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COLÉGIO ESTADUAL GETÚLIO VARGAS - EFM · Aos esfarrapados do mundo e aos que neles se descobrem e, assim descobrindo-se, com eles sofrem, mas, ... guerras, terrorismo, pobreza,

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COLÉGIO ESTADUAL GETÚLIO VARGAS

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

FERNANDES PINHEIRO

2010

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Aos esfarrapados do mundo e aos que

neles se descobrem e, assim

descobrindo-se, com eles sofrem, mas,

sobretudo, com eles lutam.

Paulo Freire

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO...........................................................................................

2 INTRODUÇÃO................................................................................................2.1 Identificação e Localização..........................................................................2.2 Aspectos históricos......................................................................................2.3 Organização do espaço físico......................................................................2.4 Oferta de cursos...........................................................................................2.5 Quadro de trabalhadores em educação......................................................3 OBJETIVOS GERAIS.....................................................................................4 MARCO SITUACIONAL..................................................................................5 MARCO CONCEITUAL...................................................................................5.1 Concepções e Princípios.............................................................................5.2 Currículo.......................................................................................................5.3 Regime escolar............................................................................................5.4 Avaliação......................................................................................................6 MARCO OPERACIONAL................................................................................6.1 Organização interna da escola....................................................................6.2 Planos e Linhas de Ação.............................................................................6.3 Instâncias colegiadas...................................................................................6.4 Formação continuada..................................................................................6.5 Matriz Curricular...........................................................................................6.6 Condições físicas, materiais e didáticas......................................................7 AVALIAÇÃO DO PPP.....................................................................................8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ANEXOS............................................................................................................1 Propostas Curriculares....................................................................................1.1 Educação Básica....................................................................................Arte...................................................................................................................BiologiaCiências.............................................................................................................Educação Física.................................................................................................Ensino Religioso................................................................................................FilosofiaFísicaGeografia...........................................................................................................História...............................................................................................................Língua Portuguesa.............................................................................................Matemática.........................................................................................................L.E.M. Inglês......................................................................................................QuímicaSociologia1.2 Educação Especial.......................................................................................2 Projetos...........................................................................................................Agenda 21 Escolar.............................................................................................CELEM Espanhol...............................................................................................FestDance..........................................................................................................JINGEVAR.........................................................................................................Resgate às Nossas RaízesSábado Ativo......................................................................................................

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1 APRESENTAÇÃO

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, n. 9394/96, estabelece em

seu artigo 12, inciso I, que os estabelecimentos de ensino deverão “elaborar e executar sua

proposta pedagógica”.

A Deliberação n. 14/99 do Conselho Estadual de Educação, apresenta os “indicadores

para elaboração da proposta pedagógica dos estabelecimentos de ensino da Educação Básica

em suas diferentes modalidades”, orientando e normatizando a construção de tais propostas

nos estabelecimentos de ensino da rede pública do Estado do Paraná.

A mesma Deliberação estabelece ainda, em seu artigo 4, que a proposta pedagógica

elaborada pelo estabelecimento deverá equacionar “tempo e espaço, visando à seleção dos

conhecimentos científicos e procedimentos de avaliação, promovendo a aquisição de

conhecimentos, competências, valores e atitudes previstas para a Educação Básica”.

O Projeto Político Pedagógico, a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino,

constitui-se no instrumento legal que, entre outros, regula as relações no ambiente escolar e

estabelece os objetivos e os meios de alcançá-los. De acordo com Veiga “tem a ver com a

organização do trabalho pedagógico em dois níveis: como organização da escola como um

todo e como organização da sala de aula” (2005, p. 14).

Construído coletivamente, traz em si as visões de mundo, os interesses e os anseios da

comunidade escolar. Situado em um dado momento histórico, reflete as contradições e as

possibilidades de um determinado período. Localizado no espaço – local, regional e mundial -

apresenta as relações que nele se dão.

Um projeto é um plano e, como tal, representa um intento, um propósito, expresso em

um conjunto de métodos e medidas para a execução de um empreendimento. O Projeto

Político Pedagógico representa como uma comunidade, em tempo e local determinados,

reconhece a si própria tal qual é, determina como quer ser e estabelece os meios para ser.

Segundo Veiga, é um projeto político por estar “intimamente articulado ao

compromisso sóciopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária” e

pedagógico porque define as “ações educativas e as características necessárias às escolas de

cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade” (2005, p. 13).

Entendido como processo e não como objeto, como meio e não como fim, o Projeto

Político Pedagógico traz em si o germe da sua própria mudança, fruto que é de uma sociedade

em constantes transformações sociais, políticas, econômicas, tecnológicas.

Mais do que isso, o Projeto Político Pedagógico – “construído e vivenciado em todos os

momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola” (VEIGA, 2005, p. 13)

- é a expressão do desejo de superação das contradições e conflitos dessa sociedade, bem

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como da realização de suas possibilidades.

Tradicionalmente, as passagens de século e de milênio são anunciadas como períodos

de grande esperança, como o alvorecer de uma nova humanidade, um novo começo.

Infelizmente, o início do século XXI e do terceiro milênio frustrou as expectativas de muitos:

guerras, terrorismo, pobreza, fome, miséria, doenças, desemprego, intolerância, racismo,

violência, corrupção, degradação ambiental, entre outros, são temas cotidianos.

Mais do que objeto de acalorados e intensos debates, a educação e, por conseguinte, a

escola, são palco da luta de classes que permeia nossa sociedade. Criatura e Criador dessa

sociedade, a escola vive uma ambigüidade: dela tudo se espera e a ela pouco se da. A par dos

conhecidos obstáculos e das notórias dificuldades, qual ou quais os desafios da escola? Quais

os meios para superá-los? Quais seus objetivos? Como alcançá-los?

Algumas pessoas afirmam que as melhores perguntas são aquelas para as quais não

possuímos resposta imediata e definitiva, pois são elas que nos fazem buscar, refletir, criar.

Esse é o espírito do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Getúlio Vargas – Ensino

Fundamental e Médio: buscar, refletir, criar.

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2 INTRODUÇÃO

2.1 Identificação, localização e contado do estabelecimento de ensino:

Denominação, conforme Alteração 3.120 de 31 de agosto de 1998:

COLÉGIO ESTADUAL GETÚLIO VARGAS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Ato de Autorização do Estabelecimento 4.340 de 25/01/1984

Ato de Reconhecimento do Estabelecimento 2.452 de 25/09/1989

Parecer de Aprovação do Regimento Escolar 180 de 31/12/2007

Distância Escola – Núcleo Regional de Educação 15 km

Localização Rua Romano Bettega, 340 – Centro

Fernandes Pinheiro, Estado do Paraná, CEP 84535-000.

www.fepigetuliovargas.pr.gov.br

Contato Fone/Fax 42 3459.1163 e 3459-1043

[email protected]

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2.2 Aspectos históricos

O atual Colégio Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental e Médio, tem suas

origens no Grupo Escolar de Fernandes Pinheiro. Embora não haja documentação referente

ao início de suas atividades, arquivos do ano de 1936 indicam o funcionamento de turmas de

Primeira à Quarta Séries, totalizando 139 educandos. No ano de 1956, em homenagem ao ex-

Presidente da República, o Grupo Escolar passou a ser denominado Dr. Getúlio Vargas.

Desde então a escola passou por sucessivas alterações em sua vida legal, como segue:

Autorização 4.340 de 25/01/1984 Autoriza o funcionamento de turmas de

Primeira a Quarta Séries do Primeiro Grau.Autorização 05 de 02/01/1986 Autoriza o funcionamento de turma de Quinta

a Oitava Série do Primeiro Grau.Resolução 3.652/91 de 23/10/1991 Cessação definitiva das atividades de Primeira

a Quarta Séries (Municipalização de Primeira

a Quarta Séries com a criação de Escola

Municipal, com divisão do espaço físico).Abertura de Turno 4.587 de 10/12/1992 Autoriza o funcionamento de Quinta a Oitava

Séries no período Noturno com implantação

simultânea.Autorização de Funcionamento 1.958 de

04/06/1997.

Autoriza o funcionamento de Ensino de

Segunda Grau – Educação Geral.Alteração Denominação 1.958 de

04/06/1997

Altera denominação para Colégio Estadual

Getúlio Vargas – Ensino de Primeiro e

Segundo Graus.Alteração Denominação 3.120 de

31/08/1998

Altera denominação para Colégio Estadual

Getúlio Vargas – Ensino Fundamental e Médio.Abertura de Turno 58.936.383 de

03/02/2004

Autoriza a abertura de turno da Quinta à

Sétima Série do Primeiro Grau para o período

Vespertino (transferência do Primeiro Grau

Noturno para o Vespertino).Autorização 3.065 de 07/12/2005 Autoriza o funcionamento da Sala de Recursos

do Ensino Fundamental na área de deficiência

mental e distúrbios de aprendizagem.

Em 17 de janeiro de 2006 o Colégio Estadual Getúlio Vargas deixou de funcionar no

prédio que compartilhava com a Escola Municipal Floresval Ferreira, sendo transferido para

instalações próprias construídas pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná -

FUNDEPAR.

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2.3 Organização do espaço físico

Atualmente o Colégio Estadual Getúlio Vargas conta com as seguintes instalações:

Bloco Administrativo e PedagógicoSecretariaSala de ProfessoresSala de DireçãoSala de PedagogosSala de RecursosBiblioteca com almoxarifadoAlmoxarifado da AdministraçãoLaboratório de Informática com almoxarifadoSanitários feminino e masculino

Bloco de Serviço e PedagógicoRefeitórioCozinha, com despensa, sanitário e área de serviçoSanitários feminino e masculinoSanitário para portadores de necessidades especiaisSala de Múltiplo-uso - adaptada para sala de aula em dos turnos - com

almoxarifadoLaboratório de Ciências com almoxarifado

Bloco PedagógicoSalas de aula (08 unidades)

Equipamentos externosPátio CentralQuadra Poliesportiva CobertaQuadras de AreiaÁreas gramadasResidência do caseiro

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2.4 Oferta de cursos

O Colégio Estadual Getúlio Vargas oferece os seguintes cursos:

• Ensino Fundamental: de Quinta à Oitava Série nos períodos da manhã e da

tarde;

• Ensino Médio: de Primeira à Terceira Série nos períodos da manhã e da noite;

• Ensino Profissionalizante: Técnico em Administração, Técnico em Serviço

Público e Técnico em Secretariado, no período noturno;

• Centro de Ensino de Línguas Estrangeiras: no período noturno.

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3 OBJETIVOS GERAIS

O Colégio Estadual Getúlio Vargas, observadas as disposições legais cabíveis (LDB

9394/96, ECA 8069/90, Del. 002/2003 – Ed. Especial, Del 007/99 – Avaliação, Del. 009/01 –

Matrícula de Ingresso, Transferência, Classificação, Reclasificação, Adaptações, Revalidação

e Equivalência de Estudos, Del. 014/99 – Indicadores da PP, Del. 016/99 – Regimento Escolar)

e os contextos social, histórico e espacial nos quais está inserido, estabelece os seguintes

objetivos:

• Propiciar aos educandos seu pleno desenvolvimento enquanto seres humanos,

integrantes do meio sócio-natural e a continuidade dos estudos;

• Preparar os educandos para o exercício da cidadania, participando ativa e criticamente

da sociedade;

• Habilitar os educandos para um mundo onde o trabalho precariza-se e desaparece;

• Permitir aos educandos o acesso ao conhecimento social e historicamente construído e

acumulado, bem como o desenvolvimento das capacidades necessárias à utilização,

transformação e superação do conhecimento;

• Constituir-se em um espaço de contato, mediação e compreensão entre os educandos -

partindo dos conhecimentos que lhes são próprios e daqueles que são adquiridos e

desenvolvidos na escola - e a sociedade e mundo atuais, suas contradições, impasses,

dilemas e possibilidades;

• Apresentar-se como espaço de socialização dos educandos e construção de valores

éticos e morais, desenvolvendo modos de conduta e respeito perante os outros

membros da comunidade escolar, de suas próprias comunidades e da sociedade como

um todo;

• Configurar-se em um ambiente escolar onde educandos, seus responsáveis e os

trabalhadores em educação tenham a possibilidade de desenvolver suas respectivas

funções;

• Promover a integração entre o ambiente escolar e a comunidade, propiciando à

comunidade a oportunidade de participar do ambiente escolar e a este a interação com

a comunidade, sua realidade, deficiências e potencialidades;

• Propiciar a todos os educandos o acesso ao ambiente escolar, sua permanência nele e a

efetiva aprendizagem;

• Constituir-se em um ambiente democrático onde toda a comunidade escolar tenha

direito de manifestar-se e participar dos processos decisórios.

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4. MARCO SITUACIONAL

O presente marco situacional expressa a visão que a comunidade escolar

(trabalhadores em educação, educandos, pais e responsáveis e comunidade em geral) tem do

Brasil, do estado do Paraná, do município de Fernandes Pinheiro e do Colégio Estadual

Getúlio Vargas. Partindo do geral – país - para o particular – escola - procura expor as

múltiplas relações e influências que se dão nesses e entre esses espaços. Espaços esses nos

quais a comunidade escolar está inserida, sendo construída e, ao mesmo tempo, construindo.

O Brasil é um país de contrastes impressionantes. O setor primário situa o país entre

os grandes produtores e fornecedores mundiais de alimentos e minérios; possui um parque

industrial amplo e diversificado, situando-se entre as 10 maiores economias industriais do

mundo; o setor terciário - comércio e serviços - é moderno e integrado à economia mundial.

Por outro lado, o país apresenta ainda péssimos indicadores sócio-econômicos, destacando-se

negativamente pela grande concentração de renda e pela existência de milhões de miseráveis.

Ao analisar sua estrutura econômico-social, diversos estudiosos afirmam que não existe

um, mas sim, pelo menos dois “Brasis”. Um “Brazil” - com “z” - rico, moderno, globalizado,

branco, incluído, formal... Outro “brasil” – com “b” minúsculo - pobre, arcaico, negro/mulato,

excluído, informal... Esses “Brasis” convivem lado a lado, amalgamam-se um ao outro mas, ao

mesmo tempo, estão separados no espaço e no tempo por barreiras econômicas, sociais,

políticas e culturais construídas ao longo de séculos de domínio e exploração, tanto das elites

nacionais quanto das estrangeiras.

O avanço das políticas neoliberais, a partir do final da década de 1980, e sua

consolidação, na década de 1990, reforçaram e agravaram esse quadro. O Estado foi

desmontado e sucateado; setores estratégicos da economia, como transporte, exploração

mineral, energia, entre outros, foram privatizados ao capital internacional; investimentos em

educação, saúde, segurança, infra-estrutura, foram reduzidos com objetivo de diminuir as

despesas do Estado e permitir o pagamento dos compromissos externos do país.

Embora a parcela mais rica da população brasileira continue apropriando-se da maior

parte da riqueza produzida no país, nos últimos anos tem sido perceptível a diminuição das

disparidades socioeconômicas. Isso pode ser observado através da melhoria de alguns

indicadores de saúde e educação, aumento da renda e consumo, diminuição da parcela da

população abaixo das linhas da miséria e pobreza e ampliação da chamada classe média, em

grande medida devido às políticas sociais do governo e estabilização econômica.

Dentro deste contexto o Brasil é caracterizado atualmente, entre outras questões, por:

• Permanência do emprego precário e desemprego, embora em diminuição;

• Violência generalizada e, especificamente, contra mulheres, crianças e idosos;

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• Corrupção no Poder Público e escândalos políticos;

• Tráfico e consumo de drogas ilícitas, como maconha e craque, e também

consumo excessivo de drogas lícitas, como álcool;

• Disseminação de doenças como AIDS/SIDA, dengue e obesidade e a

permanência de outras como tuberculose e hanseníase;

• Desigualdades sócio-econômicas e discriminação racial;

• Desestruturação familiar e gravidez precoce de adolescentes;

• Deficiências de moradia, saúde, educação, segurança, transportes.

A questão ambiental e do potencial de recursos naturais coloca-se proeminente no

contexto mundial contemporâneo. O Brasil é detentor da maior biodiversidade do mundo, da

maior floresta tropical, da maior quantidade de solo agriculturável, da maior reserva de água

doce, além de consideráveis reservas de petróleo recém-descobertas. No entanto, através da

biopirataria, a biodiversidade tem sido expropriada por empresas de outros países; a floresta

tem sido devastada pela exploração madeireira, agrícola e mineral; o solo destruído ou objeto

de especulação; a água poluída, assim como o solo e o ar; as reservas de petróleo já são alvo

de disputa por corporações transnacionais.

O estado do Paraná, dentro do contexto histórico do neoliberalismo, apresentou na

década de 1990 uma política governamental voltada para a atração de investimentos

estrangeiros, com objetivo de promover a industrialização do estado e a alteração do seu

perfil econômico, até então majoritariamente agrícola.

Para tanto foram concedidos para as empresas privadas, principalmente estrangeiras,

benefícios como doação de terrenos, construção de infra-estrutura, dilação e isenção de

impostos, empréstimos, financiamentos e investimentos diretos com recursos públicos, entre

outros.

Essa política de industrialização teve, entre outras conseqüências: a atração de

grandes contingentes populacionais em busca de emprego, do interior e de outros estados

para a Região Metropolitana de Curitiba – RMC, o centro polarizador dos investimentos; o

crescimento desordenado dos municípios da RMC sem os necessários investimentos em

habitação, infra-estrutura, segurança, educação etc; o grande aumento da quantidade de

trabalhadores desempregados ou com emprego precário; intensificação de desigualdades

regionais; impactos sócio-ambientais, como ocupação e poluição de mananciais e aumento das

favelas.

Além das questões relativas ao processo de industrialização, colocam-se para o estado

também algumas de âmbito nacional como: violência, tráfico e consumo de drogas,

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desigualdades sócio-econômicas, discriminação racial, entre outras.

No entanto, o Paraná destaca-se como um estado onde a organização do espaço, a ação

do Poder Público, a vocação agrícola e as riquezas naturais, entre outros, contribuem para

enfrentar e amenizar, de certa maneira, as questões que se colocam em nível nacional.

Na área educacional, especifícamente, o estado do Paraná tem realizado significativos

investimentos na ampliação da infraestrutura física, aquisição de recursos tecnológicos e

formação dos trabalhadores em educação. Esses investimentos tem como resultado a melhoria

dos resultados obtidos em avaliações como o IDEB, embora ainda encontre-se muito distante

do ideal pois não foi alcançado ainda nem 50% do possível.

O município de Fernandes Pinheiro tem suas origens históricas ligadas ao tropeirismo,

constituindo-se em localidade, denominada Imbituvinha, para descanso e reabastecimento das

tropas de gado vindas do Rio Grande do Sul com destino à São Paulo, ainda no final do século

XIX. Durante a construção da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande do Sul, no princípio do

século XX, recebeu uma estação ferroviária denominada Fernandes Pinheiro, em homenagem

a um dos diretores da empresa ferroviária. Fez parte, sucessivamente, dos municípios de

Imbituva, Irati e Teixeira Soares, sendo emancipado deste último em 1995.

Localizado na região Centro-Sul do Paraná, o município de Fernandes Pinheiro dista

aproximadamente 150 km da capital do estado. Possui área de 406,6 km2 (IPARDES/SEMA

2005) e população de 5.696 habitantes (IPARDES/IBGE 2009).

Fernandes Pinheiro é um município de perfil rural. No campo estão localizados 71,13%

dos domicílios e residem 69,14% da população, que desenvolve, em sua maior parte,

atividades relacionadas à produção agropecuária. A população residente ocupada na área

urbana desenvolve atividades no meio rural, nas indústrias de transformação dos produtos

produzidos no campo e nos serviços públicos municipais, além de um significativo contingente

de aposentados e pensionistas.

A agricultura e a pecuária, responsáveis por grande parte do desmatamento, são as

principais atividades econômicas realizadas no município e, juntamente com a silvicultura e os

extrativismos vegetal e mineral, responderam por 82,80% do Valor Adicionado Fiscal em 2008

(BDE). De acordo com o volume de produção os principais produtos foram: da agricultura o

milho, a soja, o feijão, a batata-inglesa, a erva-mate, o trigo e a cebola; da pecuária os

galináceos, os bovinos (leite e corte), os suínos, os caprinos e os ovinos; da silvicultura a

madeira (em tora, papel e celulose e outras finalidades), a lenha e o carvão vegetal; do

extrativismo vegetal a madeira em tora, a erva-mate, o carvão vegetal e o pinhão; e do

extrativismo mineral a argila (BDE).

O setor secundário, que respondeu por 11,32% do Valor Adicionado Fiscal (BDE) e

21,12% da população ocupada (IPARDES), corresponde ao beneficiamento ou industrialização

de alguns dos produtos primários produzidos no próprio município, como o processamento de

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erva-mate, o desdobro de madeira, laticínio e olaria.

O comércio varejista de produtos alimentares, de vestuário e materiais de construção e

os serviços de beleza constituem parcela relevante do setor terciário municipal, responsável

por 5,88% do Valor Adicionado Fiscal (BDE) e, considerando o setor público, 29,57% da

população ocupada (IPARDES).

De acordo com as estatísticas oficiais (IPARDES/IBGE 2000) o município apresenta

16% de desempregados. Entre outras conseqüências, são comuns as migrações de famílias e

educandos para outros municípios e estados em busca de trabalho.

No município emergem, de forma direta e sensível, as questões destacadas nos

âmbitos nacional e estadual: desemprego e emprego precário; violência nas suas diversas

formas; gravidez precoce; deficiências do sistema de saneamento básico (água tratada, coleta

de esgoto); serviços públicos insuficientes e/ou ineficientes (saúde, educação, segurança);

doenças; tráfico e consumo de drogas; danos ao meio ambiente; insatisfação com dirigentes

políticos.

Algumas questões que retratam a especificidade da realidade local são: a dificuldade

de deslocamento devido às más condições das estradas rurais; pequeno desenvolvimento do

comércio e serviços locais devido ao deslocamento de consumidores para outros municípios

da região.

O Colégio Estadual Getúlio Vargas, localizado na sede do município de Fernandes

Pinheiro, oferece Educação Básica – Ensino Fundamental e Médio. O público atendido é

bastante heterogêneo, pois estão presentes educandos das áreas urbana e rural; de diversas

classes sócio-econômicas presentes no município; oriundos de famílias estruturadas e

desestruturadas; com idade adequada para a série e com distorção idade-série.

A par das possíveis dificuldades e desafios colocados por essa heterogeneidade, o

reconhecimento da diversidade e a superação das diferenças, por si mesmos, constituem-se

em um momento especial de aprendizagem para a vida e o convívio em sociedade, tanto por

parte dos educandos, quanto por parte dos profissionais em educação.

Tem sido sensível a melhoria em diversos aspectos como: espaço físico apropriado;

implantação de regras de conduta e convivência; qualidade da merenda; percepção da escola

como espaço que propícia a melhoria das condições de vida; organização e funcionamento da

escola; limpeza das instalações; entre outros.

No entanto, são apontados como aspectos ainda deficientes: falta de interesse dos

educandos no processo de ensino e aprendizagem; colaboração dos educandos na

conservação e limpeza das instalações; falta de respeito mútuo entre os educandos e entre

estes e os demais profissionais de educação; necessidade de maior compromisso dos

integrantes do processo de ensino-aprendizagem, principalmente pais e responsáveis;

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educandos envolvidos com o consumo de drogas lícitas e ilícitas; educandos com deficiências

sócio-econômicas.

As questões nacionais, estaduais e locais refletem-se na população municipal e,

consequentemente, no estabelecimento de ensino. Demandam a busca de sua compreensão e

a elaboração e implementação de possíveis estratégias de superação ou, ao menos, de

mitigação de seus impactos. Essas estratégias serão explicitadas no Plano de Ação do

estabelecimento de ensino.

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5. MARCO CONCEITUAL

5.1 Concepções e Princípios

O presente marco conceitual expressa as concepções que a comunidade escolar tem de

mundo, de sociedade, de homens e mulheres, de educação e escola, de conhecimento, de

aprendizagem e de avaliação. Além disso, explicita os princípios de igualdade de condições de

acesso e permanência no processo educativo; de gestão democrática; de liberdade; de

valorização dos trabalhadores em educação.

O mundo atual é marcado pelo acirramento da disputa das grandes empresas por

novos mercados consumidores e pela garantia de fornecimento de recursos naturais.

Empresas transnacionais, Estados nacionais e instituições multilaterais confundem-se na ação

articulada pelo capital financeiro internacional em sua busca pela reprodução. Os conflitos

atuais - Iraque, Afeganistão e Irã - e as regiões de tensão crescente – Oriente Médio, sudeste

asiático, Amazônia - são conseqüências locais e diretas, embora dissimuladas, dessa ação em

escala global.

A questão ambiental é um dos grandes temas de debate e disputa no cenário

internacional contemporâneo. Aquecimento global, escassez de água, esgotamento dos solos

agrícolas, destruição das florestas e perda da biodiversidade são apenas alguns problemas

que já se fazem presentes nas diversas regiões do planeta Terra, ameaçando as condições de

vida de populações inteiras e mesmo a existência de determinados territórios. Os países ricos

do norte, cujo modelo econômico exerce uma pressão insustentável sobre o meio ambiente,

recusam-se a diminuir o consumo de recursos naturais e a emissão de poluentes. Os países

pobres do sul recusam-se a deixar de seguir o mesmo modelo. Enquanto estendem-se as

discussões políticas, econômicas e científicas, as futuras gerações, e mesmo a atual, vão tendo

ameaçado o seu direito à condições mínimas de sobrevivência através do uso dos recursos do

planeta.

Diante desse cenário, desconsideradas ainda outras questões, pensar em um mundo

onde seres humanos convivam em harmonia, entre si e com o meio ambiente, parece utópico.

Possível talvez seja um mundo onde os seres humanos, conscientes de seu papel e importância

no mundo, possam participar da construção desse mundo, não apenas com seu trabalho, mas,

principalmente, expressando sua visão de mundo através de sua criatividade, sua liberdade e

suas potencialidades.

A sociedade contemporânea, a par das ideologias da Pós-modernidade e do Fim da

História, não superou ainda aquilo que Marx denominou de conflito de classes. O capitalismo,

em sua versão atual – o neoliberalismo – procura dissimular esse conflito difundindo a idéia de

que o sucesso de cada indivíduo depende dele próprio e que a competição é o melhor caminho

para o bem comum da sociedade. Os resultados são evidentes.

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O individualismo e a competição têm levado à perda dos valores morais e éticos, do

bem comum, do respeito à vida e à pessoa humana. Seres humanos são assassinados pelos

motivos mais fúteis e banais; o direito à propriedade sobrepõe-se ao direito à vida; direitos

humanos, civis e políticos são violados cotidianamente; o ter prepondera cada vez mais sobre

o ser; a família, unidade básica da sociedade, está sendo paulatina e intencionalmente

desestruturada.

Os ideais liberais de liberdade, igualdade e fraternidade nunca foram efetivamente

realizados, nem mesmo para as classes burguesas. É plausível, considerando o conflito de

classes e a ausência de perspectivas de sua superação no contexto contemporâneo, uma

sociedade em que todas as classes sociais tenham efetiva participação na produção e

apropriação da riqueza – bens e serviços -, beneficiando-se dos avanços tecnológicos

alcançados em áreas como educação, saúde, alimentação, lazer, entre outros.

Homens e mulheres, através do trabalho, libertam-se de sua condição de dependência

do meio natural, subjugando-o e transformando-o para a satisfação de suas necessidades. No

entanto, o mesmo trabalho que liberta homens e mulheres aliena-os, expropriando-os do

domínio dos meios e técnicas de produção, assim como do resultado de seu trabalho. A

proposição de Hegel, “o homem é o lobo do próprio homem”, ainda é válida.

Homens e mulheres, explorados por homens e mulheres através da apropriação do seu

trabalho e do resultado dele, tem suas possibilidades e potencialidades limitadas, senão

impedidas. A vocação para “ser mais” do ser humano, de que nos fala Paulo Freire, é

distorcida e transformada em “desumanização”. Rosseau, no seu O Contrato Social, já

afirmava “o homem nasce livre e por toda parte encontra-se a ferros”.

A realização de homens e mulheres, suas possibilidades e potencialidades, está

relacionada, necessariamente, a como se dá apropriação do seu próprio trabalho e do

resultado dele. Homens e mulheres serão tanto mais plenos e realizados, quanto deles forem o

seu trabalho e o resultado dele.

A educação contemporânea é resultado das necessidades da classe social dominante. A

burguesia, quando ainda classe revolucionária, tinha como ideal educacional transformar

súditos em cidadãos. Para tanto, a educação das massas foi constituída de modo a preparar o

cidadão para o exercício da cidadania. Quando a burguesia estabeleceu-se definitivamente no

poder, deixando de ser revolucionária, o ideal educacional passou a ser a formação do

trabalhador, com objetivo de manter o status quo social e garantir a formação da mão-de-obra

necessária à reprodução do capital.

À escola cabe a função de efetivar os ideais de educação estabelecidos, materializando-

os. No entanto, historicamente a escola estabeleceu-se como campo de luta entre as classes

dominante e dominada. É na escola que se trava a luta entre os ideais estabelecidos pela

classe dominante, que detém o poder político – logo faz as Leis, estabelece planos, objetivos,

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meios – e a classe dominada, consubstanciada na comunidade escolar, que participa, faz a

escola.

Na década de 1990 o neoliberalismo expressou-se no campo educacional através de

ideais como os quatro pilares básico da educação; o aprender a aprender; a educação para

todos; o ciclo básico. No Brasil, tais ideais foram formalizados através da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional n. 9394/96, do Plano Decenal de Educação, das Diretrizes e dos

Parâmetros Curriculares Nacionais. Materializados na escola, tais ideais foram alvo de

contestação e resistência, identificados que foram com os objetivos da classe dominante.

A educação, como campo de luta, depende da capacidade e possibilidade da classe

dominada em chegar efetivamente ao poder político e, produzindo seus próprios ideais de

formação de homens e mulheres, cidadãos e cidadãs, trabalhadores e trabalhadoras, permitir

à escola materializá-los.

O conhecimento pode ser entendido como a compreensão dos seres humanos da

realidade em que estão inseridos. É através do conhecimento que a realidade deixa de ser um

mistério e passa a ser compreendida, permitindo a satisfação das necessidades humanas,

sejam elas físicas, biológicas, estéticas ou outras.

A partir dessa concepção de conhecimento, a aprendizagem pode ser compreendida

como o conjunto dos processos necessários para a apreensão dos conhecimentos social e

historicamente construídos e acumulados pela humanidade, bem como a superação desses

conhecimentos e a construção de novos.

A avaliação constitui-se em parte integrante do processo de ensino e aprendizagem.

Mais do que aferir quantitativamente os conhecimentos apreendidos pelos educandos, deve

ser constituída de modo a permitir definir com que qualidade ocorreu essa apreensão e

indicar os caminhos para o prosseguimento do processo.

A igualdade de condições de acesso e permanência no processo educativo são

garantidas pela oferta de vagas e pelas ações que objetivam assegurar aos educandos a

efetiva participação no processo de ensino e aprendizagem pois, de acordo com Saviani, a

democracia do processo educativo deve existir como “possibilidade” no ponto de partida e

como “realidade” no ponto de chegada (2002).

A gestão democrática, princípio constitucional, é efetivada através da participação da

comunidade escolar – trabalhadores em educação, educandos, pais e responsáveis e

comunidade em geral - na tomada de decisões e na execução das medidas propostas. De

acordo com Veiga “a busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla

participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões/ações

administrativo-pedagógicas ali desenvolvidas” (2005, p. 18).

Liberdade implica na responsabilidade por seus atos e no respeito à liberdade do

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próximo. A partir desses princípios a liberdade, dentro do contexto escolar, é definida pelo

respeito ao próximo e às normas estabelecidas, com vistas ao bem comum. Liberdade e

autonomia no contexto pedagógico, da relação ensino-aprendizagem, “remete-nos para regras

e orientações criadas pelos próprios sujeitos da ação educativa, sem imposições externas”

(VEIGA, 2005, p. 19).

A valorização do trabalhador em educação ocorre através do respeito ao seu trabalho,

sua criatividade e opinião, bem como da execução de políticas públicas que lhe garantam

condições dignas de trabalho (formação inicial e continuada) e vida (remuneração, plano de

cargos, carreira e salários).

O estágio não obrigatório, segundo a Lei 11.788 de 2008, “é ato educativo escolar

supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho

produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de ensino

superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do

ensino fundamental, na modalidade profissional de jovens e adultos”.

O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das

diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e da proposta pedagógica do

curso. O estágio obrigatório tem definida carga horária e requisito para aprovação e obtenção

do diploma. O estágio não-obrigatório é atividade opcional, acrescida à carga horária regular

e obrigatória.

Os conhecimentos escolares buscam uma educação que possibilite a compreensão dos

princípios científicos-tecnológicos e históricos da produção moderna, de modo a orientar os

estagiários a desenvolverem as ações no ambiente de trabalho relacionando aos

conhecimentos universais necessários para compreende-los a partir das relações de trabalho,

portanto, requer o acesso aos conhecimentos produzidos historicamente pelo conjunto da

humanidade, a fim de possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo

de forma conceitual e operacional. Isto implica em ir além de uma formação técnica que

secundariza o conhecimento, necessário para se compreender o processo de produção em

sua totalidade.

Os temas dos desafios contemporâneos são desenvolvidos em todas as disciplinas, onde

cada educador tem participação relevante a esse processo de construção de conhecimento,

para o exercício da cidadania.

Todos os objetivos elaborados nas propostas curriculares enfatizam a necessidade de

ser trabalhado com os educandos questões de relações étnicos-raciais, drogas e violência, de

demais temas que exigem ação dos professores e demais atuantes na educação. O corpo

docente possui consciência de que está formando pessoas que precisam capacitar-se para a

vida, tornando-se capazes de contribuir com responsabilidade na construção do futuro.

A Equipe Pedagógica atua de forma concomitante aos educadores, abordando os temas

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de orientação educacional, motivação, sexualidade, desenvolvimento do caráter, combate e

enfrentamento às drogas e à violência, temas estes que são sempre revistos nas reuniões

pedagógicas, grupos de estudos, hora atividade, conselhos de classe, reunião de pais.

Vivemos numa realidade que precisa ainda lutar contra os diversos preconceitos, pois

todos tem os mesmo direitos e deveres. E na escola, por ser ambiente de aquisição de

conhecimento, esse trabalho é propício, tando quanto os demais conhecimentos científicos.

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5.2 Currículo

5.2.1 Matriz teórica e organização dos conteúdos

A matriz teórica e a organização dos conteúdos encontram-se nos anexos, como

propostas curriculares.

5.2.2 Critérios de organização de turmas

Os educandos oriundos da área rural são preferencialmente atendidos no período da

manhã, devido à disponibilidade de transporte escolar nesse período.

5.2.3 Avaliação: instrumentos, registros, recuperação e forma de comunicação dos resultados.

São utilizados, bimestralmente, no mínimo 03 (três) instrumentos de avaliação

diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação é de no máximo 4,0 (quatro) e de no

mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de

avaliação deve totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando é a soma dos resultados obtidos nos

instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que não apresentam o aproveitamento desejado, é oferecida a

Recuperação de Estudos no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos aborda os conteúdos nos quais o educando não apresentou

o aproveitamento esperado e utiliza quantos e quais tipos de instrumentos de avaliação o

educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do conteúdo

necessários para a melhoria da aprendizagem.

Para efeito do registro escolar, é considerado o maior valor de avaliação obtido pelo

educando.

Poderão ser utilizados como instrumentos de avaliação:

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• projeto de pesquisa bibliográfica;

• leitura compreensiva e/ou crítica de textos;

• pesquisa e produção de textos, relatórios, dramatizações, desenhos, músicas,

poemas, mapas, tabelas, gráficos e outras formas de expressão e representação;

• resolução de questionamentos escritos (discursivos ou objetivos) e orais;

• tradução, compreensão, elaboração de textos e diálogos em língua estrangeira;

• realização de atividades em sala de aula, laboratório das ciências, biblioteca, e

domicílio;

• pesquisa, produção e apresentação de seminários;

• realização e participação em debates;

• projeto de pesquisa de campo/técnica;

• produção e utilização de recursos áudio-visuais;

• participação em palestras, atividades culturais e esportivas;

• diagnóstico do educando em seu processo de aprendizagem;

• outros instrumentos de acordo com a especificidade da disciplina/conteúdo.

Os registros são realizados nos livros de Registro de Classe e no Sistema Estadual de

Registro Escolar.

A comunicação dos resultados é feita através de Boletim Escolar, entregue

bimestralmente aos educandos para que estes os encaminhem aos pais e responsáveis. A

escola, através da direção, equipe pedagógica e corpo docente, busca estabelecer contato os

pais ou responsáveis pelos educandos que tenham apresentado deficiências de aprendizagem,

para determinação e superação de eventuais problemas.

5.2.4 Organização da hora/atividade

A organização da hora-atividade tem como objetivos propiciar aos educadores

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momentos para estudo, preparação e conclusão de aulas; reflexão sobre o desenvolvimento do

processo de ensino e aprendizagem; diálogo com os demais educadores, da sua disciplina e de

outras, equipe pedagógica e direção; atendimento personalizado aos educandos;

desenvolvimento de projetos; entre outros. Sua finalidade principal é permitir o constante

desenvolvimento e aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem.

5.2.5 Calendário Escolar

A Secretaria de Estado de Educação propõe alternativas de calendário e a escola, após

entendimento com a rede municipal e o Núcleo Regional de Educação, adota o mais

apropriado para a realidade local.

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5.3 Regime Escolar

5.3.1 Horários e períodos de funcionamento da escola

Entrada Intervalo SaídaManhã 7h 30m 10h às 10h 15m 11h 55m Tarde 13h 15h 30m à 15h 45m 17h 25mNoite 18h 30m 21h às 21h 15m 22h 45m

5.3.2 Modalidades de ensino ofertadas

São ofertadas a Educação Básica (compreendendo o Ensino Fundamental, de Quinta à

Oitava Séries, e o Ensino Médio, de Primeira à Terceira Séries), a Educação Especial

(compreendendo a Sala de Recursos) e o Ensino Profissionalizante.

5.3.3 Organização do tempo escolar

O tempo escolar é organizado em séries anuais.

5.3.4 Oferta

Atualmente é ofertada Sala de Recursos para os alunos que apresentam deficiências de

aprendizagem.

5.3.5 Forma de matrícula

São seguidas as determinações legais emitidas pela Secretaria Estadual de Educação e

demais órgãos competentes.

5.3.6 Material didático

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O estabelecimento de ensino oferece aos educandos os livros do Programa Nacional do

Livro Didático e do Programa Nacional do Livro do Ensino Médio, ambos fornecidos pelo

governo federal, e do programa do Livro Didático Gratuito, fornecido pelo governo estadual,

além do material solicitado pelos docentes, de acordo com as disponibilidades.

5.3.7 Inclusão social

A escola atende alunos com necessidades especiais, afro-descendentes, do campo e

com diversidade de gênero.

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5.4 Avaliação

5.4.1 Avaliação da educação e da escola

São executadas as avaliações propostas pela Secretaria de Estado de Educação.

5.4.2 Ensino e Aprendizagem

A escola avalia os resultados do processo de ensino-aprendizagem através de meios

internos como o Conselho de Classe e reuniões entre os trabalhadores em educação. Externos

como o Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB, no Exame Nacional do Ensino

Médio – ENEM e Prova Brasil – AVA, entre outros, embora estes não permitam avaliar as

especificidades da realidade local.

5.4.3 Processos de avaliação, classificação e promoção

Os processos de avaliação, classificação e promoção seguem as determinações

emitidas pela Secretaria de Estado de Educação e demais órgãos competentes.

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6 MARCO OPERACIONAL

6.1 Quadro de trabalhadores em educação

Trabalhador Cargo/Função FormaçãoAlci Maria Fontoura Ferreira

Agente Educacional I Ensino Médio

Ana Maria Pepe Professora de Educação Básica

Licenciatura Curta em Ciências e Plenificação em Matemática

Ana Paula Pedroso Agente Educacional II

Normal Superior

Antonio Michel Kuller de Meira

Agente Educacional II

Licenciatura Plena em Geografia

Ariane Luzia Patrzyk Professora de Educação Básica

Licenciatura Plena em Ciências

Beatriz Loss Diretora Licenciatura Plena em Educação Física e Especialização em Educação Física Escolar

Ediane Karen Sodoski Professora de Educação Básica

Licenciatura Plena em Ciências

Ediliane Pacondes Professora de Educação Básica

Licenciatura em Letras

Eliete Broday Diadio Professora de Apoio Permanente

Licenciatura Plena em Pedagogia

Elisandro Antonio da Silva Agente Educacional I Ensino MédioEnilza Aparecida Seidl Professora de

Educação Básica e da Sala de Recursos

Licenciatura Português, Inglês e Literatura, Especialização em Língua Portuguesa e estudos adicionais em Deficiência Mental

Erno Schwanke Professo de Educação Ba icaś

Licenciatura Plena em Ciências

Drieli de Fatima de Andrade

Professora de Apoio Permanente

Licenciatura Plena em Pedagogia

Gildo Miguel de Lima Agente Educacional I Ensino FundamentalGlaci Rodrigues de Oliveira

Agente Educacional I Ensino Médio

Ian Navarro de Oliveira Silva

Professor de Educação Básica

Licenciatura Plena em Geografia e Especialização em Administração, Supervisão e Orientação Educacional

Ivone Kuller Colesel Agente Educacional I Normal SuperiorIzabel Musiat Professora Licenciatura Plena em Português e

Especialização em Língua Portuguesa – Teoria e Prática

Janaína Aparecida Davebida Sedoski

Professora de Educação Básica

Licenciatura Plena em Ciências

Joseli Aparecida Vieira Guimarães Pabis

Professora de Educação Básica

Licenciatura Plena em História e Arte

Josane Aparecida Alves Pires

Professora de Educação Básica

Licenciatura Plena em Pedagogia, Especialização em Psicopedagogia

José Carlos da Silva Junior Professor de Educação Básica

Licenciatura Plena em Educação Física

Leocádia Kotscherowski Professora de Educação Básica

Licenciatura Plena em Letras – Português, Inglês e Literatura e Especialização em Língua Portuguesa

Luciane Mafalda Loss Agente Educacional II

Ensino Médio

Luciane Passos Professora de Educação Básica

Licenciatura Plena em Matemática e Especialização em Metodologia de

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Ensino de MatemáticaLurdes Cristina de Figueiredo

Orientadora Licenciatura Plena em Pedagogia

Maria de Lurdes Tozetto Agente Educacional I Ensino MédioMaria Helena Pereira Professora de

Educação BásicaLicenciatura Plena em Ciências e Matemática e Especialização em Metodologia do Ensino de 3º. e 4º. Ciclos

Maria José Cabral Schletz Pedagoga e Diretora Auxiliar

Licenciatura Plena em Pedagogia e Especialização em Educação Especial e Deficiência Mental

Maria Lurdes Krepk Agente Educacional II

Licenciatura Plena em Pedagogia

Maria Terezinha Wendrechowski

Professora de Educação Básica

Licenciatura Plena em Inglês

Mário Kanarski Professor de Educação Básica

Licenciatura Plena em História

Patrícia Celina Salvador Vier

Professora de Educação Básica

Licenciatura em Educação Física

Paulo Gil Professor de Educação Básica

Licenciatura Plena em Geografia

Regiane Woiski Professora de Educação Básica

Licenciatura Plena em Educação Física e Especialização em Interdisciplinaridade

Regina Larocca Professora de Educação Básica

Licenciatura Plena em História

Sandra Aparecida Costa Orientadora Licenciatra Plena em PedagogiaSandro José Ramos Professor de

Educaçao Básica e Tutor de Ensino Profissionalizante

Licenciatura Plena em História e Especialização em História e Geografia

Sueli da Trindade Silveira Agente Educacional I Ensino MédioThatiany Karam Agente de Execução Licenciatura Plena em QuímicaVera Lucia Correia Professora de

Educação Básica e CELEM - Espanhol

Licenciatura Plena em Letras

Vilson José Ribas Padilha Professor de Educação Básica

Licenciatura Plena em Letras e Geografia

Vivian Dalagnol de Campos

Professora de Educação Básica

Licenciatura Plena em Geografia e Mestrado em Gestão do Território

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6.2 Organização interna da escola/funções específicas:

• Da Equipe de Direção

A direção escolar é composta pelo diretor(a) e diretor(a) auxiliar, escolhidos

democraticamente entre os componentes da comunidade escolar, conforme legislação em

vigor.

A função de diretor(a), como responsável pela efetivação da gestão democrática, é a de

assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino.

Compete ao diretor(a):

I. cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;

II. responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;

III. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto

IV. Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho

Escolar;

V. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;

VI. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância às

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

VII. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e

submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;

VIII. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às

decisões tomadas coletivamente;

IX. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a

comunidade escolar e colocando-os em edital público;

X. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho

Escolar e fixando-os em edital público;

XI. coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a

legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após,

encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;

XII. garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os

órgãos da administração estadual;

XIII. encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente

escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;

XIV. deferir os requerimentos de matrícula;

XV. elaborar o calendário escolar, de acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à

apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao NRE para homologação;

XVI. acompanhar o trabalho docente, referente às reposições de horas/aula aos

discentes;

XVII. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas/atividade

estabelecidos;

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XVIII. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e

propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-

administrativa no âmbito escolar;

XIX. propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação,

após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou

fechamento de cursos;

XX.participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao

Conselho Escolar para aprovação;

XXI. supervisionar o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das

normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências sanitárias e

padrões de qualidade nutricional;

XXII. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas

coletivamente;

XXIII. definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico administrativa e equipe

auxiliar operacional;

XXIV. articular processos de integração da escola com a comunidade;

XXV. solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e

professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED;

XXVI. organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional

Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário de trabalho, correspondendo

a 50% (cinquenta por cento) da carga horária da Prática Profissional Supervisionada,

conforme orientação da SEED, contida no Plano de Curso;

XXVII. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem

inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente

com a comunidade escolar;

XXVIII. cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e

epidemiológica;

XXIX. viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular

plurilinguístico da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras

Modernas – CELEM;

XXX. disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios

Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;

XXXI. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

XXXII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

XXXIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XXXIV. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

XXXV. Compete ao(à) diretor(a) auxiliar assessorar o(a) diretor(a) em todas as suas

atribuições e substituí-lo(a) na sua falta ou por algum impedimento.

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Da Equipe Pedagógica

A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação no

estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político-

Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações

emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

A equipe pedagógica é composta por professores graduados em Pedagogia.

Compete à equipe pedagógica:

I. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-

Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

II. orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma

perspectiva democrática;

III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico

escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar;

IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica curricular

do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da SEED e das Diretrizes

Curriculares Nacionais e Estaduais;

V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo

de professores do estabelecimento de ensino;

VI. acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas/aula aos discentes;

VII. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e

aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de propostas

de intervenção para a qualidade de ensino para todos;

VIII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do

estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o aprimoramento do

trabalho pedagógico escolar;

IX. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos

Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o

trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

X. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção

decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

XI. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do

estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates

e oficinas pedagógicas;

XII. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de

maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;

XIII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear

um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a

promover a aprendizagem de todos os alunos;

XIV. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento

Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;

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XV. participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,

subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e

efetivação do trabalho pedagógico escolar;

XVI. coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de

materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XVII. participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de ensino,

assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e projetos de

incentivo à leitura;

XVIII. acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e

Biologia e de Informática;

XIX. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua

participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

XX. coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;

XXI. colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da SEED;

XXII. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a

partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino;

XXIII. acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às

atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;

XXIV. acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização do curso, quanto no

acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos funcionários cursistas da escola

e/ou de outras unidades escolares;

XXV. promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as

formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

XXVI. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico

do estabelecimento de ensino;

XXVII. acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;

XXVIII. participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;

XXIX. orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-

pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,

reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme

legislação em vigor;

XXX. organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as reposições de

dias, horas e conteúdos aos discentes;

XXXI. orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros de Registro de Classe;

XXXII. organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

XXXIII. organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos

profissionais do estabelecimento de ensino;

XXXIV. solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação

Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades educacionais

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especiais;

XXXV. coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto

Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando

encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

XXXVI. acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,

realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento

integral;

XXXVII. acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e

encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

XXXVIII. acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver

necessidade de encaminhamentos;

XXXIX. orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades

educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no

processo de inclusão na escola;

XL. manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de alunos

com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas de

experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino

regular;

XLI. assessorar os professores do CELEM e acompanhar as turmas, quando o

estabelecimento de ensino ofertar o ensino extracurricular plurilingüístico de Língua

Estrangeira Moderna;

XLII. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento

de ensino;

XLIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos,

pais e demais segmentos da comunidade escolar;

XLIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

XLV. elaborar seu Plano de Ação;

XLVI. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Da Equipe Docente

A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente habilitados.

Compete aos docentes:

I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-Pedagógico

do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo Conselho Escolar;

II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do

estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e as Diretrizes

Curriculares Nacionais e Estaduais;

III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros

e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento

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de ensino;

IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente;

V. desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do

conhecimento pelo aluno;

VI. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos,

quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando

prioritariamente o direito do aluno;

VII. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se

de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político-Pedagógico

do estabelecimento de ensino;

VIII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,

estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do período

letivo;

IX. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com

dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do pedagogo,

com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais especiais e posterior

encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

X. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com

vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;

XI. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;

XII. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em

decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo, ideologia,

condição sócio-cultural, entre outras;

XIII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,

respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no

processo de ensino e aprendizagem;

XIV. participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto

ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem, da Sala

de Recursos, a fim de realizar ajustes ou modificações no processo de intervenção educativa;

XV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação

artística;

XVI. participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de

alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,

responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais serão

registradas e assinadas em Ata;

XVII. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual

e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;

XVIII. zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à

equipe pedagógica;

XIX. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade

estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à

avaliação e ao desenvolvimento profissional;

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XX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos, pesquisas

e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica, conforme

determinações da SEED/SUED;

XXI. manter atualizados os Registros de Classe, conforme Instrução da SEED/DIE,

orientação da equipe pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no

estabelecimento de ensino,

XXII. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da

escola com as famílias e a comunidade;

XXIII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o

desenvolvimento do processo educativo;

XXIV. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor

e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e

educativa;

XXV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem

inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XXVI. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que

lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;

XXVII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

XXVIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XXIX. participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;

XXX. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar

Da Equipe Técnico-Administrativa e dos Assistentes de Execução

A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam nas áreas

da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do estabelecimento de ensino.

A função de assistente de execução é exercida por profissional que atua no laboratório

de Química, Física e Biologia do estabelecimento de ensino.

O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário(a) escolar é indicado

pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial, conforme normas da

SEED.

Parágrafo Único - O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela direção.

Compete ao Secretário Escolar:

I. conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

II. cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED, que

regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;

III. distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais técnicos

administrativos;

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IV. receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;

V. organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções

normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;

VI. efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,

transferência e conclusão de curso;

VII. elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados às

autoridades competentes;

VIII. encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser

assinados;

IX. organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de

forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da vida

escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;

X. responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno,

respondendo por qualquer irregularidade;

XI. manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado;

XII. organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da

escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;

XIII. atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando

informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do

estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento Escolar;

XIV. zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da

secretaria;

XV. orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe

com os resultados da freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos;

XVI. cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da

secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, de

adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e

regularização de vida escolar;

XVII. organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor

competente a sua freqüência, em formulário próprio;

XVIII. secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;

XIX. conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;

XX. comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na

secretaria da escola;

XXI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua

função;

XXII. organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular

(CELEM);

XXIII. manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;

XXIV. fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando

solicitado;

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XXV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XXVIII. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função.

Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos estabelecimentos

de ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a):

I. cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto

ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, necessidades de

adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e

regularização de vida escolar;

II. atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e

orientações;

III. cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;

IV. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua

função;

V. controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações sobre

os mesmos a quem de direito;

VI. organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu setor;

VII. efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico

Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;

VIII. organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da

escola;

IX. classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a

movimentação de expedientes;

X. realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial do

estabelecimento, sempre que solicitado;

XI. coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e

atualizando o sistema informatizado;

XII. executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;

XIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

XIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

XV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XVI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função.

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Compete ao técnico administrativo que atua na biblioteca escolar, indicado pela

direção do estabelecimento de ensino:

I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando

organização e funcionamento;

II. atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de

livros, de acordo com Regulamento próprio;

III. auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta pedagógica

curricular do estabelecimento de ensino;

IV. auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, entre

outros;

V. encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das necessidades

indicadas pelos usuários;

VI. zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;

VII. registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;

VIII. receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da

biblioteca;

IX. manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela sua

manutenção;

X. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua

função;

XI. auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;

XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XV. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função.

Compete ao técnico administrativo indicado pela direção para atuar no laboratório de

Informática do estabelecimento de ensino:

I. cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de Informática,

assessorando na sua organização e funcionamento;

II. auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais e

equipamentos de informática;

III. preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e materiais necessários

para a realização de atividades práticas de ensino no laboratório;

IV. assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no laboratório;

V. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;

VI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua

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função;

VII. receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos do

laboratório de Informática;

VIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

IX. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

X. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função.

Compete ao assistente de execução que atua no laboratório de Química, Física e

Biologia do estabelecimento de ensino:

I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de Química, Física e

Biologia;

II. aplicar, em regime de cooperação e de co-responsabilidade com o corpo docente e

discente, normas de segurança para o manuseio de materiais e equipamentos;

III. preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos para a realização

de atividades práticas de ensino;

IV. receber, controlar e armazenar materiais de consumo e equipamentos do

laboratório;

V. utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e equipamentos do

laboratório;

VI. assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do laboratório;

VII. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos materiais de consumo,

instrumentos e equipamentos de uso do laboratório;

VIII. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua

função;

IX. comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade, incidente e/ou

acidente ocorridos no laboratório;

X. manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos,

solventes, reagentes e demais materiais de consumo;

XI. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

XII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

XIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XIV. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função.

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Da Equipe Auxiliar Operacional

O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de conservação, manutenção,

preservação, segurança e da alimentação escolar, no âmbito escolar, sendo coordenado e

supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.

Compete ao auxiliar operacional que atua na limpeza, organização e preservação do

ambiente escolar e de seus utensílios e instalações:

I. zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as normas

estabelecidas na legislação sanitária vigente;

II. utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com

antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;

III. zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer irregularidade

à direção;

IV. auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de início

e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes, quando

solicitado pela direção;

V. atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especiais

temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de

alimentação;

VI. auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas, andadores,

muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação no ambiente

escolar;

VII. auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto a alimentação

durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e as correspondentes ao

uso do banheiro;

VIII. auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas atividades

escolares;

IX. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o

seu período de férias;

X. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

XI. coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o

devido destino, conforme exigências sanitárias;

XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XV. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função.

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São atribuições do auxiliar operacional, que atua na cozinha do estabelecimento de

ensino:

I. zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo as

normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;

II. selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de

qualidade nutricional;

III. servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e segurança;

IV. informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição do

estoque da merenda escolar;

V. conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda escolar,

conforme legislação sanitária em vigor;

VI. zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da merenda

escolar;

VII. receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a cozinha e

da merenda escolar;

VIII. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o

seu período de férias;

IX. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

X. auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer necessário;

XI. respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de preparação ou

manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;

XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XV. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função.

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6.2 Planos e Linhas de Ação

PLANO DE AÇÃO - DIREÇÃO

Gestão 2009/2011

IDENTIFICAÇÃO

Estabelecimento Colégio Estadual Getúlio Vargas -

Ensino Fundamental e MédioMunicípio Fernandes PinheiroNúcleo Regional de Educação IratiDiretora Beatriz Loss

OBJETIVOS GERAIS

- Construir um espaço democrático, onde o conhecimento, a educação, a cultura, a

cidadania, o ensino e a aprendizagem estejam relacionados para a construção de uma

sociedade mais justa e digna e seres humanos plenos e capazes de participar e atuar crítica e

ativamente nessa sociedade;

- Valorizar o educando, respeitando sua dignidade enquanto pessoa humana, sua

individualidade, suas potencialidades e limitações;

- Fornecer apoio moral para os educandos superarem seus problemas (desemprego,

violência, falta de moradia, entre outros) procurando seus direitos junto às autoridades

competentes;

- Possibilitar a socialização dos educandos e a construção de valores éticos e morais,

desenvolvendo modos de conduta e respeito perante os outros membros da comunidade

escolar, de suas próprias comunidades e da sociedade como um todo;

- Proporcionar o acesso e a permanência na Escola, de acordo com as determinações

do FICA, diminuindo progressivamente os índices de evasão, repetência e distorção idade-

série;

- Construir, com engajamento de educandos, educadores, pais e responsáveis,

funcionários e equipe pedagógica, um ambiente escolar participativo, crítico, solidário e

alegre.

- Discutir e decidir junto à comunidade escolar quais as prioridades de ações para a

melhoria do ambiente escolar.

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AÇÕES

Gestão Democrática

- Promover uma gestão democrática com a participação das instâncias colegiadas -

Conselho Escolar, a Associação de Pais, Mestres, Funcionários, o Grêmio Estudantil - e demais

membros da comunidade escolar, onde seus integrantes possam sugerir, opinar, participar e

fiscalizar as ações do Colégio;

- Incentivar o surgimento e desenvolvimento de líderes entre os educandos,

conscientizando-os de suas responsabilidades e criando mecanismos para uma formação

política básica;

- Auxiliar o funcionamento do Grêmio Estudantil, incentivando a participação nos

processos decisórios e atividades do Colégio;

- Instituir Conselhos de Classe com a participação de representantes dos educandos

que, juntamente com educadores, equipe pedagógica e direção, sugerirão os melhores meios

para alcançar resultados satisfatórios no processo de ensino e aprendizagem;

- Promover encontros, reuniões, atividades culturais e esportivas, entre outros,

incentivando a participação de pais e responsáveis e promovendo a sua conscientização sobre

a importância e a responsabilidade deles na vida escolar de seus dependentes;

- Transparência nos gastos e prestação de contas e zelando pela documentação

escolar;

- Ouvir e dedicar tempo para a reflexão, buscando encontrar soluções e tomar

decisões.

Proposta Pedagógica

- Cumprir o Calendário Escolar e as determinações legais, zelando também pela

correção da documentação escolar;

- Trabalhar pela progressiva melhoria qualidade do processo de ensino e aprendizagem

e seus resultados;

- Valorizar os profissionais de educação através da realização de reuniões internas e

divulgação de resultados;

- Descentralizar as ações delegando tarefas, divulgando informações e integrando os

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setores do Colégio;

- Mobilizar a comunidade com objetivo de superar obstáculos ao bom funcionamento

do processo de ensino e aprendizagem e do Colégio;

- Estabelecer, em conjunto com a comunidade escolar, critérios claros e factíveis de

Avaliação e Recuperação;

- Proporcionar aos educandos com aprendizagem insuficiente os meios para corrigir tal

situação;

- Desenvolver projetos que envolvam a participação da comunidade escolar,

propiciando inclusive o intercâmbio com outros estabelecimentos de ensino;

- Manter diálogo permanente com o Núcleo Regional de Educação e a Secretaria de

Educação do Estado.

Formação Continuada

- Incentivar educadores e funcionários a participar de cursos, eventos, conferências e

simpósios, entre outros, objetivando a sua constante atualização e satisfação no exercício da

profissão;

- Proporcionar e conscientizar sobre a importância de Grupos de Estudos e demais

cursos propostos e oferecidos pelo Núcleo Regional de Educação e Secretaria de Educação de

Estado;

- Incentivar a criação e implementação de Projetos, mantendo os que já estão em

funcionamento;

- Promover reuniões para avaliação e revisão do Projeto Político Pedagógico;

- Ordenar, dentro das possibilidades, a Hora-Atividade dos educadores por área de

atuação, de modo que possam trocar experiências e organizar trabalhos conjuntos.

Qualificação dos equipamentos e espaços

- Promover palestras e reuniões com a comunidade escolar, conscientizando-os sobre a

importância da conservação, manutenção e valorização do novo espaço escolar;

- Identificar e aplicar os recursos existentes da melhor maneira possível;

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- Desenvolver maior responsabilidade no uso de equipamentos, salas de aula,

biblioteca, laboratórios, espaços educativos e material didático em todos os membros da

comunidade escolar.

- Manter os projetos “Sábado Ativo” e “JINGEVAR”, dando ênfase ao teatro, a dança, ao

canto, aos esportes, entre outros.

Outros

- Incentivar e proporcionar a participação em eventos culturais e esportivos como o

FERA, o Com Ciência, os Jocop’s, entre outros;

- Conservar e aprimorar as Salas de Apoio;

- Solicitar a construção de mais duas salas de aula pra melhor atender a demanda.

CRONOGRAMA

O presente Plano de Ação será executado nos anos de 2009 a 2011.

AVALIAÇÃO

A avaliação ocorrerá semestralmente ou sempre que se fizer necessário, envolvendo a

comunidade escolar no processo de ensino e aprendizagem. A partir dos resultados da

Avaliação serão o presente plano poderá ser alterado.

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PLANO DE AÇÃO - PEDAGOGAS

IDENTIFICAÇÃO

Estabelecimento Colégio Estadual Getúlio Vargas -

Ensino Fundamental e MédioMunicípio Fernandes PinheiroNúcleo Regional de

Educação

Irati

Equipe de Orientação Lourdes Cristina Figueiredo

Sandra Aparecida Costa

Maria José Cabral Schletz

JUSTIFICATIVA

A Orientação Educacional trabalha de forma integrada com o PPP da instituição, como

apoio pedagógico, priorizando a relação EDUCADOR/EDUCANDO mediada pelo conteúdo.

Visa, ainda, informar o aluno, enfatizando a relação homem – trabalho, homem – mundo, o seu

desenvolvimento físico-intelectual e emocional do ser - vir a ser - medida pela realidade social.

Sua ação se dá de maneira interdisciplinar com educadores e demais funcionários de

outras áreas afins que prioriza a organização escolar utilizando-se das experiências dos

elementos envolvidos no processo ensino – aprendizagem beneficiando – o em relação ao

educando.

Tem por prioridade em seu trabalho a diminuição da evasão escolar e repetência, e

assim trabalha junto às famílias, sendo o elo de integração para amenizar os problemas que

surgem no dia a dia na escola.

METODOLOGIA

Participação ativa dos trabalhos desenvolvidos pela instituição, assessorando

educadores, ministrando pequenas palestras, utilizando recursos áudio-visuais para

enriquecer os conteúdos quando necessário.

Apresentação do serviço de Orientação Educacional;

Reconhecimento pelo aluno do informativo estudantil e sistema de avaliação;

Dinâmicas de grupos socializantes, para desenvolver liderança, comunicação e o

trabalho coletivo;

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Palestras educativas reforçando o cuidado com a saúde, motivação, cidadania e

desenvolvimento pessoal, social e profissional;

Textos e folhetos para trabalho em sala de aula;

Aconselhamentos coletivos, individuais de educandos, educadores e funcionários;

Participação em reunião com pais e responsáveis, conselho de classe, conselho escolar

e outros quando requisitada a presença do Serviço de Orientação Educacional;

Colaborar em organizações de eventos realizados no decorrer do ano.

OBJETIVOS GERAIS

Promover uma Orientação Educacional Coletiva;

Promover um clima de trabalho favorável com a cooperação de todos;

Assessorar os educadores na busca de melhores condições de trabalho que evidenciem

o aperfeiçoamento pessoal e profissional;

Promover palestras educativas de acordo com as devidas necessidades observadas.

Exemplo: hábitos de estudos, saúde, qualidade de vida, a família, a escola, educação

ambiental, responsabilidade e ética educacional, sexual, DST, drogas, alcoolismo, orientação

vocacional, profissões, mercado de trabalho, necessidade do trabalho;

Orientar os educandos em sessões coletivas, individuais e encaminhar, quando

necessário, aos especialistas os casos especiais quando necessário;

Manter contato com os pais e responsáveis através de visita, reunião ou telefone

chamando-os para informar o rendimento escolar de seus dependentes (comportamento,

aproveitamento etc) sempre que necessário;

Promover a reflexão dos alunos para que compreendam que todos os momentos

vivenciados são as suas próprias historias de vida;

Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações

sociais, utilizando o dialogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões;

Acompanhamento pedagógico do desenvolvimento dos alunos, dando suporte ao

educando desmotivado, controlando a frequencia diária visando o combate a reprovação e

evasão escolar;

Acompanhar as práticas de estágio não-obrigatório desenvolvidas pelo aluno;

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Manter os professores das turmas, cujos alunos desenvolvem atividade de estágio,

informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo que estes possam contribuir para esta

relação prática;

Orientar e receber relatórios periódicos do estagiário;

Elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus

educandos;

Zelar pelo cumprimento do termo de compromisso com o educando, com a parte

concedente e o estabelecimento;

Será registrada em livros e/ou fichas todas as ocorrências de indisciplina que

houverem, se o problema persistir entrar em contato com a família, e a mesma comparecendo

será registrada a presença;

Averiguar o desenvolvimento dos alunos da Sala de Recursos;

Monitorar os corredores na troca de aula, e volta dos intervalos, para que os alunos

não circulem pelo pátio.

AVALIAÇÃO

A Avaliação será diagnostica, analisando os alunos quando à maturidade através do

comportamento assumindo dentro e fora de sala de aula e comunidade. Dar-se-á ênfase ao

bom senso, senso crítico, responsabilidade, companheirismo, respeito, cidadania e freqüência

às aulas.

O educando será avaliado no decorrer do ano letivo, considerando o seu desempenho

individual e deverá ser capaz de:

- desenvolver hábitos de estudos

- demonstrar respeito pelo Colégio, colegas, professores e funcionários;

- estudar com proveito e responsabilidade;

- ter pontualidade e assiduidade às aulas e demais atividades;

- participar de eventos realizados no Colégio;

- comportar-se de modo socializado no Colégio e na comunidade;

- demonstrar independência pessoal e responsabilidade de seus atos;

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- assimilar hábitos, atitudes e valores positivos transmitidos pelo Colégio e Família e

demonstrá-los na comunidade;

- apresentar rendimento global satisfatório;

- demonstrar desembaraço, senso critico e persistência em todas as atividades de

vivências do cotidiano;

- respeitar a natureza, os elementos integrantes da família, Colégio e comunidade;

- reconhecer seus sentimentos e de outras pessoas envolvidas nas situações de vida;

- reconhecer que a atividade sexual, exige maturidade e preparo, tendo em vista que as

conseqüências atingirão também outras vidas.

CRONOGRAMA

As atividades serão desenvolvidas durante o ano letivo. Sendo que o mesmo poderá

sofrer modificações, quando necessário.

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LINHAS DE AÇÃO

Projetos desenvolvidos no Estabelecimento de Ensino:

Atividades

Recreativas,

Culturais e

Esportivas

JINGEVAR, FestDance e Sábado Ativo.

Calendário de

festividades

Com a colaboração da APMF e do Conselho Escolar são realizadas a

Comemoração do Dia das Crianças e Festa Junina Interna.Iniciação Científica Participação nas Olimpíadas de Matemática.Educação Ambiental

e Agenda 21 Escolar

Além da presença do tema nos conteúdos disciplinares, são

desenvolvidos projetos específicos como Agenda 21 Escolar, BioViva

e datas específicas como Dia do Rio, Dia da Árvore, Dia da Água e

Semana do Meio Ambiente.Educação do Campo É abordada nas disciplinas da matriz curricular e Resgate das

Nossas Raízes.Prevenção Em colaboração com a Secretaria Municipal de Saúde e demais

órgãos competentes são desenvolvidos os projetos Saúde na Escola

e Saúde Bucal e são realizadas palestras de prevenção às drogas –

lícitas e ilícitas -, DST’s, gravidez na adolescência, entre outros.Estatuto da Criança

e do Adolescente e

Ficha do Aluno

Ausente

A escola observa o disposto no ECA com vistas à salvaguarda dos

direitos e cumprimento dos deveres das crianças e adolescentes

atendidos e segue as determinações do FICA para combate da

evasão escolar.SEED/NRE FERA Com Ciência, Jogos Colegiais do Paraná, FICA, Semana

Cultural, Paraná Digital.Leitura Amigo Livro.

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6.3 Instâncias colegiadas

Conselho Escolar Delibera sobre questões político-pedagógicas, administrativas e

financeiras no âmbito da escola.Conselho de Classe Constitui-se em um momento de compartilhamento de

experiências sobre os educandos para correção das possíveis

dificuldades e deficiências e melhoria do processo de ensino-

aprendizagem.Associação de Pais,

Mestres e

Funcionários

Auxilia na organização e funcionamento da escola nos aspectos

administrativo, financeiro e pedagógico, com objetivo de

aproximar pais e responsáveis.Grêmio Estudantil Trabalha em conjunto com as demais instâncias da comunidade

escolar, auxiliando no funcionamento da escola e aproximando os

educandos.

A eleição dos membros das instâncias colegiadas obedece às determinações emitidas

pela Secretaria de Estado de Educação, Núcleo Regional de Educação e demais órgãos

competentes.

6.4 Formação continuada dos trabalhadores em educação e dos conselheiros

A formação continuada dos trabalhadores em educação e dos conselheiros escolares é

realizada de acordo com a disponibilidade de cursos ofertados pela Secretaria de Estado de

Educação e demais órgãos competentes, atendendo ao disposto na Resolução n. 5/05 e no

Parecer 16/05, ambos do Conselho Nacional de Educação.

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6.5 Matriz Curricular

ENSINO MÉDIO - MANHÃ

NRE: 15 - IRATI MUNICÍPIO: 0772 – FERNANDES PINHEIRO

ESTABELECIMENTO: 00088 – GETÚLIO VARGAS, C. E. – E. FUND. MÉDIO

Rua Romano Bettega, 340 – Centro – Fernandes Pinheiro – PR – CEP 84535-000

Fone: (42) 34591163 e 3459-1043

ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011

FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS/ SÉRIE 1 2 3

BA

SE

N

AC

IO

NA

L C

OM

UM ARTE 2 2

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

LÍNGUA PORTUGUESA 2 3 3

MATEMÁTICA 3 2 4

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

PAR

TE

D

IVE

RS

IFIC

AD

A SUB-TOTAL 23 23 23

L. E. M. - INGLÊS 2 2 2

L. E. M. - ESPANHOL*

SUB-TOTAL 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25

Observações:

Matriz Curricular de acordo com a LDB 9394/96.

* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.

Data: 17 de novembro de 2010.

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ENSINO MÉDIO – NOITE

NRE: 15 - IRATI MUNICÍPIO: 0772 – FERNANDES PINHEIRO

ESTABELECIMENTO: 00088 – GETÚLIO VARGAS, C. E. – E. FUND. MÉDIO

Rua Romano Bettega, 340 – Centro – Fernandes Pinheiro – PR – CEP 84535-000

Fone: (42) 34591163 e 3459-1043

ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011

FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS/ SÉRIE 1 2 3

BA

SE

N

AC

IO

NA

L C

OM

UM ARTE 2 2

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

LÍNGUA PORTUGUESA 2 3 3

MATEMÁTICA 3 2 4

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

PAR

TE

D

IVE

RS

IFIC

AD

A SUB-TOTAL 23 23 23

L. E. M. - INGLÊS 2 2 2

L. E. M. - ESPANHOL*

SUB-TOTAL 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25

Observações:

Matriz Curricular de acordo com a LDB 9394/96.

* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.

Obs.: Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.

Data: 17 de novembro de 2010.

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ENSINO FUNDAMENTAL - MANHÃ

NRE: 15 - IRATI

ESTABELECIMENTO: 00088 – GETÚLIO VARGAS, C. E. – E. FUND. MÉDIO

ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 MÓDULO: 40 SEMANAS

B A

S E

N

A C

I O

N

A L

C

O

M

U

M

DISCIPLINAS / SÉRIE 5 6 7 8

ARTE 2 2 2 2

CIÊNCIAS 3 3 3 4

EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 2

ENSINO RELIGIOSO * 1 1

GEOGRAFIA 3 3 4 3

HISTÓRIA 3 3 3 4

LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4

MATEMÁTICA 4 4 4 4

SUB-TOTAL 22 22 23 23

PD L. E. M. - INGLÊS ** 2 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25

Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB 9394/96.

* Não computado na carga horária da Matriz por ser facultativa para o ano aluno.

** O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino.

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ENSINO FUNDAMENTAL - TARDE

NRE: 15 - IRATI

ESTABELECIMENTO: 00088 – GETÚLIO VARGAS, C. E. – E. FUND. MÉDIO

ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: TARDE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 MÓDULO: 40 SEMANAS

B A

S E

N

A C

I O

N

A L

C

O

M

U

M

DISCIPLINAS / SÉRIE 5 6 7 8

ARTE 2 2 2 2

CIÊNCIAS 3 3 3 4

EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 2

ENSINO RELIGIOSO 1 1

GEOGRAFIA 3 3 4 3

HISTÓRIA 3 3 3 4

LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4

MATEMÁTICA 4 4 4 4

SUB-TOTAL 22 22 23 23

PD L. E. M. - INGLÊS 2 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB 9394/96.

* Não computado na carga horária da Matriz por ser facultativa para o ano aluno.

** O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino.

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6.6 Condições físicas, materiais e didáticas

A escola conta atualmente com Laboratório das Ciências, Laboratório de Informática e

Biblioteca equipados para o uso pelos educandos e educadores.

6.7 Estágio não-obrigatório

A escola incentiva e acompanha os estágios efetivados pelos alunos e desenvolvidos em

ambiente de trabalho, visando à preparação para o trabalho produtivo dos educandos que

frequentam regularmente o estabelecimento de ensino, de acordo com a legislação em vigor

(Lei nº 11.788/08)

6.8 Desafios Educacionais Contemporâneos

Os Desafios Educacionais Contemporâneos (Cidadania e Direitos Humanos, Educação

Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola e Prevenção ao Uso

Indevido de Drogas), assim como a Educação para as Relações Étnico-Raciais (Leis 10.639/03

e 11.645/08), são abordados pelas diversas disciplinas que compõem a matriz curricular da

Educação Básica no estabelecimento de ensino, preferencialmente de maneira vinculada aos

conteúdos estruturantes, básicos e específicos estabelecidos pelas Diretrizes Curriculares

Estaduais- DCE's.

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7 AVALIAÇÃO DO PPP

Os Projetos Políticos Pedagógicos – PPP’s - passaram a ser elaborados pelos

estabelecimentos de ensino em meados da década de 1990, em respeito à Lei 9394/96 – de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

De acordo com os membros da comunidade escolar consultados, inicialmente a

construção destes projetos era realizada por um grupo restrito de pessoas, às vezes uma

única, recorrendo muitas vezes à cópias de outros projetos já prontos. Por isso, esses projetos

pouco refletiam a realidade do estabelecimento e a visão do coletivo da comunidade escolar.

Além disso, muitas vezes esses projetos, depois de aprovados, eram guardados como “letra

morta”, pois não eram utilizados. Outra referência muito comum das pessoas entrevistadas,

era o desconhecimento dos objetivos do PPP e mesmo de como deveria ser sua construção.

Com objetivo de superar as deficiências apontadas, no processo de elaboração deste

Projeto Político Pedagógico buscou-se a participação de todos os membros da comunidade

escolar – educadores, educandos, funcionários, equipe pedagógica e direção, pais e

responsáveis, instâncias colegiadas, comunidade local - seja através de questionamentos

escritos, diálogos e reuniões. Além disso, o suporte oferecido pela equipe do Núcleo Regional

de Educação auxiliou no esclarecimento de dúvidas e orientação sobre a sua construção.

A Avaliação deste Projeto Político Pedagógico será realizada semestralmente, nas

Semanas Pedagógicas, com objetivos de: permitir à todos os envolvidos o acesso e o

conhecimento do Projeto; verificar se o mesmo está sendo cumprido; quais suas qualidades e

quais suas deficiências. A partir dessas avaliações serão tomadas medidas para superação das

dificuldades encontradas e até mesmo a atualização do Projeto.

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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIANCHETTI, Roberto Gerardo. Modelo Neoliberal e Políticas Educacionais. São Paulo:

Cortez, 2001.

BRASIL. Lei n. 8.069/90, de 13 de julho d e1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do

Adolescente e dá outras providências. Disponível em

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm> Acesso em 04 de novembro de 2010.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional. Ministério da Educação. Disponível em:

<http://www.mec.gov.br/legis/zip/lei9394.zip> Acesso em: 23 de maio de 2003.

BRASIL. Lei n. 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de

1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo

oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e

dá outras providências. Disponível em

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.639.htm> Acesso em 04 de novembro de

2010.

BRASIL. Lei 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de

1996, modificada pela Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e

bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a

obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Disponível em

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm> Acesso em 04 de

novembro de 2010.

BRASIL. Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes.

Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/11788.htm>

Acesso em 21 de setembro de 2010.

BRASIL. Plano nacional de implementação das diretrizes curriculares nacionais para

educação das relações etnicorraciais e para o ensino de história e cultura afrobrasileira e

africana. Brasília: 2005.

FREIRE, Paulo. Política e Educação. São Paulo: Cortez, 2003.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994.

PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação 007/99 de 09 de abril de 1999.

Delibera sobre as normas gerais para avaliação do aproveitamento escolar, recuperação de

estudos e promoção de alunos do sistema estadual de ensino em nível do ensino fundamental

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e médio. Relatores: Marília Pinheiro Machado de Souza e Orlando Bogo. [Curitiba: s.n., 1999].

PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação 014/99 de 08 de outubro de 1999.

Delibera sobre indicadores para elaboração da proposta pedagógica dos estabelecimentos de

ensino da Educação Básica em suas diferentes modalidades. Relatores: Solange Yara Schmidt

Manzochi, Clemência Maria Ferreira Ribas, José Frederico de Mello et all. [Curitiba: s.n.,

1999].

PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do

Paraná. Disponíveis em

<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/modules/conteudo/conteudo.php?

conteudo=98>

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. 35 ed. rev. amp. Campinas: Autores Associados,

2002.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética-libertadora do

processo de avaliação escolar. 16 ed. São Paulo: Libertad 2006.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto Político-Pedagógico da Escola: uma construção

coletiva. in ___ (org.) Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível.

20 ed. Campinas: Papirus, 2005. p.11-35.

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Propostas

Pedagógicas

Curriculares

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ARTE

A) APRESENTAÇÃO DE DISCIPLINA:

A arte teve suas primeiras manifestações no Paraná no período colonial, onde

ocorreu em maior escala nas vilas jesuíticas, como primeira forma registrada de arte na

educação, além do trabalho catequético era, realizados trabalhos que envolviam a arte como:

a retórica, literatura, musica, dramatizações, dança, pintura e trabalhos manuais, como o

exemplo da escultura.

Dessa forma herdamos as manifestações culturais ibéricas, onde mais tarde seriam

incorporadas a cultura afro e elementos culturais provindos da imigração, constituindo assim,

elementos fortíssimos para a nossa cultura.

A Arte tem um papel fundamental na formação e visualização dos sentidos, emoção,

ética, política, religião, ideologia e muitas outras, através do processo de humanização e

leitura sobre a realidade que possibilita ampliar a maneira de viver em sociedade.

Para compreender essa importância é preciso ressaltar que lecionar Arte e que

principalmente o processo de ensino e aprendizagem, de forma significativa, privilegia a

criação e não somente o aprimoramento de técnicas, afim de alcançar a perfeição, ou ainda,

tornar a Arte repetitiva, seguindo sempre modelos e cópias do natural.

Nessa perspectiva as Diretrizes Curriculares afirmam que “na escola, esses

conceitos e processos acabam por atribuir à Arte funções meramente reprodutivas, seguindo

formas padronizadas e mantendo o aluno no aperfeiçoamento da técnica, porém, limitando

sua identidade criadora”. (p. 16)

No ensino de Arte, amplia-se o repertório cultural do aluno a partir dos conceitos

estéticos, artísticos e contextualizados, aproximando-o do universo cultural da humanidade

nas suas diversas representações. Neste sentido as Diretrizes Curriculares apontam a

possibilidade do aluno criar formas singulares do pensamento e expandir suas potencialidades

criativas, considerando alguns campos conceituais:

• o conhecimento estético: destaca-se aspectos sensíveis e cognitivos, onde articulam-se

numa organização que expressa pensamentos e sentidos.

• o conhecimento artístico: visa o processo criativo, imaginário, utilizando-se das Artes

Visuais, da Dança, da Música e do Teatro.

• o conhecimento contextualizado: envolve o contexto político, econômico e

socioculturais dos objetos artísticos, possibilita um aprofundamento na investigação desse objeto.

No ensino de Arte, há três principais concepções no campo das teorias críticas de

arte. Tendo como sujeito histórico e social, a arte e ideologia, a arte e o seu conhecimento e a

arte e o trabalho criador que norteiam e organizam a metodologia, a seleção dos conteúdos e

a avaliação na prática escolar.

Arte e ideologia:

É um conjunto de idéias, crenças e doutrinas próprias de uma sociedade, de uma

época ou de uma classe. É um produto de uma situação histórica e das aspirações destes

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grupos. Destaca-se por possuir duas funções contraditórias: como um elemento de imposição

de uma classe social a outra e de forma a mascarar a realidade e, é também, por outro lado,

um elemento de coesão social,. De reação de pertencimento a um grupo, classe ou a sua

sociedade.(Diretrizes Curriculares, 2006, p. 24-25)

Neste sentido, o que se propõe é trabalhar Arte em três principais formas: o

sistema de arte (arte erudita) que atinge uma pequena parcela da sociedade – elite –, a arte

popular, que é produzida e vivenciada pelo povo, e a industria cultural, caracterizada por

utilizar-se de tecnologias sofisticadas para a produção em serie.

A arte e seu conhecimento:

Segundo as Diretrizes Curriculares, a Arte pode revelar um parte do real, não em

sua essência objetiva, tarefa específica da ciência, mas em relação com a essência humana. A

Arte é um conhecimento especifico de uma realidade especifica, do homem como um todo,

único, vivo e concreto, na unidade e riqueza de suas determinações, nas quais se fundem de

modo peculiar o geral e o singular. (Váquez, 1978, p.35, in Diretrizes, 2006, p. 25-26)

Arte e trabalho e criador:

Consiste em um elemento essencial no ensino de Arte, criar é transformar, fazer

algo inédito, um objetivo novo e singular que expressa esse sujeito criador e,

simultaneamente, o transcende, enquanto objeto portador de conteúdo de cunho social e

histórico e enquanto objeto concreto, como uma nova realidade social.

B) OBJETIVOS GERAIS:

No decorrer da disciplina de Arte, o objetivo dessa é que o aluno progressivamente

possa adquirir conhecimento em relação a conceitos básicos de Arte, isso ajudará no seu

desenvolvimento escolar, fazendo dele um aluno mais atento e crítico. Tendo como principal

objetivo viabilizar ao educando o acesso à produção artística de qualidade fazendo com que o

aluno se familiarize com os diversos tipos de linguagem nas diferentes áreas da Arte, como

artes visuais (pintura , escultura e gravura), música, dança e teatro.

Neste momento de familiarização com os conteúdos da disciplina de Arte, também

envolverão a apreciação e apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão

estética. Tanto a apreciação, quanto a apropriação de tais objetos se dão inicialmente pelos

sentidos, a percepção será superficial ou profunda dependendo do conhecimento em Arte que

o educando tiver em sua vida.

A disciplina de Arte possibilitará o acesso ao conhecimento de outras áreas do

saber; a partir desse processo, o educando terá fácil interpretação das obras e da realidade,

transcendendo as aparências. A Arte é uma área do conhecimento humano fruto da criação e

do trabalho dos indivíduos, histórica e socialmente.

O que faz dela uma disciplina indispensável para o processo de aprendizagem do

educando no que se refere ao senso crítico. Com isso o aluno terá uma educação na medida do

possível, de qualidade e que fornecerá a esse aluno suporte para uma formação digna e

cidadã.

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C) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS:

Definiu- se que os conteúdos estruturantes da disciplina são:

• elementos formais;

• composição;

• movimentos e períodos.

CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL

• ÁREA MÚSICA

SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PE IODOSŔ

5ª série

altura

duração

timbre

intensidade

densidade

ritmo

melodia

escalas: diatônica

pentatônica

cromática

improvisação

greco-romana

oriental

ocidental

africana

série

Altura

duração

timbre

intensidade

densidade

ritmo

melodia

escalas

gêneros: folclórico, índigena,

popular e étnico

técnicas: vocal, instrumental e

mista

improvisação

Música popular e

étnica ( ocidental e

oriental)

7ª série

altura

duração

timbre

intensidade

densidade

ritmo

melodia

harmonia

tonal, modal e a fusão de ambos

técnicas: vocal, instrumental e

Indústria cultural

eletrônica

minimalista

rap, rock, tecno

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mista

8ª série

altura

duração

timbre

intensidade

densidade

ritmo

melodia

harmonia

técnicas: vocal, instrumental e

mista

gêneros: popular, folclórico e étnico

Música engajada

música popular

brasileira

música contemporânea

• ÁREA ARTES VISUAIS

SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PE IODOSŔ

5ª série

ponto

linha

textura

forma

superfície

volume

cor

luz

bidimensional

figurativa

geométrica, simetria

técnicas: pintura, escultura,

arquitetura....

gêneros: cenas da mitologia...

arte greco – romana

arte africana

arte or4iental

arte pré - histórica

6ª série

Ponto

linha

textura

forma

superfície

volume

cor

luz

proporção

tridimensional

figura e fundo

abstrata

perspectiva

técnicas: pintura, escultura,

modelagem, gravura ...

gêneros: paisagem, retrato,

natureza morta ...

arte indígena

arte popular brasileira

e paranaense

renascimento

barroco

7ª série

linha

textura

forma

superfície

volume

cor

luz

Semelhanças

contrastes

ritmo visual

estilização

deformação

técnicas: desenho, fotografia,

audiovisual e mista ...

indústria cultural

arte no séc. XX

arte contemporânea

linha bidimensional realismo

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8ª série

textura

forma

superfície

volume

cor

luz

tridimensional

figura-fundo

ritmo visual

técnica: pintura, grafite,

performance ...

gêneros: paisagem urbana, cenas

do cotidiano ...

vanguardas

muralismo e arte latino

– americana

hip hop

• ÁREA TEATRO

SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PE IODOSŔ

5ª série

personagem: expressões

corporais, vocais, gestuais e

faciais.

Ação

espaço

enredo, roteiro.

espaço cênico, adereços

técnicas: jogos teatrais, teatro

indireto e direto, improvisação,

manipulação, máscara ...

gênero: tragédia, comédia e circo.

greco-romana

teatro oriental

teatro medieval

renascimento

6ª série

personagem: expressões

corporais, vocais, gestuais e

faciais.

Ação

espaço

representação, leitura dramática,

cenografia.

Técnicas: jogos teatrais, mímica,

improvisação, formas animadas ...

gêneros: rua e arena

caracterização.

comédia dell'arte

teatro popular

brasileiro e paranaense

teatro africano

7ª série

personagem: expressões

corporais, vocais, gestuais e

faciais.

Ação

espaço

representação no cinema e mídias

texto dramático

maquiagem

sonoplastia

roteiro

técnicas: jogos teatrais, sombra,

adaptação cênica ...

indústria cultural

realismo

expressionismo

cinema novo

8ª série

personagem: expressões

corporais, vocais, gestuais e

faciais.

Ação

espaço

técnicas: monólogo, jogos teatrais,

direção, ensaio, teatro-fórum ...

dramaturgia

cenografia

sonoplastia

teatro engajado

teatro do oprimido

teatro pobre

teatro do absurdo

vanguardas

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iluminação

figurino

• ÁREA DANÇA

SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PE IODOSŔ

5ª série

movimento corporal

tempo

espaço

kinesfera

eixo

ponto de apoio

movimentos

articulares

fluxo ( livre e interrompido)

rápido e lento

formação

níveis (alto, médio e baixo)

deslocamento (direto e indireto)

dimensões (pequeno e grande)

técnica: improvisação

gênero: circular

pré-história

greco-romana

renascimento

dança clássica

6ª série

movimento corporal

tempo

espaço

ponto de apoio

rotação

coreografia

salto e queda

peso (leve e pesado)

fluxo (livre, interrompido e

conduzido)

lento, rápido e moderado

níveis (alto, médio e baixo)

formação

direção

gênero: folclórico, popular e étnico.

dança popular

brasileiras

paranaense

africana

indígena

7ª série

movimento corporal

tempo

espaço

giro

rolamento

saltos

aceleração e desaceleração

direções (frente, atrás, direita e

esquerda)

hip hop

musicais

expressionismo

indústria cultural

dança moderna

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improvisação

coreografia

sonoplastia

gênero: indústria cultural e

espetáculo.

8ª série

movimento corporal

tempo

espaço

kinesfera

ponto de apoio

peso

fluxo

quedas

saltos

giros

rolamentos

extensão ( perto e longe)

coreografia

deslocamento

gênero: performance e moderna

vanguardas

dança moderna

dança contemporânea

CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO

ÁREAS ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODO

Músicas

altura

duração

timbre

intensidade

densidade

ritmo

melodia

harmonia

modal

tonal

contemporânea

escalas

sonoplastia

estrutura

gêneros: erudita,

folclórica ...

técnicas: instrumental,

vocal, mista,

improvisação ...

arte greco-romana

arte oriental

arte africana

arte medieval

renascimento

rap

tecno

barroco

classicismo

romantismo

vanguardas

artísticas

arte engajada

música serial

música eletrônica

música minimalista

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música popular

brasileira

arte popular

arte indígena

Artes Visuais

Ponto

linha

forma

textura

volume

cor

luz

figurativa

abstrata

figura-fundo

bidimensional

semelhanças

contrastes

ritmo visual

gêneros: paisagem,

retrato, natureza-

morta ...

técnicas: pintura,

gravura, escultura,

arquitetura, fotografia,

vídeo ...

arte pré-histórica

arte no antigo egito

arte greco-romana

arte pré-colombiana

arte oriental

arte africana

arte medieval

arte bizantina

arte romântica

arte gótica

renascimento

barroco

neoclassicismo

romantismo

fauvismo

Teatro

personagem

(expressões corporais,

vocais, gestuais e

faciais).

ação

espaço

representação

texto dramático

dramaturgia

roteiro

espaço cênico

sonoplastia

iluminação

cenografia

arte greco-romana

arte oriental

arte africana

arte medieval

renascimento

barroco

neoclassicismo

romantismo

realismo

expressionismo

vanguardas

artísticas

teatro dialético

teatro do oprimido

teatro pobre

teatro essencial

teatro do absurdo

arte engajada

arte popular

arte indígena

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arte brasileiras

arte paranaense

indústria cultural

arte latino-americana

Dança

movimento corporal

tempo

espaço

eixo

dinâmica

aceleração

ponto de apoio

salto e queda

rotação

formação

deslocamento

sonoplastia

coreografia

gêneros: folclóricas, de

salão, étnica ...

Técnicas:

improvisação,

coreografia ...

arte pré-histórica

arte greco-romana

arte oriental

arte africana

arte medieval

renascimento

barroco

neoclassicismo

romantismo

expressionismo

vanguardas

artísticas

arte popular

arte indígena

arte brasileira

arte paranaense

dança circular

indústria cultural

dança clássica

dança moderna

dança contemporânea

hip hop

arte latino-americana

D) METODOLOGIA:

Segundo o pensamento proposto nas Diretrizes Curriculares, o objetivo de trabalho

metodológico é o conhecimento. Assim, na metodologia do ensino da Arte, deve-se destacar

três momentos de organização pedagógica:

1º Teorizar:

Fazer com que o aluno se fundamente num conhecimento historicamente

construído, possibilitando assim que esse perceba a se aproprie de um saber teorico de

qualidade, bem como desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artíticos.

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2º Sentir e perceber:

Possibilitar aos alunos acesso e envolvimento as obras artísticas no âmbito dos

sentidos, objetos da natureza, cultura em uma dimensão estética.

No que cabe ao educador, deve-se auxiliar o educando e mediar nas interpretações,

indo além das aparências, chegando a totalidade da realidade humano social.

3º Trabalho artístico:

Estimular a prática criativa, o exercício com elementos que compõe uma obra de arte,

para que esse aluno perceba sensivelmente a elaboração de um trabalho artístico.

Conhecimento em arte é a materialização do conhecimento em arte com os conteúdos

estruturantes. Deve-se enfocar a origem cultural e o grupo social dos alunos, trabalhando em

suas aulas os conhecimentos produzidos na comunidade e as manifestações artísticas que

produzem significado de vida para estes alunos, tanto na produção como na fruição.

(Diretrizes Curriculares, 2006, p. 38)

Os recursos didáticos a serem utilizados no decorrer da disciplina de Arte serão textos

que fazem referencia aos assuntos da área de Artes, bem como , referências bibliográficas

complementares. As novas ferramentas também serão utilizadas para ilustrar melhor os

assuntos, como por exemplo os laboratórios de informática que auxiliarão no processo de

pesquisa.

Os educandos com necessidades educativas especiais serão acompanhados de acordo

com suas especificidades, conforme o art. 58 da lei nº 9394/96, e receberão atendimento

individualizado através da adoção de ações como: localização na sala próximo ao(a)

educador(a); formas diferenciadas de apresentação dos conteúdos; proposição de atividades

diferenciadas adequadas às suas características físicas e cognitivas e, se necessário, com

maior tempo para realização; contato constante com a equipe pedagógica e a

família/responsáveis objetivando um processo de aprendizagem que busque os resultados

destas ações e a superação de eventuais dificuldades.

E) AVALIAÇÃO:

A avaliação na disciplina de Arte é diagnóstica e processual. Diagnóstica por ser a

referência para o planejamento das aulas e na avaliação dos alunos, processual por pertencer

a todos os momentos da prática pedagógica.

Nesse processo de avaliação é importante desenvolver a auto-avaliação dos alunos,

é importante que os alunos do ensino médio tenham um capital cultural.

A avaliação será somatória, considerando o comportamento e o desenvolvimento do

aluno com relação às aulas, seu interesse pelas atividades desenvolvidas na escola e em sala,

procurando dessa maneira, avaliar e valorizar cada etapa de aprendizagem do educando.

Os educandos com necessidades educativas especiais serão avaliados também de

forma diferenciada, pois de acordo com suas especificidades, conforme o artigo citado

anteriormente, recebendo atendimento individualizado no processo de avaliação.

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F) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AZEVEDO, F. de, A cultura brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São Paulo:

Melhoramentos, editora da USP, 1971.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.

BUORO, A. B.Olhos que pintam: a leitura da imagem e o ensino da arte. São Paulo:Educ,

Fapesp, Cortez, 2002.

COLL, César, TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte: Conteúdos essenciais para ensino

fundamental, Editora Ática, São Paulo, 2000.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM. Diretrizes Curriculares de Arte para o

Ensino Médio, versão preliminar. Curitiba: 2006

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM. Orientações curriculares - Semana

Pedagógica: Arte. Curitiba: 2006

PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 1994.

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BIOLOGIA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Desde o homem primitivo já havia a preocupação com esse fenômeno devido a sua

contemplação da natureza, para entender, explicar e manipular os recursos naturais.

Na Antigüidade o homem tenta definir a origem desse fenômeno tendo como

principais estudiosos que contribuíram para o desenvolvimento da Biologia, Platão e

Aristóteles que buscavam explicações para a compreensão da natureza.

Na Idade Média (século V à XV) o Cristianismo teve uma forte influência e todo o

conhecimento era associado à Deus e oficializado pela Igreja Católica. Nessa época surgem as

primeiras universidades medievais que começavam a discutir o conhecimento de maneira

diferente da Igreja.

O período entre Idade Média e Idade Moderna (século XV e XVI) é marcado por

grandes mudanças como, ampliação do comércio, as navegações, circulação de dinheiro,

mudanças políticas e econômicas, que derrubam o poder da Igreja, surgindo então, as

revoluções industriais no século XVIII.

Nesse período há uma grande contribuição para a Biologia com Carl von Linné (1707-

1778), fundador do Sistema Moderno de Classificação dos Seres Vivos. A Biologia organizou-

se considerando a comparação das espécies, baseando-se na exploração empírica da natureza,

de forma descritiva, caracterizando o pensamento biológico descritivo.

Neste contexto, conceitua-se VIDA “como expressão da natureza idealizada pelo

sujeito racional” (RUSS, 1994).

Em meio às contradições deste período histórico, Francis Bacon contribui com uma

nova visão da Ciência através da investigação cooperativa. Propõe substituir o misticismo pelo

método indutivo baseado na observação. Surge o pensamento biológico mecanicista.

Os princípios da origem da VIDA também são questionados. Surgem novas idéias

sobre biogênese com o físico italiano Francisco Redi. A invenção e o aperfeiçoamento do

microscópio trazem grandes contribuições para a Biologia.

Com as grandes transformações sociais, políticas e econômicas, já no início do século

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XIX surgem evidências da evolução dos seres vivos, com os trabalhos apresentados por

Charles Darwin.

Darwin cria a base da Teoria da Evolução das Espécies onde o principal agente de

modificação é a ação da seleção natural. Ele foi o primeiro a utilizar o método hipotético-

dedutivo, ou seja, se o que foi levantado como hipótese conforma-se com as evidências

experimentais.

A teoria de Darwin só foi compreendida quando surgiram as leis da hereditariedade

propostas por Gregor Mendel, que, baseando-se em conhecimentos já desenvolvidos por

outros, realizou diversos cruzamentos entre ervilhas para observar como as características

eram transmitidas.

No século XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel,

marcando a influência do pensamento biológico evolutivo. Nesta época, a Genética

desenvolve-se como Ciência. A Biologia começou a ser vista como utilitária na medicina, na

agricultura e outras áreas.

Neste contexto de mudanças, expõe-se a crise da Ciência e a necessidade de rever o

método de construção do conhecimento científico.

Em meados dos anos 70, do século XX, busca-se entender como a Ciência progride e

como ocorre o trabalho de pesquisa dentro das instituições, expondo a fragilidade do

empirismo.

Com o desenvolvimento da genética molecular e a inovação biotecnológica, o

pensamento biológico sofre mudanças que geram conflitos e põe em discussão o fenômeno

VIDA. Surge o pensamento biológico da manipulação genética que visa ao homem

compreender a estrutura dos seres vivos. Para a Ciência houve momentos de crise,

revoluções, de mudanças, por explicações sobre o fenômeno VIDA.

Sendo assim, devemos, ao ensinar Biologia, adequar esses conhecimentos ao sistema

de ensino nos currículos escolares, como, criação de Cursos de Ciências Naturais, com ênfase

ao conteúdo dos livros (anos 30), ilustrações para as aulas teóricas com incorporação de

conteúdos científicos (anos 50), importância ao método científico com os Centros de Ciências

para treinar professores, produzir textos didáticos e materiais de laboratório (anos 60). Com o

impacto da revolução científica (anos 70) surgem as questões ambientais. Os conteúdos de

Biologia eram aprendidos com base na observação e explicados por raciocínios lógicos (anos

80).

Nos anos 90, surge um outro campo de pesquisa, o da Mudança Conceitual. O ensino

sofre a influência do pensamento construtivista. Surgem os PCNs que enfatizam competências

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e habilidades, em detrimento de uma abordagem profunda dos conteúdos, apresentando

propostas inovadoras, porém sem a abordagem histórica permitindo assuntos que não

contemplam conhecimentos construídos para a Biologia.

Entretanto, as mudanças ocorridas no país e no Estado do Paraná apontaram novas

perspectivas para a Educação Básica. Estabeleceu-se, assim, a construção das Diretrizes

Curriculares considerando-se a concepção histórica da Ciência articulada com os princípios

da Filosofia da Ciência.

O estudante do ensino médio por apresentar uma maior maturidade, os objetivos

educacionais devem ser propositivos, tanto na abordagem das informações e conceitos,

quanto aos procedimentos, as atitudes e aos valores envolvidos. Nessa etapa, o estudante está

mais integrado à vida da comunidade com maior capacidade de compreender e ter

consciência de suas responsabilidades e direitos. A inserção da Biologia na área de

Matemática, Ciências da Natureza e suas tecnologias sinaliza para além do conhecimento

científico disciplinar, ou seja, busca-se uma integração dos diferentes saberes que constituem

as disciplinas – Matemática, Física, Química e Biologia – de modo a propiciar o estudante

desenvolver habilidades que sirvam para o exercício de intervenções e julgamentos.

De acordo com as Diretrizes Nacionais do Ensino Médio, “A concepção da preparação

para o trabalho que fundamenta o Artigo 35 da LDB aponta para a superação da dualidade do

ensino médio: essa preparação será básica, ou seja, aquela que deve ser base para a formação

de todos e para todos os tipos de trabalho. A lei sinaliza assim que, mesmo a preparação para

prosseguimento de estudos terá como conteúdo não o acúmulo de informações mas a

continuação do desenvolvimento da capacidade de aprender e a compreensão do mundo

físico, social e cultural”.

+-Há de se destacar que, nas sociedades modernas todos os indivíduos, independente

de suas origens e escolhas profissionais, devem ter oportunidades na escola de serem

preparados para a escolha profissional e para o exercício de cidadania.

Nesse sentido, consideramos que a disciplina Biologia em suas diferentes

especialidades e relacionadas às diferentes habilidades, contribui juntamente com as demais,

no desenvolvimento dos conteúdos, na preparação para o trabalho e para o exercício de

cidadania, quando assegura uma formação geral do estudante no ensino médio. O trabalho é

um importante contexto para desenvolver conteúdos de Biologia, como por exemplo, a

produção de serviços de saúde, especialmente, aqueles relacionados às ocupações nessa área.

Ainda, os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos oriundos das ciências

da natureza, podem ser facilmente entendidos de forma significativa se contextualizados no

trabalho. É fundamental que o estudante do ensino médio, tenha oportunidades de conhecer

as diferentes profissões relacionadas às tecnologias que envolvem questões da Biologia. Como

exemplo, biofábricas implantadas no Brasil, empregam profissionais que desenvolvem

técnicas para o controle de alguns tipos de pragas em fruticulturas.

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Objetivos da Área

Representação e Comunicação

- Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos, observados

em microscópio ou a olho nu.

- Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia. Apresentar suposições e

hipóteses acerca dos fenômenos biológicos estudo.

- Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológico apreendido, através de

textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc.

- Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura

de texto e imagem, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao tema biológico em

estudo.

• Expressar dúvidas, idéias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos.

Investigação e Compreensão

- Relacionar fenômenos, fatos, processos e idéias em Biologia, elaborando conceitos,

identificando regularidades e diferenças, construindo generalizações.

- Utilizar critérios científicos para realizar classificações de animais, vegetais etc.

- Relacionar os diversos conteúdos conceituais de biologia (lógica interna) na

compreensão de fenômenos.

- Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou processo biológico.

- Selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para a resolução de

problemas, fazendo uso, quando for o caso, de tratamento estatístico na análise de dados

coletados.

- Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas apresentados,

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utilizando elementos da Biologia.

- Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de aprendizado

(existencial ou escolar).

- Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de fatos ou

processos biológicos (lógica externa)

Percepção sociocultural e histórica

- Reconhecer a Biologia como um fazer humano, e portanto, histórico, fruto da

conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos

- Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos do

senso comum relacionados a aspectos biológicos.

CONTEÚDOS

Os conteúdos apontam como a Biologia se constituiu como conhecimento, e como ela

tem influenciado na construção de uma concepção de mundo contribuindo para que se

possam compreender as implicações sociais, políticas, econômicas e ambientais que envolvem

a apropriação deste conhecimento biológico pela sociedade.

A disciplina de Biologia é capaz de relacionar diversos conhecimentos específicos

entre si e com outras áreas do conhecimento e deve priorizar o desenvolvimento de conceitos

cientificamente produzidos e propiciar reflexão constante sobre as mudanças de tais

conceitos.

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada série da

etapa final do ensino fundamental e para o ensino médio, considerados imprescindíveis para a

formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplina da Educação Básica. O acesso a

esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e o

trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

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1o Ano

Organização dos Seres Vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

Implicações dos avanços

biológicos no fenômeno vida

1o Ano

Bioquimica

Citologia;

Histologia;

2o Ano

Organização dos Seres Vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

2o Ano

Classificação dos Seres Vivos; critérios

taxonômicos e filogenéticos; Sistema Biológicos: anatomia, vírus; morfologia, fisiologia; Mecanismo de desenvolvimento embriológico.

3o ANO

Organização dos seres vivos

Mecanismos biológicos

Biodiversidade

3o ANO

Genética

Evolução

Ecologia

Educação Ambiental

Diante da grave situação de degradação do meio ambiente em que o mundo se

encontra, é necessária a conscientização do ser humano quanto a preservação contínua do

Planeta Terra.

A escola é o espaço ideal para se desenvolver tais atividades conscientizando o

cidadão a cuidar do mundo em que vive, preservando a natureza, evitando maiores

catástrofes. É urgente o controle da poluição do meio ambiente, o incentivo à reciclagem, bem

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como uso racional da água.

Cultura Afro-Brasileira

A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e

afirmação de direito, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente apoiada

com a promulgação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9394/1996, estabelecendo a

obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas, assegurando o

direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como garante igual direito às

histórias e culturas que compõem a nação brasileira, além do direito de acesso às diferentes

fontes da cultura nacional a todos os brasileiros. Portanto a escola estará trabalhando na

valorização da história e cultura dos afro-brasileiros, assim comprometida com a relação de

relações étnico-raciais.

A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira e

africana não se restringe à população negra, ao contrário, dizem respeito a todos os

brasileiros uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma

sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática.

Educação do Campo

Os povos do campo durante muito tempo foram marginalizados, vistos como

sinônimos de atraso, ridicularizados pelo seu modo de vida e costumes. Os alunos das escolas

públicas recebem educação urbana, não sendo valorizados os conhecimentos, hábitos e

cultura do campo.

Visando à mudança dessa concepção, as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná

orientam a contemplação da Educação do Campo em todas as disciplinas nas escolas públicas.

Portanto, a cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos povos do

campo serão tomados como referência para o trabalho pedagógico nas escolas públicas

estaduais. Dever-se-ão levar em consideração as identidades sociais e políticas dos povos do

campo, fazendo com que os alunos vindos dessas localidades não se sintam excluídos, vendo

que é possível continuar no campo com qualidade de vida, tendo seus direitos assegurados

através de políticas sociais voltadas para o campo.

FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS

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A Ciência presente em cada momento da história sempre esteve sujeita às

interferências, determinações e transformações da sociedade, aos valores e ideologias, as

necessidades materiais do homem em cada momento histórico. Essas interferências

influenciam o processo de construção, reafirmando, assim, o conceito VIDA como objeto de

estudo da Biologia.

A Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e atuantes, por

meio de conteúdos, que proporcionem o entendimento do objeto de estudo – o fenômeno VIDA

– em toda sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos, no

funcionamento dos mecanismos biológicos, do estudo da biodiversidade no âmbito dos

processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas, e das

implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA.

A observação é considerada um procedimento de investigação que consiste na

atenção sistemática de um fato natural. O ato de observar no contexto do ensino de Biologia

extrapola o olhar descomprometido ou o simples registro, pois ele inclui a identificação de

varáveis relevantes, a medidas adequadas, o uso de instrumentais garantindo uma certa

objetividade.

O método experimental continua sendo o responsável pelos avanços da pesquisa no

campo da Biologia, por exemplo, organismos geneticamente modificados, células-tronco,

farmacogenéticos e mecanismos de prevenção ambiental. No ensino, o que se tem que

discutir é a rigorosidade metódica para o avanço da Ciência e as implicações deste avanço,

mostrando as conseqüências para a vida humana, para a saúde do homem, para os impactos

ambientais.

Considerando o ensino como instrumento de transformação, para melhor

compreender a realidade, a aula experimental é um espaço de organização, discussão e

reflexão, a partir de modelos que reproduzem o real. A Biologia abarca um universo

conceitual que fundamenta-se na concepção evolutiva, entendendo os seres vivos além da

classificação e do funcionamento de suas estruturas. Envolvem as relações ecológicas, as

transformações evolutivas e a variabilidade genética e podem ser estudadas a partir de

modelos que procuram interpretar o real, nas aulas experimentais. A experimentação tem a

finalidade de privilegiar a construção do conhecimento teórico, com base na exposição

dialogada.

Os conhecimentos biológicos devem ser entendidos como produto histórico

indispensável à compreensão da prática social, pois revelam a realidade de forma crítica e

possibilitam a atuação dos sujeitos no processo de transformação dessa realidade.

Como proposta metodológica para o ensino de Biologia, propõe-se a utilização do

método da prática social que parte da pedagogia histórico-crítica centrada na valorização e

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socialização dos conhecimentos da Biologia.

Os conhecimentos biológicos possibilitam acesso a cultura científica, socialmente

valorizada, tendo como objetivo a formação do sujeito crítico e reflexivo, rompendo com

concepções pedagógicas anteriores.

Para o ensino dos conteúdos de Biologia são utilizadas as seguintes estratégias

metodológicas:

PRÁTICA SOCIAL: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde o objetivo é

perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de uma visão

sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado;

PROBLEMATIZAÇÃO: é o momento para detectar e apontar as questões que

precisam ser resolvidas na prática social e, em conseqüência, estabelecer que conhecimentos

são necessários para a resolução destas questões;

INSTRUMENTALIZAÇÃO: apresentar os conteúdos sistematizados para que os

alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e profissional, que

os alunos apropriem-se das ferramentas culturais necessárias para superar a condição de

exploração em que vivem;

CATARSE: é a fase de aproximação entre o que o aluno adquiriu de conhecimento e o

problema em questão. O aluno passa ao entendimento e elaboração de novas estruturas de

conhecimento, ou seja, passa da ação para a conscientização;

RETORNO À PRÁTICA SOCIAL: caracteriza-se pelo retorno à prática social, com o

saber concreto e pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a

construção de uma sociedade mais igualitária.

Para o desenvolvimento dos conteúdos propõe-se:

Observação e descrição dos seres vivos;

Comparar estruturas anatômicas e comportamentais dos seres;

Refletir sobre os avanços biológicos para o desenvolvimento da sociedade;

Observação de fenômenos desconhecidos e conhecidos, procurando descobrir sua

forma de ação;

Realização de experimentos em laboratório, visando a interpretação da realidade,

levando o aluno à reflexão sobre a teoria e a prática;

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Recolhimento de dados visando comprovação de hipóteses levantadas;

Realização de atividades em grupo;

Realização de debates onde dois ou mais pontos de vista sejam discutidos e tenham

seus pontos positivos e negativos expostos e analisados;

Comentários sobre notícias de jornais, revistas e tele-jornais;

Elaboração de trabalhos e apresentações feitos pelos alunos;

Participação dos alunos em Feira de Ciências, exposições, visitas, pesquisa de campo,

etc.

Exposição do tema levando o aluno a refletir sobre suas concepções e, com isso,

desencadear perguntas relacionadas ao assunto abordado;

Análise de textos sobre situações cotidianas e atuais;

Jogos didáticos.

Utilização de vídeos, livros, revistas, transparências, instrumentos de laboratório e

outros materiais audio-visuais.

PRATICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

A avaliação dar-se-á durante o processo de ensino-aprendizagem, a qual deve

informar ao professor o que foi aprendido pelo aluno e, informar ao aluno, quais são seus

avanços, dificuldades e possibilidades.

A avaliação deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos alunos com

relação à aprendizagem, não só de conceitos, mas também de procedimentos e atitudes. Por

isso, serão utilizados diversos instrumentos e situações para poder avaliar diferentes

aprendizagens.

A avaliação será constante, contínua, diagnóstica. Para isto serão utilizados testes

escritos , pesquisas, trabalhos, participação em sala de aula e no laboratório, relatórios,

exercícios, exposições, feira de Ciências, aulas práticas, debates, entrevistas e também auto-

avaliação.

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Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de avaliação

diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no máximo 4,0 (quatro) e

de no mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de

avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos, (de acordo com o PPP da Escola).

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos nos

instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando apresentou

aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de instrumentos de avaliação o

educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do conteúdo no

qual seu aproveitamento foi considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação obtido

pelo educando.

Os/As alunos(as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não com

prejuízo dos conteúdos, mas com menos questões a respeito do assunto ou com tempo maior

para resolução das atividades ou produção de textos e com explicações extras para cada

questão ou atividade.

Instrumentos de avaliação:

• resolução de questionamentos escritos e orais;

• produção ou análise de desenhos, tabelas, gráficos e outras formas de

expressão e representação;

• realização de atividades na sala de aula, no laboratório de ciências, na

biblioteca, em saídas de campo e em domicílio;

• pesquisa, produção e apresentação de seminários;

• pesquisa e produção de relatórios de pesquisa;

• participação em palestras, atividades e culturais;

• participação, comprometimento e atitude em sala de aula;

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• outros.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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possíveis. Campinas: Mercado de Letras, 2004.

AMABIS E MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna, Editora Moderna, 1ª

edição, 1990.

APPLE, M. W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006;

ARAÚJO, I. L. Introdução à filosofia da ciência. Curitiba: UFPR, 2002;

BASTOS, F. História da Ciência e pesquisa em ensino de Ciências. In: NARDI, R.

Questões atuais no ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras, 1998.

BIZZO, N. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília,

MEC,2004;

CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. São Paulo: Editora Moderna, 2004;

GADOTTI, M. História das Idéias pedagógicas. São Paulo: Ática, 2004;

GOVERNO DO ESTADO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-DEM. Diretrizes

Curriculares Estaduais da Disciplina de Biologia. Curitiba: [?], 2008.

KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, 1980.

LOSSE, J. Introdução histórica à filosofia da ciência. Belo Horizonte: Itatiaia,

2000.

NARDI, R. Questões atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras, 2002.

PAULINO, Vilson Roberto. Biologia, Edição Completa. Ática, 2004.

RUSS, J. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Scipione, 1994.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas:

Autores Associados, 1997.

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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ: Departamento do Ensino

Médio. Reestruturação do Ensino de 2º grau. Proposta de Conteúdos do Ensino de 2º grau

– Biologia. Curitiba, 1993.

Ciências

1 – Apresentação da disciplina

A história da Ciência liga-se não somente ao conhecimento científico, mais as

formas de como este é produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições

que as apoiam (KNELLER, 1980).

Buscamos então, através da análise do passado da ciência, interpretar e

compreender a Natureza, que vem a ser o “motivo” de estudo desta disciplina, para identificar

as diferentes formas de pensar sobre esta nos diversos períodos da história.

Por ser ampla a história da ciência, é a através da reflexão sobre o

desenvolvimento, a articulação e a estruturação do conhecimento científico, que se visa o seu

desenvolvimento.

Assim, diferentes epistemólogos contribuíram com as reflexões que estão voltadas

à produção deste conhecimento científico apontando caminhos para a compreensão de que,

na ciência, rompe-se com modelos científicos anteriormente aceitos como explicações para

determinados fenômenos da natureza. Sendo o conhecimento científico, de certa forma

definido como descontínuo, já que é através desta que foram superados e substituídos alguns

modelos.

Dentro deste desenvolvimento para o conhecimento científico, destacam-se o

estado pré-científico, definido como a busca da superação das explicações míticas, com base

em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além

de intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do século

XVIII, estes registros buscam a superação dos modelos explicativos que eram produzidos pela

influência do pensamento mítico e teológico, através dos quais o ser humano se preocupava

com a divindade dos acontecimentos e não com as causas desses fenômenos.

Outra possibilidade de explicação do mundo ocorreu a partir da proposição de

modelos científicos que valorizavam a observação das regularidades dos fenômenos da

Natureza para compreendê-los por meio da razão, em contraposição à simples crença.

Entretanto, esses modelos encontravam-se disseminados em meio a crenças essenciais da

magia e a Natureza era entendida sob o ponto de vista animista, segundo a qual a alma regula

todos os fenômenos da vida.

Afastando assim, através das observações realizadas sobre os fenômenos o ser

humano dos “mitos”, possibilitando a contraposição frente ao que se admitia como verdade

“pura”.

O estado científico, no qual um único método científico é constituído para a

compreensão da Natureza. Isto não significa que no período pré-científico os naturalistas não

se utilizavam de métodos para a investigação da Natureza, porém, tal investigação reduzia-se

ao uso de instrumentos e técnicas isolados.

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O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por

procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, “transformando” sínteses

em leis ou teorias. Conseguindo produzir um conhecimento (científico) a respeito de um

determinado recorte da realidade, o que rompe com a forma de construção e divulgação do

conhecimento feita no período pré-científico. Passando o mundo a ser entendido como

mutável e o Universo como infinito.

A partir da aceleração da produção científica e da necessidade de sua divulgação,

configura-se a origem do estado do novo espírito científico, um período no qual os valores

absolutos da mecânica clássica a respeito do espaço, do tempo e da massa, perderam o

caráter de verdade absoluta, revolucionando as ciências físicas e, por consequência, as

demais ciências da natureza.

Assim, a disciplina de Ciências busca através do seu estudo a aquisição de um

conhecimento científico que se origina de uma investigação frente à Natureza, esta, que seria

composta por um conjunto de elementos ligados que formam o Universo em todos os seus

aspectos mais complexos.

Assim, como citado no DCE (p.40) “ao ser humano cabe interpretar racionalmente

os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos

fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida”,

visando à construção deste conhecimento.

A Ciência busca assim, a elaboração e a divulgação do conhecimento, na medida

em que relacionam os seres humanos aos demais seres vivos, em que demonstra a ativa

interferência do homem sobre a Natureza visando compreendê-la e se apropriar dos recursos

por ela produzidos, sendo a observação para a compreensão dos fenômenos decorrentes, a

principal maneira de propiciar ao ser humano a construção da cultura científica.

Considerada como uma atividade complexa (DCE, p.41) “a ciência não revela a

verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir da aplicabilidade de método(s)

científico(s)”, que visa considerá-la como um processo de construção coletiva, frente aos

diversos contextos históricos.

As ciências e as demais disciplinas constituem-se modeladores explicativos em

contextos sociais e culturais, devendo assim em conjunto garantir a compreensão do todo

para a construção de uma visão de mundo em toda sua complexidade.

Na natureza terrestre, como em todo o Universo, ocorrem permanentemente

numerosas transformações, conhecidas como fenômenos. Os fenômenos podem ser químicos

ou físicos e biológicos, exercendo influência direta em nosso meio estimulando-nos a buscar

soluções.

Toda a ciência tem sempre um começo filosófico. Inicialmente suposições; depois

as tentativas de provar o que se supôs: é a investigação, a experimentação.

A disciplina de Ciências Naturais por sua riqueza de diversidade em conteúdos,

abordagem de temas atuais, desenvolvimento científico, problemas relativos ao meio

ambiente e saúde, tem a sua preocupação de enfatizar conteúdos socialmente relevantes e

processos de discussão coletiva de temas e problemas de significado e importância reais e que

favoreçam aos estudantes o acesso ao conhecimento científico, “... levando em consideração

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que, para tal formação conceitual, há necessidade de se valorizar as concepções alternativas

dos estudantes...”, conforme consta na abordagem metodológica dos Conteúdos Básicos de

Ciências.

O processo de formação de conceitos científicos pelo estudante está relacionado à

mediação do professor através do resgate das concepções alternativas dos estudantes e

possibilitando diversas reações, objetivando segundo as Diretrizes Curriculares para a

Educação Básica (2009: 61-62).

“Uma superação do que o estudante já possui de conhecimentos alternativos,

rompendo com obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições,

interdisciplinares e contextuais, de saber utilizar uma linguagem que permita

comunicar-se com o outro e que possa fazer da aprendizagem dos conceitos

científicos algo significativo em seu cotidiano”. “Propõe-se formar sujeitos que

construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto

social e histórico de que são frutos e que pelo acesso ao conhecimento sejam

capazes de uma inserção cidadã e transformadora da sociedade”.

A disciplina de Ciências Naturais tem caráter interdisciplinar e de contextualização

sócio-histórica, trazendo em seus conteúdos diversas áreas do conhecimento, tais como:

Astronomia, Geologia, Matemática, Física, Química e Biologia, considerando que esses

conhecimentos permeiam os conteúdos estruturantes da Disciplina, e que são abordados de

maneira integrada, visando superar uma visão fragmentada dos conceitos.

Sua essência é o reconhecimento do ambiente nas suas interações e

transformações e o seu objetivo maior é possibilitar aos estudantes uma “sociedade mais justa

e com oportunidade iguais para todos”.

2 – Conteúdos Estruturantes e Conteúdos Básicos

Os Conteúdos Estruturantes irão indicar o caminho que será seguido para que o

estudo de Ciências alcance seus objetivos, são uma forma ampla do trabalho de todos os anos

do ensino fundamental, o seu desdobramento será realizado a partir dos Conteúdos Básicos,

para cada série/ano os quais deverão ser ainda mais detalhados a partir dos Conteúdos

Específicos, estes que serão programados no decorrer do ano respeitando a individualidade

de cada série e a escolha do educador.

Os Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos encontram-se organizados por

série/ano, para o seu melhor aproveitamento, de acordo com as Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – Ciências:

Conteúdos Estruturantes:

• Astronomia;

• Matéria;

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• Sistemas Biológicos;

• Energia;

• Biodiversidade;

Conteúdos Básicos:

5ª SÉRIE/6º ANO:

Universo;

Sistema Solar;

Movimentos Terrestres;

Movimentos Celestes;

Constituição da Matéria;

Níveis de Organização Celular;

Formas de Energia;

Conversão de Energia;

Transmissão de Energia;

Organização dos Seres Vivos;

Ecossistema;

Evolução dos Seres Vivos;

6ª SÉRIE/7º ANO:

Astros;

Movimentos Terrestres;

Movimentos Celestes;

Constituição da Matéria;

Célula;

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos;

Formas de Energia;

Transmissão de Energia;

Origem da Vida;

Organização dos Seres Vivos;

Sistemática;

7ª SÉRIE/8º ANO:

Origem e Evolução do Universo;

Constituição da Matéria;

Célula;

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos;

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Formas de Energia;

Evolução dos Seres Vivos;

8ª SÉRIE/9º ANO:

Astros;

Gravitação Universal;

Propriedades da Matéria;

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos;

Mecanismos de Herança Hereditária;

Formas de Energia;

Conservação de Energia;

Interações Ecológicas;

Os temas Educação Ambiental, História e Cultura Afro-brasileira, Educação do Campo

e Diversidade de Gênero devem ser abordados juntamente com os conteúdos estruturantes

fazendo parte integrante do mesmo.

Educação Ambiental

Diante da grave situação de degradação do meio ambiente em que o mundo se

encontra, é necessária a conscientização do ser humano quanto a preservação contínua do

Planeta Terra.

A escola é o espaço ideal para se desenvolver tais atividades conscientizando o

cidadão a cuidar do mundo em que vive, preservando a natureza, evitando maiores

catástrofes. É urgente o controle da poluição do meio ambiente, o incentivo à reciclagem, bem

como uso racional da água.

Cultura Afro-Brasileira

A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e

afirmação de direito, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente apoiada

com a promulgação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9394/1996, estabelecendo a

obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas, assegurando o

direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como garante igual direito às

histórias e culturas que compõem a nação brasileira, além do direito de acesso às diferentes

fontes da cultura nacional a todos os brasileiros. Portanto a escola estará trabalhando na

valorização da história e cultura dos afro-brasileiros, assim comprometida com a relação de

relações étnico-raciais.

A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira e

africana não se restringe à população negra, ao contrário, dizem respeito a todos os

brasileiros uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma

sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática.

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Educação do Campo

Os povos do campo durante muito tempo foram marginalizados, vistos como

sinônimos de atraso, ridicularizados pelo seu modo de vida e costumes. Os alunos das escolas

públicas recebem educação urbana, não sendo valorizados os conhecimentos, hábitos e

cultura do campo.

Visando à mudança dessa concepção, as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná

orientam a contemplação da Educação do Campo em todas as disciplinas nas escolas públicas.

Portanto, a cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos povos

do campo serão tomados como referência para o trabalho pedagógico nas escolas públicas

estaduais. Dever-se-ão levar em consideração as identidades sociais e políticas dos povos do

campo, fazendo com que os alunos vindos dessas localidades não se sintam excluídos, vendo

que é possível continuar no campo com qualidade de vida, tendo seus direitos assegurados

através de políticas sociais voltadas para o campo.

O tema diversidade de gênero também deverá ser abordado durante o ano letivo,

pois sendo um tema atual e polêmico é de extrema importância que os alunos adquiram

conhecimentos sobre o mesmo.

3 – Fundamentos metodológicos

A utilização de metodologias que englobam as relações conceituais,

interdisciplinares e de contexto, visa contribuir para a integração e a formação dos conceitos

científicos, buscando sempre, a formação do “conhecimento científico que resulta da

investigação da Natureza”.

Sendo assim, para ensinar ciências é imprescindível criar espaço para o aluno

discutir, pensar, argumentar e formular suas próprias explicações, buscando assim diferentes

maneiras para se desenvolver seus conceitos. É preciso estimular o interesse pela

investigação que lhe permita reconstruir suas idéias e ampliar sua compreensão de mundo.

“Ao assumir posicionamento contrário ao método único para toda e qualquer

investigação científica da Natureza, no ensino de Ciências se faz necessário

ampliar os encaminhamentos metodológicos para abordar os conteúdos escolares

de modo que os estudantes superem os obstáculos conceituais oriundos de sua

vivência cotidiana”. (DCE, p.55)

Devem-se valorizar as hipóteses e as perguntas dos alunos, suas conquistas e

mapear suas dificuldades, colaborar para o desenvolvimento da auto-estima e de atitudes de

respeito a si próprio e aos outros. Portanto o professor fará uso de diversas abordagens

metodológicas como, por exemplo: aulas expositivas, atividades em grupo, trabalhos de

pesquisa, leitura de reportagens, filmes, músicas, documentários, pesquisa na internet e

experimentos.

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Em geral, na disciplina de Ciências a metodologia empregada se divide em método

tradicional e renovado.

Tradicional caracteriza-se por aulas expositivas. Permite transmitir suas ideias,

enfatizando o que considera importante e impregnado o ensino com o entusiasmo da matéria.

Renovada e antagônica à metodologia tradicional. Enquanto uma se preocupa em

transmitir conhecimentos existentes na mente do professor para a mente dos alunos, a outra

se preocupa em colocar os alunos diante de situações problemáticas que para serem

resolvidas, requerem o uso de todos os recursos mentais.

O enfoque básico de toda a transmissão dos conteúdos implica abordagens

históricas, filosóficas, éticas, morais e sociais.

Desta forma o aprendizado é proposto a propiciar aos alunos o desenvolvimento de

uma compreensão do mundo que lhes dê condições de continuarem colher e processar

informações, desenvolver sua comunicação, avaliar situações, tomar decisões, ter atuação

positiva e crítica em seu meio social.

Para que os estudantes possam atingir a superação dos obstáculos conceituais

oriundos de sua vivência cotidiana, a disciplina de Ciências é abordada através de um

pluralismo metodológico, adequando-se desta forma aos conceitos científicos que estão sendo

trabalhados.

Salientamos também que a escolha de recursos didáticos variados favorecerá a

formação de conceitos científicos, sendo necessário que estes recursos se tornem adequados

a cada conteúdo, respeitando a individualidade e a capacidade de cada turma na produção do

conhecimento.

4 – Práticas avaliativas e critérios gerais de avaliação

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos

científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve ser contínua e

cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

Uma possibilidade de valorizar aspectos qualitativos no processo avaliativo seria

considerar o que Hoffmann (1991) conceitua como avaliação mediadora em oposição a um

processo classificatório, sentencioso, com base no modelo “transmitir-verificar-registrar”.

Assim, a avaliação como prática pedagógica que compõe a mediação didática realizada

pelo professor é entendida como “ação, movimento, provocação, na tentativa de reciprocidade

intelectual entre os elementos da ação educativa. Professor e aluno buscando coordenar seus

pontos de vista, trocando ideias, reorganizando-as” (HOFFMANN, 1991, p. 67).

A compreensão de um conceito científico escolar implica a aquisição de

significados claros, precisos, diferenciados e transferíveis (AUSUBEL, NOVAK e HANESIAN,

1980). Ao investigar se houve tal compreensão, o professor precisa utilizar instrumentos

compostos por questões e problemas novos, não-familiares, que exijam a máxima

transformação do conhecimento adquirido, isto é, que o estudante possa expressar em

diferentes contextos a sua compreensão do conhecimento construído.

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O diagnóstico permite saber como os conceitos científicos estão sendo

compreendidos pelo estudante, corrigir os “erros” conceituais para a necessária retomada do

ensino dos conceitos ainda não apropriados, diversificando-se recursos e estratégias para que

ocorra a aprendizagem dos conceitos que envolvem:

• origem e evolução do universo;

• constituição e propriedades da matéria;

• sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos;

• conservação e transformação de energia;

• diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que vivem,

bem como os processos evolutivos envolvidos.

Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo

ensino-aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos

científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma aprendizagem realmente

significativa para sua vida.

Espera-se que o aluno através de vários métodos utilizados pelo professor como: aulas

expositivas, experiências, desenhos, pesquisas, TV pendrive, filmes e conhecimento prévio

entre outros meios, adquira os conhecimentos necessários a cada série em que está inserido.

São utilizados, bimestralmente, no mínimo 03 (três) instrumentos de avaliação

diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação é de no máximo 3,0 (três) e de no

mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de

avaliação deve totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando é a soma dos resultados obtidos nos

instrumentos de avaliação ofertados.

A recuperação deve ser oferecida a todos os alunos, não só para aqueles que

apresentaram aproveitamento insuficiente, totalizando 100% (sem por cento) dos estudos no

decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos aborda os conteúdos nos quais o educando apresentou

aproveitamento insuficiente e utiliza quantos e quais tipos de instrumentos de avaliação o

educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do conteúdo no

qual seu aproveitamento foi considerado insuficiente, utilizando um método diferente do já

aplicado, inclusive a retomada do conteúdo não aprendeu para que as dúvidas sejam sanadas

e a assimilação do conteúdo aconteça.

A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por meio de

problematizações envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, ou

mesmo a partir da utilização de jogos educativos, entre outras possibilidades, como o uso de

recursos instrucionais que representem como o estudante tem solucionado os problemas

propostos e as relações estabelecidas diante dessas problematizações. Dentre essas

possibilidades, a prova pode ser um excelente instrumento de investigação do aprendizado do

estudante e de diagnóstico dos conceitos científicos escolares ainda não compreendidos por

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ele, além de indicar o quanto o nível de desenvolvimento potencial tornou-se um nível real

(VYGOTSKY, 1991b).

Para isso, as questões da prova precisam ser diversificadas e considerar outras

relações além daquelas trabalhadas em sala de aula.

Para efeito do registro escolar, é considerado o maior valor de avaliação obtido pelo

educando.

Poderão ser utilizados como instrumentos de avaliação:

projeto de pesquisa bibliográfica;

leitura compreensiva e/ou crítica de textos;

pesquisa e produção de textos, relatórios, desenhos (esquemas), tabelas, gráficos e outras

formas de expressão e representação;

resolução de questionamentos escritos (discursivos ou objetivos) e orais;

realização de atividades em sala de aula, laboratório das ciências, biblioteca, e domicílio;

pesquisa, produção e apresentação de seminários;

realização e participação em debates;

produção e utilização de recursos áudio-visuais;

participação em palestras, atividades culturais e esportivas;

avaliação diagnóstica;

Participação dos alunos em Feira de Ciências, exposições, visitas, pesquisa de campo, etc.

outros instrumentos de acordo com a especificidade da disciplina/conteúdo.

Alunos com necessidades educacionais especias deverão ser avaliados de acordos com

suas especificidades.

Os registros são realizados nos livros de Registro de Classe e no Sistema Estadual de

Registro Escolar.

A comunicação dos resultados é feita através de Boletim Escolar, entregue

bimestralmente aos educandos para que estes os encaminhem aos pais e responsáveis. A

escola, através da direção, equipe pedagógica e corpo docente, busca estabelecer contato os

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pais ou responsáveis pelos educandos que tenham apresentado deficiências de aprendizagem,

para determinação e superação de eventuais problemas.

5 – Referências Bibliográficas

ANDERY, M. A. et. al. Para compreender a Ciência. 5ª Edição. Rio de Janeiro: Espaço e

Tempo, 1994;

BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson. Coleção Ciências. São Paulo: Ática, 2008.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM. Diretrizes Curriculares de Ciências para o

Ensino Fundamental. Curitiba: 2009

FERNANDES, J. A. B. Ensino de Ciências: a biologia na disciplina de Ciências. Revista

da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, São Paulo, v.1, n.0, ago. 2005.

HOFFMANN, J. M. L. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista.

Educação e Realidade, Porto Alegre, 1991.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991a.

BARROS FILHO, J.; SILVA, D. da. Algumas reflexões sobre a avaliação dos estudantes

no ensino de Ciências. Ciência & Ensino, n.9, p. 14-17, dez. 2000.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

Ensino Fundamental

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física foi vista como uma disciplina formadora de atletas, como meio de

preparar a juventude para a defesa da nação, fortalecer o trabalhador ou buscar novos

talentos esportivos que representassem a prática internacionalmente.

Essa visão fruto de decreto governamental de 1971, pretendia descobrir novos talentos

na escola para representar a pátria no exterior. Mas o modelo entrou em crise nos anos 80,

pois o Brasil não se tornou uma potência olímpica.

Hoje a Educação Física é mais do que moldar a estrutura física do aluno, ela deve

contribuir para a atividade intelectual e para a formação do cidadão.

A Educação Física deve propiciar uma aprendizagem que mobilize aspectos afetivos,

sociais, éticos e da sexualidade. O objetivo é que os alunos possam participar de atividades

corporais, respeitar o próximo, repudiar a violência, adotar hábitos saudáveis e ter espírito

crítico em relação a imposição de padrões de saúde, beleza e estética.

A disciplina de Educação Física tem a proposta de humanizar e diversificar a prática

pedagógica, buscando ampliar para o trabalho que incorpora as dimensões afetivas,

cognitivas e sócio-culturais dos alunos.

A história do ser humano é uma história de cultura na medida em que tudo o que faz é

parte de um contexto que produz e reproduz conhecimentos.

“O papel da Educação Física será o de transcender aquilo que se apresenta como

senso comum, desmistificando formas já arraigadas e equivocadas sobre o entendimento das

diversas práticas e manifestações corporais. Priorizando a construção do conhecimento

sistematizado como oportunidade ímpar, de reelaboração de idéias e práticas que, por meio

de ações pedagógicas, intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama de conhecimentos

produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida. Como exemplo destes

conhecimentos, pode-se apresentar a discussão sobre a diversidade cultural em termos

corporais, com o intuito de que os alunos possam respeitar as diferenças identificadas, bem

como se posicionarem frente a elas de modo autônomo, realizando opções, pautadas nos

conhecimentos relevantes apresentados pelo professor”. (Diretrizes Curriculares, 2006).

Dentro das aulas de Educação Física o tema mais observado é a expressão corporal,

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que pode ser manifestada desde o caminhar até em saltos e rolamentos. Se expressando

corporalmente o aluno mostra o seu mundo, a sua ideia, a sua personalidade e o seu ponto de

vista. Nas aulas de Educação Física busca-se incentivar a expressividade corporal através de

danças, dos jogos e de atividades que façam o aluno expressar a sua emoção naquele

momento e na forma que o instante lhe permitir.

A dança das mais variadas formas faz com que o aluno aprenda a se movimentar no

ritmo correto, faz com que ele se descontraia por alguns minutos e exprima a sua emoção em

ouvir aquele som. Nos jogos também sentimos a necessidade da expressão do corpo, seja para

fazer a movimentação de um chute, ou para comemorar um gol ou um ponto convertido. As

atividades que envolvem a luta em forma de jogo são de fundamental importância dentro da

disciplina de forma social e também física.

Pensamos nos conteúdos de Educação Física de forma que esses sejam utilizados como

ferramentas, para a formação e desenvolvimento de um ser humano mais completo e

consciente, seja em âmbito social ou individual, articulando-os de forma que estes

proporcionem o aprimoramento das valências físicas e intelectuais não para a competição mas

para o dia a dia do educando.

A Educação Física escolar deve oportunizar a todos os educandos, o desenvolvimento

de suas potencialidades de forma democrática e não seletiva, visando a construção do

conhecimento construindo o saber escolar e desta forma colaborando para a formação da

escola como instituição.

OBJETIVOS GERAIS

Empregar atividades recreativas, visando as brincadeiras como expressões miméticas

privilegiadas na infância, momentos organizados nos quais o mundo tal qual as crianças o

compreendem, é relembrado, contestado, dramatizado, experienciado;

Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas

com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si

próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sociais e sexuais;

Realizar atividades que melhorem as suas qualidades físicas: velocidade, resistência,

flexibilidade, força, agilidade, coordenação e equilíbrio;

Repudiar qualquer espécie de violência, adotando atitudes de respeito mútuo,

dignidade e solidariedade nas práticas de cultura corporal de movimento;

Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de

higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os efeitos sobre a própria

saúde e de melhoria da saúde coletiva;

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Participar de atividades de natureza relacional, reconhecendo e respeitando suas

características físicas e de desempenho motor, bem como a de seus colegas, sem discriminar

por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais; apropriar-se de processos de

aperfeiçoamento das capacidades físicas, das habilidades motoras próprias das situações-

problema que surjam no cotidiano;

Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática dos jogos,

lutas e dos esportes, buscando encaminhar os conflitos de forma não violenta, pelo diálogo e

prescindindo da figura do árbitro. Saber diferenciar os contextos amadores, recreativos,

escolares e o profissional, reconhecendo e evitando o caráter excessivamente competitivo em

quaisquer desses contextos;

Formar cidadão crítico e reflexivo.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia usada pelo professor no processo de ensino e aprendizagem deve

garantir a busca do desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a participação social e a

afirmação de valores e princípios democráticos.

Os conteúdos escolares deverão ser abordados em procedimentos de organização,

sistematização de informações, aperfeiçoamento, entre outros e abranger interesses que

venham de encontro às necessidades e expectativas da realidade escolar. Incluir o aluno no

processo de ensino e aprendizagem, considerando sua realidade social e pessoal, sua

percepção de si e do outro, suas dúvidas e necessidades de compreensão dessa mesma

realidade. A partir de inclusão, constitui-se um ambiente de aprendizagem significativa, que

faça sentido para o aluno, no qual ele tenha a possibilidade de trocar informações, estabelecer

questões e construir hipóteses e fundamentar saberes para respondê-las.

Trabalhar as práticas corporais no sentido que constituem um espaço de

desenvolvimento e formação de personalidade, na medida em que permitem ao aluno

experimentar e expressar diversas formas de ser e estar no mundo, contribuindo para a

construção de seu estilo pessoal de jogar, lutar, dançar e brincar.

Trabalhar a interdisciplinariedade, através de atividades na forma de gincanas, onde

todos os professores busquem os conteúdos mais importantes para serem usados, através de

provas recreativas que incentivem o interesse de aprender.

Sem duvidas que os desafios maiores da educação é a construção do saber e formação

de um ser humano capaz de analisar situações detectar problemas e acima de tudo soluciona-

los. Para que este desafio seja superado faz se necessário que o aprendizado ocorra e o êxito

metodológico seja alcançado. Para tanto o professor fará uso de várias práticas pedagógicas,

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estimulando o educando ao aprendizado por descoberta orientada, experimentação e outras

metodologias de ensino que sejam pertinentes ou facilitem a compreensão do educando em

relação ao tema abordado.

Como ferramentas para a prática das atividades educacionais o professor conta com os

recursos e estrutura física e materiais disponibilizados pela escola bem como o auxilio de toda

a estrutura funcional do corpo docente e integrantes da equipe pedagógica escolar.

AVALIAÇÃO

A avaliação será de forma constante, durante todo o processo ensino e aprendizagem,

em função dos objetivos propostos, num processo contínuo, claro e sistemático. O aluno não

será avaliado por padrões técnicos, mas sim através do conhecimento de seus limites e

possibilidades. Será observado também o grau de independência para cuidar de si mesmo, ou

para organizar atividades, além da forma como respeita os seus colegas e o respeito por si

próprio.

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de avaliação

diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no máximo 3,0 (três) e de

no mínimo 1,0 (um) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de

avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos nos

instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos se efetivará por meio de feedbaks dos conteúdos nos quais

o educando apresentou aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de

instrumentos de avaliação o educador julgar necessário (provas e trabalhos de pesquisa), de

acordo com as especificidades do educando e do conteúdo no qual seu aproveitamento foi

considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação obtido pelo

educando com deficiência de aprendizagem.

Instrumentos de avaliação:

participação em jogos, dramatizações, brincadeiras, danças etc;

realização de atividades na quadra, na sala de aula, no laboratório de ciências, na

biblioteca, em saídas de campo e em domicílio;

participação em palestras, atividades culturais e esportivas;

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resolução de questionamentos escritos e orais;

pesquisa, produção e apresentação de seminários;

pesquisa e produção de relatórios de pesquisa;

participação, comprometimento e atitude em aula;

outros.

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ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esporte;

Jogos e brincadeiras;

Dança;

Ginástica;

Lutas.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esportes coletivos e individuais

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como:sua origem, sua evolução, seu

contexto atual.

Vivenciar atividades pré-desportivas estimulando o aprendizado dos fundamentos básicos

dos esportes e possíveis adaptações a regras.

AVALIAÇÃO

Espera-se que o aluno conheça dos esportes:

O surgimento de cada esporte, regras e seus fundamentos básicos;

Sua rtelação comjogos populares;

Seus movimentos basicos, ou seja, seus fundamentos.

Jogos e Brincadeiras populares, cantigas de roda, jogos de tabuleiro, jogos

cooperativos

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Abordar e discutir a origem histórica dos jogos, brinquedos e brincadeiras;

Possibilitar a vivencia e confecção de brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem

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materiais alternativos;

Ensinar a disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro.

AVALIAÇÃO

Espera-se que o aluno seja capaz de conhecer o histórico em que foram criadas as

diferentes formas de jogar;

Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de brinquedos

com materiais alternativos.

Danças folclóricas, danças de rua e danças criativas

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Pesquisar discutir a origem histórica das danças;

Contextualizar a dança;

Vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal eu ritmo.

AVALIAÇÃO

Espera-se que o educando conheça a origem e alguns significados (místicos, religiosos,

entre outros) das diferentes danças;

Que este crie e se adapte tanto as cantigas de rodas quanto de diferentes sequencias de

movimentos.

Ginásticarítimica, ginástica circense e ginástica geral

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Estudar a origem e história da ginástica e suas diferentes manifestações;

Aprender e vivenciar os movimentos básicos da ginástica;

Construição e expeimentação de materiais para a prática nas diferentes modalidades de

ginásticas;

Pesquisar a cultura do circo;

Estimular a consciência corporal.

AVALIAÇÃO

Conhecer os aspectos históricos da ginástica e das práticas corporais circenses;

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Aprendizado dos fundamentos básicos da ginástica:

Saltar;

Equilibrar;

Rolar/Girar;

Trepar;

Balançar/Embalar;

Malabares.

Lutas de aproximação capoeira

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Pesquisar a origem histórica das lutas;

Vivenciar atividades que utilizem materiais alternativos relacionados a lutas;

Experimentar a vivência de jogos de oposição;

Apresentação e experimentação da música e sua relação com a luta;

Vivenciar movimentos característicos da luta como a ginga a esquiva e golpes mais

utilizados.

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esporte;

Jogos e brincadeiras;

Dança;

Ginástica;

Lutas.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esportes coletivos e individuais

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

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Estudar a origem dos diferentes esportes e mudanças ocorridas com os mesmos, no

decorrer da historia.

Aprender as regras e os elementos básicos dos esportes.

Vivência dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.

Compreender, por meio de discussões que provoquem a reflexão, o sentido da competição

esportiva.

AVALIAÇÃO

Espera-se que o aluno possa conhecer a difsão e diferença de cada esporte, relacionando-

as com as mudanças do contexto histórico brasileiro;

Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes;

Conhecimento das noções básicas das regras das diferentes manifestações esportivas.

Jogos e Brincadeiras populares, cantigas de roda, jogos de tabuleiro, jogos

cooperativos

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Recorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brinquedos e brincadeiras;

Reflexão e discussão acerca da diferença entre brincadeira, jogo e esporte;

Construção coleticva dos jogos, brincadeiras e brinquedos;

estudar os jogos, as brincadeiras e swuas diferenças regionais.

AVALIAÇÃO

Conhecer a difusão dos jogos populares e tradicionais no contexto brasileiro;

Reconhecer as diferenças e as possíveis relações existentes entre os jogos, brincadeiras e

brinquedos;

Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos.

Danças folclóricas, danças de rua e danças criativas

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.

Experimentação de movimentos corporais rítmico/expressivos.

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Criação e adaptação de coreografias.

Construção de instrumentos musicais.

AVALIAÇÃO

Conhecer a origem e o contexto em que se desenvolveram o Break, Frevo, Maracatu.

Criação e adaptação de coreografia rítmica e expressiva.

O lúdico a partir da construção de instrumentos musicais como, por exemplo, p ándeiro e

o chocalho.

Ginástica rítimica, ginástica circense e ginástica geral

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Estudar os aspectos históricos e culturais da ginástica rítmica e geral;

Aprender sobre as posturas e elementos ginásticos;

Pesquisar e aprofundar os conhecimentos acerca da cultura circense.

AVALIAÇÃO

Conhecer os aspectos históricos da ginástica ritmica (GR);

Aprendizado dos elementos da GR como:

Saltos;

Piruetas;

Equilíbrios.

Lutas de aproximação capoeira

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Pesquisar e analisar a origem das lutas de aproximação e da capoeira, assim como suas

mudanças no decorrer da história;

Vivenciar jogos adaptados no intuito de aprender alguns movimentos característicos da

luta, como : gonga, esquiva, golpes, rolamentos e quedas.

AVALIAÇÃO

Apropriação dos aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes

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manifestações das lutas de aproximanção e da capoeira;

Conhecer a história do judô, karatê, taekwondo e alguns de seus movimentos básicos;

Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais

alternativos e dos jogos de oposição.

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esporte;

Jogos e brincadeiras;

Dança;

Ginástica;

Lutas.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esportes coletivos e individuais

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte.

Estudar as diversas possibilidades do esporte enquanto uma atividade corporal, como:

lazer, esporte de rendimento, condicionamento físico, assim como os benefícios e os

malefícios do mesmo à saúde.

Analisar o contexto do Esporte e a interferência da mídia sobre o mesmo.

Vivência prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.

AVALIAÇÃO

Entender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no tempo/espaço de lazer,

como esporte de rendimento ou como meio para melhorar a aptidão física e saúde.

Compreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes

esportes.

Reconhecer os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas.

Jogos e Brincadeiras populares, cantigas de roda, jogos de tabuleiro, jogos

cooperativos

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

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Recorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brinquedos e brincadeiras;

Organização de festyivais;

Elaboração de estratégias de jogo.

AVALIAÇÃO

Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos, adaptados ou

criados, sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro.

Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brincadeiras e

brinquedos.

Danças folclóricas, danças de rua e danças criativas

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.

Análise dos elementos e técnicas de dança.

Vivência e elaboração de Esquetes (que são pequenas seqüências

cômicas).

AVALIAÇÃO

Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento,

entre outros elementos que identificam as diferentes danças.

Ginásticarítimica, ginástica circense e ginástica geral

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica.

Vivência prática das postura e elementos ginásticos.

Estudar a origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes modalidades,

pensando suas mudanças ao longo dos anos.

Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica.

Vivência de movimentos acrobáticos.

AVALIAÇÃO

Montar pequenas composições coreográficas.

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Manusear os diferentes elementos da GRcomo:

corda;

fita;

bola;

maças;

arco.

Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir das atividades circenses

como acrobacias de solo e equilíbrios em grupo.

Lutas de aproximação capoeira

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Organização de Roda de capoeira

Vivenciar jogos de oposição no intuito de aprender movimentos direcionados à projeção e

imobilização.

AVALIAÇÃO

Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de

lutas.

Aprofundar alguns elementos da capoeira procurando compreender a constituição, os ritos

e os significados da roda.

Conhecer as diferentes projeções e imobilizações das lutas.

8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esporte;

Jogos e brincadeiras;

Dança;

Ginástica;

Lutas.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esportes coletivos e radicais

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

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Recorte histórico delimitando tempos e espaços.

Organização de festivais esportivos.

Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.

Pesquisar e estudar as regras oficiais e sistemas táticos.

Vivência prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.

Elaboração de tabelas e súmulas de competições esportivas.

AVALIAÇÃO

Apropriação acerca das regras de arbitragem, preenchimento de súmulas e confecção de

diferentes tipos de tabelas.

Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se

desenvolveram.

Jogos e Brincadeiras populares, jogos dramáticos, jogos cooperativos

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Organização e criação de gincanas e RPG (Role-Playing Game, Jogo de Interpretação de

Personagem), compreendendo que é um jogo de estratégia e imaginação, em que os

alunos interpretam diferentes personagens, vivendo aventuras e superando desafios.

Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos.

AVALIAÇÃO

Reconhecer a importância da organização coletiva na elaboração de gincanas e R.P.G.

Diferenciar os jogos cooperativos e os jogos competitivos a partir dos seguintes elementos:

Visão do jogo;

Objetivo;

O outro;

Relação;

Resultado;

Conseqüência;

Motivação.

Danças criativas, danças circulares

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.

Organização de festivais de dança.

Elementos e técnicas constituintes da dança.

AVALIAÇÃO

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Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e seu

contexto histórico.

Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre

outros elementos presentes no forró, vanerão e nas danças de origem africana.

Criar e vivenciar atividades de dança, nas quais sejam apresentadas as diferentes

criações coreográficas realizadas pelos alunos.

Ginásticarítimicae ginástica geral

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Estudar a origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física.

Construção de coreografias.

Pesquisar sobre a Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e acrobacias).

Análise sobre o modismo relacionado a ginástica.

Vivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas.

Analisar a interferência de recursos ergogênicos (doping).

AVALIAÇÃO

Conhecer e vivenciar as técnicas da ginásticas ocidentais e orientais.

Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos presentes no

circo, assim como, a influência da ginástica na busca pelo corpo perfeito.

Lutas com instrumento mediador capoeira

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Pesquisar a origem e os aspectos históricos das lutas.

AVALIAÇÃO

Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de

lutas.

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ENSINO MÉDIO

- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esporte

Jogos e brincadeiras

Dança

Ginástica

Lutas

- CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte (coletivos ou individuais e radicais);

Jogos (de tabuleiro, cooperativos e dramáticos);

Dança (folclóricas, de salão e de rua);

Ginástica (artística, olímpica e de condicionamento físico);

Lutas. (de aproximação, de manter a distância e capoeira)

Esporte (coletivos ou individuais e radicais);

- ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Recorte histórico delimitando tempos e espaços.

Analisar a possível relação entre o Esporte de rendimento X qualidade de vida.

Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.

Estudar as regras oficiais e sistemas táticos.

Organização de campeonatos, torneios, elaboração de Súmulas e montagem de tabelas, de

acordo com os sistemas diferenciados de disputa (eliminatória simples, dupla, entre

outros).

Análise de jogos esportivos e confecção de Scalt.

Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular X conhecimento científico sobre o

fenômeno Esporte.

Discutir e analisar o Esporte nos seus diferenciados aspectos:

• enquanto meio de Lazer.

• sua função social.

• sua relação com a mídia.

• relação com a ciência.

• doping e recursos ergogênicos e esporte alto rendimento.

• nutrição, saúde e prática esportiva.

Analisar a apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.

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AVALIAÇÃO

Organizar e Vlven Clar atividades esportivas, trabalhando com construção de tabelas,

arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento.

Apropriação acerca das diferenças entre esporte da escola, o esporte de rendimento e a

relação entre esporte e lazer.

Compreender a função social do esporte.

Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte.

Compreender as questões sobre o doping, recursos ergogênicos utilizados e questões

relacionadas a nutrição.

Jogos (de tabuleiro, cooperativos e dramáticos);

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Analisar a apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural.

Organização de eventos.

Analisar os jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de

lazer.

Recorte histórico delimitando tempo e espaço.

AVALIAÇÃO

Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando alternativas de

superação.

Organizar atividades e dinâmicas de grupos que possibilitem aproximação e considerem

individualidades

Dança (folclóricas, de salão e de rua);

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Possibilitar o estudo sobre a Dança relacionada a expressão corporal e a diversidade de

culturas.

Analisar e vivenciar atividades que representem a diversidade da dança e seus

diferenciados ritmos.

Compreender a dança como mais uma possibilidade de dramatização e expressão

corporal.

Estimular a interpretação e criação coreográfica.

Provocar a reflexão acerca da apropriação da Dança pela Indústria Cultural.

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Organização de Festival de Dança.

AVALIAÇÃO

Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre

outros

Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais, por meio

da dança.

Discutir e argumentar sobre apropriação das danças pela indústria cultural.

Criação e apresentação de coreografias.

Ginástica (artística, olímpica e de condicionamento físico);

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Analisar a função social da ginástica.

Apresentar e vivenciar os fundamentos da ginástica.

Pesquisar a interferência da Ginástica no mundo do trabalho (ex. laboral).

Estudar a relação entre a Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida.

Por meio de pesquisas, debates e vivências práticas, estudar a relação da ginástica com:

tecido muscular, resistência muscular, diferença entre resistência e força; tipos de força;

fontes energéticas, freqüência cardíaca, fonte metabólica, gasto energético, composição

corporal, desvios posturais, LER, DORT, compreensão cultural acerca do corpo,

apropriação da Ginástica pela Indústria Cultural entre outros.

Analisar os diferentes métodos de avaliação e estilos de testes físicos, assim como a

sistematização e planejamento de treinos.

Organização de festival de ginástica.

AVALIAÇÃO

Organizar eventos de ginástica, na qual sejam apresentadas as diferentes criações

coreográficas ou seqüência de movimentos ginásticos elaborados pelos alunos.

Aprofundar e compreender as as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que

envolvem a ginástica.

Compreender a função social da ginástica.

Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na ginástica.

Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.

Lutas. (de aproximação, de manter a distância e capoeira)

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ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das diferentes artes

marciais, técnicas, táticas/ estratégias, apropriação da Luta pela

Indústria Cultural, entre outros.

Analisar e discutir a diferença entre Lutas x Artes Marciais.

Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e estilos da capoeira

enquanto jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de instrumentos,

movimentação, roda etc.

AVALIAÇÃO

Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes

manifestações das lutas.

Compreender a diferença entre lutas e artes marciais, assim como a apropriação das lutas

pela indústria cultural.

Apropriar-se dos conhecimentos acerca da capoeira como: diferenciação da mesma

enquanto jogo/dança/luta, seus instrumentos musicais e movimentos básicos.

Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de deslocamento,

entre outros.

Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem os diferentes tipos

de golpes.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino

Fundamental. Curitiba.2006 ?

MEDINA, João Paulo S. A Educação Física Cuida do Corpo... e (Mente), Papirus Editora, 4ª

edição, São Paulo, 1985.

TAFFAREL, Celi Nelza Zülke, Criatividade nas aulas de Educação Física, Ed. Ao Livro

Técnico, 1ª edição, 1985.

GONÇALVES, Maria Cristina, PINTO, Roberto Costacurta, Alves, TEUBER, Silvia Pessoa,

Aprendendo a Educação Física, Ed. Bolsa Nacional do Livro Ltda. 1ª edição, 1996.

GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Curitiba, 2006.

GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-

Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Lei 10.639, de 09

de janeiro de 2003.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez,

1992.

TANI, Go et al. Educação Física escolar: fundamentos para uma abordagem

desenvolvimentista. São Paulo: EPU/ EDUSP, 1998.

MARINHO, Inezil Penna. Educação Física, recreação e jogos. São Paulo: Cia Brasil Editora,

1981.

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Danças criativas, danças circulares

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.

Organização de festivais de dança.

Elementos e técnicas constituintes da dança.

AVALIAÇÃO

Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e seu

contexto histórico.

Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de

deslocamento, entre outros elementos presentes no forró, vanerão e nas danças de

origem africana.

Criar e vivenciar atividades de dança, nas quais sejam apresentadas as diferentes

criações coreográficas realizadas pelos alunos.

Ginásticarítimicae ginástica geral

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Estudar a origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física.

Construção de coreografias.

Pesquisar sobre a Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e acrobacias).

Análise sobre o modismo relacionado a ginástica.

Vivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas.

Analisar a interferência de recursos ergogênicos (doping).

AVALIAÇÃO

Conhecer e vivenciar as técnicas da ginásticas ocidentais e orientais.

Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos

presentes no circo, assim como, a influência da ginástica na busca pelo corpo

perfeito.

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Lutas com instrumento mediador capoeira

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Pesquisar a origem e os aspectos históricos das lutas.

AVALIAÇÃO

Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas

de lutas.

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ENSINO MÉDIO

- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esporte

Jogos e brincadeiras

Dança

Ginástica

Lutas

- CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte (coletivos ou individuais e radicais);

Jogos (de tabuleiro, cooperativos e dramáticos);

Dança (folclóricas, de salão e de rua);

Ginástica (artística, olímpica e de condicionamento físico);

Lutas. (de aproximação, de manter a distância e capoeira)

Esporte (coletivos ou individuais e radicais);

- ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Recorte histórico delimitando tempos e espaços.

Analisar a possível relação entre o Esporte de rendimento X qualidade de vida.

Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.

Estudar as regras oficiais e sistemas táticos.

Organização de campeonatos, torneios, elaboração de Súmulas e montagem de tabelas, de

acordo com os sistemas diferenciados de disputa (eliminatória simples, dupla, entre

outros).

Análise de jogos esportivos e confecção de Scalt.

Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular X conhecimento científico sobre o

fenômeno Esporte.

Discutir e analisar o Esporte nos seus diferenciados aspectos:

• enquanto meio de Lazer.

• sua função social.

• sua relação com a mídia.

• relação com a ciência.

• doping e recursos ergogênicos e esporte alto rendimento.

• nutrição, saúde e prática esportiva.

Analisar a apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.

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AVALIAÇÃO

Organizar e VlvenClar atividades esportivas, trabalhando com construção de tabelas,

arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento.

Apropriação acerca das diferenças entre esporte da escola, o esporte de rendimento e a

relação entre esporte e lazer.

Compreender a função social do esporte.

Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte.

Compreender as questões sobre o doping, recursos ergogênicos utilizados e questões

relacionadas a nutrição.

Jogos (de tabuleiro, cooperativos e dramáticos);

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

A nalisar a apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural.

Organização de eventos.

Analisar os jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de

lazer.

Recorte histórico delimitando tempo e espaço.

AVALIAÇÃO

Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando alternativas de

superação.

Organizar atividades e dinâmicas de grupos que possibilitem aproximação e considerem

individualidades

Dança (folclóricas, de salão e de rua);

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Possibilitar o estudo sobre a Dança relacionada a expressão corporal e a diversidade de

culturas.

Analisar e vivenciar atividades que representem a diversidade da dança e seus

diferenciados ritmos.

Compreender a dança como mais uma possibilidade de dramatização e expressão

corporal.

Estimular a interpretação e criação coreográfica.

Provocar a reflexão acerca da apropriação da Dança pela Indústria Cultural.

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Organização de Festival de Dança.

AVALIAÇÃO

Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre

outros

Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais, por meio

da dança.

Discutir e argumentar sobre apropriação das danças pela indústria cultural.

Criação e apresentação de coreografias.

Ginástica (artística, olímpica e de condicionamento físico);

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Analisar a função social da ginástica.

Apresentar e vivenciar os fundamentos da ginástica.

Pesquisar a interferência da Ginástica no mundo do trabalho (ex. laboral).

Estudar a relação entre a Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida.

Por meio de pesquisas, debates e vivências práticas, estudar a relação da ginástica com:

tecido muscular, resistência muscular, diferença entre resistência e força; tipos de força;

fontes energéticas, freqüência cardíaca, fonte metabólica, gasto energético, composição

corporal, desvios posturais, LER, DORT, compreensão cultural acerca do corpo,

apropriação da Ginástica pela Indústria Cultural entre outros.

Analisar os diferentes métodos de avaliação e estilos de testes físicos, assim como a

sistematização e planejamento de treinos.

Organização de festival de ginástica.

AVALIAÇÃO

Organizar eventos de ginástica, na qual sejam apresentadas as diferentes criações

coreográficas ou seqüência de movimentos ginásticos elaborados pelos alunos.

Aprofundar e compreender as as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que

envolvem a ginástica.

Compreender a função social da ginástica.

Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na ginástica.

Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.

Lutas. (de aproximação, de manter a distância e capoeira)

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

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Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das diferentes artes

marciais, técnicas, táticas/ estratégias, apropriação da Luta pela

Indústria Cultural, entre outros.

Analisar e discutir a diferença entre Lutas x Artes Marciais.

Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e estilos da capoeira

enquanto jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de instrumentos,

movimentação, roda etc.

AVALIAÇÃO

Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes

manifestações das lutas.

Compreender a diferença entre lutas e artes marciais, assim como a apropriação das lutas

pela indústria cultural.

Apropriar-se dos conhecimentos acerca da capoeira como: diferenciação da mesma

enquanto jogo/dança/luta, seus instrumentos musicais e movimentos básicos.

Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de deslocamento,

entre outros.

Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem os diferentes tipos

de golpes.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino

Fundamental. Curitiba.2006 ?

MEDINA, João Paulo S. A Educação Física Cuida do Corpo... e (Mente), Papirus Editora, 4ª

edição, São Paulo, 1985.

TAFFAREL, Celi Nelza Zülke, Criatividade nas aulas de Educação Física, Ed. Ao Livro

Técnico, 1ª edição, 1985.

GONÇALVES, Maria Cristina, PINTO, Roberto Costacurta, Alves, TEUBER, Silvia Pessoa,

Aprendendo a Educação Física, Ed. Bolsa Nacional do Livro Ltda. 1ª edição, 1996.

GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Curitiba, 2006.

GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-

Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Lei 10.639, de 09

de janeiro de 2003.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez,

1992.

TANI, Go et al. Educação Física escolar: fundamentos para uma abordagem

desenvolvimentista. São Paulo: EPU/ EDUSP, 1998.

MARINHO, Inezil Penna. Educação Física, recreação e jogos. São Paulo: Cia Brasil Editora,

1981.

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ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ensino Religioso passou a fazer parte do ensino escolar com a

Constituição de 1934, porém com matrícula facultativa.

Na década de 60 essa disciplina era ministrada por professores leigos e voluntários. Na

prática muitos inverteram seu objetivo, converteram os educandos para sua própria religião.

O Ensino Religioso, conforme a LDB 4024/61, teve matrícula facultativa. Durante os

anos de 1971 a 1998, aconteceram muitos programas, elaboração de materiais, cursos, de

modo a garantir um novo espaço para a Educação Religiosa na Legislação Brasileira.

De acordo com a nova LDBEN 9394/96 o Ensino Religioso veda qualquer forma de

doutrinação ou proselitismo. Propõem um caráter laico, que garanta o acesso a conhecimentos

que promovam a educação do respeito à diferentes culturas.

O Ensino Religioso é componente curricular da Educação Básica e de importância para

a formação do cidadão e para seu pleno desenvolvimento como pessoa. Por consequência,

parte do dever constitucional do Estado em matéria educativa.

O Ensino Religioso, em conformidade com a legislação brasileira, propõe promover aos

educandos a oportunidade de processo de escolarização fundamental para se tornarem

capazes de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura, possuir o substrato

religioso, de modo a colaborar com a formação da pessoa. Essa compreensão deve favorecer o

respeito, em suas relações éticas e sociais diante da sociedade, fomentando medidas de

repúdio a toda e qualquer forma de preconceito e discriminação e o reconhecimento de que,

todos nós, somos portadores de singularidade.

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OBJETIVOS GERAIS

Definir diversidade cultural;

Despertar no indivíduo o censo de responsabilidade e de tolerância;

Refletir sobre a violência cometida em nome da fé;

Despertar no aluno o interesse pelo conhecimento das varias crenças.;

Promover a reflexão e a discussão sobre a religião afro-brasileira;

Reconhecer a riqueza da formação cultural;

Despertar no aluno o interesse em grandes pensadores e filósofos que estudam esse

tema;

Refletir em sala de aula sobre as maneiras possíveis de se construir uma sociedade

mais justa e solidária;

Superar através do conhecimento, o preconceito e discriminação de qualquer crença;

Entender as diferentes manifestações do sagrado como foco do fenômeno religioso;

Despertar no aluno o interesse sobre o universo cultural de diferentes grupos étnicos

sociais;

Analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência religiosa do cotidiano

que contextualiza-se no universo cultural;

Refletir durante as aulas a base cultural sobre o sagrado e promover a discussão

englobando as relações entre as diversas culturas que permeiam o Brasil.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O Ensino Religioso é uma disciplina que contribui para o desenvolvimento humano, e o

conhecimento envolve conceitos, teorias e práticas que identificam e organizam seus campos

de estudo. São três os conteúdos estruturantes, a saber: Paisagem Religiosa, Universo

Simbólico Religioso e Textos Sagrados que referem-se respectivamente:

Paisagem Religiosa: à materialidade fenomênica do Sagrado, a qual é apreendida através dos

sentidos. É a exterioridade do Sagrado e sua concretude, os espaços Sagrados.

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Universo Sagrado Religioso: à apreensão conceitual através da razão, pela qual concebe-se o

Sagrado pelos seus predicados e reconhece-se a sua lógica simbólica. É entendido como

sistema simbólico e projeção cultural.

Texto Sagrado: à tradição e à natureza do Sagrado enquanto fenômeno. Neste sentido é

reconhecido através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e dos Mitos.

CONTEÚDO BÁSICOS

5ª série:

- Organizações Religiosas

Os fundadores e/ou líderes religiosos e as estruturas hierárquicas das organizações que

compõem os sistemas religiosos.

Ex: o Budismo (Sidarta Gautama); o cristianismo (Cristo); o confucionismo; o taoísmo (Lao

Tsé), etc.

- Lugares Sagrados

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência, de

culto, de identidade, principais práticas de expressão nestes locais.

Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

Lugares construídos: templos, cidades sagradas,etc.

- Textos Orais e Escritos- Sagrados

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas

religiosas.

Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc)

Exemplo: Vedas- Hinduísmo, escrituras Bahá’I, Tradições Orais Africanas, afro-brasileiras e

Ameríndias, Alcorão-Islamismo,etc.

- Símbolos Religiosos

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:

Nos ritos, nos mitos, no cotidiano.

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Exemplos: arquitetura religiosa, mantras, paramentos, objetos, etc.

6ª série

- Temporalidade Sagrada

Os calendários e seus tempos Sagrados (nascimento do líder religioso, passagem de ano, datas

de rituais, festas, dias da semana, calendário religiosos)

Ex: o Natal (cristão), Kumba Mela ( hinduísmo), Losar ( passagem do ano tibetano) e outros.

- Ritos

Ritos de passagem, mortuários, propiciatórios e outros.

Ex: dança (Xire), Candomblé, Kiki (kaingang-ritual fúnebre), via sacra, festejo indígena de

colheita, etc.

- Festas Religiosas

Peregrinações, festas familiares, festas nos templos,datas comemorativa.

Ex: festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (islâmica), Kuarup (indígena), Festa de

Iemanjá (Afro-brasileira, Pessach (Judaísmo), etc.

- Vida e morte

O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas, reencarnação, ressurreição-ação de

voltar à vida, além morte, ancestralidade- vida dos antepassados- espíritos dos antepassados se

tornam presentes, outras interpretações.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

As tradições e manifestações religiosas serão objeto de estudo ao final de cada

conteúdo tratado de modo que os conhecimentos apreendidos de outras manifestações

religiosas constituem-se em novas referências para se analisar e aprofundar os conhecimentos

a respeito das manifestações já conhecidas e/ou praticadas pelos alunos ou na comunidade.

Os conteúdos a serem trabalhados nas aulas de Ensino Religioso contribuirá para: a

superação do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa; de toda

forma de proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão do sagrado.

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Nessa disciplina será realizado trabalho com músicas, filmes, histórias orais com base

no diálogo partindo da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios.

Os conteúdos do Ensino Religioso devem ser trabalhados enquanto conhecimento da

diversidade sócio-político e cultural. A linguagem a ser utilizada nas aulas deve ser a científica

e não a religiosa, com a finalidade de superar as tradicionais aulas de religião.

Os desafios educacionais contemporâneos que pairam sobre a ação escolar também

serão trabalhados com as devidas análises e intervenções.

Para isso, serão utilizados recursos didáticos e tecnológicos como: quadro de giz,

materiais escolares de uso diário, tv multimídia, pendrive, dvd, rádio,cd, etc.

AVALIAÇÃO

Para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos, criaremos condições para o aluno

atuar também como sujeito avaliador. Não se pode avaliar a aprendizagem sem avaliar o

ensino, a prática do professor e as condições oferecidas pela escola como partes de um todo

que se constitui o processo educativo. Espera-se que o aluno desenvolva uma cultura de

respeito à diversidade religiosa e cultural.

Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação ou

reprovação do aluno será atribuída uma nota bimestral que será resultante da somatória dos

valores atribuídos em cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias

aferições, na sequência e ordenação de conteúdos.

Quanto aos procedimentos e instrumentos de avaliação, utilizaremos a observação

sistemática ou informal, para conhecer melhor os alunos em todos os aspectos, analisar seu

desempenho nas atividades e compreender seus avanços e dificuldades, ajudando-o em sua

aprendizagem. Será observado também se o aluno expressa uma relação respeitosa com os

colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua; se esse aluno aceita as

diferenças de credo ou de expressão de fé e se emprega conceitos adequados para referir-se às

diferentes manifestações do Sagrado.

Os trabalhos em grupo como: pesquisas, jogos, painéis, maquetes, relatórios, entre

outros, serão utilizados para desenvolver e avaliar a formação global do aluno quanto à

cooperação, troca de pontos de vista, confronto e comprometimento dos componentes do

grupo. Para que sejam efetivos serão realizados na escola.

Os alunos que não conseguirem o desempenho esperado em determinada unidade

curricular terão direito à recuperação de conteúdos e esta deve acontecer todas as vezes em

que os métodos empregados não forem suficientes para propiciar a aprendizagem dos alunos.

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A recuperação de estudos, de caráter obrigatório, ocorrerá concomitantemente ao processo

educativo, conforme determina a lei. Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão

preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem sobre os dados quantitativos e entre e

os resultados obtidos durante o período letivo e os da recuperação, prevalecerão os melhores

resultados.

Os alunos com necessidades educacionais especiais deverão ser avaliados de acordo

com suas especificidades.

Os conteúdos não apropriados pelos alunos serão retomados e haverá novas

oportunidades de avaliação, prevalecendo a maior nota e garantindo que a aprendizagem se

efetive.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIRETRIZES CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

2008

HEIDEGGER, Martin. Conferências e Escritos Filosóficos. Coleção os Pensadores,

São Paulo, Nova Cultural, 1989.

NARLOCH, Rogério Francisco. Redescobrindo o universo religioso. Ensino Funda-

mental. V. 5. Petrópolis: Vozes, 2001.

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FILOSOFIA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia, que tem a sua

origem na Grécia antiga, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate entre o

pensamento de Platão e as teorias dos sofistas. Naquele momento, tratava-se de compreender

a relação entre o conhecimento e o papel da retórica no ensino. Por um lado, Platão admitia

que, sem uma noção básica das técnicas de persuasão, a prática do ensino da Filosofia teria

efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado, também pensava que se o ensino de Filosofia se

limitasse à transmissão de técnicas de sedução do ouvinte, por meio de discursos, o perigo

seria outro: a Filosofia favoreceria posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso

pernicioso do conhecimento.

Ao examinar a Filosofia Antiga, por exemplo, percebe-se com facilidade que ela se

caracteriza, inicialmente, pela preocupação com as questões de ordem cosmológica, isto é,

com a exploração das perguntas relativas à natureza e ao seu ordenamento. Posteriormente,

ela amplia seus horizontes de discussão e inclui investigações sobre a condição humana.

Na Idade Média, a Filosofia era fortemente marcada pelo teocentrismo, pensamento de

características muito diferentes das que prevaleciam no período anterior.

A desestruturação do Império Romano foi concomitante ao crescimento da Igreja como

poder eclesiástico, fundamentado nas teologias políticas que foram elaboradas pelos teóricos

cristãos. A função dessas teologias políticas era a ordenação, a hierarquização e o controle da

sociedade, sob os auspícios da lei divina. Nesse contexto, a filosofia, retirada do espaço

público, passa a ser prerrogativa da Igreja.

Na modernidade, a busca da autonomia da razão e da constituição da individualidade

se confronta com os discursos abstratos sobre Deus e sobre a alma, substituindo-os,

paulatinamente, pelo pensamento antropocêntrico. A Filosofia declara sua independência da

Teologia e os pensadores passam a tratar principalmente de questões filosófico-científicos

(Racionalismo, Empirismo, Criticismo). O homem descobre sua importância ao compreender

as lógicas da natureza, da sociedade e do universo. Ser moderno significa valorizar o homem

(antropocentrismo); não aceitar passivamente o critério da autoridade ou da tradição;

valorizar a experimentação; separar os campos da fé e da razão; confiar na razão, que se bem

empregada permite o conhecimento objetivo do mundo com benefícios para o homem.

A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem, principalmente

no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência, o que se constata

pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm constituindo esse período.

A partir do final do século XIX, a Filosofia é marcada pelo pluralismo de ideias, o que

permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos estruturantes apresentados

nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados hoje também tenham se apresentado,

anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve considerar as características e

perspectivas do pensamento que marcam cada período da história da Filosofia.

No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares desde o ensino

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jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio Studiorum − documento publicado

em 1599, que segundo Ribeiro (1978) objetivava a organização e o planejamento do ensino

dos jesuítas, com base em elementos da cultura europeia, ignorando a realidade, as

necessidades e interesses do índio, do negro e do colono.

O conhecimento desta disciplina é importante como saber escolar e contribui para a

formação do estudante porque age como um estimulante das habilidades cognitivas e de

argumentação.

O estudo da Filosofia ajuda no desenvolvimento do caráter ético, autônomo, criativo,

fundamentado na busca de soluções para conflitos, construção de estratégias de trabalho,

divergência de ideias e sentido cooperativo para enfrentar problemas. Enquanto disciplina

significativa para o desenvolvimento crítico-reflexivo, a Filosofia envolve a própria capacidade

de expressar seus pensamentos, sentimentos, opiniões, valores e atitudes que estimulam o

educando a participar ativamente das relações sociais, buscando evidenciar a importância dos

mesmos para a vida. A partir do estudo da Filosofia busca-se enriquecer a prática educativa

para o pensar reflexivo, possibilitando ao professor desprender-se de certas ações

conteudistas e repensar novas e melhores formas de realizar sua prática pedagógica

proporcionando meios para uma educação crítica que coloca o aluno em sintonia com o que

está a sua volta, não como mero espectador, mas como atuante e participante na sociedade.

Nesse caso, vê-se o essencial papel da disciplina para um pensar crítico da realidade em que

vive, relacionando fatos cotidianos a conteúdos estudados.

A presença da Filosofia na escola gera, tanto no professor quanto nos alunos reais

mudanças de comportamento que contribuem para a elevação da auto-estima e até perda de

ações agressivas, levando a comunidade escolar a refletir sobre o respeito à individualidade

dos outros. Assim, quando a filosofia é ensinada através do diálogo investigativo a tendência é

que os estudantes tornem-se mais críticas, criativas e sensíveis ao contexto em que vivem. A

filosofia serve também para prepará-los ao exercício da cidadania no qual se reforça a

importância de respeitar os outros, respeitar regras previamente estabelecidas necessárias

para a vida em comunidade.

2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

Os conteúdos estruturantes de Filosofia propiciam estimular o trabalho da

mediação intelectual, o pensar, a busca da profundidade dos conceitos e das suas relações

históricas, em oposição ao caráter imediatista que assedia e permeia a experiência do

conhecimento e as ações dela resultantes. São eles:

• Mito e Filosofia;

• Teoria do Conhecimento;

• Ética;

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• Filosofia Política;

• Filosofia da Ciência;

• Estética.

• Desafios contemporâneos

Para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo no Ensino Médio é necessário

adaptar os conteúdos exigidos no plano curricular aos desafios contemporâneos, para

superar a discriminação e o preconceito implica em suplantar a sua raiz, ou seja, a ignorância.

Abordar de modo teórico e conceitual questões que, ainda hoje, são tratadas de modo

conservador, superficial e dogmático, permitirá o afastamento de preconceitos e opiniões mal

fundamentadas e contribuirá para a diminuição da desigualdade de oportunidades e acesso.

O ensino de Filosofia visa a questão da Ética e dos Valores para abordar os seguintes

temas: Cultura Afro-brasileiras, Educação Ambiental, Educação do Campo, Diversidade de

Gênero, Violência na Escola e também o Uso Indevido de Drogas. Neste sentido não é mais

uma questão de vontade pessoal e de interesse particular. É uma questão curricular de

caráter obrigatório que envolve as diferentes comunidades: escolar, familiar, e sociedade. O

objetivo principal é o de divulgar e produzir conhecimentos, bem como atitudes, posturas e

valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade, tornando-os capazes de interagir

objetivos comuns que garantam respeito aos direitos legais e valorização de identidade do

sujeito como parte integrante da sociedade. Uma das funções da escola também é

possibilitar à criança perceber-se de maneira diferente da qual é reconhecida na estrutura

familiar. Nesse sentido, ela tem a obrigação de exercer sua função libertadora com as

questões das necessidades especiais. Sendo assim um projeto educativo, nessa direção,

precisa atender igualmente aos sujeitos, seja qual for sua condição social e econômica, seu

pertencimento étinico e cultural e às possíveis necessidades especiais para aprendizagem.

Essas características devem ser tomadas como potencialidade para promover a aprendizagem

dos conhecimentos que cabe à escola ensinar, para todos. Partindo desses princípios e tendo

como horizonte o cenário ético dos direitos humanos, sinaliza a necessidade de se garantir o

acesso e a participação de todos, a todas as oportunidade, independente das peculiaridades

de cada indivíduo e/ ou grupo social efetivado no respeito às diferenças, impulsiona ações de

cidadania voltadas ao reconhecimento de sujeitos de direitos, simplesmente por serem seres

humanos. Suas especificidades não devem ser elemento para a construção de desigualdades,

discriminações ou exclusões, mas sim, devem ser norteadoras de políticas afirmativas de

respeito a diversidade, voltadas para a construção do contexto social.

Nas aulas de Filosofia serão adaptados: textos, resenhas, diálogos, debates, etc.,

referente ao tema sugerido de forma coerente com os conteúdos estruturantes.

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada série da

etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados imprescindíveis para

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a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica. Os

conteúdos básicos de Filosofia são:

Saber mítico;

Saber filosófico;

Relação Mito e

Filosofia;

Atualidade do

mito;

O que é Filosofia?

Possibilidade do

conhecimento;

As formas de

conhecimento;

O problema da

verdade;

A questão do método;

-Conhecimento e

lógica;

Ética e moral;

Pluralidade

• Ética e

violência;

• Razão,

desejo e

vontade;

Liberdade:

Autonomia

do sujeito e a

necessidade

das normas;

• Relações

entre

comunidade

e poder;

• Liberdade e

igualdade

política;

• Política e

Ideologia;

• Esfera

pública e

privada;

• Cidadania

formal

e/ou participativa.

• -Concepções

de

ciência;

- A questão do

método

científico;

- Contribuições e

limites da ciência;

- Ciência e

ideologia;

- Ciência e ética.;

- Natureza da

arte;

Filosofia e arte; -

Categorias

estéticas – feio,

belo, sublime,

trágico, cômico,

grotesco, gosto, etc

- Estética e

sociedade;

3- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA

A Filosofia na escola pode significar o espaço de experiência filosófica, espaço

de provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da

investigação, da análise e da criação de conceitos.

Ao deparar-se com os problemas e por meio da leitura dos textos filosóficos, espera-se

que o estudante possa pensar, discutir, argumentar e, que, nesse processo, crie e recrie para

si os conceitos filosóficos, ciente de que não há conceito simples.

Assim, o ensino de filosofia como criação de conceitos deve abrir espaço para que o

estudante possa planejar um sobrevoo sobre todo o vivido, a fim de que consiga à sua maneira

também, cortar, recortar a realidade e criar conceitos.

Por isso, os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na perspectiva de fazer

com que os estudantes pensem os problemas com significado histórico e social e analisem a

partir dos textos filosóficos que lhes forneçam subsídios para que pesquisem, façam relações

e criem conceitos.

A atividade filosófica centrada, sobretudo no trabalho com o texto, propiciará entender

as estruturas lógicas e argumentativas, levando-se em conta o cuidado com a precisão dos

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enunciados, com o encadeamento e clareza das ideias e buscando a superação do caráter

fragmentário do conhecimento.

A função do professor de Filosofia no Ensino Médio, consiste, basicamente, em pensar

de maneira filosófica para construir espaços de problematização compartilhados com os

estudantes, a fim de articular os problemas da vida atual com as respostas e formulações da

história da Filosofia e com a criação de conceitos. O professor proporá problematizações,

leituras e análise de textos, organizará debates, sugerirá pesquisas e sistematizações.

O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação do

estudante com os problemas, na busca de soluções nos textos filosóficos por meio da

investigação e no trabalho direcionado à criação de conceitos.

4- AVALIAÇÃO

Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua

função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o

curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância

individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria a perceber o quanto o estudante

assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a

examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema.

Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante, mesmo

que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar e de

identificar os limites dessas posições.

O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de

construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e

discursos.

Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de

trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:

• qual discurso tinha antes;

• qual conceito trabalhou;

• qual discurso tem após;

• qual conceito trabalhou.

A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio

da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. Com

isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo.

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de avaliação

diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no máximo 4,0 (três) e de

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no mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de

avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da média bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos no

instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando apresentou

aproveitamento insuficiente e utilizará quantos e quais tipos de instrumentos de avaliação o

educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do conteúdo no

qual seu aproveitamento foi considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação obtido pelo

educando.

Os/as alunos(as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não com

prejuízo dos conteúdos, mas com o número de questões reduzidas a respeito do assunto ou

com tempo maior para resolução das atividades e com explicações extras para cada questão

ou atividade.

5- REFERÊNCIAS

APPEL, E. Filosofia nos vestibulares e no ensino médio. Cadernos PET-Filosofia 2,

Curitiba, 1999.

CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1986, v.1.

FERRATER MORA. Dicionário de filosofia São Paulo: Loyola, 2001.

GALLO, S.; KOHAN, W. O. (Orgs). Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000.

VASCONCELLOS , C. do S. A construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo:

Libertad, 2000.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro

Didático Público de Filosofia. Curitiba: SEED-PR, 2007.

Projeto Político Pedagógico, Colégio Estadual Getúlio Vargas, Ensino Fundamental e

médio, 2007.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Ciências para

a Educação Básica. Departamento da Educação Básica. Curitiba, 2008.

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Física

1 – Fundamentos teóricos

A Física tem como objetivo estudar o universo, em toda sua complexidade. Por isso, a

disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da natureza. Como alerta Menezes (2005),

natureza, aqui tem sentido de realidade material sensível. Entretanto, os conhecimentos de

Física apresentados aos estudantes do ensino médio não são coisas da natureza, ou própria

natureza, mas modelos de elaboração humana.

Muitos foram os estudos e contribuições; entretanto, a história da Física demonstra

que o período do Renascimento a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à

Geometria Euclidiana, à Astronomia geocêntrica de Ptolomeu e à Física de Aristóteles (384 –

322 a.C.), que foi muito divulgada na Idade Média a partir de traduções dos árabes,

especialmente Avicena.

Tal como o conhecimento de hoje, a Física foi inaugurada por Galileu Galilei (1562 –

1643), no século XVI, com uma forma de se conhecer o universo, pela descrição matemática

dos fenômenos físicos.

O campo de estudo e pesquisa da Física é muito vasto, assim como as várias ciências

existentes, ela possui divisões de estudo que possibilitam um melhor compreensão dos

conceitos a serem estudados. Apesar de existir essa divisão, não quer dizer que o estudo é

isolado, pelo contrário, à medida que se evolui no percurso de estudo da ciência Física

percebe-se que um assunto é continuação do outro, ou seja, há uma interligação das áreas de

estudo.

Física é a ciência que trata dos componentes fundamentais do Universo, as forças que

eles exercem e os resultados destas forças. A Física é tanto significante como influente, em

parte porque os avanços na sua compreensão foram muitas vezes traduzidos em novas

tecnologias, mas também porque as novas ideias na física muitas vezes ressoam com as outras

ciências, matemáticas e filosóficas. Por exemplo, avanços na compreensão do

electromagnetismo influenciaram directamente o desenvolvimento de novos produtos que

transformaram dramaticamente a sociedade moderna. (ex: televisão, computadores e

electrodomésticos); avanços na termodinâmica influenciaram o desenvolvimento do

transporte motorizado; e avanços na mecânica inspiraram o desenvolvimento do cálculo.

Esta presente no dia-a-dia em todos os lugares, em todas as situações do cotidiano, na

escola, no lazer, nas brincadeiras, em casa e etc. Exemplo disto é quando tocamos uma pessoa

e levamos choque isso se explica devido ao acumulo de energia estática num corpo. As

descargas elétricas ocorrem somente quando corpos de cargas diferentes se encontram, por

isso, a sensação de choque é passageira, já que após tocar em uma pessoa e sentir o choque,

os corpos se equilibram. A energia estática é produzida até mesmo por um simples arrastar

dos pés. Outro fato interessante é que os caminhões de combustíveis sempre viajam levando

uma corrente que fica em contato com o chão, justamente para descarregar e evitar o

acúmulo da energia estática, pois senão, o veículo correria um sério risco de explosão.

É necessário um longo processo de estudo e dedicação constante, que junte os

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conhecimentos físicos com a criatividade inerente ao ser humano, para entender Física e

assim, contribuindo com uma verdadeira forma de educação da mesma. O conhecimento de

Física não de consolida com um rol de idéias prontas a serem memorizadas, muito, além

disso, um processo significativo de ensino de Física deve conduzir os alunos a explorar uma

grande variedade de ideias e de estabelecimentos de relações entre fatos e conceitos de modo

a incorporar os contextos do mundo real, as experiências e o modo natural de envolvimento

para o desenvolvimento das noções físicas com vistas à aquisição de diferentes formas de

percepção da realidade. Mas ainda é preciso avançar no sentido de conduzir os estudantes

perceberem a evolução das ideias físicas, aplicando progressivamente a compreensão que

delas se tem.

É importante no ensino dos conceitos de físicos, ajudar o estudante com a utilização de

pensamentos conceptualmente mais adequados. Não utilizar explicações formais, longe da

sua realidade e estéril em suas implicações.

2 – Conteúdos Estruturantes/ Básicos da disciplina

Os Conteúdos Estruturantes irão indicar o caminho que será seguido para que o

estudo de Física alcance seus objetivos, são uma forma ampla do trabalho de todos os anos do

ensino fundamental, o seu desdobramento será realizado a partir dos Conteúdos Básicos, para

cada série/ano os quais deverão ser ainda mais detalhados a partir dos Conteúdos Específicos,

estes que serão programados no decorrer do ano respeitando a individualidade de cada série

e a escolha do educador.

Conteúdos Estruturantes:

• Movimento;

• Termodinâmica;

• Electromagnetismo;

Conteúdos Básicos:

• 2ª Lei de Newton;

• 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;

• Momentum e inércia;

• Conservação da quantidade de movimento (momentum);

• Variação da quantidade de movimento = impulso;

• Energia e o Princípio da Conservação da Energia;

• Gravitação;

• Leis da Termodinâmica;

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• Lei Zero da Termodinâmica;

• 1ª Lei da Termodinâmica;

• 2ª Lei da Termodinâmica;

• Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas;

• Força eletromagnética;

• Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/ Lei de Coulomb, Lei de Ampére,

Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday;

• A natureza da luz e suas Propriedades;

Os temas Educação Ambiental, História e Cultura Afro-brasileira, Educação do Campo

e Diversidade de Gênero serão abordadas de forma oral e em situações-problema no decorrer

do curso.

3 – Fundamentos metodológicos

Para o aprendizado científico, a experimentação, seja ela de demonstração e

equipamentos do cotidiano do educando e até mesmo o laboratorial, é distinta daquela

conduzida para a descoberta científica e é particularmente importante quando permite ao

educando diferentes formas de percepção qualitativa e quantitativa, de manuseio, observação,

confronto, dúvida e de construção conceitual.

É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em Física, parta do

conhecimento prévio dos educandos, onde se incluem as concepções alternativas ou

concepções espontâneas que o educando adquire no seu cotidiano através da interação com

os diversos objetos no seu espaço de vivência, sobre as quais a ciência tem um conceito

científico que envolve um saber socialmente construído e sistematizado, o qual necessita de

metodologias específicas para ser transmitido no ambiente escolar.

Deve-se iniciar o estudo sempre pelos aspectos qualitativos e só então introduzir

tratamento quantitativo. Esse deve ser feito de tal maneira que os educandos percebam as

relações quantitativas sem a necessidade de utilização de algoritmos. Pode ser usada uma

grande variedade de linguagens e recursos, de meios e de formas de expressão, a exemplo

dos mais tradicionais, os textos e as aulas expositivas em sala de aula.

O fazer ciência está, em geral, associado há dois tipos de trabalhos, um teórico e um

experimental. Em ambos o objetivo é estabelecer um “modelo” de representação da natureza

ou de fenômeno. No teórico é feito um conjunto de hipóteses, acompanhadas de um

formalismo matemático, cujo conjunto de equações deve permitir que se façam previsões,

podendo, às vezes, receber o apoio de experimentos, onde se confronta o dado coletado com

os previstos pela teoria.

O aprendizado deve ser conduzido de forma a estimular a efetiva participação e

responsabilidade social dos educandos, discutindo possíveis ações na realidade em que vive

desde a difusão de conhecimento a intervenções significativas no bairro ou localidade de

forma a que os educandos sintam-se de fato detentos de um saber significativo.

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4 – Práticas avaliativas e critérios gerais de avaliação

A avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos adotados nas Diretrizes

Curriculares, ou seja, a apropriação dos conceitos, leis e teorias que compõem o quadro

teórico da Física pelos estudantes. Isso pressupõe o acompanhamento constante do progresso

do estudante quanto à compreensão dos aspectos históricos, filosóficos e culturais, da

evolução das ideias em Física e da não-neutralidade da ciência.

Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento tanto para que

o professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os conteúdos escolares,

quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo.

Inicialmente, é preciso identificar os conhecimentos dos estudantes, sejam eles

espontâneos ou científicos, pois ambos interferem na aprendizagem, no desenvolvimento dos

trabalhos e nas possibilidades de revisão do planejamento pedagógico.

São utilizados, bimestralmente, no mínimo 03 (três) instrumentos de avaliação

diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação é de no máximo 4,0 (quatro) e de no

mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de

avaliação deve totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando é a soma dos resultados obtidos nos

instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentam aproveitamento insuficiente, ou seja, inferior à 60%

(sessenta por cento) é oferecida a Recuperação de Estudos no decurso do bimestre no qual o

conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos aborda os conteúdos nos quais o educando apresentou

aproveitamento insuficiente e utiliza quantos e quais tipos de instrumentos de avaliação o

educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do conteúdo no

qual seu aproveitamento foi considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, é considerado o maior valor de avaliação obtido pelo

educando.

Poderão ser utilizados como instrumentos de avaliação:

projeto de pesquisa bibliográfica;

leitura compreensiva e/ou crítica de textos;

pesquisa e produção de textos, relatórios, desenhos (esquemas), tabelas, gráficos e outras

formas de expressão e representação;

resolução de questionamentos escritos (discursivos ou objetivos) e orais;

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realização de atividades em sala de aula, laboratório das ciências, biblioteca, e domicílio;

pesquisa, produção e apresentação de seminários;

realização e participação em debates;

produção e utilização de recursos audiovisuais;

participação em palestras, atividades culturais e esportivas;

avaliação diagnóstica;

outros instrumentos de acordo com a especificidade da disciplina/conteúdo.

Os registros são realizados nos livros de Registro de Classe e no Sistema Estadual de

Registro Escolar.

A comunicação dos resultados é feita através de Boletim Escolar, entregue

bimestralmente aos educandos para que estes os encaminhem aos pais e responsáveis. A

escola, através da direção, equipe pedagógica e corpo docente, busca estabelecer contato os

pais ou responsáveis pelos educandos que tenham apresentado deficiências de aprendizagem,

para determinação e superação de eventuais problemas.

5 – Referências

BONJORNO, José Roberto; BONJORNO, Regina Azenha; BONJORNO, Valter; RAMOS, Clinton

Marcico. “Física Completa”. São Paulo: Editora FTD, 2001.

CHIQUETTO, Marcos; PAGLIARI, Estéfano; VALENTIM, Bárbara. “Aprendendo Física 1 –

Mecânica”. São Paulo: Editora Scipione, 1996.

CHIQUETTO, Marcos; PAGLIARI, Estéfano; VALENTIM, Bárbara. “Aprendendo Física 2 –

Física Térmica e Ondas”. São Paulo: Editora Scipione, 1996.

CHIQUETTO, Marcos; PAGLIARI, Estéfano; VALENTIM, Bárbara. “Aprendendo Física 3 –

Eletromagnetismo e Introdução à Física Moderna”. São Paulo: Editora Scipione, 1996.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEED/DEM. Diretrizes Curriculares de Física para o

Ensino Médio. Curitiba: 2009

GREF – Grupo de Re-elaboração do Ensino da Física. “Física 1 – Mecânica”. São Paulo: Edusp.

2001.

GREF – Grupo de Reelaboração do Ensino da Física. “Física 2 – Física Térmica e Óptica”. São

Paulo: Edusp. 2001.

GREF – Grupo de Reelaboração do Ensino da Física. “Física 3 – Eletromagnetismo”. São

Paulo: Edusp. 2001.

LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da; LUZ, Beatriz Alvarenga Álvares. “ Física: volume 1. São

Paulo: Editora Scipione, 2005

LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da; LUZ, Beatriz Alvarenga Álvares. “ Física: volume 2. São

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Paulo: Editora Scipione, 2005

LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da; LUZ, Beatriz Alvarenga Álvares. “ Física: volume 3. São

Paulo: Editora Scipione, 2005

PARANÁ, Djalma Nunes da Silva. “Física”. São Paulo. 2003.

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GEOGRAFIA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Embora o estabelecimento da Geografia como ciência tenha ocorrido somente no

século XIX, desde a Pré-História o conhecimento geográfico faz parte da vida dos seres

humanos, pois estes “organizam-se em sociedade e vão produzindo sua subsistência,

produzindo com isso seu espaço, que vai se configurando conforme os modos culturais e

materiais de organização dessa sociedade” (CAVALCANTI, 2005, p. 11).

Os povos pré-históricos, caçadores e coletores, já observavam a dinâmica das estações

do ano e a relacionavam com o ciclo reprodutivo da natureza para realizarem suas migrações,

em busca dos frutos e da caça. Mesopotâmios e egípcios, povos agricultores, tinham

conhecimento das variações climáticas, da alternância entre período seco e período chuvoso.

O conhecimento da direção, da constância e da dinâmica dos ventos foi fundamental para os

povos navegadores, como os polinésios.

Coube aos gregos, na Antiguidade, a primazia do registro sistemático dos

conhecimentos geográficos acumulados até então, em obras como os Périplos e a Odisséia. Os

romanos, e posteriormente os árabes na Idade Média, foram herdeiros e disseminadores da

cultura grega pela Europa, norte da África e Oriente Médio. Nesses períodos – Antiguidade e

Idade Média – os conhecimentos geográficos eram relacionados à descrição e organização dos

espaços conquistados, ao estabelecimento de meio de comunicação e vias de transporte para

o comércio, à elaboração de mapas; às discussões a respeito da forma e tamanho da Terra e

da distribuição de terras e águas, aos estudos sobre as condições climáticas, relacionando-as

ao aproveitamento agrícola, entre outros.

No final da Idade Média e início da Idade Moderna, as navegações transoceânicas

européias, com destino às Índias e suas especiarias, levaram à ampliação do conhecimento

geográfico, inventariando e catalogando dados sobre os continentes e oceanos, os territórios

coloniais, suas riquezas naturais e aspectos humanos, tudo com vistas à sua exploração. Os

conhecimentos geográficos encontravam-se dispersos e desconexos em áreas de

conhecimento das quais viria, posteriormente, a servir-se a Geografia, como a Astronomia, a

Botânica, a Biologia, a Climatologia entre outras.

No século XIX, já na Idade Contemporânea, a Geografia foi sistematizada e

reconhecida como ciência e ramo autônomo do conhecimento humano. Essa sistematização

ocorreu na Alemanha, como imposição da necessidade burguesa de unificar e industrializar o

país e justificar seu expansionismo no continente europeu, e na França, para fazer frente à

escola alemã e justificar o imperialismo francês na África e na Ásia.

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Assim, a sistematização da Geografia, sua colocação como ciência particular e

autônoma, foi um desdobramento das transformações operadas na vida social, pela

emergência do modo de produção capitalista. No entanto, essa sistematização ocorreu no

final do processo de consolidação do capitalismo em determinados países europeus [Alemanha

e França], quando a prática da burguesia, então dominante, objetivava justificar e manter

ordem social existente (MORAES, 2002).

Para tanto, foi necessária a existência de pressupostos histórico/materiais -

conhecimento efetivo da extensão real do planeta; existência de um repositório de

informações, sobre variados lugares da Terra; aprimoramento das técnicas cartográficas – e

pressupostos filosófico/científicos - correntes filosóficas que propunham explicações

abrangentes do mundo e a compreensão dos fenômenos do real; o pensamento político

iluminista; a Economia Política, o Evolucionismo.

Desde os primórdios de sua criação como ciência, a Geografia tem passado por

mudanças teórico-metodológicas e a constante redefinição de seu objeto de estudo e

ensino. Se em princípio essas mudanças eram creditadas principalmente à sua

subordinação aos interesses hegemônicos, atualmente, em face da revolução técnico-

científica em curso, é importante que se considere que também a Geografia, assim como

vários outros ramos do conhecimento humano, atravessa um período de profundas

transformações.

Nesse sentido cabe ainda reconhecer o caráter histórico das sociedades humanas,

do conhecimento científico e das relações travadas entre estes dois elementos. Nas

palavras de Paulo Freire, reconhecer “a historicidade do conhecimento, a sua natureza de

processo em permanente devir. Significa reconhecer o conhecimento como uma produção

social, que resulta da ação e reflexão...” (2003, p. 09).

Apesar do aparente fim do socialismo dito real e da ausência de um modelo sócio-

político-econômico que contraponha-se ao neoliberalismo vigente, o referencial teórico-

metodológico da Geografia tem-se consolidado, como demonstram os trabalhos de diversos

autores (PARANÁ, 2008), com a utilização do materialismo histórico e dialético.

É importante lembrar que não existe neutralidade política no processo de ensino-

aprendizagem, sendo este também um ato político daqueles que dele participam. Nesse

sentido, fica explícita a elaboração e aplicação deste como uma forma de analisar e pensar,

criticamente, a estrutura social hegemônica existente, visando à sua superação.

Não devemos deixar de observar a relação entre a “produção [e a reprodução]

histórica do saber como uma ‘verdade’ que justifica uma relação de poder” (PARANÁ, 2005 p.

05), e ainda, que educação e política são “práticas distintas, mas que ao mesmo tempo não

são outra coisa que senão modalidades específicas de uma mesma prática: a prática social.

Integram, assim, um mesmo conjunto, uma mesma totalidade” (SAVIANI, 2003, p. 85).

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O objeto de estudo e ensino da Geografia, atualmente definido como o Espaço

Geográfico, é conceituado por Lefebvre e Santos como o espaço “produzido, apropriado pela

sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais,

culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados” (apud PARANÁ, 2008, p. 51) e por

Milton Santos como espaço

formado por um conjunto indissociável, solidário e também

contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não

considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história

se dá. No começo era a natureza selvagem, formada por objetos

naturais, que ao longo as histórias vão sendo substituídas por objetos

técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a

natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina (1996, p. 51).

E ainda “o espaço geográfico deve ser considerado como algo que participa igualmente

da condição do social e do físico, um misto, um híbrido” (SANTOS, 1996, p. 70).

O Espaço Geográfico, como objeto de estudo e ensino, é considerado como produto da

ação humana, através do trabalho social, no meio. Tal relação só pode ser compreendida

através do estudo do próprio meio e das necessidades e da capacidade de apropriação de cada

sociedade, no decorrer do processo histórico. Ao converter a Natureza em um conjunto de

objetos que seleciona à medida que desenvolve os meios de utilizá-los, atribuindo-lhes valor, o

Homem transformou-a em Segunda Natureza, apropriando-se dela em um ato social.

A intervenção coletiva do homem na natureza objetivando a satisfação de suas

necessidades, o trabalho social, é o elo de ligação entre o homem e a própria natureza. Não

cabe a distinção entre o físico e o humano, pois a ação humana sobre a superfície terrestre se

faz presente em todas as partes. Nas palavras de Jecohti e Filizola “a presença do homem é

um fato em toda a face da Terra, e a ocupação que não se materializou é, todavia,

politicamente existente” (1992, p. 100).

Seguindo esse princípio, para compreender o meio é necessário entender a

interdependência de todos os seus elementos. Para compreender a organização espacial faz-se

necessário entender as relações sociais que ocorrem nesse mesmo espaço, através dos

processos de trabalho e satisfação das necessidades humanas. Compreender o Espaço

Geográfico é compreender as relações meio-sociedade e todas as suas correlações inerentes e

decorrentes.

Para compreensão do Espaço Geográfico faz-se necessário o domínio dos conceitos de

lugar, paisagem, região, território, natureza e sociedade (PARANÁ, 2008 p. 53; CAVALCANTI,

2005).

O lugar é definido como “o espaço onde o particular, o histórico, o cultural e a

identidade permanecem presentes revelando especificidades, subjetividades, racionalidades.”

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(PARANÁ, 2008 p. 61). No lugar ocorrem as relações pessoais e as experiências afetivas, daí

que são significados com positivos e negativos, bons e maus (CAVALCANTI, 2005, p. 93)

A paisagem, de acordo com Santos (1988) é “o domínio do visível, aquilo que a vista

abarca. Não é formada apenas de volume, mas também de cores, movimentos, odores, sons

etc” (p. 61) e é também “materialidade, formada por objetos materiais e não materiais. [...]

fonte de relações sociais” (p. 71-72).

A região foi configurada, segundo Milton Santos, através de “processos orgânicos,

expressos através da territorialidade absoluta de um grupo, onde prevaleciam suas

características de identidade, exclusividade e limites” e atualmente é o “suporte e a condição

de relações globais que de outra forma não se realizariam” (apud PARANÁ, 2008, p. 57-58).

Além disso, a região é “considerada uma entidade concreta, resultado [...] da

efetivação dos mecanismos de regionalização sobre um quadro territorial já previamente

ocupado” (CORRÊA apud CAVALCANTI, 2005, p. 103) e subdivisão, Milton Santos, “do

espaço: do espaço total, do espaço nacional e mesmo do espaço local” (apud CAVALCANTI,

2005, p. 103).

O território está sob influência e determinação de relações econômicas e /ou políticas.

Os territórios, mais do que espaços concretos, são “relações sociais projetadas no espaço”

(CAVALCANTI, 2005, p. 109).

Natureza, de acordo com Mendonça, é “um conjunto de elementos naturais que possui

em sua origem uma dinâmica própria que independe da ação humana, mas que, na atual fase

histórica do capitalismo acaba sendo reduzido apenas à idéia de recursos” (apud PARANÁ,

2008, p. 66).

A sociedade “produz um intercâmbio com a natureza, de modo que esta última se

transforma em função dos interesses da primeira. Ao mesmo tempo, a natureza não deixa

completamente de influenciar a sociedade, que produz seus espaços geográficos nas mais

diversas condições naturais.” (PARANÁ, 2008, p. 67).

Também conceitos como estado, nação, cultura, imperialismo, dependência, centro,

periferia, marginalidade (CAVALCANTI, 2005, p. 16), entre outros, são importantes para a

compreensão do espaço geográfico mundial contemporâneo.

É fato pacificamente aceito que estamos em meio à Terceira Revolução Técnico-

Científica ou Revolução Informacional. Esta revolução é impulsionada, entre outros: pela

aplicação intensiva da informática aos processos produtivos; pela crescente

automatização/robotização da produção; pela capacidade cada vez ampliada de intervenção

da humanidade na Natureza; pela crescente interdependência produtiva e de consumo entre

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as diversas partes do planeta, propiciada pelo desenvolvimento dos meios de transporte e de

comunicação.

Emerge daí o meio técnico-científico-informacional, expresso em regiões onde ocorre o

adensamento de meios de transporte, comunicação, centros de pesquisa, produção e consumo

avançados e as transnacionais, conglomerados produtivos que representam a vanguarda e são

a mola propulsora deste período histórico, com operações e atuação descentralizadas pela

maior parte do planeta, explorando, produzindo e/ou comercializando em cada lugar de

acordo com a melhor relação custo/benefício econômica e política.

Por mais paradoxal e redundante que seja, vale lembrar que neste momento histórico a

capacidade produtiva existente é tão grande, que é capaz de fazer frente à satisfação das

necessidades de toda a humanidade. Os avanços da informática, robótica, medicina,

biotecnologia e de tantos outros ramos do conhecimento humano, no entanto, estão postos à

serviço de uma pequena parcela da população mundial, concentrada nos países do norte,

ricos, desenvolvidos, centrais e pulverizada nas pequenas elites dos países do sul, pobres,

subdesenvolvidos, periféricos.

À imensa maioria da população mundial reservam-se os resquícios e resíduos do

desenvolvimento técnico-científico-informacional alcançado, ou nem isso, e o papel de

produtores da riqueza de uns poucos, expropriados que são de seus recursos naturais, de sua

força de trabalho e de seu potencial intelectual.

O atual momento histórico de desenvolvimento das forças produtivas do capitalismo,

entendido este como sistema econômico-social-político hegemônico, propõe diversos desafios

que definirão o futuro do planeta Terra e da própria Humanidade. Dentre eles, destacam-se:

• o estágio de desenvolvimento das forças produtivas e a difusão do modelo de sociedade

de consumo, que exercem uma pressão insustentável sobre os recursos naturais e as

fontes de energia em uso, alterando o equilíbrio climático-ecológico do planeta;

• a revitalização e maximização das relações de exploração e dominação entre ricos e

pobres, em escalas local, nacional, regional e mundial, que nega à considerável

parcela da Humanidade o acesso aos benefícios científicos e tecnológicos existentes e

mesmo a satisfação de necessidades básicas como alimentação, educação, saúde e

saneamento entre outros.

Diante destes e outros desafios, a apreensão do conhecimento geográfico da totalidade

entre humanidade e natureza, espaço e sociedade, mediados pelo trabalho social, torna-se

uma necessidade premente e inadiável, objetivando o desenvolvimento da capacidade de

observar, interpretar, analisar e pensar criticamente a realidade, para melhor compreendê-la

e identificar as possibilidades de transformação no sentido de superar suas contradições.

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CONTEÚDOS DE ENSINO: ESTRUTURANTES E BÁSICOS

As Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Disciplina de Geografia

(PARANÁ, 2008) estabelecem os seguintes Conteúdos Estruturantes:

• a Dimensão econômica do espaço geográfico;

• a Dimensão política do espaço geográfico;

• a Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

• a Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

Conteúdos Estruturantes são “os conhecimentos de grande amplitude que identificam

o organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para

a compreensão do seu objeto de estudo e ensino” (PARANÁ, 2008, p. 68).

No conteúdo estruturante Dimensão econômica do espaço geográfico é abordado como

os seres humanos, através do trabalho em sociedade, apropriam-se do meio natural para

satisfação das suas necessidades e acumulação de riqueza. Essa apropriação ocorre a partir

da transformação e/ou destruição do meio natural, resultando na criação do Espaço

Geográfico, envolvendo aspectos socioambientais, políticos, econômicos e culturais (PARANÁ,

2008, p. 69 e 70).

A Dimensão política do espaço geográfico, enquanto conteúdo estruturante, trata das

relações de poder, sejam elas econômicas, políticas ou sociais, promovidas por instituições

públicas ou organizações privadas. Atualmente envolve também “relações de poder não-

institucionais e marginais” (PARANÁ, 2008, p. 71)

A Dimensão socioambiental do espaço geográfico, como conteúdo estruturante,

relaciona-se principalmente com a interdependência das relações entre as sociedades

humanas – aspectos econômicos, sociais e culturais - e o meio natural – componentes físicos,

químicos e bióticos – superando a visão dicotômica meio ambiente versus seres humanos. “A

natureza, que teve em sua gênese uma dinâmica autodeterminada, hoje sofre alterações em

muitas de suas dinâmicas devido à ação humana” (PARANÁ, 2008, p. 72). Deve-se observar

ainda aspectos como a pobreza, a fome, o preconceito e as diferenças culturais que se fazem

presentes nesse espaço.

O conteúdo estruturante Dimensão Cultural e Demográfica analisa o Espaço

Geográfico a partir de relações sócio-culturais e aspectos demográficos como constituição,

distribuição e mobilidade das populações. Permite a compreensão, no contexto

contemporâneo, da circulação de informações, mercadorias, capitais, pessoas e modos de vida

destacando, nesse último aspecto, as culturas de massa e de resistência (PARANÁ, 2008, p. 73

74).

Conteúdos básicos são “os conhecimentos fundamentais e necessários para cada série

da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio” (PARANÁ, 2008, p. 92). Os

conteúdos por série, adiante elencados, são resultado da síntese destes conteúdos,

considerando as especificidades do estabelecimento de ensino e do público atendido.

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Destaca-se que no momento da aula os conteúdos específicos receberão a ênfase do

conteúdo estruturante mais apropriado, “entretanto, a articulação entre todos eles” será

explicitada porque “na realidade socioespacial eles não se separam” (PARANÁ, 2008, p. 69).

ENSINO FUNDAMENTAL

Quinta Série

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais; Dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; A formação, localização

exploração e utilização dos recursos naturais; A distribuição espacial das atividades

produtivas e a (re)organização do espaço geográfico; As relações entre campo e cidade na

sociedade capitalista; A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população; A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da

diversidade cultural; As diversas regionalizações do espaço geográfico.

Sexta Série

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro; A dinâmica

da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; As

diversas regionalizações do espaço brasileiro; As manifestações socioespaciais da diversidade

cultural; A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população; Movimentos migratórios e sua motivações; O espaço rural e a modernização da

agricultura; A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização; A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico; A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

Sétima Série

As diversas regionalizações do espaço geográfico; A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios do continente americano; A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado; O comércio em suas implicações socioespaciais; A

circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações; A distribuição

espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico; As relações entre

o campo e a cidade na sociedade capitalista; O espaço rural e a modernização da agricultura;

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população; Os movimentos migratórios e suas motivações; As manifestações socioespaciais da

diversidade cultural; Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

Oitava Série

As diversas regionalizações do espaço geográfico; A nova ordem mundial, os territórios

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supranacionais e o papel do Estado; A revolução técnico-científico-informacional e os novos

arranjos no espaço da produção; O comércio mundial e as implicações socioespaciais; A

formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios; A transformação

demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população; As

manifestações socioespaciais da diversidade cultural; Os movimentos migratórios mundiais e

sua motivações; A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

(re)organização do espaço geográfico; A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego

de tecnologias de exploração e produção; O espaço em rede: produção, transporte e

comunicações na atual configuração territorial.

ENSINO MÉDIO

Primeira, Segunda e Terceira Séries

- A formação e transformação das paisagens.

- A formação da natureza e suas modificações pelo uso das tecnologias de exploração e

produção.

- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico.

- A revolução técnico-científico e informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

- O espaço rural e a modernização da agricultura.

- A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e da informação.

- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização

recente.

- A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

- Os movimentos migratórios e suas motivações.

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

- O espaço em rede:produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.

- O comércio e as implicações socioespaciais.

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- As implicações socioespaciais do processo de mundialização.

- A Nova Ordem Mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos (Cidadania e Direitos Humanos, Educação

Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola e Prevenção ao Uso

Indevido de Drogas), assim como a Educação para as Relações Étnico-Raciais (Leis 10.639/03

e 11.645/08), são abordados pelas diversas disciplinas que compõem a matriz curricular da

Educação Básica no estabelecimento de ensino, preferencialmente de maneira vinculada aos

conteúdos estruturantes, básicos e específicos estabelecidos pelas Diretrizes Curriculares

Estaduais- DCE's.

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A Educação do Campo será abordada nos conteúdos específicos e estruturantes

através dos eixos temáticos: Trabalho - divisão social e territorial; Cultura e Identidade;

Interdependência campo-cidade, questão agrária e desenvolvimento sustentável; Organização

política, movimentos sociais e cidadania.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA

Metodologicamente, é reconhecida a necessidade de garantir o acesso do educando ao

conhecimento socialmente produzido e historicamente acumulado. No entanto, cabe valorizar

o saber próprio do educando, expresso na visão do mundo em que está inserido, pois “essa

percepção [dos educandos] está visceralmente ligada à experiência vivida, a um espaço que,

de certa forma, a experiência vivida seleciona e ordena” (RESENDE, 1994, p.86). Isso implica

conhecer e reconhecer os aspectos sociais, econômicos e culturais nos quais estão inseridos,

como condicionantes de sua leitura e visão de mundo.

Dentro da concepção socioconstrutivista, cabe ao educador a função de mediador entre

o educando e o conhecimento, organizando e dirigindo o processo de ensino e aprendizagem.

O educando, agente ativo da construção de seu próprio conhecimento, interage no processo a

partir das condições que lhe são próprias e daquelas que lhe são oferecidas.

Serão priorizadas as atividades mental e física – aulas de campo e de observação -

como modo de: estimular a participação do educando no processo de ensino e aprendizagem;

promover sua interação com mundo dos objetos; desenvolver as suas capacidades de

observar, localizar, relacionar, compreender, descrever, expressar e representar

(CAVALCANTI, 2005, p. 145).

Situações de interação - atividades em grupo e coletivas com elementos da classe, da

escola e da comunidade - serão proporcionadas para estimular a cooperação entre os agentes

do processo de ensino e aprendizagem. A interação permitirá também o estabelecimento de

uma relação dialógica entre educandos, educadores e a própria sociedade, promovendo a

auto-reflexão e a sócio-reflexão dos agentes envolvidos.

Os elementos básicos da mediação entre conhecimento, educando e educador, são o

livro didático, utilizado de forma crítica e seletiva, mapas, globos, atlas, matérias jornalística

de diversos meios (televisão, jornal impresso, revistas, internet etc), multimídias/meios,

audiovisuais diversos (filmes, documentários, comerciais etc), observações e pesquisas in

loco, linguagens diversificadas como textos e obras literárias, poesia, pinturas e outras

expressões das artes plásticas, músicas, histórias em quadrinhos, caricaturas, charges,

fotografias, transparências, entre outras.

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O processo de ensino e aprendizagem terá momentos diversificados como, por

exemplo: exposição e explicação de conteúdos; diálogos; atividades individuais, em grupo e

coletivas; exercícios de compreensão e fixação, de crítica e reflexão; observação e

reconhecimento do espaço geográfico; observação de audiovisuais; produção de textos, mapas

temáticos, maquetes e outras formas de expressão; dramatizações, jogos e simulações;

avaliações, entre outros.

Atividades de leitura e compreensão de textos e de produção escrita, textual ou não,

serão valorizadas como forma superar as dificuldades apresentadas pelos educandos,

propiciando oportunidades para desenvolver melhor domínio da língua escrita e falada.

PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

A avaliação caracteriza-se por ser uma constante que perpassa todo o processo de

ensino e aprendizagem. Tem como objetivos principais avaliar qualitativamente o processo de

ensino e aprendizagem, o desenvolvimento do educando e a atuação do educador permitindo,

a partir dos resultados obtidos, a melhoria constante do processo.

Terá caráter diagnóstico, permitindo a recuperação dos conteúdos e adequação dos

processos e objetivos; contínuo, estendendo-se durante todo o processo de ensino e

aprendizagem; e diversificado, abrangendo todos os aspectos e ações do processo de ensino e

aprendizagem.

Para tanto, os objetivos a serem alcançados por educandos e educadores deverão ser e

estar claros e precisos, bem como o tempo e os meios necessários através dos quais eles serão

realizados.

As capacidades de refletir, de criticar, de sintetizar, de elaborar conclusões pessoais e

coletivas e a apreensão dos elementos essenciais ao desenvolvimento de tais capacidades

serão valorizadas e prevalecerão sobre a simples memorização de conteúdos.

A avaliação privilegiará os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, podendo

utilizar os seguintes instrumentos de avaliação:

• projeto de pesquisa bibliográfica;

• leitura compreensiva e/ou crítica de textos;

• pesquisa e produção de textos, relatórios, dramatizações, desenhos, músicas,

poemas, mapas, tabelas, gráficos e outras formas de expressão e representação;

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• resolução de questionamentos escritos (discursivos ou objetivos) e orais;

• pesquisa, produção e apresentação de seminários;

• realização e participação em debates;

• projeto de pesquisa de campo/técnica;

• produção e utilização de recursos áudio-visuais;

• participação em palestras, atividades culturais e esportivas;

• diagnóstico do educando em seu processo de aprendizagem;

• outros instrumentos de acordo com as especificidades da disciplina e conteúdo

desenvolvido.

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 03 (três) instrumentos de avaliação

diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação será de no máximo 4,0 (quatro) e de no

mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de

avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos nos

instrumentos de avaliação ofertados e, para efeito do registro escolar, será considerado o

maior valor de avaliação obtido pelo educando.

Aos educandos que não apresentarem o aproveitamento esperado, será realizada a

revisão de conteúdos procedida de uma nova avaliação, no decurso do bimestre no qual o

referido conteúdo foi desenvolvido. Para efeito de registro escolar, prevalecerá sempre o

maior resultado obtido pelo educando.

Os educandos com necessidades educativas especiais serão avaliados de acordo com

suas especificidades, conforme o art. 58 da lei nº 9394/96, e receberão atendimento

individualizado através da adoção de ações como: localização na sala próximo ao(a)

educador(a); formas diferenciadas de apresentação dos conteúdos; proposição de atividades

diferenciadas adequadas às suas características físicas e cognitivas e, se necessário, com

maior tempo para realização; contato constante com a equipe pedagógica e a

família/responsáveis objetivando a avaliação dos resultados destas ações e a superação de

eventuais dificuldades.

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HISTÓRIA

1 -Fundamentos teóricos

A disciplina tem como principal objetivo despertar reflexões o que se refere aos

aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais bem como ampliar as relações entre o

ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico, sendo possível dessa forma

abordar os diversos temas sem a pretensão de esgotá-los.

A disciplina de História passou a ser obrigatória a partir da criação do Colégio Dom

Pedro II, no ano de 1837, nesse mesmo período houve a criação do IHGB (Instituto Histórico

Geográfico Brasileiro), que instituiu a História como disciplina obrigatória no âmbito escolar.

A maioria dos intelectuais que elaboravam os programas escolares, os manuais

didáticos, as orientações e os conteúdos a serem ensinados, tinham a influência da Escola

Metódica e da Escola Positivista, com características da linearidade dos fatos, abordagem

política da História, uso exclusivo de documentos oficiais como única fonte de verdade

histórica e também a exacerbada valorização dos heróis.

A História aplicada nas escolas em meados do século XIX era europeizada com a total

abnegação das pessoas comuns nesse contexto histórico, até o início da República a História

terá esse caráter seletivo.

A partir do governo Vargas a História do Brasil retorna aos currículos escolares

vinculado ao projeto nacionalista do Estado Novo, posteriormente nos anos de 1980 e 1990

cresceram os debates em torno das reformas na área educacional, que repercutiram nas

novas propostas do ensino de História.

O ensino de História vem se modificando ao longo dos anos de acordo com a sociedade

e suas necessidades, a análise histórica da disciplina, bem como as novas demandas sociais

para o ensino de História se apresenta como indicativo para a elaboração de Diretrizes

Curriculares na medida em que há a possibilidade de se refletir a respeito dos contextos

históricos em que há a valorização dos saberes do educando sendo ele sujeito ativo desse

processo.

A História, enquanto disciplina escolar, aliada as outras áreas do conhecimento,

possibilita ampliar estudos sobre as problemáticas contemporâneas situando - as nas diversas

temporalidades, servindo como arcabouço para a reflexão sobre possibilidades e/ou

necessidades de mudanças e/ou continuidades.

O ensino da História é expresso no processo de produção do conhecimento humano sob

a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a interpretação dos sentidos do

pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão da provisoriedade deste

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conhecimento. Esta provisoriedade não significa relativismo teórico, mas que, além de

existirem várias explicações e/ou interpretações para um determinado fato, algumas delas são

mais válidas historiograficamente do que outras. Esta validade é constituída pelo estado atual

da ciência histórica em relação ao seu objeto e ao seu método. O conhecimento histórico

possui formas diferentes de explicar seu objeto de investigação, construídas a partir das

experiências dos sujeitos.

A integração da História como as demais disciplinas permitem sedimentar e

aprofundar temas estudados no Ensino Fundamental, redimensionando aspectos da vida em

sociedade e o papel do indivíduo nas transformações do processo histórico, completando a

compreensão das relações entre a liberdade e a necessidade.

O papel da disciplina para esse nível de ensino e o momento histórico que se está

vivendo deve ser entendido em sua dimensão mais ampla, envolvendo a formação de uma

cultura educacional. Vive — se hoje em uma sociedade marcada pelo domínio do mito do

consumo e pelas tecnologias com ritmos de transformações aparentemente muito acelerados

e informações provenientes de vários espaços, embora predominando os meios áudios —

visuais, e ainda pela fragmentação do conhecimento sobre os indivíduos e a vida social.

O ensino da História pode desempenhar um papel importante na configuração da

identidade, ao incorporar a reflexão sobre a atuação do indivíduo nas relações pessoais com o

grupo de convívio, suas afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de

compromisso com classes, grupos sociais, culturas, valores e com gerações do passado e do

futuro.

A História tem como princípio o estudo dos processos relativos às ações e as relações

humanas praticadas no tempo, bem como os sujeitos dessas ações e relações.

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2- CONTEÚDOS DE ENSINO: ESTRUTURANTES E BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Como construtos atrelados a uma concepção crítica de educação, os Conteúdos

Estruturantes da História constituem-se como a própria materialidade do pensamento

histórico. Deles derivam os conteúdos básicos/temas históricos.

Por meio destes Conteúdos Estruturantes, o professor deve discorrer acerca de

desafios contemporâneos que representam carências sociais concretas. Dentre elas,

destacam-se, no Brasil, as temáticas da História local, História e Cultura Afro-Brasileira, da

História do Paraná e da História da cultura indígena, constituintes da história desse país, mas,

até bem pouco tempo, negadas como conteúdos de ensino.

Nestas Diretrizes, consideram-se Conteúdos Estruturantes da disciplina de História:

• Relações de trabalho;

• Relações de poder;

• Relações culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS - ENSINO FUNDAMENTAL

5ª série

• A experiência humana no tempo.

• Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

• A cultura local e a cultura comum.

6ª série

• As relações de propriedade.

• A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da

cidade.

• A relações entre o campo e a cidade.

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• Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.

7ª série

• História das relações da humanidade com o trabalho.

• O trabalho e a vida em sociedade.

• O trabalho e as contradições da modernidade.

• O trabalhadores e as conquistas de direito.

8ª série

• A constituição das instituições sociais.

• A formação do Estado.

• Sujeitos, Guerras e revoluções.

CONTEÚDOS BÁSICOS - ENSINO MÉDIO

• Trabalho Escravo,Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.

• Urbanização e industrialização

• O Estado e as relações de poder

• Os sujeitos, as revoltas e as guerras

• Movimentos sociais,políticos e culturais e as guerras e revoluções

• Cultura e religiosidade

3 - Fundamentos metodológicos

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O trabalho pedagógico com os conteúdos históricos deve ser fundamentado em vários

autores e suas respectivas interpretações, seja por meio dos manuais didáticos disponíveis ou

por meio de textos historiográficos referenciais.

Espera-se que, ao concluir a Educação Básica, o aluno entenda que não existe uma

verdade histórica única, e sim que verdades são produzidas a partir evidências que organizam

diferentes problematizações fundamentadas em fontes diversas, promovendo a consciência da

necessidade de uma contextualização social, política e cultural em cada momento histórico.

Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento histórico, o

professor deve organizar seu trabalho pedagógico por meio:

XXXVI. do trabalho com vestígios e fontes históricas diversos;

XXXVII. da fundamentação na historiografia;

XXXVIII. da problematização do conteúdo;

XXXIX. essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas

produzidas pelos sujeitos.

Com relação ao livro didático alguns encaminhamentos metodológicos serão adotados

para seu uso, como:

2. ler o texto;

3. construir uma enunciação da ideia principal de cada parágrafo;

4. identificar e analisar as imagens e as ilustrações, os mapas e os gráficos;

5. relacionar as ideias do texto com a imagens, as imagens, os mapas e os gráficos;

6. explicar as relações feitas;

7. estabelecer relações de causalidade e significado sobre o que aparece no texto e nas

imagens, imagens, mapas e gráficos;

8. identificar as ideias principais e secundárias do texto;

9. registrar, de forma organizada e hierarquizada, as ideias principais e as secundárias do

texto

Para que os estudantes busquem conteúdos diversos daqueles apresentados nos livros

didáticos, o uso da biblioteca é fundamental. Torna-se essencial, no entanto, que o professor

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os oriente para que conheçam o acervo específico, as obras que poderão ser consultadas, e

ensine os bons hábitos de manuseio e conservação das obras.

Propõe-se, também, uma abordagem de divisão temporal a partir das histórias locais e

nacionais que torna possível analisar os componentes mais complexos das heranças africanas

como, por exemplo, a reivindicação dos movimentos negros a respeito da inserção da cultura

africana e afro-brasileira no ensino de História.

Essa nova perspectiva permitirá estabelecer relações entre a sociedade brasileira e as

demais, como a indígena, a africana e a asiática, promovendo a reflexão sobre sujeitos até

então negligenciados pela História.

O estudo das histórias locais é uma opção metodológica que enriquece e inova a

relação de conteúdos a serem abordados, além de promover a busca de produções

historiográficas diversas. Segundo o historiador italiano Ivo Mattozzi (1998, p. 40), histórias

locais permitem a investigação da região ou dos lugares onde os alunos vivem, mas também

das histórias de outras regiões ou cidades.

Além disso, a proposta metodológica de partir das histórias locais e do Brasil para a

Geral possibilita a abordagem da história regional, o que atende a Lei n. 13.381/01, a qual

torna obrigatória, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, o trabalho com

os conteúdos de História do Paraná.

É importante, também, problematizar o conteúdo a ser trabalhado.

Problematizar o conhecimento histórico “significa em primeiro lugar partir do

pressuposto de que ensinar História é construir um diálogo entre o presente e o passado, e

não reproduzir conhecimentos neutros e acabados sobre fatos que ocorreram em outras

sociedades e outras épocas” (CAINELLI & SCHMIDT, 2004, p. 52).

Ao trabalhar as noções de temporalidade, o professor deve tomar as ideias históricas

do aluno como ponto de partida para o trabalho com os conteúdos. O contato com outras

ideias históricas mais elaboradas permite que os estudantes as relacionem com suas ideias

históricas prévias, para estabelecer uma cognição histórica situada, ou seja, um conhecimento

histórico re-elaborado em seu contexto e com experiências do tempo significativas para eles.

Outra possibilidade é a do professor construir novas periodizações dos temas históricos

para a identificação de mudanças e permanências nos hábitos, costumes, regimes políticos e

sistemas econômicos das sociedades estudadas. Por fim, é possível propor o estudo de

calendários de diferentes culturas.

Para o Ensino Médio, a metodologia proposta por esta Proposta Pedagógica Curricular

está relacionada à História Temática.

Para trabalhar com a História Temática deve-se se constituir uma problemática por

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meio da compreensão, na aula de História, das estruturas e das ações humanas que

constituíram os processos históricos do presente, tais como a fome, desigualdade e exclusão

social, confrontos identitários (individual, social, étnica, sexual, de gênero, de idade, de

propriedade, de direitos, regionais e nacionais).

Assim, ao problematizar situações ligadas às Relações de Trabalho, de Poder e

Culturais é possível explicar, interpretar e narrar o objeto de estudo da disciplina de história,

ou seja, ações e relações humanas no tempo, sendo que essas devem ser abordadas

didaticamente, no processo de ensino/aprendizagem. Isso deve ser feito observando os

recortes espaço/temporal e conceituais específicos, à luz da historiografia.

As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras,

museus, filmes, músicas são documentos que podem ser transformados em materiais

didáticos de grande valia na constituição do conhecimento histórico.

Eles podem ser aproveitados de diferentes maneiras em aula, como exemplo: na

elaboração de biografias, na confecção de dossiês, representação de danças folclóricas,

exposição de objetos sobre o passado que estejam ao alcance do aluno, com a descrição de

cada objeto exposto e o contexto em que foram produzidos, de modo a estabelecer relações

entre as fontes.

4 – PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

Nesta Proposta Pedagógica, ao se propor reflexões sobre a avaliação no ensino de

História, objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de História defendida

e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação

deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o conjunto das ações

pedagógicas, e não como elemento externo a este processo.

Para o Ensino Fundamental e Médio, a avaliação da disciplina de História, nesta

Proposta, considera três aspectos importantes:

A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes;

A compreensão das relações da vida humana (Conteúdos Estruturantes);

O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.

Esses três aspectos são entendidos como complementares e indissociáveis. O professor

deve recorrer a diferentes instrumentos de avaliação, tais como:

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projeto de pesquisa bibliográfica;

leitura compreensiva e/ou crítica de textos;

pesquisa e produção de textos, relatórios, dramatizações, desenhos, músicas, poemas, mapas,

tabelas, gráficos e outras formas de expressão e representação;

resolução de questionamentos escritos (discursivos ou objetivos) e orais;

realização de atividades em sala de aula, biblioteca, e domicílio;

pesquisa, produção e apresentação de seminários;

realização e participação em debates;

projeto de pesquisa de campo/técnica;

produção e utilização de recursos áudio-visuais;

participação em palestras, atividades culturais ;

avaliação diagnóstica;

outros instrumentos de acordo com a especificidade da disciplina/conteúdo.

Os registros são realizados nos livros de Registro de Classe e no Sistema Estadual de

Registro Escolar.

A comunicação dos resultados é feita através de Boletim Escolar, entregue

bimestralmente aos educandos para que estes os encaminhem aos pais e responsáveis. A

escola, através da direção, equipe pedagógica e corpo docente, busca estabelecer contato os

pais ou responsáveis pelos educandos que tenham apresentado deficiências de aprendizagem,

para determinação e superação de eventuais problemas.

Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, após a avaliação diagnóstica, o

professor e seus alunos poderão revisitar as práticas desenvolvidas até então, de modo que

identifiquem lacunas no processo pedagógico. Essa ação permitirá ao professor planejar e

propor outros encaminhamentos para a superação das dificuldades constatadas.

Deseja-se que, ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos tenham

condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder

neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem, de modo a se

fazerem sujeitos da própria História.

São utilizados, bimestralmente, no mínimo 03 (três) instrumentos de avaliação

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diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação é de no máximo 4,0 (quatro) e de no

mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de

avaliação deve totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da média bimestral do educando é a soma dos resultados obtidos nos

instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentam aproveitamento insuficiente, ou seja, inferior à 60%

(sessenta por cento) é oferecida a Recuperação de Estudos no decurso do bimestre no qual o

conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos aborda os conteúdos nos quais o educando apresentou

aproveitamento insuficiente e utiliza quantos e quais tipos de instrumentos de avaliação o

educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do conteúdo no

qual seu aproveitamento foi considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, é considerado o maior valor de avaliação obtido pelo

educando.

Os/As alunos(as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não com

prejuízo dos conteúdos, mas com menos questões a respeito do assunto ou com tempo maior

para resolução das atividades ou produção de textos e com explicações extras para cada

questão ou atividade.

5- Referências bibliográficas

BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo:

Cortez, 2004.

CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da História.Campinas:

Campus, 1997.

DOSSE, François. A história em migalhas: dos “Annales” à “Nova História”. São Paulo:

Ensaio; Campinas: Unicamp, 1992.

KUENZER, Acacia (org.). Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem

do trabalho. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2007, v. 1.

LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre (orgs.). História: novos problemas. Rio de Janeiro:

Francisco Alves, 1979.

______. História: Novas Abordagens. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione,

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2004. (Pensamento e ação no magistério).

FERREIRA, João Paulo Hidalgo. Nova Historia Integrada : Ensino Médio : volume único

Ed. FTD. São Paulo.2005

COTRIM, Gilberto. História do Brasil. Volume Único 2º Grau. Ed. Saraiva. São Paulo. 1990.

NADAI Elza. História Geral. Volume Único. 2º Grau. Ed. Saraiva. São Paulo. 1987.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP:

Livro Didático Público de História. Curitiba: SEED-PR, 2007.

Projeto Político Pedagógico, Colégio Estadual Getúlio Vargas, Ensino Fundamental e

médio, 2010.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Educação

Básica História. Departamento da Educação Básica. Curitiba, 2008.

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LÍNGUA PORTUGUESA

ENSINO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No Brasil, o ensino de Língua Portuguesa teve início com os jesuítas na formação da

“elite colonial” e na alfabetização e catequização dos índios. (PARANÁ, 2008. apud.

MOLL,2006, p. 39)

Em 1758, o Marquês de Pombal, através de um decreto, proibiu o uso do tupi-guarani

(língua Geral, na época), oficializando a Língua Portuguesa como idioma do Brasil.

No entanto, nos currículos escolares, a Língua Portuguesa apareceu no fim do século

XIX. Antes disso, até 1869, destacavam-se as disciplinas clássicas, principalmente, o latim, ao

passo que a Língua Portuguesa não era valorizada.

A função de Professor de Português foi criada em 1871; nesse mesmo ano, o conteúdo

gramatical recebeu o nome de Português.

Até meados do século XX, aprender Língua Portuguesa, no Brasil era privilégio da elite.

Isso começou a mudar a partir de 1960 quando houve a expansão do ensino primário público

com o aumento de vagas e extinção do exame de admissão.

A partir de 1971 com a criação da Lei nº 5692, o ensino deveria focar a qualificação

profissional. Nasceu, então, a pedagogia tecnicista que, “na disciplina de Língua Portuguesa,

pautava-se na concepção de linguagem como meio de comunicação” (PARANÁ, 2008, p. 44).

“As novas concepções sobre a aquisição da Língua Materna chegaram ao Brasil no final

da década de 1970 e início de 1980, quando as primeiras obras do Círculo de Bakhtin

passaram a ser lidas nos meios acadêmicos”. (op. cit, p. 46)

À luz das concepções postuladas por Bakhtin a utilização da língua efetua-se em forma

de enunciados (orais e escritos), concretos e únicos que emanam dos integrantes duma ou

doutra esfera da atividade humana.

As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa do Estado do Paraná que ora vigoram

assumem uma concepção de linguagem que não se fecha “na sua condição de sistema de

formas(...) mas abre-se para sua condição de atividade e acontecimento social, portanto

estratificada pelos valores ideológicos” (Paraná, 2008, apud. Rodrigues, 2005, p. 156).

A linguagem existe pela constante necessidade do ser humano em se comunicar, interagindo

com seus interlocutores oralmente ou por escrito devido a sua natureza social. Seja qual for o

interesse (político, social, econômico, cultural, etc.) do homem, é através da linguagem que

ele adquire conhecimentos, participa ativamente da sociedade, identifica as vozes sociais

presentes nos textos, bem como as ideologias infiltradas nas palavras. Assim ele argumenta,

refuta opiniões alheias, repensa seu discurso, aperfeiçoa a linguagem, concretizando-a nas

inúmeras situações de seu cotidiano.

“Os homens não recebem a língua pronta para ser usada” (op. cit., p. 49), mas como ser

pensante e ávido por informações e conhecimentos o ser humano busca constantemente se

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atualizar, procurando na escola a possibilidade de entender e utilizar a linguagem em

diferentes gêneros textuais (orais ou escritos, na norma padrão ou na linguagem coloquial).

Pensando nessa concepção de linguagem, a escola não pode trabalhar a língua materna em

frases soltas, perdidas do contexto social; deve sim contextualizar a produção oral e escrita

considerando “os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem como o

contexto de produção do enunciado, uma vez que seus significados são sociais e

historicamente construídos” (op. cit., p.49).

Segundo as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa, documento que norteia a ação

pedagógica no Estado do Paraná, tendo em vista a concepção de linguagem como discurso

que se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na

disciplina de língua, busca:

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contex-

to e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propi-

ciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas so-

ciais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do con-

texto de produção;

• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie

seus conhecimentos linguístico-discursivos;

• Aprofundar por meio de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensi-

bilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;

• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramen-

tas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno

condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, aproximando-se,

também, da norma padrão.

O ensino da Língua Portuguesa é importante para o aluno conhecer e dominar, dentre

outras, a norma culta da língua materna, uma vez que vem para a escola utilizando apenas a

variante coloquial. Deve-se respeitar e valorizar o discurso do aluno, mas é indispensável que

ele saiba também empregar a variedade padrão necessária para textos como documentos,

leis e correspondências entre outros que requerem o entendimento do discurso empregado

pela classe dominante e pela mídia. Também na escola, dominando as diversas variantes

linguísticas o aluno será capaz de adquirir e aprofundar seus conhecimentos nas diferentes

disciplinas do Currículo Escolar, ampliando seu universo cognitivo.

Fora da escola, o domínio da língua materna é importante para a atuação social e

profissional do indivíduo. Na sociedade, dominando os diversos gêneros textuais (orais ou

escritos), e empregando-os adequadamente a cada situação e às necessidades do momento, o

cidadão poderá interagir com seus interlocutores, expondo seus pontos de vista e

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identificando a carga ideológica no discurso alheio. No trabalho, mesmo dispondo de

inúmeros recursos tecnológicos (como por exemplo a comunicação digital),o profissional que

domina a Língua Portuguesa em suas variantes linguísticas passa credibilidade ao se

comunicar, seja por escrito ou oralmente.

2. CONTEÚDO DE ENSINO

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Quanto mais o aluno tiver acesso à linguagem oral e escrita das várias esferas sociais, maior

será seu domínio sobre o texto “seus sentidos, suas intenções e visões de mundo” (Paraná,

2008, p. 55). Por isso a prática pedagógica em sala de aula deve ser voltada à oralidade, à

leitura e à escrita possibilitando ao aluno a reflexão sobre o uso da linguagem em situações

diversas, ou seja, “a linguagem como fenômeno social” (op. cit., p. 49).

Conteúdos Básicos: Gêneros discursivos – oralidade, leitura e escrita

Oralidade

O aluno chega à escola dominando a linguagem coloquial. Essa variação linguística deve ser

respeitada e a norma culta colocada como mais uma possibilidade de comunicação quando a

situação exige tal nível de linguagem. “(...) as diferentes variantes linguísticas (...) constituem

sistemas lingüísticos eficazes, falares que atendem a diferentes propósitos comunicativos,

dadas as práticas sociais e os hábitos culturais das comunidades.” (Paraná, 2008, p.56)

Escrita

A produção textual deve estar relacionada com seu uso na sociedade. Portanto, socializar a

escrita dos alunos é relevante para que ao produzirem textos, levem em consideração as

intenções presentes em seus discursos, assim como os possíveis interlocutores com os quais

interagirão. “O exercício da escrita leva em conta a relação entre o uso e o aprendizado da

língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos

são construções coletivas.” (Paraná, 2008, p. 68)

Leitura

Ao ler um texto, o aluno não permanecerá estático, passivo. Pelo contrário, trará para a

leitura seu conhecimento escolar e sua vivência de mundo; estabelecerá diálogo com o

escritor, concordando com ele ou refutando seus argumentos; identificará a ideologia

presente nas palavras e as intenções do autor, dando vida ao texto. “ (...) compreende-se a

leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve demandas sociais, históricas,

políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado momento.” (Paraná, 2008, p.

56)

Análise Linguística

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A prática da análise linguística não usará o texto como suporte para estudar elementos

isolados; o estudo deve voltar-se para a função das frases, palavras, expressões, tempos

verbais, etc. na construção textual.

O aluno terá oportunidade de observar e refletir como as escolhas linguísticas feitas pelo

escritor ou falante influenciam a construção de sentidos daquele gênero textual, naquela

situação e naquele momento (não foi por acaso que ele empregou tais conjunções, artigos,

pronomes, tempos verbais, etc., existe uma razão para isso: o sentido do texto).

Com isso o aluno poderá ampliar seus conhecimentos sobre o funcionamento do sistema

linguístico da língua materna em todos os sentidos. “O trabalho de reflexão linguística deve

voltar-se para a observação e análise da língua em uso, o que inclui morfologia, sintaxe,

semântica e estilística; variedades linguísticas; as relações e diferenças entre língua oral e

língua escrita, quer no nível fonológico-ortográfico, quer no nível textual...” (PARANÁ, 2008,

p.60).

5ª Série do Ensino Fundamental

Conteúdos básicos: Gêneros Discursivos

Esferas sociais de circulação Abordagem teórico-metodológica

cotidiana Adivinhas

Anedotas

Bilhetes

Cantigas de roda

Cartão

Comunicado

Convites

Músicas

Parlendas

Piadas

Provérbios

Literatura/ artística Autobiografias

Contos de fadas

Fábulas

Haicai

Histórias em quadrinhos

Lendas

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Letras de músicas

Narrativas de Aventura

Paródias

Poemas

Escolar Cartazes

Diálogo/Discussão Argumentativa

Exposição oral

Pesquisas

Resumo

Imprensa Anúncio de emprego

Cartum

Charge

Classificados

Entrevista

Fotos

Horóscopos

Mapas

Notícia

Tiras

Publicitária Anúncio

Cartazes

Folder

Fotos

Músicas

Paródia

Placas

Política Carta de reclamação

Panfleto

Jurídica Declaração de Direitos

Leis

Produção e consumo Bulas

Placas

Regras de jogo

Rótulos/Embalagens

Midiática Desenho Animado

E-mail

Filmes

Telejornal

Telenovela

Torpedos

Vídeo Clip

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6ª Série do Ensino Fundamental

Conteúdos básicos: Gêneros Discursivos

Esferas sociais de circulação Abordagem teórico-metodológica

cotidiana Albúm de Família

Anedotas

Carta Pessoal

Cartão Postal

Causos

Diário

Literatura/ artística Biografias

Contos

Contos de fadas contemporâneos

Fábulas contemporâneas

Paródias

Poemas

Escolar Ata

Juri Simulado

Mapas

Imprensa Agenda cultural

Caricatura

Manchetes

Reportagens

Publicitária Caricatura

Comercial para TV

Publicidade Comercial

Política Carta de emprego

Debate

Manifesto

Jurídica Depoimentos

Estatutos

Procuração

Produção e consumo Manual técnico

Placas

Midiática Blog

Chat

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Fotoblog

E mail

7ª Série do Ensino Fundamental

Conteúdos básicos: Gêneros Discursivos

Esferas sociais de circulação Abordagem teórico-metodológica

cotidiana Curriculum Vitae

Exposição Oral

Fotos

Quadrinhas

Literatura/ artística Crônicas de ficção

Escultura

Narrativas de Enigma

Narrativas de humor

Literatura de cordel

Pinturas

Escolar Debate Regrado

Palestras

Relato Histórico

Relatórios

Seminário

Imprensa Carta ao leitor

Resenha crítica

Publicitária E mail

Slogan

Texto Político

Política Abaixo- assinado

Debate Regrado

Fórum

Jurídica Boletim de Ocorrência

Ofício

Regimentos

Produção e consumo Manual Técnico

Placas

Midiática Entrevista

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Home Page

Vídeo clip

8ª Série do Ensino Fundamental

Conteúdos básicos: Gêneros Discursivos

Esferas sociais de circulação Abordagem teórico-metodológica

cotidiana Receitas

Relatos de experiência vividas

Trava-Línguas

Literatura/ artística Narrativa de Ficção Científica

Narrativa de Terror

Narrativas Fantásticas

Narrativas Míticas

Romances

Tankas

Textos Dramáticos

Escolar Relatos de Experiência Científicas

Resenha

Texto Argumentativo

Texto de Opinião

Verbetes de Enciclopédias

Imprensa Artigo de Opinião

Carta do Leitor

Classificados

Crônica Jornalística

Editorial

Infográfico

Mesa Redonda

Sinopses de Filmes

Publicitária Slogan

Publicidade Institucional

Publicidade Oficial

Texto Político

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Política Assembleia

Discurso político de Palanque

Fórum

Mesa Redonda

Jurídica Constituição Brasileira

Contrato

Discurso de Acusação

Discurso de Defesa

Ofício

Regulamentos

Requerimentos

Produção e consumo Manal Técnico

Midiática Reality Show

Talk Show

Vídeo Conferência

CONTEÚDOS BÁSICOS A SEREM ABORDADOS EM TODAS AS SÉRIES DO ENSINO

FUNDAMENTAL:

Leitura

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade Intencionalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pon-

tuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Semântica: operadores argumentativos; polissemia; sentido conotativo e denotativo;

expressões que denotam ironia e humor no texto.

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Escrita

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pon-

tuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

• Processo de formação de palavras;

• Vícios de linguagem;

• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; polissemia.

Oralidade

• Conteúdo temático ;

• Finalidade;

• Argumentatividade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas ...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

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1ª Série do Ensino Médio

Conteúdos Básicos:

Gêneros discursivos, conforme esferas sociais de circulação:

Cotidiana: Carta pessoal, relatos de experiências vividas, exposição oral.

Literária/ artística: Fábulas, pinturas, poemas, crônicas de ficção, textos dramáticos, contos.

Escolar: Cartazes, exposição oral, relatos de experiência científica.

Imprensa: Cartum, entrevista(oral e escrita), debate regrado.

Publicitária: Anúncio, fotos, músicas, publicidade comercial, publicidade institucional.

Política: Abaixo-assinado, carta de emprego, carta de reclamação, carta de solicitação.

Jurídica: Constituição Brasileira, leis, estatutos.

Produção e consumo: Bulas, Rótulos/embalagens.

Midiática: Filmes, telejornal.

2ª Série do Ensino Médio

Conteúdos Básicos:

Gêneros discursivos, conforme esferas sociais de circulação:

Cotidiana: Músicas, exposição oral, relatos de experiências vividas.

Literária/ artística: Contos, pinturas, romances, poemas.

Escolar: Pesquisa, cartazes, texto de opinião, verbetes de enciclopédias.

Imprensa: Artigo de opinião, cartum, tiras, notícia.

Publicitária: Cartazes, slogan, publicidade comercial.

Política: Carta de emprego, debate.

Jurídica: Constituição Brasileira, leis, estatutos.

Produção e consumo: Rótulos/embalagens, manual técnico.

Midiática: Filmes, telejornal, entrevista.

3ª Série do Ensino Médio

Conteúdos Básicos:

Gêneros discursivos, conforme esferas sociais de circulação:

Cotidiana: Músicas, exposição oral, curriculum vitae.

Literária/ artística: Contos, pinturas, romances, poemas.

Escolar: Pesquisa, texto argumentativo, texto de opinião, exposição oral, verbetes de

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enciclopédias.

Imprensa: Artigo de opinião, editorial, entrevista (oral e escrita), cartum, tiras.

Publicitária: Cartazes, paródia, publicidade comercial.

Política:Carta de reclamação, carta de solicitação, debate.

Jurídica: Constituição Brasileira, leis, estatutos.

Produção e consumo: Placas, manual técnico.

Midiática: Filmes, telejornal.

Observação:

Nas três séries do Ensino Médio, a literatura não será dividida cronologicamente; haverá

contemplação dos diferentes períodos literários de acordo com as possibilidades de “diálogo”

entre textos de autores brasileiros, assim como, com textos de autores estrangeiros.

CONTEÚDOS BÁSICOS A SEREM ABORDADOS EM TODAS AS SÉRIES DO ENSINO MÉDIO:

Leitura

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Discurso ideológico presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Contexto de produção da obra literária;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Progressão referencial;

Partículas conectivas do texto;

Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem; sentido

conotativo e denotativo.

Escrita

Conteúdo temático;

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Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

• Referência textual;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Ideologia presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Progressão referencial;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

• Vícios de linguagem;

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência.

Oralidade

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Intencionalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, de gírias, repetições, etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

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3- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Leitura

Leitura silenciosa, coletiva, individual de diferentes textos verbais e não verbais,

literários e não literários produzidos em diversas esferas sociais, previamente selecionados de

acordo com as “características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma

das séries” (PARANÁ, 2008, p. 96). Nas leituras também serão trabalhados textos (nos

gêneros já delimitados) que abordem conteúdos os quais atendam às seguintes demandas:

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Cultura dos Povos Indígenas, Educação do

Campo, Questões de Gênero e Diversidade Sexual, Educação Ambiental, Prevenção ao uso

indevido de drogas, Enfrentamento à Violência na Escola, Cidadania e Direitos Humanos,

Educação Fiscal, Direitos da Criança e do Adolescente. Buscar-se-á por meio dessas leituras,

“o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos

textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles.” (PARANÁ, 2008, p.71)

Para isso é importante que o professor:

• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formule questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais;

• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e

ideologia;

• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; referente à

obra literária, explore os estilos do autor, da época, situe o momento de produção da

obra e dialogue com o momento atual, bem como com outras áreas do conhecimento;

• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos,

fotos, imagens, mapas e outros;

• Relacione o tema com o contexto atual;

• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

• Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras

e/ou expressões no sentido conotativo;

• Estimule leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de

cada gênero;

• Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e

consequência entre as partes e elementos do texto;

• Proporcione análises para estabelecer a progressão referencial do texto;

• Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.

Escrita

De acordo com os assuntos trabalhados nos textos lidos, associando-os às situações

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vivenciadas pelos alunos e com os acontecimentos divulgados pela imprensa falada e/ou

escrita serão produzidos textos em versos e/ou em prosa (de acordo com o gênero em questão

no momento de estudo).

Para isso é importante que o professor:

• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, intenções,

contexto de produção do gênero;

• Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência

textual;

• Conduza a utilização adequada dos conectivos;

• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

• Acompanhe a produção do texto;

• Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

• Estimule produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada

gênero;

• Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos

do texto;

• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que

compõe o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há uma

questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está

apropriada, se há continuidade temática, etc.);

• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se

atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais

e normativos.

Oralidade

A partir das leituras dos gêneros textuais selecionados de acordo com as esferas

sociais de circulação propõem-se declamação de poemas; encenação de textos dramáticos, de

fábulas, de textos de publicidades, de contos, de anedotas, cantigas de roda, etc.; exposição

de opiniões sobre as intenções presentes nas publicidades, nos cartuns, nas tiras, nas cartas

de reclamação e nas de solicitação, nos telejornais; apresentação para a classe de relatos

pessoais e de experiências científicas; leitura de textos, em tom de voz adequado ao ambiente,

etc.

Para isso é importante que o professor:

XL.Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a:

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

XLI. Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos

alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e

elementos do texto;

XLII. Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral e selecionado;

XLIII. Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade

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em seu uso formal e informal;

10. Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e

outros;

11. Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como seminários,

telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros;

12. Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como

jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos

discursos dessas esferas.

Análise linguística

Na concepção assumida pelas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, ora

vigente, a análise linguística “é uma prática complementar às práticas da leitura, oralidade e

escrita” e “faz parte do letramento escolar” (PARANÁ, 2008, p.77).

Ao se trabalhar com os gêneros textuais selecionados de acordo com as esferas sociais de

circulação, a análise linguística será abordada, de forma a explorar com os alunos a

funcionalidade dos elementos linguísticos utilizados na produção textual oral ou escrita,

observando a sua importância “na constituição da unidade de sentido dos enunciados” (op.

cit., p.78) .

Nessa perspectiva, existem várias possibilidades de se efetivar a análise linguística nas três

práticas discursivas. Por exemplo, na oralidade pode-se abrir, uma reflexão com os alunos

sobre as diferenças que caracterizam a conversação formal e a informal; na escrita, verificar a

função das conjunções; na leitura, o efeito do uso das figuras de linguagem, dentre outras.

Para desenvolver as atividades propostas, o professor contará com recursos didáticos e

tecnológicos como: livro didático público do Estado do Paraná, livro didático do Plano

Nacional do Livro para o Ensino Médio; livros, jornais e revistas da biblioteca escolar; textos e

vídeos da TV Escola e TV Paulo Freire; textos e vídeos educativos de outros sites; jornais e

revistas online; quadro de giz; TV Multimídia; laboratório de informática; CDs; DVDs;

Notebook conectado à TV Multimídia, etc.

4. PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

A avaliação tradicional, nas escolas brasileiras, exigia que o aluno decorasse o

conteúdo trabalhado; a resposta deveria ser dita ou escrita exatamente como o professor

repassou durante as aulas. Porém a partir da Lei nº 9394/96, de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (LDBEN), a concepção de avaliação passa a ser “avaliação contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”

(PARANÁ, 2008. apud. LDBEN, p.81).

Nesse processo avaliativo, o aluno terá seu ritmo e processo de aprendizagem

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respeitados, pois a avaliação formativa (contínua e cumulativa) não pode ser isolada do

processo educativo; deve sim ocorrer ao longo do ano letivo visando à investigação e

superação das deficiências da aprendizagem com o intuito de saná-las.

Isso exige não só a retomada de conteúdos através de métodos diversificados, mas

também a implementação de diferentes instrumentos de avaliação.

Portanto, em Língua Portuguesa e Literatura, além da observação diária, serão usadas

práticas avaliativas como trabalhos individuais e em grupos; produção de textos (individual e

em grupos); exposição oral (individual e em grupos); interpretação de textos; pesquisas (em

material escrito e virtual); participação em comentários/debates em sala de aula;

posicionamento diante dos textos (escritos, orais, não verbais), bem como diante das

falas/opiniões dos colegas de classe.

No decorrer do ano letivo, espera-se que o aluno:

Leitura

Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais;

Localize informações explícitas e implícitas no texto,

Produza inferências a partir de pistas textuais;

Posicione-se argumentativamente;

Amplie seu léxico;

Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

Identifique a ideia principal do texto;

Analise as intenções do autor;

Identifique o tema;

Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes

estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico

atual;

Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo;

Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e

elementos do texto;

Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

Escrita

Expresse ideias com clareza;

Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,

finalidade...); à continuidade temática;

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Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade,

etc.;

Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,

pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;

Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos;

Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

Oralidade

Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

Apresente ideias com clareza;

Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

Compreenda os argumentos do discurso do outro;

Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;

Organize a sequencia da fala de modo que as informações não se percam;

Respeite os turnos de fala;

Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas

apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas

redondas, diálogos, etc.;

Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais,

pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

Em conformidade com o Projeto Político Pedagógico deste colégio, serão utilizados,

bimestralmente, no mínimo 03 (três) instrumentos de avaliação diferentes. O valor de cada

instrumento de avaliação é de no máximo 4,0 (quatro) pontos e de no mínimo 0,5 (meio)

ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de avaliação deve totalizar

10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando corresponderá à soma dos resultados

obtidos nos instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que não apresentarem aproveitamento esperado, será oferecida a

Recuperação de Estudos no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido, após a

realização dos instrumentos avaliativos.

Na Recuperação de Estudos abordar-se-ão os conteúdos nos quais o educando não

apresentou aproveitamento esperado e serão utilizados quantos e quais tipos de instrumentos

de avaliação o educador julgar necessários para a efetivação da aprendizagem, de acordo com

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as especificidades do educando e do conteúdo. Para efeito do registro escolar, é considerado o

maior valor de avaliação obtido pelo educando.

Após identificar junto aos alunos a não efetivação da aprendizagem, será feita a

recuperação do conteúdo por meio de: novas explicações; pesquisa a partir de um referencial

bibliográfico; resolução de novas atividades; trabalhos individuais e em grupos, entre outros

que possibilitem ao aluno a compreensão do assunto.

Os registros serão realizados nos livros de Registro de Classe e no Sistema Estadual de

Registro Escolar.

A comunicação dos resultados será feita através de Boletim Escolar, entregue

bimestralmente aos educandos para que estes os encaminhem aos pais e responsáveis. A

escola, através da direção, equipe pedagógica e corpo docente, buscará estabelecer contato

com os pais ou responsáveis pelos educandos que tenham apresentado deficiências de

aprendizagem, para determinação e superação de eventuais problemas.

Os/As alunos(as) com necessidades educativas especiais terão avaliação diferenciada,

não com prejuízo dos conteúdos, mas com menos questões a respeito do assunto ou com

tempo maior para resolução das atividades ou produção de textos e com explicações extras

para cada questão ou atividade.

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5- REFERÊNCIAS

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial,

2003.

_____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo:

Parábola, 2007.

BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. e Michel Lahud e

Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

_____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma perspectiva

enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em Linguística) Aplicada ao

Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2001.

CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português Linguagens, vol. 1,

Ensino Médio. 5. ed. São Paulo: Atual, 2005.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.

GERALDI, João W. (org.). O texto na sala de aula. 2. ed. São Paulo: Ática, 1997.

KLEIMAN, A. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7. ed. Campinas: Pontes, 2000.

KRAMER, S. Alfabetização, leitura e escrita. São Paulo: Ática, 2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Língua Portuguesa e Literatura – Livro Didático

Público – Vários Autores. Curitiba: SEED, 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica

Língua Portuguesa. SEED/PR: Curitiba, 2008.

PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1986.

Projeto Político Pedagógico, Colégio Estadual Getúlio Vargas, Ensino Fundamental e Médio,

2010

SUASSUNA, L. Ensino de língua portuguesa: uma abordagem pragmática. Campinas: Papirus,

1995.

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MATEMÁTICA

1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA MATEMÁTICA

A história da Matemática nos mostra como os povos antigos desenvolveram os

conceitos e conhecimentos matemáticos que vieram a compor a Matemática dos nossos dias.

Com a Revolução Industrial a modernização tomou conta do mundo e com a

Matemática as mudanças não foram diferentes. As ideias reformadoras do ensino se inseriram

no contexto das discussões pelo movimento da Escola Nova, que defendia a valorização do

processo de ensino dos alunos e dava incentivo a atividades lúdicas, atividades de pesquisa,

jogos e experimentações.

Com o passar do tempo, outras tendências influenciaram e influenciam o ensino da

matemática no Brasil até os dias atuais. Por volta das décadas de sessenta e setenta surgiu a

tendência Construtivista, que defendia que o conhecimento matemático resultava da ação

interativa dos estudantes no ambiente e nas atividades pedagógicas.

Mais tarde surge a tendência que valorizava os aspectos sócios – culturais (SOCIO

ETNO CULTURAL) onde na Matemática se destacou a etnomatemática. Posteriormente surge

a concepção histórico-crítica presente até os dias atuais, que concebe a matemática como um

saber vivo e dinâmico.

No final da década de oitenta o Paraná elaborou um documento referência “

Currículo Básico da Escola Pública do Paraná”. Nessa proposta aprender matemática era

interpretar, construir seus próprios instrumentos, desenvolver o raciocínio lógico.

Com a Lei 9394 – tivemos os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), o qual indicava

a matemática voltada para aplicações na vida prática, minimizando o valor científico da

matemática, ponto esse alvo de muitas criticas.

Por fim elabora-se as atuais Diretrizes Curriculares que organiza os conteúdos

estruturantes em 5 eixos denominados: Números e Álgebra, Grandezas e Medidas,

Geometrias, Funções e Tratamento da Informação e coloca uma Matemática investigativa e

de produção do conhecimento, visando a formação de um ser humano crítico, capaz de agir

com autonomia nas relações sociais.

Considerando que: matemática está presente no cotidiano do nosso aluno; que esta

contribui para que o estudante tenha condições de constatar regularidades matemáticas,

generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar situações

matemáticas e de outras áreas; é uma disciplina com características muito próprias, e que

conhecimentos desta são compartilhados praticamente em todas as áreas como Economia,

Informática, Mecânica, na Análise Financeira, entre tantas outras; que com o avanço das

tecnologias, cria-se a necessidade de uma Matemática cada vez mais forte; que o ensino desta

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colabora para a formação de cidadãos críticos, capazes de agir com autonomia nas suas

relações sociais, através dos conhecimentos apropriados, justifica-se a o ensino desta

disciplina como saber escolar.

2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude, os

conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina

escolar, considerados fundamentais para a sua compreensão. Constituem-se historicamente e

são legitimados nas relações sociais.

Os conteúdos estruturantes propostos são:

• Números e Álgebra

• Grandezas e Medidas

• Geometrias

• Funções

• Tratamento da informação

CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL

5ª série/ 6º ano

. Sistemas de numeração; • Medidas de volume;

• Números Naturais; • Medidas de tempo;

• Múltiplos e divisores; ' Medidas de ângulos;

• Potenciação e radiciação; • Sistema monetário

• Números fracionários; • Geometria Plana;

• Números decimais • Geometria Espacial.

• Medidas de comprimento; . Dados, tabelas e gráficos;

• Medidas de massa; ' Porcentagem.

• Medidas de área;

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6ª serie / 7º ano

• Números Inteiros; • Medidas de temperatura;

• Números Racionais; • Medidas de ângulos.

• Equação e Inequação do 1º grau; . Geometria Plana;

• Razão e proporção; • Geometria Espacial;

• Regra de três simples • Geometrias não-euclidianas

• Juros simples • Pesquisa Estatística;

• Moda e mediana; • Média Aritmética;

7ª série / 8º ano

• Números Racionais e Irracionais; • Medidas de volume;

• Sistemas de Equações do 1º grau; • Medidas de ângulos

• Potências; • Geometria Plana;

• Monômios e Polinômios; • Geometria Espacial;

• Produtos Notáveis • Geometria Analítica;

• Porcentagem. • Geometrias não euclidianas

• Medidas de comprimento; • Gráfico e Informação;

• Medidas de área; • População e amostra

8ª série / 9º ano

• Números Reais; • Noção intuitiva de Função Quadrática.

• Propriedades dos radicais; • Geometria Plana;

• Equação do 2º grau; • Geometria Espacial;

• Teorema de Pitágoras; • Geometria Analítica;

• Equações Irracionais; • Geometrias não euclidianas

• Equações Biquadradas; • Noções de Análise Combinatória;

• Regra de Três Composta • Noções de Probabilidade;

• Relações Métricas no Triângulo Retângulo; • Estatística;

• Trigonometria no Triângulo Retângulo • Juros Compostos.

• Noção intuitiva de Função Afim.

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CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO

1ª Série

• Função Afim - Função Trigonométrica

- Função Quadrática - Função Modular

- Função Polinomial - Progressão Aritmética

- Função Exponencial - Progressão Geométrica

- Função Logarítmica

2ª Série

- Matrizes e Determinantes - Análise Combinatória

- Trigonometria - Binômio de Newton

- Geometria Plana - Estudo das Probabilidades;

- Geometria Espacial

3ª Série:

- Estatística - Números Complexos

- Matemática Financeira - Polinômios

- Geometria Analítica

3- ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS DA DISCIPLINA

A Educação Matemática requer um ensino que possibilite aos estudantes apropriar - se

de conceitos e ideias que facilitem a realização de análises e discussões, de situações

cotidianas e a partir daí ampliem seus conhecimentos e contribuam com a nossa sociedade.

Para tanto, é necessário que o processo ensino/aprendizagem em matemática, colabore para

que o aluno tenha condições e oportunidades de adquirir essas habilidades, tanto

matemáticas como também em outras áreas como políticas, sociais e econômicas.

Assim a matemática apresentada aos educandos, deve ser clara de forma a perceberem

que esta é uma ciência criada pelo homem em sua constante busca pelo conhecimento e

atendimento de suas necessidades. Sendo assim, as metodologias utilizadas terão por base:

• Resolução de Problemas - Nesta tendência metodológica o aluno usando de seus

conhecimentos prévios, busca as mais diversas maneiras que chegam a solução

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procurada, tornando assim as aulas mais dinâmicas e interessantes.

• Modelagem Matemática - A modelagem é uma alternativa para o ensino de

Matemática tanto fundamental como médio. É algo livre, espontâneo que surge da

necessidade do homem, em compreender os fatos que o cerca para interferir ou não

em seu processo de construção.

• Etnomatemática - Entende – se por etnomatemática, a matemática praticada por

grupos diferentes, como comunidades rurais, urbanos, trabalhadores, sociedades

indígenas e tantos outros grupos que se identificam por objetivos comuns.

• Mídias Tecnológicas - Trata – se do uso de recursos tecnológicos dentro da

disciplina, o qual apresenta maneiras diferenciadas de se ensinar e aprender,

facilitando e investigando a investigação e a experimentação matemática, valorizando

a produção do conhecimento.

• História da Matemática - Associar os conteúdos com a história da matemática, é dar

oportunidade aos alunos entenderem a matemática construída historicamente, bem

como também conhecer a matemática que se encontra em contínua construção e assim

leva – los a observações, levantamento de hipóteses, reflexões e experimentações, e

posteriormente a construção de seus próprios conceitos matemáticos.

• Investigações Matemáticas- A prática pedagógica de investigações matemáticas tem

sido recomendada por diversos estudiosos como forma de contribuir para uma melhor

compreensão da disciplina em questão.

As investigações matemáticas (semelhantes às realizadas pelos matemáticos) podem

ser desencadeadas a partir da resolução de simples exercícios e se relacionam com a

resolução de problemas. Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um

matemático, não apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque

formula ideias a respeito do que está investigando.

Diante do exposto, o encaminhamento metodológico da disciplina será de diferentes

estratégias e articulações das metodologias acima citadas, procurando-se partir de situações

em que o aluno possa se identificar e ampliar seus conhecimentos, desenvolver estratégias

cognitivas como argumentação, expressão de ideias, planejamento. Sempre que possível será

usado o auxílio de recursos didáticos como TV, vídeos, transparências, instrumentos

matemáticos, construção de jogos, calculadora, computador, entre outros.

No decorrer do ano letivo serão desenvolvidas na disciplina atividades que contemplem

os desafios educacionais contemporâneos:

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1. Educação Ambiental:

Diante da grave situação de degradação do meio ambiente em que o mundo se encontra,

é necessária a conscientização do ser humano quanto a preservação contínua do Planeta

Terra.

A escola é o espaço ideal para se desenvolver tais atividades conscientizando o cidadão a

cuidar do mundo em que vive, preservando a natureza, evitando maiores catástrofes. É

urgente o controle da poluição do meio ambiente, o incentivo à reciclagem, bem como uso

racional da água.

A Educação Ambiental será trabalhada na disciplina de Matemática através de

leituras, vídeos, análise de gráficos e panfletos.

- Educando para as relações étnico-raciais:

A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e afirmação

de direito, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente apoiada com a

promulgação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9394/1996, estabelecendo a

obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas, assegurando o

direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como garante igual direito às

histórias e culturas que compõem a nação brasileira, além do direito de acesso às diferentes

fontes da cultura nacional a todos os brasileiros. Portanto a escola estará trabalhando na

valorização da história e cultura dos afro-brasileiros, assim comprometida com a relação de

relações étnico-raciais.

A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira e

africana não se restringe à população negra, ao contrário, dizem respeito a todos os

brasileiros uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma

sociedade multicultural e pluri étnica, capazes de construir uma nação democrática.

Na disciplina de Matemática cultura afro-brasileira e africana será através do

aproveitamento de situações cotidianas na sala de aula, debates, dados de reportagens e

gráficos.

- Educação do Campo:

Os povos do campo durante muito tempo foram marginalizados, vistos como sinônimos

de atraso, ridicularizados pelo seu modo de vida e costumes. Os alunos das escolas públicas

recebem educação urbana, não sendo valorizados os conhecimentos, hábitos e cultura do

campo.

Visando à mudança dessa concepção, as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná

orientam a contemplação da Educação do Campo em todas as disciplinas nas escolas

públicas.

Portanto, a cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos povos do

campo serão tomados como referência para o trabalho pedagógico nas escolas públicas

estaduais. Dever-se-ão levar em consideração as identidades sociais e políticas dos povos do

campo, fazendo com que os alunos vindos dessas localidades não se sintam excluídos, vendo

que é possível continuar no campo com qualidade de vida, tendo seus direitos assegurados

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através de políticas sociais voltadas para o campo.

A educação no campo será abordada nesta disciplina através conversas, debates,

pesquisa de dados a fim de serem analisados.

- Enfrentamento a violência na escola:

Vivemos numa sociedade capitalista marcada pela desigualdade e alicerçada na

exploração do ser humano. Como resultado observamos uma grande distancia entre homens e

mulheres, conforme sua classe social. Os fatores que determinam e condicionam os diferentes

tipos de ações e comportamentos muitas vezes até violentos e corriqueiros em nossa

sociedade, estão enraizados nas desigualdades sociais e na organização econômica que

sustenta essa sociedade.

Compreende-se que a escola deva pautar discussões sobre violência com base em

percepções globais dos mecanismos e dos sujeitos nela envolvidos. Sendo assim, esse tema

será trabalhado na disciplina de matemática através de reflexões em cima de situações diárias

e comuns de violência na sala de aula e na escola.

- Prevenção do uso indevido de drogas:

A sociedade atual na qual estamos inseridos apresenta algumas características que

favorecem a competição, o consumo desenfreados, a desvalorização do ser humano e o

esquecimento de valores éticos e morais. Sendo assim a prevenção ao uso indevido de drogas,

no âmbito das escolas deve ser entendido como um processo desafiador e urgente. Na

disciplina de matemática abordar-se-á o tema através de leitura de textos com

esclarecimentos dos tipos de drogas e seus efeitos

- Cidadania e direitos humanos:

O tema cidadania e direitos humanos tem na sua essência a busca dos princípios da

dignidade humana, respeitando os diferentes sujeitos de direito e fomentando maior justiça

social. Sendo assim o tema será abordado na disciplina de matemática através leituras e

discussões em sala de aula.

- Educação Fiscal:

A proposta da Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função

socieconômica dos tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração

pública, incentivar o acompanhamento pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e

criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão. Será abordada

através da exploração de situações diárias nas quais os alunos aprenderão a identificar o

valor dos impostos incluídos no preço de produtos e serviços que consomem e da relação dos

conteúdos curriculares da disciplina com os tributos.

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4- AVALIAÇÃO

Considera-se que a avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-

aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a

interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o

significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.

Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de avaliação

claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo ensino aprendizagem,

quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas

oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho,

bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno No processo avaliativo, é

necessário que o professor faça uso da observação sistemática para diagnosticar as

dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seu

conhecimento. Tais oportunidades devem incluir manifestação escritas, orais e de

demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais

manipuláveis, computador e calculadora.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor.

Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

• elabora um plano que possibilite a solução do problema;

• encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

• realiza o retrospecto da solução de um problema.

Serão realizados, bimestralmente, avaliações utilizando no mínimo 03 (três)

instrumentos diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação é de no máximo 4,0

(quatro) e de no mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos

instrumentos de avaliação totaliza 10,0 (dez) pontos.

O valor da média bimestral do educando é a soma dos resultados obtidos nos

instrumentos de avaliação ofertados.

Quando constatado que houveram educandos que não apresentarem aproveitamento

suficiente no desenvolvimento das avaliações será retomado o conteúdo e ofertada a

Recuperação de Estudos a todos os alunos. Sendo considerado para registro escolar, o maior

valor de avaliação obtido pelo educando.

Na Recuperação de Estudos abordam-se os conteúdos nos quais o educando não

apresentou aproveitamento esperado e utilizam-se quantos e quais tipos de instrumentos de

avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do

conteúdo necessário para a efetivação da aprendizagem.

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Serão instrumentos de avaliações:

• Trabalhos individuais e em grupo

• Pesquisas bibliográficas

• Resolução de problemas pelos alunos (individual, duplas ou grupos);

• Atividades com justificativas orais ou escritas;

• Formulação de questões pelos alunos;

• Atividades fora da classe – como tarefas, trabalhos com datas previamente

marcadas;

• Testes ou provas;

• Debates de questões sociais atuais estabelecendo relações da Matemática com

outras áreas do conhecimento.

Os/as alunos(as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não com

prejuízo dos conteúdos, mas com o número de questões reduzidas a respeito do assunto ou

com tempo maior para resolução das atividades e com explicações extras para cada questão

ou atividade.

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5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIEMBENGUT, Maria Sallet. Modelagem Matemática no Ensino. São Paulo: Contexto,

2005.

D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo

Horizonte: Autêntica, 2005.

DANTE, Luis Roberto. Didática da resolução de problemas de matemática. São Paulo:

Ática, 2005.

BONJORNO, José Roberto, GIOVANNI, José Rui, GIOVANNI JR., José Rui. Matemática

Fundamental – 2º grau, volume único. Editora FTD, 1994, São Paulo.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica –

Matemática, Curitiba, SEED, Paraná, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Desafios Educacionais

Contemporâneos. Curitiba, SEED, Paraná, 2008.

LOGEN, Adilson. Matemática – Ensino Médio. Editora Positivo, 2004, Curitiba.

www.diaadia.pr.gov.br

www.portaldoprofessor.com.br

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QUIMICA

1 – Fundamentos teóricos

O desenvolvimento de saberes e de práticas ligadas à transformação da matéria e

presentes na formação das diversas civilizações foi estimulado por necessidades humanas,

tais como: a comunicação, o domínio do fogo e, posteriormente, o domínio do processo de

cozimento.

Esses saberes e/ou práticas (manipulação dos metais, vitrificação, feitura dos

unguentos, chás, remédios, iatroquímica, entre outros), em sua origem, não podem ser

classificados como a ciência moderna denominada Química, mas como um conjunto de ações e

procedimentos que contribuíram para a elaboração do conhecimento químico desde o século

XVII.

Na história do conhecimento químico, por exemplo, vários fatos podem ser

relembrados como forma de entender a constituição desse saber, entre eles a alquimia.

Os alquimistas europeus buscavam o elixir da vida eterna e a pedra filosofal (prática de

transmutação dos metais em ouro). Dedicavam-se a esses procedimentos, mas agiam de modo

hermético, ocultista, uma vez que a sociedade da época era contra essas práticas por

acreditar tratar-se de bruxaria.

Entretanto, os conhecimentos químicos nem sempre estiveram atrelados à religião e à

alquimia. A teorização sobre a composição da matéria, por exemplo, surgiu na Grécia antiga e

a ideia de átomo com os filósofos gregos Leucipo e Demócrito, que lançaram algumas bases

para o atomismo do século XVII e XVIII com Boyle, Dalton e outros. A teoria atômica foi uma

questão amplamente discutida pelos químicos do século XIX, que a tomaram como central

para o desenvolvimento da Química como ciência.

O fato é que a Química como ciência teve seu berço na Europa no cenário de

desenvolvimento do modo de produção capitalista, dos interesses econômicos da classe

dirigente, da lógica das relações de produção e das relações de poder que marcaram a

constituição desse saber.

Ao longo dos séculos XVII e XVIII, com o estudo da química pneumática (Boyle,

Priestley, Cavendish) e com o rigor metodológico de Lavoisier, definiu-se um novo saber, que

passou a ser conhecido como química, o qual foi dividido em diferentes ramificações

procedimentais, dentre elas: alquimia, boticários, iatroquímica e estudo dos gases.

No final do século XIX, com o surgimento dos laboratórios de pesquisa, a Química se

consolidou como a principal disciplina associada aos efetivos resultados na indústria. A

produção de conhecimentos, na Alemanha, Estado Nação recém- unificado, se dava pelas

instituições científicas e pela indústria, em busca de desenvolvimento econômico e científico e

de reorganização territorial (BRAVERMAN,1987). O exemplo alemão do investimento em

pesquisas, seguido por outras nações, alavancou ainda mais o desenvolvimento da Química.

Dentre as descobertas e avanços científicos, nas últimas quatro décadas do século XX

passou-se a conviver com a crescente miniaturização dos sistemas de computação, com o

aumento de sua eficiência e ampliação do seu uso, o que constitui uma era de transformações

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nas ciências que vêm modificando a maneira de se viver. Esse período, marcado pela:

descoberta de novos materiais, engenharia genética, exploração da biodiversidade, obtenção

de diferentes combustíveis, pelos estudos espaciais e pela farmacologia; marca o processo de

consolidação científica, com destaque à Química, que participa das diferentes áreas das

ciências e colabora no estabelecimento de uma cultura científica, cada vez mais arraigada no

capitalismo e presente na sociedade, e, por conseguinte, na escola.

O conhecimento dessa disciplina é importante como saber escolar pelo fato de

possibilitar ao homem o desenvolvimento de uma visão crítica do mundo que o cerca,

podendo analisar, compreender e utilizar este conheci- mento no cotidiano, tendo condições

de perceber e interferir na qualidade de vida, como por exemplo, o impacto ambiental

provocado pelos rejeitos industriais e domésticos que poluem o ar, a água e o solo.

2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA

Conteúdos estruturantes

A seleção dos conteúdos estruturantes foi fundamentada no estudo da história da

Química e da disciplina escolar e para que seja devidamente compreendido exige que os

professores retomem esses estudos, pois, essa arquitetura curricular pode contribuir para a

superação de abordagens e metodologias do ensino tradicional da Química.

A análise histórica e crítica de como, por que, onde, a serviço do quê e de

quem essa disciplina escolar e essa ciência surgiram e se estabeleceram, dará aos professores

condições de enriquecer os debates sobre os conteúdos que estruturam esse campo do

conhecimento.

São conteúdos estruturantes de química:

• Matéria e sua natureza;

• Biogeoquímica;

• Química sintética.

Conteúdos básicos

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MATÉRIA

Constituição da matéria;

Estados de agregação;

Natureza elétrica da matéria;

Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...).

Estudo dos metais;

Tabela per4iódica:

SOLUÇÃO

• Substância: simples e composta;

• Misturas;

• Métodos de separação;

• Solubilidade;

• Concentração;

• Forças intermoleculares;

• Temperatura e pressão;

• Densidade:

• Dispersão e suspensão;

• Tabela periódica;

GASES

• Estados físicos da matéria

• Tabela periódica;

• Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x

volume e temperatura x volume);

• Modelo de partículas para os materiais gasosos;

• Misturas gasosas;

• Diferença entre gás e vapor;

• Leis dos gases

LIGAÇÕES QUÍMICAS

• Tabela periódica;

• Propriedade dos materiais;

• Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;

• Solubilidade e as ligações químicas;

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• Interações intermoleculares as propriedades das substâncias moleculares;

• Ligações de hidrogênio;

• Ligação metálica (elétrons semi-livre);

• Ligações sigma e pi;

• Ligações polares e apolares.

• Alotropia;

FUNÇÕES QUÍMICAS

• Funções inorgânicas;

• Funções orgânicas;

• Tabela periódica;

REAÇÕES QUÍMICAS

• Reações de Óxi-redução;

• Reações exotérmicas e endotérmicas;

• Diagrama das reações exotérmicas e endotérmicas;

• Variação de entalpia;

• Calorias;

• Equações termoquímicas;

• Princípios da termodinâmica;

• Lei de Hess.

• Entropia e energia livre;

• Calorimetria;

• Tabela periódica;

VELOCIDADE DAS REAÇÕES

XLIV. Lei das reações químicas;

XLV. Reações químicas;

XLVI. Representação das reações químicas;

XLVII. Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas (natureza dos

reagentes, teoria de colisão);

XLVIII. Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato,

temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores).

XLIX. Lei da velocidade das reações químicas;

L. Tabela periódica;

EQUILÍBRIO QUÍMICO

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13. Reações químicas reversíveis;

14. Concentração;

15. Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio);

16. Deslocamento do equilíbrio ( princípio de Le Chatelier ): concentração, pressão,

temperatura e efeito dos catalizadores;

17. Equilíbrio químico em meio aquoso ( pH, constante de ionização, Ks );

18. Tabela periódica;

RADIOATIVIADE

Modelos Atômicos (Rutherford);

Elementos químicos (radioativos);

Tabela Periódica;

Reações químicas;

Velocidades das reações;

Emissões radioativas;

Leis da radioatividade;

Cinética das reações químicas;

Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);

Os temas Educação Ambiental, História e Cultura Afro-brasileira, Educação do Campo

e Diversidade de Gênero serão abordadas de forma oral e em situações-problema no decorrer

do curso.

3 – Fundamentos metodológicos

É importante que o processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos

estudantes, no qual se incluem as ideias pré-concebidas sobre o conhecimento da Química, ou

as concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito científico.

A utilização de modelos no ensino de química, para descrever comportamentos

microscópicos, não palpáveis, é um dos fundamentos dessa ciência. Deve-se lembrar, contudo,

que eles são apenas aproximações necessárias. Considera-se, ainda, que esses modelos são

válidos para alguns contextos e não para todos, ou seja, são localizados e seus limites são

determinados quando a teoria não consegue explicar fatos novos que eventualmente surjam.

Portanto, os professores de Química devem se utilizar dos modelos para

explicar determinadas ocorrências e fenômenos químicos. Ou seja, saber qual

modelo utilizar e o porquê na explicação dos fenômenos abordados na escola.

Igualmente importante é o docente ajudar os alunos a elegerem o modelo mais

adequado no estudo da Química desenvolvido na escola, possibilitando-os pensar na

provisoriedade e na limitação dessas representações. Esse encaminhamento permite aos

alunos compreender o significado dos modelos na ciência e que as elaborações científicas não

devem ser tomadas como verdades imutáveis e definitivas.

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As atividades experimentais, utilizando ou não o ambiente de laboratório

escolar convencional, podem ser o ponto de partida para a apreensão de conceitos e sua

relação com as ideias a serem discutidas em aula. Os estudantes, assim, estabelecem relações

entre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo, expressam ao professor suas dúvidas.

As atividades experimentais apresentados neste texto são simples, porém possibilitam

questionamentos que permitem ao professor localizar as possíveis contradições e limitações

dos conhecimentos explicitados pelos estudantes. À medida que as atividades experimentais

transcorrem, é importante que o professor incentive os alunos a exporem suas dúvidas, que se

manifestem livremente sobre elas para que conversem sobre o conhecimento químico.

Considera-se importante propor aos alunos leituras que contribuam para a sua

formação e identificação cultural, que possam constituir elemento motivador para a

aprendizagem da Química e contribuir, eventualmente, para a criação do hábito da leitura.

Textos de Literatura e Arte podem se tornar ótimos instrumentos de abordagens

interdisciplinares no ensino de Química. Exemplo disso é um fragmento da música Rosa de

Hiroshima, de Vinícius de Morais e Gerson Conrad: “Da rosa da rosa / da rosa de Hiroshima /

a rosa hereditária/ a rosa radioativa, estúpida, inválida”. Evidencia-se a preocupação com a

radiação e os aspectos negativos do seu uso. Com conhecimentos químicos, além do

entendimento da mensagem da música, é possível explorar aspectos ligados a desintegração

nuclear, aos efeitos e propriedades das emissões radioativas, aos danos intracelulares

causados pela exposição à radiação, aos processos de fissão nuclear e de transmutação de

metais.

4 – Práticas avaliativas e critérios gerais de avaliação

Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.

Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos

científicos” (MALDANER, 2003, p. 144). Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que

considere os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para (re)construir os

conhecimentos químicos. Essa (re)construção acontecerá por meio das abordagens histórica,

sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos.

Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar

instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e

interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica,

pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários,

entre outras. Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e

objetivo de ensino.

Em relação à leitura de mundo, o aluno deve posicionar-se criticamente nos debates

conceituais, articular o conhecimento químico às questões sociais,

econômicas e políticas, ou seja, deve tornar-se capaz de construir o conhecimento a partir do

ensino, da aprendizagem e da avaliação. É preciso ter clareza também de que o ensino da

Química está sob o foco da atividade humana, portanto, não é portador de verdades absolutas.

São utilizados, bimestralmente, no mínimo 03 (três) instrumentos de avaliação

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diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação é de no máximo 4,0 (quatro) e de no

mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de

avaliação deve totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da avaliação bimestral do educando é a soma dos resultados obtidos nos

instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentam aproveitamento insuficiente, ou seja, inferior à 60%

(sessenta por cento) é oferecida a Recuperação de Estudos no decurso do bimestre no qual o

conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos aborda os conteúdos nos quais o educando apresentou

aproveitamento insuficiente e utiliza quantos e quais tipos de instrumentos de avaliação o

educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do conteúdo no

qual seu aproveitamento foi considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, é considerado o maior valor de avaliação obtido pelo

educando.

Poderão ser utilizados como instrumentos de avaliação:

projeto de pesquisa bibliográfica;

leitura compreensiva e/ou crítica de textos;

pesquisa e produção de textos, relatórios, desenhos (esquemas), tabelas, gráficos e outras

formas de expressão e representação;

resolução de questionamentos escritos (discursivos ou objetivos) e orais;

realização de atividades em sala de aula, laboratório das ciências, biblioteca, e domicílio;

pesquisa, produção e apresentação de seminários;

realização e participação em debates;

produção e utilização de recursos áudio-visuais;

participação em palestras, atividades culturais e esportivas;

avaliação diagnóstica;

outros instrumentos de acordo com a especificidade da disciplina/conteúdo.

Os registros são realizados nos livros de Registro de Classe e no Sistema Estadual de

Registro Escolar.

A comunicação dos resultados é feita através de Boletim Escolar, entregue

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bimestralmente aos educandos para que estes os encaminhem aos pais e responsáveis. A

escola, através da direção, equipe pedagógica e corpo docente, busca estabelecer contato os

pais ou responsáveis pelos educandos que tenham apresentado deficiências de aprendizagem,

para determinação e superação de eventuais problemas.

5 – REFERÊNCIAS

FELTRE, Ricardo. Química Geral. São Paulo: Editora Moderna, 2004.

FELTRE, Ricardo. Físico-Química. São Paulo: Editora Moderna, 2004.

FELTRE, Ricardo. Química Orgânica. São Paulo: Editora Moderna, 2004.

SARDELLA, Antônio. Química: volume único. São Paulo: Editora Ática, 2005.

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SOCIOLOGIA

1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Com o domínio da razão sobre as formas religiosas de explicação do mundo, o período

entre os séculos XVI a XIX foi marcado por profundas transformações na concepção do poder

político, não mais emanado de Deus, pela reorganização do poder e a constituição dos

Estados-nação. Também, a forma de produzir a sobrevivência material da sociedade passou

por mudanças, com a destruição da servidão e da organização camponesa, a consequente

emigração da população rural para os centros urbanos, a substituição gradativa da atividade

artesanal e manufatureira.

Todas as mudanças que se processaram, resultaram de desequilíbrios, perturbações,

rebeliões, protestos, reformas, conspirações, novas condições de vida para a população e,

sobretudo, aqui e ali, o aparecimento de uma consciência social acerca das condições de vida,

embora não explícita nem extensiva. Daí, a nostalgia de um tempo de “ordem social” presente

no pensamento social conservador e o providencial recurso instrumental da ciência para

estabelecer um “nova ordem social”, que aparece como forma de salvação nos círculos

sociais mais apegados à tradição, a balançar diante da inovação social.

Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a Sociologia faz emergir

diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de solução pelos

primeiros pensadores sociais, – Comte, Durkheim, Weber e Marx.

A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da sociedade

industrial e toda a contradição deste processo. Por um lado, estava cercada pela resistência

às mudanças, desde os costumes sociais violados até o pensamento conservador e, por outro

lado, pela avidez por mudanças posta tanto no comportamento da burguesia empresarial,

inovando nas formas de produzir e enriquecer, quanto no pensamento socialista a propor

alterações na estrutura da sociedade. Esse conjunto de mudanças seculares “parecia aos

contemporâneos um produto do desenvolvimento intelectual do homem, cujo pensamento

iluminava os passos da civilização, quando, na verdade, o progresso crescente dos modos de

pensar sobre fenômenos cada vez mais complexos – e disso a Sociologia é uma prova – era

produto direto das novas maneiras de viver e produzir”, afirma Costa Pinto (1965, p. 37).

No Brasil, a Sociologia repica os primeiros acordes de análise positiva. Florestan

Fernandes (1976), ao traçar três épocas de desenvolvimento da reflexão sociológica na

sociedade brasileira, considera aquela a primeira época, uma conexão episódica entre o

direito e a sociedade, a literatura e o contexto histórico. A segunda é caracterizada pelo

pensamento racional como forma de consciência social das condições da sociedade, nas

primeiras décadas do século XX; a terceira época, em meados do século XX, é marcada pela

subordinação do estudo dos fenômenos sociais aos padrões de cientificidade do trabalho

intelectual com influência das tendências metodológicas em países europeus e nos Estados

Unidos.

Toda produção sociológica, expressa as condições sócio-culturais de sua época, num

pulsar conjunto entre reflexão e interpretação e o contexto histórico vivido, mas isso não

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significa unidade temática e analítica dos estudos, que guardam diferenças teórico-

metodológicas e ideológicas. Desse modo, se nas primeiras décadas do século XX, as

preocupações culturais alimentaram as análises sociológicas, as décadas seguintes

registraram uma concentração de estudos sobre fatos e questões políticas. O Estado brasileiro

sob diversos ângulos – sua formação, instituições e atuação – exercia uma dominação que

atraiu a atenção dos intelectuais.

Dessa plêiade de pensadores sociais destaca-se a produção de dois grandes sociólogos

– Florestan Fernandes (1920-1995) e Octávio Ianni (1926-2004) – formadores de gerações de

pesquisadores por sua visão profunda do trabalho científico e inserção crítica no contexto

econômico-político da América Latina. Ambos participaram da chamada escola de Sociologia

paulista, onde também foram processadas as explicações sobre o preconceito racial no Brasil.

Dessa fase, Fernandes escreveu A integração do negro à sociedade de classes (1964) e Ianni

escreveu As metamorfoses do escravo (1962) e Raças e classes sociais no Brasil (1966).

A trajetória da produção sociológica brasileira é uma prova de que ela se constitui

disciplina no debate entre diferentes concepções teóricas responsáveis por respostas a

questões que a sociedade se coloca em momentos diversos e, por isso, não está livre de

contradições. A história das Ciências Sociais, no Brasil, atesta a vitória de uma estratégia de

afirmação quando o quadro social e político do país era adverso, apontam Vianna, Carvalho e

Melo (1995). A Sociologia demonstra, paradoxalmente, que as condições de democracia para

uma ciência com baixo prestígio social e mercado profissional escasso não foram decisórias,

pois ela se cria e se expande sob a égide de duas ditaduras: a dos anos trinta e a dos anos

sessenta.

O conhecimento desta disciplina é importante como saber escolar e contribui para a

formação do estudante devido a desnaturalização das explicações acerca dos fenômenos

sociais ao lado do estranhamento em relação às situações cotidianas que são duas grandes

contribuições da área científica das Ciências Sociais à formação de sujeitos críticos. O

convite à reflexão acerca do mundo e de nosso lugar nele é uma das tarefas que cabe ao

ensino de Sociologia no âmbito escolar.

Assim, o ensino de Sociologia pode oferecer aos alunos reflexões que problematizem os

valores que circulam e formam a realidade social em suas dimensões econômicas, políticas e

culturais, construindo e reconstruindo modos de pensar. Por isso, o raciocínio sociológico

pode instrumentalizar os alunos para que eles mesmos possam buscar entender o seu mundo

nas dimensões micro (cotidiano, relações pessoais) e macro (sistemas sociais, instituições).

Outra contribuição da Sociologia é o seu caráter informativo, ou seja, devido aos

assuntos que pode discutir em aula, a disciplina atua na disseminação de informações

importantes para a compreensão e intervenção do aluno em sua realidade. Um exemplo disso

é a temática “direitos e deveres”, pois o que se verifica nas escolas é o desconhecimento da

maior parte dos alunos em relação aos seus direitos e deveres como cidadão (ou, até mesmo,

a possibilidade de crítica a essa concepção de ”cidadania”).

Além disso, por meio de uma metodologia de aula problematizadora da realidade

social, os alunos de nível médio podem desenvolver/vivenciar habilidades em relação a

diversos aspectos: a) participação política (comunitária, partidária), b) exposição e defesa de

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ideias no coletivo, c) apropriação de instrumentos para a leitura de textos, seja em livros,

revistas, jornais ou internet e, sobretudo, d) a assunção de sua posição como sujeito crítico e

historicamente situado.

Objeto de estudo da Sociologia

• Na definição do objeto da disciplina de Sociologia para o Ensino Médio é preciso levar em

consideração que ela trabalha com as 3 áreas das Ciências Sociais:

• Antropologia: Cultura

• Ciência Política : Estado e as relações do poder.

• Sociologia : relações sociais.

2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA

A disciplina de Sociologia será embasada nesses conteúdos estruturantes pois eles

fundamentam os conteúdos específicos, que expressam o foco de estudo na realidade

empírica. Tal abordagem visa estabelecer uma relação entre o contexto histórico dos autores

clássicos, a construção de suas teorias e o conteúdo específico do estudo, numa perspectiva

crítica que embasará as possibilidades de explicação sociológica, são eles:

• O processo de socialização e as instituições sociais;

• Cultura e indústria cultural;

• Trabalho, produção e classes sociais;

• Poder, política e ideologia;

• Direitos, cidadania e movimentos sociais.

• Desafios contemporâneos.

Para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo no Ensino Médio é necessário

adaptar os conteúdos exigidos no plano curricular aos desafios contemporâneos, para

superar a discriminação e o preconceito implica em suplantar a sua raiz, ou seja, a ignorância.

Abordar de modo teórico e conceitual questões que, ainda hoje, são tratadas de modo

conservador, superficial e dogmático, permitirá o afastamento de preconceitos e opiniões mal

fundamentadas e contribuirá para a diminuição da desigualdade de oportunidades e acesso.

O ensino de Sociologia visa a igualdade social e os direitos humanos sobre os temas:

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Cultura Histórica Afro-brasileiras, Educação Ambiental, Educação do Campo e Diversidade de

Gênero. Neste sentido não é mais uma questão de vontade pessoal e de interesse particular.

É uma questão curricular de caráter obrigatório que envolve as diferentes comunidades:

escolar, familiar, e sociedade. O objetivo principal é o de divulgar e produzir conhecimentos,

bem como atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade, tornando-

os capazes de interagir objetivos comuns que garantam respeito aos direitos legais e

valorização de identidade do sujeito como parte integrante da sociedade. Uma das funções

da escola também é possibilitar à criança perceber-se de maneira diferente da qual é

reconhecida na estrutura familiar. Nesse sentido, ela tem a obrigação de exercer sua função

libertadora com as questões das necessidades especiais . Nas aulas de sociologia serão

adaptados : textos, resenhas, diálogos, filmes, debates, etc. Referente aos temas sugeridos de

acordo com os conteúdos estruturantes. Como saber escolar, o conhecimento se explicita nos

conteúdos das disciplinas

de tradição curricular, quais sejam: Arte, Biologia, Ciências, Educação Física, Ensino

Religioso, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua Estrangeira Moderna, Língua

Portuguesa, Matemática, Química e Sociologia. Nestas Diretrizes, destaca-se a importância

dos conteúdos disciplinares e do

professor como autor de seu plano de ensino, contrapondo-se, assim, aos modelos de

organização curricular que vigoraram na década de 1990, os quais esvaziaram os conteúdos

disciplinares para dar destaque aos chamados temas transversais. Ainda hoje, a crítica à

política de esvaziamento dos conteúdos disciplinares

sofre constrangimentos em consequência dos embates ocorridos entre as diferentes

tendências pedagógicas no século XX. Tais embates trouxeram para [...] o discurso

pedagógico moderno um certo complexo de culpa ao tratar o tema dos conteúdo. A discussão

sobre conteúdos curriculares passou a ser vista, por alguns, como uma defesa da escola como

agência reprodutora da cultura dominante.

Portanto a escola também deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em

diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem (internalização)

e de avaliação que permitam aos professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade

de “...uma transformação emancipadora.

É desse modo que uma contraconsciência, estrategicamente concebida como alternativa

necessária à internalização dominada colonialmente, poderia realizar sua grandiosa missão

educativa”.

Um projeto educativo, nessa direção, precisa atender igualmente aos sujeitos, seja qual for

sua condição social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural e às possíveis

necessidades especiais para aprendizagem. A educação especial é uma educação organizada

para atender específica e exclusivamente alunos com determinadas necessidades especias.

Portanto os alunos devem ser incluídos de forma igualitária e sem distinção, essas

características devem ser tomadas como potencialidades para promover a aprendizagem dos

conhecimentos que cabe à escola ensinar, para todos.

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CONTEÚDOS BÁSICOS

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada

série/ano da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados

imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da

Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização

em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do

professor.

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do

pensamento social;

Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkleim, Engels, Marx e Weber;

O desenvolvimento da Sociologia no Brasil;

O processo de socialização;

Instituições sociais: familiares, escolares e religiosas;

Instituições de reinserção: prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise

das diferentes sociedades;

Diversidade cultural:

Identidade;

Industria cultural;

Meios de comunicação de massa;

Sociedade de consumo;

Industria cultural no Brasil;

Questões de gênero;

Cultura afro-brasileira e africana;

Culturas indígenas;

Conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais;

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

Globalização e neoliberalismo;

Relações de trabalho;

Trabalho no Brasil;

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

Democracia, autoritarismo e totalitarismo;

Estado no Brasil;

Conceitos de Poder;

Conceitos de Ideologia;

Conceitos de dominação e legitimidade;

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas;

Direitos civis, políticos e sociais;

Direitos Humanos;

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Conceito de Cidadania;

Movimentos sociais no Brasil;

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

A questão das ONGs;

3- ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS DA DISCIPLINA

Quanto a metodologia, de início haverá uma contextualização da construção da

Sociologia, enfocando a modernidade como recorte histórico necessário para essa

compreensão. Faz-se necessário retomar a todo o momento a relação entre o contexto

histórico dos autores clássicos, a construção de suas teorias e o conteúdo específico

trabalhado para mostrar que o conhecimento sociológico não é estático, e possibilitar a

compreensão de fenômenos que fazem parte da prática social do educando. Esse exercício

pode ser também utilizado para debater acerca dos limites e possibilidades das teorias

sociológicas clássicas frente a temas atuais.

Em vez de receber respostas prontas, a Sociologia pode e deve ensinar o aluno a fazer

perguntas e a buscar respostas no seu entorno, na realidade social que se apresenta no

bairro, na própria escola, na família, nos programas de televisão, nos noticiários, nos livros de

História etc.. O professor pode despertar no aluno o sentimento de estar integrado à realidade

que o cerca, desenvolvendo certa sensibilidade para com os problemas brasileiros de forma

analítica e cogitando possíveis soluções para problemas diagnosticados.

As técnicas do inquérito social e da entrevista são exemplos de pesquisa social que

podem ser praticados pelos estudantes no próprio âmbito da escola e da família, pelo fato de

suscitarem contato com a realidade de forma direcionada. Possibilitam o levantamento de

questões pertinentes em nível do conhecimento comum e do conhecimento científico,

inclusive fazendo uso de dados estatísticos, além de permitirem o confronto das perspectivas

teóricas em aproximações com a realidade local e localizada. O ensino da Sociologia

pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeito de seu aprendizado, provocado a

relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos prévios e a reconstruir saberes.

Espera- se que seja constante o exercício do “estranhamento”, que leve os educandos a

“desnaturalizar” (pré)conceitos sobre os fenômenos sociais, compreendendo-os como

construções históricas, passíveis de sofrerem transformações.

Como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino são propostos:

• Aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e

museus, quando possível;

• Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;

• Leituras de textos: clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos,

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didáticos, literários, jornalísticos;

• Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e

pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica;

• Análises críticas: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV;

análise crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros.

4- AVALIAÇÃO

Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a aos

objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise

“desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o

melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade.

Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e ilustrada, a

avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de crescimento da percepção da

realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador.

De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando

aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas, e também as que apresentaram

dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado.

Nesses termos, a avaliação formativa deve servir como instrumento docente para a

reformulação da prática através das informações colhidas. A avaliação também se pretende

continuada, processual, por estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e

possibilitar a constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da

autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da

disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos

ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que demonstrem

capacidade de articulação entre teoria e prática, dentre outras possibilidades.

Assim a avaliação em Sociologia busca servir como instrumento diagnóstico da

situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos adequados para uma efetiva

aprendizagem.

Serão utilizados, bimestralmente, no mínimo 04 (quatro) instrumentos de avaliação

diferentes. O valor de cada instrumento de avaliação deverá ser de no máximo 4,0 (quatro ) e

de no mínimo 0,5 (meio) ponto. Ao final de cada bimestre, o valor somado dos instrumentos de

avaliação deverá totalizar 10,0 (dez) pontos.

O valor da média bimestral do educando será a soma dos resultados obtidos nos

instrumentos de avaliação ofertados.

Aos educandos que apresentarem aproveitamento insuficiente será oferecida a

Recuperação de Estudos, no decurso do bimestre no qual o conteúdo foi desenvolvido.

A Recuperação de Estudos abordará os conteúdos nos quais o educando não

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apresentou o aproveitamento esperado e utilizará quantos e quais tipos de instrumentos de

avaliação o educador julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e do

conteúdo no qual seu aproveitamento não foi considerado o esperado para a melhoria da

aprendizagem.

Para efeito do registro escolar, será considerado o maior valor de avaliação obtido pelo

educando.

Os/as alunos(as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não com

prejuízo dos conteúdos, mas com o número de questões reduzidas a respeito do assunto ou

com tempo maior para resolução das atividades e com explicações extras para cada questão

ou atividade.

5- REFERENCIAS

BAUMAN, Zigmunt. Por uma sociologia crítica; um ensaio sobre o senso comum e

emancipação. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1977.

DCE , Diretrizes Curriculares de Sociologia para Educação . Departamento de Educação

básica do Paraná. Curitiba 2008.

DOMINGUES, José. Teorias sociológicas no século XX. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 2001.

FERNANDES, Florestan. Ensaios de sociologia geral e aplicada. São Paulo: Livraria

Pioneira Editora, 1960.

_____. Fundamentos empíricos da explicação sociológica. 2.ed. São Paulo: Nacional,

1972.

______. A sociologia numa época de globalismo. In: FERREIRA, Leila (Org.). A sociologia

no horizonte do século XXI. São Paulo: Boitempo Editorial, 2002.

LIVRO DIDÁTICO DE SOCIOLOGIA /vários autores.- Curitiba: SEED-PR, 2006.

Projeto Político Pedagógico, Colégio Estadual Getúlio Vargas, Ensino Fundamental e

médio, 2007.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A flexibilização do currículo e as formas de ensinar permitem ao Estado

reformular as orientações advindas de mudanças sociais, pesquisas e estudos teóricos

metodológicos. São nestas relações de ensino, currículo, sociedade e sua dimensão

histórica que buscou-se subsídios que nortearam o ensino de Língua Estrangeira nas

escolas da rede pública estadual.

Conforme texto das DCE’s (p.43) a dependência econômica e cultural do Brasil

em relação aos Estados Unidos fez com que surgisse a necessidade de se aprender

inglês o que ampliava o seu espaço no currículo em detrimento do francês que era

então ensinado desde o império e que agora estava ameaçado com a vinda do cinema

falado ao Brasil.

Em meio a mudanças, reformas políticas, sociais e novas concepções de

linguagem o ensino da língua estrangeira também se viu fortemente influenciado por

estes acontecimentos e neste contexto o ensino de inglês tornou-se hegemônico, cujo

objetivo é instrumentalizar os falantes e não mais trabalhar língua e civilização.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9394 determina a

oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna, escolhida pela

comunidade escolar no Ensino Fundamental. Quanto ao Ensino Médio, a Lei determina

que seja incluída uma língua estrangeira moderna como disciplina obrigatória,

escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda em caráter optativo, dependendo da

disponibilidade da instituição.

O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido apenas

como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações, mas como

uma nova possibilidade de ver, entender o mundo, de construir significados e interagir

com ele.

O processo de aprendizagem de uma língua estrangeira exige o confronto das

formas discursivas da língua materna com a língua que se está aprendendo. Ao

participar desse processo, o sujeito não será mais o mesmo de antes de iniciá-Io. Essa

perspectiva permite que, tanto alunos como professores percebam que é possível

construir significados além daqueles que são possíveis na língua materna, percebam

que há outras possibilidades de se entender o mundo.

Na medida em que se aproxima de outra língua e de outra cultura, o aluno

percebe a língua como algo que se constrói e é construído por uma determinada

comunidade - se por um lado, a língua determina a realidade cultural, por outro, os

valores e as crenças culturais criam, em parte, sua realidade linguística. Dessa forma, o

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conhecimento de uma língua estrangeira colabora para a elaboração da consciência da

própria identidade, pois o aluno consegue perceber-se também ele como um sujeito

histórico e socialmente constituído. Língua e cultura, portanto, constituem um dos

pilares da identidade do sujeito como cidadão e da comunidade como formação social.

Desse modo, o aluno vê a sua cultura e a sua língua como uma entre várias

possibilidades igualmente desejáveis e válidas e, ao constatar e vivenciar criticamente a

diversidade cultural, pode delinear um contorno para a sua própria identidade, cumprindo

assim, um objetivo pedagógico fundamental na aula de língua estrangeira, que é contribuir

para que o aluno perceba as diferenças entre os usos, as convenções e os valores de seu

grupo social e os da comunidade que usa a língua estrangeira, de forma crítica, percebendo

que não há um modelo a ser seguido, ou uma cultura melhor que a outra, mas apenas

diferentes possibilidades que os seres humanos elegem para regular suas vidas e que são

passíveis de mudanças ao longo do tempo, posto que, como a língua, correspondem ao

contexto histórico e social de uma comunidade que está em constante movimento e

transformação.

Essa visão de língua proporciona ao aluno uma consciência crítica do papel das línguas

na sociedade, principalmente porque percebe que toda enunciação é um elo da cadeia dos

atos de fala, é uma resposta a alguma coisa e é construída como tal, é produzida e orientada

pelo contexto ideológico do qual é parte integrante. (Bakhtin, 1992)

As aulas de Língua Estrangeira se configuram como espaços de interações entre

professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se revelam no dia-a-dia.

Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-políticas-econômicas da nova ordem

mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das

línguas na sociedade, usem a língua em situações de comunicação oral e escrita; vivencie

formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e

coletivas; compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação social; reconheça e compreenda a diversidade

lingüística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

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OBJETIVOS GERAIS

-Oportunizar aos alunos da escola pública a vivência de valores ligados à cidadania,

democratizando o acesso à aprendizagem de língua inglesa para a comunicação/

interação com grupos e culturas diferentes.

Criar possibilidades de tornar o aluno interculturalmente competente, isto é, capaz de

refletir sobre a sua própria cultura e a do "outro".

Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situação diversas.

Instrumentalizar o aluno para que ele seja capaz de usar a língua estrangeira em

situações de comunicação.

Reconhecer as implicações da diversidade cultural construída linguisticamente:

a) compreender que o significado é social e historicamente construído e passível de

transformação;

b) perceber-se como parte integrante da sociedade e como participante ativo do mundo

em que vive;

Perceber o papel da linguagem na sociedade: linguagem como possibilidade de acesso

à informação, de conhecer e expressar modos de entender o mundo, como forma de

construir significados no mundo.

Demonstrar compreensão geral de tipos de textos variados, apoiado em elementos

icônicos (gravuras, tabelas, fotografias, desenhos) e/ou em palavras cognatas.

Selecionar informações específicas do texto.

Demonstrar conhecimento da organização textual por meio do reconhecimento de

como a informação é apresentada no texto e dos conectores articuladores do discurso e

de sua função enquanto tais.

Demonstrar, consciência de que a leitura não é um processo linear que exige o

entendimento de cada palavra.

Demonstrar consciência crítica em relação aos objetivos do texto, em relação ao modo

como escritores e leitores estão posicionados no mundo social.

Demonstrar conhecimento dos padrões de natureza fonético–fonológica e de interação

social.

Demonstrar adequação na produção, no que diz respeito, particularmente, a aspectos

que afetam o significado no nível da sintaxe, da morfologia, do léxico e da fonologia.

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Identificar família/ nacionalidade/ características culturais.

Apresentar alguém formal e informalmente.

Solicitar e fornecer endereços.

Localizar determinados lugares em relação a outros pontos de referência da cidade.

Descrever os meios de locomoção utilizados no dia-a-dia.

Opinar sobre à realidade dos meios de transporte.

Opinar sobre profissões/ emprego/ salário, a partir de um texto/ contexto.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

Segundo as Diretrizes o Conteúdo estruturante está relacionado com o momento

histórico -social. Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de

sentidos, buscou-se um conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim, define-se

como conteúdo estruturante da Língua Estrangeira moderna o Discurso como prática social. A

língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são

as práticas que efetivam o discurso.

A palavra discurso inicialmente significa curso, percurso, correr por, movimento. Isso

indica que a postura frente aos conceitos fixos, imutáveis, deve ser diferenciada.

A apresentação do discurso nos seus mais variados gêneros, orais, escritos ou visuais,

garantirá ao aluno o estímulo necessário para que entre no 'universo' da língua estrangeira e

interaja com ele, e consequentemente, o professor criará oportunidades para que os alunos

percebam a interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos, das vozes

que permeiam as relações sociais e de poder, é preciso que os níveis de organização

linguística – fonético-fonológico, léxico-semântico e de sintaxe - sirvam ao uso da linguagem

na compreensão e na produção verbal e não verbal.

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de

circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo

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com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano

Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de

complexidade adequado a cada uma das séries.

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos

gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem.

• Léxico.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

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• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

RELAÇÃO DOS GÊNEROS

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO EXEMPLOS DE GÊNEROS

EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA

Adivinhas

Álbum de Família

Anedotas

Bilhetes

Cantigas de Roda

Carta Pessoal

Cartão

Cartão Postal

Causos

Comunicado

Trava-Línguas

Convites

Curriculum Vitae

Diário

Exposição Oral

Fotos

Músicas

Parlendas

Piadas

Provérbios

Quadrinhas

Receitas

Relatos de Experiências Vividas

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LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Autobiografia

Biografias

Contos

Contos de Fadas

Contos de Fadas Contemporâneos

Crônicas de Ficção

Escultura

Fábulas

Fábulas Contemporâneas

Haicai

Histórias em Quadrinhos

Lendas

Literatura de Cordel

Memórias

Letras de Músicas

Narrativas de Aventura

Narrativas de Enigma

Narrativas de Ficção Científica

Narrativas de Humor

Narrativas de Terror

Narrativas Fantásticas

Narrativas Míticas

Paródias

Pinturas

Poemas

Romances

Tankas

Textos Dramáticos

Tankas

Textos Dramáticos

ESCOLAR

Ata

Cartazes

Debate Regrado

Diálogo/Discussão Argumentativa

Exposição Oral

Júri Simulado

Mapas

Palestra

Pesquisas

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências

Científicas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião

Verbetes de Enciclopédias

IMPRENSA

Agenda Cultural

Anúncio de Emprego

Artigo de Opinião

Caricatura

Carta ao Leitor

Horóscopo

Infográfico

Manchete

Mapas

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Carta do Leitor

Cartum

Charge

Classificados

Crônica Jornalística

Editorial

Entrevista (oral e escrita)

Fotos

Mesa Redonda

Notícia

Reportagens

Resenha Crítica

Sinopses de Filmes

Tiras

PUBLICITÁRIA

Anúncio

Caricatura

Cartazes

Comercial para TV

E-mail

Folder

Fotos

Músicas

Paródia

Placas

Música

Publicidade Comercial

Publicidade Institucional

Publicidade Oficial

Texto Político

Slogan

POLÍTICA

Abaixo-Assinado

Assembleia

Carta de Emprego

Carta de Reclamação

Carta de Solicitação

Debate

Debate Regrado

Discurso Político “de Palanque”

Fórum

Manifesto

Mesa Redonda

Panfleto

JURÍDICA

Boletim de Ocorrência

Constituição Brasileira

Contrato

Declaração de Direitos

Depoimentos

Discurso de Acusação

Estatutos

Leis

Ofício

Procuração

Regimentos

Regulamentos

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Discurso de Defesa Requerimentos

PRODUÇÃO E CONSUMO

Bulas

Manual Técnico

Placas

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências

Científicas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião

Verbetes de Enciclopédias

MIDIÁTICA

Blog

Chat

Desenho Animado

E-mail

Entrevista

Filmes

Fotoblog

Home Page

Reality Show

Talk Show

Telejornal

Telenovelas

Torpedos

Vídeo Clip

Vídeo Conferência

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O que vai possibilitar uma abordagem do discurso em sua totalidade e garantir a

compreensão e expressão do aluno na Língua Estrangeira Moderna são as seguintes práticas:

Leitura;

Escrita;

Fala;

Compreensão auditiva.

Leitura:

Ler em LEM pressupõe a familiarização do aluno com os diferentes tipos textuais,

provenientes das várias práticas sociais de uma determinada comunidade que utiliza a língua

que se está aprendendo - literatura, publicidade, jornalismo, mídia (pois atualmente com o

avanço das telecomunicações somos 'bombardeados' com uma quantidade enorme de

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informações, muitas vezes de forma caótica), etc. Cabe ao professor criar condições para que

o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja um leitor crítico e que reaja aos diferentes

textos com que se depare. Para isso, o aluno deverá perceber que por traz de cada texto há

um sujeito, com uma história, com valores particulares e próprios da comunidade em que está

inserido e sempre carrega uma intenção. Além disso, o aluno deverá ser capaz de perceber

que as formas lingüísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo

significado, mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e da situação em que a prática

social de uso da língua ocorre. Não se pode esquecer que a leitura se refere também aos

textos não-verbais - estejam eles combinados ou não com o texto verbal. É claro que o leitor

de língua estrangeira será um leitor diferente do leitor de língua materna, não se pode

esperar a mesma fluência, mas o que se deve garantir é que o aluno receba subsídios para

que consiga, gradualmente, compreender os enunciados na língua meta.

Escrita:

Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma

atividade sociointeracional, ou seja, deve ser significativa. Ainda, o aluno deve perceber que,

entre outras coisas, há a necessidade de adequação ao gênero, planejamento, articulação das

partes, seleção da variedade linguística adequada (formal/ informal), etc. Ao realizar escolhas

que dependem da sua intenção, do interlocutor a que se dirige e da construção de um estilo, o

aluno estará desenvolvendo a sua identidade e se constituindo como sujeito crítico. Também

na escrita, é fundamental que o professor proporcione ao aluno subsídios para que ele consiga

expressar-se na língua estrangeira.

Fala e compreensão auditiva

É preciso levar o aluno a desenvolver a sua capacidade de expressar-se oralmente e

compreender enunciados orais. Para se atingir esse objetivo é necessário que se criem

condições de prática significativa, que o aluno pratique a sua oralidade para compreender e

produzir enunciados que sejam realmente plenos de significado - perguntar a um aluno 'o que

é aquilo?', apontando para um quadro que está ·na parede não é significativo; significativo

seria perguntar qual a sua impressão sobre o quadro, por exemplo. Além disso, é preciso que

o aluno perceba que, mesmo oralmente, há uma diversidade de gêneros, que existe a

necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal como

ocorre na escrita e em língua materna.

Enfim, se o objetivo é que o aluno consiga interagir na LEM para ampliar seu

conhecimento de mundo e ser capaz de interferir criticamente na sociedade, é necessário que

ele desenvolva a sua capacidade de ler, escrever, produzir e compreender enunciados orais.

Um retrospecto mostrará que, em um primeiro momento, os conteúdos básicos para

aprendizagem de LEM eram o vocabulário e a gramática e se enfatizavam a leitura e a escrita.

Em um segundo momento, os conteúdos valorizados foram as estruturas, que os aprendizes,

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pela repetição, deviam internalizar - nesse momento se enfatizava a oral idade.

Atualmente, com o desenvolvimento das ciências linguísticas e as contribuições das

teorias de aprendizagem e da educação, é preciso que se leve em conta, para um ensino/

aprendizagem de línguas, a interação significativa do aprendiz com a língua e a cultura a ser

aprendida. Para tanto, diferentemente do ensino/ aprendizagem de língua materna, na qual o

aluno já tem um domínio bastante amplo de conhecimentos, pois está em contato com ela

desde que nasce, é preciso que o aluno de língua estrangeira seja estimulado a utilizar os

conhecimentos linguísticos de que já dispõe e seja subsidiado com os conhecimentos de que

não dispõe.

Os conhecimentos fundamentais para que o aprendiz possa eficientemente entender e

expressar-se em uma língua estrangeira, baseados nos desdobramentos da competência

comunicativa descrita por Canale, são:

Conhecimentos discursivos:

Dizem respeito ao modo como se combinam formas gramaticais e significados em

textos falados ou escritos, nos diferentes gêneros. Por exemplo, o aluno deverá ser capaz de

perceber a diferença entre uma carta comercial e um bilhete para a mãe (a estrutura, a

escolha das palavras, o tom, o cuidado formal, etc serão diferentes). Dizem respeito aos

elementos que garantem a unidade nos textos: a coesão (refere-se ao modo como as frases se

unem estruturalmente e facilita a interpretação) e a coerência (trata das relações entre os

diferentes significados em um texto - significados literais, funções comunicativas, atitudes,

etc.).

Conhecimentos sociolinguísticos:

Referem-se ao conhecimento das particularidades do comportamento social e verbal -

pois, a língua estrangeira, tal qual a materna, também tem variações: léxicas, fonético-

fonológicas e morfossintáticas - e permitem escolher a forma linguística adequada, de acordo

com a situação, levando em conta o interlocutor e as intenções do falante Dizem respeito às

regras de adequação social, (às formas linguísticas necessárias para atender o telefone, por

exemplo), às restrições temáticas para determinadas situações sociais ..

Conhecimentos gramaticais:

Dizem respeito ao domínio do código linguístico-vocabulário, pronúncia, ortografia,

regras para a formação de palavras e frases, etc.

Conhecimentos estratégicos:

Ajudam o falante a preencher lacunas nos outros conhecimentos estabelecidos como

sendo fundamentais no ensino-aprendizagem de LEM. Podem ser verbais ou não-verbais. Por

exemplo, quando o aprendiz não lembra do nome de algum objeto ao qual deseja se referir

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pode usar uma paráfrase ou símbolos não-verbais para se fazer entender.

Se o discurso, em seus infinitos gêneros e diferentes modalidades–verbal (oral ou

escrito) ou não-verbal - é o eixo do estudo, esses conhecimentos - discursivos,

sociolinguísticos, gramaticais e estratégicos - deverão ser utilizados simultaneamente.

Além disso, é preciso levar em conta, que esse conjunto de conhecimentos perpassará

as quatro práticas fundamentais da realização da língua: FALAR, ESCREVER, LER,

COMPREENDER AUDITIVAMENTE.

Essas práticas podem ser trabalhadas juntas, simultaneamente, ou pode enfatizar-se

uma ou duas delas, dependendo do discurso (verbal-oral/ escrito ou não-verbal) com que o

aluno interage, do interesse dos aprendizes e das condições em que acontece a prática de

ensino/ aprendizagem.

Já os conhecimentos citados anteriormente funcionarão como elementos integradores -

estarão presentes em qualquer situação de interação do aprendiz com a LEM, seja em que

prática for: leitura, escrita, fala ou compreensão auditiva.

Estes encaminhamentos serão desenvolvidos através das seguintes estratégias, onde

na medida do possível serão usadas as tecnologias disponíveis no Colégio tais como TV, rádio,

CDs, DVDs, livros didáticos, material elaborado pelo professor, Revistas, Propagandas,

Folders, Cardápios de Restaurantes, Receitas, Rótulos e no Laboratório de Informática

pesquisarão conteúdos referentes à disciplina, que serão em sala de aula organizados,

resumidos e compartilhado com os colegas sob a forma de apresentação de trabalhos, debates

e reflexões sobre o tema.

LEITURA

É importante que o professor:

• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;

• Relacione o tema com o contexto atual;

• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

• Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou

expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e

humor;

• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros;

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• Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre

as partes e elementos do texto.

ESCRITA

É importante que o professor:

• Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções,

intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade,situacionalidade, temporalidade e ideologia;

• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;

• Acompanhe a produção do texto;

• Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos

elementos que compõe o gênero;

• Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de

expressões que denotam ironia e humor.

• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos

ORALIDADE

É importante que o professor:

• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto;

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso

formal e informal;

• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos,

como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de

desenhos, programas infantojuvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está articulada aos

fundamentos teóricos explicitados nas Diretrizes, na LDB nº9394/96 e Deliberação 007/99.

A avaliação embasada na Deliberação 07/99 será realizada através de instrumentos

diversificados, que estarão pautados nos critérios estabelecidos para cada conteúdo

selecionado, permitindo ao educando a avaliação do seu desempenho em diferentes situações

de aprendizagem.

Poderão ser utilizados como instrumentos de avaliação:

• projeto de pesquisa bibliográfica;

• leitura compreensiva e/ou crítica de textos;

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• pesquisa e produção de textos, relatórios, dramatizações, desenhos, músicas,

poemas, mapas, tabelas, gráficos e outras formas de expressão e representação;

• resolução de questionamentos escritos (discursivos ou objetivos) e orais;

• realização de atividades em sala de aula, biblioteca, e domicílio;

• pesquisa, produção e apresentação de seminários;

• realização e participação em debates;

• projeto de pesquisa de campo/técnica;

• produção e utilização de recursos áudio-visuais;

• participação em palestras, atividades culturais e esportivas;

• avaliação diagnóstica;

• outros instrumentos de acordo com a especificidade da disciplina/conteúdo.

De acordo com o Projeto Político pedagógico os instrumentos usados no processo

avaliativo serão no mínimo 3(três) com valor mínimo de 0,5(meio ponto) e máximo 4,0(quatro

pontos), cuja soma de todos os instrumentos somem um total de 10,0(dez pontos)

A Recuperação conforme a Deliberação 07/99 capítulo II Artigo 10, será ofertada ao

aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente. A Recuperação de Estudos no decurso do

bimestre será realizada através de instrumentos diversificados, citados anteriormente e

quantos o professor julgar necessário, de acordo com as especificidades do educando e

conteúdo no qual seu aproveitamento foi considerado insuficiente.

Para efeito do registro escolar, é considerado o maior valor de avaliação obtido pelo

aluno.

Os registros são realizados nos livros de Registro de Classe e no Sistema Estadual de

Registro Escolar.

A comunicação dos resultados é feita através de Boletim Escolar, entregue

bimestralmente aos educandos para que estes os encaminhem aos pais e responsáveis. A

escola, através da direção, equipe pedagógica e corpo docente, busca estabelecer contato os

pais ou responsáveis pelos educandos que tenham apresentado deficiências de aprendizagem,

para determinação e superação de eventuais problemas.

Os/As alunos(as) com necessidades especiais terão avaliação diferenciada, não com

prejuízo dos conteúdos, mas com menos questões a respeito do assunto ou com tempo maior

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para resolução das atividades com explicações extras para cada questão ou atividade.

DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

A Educação Ambiental será inserida na disciplina através de textos que abordem

a questão em diferentes países e procurar estabelecer um paralelo com as questões

nacionais, uma vez que os problemas e soluções são em parte comuns a todos os países.

A Língua Inglesa tem o discurso e o texto (verbal, escrito ou visual) como ponto de

partida. Esse texto trará problematização em relação à História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana, sua contribuição na música, religião, alimentação, sua presença na mídia, o racismo

no Brasil e no mundo, o mercado de trabalho, conhecer a contribuição do negro na literatura

universal.

A Educação do Campo e seus eixos temáticos: trabalho, divisão social e territorial,

cultura, identidade, interdependência campo-cidade, questão agrária e desenvolvimento

sustentável, organização política, movimentos sociais e cidadania.

REFERÊNCIAS

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED-DEM . Diretrizes Curriculares de Língua

Estrangeira Moderno para o Ensino Médio. Curitiva: [?], 2006.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SEED. Livro Didático.2009

FERRARI, Mariza Tiemann, et RUBIN, Sara Giersztel. Inglês para o Ensino Médio. Vol.

Único – Scipione – São Paulo, 2002.

MARQUES, Amadeu. Inglês – Novo Ensino Médio. Vol. Único – Ática 6ª ed., 2006.

FERRARI, Zuleica àgueda et ROCHA, Maria Luiza Machado. Take Your Time. Richmond

Publishing. 6ªed, 2004. Vol. 1,2,3 e 4;