliar assessorar o(a) diretor(a) em todas as suas
atribuições e substituí-lo(a) na sua falta ou por algum impedimento.
Da Equipe Pedagógica
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação no
estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político-
Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações
emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
A equipe pedagógica é composta por professores graduados em Pedagogia.
Compete à equipe pedagógica:
I. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-
Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
II. orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma
perspectiva democrática;
III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico
escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar;
IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica curricular
do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da SEED e das Diretrizes
Curriculares Nacionais e Estaduais;
V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo
de professores do estabelecimento de ensino;
VI. acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas/aula aos discentes;
VII. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e
aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de propostas
de intervenção para a qualidade de ensino para todos;
VIII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do
estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o aprimoramento do
trabalho pedagógico escolar;
IX. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos
Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o
trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
X. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção
decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
XI. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do
estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates
e oficinas pedagógicas;
XII. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de
maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;
XIII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear
um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a
promover a aprendizagem de todos os alunos;
XIV. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento
Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;
XV. participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,
subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e
efetivação do trabalho pedagógico escolar;
XVI. coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de
materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
XVII. participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de ensino,
assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e projetos de
incentivo à leitura;
XVIII. acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e
Biologia e de Informática;
XIX. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua
participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
XX. coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;
XXI. colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da SEED;
XXII. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a
partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
XXIII. acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às
atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
XXIV. acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos
Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização do curso, quanto no
acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos funcionários cursistas da escola
e/ou de outras unidades escolares;
XXV. promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as
formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
XXVI. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico
do estabelecimento de ensino;
XXVII. acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;
XXVIII. participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;
XXIX. orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-
pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,
reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme
legislação em vigor;
XXX. organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as reposições de
dias, horas e conteúdos aos discentes;
XXXI. orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros de Registro de Classe;
XXXII. organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
XXXIII. organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos
profissionais do estabelecimento de ensino;
XXXIV. solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação
Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades educacionais
especiais;
XXXV. coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto
Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando
encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
XXXVI. acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,
realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento
integral;
XXXVII. acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e
encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
XXXVIII. acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver
necessidade de encaminhamentos;
XXXIX. orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades
educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no
processo de inclusão na escola;
XL. manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de alunos
com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas de
experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino
regular;
XLI. assessorar os professores do CELEM e acompanhar as turmas, quando o
estabelecimento de ensino ofertar o ensino extracurricular plurilingüístico de Língua
Estrangeira Moderna;
XLII. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento
de ensino;
XLIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos,
pais e demais segmentos da comunidade escolar;
XLIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XLV. elaborar seu Plano de Ação;
XLVI. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
Da Equipe Docente
A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente habilitados.
Compete aos docentes:
I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-Pedagógico
do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo Conselho Escolar;
II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do
estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e as Diretrizes
Curriculares Nacionais e Estaduais;
III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros
e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento
de ensino;
IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
V. desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do
conhecimento pelo aluno;
VI. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos,
quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando
prioritariamente o direito do aluno;
VII. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se
de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político-Pedagógico
do estabelecimento de ensino;
VIII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,
estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do período
letivo;
IX. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com
dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do pedagogo,
com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais especiais e posterior
encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
X. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com
vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;
XI. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
XII. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em
decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo, ideologia,
condição sócio-cultural, entre outras;
XIII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,
respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no
processo de ensino e aprendizagem;
XIV. participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto
ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem, da Sala
de Recursos, a fim de realizar ajustes ou modificações no processo de intervenção educativa;
XV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação
artística;
XVI. participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de
alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,
responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais serão
registradas e assinadas em Ata;
XVII. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual
e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;
XVIII. zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à
equipe pedagógica;
XIX. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à
avaliação e ao desenvolvimento profissional;
XX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos, pesquisas
e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica, conforme
determinações da SEED/SUED;
XXI. manter atualizados os Registros de Classe, conforme Instrução da SEED/DIE,
orientação da equipe pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no
estabelecimento de ensino,
XXII. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da
escola com as famílias e a comunidade;
XXIII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
XXIV. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor
e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e
educativa;
XXV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem
inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
XXVI. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que
lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;
XXVII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XXVIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XXIX. participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;
XXX. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar
Da Equipe Técnico-Administrativa e dos Assistentes de Execução
A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam nas áreas
da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do estabelecimento de ensino.
A função de assistente de execução é exercida por profissional que atua no laboratório
de Química, Física e Biologia do estabelecimento de ensino.
O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário(a) escolar é indicado
pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial, conforme normas da
SEED.
Parágrafo Único - O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela direção.
Compete ao Secretário Escolar:
I. conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
II. cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED, que
regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;
III. distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais técnicos
administrativos;
IV. receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;
V. organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções
normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;
VI. efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência e conclusão de curso;
VII. elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados às
autoridades competentes;
VIII. encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser
assinados;
IX. organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de
forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da vida
escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;
X. responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno,
respondendo por qualquer irregularidade;
XI. manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado;
XII. organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da
escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;
XIII. atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando
informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do
estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento Escolar;
XIV. zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da
secretaria;
XV. orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe
com os resultados da freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos;
XVI. cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da
secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, de
adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e
regularização de vida escolar;
XVII. organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor
competente a sua freqüência, em formulário próprio;
XVIII. secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;
XIX. conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;
XX. comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na
secretaria da escola;
XXI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua
função;
XXII. organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular
(CELEM);
XXIII. manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;
XXIV. fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando
solicitado;
XXV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XXVIII. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos estabelecimentos
de ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a):
I. cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto
ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, necessidades de
adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e
regularização de vida escolar;
II. atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e
orientações;
III. cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;
IV. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua
função;
V. controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações sobre
os mesmos a quem de direito;
VI. organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu setor;
VII. efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico
Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;
VIII. organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da
escola;
IX. classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a
movimentação de expedientes;
X. realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial do
estabelecimento, sempre que solicitado;
XI. coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e
atualizando o sistema informatizado;
XII. executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;
XIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XVI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
Compete ao técnico administrativo que atua na biblioteca escolar, indicado pela
direção do estabelecimento de ensino:
I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando
organização e funcionamento;
II. atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de
livros, de acordo com Regulamento próprio;
III. auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta pedagógica
curricular do estabelecimento de ensino;
IV. auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, entre
outros;
V. encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das necessidades
indicadas pelos usuários;
VI. zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;
VII. registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;
VIII. receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da
biblioteca;
IX. manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela sua
manutenção;
X. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua
função;
XI. auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;
XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XV. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
Compete ao técnico administrativo indicado pela direção para atuar no laboratório de
Informática do estabelecimento de ensino:
I. cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de Informática,
assessorando na sua organização e funcionamento;
II. auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais e
equipamentos de informática;
III. preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e materiais necessários
para a realização de atividades práticas de ensino no laboratório;
IV. assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no laboratório;
V. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;
VI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua
função;
VII. receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos do
laboratório de Informática;
VIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
IX. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
X. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
Compete ao assistente de execução que atua no laboratório de Química, Física e
Biologia do estabelecimento de ensino:
I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de Química, Física e
Biologia;
II. aplicar, em regime de cooperação e de co-responsabilidade com o corpo docente e
discente, normas de segurança para o manuseio de materiais e equipamentos;
III. preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos para a realização
de atividades práticas de ensino;
IV. receber, controlar e armazenar materiais de consumo e equipamentos do
laboratório;
V. utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e equipamentos do
laboratório;
VI. assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do laboratório;
VII. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos materiais de consumo,
instrumentos e equipamentos de uso do laboratório;
VIII. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua
função;
IX. comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade, incidente e/ou
acidente ocorridos no laboratório;
X. manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos,
solventes, reagentes e demais materiais de consumo;
XI. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XIV. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
Da Equipe Auxiliar Operacional
O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de conservação, manutenção,
preservação, segurança e da alimentação escolar, no âmbito escolar, sendo coordenado e
supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.
Compete ao auxiliar operacional que atua na limpeza, organização e preservação do
ambiente escolar e de seus utensílios e instalações:
I. zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as normas
estabelecidas na legislação sanitária vigente;
II. utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com
antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;
III. zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer irregularidade
à direção;
IV. auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de início
e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes, quando
solicitado pela direção;
V. atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especiais
temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de
alimentação;
VI. auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas, andadores,
muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação no ambiente
escolar;
VII. auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto a alimentação
durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e as correspondentes ao
uso do banheiro;
VIII. auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas atividades
escolares;
IX. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o
seu período de férias;
X. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;
XI. coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o
devido destino, conforme exigências sanitárias;
XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XV. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
São atribuições do auxiliar operacional, que atua na cozinha do estabelecimento de
ensino:
I. zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo as
normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;
II. selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de
qualidade nutricional;
III. servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e segurança;
IV. informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição do
estoque da merenda escolar;
V. conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda escolar,
conforme legislação sanitária em vigor;
VI. zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da merenda
escolar;
VII. receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a cozinha e
da merenda escolar;
VIII. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o
seu período de férias;
IX. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;
X. auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer necessário;
XI. respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de preparação ou
manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;
XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XV. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
6.2 Planos e Linhas de Ação
PLANO DE AÇÃO - DIREÇÃO
Gestão 2009/2011
IDENTIFICAÇÃO
Estabelecimento Colégio Estadual Getúlio Vargas -
Ensino Fundamental e MédioMunicípio Fernandes PinheiroNúcleo Regional de Educação IratiDiretora Beatriz Loss
OBJETIVOS GERAIS
- Construir um espaço democrático, onde o conhecimento, a educação, a cultura, a
cidadania, o ensino e a aprendizagem estejam relacionados para a construção de uma
sociedade mais justa e digna e seres humanos plenos e capazes de participar e atuar crítica e
ativamente nessa sociedade;
- Valorizar o educando, respeitando sua dignidade enquanto pessoa humana, sua
individualidade, suas potencialidades e limitações;
- Fornecer apoio moral para os educandos superarem seus problemas (desemprego,
violência, falta de moradia, entre outros) procurando seus direitos junto às autoridades
competentes;
- Possibilitar a socialização dos educandos e a construção de valores éticos e morais,
desenvolvendo modos de conduta e respeito perante os outros membros da comunidade
escolar, de suas próprias comunidades e da sociedade como um todo;
- Proporcionar o acesso e a permanência na Escola, de acordo com as determinações
do FICA, diminuindo progressivamente os índices de evasão, repetência e distorção idade-
série;
- Construir, com engajamento de educandos, educadores, pais e responsáveis,
funcionários e equipe pedagógica, um ambiente escolar participativo, crítico, solidário e
alegre.
- Discutir e decidir junto à comunidade escolar quais as prioridades de ações para a
melhoria do ambiente escolar.
AÇÕES
Gestão Democrática
- Promover uma gestão democrática com a participação das instâncias colegiadas -
Conselho Escolar, a Associação de Pais, Mestres, Funcionários, o Grêmio Estudantil - e demais
membros da comunidade escolar, onde seus integrantes possam sugerir, opinar, participar e
fiscalizar as ações do Colégio;
- Incentivar o surgimento e desenvolvimento de líderes entre os educandos,
conscientizando-os de suas responsabilidades e criando mecanismos para uma formação
política básica;
- Auxiliar o funcionamento do Grêmio Estudantil, incentivando a participação nos
processos decisórios e atividades do Colégio;
- Instituir Conselhos de Classe com a participação de representantes dos educandos
que, juntamente com educadores, equipe pedagógica e direção, sugerirão os melhores meios
para alcançar resultados satisfatórios no processo de ensino e aprendizagem;
- Promover encontros, reuniões, atividades culturais e esportivas, entre outros,
incentivando a participação de pais e responsáveis e promovendo a sua conscientização sobre
a importância e a responsabilidade deles na vida escolar de seus dependentes;
- Transparência nos gastos e prestação de contas e zelando pela documentação
escolar;
- Ouvir e dedicar tempo para a reflexão, buscando encontrar soluções e tomar
decisões.
Proposta Pedagógica
- Cumprir o Calendário Escolar e as determinações legais, zelando também pela
correção da documentação escolar;
- Trabalhar pela progressiva melhoria qualidade do processo de ensino e aprendizagem
e seus resultados;
- Valorizar os profissionais de educação através da realização de reuniões internas e
divulgação de resultados;
- Descentralizar as ações delegando tarefas, divulgando informações e integrando os
setores do Colégio;
- Mobilizar a comunidade com objetivo de superar obstáculos ao bom funcionamento
do processo de ensino e aprendizagem e do Colégio;
- Estabelecer, em conjunto com a comunidade escolar, critérios claros e factíveis de
Avaliação e Recuperação;
- Proporcionar aos educandos com aprendizagem insuficiente os meios para corrigir tal
situação;
- Desenvolver projetos que envolvam a participação da comunidade escolar,
propiciando inclusive o intercâmbio com outros estabelecimentos de ensino;
- Manter diálogo permanente com o Núcleo Regional de Educação e a Secretaria de
Educação do Estado.
Formação Continuada
- Incentivar educadores e funcionários a participar de cursos, eventos, conferências e
simpósios, entre outros, objetivando a sua constante atualização e satisfação no exercício da
profissão;
- Proporcionar e conscientizar sobre a importância de Grupos de Estudos e demais
cursos propostos e oferecidos pelo Núcleo Regional de Educação e Secretaria de Educação de
Estado;
- Incentivar a criação e implementação de Projetos, mantendo os que já estão em
funcionamento;
- Promover reuniões para avaliação e revisão do Projeto Político Pedagógico;
- Ordenar, dentro das possibilidades, a Hora-Atividade dos educadores por área de
atuação, de modo que possam trocar experiências e organizar trabalhos conjuntos.
Qualificação dos equipamentos e espaços
- Promover palestras e reuniões com a comunidade escolar, conscientizando-os sobre a
importância da conservação, manutenção e valorização do novo espaço escolar;
- Identificar e aplicar os recursos existentes da melhor maneira possível;
- Desenvolver maior responsabilidade no uso de equipamentos, salas de aula,
biblioteca, laboratórios, espaços educativos e material didático em todos os membros da
comunidade escolar.
- Manter os projetos “Sábado Ativo” e “JINGEVAR”, dando ênfase ao teatro, a dança, ao
canto, aos esportes, entre outros.
Outros
- Incentivar e proporcionar a participação em eventos culturais e esportivos como o
FERA, o Com Ciência, os Jocop’s, entre outros;
- Conservar e aprimorar as Salas de Apoio;
- Solicitar a construção de mais duas salas de aula pra melhor atender a demanda.
CRONOGRAMA
O presente Plano de Ação será executado nos anos de 2009 a 2011.
AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá semestralmente ou sempre que se fizer necessário, envolvendo a
comunidade escolar no processo de ensino e aprendizagem. A partir dos resultados da
Avaliação serão o presente plano poderá ser alterado.
PLANO DE AÇÃO - PEDAGOGAS
IDENTIFICAÇÃO
Estabelecimento Colégio Estadual Getúlio Vargas -
Ensino Fundamental e MédioMunicípio Fernandes PinheiroNúcleo Regional de
Educação
Irati
Equipe de Orientação Lourdes Cristina Figueiredo
Sandra Aparecida Costa
Maria José Cabral Schletz
JUSTIFICATIVA
A Orientação Educacional trabalha de forma integrada com o PPP da instituição, como
apoio pedagógico, priorizando a relação EDUCADOR/EDUCANDO mediada pelo conteúdo.
Visa, ainda, informar o aluno, enfatizando a relação homem – trabalho, homem – mundo, o seu
desenvolvimento físico-intelectual e emocional do ser - vir a ser - medida pela realidade social.
Sua ação se dá de maneira interdisciplinar com educadores e demais funcionários de
outras áreas afins que prioriza a organização escolar utilizando-se das experiências dos
elementos envolvidos no processo ensino – aprendizagem beneficiando – o em relação ao
educando.
Tem por prioridade em seu trabalho a diminuição da evasão escolar e repetência, e
assim trabalha junto às famílias, sendo o elo de integração para amenizar os problemas que
surgem no dia a dia na escola.
METODOLOGIA
Participação ativa dos trabalhos desenvolvidos pela instituição, assessorando
educadores, ministrando pequenas palestras, utilizando recursos áudio-visuais para
enriquecer os conteúdos quando necessário.
Apresentação do serviço de Orientação Educacional;
Reconhecimento pelo aluno do informativo estudantil e sistema de avaliação;
Dinâmicas de grupos socializantes, para desenvolver liderança, comunicação e o
trabalho coletivo;
Palestras educativas reforçando o cuidado com a saúde, motivação, cidadania e
desenvolvimento pessoal, social e profissional;
Textos e folhetos para trabalho em sala de aula;
Aconselhamentos coletivos, individuais de educandos, educadores e funcionários;
Participação em reunião com pais e responsáveis, conselho de classe, conselho escolar
e outros quando requisitada a presença do Serviço de Orientação Educacional;
Colaborar em organizações de eventos realizados no decorrer do ano.
OBJETIVOS GERAIS
Promover uma Orientação Educacional Coletiva;
Promover um clima de trabalho favorável com a cooperação de todos;
Assessorar os educadores na busca de melhores condições de trabalho que evidenciem
o aperfeiçoamento pessoal e profissional;
Promover palestras educativas de acordo com as devidas necessidades observadas.
Exemplo: hábitos de estudos, saúde, qualidade de vida, a família, a escola, educação
ambiental, responsabilidade e ética educacional, sexual, DST, drogas, alcoolismo, orientação
vocacional, profissões, mercado de trabalho, necessidade do trabalho;
Orientar os educandos em sessões coletivas, individuais e encaminhar, quando
necessário, aos especialistas os casos especiais quando necessário;
Manter contato com os pais e responsáveis através de visita, reunião ou telefone
chamando-os para informar o rendimento escolar de seus dependentes (comportamento,
aproveitamento etc) sempre que necessário;
Promover a reflexão dos alunos para que compreendam que todos os momentos
vivenciados são as suas próprias historias de vida;
Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações
sociais, utilizando o dialogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões;
Acompanhamento pedagógico do desenvolvimento dos alunos, dando suporte ao
educando desmotivado, controlando a frequencia diária visando o combate a reprovação e
evasão escolar;
Acompanhar as práticas de estágio não-obrigatório desenvolvidas pelo aluno;
Manter os professores das turmas, cujos alunos desenvolvem atividade de estágio,
informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo que estes possam contribuir para esta
relação prática;
Orientar e receber relatórios periódicos do estagiário;
Elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus
educandos;
Zelar pelo cumprimento do termo de compromisso com o educando, com a parte
concedente e o estabelecimento;
Será registrada em livros e/ou fichas todas as ocorrências de indisciplina que
houverem, se o problema persistir entrar em contato com a família, e a mesma comparecendo
será registrada a presença;
Averiguar o desenvolvimento dos alunos da Sala de Recursos;
Monitorar os corredores na troca de aula, e volta dos intervalos, para que os alunos
não circulem pelo pátio.
AVALIAÇÃO
A Avaliação será diagnostica, analisando os alunos quando à maturidade através do
comportamento assumindo dentro e fora de sala de aula e comunidade. Dar-se-á ênfase ao
bom senso, senso crítico, responsabilidade, companheirismo, respeito, cidadania e freqüência
às aulas.
O educando será avaliado no decorrer do ano letivo, considerando o seu desempenho
individual e deverá ser capaz de:
- desenvolver hábitos de estudos
- demonstrar respeito pelo Colégio, colegas, professores e funcionários;
- estudar com proveito e responsabilidade;
- ter pontualidade e assiduidade às aulas e demais atividades;
- participar de eventos realizados no Colégio;
- comportar-se de modo socializado no Colégio e na comunidade;
- demonstrar independência pessoal e responsabilidade de seus atos;
- assimilar hábitos, atitudes e valores positivos transmitidos pelo Colégio e Família e
demonstrá-los na comunidade;
- apresentar rendimento global satisfatório;
- demonstrar desembaraço, senso critico e persistência em todas as atividades de
vivências do cotidiano;
- respeitar a natureza, os elementos integrantes da família, Colégio e comunidade;
- reconhecer seus sentimentos e de outras pessoas envolvidas nas situações de vida;
- reconhecer que a atividade sexual, exige maturidade e preparo, tendo em vista que as
conseqüências atingirão também outras vidas.
CRONOGRAMA
As atividades serão desenvolvidas durante o ano letivo. Sendo que o mesmo poderá
sofrer modificações, quando necessário.
LINHAS DE AÇÃO
Projetos desenvolvidos no Estabelecimento de Ensino:
Atividades
Recreativas,
Culturais e
Esportivas
JINGEVAR, FestDance e Sábado Ativo.
Calendário de
festividades
Com a colaboração da APMF e do Conselho Escolar são realizadas a
Comemoração do Dia das Crianças e Festa Junina Interna.Iniciação Científica Participação nas Olimpíadas de Matemática.Educação Ambiental
e Agenda 21 Escolar
Além da presença do tema nos conteúdos disciplinares, são
desenvolvidos projetos específicos como Agenda 21 Escolar, BioViva
e datas específicas como Dia do Rio, Dia da Árvore, Dia da Água e
Semana do Meio Ambiente.Educação do Campo É abordada nas disciplinas da matriz curricular e Resgate das
Nossas Raízes.Prevenção Em colaboração com a Secretaria Municipal de Saúde e demais
órgãos competentes são desenvolvidos os projetos Saúde na Escola
e Saúde Bucal e são realizadas palestras de prevenção às drogas –
lícitas e ilícitas -, DST’s, gravidez na adolescência, entre outros.Estatuto da Criança
e do Adolescente e
Ficha do Aluno
Ausente
A escola observa o disposto no ECA com vistas à salvaguarda dos
direitos e cumprimento dos deveres das crianças e adolescentes
atendidos e segue as determinações do FICA para combate da
evasão escolar.SEED/NRE FERA Com Ciência, Jogos Colegiais do Paraná, FICA, Semana
Cultural, Paraná Digital.Leitura Amigo Livro.
6.3 Instâncias colegiadas
Conselho Escolar Delibera sobre questões político-pedagógicas, administrativas e
financeiras no âmbito da escola.Conselho de Classe Constitui-se em um momento de compartilhamento de
experiências sobre os educandos para correção das possíveis
dificuldades e deficiências e melhoria do processo de ensino-
aprendizagem.Associação de Pais,
Mestres e
Funcionários
Auxilia na organização e funcionamento da escola nos aspectos
administrativo, financeiro e pedagógico, com objetivo de
aproximar pais e responsáveis.Grêmio Estudantil Trabalha em conjunto com as demais instâncias da comunidade
escolar, auxiliando no funcionamento da escola e aproximando os
educandos.
A eleição dos membros das instâncias colegiadas obedece às determinações emitidas
pela Secretaria de Estado de Educação, Núcleo Regional de Educação e demais órgãos
competentes.
6.4 Formação continuada dos trabalhadores em educação e dos conselheiros
A formação continuada dos trabalhadores em educação e dos conselheiros escolares é
realizada de acordo com a disponibilidade de cursos ofertados pela Secretaria de Estado de
Educação e demais órgãos competentes, atendendo ao disposto na Resolução n. 5/05 e no
Parecer 16/05, ambos do Conselho Nacional de Educação.
6.5 Matriz Curricular
ENSINO MÉDIO - MANHÃ
NRE: 15 - IRATI MUNICÍPIO: 0772 – FERNANDES PINHEIRO
ESTABELECIMENTO: 00088 – GETÚLIO VARGAS, C. E. – E. FUND. MÉDIO
Rua Romano Bettega, 340 – Centro – Fernandes Pinheiro – PR – CEP 84535-000
Fone: (42) 34591163 e 3459-1043
ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS/ SÉRIE 1 2 3
BA
SE
N
AC
IO
NA
L C
OM
UM ARTE 2 2
BIOLOGIA 2 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
FÍSICA 2 2 2
GEOGRAFIA 2 2 2
HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 2 3 3
MATEMÁTICA 3 2 4
QUÍMICA 2 2 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
PAR
TE
D
IVE
RS
IFIC
AD
A SUB-TOTAL 23 23 23
L. E. M. - INGLÊS 2 2 2
L. E. M. - ESPANHOL*
SUB-TOTAL 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25
Observações:
Matriz Curricular de acordo com a LDB 9394/96.
* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.
Data: 17 de novembro de 2010.
ENSINO MÉDIO – NOITE
NRE: 15 - IRATI MUNICÍPIO: 0772 – FERNANDES PINHEIRO
ESTABELECIMENTO: 00088 – GETÚLIO VARGAS, C. E. – E. FUND. MÉDIO
Rua Romano Bettega, 340 – Centro – Fernandes Pinheiro – PR – CEP 84535-000
Fone: (42) 34591163 e 3459-1043
ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS/ SÉRIE 1 2 3
BA
SE
N
AC
IO
NA
L C
OM
UM ARTE 2 2
BIOLOGIA 2 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
FÍSICA 2 2 2
GEOGRAFIA 2 2 2
HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 2 3 3
MATEMÁTICA 3 2 4
QUÍMICA 2 2 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
PAR
TE
D
IVE
RS
IFIC
AD
A SUB-TOTAL 23 23 23
L. E. M. - INGLÊS 2 2 2
L. E. M. - ESPANHOL*
SUB-TOTAL 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25
Observações:
Matriz Curricular de acordo com a LDB 9394/96.
* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.
Obs.: Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.
Data: 17 de novembro de 2010.
ENSINO FUNDAMENTAL - MANHÃ
NRE: 15 - IRATI
ESTABELECIMENTO: 00088 – GETÚLIO VARGAS, C. E. – E. FUND. MÉDIO
ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 MÓDULO: 40 SEMANAS
B A
S E
N
A C
I O
N
A L
C
O
M
U
M
DISCIPLINAS / SÉRIE 5 6 7 8
ARTE 2 2 2 2
CIÊNCIAS 3 3 3 4
EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 2
ENSINO RELIGIOSO * 1 1
GEOGRAFIA 3 3 4 3
HISTÓRIA 3 3 3 4
LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4
MATEMÁTICA 4 4 4 4
SUB-TOTAL 22 22 23 23
PD L. E. M. - INGLÊS ** 2 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 24 24 25 25
Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB 9394/96.
* Não computado na carga horária da Matriz por ser facultativa para o ano aluno.
** O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino.
ENSINO FUNDAMENTAL - TARDE
NRE: 15 - IRATI
ESTABELECIMENTO: 00088 – GETÚLIO VARGAS, C. E. – E. FUND. MÉDIO
ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: TARDE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 MÓDULO: 40 SEMANAS
B A
S E
N
A C
I O
N
A L
C
O
M
U
M
DISCIPLINAS / SÉRIE 5 6 7 8
ARTE 2 2 2 2
CIÊNCIAS 3 3 3 4
EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 2
ENSINO RELIGIOSO 1 1
GEOGRAFIA 3 3 4 3
HISTÓRIA 3 3 3 4
LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4
MATEMÁTICA 4 4 4 4
SUB-TOTAL 22 22 23 23
PD L. E. M. - INGLÊS 2 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 24 24 25 25Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB 9394/96.
* Não computado na carga horária da Matriz por ser facultativa para o ano aluno.
** O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino.
6.6 Condições físicas, materiais e didáticas
A escola conta atualmente com Laboratório das Ciências, Laboratório de Informática e
Biblioteca equipados para o uso pelos educandos e educadores.
6.7 Estágio não-obrigatório
A escola incentiva e acompanha os estágios efetivados pelos alunos e desenvolvidos em
ambiente de trabalho, visando à preparação para o trabalho produtivo dos educandos que
frequentam regularmente o estabelecimento de ensino, de acordo com a legislação em vigor
(Lei nº 11.788/08)
6.8 Desafios Educacionais Contemporâneos
Os Desafios Educacionais Contemporâneos (Cidadania e Direitos Humanos, Educação
Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola e Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas), assim como a Educação para as Relações Étnico-Raciais (Leis 10.639/03
e 11.645/08), são abordados pelas diversas disciplinas que compõem a matriz curricular da
Educação Básica no estabelecimento de ensino, preferencialmente de maneira vinculada aos
conteúdos estruturantes, básicos e específicos estabelecidos pelas Diretrizes Curriculares
Estaduais- DCE's.
7 AVALIAÇÃO DO PPP
Os Projetos Políticos Pedagógicos – PPP’s - passaram a ser elaborados pelos
estabelecimentos de ensino em meados da década de 1990, em respeito à Lei 9394/96 – de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
De acordo com os membros da comunidade escolar consultados, inicialmente a
construção destes projetos era realizada por um grupo restrito de pessoas, às vezes uma
única, recorrendo muitas vezes à cópias de outros projetos já prontos. Por isso, esses projetos
pouco refletiam a realidade do estabelecimento e a visão do coletivo da comunidade escolar.
Além disso, muitas vezes esses projetos, depois de aprovados, eram guardados como “letra
morta”, pois não eram utilizados. Outra referência muito comum das pessoas entrevistadas,
era o desconhecimento dos objetivos do PPP e mesmo de como deveria ser sua construção.
Com objetivo de superar as deficiências apontadas, no processo de elaboração deste
Projeto Político Pedagógico buscou-se a participação de todos os membros da comunidade
escolar – educadores, educandos, funcionários, equipe pedagógica e direção, pais e
responsáveis, instâncias colegiadas, comunidade local - seja através de questionamentos
escritos, diálogos e reuniões. Além disso, o suporte oferecido pela equipe do Núcleo Regional
de Educação auxiliou no esclarecimento de dúvidas e orientação sobre a sua construção.
A Avaliação deste Projeto Político Pedagógico será realizada semestralmente, nas
Semanas Pedagógicas, com objetivos de: permitir à todos os envolvidos o acesso e o
conhecimento do Projeto; verificar se o mesmo está sendo cumprido; quais suas qualidades e
quais suas deficiências. A partir dessas avaliações serão tomadas medidas para superação das
dificuldades encontradas e até mesmo a atualização do Projeto.
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIANCHETTI, Roberto Gerardo. Modelo Neoliberal e Políticas Educacionais. São Paulo:
Cortez, 2001.
BRASIL. Lei n. 8.069/90, de 13 de julho d e1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e dá outras providências. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm> Acesso em 04 de novembro de 2010.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Ministério da Educação. Disponível em:
<http://www.mec.gov.br/legis/zip/lei9394.zip> Acesso em: 23 de maio de 2003.
BRASIL. Lei n. 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo
oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e
dá outras providências. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.639.htm> Acesso em 04 de novembro de
2010.
BRASIL. Lei 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de
1996, modificada pela Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm> Acesso em 04 de
novembro de 2010.
BRASIL. Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes.
Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/11788.htm>
Acesso em 21 de setembro de 2010.
BRASIL. Plano nacional de implementação das diretrizes curriculares nacionais para
educação das relações etnicorraciais e para o ensino de história e cultura afrobrasileira e
africana. Brasília: 2005.
FREIRE, Paulo. Política e Educação. São Paulo: Cortez, 2003.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994.
PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação 007/99 de 09 de abril de 1999.
Delibera sobre as normas gerais para avaliação do aproveitamento escolar, recuperação de
estudos e promoção de alunos do sistema estadual de ensino em nível do ensino fundamental
e médio. Relatores: Marília Pinheiro Machado de Souza e Orlando Bogo. [Curitiba: s.n., 1999].
PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação 014/99 de 08 de outubro de 1999.
Delibera sobre indicadores para elaboração da proposta pedagógica dos estabelecimentos de
ensino da Educação Básica em suas diferentes modalidades. Relatores: Solange Yara Schmidt
Manzochi, Clemência Maria Ferreira Ribas, José Frederico de Mello et all. [Curitiba: s.n.,
1999].
PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do
Paraná. Disponíveis em
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/modules/conteudo/conteudo.php?
conteudo=98>
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. 35 ed. rev. amp. Campinas: Autores Associados,
2002.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética-libertadora do
processo de avaliação escolar. 16 ed. São Paulo: Libertad 2006.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto Político-Pedagógico da Escola: uma construção
coletiva. in ___ (org.) Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível.
20 ed. Campinas: Papirus, 2005. p.11-35.
Propostas
Pedagógicas
Curriculares
ARTE
A) APRESENTAÇÃO DE DISCIPLINA:
A arte teve suas primeiras manifestações no Paraná no período colonial, onde
ocorreu em maior escala nas vilas jesuíticas, como primeira forma registrada de arte na
educação, além do trabalho catequético era, realizados trabalhos que envolviam a arte como:
a retórica, literatura, musica, dramatizações, dança, pintura e trabalhos manuais, como o
exemplo da escultura.
Dessa forma herdamos as manifestações culturais ibéricas, onde mais tarde seriam
incorporadas a cultura afro e elementos culturais provindos da imigração, constituindo assim,
elementos fortíssimos para a nossa cultura.
A Arte tem um papel fundamental na formação e visualização dos sentidos, emoção,
ética, política, religião, ideologia e muitas outras, através do processo de humanização e
leitura sobre a realidade que possibilita ampliar a maneira de viver em sociedade.
Para compreender essa importância é preciso ressaltar que lecionar Arte e que
principalmente o processo de ensino e aprendizagem, de forma significativa, privilegia a
criação e não somente o aprimoramento de técnicas, afim de alcançar a perfeição, ou ainda,
tornar a Arte repetitiva, seguindo sempre modelos e cópias do natural.
Nessa perspectiva as Diretrizes Curriculares afirmam que “na escola, esses
conceitos e processos acabam por atribuir à Arte funções meramente reprodutivas, seguindo
formas padronizadas e mantendo o aluno no aperfeiçoamento da técnica, porém, limitando
sua identidade criadora”. (p. 16)
No ensino de Arte, amplia-se o repertório cultural do aluno a partir dos conceitos
estéticos, artísticos e contextualizados, aproximando-o do universo cultural da humanidade
nas suas diversas representações. Neste sentido as Diretrizes Curriculares apontam a
possibilidade do aluno criar formas singulares do pensamento e expandir suas potencialidades
criativas, considerando alguns campos conceituais:
• o conhecimento estético: destaca-se aspectos sensíveis e cognitivos, onde articulam-se
numa organização que expressa pensamentos e sentidos.
• o conhecimento artístico: visa o processo criativo, imaginário, utilizando-se das Artes
Visuais, da Dança, da Música e do Teatro.
• o conhecimento contextualizado: envolve o contexto político, econômico e
socioculturais dos objetos artísticos, possibilita um aprofundamento na investigação desse objeto.
No ensino de Arte, há três principais concepções no campo das teorias críticas de
arte. Tendo como sujeito histórico e social, a arte e ideologia, a arte e o seu conhecimento e a
arte e o trabalho criador que norteiam e organizam a metodologia, a seleção dos conteúdos e
a avaliação na prática escolar.
Arte e ideologia:
É um conjunto de idéias, crenças e doutrinas próprias de uma sociedade, de uma
época ou de uma classe. É um produto de uma situação histórica e das aspirações destes
grupos. Destaca-se por possuir duas funções contraditórias: como um elemento de imposição
de uma classe social a outra e de forma a mascarar a realidade e, é também, por outro lado,
um elemento de coesão social,. De reação de pertencimento a um grupo, classe ou a sua
sociedade.(Diretrizes Curriculares, 2006, p. 24-25)
Neste sentido, o que se propõe é trabalhar Arte em três principais formas: o
sistema de arte (arte erudita) que atinge uma pequena parcela da sociedade – elite –, a arte
popular, que é produzida e vivenciada pelo povo, e a industria cultural, caracterizada por
utilizar-se de tecnologias sofisticadas para a produção em serie.
A arte e seu conhecimento:
Segundo as Diretrizes Curriculares, a Arte pode revelar um parte do real, não em
sua essência objetiva, tarefa específica da ciência, mas em relação com a essência humana. A
Arte é um conhecimento especifico de uma realidade especifica, do homem como um todo,
único, vivo e concreto, na unidade e riqueza de suas determinações, nas quais se fundem de
modo peculiar o geral e o singular. (Váquez, 1978, p.35, in Diretrizes, 2006, p. 25-26)
Arte e trabalho e criador:
Consiste em um elemento essencial no ensino de Arte, criar é transformar, fazer
algo inédito, um objetivo novo e singular que expressa esse sujeito criador e,
simultaneamente, o transcende, enquanto objeto portador de conteúdo de cunho social e
histórico e enquanto objeto concreto, como uma nova realidade social.
B) OBJETIVOS GERAIS:
No decorrer da disciplina de Arte, o objetivo dessa é que o aluno progressivamente
possa adquirir conhecimento em relação a conceitos básicos de Arte, isso ajudará no seu
desenvolvimento escolar, fazendo dele um aluno mais atento e crítico. Tendo como principal
objetivo viabilizar ao educando o acesso à produção artística de qualidade fazendo com que o
aluno se familiarize com os diversos tipos de linguagem nas diferentes áreas da Arte, como
artes visuais (pintura , escultura e gravura), música, dança e teatro.
Neste momento de familiarização com os conteúdos da disciplina de Arte, também
envolverão a apreciação e apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão
estética. Tanto a apreciação, quanto a apropriação de tais objetos se dão inicialmente pelos
sentidos, a percepção será superficial ou profunda dependendo do conhecimento em Arte que
o educando tiver em sua vida.
A disciplina de Arte possibilitará o acesso ao conhecimento de outras áreas do
saber; a partir desse processo, o educando terá fácil interpretação das obras e da realidade,
transcendendo as aparências. A Arte é uma área do conhecimento humano fruto da criação e
do trabalho dos indivíduos, histórica e socialmente.
O que faz dela uma disciplina indispensável para o processo de aprendizagem do
educando no que se refere ao senso crítico. Com isso o aluno terá uma educação na medida do
possível, de qualidade e que fornecerá a esse aluno suporte para uma formação digna e
cidadã.
C) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS:
Definiu- se que os conteúdos estruturantes da disciplina são:
• elementos formais;
• composição;
• movimentos e períodos.
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
• ÁREA MÚSICA
SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PE IODOSŔ
5ª série
altura
duração
timbre
intensidade
densidade
ritmo
melodia
escalas: diatônica
pentatônica
cromática
improvisação
greco-romana
oriental
ocidental
africana
6ª
série
Altura
duração
timbre
intensidade
densidade
ritmo
melodia
escalas
gêneros: folclórico, índigena,
popular e étnico
técnicas: vocal, instrumental e
mista
improvisação
Música popular e
étnica ( ocidental e
oriental)
7ª série
altura
duração
timbre
intensidade
densidade
ritmo
melodia
harmonia
tonal, modal e a fusão de ambos
técnicas: vocal, instrumental e
Indústria cultural
eletrônica
minimalista
rap, rock, tecno
mista
8ª série
altura
duração
timbre
intensidade
densidade
ritmo
melodia
harmonia
técnicas: vocal, instrumental e
mista
gêneros: popular, folclórico e étnico
Música engajada
música popular
brasileira
música contemporânea
• ÁREA ARTES VISUAIS
SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PE IODOSŔ
5ª série
ponto
linha
textura
forma
superfície
volume
cor
luz
bidimensional
figurativa
geométrica, simetria
técnicas: pintura, escultura,
arquitetura....
gêneros: cenas da mitologia...
arte greco – romana
arte africana
arte or4iental
arte pré - histórica
6ª série
Ponto
linha
textura
forma
superfície
volume
cor
luz
proporção
tridimensional
figura e fundo
abstrata
perspectiva
técnicas: pintura, escultura,
modelagem, gravura ...
gêneros: paisagem, retrato,
natureza morta ...
arte indígena
arte popular brasileira
e paranaense
renascimento
barroco
7ª série
linha
textura
forma
superfície
volume
cor
luz
Semelhanças
contrastes
ritmo visual
estilização
deformação
técnicas: desenho, fotografia,
audiovisual e mista ...
indústria cultural
arte no séc. XX
arte contemporânea
linha bidimensional realismo
8ª série
textura
forma
superfície
volume
cor
luz
tridimensional
figura-fundo
ritmo visual
técnica: pintura, grafite,
performance ...
gêneros: paisagem urbana, cenas
do cotidiano ...
vanguardas
muralismo e arte latino
– americana
hip hop
• ÁREA TEATRO
SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PE IODOSŔ
5ª série
personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais e
faciais.
Ação
espaço
enredo, roteiro.
espaço cênico, adereços
técnicas: jogos teatrais, teatro
indireto e direto, improvisação,
manipulação, máscara ...
gênero: tragédia, comédia e circo.
greco-romana
teatro oriental
teatro medieval
renascimento
6ª série
personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais e
faciais.
Ação
espaço
representação, leitura dramática,
cenografia.
Técnicas: jogos teatrais, mímica,
improvisação, formas animadas ...
gêneros: rua e arena
caracterização.
comédia dell'arte
teatro popular
brasileiro e paranaense
teatro africano
7ª série
personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais e
faciais.
Ação
espaço
representação no cinema e mídias
texto dramático
maquiagem
sonoplastia
roteiro
técnicas: jogos teatrais, sombra,
adaptação cênica ...
indústria cultural
realismo
expressionismo
cinema novo
8ª série
personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais e
faciais.
Ação
espaço
técnicas: monólogo, jogos teatrais,
direção, ensaio, teatro-fórum ...
dramaturgia
cenografia
sonoplastia
teatro engajado
teatro do oprimido
teatro pobre
teatro do absurdo
vanguardas
iluminação
figurino
• ÁREA DANÇA
SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PE IODOSŔ
5ª série
movimento corporal
tempo
espaço
kinesfera
eixo
ponto de apoio
movimentos
articulares
fluxo ( livre e interrompido)
rápido e lento
formação
níveis (alto, médio e baixo)
deslocamento (direto e indireto)
dimensões (pequeno e grande)
técnica: improvisação
gênero: circular
pré-história
greco-romana
renascimento
dança clássica
6ª série
movimento corporal
tempo
espaço
ponto de apoio
rotação
coreografia
salto e queda
peso (leve e pesado)
fluxo (livre, interrompido e
conduzido)
lento, rápido e moderado
níveis (alto, médio e baixo)
formação
direção
gênero: folclórico, popular e étnico.
dança popular
brasileiras
paranaense
africana
indígena
7ª série
movimento corporal
tempo
espaço
giro
rolamento
saltos
aceleração e desaceleração
direções (frente, atrás, direita e
esquerda)
hip hop
musicais
expressionismo
indústria cultural
dança moderna
improvisação
coreografia
sonoplastia
gênero: indústria cultural e
espetáculo.
8ª série
movimento corporal
tempo
espaço
kinesfera
ponto de apoio
peso
fluxo
quedas
saltos
giros
rolamentos
extensão ( perto e longe)
coreografia
deslocamento
gênero: performance e moderna
vanguardas
dança moderna
dança contemporânea
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO
ÁREAS ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODO
Músicas
altura
duração
timbre
intensidade
densidade
ritmo
melodia
harmonia
modal
tonal
contemporânea
escalas
sonoplastia
estrutura
gêneros: erudita,
folclórica ...
técnicas: instrumental,
vocal, mista,
improvisação ...
arte greco-romana
arte oriental
arte africana
arte medieval
renascimento
rap
tecno
barroco
classicismo
romantismo
vanguardas
artísticas
arte engajada
música serial
música eletrônica
música minimalista
música popular
brasileira
arte popular
arte indígena
Artes Visuais
Ponto
linha
forma
textura
volume
cor
luz
figurativa
abstrata
figura-fundo
bidimensional
semelhanças
contrastes
ritmo visual
gêneros: paisagem,
retrato, natureza-
morta ...
técnicas: pintura,
gravura, escultura,
arquitetura, fotografia,
vídeo ...
arte pré-histórica
arte no antigo egito
arte greco-romana
arte pré-colombiana
arte oriental
arte africana
arte medieval
arte bizantina
arte romântica
arte gótica
renascimento
barroco
neoclassicismo
romantismo
fauvismo
Teatro
personagem
(expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais).
ação
espaço
representação
texto dramático
dramaturgia
roteiro
espaço cênico
sonoplastia
iluminação
cenografia
arte greco-romana
arte oriental
arte africana
arte medieval
renascimento
barroco
neoclassicismo
romantismo
realismo
expressionismo
vanguardas
artísticas
teatro dialético
teatro do oprimido
teatro pobre
teatro essencial
teatro do absurdo
arte engajada
arte popular
arte indígena
arte brasileiras
arte paranaense
indústria cultural
arte latino-americana
Dança
movimento corporal
tempo
espaço
eixo
dinâmica
aceleração
ponto de apoio
salto e queda
rotação
formação
deslocamento
sonoplastia
coreografia
gêneros: folclóricas, de
salão, étnica ...
Técnicas:
improvisação,
coreografia ...
arte pré-histórica
arte greco-romana
arte oriental
arte africana
arte medieval
renascimento
barroco
neoclassicismo
romantismo
expressionismo
vanguardas
artísticas
arte popular
arte indígena
arte brasileira
arte paranaense
dança circular
indústria cultural
dança clássica
dança moderna
dança contemporânea
hip hop
arte latino-americana
D) METODOLOGIA:
Segundo o pensamento proposto nas Diretrizes Curriculares, o objetivo de trabalho
metodológico é o conhecimento. Assim, na metodologia do ensino da Arte, deve-se destacar
três momentos de organização pedagógica:
1º Teorizar:
Fazer com que o aluno se fundamente num conhecimento historicamente
construído, possibilitando assim que esse perceba a se aproprie de um saber teorico de
qualidade, bem como desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artíticos.
2º Sentir e perceber:
Possibilitar aos alunos acesso e envolvimento as obras artísticas no âmbito dos
sentidos, objetos da natureza, cultura em uma dimensão estética.
No que cabe ao educador, deve-se auxiliar o educando e mediar nas interpretações,
indo além das aparências, chegando a totalidade da realidade humano social.
3º Trabalho artístico:
Estimular a prática criativa, o exercício com elementos que compõe uma obra de arte,
para que esse aluno perceba sensivelmente a elaboração de um trabalho artístico.
Conhecimento em arte é a materialização do conhecimento em arte com os conteúdos
estruturantes. Deve-se enfocar a origem cultural e o grupo social dos alunos, trabalhando em
suas aulas os conhecimentos produzidos na comunidade e as manifestações artísticas que
produzem significado de vida para estes alunos, tanto na produção como na fruição.
(Diretrizes Curriculares, 2006, p. 38)
Os recursos didáticos a serem utilizados no decorrer da disciplina de Arte serão textos
que fazem referencia aos assuntos da área de Artes, bem como , referências bibliográficas
complementares. As novas ferramentas também serão utilizadas para ilustrar melhor os
assuntos, como por exemplo os laboratórios de informática que auxiliarão no processo de
pesquisa.
Os educandos com necessidades educativas especiais serão acompanhados de acordo
com suas especificidades, conforme o art. 58 da lei nº 9394/96, e receberão atendimento
individualizado através da adoção de ações como: localização na sala próximo ao(a)
educador(a); formas diferenciadas de apresentação dos conteúdos; proposição de atividades
diferenciadas adequadas às suas características físicas e cognitivas e, se necessário, com
maior tempo para realização; contato constante com a equipe pedagógica e a
família/responsáveis objetivando um processo de aprendizagem que busque os resultados
destas ações e a superação de eventuais dificuldades.
E) AVALIAÇÃO:
A avaliação na disciplina de Arte é diagnóstica e processual. Diagnóstica por ser a
referência para o planejamento das aulas e na avaliação dos alunos, processual por pertencer
a todos os momentos da prática pedagógica.
Nesse processo de avaliação é importante desenvolver a auto-avaliação dos alunos,
é importante que os alunos do ensino médio tenham um capital cultural.
A avaliação será somatória, considerando o comportamento e o desenvolvimento do
aluno com relação às aulas, seu interesse pelas atividades desenvolvidas na escola e em sala,
procurando dessa maneira, avaliar e valorizar cada etapa de aprendizagem do educando.
Os educandos com necessidades educativas especiais serão avaliados também de
forma diferenciada, pois de acordo com suas especificidades, conforme o artigo citado
anteriormente, recebendo atendimento individualizado no processo de avaliação.
F) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AZEVEDO, F. de, A cultura brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São Paulo:
Melhoramentos, editora da USP, 1971.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.
BUORO, A. B.Olhos que pintam: a leitura da imagem e o ensino da arte. São Paulo:Educ,
Fapesp, Cortez, 2002.
COLL, César, TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte: Conteúdos essenciais para ensino
fundamental, Editora Ática, São Paulo, 2000.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM. Diretrizes Curriculares de Arte para o
Ensino Médio, versão preliminar. Curitiba: 2006
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM. Orientações curriculares - Semana
Pedagógica: Arte. Curitiba: 2006
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 1994.
BIOLOGIA
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Desde o homem primitivo já havia a preocupação com esse fenômeno devido a sua
contemplação da natureza, para entender, explicar e manipular os recursos naturais.
Na Antigüidade o homem tenta definir a origem desse fenômeno tendo como
principais estudiosos que contribuíram para o desenvolvimento da Biologia, Platão e
Aristóteles que buscavam explicações para a compreensão da natureza.
Na Idade Média (século V à XV) o Cristianismo teve uma forte influência e todo o
conhecimento era associado à Deus e oficializado pela Igreja Católica. Nessa época surgem as
primeiras universidades medievais que começavam a discutir o conhecimento de maneira
diferente da Igreja.
O período entre Idade Média e Idade Moderna (século XV e XVI) é marcado por
grandes mudanças como, ampliação do comércio, as navegações, circulação de dinheiro,
mudanças políticas e econômicas, que derrubam o poder da Igreja, surgindo então, as
revoluções industriais no século XVIII.
Nesse período há uma grande contribuição para a Biologia com Carl von Linné (1707-
1778), fundador do Sistema Moderno de Classificação dos Seres Vivos. A Biologia organizou-
se considerando a comparação das espécies, baseando-se na exploração empírica da natureza,
de forma descritiva, caracterizando o pensamento biológico descritivo.
Neste contexto, conceitua-se VIDA “como expressão da natureza idealizada pelo
sujeito racional” (RUSS, 1994).
Em meio às contradições deste período histórico, Francis Bacon contribui com uma
nova visão da Ciência através da investigação cooperativa. Propõe substituir o misticismo pelo
método indutivo baseado na observação. Surge o pensamento biológico mecanicista.
Os princípios da origem da VIDA também são questionados. Surgem novas idéias
sobre biogênese com o físico italiano Francisco Redi. A invenção e o aperfeiçoamento do
microscópio trazem grandes contribuições para a Biologia.
Com as grandes transformações sociais, políticas e econômicas, já no início do século
XIX surgem evidências da evolução dos seres vivos, com os trabalhos apresentados por
Charles Darwin.
Darwin cria a base da Teoria da Evolução das Espécies onde o principal agente de
modificação é a ação da seleção natural. Ele foi o primeiro a utilizar o método hipotético-
dedutivo, ou seja, se o que foi levantado como hipótese conforma-se com as evidências
experimentais.
A teoria de Darwin só foi compreendida quando surgiram as leis da hereditariedade
propostas por Gregor Mendel, que, baseando-se em conhecimentos já desenvolvidos por
outros, realizou diversos cruzamentos entre ervilhas para observar como as características
eram transmitidas.
No século XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel,
marcando a influência do pensamento biológico evolutivo. Nesta época, a Genética
desenvolve-se como Ciência. A Biologia começou a ser vista como utilitária na medicina, na
agricultura e outras áreas.
Neste contexto de mudanças, expõe-se a crise da Ciência e a necessidade de rever o
método de construção do conhecimento científico.
Em meados dos anos 70, do século XX, busca-se entender como a Ciência progride e
como ocorre o trabalho de pesquisa dentro das instituições, expondo a fragilidade do
empirismo.
Com o desenvolvimento da genética molecular e a inovação biotecnológica, o
pensamento biológico sofre mudanças que geram conflitos e põe em discussão o fenômeno
VIDA. Surge o pensamento biológico da manipulação genética que visa ao homem
compreender a estrutura dos seres vivos. Para a Ciência houve momentos de crise,
revoluções, de mudanças, por explicações sobre o fenômeno VIDA.
Sendo assim, devemos, ao ensinar Biologia, adequar esses conhecimentos ao sistema
de ensino nos currículos escolares, como, criação de Cursos de Ciências Naturais, com ênfase
ao conteúdo dos livros (anos 30), ilustrações para as aulas teóricas com incorporação de
conteúdos científicos (anos 50), importância ao método científico com os Centros de Ciências
para treinar professores, produzir textos didáticos e materiais de laboratório (anos 60). Com o
impacto da revolução científica (anos 70) surgem as questões ambientais. Os conteúdos de
Biologia eram aprendidos com base na observação e explicados por raciocínios lógicos (anos
80).
Nos anos 90, surge um outro campo de pesquisa, o da Mudança Conceitual. O ensino
sofre a influência do pensamento construtivista. Surgem os PCNs que enfatizam competências
e habilidades, em detrimento de uma abordagem profunda dos conteúdos, apresentando
propostas inovadoras, porém sem a abordagem histórica permitindo assuntos que não
contemplam conhecimentos construídos para a Biologia.
Entretanto, as mudanças ocorridas no país e no Estado do Paraná apontaram novas
perspectivas para a Educação Básica. Estabeleceu-se, assim, a construção das Diretrizes
Curriculares considerando-se a concepção histórica da Ciência articulada com os princípios
da Filosofia da Ciência.
O estudante do ensino médio por apresentar uma maior maturidade, os objetivos
educacionais devem ser propositivos, tanto na abordagem das informações e conceitos,
quanto aos procedimentos, as atitudes e aos valores envolvidos. Nessa etapa, o estudante está
mais integrado à vida da comunidade com maior capacidade de compreender e ter
consciência de suas responsabilidades e direitos. A inserção da Biologia na área de
Matemática, Ciências da Natureza e suas tecnologias sinaliza para além do conhecimento
científico disciplinar, ou seja, busca-se uma integração dos diferentes saberes que constituem
as disciplinas – Matemática, Física, Química e Biologia – de modo a propiciar o estudante
desenvolver habilidades que sirvam para o exercício de intervenções e julgamentos.
De acordo com as Diretrizes Nacionais do Ensino Médio, “A concepção da preparação
para o trabalho que fundamenta o Artigo 35 da LDB aponta para a superação da dualidade do
ensino médio: essa preparação será básica, ou seja, aquela que deve ser base para a formação
de todos e para todos os tipos de trabalho. A lei sinaliza assim que, mesmo a preparação para
prosseguimento de estudos terá como conteúdo não o acúmulo de informações mas a
continuação do desenvolvimento da capacidade de aprender e a compreensão do mundo
físico, social e cultural”.
+-Há de se destacar que, nas sociedades modernas todos os indivíduos, independente
de suas origens e escolhas profissionais, devem ter oportunidades na escola de serem
preparados para a escolha profissional e para o exercício de cidadania.
Nesse sentido, consideramos que a disciplina Biologia em suas diferentes
especialidades e relacionadas às diferentes habilidades, contribui juntamente com as demais,
no desenvolvimento dos conteúdos, na preparação para o trabalho e para o exercício de
cidadania, quando assegura uma formação geral do estudante no ensino médio. O trabalho é
um importante contexto para desenvolver conteúdos de Biologia, como por exemplo, a
produção de serviços de saúde, especialmente, aqueles relacionados às ocupações nessa área.
Ainda, os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos oriundos das ciências
da natureza, podem ser facilmente entendidos de forma significativa se contextualizados no
trabalho. É fundamental que o estudante do ensino médio, tenha oportunidades de conhecer
as diferentes profissões relacionadas às tecnologias que envolvem questões da Biologia. Como
exemplo, biofábricas implantadas no Brasil, empregam profissionais que desenvolvem
técnicas para o controle de alguns tipos de pragas em fruticulturas.
Objetivos da Área
Representação e Comunicação
- Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos, observados
em microscópio ou a olho nu.
- Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia. Apresentar suposições e
hipóteses acerca dos fenômenos biológicos estudo.
- Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológico apreendido, através de
textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc.
- Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura
de texto e imagem, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao tema biológico em
estudo.
• Expressar dúvidas, idéias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos.
Investigação e Compreensão
- Relacionar fenômenos, fatos, processos e idéias em Biologia, elaborando conceitos,
identificando regularidades e diferenças, construindo generalizações.
- Utilizar critérios científicos para realizar classificações de animais, vegetais etc.
- Relacionar os diversos conteúdos conceituais de biologia (lógica interna) na
compreensão de fenômenos.
- Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou processo biológico.
- Selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para a resolução de
problemas, fazendo uso, quando for o caso, de tratamento estatístico na análise de dados
coletados.
- Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas apresentados,
utilizando elementos da Biologia.
- Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de aprendizado
(existencial ou escolar).
- Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de fatos ou
processos biológicos (lógica externa)
Percepção sociocultural e histórica
- Reconhecer a Biologia como um fazer humano, e portanto, histórico, fruto da
conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos
- Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos do
senso comum relacionados a aspectos biológicos.
CONTEÚDOS
Os conteúdos apontam como a Biologia se constituiu como conhecimento, e como ela
tem influenciado na construção de uma concepção de mundo contribuindo para que se
possam compreender as implicações sociais, políticas, econômicas e ambientais que envolvem
a apropriação deste conhecimento biológico pela sociedade.
A disciplina de Biologia é capaz de relacionar diversos conhecimentos específicos
entre si e com outras áreas do conhecimento e deve priorizar o desenvolvimento de conceitos
cientificamente produzidos e propiciar reflexão constante sobre as mudanças de tais
conceitos.
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada série da
etapa final do ensino fundamental e para o ensino médio, considerados imprescindíveis para a
formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplina da Educação Básica. O acesso a
esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e o
trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
1o Ano
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Implicações dos avanços
biológicos no fenômeno vida
1o Ano
Bioquimica
Citologia;
Histologia;
2o Ano
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
2o Ano
Classificação dos Seres Vivos; critérios
taxonômicos e filogenéticos; Sistema Biológicos: anatomia, vírus; morfologia, fisiologia; Mecanismo de desenvolvimento embriológico.
3o ANO
Organização dos seres vivos
Mecanismos biológicos
Biodiversidade
3o ANO
Genética
Evolução
Ecologia
Educação Ambiental
Diante da grave situação de degradação do meio ambiente em que o mundo se
encontra, é necessária a conscientização do ser humano quanto a preservação contínua do
Planeta Terra.
A escola é o espaço ideal para se desenvolver tais atividades conscientizando o
cidadão a cuidar do mundo em que vive, preservando a natureza, evitando maiores
catástrofes. É urgente o controle da poluição do meio ambiente, o incentivo à reciclagem, bem
como uso racional da água.
Cultura Afro-Brasileira
A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e
afirmação de direito, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente apoiada
com a promulgação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9394/1996, estabelecendo a
obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas, assegurando o
direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como garante igual direito às
histórias e culturas que compõem a nação brasileira, além do direito de acesso às diferentes
fontes da cultura nacional a todos os brasileiros. Portanto a escola estará trabalhando na
valorização da história e cultura dos afro-brasileiros, assim comprometida com a relação de
relações étnico-raciais.
A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira e
africana não se restringe à população negra, ao contrário, dizem respeito a todos os
brasileiros uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma
sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática.
Educação do Campo
Os povos do campo durante muito tempo foram marginalizados, vistos como
sinônimos de atraso, ridicularizados pelo seu modo de vida e costumes. Os alunos das escolas
públicas recebem educação urbana, não sendo valorizados os conhecimentos, hábitos e
cultura do campo.
Visando à mudança dessa concepção, as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná
orientam a contemplação da Educação do Campo em todas as disciplinas nas escolas públicas.
Portanto, a cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos povos do
campo serão tomados como referência para o trabalho pedagógico nas escolas públicas
estaduais. Dever-se-ão levar em consideração as identidades sociais e políticas dos povos do
campo, fazendo com que os alunos vindos dessas localidades não se sintam excluídos, vendo
que é possível continuar no campo com qualidade de vida, tendo seus direitos assegurados
através de políticas sociais voltadas para o campo.
FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS
A Ciência presente em cada momento da história sempre esteve sujeita às
interferências, determinações e transformações da sociedade, aos valores e ideologias, as
necessidades materiais do homem em cada momento histórico. Essas interferências
influenciam o processo de construção, reafirmando, assim, o conceito VIDA como objeto de
estudo da Biologia.
A Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e atuantes, por
meio de conteúdos, que proporcionem o entendimento do objeto de estudo – o fenômeno VIDA
– em toda sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos, no
funcionamento dos mecanismos biológicos, do estudo da biodiversidade no âmbito dos
processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas, e das
implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA.
A observação é considerada um procedimento de investigação que consiste na
atenção sistemática de um fato natural. O ato de observar no contexto do ensino de Biologia
extrapola o olhar descomprometido ou o simples registro, pois ele inclui a identificação de
varáveis relevantes, a medidas adequadas, o uso de instrumentais garantindo uma certa
objetividade.
O método experimental continua sendo o responsável pelos avanços da pesquisa no
campo da Biologia, por exemplo, organismos geneticamente modificados, células-tronco,
farmacogenéticos e mecanismos de prevenção ambiental. No ensino, o que se tem que
discutir é a rigorosidade metódica para o avanço da Ciência e as implicações deste avanço,
mostrando as conseqüências para a vida humana, para a saúde do homem, para os impactos
ambientais.
Considerando o ensino como instrumento de transformação, para melhor
compreender a realidade, a aula experimental é um espaço de organização, discussão e
reflexão, a partir de modelos que reproduzem o real. A Biologia abarca um universo
conceitual que fundamenta-se na concepção evolutiva, entendendo os seres vivos além da
classificação e do funcionamento de suas estruturas. Envolvem as relações ecológicas, as
transformações evolutivas e a variabilidade genética e podem ser estudadas a partir de
modelos que procuram interpretar o real, nas aulas experimentais. A experimentação tem a
finalidade de privilegiar a construção do conhecimento teórico, com base na exposição
dialogada.
Os conhecimentos biológicos devem ser entendidos como produto histórico
indispensável à compreensão da prática social, pois revelam a realidade de forma crítica e
possibilitam a atuação dos sujeitos no processo de transformação dessa realidade.
Como proposta metodológica para o ensino de Biologia, propõe-se a utilização do
método da prática social que parte da pedagogia histórico-crítica centrada na valorização e
socialização dos conhecimentos da Biologia.
Os conhecimentos biológicos possibilitam acesso a cultura científica, socialmente
valorizada, tendo como objetivo a formação do sujeito crítico e reflexivo, rompendo com
concepções pedagógicas anteriores.
Para o ensino dos conteúdos de Biologia são utilizadas as seguintes estratégias
metodológicas:
PRÁTICA SOCIAL: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde o objetivo é
perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de uma visão
sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado;
PROBLEMATIZAÇÃO: é o momento para detectar e apontar as questões que
precisam ser resolvidas na prática social e, em conseqüência, estabelecer que conhecimentos
são necessários para a resolução destas questões;
INSTRUMENTALIZAÇÃO: apresentar os conteúdos sistematizados para que os
alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e profissional, que
os alunos apropriem-se das ferramentas culturais necessárias para superar a condição de
exploração em que vivem;
CATARSE: é a fase de aproximação entre o que o aluno adquiriu de conhecimento e o
problema em questão. O aluno passa ao entendimento e elaboração de novas estruturas de
conhecimento, ou seja, passa da ação para a conscientização;
RETORNO À PRÁTICA SOCIAL: caracteriza-se pelo retorno à prática social, com o
saber concreto e pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a
construção de uma sociedade mais igualitária.
Para o desenvolvimento dos conteúdos propõe-se:
Observação e descrição dos seres vivos;
Comparar estruturas anatômicas e comportamentais dos seres;
Refletir sobre os avanços biológicos para o desenvolvimento da sociedade;
Observação de fenômenos desconhecidos e conhecidos, procurando descobrir sua
forma de ação;
Realização de experimentos em laboratório, visando a interpretação da realidade,
levando o aluno à reflexão sobre a teoria e a prática;
Recolhimento de dados visando comprovação de hipóteses levantadas;
Realização de atividades em grupo;
Realização de debates onde dois ou mais pontos de vista sejam discutidos e tenham
seus pontos positivos e negativos expostos e analisados;
Comentários sobre notícias de jornais, revistas e tele-jornais;
Elaboração de trabalhos e apresentações feitos pelos alunos;
Participação dos alunos em Feira de Ciências, exposições, visitas, pesquisa de campo,
etc.
Exposição do tema levando o aluno a refletir sobre suas concepções e, com isso,
desencadear perguntas relacionadas ao assunto abordado;
Análise de textos sobre situações cotidianas e atuais;
Jogos didáticos.
Utilização de vídeos, livros, revistas, transparências, instrumentos de laboratório e
outros materiais audio-visuais.
PRATICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO
A avaliação dar-se-á durante o processo de ensino-aprendizagem, a qual deve
informar ao professor o que foi aprendido pelo aluno e, informar ao aluno, quais são seus
avanços, dificuldades e possibilidades.
A avaliação deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos alunos com
relação à aprendizagem, não só de conceitos, mas também de procedimentos e atitudes. Por
isso, serão utilizados diversos instrumentos e situações para poder avaliar diferentes
aprendizagens.
A avaliação será constante, contínua, diagnóstica. Para isto serão utilizados testes
escritos , pesquisas, trabalhos, participação em sala de aula e no laboratório, relatórios,
exercícios, exposições, feira de Ciências, aulas práticas, debates, entrevistas e também auto-
avaliação.
Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de avaliação
diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no máximo 4,0 (quatro) e
de no mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de
avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos, (de acordo com o PPP da Escola).
O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos nos
instrumentos de avaliação ofertados.
Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a
Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.
A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando apresentou
aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de instrumentos de avaliação o
educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do conteúdo no
qual seu aproveitamento foi considerado insuficiente.
Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação obtido
pelo educando.
Os/As alunos(as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não com
prejuízo dos conteúdos, mas com menos questões a respeito do assunto ou com tempo maior
para resolução das atividades ou produção de textos e com explicações extras para cada
questão ou atividade.
Instrumentos de avaliação:
• resolução de questionamentos escritos e orais;
• produção ou análise de desenhos, tabelas, gráficos e outras formas de
expressão e representação;
• realização de atividades na sala de aula, no laboratório de ciências, na
biblioteca, em saídas de campo e em domicílio;
• pesquisa, produção e apresentação de seminários;
• pesquisa e produção de relatórios de pesquisa;
• participação em palestras, atividades e culturais;
• participação, comprometimento e atitude em sala de aula;
• outros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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possíveis. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
AMABIS E MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna, Editora Moderna, 1ª
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APPLE, M. W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006;
ARAÚJO, I. L. Introdução à filosofia da ciência. Curitiba: UFPR, 2002;
BASTOS, F. História da Ciência e pesquisa em ensino de Ciências. In: NARDI, R.
Questões atuais no ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras, 1998.
BIZZO, N. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília,
MEC,2004;
CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. São Paulo: Editora Moderna, 2004;
GADOTTI, M. História das Idéias pedagógicas. São Paulo: Ática, 2004;
GOVERNO DO ESTADO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-DEM. Diretrizes
Curriculares Estaduais da Disciplina de Biologia. Curitiba: [?], 2008.
KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, 1980.
LOSSE, J. Introdução histórica à filosofia da ciência. Belo Horizonte: Itatiaia,
2000.
NARDI, R. Questões atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras, 2002.
PAULINO, Vilson Roberto. Biologia, Edição Completa. Ática, 2004.
RUSS, J. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Scipione, 1994.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas:
Autores Associados, 1997.
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ: Departamento do Ensino
Médio. Reestruturação do Ensino de 2º grau. Proposta de Conteúdos do Ensino de 2º grau
– Biologia. Curitiba, 1993.
Ciências
1 – Apresentação da disciplina
A história da Ciência liga-se não somente ao conhecimento científico, mais as
formas de como este é produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições
que as apoiam (KNELLER, 1980).
Buscamos então, através da análise do passado da ciência, interpretar e
compreender a Natureza, que vem a ser o “motivo” de estudo desta disciplina, para identificar
as diferentes formas de pensar sobre esta nos diversos períodos da história.
Por ser ampla a história da ciência, é a através da reflexão sobre o
desenvolvimento, a articulação e a estruturação do conhecimento científico, que se visa o seu
desenvolvimento.
Assim, diferentes epistemólogos contribuíram com as reflexões que estão voltadas
à produção deste conhecimento científico apontando caminhos para a compreensão de que,
na ciência, rompe-se com modelos científicos anteriormente aceitos como explicações para
determinados fenômenos da natureza. Sendo o conhecimento científico, de certa forma
definido como descontínuo, já que é através desta que foram superados e substituídos alguns
modelos.
Dentro deste desenvolvimento para o conhecimento científico, destacam-se o
estado pré-científico, definido como a busca da superação das explicações míticas, com base
em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além
de intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do século
XVIII, estes registros buscam a superação dos modelos explicativos que eram produzidos pela
influência do pensamento mítico e teológico, através dos quais o ser humano se preocupava
com a divindade dos acontecimentos e não com as causas desses fenômenos.
Outra possibilidade de explicação do mundo ocorreu a partir da proposição de
modelos científicos que valorizavam a observação das regularidades dos fenômenos da
Natureza para compreendê-los por meio da razão, em contraposição à simples crença.
Entretanto, esses modelos encontravam-se disseminados em meio a crenças essenciais da
magia e a Natureza era entendida sob o ponto de vista animista, segundo a qual a alma regula
todos os fenômenos da vida.
Afastando assim, através das observações realizadas sobre os fenômenos o ser
humano dos “mitos”, possibilitando a contraposição frente ao que se admitia como verdade
“pura”.
O estado científico, no qual um único método científico é constituído para a
compreensão da Natureza. Isto não significa que no período pré-científico os naturalistas não
se utilizavam de métodos para a investigação da Natureza, porém, tal investigação reduzia-se
ao uso de instrumentos e técnicas isolados.
O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por
procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, “transformando” sínteses
em leis ou teorias. Conseguindo produzir um conhecimento (científico) a respeito de um
determinado recorte da realidade, o que rompe com a forma de construção e divulgação do
conhecimento feita no período pré-científico. Passando o mundo a ser entendido como
mutável e o Universo como infinito.
A partir da aceleração da produção científica e da necessidade de sua divulgação,
configura-se a origem do estado do novo espírito científico, um período no qual os valores
absolutos da mecânica clássica a respeito do espaço, do tempo e da massa, perderam o
caráter de verdade absoluta, revolucionando as ciências físicas e, por consequência, as
demais ciências da natureza.
Assim, a disciplina de Ciências busca através do seu estudo a aquisição de um
conhecimento científico que se origina de uma investigação frente à Natureza, esta, que seria
composta por um conjunto de elementos ligados que formam o Universo em todos os seus
aspectos mais complexos.
Assim, como citado no DCE (p.40) “ao ser humano cabe interpretar racionalmente
os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos
fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida”,
visando à construção deste conhecimento.
A Ciência busca assim, a elaboração e a divulgação do conhecimento, na medida
em que relacionam os seres humanos aos demais seres vivos, em que demonstra a ativa
interferência do homem sobre a Natureza visando compreendê-la e se apropriar dos recursos
por ela produzidos, sendo a observação para a compreensão dos fenômenos decorrentes, a
principal maneira de propiciar ao ser humano a construção da cultura científica.
Considerada como uma atividade complexa (DCE, p.41) “a ciência não revela a
verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir da aplicabilidade de método(s)
científico(s)”, que visa considerá-la como um processo de construção coletiva, frente aos
diversos contextos históricos.
As ciências e as demais disciplinas constituem-se modeladores explicativos em
contextos sociais e culturais, devendo assim em conjunto garantir a compreensão do todo
para a construção de uma visão de mundo em toda sua complexidade.
Na natureza terrestre, como em todo o Universo, ocorrem permanentemente
numerosas transformações, conhecidas como fenômenos. Os fenômenos podem ser químicos
ou físicos e biológicos, exercendo influência direta em nosso meio estimulando-nos a buscar
soluções.
Toda a ciência tem sempre um começo filosófico. Inicialmente suposições; depois
as tentativas de provar o que se supôs: é a investigação, a experimentação.
A disciplina de Ciências Naturais por sua riqueza de diversidade em conteúdos,
abordagem de temas atuais, desenvolvimento científico, problemas relativos ao meio
ambiente e saúde, tem a sua preocupação de enfatizar conteúdos socialmente relevantes e
processos de discussão coletiva de temas e problemas de significado e importância reais e que
favoreçam aos estudantes o acesso ao conhecimento científico, “... levando em consideração
que, para tal formação conceitual, há necessidade de se valorizar as concepções alternativas
dos estudantes...”, conforme consta na abordagem metodológica dos Conteúdos Básicos de
Ciências.
O processo de formação de conceitos científicos pelo estudante está relacionado à
mediação do professor através do resgate das concepções alternativas dos estudantes e
possibilitando diversas reações, objetivando segundo as Diretrizes Curriculares para a
Educação Básica (2009: 61-62).
“Uma superação do que o estudante já possui de conhecimentos alternativos,
rompendo com obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições,
interdisciplinares e contextuais, de saber utilizar uma linguagem que permita
comunicar-se com o outro e que possa fazer da aprendizagem dos conceitos
científicos algo significativo em seu cotidiano”. “Propõe-se formar sujeitos que
construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto
social e histórico de que são frutos e que pelo acesso ao conhecimento sejam
capazes de uma inserção cidadã e transformadora da sociedade”.
A disciplina de Ciências Naturais tem caráter interdisciplinar e de contextualização
sócio-histórica, trazendo em seus conteúdos diversas áreas do conhecimento, tais como:
Astronomia, Geologia, Matemática, Física, Química e Biologia, considerando que esses
conhecimentos permeiam os conteúdos estruturantes da Disciplina, e que são abordados de
maneira integrada, visando superar uma visão fragmentada dos conceitos.
Sua essência é o reconhecimento do ambiente nas suas interações e
transformações e o seu objetivo maior é possibilitar aos estudantes uma “sociedade mais justa
e com oportunidade iguais para todos”.
2 – Conteúdos Estruturantes e Conteúdos Básicos
Os Conteúdos Estruturantes irão indicar o caminho que será seguido para que o
estudo de Ciências alcance seus objetivos, são uma forma ampla do trabalho de todos os anos
do ensino fundamental, o seu desdobramento será realizado a partir dos Conteúdos Básicos,
para cada série/ano os quais deverão ser ainda mais detalhados a partir dos Conteúdos
Específicos, estes que serão programados no decorrer do ano respeitando a individualidade
de cada série e a escolha do educador.
Os Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos encontram-se organizados por
série/ano, para o seu melhor aproveitamento, de acordo com as Diretrizes Curriculares da
Educação Básica – Ciências:
Conteúdos Estruturantes:
• Astronomia;
• Matéria;
• Sistemas Biológicos;
• Energia;
• Biodiversidade;
Conteúdos Básicos:
5ª SÉRIE/6º ANO:
Universo;
Sistema Solar;
Movimentos Terrestres;
Movimentos Celestes;
Constituição da Matéria;
Níveis de Organização Celular;
Formas de Energia;
Conversão de Energia;
Transmissão de Energia;
Organização dos Seres Vivos;
Ecossistema;
Evolução dos Seres Vivos;
6ª SÉRIE/7º ANO:
Astros;
Movimentos Terrestres;
Movimentos Celestes;
Constituição da Matéria;
Célula;
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos;
Formas de Energia;
Transmissão de Energia;
Origem da Vida;
Organização dos Seres Vivos;
Sistemática;
7ª SÉRIE/8º ANO:
Origem e Evolução do Universo;
Constituição da Matéria;
Célula;
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos;
Formas de Energia;
Evolução dos Seres Vivos;
8ª SÉRIE/9º ANO:
Astros;
Gravitação Universal;
Propriedades da Matéria;
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos;
Mecanismos de Herança Hereditária;
Formas de Energia;
Conservação de Energia;
Interações Ecológicas;
Os temas Educação Ambiental, História e Cultura Afro-brasileira, Educação do Campo
e Diversidade de Gênero devem ser abordados juntamente com os conteúdos estruturantes
fazendo parte integrante do mesmo.
Educação Ambiental
Diante da grave situação de degradação do meio ambiente em que o mundo se
encontra, é necessária a conscientização do ser humano quanto a preservação contínua do
Planeta Terra.
A escola é o espaço ideal para se desenvolver tais atividades conscientizando o
cidadão a cuidar do mundo em que vive, preservando a natureza, evitando maiores
catástrofes. É urgente o controle da poluição do meio ambiente, o incentivo à reciclagem, bem
como uso racional da água.
Cultura Afro-Brasileira
A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e
afirmação de direito, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente apoiada
com a promulgação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9394/1996, estabelecendo a
obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas, assegurando o
direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como garante igual direito às
histórias e culturas que compõem a nação brasileira, além do direito de acesso às diferentes
fontes da cultura nacional a todos os brasileiros. Portanto a escola estará trabalhando na
valorização da história e cultura dos afro-brasileiros, assim comprometida com a relação de
relações étnico-raciais.
A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira e
africana não se restringe à população negra, ao contrário, dizem respeito a todos os
brasileiros uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma
sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática.
Educação do Campo
Os povos do campo durante muito tempo foram marginalizados, vistos como
sinônimos de atraso, ridicularizados pelo seu modo de vida e costumes. Os alunos das escolas
públicas recebem educação urbana, não sendo valorizados os conhecimentos, hábitos e
cultura do campo.
Visando à mudança dessa concepção, as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná
orientam a contemplação da Educação do Campo em todas as disciplinas nas escolas públicas.
Portanto, a cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos povos
do campo serão tomados como referência para o trabalho pedagógico nas escolas públicas
estaduais. Dever-se-ão levar em consideração as identidades sociais e políticas dos povos do
campo, fazendo com que os alunos vindos dessas localidades não se sintam excluídos, vendo
que é possível continuar no campo com qualidade de vida, tendo seus direitos assegurados
através de políticas sociais voltadas para o campo.
O tema diversidade de gênero também deverá ser abordado durante o ano letivo,
pois sendo um tema atual e polêmico é de extrema importância que os alunos adquiram
conhecimentos sobre o mesmo.
3 – Fundamentos metodológicos
A utilização de metodologias que englobam as relações conceituais,
interdisciplinares e de contexto, visa contribuir para a integração e a formação dos conceitos
científicos, buscando sempre, a formação do “conhecimento científico que resulta da
investigação da Natureza”.
Sendo assim, para ensinar ciências é imprescindível criar espaço para o aluno
discutir, pensar, argumentar e formular suas próprias explicações, buscando assim diferentes
maneiras para se desenvolver seus conceitos. É preciso estimular o interesse pela
investigação que lhe permita reconstruir suas idéias e ampliar sua compreensão de mundo.
“Ao assumir posicionamento contrário ao método único para toda e qualquer
investigação científica da Natureza, no ensino de Ciências se faz necessário
ampliar os encaminhamentos metodológicos para abordar os conteúdos escolares
de modo que os estudantes superem os obstáculos conceituais oriundos de sua
vivência cotidiana”. (DCE, p.55)
Devem-se valorizar as hipóteses e as perguntas dos alunos, suas conquistas e
mapear suas dificuldades, colaborar para o desenvolvimento da auto-estima e de atitudes de
respeito a si próprio e aos outros. Portanto o professor fará uso de diversas abordagens
metodológicas como, por exemplo: aulas expositivas, atividades em grupo, trabalhos de
pesquisa, leitura de reportagens, filmes, músicas, documentários, pesquisa na internet e
experimentos.
Em geral, na disciplina de Ciências a metodologia empregada se divide em método
tradicional e renovado.
Tradicional caracteriza-se por aulas expositivas. Permite transmitir suas ideias,
enfatizando o que considera importante e impregnado o ensino com o entusiasmo da matéria.
Renovada e antagônica à metodologia tradicional. Enquanto uma se preocupa em
transmitir conhecimentos existentes na mente do professor para a mente dos alunos, a outra
se preocupa em colocar os alunos diante de situações problemáticas que para serem
resolvidas, requerem o uso de todos os recursos mentais.
O enfoque básico de toda a transmissão dos conteúdos implica abordagens
históricas, filosóficas, éticas, morais e sociais.
Desta forma o aprendizado é proposto a propiciar aos alunos o desenvolvimento de
uma compreensão do mundo que lhes dê condições de continuarem colher e processar
informações, desenvolver sua comunicação, avaliar situações, tomar decisões, ter atuação
positiva e crítica em seu meio social.
Para que os estudantes possam atingir a superação dos obstáculos conceituais
oriundos de sua vivência cotidiana, a disciplina de Ciências é abordada através de um
pluralismo metodológico, adequando-se desta forma aos conceitos científicos que estão sendo
trabalhados.
Salientamos também que a escolha de recursos didáticos variados favorecerá a
formação de conceitos científicos, sendo necessário que estes recursos se tornem adequados
a cada conteúdo, respeitando a individualidade e a capacidade de cada turma na produção do
conhecimento.
4 – Práticas avaliativas e critérios gerais de avaliação
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos
científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve ser contínua e
cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Uma possibilidade de valorizar aspectos qualitativos no processo avaliativo seria
considerar o que Hoffmann (1991) conceitua como avaliação mediadora em oposição a um
processo classificatório, sentencioso, com base no modelo “transmitir-verificar-registrar”.
Assim, a avaliação como prática pedagógica que compõe a mediação didática realizada
pelo professor é entendida como “ação, movimento, provocação, na tentativa de reciprocidade
intelectual entre os elementos da ação educativa. Professor e aluno buscando coordenar seus
pontos de vista, trocando ideias, reorganizando-as” (HOFFMANN, 1991, p. 67).
A compreensão de um conceito científico escolar implica a aquisição de
significados claros, precisos, diferenciados e transferíveis (AUSUBEL, NOVAK e HANESIAN,
1980). Ao investigar se houve tal compreensão, o professor precisa utilizar instrumentos
compostos por questões e problemas novos, não-familiares, que exijam a máxima
transformação do conhecimento adquirido, isto é, que o estudante possa expressar em
diferentes contextos a sua compreensão do conhecimento construído.
O diagnóstico permite saber como os conceitos científicos estão sendo
compreendidos pelo estudante, corrigir os “erros” conceituais para a necessária retomada do
ensino dos conceitos ainda não apropriados, diversificando-se recursos e estratégias para que
ocorra a aprendizagem dos conceitos que envolvem:
• origem e evolução do universo;
• constituição e propriedades da matéria;
• sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos;
• conservação e transformação de energia;
• diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que vivem,
bem como os processos evolutivos envolvidos.
Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo
ensino-aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos
científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma aprendizagem realmente
significativa para sua vida.
Espera-se que o aluno através de vários métodos utilizados pelo professor como: aulas
expositivas, experiências, desenhos, pesquisas, TV pendrive, filmes e conhecimento prévio
entre outros meios, adquira os conhecimentos necessários a cada série em que está inserido.
São utilizados, bimestralmente, no mínimo 03 (três) instrumentos de avaliação
diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação é de no máximo 3,0 (três) e de no
mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de
avaliação deve totalizar 10,0 (dez) pontos.
O valor da avaliação bimestral do educando é a soma dos resultados obtidos nos
instrumentos de avaliação ofertados.
A recuperação deve ser oferecida a todos os alunos, não só para aqueles que
apresentaram aproveitamento insuficiente, totalizando 100% (sem por cento) dos estudos no
decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.
A Recuperação de Estudos aborda os conteúdos nos quais o educando apresentou
aproveitamento insuficiente e utiliza quantos e quais tipos de instrumentos de avaliação o
educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do conteúdo no
qual seu aproveitamento foi considerado insuficiente, utilizando um método diferente do já
aplicado, inclusive a retomada do conteúdo não aprendeu para que as dúvidas sejam sanadas
e a assimilação do conteúdo aconteça.
A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por meio de
problematizações envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, ou
mesmo a partir da utilização de jogos educativos, entre outras possibilidades, como o uso de
recursos instrucionais que representem como o estudante tem solucionado os problemas
propostos e as relações estabelecidas diante dessas problematizações. Dentre essas
possibilidades, a prova pode ser um excelente instrumento de investigação do aprendizado do
estudante e de diagnóstico dos conceitos científicos escolares ainda não compreendidos por
ele, além de indicar o quanto o nível de desenvolvimento potencial tornou-se um nível real
(VYGOTSKY, 1991b).
Para isso, as questões da prova precisam ser diversificadas e considerar outras
relações além daquelas trabalhadas em sala de aula.
Para efeito do registro escolar, é considerado o maior valor de avaliação obtido pelo
educando.
Poderão ser utilizados como instrumentos de avaliação:
projeto de pesquisa bibliográfica;
leitura compreensiva e/ou crítica de textos;
pesquisa e produção de textos, relatórios, desenhos (esquemas), tabelas, gráficos e outras
formas de expressão e representação;
resolução de questionamentos escritos (discursivos ou objetivos) e orais;
realização de atividades em sala de aula, laboratório das ciências, biblioteca, e domicílio;
pesquisa, produção e apresentação de seminários;
realização e participação em debates;
produção e utilização de recursos áudio-visuais;
participação em palestras, atividades culturais e esportivas;
avaliação diagnóstica;
Participação dos alunos em Feira de Ciências, exposições, visitas, pesquisa de campo, etc.
outros instrumentos de acordo com a especificidade da disciplina/conteúdo.
Alunos com necessidades educacionais especias deverão ser avaliados de acordos com
suas especificidades.
Os registros são realizados nos livros de Registro de Classe e no Sistema Estadual de
Registro Escolar.
A comunicação dos resultados é feita através de Boletim Escolar, entregue
bimestralmente aos educandos para que estes os encaminhem aos pais e responsáveis. A
escola, através da direção, equipe pedagógica e corpo docente, busca estabelecer contato os
pais ou responsáveis pelos educandos que tenham apresentado deficiências de aprendizagem,
para determinação e superação de eventuais problemas.
5 – Referências Bibliográficas
ANDERY, M. A. et. al. Para compreender a Ciência. 5ª Edição. Rio de Janeiro: Espaço e
Tempo, 1994;
BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson. Coleção Ciências. São Paulo: Ática, 2008.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM. Diretrizes Curriculares de Ciências para o
Ensino Fundamental. Curitiba: 2009
FERNANDES, J. A. B. Ensino de Ciências: a biologia na disciplina de Ciências. Revista
da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, São Paulo, v.1, n.0, ago. 2005.
HOFFMANN, J. M. L. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista.
Educação e Realidade, Porto Alegre, 1991.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991a.
BARROS FILHO, J.; SILVA, D. da. Algumas reflexões sobre a avaliação dos estudantes
no ensino de Ciências. Ciência & Ensino, n.9, p. 14-17, dez. 2000.
EDUCAÇÃO FÍSICA
Ensino Fundamental
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física foi vista como uma disciplina formadora de atletas, como meio de
preparar a juventude para a defesa da nação, fortalecer o trabalhador ou buscar novos
talentos esportivos que representassem a prática internacionalmente.
Essa visão fruto de decreto governamental de 1971, pretendia descobrir novos talentos
na escola para representar a pátria no exterior. Mas o modelo entrou em crise nos anos 80,
pois o Brasil não se tornou uma potência olímpica.
Hoje a Educação Física é mais do que moldar a estrutura física do aluno, ela deve
contribuir para a atividade intelectual e para a formação do cidadão.
A Educação Física deve propiciar uma aprendizagem que mobilize aspectos afetivos,
sociais, éticos e da sexualidade. O objetivo é que os alunos possam participar de atividades
corporais, respeitar o próximo, repudiar a violência, adotar hábitos saudáveis e ter espírito
crítico em relação a imposição de padrões de saúde, beleza e estética.
A disciplina de Educação Física tem a proposta de humanizar e diversificar a prática
pedagógica, buscando ampliar para o trabalho que incorpora as dimensões afetivas,
cognitivas e sócio-culturais dos alunos.
A história do ser humano é uma história de cultura na medida em que tudo o que faz é
parte de um contexto que produz e reproduz conhecimentos.
“O papel da Educação Física será o de transcender aquilo que se apresenta como
senso comum, desmistificando formas já arraigadas e equivocadas sobre o entendimento das
diversas práticas e manifestações corporais. Priorizando a construção do conhecimento
sistematizado como oportunidade ímpar, de reelaboração de idéias e práticas que, por meio
de ações pedagógicas, intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama de conhecimentos
produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida. Como exemplo destes
conhecimentos, pode-se apresentar a discussão sobre a diversidade cultural em termos
corporais, com o intuito de que os alunos possam respeitar as diferenças identificadas, bem
como se posicionarem frente a elas de modo autônomo, realizando opções, pautadas nos
conhecimentos relevantes apresentados pelo professor”. (Diretrizes Curriculares, 2006).
Dentro das aulas de Educação Física o tema mais observado é a expressão corporal,
que pode ser manifestada desde o caminhar até em saltos e rolamentos. Se expressando
corporalmente o aluno mostra o seu mundo, a sua ideia, a sua personalidade e o seu ponto de
vista. Nas aulas de Educação Física busca-se incentivar a expressividade corporal através de
danças, dos jogos e de atividades que façam o aluno expressar a sua emoção naquele
momento e na forma que o instante lhe permitir.
A dança das mais variadas formas faz com que o aluno aprenda a se movimentar no
ritmo correto, faz com que ele se descontraia por alguns minutos e exprima a sua emoção em
ouvir aquele som. Nos jogos também sentimos a necessidade da expressão do corpo, seja para
fazer a movimentação de um chute, ou para comemorar um gol ou um ponto convertido. As
atividades que envolvem a luta em forma de jogo são de fundamental importância dentro da
disciplina de forma social e também física.
Pensamos nos conteúdos de Educação Física de forma que esses sejam utilizados como
ferramentas, para a formação e desenvolvimento de um ser humano mais completo e
consciente, seja em âmbito social ou individual, articulando-os de forma que estes
proporcionem o aprimoramento das valências físicas e intelectuais não para a competição mas
para o dia a dia do educando.
A Educação Física escolar deve oportunizar a todos os educandos, o desenvolvimento
de suas potencialidades de forma democrática e não seletiva, visando a construção do
conhecimento construindo o saber escolar e desta forma colaborando para a formação da
escola como instituição.
OBJETIVOS GERAIS
Empregar atividades recreativas, visando as brincadeiras como expressões miméticas
privilegiadas na infância, momentos organizados nos quais o mundo tal qual as crianças o
compreendem, é relembrado, contestado, dramatizado, experienciado;
Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas
com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si
próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sociais e sexuais;
Realizar atividades que melhorem as suas qualidades físicas: velocidade, resistência,
flexibilidade, força, agilidade, coordenação e equilíbrio;
Repudiar qualquer espécie de violência, adotando atitudes de respeito mútuo,
dignidade e solidariedade nas práticas de cultura corporal de movimento;
Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de
higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os efeitos sobre a própria
saúde e de melhoria da saúde coletiva;
Participar de atividades de natureza relacional, reconhecendo e respeitando suas
características físicas e de desempenho motor, bem como a de seus colegas, sem discriminar
por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais; apropriar-se de processos de
aperfeiçoamento das capacidades físicas, das habilidades motoras próprias das situações-
problema que surjam no cotidiano;
Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática dos jogos,
lutas e dos esportes, buscando encaminhar os conflitos de forma não violenta, pelo diálogo e
prescindindo da figura do árbitro. Saber diferenciar os contextos amadores, recreativos,
escolares e o profissional, reconhecendo e evitando o caráter excessivamente competitivo em
quaisquer desses contextos;
Formar cidadão crítico e reflexivo.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia usada pelo professor no processo de ensino e aprendizagem deve
garantir a busca do desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a participação social e a
afirmação de valores e princípios democráticos.
Os conteúdos escolares deverão ser abordados em procedimentos de organização,
sistematização de informações, aperfeiçoamento, entre outros e abranger interesses que
venham de encontro às necessidades e expectativas da realidade escolar. Incluir o aluno no
processo de ensino e aprendizagem, considerando sua realidade social e pessoal, sua
percepção de si e do outro, suas dúvidas e necessidades de compreensão dessa mesma
realidade. A partir de inclusão, constitui-se um ambiente de aprendizagem significativa, que
faça sentido para o aluno, no qual ele tenha a possibilidade de trocar informações, estabelecer
questões e construir hipóteses e fundamentar saberes para respondê-las.
Trabalhar as práticas corporais no sentido que constituem um espaço de
desenvolvimento e formação de personalidade, na medida em que permitem ao aluno
experimentar e expressar diversas formas de ser e estar no mundo, contribuindo para a
construção de seu estilo pessoal de jogar, lutar, dançar e brincar.
Trabalhar a interdisciplinariedade, através de atividades na forma de gincanas, onde
todos os professores busquem os conteúdos mais importantes para serem usados, através de
provas recreativas que incentivem o interesse de aprender.
Sem duvidas que os desafios maiores da educação é a construção do saber e formação
de um ser humano capaz de analisar situações detectar problemas e acima de tudo soluciona-
los. Para que este desafio seja superado faz se necessário que o aprendizado ocorra e o êxito
metodológico seja alcançado. Para tanto o professor fará uso de várias práticas pedagógicas,
estimulando o educando ao aprendizado por descoberta orientada, experimentação e outras
metodologias de ensino que sejam pertinentes ou facilitem a compreensão do educando em
relação ao tema abordado.
Como ferramentas para a prática das atividades educacionais o professor conta com os
recursos e estrutura física e materiais disponibilizados pela escola bem como o auxilio de toda
a estrutura funcional do corpo docente e integrantes da equipe pedagógica escolar.
AVALIAÇÃO
A avaliação será de forma constante, durante todo o processo ensino e aprendizagem,
em função dos objetivos propostos, num processo contínuo, claro e sistemático. O aluno não
será avaliado por padrões técnicos, mas sim através do conhecimento de seus limites e
possibilidades. Será observado também o grau de independência para cuidar de si mesmo, ou
para organizar atividades, além da forma como respeita os seus colegas e o respeito por si
próprio.
Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de avaliação
diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no máximo 3,0 (três) e de
no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de
avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.
O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos nos
instrumentos de avaliação ofertados.
Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a
Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.
A Recuperação de Estudos se efetivará por meio de feedbaks dos conteúdos nos quais
o educando apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de
instrumentos de avaliação o educador julgar necessário (provas e trabalhos de pesquisa), de
acordo com as especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi
considerado insuficiente.
Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação obtido pelo
educando com deficiência de aprendizagem.
Instrumentos de avaliação:
participação em jogos, dramatizações, brincadeiras, danças etc;
realização de atividades na quadra, na sala de aula, no laboratório de ciências, na
biblioteca, em saídas de campo e em domicílio;
participação em palestras, atividades culturais e esportivas;
resolução de questionamentos escritos e orais;
pesquisa, produção e apresentação de seminários;
pesquisa e produção de relatórios de pesquisa;
participação, comprometimento e atitude em aula;
outros.
ENSINO FUNDAMENTAL
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esporte;
Jogos e brincadeiras;
Dança;
Ginástica;
Lutas.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esportes coletivos e individuais
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como:sua origem, sua evolução, seu
contexto atual.
Vivenciar atividades pré-desportivas estimulando o aprendizado dos fundamentos básicos
dos esportes e possíveis adaptações a regras.
AVALIAÇÃO
Espera-se que o aluno conheça dos esportes:
O surgimento de cada esporte, regras e seus fundamentos básicos;
Sua rtelação comjogos populares;
Seus movimentos basicos, ou seja, seus fundamentos.
Jogos e Brincadeiras populares, cantigas de roda, jogos de tabuleiro, jogos
cooperativos
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Abordar e discutir a origem histórica dos jogos, brinquedos e brincadeiras;
Possibilitar a vivencia e confecção de brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem
materiais alternativos;
Ensinar a disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro.
AVALIAÇÃO
Espera-se que o aluno seja capaz de conhecer o histórico em que foram criadas as
diferentes formas de jogar;
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de brinquedos
com materiais alternativos.
Danças folclóricas, danças de rua e danças criativas
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Pesquisar discutir a origem histórica das danças;
Contextualizar a dança;
Vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal eu ritmo.
AVALIAÇÃO
Espera-se que o educando conheça a origem e alguns significados (místicos, religiosos,
entre outros) das diferentes danças;
Que este crie e se adapte tanto as cantigas de rodas quanto de diferentes sequencias de
movimentos.
Ginásticarítimica, ginástica circense e ginástica geral
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Estudar a origem e história da ginástica e suas diferentes manifestações;
Aprender e vivenciar os movimentos básicos da ginástica;
Construição e expeimentação de materiais para a prática nas diferentes modalidades de
ginásticas;
Pesquisar a cultura do circo;
Estimular a consciência corporal.
AVALIAÇÃO
Conhecer os aspectos históricos da ginástica e das práticas corporais circenses;
Aprendizado dos fundamentos básicos da ginástica:
Saltar;
Equilibrar;
Rolar/Girar;
Trepar;
Balançar/Embalar;
Malabares.
Lutas de aproximação capoeira
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Pesquisar a origem histórica das lutas;
Vivenciar atividades que utilizem materiais alternativos relacionados a lutas;
Experimentar a vivência de jogos de oposição;
Apresentação e experimentação da música e sua relação com a luta;
Vivenciar movimentos característicos da luta como a ginga a esquiva e golpes mais
utilizados.
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esporte;
Jogos e brincadeiras;
Dança;
Ginástica;
Lutas.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esportes coletivos e individuais
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Estudar a origem dos diferentes esportes e mudanças ocorridas com os mesmos, no
decorrer da historia.
Aprender as regras e os elementos básicos dos esportes.
Vivência dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
Compreender, por meio de discussões que provoquem a reflexão, o sentido da competição
esportiva.
AVALIAÇÃO
Espera-se que o aluno possa conhecer a difsão e diferença de cada esporte, relacionando-
as com as mudanças do contexto histórico brasileiro;
Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes;
Conhecimento das noções básicas das regras das diferentes manifestações esportivas.
Jogos e Brincadeiras populares, cantigas de roda, jogos de tabuleiro, jogos
cooperativos
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Recorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brinquedos e brincadeiras;
Reflexão e discussão acerca da diferença entre brincadeira, jogo e esporte;
Construção coleticva dos jogos, brincadeiras e brinquedos;
estudar os jogos, as brincadeiras e swuas diferenças regionais.
AVALIAÇÃO
Conhecer a difusão dos jogos populares e tradicionais no contexto brasileiro;
Reconhecer as diferenças e as possíveis relações existentes entre os jogos, brincadeiras e
brinquedos;
Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos.
Danças folclóricas, danças de rua e danças criativas
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.
Experimentação de movimentos corporais rítmico/expressivos.
Criação e adaptação de coreografias.
Construção de instrumentos musicais.
AVALIAÇÃO
Conhecer a origem e o contexto em que se desenvolveram o Break, Frevo, Maracatu.
Criação e adaptação de coreografia rítmica e expressiva.
O lúdico a partir da construção de instrumentos musicais como, por exemplo, p ándeiro e
o chocalho.
Ginástica rítimica, ginástica circense e ginástica geral
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Estudar os aspectos históricos e culturais da ginástica rítmica e geral;
Aprender sobre as posturas e elementos ginásticos;
Pesquisar e aprofundar os conhecimentos acerca da cultura circense.
AVALIAÇÃO
Conhecer os aspectos históricos da ginástica ritmica (GR);
Aprendizado dos elementos da GR como:
Saltos;
Piruetas;
Equilíbrios.
Lutas de aproximação capoeira
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Pesquisar e analisar a origem das lutas de aproximação e da capoeira, assim como suas
mudanças no decorrer da história;
Vivenciar jogos adaptados no intuito de aprender alguns movimentos característicos da
luta, como : gonga, esquiva, golpes, rolamentos e quedas.
AVALIAÇÃO
Apropriação dos aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes
manifestações das lutas de aproximanção e da capoeira;
Conhecer a história do judô, karatê, taekwondo e alguns de seus movimentos básicos;
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais
alternativos e dos jogos de oposição.
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esporte;
Jogos e brincadeiras;
Dança;
Ginástica;
Lutas.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esportes coletivos e individuais
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte.
Estudar as diversas possibilidades do esporte enquanto uma atividade corporal, como:
lazer, esporte de rendimento, condicionamento físico, assim como os benefícios e os
malefícios do mesmo à saúde.
Analisar o contexto do Esporte e a interferência da mídia sobre o mesmo.
Vivência prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
AVALIAÇÃO
Entender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no tempo/espaço de lazer,
como esporte de rendimento ou como meio para melhorar a aptidão física e saúde.
Compreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes
esportes.
Reconhecer os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas.
Jogos e Brincadeiras populares, cantigas de roda, jogos de tabuleiro, jogos
cooperativos
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Recorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brinquedos e brincadeiras;
Organização de festyivais;
Elaboração de estratégias de jogo.
AVALIAÇÃO
Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos, adaptados ou
criados, sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro.
Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brincadeiras e
brinquedos.
Danças folclóricas, danças de rua e danças criativas
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.
Análise dos elementos e técnicas de dança.
Vivência e elaboração de Esquetes (que são pequenas seqüências
cômicas).
AVALIAÇÃO
Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento,
entre outros elementos que identificam as diferentes danças.
Ginásticarítimica, ginástica circense e ginástica geral
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica.
Vivência prática das postura e elementos ginásticos.
Estudar a origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes modalidades,
pensando suas mudanças ao longo dos anos.
Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica.
Vivência de movimentos acrobáticos.
AVALIAÇÃO
Montar pequenas composições coreográficas.
Manusear os diferentes elementos da GRcomo:
corda;
fita;
bola;
maças;
arco.
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir das atividades circenses
como acrobacias de solo e equilíbrios em grupo.
Lutas de aproximação capoeira
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Organização de Roda de capoeira
Vivenciar jogos de oposição no intuito de aprender movimentos direcionados à projeção e
imobilização.
AVALIAÇÃO
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de
lutas.
Aprofundar alguns elementos da capoeira procurando compreender a constituição, os ritos
e os significados da roda.
Conhecer as diferentes projeções e imobilizações das lutas.
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esporte;
Jogos e brincadeiras;
Dança;
Ginástica;
Lutas.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esportes coletivos e radicais
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Recorte histórico delimitando tempos e espaços.
Organização de festivais esportivos.
Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.
Pesquisar e estudar as regras oficiais e sistemas táticos.
Vivência prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
Elaboração de tabelas e súmulas de competições esportivas.
AVALIAÇÃO
Apropriação acerca das regras de arbitragem, preenchimento de súmulas e confecção de
diferentes tipos de tabelas.
Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se
desenvolveram.
Jogos e Brincadeiras populares, jogos dramáticos, jogos cooperativos
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Organização e criação de gincanas e RPG (Role-Playing Game, Jogo de Interpretação de
Personagem), compreendendo que é um jogo de estratégia e imaginação, em que os
alunos interpretam diferentes personagens, vivendo aventuras e superando desafios.
Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos.
AVALIAÇÃO
Reconhecer a importância da organização coletiva na elaboração de gincanas e R.P.G.
Diferenciar os jogos cooperativos e os jogos competitivos a partir dos seguintes elementos:
Visão do jogo;
Objetivo;
O outro;
Relação;
Resultado;
Conseqüência;
Motivação.
Danças criativas, danças circulares
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.
Organização de festivais de dança.
Elementos e técnicas constituintes da dança.
AVALIAÇÃO
Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e seu
contexto histórico.
Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre
outros elementos presentes no forró, vanerão e nas danças de origem africana.
Criar e vivenciar atividades de dança, nas quais sejam apresentadas as diferentes
criações coreográficas realizadas pelos alunos.
Ginásticarítimicae ginástica geral
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Estudar a origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física.
Construção de coreografias.
Pesquisar sobre a Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e acrobacias).
Análise sobre o modismo relacionado a ginástica.
Vivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas.
Analisar a interferência de recursos ergogênicos (doping).
AVALIAÇÃO
Conhecer e vivenciar as técnicas da ginásticas ocidentais e orientais.
Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos presentes no
circo, assim como, a influência da ginástica na busca pelo corpo perfeito.
Lutas com instrumento mediador capoeira
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Pesquisar a origem e os aspectos históricos das lutas.
AVALIAÇÃO
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de
lutas.
ENSINO MÉDIO
- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esporte
Jogos e brincadeiras
Dança
Ginástica
Lutas
- CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte (coletivos ou individuais e radicais);
Jogos (de tabuleiro, cooperativos e dramáticos);
Dança (folclóricas, de salão e de rua);
Ginástica (artística, olímpica e de condicionamento físico);
Lutas. (de aproximação, de manter a distância e capoeira)
Esporte (coletivos ou individuais e radicais);
- ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Recorte histórico delimitando tempos e espaços.
Analisar a possível relação entre o Esporte de rendimento X qualidade de vida.
Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.
Estudar as regras oficiais e sistemas táticos.
Organização de campeonatos, torneios, elaboração de Súmulas e montagem de tabelas, de
acordo com os sistemas diferenciados de disputa (eliminatória simples, dupla, entre
outros).
Análise de jogos esportivos e confecção de Scalt.
Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular X conhecimento científico sobre o
fenômeno Esporte.
Discutir e analisar o Esporte nos seus diferenciados aspectos:
• enquanto meio de Lazer.
• sua função social.
• sua relação com a mídia.
• relação com a ciência.
• doping e recursos ergogênicos e esporte alto rendimento.
• nutrição, saúde e prática esportiva.
Analisar a apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.
AVALIAÇÃO
Organizar e Vlven Clar atividades esportivas, trabalhando com construção de tabelas,
arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento.
Apropriação acerca das diferenças entre esporte da escola, o esporte de rendimento e a
relação entre esporte e lazer.
Compreender a função social do esporte.
Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte.
Compreender as questões sobre o doping, recursos ergogênicos utilizados e questões
relacionadas a nutrição.
Jogos (de tabuleiro, cooperativos e dramáticos);
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Analisar a apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural.
Organização de eventos.
Analisar os jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de
lazer.
Recorte histórico delimitando tempo e espaço.
AVALIAÇÃO
Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando alternativas de
superação.
Organizar atividades e dinâmicas de grupos que possibilitem aproximação e considerem
individualidades
Dança (folclóricas, de salão e de rua);
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Possibilitar o estudo sobre a Dança relacionada a expressão corporal e a diversidade de
culturas.
Analisar e vivenciar atividades que representem a diversidade da dança e seus
diferenciados ritmos.
Compreender a dança como mais uma possibilidade de dramatização e expressão
corporal.
Estimular a interpretação e criação coreográfica.
Provocar a reflexão acerca da apropriação da Dança pela Indústria Cultural.
Organização de Festival de Dança.
AVALIAÇÃO
Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre
outros
Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais, por meio
da dança.
Discutir e argumentar sobre apropriação das danças pela indústria cultural.
Criação e apresentação de coreografias.
Ginástica (artística, olímpica e de condicionamento físico);
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Analisar a função social da ginástica.
Apresentar e vivenciar os fundamentos da ginástica.
Pesquisar a interferência da Ginástica no mundo do trabalho (ex. laboral).
Estudar a relação entre a Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida.
Por meio de pesquisas, debates e vivências práticas, estudar a relação da ginástica com:
tecido muscular, resistência muscular, diferença entre resistência e força; tipos de força;
fontes energéticas, freqüência cardíaca, fonte metabólica, gasto energético, composição
corporal, desvios posturais, LER, DORT, compreensão cultural acerca do corpo,
apropriação da Ginástica pela Indústria Cultural entre outros.
Analisar os diferentes métodos de avaliação e estilos de testes físicos, assim como a
sistematização e planejamento de treinos.
Organização de festival de ginástica.
AVALIAÇÃO
Organizar eventos de ginástica, na qual sejam apresentadas as diferentes criações
coreográficas ou seqüência de movimentos ginásticos elaborados pelos alunos.
Aprofundar e compreender as as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que
envolvem a ginástica.
Compreender a função social da ginástica.
Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na ginástica.
Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.
Lutas. (de aproximação, de manter a distância e capoeira)
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das diferentes artes
marciais, técnicas, táticas/ estratégias, apropriação da Luta pela
Indústria Cultural, entre outros.
Analisar e discutir a diferença entre Lutas x Artes Marciais.
Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e estilos da capoeira
enquanto jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de instrumentos,
movimentação, roda etc.
AVALIAÇÃO
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes
manifestações das lutas.
Compreender a diferença entre lutas e artes marciais, assim como a apropriação das lutas
pela indústria cultural.
Apropriar-se dos conhecimentos acerca da capoeira como: diferenciação da mesma
enquanto jogo/dança/luta, seus instrumentos musicais e movimentos básicos.
Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de deslocamento,
entre outros.
Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem os diferentes tipos
de golpes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino
Fundamental. Curitiba.2006 ?
MEDINA, João Paulo S. A Educação Física Cuida do Corpo... e (Mente), Papirus Editora, 4ª
edição, São Paulo, 1985.
TAFFAREL, Celi Nelza Zülke, Criatividade nas aulas de Educação Física, Ed. Ao Livro
Técnico, 1ª edição, 1985.
GONÇALVES, Maria Cristina, PINTO, Roberto Costacurta, Alves, TEUBER, Silvia Pessoa,
Aprendendo a Educação Física, Ed. Bolsa Nacional do Livro Ltda. 1ª edição, 1996.
GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Curitiba, 2006.
GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-
Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Lei 10.639, de 09
de janeiro de 2003.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez,
1992.
TANI, Go et al. Educação Física escolar: fundamentos para uma abordagem
desenvolvimentista. São Paulo: EPU/ EDUSP, 1998.
MARINHO, Inezil Penna. Educação Física, recreação e jogos. São Paulo: Cia Brasil Editora,
1981.
Danças criativas, danças circulares
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.
Organização de festivais de dança.
Elementos e técnicas constituintes da dança.
AVALIAÇÃO
Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e seu
contexto histórico.
Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros elementos presentes no forró, vanerão e nas danças de
origem africana.
Criar e vivenciar atividades de dança, nas quais sejam apresentadas as diferentes
criações coreográficas realizadas pelos alunos.
Ginásticarítimicae ginástica geral
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Estudar a origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física.
Construção de coreografias.
Pesquisar sobre a Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e acrobacias).
Análise sobre o modismo relacionado a ginástica.
Vivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas.
Analisar a interferência de recursos ergogênicos (doping).
AVALIAÇÃO
Conhecer e vivenciar as técnicas da ginásticas ocidentais e orientais.
Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos
presentes no circo, assim como, a influência da ginástica na busca pelo corpo
perfeito.
Lutas com instrumento mediador capoeira
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Pesquisar a origem e os aspectos históricos das lutas.
AVALIAÇÃO
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas
de lutas.
ENSINO MÉDIO
- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esporte
Jogos e brincadeiras
Dança
Ginástica
Lutas
- CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte (coletivos ou individuais e radicais);
Jogos (de tabuleiro, cooperativos e dramáticos);
Dança (folclóricas, de salão e de rua);
Ginástica (artística, olímpica e de condicionamento físico);
Lutas. (de aproximação, de manter a distância e capoeira)
Esporte (coletivos ou individuais e radicais);
- ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Recorte histórico delimitando tempos e espaços.
Analisar a possível relação entre o Esporte de rendimento X qualidade de vida.
Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.
Estudar as regras oficiais e sistemas táticos.
Organização de campeonatos, torneios, elaboração de Súmulas e montagem de tabelas, de
acordo com os sistemas diferenciados de disputa (eliminatória simples, dupla, entre
outros).
Análise de jogos esportivos e confecção de Scalt.
Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular X conhecimento científico sobre o
fenômeno Esporte.
Discutir e analisar o Esporte nos seus diferenciados aspectos:
• enquanto meio de Lazer.
• sua função social.
• sua relação com a mídia.
• relação com a ciência.
• doping e recursos ergogênicos e esporte alto rendimento.
• nutrição, saúde e prática esportiva.
Analisar a apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.
AVALIAÇÃO
Organizar e VlvenClar atividades esportivas, trabalhando com construção de tabelas,
arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento.
Apropriação acerca das diferenças entre esporte da escola, o esporte de rendimento e a
relação entre esporte e lazer.
Compreender a função social do esporte.
Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte.
Compreender as questões sobre o doping, recursos ergogênicos utilizados e questões
relacionadas a nutrição.
Jogos (de tabuleiro, cooperativos e dramáticos);
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
A nalisar a apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural.
Organização de eventos.
Analisar os jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de
lazer.
Recorte histórico delimitando tempo e espaço.
AVALIAÇÃO
Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando alternativas de
superação.
Organizar atividades e dinâmicas de grupos que possibilitem aproximação e considerem
individualidades
Dança (folclóricas, de salão e de rua);
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Possibilitar o estudo sobre a Dança relacionada a expressão corporal e a diversidade de
culturas.
Analisar e vivenciar atividades que representem a diversidade da dança e seus
diferenciados ritmos.
Compreender a dança como mais uma possibilidade de dramatização e expressão
corporal.
Estimular a interpretação e criação coreográfica.
Provocar a reflexão acerca da apropriação da Dança pela Indústria Cultural.
Organização de Festival de Dança.
AVALIAÇÃO
Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre
outros
Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais, por meio
da dança.
Discutir e argumentar sobre apropriação das danças pela indústria cultural.
Criação e apresentação de coreografias.
Ginástica (artística, olímpica e de condicionamento físico);
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Analisar a função social da ginástica.
Apresentar e vivenciar os fundamentos da ginástica.
Pesquisar a interferência da Ginástica no mundo do trabalho (ex. laboral).
Estudar a relação entre a Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida.
Por meio de pesquisas, debates e vivências práticas, estudar a relação da ginástica com:
tecido muscular, resistência muscular, diferença entre resistência e força; tipos de força;
fontes energéticas, freqüência cardíaca, fonte metabólica, gasto energético, composição
corporal, desvios posturais, LER, DORT, compreensão cultural acerca do corpo,
apropriação da Ginástica pela Indústria Cultural entre outros.
Analisar os diferentes métodos de avaliação e estilos de testes físicos, assim como a
sistematização e planejamento de treinos.
Organização de festival de ginástica.
AVALIAÇÃO
Organizar eventos de ginástica, na qual sejam apresentadas as diferentes criações
coreográficas ou seqüência de movimentos ginásticos elaborados pelos alunos.
Aprofundar e compreender as as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que
envolvem a ginástica.
Compreender a função social da ginástica.
Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na ginástica.
Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.
Lutas. (de aproximação, de manter a distância e capoeira)
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das diferentes artes
marciais, técnicas, táticas/ estratégias, apropriação da Luta pela
Indústria Cultural, entre outros.
Analisar e discutir a diferença entre Lutas x Artes Marciais.
Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e estilos da capoeira
enquanto jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de instrumentos,
movimentação, roda etc.
AVALIAÇÃO
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes
manifestações das lutas.
Compreender a diferença entre lutas e artes marciais, assim como a apropriação das lutas
pela indústria cultural.
Apropriar-se dos conhecimentos acerca da capoeira como: diferenciação da mesma
enquanto jogo/dança/luta, seus instrumentos musicais e movimentos básicos.
Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de deslocamento,
entre outros.
Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem os diferentes tipos
de golpes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino
Fundamental. Curitiba.2006 ?
MEDINA, João Paulo S. A Educação Física Cuida do Corpo... e (Mente), Papirus Editora, 4ª
edição, São Paulo, 1985.
TAFFAREL, Celi Nelza Zülke, Criatividade nas aulas de Educação Física, Ed. Ao Livro
Técnico, 1ª edição, 1985.
GONÇALVES, Maria Cristina, PINTO, Roberto Costacurta, Alves, TEUBER, Silvia Pessoa,
Aprendendo a Educação Física, Ed. Bolsa Nacional do Livro Ltda. 1ª edição, 1996.
GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Curitiba, 2006.
GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-
Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Lei 10.639, de 09
de janeiro de 2003.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez,
1992.
TANI, Go et al. Educação Física escolar: fundamentos para uma abordagem
desenvolvimentista. São Paulo: EPU/ EDUSP, 1998.
MARINHO, Inezil Penna. Educação Física, recreação e jogos. São Paulo: Cia Brasil Editora,
1981.
ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ensino Religioso passou a fazer parte do ensino escolar com a
Constituição de 1934, porém com matrícula facultativa.
Na década de 60 essa disciplina era ministrada por professores leigos e voluntários. Na
prática muitos inverteram seu objetivo, converteram os educandos para sua própria religião.
O Ensino Religioso, conforme a LDB 4024/61, teve matrícula facultativa. Durante os
anos de 1971 a 1998, aconteceram muitos programas, elaboração de materiais, cursos, de
modo a garantir um novo espaço para a Educação Religiosa na Legislação Brasileira.
De acordo com a nova LDBEN 9394/96 o Ensino Religioso veda qualquer forma de
doutrinação ou proselitismo. Propõem um caráter laico, que garanta o acesso a conhecimentos
que promovam a educação do respeito à diferentes culturas.
O Ensino Religioso é componente curricular da Educação Básica e de importância para
a formação do cidadão e para seu pleno desenvolvimento como pessoa. Por consequência,
parte do dever constitucional do Estado em matéria educativa.
O Ensino Religioso, em conformidade com a legislação brasileira, propõe promover aos
educandos a oportunidade de processo de escolarização fundamental para se tornarem
capazes de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura, possuir o substrato
religioso, de modo a colaborar com a formação da pessoa. Essa compreensão deve favorecer o
respeito, em suas relações éticas e sociais diante da sociedade, fomentando medidas de
repúdio a toda e qualquer forma de preconceito e discriminação e o reconhecimento de que,
todos nós, somos portadores de singularidade.
OBJETIVOS GERAIS
Definir diversidade cultural;
Despertar no indivíduo o censo de responsabilidade e de tolerância;
Refletir sobre a violência cometida em nome da fé;
Despertar no aluno o interesse pelo conhecimento das varias crenças.;
Promover a reflexão e a discussão sobre a religião afro-brasileira;
Reconhecer a riqueza da formação cultural;
Despertar no aluno o interesse em grandes pensadores e filósofos que estudam esse
tema;
Refletir em sala de aula sobre as maneiras possíveis de se construir uma sociedade
mais justa e solidária;
Superar através do conhecimento, o preconceito e discriminação de qualquer crença;
Entender as diferentes manifestações do sagrado como foco do fenômeno religioso;
Despertar no aluno o interesse sobre o universo cultural de diferentes grupos étnicos
sociais;
Analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência religiosa do cotidiano
que contextualiza-se no universo cultural;
Refletir durante as aulas a base cultural sobre o sagrado e promover a discussão
englobando as relações entre as diversas culturas que permeiam o Brasil.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O Ensino Religioso é uma disciplina que contribui para o desenvolvimento humano, e o
conhecimento envolve conceitos, teorias e práticas que identificam e organizam seus campos
de estudo. São três os conteúdos estruturantes, a saber: Paisagem Religiosa, Universo
Simbólico Religioso e Textos Sagrados que referem-se respectivamente:
Paisagem Religiosa: à materialidade fenomênica do Sagrado, a qual é apreendida através dos
sentidos. É a exterioridade do Sagrado e sua concretude, os espaços Sagrados.
Universo Sagrado Religioso: à apreensão conceitual através da razão, pela qual concebe-se o
Sagrado pelos seus predicados e reconhece-se a sua lógica simbólica. É entendido como
sistema simbólico e projeção cultural.
Texto Sagrado: à tradição e à natureza do Sagrado enquanto fenômeno. Neste sentido é
reconhecido através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e dos Mitos.
CONTEÚDO BÁSICOS
5ª série:
- Organizações Religiosas
Os fundadores e/ou líderes religiosos e as estruturas hierárquicas das organizações que
compõem os sistemas religiosos.
Ex: o Budismo (Sidarta Gautama); o cristianismo (Cristo); o confucionismo; o taoísmo (Lao
Tsé), etc.
- Lugares Sagrados
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência, de
culto, de identidade, principais práticas de expressão nestes locais.
Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
Lugares construídos: templos, cidades sagradas,etc.
- Textos Orais e Escritos- Sagrados
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas
religiosas.
Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc)
Exemplo: Vedas- Hinduísmo, escrituras Bahá’I, Tradições Orais Africanas, afro-brasileiras e
Ameríndias, Alcorão-Islamismo,etc.
- Símbolos Religiosos
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:
Nos ritos, nos mitos, no cotidiano.
Exemplos: arquitetura religiosa, mantras, paramentos, objetos, etc.
6ª série
- Temporalidade Sagrada
Os calendários e seus tempos Sagrados (nascimento do líder religioso, passagem de ano, datas
de rituais, festas, dias da semana, calendário religiosos)
Ex: o Natal (cristão), Kumba Mela ( hinduísmo), Losar ( passagem do ano tibetano) e outros.
- Ritos
Ritos de passagem, mortuários, propiciatórios e outros.
Ex: dança (Xire), Candomblé, Kiki (kaingang-ritual fúnebre), via sacra, festejo indígena de
colheita, etc.
- Festas Religiosas
Peregrinações, festas familiares, festas nos templos,datas comemorativa.
Ex: festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (islâmica), Kuarup (indígena), Festa de
Iemanjá (Afro-brasileira, Pessach (Judaísmo), etc.
- Vida e morte
O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas, reencarnação, ressurreição-ação de
voltar à vida, além morte, ancestralidade- vida dos antepassados- espíritos dos antepassados se
tornam presentes, outras interpretações.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
As tradições e manifestações religiosas serão objeto de estudo ao final de cada
conteúdo tratado de modo que os conhecimentos apreendidos de outras manifestações
religiosas constituem-se em novas referências para se analisar e aprofundar os conhecimentos
a respeito das manifestações já conhecidas e/ou praticadas pelos alunos ou na comunidade.
Os conteúdos a serem trabalhados nas aulas de Ensino Religioso contribuirá para: a
superação do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa; de toda
forma de proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão do sagrado.
Nessa disciplina será realizado trabalho com músicas, filmes, histórias orais com base
no diálogo partindo da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios.
Os conteúdos do Ensino Religioso devem ser trabalhados enquanto conhecimento da
diversidade sócio-político e cultural. A linguagem a ser utilizada nas aulas deve ser a científica
e não a religiosa, com a finalidade de superar as tradicionais aulas de religião.
Os desafios educacionais contemporâneos que pairam sobre a ação escolar também
serão trabalhados com as devidas análises e intervenções.
Para isso, serão utilizados recursos didáticos e tecnológicos como: quadro de giz,
materiais escolares de uso diário, tv multimídia, pendrive, dvd, rádio,cd, etc.
AVALIAÇÃO
Para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos, criaremos condições para o aluno
atuar também como sujeito avaliador. Não se pode avaliar a aprendizagem sem avaliar o
ensino, a prática do professor e as condições oferecidas pela escola como partes de um todo
que se constitui o processo educativo. Espera-se que o aluno desenvolva uma cultura de
respeito à diversidade religiosa e cultural.
Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação ou
reprovação do aluno será atribuída uma nota bimestral que será resultante da somatória dos
valores atribuídos em cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias
aferições, na sequência e ordenação de conteúdos.
Quanto aos procedimentos e instrumentos de avaliação, utilizaremos a observação
sistemática ou informal, para conhecer melhor os alunos em todos os aspectos, analisar seu
desempenho nas atividades e compreender seus avanços e dificuldades, ajudando-o em sua
aprendizagem. Será observado também se o aluno expressa uma relação respeitosa com os
colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua; se esse aluno aceita as
diferenças de credo ou de expressão de fé e se emprega conceitos adequados para referir-se às
diferentes manifestações do Sagrado.
Os trabalhos em grupo como: pesquisas, jogos, painéis, maquetes, relatórios, entre
outros, serão utilizados para desenvolver e avaliar a formação global do aluno quanto à
cooperação, troca de pontos de vista, confronto e comprometimento dos componentes do
grupo. Para que sejam efetivos serão realizados na escola.
Os alunos que não conseguirem o desempenho esperado em determinada unidade
curricular terão direito à recuperação de conteúdos e esta deve acontecer todas as vezes em
que os métodos empregados não forem suficientes para propiciar a aprendizagem dos alunos.
A recuperação de estudos, de caráter obrigatório, ocorrerá concomitantemente ao processo
educativo, conforme determina a lei. Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão
preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem sobre os dados quantitativos e entre e
os resultados obtidos durante o período letivo e os da recuperação, prevalecerão os melhores
resultados.
Os alunos com necessidades educacionais especiais deverão ser avaliados de acordo
com suas especificidades.
Os conteúdos não apropriados pelos alunos serão retomados e haverá novas
oportunidades de avaliação, prevalecendo a maior nota e garantindo que a aprendizagem se
efetive.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIRETRIZES CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
2008
HEIDEGGER, Martin. Conferências e Escritos Filosóficos. Coleção os Pensadores,
São Paulo, Nova Cultural, 1989.
NARLOCH, Rogério Francisco. Redescobrindo o universo religioso. Ensino Funda-
mental. V. 5. Petrópolis: Vozes, 2001.
FILOSOFIA
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia, que tem a sua
origem na Grécia antiga, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate entre o
pensamento de Platão e as teorias dos sofistas. Naquele momento, tratava-se de compreender
a relação entre o conhecimento e o papel da retórica no ensino. Por um lado, Platão admitia
que, sem uma noção básica das técnicas de persuasão, a prática do ensino da Filosofia teria
efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado, também pensava que se o ensino de Filosofia se
limitasse à transmissão de técnicas de sedução do ouvinte, por meio de discursos, o perigo
seria outro: a Filosofia favoreceria posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso
pernicioso do conhecimento.
Ao examinar a Filosofia Antiga, por exemplo, percebe-se com facilidade que ela se
caracteriza, inicialmente, pela preocupação com as questões de ordem cosmológica, isto é,
com a exploração das perguntas relativas à natureza e ao seu ordenamento. Posteriormente,
ela amplia seus horizontes de discussão e inclui investigações sobre a condição humana.
Na Idade Média, a Filosofia era fortemente marcada pelo teocentrismo, pensamento de
características muito diferentes das que prevaleciam no período anterior.
A desestruturação do Império Romano foi concomitante ao crescimento da Igreja como
poder eclesiástico, fundamentado nas teologias políticas que foram elaboradas pelos teóricos
cristãos. A função dessas teologias políticas era a ordenação, a hierarquização e o controle da
sociedade, sob os auspícios da lei divina. Nesse contexto, a filosofia, retirada do espaço
público, passa a ser prerrogativa da Igreja.
Na modernidade, a busca da autonomia da razão e da constituição da individualidade
se confronta com os discursos abstratos sobre Deus e sobre a alma, substituindo-os,
paulatinamente, pelo pensamento antropocêntrico. A Filosofia declara sua independência da
Teologia e os pensadores passam a tratar principalmente de questões filosófico-científicos
(Racionalismo, Empirismo, Criticismo). O homem descobre sua importância ao compreender
as lógicas da natureza, da sociedade e do universo. Ser moderno significa valorizar o homem
(antropocentrismo); não aceitar passivamente o critério da autoridade ou da tradição;
valorizar a experimentação; separar os campos da fé e da razão; confiar na razão, que se bem
empregada permite o conhecimento objetivo do mundo com benefícios para o homem.
A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem, principalmente
no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência, o que se constata
pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm constituindo esse período.
A partir do final do século XIX, a Filosofia é marcada pelo pluralismo de ideias, o que
permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos estruturantes apresentados
nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados hoje também tenham se apresentado,
anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve considerar as características e
perspectivas do pensamento que marcam cada período da história da Filosofia.
No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares desde o ensino
jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio Studiorum − documento publicado
em 1599, que segundo Ribeiro (1978) objetivava a organização e o planejamento do ensino
dos jesuítas, com base em elementos da cultura europeia, ignorando a realidade, as
necessidades e interesses do índio, do negro e do colono.
O conhecimento desta disciplina é importante como saber escolar e contribui para a
formação do estudante porque age como um estimulante das habilidades cognitivas e de
argumentação.
O estudo da Filosofia ajuda no desenvolvimento do caráter ético, autônomo, criativo,
fundamentado na busca de soluções para conflitos, construção de estratégias de trabalho,
divergência de ideias e sentido cooperativo para enfrentar problemas. Enquanto disciplina
significativa para o desenvolvimento crítico-reflexivo, a Filosofia envolve a própria capacidade
de expressar seus pensamentos, sentimentos, opiniões, valores e atitudes que estimulam o
educando a participar ativamente das relações sociais, buscando evidenciar a importância dos
mesmos para a vida. A partir do estudo da Filosofia busca-se enriquecer a prática educativa
para o pensar reflexivo, possibilitando ao professor desprender-se de certas ações
conteudistas e repensar novas e melhores formas de realizar sua prática pedagógica
proporcionando meios para uma educação crítica que coloca o aluno em sintonia com o que
está a sua volta, não como mero espectador, mas como atuante e participante na sociedade.
Nesse caso, vê-se o essencial papel da disciplina para um pensar crítico da realidade em que
vive, relacionando fatos cotidianos a conteúdos estudados.
A presença da Filosofia na escola gera, tanto no professor quanto nos alunos reais
mudanças de comportamento que contribuem para a elevação da auto-estima e até perda de
ações agressivas, levando a comunidade escolar a refletir sobre o respeito à individualidade
dos outros. Assim, quando a filosofia é ensinada através do diálogo investigativo a tendência é
que os estudantes tornem-se mais críticas, criativas e sensíveis ao contexto em que vivem. A
filosofia serve também para prepará-los ao exercício da cidadania no qual se reforça a
importância de respeitar os outros, respeitar regras previamente estabelecidas necessárias
para a vida em comunidade.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
Os conteúdos estruturantes de Filosofia propiciam estimular o trabalho da
mediação intelectual, o pensar, a busca da profundidade dos conceitos e das suas relações
históricas, em oposição ao caráter imediatista que assedia e permeia a experiência do
conhecimento e as ações dela resultantes. São eles:
• Mito e Filosofia;
• Teoria do Conhecimento;
• Ética;
• Filosofia Política;
• Filosofia da Ciência;
• Estética.
• Desafios contemporâneos
Para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo no Ensino Médio é necessário
adaptar os conteúdos exigidos no plano curricular aos desafios contemporâneos, para
superar a discriminação e o preconceito implica em suplantar a sua raiz, ou seja, a ignorância.
Abordar de modo teórico e conceitual questões que, ainda hoje, são tratadas de modo
conservador, superficial e dogmático, permitirá o afastamento de preconceitos e opiniões mal
fundamentadas e contribuirá para a diminuição da desigualdade de oportunidades e acesso.
O ensino de Filosofia visa a questão da Ética e dos Valores para abordar os seguintes
temas: Cultura Afro-brasileiras, Educação Ambiental, Educação do Campo, Diversidade de
Gênero, Violência na Escola e também o Uso Indevido de Drogas. Neste sentido não é mais
uma questão de vontade pessoal e de interesse particular. É uma questão curricular de
caráter obrigatório que envolve as diferentes comunidades: escolar, familiar, e sociedade. O
objetivo principal é o de divulgar e produzir conhecimentos, bem como atitudes, posturas e
valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade, tornando-os capazes de interagir
objetivos comuns que garantam respeito aos direitos legais e valorização de identidade do
sujeito como parte integrante da sociedade. Uma das funções da escola também é
possibilitar à criança perceber-se de maneira diferente da qual é reconhecida na estrutura
familiar. Nesse sentido, ela tem a obrigação de exercer sua função libertadora com as
questões das necessidades especiais. Sendo assim um projeto educativo, nessa direção,
precisa atender igualmente aos sujeitos, seja qual for sua condição social e econômica, seu
pertencimento étinico e cultural e às possíveis necessidades especiais para aprendizagem.
Essas características devem ser tomadas como potencialidade para promover a aprendizagem
dos conhecimentos que cabe à escola ensinar, para todos. Partindo desses princípios e tendo
como horizonte o cenário ético dos direitos humanos, sinaliza a necessidade de se garantir o
acesso e a participação de todos, a todas as oportunidade, independente das peculiaridades
de cada indivíduo e/ ou grupo social efetivado no respeito às diferenças, impulsiona ações de
cidadania voltadas ao reconhecimento de sujeitos de direitos, simplesmente por serem seres
humanos. Suas especificidades não devem ser elemento para a construção de desigualdades,
discriminações ou exclusões, mas sim, devem ser norteadoras de políticas afirmativas de
respeito a diversidade, voltadas para a construção do contexto social.
Nas aulas de Filosofia serão adaptados: textos, resenhas, diálogos, debates, etc.,
referente ao tema sugerido de forma coerente com os conteúdos estruturantes.
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada série da
etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados imprescindíveis para
a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica. Os
conteúdos básicos de Filosofia são:
Saber mítico;
Saber filosófico;
Relação Mito e
Filosofia;
Atualidade do
mito;
O que é Filosofia?
Possibilidade do
conhecimento;
As formas de
conhecimento;
O problema da
verdade;
A questão do método;
-Conhecimento e
lógica;
Ética e moral;
Pluralidade
• Ética e
violência;
• Razão,
desejo e
vontade;
Liberdade:
Autonomia
do sujeito e a
necessidade
das normas;
• Relações
entre
comunidade
e poder;
• Liberdade e
igualdade
política;
• Política e
Ideologia;
• Esfera
pública e
privada;
• Cidadania
formal
e/ou participativa.
• -Concepções
de
ciência;
- A questão do
método
científico;
- Contribuições e
limites da ciência;
- Ciência e
ideologia;
- Ciência e ética.;
- Natureza da
arte;
Filosofia e arte; -
Categorias
estéticas – feio,
belo, sublime,
trágico, cômico,
grotesco, gosto, etc
- Estética e
sociedade;
3- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA
A Filosofia na escola pode significar o espaço de experiência filosófica, espaço
de provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da
investigação, da análise e da criação de conceitos.
Ao deparar-se com os problemas e por meio da leitura dos textos filosóficos, espera-se
que o estudante possa pensar, discutir, argumentar e, que, nesse processo, crie e recrie para
si os conceitos filosóficos, ciente de que não há conceito simples.
Assim, o ensino de filosofia como criação de conceitos deve abrir espaço para que o
estudante possa planejar um sobrevoo sobre todo o vivido, a fim de que consiga à sua maneira
também, cortar, recortar a realidade e criar conceitos.
Por isso, os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na perspectiva de fazer
com que os estudantes pensem os problemas com significado histórico e social e analisem a
partir dos textos filosóficos que lhes forneçam subsídios para que pesquisem, façam relações
e criem conceitos.
A atividade filosófica centrada, sobretudo no trabalho com o texto, propiciará entender
as estruturas lógicas e argumentativas, levando-se em conta o cuidado com a precisão dos
enunciados, com o encadeamento e clareza das ideias e buscando a superação do caráter
fragmentário do conhecimento.
A função do professor de Filosofia no Ensino Médio, consiste, basicamente, em pensar
de maneira filosófica para construir espaços de problematização compartilhados com os
estudantes, a fim de articular os problemas da vida atual com as respostas e formulações da
história da Filosofia e com a criação de conceitos. O professor proporá problematizações,
leituras e análise de textos, organizará debates, sugerirá pesquisas e sistematizações.
O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação do
estudante com os problemas, na busca de soluções nos textos filosóficos por meio da
investigação e no trabalho direcionado à criação de conceitos.
4- AVALIAÇÃO
Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua
função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o
curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância
individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria a perceber o quanto o estudante
assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a
examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema.
Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante, mesmo
que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar e de
identificar os limites dessas posições.
O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de
construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e
discursos.
Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de
trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
• qual discurso tinha antes;
• qual conceito trabalhou;
• qual discurso tem após;
• qual conceito trabalhou.
A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio
da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. Com
isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo.
Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de avaliação
diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no máximo 4,0 (três) e de
no mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de
avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.
O valor da média bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos no
instrumentos de avaliação ofertados.
Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a
Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.
A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando apresentou
aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de instrumentos de avaliação o
educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do conteúdo no
qual seu aproveitamento foi considerado insuficiente.
Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação obtido pelo
educando.
Os/as alunos(as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não com
prejuízo dos conteúdos, mas com o número de questões reduzidas a respeito do assunto ou
com tempo maior para resolução das atividades e com explicações extras para cada questão
ou atividade.
5- REFERÊNCIAS
APPEL, E. Filosofia nos vestibulares e no ensino médio. Cadernos PET-Filosofia 2,
Curitiba, 1999.
CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1986, v.1.
FERRATER MORA. Dicionário de filosofia São Paulo: Loyola, 2001.
GALLO, S.; KOHAN, W. O. (Orgs). Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000.
VASCONCELLOS , C. do S. A construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo:
Libertad, 2000.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro
Didático Público de Filosofia. Curitiba: SEED-PR, 2007.
Projeto Político Pedagógico, Colégio Estadual Getúlio Vargas, Ensino Fundamental e
médio, 2007.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Ciências para
a Educação Básica. Departamento da Educação Básica. Curitiba, 2008.
Física
1 – Fundamentos teóricos
A Física tem como objetivo estudar o universo, em toda sua complexidade. Por isso, a
disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da natureza. Como alerta Menezes (2005),
natureza, aqui tem sentido de realidade material sensível. Entretanto, os conhecimentos de
Física apresentados aos estudantes do ensino médio não são coisas da natureza, ou própria
natureza, mas modelos de elaboração humana.
Muitos foram os estudos e contribuições; entretanto, a história da Física demonstra
que o período do Renascimento a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à
Geometria Euclidiana, à Astronomia geocêntrica de Ptolomeu e à Física de Aristóteles (384 –
322 a.C.), que foi muito divulgada na Idade Média a partir de traduções dos árabes,
especialmente Avicena.
Tal como o conhecimento de hoje, a Física foi inaugurada por Galileu Galilei (1562 –
1643), no século XVI, com uma forma de se conhecer o universo, pela descrição matemática
dos fenômenos físicos.
O campo de estudo e pesquisa da Física é muito vasto, assim como as várias ciências
existentes, ela possui divisões de estudo que possibilitam um melhor compreensão dos
conceitos a serem estudados. Apesar de existir essa divisão, não quer dizer que o estudo é
isolado, pelo contrário, à medida que se evolui no percurso de estudo da ciência Física
percebe-se que um assunto é continuação do outro, ou seja, há uma interligação das áreas de
estudo.
Física é a ciência que trata dos componentes fundamentais do Universo, as forças que
eles exercem e os resultados destas forças. A Física é tanto significante como influente, em
parte porque os avanços na sua compreensão foram muitas vezes traduzidos em novas
tecnologias, mas também porque as novas ideias na física muitas vezes ressoam com as outras
ciências, matemáticas e filosóficas. Por exemplo, avanços na compreensão do
electromagnetismo influenciaram directamente o desenvolvimento de novos produtos que
transformaram dramaticamente a sociedade moderna. (ex: televisão, computadores e
electrodomésticos); avanços na termodinâmica influenciaram o desenvolvimento do
transporte motorizado; e avanços na mecânica inspiraram o desenvolvimento do cálculo.
Esta presente no dia-a-dia em todos os lugares, em todas as situações do cotidiano, na
escola, no lazer, nas brincadeiras, em casa e etc. Exemplo disto é quando tocamos uma pessoa
e levamos choque isso se explica devido ao acumulo de energia estática num corpo. As
descargas elétricas ocorrem somente quando corpos de cargas diferentes se encontram, por
isso, a sensação de choque é passageira, já que após tocar em uma pessoa e sentir o choque,
os corpos se equilibram. A energia estática é produzida até mesmo por um simples arrastar
dos pés. Outro fato interessante é que os caminhões de combustíveis sempre viajam levando
uma corrente que fica em contato com o chão, justamente para descarregar e evitar o
acúmulo da energia estática, pois senão, o veículo correria um sério risco de explosão.
É necessário um longo processo de estudo e dedicação constante, que junte os
conhecimentos físicos com a criatividade inerente ao ser humano, para entender Física e
assim, contribuindo com uma verdadeira forma de educação da mesma. O conhecimento de
Física não de consolida com um rol de idéias prontas a serem memorizadas, muito, além
disso, um processo significativo de ensino de Física deve conduzir os alunos a explorar uma
grande variedade de ideias e de estabelecimentos de relações entre fatos e conceitos de modo
a incorporar os contextos do mundo real, as experiências e o modo natural de envolvimento
para o desenvolvimento das noções físicas com vistas à aquisição de diferentes formas de
percepção da realidade. Mas ainda é preciso avançar no sentido de conduzir os estudantes
perceberem a evolução das ideias físicas, aplicando progressivamente a compreensão que
delas se tem.
É importante no ensino dos conceitos de físicos, ajudar o estudante com a utilização de
pensamentos conceptualmente mais adequados. Não utilizar explicações formais, longe da
sua realidade e estéril em suas implicações.
2 – Conteúdos Estruturantes/ Básicos da disciplina
Os Conteúdos Estruturantes irão indicar o caminho que será seguido para que o
estudo de Física alcance seus objetivos, são uma forma ampla do trabalho de todos os anos do
ensino fundamental, o seu desdobramento será realizado a partir dos Conteúdos Básicos, para
cada série/ano os quais deverão ser ainda mais detalhados a partir dos Conteúdos Específicos,
estes que serão programados no decorrer do ano respeitando a individualidade de cada série
e a escolha do educador.
Conteúdos Estruturantes:
• Movimento;
• Termodinâmica;
• Electromagnetismo;
Conteúdos Básicos:
• 2ª Lei de Newton;
• 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;
• Momentum e inércia;
• Conservação da quantidade de movimento (momentum);
• Variação da quantidade de movimento = impulso;
• Energia e o Princípio da Conservação da Energia;
• Gravitação;
• Leis da Termodinâmica;
• Lei Zero da Termodinâmica;
• 1ª Lei da Termodinâmica;
• 2ª Lei da Termodinâmica;
• Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas;
• Força eletromagnética;
• Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/ Lei de Coulomb, Lei de Ampére,
Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday;
• A natureza da luz e suas Propriedades;
Os temas Educação Ambiental, História e Cultura Afro-brasileira, Educação do Campo
e Diversidade de Gênero serão abordadas de forma oral e em situações-problema no decorrer
do curso.
3 – Fundamentos metodológicos
Para o aprendizado científico, a experimentação, seja ela de demonstração e
equipamentos do cotidiano do educando e até mesmo o laboratorial, é distinta daquela
conduzida para a descoberta científica e é particularmente importante quando permite ao
educando diferentes formas de percepção qualitativa e quantitativa, de manuseio, observação,
confronto, dúvida e de construção conceitual.
É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em Física, parta do
conhecimento prévio dos educandos, onde se incluem as concepções alternativas ou
concepções espontâneas que o educando adquire no seu cotidiano através da interação com
os diversos objetos no seu espaço de vivência, sobre as quais a ciência tem um conceito
científico que envolve um saber socialmente construído e sistematizado, o qual necessita de
metodologias específicas para ser transmitido no ambiente escolar.
Deve-se iniciar o estudo sempre pelos aspectos qualitativos e só então introduzir
tratamento quantitativo. Esse deve ser feito de tal maneira que os educandos percebam as
relações quantitativas sem a necessidade de utilização de algoritmos. Pode ser usada uma
grande variedade de linguagens e recursos, de meios e de formas de expressão, a exemplo
dos mais tradicionais, os textos e as aulas expositivas em sala de aula.
O fazer ciência está, em geral, associado há dois tipos de trabalhos, um teórico e um
experimental. Em ambos o objetivo é estabelecer um “modelo” de representação da natureza
ou de fenômeno. No teórico é feito um conjunto de hipóteses, acompanhadas de um
formalismo matemático, cujo conjunto de equações deve permitir que se façam previsões,
podendo, às vezes, receber o apoio de experimentos, onde se confronta o dado coletado com
os previstos pela teoria.
O aprendizado deve ser conduzido de forma a estimular a efetiva participação e
responsabilidade social dos educandos, discutindo possíveis ações na realidade em que vive
desde a difusão de conhecimento a intervenções significativas no bairro ou localidade de
forma a que os educandos sintam-se de fato detentos de um saber significativo.
4 – Práticas avaliativas e critérios gerais de avaliação
A avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos adotados nas Diretrizes
Curriculares, ou seja, a apropriação dos conceitos, leis e teorias que compõem o quadro
teórico da Física pelos estudantes. Isso pressupõe o acompanhamento constante do progresso
do estudante quanto à compreensão dos aspectos históricos, filosóficos e culturais, da
evolução das ideias em Física e da não-neutralidade da ciência.
Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento tanto para que
o professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os conteúdos escolares,
quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo.
Inicialmente, é preciso identificar os conhecimentos dos estudantes, sejam eles
espontâneos ou científicos, pois ambos interferem na aprendizagem, no desenvolvimento dos
trabalhos e nas possibilidades de revisão do planejamento pedagógico.
São utilizados, bimestralmente, no mínimo 03 (três) instrumentos de avaliação
diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação é de no máximo 4,0 (quatro) e de no
mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de
avaliação deve totalizar 10,0 (dez) pontos.
O valor da avaliação bimestral do educando é a soma dos resultados obtidos nos
instrumentos de avaliação ofertados.
Aos educandos que apresentam aproveitamento insuficiente, ou seja, inferior à 60%
(sessenta por cento) é oferecida a Recuperação de Estudos no decurso do bimestre no qual o
conteúdo foi desenvolvido.
A Recuperação de Estudos aborda os conteúdos nos quais o educando apresentou
aproveitamento insuficiente e utiliza quantos e quais tipos de instrumentos de avaliação o
educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do conteúdo no
qual seu aproveitamento foi considerado insuficiente.
Para efeito do registro escolar, é considerado o maior valor de avaliação obtido pelo
educando.
Poderão ser utilizados como instrumentos de avaliação:
projeto de pesquisa bibliográfica;
leitura compreensiva e/ou crítica de textos;
pesquisa e produção de textos, relatórios, desenhos (esquemas), tabelas, gráficos e outras
formas de expressão e representação;
resolução de questionamentos escritos (discursivos ou objetivos) e orais;
realização de atividades em sala de aula, laboratório das ciências, biblioteca, e domicílio;
pesquisa, produção e apresentação de seminários;
realização e participação em debates;
produção e utilização de recursos audiovisuais;
participação em palestras, atividades culturais e esportivas;
avaliação diagnóstica;
outros instrumentos de acordo com a especificidade da disciplina/conteúdo.
Os registros são realizados nos livros de Registro de Classe e no Sistema Estadual de
Registro Escolar.
A comunicação dos resultados é feita através de Boletim Escolar, entregue
bimestralmente aos educandos para que estes os encaminhem aos pais e responsáveis. A
escola, através da direção, equipe pedagógica e corpo docente, busca estabelecer contato os
pais ou responsáveis pelos educandos que tenham apresentado deficiências de aprendizagem,
para determinação e superação de eventuais problemas.
5 – Referências
BONJORNO, José Roberto; BONJORNO, Regina Azenha; BONJORNO, Valter; RAMOS, Clinton
Marcico. “Física Completa”. São Paulo: Editora FTD, 2001.
CHIQUETTO, Marcos; PAGLIARI, Estéfano; VALENTIM, Bárbara. “Aprendendo Física 1 –
Mecânica”. São Paulo: Editora Scipione, 1996.
CHIQUETTO, Marcos; PAGLIARI, Estéfano; VALENTIM, Bárbara. “Aprendendo Física 2 –
Física Térmica e Ondas”. São Paulo: Editora Scipione, 1996.
CHIQUETTO, Marcos; PAGLIARI, Estéfano; VALENTIM, Bárbara. “Aprendendo Física 3 –
Eletromagnetismo e Introdução à Física Moderna”. São Paulo: Editora Scipione, 1996.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM. Diretrizes Curriculares de Física para o
Ensino Médio. Curitiba: 2009
GREF – Grupo de Re-elaboração do Ensino da Física. “Física 1 – Mecânica”. São Paulo: Edusp.
2001.
GREF – Grupo de Reelaboração do Ensino da Física. “Física 2 – Física Térmica e Óptica”. São
Paulo: Edusp. 2001.
GREF – Grupo de Reelaboração do Ensino da Física. “Física 3 – Eletromagnetismo”. São
Paulo: Edusp. 2001.
LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da; LUZ, Beatriz Alvarenga Álvares. “ Física: volume 1. São
Paulo: Editora Scipione, 2005
LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da; LUZ, Beatriz Alvarenga Álvares. “ Física: volume 2. São
Paulo: Editora Scipione, 2005
LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da; LUZ, Beatriz Alvarenga Álvares. “ Física: volume 3. São
Paulo: Editora Scipione, 2005
PARANÁ, Djalma Nunes da Silva. “Física”. São Paulo. 2003.
GEOGRAFIA
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Embora o estabelecimento da Geografia como ciência tenha ocorrido somente no
século XIX, desde a Pré-História o conhecimento geográfico faz parte da vida dos seres
humanos, pois estes “organizam-se em sociedade e vão produzindo sua subsistência,
produzindo com isso seu espaço, que vai se configurando conforme os modos culturais e
materiais de organização dessa sociedade” (CAVALCANTI, 2005, p. 11).
Os povos pré-históricos, caçadores e coletores, já observavam a dinâmica das estações
do ano e a relacionavam com o ciclo reprodutivo da natureza para realizarem suas migrações,
em busca dos frutos e da caça. Mesopotâmios e egípcios, povos agricultores, tinham
conhecimento das variações climáticas, da alternância entre período seco e período chuvoso.
O conhecimento da direção, da constância e da dinâmica dos ventos foi fundamental para os
povos navegadores, como os polinésios.
Coube aos gregos, na Antiguidade, a primazia do registro sistemático dos
conhecimentos geográficos acumulados até então, em obras como os Périplos e a Odisséia. Os
romanos, e posteriormente os árabes na Idade Média, foram herdeiros e disseminadores da
cultura grega pela Europa, norte da África e Oriente Médio. Nesses períodos – Antiguidade e
Idade Média – os conhecimentos geográficos eram relacionados à descrição e organização dos
espaços conquistados, ao estabelecimento de meio de comunicação e vias de transporte para
o comércio, à elaboração de mapas; às discussões a respeito da forma e tamanho da Terra e
da distribuição de terras e águas, aos estudos sobre as condições climáticas, relacionando-as
ao aproveitamento agrícola, entre outros.
No final da Idade Média e início da Idade Moderna, as navegações transoceânicas
européias, com destino às Índias e suas especiarias, levaram à ampliação do conhecimento
geográfico, inventariando e catalogando dados sobre os continentes e oceanos, os territórios
coloniais, suas riquezas naturais e aspectos humanos, tudo com vistas à sua exploração. Os
conhecimentos geográficos encontravam-se dispersos e desconexos em áreas de
conhecimento das quais viria, posteriormente, a servir-se a Geografia, como a Astronomia, a
Botânica, a Biologia, a Climatologia entre outras.
No século XIX, já na Idade Contemporânea, a Geografia foi sistematizada e
reconhecida como ciência e ramo autônomo do conhecimento humano. Essa sistematização
ocorreu na Alemanha, como imposição da necessidade burguesa de unificar e industrializar o
país e justificar seu expansionismo no continente europeu, e na França, para fazer frente à
escola alemã e justificar o imperialismo francês na África e na Ásia.
Assim, a sistematização da Geografia, sua colocação como ciência particular e
autônoma, foi um desdobramento das transformações operadas na vida social, pela
emergência do modo de produção capitalista. No entanto, essa sistematização ocorreu no
final do processo de consolidação do capitalismo em determinados países europeus [Alemanha
e França], quando a prática da burguesia, então dominante, objetivava justificar e manter
ordem social existente (MORAES, 2002).
Para tanto, foi necessária a existência de pressupostos histórico/materiais -
conhecimento efetivo da extensão real do planeta; existência de um repositório de
informações, sobre variados lugares da Terra; aprimoramento das técnicas cartográficas – e
pressupostos filosófico/científicos - correntes filosóficas que propunham explicações
abrangentes do mundo e a compreensão dos fenômenos do real; o pensamento político
iluminista; a Economia Política, o Evolucionismo.
Desde os primórdios de sua criação como ciência, a Geografia tem passado por
mudanças teórico-metodológicas e a constante redefinição de seu objeto de estudo e
ensino. Se em princípio essas mudanças eram creditadas principalmente à sua
subordinação aos interesses hegemônicos, atualmente, em face da revolução técnico-
científica em curso, é importante que se considere que também a Geografia, assim como
vários outros ramos do conhecimento humano, atravessa um período de profundas
transformações.
Nesse sentido cabe ainda reconhecer o caráter histórico das sociedades humanas,
do conhecimento científico e das relações travadas entre estes dois elementos. Nas
palavras de Paulo Freire, reconhecer “a historicidade do conhecimento, a sua natureza de
processo em permanente devir. Significa reconhecer o conhecimento como uma produção
social, que resulta da ação e reflexão...” (2003, p. 09).
Apesar do aparente fim do socialismo dito real e da ausência de um modelo sócio-
político-econômico que contraponha-se ao neoliberalismo vigente, o referencial teórico-
metodológico da Geografia tem-se consolidado, como demonstram os trabalhos de diversos
autores (PARANÁ, 2008), com a utilização do materialismo histórico e dialético.
É importante lembrar que não existe neutralidade política no processo de ensino-
aprendizagem, sendo este também um ato político daqueles que dele participam. Nesse
sentido, fica explícita a elaboração e aplicação deste como uma forma de analisar e pensar,
criticamente, a estrutura social hegemônica existente, visando à sua superação.
Não devemos deixar de observar a relação entre a “produção [e a reprodução]
histórica do saber como uma ‘verdade’ que justifica uma relação de poder” (PARANÁ, 2005 p.
05), e ainda, que educação e política são “práticas distintas, mas que ao mesmo tempo não
são outra coisa que senão modalidades específicas de uma mesma prática: a prática social.
Integram, assim, um mesmo conjunto, uma mesma totalidade” (SAVIANI, 2003, p. 85).
O objeto de estudo e ensino da Geografia, atualmente definido como o Espaço
Geográfico, é conceituado por Lefebvre e Santos como o espaço “produzido, apropriado pela
sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais,
culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados” (apud PARANÁ, 2008, p. 51) e por
Milton Santos como espaço
formado por um conjunto indissociável, solidário e também
contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não
considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história
se dá. No começo era a natureza selvagem, formada por objetos
naturais, que ao longo as histórias vão sendo substituídas por objetos
técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a
natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina (1996, p. 51).
E ainda “o espaço geográfico deve ser considerado como algo que participa igualmente
da condição do social e do físico, um misto, um híbrido” (SANTOS, 1996, p. 70).
O Espaço Geográfico, como objeto de estudo e ensino, é considerado como produto da
ação humana, através do trabalho social, no meio. Tal relação só pode ser compreendida
através do estudo do próprio meio e das necessidades e da capacidade de apropriação de cada
sociedade, no decorrer do processo histórico. Ao converter a Natureza em um conjunto de
objetos que seleciona à medida que desenvolve os meios de utilizá-los, atribuindo-lhes valor, o
Homem transformou-a em Segunda Natureza, apropriando-se dela em um ato social.
A intervenção coletiva do homem na natureza objetivando a satisfação de suas
necessidades, o trabalho social, é o elo de ligação entre o homem e a própria natureza. Não
cabe a distinção entre o físico e o humano, pois a ação humana sobre a superfície terrestre se
faz presente em todas as partes. Nas palavras de Jecohti e Filizola “a presença do homem é
um fato em toda a face da Terra, e a ocupação que não se materializou é, todavia,
politicamente existente” (1992, p. 100).
Seguindo esse princípio, para compreender o meio é necessário entender a
interdependência de todos os seus elementos. Para compreender a organização espacial faz-se
necessário entender as relações sociais que ocorrem nesse mesmo espaço, através dos
processos de trabalho e satisfação das necessidades humanas. Compreender o Espaço
Geográfico é compreender as relações meio-sociedade e todas as suas correlações inerentes e
decorrentes.
Para compreensão do Espaço Geográfico faz-se necessário o domínio dos conceitos de
lugar, paisagem, região, território, natureza e sociedade (PARANÁ, 2008 p. 53; CAVALCANTI,
2005).
O lugar é definido como “o espaço onde o particular, o histórico, o cultural e a
identidade permanecem presentes revelando especificidades, subjetividades, racionalidades.”
(PARANÁ, 2008 p. 61). No lugar ocorrem as relações pessoais e as experiências afetivas, daí
que são significados com positivos e negativos, bons e maus (CAVALCANTI, 2005, p. 93)
A paisagem, de acordo com Santos (1988) é “o domínio do visível, aquilo que a vista
abarca. Não é formada apenas de volume, mas também de cores, movimentos, odores, sons
etc” (p. 61) e é também “materialidade, formada por objetos materiais e não materiais. [...]
fonte de relações sociais” (p. 71-72).
A região foi configurada, segundo Milton Santos, através de “processos orgânicos,
expressos através da territorialidade absoluta de um grupo, onde prevaleciam suas
características de identidade, exclusividade e limites” e atualmente é o “suporte e a condição
de relações globais que de outra forma não se realizariam” (apud PARANÁ, 2008, p. 57-58).
Além disso, a região é “considerada uma entidade concreta, resultado [...] da
efetivação dos mecanismos de regionalização sobre um quadro territorial já previamente
ocupado” (CORRÊA apud CAVALCANTI, 2005, p. 103) e subdivisão, Milton Santos, “do
espaço: do espaço total, do espaço nacional e mesmo do espaço local” (apud CAVALCANTI,
2005, p. 103).
O território está sob influência e determinação de relações econômicas e /ou políticas.
Os territórios, mais do que espaços concretos, são “relações sociais projetadas no espaço”
(CAVALCANTI, 2005, p. 109).
Natureza, de acordo com Mendonça, é “um conjunto de elementos naturais que possui
em sua origem uma dinâmica própria que independe da ação humana, mas que, na atual fase
histórica do capitalismo acaba sendo reduzido apenas à idéia de recursos” (apud PARANÁ,
2008, p. 66).
A sociedade “produz um intercâmbio com a natureza, de modo que esta última se
transforma em função dos interesses da primeira. Ao mesmo tempo, a natureza não deixa
completamente de influenciar a sociedade, que produz seus espaços geográficos nas mais
diversas condições naturais.” (PARANÁ, 2008, p. 67).
Também conceitos como estado, nação, cultura, imperialismo, dependência, centro,
periferia, marginalidade (CAVALCANTI, 2005, p. 16), entre outros, são importantes para a
compreensão do espaço geográfico mundial contemporâneo.
É fato pacificamente aceito que estamos em meio à Terceira Revolução Técnico-
Científica ou Revolução Informacional. Esta revolução é impulsionada, entre outros: pela
aplicação intensiva da informática aos processos produtivos; pela crescente
automatização/robotização da produção; pela capacidade cada vez ampliada de intervenção
da humanidade na Natureza; pela crescente interdependência produtiva e de consumo entre
as diversas partes do planeta, propiciada pelo desenvolvimento dos meios de transporte e de
comunicação.
Emerge daí o meio técnico-científico-informacional, expresso em regiões onde ocorre o
adensamento de meios de transporte, comunicação, centros de pesquisa, produção e consumo
avançados e as transnacionais, conglomerados produtivos que representam a vanguarda e são
a mola propulsora deste período histórico, com operações e atuação descentralizadas pela
maior parte do planeta, explorando, produzindo e/ou comercializando em cada lugar de
acordo com a melhor relação custo/benefício econômica e política.
Por mais paradoxal e redundante que seja, vale lembrar que neste momento histórico a
capacidade produtiva existente é tão grande, que é capaz de fazer frente à satisfação das
necessidades de toda a humanidade. Os avanços da informática, robótica, medicina,
biotecnologia e de tantos outros ramos do conhecimento humano, no entanto, estão postos à
serviço de uma pequena parcela da população mundial, concentrada nos países do norte,
ricos, desenvolvidos, centrais e pulverizada nas pequenas elites dos países do sul, pobres,
subdesenvolvidos, periféricos.
À imensa maioria da população mundial reservam-se os resquícios e resíduos do
desenvolvimento técnico-científico-informacional alcançado, ou nem isso, e o papel de
produtores da riqueza de uns poucos, expropriados que são de seus recursos naturais, de sua
força de trabalho e de seu potencial intelectual.
O atual momento histórico de desenvolvimento das forças produtivas do capitalismo,
entendido este como sistema econômico-social-político hegemônico, propõe diversos desafios
que definirão o futuro do planeta Terra e da própria Humanidade. Dentre eles, destacam-se:
• o estágio de desenvolvimento das forças produtivas e a difusão do modelo de sociedade
de consumo, que exercem uma pressão insustentável sobre os recursos naturais e as
fontes de energia em uso, alterando o equilíbrio climático-ecológico do planeta;
• a revitalização e maximização das relações de exploração e dominação entre ricos e
pobres, em escalas local, nacional, regional e mundial, que nega à considerável
parcela da Humanidade o acesso aos benefícios científicos e tecnológicos existentes e
mesmo a satisfação de necessidades básicas como alimentação, educação, saúde e
saneamento entre outros.
Diante destes e outros desafios, a apreensão do conhecimento geográfico da totalidade
entre humanidade e natureza, espaço e sociedade, mediados pelo trabalho social, torna-se
uma necessidade premente e inadiável, objetivando o desenvolvimento da capacidade de
observar, interpretar, analisar e pensar criticamente a realidade, para melhor compreendê-la
e identificar as possibilidades de transformação no sentido de superar suas contradições.
CONTEÚDOS DE ENSINO: ESTRUTURANTES E BÁSICOS
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Disciplina de Geografia
(PARANÁ, 2008) estabelecem os seguintes Conteúdos Estruturantes:
• a Dimensão econômica do espaço geográfico;
• a Dimensão política do espaço geográfico;
• a Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
• a Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Conteúdos Estruturantes são “os conhecimentos de grande amplitude que identificam
o organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para
a compreensão do seu objeto de estudo e ensino” (PARANÁ, 2008, p. 68).
No conteúdo estruturante Dimensão econômica do espaço geográfico é abordado como
os seres humanos, através do trabalho em sociedade, apropriam-se do meio natural para
satisfação das suas necessidades e acumulação de riqueza. Essa apropriação ocorre a partir
da transformação e/ou destruição do meio natural, resultando na criação do Espaço
Geográfico, envolvendo aspectos socioambientais, políticos, econômicos e culturais (PARANÁ,
2008, p. 69 e 70).
A Dimensão política do espaço geográfico, enquanto conteúdo estruturante, trata das
relações de poder, sejam elas econômicas, políticas ou sociais, promovidas por instituições
públicas ou organizações privadas. Atualmente envolve também “relações de poder não-
institucionais e marginais” (PARANÁ, 2008, p. 71)
A Dimensão socioambiental do espaço geográfico, como conteúdo estruturante,
relaciona-se principalmente com a interdependência das relações entre as sociedades
humanas – aspectos econômicos, sociais e culturais - e o meio natural – componentes físicos,
químicos e bióticos – superando a visão dicotômica meio ambiente versus seres humanos. “A
natureza, que teve em sua gênese uma dinâmica autodeterminada, hoje sofre alterações em
muitas de suas dinâmicas devido à ação humana” (PARANÁ, 2008, p. 72). Deve-se observar
ainda aspectos como a pobreza, a fome, o preconceito e as diferenças culturais que se fazem
presentes nesse espaço.
O conteúdo estruturante Dimensão Cultural e Demográfica analisa o Espaço
Geográfico a partir de relações sócio-culturais e aspectos demográficos como constituição,
distribuição e mobilidade das populações. Permite a compreensão, no contexto
contemporâneo, da circulação de informações, mercadorias, capitais, pessoas e modos de vida
destacando, nesse último aspecto, as culturas de massa e de resistência (PARANÁ, 2008, p. 73
74).
Conteúdos básicos são “os conhecimentos fundamentais e necessários para cada série
da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio” (PARANÁ, 2008, p. 92). Os
conteúdos por série, adiante elencados, são resultado da síntese destes conteúdos,
considerando as especificidades do estabelecimento de ensino e do público atendido.
Destaca-se que no momento da aula os conteúdos específicos receberão a ênfase do
conteúdo estruturante mais apropriado, “entretanto, a articulação entre todos eles” será
explicitada porque “na realidade socioespacial eles não se separam” (PARANÁ, 2008, p. 69).
ENSINO FUNDAMENTAL
Quinta Série
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais; Dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; A formação, localização
exploração e utilização dos recursos naturais; A distribuição espacial das atividades
produtivas e a (re)organização do espaço geográfico; As relações entre campo e cidade na
sociedade capitalista; A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população; A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da
diversidade cultural; As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Sexta Série
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro; A dinâmica
da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; As
diversas regionalizações do espaço brasileiro; As manifestações socioespaciais da diversidade
cultural; A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população; Movimentos migratórios e sua motivações; O espaço rural e a modernização da
agricultura; A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização; A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico; A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
Sétima Série
As diversas regionalizações do espaço geográfico; A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios do continente americano; A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado; O comércio em suas implicações socioespaciais; A
circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações; A distribuição
espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico; As relações entre
o campo e a cidade na sociedade capitalista; O espaço rural e a modernização da agricultura;
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população; Os movimentos migratórios e suas motivações; As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural; Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
Oitava Série
As diversas regionalizações do espaço geográfico; A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado; A revolução técnico-científico-informacional e os novos
arranjos no espaço da produção; O comércio mundial e as implicações socioespaciais; A
formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios; A transformação
demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população; As
manifestações socioespaciais da diversidade cultural; Os movimentos migratórios mundiais e
sua motivações; A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re)organização do espaço geográfico; A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego
de tecnologias de exploração e produção; O espaço em rede: produção, transporte e
comunicações na atual configuração territorial.
ENSINO MÉDIO
Primeira, Segunda e Terceira Séries
- A formação e transformação das paisagens.
- A formação da natureza e suas modificações pelo uso das tecnologias de exploração e
produção.
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico.
- A revolução técnico-científico e informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e da informação.
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização
recente.
- A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.
- Os movimentos migratórios e suas motivações.
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
- O espaço em rede:produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.
- O comércio e as implicações socioespaciais.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
- A Nova Ordem Mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos (Cidadania e Direitos Humanos, Educação
Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola e Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas), assim como a Educação para as Relações Étnico-Raciais (Leis 10.639/03
e 11.645/08), são abordados pelas diversas disciplinas que compõem a matriz curricular da
Educação Básica no estabelecimento de ensino, preferencialmente de maneira vinculada aos
conteúdos estruturantes, básicos e específicos estabelecidos pelas Diretrizes Curriculares
Estaduais- DCE's.
A Educação do Campo será abordada nos conteúdos específicos e estruturantes
através dos eixos temáticos: Trabalho - divisão social e territorial; Cultura e Identidade;
Interdependência campo-cidade, questão agrária e desenvolvimento sustentável; Organização
política, movimentos sociais e cidadania.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA
Metodologicamente, é reconhecida a necessidade de garantir o acesso do educando ao
conhecimento socialmente produzido e historicamente acumulado. No entanto, cabe valorizar
o saber próprio do educando, expresso na visão do mundo em que está inserido, pois “essa
percepção [dos educandos] está visceralmente ligada à experiência vivida, a um espaço que,
de certa forma, a experiência vivida seleciona e ordena” (RESENDE, 1994, p.86). Isso implica
conhecer e reconhecer os aspectos sociais, econômicos e culturais nos quais estão inseridos,
como condicionantes de sua leitura e visão de mundo.
Dentro da concepção socioconstrutivista, cabe ao educador a função de mediador entre
o educando e o conhecimento, organizando e dirigindo o processo de ensino e aprendizagem.
O educando, agente ativo da construção de seu próprio conhecimento, interage no processo a
partir das condições que lhe são próprias e daquelas que lhe são oferecidas.
Serão priorizadas as atividades mental e física – aulas de campo e de observação -
como modo de: estimular a participação do educando no processo de ensino e aprendizagem;
promover sua interação com mundo dos objetos; desenvolver as suas capacidades de
observar, localizar, relacionar, compreender, descrever, expressar e representar
(CAVALCANTI, 2005, p. 145).
Situações de interação - atividades em grupo e coletivas com elementos da classe, da
escola e da comunidade - serão proporcionadas para estimular a cooperação entre os agentes
do processo de ensino e aprendizagem. A interação permitirá também o estabelecimento de
uma relação dialógica entre educandos, educadores e a própria sociedade, promovendo a
auto-reflexão e a sócio-reflexão dos agentes envolvidos.
Os elementos básicos da mediação entre conhecimento, educando e educador, são o
livro didático, utilizado de forma crítica e seletiva, mapas, globos, atlas, matérias jornalística
de diversos meios (televisão, jornal impresso, revistas, internet etc), multimídias/meios,
audiovisuais diversos (filmes, documentários, comerciais etc), observações e pesquisas in
loco, linguagens diversificadas como textos e obras literárias, poesia, pinturas e outras
expressões das artes plásticas, músicas, histórias em quadrinhos, caricaturas, charges,
fotografias, transparências, entre outras.
O processo de ensino e aprendizagem terá momentos diversificados como, por
exemplo: exposição e explicação de conteúdos; diálogos; atividades individuais, em grupo e
coletivas; exercícios de compreensão e fixação, de crítica e reflexão; observação e
reconhecimento do espaço geográfico; observação de audiovisuais; produção de textos, mapas
temáticos, maquetes e outras formas de expressão; dramatizações, jogos e simulações;
avaliações, entre outros.
Atividades de leitura e compreensão de textos e de produção escrita, textual ou não,
serão valorizadas como forma superar as dificuldades apresentadas pelos educandos,
propiciando oportunidades para desenvolver melhor domínio da língua escrita e falada.
PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO
A avaliação caracteriza-se por ser uma constante que perpassa todo o processo de
ensino e aprendizagem. Tem como objetivos principais avaliar qualitativamente o processo de
ensino e aprendizagem, o desenvolvimento do educando e a atuação do educador permitindo,
a partir dos resultados obtidos, a melhoria constante do processo.
Terá caráter diagnóstico, permitindo a recuperação dos conteúdos e adequação dos
processos e objetivos; contínuo, estendendo-se durante todo o processo de ensino e
aprendizagem; e diversificado, abrangendo todos os aspectos e ações do processo de ensino e
aprendizagem.
Para tanto, os objetivos a serem alcançados por educandos e educadores deverão ser e
estar claros e precisos, bem como o tempo e os meios necessários através dos quais eles serão
realizados.
As capacidades de refletir, de criticar, de sintetizar, de elaborar conclusões pessoais e
coletivas e a apreensão dos elementos essenciais ao desenvolvimento de tais capacidades
serão valorizadas e prevalecerão sobre a simples memorização de conteúdos.
A avaliação privilegiará os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, podendo
utilizar os seguintes instrumentos de avaliação:
• projeto de pesquisa bibliográfica;
• leitura compreensiva e/ou crítica de textos;
• pesquisa e produção de textos, relatórios, dramatizações, desenhos, músicas,
poemas, mapas, tabelas, gráficos e outras formas de expressão e representação;
• resolução de questionamentos escritos (discursivos ou objetivos) e orais;
• pesquisa, produção e apresentação de seminários;
• realização e participação em debates;
• projeto de pesquisa de campo/técnica;
• produção e utilização de recursos áudio-visuais;
• participação em palestras, atividades culturais e esportivas;
• diagnóstico do educando em seu processo de aprendizagem;
• outros instrumentos de acordo com as especificidades da disciplina e conteúdo
desenvolvido.
Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 03 (três) instrumentos de avaliação
diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação será de no máximo 4,0 (quatro) e de no
mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de
avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.
O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos nos
instrumentos de avaliação ofertados e, para efeito do registro escolar, será considerado o
maior valor de avaliação obtido pelo educando.
Aos educandos que não apresentarem o aproveitamento esperado, será realizada a
revisão de conteúdos procedida de uma nova avaliação, no decurso do bimestre no qual o
referido conteúdo foi desenvolvido. Para efeito de registro escolar, prevalecerá sempre o
maior resultado obtido pelo educando.
Os educandos com necessidades educativas especiais serão avaliados de acordo com
suas especificidades, conforme o art. 58 da lei nº 9394/96, e receberão atendimento
individualizado através da adoção de ações como: localização na sala próximo ao(a)
educador(a); formas diferenciadas de apresentação dos conteúdos; proposição de atividades
diferenciadas adequadas às suas características físicas e cognitivas e, se necessário, com
maior tempo para realização; contato constante com a equipe pedagógica e a
família/responsáveis objetivando a avaliação dos resultados destas ações e a superação de
eventuais dificuldades.
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HISTÓRIA
1 -Fundamentos teóricos
A disciplina tem como principal objetivo despertar reflexões o que se refere aos
aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais bem como ampliar as relações entre o
ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico, sendo possível dessa forma
abordar os diversos temas sem a pretensão de esgotá-los.
A disciplina de História passou a ser obrigatória a partir da criação do Colégio Dom
Pedro II, no ano de 1837, nesse mesmo período houve a criação do IHGB (Instituto Histórico
Geográfico Brasileiro), que instituiu a História como disciplina obrigatória no âmbito escolar.
A maioria dos intelectuais que elaboravam os programas escolares, os manuais
didáticos, as orientações e os conteúdos a serem ensinados, tinham a influência da Escola
Metódica e da Escola Positivista, com características da linearidade dos fatos, abordagem
política da História, uso exclusivo de documentos oficiais como única fonte de verdade
histórica e também a exacerbada valorização dos heróis.
A História aplicada nas escolas em meados do século XIX era europeizada com a total
abnegação das pessoas comuns nesse contexto histórico, até o início da República a História
terá esse caráter seletivo.
A partir do governo Vargas a História do Brasil retorna aos currículos escolares
vinculado ao projeto nacionalista do Estado Novo, posteriormente nos anos de 1980 e 1990
cresceram os debates em torno das reformas na área educacional, que repercutiram nas
novas propostas do ensino de História.
O ensino de História vem se modificando ao longo dos anos de acordo com a sociedade
e suas necessidades, a análise histórica da disciplina, bem como as novas demandas sociais
para o ensino de História se apresenta como indicativo para a elaboração de Diretrizes
Curriculares na medida em que há a possibilidade de se refletir a respeito dos contextos
históricos em que há a valorização dos saberes do educando sendo ele sujeito ativo desse
processo.
A História, enquanto disciplina escolar, aliada as outras áreas do conhecimento,
possibilita ampliar estudos sobre as problemáticas contemporâneas situando - as nas diversas
temporalidades, servindo como arcabouço para a reflexão sobre possibilidades e/ou
necessidades de mudanças e/ou continuidades.
O ensino da História é expresso no processo de produção do conhecimento humano sob
a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a interpretação dos sentidos do
pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão da provisoriedade deste
conhecimento. Esta provisoriedade não significa relativismo teórico, mas que, além de
existirem várias explicações e/ou interpretações para um determinado fato, algumas delas são
mais válidas historiograficamente do que outras. Esta validade é constituída pelo estado atual
da ciência histórica em relação ao seu objeto e ao seu método. O conhecimento histórico
possui formas diferentes de explicar seu objeto de investigação, construídas a partir das
experiências dos sujeitos.
A integração da História como as demais disciplinas permitem sedimentar e
aprofundar temas estudados no Ensino Fundamental, redimensionando aspectos da vida em
sociedade e o papel do indivíduo nas transformações do processo histórico, completando a
compreensão das relações entre a liberdade e a necessidade.
O papel da disciplina para esse nível de ensino e o momento histórico que se está
vivendo deve ser entendido em sua dimensão mais ampla, envolvendo a formação de uma
cultura educacional. Vive — se hoje em uma sociedade marcada pelo domínio do mito do
consumo e pelas tecnologias com ritmos de transformações aparentemente muito acelerados
e informações provenientes de vários espaços, embora predominando os meios áudios —
visuais, e ainda pela fragmentação do conhecimento sobre os indivíduos e a vida social.
O ensino da História pode desempenhar um papel importante na configuração da
identidade, ao incorporar a reflexão sobre a atuação do indivíduo nas relações pessoais com o
grupo de convívio, suas afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de
compromisso com classes, grupos sociais, culturas, valores e com gerações do passado e do
futuro.
A História tem como princípio o estudo dos processos relativos às ações e as relações
humanas praticadas no tempo, bem como os sujeitos dessas ações e relações.
2- CONTEÚDOS DE ENSINO: ESTRUTURANTES E BÁSICOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Como construtos atrelados a uma concepção crítica de educação, os Conteúdos
Estruturantes da História constituem-se como a própria materialidade do pensamento
histórico. Deles derivam os conteúdos básicos/temas históricos.
Por meio destes Conteúdos Estruturantes, o professor deve discorrer acerca de
desafios contemporâneos que representam carências sociais concretas. Dentre elas,
destacam-se, no Brasil, as temáticas da História local, História e Cultura Afro-Brasileira, da
História do Paraná e da História da cultura indígena, constituintes da história desse país, mas,
até bem pouco tempo, negadas como conteúdos de ensino.
Nestas Diretrizes, consideram-se Conteúdos Estruturantes da disciplina de História:
• Relações de trabalho;
• Relações de poder;
• Relações culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS - ENSINO FUNDAMENTAL
5ª série
• A experiência humana no tempo.
• Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
• A cultura local e a cultura comum.
6ª série
• As relações de propriedade.
• A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da
cidade.
• A relações entre o campo e a cidade.
• Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
7ª série
• História das relações da humanidade com o trabalho.
• O trabalho e a vida em sociedade.
• O trabalho e as contradições da modernidade.
• O trabalhadores e as conquistas de direito.
8ª série
• A constituição das instituições sociais.
• A formação do Estado.
• Sujeitos, Guerras e revoluções.
CONTEÚDOS BÁSICOS - ENSINO MÉDIO
• Trabalho Escravo,Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.
• Urbanização e industrialização
• O Estado e as relações de poder
• Os sujeitos, as revoltas e as guerras
• Movimentos sociais,políticos e culturais e as guerras e revoluções
• Cultura e religiosidade
3 - Fundamentos metodológicos
O trabalho pedagógico com os conteúdos históricos deve ser fundamentado em vários
autores e suas respectivas interpretações, seja por meio dos manuais didáticos disponíveis ou
por meio de textos historiográficos referenciais.
Espera-se que, ao concluir a Educação Básica, o aluno entenda que não existe uma
verdade histórica única, e sim que verdades são produzidas a partir evidências que organizam
diferentes problematizações fundamentadas em fontes diversas, promovendo a consciência da
necessidade de uma contextualização social, política e cultural em cada momento histórico.
Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento histórico, o
professor deve organizar seu trabalho pedagógico por meio:
XXXVI. do trabalho com vestígios e fontes históricas diversos;
XXXVII. da fundamentação na historiografia;
XXXVIII. da problematização do conteúdo;
XXXIX. essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas
produzidas pelos sujeitos.
Com relação ao livro didático alguns encaminhamentos metodológicos serão adotados
para seu uso, como:
2. ler o texto;
3. construir uma enunciação da ideia principal de cada parágrafo;
4. identificar e analisar as imagens e as ilustrações, os mapas e os gráficos;
5. relacionar as ideias do texto com a imagens, as imagens, os mapas e os gráficos;
6. explicar as relações feitas;
7. estabelecer relações de causalidade e significado sobre o que aparece no texto e nas
imagens, imagens, mapas e gráficos;
8. identificar as ideias principais e secundárias do texto;
9. registrar, de forma organizada e hierarquizada, as ideias principais e as secundárias do
texto
Para que os estudantes busquem conteúdos diversos daqueles apresentados nos livros
didáticos, o uso da biblioteca é fundamental. Torna-se essencial, no entanto, que o professor
os oriente para que conheçam o acervo específico, as obras que poderão ser consultadas, e
ensine os bons hábitos de manuseio e conservação das obras.
Propõe-se, também, uma abordagem de divisão temporal a partir das histórias locais e
nacionais que torna possível analisar os componentes mais complexos das heranças africanas
como, por exemplo, a reivindicação dos movimentos negros a respeito da inserção da cultura
africana e afro-brasileira no ensino de História.
Essa nova perspectiva permitirá estabelecer relações entre a sociedade brasileira e as
demais, como a indígena, a africana e a asiática, promovendo a reflexão sobre sujeitos até
então negligenciados pela História.
O estudo das histórias locais é uma opção metodológica que enriquece e inova a
relação de conteúdos a serem abordados, além de promover a busca de produções
historiográficas diversas. Segundo o historiador italiano Ivo Mattozzi (1998, p. 40), histórias
locais permitem a investigação da região ou dos lugares onde os alunos vivem, mas também
das histórias de outras regiões ou cidades.
Além disso, a proposta metodológica de partir das histórias locais e do Brasil para a
Geral possibilita a abordagem da história regional, o que atende a Lei n. 13.381/01, a qual
torna obrigatória, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, o trabalho com
os conteúdos de História do Paraná.
É importante, também, problematizar o conteúdo a ser trabalhado.
Problematizar o conhecimento histórico “significa em primeiro lugar partir do
pressuposto de que ensinar História é construir um diálogo entre o presente e o passado, e
não reproduzir conhecimentos neutros e acabados sobre fatos que ocorreram em outras
sociedades e outras épocas” (CAINELLI & SCHMIDT, 2004, p. 52).
Ao trabalhar as noções de temporalidade, o professor deve tomar as ideias históricas
do aluno como ponto de partida para o trabalho com os conteúdos. O contato com outras
ideias históricas mais elaboradas permite que os estudantes as relacionem com suas ideias
históricas prévias, para estabelecer uma cognição histórica situada, ou seja, um conhecimento
histórico re-elaborado em seu contexto e com experiências do tempo significativas para eles.
Outra possibilidade é a do professor construir novas periodizações dos temas históricos
para a identificação de mudanças e permanências nos hábitos, costumes, regimes políticos e
sistemas econômicos das sociedades estudadas. Por fim, é possível propor o estudo de
calendários de diferentes culturas.
Para o Ensino Médio, a metodologia proposta por esta Proposta Pedagógica Curricular
está relacionada à História Temática.
Para trabalhar com a História Temática deve-se se constituir uma problemática por
meio da compreensão, na aula de História, das estruturas e das ações humanas que
constituíram os processos históricos do presente, tais como a fome, desigualdade e exclusão
social, confrontos identitários (individual, social, étnica, sexual, de gênero, de idade, de
propriedade, de direitos, regionais e nacionais).
Assim, ao problematizar situações ligadas às Relações de Trabalho, de Poder e
Culturais é possível explicar, interpretar e narrar o objeto de estudo da disciplina de história,
ou seja, ações e relações humanas no tempo, sendo que essas devem ser abordadas
didaticamente, no processo de ensino/aprendizagem. Isso deve ser feito observando os
recortes espaço/temporal e conceituais específicos, à luz da historiografia.
As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras,
museus, filmes, músicas são documentos que podem ser transformados em materiais
didáticos de grande valia na constituição do conhecimento histórico.
Eles podem ser aproveitados de diferentes maneiras em aula, como exemplo: na
elaboração de biografias, na confecção de dossiês, representação de danças folclóricas,
exposição de objetos sobre o passado que estejam ao alcance do aluno, com a descrição de
cada objeto exposto e o contexto em que foram produzidos, de modo a estabelecer relações
entre as fontes.
4 – PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO
Nesta Proposta Pedagógica, ao se propor reflexões sobre a avaliação no ensino de
História, objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de História defendida
e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação
deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o conjunto das ações
pedagógicas, e não como elemento externo a este processo.
Para o Ensino Fundamental e Médio, a avaliação da disciplina de História, nesta
Proposta, considera três aspectos importantes:
A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes;
A compreensão das relações da vida humana (Conteúdos Estruturantes);
O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.
Esses três aspectos são entendidos como complementares e indissociáveis. O professor
deve recorrer a diferentes instrumentos de avaliação, tais como:
projeto de pesquisa bibliográfica;
leitura compreensiva e/ou crítica de textos;
pesquisa e produção de textos, relatórios, dramatizações, desenhos, músicas, poemas, mapas,
tabelas, gráficos e outras formas de expressão e representação;
resolução de questionamentos escritos (discursivos ou objetivos) e orais;
realização de atividades em sala de aula, biblioteca, e domicílio;
pesquisa, produção e apresentação de seminários;
realização e participação em debates;
projeto de pesquisa de campo/técnica;
produção e utilização de recursos áudio-visuais;
participação em palestras, atividades culturais ;
avaliação diagnóstica;
outros instrumentos de acordo com a especificidade da disciplina/conteúdo.
Os registros são realizados nos livros de Registro de Classe e no Sistema Estadual de
Registro Escolar.
A comunicação dos resultados é feita através de Boletim Escolar, entregue
bimestralmente aos educandos para que estes os encaminhem aos pais e responsáveis. A
escola, através da direção, equipe pedagógica e corpo docente, busca estabelecer contato os
pais ou responsáveis pelos educandos que tenham apresentado deficiências de aprendizagem,
para determinação e superação de eventuais problemas.
Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, após a avaliação diagnóstica, o
professor e seus alunos poderão revisitar as práticas desenvolvidas até então, de modo que
identifiquem lacunas no processo pedagógico. Essa ação permitirá ao professor planejar e
propor outros encaminhamentos para a superação das dificuldades constatadas.
Deseja-se que, ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos tenham
condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder
neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem, de modo a se
fazerem sujeitos da própria História.
São utilizados, bimestralmente, no mínimo 03 (três) instrumentos de avaliação
diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação é de no máximo 4,0 (quatro) e de no
mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de
avaliação deve totalizar 10,0 (dez) pontos.
O valor da média bimestral do educando é a soma dos resultados obtidos nos
instrumentos de avaliação ofertados.
Aos educandos que apresentam aproveitamento insuficiente, ou seja, inferior à 60%
(sessenta por cento) é oferecida a Recuperação de Estudos no decurso do bimestre no qual o
conteúdo foi desenvolvido.
A Recuperação de Estudos aborda os conteúdos nos quais o educando apresentou
aproveitamento insuficiente e utiliza quantos e quais tipos de instrumentos de avaliação o
educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do conteúdo no
qual seu aproveitamento foi considerado insuficiente.
Para efeito do registro escolar, é considerado o maior valor de avaliação obtido pelo
educando.
Os/As alunos(as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não com
prejuízo dos conteúdos, mas com menos questões a respeito do assunto ou com tempo maior
para resolução das atividades ou produção de textos e com explicações extras para cada
questão ou atividade.
5- Referências bibliográficas
BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo:
Cortez, 2004.
CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da História.Campinas:
Campus, 1997.
DOSSE, François. A história em migalhas: dos “Annales” à “Nova História”. São Paulo:
Ensaio; Campinas: Unicamp, 1992.
KUENZER, Acacia (org.). Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem
do trabalho. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2007, v. 1.
LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre (orgs.). História: novos problemas. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1979.
______. História: Novas Abordagens. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione,
2004. (Pensamento e ação no magistério).
FERREIRA, João Paulo Hidalgo. Nova Historia Integrada : Ensino Médio : volume único
Ed. FTD. São Paulo.2005
COTRIM, Gilberto. História do Brasil. Volume Único 2º Grau. Ed. Saraiva. São Paulo. 1990.
NADAI Elza. História Geral. Volume Único. 2º Grau. Ed. Saraiva. São Paulo. 1987.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP:
Livro Didático Público de História. Curitiba: SEED-PR, 2007.
Projeto Político Pedagógico, Colégio Estadual Getúlio Vargas, Ensino Fundamental e
médio, 2010.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica História. Departamento da Educação Básica. Curitiba, 2008.
LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
No Brasil, o ensino de Língua Portuguesa teve início com os jesuítas na formação da
“elite colonial” e na alfabetização e catequização dos índios. (PARANÁ, 2008. apud.
MOLL,2006, p. 39)
Em 1758, o Marquês de Pombal, através de um decreto, proibiu o uso do tupi-guarani
(língua Geral, na época), oficializando a Língua Portuguesa como idioma do Brasil.
No entanto, nos currículos escolares, a Língua Portuguesa apareceu no fim do século
XIX. Antes disso, até 1869, destacavam-se as disciplinas clássicas, principalmente, o latim, ao
passo que a Língua Portuguesa não era valorizada.
A função de Professor de Português foi criada em 1871; nesse mesmo ano, o conteúdo
gramatical recebeu o nome de Português.
Até meados do século XX, aprender Língua Portuguesa, no Brasil era privilégio da elite.
Isso começou a mudar a partir de 1960 quando houve a expansão do ensino primário público
com o aumento de vagas e extinção do exame de admissão.
A partir de 1971 com a criação da Lei nº 5692, o ensino deveria focar a qualificação
profissional. Nasceu, então, a pedagogia tecnicista que, “na disciplina de Língua Portuguesa,
pautava-se na concepção de linguagem como meio de comunicação” (PARANÁ, 2008, p. 44).
“As novas concepções sobre a aquisição da Língua Materna chegaram ao Brasil no final
da década de 1970 e início de 1980, quando as primeiras obras do Círculo de Bakhtin
passaram a ser lidas nos meios acadêmicos”. (op. cit, p. 46)
À luz das concepções postuladas por Bakhtin a utilização da língua efetua-se em forma
de enunciados (orais e escritos), concretos e únicos que emanam dos integrantes duma ou
doutra esfera da atividade humana.
As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa do Estado do Paraná que ora vigoram
assumem uma concepção de linguagem que não se fecha “na sua condição de sistema de
formas(...) mas abre-se para sua condição de atividade e acontecimento social, portanto
estratificada pelos valores ideológicos” (Paraná, 2008, apud. Rodrigues, 2005, p. 156).
A linguagem existe pela constante necessidade do ser humano em se comunicar, interagindo
com seus interlocutores oralmente ou por escrito devido a sua natureza social. Seja qual for o
interesse (político, social, econômico, cultural, etc.) do homem, é através da linguagem que
ele adquire conhecimentos, participa ativamente da sociedade, identifica as vozes sociais
presentes nos textos, bem como as ideologias infiltradas nas palavras. Assim ele argumenta,
refuta opiniões alheias, repensa seu discurso, aperfeiçoa a linguagem, concretizando-a nas
inúmeras situações de seu cotidiano.
“Os homens não recebem a língua pronta para ser usada” (op. cit., p. 49), mas como ser
pensante e ávido por informações e conhecimentos o ser humano busca constantemente se
atualizar, procurando na escola a possibilidade de entender e utilizar a linguagem em
diferentes gêneros textuais (orais ou escritos, na norma padrão ou na linguagem coloquial).
Pensando nessa concepção de linguagem, a escola não pode trabalhar a língua materna em
frases soltas, perdidas do contexto social; deve sim contextualizar a produção oral e escrita
considerando “os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem como o
contexto de produção do enunciado, uma vez que seus significados são sociais e
historicamente construídos” (op. cit., p.49).
Segundo as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa, documento que norteia a ação
pedagógica no Estado do Paraná, tendo em vista a concepção de linguagem como discurso
que se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na
disciplina de língua, busca:
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contex-
to e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propi-
ciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas so-
ciais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do con-
texto de produção;
• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie
seus conhecimentos linguístico-discursivos;
• Aprofundar por meio de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensi-
bilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;
• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramen-
tas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno
condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, aproximando-se,
também, da norma padrão.
O ensino da Língua Portuguesa é importante para o aluno conhecer e dominar, dentre
outras, a norma culta da língua materna, uma vez que vem para a escola utilizando apenas a
variante coloquial. Deve-se respeitar e valorizar o discurso do aluno, mas é indispensável que
ele saiba também empregar a variedade padrão necessária para textos como documentos,
leis e correspondências entre outros que requerem o entendimento do discurso empregado
pela classe dominante e pela mídia. Também na escola, dominando as diversas variantes
linguísticas o aluno será capaz de adquirir e aprofundar seus conhecimentos nas diferentes
disciplinas do Currículo Escolar, ampliando seu universo cognitivo.
Fora da escola, o domínio da língua materna é importante para a atuação social e
profissional do indivíduo. Na sociedade, dominando os diversos gêneros textuais (orais ou
escritos), e empregando-os adequadamente a cada situação e às necessidades do momento, o
cidadão poderá interagir com seus interlocutores, expondo seus pontos de vista e
identificando a carga ideológica no discurso alheio. No trabalho, mesmo dispondo de
inúmeros recursos tecnológicos (como por exemplo a comunicação digital),o profissional que
domina a Língua Portuguesa em suas variantes linguísticas passa credibilidade ao se
comunicar, seja por escrito ou oralmente.
2. CONTEÚDO DE ENSINO
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Quanto mais o aluno tiver acesso à linguagem oral e escrita das várias esferas sociais, maior
será seu domínio sobre o texto “seus sentidos, suas intenções e visões de mundo” (Paraná,
2008, p. 55). Por isso a prática pedagógica em sala de aula deve ser voltada à oralidade, à
leitura e à escrita possibilitando ao aluno a reflexão sobre o uso da linguagem em situações
diversas, ou seja, “a linguagem como fenômeno social” (op. cit., p. 49).
Conteúdos Básicos: Gêneros discursivos – oralidade, leitura e escrita
Oralidade
O aluno chega à escola dominando a linguagem coloquial. Essa variação linguística deve ser
respeitada e a norma culta colocada como mais uma possibilidade de comunicação quando a
situação exige tal nível de linguagem. “(...) as diferentes variantes linguísticas (...) constituem
sistemas lingüísticos eficazes, falares que atendem a diferentes propósitos comunicativos,
dadas as práticas sociais e os hábitos culturais das comunidades.” (Paraná, 2008, p.56)
Escrita
A produção textual deve estar relacionada com seu uso na sociedade. Portanto, socializar a
escrita dos alunos é relevante para que ao produzirem textos, levem em consideração as
intenções presentes em seus discursos, assim como os possíveis interlocutores com os quais
interagirão. “O exercício da escrita leva em conta a relação entre o uso e o aprendizado da
língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos
são construções coletivas.” (Paraná, 2008, p. 68)
Leitura
Ao ler um texto, o aluno não permanecerá estático, passivo. Pelo contrário, trará para a
leitura seu conhecimento escolar e sua vivência de mundo; estabelecerá diálogo com o
escritor, concordando com ele ou refutando seus argumentos; identificará a ideologia
presente nas palavras e as intenções do autor, dando vida ao texto. “ (...) compreende-se a
leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve demandas sociais, históricas,
políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado momento.” (Paraná, 2008, p.
56)
Análise Linguística
A prática da análise linguística não usará o texto como suporte para estudar elementos
isolados; o estudo deve voltar-se para a função das frases, palavras, expressões, tempos
verbais, etc. na construção textual.
O aluno terá oportunidade de observar e refletir como as escolhas linguísticas feitas pelo
escritor ou falante influenciam a construção de sentidos daquele gênero textual, naquela
situação e naquele momento (não foi por acaso que ele empregou tais conjunções, artigos,
pronomes, tempos verbais, etc., existe uma razão para isso: o sentido do texto).
Com isso o aluno poderá ampliar seus conhecimentos sobre o funcionamento do sistema
linguístico da língua materna em todos os sentidos. “O trabalho de reflexão linguística deve
voltar-se para a observação e análise da língua em uso, o que inclui morfologia, sintaxe,
semântica e estilística; variedades linguísticas; as relações e diferenças entre língua oral e
língua escrita, quer no nível fonológico-ortográfico, quer no nível textual...” (PARANÁ, 2008,
p.60).
5ª Série do Ensino Fundamental
Conteúdos básicos: Gêneros Discursivos
Esferas sociais de circulação Abordagem teórico-metodológica
cotidiana Adivinhas
Anedotas
Bilhetes
Cantigas de roda
Cartão
Comunicado
Convites
Músicas
Parlendas
Piadas
Provérbios
Literatura/ artística Autobiografias
Contos de fadas
Fábulas
Haicai
Histórias em quadrinhos
Lendas
Letras de músicas
Narrativas de Aventura
Paródias
Poemas
Escolar Cartazes
Diálogo/Discussão Argumentativa
Exposição oral
Pesquisas
Resumo
Imprensa Anúncio de emprego
Cartum
Charge
Classificados
Entrevista
Fotos
Horóscopos
Mapas
Notícia
Tiras
Publicitária Anúncio
Cartazes
Folder
Fotos
Músicas
Paródia
Placas
Política Carta de reclamação
Panfleto
Jurídica Declaração de Direitos
Leis
Produção e consumo Bulas
Placas
Regras de jogo
Rótulos/Embalagens
Midiática Desenho Animado
Filmes
Telejornal
Telenovela
Torpedos
Vídeo Clip
6ª Série do Ensino Fundamental
Conteúdos básicos: Gêneros Discursivos
Esferas sociais de circulação Abordagem teórico-metodológica
cotidiana Albúm de Família
Anedotas
Carta Pessoal
Cartão Postal
Causos
Diário
Literatura/ artística Biografias
Contos
Contos de fadas contemporâneos
Fábulas contemporâneas
Paródias
Poemas
Escolar Ata
Juri Simulado
Mapas
Imprensa Agenda cultural
Caricatura
Manchetes
Reportagens
Publicitária Caricatura
Comercial para TV
Publicidade Comercial
Política Carta de emprego
Debate
Manifesto
Jurídica Depoimentos
Estatutos
Procuração
Produção e consumo Manual técnico
Placas
Midiática Blog
Chat
Fotoblog
E mail
7ª Série do Ensino Fundamental
Conteúdos básicos: Gêneros Discursivos
Esferas sociais de circulação Abordagem teórico-metodológica
cotidiana Curriculum Vitae
Exposição Oral
Fotos
Quadrinhas
Literatura/ artística Crônicas de ficção
Escultura
Narrativas de Enigma
Narrativas de humor
Literatura de cordel
Pinturas
Escolar Debate Regrado
Palestras
Relato Histórico
Relatórios
Seminário
Imprensa Carta ao leitor
Resenha crítica
Publicitária E mail
Slogan
Texto Político
Política Abaixo- assinado
Debate Regrado
Fórum
Jurídica Boletim de Ocorrência
Ofício
Regimentos
Produção e consumo Manual Técnico
Placas
Midiática Entrevista
Home Page
Vídeo clip
8ª Série do Ensino Fundamental
Conteúdos básicos: Gêneros Discursivos
Esferas sociais de circulação Abordagem teórico-metodológica
cotidiana Receitas
Relatos de experiência vividas
Trava-Línguas
Literatura/ artística Narrativa de Ficção Científica
Narrativa de Terror
Narrativas Fantásticas
Narrativas Míticas
Romances
Tankas
Textos Dramáticos
Escolar Relatos de Experiência Científicas
Resenha
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
Imprensa Artigo de Opinião
Carta do Leitor
Classificados
Crônica Jornalística
Editorial
Infográfico
Mesa Redonda
Sinopses de Filmes
Publicitária Slogan
Publicidade Institucional
Publicidade Oficial
Texto Político
Política Assembleia
Discurso político de Palanque
Fórum
Mesa Redonda
Jurídica Constituição Brasileira
Contrato
Discurso de Acusação
Discurso de Defesa
Ofício
Regulamentos
Requerimentos
Produção e consumo Manal Técnico
Midiática Reality Show
Talk Show
Vídeo Conferência
CONTEÚDOS BÁSICOS A SEREM ABORDADOS EM TODAS AS SÉRIES DO ENSINO
FUNDAMENTAL:
Leitura
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade Intencionalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pon-
tuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Semântica: operadores argumentativos; polissemia; sentido conotativo e denotativo;
expressões que denotam ironia e humor no texto.
Escrita
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Argumentatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pon-
tuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
• Processo de formação de palavras;
• Vícios de linguagem;
• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; polissemia.
Oralidade
• Conteúdo temático ;
• Finalidade;
• Argumentatividade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas ...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
1ª Série do Ensino Médio
Conteúdos Básicos:
Gêneros discursivos, conforme esferas sociais de circulação:
Cotidiana: Carta pessoal, relatos de experiências vividas, exposição oral.
Literária/ artística: Fábulas, pinturas, poemas, crônicas de ficção, textos dramáticos, contos.
Escolar: Cartazes, exposição oral, relatos de experiência científica.
Imprensa: Cartum, entrevista(oral e escrita), debate regrado.
Publicitária: Anúncio, fotos, músicas, publicidade comercial, publicidade institucional.
Política: Abaixo-assinado, carta de emprego, carta de reclamação, carta de solicitação.
Jurídica: Constituição Brasileira, leis, estatutos.
Produção e consumo: Bulas, Rótulos/embalagens.
Midiática: Filmes, telejornal.
2ª Série do Ensino Médio
Conteúdos Básicos:
Gêneros discursivos, conforme esferas sociais de circulação:
Cotidiana: Músicas, exposição oral, relatos de experiências vividas.
Literária/ artística: Contos, pinturas, romances, poemas.
Escolar: Pesquisa, cartazes, texto de opinião, verbetes de enciclopédias.
Imprensa: Artigo de opinião, cartum, tiras, notícia.
Publicitária: Cartazes, slogan, publicidade comercial.
Política: Carta de emprego, debate.
Jurídica: Constituição Brasileira, leis, estatutos.
Produção e consumo: Rótulos/embalagens, manual técnico.
Midiática: Filmes, telejornal, entrevista.
3ª Série do Ensino Médio
Conteúdos Básicos:
Gêneros discursivos, conforme esferas sociais de circulação:
Cotidiana: Músicas, exposição oral, curriculum vitae.
Literária/ artística: Contos, pinturas, romances, poemas.
Escolar: Pesquisa, texto argumentativo, texto de opinião, exposição oral, verbetes de
enciclopédias.
Imprensa: Artigo de opinião, editorial, entrevista (oral e escrita), cartum, tiras.
Publicitária: Cartazes, paródia, publicidade comercial.
Política:Carta de reclamação, carta de solicitação, debate.
Jurídica: Constituição Brasileira, leis, estatutos.
Produção e consumo: Placas, manual técnico.
Midiática: Filmes, telejornal.
Observação:
Nas três séries do Ensino Médio, a literatura não será dividida cronologicamente; haverá
contemplação dos diferentes períodos literários de acordo com as possibilidades de “diálogo”
entre textos de autores brasileiros, assim como, com textos de autores estrangeiros.
CONTEÚDOS BÁSICOS A SEREM ABORDADOS EM TODAS AS SÉRIES DO ENSINO MÉDIO:
Leitura
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Contexto de produção da obra literária;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Progressão referencial;
Partículas conectivas do texto;
Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem; sentido
conotativo e denotativo.
Escrita
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
• Referência textual;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Ideologia presente no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Progressão referencial;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
• Vícios de linguagem;
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência.
Oralidade
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Intencionalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, de gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
3- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Leitura
Leitura silenciosa, coletiva, individual de diferentes textos verbais e não verbais,
literários e não literários produzidos em diversas esferas sociais, previamente selecionados de
acordo com as “características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma
das séries” (PARANÁ, 2008, p. 96). Nas leituras também serão trabalhados textos (nos
gêneros já delimitados) que abordem conteúdos os quais atendam às seguintes demandas:
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Cultura dos Povos Indígenas, Educação do
Campo, Questões de Gênero e Diversidade Sexual, Educação Ambiental, Prevenção ao uso
indevido de drogas, Enfrentamento à Violência na Escola, Cidadania e Direitos Humanos,
Educação Fiscal, Direitos da Criança e do Adolescente. Buscar-se-á por meio dessas leituras,
“o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos
textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles.” (PARANÁ, 2008, p.71)
Para isso é importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais;
• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e
ideologia;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; referente à
obra literária, explore os estilos do autor, da época, situe o momento de produção da
obra e dialogue com o momento atual, bem como com outras áreas do conhecimento;
• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos,
fotos, imagens, mapas e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras
e/ou expressões no sentido conotativo;
• Estimule leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de
cada gênero;
• Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e
consequência entre as partes e elementos do texto;
• Proporcione análises para estabelecer a progressão referencial do texto;
• Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.
Escrita
De acordo com os assuntos trabalhados nos textos lidos, associando-os às situações
vivenciadas pelos alunos e com os acontecimentos divulgados pela imprensa falada e/ou
escrita serão produzidos textos em versos e/ou em prosa (de acordo com o gênero em questão
no momento de estudo).
Para isso é importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, intenções,
contexto de produção do gênero;
• Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência
textual;
• Conduza a utilização adequada dos conectivos;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• Acompanhe a produção do texto;
• Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Estimule produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada
gênero;
• Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos
do texto;
• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que
compõe o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há uma
questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está
apropriada, se há continuidade temática, etc.);
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se
atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais
e normativos.
Oralidade
A partir das leituras dos gêneros textuais selecionados de acordo com as esferas
sociais de circulação propõem-se declamação de poemas; encenação de textos dramáticos, de
fábulas, de textos de publicidades, de contos, de anedotas, cantigas de roda, etc.; exposição
de opiniões sobre as intenções presentes nas publicidades, nos cartuns, nas tiras, nas cartas
de reclamação e nas de solicitação, nos telejornais; apresentação para a classe de relatos
pessoais e de experiências científicas; leitura de textos, em tom de voz adequado ao ambiente,
etc.
Para isso é importante que o professor:
XL.Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a:
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
XLI. Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos
alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
XLII. Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral e selecionado;
XLIII. Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
10. Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e
outros;
11. Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como seminários,
telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros;
12. Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como
jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos
discursos dessas esferas.
Análise linguística
Na concepção assumida pelas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, ora
vigente, a análise linguística “é uma prática complementar às práticas da leitura, oralidade e
escrita” e “faz parte do letramento escolar” (PARANÁ, 2008, p.77).
Ao se trabalhar com os gêneros textuais selecionados de acordo com as esferas sociais de
circulação, a análise linguística será abordada, de forma a explorar com os alunos a
funcionalidade dos elementos linguísticos utilizados na produção textual oral ou escrita,
observando a sua importância “na constituição da unidade de sentido dos enunciados” (op.
cit., p.78) .
Nessa perspectiva, existem várias possibilidades de se efetivar a análise linguística nas três
práticas discursivas. Por exemplo, na oralidade pode-se abrir, uma reflexão com os alunos
sobre as diferenças que caracterizam a conversação formal e a informal; na escrita, verificar a
função das conjunções; na leitura, o efeito do uso das figuras de linguagem, dentre outras.
Para desenvolver as atividades propostas, o professor contará com recursos didáticos e
tecnológicos como: livro didático público do Estado do Paraná, livro didático do Plano
Nacional do Livro para o Ensino Médio; livros, jornais e revistas da biblioteca escolar; textos e
vídeos da TV Escola e TV Paulo Freire; textos e vídeos educativos de outros sites; jornais e
revistas online; quadro de giz; TV Multimídia; laboratório de informática; CDs; DVDs;
Notebook conectado à TV Multimídia, etc.
4. PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO
A avaliação tradicional, nas escolas brasileiras, exigia que o aluno decorasse o
conteúdo trabalhado; a resposta deveria ser dita ou escrita exatamente como o professor
repassou durante as aulas. Porém a partir da Lei nº 9394/96, de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDBEN), a concepção de avaliação passa a ser “avaliação contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”
(PARANÁ, 2008. apud. LDBEN, p.81).
Nesse processo avaliativo, o aluno terá seu ritmo e processo de aprendizagem
respeitados, pois a avaliação formativa (contínua e cumulativa) não pode ser isolada do
processo educativo; deve sim ocorrer ao longo do ano letivo visando à investigação e
superação das deficiências da aprendizagem com o intuito de saná-las.
Isso exige não só a retomada de conteúdos através de métodos diversificados, mas
também a implementação de diferentes instrumentos de avaliação.
Portanto, em Língua Portuguesa e Literatura, além da observação diária, serão usadas
práticas avaliativas como trabalhos individuais e em grupos; produção de textos (individual e
em grupos); exposição oral (individual e em grupos); interpretação de textos; pesquisas (em
material escrito e virtual); participação em comentários/debates em sala de aula;
posicionamento diante dos textos (escritos, orais, não verbais), bem como diante das
falas/opiniões dos colegas de classe.
No decorrer do ano letivo, espera-se que o aluno:
Leitura
Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais;
Localize informações explícitas e implícitas no texto,
Produza inferências a partir de pistas textuais;
Posicione-se argumentativamente;
Amplie seu léxico;
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
Identifique a ideia principal do texto;
Analise as intenções do autor;
Identifique o tema;
Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes
estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico
atual;
Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido
conotativo;
Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
Escrita
Expresse ideias com clareza;
Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,
finalidade...); à continuidade temática;
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade,
etc.;
Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,
pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos;
Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
Oralidade
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
Apresente ideias com clareza;
Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
Compreenda os argumentos do discurso do outro;
Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;
Organize a sequencia da fala de modo que as informações não se percam;
Respeite os turnos de fala;
Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas
redondas, diálogos, etc.;
Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais,
pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
Em conformidade com o Projeto Político Pedagógico deste colégio, serão utilizados,
bimestralmente, no mínimo 03 (três) instrumentos de avaliação diferentes. O valor de cada
instrumento de avaliação é de no máximo 4,0 (quatro) pontos e de no mínimo 0,5 (meio)
ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de avaliação deve totalizar
10,0 (dez) pontos.
O valor da avaliação bimestral do educando corresponderá à soma dos resultados
obtidos nos instrumentos de avaliação ofertados.
Aos educandos que não apresentarem aproveitamento esperado, será oferecida a
Recuperação de Estudos no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido, após a
realização dos instrumentos avaliativos.
Na Recuperação de Estudos abordar-se-ão os conteúdos nos quais o educando não
apresentou aproveitamento esperado e serão utilizados quantos e quais tipos de instrumentos
de avaliação o educador julgar necessários para a efetivação da aprendizagem, de acordo com
as especificidades do educando e do conteúdo. Para efeito do registro escolar, é considerado o
maior valor de avaliação obtido pelo educando.
Após identificar junto aos alunos a não efetivação da aprendizagem, será feita a
recuperação do conteúdo por meio de: novas explicações; pesquisa a partir de um referencial
bibliográfico; resolução de novas atividades; trabalhos individuais e em grupos, entre outros
que possibilitem ao aluno a compreensão do assunto.
Os registros serão realizados nos livros de Registro de Classe e no Sistema Estadual de
Registro Escolar.
A comunicação dos resultados será feita através de Boletim Escolar, entregue
bimestralmente aos educandos para que estes os encaminhem aos pais e responsáveis. A
escola, através da direção, equipe pedagógica e corpo docente, buscará estabelecer contato
com os pais ou responsáveis pelos educandos que tenham apresentado deficiências de
aprendizagem, para determinação e superação de eventuais problemas.
Os/As alunos(as) com necessidades educativas especiais terão avaliação diferenciada,
não com prejuízo dos conteúdos, mas com menos questões a respeito do assunto ou com
tempo maior para resolução das atividades ou produção de textos e com explicações extras
para cada questão ou atividade.
5- REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial,
2003.
_____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo:
Parábola, 2007.
BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. e Michel Lahud e
Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
_____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma perspectiva
enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em Linguística) Aplicada ao
Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2001.
CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português Linguagens, vol. 1,
Ensino Médio. 5. ed. São Paulo: Atual, 2005.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.
GERALDI, João W. (org.). O texto na sala de aula. 2. ed. São Paulo: Ática, 1997.
KLEIMAN, A. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7. ed. Campinas: Pontes, 2000.
KRAMER, S. Alfabetização, leitura e escrita. São Paulo: Ática, 2004.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Língua Portuguesa e Literatura – Livro Didático
Público – Vários Autores. Curitiba: SEED, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica
Língua Portuguesa. SEED/PR: Curitiba, 2008.
PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1986.
Projeto Político Pedagógico, Colégio Estadual Getúlio Vargas, Ensino Fundamental e Médio,
2010
SUASSUNA, L. Ensino de língua portuguesa: uma abordagem pragmática. Campinas: Papirus,
1995.
MATEMÁTICA
1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA MATEMÁTICA
A história da Matemática nos mostra como os povos antigos desenvolveram os
conceitos e conhecimentos matemáticos que vieram a compor a Matemática dos nossos dias.
Com a Revolução Industrial a modernização tomou conta do mundo e com a
Matemática as mudanças não foram diferentes. As ideias reformadoras do ensino se inseriram
no contexto das discussões pelo movimento da Escola Nova, que defendia a valorização do
processo de ensino dos alunos e dava incentivo a atividades lúdicas, atividades de pesquisa,
jogos e experimentações.
Com o passar do tempo, outras tendências influenciaram e influenciam o ensino da
matemática no Brasil até os dias atuais. Por volta das décadas de sessenta e setenta surgiu a
tendência Construtivista, que defendia que o conhecimento matemático resultava da ação
interativa dos estudantes no ambiente e nas atividades pedagógicas.
Mais tarde surge a tendência que valorizava os aspectos sócios – culturais (SOCIO
ETNO CULTURAL) onde na Matemática se destacou a etnomatemática. Posteriormente surge
a concepção histórico-crítica presente até os dias atuais, que concebe a matemática como um
saber vivo e dinâmico.
No final da década de oitenta o Paraná elaborou um documento referência “
Currículo Básico da Escola Pública do Paraná”. Nessa proposta aprender matemática era
interpretar, construir seus próprios instrumentos, desenvolver o raciocínio lógico.
Com a Lei 9394 – tivemos os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), o qual indicava
a matemática voltada para aplicações na vida prática, minimizando o valor científico da
matemática, ponto esse alvo de muitas criticas.
Por fim elabora-se as atuais Diretrizes Curriculares que organiza os conteúdos
estruturantes em 5 eixos denominados: Números e Álgebra, Grandezas e Medidas,
Geometrias, Funções e Tratamento da Informação e coloca uma Matemática investigativa e
de produção do conhecimento, visando a formação de um ser humano crítico, capaz de agir
com autonomia nas relações sociais.
Considerando que: matemática está presente no cotidiano do nosso aluno; que esta
contribui para que o estudante tenha condições de constatar regularidades matemáticas,
generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar situações
matemáticas e de outras áreas; é uma disciplina com características muito próprias, e que
conhecimentos desta são compartilhados praticamente em todas as áreas como Economia,
Informática, Mecânica, na Análise Financeira, entre tantas outras; que com o avanço das
tecnologias, cria-se a necessidade de uma Matemática cada vez mais forte; que o ensino desta
colabora para a formação de cidadãos críticos, capazes de agir com autonomia nas suas
relações sociais, através dos conhecimentos apropriados, justifica-se a o ensino desta
disciplina como saber escolar.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude, os
conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina
escolar, considerados fundamentais para a sua compreensão. Constituem-se historicamente e
são legitimados nas relações sociais.
Os conteúdos estruturantes propostos são:
• Números e Álgebra
• Grandezas e Medidas
• Geometrias
• Funções
• Tratamento da informação
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
5ª série/ 6º ano
. Sistemas de numeração; • Medidas de volume;
• Números Naturais; • Medidas de tempo;
• Múltiplos e divisores; ' Medidas de ângulos;
• Potenciação e radiciação; • Sistema monetário
• Números fracionários; • Geometria Plana;
• Números decimais • Geometria Espacial.
• Medidas de comprimento; . Dados, tabelas e gráficos;
• Medidas de massa; ' Porcentagem.
• Medidas de área;
6ª serie / 7º ano
• Números Inteiros; • Medidas de temperatura;
• Números Racionais; • Medidas de ângulos.
• Equação e Inequação do 1º grau; . Geometria Plana;
• Razão e proporção; • Geometria Espacial;
• Regra de três simples • Geometrias não-euclidianas
• Juros simples • Pesquisa Estatística;
• Moda e mediana; • Média Aritmética;
7ª série / 8º ano
• Números Racionais e Irracionais; • Medidas de volume;
• Sistemas de Equações do 1º grau; • Medidas de ângulos
• Potências; • Geometria Plana;
• Monômios e Polinômios; • Geometria Espacial;
• Produtos Notáveis • Geometria Analítica;
• Porcentagem. • Geometrias não euclidianas
• Medidas de comprimento; • Gráfico e Informação;
• Medidas de área; • População e amostra
8ª série / 9º ano
• Números Reais; • Noção intuitiva de Função Quadrática.
• Propriedades dos radicais; • Geometria Plana;
• Equação do 2º grau; • Geometria Espacial;
• Teorema de Pitágoras; • Geometria Analítica;
• Equações Irracionais; • Geometrias não euclidianas
• Equações Biquadradas; • Noções de Análise Combinatória;
• Regra de Três Composta • Noções de Probabilidade;
• Relações Métricas no Triângulo Retângulo; • Estatística;
• Trigonometria no Triângulo Retângulo • Juros Compostos.
• Noção intuitiva de Função Afim.
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO
1ª Série
• Função Afim - Função Trigonométrica
- Função Quadrática - Função Modular
- Função Polinomial - Progressão Aritmética
- Função Exponencial - Progressão Geométrica
- Função Logarítmica
2ª Série
- Matrizes e Determinantes - Análise Combinatória
- Trigonometria - Binômio de Newton
- Geometria Plana - Estudo das Probabilidades;
- Geometria Espacial
3ª Série:
- Estatística - Números Complexos
- Matemática Financeira - Polinômios
- Geometria Analítica
3- ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS DA DISCIPLINA
A Educação Matemática requer um ensino que possibilite aos estudantes apropriar - se
de conceitos e ideias que facilitem a realização de análises e discussões, de situações
cotidianas e a partir daí ampliem seus conhecimentos e contribuam com a nossa sociedade.
Para tanto, é necessário que o processo ensino/aprendizagem em matemática, colabore para
que o aluno tenha condições e oportunidades de adquirir essas habilidades, tanto
matemáticas como também em outras áreas como políticas, sociais e econômicas.
Assim a matemática apresentada aos educandos, deve ser clara de forma a perceberem
que esta é uma ciência criada pelo homem em sua constante busca pelo conhecimento e
atendimento de suas necessidades. Sendo assim, as metodologias utilizadas terão por base:
• Resolução de Problemas - Nesta tendência metodológica o aluno usando de seus
conhecimentos prévios, busca as mais diversas maneiras que chegam a solução
procurada, tornando assim as aulas mais dinâmicas e interessantes.
• Modelagem Matemática - A modelagem é uma alternativa para o ensino de
Matemática tanto fundamental como médio. É algo livre, espontâneo que surge da
necessidade do homem, em compreender os fatos que o cerca para interferir ou não
em seu processo de construção.
• Etnomatemática - Entende – se por etnomatemática, a matemática praticada por
grupos diferentes, como comunidades rurais, urbanos, trabalhadores, sociedades
indígenas e tantos outros grupos que se identificam por objetivos comuns.
• Mídias Tecnológicas - Trata – se do uso de recursos tecnológicos dentro da
disciplina, o qual apresenta maneiras diferenciadas de se ensinar e aprender,
facilitando e investigando a investigação e a experimentação matemática, valorizando
a produção do conhecimento.
• História da Matemática - Associar os conteúdos com a história da matemática, é dar
oportunidade aos alunos entenderem a matemática construída historicamente, bem
como também conhecer a matemática que se encontra em contínua construção e assim
leva – los a observações, levantamento de hipóteses, reflexões e experimentações, e
posteriormente a construção de seus próprios conceitos matemáticos.
• Investigações Matemáticas- A prática pedagógica de investigações matemáticas tem
sido recomendada por diversos estudiosos como forma de contribuir para uma melhor
compreensão da disciplina em questão.
As investigações matemáticas (semelhantes às realizadas pelos matemáticos) podem
ser desencadeadas a partir da resolução de simples exercícios e se relacionam com a
resolução de problemas. Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um
matemático, não apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque
formula ideias a respeito do que está investigando.
Diante do exposto, o encaminhamento metodológico da disciplina será de diferentes
estratégias e articulações das metodologias acima citadas, procurando-se partir de situações
em que o aluno possa se identificar e ampliar seus conhecimentos, desenvolver estratégias
cognitivas como argumentação, expressão de ideias, planejamento. Sempre que possível será
usado o auxílio de recursos didáticos como TV, vídeos, transparências, instrumentos
matemáticos, construção de jogos, calculadora, computador, entre outros.
No decorrer do ano letivo serão desenvolvidas na disciplina atividades que contemplem
os desafios educacionais contemporâneos:
1. Educação Ambiental:
Diante da grave situação de degradação do meio ambiente em que o mundo se encontra,
é necessária a conscientização do ser humano quanto a preservação contínua do Planeta
Terra.
A escola é o espaço ideal para se desenvolver tais atividades conscientizando o cidadão a
cuidar do mundo em que vive, preservando a natureza, evitando maiores catástrofes. É
urgente o controle da poluição do meio ambiente, o incentivo à reciclagem, bem como uso
racional da água.
A Educação Ambiental será trabalhada na disciplina de Matemática através de
leituras, vídeos, análise de gráficos e panfletos.
- Educando para as relações étnico-raciais:
A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e afirmação
de direito, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente apoiada com a
promulgação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9394/1996, estabelecendo a
obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas, assegurando o
direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como garante igual direito às
histórias e culturas que compõem a nação brasileira, além do direito de acesso às diferentes
fontes da cultura nacional a todos os brasileiros. Portanto a escola estará trabalhando na
valorização da história e cultura dos afro-brasileiros, assim comprometida com a relação de
relações étnico-raciais.
A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira e
africana não se restringe à população negra, ao contrário, dizem respeito a todos os
brasileiros uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma
sociedade multicultural e pluri étnica, capazes de construir uma nação democrática.
Na disciplina de Matemática cultura afro-brasileira e africana será através do
aproveitamento de situações cotidianas na sala de aula, debates, dados de reportagens e
gráficos.
- Educação do Campo:
Os povos do campo durante muito tempo foram marginalizados, vistos como sinônimos
de atraso, ridicularizados pelo seu modo de vida e costumes. Os alunos das escolas públicas
recebem educação urbana, não sendo valorizados os conhecimentos, hábitos e cultura do
campo.
Visando à mudança dessa concepção, as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná
orientam a contemplação da Educação do Campo em todas as disciplinas nas escolas
públicas.
Portanto, a cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos povos do
campo serão tomados como referência para o trabalho pedagógico nas escolas públicas
estaduais. Dever-se-ão levar em consideração as identidades sociais e políticas dos povos do
campo, fazendo com que os alunos vindos dessas localidades não se sintam excluídos, vendo
que é possível continuar no campo com qualidade de vida, tendo seus direitos assegurados
através de políticas sociais voltadas para o campo.
A educação no campo será abordada nesta disciplina através conversas, debates,
pesquisa de dados a fim de serem analisados.
- Enfrentamento a violência na escola:
Vivemos numa sociedade capitalista marcada pela desigualdade e alicerçada na
exploração do ser humano. Como resultado observamos uma grande distancia entre homens e
mulheres, conforme sua classe social. Os fatores que determinam e condicionam os diferentes
tipos de ações e comportamentos muitas vezes até violentos e corriqueiros em nossa
sociedade, estão enraizados nas desigualdades sociais e na organização econômica que
sustenta essa sociedade.
Compreende-se que a escola deva pautar discussões sobre violência com base em
percepções globais dos mecanismos e dos sujeitos nela envolvidos. Sendo assim, esse tema
será trabalhado na disciplina de matemática através de reflexões em cima de situações diárias
e comuns de violência na sala de aula e na escola.
- Prevenção do uso indevido de drogas:
A sociedade atual na qual estamos inseridos apresenta algumas características que
favorecem a competição, o consumo desenfreados, a desvalorização do ser humano e o
esquecimento de valores éticos e morais. Sendo assim a prevenção ao uso indevido de drogas,
no âmbito das escolas deve ser entendido como um processo desafiador e urgente. Na
disciplina de matemática abordar-se-á o tema através de leitura de textos com
esclarecimentos dos tipos de drogas e seus efeitos
- Cidadania e direitos humanos:
O tema cidadania e direitos humanos tem na sua essência a busca dos princípios da
dignidade humana, respeitando os diferentes sujeitos de direito e fomentando maior justiça
social. Sendo assim o tema será abordado na disciplina de matemática através leituras e
discussões em sala de aula.
- Educação Fiscal:
A proposta da Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função
socieconômica dos tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração
pública, incentivar o acompanhamento pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e
criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão. Será abordada
através da exploração de situações diárias nas quais os alunos aprenderão a identificar o
valor dos impostos incluídos no preço de produtos e serviços que consomem e da relação dos
conteúdos curriculares da disciplina com os tributos.
4- AVALIAÇÃO
Considera-se que a avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-
aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a
interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o
significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.
Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de avaliação
claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo ensino aprendizagem,
quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas
oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho,
bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno No processo avaliativo, é
necessário que o professor faça uso da observação sistemática para diagnosticar as
dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seu
conhecimento. Tais oportunidades devem incluir manifestação escritas, orais e de
demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais
manipuláveis, computador e calculadora.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor.
Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
• elabora um plano que possibilite a solução do problema;
• encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
• realiza o retrospecto da solução de um problema.
Serão realizados, bimestralmente, avaliações utilizando no mínimo 03 (três)
instrumentos diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação é de no máximo 4,0
(quatro) e de no mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos
instrumentos de avaliação totaliza 10,0 (dez) pontos.
O valor da média bimestral do educando é a soma dos resultados obtidos nos
instrumentos de avaliação ofertados.
Quando constatado que houveram educandos que não apresentarem aproveitamento
suficiente no desenvolvimento das avaliações será retomado o conteúdo e ofertada a
Recuperação de Estudos a todos os alunos. Sendo considerado para registro escolar, o maior
valor de avaliação obtido pelo educando.
Na Recuperação de Estudos abordam-se os conteúdos nos quais o educando não
apresentou aproveitamento esperado e utilizam-se quantos e quais tipos de instrumentos de
avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do
conteúdo necessário para a efetivação da aprendizagem.
Serão instrumentos de avaliações:
• Trabalhos individuais e em grupo
• Pesquisas bibliográficas
• Resolução de problemas pelos alunos (individual, duplas ou grupos);
• Atividades com justificativas orais ou escritas;
• Formulação de questões pelos alunos;
• Atividades fora da classe – como tarefas, trabalhos com datas previamente
marcadas;
• Testes ou provas;
• Debates de questões sociais atuais estabelecendo relações da Matemática com
outras áreas do conhecimento.
Os/as alunos(as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não com
prejuízo dos conteúdos, mas com o número de questões reduzidas a respeito do assunto ou
com tempo maior para resolução das atividades e com explicações extras para cada questão
ou atividade.
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIEMBENGUT, Maria Sallet. Modelagem Matemática no Ensino. São Paulo: Contexto,
2005.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo
Horizonte: Autêntica, 2005.
DANTE, Luis Roberto. Didática da resolução de problemas de matemática. São Paulo:
Ática, 2005.
BONJORNO, José Roberto, GIOVANNI, José Rui, GIOVANNI JR., José Rui. Matemática
Fundamental – 2º grau, volume único. Editora FTD, 1994, São Paulo.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica –
Matemática, Curitiba, SEED, Paraná, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Desafios Educacionais
Contemporâneos. Curitiba, SEED, Paraná, 2008.
LOGEN, Adilson. Matemática – Ensino Médio. Editora Positivo, 2004, Curitiba.
www.diaadia.pr.gov.br
www.portaldoprofessor.com.br
QUIMICA
1 – Fundamentos teóricos
O desenvolvimento de saberes e de práticas ligadas à transformação da matéria e
presentes na formação das diversas civilizações foi estimulado por necessidades humanas,
tais como: a comunicação, o domínio do fogo e, posteriormente, o domínio do processo de
cozimento.
Esses saberes e/ou práticas (manipulação dos metais, vitrificação, feitura dos
unguentos, chás, remédios, iatroquímica, entre outros), em sua origem, não podem ser
classificados como a ciência moderna denominada Química, mas como um conjunto de ações e
procedimentos que contribuíram para a elaboração do conhecimento químico desde o século
XVII.
Na história do conhecimento químico, por exemplo, vários fatos podem ser
relembrados como forma de entender a constituição desse saber, entre eles a alquimia.
Os alquimistas europeus buscavam o elixir da vida eterna e a pedra filosofal (prática de
transmutação dos metais em ouro). Dedicavam-se a esses procedimentos, mas agiam de modo
hermético, ocultista, uma vez que a sociedade da época era contra essas práticas por
acreditar tratar-se de bruxaria.
Entretanto, os conhecimentos químicos nem sempre estiveram atrelados à religião e à
alquimia. A teorização sobre a composição da matéria, por exemplo, surgiu na Grécia antiga e
a ideia de átomo com os filósofos gregos Leucipo e Demócrito, que lançaram algumas bases
para o atomismo do século XVII e XVIII com Boyle, Dalton e outros. A teoria atômica foi uma
questão amplamente discutida pelos químicos do século XIX, que a tomaram como central
para o desenvolvimento da Química como ciência.
O fato é que a Química como ciência teve seu berço na Europa no cenário de
desenvolvimento do modo de produção capitalista, dos interesses econômicos da classe
dirigente, da lógica das relações de produção e das relações de poder que marcaram a
constituição desse saber.
Ao longo dos séculos XVII e XVIII, com o estudo da química pneumática (Boyle,
Priestley, Cavendish) e com o rigor metodológico de Lavoisier, definiu-se um novo saber, que
passou a ser conhecido como química, o qual foi dividido em diferentes ramificações
procedimentais, dentre elas: alquimia, boticários, iatroquímica e estudo dos gases.
No final do século XIX, com o surgimento dos laboratórios de pesquisa, a Química se
consolidou como a principal disciplina associada aos efetivos resultados na indústria. A
produção de conhecimentos, na Alemanha, Estado Nação recém- unificado, se dava pelas
instituições científicas e pela indústria, em busca de desenvolvimento econômico e científico e
de reorganização territorial (BRAVERMAN,1987). O exemplo alemão do investimento em
pesquisas, seguido por outras nações, alavancou ainda mais o desenvolvimento da Química.
Dentre as descobertas e avanços científicos, nas últimas quatro décadas do século XX
passou-se a conviver com a crescente miniaturização dos sistemas de computação, com o
aumento de sua eficiência e ampliação do seu uso, o que constitui uma era de transformações
nas ciências que vêm modificando a maneira de se viver. Esse período, marcado pela:
descoberta de novos materiais, engenharia genética, exploração da biodiversidade, obtenção
de diferentes combustíveis, pelos estudos espaciais e pela farmacologia; marca o processo de
consolidação científica, com destaque à Química, que participa das diferentes áreas das
ciências e colabora no estabelecimento de uma cultura científica, cada vez mais arraigada no
capitalismo e presente na sociedade, e, por conseguinte, na escola.
O conhecimento dessa disciplina é importante como saber escolar pelo fato de
possibilitar ao homem o desenvolvimento de uma visão crítica do mundo que o cerca,
podendo analisar, compreender e utilizar este conheci- mento no cotidiano, tendo condições
de perceber e interferir na qualidade de vida, como por exemplo, o impacto ambiental
provocado pelos rejeitos industriais e domésticos que poluem o ar, a água e o solo.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
Conteúdos estruturantes
A seleção dos conteúdos estruturantes foi fundamentada no estudo da história da
Química e da disciplina escolar e para que seja devidamente compreendido exige que os
professores retomem esses estudos, pois, essa arquitetura curricular pode contribuir para a
superação de abordagens e metodologias do ensino tradicional da Química.
A análise histórica e crítica de como, por que, onde, a serviço do quê e de
quem essa disciplina escolar e essa ciência surgiram e se estabeleceram, dará aos professores
condições de enriquecer os debates sobre os conteúdos que estruturam esse campo do
conhecimento.
São conteúdos estruturantes de química:
• Matéria e sua natureza;
• Biogeoquímica;
• Química sintética.
Conteúdos básicos
MATÉRIA
Constituição da matéria;
Estados de agregação;
Natureza elétrica da matéria;
Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...).
Estudo dos metais;
Tabela per4iódica:
SOLUÇÃO
• Substância: simples e composta;
• Misturas;
• Métodos de separação;
• Solubilidade;
• Concentração;
• Forças intermoleculares;
• Temperatura e pressão;
• Densidade:
• Dispersão e suspensão;
• Tabela periódica;
GASES
• Estados físicos da matéria
• Tabela periódica;
• Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x
volume e temperatura x volume);
• Modelo de partículas para os materiais gasosos;
• Misturas gasosas;
• Diferença entre gás e vapor;
• Leis dos gases
LIGAÇÕES QUÍMICAS
• Tabela periódica;
• Propriedade dos materiais;
• Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;
• Solubilidade e as ligações químicas;
• Interações intermoleculares as propriedades das substâncias moleculares;
• Ligações de hidrogênio;
• Ligação metálica (elétrons semi-livre);
• Ligações sigma e pi;
• Ligações polares e apolares.
• Alotropia;
FUNÇÕES QUÍMICAS
• Funções inorgânicas;
• Funções orgânicas;
• Tabela periódica;
REAÇÕES QUÍMICAS
• Reações de Óxi-redução;
• Reações exotérmicas e endotérmicas;
• Diagrama das reações exotérmicas e endotérmicas;
• Variação de entalpia;
• Calorias;
• Equações termoquímicas;
• Princípios da termodinâmica;
• Lei de Hess.
• Entropia e energia livre;
• Calorimetria;
• Tabela periódica;
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
XLIV. Lei das reações químicas;
XLV. Reações químicas;
XLVI. Representação das reações químicas;
XLVII. Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas (natureza dos
reagentes, teoria de colisão);
XLVIII. Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato,
temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores).
XLIX. Lei da velocidade das reações químicas;
L. Tabela periódica;
EQUILÍBRIO QUÍMICO
13. Reações químicas reversíveis;
14. Concentração;
15. Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio);
16. Deslocamento do equilíbrio ( princípio de Le Chatelier ): concentração, pressão,
temperatura e efeito dos catalizadores;
17. Equilíbrio químico em meio aquoso ( pH, constante de ionização, Ks );
18. Tabela periódica;
RADIOATIVIADE
Modelos Atômicos (Rutherford);
Elementos químicos (radioativos);
Tabela Periódica;
Reações químicas;
Velocidades das reações;
Emissões radioativas;
Leis da radioatividade;
Cinética das reações químicas;
Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);
Os temas Educação Ambiental, História e Cultura Afro-brasileira, Educação do Campo
e Diversidade de Gênero serão abordadas de forma oral e em situações-problema no decorrer
do curso.
3 – Fundamentos metodológicos
É importante que o processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos
estudantes, no qual se incluem as ideias pré-concebidas sobre o conhecimento da Química, ou
as concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito científico.
A utilização de modelos no ensino de química, para descrever comportamentos
microscópicos, não palpáveis, é um dos fundamentos dessa ciência. Deve-se lembrar, contudo,
que eles são apenas aproximações necessárias. Considera-se, ainda, que esses modelos são
válidos para alguns contextos e não para todos, ou seja, são localizados e seus limites são
determinados quando a teoria não consegue explicar fatos novos que eventualmente surjam.
Portanto, os professores de Química devem se utilizar dos modelos para
explicar determinadas ocorrências e fenômenos químicos. Ou seja, saber qual
modelo utilizar e o porquê na explicação dos fenômenos abordados na escola.
Igualmente importante é o docente ajudar os alunos a elegerem o modelo mais
adequado no estudo da Química desenvolvido na escola, possibilitando-os pensar na
provisoriedade e na limitação dessas representações. Esse encaminhamento permite aos
alunos compreender o significado dos modelos na ciência e que as elaborações científicas não
devem ser tomadas como verdades imutáveis e definitivas.
As atividades experimentais, utilizando ou não o ambiente de laboratório
escolar convencional, podem ser o ponto de partida para a apreensão de conceitos e sua
relação com as ideias a serem discutidas em aula. Os estudantes, assim, estabelecem relações
entre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo, expressam ao professor suas dúvidas.
As atividades experimentais apresentados neste texto são simples, porém possibilitam
questionamentos que permitem ao professor localizar as possíveis contradições e limitações
dos conhecimentos explicitados pelos estudantes. À medida que as atividades experimentais
transcorrem, é importante que o professor incentive os alunos a exporem suas dúvidas, que se
manifestem livremente sobre elas para que conversem sobre o conhecimento químico.
Considera-se importante propor aos alunos leituras que contribuam para a sua
formação e identificação cultural, que possam constituir elemento motivador para a
aprendizagem da Química e contribuir, eventualmente, para a criação do hábito da leitura.
Textos de Literatura e Arte podem se tornar ótimos instrumentos de abordagens
interdisciplinares no ensino de Química. Exemplo disso é um fragmento da música Rosa de
Hiroshima, de Vinícius de Morais e Gerson Conrad: “Da rosa da rosa / da rosa de Hiroshima /
a rosa hereditária/ a rosa radioativa, estúpida, inválida”. Evidencia-se a preocupação com a
radiação e os aspectos negativos do seu uso. Com conhecimentos químicos, além do
entendimento da mensagem da música, é possível explorar aspectos ligados a desintegração
nuclear, aos efeitos e propriedades das emissões radioativas, aos danos intracelulares
causados pela exposição à radiação, aos processos de fissão nuclear e de transmutação de
metais.
4 – Práticas avaliativas e critérios gerais de avaliação
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.
Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos
científicos” (MALDANER, 2003, p. 144). Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que
considere os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para (re)construir os
conhecimentos químicos. Essa (re)construção acontecerá por meio das abordagens histórica,
sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos.
Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar
instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e
interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica,
pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários,
entre outras. Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e
objetivo de ensino.
Em relação à leitura de mundo, o aluno deve posicionar-se criticamente nos debates
conceituais, articular o conhecimento químico às questões sociais,
econômicas e políticas, ou seja, deve tornar-se capaz de construir o conhecimento a partir do
ensino, da aprendizagem e da avaliação. É preciso ter clareza também de que o ensino da
Química está sob o foco da atividade humana, portanto, não é portador de verdades absolutas.
São utilizados, bimestralmente, no mínimo 03 (três) instrumentos de avaliação
diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação é de no máximo 4,0 (quatro) e de no
mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de
avaliação deve totalizar 10,0 (dez) pontos.
O valor da avaliação bimestral do educando é a soma dos resultados obtidos nos
instrumentos de avaliação ofertados.
Aos educandos que apresentam aproveitamento insuficiente, ou seja, inferior à 60%
(sessenta por cento) é oferecida a Recuperação de Estudos no decurso do bimestre no qual o
conteúdo foi desenvolvido.
A Recuperação de Estudos aborda os conteúdos nos quais o educando apresentou
aproveitamento insuficiente e utiliza quantos e quais tipos de instrumentos de avaliação o
educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do conteúdo no
qual seu aproveitamento foi considerado insuficiente.
Para efeito do registro escolar, é considerado o maior valor de avaliação obtido pelo
educando.
Poderão ser utilizados como instrumentos de avaliação:
projeto de pesquisa bibliográfica;
leitura compreensiva e/ou crítica de textos;
pesquisa e produção de textos, relatórios, desenhos (esquemas), tabelas, gráficos e outras
formas de expressão e representação;
resolução de questionamentos escritos (discursivos ou objetivos) e orais;
realização de atividades em sala de aula, laboratório das ciências, biblioteca, e domicílio;
pesquisa, produção e apresentação de seminários;
realização e participação em debates;
produção e utilização de recursos áudio-visuais;
participação em palestras, atividades culturais e esportivas;
avaliação diagnóstica;
outros instrumentos de acordo com a especificidade da disciplina/conteúdo.
Os registros são realizados nos livros de Registro de Classe e no Sistema Estadual de
Registro Escolar.
A comunicação dos resultados é feita através de Boletim Escolar, entregue
bimestralmente aos educandos para que estes os encaminhem aos pais e responsáveis. A
escola, através da direção, equipe pedagógica e corpo docente, busca estabelecer contato os
pais ou responsáveis pelos educandos que tenham apresentado deficiências de aprendizagem,
para determinação e superação de eventuais problemas.
5 – REFERÊNCIAS
FELTRE, Ricardo. Química Geral. São Paulo: Editora Moderna, 2004.
FELTRE, Ricardo. Físico-Química. São Paulo: Editora Moderna, 2004.
FELTRE, Ricardo. Química Orgânica. São Paulo: Editora Moderna, 2004.
SARDELLA, Antônio. Química: volume único. São Paulo: Editora Ática, 2005.
SOCIOLOGIA
1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Com o domínio da razão sobre as formas religiosas de explicação do mundo, o período
entre os séculos XVI a XIX foi marcado por profundas transformações na concepção do poder
político, não mais emanado de Deus, pela reorganização do poder e a constituição dos
Estados-nação. Também, a forma de produzir a sobrevivência material da sociedade passou
por mudanças, com a destruição da servidão e da organização camponesa, a consequente
emigração da população rural para os centros urbanos, a substituição gradativa da atividade
artesanal e manufatureira.
Todas as mudanças que se processaram, resultaram de desequilíbrios, perturbações,
rebeliões, protestos, reformas, conspirações, novas condições de vida para a população e,
sobretudo, aqui e ali, o aparecimento de uma consciência social acerca das condições de vida,
embora não explícita nem extensiva. Daí, a nostalgia de um tempo de “ordem social” presente
no pensamento social conservador e o providencial recurso instrumental da ciência para
estabelecer um “nova ordem social”, que aparece como forma de salvação nos círculos
sociais mais apegados à tradição, a balançar diante da inovação social.
Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a Sociologia faz emergir
diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de solução pelos
primeiros pensadores sociais, – Comte, Durkheim, Weber e Marx.
A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da sociedade
industrial e toda a contradição deste processo. Por um lado, estava cercada pela resistência
às mudanças, desde os costumes sociais violados até o pensamento conservador e, por outro
lado, pela avidez por mudanças posta tanto no comportamento da burguesia empresarial,
inovando nas formas de produzir e enriquecer, quanto no pensamento socialista a propor
alterações na estrutura da sociedade. Esse conjunto de mudanças seculares “parecia aos
contemporâneos um produto do desenvolvimento intelectual do homem, cujo pensamento
iluminava os passos da civilização, quando, na verdade, o progresso crescente dos modos de
pensar sobre fenômenos cada vez mais complexos – e disso a Sociologia é uma prova – era
produto direto das novas maneiras de viver e produzir”, afirma Costa Pinto (1965, p. 37).
No Brasil, a Sociologia repica os primeiros acordes de análise positiva. Florestan
Fernandes (1976), ao traçar três épocas de desenvolvimento da reflexão sociológica na
sociedade brasileira, considera aquela a primeira época, uma conexão episódica entre o
direito e a sociedade, a literatura e o contexto histórico. A segunda é caracterizada pelo
pensamento racional como forma de consciência social das condições da sociedade, nas
primeiras décadas do século XX; a terceira época, em meados do século XX, é marcada pela
subordinação do estudo dos fenômenos sociais aos padrões de cientificidade do trabalho
intelectual com influência das tendências metodológicas em países europeus e nos Estados
Unidos.
Toda produção sociológica, expressa as condições sócio-culturais de sua época, num
pulsar conjunto entre reflexão e interpretação e o contexto histórico vivido, mas isso não
significa unidade temática e analítica dos estudos, que guardam diferenças teórico-
metodológicas e ideológicas. Desse modo, se nas primeiras décadas do século XX, as
preocupações culturais alimentaram as análises sociológicas, as décadas seguintes
registraram uma concentração de estudos sobre fatos e questões políticas. O Estado brasileiro
sob diversos ângulos – sua formação, instituições e atuação – exercia uma dominação que
atraiu a atenção dos intelectuais.
Dessa plêiade de pensadores sociais destaca-se a produção de dois grandes sociólogos
– Florestan Fernandes (1920-1995) e Octávio Ianni (1926-2004) – formadores de gerações de
pesquisadores por sua visão profunda do trabalho científico e inserção crítica no contexto
econômico-político da América Latina. Ambos participaram da chamada escola de Sociologia
paulista, onde também foram processadas as explicações sobre o preconceito racial no Brasil.
Dessa fase, Fernandes escreveu A integração do negro à sociedade de classes (1964) e Ianni
escreveu As metamorfoses do escravo (1962) e Raças e classes sociais no Brasil (1966).
A trajetória da produção sociológica brasileira é uma prova de que ela se constitui
disciplina no debate entre diferentes concepções teóricas responsáveis por respostas a
questões que a sociedade se coloca em momentos diversos e, por isso, não está livre de
contradições. A história das Ciências Sociais, no Brasil, atesta a vitória de uma estratégia de
afirmação quando o quadro social e político do país era adverso, apontam Vianna, Carvalho e
Melo (1995). A Sociologia demonstra, paradoxalmente, que as condições de democracia para
uma ciência com baixo prestígio social e mercado profissional escasso não foram decisórias,
pois ela se cria e se expande sob a égide de duas ditaduras: a dos anos trinta e a dos anos
sessenta.
O conhecimento desta disciplina é importante como saber escolar e contribui para a
formação do estudante devido a desnaturalização das explicações acerca dos fenômenos
sociais ao lado do estranhamento em relação às situações cotidianas que são duas grandes
contribuições da área científica das Ciências Sociais à formação de sujeitos críticos. O
convite à reflexão acerca do mundo e de nosso lugar nele é uma das tarefas que cabe ao
ensino de Sociologia no âmbito escolar.
Assim, o ensino de Sociologia pode oferecer aos alunos reflexões que problematizem os
valores que circulam e formam a realidade social em suas dimensões econômicas, políticas e
culturais, construindo e reconstruindo modos de pensar. Por isso, o raciocínio sociológico
pode instrumentalizar os alunos para que eles mesmos possam buscar entender o seu mundo
nas dimensões micro (cotidiano, relações pessoais) e macro (sistemas sociais, instituições).
Outra contribuição da Sociologia é o seu caráter informativo, ou seja, devido aos
assuntos que pode discutir em aula, a disciplina atua na disseminação de informações
importantes para a compreensão e intervenção do aluno em sua realidade. Um exemplo disso
é a temática “direitos e deveres”, pois o que se verifica nas escolas é o desconhecimento da
maior parte dos alunos em relação aos seus direitos e deveres como cidadão (ou, até mesmo,
a possibilidade de crítica a essa concepção de ”cidadania”).
Além disso, por meio de uma metodologia de aula problematizadora da realidade
social, os alunos de nível médio podem desenvolver/vivenciar habilidades em relação a
diversos aspectos: a) participação política (comunitária, partidária), b) exposição e defesa de
ideias no coletivo, c) apropriação de instrumentos para a leitura de textos, seja em livros,
revistas, jornais ou internet e, sobretudo, d) a assunção de sua posição como sujeito crítico e
historicamente situado.
Objeto de estudo da Sociologia
• Na definição do objeto da disciplina de Sociologia para o Ensino Médio é preciso levar em
consideração que ela trabalha com as 3 áreas das Ciências Sociais:
• Antropologia: Cultura
• Ciência Política : Estado e as relações do poder.
• Sociologia : relações sociais.
2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
A disciplina de Sociologia será embasada nesses conteúdos estruturantes pois eles
fundamentam os conteúdos específicos, que expressam o foco de estudo na realidade
empírica. Tal abordagem visa estabelecer uma relação entre o contexto histórico dos autores
clássicos, a construção de suas teorias e o conteúdo específico do estudo, numa perspectiva
crítica que embasará as possibilidades de explicação sociológica, são eles:
• O processo de socialização e as instituições sociais;
• Cultura e indústria cultural;
• Trabalho, produção e classes sociais;
• Poder, política e ideologia;
• Direitos, cidadania e movimentos sociais.
• Desafios contemporâneos.
Para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo no Ensino Médio é necessário
adaptar os conteúdos exigidos no plano curricular aos desafios contemporâneos, para
superar a discriminação e o preconceito implica em suplantar a sua raiz, ou seja, a ignorância.
Abordar de modo teórico e conceitual questões que, ainda hoje, são tratadas de modo
conservador, superficial e dogmático, permitirá o afastamento de preconceitos e opiniões mal
fundamentadas e contribuirá para a diminuição da desigualdade de oportunidades e acesso.
O ensino de Sociologia visa a igualdade social e os direitos humanos sobre os temas:
Cultura Histórica Afro-brasileiras, Educação Ambiental, Educação do Campo e Diversidade de
Gênero. Neste sentido não é mais uma questão de vontade pessoal e de interesse particular.
É uma questão curricular de caráter obrigatório que envolve as diferentes comunidades:
escolar, familiar, e sociedade. O objetivo principal é o de divulgar e produzir conhecimentos,
bem como atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade, tornando-
os capazes de interagir objetivos comuns que garantam respeito aos direitos legais e
valorização de identidade do sujeito como parte integrante da sociedade. Uma das funções
da escola também é possibilitar à criança perceber-se de maneira diferente da qual é
reconhecida na estrutura familiar. Nesse sentido, ela tem a obrigação de exercer sua função
libertadora com as questões das necessidades especiais . Nas aulas de sociologia serão
adaptados : textos, resenhas, diálogos, filmes, debates, etc. Referente aos temas sugeridos de
acordo com os conteúdos estruturantes. Como saber escolar, o conhecimento se explicita nos
conteúdos das disciplinas
de tradição curricular, quais sejam: Arte, Biologia, Ciências, Educação Física, Ensino
Religioso, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua Estrangeira Moderna, Língua
Portuguesa, Matemática, Química e Sociologia. Nestas Diretrizes, destaca-se a importância
dos conteúdos disciplinares e do
professor como autor de seu plano de ensino, contrapondo-se, assim, aos modelos de
organização curricular que vigoraram na década de 1990, os quais esvaziaram os conteúdos
disciplinares para dar destaque aos chamados temas transversais. Ainda hoje, a crítica à
política de esvaziamento dos conteúdos disciplinares
sofre constrangimentos em consequência dos embates ocorridos entre as diferentes
tendências pedagógicas no século XX. Tais embates trouxeram para [...] o discurso
pedagógico moderno um certo complexo de culpa ao tratar o tema dos conteúdo. A discussão
sobre conteúdos curriculares passou a ser vista, por alguns, como uma defesa da escola como
agência reprodutora da cultura dominante.
Portanto a escola também deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em
diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem (internalização)
e de avaliação que permitam aos professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade
de “...uma transformação emancipadora.
É desse modo que uma contraconsciência, estrategicamente concebida como alternativa
necessária à internalização dominada colonialmente, poderia realizar sua grandiosa missão
educativa”.
Um projeto educativo, nessa direção, precisa atender igualmente aos sujeitos, seja qual for
sua condição social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural e às possíveis
necessidades especiais para aprendizagem. A educação especial é uma educação organizada
para atender específica e exclusivamente alunos com determinadas necessidades especias.
Portanto os alunos devem ser incluídos de forma igualitária e sem distinção, essas
características devem ser tomadas como potencialidades para promover a aprendizagem dos
conhecimentos que cabe à escola ensinar, para todos.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada
série/ano da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados
imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da
Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização
em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do
professor.
Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social;
Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkleim, Engels, Marx e Weber;
O desenvolvimento da Sociologia no Brasil;
O processo de socialização;
Instituições sociais: familiares, escolares e religiosas;
Instituições de reinserção: prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise
das diferentes sociedades;
Diversidade cultural:
Identidade;
Industria cultural;
Meios de comunicação de massa;
Sociedade de consumo;
Industria cultural no Brasil;
Questões de gênero;
Cultura afro-brasileira e africana;
Culturas indígenas;
Conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais;
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
Globalização e neoliberalismo;
Relações de trabalho;
Trabalho no Brasil;
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo e totalitarismo;
Estado no Brasil;
Conceitos de Poder;
Conceitos de Ideologia;
Conceitos de dominação e legitimidade;
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas;
Direitos civis, políticos e sociais;
Direitos Humanos;
Conceito de Cidadania;
Movimentos sociais no Brasil;
A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
A questão das ONGs;
3- ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS DA DISCIPLINA
Quanto a metodologia, de início haverá uma contextualização da construção da
Sociologia, enfocando a modernidade como recorte histórico necessário para essa
compreensão. Faz-se necessário retomar a todo o momento a relação entre o contexto
histórico dos autores clássicos, a construção de suas teorias e o conteúdo específico
trabalhado para mostrar que o conhecimento sociológico não é estático, e possibilitar a
compreensão de fenômenos que fazem parte da prática social do educando. Esse exercício
pode ser também utilizado para debater acerca dos limites e possibilidades das teorias
sociológicas clássicas frente a temas atuais.
Em vez de receber respostas prontas, a Sociologia pode e deve ensinar o aluno a fazer
perguntas e a buscar respostas no seu entorno, na realidade social que se apresenta no
bairro, na própria escola, na família, nos programas de televisão, nos noticiários, nos livros de
História etc.. O professor pode despertar no aluno o sentimento de estar integrado à realidade
que o cerca, desenvolvendo certa sensibilidade para com os problemas brasileiros de forma
analítica e cogitando possíveis soluções para problemas diagnosticados.
As técnicas do inquérito social e da entrevista são exemplos de pesquisa social que
podem ser praticados pelos estudantes no próprio âmbito da escola e da família, pelo fato de
suscitarem contato com a realidade de forma direcionada. Possibilitam o levantamento de
questões pertinentes em nível do conhecimento comum e do conhecimento científico,
inclusive fazendo uso de dados estatísticos, além de permitirem o confronto das perspectivas
teóricas em aproximações com a realidade local e localizada. O ensino da Sociologia
pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeito de seu aprendizado, provocado a
relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos prévios e a reconstruir saberes.
Espera- se que seja constante o exercício do “estranhamento”, que leve os educandos a
“desnaturalizar” (pré)conceitos sobre os fenômenos sociais, compreendendo-os como
construções históricas, passíveis de sofrerem transformações.
Como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino são propostos:
• Aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e
museus, quando possível;
• Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;
• Leituras de textos: clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos,
didáticos, literários, jornalísticos;
• Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e
pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica;
• Análises críticas: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV;
análise crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros.
4- AVALIAÇÃO
Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a aos
objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise
“desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o
melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade.
Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e ilustrada, a
avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de crescimento da percepção da
realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador.
De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando
aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas, e também as que apresentaram
dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado.
Nesses termos, a avaliação formativa deve servir como instrumento docente para a
reformulação da prática através das informações colhidas. A avaliação também se pretende
continuada, processual, por estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e
possibilitar a constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da
autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da
disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos
ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que demonstrem
capacidade de articulação entre teoria e prática, dentre outras possibilidades.
Assim a avaliação em Sociologia busca servir como instrumento diagnóstico da
situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos adequados para uma efetiva
aprendizagem.
Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de avaliação
diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no máximo 4,0 (quatro ) e
de no mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de
avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.
O valor da média bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos nos
instrumentos de avaliação ofertados.
Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a
Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.
A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando não
apresentou o aproveitamento esperado e utilizará quantos e quais tipos de instrumentos de
avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do
conteúdo no qual seu aproveitamento não foi considerado o esperado para a melhoria da
aprendizagem.
Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação obtido pelo
educando.
Os/as alunos(as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não com
prejuízo dos conteúdos, mas com o número de questões reduzidas a respeito do assunto ou
com tempo maior para resolução das atividades e com explicações extras para cada questão
ou atividade.
5- REFERENCIAS
BAUMAN, Zigmunt. Por uma sociologia crítica; um ensaio sobre o senso comum e
emancipação. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1977.
DCE , Diretrizes Curriculares de Sociologia para Educação . Departamento de Educação
básica do Paraná. Curitiba 2008.
DOMINGUES, José. Teorias sociológicas no século XX. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2001.
FERNANDES, Florestan. Ensaios de sociologia geral e aplicada. São Paulo: Livraria
Pioneira Editora, 1960.
_____. Fundamentos empíricos da explicação sociológica. 2.ed. São Paulo: Nacional,
1972.
______. A sociologia numa época de globalismo. In: FERREIRA, Leila (Org.). A sociologia
no horizonte do século XXI. São Paulo: Boitempo Editorial, 2002.
LIVRO DIDÁTICO DE SOCIOLOGIA /vários autores.- Curitiba: SEED-PR, 2006.
Projeto Político Pedagógico, Colégio Estadual Getúlio Vargas, Ensino Fundamental e
médio, 2007.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A flexibilização do currículo e as formas de ensinar permitem ao Estado
reformular as orientações advindas de mudanças sociais, pesquisas e estudos teóricos
metodológicos. São nestas relações de ensino, currículo, sociedade e sua dimensão
histórica que buscou-se subsídios que nortearam o ensino de Língua Estrangeira nas
escolas da rede pública estadual.
Conforme texto das DCE’s (p.43) a dependência econômica e cultural do Brasil
em relação aos Estados Unidos fez com que surgisse a necessidade de se aprender
inglês o que ampliava o seu espaço no currículo em detrimento do francês que era
então ensinado desde o império e que agora estava ameaçado com a vinda do cinema
falado ao Brasil.
Em meio a mudanças, reformas políticas, sociais e novas concepções de
linguagem o ensino da língua estrangeira também se viu fortemente influenciado por
estes acontecimentos e neste contexto o ensino de inglês tornou-se hegemônico, cujo
objetivo é instrumentalizar os falantes e não mais trabalhar língua e civilização.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9394 determina a
oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna, escolhida pela
comunidade escolar no Ensino Fundamental. Quanto ao Ensino Médio, a Lei determina
que seja incluída uma língua estrangeira moderna como disciplina obrigatória,
escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda em caráter optativo, dependendo da
disponibilidade da instituição.
O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido apenas
como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações, mas como
uma nova possibilidade de ver, entender o mundo, de construir significados e interagir
com ele.
O processo de aprendizagem de uma língua estrangeira exige o confronto das
formas discursivas da língua materna com a língua que se está aprendendo. Ao
participar desse processo, o sujeito não será mais o mesmo de antes de iniciá-Io. Essa
perspectiva permite que, tanto alunos como professores percebam que é possível
construir significados além daqueles que são possíveis na língua materna, percebam
que há outras possibilidades de se entender o mundo.
Na medida em que se aproxima de outra língua e de outra cultura, o aluno
percebe a língua como algo que se constrói e é construído por uma determinada
comunidade - se por um lado, a língua determina a realidade cultural, por outro, os
valores e as crenças culturais criam, em parte, sua realidade linguística. Dessa forma, o
conhecimento de uma língua estrangeira colabora para a elaboração da consciência da
própria identidade, pois o aluno consegue perceber-se também ele como um sujeito
histórico e socialmente constituído. Língua e cultura, portanto, constituem um dos
pilares da identidade do sujeito como cidadão e da comunidade como formação social.
Desse modo, o aluno vê a sua cultura e a sua língua como uma entre várias
possibilidades igualmente desejáveis e válidas e, ao constatar e vivenciar criticamente a
diversidade cultural, pode delinear um contorno para a sua própria identidade, cumprindo
assim, um objetivo pedagógico fundamental na aula de língua estrangeira, que é contribuir
para que o aluno perceba as diferenças entre os usos, as convenções e os valores de seu
grupo social e os da comunidade que usa a língua estrangeira, de forma crítica, percebendo
que não há um modelo a ser seguido, ou uma cultura melhor que a outra, mas apenas
diferentes possibilidades que os seres humanos elegem para regular suas vidas e que são
passíveis de mudanças ao longo do tempo, posto que, como a língua, correspondem ao
contexto histórico e social de uma comunidade que está em constante movimento e
transformação.
Essa visão de língua proporciona ao aluno uma consciência crítica do papel das línguas
na sociedade, principalmente porque percebe que toda enunciação é um elo da cadeia dos
atos de fala, é uma resposta a alguma coisa e é construída como tal, é produzida e orientada
pelo contexto ideológico do qual é parte integrante. (Bakhtin, 1992)
As aulas de Língua Estrangeira se configuram como espaços de interações entre
professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se revelam no dia-a-dia.
Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-políticas-econômicas da nova ordem
mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das
línguas na sociedade, usem a língua em situações de comunicação oral e escrita; vivencie
formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e
coletivas; compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação social; reconheça e compreenda a diversidade
lingüística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
OBJETIVOS GERAIS
-Oportunizar aos alunos da escola pública a vivência de valores ligados à cidadania,
democratizando o acesso à aprendizagem de língua inglesa para a comunicação/
interação com grupos e culturas diferentes.
Criar possibilidades de tornar o aluno interculturalmente competente, isto é, capaz de
refletir sobre a sua própria cultura e a do "outro".
Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situação diversas.
Instrumentalizar o aluno para que ele seja capaz de usar a língua estrangeira em
situações de comunicação.
Reconhecer as implicações da diversidade cultural construída linguisticamente:
a) compreender que o significado é social e historicamente construído e passível de
transformação;
b) perceber-se como parte integrante da sociedade e como participante ativo do mundo
em que vive;
Perceber o papel da linguagem na sociedade: linguagem como possibilidade de acesso
à informação, de conhecer e expressar modos de entender o mundo, como forma de
construir significados no mundo.
Demonstrar compreensão geral de tipos de textos variados, apoiado em elementos
icônicos (gravuras, tabelas, fotografias, desenhos) e/ou em palavras cognatas.
Selecionar informações específicas do texto.
Demonstrar conhecimento da organização textual por meio do reconhecimento de
como a informação é apresentada no texto e dos conectores articuladores do discurso e
de sua função enquanto tais.
Demonstrar, consciência de que a leitura não é um processo linear que exige o
entendimento de cada palavra.
Demonstrar consciência crítica em relação aos objetivos do texto, em relação ao modo
como escritores e leitores estão posicionados no mundo social.
Demonstrar conhecimento dos padrões de natureza fonético–fonológica e de interação
social.
Demonstrar adequação na produção, no que diz respeito, particularmente, a aspectos
que afetam o significado no nível da sintaxe, da morfologia, do léxico e da fonologia.
Identificar família/ nacionalidade/ características culturais.
Apresentar alguém formal e informalmente.
Solicitar e fornecer endereços.
Localizar determinados lugares em relação a outros pontos de referência da cidade.
Descrever os meios de locomoção utilizados no dia-a-dia.
Opinar sobre à realidade dos meios de transporte.
Opinar sobre profissões/ emprego/ salário, a partir de um texto/ contexto.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
Segundo as Diretrizes o Conteúdo estruturante está relacionado com o momento
histórico -social. Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de
sentidos, buscou-se um conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim, define-se
como conteúdo estruturante da Língua Estrangeira moderna o Discurso como prática social. A
língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são
as práticas que efetivam o discurso.
A palavra discurso inicialmente significa curso, percurso, correr por, movimento. Isso
indica que a postura frente aos conceitos fixos, imutáveis, deve ser diferenciada.
A apresentação do discurso nos seus mais variados gêneros, orais, escritos ou visuais,
garantirá ao aluno o estímulo necessário para que entre no 'universo' da língua estrangeira e
interaja com ele, e consequentemente, o professor criará oportunidades para que os alunos
percebam a interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos, das vozes
que permeiam as relações sociais e de poder, é preciso que os níveis de organização
linguística – fonético-fonológico, léxico-semântico e de sintaxe - sirvam ao uso da linguagem
na compreensão e na produção verbal e não verbal.
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo
com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano
Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de
complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos
gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem.
• Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
RELAÇÃO DOS GÊNEROS
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO EXEMPLOS DE GÊNEROS
EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA
Adivinhas
Álbum de Família
Anedotas
Bilhetes
Cantigas de Roda
Carta Pessoal
Cartão
Cartão Postal
Causos
Comunicado
Trava-Línguas
Convites
Curriculum Vitae
Diário
Exposição Oral
Fotos
Músicas
Parlendas
Piadas
Provérbios
Quadrinhas
Receitas
Relatos de Experiências Vividas
LITERÁRIA/ARTÍSTICA
Autobiografia
Biografias
Contos
Contos de Fadas
Contos de Fadas Contemporâneos
Crônicas de Ficção
Escultura
Fábulas
Fábulas Contemporâneas
Haicai
Histórias em Quadrinhos
Lendas
Literatura de Cordel
Memórias
Letras de Músicas
Narrativas de Aventura
Narrativas de Enigma
Narrativas de Ficção Científica
Narrativas de Humor
Narrativas de Terror
Narrativas Fantásticas
Narrativas Míticas
Paródias
Pinturas
Poemas
Romances
Tankas
Textos Dramáticos
Tankas
Textos Dramáticos
ESCOLAR
Ata
Cartazes
Debate Regrado
Diálogo/Discussão Argumentativa
Exposição Oral
Júri Simulado
Mapas
Palestra
Pesquisas
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências
Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
IMPRENSA
Agenda Cultural
Anúncio de Emprego
Artigo de Opinião
Caricatura
Carta ao Leitor
Horóscopo
Infográfico
Manchete
Mapas
Carta do Leitor
Cartum
Charge
Classificados
Crônica Jornalística
Editorial
Entrevista (oral e escrita)
Fotos
Mesa Redonda
Notícia
Reportagens
Resenha Crítica
Sinopses de Filmes
Tiras
PUBLICITÁRIA
Anúncio
Caricatura
Cartazes
Comercial para TV
Folder
Fotos
Músicas
Paródia
Placas
Música
Publicidade Comercial
Publicidade Institucional
Publicidade Oficial
Texto Político
Slogan
POLÍTICA
Abaixo-Assinado
Assembleia
Carta de Emprego
Carta de Reclamação
Carta de Solicitação
Debate
Debate Regrado
Discurso Político “de Palanque”
Fórum
Manifesto
Mesa Redonda
Panfleto
JURÍDICA
Boletim de Ocorrência
Constituição Brasileira
Contrato
Declaração de Direitos
Depoimentos
Discurso de Acusação
Estatutos
Leis
Ofício
Procuração
Regimentos
Regulamentos
Discurso de Defesa Requerimentos
PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas
Manual Técnico
Placas
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências
Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
MIDIÁTICA
Blog
Chat
Desenho Animado
Entrevista
Filmes
Fotoblog
Home Page
Reality Show
Talk Show
Telejornal
Telenovelas
Torpedos
Vídeo Clip
Vídeo Conferência
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O que vai possibilitar uma abordagem do discurso em sua totalidade e garantir a
compreensão e expressão do aluno na Língua Estrangeira Moderna são as seguintes práticas:
Leitura;
Escrita;
Fala;
Compreensão auditiva.
Leitura:
Ler em LEM pressupõe a familiarização do aluno com os diferentes tipos textuais,
provenientes das várias práticas sociais de uma determinada comunidade que utiliza a língua
que se está aprendendo - literatura, publicidade, jornalismo, mídia (pois atualmente com o
avanço das telecomunicações somos 'bombardeados' com uma quantidade enorme de
informações, muitas vezes de forma caótica), etc. Cabe ao professor criar condições para que
o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja um leitor crítico e que reaja aos diferentes
textos com que se depare. Para isso, o aluno deverá perceber que por traz de cada texto há
um sujeito, com uma história, com valores particulares e próprios da comunidade em que está
inserido e sempre carrega uma intenção. Além disso, o aluno deverá ser capaz de perceber
que as formas lingüísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo
significado, mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e da situação em que a prática
social de uso da língua ocorre. Não se pode esquecer que a leitura se refere também aos
textos não-verbais - estejam eles combinados ou não com o texto verbal. É claro que o leitor
de língua estrangeira será um leitor diferente do leitor de língua materna, não se pode
esperar a mesma fluência, mas o que se deve garantir é que o aluno receba subsídios para
que consiga, gradualmente, compreender os enunciados na língua meta.
Escrita:
Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma
atividade sociointeracional, ou seja, deve ser significativa. Ainda, o aluno deve perceber que,
entre outras coisas, há a necessidade de adequação ao gênero, planejamento, articulação das
partes, seleção da variedade linguística adequada (formal/ informal), etc. Ao realizar escolhas
que dependem da sua intenção, do interlocutor a que se dirige e da construção de um estilo, o
aluno estará desenvolvendo a sua identidade e se constituindo como sujeito crítico. Também
na escrita, é fundamental que o professor proporcione ao aluno subsídios para que ele consiga
expressar-se na língua estrangeira.
Fala e compreensão auditiva
É preciso levar o aluno a desenvolver a sua capacidade de expressar-se oralmente e
compreender enunciados orais. Para se atingir esse objetivo é necessário que se criem
condições de prática significativa, que o aluno pratique a sua oralidade para compreender e
produzir enunciados que sejam realmente plenos de significado - perguntar a um aluno 'o que
é aquilo?', apontando para um quadro que está ·na parede não é significativo; significativo
seria perguntar qual a sua impressão sobre o quadro, por exemplo. Além disso, é preciso que
o aluno perceba que, mesmo oralmente, há uma diversidade de gêneros, que existe a
necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal como
ocorre na escrita e em língua materna.
Enfim, se o objetivo é que o aluno consiga interagir na LEM para ampliar seu
conhecimento de mundo e ser capaz de interferir criticamente na sociedade, é necessário que
ele desenvolva a sua capacidade de ler, escrever, produzir e compreender enunciados orais.
Um retrospecto mostrará que, em um primeiro momento, os conteúdos básicos para
aprendizagem de LEM eram o vocabulário e a gramática e se enfatizavam a leitura e a escrita.
Em um segundo momento, os conteúdos valorizados foram as estruturas, que os aprendizes,
pela repetição, deviam internalizar - nesse momento se enfatizava a oral idade.
Atualmente, com o desenvolvimento das ciências linguísticas e as contribuições das
teorias de aprendizagem e da educação, é preciso que se leve em conta, para um ensino/
aprendizagem de línguas, a interação significativa do aprendiz com a língua e a cultura a ser
aprendida. Para tanto, diferentemente do ensino/ aprendizagem de língua materna, na qual o
aluno já tem um domínio bastante amplo de conhecimentos, pois está em contato com ela
desde que nasce, é preciso que o aluno de língua estrangeira seja estimulado a utilizar os
conhecimentos linguísticos de que já dispõe e seja subsidiado com os conhecimentos de que
não dispõe.
Os conhecimentos fundamentais para que o aprendiz possa eficientemente entender e
expressar-se em uma língua estrangeira, baseados nos desdobramentos da competência
comunicativa descrita por Canale, são:
Conhecimentos discursivos:
Dizem respeito ao modo como se combinam formas gramaticais e significados em
textos falados ou escritos, nos diferentes gêneros. Por exemplo, o aluno deverá ser capaz de
perceber a diferença entre uma carta comercial e um bilhete para a mãe (a estrutura, a
escolha das palavras, o tom, o cuidado formal, etc serão diferentes). Dizem respeito aos
elementos que garantem a unidade nos textos: a coesão (refere-se ao modo como as frases se
unem estruturalmente e facilita a interpretação) e a coerência (trata das relações entre os
diferentes significados em um texto - significados literais, funções comunicativas, atitudes,
etc.).
Conhecimentos sociolinguísticos:
Referem-se ao conhecimento das particularidades do comportamento social e verbal -
pois, a língua estrangeira, tal qual a materna, também tem variações: léxicas, fonético-
fonológicas e morfossintáticas - e permitem escolher a forma linguística adequada, de acordo
com a situação, levando em conta o interlocutor e as intenções do falante Dizem respeito às
regras de adequação social, (às formas linguísticas necessárias para atender o telefone, por
exemplo), às restrições temáticas para determinadas situações sociais ..
Conhecimentos gramaticais:
Dizem respeito ao domínio do código linguístico-vocabulário, pronúncia, ortografia,
regras para a formação de palavras e frases, etc.
Conhecimentos estratégicos:
Ajudam o falante a preencher lacunas nos outros conhecimentos estabelecidos como
sendo fundamentais no ensino-aprendizagem de LEM. Podem ser verbais ou não-verbais. Por
exemplo, quando o aprendiz não lembra do nome de algum objeto ao qual deseja se referir
pode usar uma paráfrase ou símbolos não-verbais para se fazer entender.
Se o discurso, em seus infinitos gêneros e diferentes modalidades–verbal (oral ou
escrito) ou não-verbal - é o eixo do estudo, esses conhecimentos - discursivos,
sociolinguísticos, gramaticais e estratégicos - deverão ser utilizados simultaneamente.
Além disso, é preciso levar em conta, que esse conjunto de conhecimentos perpassará
as quatro práticas fundamentais da realização da língua: FALAR, ESCREVER, LER,
COMPREENDER AUDITIVAMENTE.
Essas práticas podem ser trabalhadas juntas, simultaneamente, ou pode enfatizar-se
uma ou duas delas, dependendo do discurso (verbal-oral/ escrito ou não-verbal) com que o
aluno interage, do interesse dos aprendizes e das condições em que acontece a prática de
ensino/ aprendizagem.
Já os conhecimentos citados anteriormente funcionarão como elementos integradores -
estarão presentes em qualquer situação de interação do aprendiz com a LEM, seja em que
prática for: leitura, escrita, fala ou compreensão auditiva.
Estes encaminhamentos serão desenvolvidos através das seguintes estratégias, onde
na medida do possível serão usadas as tecnologias disponíveis no Colégio tais como TV, rádio,
CDs, DVDs, livros didáticos, material elaborado pelo professor, Revistas, Propagandas,
Folders, Cardápios de Restaurantes, Receitas, Rótulos e no Laboratório de Informática
pesquisarão conteúdos referentes à disciplina, que serão em sala de aula organizados,
resumidos e compartilhado com os colegas sob a forma de apresentação de trabalhos, debates
e reflexões sobre o tema.
LEITURA
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,
informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e
humor;
• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros;
• Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre
as partes e elementos do texto.
ESCRITA
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções,
intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade,situacionalidade, temporalidade e ideologia;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• Acompanhe a produção do texto;
• Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos
elementos que compõe o gênero;
• Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de
expressões que denotam ironia e humor.
• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso
formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos,
como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de
desenhos, programas infantojuvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está articulada aos
fundamentos teóricos explicitados nas Diretrizes, na LDB nº9394/96 e Deliberação 007/99.
A avaliação embasada na Deliberação 07/99 será realizada através de instrumentos
diversificados, que estarão pautados nos critérios estabelecidos para cada conteúdo
selecionado, permitindo ao educando a avaliação do seu desempenho em diferentes situações
de aprendizagem.
Poderão ser utilizados como instrumentos de avaliação:
• projeto de pesquisa bibliográfica;
• leitura compreensiva e/ou crítica de textos;
• pesquisa e produção de textos, relatórios, dramatizações, desenhos, músicas,
poemas, mapas, tabelas, gráficos e outras formas de expressão e representação;
• resolução de questionamentos escritos (discursivos ou objetivos) e orais;
• realização de atividades em sala de aula, biblioteca, e domicílio;
• pesquisa, produção e apresentação de seminários;
• realização e participação em debates;
• projeto de pesquisa de campo/técnica;
• produção e utilização de recursos áudio-visuais;
• participação em palestras, atividades culturais e esportivas;
• avaliação diagnóstica;
• outros instrumentos de acordo com a especificidade da disciplina/conteúdo.
De acordo com o Projeto Político pedagógico os instrumentos usados no processo
avaliativo serão no mínimo 3(três) com valor mínimo de 0,5(meio ponto) e máximo 4,0(quatro
pontos), cuja soma de todos os instrumentos somem um total de 10,0(dez pontos)
A Recuperação conforme a Deliberação 07/99 capítulo II Artigo 10, será ofertada ao
aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente. A Recuperação de Estudos no decurso do
bimestre será realizada através de instrumentos diversificados, citados anteriormente e
quantos o professor julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e
conteúdo no qual seu aproveitamento foi considerado insuficiente.
Para efeito do registro escolar, é considerado o maior valor de avaliação obtido pelo
aluno.
Os registros são realizados nos livros de Registro de Classe e no Sistema Estadual de
Registro Escolar.
A comunicação dos resultados é feita através de Boletim Escolar, entregue
bimestralmente aos educandos para que estes os encaminhem aos pais e responsáveis. A
escola, através da direção, equipe pedagógica e corpo docente, busca estabelecer contato os
pais ou responsáveis pelos educandos que tenham apresentado deficiências de aprendizagem,
para determinação e superação de eventuais problemas.
Os/As alunos(as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não com
prejuízo dos conteúdos, mas com menos questões a respeito do assunto ou com tempo maior
para resolução das atividades com explicações extras para cada questão ou atividade.
DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS
A Educação Ambiental será inserida na disciplina através de textos que abordem
a questão em diferentes países e procurar estabelecer um paralelo com as questões
nacionais, uma vez que os problemas e soluções são em parte comuns a todos os países.
A Língua Inglesa tem o discurso e o texto (verbal, escrito ou visual) como ponto de
partida. Esse texto trará problematização em relação à História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana, sua contribuição na música, religião, alimentação, sua presença na mídia, o racismo
no Brasil e no mundo, o mercado de trabalho, conhecer a contribuição do negro na literatura
universal.
A Educação do Campo e seus eixos temáticos: trabalho, divisão social e territorial,
cultura, identidade, interdependência campo-cidade, questão agrária e desenvolvimento
sustentável, organização política, movimentos sociais e cidadania.
REFERÊNCIAS
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-DEM . Diretrizes Curriculares de Língua
Estrangeira Moderno para o Ensino Médio. Curitiva: [?], 2006.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED. Livro Didático.2009
FERRARI, Mariza Tiemann, et RUBIN, Sara Giersztel. Inglês para o Ensino Médio. Vol.
Único – Scipione – São Paulo, 2002.
MARQUES, Amadeu. Inglês – Novo Ensino Médio. Vol. Único – Ática 6ª ed., 2006.
FERRARI, Zuleica àgueda et ROCHA, Maria Luiza Machado. Take Your Time. Richmond
Publishing. 6ªed, 2004. Vol. 1,2,3 e 4;