CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE CAMPO GRANDE Rod. BR 163 – Av. Gury Marques, 3.203 Vila Olinda
Campo Grande (MS) 79079-005 (67) 3345-6100
1
COLETÂNEA DO
CURSO DE CIÊNCIAS
CONTÁBEIS
Vol. 1
Organizadores:
Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção, Me.
Ryan Caldas Quevedo, Esp.
Campo Grande / MS
2020
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Sobre os Organizadores:
Me. Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção, possui graduação em
Ciências Contábeis (2014); Mestre em Meio Ambiente e
Desenvolvimento Regional (2017); Especialista em Contabilidade,
Perícia e Auditoria (2020) e Doutorando em Meio Ambiente e
Desenvolvimento Regional (2019) pela Universidade do Estado e da
Região do Pantanal (UNIDERP). Especialista em Controladoria (2017)
pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI). Tem
experiência na área de Probabilidade e Estatística, com ênfase em
Probabilidade e Estatística; Coordenação dos fechamentos mensais,
conciliações e análises das contas contábeis, elaboração das
demonstrações financeiras, Planejamento estratégico e custos, Auditor Contábil pela BDO
Brazil RCS Auditoria Independente; Coordenador do Curso de Ciências Contábeis do Centro
Universitário Anhanguera de Campo Grande - UNAES; Tutor a distância pela Anhanguera-
UNIDERP. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4414397964210819
Esp. Ryan Caldas Quevedo, possui graduado em Ciências Contábeis
pela Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do
Pantanal UNIDERP - Anhanguera (2016), Pós-Graduado Lato Sensu em
Contabilidade & Direito Tributário pelo Instituto de Pós-Graduação e
Graduação IPOG - MBA (2019), Mestrando em Ciências Contábeis
(2021) pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Atualmente é Membro Efetivo da Comissão de Jovens Lideranças
Contábeis do Conselho Regional de Contabilidade do Mato Grosso do
Sul, Instrutor do Curso de Formação Técnica em Agronegócio do
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR-AR/MS, Professor
Adjunto do Centro Educacional Anhanguera Campo Grande - UNAES e Consultor nas áreas
de contabilidade, fiscal e tributária. Tem experiência na área de administração, contábil e
financeira, com ênfase em Ciências Contábeis. Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/8821383130949847
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Sobre os Professores Participantes:
Esp.ª Dóris Day Nantes Miranda Gomes, possui graduação de
Professores, Licenciatura com Habilitação em Administração (2000) e
em Ciências Contábeis pela Universidade Católica Dom Bosco - UCDB
(2018), Pós-Graduada em Administração Financeira e Controladoria
(2001); Pós-Graduada em Contabilidade Financeira e Auditoria (2001)
pelo Instituto Nacional de Pós Graduação – INPG; Pós-Graduada em
Educação Profissional (2013) pelo Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial – SENAC/SC; Pós-Graduada em Educação Empreendedora
(2017) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro –
PUC/RJ. Experiência profissional na área de Administração e
Contabilidade, com ênfase em Administração Financeira e Orçamentária e em Contabilidade
Gerencial, Contabilidade de Custos, Folha de pagamento, Contabilidade Tributária atuando em
empresas de grande porte. Cargo de gerência e coordenação administrativo financeira.
Consultora Empresarial. Docente na Universidade Anhanguera Campo Grande - UNAES e na
Faculdade Estácio de Sá. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9218219511952153
Esp. Eduardo Henrique Zanão, possui graduação em Administração
com ênfase em Análise de Sistemas (2000) e Pós-Graduado em Gestão
de Pessoas (2016), graduando em Ciências Contábeis e Mestrado em
Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional pela Universidade para
o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal UNIDERP-
Anhanguera; Pós-Graduado com MBA em Logística em pela
Universidade Anhanguera Campo Grande – UNAES. Experiência
profissional na área de administração, gestão, planejamento e logística,
com ênfase em atuando em empresas de grande porte. E na área de
educação passando por várias Instituições de Ensino Superior como a
UNAES I e Anhanguera Educacional, atualmente é docente no Centro Universidade
Anhanguera Campo Grande – UNAES II lecionando para os cursos de administração, ciências
contábeis, técnico em recursos humanos, logística e engenharias em geral com foco na
produção. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2716903663404049
Me.ª Isa Maria Formaggio Marques Guerini, possui graduação em
Direito (2006); Pós-Graduado em Didática e Metodologia do Ensino
Superior (2010); e Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento
Regional (2014), pela Universidade para o Des. do Estado e da Região
do Pantanal UNIDERP; e Pós-Graduada em Direito Tributário (2009),
pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários IBET. Experiência
profissional na área de advocacia e corretagem de seguros. Conselheira
suplente na gestão 2019/ 2021 da Ordem dos Advogados do Brasil
seccional de Mato Grosso do Sul (OAB/MS). E na área de educação
atuando como docente na UNAES II e Anhanguera Educacional, sendo
Coordenadora Adjunta e de Estágio do curso de direito, membro da Comissão Própria de
Avaliação, do Núcleo Docente Estruturante, do Núcleo de Acessibilidade, Inclusão e Direitos
Humanos e do Colegiado e atualmente Coordenadora do Curso de Direito do Centro
Universitário Anhanguera de Campo Grande – UANES II, lecionando para os cursos de direito,
administração e ciências contábeis. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7236215532078072
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Me. Leandro Rachel Arguello, possui graduação em Administração de
Empresas (2007) e Pós-Graduado em Gestão de Marketing e Varejo
(2009), pela Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da
Região do Pantanal UNIDERP; e Mestrado em Desenvolvimento Local
(2020), pela Universidade Católica Dom Bosco. Experiência
profissional na área de administração, gestão, planejamento e
consultoria, atuando em empresas de grande porte nacional e
internacionalmente. Na área de educação atuando em várias Instituições
de Ensino Superior e Pós-Graduação como a Anhanguera Educacional e
a Universidade Católica Dom Bosco, lecionando para os cursos de
administração e ciências contábeis. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6618505773806071
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Selma Alice Ferreira Ellwein – CRB 9/1558
A859c
Assunção, Ayron Vinicius Pinheiro de, et al.
Coletânea do Curso de Ciências Contábeis: volume 1. / Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção, Ryan Caldas Quevedo. – Londrina: Editora Científica, 2020.
ISBN 978-65-00-21010-1
1. Contabilidade. 2. Ensino Superior. 3. Organizações. I. Assunção, Ayron Vinicius Pinheiro de. II. Quevedo, Ryan Caldas. IV. Título. .
CDD 657
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SUMÁRIO
1 – Auditoria Contábil Interna: objetivo e a importância para as organizações.................02
André Queiroz Oliveira de Souza
Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção
Isa Maria Formaggio Marques Guerini
Leandro Rachel Arguello
2 – Análise das Demonstrações Contábeis e a importância da verificação dos indicadores
nas tomadas de decisões..........................................................................................................12
Amanda dos Santos Soares
Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção
Doris Day Nantes Miranda Gomes
Ryan Caldas Quevedo
3 – A importância das ferramentas de contabilidade para manter a transparência dentro
de instituições do Terceiro Setor..............................................................................................26
Carlos Eduardo Santana
Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção
Doris Day Nantes Mirante Gomes
Eduardo Henrique Zanão
4 – A importância da contabilidade gerencial nas empresas.................................................40
Jorge Henrique dos Santos Cruz
Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção
Doris Day Nantes Miranda Gomes
Ryan Caldas Quevedo
5 – Contabilidade Gerencial como ferramenta de gestão para o desenvolvimento das
empresas...................................................................................................................................53
Josefa Aparecida da Silva Amaral
Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção
Leandro Rachel Arguello
6 – A importância da análise das Demonstrações Contábeis para as organizações.............66
Valmir da Silva Rezende
Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção
Doris Day Nantes Mirante Gomes
Ryan Caldas Quevedo
7 – A importância das ferramentas gerenciais para a gestão das empresas.........................75
Wesley Tiago de Araújo
Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção
Eduardo Henrique Zanão
Ryan Caldas Quevedo
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AUDITORIA CONTÁBIL INTERNA: OBJETIVO E A IMPORTÂNCIA PARA AS
ORGANIZAÇÕES.
André Queiroz Oliveira de Souza1
Prof. Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção2
E-mail: [email protected]
Prof.ª Isa Maria Formaggio Marques²
E-mail: [email protected]
Prof. Leandro Rachel Arguello3
E-mail: [email protected]
RESUMO
O presente trabalho discorre sobre o tema Auditoria Contábil Interna nas organizações, com o
objetivo de apresentar como essa atividade vem crescendo no Brasil e a grande importância na
tomada de decisões para os gestores das empresas. A escolha desse tema deu-se por ser relevante
no âmbito organizacional, e o seu papel na influência de bons resultados quando aplicado de
forma correta, de modo sendo também uma oportunidade para os contadores, que possam estar
prontos a oferecer algo a mais do que os serviços básicos de sua profissão, mostrando muito
mais que a auditoria interna pode proporcionar. A elaboração do trabalho foi realizada
utilizando pesquisas em diversas fontes, como por exemplo livros de autores conceituados na
Contabilidade. Primeiramente será analisada a auditoria como um todo, o conceito, suas
funções de interna e externa e suas responsabilidades. Após será analisado especificadamente a
auditoria interna e suas contribuições para as Organizações, chegando à conclusão de que a
Auditoria interna é uma ferramenta essencial para a empresa e aplicada de maneira correta,
trazendo números positivos. E encerra concluindo sobre como a auditoria interna e seus
processos ajudam as organizações atuais a atingir os seus objetivos.
Palavras-chave: Auditoria. Contabilidade. Organização.
1. INTRODUÇÃO
A Auditoria faz parte de umas das áreas das Ciências Contábeis, sendo responsável pelo
controle administrativo das empresas. Pode ser considerada como uma das ferramentas
principais a ser aplicadas para as Organizações.
Visto que o papel da Auditoria está em examinar claramente os documentos e registros
da empresa, assegurando a fidelidade dos registros, proporcionando o que se espera das
demonstrações financeiras, a credibilidade. Para isso, utiliza-se de conhecimentos da área
contábil e administrativa, um instrumento de amplo controle, sendo aplicado, traz informações
primordiais dos processos internos existentes, se estão sendo seguidos efetivamente e todas as
transações envolvidas em concordância.
A importância dessa pesquisa consiste em mostrar que a Auditoria Interna é importante
para as empresas, internamente, contribuindo como uma maneira existente para ser aplicada
nas organizações. Justifica-se que explorar as ferramentas da Auditoria é relevante, visto que o
1 Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande – UNAES. 2 Docente do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande – UNAES. 3 Docente do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Católica Dom Bosco – UCDB.
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seu valor é de demonstrar recursos que a empresa obtém com o auxílio da auditoria interna,
identificando os controles internos e os controles contábeis.
Diante do exposto, surge o seguinte problema de pesquisa: Como a Auditoria Interna
pode beneficiar as organizações que estão cada vez mais sofrendo com inúmeros riscos,
frequentes erros e diversos desperdícios?
Com isso compreende-se como é necessário que as empresas se renovem e adquiriram
desenvolvimento tecnológico, para reduzir custos, aprimorar seus controles e tornar-se
competitiva em sua área de atuação. A realização desse trabalho tem como objetivo central
evidenciar os conhecimentos na área de Auditoria Interna e suas aplicações, diretamente focada
na contribuição com a empresa, o seu valor e identificar recursos que as empresas obtém com
o auxílio da auditoria interna, identificando os controles internos e os controles contábeis.
O objetivo geral da pesquisa foi evidenciar a importância da Auditoria Interna dentro
das Organizações. Para tal, a pesquisa contou com os seguintes objetivos específicos: a
Auditoria como papel significativo, apoiando no alcance de objetivos, sendo uma importante
revisão para qualquer tipo de empresa, resultando em confiabilidade e credibilidade aos
clientes, refletindo na verdadeira saúde financeira da organização que utiliza a ferramenta em
questão, considerada como uma das mais importantes no controle administrativo.
O tipo de pesquisa realizado neste trabalho foi uma Revisão de Literatura, no qual foi
realizada uma consulta a livros, dissertações e por artigos científicos. O período dos artigos
pesquisados foram os trabalhos publicados nos últimos 20 anos, trazendo uma melhor visão do
tema proposto, além da compreensão do problema. As palavras-chave utilizadas na pesquisa
serão: Auditoria Interna, Contabilidade, Organização.
2. CONCEITOS DE AUDITORIA
Este capítulo tem como objetivo o desenvolvimento de conceitos, apresentando o
enquadramento teórico do tema abordado, Auditoria. A Contabilidade tem várias áreas de
atuação profissional, sendo umas delas a de Auditoria, com o objetivo de análise e avaliação do
desempenho da organização de acordo com os processos realizados.
Segundo Uhl e Fernandes (1974), desde o início do século, as grandes organizações já
utilizavam os serviços de empresas de auditoria para garantir a fidedignidade de seus balanços
e resultados referentes às suas atividades 4 produtivas dentro de sistemas reconhecidos como
válidos perante seus acionistas e investidores.
Os autores afirmam ainda que o sistema conhecido hoje como Auditoria já vinha sendo
aplicado, embora não com a mesma denominação, pelos antigos mercadores dos tempos
coloniais, que mantinham suas feitorias distantes, justamente pela dificuldade de manter o
controle adequado sobre os investimentos feitos nas grandes capitais. Então, aos poucos, foi
surgindo a necessidade de manter-se, nas organizações, um grupo de pessoas que fossem de
confiança para exercer as funções de “Auditores”.
Para Franco e Marra (2001), a auditoria teve seu inicio na Inglaterra, os autores relatam
que a mesma: “Como dominadora dos mares e controladora do comércio mundial, foi a primeira a
possuir as grandes companhias de comércio mundial, foi à primeira também a instituir
a taxação do imposto de renda, baseado nos lucros das empresas. Além disso, já se
praticava na Inglaterra a auditoria das contas públicas desde 1314, conforme relata a
Enciclopédia Britânica.” (FRANCO; MARRA, 2001, p. 33).
Crepaldi (2004, p. 23), por sua vez, entende que a auditoria pode ser definida como: “Levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos,
operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade. A Auditoria
compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de
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informações e confirmações internas e externas, relacionados com o controle do
patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações
contábeis deles decorrentes.” (CREPALDI, 2004, p.23).
Com as definições apresentadas, pode-se dizer que a Auditoria é um exame de extrema
importância nas atividades desenvolvidas de uma organização, relatando a conformidade e se
está obedecendo as normas apropriadas, de acordo com os princípios que são impostos pela
Contabilidade, e além de tudo focado no controle do patrimônio da entidade auditada.
Pode-se dizer ainda que, a Auditoria é uma forma de investigação em que são analisadas
todas as evidências necessárias, que permite com que o auditor emita um parecer sobre a
conformidade de uma situação proposta, visando informar os resultados aos interessados.
2.1. PRINCÍPIOS DE AUDITORIA CONTÁBIL
De acordo com Attie (2000) os trabalhos de auditoria normalmente são realizados
através das demonstrações financeiras de uma empresa que objetiva verificar se elas estão em
conformidade com os princípios de contabilidade. Em decorrência desta, a auditoria preocupa-
se com a uniformidade na aplicação dos princípios de contabilidade.
Já Santos (2011, p. 10) diz que, a auditoria atualmente é definida como uma das técnicas que
revisa os registros contábeis com o fim de informar se eles são adequados e confiáveis.
Como principal característica, a Auditoria preza pela geração de confiança em alguns
princípios, por exemplo, uniformidade e comparabilidade, resultando em uma ferramenta eficaz
e confiável de apoio a políticas de gestão e controles na organização.
2.2. OBJETIVO E FINS DA AUDITORIA CONTÁBIL
Segundo Attie (2000, p. 81): “A contabilidade se baseia essencialmente em fatos fundamentos em
documentação idônea, em obediência a princípios e normas contábeis
consagradas pela doutrina, registrando-os de forma uniforme, homogênea, em
ordem cronológica, o que dá a ela característica de verdadeira história do
patrimônio.”
O objetivo da Auditoria, para os autores Marra e Franco (2001, p. 31): “É o conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrado, os
quais compreendem registros contábeis, papéis, documentos, fichas, arquivos e
anotações que comprovem a veracidade dos registros e a legitimidade dos atos da
administração, bem como sua sinceridade na defesa dos interesses patrimoniais.
A auditoria pode ter por objeto, inclusive, fatos não registrados documentalmente,
mas relatados por aqueles que exercem atividades relacionadas com o patrimônio
administrado, cuja informação mereça confiança, desde que tais informações
possam ser admitidas como seguras pela evidência ou por indícios convincentes.”
A Auditoria dispondo de todas as maneiras existentes para obtenção de verificar e apurar
se realmente todos os registros tenham veracidade, ainda que tenha que analisar as informações
extracontábeis, na falta de documentação onde deveriam existir, tratando-se de uma maneira
para comprovação que não existe exatidão nas demonstrações contábeis.
Conforme o autor Sá (1998, p.25), o qual afirma: Auditoria é uma tecnologia contábil
aplicada ao sistemático exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou
elementos de consideração contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões críticas e
orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da riqueza aziendal, pública ou privada,
quer ocorridos, quer por ocorrer ou prospectados e diagnosticados.
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Franco (2001, p.22), por sua vez, define auditoria como: “A técnica contábil que através de procedimentos específicos que lhe são peculiares,
aplicados no exame de registros e documentos, inspeções, e na obtenção de
informações e confirmações, relacionados com o controle do patrimônio de uma
entidade – objetiva obter elementos de convicção que permitam julgar se os registros
contábeis foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais e normas de
Contabilidade e se as demonstrações contábeis dele decorrentes refletem
adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados de
período administrativo examinado e as demais situações nela demonstradas.”
Diante das opiniões, a auditoria contábil trata-se de uma técnica disposta a apurar a
integridade contábil da empresa a qual for imposta, a técnica comprova a validação das
demonstrações contábeis com o propósito de sempre ter transparência da situação financeira e
econômica da empresa.
3. AUDITORIA INTERNA/EXTERNA E SUAS ATIVIDADES
De acordo com Gil (2000), a Auditoria surge como ferramenta de gerenciamento,
compreendendo as atividades padronizadas da empresa, e que sua abrangência, nos últimos
tempos, ultrapassa o campo contábil para ser entendida como estratégia de gestão. Sendo assim,
o auditor deve ser absolutamente independente e imparcial na interpretação de tudo que lhe for
apresentado, atestando a cada dado um pronunciamento conclusivo (ATTIE, 2000).
Constatada a importância da Auditoria para qualquer tipo de organização, Almeida
(2003) explica que existem várias formas de se fazer Auditoria, que todas são de fundamental
importância e que se podem ainda separá-las em dois tipos, porém com os mesmos objetivos,
sendo classificadas em Auditoria Externa ou independente e Auditoria Interna.
Com o comparativo, pode-se dizer que ambas fazem a realização do trabalho utilizando
as mesmas técnicas de auditoria vigente, ainda voltada para o controle interno e eficiência de
sistemas contábeis e controles internos.
3.1. AUDITORIA INTERNA
Segundo Almeida (2003, p. 25), O controle interno representa em uma organização o
conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir
dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da
empresa.
Para Attie (1992, p.175), a auditoria interna: “É aquela exercida por funcionários da própria empresa, em caráter permanente.
Apesar de seu vínculo à empresa, o auditor interno deve exercer sua função com
absoluta independência profissional, preenchendo todas as condições necessárias ao
auditor externo, mas também exigindo da empresa o cumprimento daquelas que lhe
cabem. Ele deve exercer sua função com total obediência às normas de auditoria e o
vínculo de emprego não lhe deve tirar a independência profissional, pois sua
subordinação à administração da empresa deve ser apenas com o aspecto funcional.”
Conforme Attie (1992, p.26), cabe à auditoria interna convencer a alta administração e
seus executivos que pode auxiliá-los na melhoria de seus negócios, identificando áreas
problemáticas e sugerindo correção, para obter destes o apoio necessário ao desenvolvimento
de prestação de serviço a toda empresa.
Com uma Auditoria Interna eficaz desobriga tempo de administradores, deixando que
foquem no desenvolvimento e gerenciamento de negócios, passando para os auditores a função
dos processos internos. Como função independente, a auditoria interna nas organizações, são
criadas para diminuir os erros, sendo intencionais ou não, concedendo análises, pareceres e
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sugestões para os administradores.
A título de ilustração, na Figura 1, apresenta-se um organograma que demonstra como
deve estar proclamado o setor de Auditoria Interna dentro da organização:
Figura 1 – Organograma – Auditoria Interna
Fonte: Almeida (2003, p. 30)
A auditoria interna se propõe a auxiliar os membros da administração a desincumbirem-
se de suas responsabilidades, de forma eficaz. Para tanto, a auditoria interna lhes oferece
análise, avaliações, recomendações, assessoria e informações relativas às atividades
examinadas (ATTIE, 1992).
Como pode-se observar na figura acima, a Auditoria Interna atua separadamente dos
demais setores, trazendo as informações e contribuindo para a tomada de decisões dos
interessados da Organização.
3.2. AUDITORIA EXTERNA
Auditoria externa tem como característica a atuação de um profissional não vinculado a
empresa, ou seja, um profissional independente, contratado apenas pelo período em que será
realizada a auditoria.
Para Crepaldi (2004, p.46) a auditoria externa: “Constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão do
parecer sobre a adequação com que estes representam a posição patrimonial e
financeira, o resultado das operações, às mutações do Patrimônio Líquido e as origens
e aplicações de recursos da entidade auditada consoante as normas brasileiras de
contabilidade. A auditoria externa é executada por profissional independente sem
ligação com o quadro da empresa. Sua intervenção é ajustada em contrato de serviços.
Os testes e indagações se espalham por onde haja necessidade de levantar questões
elucidativas para conclusão do trabalho ajustado.”
Desse modo, não existindo vínculo empregatício com a empresa auditada, as opiniões
do auditor conseguem maior grau de confiabilidade junto aos acionistas, financiadores,
fornecedores e analistas, (CREPALDI, 2004).
Quanto à sua realização e independência, Basso (2005, p.108) diz que é Aquela realizada
por profissional liberal autônomo ou por empresa de auditoria independente, sem vínculo de
emprego, contratada para prestar um serviço especializado de auditoria permanente ou eventual.
3.3. DIFERENÇAS AUDITORIA INTERNA X EXTERNA
Alguns pontos trazem diferenças entre a auditoria interna e a externa, como por
exemplo, o grau de independência do profissional que a executa, o conceito, o objetivo a ênfase;
sobre isso, Attie (2000, p.53) diz que: “De forma global, o trabalho executado pela auditoria interna é plenamente idêntico
àquele executado pela auditoria externa. Ambas realizam seus trabalhos Utilizando-
PRESIDÊNCIA
DIRETORIA TÉCNICA
DIRETORIA FINANCEIRA
DIRETORIA ADMINISTRATIVA
DEPARTAMENTO DE AUDITORIA INTERNA
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se das mesmas técnicas de auditoria; ambas têm sua atenção voltada para o controle
interno como ponto de partida de seu exame e formulam sugestões de melhorias para
as deficiências encontradas.”
Para distinguir uma da outra Franco e Marra (2001, p.174) relatam que: “A auditoria externa é justamente o grau de independência que o auditor pode, e deve
manter em relação à entidade auditada. Isto porque a auditoria interna geralmente não
objetiva a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis, sendo executada
mais para fins administrativos, internos, do que para a prestação de contas a terceiros.”
As diferenças ficam ainda mais explícitas entre a auditoria interna e externa no quadro
a seguir:
Quadro 1 – Diferenças entre Auditoria Externa e Auditoria Interna Elementos Auditoria Externa Auditoria Interna
Sujeito Profissional Independente Auditoria interna (funcionário da
empresa)
Ação e objetivo Exame das demonstrações
financeiras Exame dos controles operacionais
Finalidade Opinar sobre as demonstrações
financeiras
Promover melhorias nos controles
operacionais
Relatório principal Parecer Recomendações de controle interno
eficiente administrativa
Grau de independência Mais amplo Menos amplo
Interessados no trabalho A empresa e o público em geral A empresa
Responsabilidade Profissional, civil e criminal Trabalhista
Número de áreas cobertos pelo
exame durante um período Maior Menor
Intensidade dos trabalhos Menor Maior
Continuidade dos trabalhos Periódico Continuo
Fonte: Crepaldi (2004, p.48)
Com as informações do quadro acima, nota-se as diferenças entre as Auditorias Interna
e Externa de acordo com os elementos. A Auditoria Interna deixa claro que esteja mais para
uma ferramenta de auxílio, promovida internamente pelos próprios colaboradores com
finalidade de melhorias, diferentemente da Externa, que trabalha independentemente tendo
opinião concreta das demonstrações financeiras como finalidade.
Com tudo, é nítido a importância que ambas têm para as entidades, a aplicação de uma
não elimina a necessidade da outra, sendo o objetivo maior vem a ser de caráter preventivo.
Efetivamente na tomada de decisões e não como meramente punitiva, sendo que nada impede
que sejam mantidas as duas formas de auditoria e que uma complete a outra.
4. AUDITORIA INTERNA: CONTRIBUIÇÕES PARA AS ORGANIZAÇÕES
Analisando todo o cenário de uma empresa, é nítido o grande valor que a Auditoria
Interna possa passar para a tomada de decisões, apesar de uma área implantada recentemente,
podemos discutir a sua verdadeira importância para as organizações, sendo uma área que possa
vir adicionar valor ao negócio e ainda proporcionar segurança e benefícios nas operações aos
acionistas.
Segundo Barbosa (2016, p. 52): “No processo de tomada de decisão, a maior dificuldade é a incerteza em relação ao
futuro, mas esta pode ser reduzida com um bom modelo de decisão na sua concessão
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e implementação alimentadas com informações fidedignas, adequadas e oportunas, a
fim de oferecer um resultado favorável e aceitável acerca de uma decisão.”
(BARBOSA, 2016, p. 52)
Segundo Attie (1992), o mínimo desejável de subordinação é a auditoria se reportar a
um nível hierárquico que, pelo seu status, possa considerar adequadamente as opiniões e
recomendações do auditor e comandar prontamente sua prática.
O auditor deve ser absolutamente independente e imparcial na interpretação de tudo que
lhe for apresentado, atestando a cada dado um pronunciamento conclusivo (ATTIE, 2000).
Com as opiniões dos autores, a aplicação da auditoria interna como uma ferramenta
auxiliar, a gestão alimenta o seu exemplo de modelo de decisão com informações adequadas e
fidedignas apuradas e avaliadas cotidianamente. O auditor terá que efetuar suas análises de
forma imparcial, íntegra e objetiva sendo necessário possuir o máximo de independência dentro
da organização imposta. É impensável ter uma independência completa, só que é preciso buscá-
la respeitando o limite presente da empresa.
Desde o momento que se identifica que a auditoria está subordinada a outros tipos dos
níveis de diretorias dentro da organização, que não esteja respeitando sua independência, ela
logo pode vir a sofrer interferência que impactará diretamente nos relatórios elaborados, uma
vez que a parte mais alta da instituição tem o poder de manipular e até mesmo omitir diversas
informações importantíssimas para a descoberta de erros ou fraudes, tornando a auditoria
ineficaz.
4.1. DECISÕES PROGRAMADAS E DECISÕES NÃO PROGRAMADAS
Decisões programadas são aquelas tomadas de acordo com um hábito, uma regra ou um
procedimento. Toda organização tem políticas por escrito ou não, que simplificam as decisões
em situações recorrentes, limitando ou excluindo alternativas (STONER, 1984).
Os problemas que acontecem diariamente não são necessariamente simples; utilizam decisões
programadas para assuntos complexos e simples. Caso um problema venha se repetir e se os
elementos que o compõem forem definidos, previstos e analisados, ele poderá ser um candidato
à decisão programada.
As decisões não programadas, por outro lado, são as que tratam de problemas incomuns
ou peculiares. Se um problema não aparece com tanta frequência para merecer uma política, ou
se for tão importante que mereça tratamento especial, terá que ser resolvido por uma decisão
não programada (STONER, 1984). Com isso, programas de treinamento administrativo
procuram aumentar a capacidade do administrador de tomar decisões não programadas, com o
objetivo de ensinar a maneira correta para tomar decisões de modo razoável.
4.2. DECISÕES CENTRALIZADAS E DESCENTRALIZADAS
A centralização se refere à distribuição de poder nas organizações, sendo definida por
Hall (1984, p.81), como: “O locus de decisão que determina a autoridade dentro de uma organização. Quando
a maioria das decisões é tomada hierarquicamente, uma unidade organizacional é
considerada centralizada; uma unidade descentralizada geralmente implica que a fonte
principal do processo decisório foi delegada pelos gerentes de linha para o pessoal
subalterno.”
Segundo os autores Motta e Pereira (1991), ainda, relacionam as vantagens da
centralização e descentralização, alertando para o fato de que a vantagem de uma é a
desvantagem de outra.
Temos também a vantagem e as desvantagens de centralização e da descentralização,
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lembrando que a vantagem de uma é a desvantagem da outra. Segue as vantagens da
centralização: as decisões mais importantes são tomadas por pessoas mais capazes; há
necessidades de menor número de administradores de alto nível; há uniformidade de diretrizes
e normas; a coordenação torna-se mais fácil; aproveita-se mais o trabalho dos especialistas;
torna a identificação dos administradores de nível médio com a organização menos decisiva;
possibilita a realização de compras em larga escala. (MOTTA E PEREIRA, 1991)
4.3. ATUAÇÃO DA AUDITORIA INTERNA NAS ORGANIZAÇÕES
De acordo com Paula (1999, p.35): “A auditoria interna, portanto, deverá estar vinculada hierárquica e diretamente à
cúpula administrativa da companhia, a quem fornecera uma visão da atuação das
partes com relação a missão empresarial propiciando informações capazes de otimizar
a ação dos seguimentos administrativos e maximizar o resultado global.”
Para que a auditoria possa vender seu produto e alcançar sua meta proposta, é preciso
manter uma campanha contínua e imaginativa, e que o referido produto seja de qualidade
exigida para capturar e manter o interesse permanente da administração da empresa (ATTIE,
1992).
Com a grande demanda de atividades da empresa buscando maiores resultados é
imprescindível que ela tenha um bom controle interno e, além disso, é de grande valor que esse
controle seja aplicado. Com isso, percebeu a necessidade de que o auditor fosse os olhos da
administração dentro dos diferentes setores, verificando se as atividades estão sendo realizadas
da forma que os diretores da empresa determinam. A função do auditor é analisar se existe
irregularidade, imperfeições de procedimentos na execução dessas atividades.
Um bom trabalho do auditor, deverá passar muito além de um trabalho justo, para que
tenha eficácia é necessário um bom relacionamento entre auditor e auditado. Não adiantaria
manter uma postura rígida, com bloqueios, pois isto somente dificultaria suas análises. É de
grande importância manter o bom relacionamento permitindo que caso possa ter outra
oportunidade no futuro as portas estejam abertas para um próximo trabalho.
Conforme o autor Rego (2001), considera que a auditoria interna se preocupa também
com a melhor rentabilidade dos recursos disponíveis assim como o cumprimento dos objetivos
previamente fixados, servindo as organizações na sua globalidade e não apenas os seus gestores.
A função do auditor interno é fazer aquilo que a direção gostaria de fazer se tivesse tempo para
fazer e soubesse como fazê-lo. (SAWYER, 1988).
Desta forma, as atividades de auditoria interna deverão ser planejadas, programadas e
desenvolvidas tendo em conta as preocupações e prioridades da gestão e acordo com os
objetivos, estratégias e políticas globais definidas, possibilitando o alcance de uma gestão
eficaz, tornando-se uma atividade supervalorizada para o domínio da gestão e da organização
em geral com responsabilidade social. (SAWYER, 1988).
Pode-se garantir que na organização como um todo, são tomadas diversas decisões
rotineiramente seja qual for o nível gerencial ou fase de produção.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de evidenciar como a auditoria interna vem
cada vez mais se consolidando como uma das principais ferramentas e como base de estrutura
de uma organização. Com função ampla no contexto de gestão, em processos de gestão de
riscos, ajudando diretamente em prevenção de perdas e ainda visando identificar oportunidades
que possam as ferramentas de gestão e no controle das operações internas, resultando
positivamente.
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No primeiro objetivo específico, foram apresentados os conceitos de auditora de
maneira geral, considerando-se como a auditoria interna é importante atualmente para as
organizações. Desta forma, ficou evidente que a auditoria interna é importante e utilizada
principalmente na tomada de decisão, por conta da grande quantidade de informações e dados
dos processos da empresa, de extrema utilidade na gestão. Com característica de confiabilidade
nas informações, vem cada vez mais se modernizando, suprindo as necessidades das
organizações em geral.
O segundo objetivo específico, destacou-se as principais atividades realizadas pela
auditoria, interna e externa, sendo assim possível identificar que ela atua como um processo nas
demonstrações contábeis, para que sejam confiáveis e estejam devidamente de acordo com os
princípios da Contabilidade.
Por fim, no terceiro objetivo específico, foi explorado as contribuições que o trabalho
da auditoria trazer para a empresa, que em uma organização moderna, o auditor atuante
internamente (colaborador) deve ter ética, ser proativo, com visão voltada para aumento de
resultados, e não apenas para informar erros ou falhas. Nota-se que a auditoria pode influenciar
positivamente na vida de todos os níveis hierárquicos da organização.
Desta forma, pode-se afirmar que os objetivos foram atingidos. Diante do exposto,
conclui-se que a auditoria interna é uma atividade pode amparar a gestão da empresa, realizando
todos os processos internos e rotinas de trabalho estejam sendo realizadas com eficiência, os
dados com confiabilidade fazendo com que o gestor realize a tomada de decisão.
6. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. São Paulo: 6ª ed. atlas, 2003.
ATTIE, W. Auditoria interna. São Paulo: atlas, 1992.
ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 3. Ed. São Paulo: atlas, 2000.
BARBOSA, Irina Missilen Correia. Importância da Auditoria Interna no Processo
Decisório das Organizações. Estudo Caso Enapor, SA. 2016. 95 f. Monografia (Licenciatura
em Organização e Gestão de Empresas) - Departamento de Ciências Económicas e
Empresariais, Universidade do Mindelo, Cabo Verde. Disponível em:
<http://www.portaldoconhecimento.gov.cv>
BASSO, I. P. Contabilidade geral básica. 3ª Ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2005.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: Teoria e Prática. 2ª ED. São Paulo: atlas,
2004.
FRANCO, H.; MARRA, E. Auditoria Contábil. 4ª Ed. São Paulo, Ed. Atlas, 2001.
GIL, A. L. Auditoria operacional e de gestão. São Paulo: atlas, 2000.
HALL, R. Organizações: estrutura e processos. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1984.
MOTTA, F. C. P., PEREIRA, L.B. Introdução à organização burocrática. São Paulo:
Brasiliense, 1991.
PAULA, M. G. M. A. Auditoria Interna – Embasamento Conceitual e Suporte Tecnológico.
São Paulo: Atlas, 1999.
REGO, F. C. A natureza da auditoria interna e as questões subjacentes
à extensão do seu âmbito. Revista de Auditoria Interna, nº 6, 2001.
SÁ, A. L. Curso de Auditoria. 8. Ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Atlas, 1998.
SANTOS, F. C. S. Auditoria contábil. Clube dos autores, 2011.
SAWYER, L. B. Sawyer Internal Auditing. Altamonte Springs: Florida, The
Institute of Internal Auditors. 1988.
STONER, J. A. F. Administração. Rio de Janeiro: Prentice Hall, 1984.
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UHL, F.; FERNANDES, J. T. F. S. Auditoria Interna. Instituto de Auditores Internos do
Brasil. 2. Ed. São Paulo: atlas, 1974.
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E A IMPORTÂNCIA DA
VERIFICAÇÃO DOS INDICADORES NAS TOMADAS DE DECISÕES
Amanda dos Santos Soares1
Prof. Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção2
E-mail: [email protected]
Prof.ª Doris Day Nantes Miranda Gomes²
E-mail: [email protected]
Prof. Ryan Caldas Quevedo²
E-mail: [email protected]
RESUMO
O presente trabalho apresenta a importância da análise das demonstrações contábeis como
ferramenta de gestão, pois demonstra a real situação econômico-financeira das empresas.
Atualmente, os gestores estão cada vez mais preocupados em obter melhores resultados e
buscam informações que contribuam no processo decisório buscando sempre a melhoria de sua
organização e a maximização dos resultados de uma empresa através de decisões baseadas em
dados de fácil compreensão. A Análise das Demonstrações Contábeis por meio da análise
horizontal, vertical, a análise dos indicadores econômico-financeiros e análise por índices,
facilita ao gestor a identificação dos aspectos positivos e negativos do desempenho empresarial,
onde permite-se buscar assim resultados satisfatórios de qualquer ramo de atuação. Sendo
assim, a análise de balanços permite resultados importantes que toda organização necessita
saber, contendo dados específicos que auxiliam grandes tomadas de decisões, pois ao obter
essas informações quando comparadas e analisadas possibilita a identificação de pontos
negativos, permitindo assim um planejamento onde possa de reverter para uma melhoria da
organização.
Palavras-chave: Análise das Demonstrações Contábeis. Ferramenta de gestão. Indicadores
Financeiros. Índices. Informações.
1. INTRODUÇÃO
Muitas empresas não têm o conhecimento da relevância que é a análise das
demonstrações contábeis para as tomadas de decisões, pois é através dessas informações nos
permite verificar a real situação patrimonial da entidade. Por meio deste tema, procura-se
aprimorar o processo de interpretação das análises da situação patrimonial, econômica e
financeira de uma empresa, onde se visa evidenciar a importância da entidade adquirir o
conhecimento dessas informações contábeis para melhor controle dos procedimentos que, os
gestores precisam realizar a fim de buscar sempre a melhoria de sua organização.
Este trabalho se justifica por demonstrar a importância das análises das demonstrações
contábeis nas tomadas de decisões de uma empresa. Por trazerem informações pertinentes para
identificar o estado econômico e financeiro da entidade através do seu balanço patrimonial,
onde proporciona-se uma visão de como está a situação da organização e os respectivos retornos
através de técnicas precisas, podendo propor melhorias para alcançar resultados satisfatórios.
1 Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande – UNAES. 2 Docente do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande – UNAES.
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O problema ao qual está pesquisa teve a intensão de responder foi: Quais as
informações podem ser fornecidas para a tomada de decisão das empresas por meio das
análises das demonstrações contábeis? Este problema foi escolhido pois compreende-se que
todo gestor tem como intuito alavancar a sua empresa e por muitas vezes não possui
informações necessárias nas tomadas de decisões. Entretanto essas informações podem ser
encontradas facilmente através das análises de balanço da própria organização.
O objetivo geral desse estudo é apresentar foi evidenciar informações que auxiliam nas
tomadas de decisões por meio da técnica das análises de balanços, onde permite identificar a
situação econômico-financeira através da verificação de determinados indicadores. Onde foi
abordado o conceito da contabilidade, e identificar também o conceito das demonstrações
contábeis e, por fim, evidenciar as principais técnicas para as análises das demonstrações
contábeis.
Para alcançar os objetivos foi realizado neste trabalho o método de pesquisa a revisão
bibliográfica, sendo uma pesquisa qualitativa descritiva, desenvolvida com material já
elaborado presentes em livros com base em análise de balanços e demonstrações contábeis e
artigos científicos publicados nos últimos 10 anos. Com isso, neste estudo foi apresentado
técnicas de análise das demonstrações contábeis, de modo a auxiliar aos gestores informações
através dos resultados das análises, permitindo assim as tomadas decisões para a melhoria a sua
empresa.
2. CONTABILIDADE A FERRAMENTA DE GESTÃO
A Contabilidade considera-se uma máxima que diz: não há débito (s) sem crédito (s) de
mesmo valor. Assim, toda movimentação patrimonial da empresa é registrada através das
partidas dobradas, conforme relata Lins e Filho (2012). Em outras palavras Marion (2008),
contribui conceituando a Contabilidade como sendo uma ferramenta que fornece o máximo de
informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa, além de auxiliar o
governo na arrecadação de impostos.
Considera-se assim, a contabilidade é uma grande aliada à tomada de decisão, por fornecer
informações reais da empresa auxiliando os gestores com relatórios que mostra a situação
econômico-financeira da organização, que para Blatt (2001, p. XVII), é descrito que: “A Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades. Na
Contabilidade, o objetivo é sempre o patrimônio de uma entidade, definido como um
conjunto de bens, direitos e obrigações, pertencente a uma pessoa física, a um
conjunto de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a uma sociedade ou
instituição de qualquer natureza, independentemente da sua finalidade, que pode, ou
não, incluir o lucro.”
A contabilidade tem por finalidade registrar, controlar e demonstrar os fatos que afetam
a empresa, gerando informações a fim de auxiliar os gestores para que almejem resultados.
Nesse sentido Silva (2008), relata que o objetivo principal da Contabilidade é prover
informações úteis e consistentes para a tomada de decisões econômicas e financeiras, o mesmo
autor expõe que a Contabilidade é uma ciência que registra, verifica e analisa os fatos
financeiros e econômicos decorrentes da situação patrimonial.
2.1. TEORIA DA CONTABILIDADE
A Teoria Contábil pode causar efeitos em aplicações na vida prática, como acontece
atualmente à maioria do nosso conhecimento, mas também pode ser desinteressada e não tratar
senão de manter-se no campo especulativo. As teorias, normalmente, não são verificadas por
processos experimentais. É a teoria que antecede as leis científicas e daí a sua grande
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importância na formação da ciência, sendo um conjunto de princípios fundamentais de uma
ciência, a Teoria Contábil é o conjunto de princípios fundamentais da ciência da Contabilidade.
A Teoria Contábil de acordo com Hoog (2016, p. 393), é um conhecimento meramente
racional. Contudo, a Teoria Contábil aplicou-se como sendo um conjunto de conhecimentos
não frívolo que apresentam uma sistematização e credibilidade, e que se propõem a explicar,
esclarecer ou interpretar uns acontecimentos que se oferecem à atividade da prática da ciência.
Neste sentido, observa-se a Teoria Contábil como um conhecimento racional e
especulativo, onde é o início e o ponto de partida da ciência Contábil, a fim de possuir princípios
e regras formando um sistema teórico e por fim, quando se propõe a analisar, interpretar e
elucidar questões pertinentes a uso da ciência Contábil ela se torna, também, a alma da prática
profissional
Conforme Silva, Silva Neto e Cerqueira (2015, p. 6) “A Teoria da Contabilidade é
essencial para formação do profissional da Contabilidade. Sem que se tenha conhecimento da
origem de sua profissão, o indivíduo mostra-se como uma casa sem base, um castelo de areia”.
Ou seja, ela auxilia o estudante a entender a origem da sua profissão e conceitos que serão
necessários e importantes para a sua carreira.
A Teoria da Contabilidade visa estudar também os objetivos da contabilidade, que
conforme Iudícibus, Marion e Faria (2009, p. 32) o objetivo principal da contabilidade é
descrito como “o de fornecer informações estruturadas de natureza econômica, financeira e
subsidiariamente, física, de produtividade e social para os usuários internos e externos a
entidade objeto da Contabilidade”.
2.2. ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA
O Conselho Federal de Contabilidade no ano de 1993 através da resolução nº 750/93,
trouxe uma redação sobre os Princípios de Contabilidade: “Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias
relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos
universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade
no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.
(BRASIL, RESOLUÇÃO Nº 750, 1993, art. 2º).”
Em seu texto a resolução estabelecia que, para se praticar a contabilidade, o profissional
deveria nortear suas ações de acordo com os conceitos básicos estabelecidos pelos princípios
de contabilidade. Eram citados como princípios: O da Entidade; O da Continuidade; O da
Oportunidade; O do registro pelo valor original; O da Atualização monetária “revogado pela
resolução CFC n°1.282/10”; O da Competência; e O da Prudência.
Um dos principais marcos da Contabilidade brasileira foi a aprovação da Lei 11.638 de
2007, que trata do processo de convergência das normas internacionais. Para Gonçalves,
Batista, Macedo e Marques (2014), a Lei ajudou o Brasil a exercer modificações nas práticas
contábeis, estando assim alinhado com os outros países que adotam normas no padrão IFRS.
Com o decorrer da convergência, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) tem
adequado e publicado desde 2008 as orientações e pronunciamentos contábeis, que em seguida
são aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e outros órgãos reguladores
(GONÇALVES et al., 2014).
A criação do CPC se deu em função das necessidades de (CPC, 2005): “Convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração
de relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de
custo de capital); - Centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil,
diversas entidades o fazem); -Representação e processos democráticos na produção
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dessas informações (produtores da informação contábil, auditor, usuário,
intermediário, academia, governo).”
Com a criação do CPC o Brasil ficou mais próximo dos outros países com relação às
normas contábeis. Fica então a cargo desse órgão a convocação da participação de profissionais
da Contabilidade para a discussão das normas, o que favorece a harmonização contábil do país
(SOUZA, 2009). No entanto, como afirma Souza (2009, p. 25): “A velocidade com que as mudanças vêm ocorrendo pode, de alguma forma,
prejudicar a qualidade final do processo, seja pela dificuldade de adaptação dos
profissionais, pela fragilidade do sistema de ensino, ou ainda pela atuação dos órgãos
reguladores, que terão que trabalhar de maneira coordenada para evitar contradições
na regulação.”
O Pronunciamento Conceitual Básico - Estrutura Conceitual para Elaboração e
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro (CPC 00) foi o primeiro emitido pelo CPC. Ele
estabelece conceitos que fundamentam a elaboração e divulgação das demonstrações contábeis
e ainda dá suporte para o desenvolvimento de novos pronunciamentos e à revisão dos já
existentes (CPC, 2011).
Neste cenário insere-se a Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de
Relatório Contábil-Financeiro ou “EC” (CPC 00), que dentre suas finalidades, apresenta a
seguinte: “Dar suporte à promoção da harmonização das regulações, das normas contábeis e
dos procedimentos relacionados à apresentação das demonstrações contábeis,
provendo uma base para a redução do número de tratamentos contábeis alternativos
permitidos pelos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações (CPC, 2011 p.4). ”
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis define o objetivo das demonstrações contábeis
como segue: “O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre a posição
patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição financeira da
entidade, que sejam úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e
tomadas de decisão econômica (ESTRUTURA CONCEITUAL CPC 00, 2008, p. 7). ”
Para Niyama (2010) o bom profissional contábil e a qualidade dos relatórios contábeis
estão relacionados ao nível de conhecimento sobre a Estrutura Conceitual, pois como
complementam Cruz, Ferreira e Szuster (2011) é esta estrutura que dá suporte para a
fundamentação das normas e padrões que são necessários para a elaboração das demonstrações
contábeis, de maneira a orientar as questões práticas, para assim atender à necessidade dos
usuários das informações contábeis.
3. CONCEITO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As Demonstrações Contábeis, também conhecidas como Demonstrações Financeiras,
fornecem valiosas informações sobre a situação financeira e patrimonial das empresas, sendo
útil sua interpretação para os mais diversos usuários no momento da tomada de decisões. “[...] têm, portanto, por objetivo, revelar, a todas as pessoas interessadas, as
informações sobre o patrimônio e os resultados da empresa, a fim de possibilitar o
conhecimento e a análise de sua situação patrimonial, econômica e financeira.”
(BRAGA, 2009, p. 65)
Conforme Braga (2009), as demonstrações contábeis devem ser preparadas e
apresentadas para usuários externos de uma maneira geral visando suas finalidades distintas e
necessidades diversas. Se o foco for elaborar demonstrações que forneçam informações úteis
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na tomada de decisões e avaliações para usuários em geral sem atender a finalidades e
necessidades específicas, uma vez que a maioria as utiliza para tomada de decisões econômicas,
as demonstrações devem ser elaboradas segundo a Estrutura Conceitual.
3.1. BALANÇO PATRIMONIAL (BP)
A Norma Brasileira de Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas (NBC T) 19.41
o Balanço Patrimonial da entidade é a relação de seus ativos, passivos e patrimônio líquido em
uma data específica. De acordo com Silva (2012) o BP tem como objetivo apresentar as
informações quantitativas e qualitativas que abrangem bens, direitos e obrigações da empresa
em um determinado tempo.
Conforme Matarazzo (2010) o balanço patrimonial apresenta todos os bens e direitos da
empresa, denominado Ativo, bem como suas obrigações, dito Passivo, em um determinado
período, em geral, um exercício social, verificando ainda a diferença entre os mesmos,
apresentada como Patrimônio Líquido, remetendo a ideia de quanto capital foi investido na
empresa, seja de um recurso externo ou refletindo suas operações de ganho interno.
O Balanço Patrimonial é a mais importante demonstração contábil onde se visualiza o
equilíbrio do patrimônio, a igualdade patrimonial, devendo ser elaborado com precisão para
obter dados que espelhem a realidade da empresa obedecendo sempre os princípios contábeis.
Quadro 1: Apresenta-se a estrutura do BP:
Fonte: Braga (2012).
Sobre a estrutura do BP, Assaf Neto (2010, p. 47) explica que: “O balanço apresenta a posição patrimonial e financeira de uma empresa em dado
momento. A informação que esse demonstrativo fornece é totalmente estática e, muito
provavelmente, sua estrutura se apresentará relativamente diferente algum tempo após
seu encerramento. No entanto, pelas relevantes informações de tendências que podem
ser extraídas de seus diversos grupos de contas, o balanço servirá como elemento de
partida indispensável para o conhecimento da situação econômica e financeira de uma
empresa.”
No entendimento de Assaf Neto (2010), o BP demonstra a posição patrimonial e
financeira da empresa, possibilitando aos gestores tomar decisões de acordo com situação da
empresa.
O Balanço Patrimonial compreende variados grupos onde as contas são agregadas com
a intenção de facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa. Conforme
Braga (2009) as contas do Ativo são dispostas em ordem decrescente de realização ou
conversibilidade (grau de liquidez) e as contas do Passivo e Patrimônio Líquido em ordem
decrescente de exigibilidade.
ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
1. ATIVO CIRCULANTE
2. ATIVO NÃO CIRCULANTE
2.1 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
2.2 INVESTIMENTOS
2.3 IMOBILIZADO
2.4 INTANGÍVEL
4. PASSIVO
5. PASSIVO NÃO CIRCULANTE
6. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
6.1 CAPITAL REALIZADO
6.2 RESERVAS DE CAPITAL
6.3 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
6.4 RESERVAS DE LUCROS
6.5 AÇÕES EM TESOURARIA (-)
6.6 PREJUÍZOS ACUMULADOS (-)
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3.2. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
A DRE tem como objetivo demonstrar o porquê a empresa chegou ao resultado
apresentado. O gestor da empresa consegue analisar e verificar as devoluções realizadas,
impostos que foram pagos e abatidos, receitas e despesas em determinado período, entre outros.
Segundo Iudícibus (2010) a Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo
ordenado das receitas e despesas, sendo apresentada de forma dedutiva, apresentando os
aumentos e as reduções causadas no Patrimônio Líquido através das operações da empresa em
um determinado período de tempo. Assim, a partir das receitas subtraem-se as despesas para
que se possa assim indicar o resultado, lucro ou prejuízo.
Por se tratar de uma demonstração que retrata apenas o fluxo econômico é uma
importante ferramenta de análise para gerar informações para a tomada de decisões, pois
segundo Matarazzo (2003) todas as receitas e despesas estarão no DRE ordenadas por sua
natureza, o que contribuirá de maneira significativa com informações sobre a empresa.
Segundo CPC 26 R1, 2011 a Demonstração do resultado do exercício deve incluir as
seguintes rubricas: “(a) receitas;
(b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos;
(c) lucro bruto;
(d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas
operacionais;
(e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método de
equivalência patrimonial;
(f) resultado antes das receitas e despesas financeiras
(g) despesas e receitas financeiras;
(h) resultado antes dos tributos sobre o lucro;
(i) despesa com tributos sobre o lucro;
(j) resultado líquido das operações continuadas;
(k) valor líquido dos seguintes itens:
(i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas;
(ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos despesas
de venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição para venda que
constituem a unidade operacional descontinuada.
(l) resultado líquido do período.” (CPC 26 R1, 2011, item 82)
Para um melhor entendimento, no Quadro 2 apresenta-se a composição estrutural da
DRE:
Quadro 2: Estrutura da DRE de acordo com a Lei das S.A. (continua)
RECEITA BRUTA DE VENDAS E/OU SERVIÇOS
(-) Descontos Concedidos, Devoluções
(-) Impostos sobre vendas
= RECEITA LÍQUIDA
(-) Custo dos produtos Vendidos e/ou Serviços Prestados
= RESULTADO BRUTO
(-) Despesas/Receitas Operacionais
(-) Despesas Gerais e Administrativas
(-) Despesas de Vendas
(+) Receitas Financeiras
(-) Despesas Financeiras
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(-) Juros sobre Capital Próprio
(+) Outras Receitas Operacionais
(-) Outras Despesas Operacionais
(-) Provisão para Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL)
= RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
(-) Participações
(-) Contribuições
(+) Reversão dos Juros sobre o Capital Próprio
= RESULTADO (LUCRO/PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
= RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
(-) Participações
(-) Contribuições
(+) Reversão dos Juros sobre o Capital Próprio
= RESULTADO (LUCRO/PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
= RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
(-) Participações
(-) Contribuições
(+) Reversão dos Juros sobre o Capital Próprio
= RESULTADO (LUCRO/PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
(-) Custo dos produtos Vendidos e/ou Serviços Prestados
= RESULTADO BRUTO
(-) Despesas/Receitas Operacionais
(-) Despesas Gerais e Administrativas
(-) Despesas de Vendas
(+) Receitas Financeiras
(-) Despesas Financeiras
(-) Juros sobre Capital Próprio
(+) Outras Receitas Operacionais
(-) Outras Despesas Operacionais
= RESULTADO OPERACIONAL
(-) Provisão para IRPJ e CSLL
= RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
(-) Participações
(-) Contribuições
(+) Reversão dos Juros sobre o Capital Próprio
= RESULTADO (LUCRO/PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO LUCRO POR AÇÃO
Fonte: Assaf Neto (2012).
No Quadro 2 apresenta-se a composição da DRE, os grupos apresentados na estrutura
apresentam resultados particulares de cada receita e despesas do período, possibilitando maior
visão para os analistas. A utilização da DRE é de extrema importância para verificar e analisar
a situação, apresentado a realidade da empresa para os interessados.
3.3. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL)
No CPC 26 trata da demonstração das mutações do patrimônio líquido, inclui as
seguintes informações:
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“(a) o resultado abrangente do período, apresentando separadamente o montante total
atribuível aos proprietários da entidade controladora e o montante correspondente à
participação de não controladores; (b) para cada componente do patrimônio líquido,
os efeitos da aplicação retrospectiva ou da reapresentação retrospectiva, reconhecidos
de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de
Estimativa e Retificação de Erro; (d) para cada componente do patrimônio líquido, a
conciliação do saldo no início e no final do período, demonstrando-se separadamente
as mutações decorrentes: (i) do resultado líquido; (ii) de cada item dos outros
resultados abrangentes; e (iii) de transações com os proprietários realizadas na
condição de proprietário, demonstrando separadamente suas integralizações e as
distribuições realizadas, bem como modificações nas participações em controladas
que não implicaram perda do controle (CPC 26, 2009, p. 106). ”
De acordo com Braga (2009, p. 102) “essa demonstração tem por objetivo facilitar a
análise das modificações ocorridas nos componentes do patrimônio líquido, durante
determinado período, geralmente o exercício social”. Diante do exposto, ressalta-se a
importância da DMPL nas empresas, visto que ela demonstra as movimentações no patrimônio
da empresa.
3.4. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC)
No item 111 do CPC 26 trata do demonstrativo fluxo de caixa que é uma base para
avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e as necessidades da
entidade para utilizar esses fluxos de caixa. Esse demonstrativo foi introduzido pela Lei nº
11.638/07 em substituição à Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.
Conforme mencionado por Silva (2012), o objetivo principal da DFC é fornecer
informações relevantes sobre liquidações e recebimentos, em dinheiro, durante o período que
está sendo analisado.
Ainda nesse sentido, Silva (2012) complementa que esta demonstração tem por objetivo
demonstrar os recebimentos e pagamento ocorridos em determinado período, analisando todas
as aplicações e origens de recursos. A DFC pode ser elaborada de forma direta ou indireta,
conforme Silva (2012), no método direto são apresentados os valores brutos para os itens do
recebimento e pagamento com mais significância. Facilita a compreensão e a visualização do
fluxo financeiro, possibilitando a demonstração dos recebimentos e pagamentos decorrentes
das atividades da empresa. Já no método indireto, a conciliação da DFC é realizada com efetiva
alteração do caixa, exigindo para o analista maior conhecimento na área.
Compreende-se que a DFC auxilia os gestores nas tomadas de decisões, pois permite
visualizar de forma objetiva e clara as entradas e saídas da empresa no momento analisado,
possibilitando maior visão e acompanhamento financeiro.
3.5. DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA);
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) a partir da aprovação da Lei n° 11.638/07
se tornou obrigatória para as companhias abertas. A DVA tem por objetivo demonstrar o valor
da riqueza gerada pelas atividades da empresa como resultante de um esforço coletivo e sua
distribuição entre os elementos que contribuíram para a sua criação (GELBCKE et al. 2010).
Ressalta-se que a DVA não é demonstração obrigatória de acordo com as Normas
Internacionais, devendo compor as informações complementares dos relatórios contábeis,
relacionadas com aspectos de cunho ambiental e social.
Conforme Silva (2012) a DVA é obrigatória desde 2008 para as sociedades anônimas de
capital aberto e tem por objetivo evidenciar as riquezas geradas pela companhia e seus
elementos que contribuíram para a geração da riqueza, exemplo: acionistas, financiadores,
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governo, empregados, entre outros.
Sobre a DVA, Padoveze (2010, p. 94) ressalta que: Através dela pode-se identificar a estrutura básica de custos da empresa.
Retrabalhando as informações nela contida, é possível identificar quanto é a
participação de materiais, salários, encargos sociais, impostos, despesas e
depreciações. Este tipo de informação é gerencialmente importante para comparação
entre as estruturas de custos da empresa, do setor e dos concorrentes.
O DVA avalia o desempenho da empresa e auxilia na tomada de decisão dos gestores,
pois é baseada em fatores eficazes de desempenho, onde fornece informações baseadas em
parâmetros eficazes de desempenho, demonstrando que é uma ferramenta que pode ser utilizada
na tomada de decisão.
3.6. NOTAS EXPLICATIVAS
De acordo com o CPC-026 (2011) as notas explicativas devem apresentar a informação
acerca da base para a elaboração específica utilizada, divulgar a informação requerida pelos
Pronunciamentos Técnicos, Orientações e Interpretações do CPC que não tenha sido
apresentada nas demonstrações contábeis e prover informação adicional que não tenha sido
apresentada nas demonstrações contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão.
Segundo o site Contábeis (2011) as notas explicativas auxiliam na interpretação dos
dados das demonstrações contábeis. Elas são regidas pela Lei n.º 6.404/76, incluída pela Lei n.º
11.941/09, que estabelece algumas obrigatoriedades: “I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras
e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos
significativos; (Incluído pela Lei n.º 11.941, de 2009);
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que
não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras;
(Incluído pela Lei n.º 11.941, de 2009);
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada;” (Incluído
pela Lei n.º 11.941, de 2009, §5).
Conforme mencionado, as notas explicativas são de extrema importância, pois são
relatórios que auxiliam nas dúvidas eventuais durante as análises das demonstrações.
4. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Marion (2007) define que as análises das demonstrações contábeis são tão antigas
quanto à contabilidade, pois uma das primeiras formas de comparação de patrimônio era
realizada a atividade de pastoreio com a contagem e constatação de variação no rebanho, com
isso, se tinha a variação da riqueza ocorrida em dois períodos.
Para Braga (1999 p.125), as análises realizadas nas demonstrações contábeis relatam os
aspectos patrimoniais, econômicos e financeiros com o objetivo de: “[...] observar e confrontar
os elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando ao conhecimento minucioso
de sua composição qualitativa e de sua expressão quantitativa, de modo a revelar os fatores
antecedentes e determinantes da situação atual, e, também, a servir de ponto de partida para
delinear o componente futuro da empresa.”
A análise de balanços é a técnica que se utiliza para obter informações da real situação
da empresa, e é através das demonstrações contábeis que se permite compreender como vai o
andamento da entidade, com o intuito de tomar decisões a fim de buscar melhorias para a
organização. Assaf (2002), comenta sobre quatro técnicas de análise de balanços: A horizontal,
a vertical, a análise de indicadores econômico-financeiros e a análise por índices.
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4.1. ANÁLISE HORIZONTAL (AH)
Ferreira (2007, p. 1) afirma que: “A análise horizontal (ou análise da evolução) consiste em se verificar a evolução dos
elementos patrimoniais ou de resultado durante um determinado período. Importa na
comparação entre valores de uma mesma conta ou grupo de contas em diferentes
exercícios sociais. Os elementos comparados são homogêneos, mas os períodos de
avaliação são diferentes. São necessários, pelo menos, dois exercícios para efeito de
comparação e avaliação da evolução de um determinado componente do patrimônio
ou resultado.”
Segundo Iudícibus (2010 p.83), afirma que: “A finalidade principal da análise horizontal
é apontar o crescimento de itens dos Balanços e das Demonstrações de Resultado (bem como
de outros demonstrativos) através dos períodos, a fim de caracterizar tendências”.
Com tudo, através dessa técnica se verifica a situação do patrimônio e do resultado da
organização, baseando-se no mínimo nos dois últimos períodos, onde se calculam-se os
chamados número, determinando assim o exercício social mais antigo como índice-base 100,
“(...) Este tipo de análise possibilita o acompanhamento do desempenho de cada uma das contas
que compõem a demonstração em questão, ressaltando as tendências evidenciadas em cada uma
delas, sejam de evolução ou retração”. (RIBEIRO, 2009, p. 203)
4.2. ANÁLISE VERTICAL (AV)
De acordo com Assaf (1989, p.180), “a análise vertical é também um processo
comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou grupo de
contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo demonstrativo”. Ou seja,
permite a comparação de cada conta do grupo do balanço patrimonial, tendo com índice
representativos a porcentagem.
De acordo com Matarazzo (2008, p. 249), o objetivo da análise vertical é mostrar a
importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e, através da
comparação com os padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos
anteriores, permitir inferir se há itens fora das proporções normais.
Sobre a AV, Padoveze (2010) explica que consiste em uma análise de estrutura ou de
participação percentual. Já para Marion e Ribeiro (2011), através da AV é possível identificar a
porcentagem de participação de cada elemento no conjunto analisado.
4.3. ANÁLISE POR INDICADORES FINANCEIROS
Padoveze (2010) descreve: “Os indicadores econômico-financeiros são os elementos que tradicionalmente
representam o conceito de análise de balanço. São cálculos matemáticos efetuados a
partir do balanço patrimonial e da demonstração de resultados, procurando números
que ajudem no processo de clarificação do entendimento da situação da empresa, em
seus aspectos patrimoniais, financeiros e de rentabilidade.” (PADOVEZE, 2010, p.
213)
Braga (2012) os índices financeiros caracterizam-se como a relação entre os vários
grupos patrimoniais que determinam a situação financeira da empresa. Os índices financeiros,
também conhecidos como indicadores, são divididos em: Estrutura de Capital e Liquidez.
A análise financeira é obtida através do cálculo de índices financeiros, os quais apresentam a
relação entre as contas do BP, com o objetivo de demonstrar a situação da empresa. É através
das análises dos indicadores financeiros que se consegue visualizar a real situação econômica
que a empresa se encontra, e serve de base para os gestores para tomadas de decisões ou
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correções se assim necessárias.
Segundo Gitman (2010), uma empresa é considerada líquida, quando a mesma consegue
honrar suas obrigações de curto prazo no momento em que elas vencerem. Com base nisso,
existem quatro divisões dos índices de liquidez, a saber: (i) liquidez geral, (ii) liquidez corrente,
(iii) liquidez seca e (iv) liquidez imediata.
4.4. ANÁLISE POR ÍNDICES “Os índices financeiros são relações entre contas ou grupo de contas das
demonstrações contábeis, que têm por objetivo fornecer-nos informações que não são
fáceis de serem visualizadas de forma direta nas demonstrações contábeis.” (SILVA,
2008, p. 225)
A análise por meio de índices permite relacionar grupos de contas com para extrair
informações que auxiliam os gestores nas tomadas de decisões, além de evidenciar a situação
financeira e econômica que a entidade se encontra.
Segundo Padoveze (2010) os índices têm o objetivo de confrontar números do ativo e
passivo e identificar com o resultado se é possível liquidar as dívidas.
4.4.1. ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Primeiramente é necessário esclarecer o que é liquidez. O termo liquidez está vinculado
à capacidade que uma empresa tem de transformar, mais rapidamente, seus ativos em dinheiro.
Estes índices de liquidez são utilizados com o intuito de avaliar e compreender a liquidez e o
momento financeiro em que a empresa se encontra (ASSAF NETO, 2006).
De acordo com Braga (1989), estes indicadores também são utilizados para evidenciar
se a empresa consegue honrar seus compromissos de curto e de longo prazo. Segundo Assaf
Neto (2006), para calcular estes indicadores é necessário conhecer as contas referentes ao ativo
e ao passivo circulante da empresa. Fazem parte do conjunto de indicadores de liquidez os
seguintes índices: i) Liquidez Imediata; ii) Liquidez Seca; iii) Liquidez Corrente; e iv) Liquidez
Geral.
4.4.2. LIQUIDEZ IMEDIATA
Para Souza (2014), o indicador de liquidez imediata é utilizado com o propósito de
compreender a capacidade da empresa em pagar todas as suas dívidas de curto prazo, somente
com valores monetários referentes à conta existente no balanço patrimonial denominada de
caixa e equivalentes de caixa (depósitos em contas de banco, por exemplo).
Este índice possui a função de mensurar se a empresa teria a possibilidade de arcar com
todas as suas obrigações de curto prazo somente com os valores em que a organização possui o
poder de transformá-lo, imediatamente, em dinheiro. Para realizar o cálculo da liquidez
imediata, é utilizada a conta caixa e equivalentes de caixa que representa o disponível da
empresa, e o total do passivo circulante.
4.4.3. LIQUIDEZ SECA
De acordo com Assaf Neto (2006), este indicador representa a capacidade que a empresa
tem de liquidar suas obrigações de curto prazo, mediante a utilização de recursos do ativo
circulante que possuem maior grau de liquidez. Representando todas as contas do ativo
circulante menos os estoques.
Para Souza (2014), este indicador exclui o ativo estoque para limitar o ativo circulante
da empresa, ilustrando a capacidade de pagamento da mesma. Pois, sabe-se que esta conta só
representa ganhos reais para a empresa, quando os estoques são transformados em produtos e
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vendidos, na demonstração do resultado do exercício. Para realizar o cálculo da liquidez seca,
é utilizado o total do ativo circulante subtraindo a conta estoque, e o total do passivo circulante.
4.4.4. LIQUIDEZ CORRENTE
Segundo Assaf Neto (2005), este índice visa demonstrar se a empresa possui ou não
necessidade de capital de giro. Isto porque, o indicador ilustra se há sobra de caixa, após o
pagamento de todas as suas obrigações de curto prazo. Porém é importante ressaltar que pode
haver distorções sobre o real significado deste resultado.
Para Souza (2014), isso acontece, pois, como o ativo/passivo circulante e o ativo/passivo
não circulante são classificados de acordo com o prazo de pagamento ou de recebimento.
Quando tais pagamentos (ativo) e tais recebimentos (passivos) são registrados havendo
incompatibilidade no seu real pagamento ou recebimento, automaticamente, o indicador sofrerá
alterações positivas ou negativas. Podendo então incorrer em duas situações: i) o índice poderá
ser negativo e ainda assim a empresa obterá folga no seu caixa; ou ii) poderá incorrer um índice
positivo havendo falta de recursos no caixa.
Sendo assim, para que este indicador seja interpretado corretamente, é dada a sugestão
de avaliar o indicador apresentado pela empresa, juntamente, com o indicador de liquidez
corrente médio do setor em que a mesma se encontra inserida. Para realizar o cálculo da liquidez
corrente, é utilizado o total do ativo circulante, e o total do passivo circulante.
4.4.5. LIQUIDEZ GERAL
Este indicador é utilizado para verificar se a empresa possui recursos financeiros
necessários para saldar todas as suas dívidas de curto e longo prazo. Mas este indicador assim
como o de liquidez corrente, pode distorcer a situação real da empresa. Isto ocorre porque,
podem ser alocados recursos financeiros no balanço patrimonial com prazos diferentes.
Deste modo, o valor indicado pelo cálculo deste índice pode ser maior que um,
representando a condição de pagamento da empresa positiva, ou menor que um, representando
falta de recursos para pagamento de todas as obrigações.
Para realizar o cálculo da liquidez geral, é utilizado o total do ativo circulante com a
soma do realizável de longo prazo, e o total do passivo circulante e não circulante. Normalmente
as empresas já apresentam em seu Balanço o valor do realizável de longo prazo. Quando este
valor não estiver explícito, é necessário realizar um cálculo onde se diminui o total do ativo não
circulante com o total do ativo imobilizado.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho demonstrou a importância das informações geradas através do estudo da
análise das demonstrações contábeis e de que maneira viabilizam a tomada de decisões e o
planejamento diante de melhorias a serem efetuadas nas organizações em exercícios futuros
contribuindo para evolução financeira das entidades.
A Análise de Balanços é dentre os instrumentos da Contabilidade uma das ferramentas
mais eficazes, transformando índices que são apenas números em interpretações que dão origem
a informações úteis que permitem aos gestores a compreender como vai o andamento das
empresas, com a intenção de tomarem decisões coerentes conforme a necessidade da
instituição, identificando os aspectos negativos e positivos, buscando soluções e melhorias para
a sua organização.
Por fim, após o estudo das análises das demonstrações contábeis concluiu-se que nos
dias atuais a contabilidade é vista pelos gestores como uma importante ferramenta que fornece
informações gerenciais que auxiliam na tomada de decisões, e que por meio de quatro técnicas,
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análise horizontal, vertical, a análise dos indicadores econômico-financeiros, conseguimos ter
um diagnóstico real da situação econômica e financeira da empresa, onde nos proporciona um
parecer nítido e decomposto de sua evolução e possibilidades futuras, onde permite-se buscar
assim resultados satisfatórios de qualquer ramo de atuação.
6. REFERÊNCIAS
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financeiro. 8. Ed. São Paulo: Atlas, 2006.371p.
BLATT, Adriano. Análise de Balanços: Estrutura e avaliação das demonstrações financeiras
e contábeis. São Paulo: Makron Books, 2001, p. XVII.
BRAGA, Hugo Rocha. Demonstrações contábeis: estrutura, análise e interpretação. 5. Ed.
São Paulo: Atlas, 2006. 221p.
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A IMPORTÂNCIA DAS FERRAMENTAS DE CONTABILIDADE PARA MANTER A
TRANSPARÊNCIA DE INSTITUIÇÕES DO TERCEIRO SETOR.
Carlos Eduardo Santana1
Prof. Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção2
E-mail: [email protected]
Prof.ª Doris Day Nantes Miranda Gomes²
E-mail: [email protected]
Prof. Eduardo Henrique Zanão²
E-mail: [email protected]
RESUMO
A economia é dividida em três setores, o primeiro é formado pelo estado, o segundo pelas
empresas que formam o mercado e o terceiro por organizações sem fins lucrativos. As entidades
do terceiro setor são formadas por iniciativas privadas que tem como objetivo suprir
necessidade da sociedade de maneira voluntaria sem visar lucro decorrente de suas atividades,
neste sentido a conduta dessas entidades é muito questionada, pois a captação dos recursos que
mantem o funcionamento das organizações sem fins lucrativos e feita principalmente de
doações, então o principal ponto a ser analisado por pessoas interessadas em contribuir com
que a entidade alcance seu objetivo social é se os recurso captados estão sendo alocados de
maneira eficiente e de acordo com o proposto por ela. A contabilidade disponibiliza ferramentas
que auxiliam essas instituições a registrar e gerir essas informações de forma transparente,
gerando dados através das demonstrações contábeis, essas informações podem servir para
usuários internos e externos, e podem ajudar no processo de captação dos recursos e no processo
de alocação deles. Todas as demonstrações contábeis do terceiro setor são embasadas nas
normas e pronunciamentos contábeis, em especial pela Interpretação Técnica Geral - ITG 2002
(R1) – entidades sem finalidade de lucro que norteia o tratamento das informações contábeis
para entidade dos terceiro setor, o processo de tratar essas informações é chamado de
accountability termo que não tem tradução especifica para o português mas que se refere ao
tratamento das informações e ao cumprimento da responsabilidade e da transparência das
entidades ao prestar contas ao público. Essa disponibilidade de informações referentes as contas
da entidade, e informações sobre os resultados alcançados é chamada de disclosure forma como
os usuários externos têm acesso a essas informações.
Palavras-chave: Terceiro setor. Accountability. Disclosure. Transparência.
1. INTRODUÇÃO
A economia é dividida em três setores o primeiro setor é constituído pelos órgãos
governamentais, o segundo setor é o privado são as empresas que atuam no comercio ou em
prestação de serviços dentro da sociedade e o terceiro são as entidades de sociedade civil são
organizações voluntarias que prestam serviços sociais sem visar lucro. O terceiro setor capta
recursos principalmente do apoio financeiro do poder público para investir em seus projetos e
1 Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande – UNAES. 2 Docente do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande – UNAES.
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também de um público que se identifica com a luta de cada entidade organizada para sanar
necessidades em alguma área especifica que o governo não foi eficaz através de doações, essas
organizações também podem gerar receitas através de eventos e vendas, toda a receita adquirida
por qualquer meio não incorpora lucro pois todo o dinheiro arrecadado deve refletir em
investimentos para que o objetivo social seja cumprido, as sobras incorporam uma conta
chamada superávit e devem ser redistribuídas dentro da organização para melhorias.
Com a questão de conduta e responsabilidade que se é cobrada dessas entidades surge o
questionamento de qual entidade confiar, qual usara de forma eficiente e fará com que os
recursos cheguem ao seu destino sanando a necessidade da população que foi estipulada em seu
objetivo social. Neste contexto a contabilidade é essencial no registro e na prestação de contas
de organizações sem fins lucrativos tanto quanto para gestão de empresas privadas que buscam
o lucro, firma-se que as ferramentas disponibilizadas pela contabilidade são de extrema
importância como critério de norteamento para que os interessados possam ter confiabilidade
nas entidades que pretendem ajudar também para que os recursos sejam alocados de modo
eficaz atendendo a demanda social.
É de extrema importância que as entidades cumpras suas obrigações e façam as
demonstrações contábeis obrigatórias e utilizem ferramentas extras que possam auxiliar na
tomada de decisão tanto dos usuários externos quanto da administração da entidade. Dentre as
instituições que estão com o verdadeiro proposito de beneficiar a sociedade com um trabalho
filantrópico existem pessoas que usam essas entidades como fachada para aplicar golpes, diante
do apresentado é imprescindível que as pessoas interessadas em doar recursos se atentem a
forma como as entidades aplicam os critérios de transparência na prestação das contas. Neste
sentido qual a relevância da contabilidade na prestação de contas de entidades do terceiro setor?
O objetivo geral desta pesquisa é conceituar o terceiro setor, identificar sua
funcionalidade e qual a importância para a sociedade e evidenciar a forma como a contabilidade
pode agregar no processo de tomada de decisão de usuários das informações referentes a
alocação dos recurso arrecadados pelas entidades do terceiro setor para tal a pesquisa contou
com os seguintes objetivos específicos: Identificar qual o conceito de terceiro setor, suas
funcionalidades; evidenciar qual a legislação aplicada ao setor referente a prestação de contas
e rotinas contábeis tornam a informação confiável; Por último evidenciar o benefícios que a
prestação de contas transparente podem trazer as entidades do terceiro setor.
O trabalho se trata de uma pesquisa bibliográfica, com o intuito de abordar pensamentos
de diversos escritores que estudam o terceiro setor, a Interpretação técnica geral ITG 2002 (R1)
– entidades sem finalidade lucros que estabelece os procedimentos a serem adotados para o
tratamento das informações referentes as variações patrimoniais, transações e demonstrações
contábeis que ocorrem em organizações não governamentais. E procedimentos que tornam a
gestão dos recursos mais transparentes, ponto que se deve ter atenção maior por gestores e por
usuários que pretendem ajudar a entidade a atingir o objetivo social.
Em relação as normas a pesquisa foram feitas em torno da última alteração feita em 2015 pelo
conselho federal de contabilidade órgão que regula o exercício da profissão contábil no Brasil,
os demais conceitos abordados foram consultados em livros, blogs, dissertações e artigos
publicados sobre o tema nos últimos vinte anos.
2. TERCEIRO SETOR
Paes (2003. p. 88) conceitua o terceiro setor como o conjunto de organizações ou
instituições sem fins lucrativos, seu principal objetivo é a filantropia trabalhar voluntariamente
para a sociedade. O terceiro setor é um setor de iniciativa privada que é organizado para atender
a sociedade em problemas sociais, sua finalidade é levar a população recursos básicos que
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deveriam ser oferecidos pelos órgãos do primeiro setor e que são direitos da população, terceiro
setor entende-se como entidades do setor privado, porém de direito público.
Esse setor pode ser conceituado como “o conjunto de organizações e iniciativas privadas
que visam a produção de bens e serviços públicos que não geram lucro, mas respondem a
necessidades coletivas” (MAÑAS & MEDEIROS, 2012, p.18). Entidades organizadas com
esse propósito social não fazem divisões de lucros pois todo montante arrecadado deve refletir
em melhorias para a organização, valores que sobram devem ser realocados dentro da
instituição.
2.1. A ORIGEM DO TERCEIRO SETOR NO BRASIL
Coelho (2000. p. 31) liga os valores religiosos ao trabalho voluntario exercido por essas
entidades o surgimento do terceiro setor no Brasil está muito ligado a essas instituições
religiosas. Desde o descobrimento do Brasil compreende-se o trabalho da igreja no sentido de
ajudar voluntariamente seus semelhantes, ainda que não existisse o conceito de terceiro setor
essas entidades tinham caráter devocional muito forte e o dever de ajudar o próximo de forma
voluntaria, um trabalho totalmente filantrópico, porém algumas exigências cercavam essa ajuda
no sentido de ajudar a membros, mas também mantinham casas de caridade e asilos para
indigentes.
Segundo Oliveira (2003) a terceira setor já aparecia no brasil desde a chegado dos
portugueses onde se constituía a primeira república, as ações sociais com características
religiosas da igreja católica são os primeiros registros do terceiro setor. Após esse início à
medida que a sociedade sente a necessidade de reivindicar direitos que deveriam ser concedidos
pelo estado, percebe-se que o número de pessoas contrarias a administração pública ineficiente
cresce e organizações são criadas para contestar e demonstrar a insatisfação dos serviços
prestados, assim se organizavam as primeiras entidades que constituiriam o setor que lutaria
pelo bem comum e bem-estar social.
De acordo com Ashoka e Mickinsey & Company (2001) durante o período do governo
militar no Brasil na década de 1970 foram criadas inúmeras organizações para defender os
direitos da população, direitos políticos, civis e humanos, organizações denominadas ONGs
(organizações não governamentais). O marco regulatório do terceiro setor veio com a
constituição federal de 1988 estabelecendo através de Lei, que deveres públicos é dever do
estado e da sociedade, o estado gera possibilidades de crescimento e fortalecimento as
sociedades civis e as organizações não-governamentais, assim fortalecendo os vínculos entre a
sociedade, empresas e o estado foi possível a implementação do terceiro setor no Brasil de
forma oficial.
2.2. ORGANIZAÇÕES QUE SE ENQUADRAM NO TERCEIRO SETOR
Existem dois tipos de organizações que são consideradas entidades do terceiro setor e
que se encaixam dentro das características apresentadas como:
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Tabela 1: Diferenças básicas entre associações e fundações
Fonte: Adaptado de OAB/SP (2005)
Araújo (2009) ressalta o código civil que conceitua as associações como a união de
pessoas para fins não econômicos. São grupos formados por pessoas, regidos por um estatuto
social, que atuam em atividades não-econômicos, que não divide o lucro entre os participantes,
atuam em áreas como a saúde, educação, causas ambientais e assistência social.
Pacheco (2012) conceitua as fundações como um patrimônio que adquire personalidade
jurídica através de um instituidor, seu objetivo e filantrópico e não possui finalidade de lucro.
São pessoas jurídicas formadas através da doação de um patrimônio do instituidor que possa
assegurar a funcionalidade e garantir o cumprimento do objetivo da entidade, sem finalidades
de lucros, afim de atender a um objetivo específico ou sanar uma necessidade pública. As
fundações podem ser constituídas por indivíduos, empresas ou pelo poder público atentando
para todas as normas que validam a funcionalidade desse modelo de instituição.
2.3. ISENÇAO E IMUNIDADE
Isenção é uma mera dispensa legal de pagamento de tributo devido, verificando-se em
uma situação na qual há legitima incidência, porquanto se deu um fato gerador, e o legislador,
por expressa disposição legal, optou por dispensar o pagamento do imposto. (COSTA;
ALMEIDA, 2015). Como o estado entende a necessidade dos trabalhos prestados pelas ONGs
o privilégio de imunidade tributária, entende-se que essas entidades não teriam condições de
manter seu funcionamento e pagar toda a carga tributária atribuída aos serviços prestados pela
mesma, como o setor e compreendido como grande aliado dos órgãos governamentais foi
concedido o benefício de entidades do terceiro setor não serem tributadas.
Fênix (2018) diferencia a imunidade de isenção sendo, a imunidade vedada a cobrança
do imposto e na isenção e possível por parte da entidade conseguir o não pagamento de um
determinado tributo por estar em conformidade com alguma lei emitida pelos órgãos
competentes.
A constituição federal garante a imunidade tributária a entidades do terceiro setor em
seu Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
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VI - Instituir impostos sobre: c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos,
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei.
2.4. CERTIFICAÇÕES E TITÚLOS ATRIBUIDOS A ENTIDADES DO TERCEIRO
SETOR
O terceiro setor tem uma boa diversidade de instituições assim como mostra a tabela a
seguir:
Tabela 2: principais categorias do terceiro setor no Brasil.
Associações
São organizações baseadas em contratos estabelecidos livremente entre os indivíduos para
exercerem atividades comuns ou defenderem interesses comuns ou mútuos. Estão voltadas
para seus membros, compreendendo uma grande variedade de objetivos e atividades, tais
como recreativas, esportivas, culturais, artísticas, comunitárias e profissionais (member-
servingorganizations).
Organizações
filantrópicas,
beneficentes e de
caridade.
São organizações voltadas para seus clientes na promoção de assistência social (abrigo,
orfanatos, centros para indigentes, distribuição de roupa e comida etc.) e de serviços
sociais nas áreas de saúde e educação (colégios religiosos, universidades e hospitais
religiosos). Também se inclui nessa categoria a filantropia empresarial. Embora estas
organizações sejam classificadas como associações no Código Civil Brasileiro, o que as
diferenciam daquelas são seus valores intrínsecos de altruísmo, boa vontade e serviços à
comunidade.
Organizações
não
governamentais
(ONGs)
Como no caso das associações, são organizações comprometidas com a sociedade civil,
movimentos sociais e transformação social. Embora também estejam classificadas como
associações no Código Civil Brasileiro, diferenciam-se das associações por estarem,
sobretudo orientadas para “terceiros” grupos, ou seja, para objetivos externos aos membros
que a compõem. Também se diferenciam das organizações filantrópicas – e isto é questão
de honra para as ONGs – por não exercerem qualquer tipo prática de caridade, o que seria
contrário à sua ideia de construção de autonomia, igualdade e participação dos grupos
populares.
Fundações
Privadas
São uma categoria de conotação essencialmente legal. A criação de uma fundação se dá
segundo o Código Civil Brasileiro, pelo instituidor, que, através de uma escritura ou
testamento, destina bens livres, especificando o fim a ser alcançado.
Organizações
Sociais
Trata-se de um modelo de organização pública não estatal destinado a absorver atividades
publicáveis (áreas de educação, saúde, cultura, meio ambiente e pesquisa científica)
mediante qualificação específica. É uma forma de propriedade pública não estatal,
constituídas pelas associações civis sem fins lucrativas orientadas para o atendimento do
interesse público.
Fonte: Olak e Nascimento (2010, p. 13)
As entidades do terceiro setor tem em comum em sua maioria as fontes de captação
como pode-se notar: “Pode-se generalizar que as entidades do terceiro setor promovem suas atividades, no
cumprimento da sua missão institucional, com recursos financeiros captados por meio
de projetos apoiados por entidades dos três setores econômicos (organizações
empresariais, estatais e outras entidades do terceiro setor), nacionais e internacionais;
e por meio de doações (não vinculadas a projetos), contribuições de associados,
comercialização de bens e serviços e cessão de direitos autorais e de propriedade
intelectual (EIKENBERRY; KLUVER, 2004).”
Para a inserção de um modelo de organização na esfera do terceiro setor há certificados
e títulos que devem ser concedidos a elas como reconhecimento de sua responsabilidade social.
Os títulos e certificações são concedidos por todas as esferas do governo, federal, estadual e
municipal.
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Os títulos e certificados garantem que a empresa está cumprindo com seu objetivo social
e asseguram os direitos adquiridos pelas entidades, como de imunidade tributária, por exemplo.
O título de utilidade pública Federal atribuído a entidades que comprovam que seus
serviços promovem a pesquisa e a ciência, educação, lazer e cultura, cumprindo as demais
obrigações legais para seu funcionamento.
Ao obter o certificado de entidade beneficente de assistência social a organização passa
a ter um plano tributário específico, onde passa a ter imunidade tributária a impostos como, a
cota patronal devida ao INSS (instituto nacional do seguro social), CPMF (contribuição
provisória sobre movimentação financeira), CSLL (contribuição sobre o lucro líquido), PIS
(programa integração social) e COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade
social).
Esse certificado e concedido a entidades que comprovarem seus serviços em áreas de
assistência à família, a maternidade a infância e adolescência e a velhice. Atividades de inclusão
de pessoas portadoras de deficiência, assistência educacional ou de saúde totalmente gratuita,
integração de pessoas ao mercado de trabalho e desenvolvimento a cultura. O órgão responsável
por conceder, administrar e fiscalização o cumprimento das atividades é o conselho nacional de
assistência social que está vinculado ao ministério do desenvolvimento social e do combate a
fome.
Organização de sociedade civil de interesse público é uma qualificação do ministério da
justiça a entidades que prestam serviços de interesse público como, cultura, educação,
assistência social, preservação do meio ambiente, cidadania, direitos humanos, direitos
democráticos, desenvolvimento da economia, entre outros. O diferencial da qualificação
observado está na possibilidade de firmar parcerias com o poder público, facilitando o repasse
de recursos públicos para atingir a finalidade de seu objetivo social.
Temos também a Organização social termo concedido pelo poder público a entidades
que tem como objetivo desenvolver a pesquisa no campo da saúde, tecnologia, preservação do
meio ambiente, ciência e cultura. Essa concessão torna a integração de uma gestão de recursos
públicos menos burocrática, já que se é concedido o direito a parcerias.
Compreende-se que o enquadramento de cada entidade é de extrema importância para a gestão
da organização visto que cada título contém benefícios que são concedidos para o
funcionamento, e garante aos órgãos públicos a legalidade nos processos da entidade facilitando
a fiscalização.
3. INTERPRETAÇÃO TECNICA GERAL – ITG 2002 (R1) – ENTIDADES SEM
FINALIDADE DE LUCRO
Para Eyerkaufer (2013) a contabilidade é a ciência da informação e seu principal
objetivo é trazer veracidade a informação contábil, isso liga a contabilidade ao terceiro setor
transformando em algo essencial. A informação fidedigna é importante no processo de tomada
de decisão de usuários externos e internos.
“A ciência contábil tem como característica fundamental quantificar as variações do
patrimônio da entidade, tem como finalidade controlar e registrar informações para auxiliar os
usuários na tomada de decisão” (SILVEIRA; BORBA, 2010).
Cruz (2010) afirma que dentro da perspectiva de que a informação é a base de do estudo
antes da tomada de decisão dos stakehouders, as demonstrações contábeis são a fonte dessa
informação, são o meio comunicativo entre os interessados e por meio desses relatórios
financeiros ocorre as prestações de contas dessas instituições.
Os usuários internos da informação são o nível gerencial e subordinados que utilizam
informações que estão mais ligadas aos processos gerenciais da entidade, os usuários externos
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desejam ter acesso à um panorama geral da situação da entidade visualizado de forma clara
através das demonstrações contábeis.
Olak e Nascimento (2009) afirmam que o patrimônio das entidades do terceiro setor é
constituído por doações e subvenções, e o desejo e interesse do doador não e lucro material e
sim lucro social, melhorias para outras pessoas e não para si próprio.
Desta forma ITG 2002 (R1) determina quais são as demonstrações contábeis devem ser
apresentadas pelas entidades e qual a denominação de cada uma delas. As demonstrações
devem ser apresentadas pelas organizações de acordo com a legislação e apresentar dados que
reflitam verdadeiramente a situação patrimonial da entidade.
Tabela 3: Variações da nomenclatura das demonstrações contabeis
Fonte: Flach e Gonçalves (2013)
A resolução CFC (conselho federal de contabilidade) n° 1409/12 determina que as
demonstrações contábeis que devem ser elaboradas pelas entidades sem finalidade de lucro são:
Balanço patrimonial, demonstração do resultado do período, demonstração do resultado do
período, demonstração das mutações do patrimônio líquido, demonstração do fluxo de caixa e
notas explicativas. Atentando que a demonstração do resultado do período passa a ser
demonstração superávit o déficit do exercício, demonstração das mutações do patrimônio
líquido se torna demonstração das mutações do patrimônio social e demonstração do fluxo de
caixa e renomeada para demonstração das origens e aplicação dos recursos.
Para Olak e nascimento (2010) o crescimento patrimonial da entidade não pode ser
ligado a um crescimento da melhora patrimonial dos membros da entidade, porque esse
patrimônio pertence a sociedade. Entende-se que a norma que ITG 2002 (R1) deixa de forma
explicita a importância deste conceito, todas as contas do patrimônio são renomeadas para
expressar o direito da sociedade no patrimônio e que toda ação prestada é totalmente voluntaria.
O item 23 da ITG 2002 (R1) aborda a nomenclatura que deve ser utilizada em contas especificas
que dão sentido a postura adotada em relação aos recursos que sobram após o fim das operações
anuais das entidades. “No Balanço Patrimonial, a denominação da conta Capital deve ser substituída por
Patrimônio Social, integrante do grupo Patrimônio Líquido. No Balanço Patrimonial
e nas Demonstrações do Resultado do Período, das Mutações do Patrimônio Líquido
e dos Fluxos de Caixa, as palavras lucro ou prejuízo devem ser substituídas por
superávit ou déficit do período.”
Piza (2012) atenta para a contabilização da mão de obra voluntaria que seu controle não
é rigoroso até então as entidades não viam necessidade em mensurar o valor deste trabalho e
que o tempo gasto nesta atividade não favorecia os procedimentos. Em setembro de 2015 foi
publicado no portal do conselho federal de contabilidade (CFC) uma alteração da ITG 2002,
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tornando obrigatório o registro da prestação de serviço voluntário pelo valor justo como se
tivesse o ocorrido o pagamento.
Desta forma fica evidente todo o trabalho prestado a sociedade e mensura o valor que
seria agregado a instituição pelo serviço prestado, a forma pela qual é evidenciado esse valor
contábil são através das notas explicativas que segundo Iudicibus (2010) são uma parte da
demonstração contábil que fornecem informações contábeis principalmente aos usuários
externos da informação no que se refere a situação financeira da entidade.
O item 27 da ITG 2002 (R1) descrimina quais são as notas explicativas que devem ser
apresentadas junto com as demonstrações contábeis que foram elaboradas pela entidade. “(a) contexto operacional da entidade, incluindo a natureza social e econômica e os
objetivos sociais; (b) os critérios de apuração da receita e da despesa, especialmente
com gratuidade, doação, subvenção, contribuição e aplicação de recursos; (c) relação
dos tributos objeto de renúncia fiscal; (Alterada pela ITG 2002 (R1)) (d) as
subvenções recebidas pela entidade, a aplicação dos recursos e as responsabilidades
decorrentes dessas subvenções; (e) os recursos de aplicação restrita e as
responsabilidades decorrentes de tais recursos; (f) os recursos sujeitos a restrição ou
vinculação por parte do doador; (g) eventos subsequentes à data do encerramento do
exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira
e os resultados futuros da entidade; (h) as taxas de juros, as datas de vencimento e as
garantias das obrigações em longo prazo; (i) informações sobre os seguros
contratados; (j) a entidade educacional de ensino superior deve evidenciar a
adequação da receita com a despesa de pessoal, segundo parâmetros estabelecidos
pela Lei das Diretrizes e Bases da Educação e sua regulamentação; (k) os critérios e
procedimentos do registro contábil de depreciação, amortização e exaustão do ativo
imobilizado, devendo ser observado a obrigatoriedade do reconhecimento com base
em estimativa de sua vida útil; (l) segregar os atendimentos com recursos próprios dos
demais atendimentos realizados pela entidade; (m) todas as gratuidades praticadas
devem ser registradas de forma segregada, destacando aquelas que devem ser
utilizadas na prestação de contas nos órgãos governamentais, apresentando dados
quantitativos, ou seja, valores dos benefícios, número de atendidos, número de
atendimentos, número de bolsistas com valores e percentuais representativos; (n) a
entidade deve demonstrar, comparativamente, o custo e o valor reconhecido quando
este valor não cobrir os custos dos serviços prestados.”
Neste contexto as notas explicativas têm o dever de evidenciar e explicar os recursos
utilizados e como foram adquiridos, essas informações servem como complemento para as
demonstrações contábeis e são obrigatórias de acordo com o que foi imposto pelo (CFC)
conselho regional de contabilidade órgão que regulamente a atividade contábil no Brasil.
De acordo com Iudícibus (2006, p. 126 apud CHAGAS et al., 2011, p. 106), as formas
de se evidenciar as informações contábeis são as seguintes: forma e apresentação das
demonstrações contábeis; informação entre parênteses; notas explicativas; quadros e
demonstrativos suplementares; comentários do auditor; relatório da administração.
Também Iudícibus et al. (2013) explica que as notas explicativas complementam a
qualidade das demonstrações contábeis fazendo com que usuários externos também tenha
entendimento sobre a situação financeira da empresa. Essas notas explicam as movimentações
de cada conta da entidade tornando as demonstrações mais claras e fáceis de entender atingindo
até interessados que entendam menos da parte operacional da contabilidade.
O cumprimento das normas especificadas pela norma ITG 2002 (R1) pode beneficiar os
usuários em diversos aspectos, e cumprir com os prazos minimiza os custos e riscos. Os
profissionais contábeis precisam estar atentos para não correr o risco de esquecerem das
obrigações e dos procedimentos essenciais no cumprimento da lei em vigor. “[...] Controle
interno é um processo designado para prover razoável segurança, frente aos objetivos
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organizacionais pré-estabelecidos, que ajuda a minimizar os riscos e consecutivamente os
custos” (BARRAGAN, 2006, p. 10).
Para Mello (2018) “As organizações sem fins lucrativos precisam comprovar que
permanecem aptas a manter a isenção de impostos”. As demonstrações contábeis têm como
alcance também o governo que é um dos usuários da informação gerada pela contabilidade,
fornece informação adequadas garante os benefícios de imunidade e isenção de tributos a essas
entidades.
Silva et al. (2017) afirma que todos os registros contábeis feitos por entidade sem fins
lucrativos precisam estar em conformidade com as normas contábeis vigentes, com os
princípios e com as resoluções e pronunciamentos contábeis.
Toda informação financeira gerada deve passar por uma avaliação, nessa avaliação
deve-se evidenciar os critérios básicos para que a informação seja útil e relevante, as
informações devem contemplar um critério de comparabilidade, para que possam remeter a
captação e aplicação em períodos diferentes, também para que se possa notar quedas ou
evoluções no patrimônio social da entidade, as informações sem comparabilidade não trazem
confiabilidade e podem ser manipuladas e também deve-se atentar a relevância da informação
pois informações irrelevantes podem distorcer dados importantes.
Olak e Nascimento (2010), observam que as normas de contabilidade ligadas ao terceiro
setor no Brasil ainda são muito recentes e que as demonstrações contábeis elaboradas no
terceiro setor seguem praticamente as mesmas regras das entidades com fins lucrativos pois a
lei 6.404/76 regulamenta as entidades privadas do segundo setor e as do terceiro setor.
4. CONTRIBUIÇÕES DA CONTABILIDADE PARA A TRANSPARÊNCIA DENTRO
DO TERCEIRO SETOR
As organizações sem fins lucrativos se organizam a partir de pessoas que tem o
propósito de sanar alguma necessidade da sociedade que o governo não foi capaz de resolver,
esse trabalho é feito de forma voluntaria e sua capitação de recursos e feita através de doações
e subvenções concedidas pelo governo. A contabilidade tem papel essencial na capitação dos
recursos pois torna transparente a prestação das contas aos usuários externos da informação.
Atan, Zainon e Wah (2012) concluem que as doações recebidas por entidades do terceiro
setor são influenciadas pelo nível de transparência de informações ligadas a alocação dos
recursos captados, porém a prática de divulgação das informações é pouco praticada por essas
instituições.
Para Niyama e Silva (2008), as pessoas que praticam a contabilidade de entidades do
terceiro setor devem, se mostrar preocupadas com o trabalho social da entidade entendendo que
seu papel e ajudar os mais carentes e menos favorecidos ainda ressaltam que se deve ter o
entendimento de que as informações geradas servem como parâmetro para que os doadores de
recursos avaliem o impacto social gerado pelas organizações.
A contrapartida das doações é uma gestão eficiente do dos recursos, esse processo de
gestão se chama accountability. “Accountability se refere ao cumprimento, à responsabilidade
e transparência das entidades ao prestarem contas aos mais diversos usuários”. (ALMEIDA &
FERREIRA, 2007).
Para Silveira e Borba (2010), as empresas que divulgam suas informações de forma
transparente, apresentam o valor social de suas atividades à sociedade. Accountability serve
como ferramenta para dar credibilidade as prestações de contas devidas à sociedade por parte
das entidades, desta forma a possibilidade de conseguir novos financiadores para suas
atividades.
Prestação de contas efetivas e transparentes são os desafios do milênio para todos os
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tipos de organização, visto que, cada vez mais há disputa pela confiabilidade e credibilidade em
qualquer que seja o campo de atuação. Para as organizações do Terceiro Setor, este princípio é
uma premissa básica a ser cumprida em busca da credibilidade face à sociedade (MILANI
FILHO, 2004).
Ainda para Milani Filho (2004) o exercício de praticar uma gestão transparente dos
recursos captados, dado através da ferramenta de accountability, essa ferramenta tem sido
estudada em entidades do setor público e privado focando na responsabilidade de gerir o os
recurso para o alcance do objetivo social da entidade, tendo em mente o que o objetivo e sua
responsabilidade com a sociedade, uma questão muito estudada é a sustentabilidade da entidade
do terceiro setor através da utilização da ferramenta pois gera vantagem as entidades na
captação de recursos por atender os stakehouders de forma eficiente na geração de informações.
Almeida (2007) afirma que a prática de accountability é pouco e explorada no Brasil
dentro do terceiro setor, e que essa prática está extremamente ligada a veracidade do objetivo
da entidade através da divulgação dos resultados obtidos das atividades da entidade.
Para Nakagawa (1987, p. 17 apud OLAK e NASCIMENTO, 2010, p. 21), o termo
accountability é conceituado como “a obrigação de prestar contas dos resultados obtidos, em
função das responsabilidades que decorrem de uma delegação de poderes”. A partir deste
conceito a prestação contas se torna obrigatória pois se tem uma responsabilidade em
comprovar resultados aos financiadores das atividades.
Figura 1: Visão sistêmica do terceiro setor
Fonte: Adaptado de Olak & Nascimento (2010).
Rodrigues, Vilas Boas, Lira, Costa & Sá (2013) compreendem que accountability serve
não apenas como instrumento de controle e divulgação, mas também apoia na captação de
recursos, por permitir uma avaliação abrangente da conduta da entidade.
Assis, Mello e Slomski (2006) afirmam que accountability é uma contrapartida devida
por parte dos gestores do terceiro setor em relação a prestação de contas dos resultados obtidos
pelos recursos utilizados que foram recebidos através de doações.
Nesse contexto entende-se que as ferramentas de contabilidade somadas com a ação
verdadeira intenção de agir pela sociedade trazem resultados que são classificados como
financeiros e não financeiros, Oliveira (2009) conceitua resultados financeiros como a
evidenciação de onde foram aplicados os recursos alocados para o cumprimento do objetivo
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social da entidade, e resultados não financeiros são apresentar os resultados obtidos a partir da
aplicação dos recursos que foram aplicados, o cumprimentos dos objetivos propostos pela
entidade.
Para Cruz (2002) o possível doador sente segurança em doar recursos através da forma
como a entidade trata informações sobre a maneira como os recursos captados são utilizados
em seus projetos, se o interessado não consegue ter essa visão dos resultados não tem estímulos
para contribuir.
Piza (2012) ressalta que o governo também é um dos usuários externos da informação
contábil gerada pela entidade, devida a prestação de contas ao governo pelo fato de imunidades
e isenções serem concedidas as entidades do terceiro setor. O dever de estar em conformidade
com as normas do conselho federal de contabilidade não só fortalece a credibilidade com
usuários que estão dispostos a doar valores a organizações sem fins lucrativos como também a
fim de garantir benefícios que são concedidos a entidades filantrópicas.
Para Assis (2006) a contabilidade é a principal ferramenta no processo de accountability
fornecendo informações suficientes a novos investidores sociais para verificar com a entidade
tem gerido os recursos que tem.
Entende-se que a principal fonte de recurso das entidades do terceiro setor são as
doações feitas por pessoas que compactuam com a causa abordada pela organização, então faz-
se necessário uma gestão eficiente dos recursos captados com isso a contabilidade fica
encarregada de prestar os devidos esclarecimentos sobre como foram utilizados os recursos,
essa prestação de contas é feita através das demonstrações contábeis, a forma que a entidade se
mostra transparente em relação as suas atividade financeiras influência na tomada de decisão
dos possíveis investidores. Já Rossi Junior (1998, p. 73) ressalta a importância de tornar a
prestação de contas o mais transparente possível e o conceito remete o procedimento de
accountabilty que vem sendo adotado pelas entidades. “Uma das principais formas que as organizações do Terceiro Setor podem
demonstrar...transparência...e...prestar....contas à sociedade é por meio da divulgação
das demonstrações contábeis. Dessa forma, as que elaborarem suas demonstrações em
consonância às normas vigentes e com qualidade, adquirem credibilidade no setor,
que é fundamental para a sustentabilidade dessas entidades, que operam com recursos
provenientes de seus parceiros.”
4.1. DISCLOSURE
Segundo Bushman, Piotroski e Smith, (2004, p. 211). Disclosure pode ser conceituado
como: “(...) a divulgação de informações contábeis obrigatórias e voluntárias é entendida
como disclosure, que ainda pode ser definido como a ampla disponibilidade de
informações específicas da entidade para aqueles que estão de fora da organização.”
O termo disclosure aplicado a contabilidade remete à divulgação das informações
financeiras ao público externo interessado, desde as prestações obrigatórias à informações
adicionais que possam agregar valor aos dados divulgados. Para lima (2007) o disclosure pode
ser obrigatório quando está ligado a ao cumprimento de alguma exigência, ou voluntario quando
traz uma informação que entidade não precisa prestar conta, mas que pode oferecer mais
confiabilidade e transparência.
Gandía (2011) afirma que uma divulgação voluntaria das informações financeira,
informações sobre o propósito da entidade e informações sobre o desempenho, são uma
importante ferramenta para entidades do terceiro setor gerarem vantagem sobre outras
instituições do mesmo setor econômico, aumenta a transparência da entidade como
contrapartida aumenta a confiabilidade do público atraindo mais doações.
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Segundo Silveira e Borba (2007, p. 138), “a demonstração financeira só é válida se
refletir transparência dos dados reais da entidade, pressuposto ainda mais importante no caso
das entidades sem fins lucrativos”. O disclosure se trata de uma evidenciação das informações
geradas através das demonstrações contábeis, e a garantia que essas informações são fidedignas.
A divulgação de informações deve ser completa e fidedigna, pois é por meio dessas
informações que a entidade, adotando uma conduta transparente, pode demonstrar quais são
seus objetivos, a eficiência da aplicação de seus recursos e os projetos que têm desenvolvido
junto à sociedade (Zittei et al., 2016).
Yamamoto; Salotti (2006) diz que as informações contábeis divulgadas devem possuir
características com relevância, confiabilidade, consistência e comparabilidade que
características das ferramentas do disclosure quando bem aplicadas.
As informações que são geradas devem conter as características básicas para que sejam
verdadeiramente confiáveis, a informação deve ser verídica e apresentar dados confiáveis que
possam ser comparados a qualquer momento para garantir a confiabilidade com os
stakeholders.
Para Niyama e Gomes (1996) disclosure diz respeito as informações das demonstrações
contábeis que são passadas aos interessados a qualidade da informação financeira e como essa
qualidade pode influenciar na tomada de decisão.
Diferentemente do accountability que são os passos necessários para transformar os
dados em informações relevantes o disclosure diz respeito a qualidade das informações geradas,
que podem influenciar no processo de tomada de decisão das pessoas interessadas em
compactuar com o objetivo social da entidade.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Notasse que há uma grande preocupação com a forma que as informações financeiras
de entidades do terceiro setor são tratadas, como recursos são captados e depois alocados em
atividades que beneficiam a sociedade, o processo de accountability trata essas informações
através de procedimentos contábeis que geram dados relevantes sobre a situação do patrimônio
social das entidades.
Esses dados passam por análise e são divulgados para a sociedade que pode ter acesso
a informações que são relevantes para a tomada de decisão, esse procedimento tem o nome
técnico de disclosure, que pode ser conceituado como divulgação de informações para usuários
externos, esse processo tem importante papel na arrecadação de recurso, pois torna a relação
entre recurso captados e atividades praticadas visível para usuários que possam se tornar
investidores futuramente.
Dentro do tema proposto accountability e disclosure são importantes ferramentas que
alinhadas com as normas de contabilidade para o terceiro setor proporcionam informações
fidedignas e que possam ajudar usuários internos e externos no processo de tomada de decisão.
6. REFERÊNCIAS
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A IMPORTANCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NAS EMPRESAS
Jorge Henrique dos Santos Cruz1
Prof. Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção2
E-mail: [email protected]
Prof.ª Doris Day Nantes Miranda Gomes²
E-mail: [email protected]
Prof. Ryan Caldas Quevedo²
E-mail: [email protected]
RESUMO
O presente artigo nos elucidará a importância das informações contábeis para o processo de
gestão das organizações, e buscara alicerçar como as demonstrações contábeis auxiliam no
processo de gestão, trazendo conceitos de gestão, contabilidade no discorrer das mesmas. Pois
é a partir das demonstrações contábeis geradas pelo contador que poderá ser mensurado o
patrimônio, ou seja analisar de forma perspicaz os custos, despesas, lucros, a movimentação do
fluxo de caixa, e evidenciar relatórios contábeis eficaz para o melhor esclarecimento dos
usuários da contabilidade, Na visão corporativa decisões são tomada todo tempo, para que as
decisões sejam tomadas de maneira certas, a informação contábil deve ser revestida de
qualidade, sendo objetiva, clara, concisa, permitindo que o usuário possa avaliar a situação
econômica e financeira da entidade, bem como fazer inferências sobre a tendência futura, de
forma a atender sempre os próprios objetivos da entidade. A qualidade das demonstrações
financeiras começa nas informações internas geradas e informações de qualidade estão
relacionadas a boa gestão das organizações. Este trabalho tem como objetivo demonstrar, a
partir de pesquisas bibliográficas, a importância das Informações Contábeis no processo de
gestão das organizações. O procedimento metodológico utilizado, como ferramenta para
obtenção do objeto de estudo, foi o emprego livros, dissertações e artigos das áreas de gestão,
administração e contabilidade. No desenvolvimento deste artigo verificou-se que as
informações contábeis auxiliam no processo da gestão, e fornecem informações para o processo
da tomada de decisão das pequenas grandes organizações, evidenciando sua grande importância
no gerenciamento de uma organização.
Palavras-chave: Tomada de decisão, Orçamentos, Demonstrações Financeiras,
Gerenciamento.
1. INTRODUÇÃO
O tema ‘’A Importância da Contabilidade Gerencial nas Empresas”, proposto se deu
pela competitividade existente no mercado de trabalho e a exigência cada vez maior de se ter
um profissional de ciências contábeis qualificado de acordo com a suas práxis em um mundo
globalizado.
A importância da contabilidade gerencial, nas impressas faz com que elas busquem
maior qualidade, melhorias, empenhos e um bom profissional contábil, aproveitando melhor os
1 Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande – UNAES. 2 Docente do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande – UNAES.
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recursos adquiridos, fazendo que seus gestores e colaboradores resolvam todas as funções
realizadas nas companhias como num todo.
Mediante a isto o gestor juntamente com o profissional buscará as ferramentas
necessárias dentro das normas sejam elas; trabalhistas, administrativas, financeiras, mantendo-
as legalizadas, para que haja confiabilidade entre os seus colaboradores e fornecedores e
segurança em seu trabalho.
Por que a contabilidade gerencial é tão importante na vida das empresas? O desafio
de muitas empresas e empreendedores é tornar sua empresa conhecida no mercado, conseguir
seus primeiros clientes, admitir que você não consegue fazer tudo sozinho, entre outros. A
contabilidade gerencial possui um papel fundamental no sucesso do seu negócio e sua tomada
de decisão é uma das principais fermenta utilizadas para resolver os problemas gerados dentro
da empresa.
O objetivo principal deste estudo é buscou informações importantes para serem
utilizadas dentro de uma companhia. O contador precisa ser muito eficaz em suas decisões,
incluindo novas ideias, buscarem por novas tecnologias, maximização da qualidade de seus
produtos e serviços, otimização de custos e aumento da produtividade e preços de venda mais
atraentes ao consumidor.
Esta é uma pesquisa de cunho bibliográfico, qualitativa, usou-se de coletas de dados em
livros, artigos, tese, internet, scielo, monografia, e citações para embasamento, entre outros.
2. O ESTUDO DA CONTABILIDADE
O curso de Ciências Contábeis nos abre a visão para nos mostrar o trabalho do
profissional especificado a cada ferramenta necessária que utilizada na sua realização de seus
feitos e para destinar a responsabilidade tais como: investimento, vendas, compras, aplicações
entre outros.
2.1. Surgimento da Contabilidade
Conforme dados coletados o surgimento da contabilidade se deu na época pré-históricas,
onde se utilizavam de desenhos, sinais, pinturas e traços e grades e outros, para se obterem o
controle de suas mercadorias.
No Brasil possuem grandes grutas com rochas calcárias que serviram para abrigarem os
homens primitivos na época, em Minas Gerais temos a gruta de São Domingos próximo ao
Vale do Rio Urucuia. Dentre as mais de 40 grutas existentes se encontraram formas variadas de
gráfico de pinturas rupestres de natureza contábil semelhantes as formas encontradas, Segundo
Sá (2008, p. 16): “Os signos, desenhos e pinturas que foram identificadas nas grutas de Montalvânia,
no Vale do Peruaçu, em Minas Gerais, aquelas das lápides em Pedra Furada no Parque
das Antas no Piauí, evidenciam uma vida primitiva muito antiga, possuindo, todavia,
acentuada semelhança com os signos das grutas europeias. As inscrições brasileiras
são fortes indícios de evolução racional e é considerado como um ato de inteligência
direcionado ao patrimônio (SÁ, 2008).”
Mediante a isso acreditamos que a contabilidade é antiga, e até hoje não sabemos quem
as inventou. Mas é utilizada desde os tempos mais primórdios por todas as civilizações. Antes
mesmo da criação da moeda e da escrita, para Hendriksen (1999, p. 39): “Não sabemos quem inventou a contabilidade. Sabemos, porém, que sistemas de
escrituração por partidas dobradas começaram a surgir gradativamente nos séculos
XIII e XIV em diversos centros de comercio no norte da Itália.”
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A ciência da contabilidade só foi avivada de verdade depois de muito tempo de
renascimento, no entanto o registo contábil era novo e extenso para o conhecimento do
trabalhador da área contábil
2.1.1. BREVE HISTÓRICO DA CONTABILIDADE NO BRASIL
Em 1389 foi criado primeiro tribunal de contas, onde era feita a contabilidade do Rei
em Portugal na história contábil acredita que houve muitas falhas e precisava de uma atenção
qualificada, sendo assim surgindo novas ideias para se adaptarem a Ciências contábil,
incentivando e influenciando a obter esse conhecimento histórico trazendo grandes
importâncias pela qual a evolução continuasse constantemente em cada época.
Com a vinda de D. João VI de Portugal para o Brasil em 1808, trouxe consigo o ensino
contábil. O cargo de contador já exista em Portugal desde 1319, no Brasil criou-se o Conselho
da Fazenda para a administração, distribuição, arrecadação para que através da contabilidade
tivessem o real valor dos fundos monetários e públicos.
Com a evolução dos anos, mais precisamente em meados do século XX o Brasil sofreu
influência na era contábil, por ser a Itália a progenitora do método das partidas dobradas.
A contabilidade brasileira se consolidou em 15 de dezembro de 1976 conforme a Lei
6.404 que real segunda metade do mesmo século com a instalação de empresas americanas a
contabilidade brasileira sofre grande influência, e se consolida em 15 de dezembro de 1976 com
a publicação da Lei 6.404 que regulamentou os princípios contábeis.
2.2. O QUE É CONTABILIDADE
A contabilidade se resume em escriturar atos e fatos ocorridos nas entidades, gerando
informações e auxiliando os gestores a atual situação econômico-financeira nas tomadas de
decisões nas organizações. Vale lembrar que não é uma ciência exata a contabilidade,
concretiza-se que é uma ciência social aplicada. Para Gouveia (1975, p. 1): contabilidade é uma
arte. É a arte de registrar todas as transações de uma companhia, que possam ser expressas em
termos monetários.
Essas informações também se caracteriza uma arte, refletindo as companhias uma
situação econômico-financeira destas operações. Estabelecendo a parte das regras, princípios e
teóricas a serem cumpridas pelos colaboradores da área contábil, normalizando os feitos
adquiridos, segundo Ferreira (2004, p. 1): “A contabilidade em perspectiva teórica pode ser definida como “a ciência que estuda
o patrimônio do ponto de vista econômico e financeiro, bem como os princípios e as
técnicas necessárias ao controle, à exposição e à análise dos elementos patrimoniais e
de suas modificações.”
Os panoramas visionários da definição dos princípios técnicos são obrigatórios para o
controle das análises das opiniões propostas, econômicas, financeiras e suas modificações
patrimoniais.
2.2.1. OBJETIVOS DA CONTABILIDADE
A análise da objetividade mostra a evolução detalhada e servindo como ferramenta para
uma tomada de decisão e nesse sentido cada registro contábil de ser muito bem analisado de
forma cautelosa e prudente, de acordo com Fávero (2005, p. 1): “A Contabilidade tem por objetivo mensurar o patrimônio de uma entidade seja ela
pessoa jurídica ou pessoa física, afim de propiciar o registro e as informações que são
de pertinência da empresa através de relatório contábeis.”
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Com o objetivo da globalização as demonstrações e análises contábeis tem por natureza
econômica a financeira, física e de produtividades com relação as organizações. Tendo assim
uma melhor formar de conceder relatórios repletos de informações importantes para a
companhia.
2.2.2. FUNÇÃO DA CONTABILIDADE
A função para controlar o patrimônio, depurar os lucros e prejuízos é na contabilidade.
Todos as informações e realizações se registra na contabilidade, nela se pode controlar de forma
organizada.
Segundo Iudícibus, Martins e Gelbcke (1989, p. 60), sua função principal é a
mensuração do lucro e o reporte da posição patrimonial em determinados momentos. O
demonstrativo verifica a situação econômico-financeira com o propósito de apresentar de
maneira objetiva que a organização entenda os acontecimentos na gestão administrativa e ainda
vários paradigmas de liquidez e de ameaças de créditos, por isso sempre precisamos conferir as
informações contábeis estudando os cuidados para não ter prejuízos sendo cada vez mais
considerável no trabalho de gestor.
A contabilidade não se pode dispensar com a finalidade de todos empresários e
microempresários saibam com plenitude os seus fins lucrativos por fragmentos de exercício e
até por mercadorias produzidas ou repassadas, além do mais tem o que foi investido de capital
a rentabilidade, a produtividade da mão-de-obra e dos equipamentos que utilizado. A
contabilidade garante a perfeição do conhecimento da quantia dos ativos (bens) e dos passivos
(obrigações).
2.2.3. PRINCIPAIS USUÁRIOS DA CONTABILIDADE
Os grupos de usuários da contabilidade são pessoas que buscam possuir conhecimentos
de avaliações para diversas situações que ocorre nas empresas e em suas casas nas tomadas de
decisão seja eles internos ou externos. Os usuários internos são aqueles que já tem a suas
atividades diariamente na empresa e tira proveito as informações e dados contábeis em suas
responsabilidades. Tem como: Administradores, Proprietários, acionistas ou investidores;
Contadores e Auditores internos; e outros. “São várias pessoas que utilizam da contabilidade desde uma simples dona de casa
para averiguar a dispensa, como um CEO de uma grande empresa que utiliza a
contabilidade como ferramenta de gestão nas suas tomadas de decisão. Greco (2009,
pg. 2).”
Os grupos dos usuários externos são os que se importam pelos dados contábeis, sem
expor dinamicamente dos relatórios da empresa. Alguns deles são: governo; bancos;
fornecedores; acionistas potenciais; outros interessados. Os dados da empresa geralmente são
variados condizente aos interesses das informações.
O governo emprega não só os cálculos dos impostos devidos, mas procura saber como
está o andamento das encomias do país. Recolhendo os dados e informações de todas as
organizações. Segundo Greco (2009, pg.2): “Usuários externos são aqueles que apenas se interessam pelos dados contábeis, sem
participar ativamente dos processos da empresa. Alguns deles são: Governo; Bancos;
Fornecedores; Acionistas Potenciais; outros interessados.”
No caso dos bancos, é mais viável a autorização de um empréstimo, quando a empresa
busca tratar de um capital de terceiros fazer podendo assim financiar. Na maior parte dos casos,
os usuários da contabilidade são preparados por grupos dispostos a descobrir ao derredor dos
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propósitos da empresa, afetando ou sendo afetados pelo negócio. Estes são conhecidos como o
grupo dos Stakeholders.
2.3. PROCESSOS E TOMADA DE DECISÕES
Marion (2018, p 50) afirma que vivemos um momento em que “aplicar os recursos
escassos disponíveis com a máxima eficiência” tornou-se, dadas as dificuldades econômicas
(concorrência etc.), uma tarefa nada fácil. A experiência e o feeling do administrador não são
mais fatores decisivos no quadro atual; exige-se um elenco de informações reais, que norteiem
tais decisões. E essas informações estão contidas nos relatórios elaborados pela Contabilidade.
Segundo Ailton Fernando de Souza, (2015 p. 50) O processo de tomadas de decisão
basicamente consiste em identificar, ordenar e destacar os principais pontos de recomendação
de determinada empresa, apresentando-os em relatório. Para isso, é preciso expor o parecer em
linguagem de fácil entendimento, possibilitando que o usuário da informação tome decisão com
base nela.
Figura 1 - Modelo do processo de tomada de decisão
Fonte: Souza (2015 p.17).
Cada companhia necessita absorver todas as informações externas e internas, para
concluir as análises com eficácia para a própria. Sendo assim as informações e dados precisa
ser recolhido pelos profissionais conhecedores do assunto, pois os relatórios das finanças são
colocados nas demonstrações contábeis sendo conveniente aos gestores. Todos dados e
informações coletados são colocados no sistema contábeis para uma decisão mais qualificada
com menos índices de erros.
3. CONTABILIDADE PARA PESSOAS FÍSICAS
No que tange a contabilidade de pessoas físicas, podemos antes examinar o que significa
em seu contexto geral. Ela trata do ramo da ciência que estuda e interpreta, registra, informaliza
os fatos e atos que afeta o patrimônio econômico-financeiro do gestor.
De acordo com Costa (2009), a contabilidade é essencial para a evolução e para o
sucesso empresarial e está diretamente relacionada com o desempenho da empresa, isto porque
a contabilidade serve como um instrumento informacional para que os gestores tomem decisões
que maximizem resultados positivos e que minimizem perdas.
A elaboração de um projeto dinâmico vai depender de uma decisão fundamental para
planos de conquistas e vitorias futuras, nos dias de hoje necessita de mudanças e reinvenções
constantemente então é indispensável os planos de ação ser flexível ou seja: versátil, ágil,
tolerante e outros. Segundo Stoner e Freeman (1995) existem dois pontos importantes para a
construção de um bom planejamento: a determinação de objetivos e as ações empregadas para
se alcançar este objetivo: O planejamento possui dois aspectos básicos, que são vitais para a organização:
determinação dos objetivos da organização e escolha dos meios para alcançar estes
objetivos. Tais aspectos básicos do planejamento apoiam-se em métodos, planos ou
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lógica, não sendo, portanto, intuitivos. Deste modo, a organização define seus
objetivos e o melhor procedimento para alcançá-los. (STONER; FREEMAN, 1995,
p.7).
A ciência dos resultados financeiros comprova que as pessoas e as empresas
administram, dominam e alocam bens que são desprovidos, em certas ocasiões de tempo. Insiste
em saber e usar suas habilidades de análise em conduzir seu capital com inteligência nas suas
aplicações. Este ramo de economia tem uma atenção mais considerada do que muitas, de como
fazer ganhos monetários conquistados devem ser administrados. Um dia tendo seu capital bem
administrado dificilmente uma família fica sem sobreviver, como todo ser humano busca uma
vida adequada o seu valor gerido vai suprir sua vida financeira e superar imprevistos.
3.1. ORÇAMENTO
Esta é uma ferramenta de suma importância dentro da área contábil que administra a
parte interna ou externa de uma companhia. Relaciona claramente com o custo-padrão.
Conforme Martins (2009, p.319) “O custo-padrão não deixa de ser uma espécie de
orçamento, apenas que tende a forçar o desempenho da produção por ser normalmente fixado
com base na suposição de melhoria de aproveitamento dos fatores de produção”.
Segundo Martins (2009, p.329), “vemos que acaba o Custo-padrão podendo servir
também como elemento de base para a elaboração daquela peça de controle global tão
importante; simplificando lhe sobremaneira a própria construção”.
Quadro 1 - Diretrizes do orçamento
OBJETIVOS: DESCRIÇÕES:
Planejamento Auxiliar a programar atividades de um modo lógico e sistemático que corresponda à
estratégia de longo prazo da empresa
Coordenação Ajudar a coordenar as atividades das diversas partes da
Organização Organização e garantir a consistência dessas ações.
Comunicação Informar mais facilmente os objetivos, oportunidades e planos da empresa aos diversos
gerentes de equipes.
Motivação Fornecer estímulo aos diversos gerentes para que atinjam metas pessoais da empresa.
Controle Controlar as atividades da empresa por comparação com os planos originais, fazendo
ajuste onde necessário.
Avaliação Fornecer bases para a avaliação de cada gerente, tendo em vista suas metas pessoais e
as de seu departamento.
Fonte: Brookson (2000, p.9, apud Lunkes, 2009, p. 29).
Com o custo-padrão dentro da companhia, facilitara a elaboração do orçamento, tanto
para fabricação quanto para o serviço, pois custo-padrão é igual ao custo ideal de produção de
um bem.
3.1.1. TIPOS DE ORÇAMENTO
Na visão de Bornia e Lunkes (2009) nos primórdios do orçamento, o mesmo era
utilizado de maneira mais simples, apenas prevendo recursos, e controlando os por meio de
dados contábeis. No ano de 1919, aconteceu que a necessidade de aprendizado foi
extremamente técnica existentes e obedecendo a novas variáveis, conseguindo a permissão de
uma maior autoconfiança quanto à previsão, maior flexibilidade, direcionamento e então, no
ano 2000, uma projeção flexível e separada. Na figura abaixo - a evolução dos processos
orçamentários:
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Figura 2 - Evolução dos processos orçamentários
Fonte: Lunkes, (2009, p.39)
A evolução dos processos orçamentários e bem como as características de cada um,
desde o qual possuía uma conotação simples de previsão e controle até os mais elaborados e
estruturados existentes.
3.1.2. ORÇAMENTO BASE ZERO (OBZ)
No orçamento base zero é necessário estar muito bem entendido de como o planejamento
estratégico financeiro de uma gestão está definido em certos exercícios da administração. É
mais utilizado o orçamento base zero em período de escassez, e nos períodos normais de
recursos utiliza-se o orçamento tradicional.
De acordo com Gordon e Sellers (1984) apud Frangiotti (2011): “(...) a ferramenta OBZ, não se baseia em relatórios dos anos anteriores, sempre é
executado como se fosse o primeiro, e todos os valores devem ser devidamente
justificados.”
Mediante a fala do autor podemos dizer que a ferramenta OBZ será sempre executada
como se fosse a primeira como se fosse a atual e esquecendo dos relatórios anteriores. Segundo
Lunkes (2009), as justificativas dos valores devem ser feitas antes da tomada de decisão sobre
a alocação do recurso novamente.
Os argumentos precisam ser decididos antes das tomadas de decisões sem que haja a
necessidade de buscar recursos de valores. Conforme a ideia de Gordon e Sellers (1984) apud
Frangiotti (2011), para a implementação do OBZ, faz se necessário um sistema contábil muito
funcional operacionalmente, e completo bastante com relação a relatórios financeiros
disponíveis. “O OBZ contribui com algumas vantagens, como a melhoria em comunicação,
participação dos funcionários melhorando assim a motivação de cada um deles
(WILLIANS, 1981apud FRANGIOTTI, 2011).”
Os “pacotes” do orçamento base zero são divididos da seguinte maneira: pacote base
zero e Variável base zero. O pacote base zero (PBZ) é um documento que descreve uma
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determinada atividade em que o gestor possa verificar e avaliá-la, aprovando-a ou não. Variável
base zero (VBZ) a menor variável dos gastos efetuados, e núcleo base zero (NBZ), que é a
junção das variáveis (LUNKES, 2009), conforme figura abaixo.
Figura 3 - Relação entre variável, núcleo e pacote base zero
Fonte: Lunkes (2009, P.89)
Para Lunkes (2009), cada gestor é obrigado a preparar, para cada atividade, um “pacote
de decisões” que contenham a análise de custos, a finalidade da atividade, as alternativas, o
desempenho, e as consequências da não execução da atividade.
Os gestores são precisam prover atividades dentro de um pacote de decisão que esteja
compatível a todas as análises, porque na realidade essa atividade executa bons desempenhos
as alternativas discutidas no processo gerencial da empresa.
4. CONTABILIDADE GERENCIAL
A contabilidade gerencial trata de uma ferramenta para auxiliar a gestão das empresas,
quando usada destes mecanismos traz qualidade em seus procedimentos trabalhistas. Cada
gestor precisa ter as tomadas de decisões com rapidez, ou seja, não deixando as oportunidades
que a organização terá.
Para isso necessita das informações provindas da contabilidade, mesmo sabendo que
muitos escritórios de contabilidade não são vistos, pois o que vemos são contadores atendendo
o fisco. Porém isso acaba passando os usuários da contabilidade que o contador seja apenas um
atendente do fisco, mostrando uma visão de contabilidade dedicada e de grande importância
nos auxílios das tomadas de decisão. Conforme Atkinson et al (2008, p. 37) “Sistemas de
contabilidade gerencial eficazes podem criar valor considerável pela informação a tempo e com
precisão sobre as atividades exigidas para o sucesso das organizações de hoje.”
Os gestores almejam chegar ao resultado esperado, mas para isso as atividades devem
ser bem controladas. Um sistema de contabilidade gerencial possibilita o controle destas
atividades, para que assim, os resultados almejados sejam alcançados. Segundo Iudícibus
(1986, p. 15): “A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um
enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos
e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira
e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais
analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a
auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.”
A contabilidade gerencial, identifica, analisa as informações financeiras e econômicas
convertendo-as em informação de valor agregado para a tomada de decisão. A contabilidade
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financeira fornece informação sobre a entidade para os usuários externos, como os acionistas,
investidores, bancos e outros.
Segue quadro referente às distinções entre a contabilidade gerencial e a contabilidade
financeira:
Quadro 2 - Distinção entre a contabilidade gerencial e a contabilidade financeira. CONTABILIDADE GERENCIAL CONTABILIDADE FINANCEIRA
Usuários
primários
Gestores da organização em vários níveis. Usuários externos, como investidores e agências
governamentais, mas também gestores das
organizações.
Liberdade de
escolha
Sem restrições, exceto custos em relação a
benefícios de melhores decisões
gerenciais.
Restringida pelos princípios de contabilidade
geralmente aceitos.
Implicações
comportamentais
Preocupação com a influência que as
mensurações e os relatórios exercerão
sobre o comportamento cotidiano dos
gestores.
Preocupação em mensurar e comunicar
fenômenos econômicos. As considerações
comportamentais são secundárias, embora a
compensação dos executivos baseada em
resultados relatados possa ter impacto em seu
comportamento.
Enfoque de
tempo
Orientação para o futuro: uso formal de
orçamentos, bem como de registros
históricos. Ex.:
orçamento de 20x2 comparado com o
desempenho real de 20x1.
Orientação para o passado: avaliação histórica.
Ex.: desempenho real de 20x2 comparado com o
desempenho real de 20x1.
Horizonte de
tempo
Flexível, com uma variação que vai de
horas a 10 ou 15 anos.
Menos flexível, geralmente um ano ou um
trimestre.
Relatórios
Detalhados; preocupam-se com detalhes
de partes da entidade, produtos,
departamentos, territórios etc.
Resumidos; preocupam-se primeiramente
com a entidade como um todo.
Delineamento de
atividades
Campo de ação se define com menos
precisão. Uso mais intenso de disciplinas
como economia, ciências de decisão e
comportamentais.
Campo de ação se define com maior precisão.
Menor uso de disciplina afins.
Fonte: Horngren, Sundem e Stratton (2004, p. 5)
Os gestores se beneficiam, quando a contabilidade fornece informações que auxiliem
suas tomadas de decisões. Toda gestão precisa de um procedimento muito importante para as
usa atividades de planejamento e controle, para que o conjunto sincronize com os propósitos
que a empresa oferece na seleção dos cursos alternativos de ação garantindo seus objetivos
almejados. Nas decisões modifica de forma rotineira é preciso se programar antes de produzir
diariamente e não rotineiras também são laçadas em uma linha de produção nova. Horngren,
Sundem e Stratton (2004, p. 8) dizem que: “O processo de gestão compreende uma série de atividades em um ciclo de
planejamento e controle. Tomada de decisão – a decisão com propósito de selecionar
entre um conjunto de cursos alternativos de ação projetados para atingir algum
objetivo – é o núcleo do processo de gestão. As decisões variam entre rotineiras
(programar a produção diária) e não-rotineiras (lançar uma nova linha de produtos).”
Então, pode ser mencionado que a atividade de gestão é dividida em dois tipos, o
primeiro em planejamento e o segundo em controle. Cabe ressaltar que quando se tratar de
gestão, é importante atenção em uma das duas partes, para assim simplificar a análise.
A contabilidade é uma dinâmica preciosíssima no mundo econômico, quando se trata
de economia nenhuma empresa pode ficar sem organizar a documentação dos ativos seja ela
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simples ou não. Essa ciência torna mais importante na vida da economia moderna, porque os
recursos são praticamente escassos e o administrador precisa escolher quais das alternativas vai
ser útil na identificação dos dados contábeis. Conforme Padovese (1996); “Observa que, em sentido amplo, a Contabilidade trata da coleta, apresentação e
interpretação dos fatos econômicos; a Contabilidade Gerencial é utilizada para
descrever essa atividade dentro de uma organização e a expressão Contabilidade
Financeira quando essa organização presta informações a terceiros.”
De acordo com a visão de Padovese (1996), a Contabilidade Gerencial apresenta
subdivisões que irão compor o sistema de informações gerenciais. Estas serão apresentadas a
seguir.
Contabilidade de Custos: os gastos industriais são detalhados, departamentalizados e
computados, permitindo saber o gasto de cada produto unitário, gasto total da empresa, valor
de venda e o seu ponto de equilíbrio. A emissão de relatórios é feita por produto, por setor, por
filiais e por unidades de negócios.
Controle da Folha: os dados da Contabilidade Gerencial são analisados os gastos da
folha de pagamento para obter conclusões referente aos custos de pessoal, e também compor a
Contabilidade de Custo para estudar melhor as propostas de reajustes, por tempo de serviço,
acordos com as normas sindicais, modificações no INSS, Imposto de Renda e outros.
Análise Financeira: a verificação do feedback vai constar as análises dos cálculos
comparativos dos resultados alcançados em cada período, para toda a empresa e filiais por tipo
de administração.
Então, nessa questão a Teoria Geral de Sistemas aparece como uma fundamental
ferramenta de ajuda, para a analisar os fatos e a solução de problemas comprometedores,
fazendo um estudo mais aprofundado na identificação de um problema por parte, sem perder o
entendimento e o relacionamento entre as partes, que segundo Padovese (1996); “Os sistemas de informações gerenciais podem ser definidos como um conjunto de
partes integrantes e interdependentes (objetivos, entradas, processo de transformação,
saídas, controle, avaliação e retroalimentação) que formam um todo unitário com
determinado objetivo e efetuam determinada função. Na Figura 1 é possível
visualizarmos melhor:”
Figura 4 - Componentes de um Sistema
Fonte: Oliveira (1994, p. 24)
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Na visão de Abreu e Abreu (2002) um Sistema de Informações Gerenciais, também
chamado de SIG, pode ser definido como o processo de transformação de dados1 em
informações, 2 as quais serão utilizadas na estrutura decisória da empresa e que proporcionam
a sustentação administrativa visando à otimização dos resultados esperados.
5. CONSIDERÇÕES FINAIS
Pelo meio dessa pesquisa entendemos que a contabilidade gerencial é uma ferramenta
muito importante na ação da tomada de decisão. Então esta pesquisa comprova a eficácia da
estrutura de uma companhia, e auxilia os gestores na boa administração, trazendo grandes
benefícios para a empresa, observando as fraquezas dos procedimentos e sugerir melhorias para
que não tenha custos excessivos e tendo assim a satisfação de clientes e fornecedores uma
qualidade operacional exemplar.
Contudo o controle de qualidade dos dados e informações especifica de forma clara e
objetiva, permitindo que o entendimento por partes dos administradores tenha os pontos
positivo e negativos como modelo de gestão, apresentando o seu melhor, em relação a valores
justos no fornecimento de produtos e serviços prestados.
É sempre importante o uso dessas ferramentas gerenciais nos empreendimentos de
usuários externos: como bancos, acionistas, fornecedores e entre outros e usuários internos:
como gerente, executivos, pessoas, colaboradores e entre outros. O principal papel é sempre do
contador para a composição dos relatórios, cálculos, planejamento estratégico de toda gestão
das empresas. Isto é faz toda a diferença na parte administrativa ter um profissional contábil
entendido da matéria.
Ainda podemos entender, em uma breve verificação na questão da precisão que toda a
empresa de pequeno porte necessita dos conhecimentos contábeis de uma gestão financeira,
para que seu orçamento não saia do controle, observando a elevação dos cálculos e na
demonstração de fluxos de caixa nos investimentos financeiros da empresa. Assim a vida da
empresa progride todos os dias gerando empregos e crescimento na economia do país.
6. REFERENCIAS
ALVES, T. Universidade Federal do Paraná. Disponível em:
https://www.acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/54026/R%20-%20E%20-
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03/ago. 2020
ERNESTO, A. Uni. Evangélica. Disponível em:
http://repositorio.aee.edu.br/bitstream/aee/8049/1/tcc%20Arnaldo.pdf. Acesso em: 12 ago.
2020
FINACEIRO, Diário. Disponível em: https://www.dicionariofinanceiro.com/usuarios-da-
contabilidade/. Acesso em: 12 ago. 2020
STELA, R. VIEPCT. Disponível em:
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CONSTANTE, F. Centro Universitário Municipal de São José USJ. Disponível em:
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Acesso em: 25 set. 2020
MIRANDA, D. Universidade Federal do Paraná. Disponível em:
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%20DIOGO%20MIRANDA%20DE%20MELO.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em:
07 out. 2020
SILVA, M. Núcleo de Pesquisa e Inovação (NUPI). Disponível em:
http://revista.faculdadeprojecao.edu.br/index.php/Projecao1/article/view/579. Acesso em: 20
out. 2020
BRIDGE, Value. Disponível em:
https://www.valuebridge.com.br/consultoria/?gclid=CjwKCAiAzNj9BRBDEiwAPsL0d66t2o
l5Flz5wIyWWhPRSdvhWmMNxGy2KBeV-TgPizhFHpBR3ZzebBoCaWMQAvD_BwE.
Acesso em: 15 nov. 2020
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CONTABILIDADE GERENCIAL COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA O
DESENVOLVIMENTO DAS EMPRESAS.
Josefa Aparecida da Silva Amaral1
Prof. Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção2
E-mail: [email protected]
Prof. Leandro Rachel Arguello3
E-mail: [email protected]
Resumo
Esta pesquisa aborda a importância da contabilidade gerencial como ferramenta de gestão para
o desenvolvimento das empresas. A contabilidade gerencial é uma ferramenta que participa
integralmente do processo de gestão, ela tem o papel de analisar o fluxo dos recursos da
empresa, garantindo o crescimento e a melhoria dos negócios. Tratou-se de uma pesquisa
bibliográfica de cunho exploratório através de fontes dos web site SciELO, livros, artigos
científicos pertinentes ao tema. A pesquisa se justifica pela importância que a contabilidade
gerencial tem para área contábil possibilitando uma gestão mais organizada e prática no dia a
dia da organização. Partindo dessas premissas, o objetivo da pesquisa foi evidenciar a
importância da contabilidade gerencial como ferramenta de controle de gestão para um bom
desenvolvimento das empresas. Assim, foi constatado pela pesquisa quanto é importante o
conhecimento da prática da contabilidade gerencial, como ela traz agilidade na gestão dos
processos no dia a dia organizacional. Conclui-se que a contabilidade gerencial é uma excelente
ferramenta de gestão para o desenvolvimento das empresas, isso faz com que os processos
tenham um bom desempenho, garantindo que as empresas almejam sucesso no negócio.
Palavras-chave: Organizações; Contabilidade Gerencial; Ferramentas de gestão;
1. INTRODUÇÃO
A contabilidade gerencial é um dos processos que mais ajudam as empresas a
desenvolverem seus negócios. Ela envolve um conjunto de técnicas e procedimentos contábeis,
tais como a contabilidade financeira, contabilidade de custos e as análises das demonstrações
contábeis, as quais são responsáveis pelas informações que servirão como base para os gestores
tomarem as decisões para os negócios das organizações.
No contexto empresarial, a contabilidade gerencial está relacionada aos trabalhos de
forma interna, pois ela tem ferramentas que oferecem as planilhas e os relatórios com
informações mais detalhadas, com que está relacionado aos serviços, e até mesmo na definição
de metas e objetivos da empresa. A contabilidade no formato gerencial vem tomando forças,
pois quanto maior o controle financeiro e econômico de uma empresa, maior produtiva ela será.
Este trabalho é cunho relevante, pois contribuirá para que os gestores se embasem sobre
a importância que é ter um controle de gerenciamento contábil de forma mais organizada e
prática. Analisando a contabilidade gerencial para os negócios da empresa, a pesquisa se
1 Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande – UNAES. 2 Docente do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande – UNAES. 3 Docente do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Católica Dom Bosco – UCDB.
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pautará na seguinte pergunta: Qual a importância da contabilidade gerencial como
ferramenta de controle de gestão para um bom desenvolvimento das empresas?
O objetivo geral desta pesquisa foi evidenciar a importância da contabilidade gerencial
como ferramenta de controle de gestão para um bom desenvolvimento das empresas. Para tal,
a pesquisa contou com os seguintes objetivos específicos: conceituar o papel da contabilidade
gerencial dentro das organizações; descrever quais são as ferramentas de gestão mais utilizadas
pelas empresas de forma geral; abordar sobre as contribuições da contabilidade gerencial para
a gestão das empresas seja mais coerente com sua proposta.
A metodologia de coleta de dados foi a partir de uma revisão de literatura qualitativa e
descritiva. Os instrumentos e fontes escolhidas para a coleta de dados foram do web site
Scientific Electronic Library Online (SciELO), livros, artigos científicos, foi definida como
palavras-chave na busca da pesquisa: contabilidade gerencial, ferramenta de gestão, gestão
contábil, o período de materiais pesquisados foi entre os anos de 1998 a 2018.
2.CONTABILIDADE GERENCIAL DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES
A contabilidade dentro uma organização é uma área que precisa produzir resultados
positivos, logo é necessário utilizar-se das ferramentas que envolvam a gestão contábil, para
assim, auxiliar da melhor forma os gestores na tomada de decisão (MARION, 2009). Assim,
contabilidade gerencial tem o papel de fornecer todas as informações que ajudam no
desenvolvimento financeiro/contábil das empresas.
2.1 SURGIMENTO DA CONTABILIDADE GERENCIAL
Após a segunda guerra mundial, a chamada grande depressão, a partir de então a
contabilidade financeira e gerencial ficou mais conhecida e com formas mais definidas
(IUDÍCIBUS, 1998). Conforme o autor Marion (2002), a contabilidade gerencial foi emergindo
à medida que as regulamentações governamentais e os grupos profissionais começam a exigir
precisão e padronização nos relatórios financeiros e na contabilidade das organizações.
De acordo com Coelho e Lins (2010), a contabilidade gerencial surgiu para detalhar
mais as informações dos dados contábeis, após a metade do século XX, essa tendência da
contabilidade gerencial vem ajudando cada vez mais na gestão das empresas. Conforme
Iudícibus (1998), os profissionais fazem muito mais do que fornece informações, muitas vezes,
assumem um papel ativo nas decisões cotidianas e estratégicas para melhorar os processos das
empresas. Taís práticas controle de gestão contábil são poucas utilizadas, a intenção é inspirar
os gestores a utilizarem com mais frequência.
Conforme Albanez e Bonizio (2007), as informações cada vez mais de forma
tecnológica trazendo mais rapidez para o processo da contabilidade, com mais detalhe, os
profissionais acessam maior quantidade de dados e com maior rapidez. Já para Horngren et al.,
(1998), pode-se mencionar que a contabilidade gerencial é aquela de organiza os dados, analisa
as informações, faz a mensuração para que os gestores tenham entendimento do que está
acontecendo nos processos da empresa, dessa maneira ela está relacionada a uma contabilidade
mais precisa como uma ferramenta gerencial, facilitando o setor contábil a diagnosticar suas
informações.
A contabilidade gerencial participa integralmente do processo de gestão, ela tem o papel
de analisar o fluxo dos recursos da empresa, questão fundamental para se diferenciar,
garantindo o crescimento e a melhoria dos negócios, como uma prática indispensável para todas
as empresas (MARION, 2009). Logo, sua objetividade é servir de instrumento prático para
auxiliar o gestor a tomar suas decisões com auxílio da base de dados da contabilidade.
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Gil (2000), relata que a contabilidade utilizada pelas empresas é muito importante tanto
para as privadas quanto as públicas, com o passar dos anos a contabilidade deixou de ser uma
simples técnica de escrituração de documentos fiscais de apuração de impostos, passando a
desempenhar um relevante papel no âmbito da gestão organizacional, fornecendo informações
contábeis para as atividades gerenciais, tornando pontos relevantes para a tomada de decisão.
2.1.1 Informações contábeis e atividades gerenciais
A informação contábil deve ser relevante tanto para o usuário, quanto para os gestores
da organização, Iudícibus (1998), reforça que essas informações fazem com eles possam
trabalhar de forma mais confiante para tomar as decisões necessárias. As empresas precisam de
benefícios para dar continuidade ao negócio. Para um melhor desempenho, devem envolver
todos os níveis da empresa para que possa ter engajamento e motivação de todos os envolvidos
na empresa, os quais vão fazer parte do processo contábil da empresa.
No entanto, a ferramenta da contabilidade gerencial fornece vários procedimentos
contábeis de forma atualizada para a tomada de decisão dos gestores contábeis. Para Iudícibus
(1998, p. 15), a contabilidade gerencial é definida como: “[...] um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já
conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na
análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau
de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada,
de forma a auxiliar os gerentes da entidade em seu processo decisório.”
Logo, é importante buscar quais os benefícios da contabilidade para as organizações,
resume-se então que as informações são para auxiliar na tomada de decisão dos gestores, com
mais agilidade e rapidez, tendo a capacidade de adaptação e recomposição do cenário para
crescimento das organizações.
Marion (2002, p. 42) cita que: “A contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões.
Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente,
registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que
contribuem sobremaneira para a tomada de decisões. É a linguagem dos negócios
medindo o resultado das empresas e avaliando o desempenho dos negócios.”
Assim, a contabilidade gerencial é importante para os processos contábeis das
organizações, pois é ela a responsável pelos fatos e registros de todo o patrimônio da
organização, e depende desses fatores para que a contabilização seja relevante e determinante
para os gestores. As organizações dependem de uma contabilidade com boa governança, isso
só trará benefícios tanto para as formações precisas quanto para redução de despesas e custos.
Para Reis (2009), as empresas devem se basear nos valores contidos nas demonstrações
financeiras para fundamentar os objetivos e metas a serem alcançadas, as quais foram descritas
no planejamento. Parisi e Mergliorini (2011), o ambiente da empresa, como os investidores,
credores, governos e outros podem utilizar tais relatórios para se basearem em prováveis
tomadas de decisões. Logo então, a finalidade da contabilidade é prover seus usuários de
informações.
Quanto as atividades da contabilidade gerencial estão incluídas os reconhecimento e
avaliação de transações e eventos econômicos; quantificações e estimativa do valor desses
eventos; registro e classificação de transações e eventos apropriados; análise das razões e das
relações entre as transações e os eventos (MARION, 2002). Dessa maneira, a contabilidade
gerencial desenvolve essas atividades para auxiliar os profissionais a tomarem decisões com
mais certeza.
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2.1.2 Contabilidade gerencial e suas características
Para os autores Horngren et al., (2004, p. 5), a contabilidade gerencial, identifica, analisa
as informações financeiras e econômicas convertendo-as em informações de valor agregado, já
Padoveze (2009) a contabilidade financeira fornece informações sobre a entidade para os
usuários esternos, como os acionistas, investidores e bancos. Dessa forma, pode-se inferir que
a distinção entre a contabilidade gerencial e a contabilidade financeira existem é bem clara
quanto aos seus tipos de controle, cabendo ressaltar que quando se tratar de gestão é necessário
que tenha mais atenção em uma das partes, para assim simplificar a análise.
Para Iudícibus (1998, p. 15), a contabilidade gerencial é definida como: “[...] um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já
conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na
análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau
de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada,
de forma a auxiliar os gerentes da entidade em seu processo decisório.”
Diante do exposto, a contabilidade gerencial tem o papel de agilizar a prática dos
processos contábeis internos da empresa, tornando-se uma ferramenta prática para as tomadas
de decisões pautadas nessa metodologia. Em resumo, é necessário o uso de técnicas e
procedimentos contábeis que possibilitam aos gestores contábeis uma melhor escolha na
tomada de decisão.
Segundo Iudícibus (1986, p.18), “a contabilidade gerencial pode ser caracterizada, como
um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e
tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de
balanços, etc.” Dessa forma, eles são colocados numa perspectiva diferente, num grau de
detalhamento mais analítico ou de forma de apresentação e classificação diferenciada, de
maneira a auxiliar os gerentes das entidades em processor decisório.
A contabilidade gerencial busca melhorar as estratégias da situação econômica da
empresa, bem como a rentabilidade de seus bens e serviços.
Para Padoveze (2009, p. 36): “Contabilidade gerencial é relacionada com o fornecimento de informações para os
administradores, isto é, aqueles que estão dentro da organização e que são
responsáveis pela direção e controle de suas operações. A contabilidade gerencial
pode ser contrastada como contabilidade financeira, que é relacionada com o
fornecimento de informações.”
Diante de cenários complexos, a contabilidade gerencial apresentada como uma
ferramenta fundamental, pois geram as informações de valor agregado para ajudar nas decisões
do gestor (PADOVEZE, 2009). Dessa maneira, pode-se dizer que para gerenciar os
subordinados e os processos de produção, devem ter informações necessárias para todas as
etapas das operações fornecidas pela contabilidade.
Dessa forma, a contabilidade gerencial é um instrumento para fornecer informações
tanto na parte gerencial como na financeira, é uma ferramenta indispensável para o sucesso das
organizações independente do ramo de atuação. Sendo assim, estão implícitos que os gestores
devem desenvolver seu controle contábil embasado nesse tipo de contabilidade gerencial, tendo
como função de auxílio na contabilidade das organizações, melhorando o controle operacional,
bem como analisando os custos melhorando os níveis estratégicos e operacionais da
organização.
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2.1.3 Planejamento e controle contábil
O cenário mundial está cada vez mais acirrado e as empresas precisam ter boas
estratégias tanto com bons profissionais, quanto com bons planejamentos para assim encarar
novos desafios (CREPALDI, 2008). Assim, é importante que os planos de gestão estejam
alinhados aos objetivos e metas das empresas, dentro dessa perspectiva os profissionais
contábeis são fundamentais na atuação no planejamento e controle dos processos das
organizações.
Conforme Coelho e Lins (2010), a contabilidade gerencial precisa ter um planejamento
para um melhor controle nas aplicações da contabilidade, as informações com mais clareza para
a tomada de decisão. Já o autor Crepaldi (2008), o processo de estabelecer metas, determinar
necessidades de recursos e conceder um meio de atingir metas é referido como um bom
planejamento contábil. Sendo assim, tanto o planejamento quanto o controle dos processos
contábeis devem estar alinhados aos planos de gestão.
Nesse contexto, a gestão contábil, cuja função é classificar, organizar, contabilizar e
analisar as operações e relatórios, e alinhado a isso aplicando os princípios da contabilidade.
De acordo com Padoveze (2009), o planejamento da gestão contábil precisa estar alinhado a
contabilidade da empresa e com o planejamento estratégico, os quais são fundamentais na
melhoria da gestão empresarial. Para um processo de tomada de decisão é necessário ter um
planejamento contábil de forma contínua e sistemática.
Além de conhecimentos em legislação, sistema de controle administrativo, financeiro,
relatórios contábeis e fiscais é necessário conhecimentos no planejamento e controle de toda a
organização. O planejamento para a contabilidade gerencial estabelece metas, determina
necessidades de recursos e concebe formas alcance dos objetivos, ou seja, são meios de
monitorar os resultados financeiros e medir os processos de controle da empresa.
3. CONTABILIDADE GERENCIAL: FERRAMENTAS DE GESTÃO
A contabilidade constitui um instrumento para a gestão e o controle das organizações
além de representar o sustentáculo da democracia econômica, já que, por seu intermédio, a
sociedade é informada sobre os resultados da aplicação dos recursos conferidos às entidades.
Assim, o bom gerenciamento é um requisito necessário para o sucesso de qualquer
microempresa (GONÇALVES, 2008).
As ferramentas de gestão que envolvem a contabilidade gerencial servem
principalmente, para obter um controle sobre os processos. Sabe-se que muitas empresas não
têm controle gerencial, por falta de conhecimento de ferramentas que facilitam auxiliar o
controle dos processos.
3.1 FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS: PLANEJAMENTO GERENCIAL
As ferramentas de gestão são para ajudar no processo, mas elas só são úteis quando
utilizando de maneira correta agilizando cada área do negócio. Dessa maneira, é necessário
entender como cada ferramenta pode ajudar no planejamento gerencial.
As ferramentas estratégicas pode ser uma maneira pela qual as organizações dinamizam
os planos desenvolvidos na etapa do planejamento empresarial. Lacerda (2006), as ferramentas
estratégicas gerencias são as mais modernas e as mais utilizadas pela contabilidade gerencial,
as quais podem-se destacar: Ferramentas de Gestão Estratégicas: Sistema Informação
Gerencial; benchmarking; planejamento estratégico, balanced scorecard; curva ABC; entre
outras.
Conforme o autor Gonçalves (2008), planejamento empresarial se torna eficaz quando
as ferramentas são aplicadas de maneira correta, já para Lacerda (2006), o conhecimento e a
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aplicação dessas ferramentas só trazem benefícios para a gestão estratégica e para o aumento
da lucratividade, essa estratégia tem que partir dos membros do pequeno negócio estabelecendo
um horizonte para o atingimento de metas. Diante da forma do planejamento, será feita
descrição das principais ferramentas estratégicas de controle gerencial estratégico.
Sistema Informação Gerencial – SIG é uma ferramenta muito utilizada pelas empresas
que adotam o sistema de contabilidade gerencial, ela se baseia numa estrutura em que o gerente
recebe informações via relatórios, que podem ser divididos de acordo com a demanda da
empresa, Wakulicz (2016), considera essa ferramenta é essencial para melhoria dos processos
que acontecem para auxiliar no planejamento, na organização e na tomada de decisão. Logo,
são relatórios acompanhados de informações necessárias para as tomadas de decisões mais
rápidas.
Gonçalves (2008), considera essa ferramenta Benchmarking valiosa, pois ela objetiva
aprimorar os processos, produtos e serviços gerando mais lucro e produtividade. Já para o autor
Siqueira (2018), diz que essa ferramenta utiliza a comparação de determinados indicadores com
outras organizações de modo que em geral é “copiar” o que está dando certo em uma empresa
e aplicar em outra de acordo com o seu planejamento e estrutura. Em geral, deve-se buscar
referências comparativas de outras empresas ou organizações que sejam notadamente
reconhecidas como sendo as melhores no assunto em questão.
Fernandes e Berton (2006), avaliam essa ferramenta planejamento estratégico como
sendo essencial, em especial quando se inicia um projeto do zero, pois, ela estabelece um norte
para a organização desenvolvendo as diretrizes, as estratégias e os objetivos. Em concordância
Gonçalves (2008), salienta que o planejamento estratégico, apesar de pôr si só ser como o
próprio nome diz um planejamento, a sua implementação, se adequando para trazer para as
empresas melhoria de desempenho.
A ferramenta do Balanced Scorecard tem como objetivo interligar controles
operacionais de curto prazo aos objetivos de longo prazo da estratégia da organização
(KAPLAN; NORTON, 1996). Nessa mesma ideia os autores, consideram que esse objetivo
deve ser focado em quatro indicadores: perspectiva do cliente, processos internos, perspectiva
financeira e de aprendizado e crescimento. Em resumo, é possível considerar que essa
ferramenta de gestão tem início na visão da empresa, a partir das quais são definidos os fatores
críticos de sucesso.
A curva ABC é uma ferramenta gerencial que auxilia a identificação dos itens que
necessitam de uma atenção especial do gestor, busca um método de classificação de
informações, para separar itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em
menor número (CARVALHO, 2002). Gonçalves e Pamplona (2000), consideram também que
pode ser utilizada para classificar clientes em relação aos seus volumes de compras ou em
relação à lucratividade proporcionada, classificação de produtos da empresa pela lucratividade
proporcionada etc. Pode-se dizer que essa ferramenta determina quais os produtos/serviços
mais importantes de uma empresa.
Outros programas para melhoria do desempenho organizacional são sugeridos e
aparecem a cada dia. No entanto, para todos os programas sugeridos, verifica-se que existe a
necessidade da utilização de uma abordagem adequada durante a implementação. Para todos
eles, o processo de implementação é muitas vezes mais importante do que os resultados
implementados.
Para Lacerda (2006), as ferramentas que são estratégicas precisam se alinhar ao porte
da empresa, ao ambiente estrutural, são pontos relevantes para a formulação de uma estratégia
e dessa forma o cenário em que ela está inserida influência bastante na determinação de regras
competitivas e de estratégias disponíveis potencialmente para qualquer organização.
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As ferramentas de planejamento empresarial auxiliam os gestores não apenas implantar
um planejamento, mas também o papel que cabe, logo é fazer com que essas ferramentas
acompanhem, avaliem os possíveis problemas que contabilidade gerencial (LACERDA, 2006).
Dessa forma, os gestores devem criar, um planejamento com responsabilidades e
implementação de novas ferramentas de auxílio de gestão.
As ferramentas de estratégicas podem ser resumidas da seguinte forma, que elas são a
base para se empreender em um negócio de forma estratégica, as quais expressam os pontos
fortes e seus pontos fracos a fim de alcançar seus objetivos, sem deixar de considerar as
oportunidades e as ameaças que o meio ambiente lhe impõe (GONÇALVES, 2008).
Assim, acredita-se que todas as ferramentas estratégicas apresentadas, precisam ser
desenvolvidas e colocadas em prática de acordo com o ambiente onde as empresas estão
inseridas, tanto no cenário do ambiente interno como no cenário do ambiente externo.
3.2 PLANOS DE CONTAS GERENCIAL
As transformações dos processos gerencias podem vir por meio de ferramentas de apoio
que a contabilidade gerencial fornece, todas as informações são necessárias para o controle
financeiro, facilitando a gestão dos custos e dos preços, dos riscos, assim elas oferecem
informações importantes para a tomada de decisões, prevendo os riscos e analisado a
viabilidade do negócio (PADOVEZE, 2008). O plano de contas pode facilitar o mundo dos
negócios, uma vez que a análise e o planejamento estratégico são fundamentais para saber da
saúde financeira da empresa.
Lima et al. (2009), considera que o plano de contas gerencial toda a organização deveria
utilizar, é uma técnica infalível para organização e administração do financeiro de uma empresa.
Já o autor Santos (2007), relata que por meio desse plano gerencial as receitas despesas e custos
é possível melhorar a estruração e acompanhamento do financeiro. Assim, pode-se dizer que
essa técnica pode auxiliar a estruturação do plano de contas gerencial.
O plano de contas gerencial nada mais é do que um modelo de organização dos dados
financeiros da empresa, é uma forma de criar categorias de códigos para melhor identificar e
organizar receitas, despesas e custos dos empreendimentos. De acordo com Lima et al. (2009),
o plano de contas gerencial facilita a tomada de decisão, já que com a implementação do plano
de contas traz mais segurança para o crescimento do negócio, desde que ele seja bem
estruturado.
Santos (2007), considera que a tomada de decisão é facilitada pelo acompanhamento e
categorização do financeiro da empresa, possobilitando melhoria no processo de organização
do fluxo de caixa. Padoveze (2008), ressalta que o plano de contas tem o propósito de atender
de maneira uniforme e sistematizada ao registro contábil dos atos e fatos ocorridos na empresa.
Dessa maneira, pode-se dizer que os plano de contas contabilização de forma direta cada
lançamento identificado. “Todas as contas contábeis do balanço patrimonial deverão ser claramente
identificadas com plano de contas que recebem a contrapartida na demonstração de
resultados. Basicamente, isto significa que as contas de caráter genérico tanto no
balanço patrimonial como na demonstração de resultados, normalmente denominadas
outras contas, outras receitas, outras despesas, só poderão ser criadas se forem para
valores irrelevantes que não comprometem os relatórios futuros, que façam ligação
entre os dois relatórios-chaves de todo o processo de informação contábil.”
(PADOVEZE, 2008, p.61).
O plano de contas gerencial é diferenciado com um elenco de contas mais abrangente,
com uma estrutura maior, classificando assim, todas as contas, e sua contrapartida, não devendo
limitar-se à estruturação, mas ser complementado com um detalhamento da função e
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funcionamento das contas, incluindo esquemas de apuração de resultados. Dessa maneira, a
formação dos custos produtos vendidos e custo de vendas.
Conforme Ribeiro (2006), é por meio das contas que a contabilidade consegue
desempenhar seu papel de registrar e controlar todos os acontecimentos responsáveis pela
gestão do patrimônio. Santos (2007), considera o plano de contas uma relação de todas as contas
patrimoniais e de resultados de uma empresa. Dessa maneira, é possível dizer que o plano de
contas é um instrumento necessário para qualquer tipo de empresa, independentemente de seu
tamanho e sua natureza.
Todas as contas são elencadas no plano de contas. Não existe uma norma ou uma regra
para a elaboração do plano de contas. Cada empresa elaborará seu plano de contas de acordo
com sua necessidade. Existe uma estrutura que a empresa deverá seguir. Primeiramente, são
elencadas as contas patrimoniais e, em seguida, as contas de resultado.
Conforme Fahl (2009, p. 61): “Os principais objetivos de um plano de contas estão ligados à importância da
uniformização dos relatórios contábeis e à flexibilidade que cada entidade tem em
estruturar seu plano de contas de acordo com seu porte (pequena, média ou grande) e
com a atividade que desenvolve (prestadora de serviços, comércio ou indústria).”
As contas contábeis são utilizadas na contabilidade para registrar todos os fatos que
acontecem na empresa. Elas podem ser patrimoniais e de resultados e também são classificadas
em sintéticas e analíticas. O plano de contas é o elenco de todas as contas contábeis. Sua
estrutura é formada pelas contas patrimoniais e, em seguida, pelas contas de resultado. Dessa
forma, o plano de contas serve para uniformizar os registros contábeis.
No plano de contas, existe a classificação das contas em: contas sintéticas e contas
analíticas. As contas sintéticas não recebem lançamentos, são contas que totalizam os saldos
das contas analíticas. Já as contas analíticas recebem lançamentos por meio dos registros dos
fatos (FAHL, 2009).
Utiliza-se o plano de contas como apoio para realizar as contabilizações da empresa, e
as contabilizações são feitas pelo método das partidas dobradas, que nada mais é do que débito
e crédito precisam ter o mesmo valor. Para efetuar os registros ou lançamentos contábeis, é
preciso seguir as regras de lançamentos. Existe uma regra específica para contas patrimoniais e
outra para as contas de resultado.
4. CONTRIBUIÇÕES DA CONTABILIDADE GERENCIAL PARA A GESTÃO DAS
EMPRESAS
Uma boa gestão empresarial só vai existir se houver uma boa contabilidade gerencial,
logo a gestão empresarial só pode ser exercida quando existe uma empresa, uma organização.
Essa gestão precisa ser um esforço mútuo para se chegar ao denominador comum independente
do porte ou estrutura da empresa, pois tem a missão de coordenar políticas interna, criar meios,
estratégias para serem aplicadas em prol do bom funcionamento empresarial (GARRISON;
NOREEN, 2001).
4.1 FERRAMENTA ESTRATÉGICA NA GESTÃO EMPRESARIAL
A contabilidade gerencial é uma ferramenta estratégica que fornece informações para
melhorar a gestão das empresas, os quais são responsáveis pelo controle e as operações, sendo
que as informações deverão ser úteis e verdadeiras para a análise da gestão da empresa
(CREPALDI, 2008). Já para o autor Garrison e Noreen (2001), a contabilidade gerencial
começa com o reconhecimento da necessidade de tratar os custos de diferentes formas para
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diferentes decisões. Logo, pode-se compreender que a contabilidade gerencial busca facilita a
forma de gerenciar as organizações.
Crepaldi (2008), considera que a gestão empresarial é essencial para as empresas se
consolidarem no mercado de trabalho, independentemente do tamanho e do seguimento, uma
empresa com bons instrumentos de gerenciamento é capaz de perceber suas deficiências, e
concertá-las. Iudicíbus (2013), enfatiza que a gestão empresarial melhora a produtividade
quando a empresa trabalha por meio de um processo político de identificação dos fatores
internos e externos. Logo, a presença de avaliação do seu poder de influência da empresa visa
encontrar uma base de negociação equilibrada.
A contabilidade gerencial fornece as contribuições por meio das informações
atualizadas, técnicas mais práticas de gerenciar, para assim facilitar para os gestores no
momento da tomada de decisão. Para Iudícibus (1998, p. 15), a contabilidade gerencial
contribui para: “[...] um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já
conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na
análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau
de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada,
de forma a auxiliar os gerentes da entidade em seu processo decisório.”
Dessa maneira, Parisi e Mergliorini (2011), salienta que as contribuições da
contabilidade gerencial para a gestão das empresas são várias, uma vez que a contabilidade
gerencial aumenta a eficiência das funções de gerenciamento das empresas, e também melhora
no auxílio da tomada de decisão do gestor, na previsão financeira, evitando maiores
desperdícios, melhorando a comunicação entre os gestores e os demais funcionários da
organização.
Conforme ressalta Iudicíbus (2013, p. 21): “A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um
enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos
e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira
e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais
analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a
auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.”
Chiavenato e Sapiro (2003), consideram que gestão empresarial precisa embasar em
alguns pilares e utilizar como base para planejar o os objetivos e metas da organização. Deve-
se considerar que a contabilidade gerencial é uma ferramenta utilizada para auxiliar no processo
de desenvolvimento da gestão integrada a contabilidade custos e outros processos financeiros
contábeis que estão relacionados ao orçamento e ao planejamento da organização.
Figura 1. Processo de gestão empresarial
Fonte: Adaptada Chiavenato e Sapiro (2003); Lemos Junior e Pisa (2010).
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Para Lemos Junior e Pisa (2010), as empresas devem conter um saber técnico e gerencial
para o desenvolvimento de um bom negócio, é necessário que toda empresa tenha
conhecimentos de gestão, pois facilita o equilíbrio no processo de desenvolvimento dos
negócios da empresa. Com isso, percebe-se que por mais que o negócio seja d pequeno porte,
deve-se ter conhecimento de todas as possibilidades de identificar melhorias em todo processo.
4.2 CONTRIBUIÇÕES DA CONTABILIDADE GERENCIAL COMO SISTEMA DE
INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Com cenários gerencias cada vez mais voláteis com adaptações as mudanças, a
contabilidade gerencial vem se desafiando a cada dia para deixar o ambiente organizacional
mais prático possível, uma vez que as informações precisas, oportunas e pertinentes sobre a
economia e o desempenho das empresas são cruciais (CREPALDI, 2008).
Conforme Wakulicz (2016), os sistemas de apoio a decisão e de informação
administrativas agregam todos os subsistemas elementos dos sistemas operacionais e dos
sistemas de apoio à gestão, assim por meio de soluções da tecnologia de informações, Jorgea,
et al, (2017), considera que o sistema de informação contábil aborda todos os processos de
interesses da empresa para que possam ser vislumbrados em termos de fluxo ativo de
informações, que transcorrem todas as funções e os departamentos.
O sistema de informação contábil – SIC tem a função de integrar os setores em um
ambiente organizacional, nada mais é do que um conjunto de recursos financeiros e humanos
que existe em uma organização responsável por preparar informações financeiras. A figura
abaixo mostra a forma integrada do SIG.
Figura 2. Sistema de Informação – SIG
Fonte: Adaptada Wakulicz (2016).
Quando a organização implanta uma ferramenta de contabilidade gerencial é fato que
os sistemas de informações contábeis têm a função principal em gerar todas essas informações
do subsistema que inter-relacionam os principais sistemas da organização. Wakulicz (2016),
considera que a integração desses subsistemas ajuda os gestores na tomada de decisão com mais
precisão das informações, uma vez que estão todas interligadas.
Conforme Oliveira (2005), diante das conjunturas básicas para as informações
gerenciais, os gestores analisam o conjunto de informações e seguem como base para
transformar em dados e consequentemente em ações no processo administrativo. Padoveze
(2000), reforça que essas informações transformam em instrumentos para tomada de decisão
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com mais assertividade. Em resumo, é possível afirmar que o SIG é uma peça de capta, processa
e transforma os dados em informações contábeis com destino à gestão.
De acordo com Crepaldi (2008), a implantação de um SIG, deve-se considerar alguns
pontos relevantes como: “As informações que os sistemas deverão possuir para alcançar o controle econômico
e financeiro da empresa; o que levar em consideração na decisão entre comprar pronto
e desenvolver um sistema próprio; como a controladoria pode ser mais eficaz pela
utilização de um sistema de informação contábil abrangente; o diálogo com os
Sistemas Integrado de Gestão (ERP); os requisitos necessários para se implantar um
sistema de informações contábeis voltado para o usuário (CREPALDI, 2008, p. 25).”
Já o autor Padoveze (2000, p. 45), considera que o SIG é: “Um conjunto de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros agregados
segundo uma sequência lógica para o processamento dos dados e tradução em
informações para, com seu produto, permitir às organizações o cumprimento de seus
objetivos principais.”
Dentro desse cenário, as contribuições da contabilidade gerencial como sistema de
informação contábil são essenciais para os sistemas de apoio a decisão. Conforme Crepaldi
(2008), admite que essencial ter a contabilidade gerencial em toda a empresa, uma vez que os
sistemas se interligam e isso facilita as informações e dados para a construção de novas
estratégias.
Acredita-se que as organizações que atualizam esses sistemas de informação contábil
podem ter a oportunidade de forma mais competitiva em relação as demais empresas, por meio
das informações de gerenciamento contábil. Dessa maneira, essa ferramenta tem todas as
informações de apoio a tomada de decisão.
Padoveze (2000), considera que os SIGs e a contabilidade precisam andar juntas, mais
de unidas, uma vez que auxiliam para a criação de informações que ajudam no processo da
administração empresarial, ressalta ainda que por meio da parametrização do SIG, a
contabilidade oferece as informações segundo as necessidades dos gestores.
Ressalta-se que para o SIC desempenhar um bom papel na empresa, é imprescindível
que os gestores estejam dispostos a receber, entender e utilizar as informações geradas pelo
sistema, na esfera das decisões que lhes cabem na corporação. Com esse alicerce informacional,
esses usuários passam a dispor de melhores qualidades para controlar o patrimônio, realizar
projeções, avaliar e reavaliar decisões ocorridas, acompanhar o fiel cumprimento dos objetivos
e das políticas delineadas (CREPALDI, 2008).
Assim, as contribuições da contabilidade gerencial como sistema de informação contábil
podem-se considerar que ela traz informações necessárias para que os gestores possam manter
o melhor controle da instituição para tomar decisões em tempo hábil. Para Garrison (2013, p.
2) “a contabilidade gerencial envolve o fornecimento de informações a gerentes para uso na
própria organização [...] enfatiza as decisões que afetam o futuro, a relevância, o fazer as coisas
em tempo hábil e o desempenho no nível do segmento”.
Dessa maneira, a contabilidade gerencial tem muitas contribuições com as suas
ferramentas de mensuração e são indispensáveis para toda a administração de uma organização.
Contudo, o sucesso gerencial de uma organização não está ligado somente pela contabilidade
gerencial em si, deve-se haver uma gestão empresarial completa que visa a análise de todas as
operações das organizações.
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5.CONCLUSÃO
Em cenários empresariais é fácil perceber que as organizações estão cada dia mais
preocupadas em utilizar ferramentas que facilitam a forma de gerenciar seus negócios. A área
contábil é uma dá mais temidas, por conta que nela está relacionada as informações, as quais
servirão para as tomadas de decisões dos gestores. A relevância do tema buscou contribuir para
o campo de pesquisas gerencias, propondo enriquecer o desenvolvimento dos processos das
empresas.
A contabilidade gerencial vem sendo descoberta como uma ferramenta gerencial que
tem ajudado os gestores contábeis a tomarem decisões de forma apoiada e participativa
integrando ao processo de gestão, essa contabilidade de forma gerencial tem cumprido o papel
de analisar o fluxo dos recursos das empresas, garantindo o crescimento e a melhoria dos
negócios.
É fato que as empresas precisam saber de informações relevantes sobre ferramentas e
métodos de gestão que tornam os negócios mais competitivos. Respondendo à pergunta
problema da pesquisa “qual a importância da contabilidade gerencial como ferramenta de
controle de gestão para um bom desenvolvimento das empresas?” A partir da pesquisa pode-se
responder com firmeza que está na agilidade das análises dos processos que a contabilidade
gerencial proporciona, assim possibilita que a organização trace estratégias de desenvolvimento
do negócio.
Conclui-se que foi possível observar nesta pesquisa que a contabilidade gerencial uma
ferramenta facilitadora para a gestão, pois tem a capacidade de propor iniciativa e inovação
para melhorar os processos gerencias de todos os setores da organização. A contabilidade
gerencial não é apenas iniciativa de novos negócios, mas sim uma ferramenta estratégica de
oportunidades, sendo utilizada de maneira inovadora para melhorar o desenvolvimento dos
processos de gestão e na tomada de decisão.
6. REFERÊNCIAS
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sobrevivência das micro e pequenas empresas. In: Anais do Congresso Brasileiro de Custos-
ABC, 2007. Disponível em: https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/1433. Acesso
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GONÇALVES, C. A. Manual de ferramentas de estratégia empresarial. São Paulo: Atlas,
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A IMPORTÂNCIAS DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA AS
ORGANIZAÇÕES.
Valdir da Silva Rezende1
Prof. Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção2
E-mail: [email protected]
Prof.ª Doris Day Nantes Miranda Gomes²
E-mail: [email protected]
Prof. Ryan Caldas Quevedo²
E-mail: [email protected]
Resumo
O presente trabalho apresenta a importância da Análise das Demonstrações Contábeis para as
organizações, sendo relevante para a formação profissional, pois permite a ampliação dos
conhecimentos adquiridos a respeito da estrutura das demonstrações contábeis, assim como
também da utilização de diferentes indicadores para a realização dessas análises. Através da
realização de pesquisas bibliográficas a partir de uma revisão de literatura foi possível constatar
que a Análise das Demonstrações Contábeis é muito importante para o crescimento e saúde
financeira das organizações, pois permite aos gestores uma análise da situação financeira em
que a organização se encontra, além de ser também uma imposição legal, auxiliando de forma
significativa para a tomada de decisão e planejamento das ações. Além disso, é possível
evidenciar e confrontar informações e elementos patrimoniais de uma organização, conhecendo
e compreendendo à realidade econômica e patrimonial que a mesma se encontra. Para que a
análise seja corretamente realizada existe diferentes tipos de indicadores que podem ser
utilizados, possibilitando a melhor compreensão dos recursos utilizados, apontando as origens,
identificando os desafios a serem superados e contribuindo na tomada de decisão dos gestores.
É possível constatar que, muitas são as contribuições da análise de demonstração contábil para
o sucesso e permanência de uma empresa no mercado, pois através dessa análise, os dados se
transformam em informações que auxiliarão os gestores a tomarem as melhores decisões para
alcançar os objetivos e metas de sua organização.
Palavras-chave: Contabilidade. Demonstração. Gerenciamento. Organizações.
1. INTRODUÇÃO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso tem como tema: “a importância da análise das
demonstrações contábeis para as organizações”, visando compreender os aspectos relacionados
às demonstrações contábeis, de modo a conhecer a estrutura e os indicadores que são utilizados
para a realização das demonstrações, assim como também sua importância para o sucesso de
uma organização.
A importância desta pesquisa consiste em compreender a importância que a análise das
demonstrações contábeis tem para as organizações, pois através dessa análise é possível
identificar a situação econômica e financeira que a organização se encontra, sendo relevante
para a formação profissional, pois permite a ampliação dos conhecimentos adquiridos a respeito
1 Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande – UNAES. 2 Docente do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande – UNAES.
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da estrutura das demonstrações contábeis, assim como também da utilização de diferentes
indicadores para a realização dessas análises.
O estudo é norteado a partir do problema de pesquisa: quais são as principais
contribuições que a análise das demonstrações contábeis tem para evidenciar a situação
econômica e financeira das organizações?
O principal objetivo da pesquisa consta em demonstrar as contribuições da análise das
demonstrações contábeis para as organizações, identificando a estrutura das demonstrações
contábeis; conhecendo o uso de indicadores utilizados para a análise das demonstrações e
compreendendo a importância que a análise das demonstrações contábeis tem para as
organizações.
A pesquisa teve como base uma Revisão Bibliográfica, com uma abordagem qualitativa, que
visa investigar e compreender os fenômenos voltados para a compreensão da importância da
análise das demonstrações contábeis para as organizações, sendo desta forma realizada
pesquisas teóricas em diversas fontes bibliográficas para ampliar o conhecimento sobre o
assunto discutido. Os instrumentos utilizados para a realização da pesquisa foram livros, artigos
acadêmicos e pesquisas na internet.
O trabalho encontra-se dividido em três capítulos, primeiramente é apresentada uma
reflexão sobre a estrutura das demonstrações contábeis, tendo como base a Lei 6.4040/76. Num
segundo momento são apresentados os principais indicadores utilizados para a análise das
demonstrações contábeis. Por fim, a reflexão está voltada à compreensão da importância que a
análise das demonstrações contábeis tem para as organizações.
2. ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A Análise das Demonstrações Contábeis é uma importante ferramenta no processo de
gestão empresarial, pois através da mesma é possível fazer uma análise sobre a situação e a
saúde financeira da organização.
Cavalcante (2017, p. 3) refere que: “através da análise das demonstrações contábeis é
possível avaliar o desempenho da gestão econômica, financeira e patrimonial das empresas,
quanto aos períodos passados, confrontando-o ou não com metas ou diretrizes
preestabelecidas”.
Observa-se a partir da fala do autor que, a análise de demonstrações contábeis tem por
objetivo identificar a situação econômica da organização, fornecendo dados que demonstram
os desafios a serem superados e as potencialidades da organização.
Para que essa análise seja realizada de forma adequada, ela encontra-se estruturada. De
acordo com a Lei 6.4040/76 que dispõe sobre as Sociedades por Ações, o Capítulo XV trata
sobre o Exercício Social e Demonstrações Financeiras, Seção II – Demonstrações Financeiras: “Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações
ocorridas no exercício: I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou
prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; e IV –
demonstração dos fluxos de caixa; e V – se companhia aberta, demonstração do valor
adicionado.” (BRASIL, 1976)
Com base na aplicação da Lei, as organizações deverão apresentar as demonstrações
contábeis citadas acima, no entanto, existem outros tipos de demonstrações, tais como: as notas
explicativas e informações comparativas com o período anterior.
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“O balanço patrimonial é a representação padronizada dos saldos de todas as contas
patrimoniais, ou seja, as que representam elementos que compõem o patrimônio de uma
empresa, num determinado momento”. (CAVALCANTE, 2017, p. 7)
No balanço patrimonial constam os bens e direitos pertencentes à organização, que são
os ativos e o saldo das obrigações devidas, que são os passivos, além disso, ambos são divididos
em circulantes e não circulantes. De acordo com Barbosa (2109, p. 3): “Ativo compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados
pela entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos
ocorridos. Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações
para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua
liquidação. Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade, e seu
valor é a diferença positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo.”
Observa-se que, é preciso determinar tanto os recursos positivos, ou seja, os lucros da
organização, quanto os recursos negativos – os gastos, para que assim seja possível identificar
o Patrimônio Líquido que é o valor da diferença entre os ativos e os passivos, desta forma é
possível concluir se a organização está com uma boa saúde financeira.
Barbosa (2019, p. 4) destaca que, o grupo de contas do ativo se dividem em: “Ativo
Circulante: Disponibilidades; Estoques; Créditos; Despesas de Exercício Seguinte. Não-
Circulante Realizável a Longo Prazo: Investimentos; Imobilizado; Intangível; Diferido”.
É possível perceber a diferença nítida entre os ativos circulantes e não-circulantes, pois
os circulantes são os elementos que se modificam constantemente e a curto prazo, já os não
circulantes são os bens que permanecem a longo prazo na organização, tais como os
investimentos.
Já o grupo de contas do Passivo conta com: “Passivo Circulante: Obrigações de Curto
Prazo. Não–Circulante Obrigações a Longo Prazo; Patrimônio Líquido, dividindo-se em:
Capital; Reservas; Ajustes de Avaliação Patrimonial”. (BARBOSA, 2019, p. 4)
Da mesma forma ocorre com os passivos, os circulantes são as obrigações, as contas a
serem pagas num curto prazo, que sofrem variações constante, não possuindo um valor fixo
específico, já os não-circulantes são as obrigações a serem pagas a longo prazo.
A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA, segundo a Lei das
Sociedades Anônimas, traz: “I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção
monetária do saldo inicial; II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada
ao capital e o saldo ao fim do período.” (CAVALCANTE, 2017, p. 15)
A DLPA é um dos relatórios mais desafiadores para uma organização, pois nela constam
as mudanças ocorridas no patrimônio líquido da mesma, mostrando a real situação financeira
que a organização se encontra, podendo ser tanto positiva quanto negativa. A DLPA auxilia os
gestores a ter uma visão mais clara sobre a organização e a partir disso tomar decisões
assertivas.
De acordo com a Lei 6.4040/76, Artigo 187, a Demonstração do Resultado do Exercício
– DRE discriminará: “I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os
impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e
serviços vendidos e o lucro bruto; III - as despesas com as vendas, as despesas
financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras
despesas operacionais; IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as
outras despesas; V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a
provisão para o imposto; VI – as participações de debêntures, empregados,
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administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros,
e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se
caracterizem como despesa; VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu
montante por ação do capital social.”
De um modo geral pode-se dizer que a DRE é um relatório que evidencia se a
organização está gerando lucro ou prejuízo num determinado período.
De acordo com Barbosa (2019, p. 7), o objetivo da DRE “é demonstrar a formação do
resultado líquido em um exercício através do confronto das receitas, despesas e resultados
apurados, gerando informações significativas para tomada de decisão”.
Observa-se que, na DRE devem constar com detalhes todos os valores obtidos e gastos
pela organização, ou seja, receita bruta e líquida, despesas, lucros e/ou prejuízos. A partir da
DRE é que são calculados os valores obtidos no Imposto de Renda, sendo assim essencial que
esteja devidamente preenchida.
Cavalcante (2017, p. 18) refere que, a Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC “retrata
as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa,
segregando-se essas alterações em três fluxos: das operações, dos financiamentos, e dos
investimentos”.
A DFC indica quais foram as entradas e as saídas de dinheiro do caixa durante o período
de resultado, devendo essa demonstração constar no balanço patrimonial da organização.
Reis (2018, p. 1) refere que, a Demonstração do Valor Adicionado – DVA “é o
demonstrativo contábil que evidencia, de forma sucinta, o valor gerado por uma empresa em
determinado período, bem como a sua distribuição entre todos aqueles que participaram de sua
produção”.
A DVA demonstra o quanto de riqueza foi adicionada no balanço patrimonial de uma
organização. De acordo com Barbosa (2019, p. 9), a DVA pode ser resumida da seguinte
maneira: “1) como índice de avaliação do desempenho na geração da riqueza, ao medir a
eficiência da empresa na utilização dos fatores de produção, comparando o valor das
saídas com o valor das entradas, e 2) como índice de avaliação do desempenho social
à medida que demonstra, na distribuição da riqueza gerada, a participação dos
empregados, do Governo, dos Agentes Financiadores e dos Acionistas.”
É possível constatar que a DVA é uma importante fonte de informação para a
organização, pois apresenta diversos dados que possibilitam a análise do desempenho
econômico da organização.
Ressalta-se que, toda essa estrutura apresentada, assim como citado no início do
capítulo, faz parte da Legislação que rege a área da Contabilidade no país, sendo além de fontes
de informações que contribuem para a tomada de decisão, também uma obrigação que a
organização tem de a cumprir.
3. INDICADORES UTILIZADOS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES
Para a realização da Análise das Demonstrações Contábeis são utilizados alguns
indicadores, que servem para analisar detalhadamente a situação financeira da empresa, através
desses indicadores é possível fazer uma análise e avaliação para identificar os desafios e
possibilidades da organização. Neto (2020, p. 1) ressalta que: “Um dos mais importantes instrumentos de análise é a construção de indicadores de
desempenho e diagnóstico empresarial, de forma que se obtenha não somente os
resultados finais do desempenho da empresa, mas, principalmente, as causas que
determinaram as eventuais variações ocorridas. “
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Observa-se que, os indicadores demonstram não apenas os índices, mas também as
causas para que determinaram os mesmos, sejam elas positivas ou negativas, contribuindo
assim para o diagnóstico do que precisa ser melhorado e favorecendo na tomada de decisão. De
acordo com Marion (2002, p.15 a 17): “Os índices básicos de Liquidez (Corrente, Seca e Geral), Rentabilidade (da Empresa
e do Empresário) e de Endividamento (Quantidade e Qualidade) são suficientes para
ter uma visão superficial da empresa a ser analisada. Entendemos que o nível
introdutório é ideal para os cursos de Contabilidade Introdutória, propiciando ao
estudando uma ideia inicial das utilidades das Demonstrações Contábeis e que todo
ensino de Contabilidade (geral, básica, introdutória etc.) deveria abordar esses
indicadores iniciais do tripé, evidenciando a Contabilidade como instrumento de
tomada de decisão.”
Observa-se que, a partir dos indicadores de análise de demonstrações contábeis, as
organizações possuem um diagnóstico sobre a situação de sua saúde financeira, podendo assim
agir para melhorar os seus índices.
Coelho e Barros (2015, p. 19) ressaltam que: “os indicadores servem para demonstrar
rotações sofridas pelo capital e por importâncias empregadas na produção, indicando quantas
vezes foram aplicadas e recuperadas”.
Existem diversos tipos de indicadores que são utilizados na análise das demonstrações
financeiras, dentre os quais se destacam: índice de liquidez; índice de endividamento e índices
de rentabilidade.
De acordo com Neto (2020, p. 1) o índice de liquidez “mede a capacidade de a empresa
saldar seus compromissos no curto prazo”. O autor ressalta ainda que, os índices de liquidez de
subdividem em: “a) Índice de Liquidez Imediata – representa o quanto a empresa dispõe
imediatamente para saldar suas dívidas de curto prazo, compara somente as
disponibilidades com o total do passivo circulante; b) Índice de Liquidez Seca – avalia
a real situação de liquidez da empresa, compara o ativo circulante com o passivo
circulante, no entanto subtrai o Estoque; c) Índice de liquidez Corrente – avalia o
quantitativo de recursos que a empresa dispõe prontamente para ser convertido em
dinheiro no curto prazo, levando em conta as dívidas de curto prazo.”
Percebe-se que existem diferentes formas de calcular o índice de liquidez, no entanto,
todas elas se referem a possibilidade de a organização cumprir os seus deveres num período de
curto prazo. De acordo com Cavalcante (2017, p. 27) os cálculos para obter os resultados de
cada um dos tipos de índice de liquidez se realizam através das seguintes formas:
Liquidez Corrente = Ativo Circulante/Passivo Circulante;
Liquidez Seca = Ativo Circulante/Estoques Passivo Circulante;
Liquidez Geral = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo/Passivo Circulante +
Exigível a Longo Prazo.
Nota-se que assim é necessário conhecer as fórmulas e realizar os cálculos devidamente
para obter os resultados de cada um dos tipos de índice de liquidez que uma organização possui.
Para Marion (2006, p. 83) os índices de liquidez “são utilizados para avaliar a
capacidade de pagamento da empresa”, da mesma forma, Padoveze e Benedito (2004, p. 131)
dizem que “a ideia central de criar indicadores de liquidez está na necessidade de avaliar a
capacidade de pagamento da empresa.” Dessa forma, percebe-se a importância do índice de
liquidez no sentido de medir a confiabilidade transmitida através das informações aos usuários.
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Cavalcante (2017, p. 27) complementa dizendo que o índice de liquidez é “utilizado
para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre
se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos”.
Em relação a capacidade de pagamento, este pode ser calculado a curto, médio e longo
prazo. Quanto maior for índice, melhor para a empresa, pois confirmará a sua capacidade de
honrar seus compromissos. Já o índice de endividamento mede “o nível de endividamento da
empresa [...] informa se a empresa utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos dos
proprietários”. (CAVALCANTE, 2017, p. 27)
A situação em que a organização se encontra através do índice de endividamento é o
que indica dos recursos de terceiros que está utilizando na tentativa de gerar lucros.
Assim como os demais índices, o índice de endividamento também se subdivide, sendo:
endividamento total e garantia de capital de terceiros. De acordo com Cavalcante (2017, p. 28)
os cálculos utilizados para cada um são:
Endividamento Total = Passivo Exigível/Ativo total;
Garantia de Terceiros = Patrimônio Líquido/Passivo Exigível.
Existe grande preocupação com o grau de endividamento e com a capacidade de
pagamento da empresa, pois, quanto mais endividada ela estiver maior será a possibilidade de
que não consiga satisfazer as obrigações com terceiros.
O índice de rentabilidade mede “o lucro e o retorno da empresa em relação a diversos
itens do Balanço e da Demonstração de resultado de exercício”. (NETO, 2020, p. 1)
O índice de rentabilidade representa a relação entre os rendimentos e o capital investido
na organização, podendo ser avaliada em relação a vendas, ativos, patrimônio líquido e valor
da ação.
Os índices de rentabilidade identificam a remuneração do capital empregado na
entidade. Matarazzo (2003, p. 175) afirma que os índices “mostram qual a rentabilidade dos
capitais investidos”.
Observa-se que, os índices de rentabilidade indicam a margem de lucro que uma
organização possui, destacando o retorno do capital investido. Os índices se subdividem em: a) Giro do ativo: mede a eficiência com o qual a empresa usa seus Ativos para gerar
vendas; b) Margem Líquida: indica a margem de lucro da empresa frente a sua receita
líquida; c) Índice de Rentabilidade do Ativo: trata-se de um indicador que demonstra
quanto à empresa foi rentável em relação ao total de seus recursos, confrontando o
Lucro Líquido com o Ativo total; d) Índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido:
permite que seja mensurado quanto retornou no período determinado, o valor que os
sócios mantiveram investido na empresa. (NETO,2020, p. 1)
Nota-se que, o índice de rentabilidade mostra os lucros, ou seja, os dados positivos que
se referem as finanças da organização em determinado período de todas as formas, ou seja, a
rentabilidade obtida de diferentes fontes e formas.
Cavalcante (2017, p. 28/29) destaca a subdivisão do índice de rentabilidade, sendo:
margem líquida sobre as vendas; rentabilidade sobre o capital próprio e rentabilidade sobre o
ativo total. Dessa forma, os cálculos de cada um se realizam a partir das seguintes fórmulas:
Margem Líquida = Lucro Líquido x 100/Receita Operacional Líquida;
Rentabilidade sobre o Capital Próprio = Lucro Líquido x 100/Patrimônio Líquido;
Rentabilidade sobre o Ativo Total = Lucro Líquido x 100/Ativo Total.
Através da utilização dos indicadores a organização pode compreender melhor o fluxo
os recursos utilizados, apontando as origens, identificando os desafios a serem superados e
contribuindo na tomada de decisão dos gestores.
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4. IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA
AS ORGANIZAÇÕES
A Análise das Demonstrações Contábeis é muito importante para as empresas, pois a
partir da análise e avaliação dos indicadores utilizados para a análise, a empresa poderá
averiguar a sua situação financeira, buscando melhorias para sanar os desafios existentes,
contribuindo assim para a sua permanência no mercado competitivo atual.
Oliveira, Silva e Zuccari (2010, p. 11) referem que: A análise das demonstrações contábeis tem por objetivo observar e confrontar os
elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando ao conhecimento
minucioso de sua composição qualitativa e de sua expressão quantitativa, de modo a
revelar os fatores antecedentes e determinantes da situação atual, e, também, a servir
de ponto de partida para delinear o comportamento futuro da empresa.
A partir dessa citação pode-se constatar a importância que a análise de demonstração
contábil tem para as organizações, pois a partir da mesma é possível identificar com detalhes a
situação financeira da organização, identificando os pontos fortes em destaque e os aspectos
que precisam ser revistos para melhorar a lucratividade da mesma.
Conforme Iudícibus (2008) destaca em seus estudos: a necessidade da análise das
demonstrações contábeis é bem antiga, provavelmente desde os primórdios da contabilidade já
existia uma preocupação em anotar as suas variações, sejam de ordem quantitativa quanto
qualitativa.
O autor ressalta a importância de se analisar balanços com mais ênfase, pois o balanço
patrimonial de uma organização é avaliado tanto pelos bancos que fornecem empréstimos
quanto pelos investidores, os quais avaliam os resultados financeiros das organizações, antes
de investirem nas mesmas.
Azevedo et al. (2013) evidencia que a análise dos demonstrativos contábeis nos leva ao
conhecimento detalhado da saúde econômica, patrimonial e financeira da empresa, tornando
possível a comparação com outras organizações do mesmo ramo, sendo de grande importância
para o fomento da tomada de decisão gerencial e tem importância crucial para credores e
investidores.
Observa-se que, a partir da análise dos demonstrativos contábeis, uma organização pode
comparar os seus dados com outras organizações, destacando-se assim no mercado competitivo
vivenciado na atualidade.
Marion (2006) ressalta afirmando que a análise das demonstrações elaboradas pela
contabilidade das empresas, considerando a própria evolução histórica, envolvida na elaboração
dos demonstrativos em questão, sempre foram e continuam sendo o eixo fundamental das
análises financeiras, de modo que se possa apurar com detalhes aspectos de eficiência
administrativa e de preocupação com os concorrentes.
Fica assim evidenciado novamente a importância dessa análise, pois a partir dos dados
obtidos pela análise de demonstração contábil, a organização transforma os dados em
informações pertinentes para a tomada de decisão e planejamento de suas ações.
Para Silva (2008), a análise financeira, consiste num exame detalhado dos dados
financeiros que a empresa apresenta, como também das condições exógenas e endógenas que
afetam a empresa. As exógenas são os fatores de ordem política e econômica, a concorrência,
entre outros. Podem-se citar como endógenas, a estrutura organizacional, a capacidade da
gerência e o nível tecnológico da organização.
Contata-se que, essa análise é essencial para manter a organização das finanças e
orientar os sócios na tomada de decisões. Além disso, apenas por meio delas é que um
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empreendimento comprova a sua saúde financeira, sua liquidez e sua capacidade em cumprir
com seus compromissos.
Para Tófoli (2012), a análise de balanços é realizada com os dados do balanço
patrimonial juntamente com a demonstração de resultados do exercício, sendo que através dos
resultados gerados, é possível conhecer a empresa de forma mais detalhada.
Ao serem analisadas, as demonstrações passam de simples dados e se transformam em
informações, sendo assim muito importante porque alguns aspectos podem não se mostrar
claros inicialmente, precisando de um processo de análise mais aprofundado para esclarecer os
pontos ainda não esclarecidos.
Franco (1992, p. 93) afirma que, análise de balanço, é uma forma de analisar de forma
detalhada o patrimônio de determinada empresa e suas variações. O próprio autor confirma que
“analisar uma demonstração é decompô-la nas partes que a formam para melhor interpretação
de seus componentes”.
Evidencia-se novamente a grande importância e relevância que a análise das
demonstrações contábeis tem para as organizações, sendo um elemento que, além de cumprir
com a legislação, também auxilia para a permanência da organização do mercado competitivo
e instável.
“A interpretação dos elementos obtidos nas análises, a partir das Demonstrações
Contábeis, faz com os valores ali contidos deixem de ser apenas um conjunto de dados e passem
a ter valor como informação”. (OLIVEIRA; SILVA; ZUCCARI, 2010, p. 11)
Constata-se que, muitas são as contribuições da análise de demonstração contábil para
o sucesso e permanência de uma empresa no mercado, pois através dessa análise, os dados se
transformam em informações que auxiliarão os gestores a tomarem as melhores decisões para
alcançar os objetivos e metas de sua organização.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a realização do trabalho foi possível compreender a importância que a análise das
demonstrações contábeis tem para as organizações, pois permitem a análise dos dados
financeiros da organização e assim identificando como que se encontra a saúde financeira da
mesma.
A partir do problema levantado que visava compreender quais são as principais
contribuições que a análise das demonstrações contábeis tem para evidenciar a situação
econômica e financeira das organizações, foi possível evidenciar que, a Análise das
Demonstrações Financeiras, juntamente com os indicadores contábeis são utilizadas para
fornecer aos gestores da organização e ao público externo dados necessários para um exame da
saúde financeira da organização. Ela é o reflexo da gestão de recursos internos da empresa.
Os objetivos propostos para a realização do estudo foram alcançados, pois foi possível
identificar a estrutura composta pela Análise das Demonstrações Contábeis, conhecendo os
principais indicadores utilizados para a realização da análise das demonstrações, assim como
também compreendendo a importância que a mesma tem para a organização.
Constata-se que, a análise das demonstrações contábeis é algo presente na legislação do
país, sendo assim uma obrigação que todas as organizações possuem, mas além disso, essa
análise contribui de forma significativa para o sucesso da organização, pois permite que a
mesma identifique o que precisa ser melhorado para assim planejar as próximas ações e tomar
decisões coerentes com o alcance de seus objetivos e metas.
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A IMPORTÂNCIA DAS FERRAMENTAS GERENCIAIS PARA A GESTÃO DAS
EMPRESAS
Wesley Tiago de Araujo1
Prof. Ayron Vinícius Pinheiro de Assunção2
E-mail: [email protected]
Prof.ª Eduardo Henrique Zanão²
E-mail: [email protected]
Prof. Ryan Caldas Quevedo²
E-mail: [email protected]
Resumo
O presente trabalho visa compreender a importância das ferramentas gerenciais para a gestão
das empresas, sendo relevante, pois contribuiu para o conhecimento e compreensão da
utilização de diferentes ferramentas utilizadas no processo de gestão empresarial, ferramentas
essas utilizadas para aprimorar os resultados, processos, sistemas e projetos, melhorando a
qualidade dos serviços e produtos ofertados, obtendo controle de todo processo gerencial. A
partir de pesquisas de cunho bibliográfico, sendo realizada uma revisão de literatura foi possível
constatar que, a contabilidade é uma atividade necessária e presente em qualquer tipo de
negócio, seja ele com ou sem fins lucrativos. Com a evolução da sociedade, surgiu à
necessidade de um maior e melhor controle patrimonial, nesse momento a contabilidade tornou-
se uma peça de fundamental importância, visto que para manter um controle preciso dos bens,
direitos e obrigações, são necessários relatórios contábeis. Dessa forma surge a Contabilidade
Gerencial, o ramo da contabilidade que visa atender seus usuários com instrumentos capazes
de auxiliá-los nas funções gerenciais, sendo muito importante para o planejamento das ações e
para a tomada de decisão dos gestores que lideram uma empresa. A Contabilidade Gerencial
conta com diferentes tipos de ferramentas utilizadas para o gerenciamento financeiro das
empresas, cabendo a cada gestor analisar e avaliar quais ferramentas escolher, visando o alcance
dos objetivos e metas da empresa.
Palavras-chave: Contabilidade. Ferramentas. Gerenciamento. Inovação. Decisão.
1. INTRODUÇÃO
A presente Trabalho de Conclusão de Curso tem como temática a importância das
ferramentas gerenciais para a gestão das empresas, trazendo a compreensão sobre a utilização
de diferentes ferramentas utilizadas no processo de gestão empresarial, ferramentas essas
utilizadas para aprimorar os resultados, processos, sistemas e projetos, melhorando a qualidade
dos serviços e produtos ofertados, obtendo controle de todo processo gerencial. Vale ressaltar
que, algumas ferramentas gerenciais são tradicionais e antigas, mas que até hoje são utilizadas
visando aprimorar os resultados.
A importância desta pesquisa consiste em identificar as principais ferramentas
gerenciais e sua importância para a gestão de uma empresa, pois são essas ferramentas as
responsáveis pelo gerenciamento dos projetos que uma empresa executa, identificando os
1 Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande – UNAES. 2 Docente do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Anhanguera de Campo Grande – UNAES.
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desafios e potencialidades de sua atuação, contribuindo para o desenvolvimento e,
consequentemente, para o sucesso da empresa. O estudo é norteado a partir do problema de
pesquisa: quais são as principais contribuições que as ferramentas gerenciais têm para a
gestão das empresas?
O principal objetivo da pesquisa consta em demonstrar a importância das ferramentas
gerenciais para o processo de gerenciamento das empresas, descrevendo os conceitos sobre
contabilidade gerencial; identificando as principais ferramentas gerenciais que são utilizadas
pelas empresas e evidenciando as contribuições que podem ser geradas para a gestão das
organizações por meio da contabilidade gerencial.
A pesquisa teve como base uma Revisão Bibliográfica, com uma abordagem qualitativa, que
visa investigar e compreender os fenômenos voltados para a compreensão da importância das
ferramentas gerenciais para a gestão das empresas, sendo desta forma realizada pesquisas
teóricas em diversas fontes bibliográficas para ampliar o conhecimento sobre o assunto
discutido. Os instrumentos utilizados para a realização da pesquisa foram livros, artigos
acadêmicos e pesquisas na internet.
O trabalho encontra-se dividido em três capítulos, primeiramente é apresentada uma reflexão
sobre a Contabilidade Gerencial, compreendendo sua conceituação e aplicabilidade. Num
segundo momento são apresentadas as principais ferramentas gerenciais utilizadas pelas
empresas, destacando suas funções. Por fim, o último capítulo aborda a importância que a
contabilidade gerencial tem para a gestão das organizações.
2. CONTABILIDADE GERENCIAL
Contabilidade, segundo o dicionário online é: “área científica que, teórica ou prática,
estuda os métodos e técnicas usados para calcular e registrar a movimentação financeira de uma
firma, companhia, empresa”. (DICIO, 2020, s/p)
A partir da definição de contabilidade é possível constatar que, a Contabilidade
Gerencial se refere aos registros e controles financeiros das empresas. A gestão é algo essencial
para o sucesso de uma organização, pois através da gestão é possível identificar as
potencialidades da organização e os desafios que precisam ser superados.
De acordo com Atkinson et al (2000 p. 36): “contabilidade gerencial é o processo de
identificar, mensurar, reportar e analisar informações sobre os eventos econômicos das
empresas”.
Observa-se que, de acordo com os autores, a contabilidade gerencial tem uma relação
direta com o tratamento dos dados e das informações sobre a saúde financeira de uma empresa
e/ou organização, pois trata diretamente dos dados referentes a ordem financeira – tudo o que
entra e tudo o que sai da empresa.
A Contabilidade Gerencial “produz informação útil para a administração, a qual exige
informações para vários propósitos tais como: auxílio no planejamento; na medição e avaliação
de performance; na fixação de preços de venda e na análise de ações alternativas.”
(PIZZOLATO, 2000, p. 195)
Já Pizzolato vai além, referindo que, a contabilidade gerencial além de fornecer dados
sobre a situação financeira da empresa, auxilia no planejamento e na tomada de decisão,
podendo os gestores fazer uma avaliação e refletir sobre o que precisa ser modificado na área
financeira da empresa em que atua.
Iudícibus (2009, p. 21) por sua vez, define que: “A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um
enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos
e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira
e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais
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analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a
auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.”
Nota-se que, além dos conceitos trazidos por Aktinson e Pizollato, Iudícibus ressalta
ainda a questão do uso da Contabilidade Gerencial a partir do uso de diferente técnicas e
procedimentos, assim como o uso das ferramentas gerenciais que serão abordadas no tópico
seguinte.
A contabilidade gerencial vem se tornando uma área cada vez mais decisiva na gestão
empresarial. E seus profissionais fazem muito mais do que fornece informações; muitas vezes,
assumem um papel ativo nas decisões cotidianas e estratégicas que uma organização enfrenta.
De acordo com Amorim (2019, p. 4): “A contabilidade gerencial é uma ferramenta de gestão vital para a tomada de decisão
organizacional, pois através dela pode ser possível obter informações úteis sobre o
ambiente organizacional, interno e externo, que auxiliam o gestor a obter análises
mais detalhadas sobre determinadas questões internas, o que não seria possível
identificar, apenas, usando a contabilidade tradicional.”
A contabilidade é uma ferramenta que está presente no mundo dos negócios, visando a
gestão da organização. A contabilidade é o registro de toda a parte administrativa de uma
empresa e/ou organização, indo além do cálculo de impostos e atendimento de legislação
comercial, previdenciária e legal.
Amorim (2019, p. 2) ressalta que: “as atividades econômicas, cada vez mais
globalizadas, evoluem em termos de velocidade e de complexidade. O volume de informações
produzidas pelos ambientes competitivos cresce exponencialmente”.
A partir desse cenário de mudanças e inovações, o setor empresarial tornou-se ainda
mais competitivo, neste sentido, as empresas e organizações começaram a investir no serviço
contábil, pois é um setor que contribui de forma significativa para a tomada de decisão dos
gestores empresariais.
Jones e George (2008) destacam que os gestores não podem planejar e executar ações
se não tiverem acesso à informação. Da mesma forma que, o excesso de informação também é
prejudicial se não souber separar o que é útil e não.
Neste sentido percebe-se a importância que a Contabilidade Gerencial tem para as
empresas, pois permite que os gestores conheçam melhor o mercado em que a empresa está
inserida, se adequando as novas tecnologias e inovações pelas quais a sociedade passa.
De acordo com isso, Padoveze (2010, p. 40) ressalta que: “Se temos a contabilidade, se temos
a informação contábil, mas não a usamos no processo administrativo, no processo gerencial,
então não existe gerenciamento contábil, não existe Contabilidade Gerencial”.
A contabilidade gerencial está diretamente ligada ao planejamento e controle das empresas,
sejam elas de pequeno, médio ou grande porte, pois ambos são instrumentos de administração
para os gestores.
Para Atkinson et al (2000 p. 567), “o planejamento estratégico, ou de longo prazo, consiste em
desenvolver uma conexão de contratos inter-relacionados, explicita ou implicitamente, entre a
empresa e seus grupos de stakeholders principais”.
Outra contribuição significativa da Contabilidade e Gestão é a tomada de decisão, pois
essa acontece com base em fatos comprovados através das informações obtidas pela
contabilidade. A contabilidade gerencial não inventa os fatos, mas se baseia na escrituração dos
documentos.
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Tabela 1. Funções da Informação Gerencial Contábil Funções da informação gerencial contábil
Controle
Operacional
Fornece informações (feedback) sobre a eficiência e a qualidade das tarefas
executadas.
Custeio do produto
e do cliente
Mensura os custos dos recursos para se produzir, vender e entregar um produto ou
serviço aos clientes.
Controle
Administrativo
Fornece informação sobre o desempenho financeiro e competitivo de longo prazo,
condições de mercado, preferência dos clientes e inovações tecnológicas.
Controle
Estratégico
Fornece informações sobre o desempenho financeiro e competitivo de longo prazo,
condições de mercado, preferencias dos clientes e inovações tecnológicas.
Fonte: Atkinson et al. (2000, p.45)
Nota-se a amplitude e complexidade da contabilidade gerencial, assim como também a
sua importância para a gestão de uma organização, contribuindo para a sua permanência no
mercado competitivo e para o alcance de seus objetivos.
A gestão empresarial é um ramo que vem sendo muito discutido na atualidade, pois
diante de um cenário tão competitivo no mundo capitalista, as empresas e organizações, sejam
elas com fins lucrativos ou não, necessitam de uma boa organização e gerenciamento de suas
ações para se manter no mercado.
De acordo com Vaz (2013, p. 13): “Influências internas e externas são latentes no processo de gestão de uma entidade
empresarial, seja ela com ou sem fins lucrativos; Indústria, Comércio ou Serviço;
Entidade Privada ou Pública. Tais processos de gestão estão relacionados a diversos
aspectos empresariais, seja por exigências de regulamentação, adoção de boas práticas
de governança, transparências nas decisões, etc. Nas Ciências Sociais aplicadas, linha
de conhecimento da Administração de Empresas, existem inúmeras ferramentas e
abordagens de gestão que são utilizadas pelos seus gestores no processo de
administração das entidades empresariais.”
Neste sentido percebe-se a importância que a Contabilidade Gerencial tem para as
empresas, pois através das práticas gerenciais as organizações identificam os desafios a serem
superados, estabelecem metas, criam estratégias que irão contribuir para a tomada de decisão
e, consequentemente para o alcance dos objetivos.
O tópico a seguir traz uma reflexão sobre as principais ferramentas utilizadas no processo de
contabilidade gerencial.
3. FERRAMENTAS GERENCIAIS
Freitas (2017) cita dez ferramentas de gestão que são essenciais para o gerenciamento
de uma organização, sendo elas: ciclo PDCA; Canvas; Plano de Negócios; Mapas Mentais
Gerenciais; Análise SWOT; KPIs; 5W2H; OBZ; 4Ps da Inovação e CRM.
As ferramentas gerenciais são importantes, principalmente no que se refere a tomada de
decisões. Muitas são as ferramentas que podem ser utilizadas para o gerenciamento de uma
organização, desta forma, cada empresa planeja e organiza as suas ações de acordo com as suas
necessidades, escolhendo assim, quais ferramentas utilizar.
Muitas organizações, principalmente as que estão começando no ramo empresarial,
escolhem as ferramentas de forma aleatória, somente para suprir uma necessidade no momento
da escolha. No entanto, é importante que a mesma conhece as diferentes ferramentas e planejem
antecipadamente as suas escolhas.
De acordo com as ferramentas citadas por Freitas, Alves (2015, p. 2) destaca que: “o
ciclo PDCA, é uma ferramenta de gestão que visa melhorar e controlar os processos e produtos
de forma contínua”.
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De acordo com a autora é possível observar que o ciclo PDCA é utilizado durante todo
o processo, através da ação planejada que visa o alcance dos objetivos e metas da empresa que
utiliza essa ferramenta. O ciclo PDCA significa: P (Plan – planejar); D (Do – fazer); C (Check
– checar) e A (Action – agir).
É possível notar que o ciclo PDCA é processo constante, pois passa por etapas que estão
inter-relacionadas entre si: planeja, executa, avalia e age; dessa forma o processo é contínuo,
pois estará em constante avaliação e verificação dos resultados, identificando as possibilidades
e os desafios que ainda precisam ser superados.
O modelo de Canvas tem como objetivo permitir uma visão global do negócio,
ampliando assim o seu potencial, através do planejamento das ações que visam atingir um
público em específico. De acordo com Freitas (2017, p. 1) funciona a partir de quatro pilares: “Infraestrutura (recurso para chegar ao valor do produto para o cliente), oferta
(produto e quanto custa), cliente (público específico, canais de contato com o
consumidor e relacionamento pós-venda) e finanças (custos gerais e fontes de receitas
da empresa).”
Percebe-se que é uma estratégia voltada para um público em específico, sendo assim é
necessário observar e planejar as ações de acordo com as especificidades de cada público que
se pretende atingir, sendo utilizado principalmente na tomada de decisão em relação ao custo
do produto.
Segundo Freitas (2019, p. 1) o principal objetivo do plano de negócios é descrever
“quais os objetivos que se quer para o negócio e os passos a serem dados a fim de atingi-los.
Tem como meta diminuir os riscos e as incertezas para iniciar o projeto tendo um plano bem
elaborado e com etapas”.
Constata-se assim que, o plano de negócios consiste no planejamento – passo a passo
das ações a serem realizadas ao montar um negócio, nele deve constar todas as ações, de uma
maneira organizada, estruturada e sequencial, buscando assim identificar os desafios a serem
superados e as melhor estratégia a ser adotada em cada situação.
Os Mapas Mentais Gerenciais, segundo Freitas (2019, p. 1) tem por objetivo
“potencializar a mente para concretizar ideias a partir de um ponto central (ideia-chave)” e a
partir desse ponto alinhar as demais ideias e organizar o pensamento.
Conforme o próprio nome sugere, os Mapas Mentais são organizados através de
diagramas, gráficos, mapas, entre outros. Possui uma função de hierarquia, podendo assim
administrar melhor os objetivos, pois possui uma orientação visual bem-organizada.
A Análise SWOT (Strengths - forças, Weaknesses - fraquezas, Opportunities -
oportunidades, Threats - ameaças) é uma ferramenta muito útil na organização do planejamento
estratégico. Através dela é possível relacionar graficamente quais são as forças, as fraquezas,
as oportunidades e as ameaças. (FREITAS, 2019)
Percebe-se que a partir da análise SWOT é possível identificar as forças e fraquezas, ou
seja, os pontos positivos e negativos, assim como também as oportunidades e possíveis ameaças
que a empresa poderá enfrentar, auxiliando assim no planejamento das ações e na tomada de
decisão.
Segundo Chiavenato (2007), a matriz SWOT concebe a ideia de união entre a análise
ambiental e a análise organizacional para aclarar a situação da empresa em um dado momento.
Neste sentido, essa matriz compatibiliza, da melhor maneira possível, aspectos internos
(endógenos) com aspectos externos (exógenos), caracterizando-se como uma adequação
estratégica das organizações face a seu ambiente, uma vez que o confronto dos fatores
ambientais também permite evidenciar onde a empresa pode desenvolver melhor suas
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vantagens competitivas ou minimizar o efeito de suas de eficiências internas e influências
externas.
Ou seja, a correlação evidenciada na matriz de análise SWOT pode orientar os gestores
para a tomada de decisões que levem à composição de boas estratégias.
De acordo com Freitas (2019, p. 1) o objetivo é “ajudar a identificar e qualificar
objetivos estratégicos, fazendo chamadas de julgamento sobre onde a empresa está atualmente
internamente”, tendo como função “descobrir as forças e fraquezas na empresa para enfrentar
as ameaças e potencializar oportunidades”, aumentando assim os lucros.
Conforme o significado de cada palavra, a análise SWOT traz na forma de uma tabela
as forças que a empresa tem, ou seja, os pontos fortes, ao lado vem as fraquezas, identificando
os pontos fracos, em seguida as oportunidades, ou seja, o que a empresa pode utilizar para
superar os desafios e, por fim as possíveis ameaças que poderão atrapalhar o negócio.
O KPI (Key Performance Indicator – Indicador Chave de Desempenho) é um
instrumento utilizado para avaliar se a empresa está alcançando os seus principais objetivos de
negócios.
Segundo Freitas (2019, p. 1) tem como objetivo “saber se a empresa atingiu os objetivos
propostos por meio de um indicador e, com isso, aperfeiçoá-lo continuamente”. É utilizado para
medir o desempenho de um projeto, tendo como propósito verificar se as metas estão sendo
cumpridas.
O 5W2H também é um termo americano, que tem como base o uso dos pronomes
interrogativos: What (que/qual); Why (por quê); Where (onde); When (quando); Who (quem);
How (como) e How much (quanto). Conforme explica Freitas (2019, p. 1), a sigla 5W2H
significa: “What? – qual o objetivo do projeto; Why? – Justifica os motivos para realizar;
Where? – determina o local de aplicação; When? – estipula o tempo que foi gasto para
a finalização da tarefa; Who? – Quem são os envolvidos da equipe; How – métodos
da execução; How much – custo total bem definido.”
É possível observar que essa organização permite a criação de planos através do controle
das ações a serem cumpridas, através de perguntas que permitem a resposta simples, evitando
a falha na comunicação e propondo um trabalho em equipe, no qual todos saibam de suas
funções.
O OBZ – Orçamento Base Zero, como o próprio nome sugere, visa diminuir as despesas
e aumentar os lucros, sendo assim, tem como objetivo “estabelecer recursos financeiros para
atingir metas na empresa com o valor mínimo possível”, evitando desperdícios e economizando
o máximo que puder. (FREITAS, 2019, p. 1)
Para organizar um OBZ é necessário verificar onde estão concentrados os principais
gastos que a empresa tem, a partir daí fazer uma análise do que é essencial ou não, priorizando
assim os gastos essenciais e cortando os gastos supérfluos.
Os 4Ps da Inovação se referem: Propósito; Processos; Pessoas e Políticas. Tem como
objetivo “oferecer uma visão abrangente sobre como gerir uma empresa de menor porte”,
podendo também ser utilizada numa empresa de grande porte. (FREITAS, 2019, p. 1)
Por fim o CRM (Customer Relationship Management – Gestão de Relacionamento com
o Cliente), é um sistema que ajuda as empresas a administrar suas relações com os clientes. Ele
fornece informações para coordenar todos os processos de negócio que lidam com o cliente, em
termos de vendas, marketing e serviços. Seu objetivo é otimizar a receita, a satisfação e a
retenção de clientes. Essas informações ajudam as empresas a identificar, atrair e reter os
clientes mais lucrativos. (LAUDON; LAUDON, 2007)
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O CRM surge no universo empresarial como um conjunto de ferramentas com o objetivo
de estreitar o relacionamento com os clientes, sendo muito mais do que um simples software,
mas a base para a sustentação de estratégias de marketing de relacionamento desenvolvidas
pelas empresas.
Segundo Bretzke (2000) tem como objetivo prover as organizações de meios mais
integrados e eficazes para entender e atender os clientes, como todo o cuidado necessário, em
tempo real, e transformar os dados sobre eles em informações que, disseminadas pela
organização, permitam que a empresa tenha um maior conhecimento de suas características e
dos seus hábitos de compra e/ou de consumo, surge a possibilidade de implantação do CRM,
que é a um recurso tecnológico voltado à integração do marketing.
Laudon e Laudon (2007) destacam que o CRM é uma tecnologia que permite capturar
os dados do cliente e de todos os seus contatos e transações, por meio da informatização
integrada nos diversos pontos de contato com os clientes, consolidá-los em um banco de dados
central, analisar e promover o uso inteligente da informação a cada contato.
Percebe-se assim que, a principal função do CRM é o da fidelização de seus clientes,
através do armazenamento de dados e informações que mantem um relacionamento a longo
prazo com o cliente, dando suporte aos mesmos e melhorando a oferta dos serviços de modo a
satisfazê-los. Cada uma das ferramentas possui um objetivo específico e funcionalidades
diferenciadas, sendo assim é necessário que a organização avalie cada um, suas
funções, para que assim seja feita a melhor escolha de acordo com as necessidades da
organização.
4. IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL PARA A GESTÃO DAS
ORGANIZAÇÕES
Broens (2019) destaca que, de acordo com dados do IBGE – Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, 60% das empresas fecham antes dos cinco anos de atividade, muitas
das vezes isso acontece por falta de planejamento ou por ineficácia da gestão financeira.
Nota-se assim a importância de um bom gerenciamento, em especial ao que diz respeito
a contabilidade gerencial, pois a falência vem por fatores financeiros. Atualmente as empresas
enfrentam um grande desafio para se manterem no mercado, isso se deve a grande
competitividade, especialmente por causa das inovações tecnológicas, sendo assim, as empresas
devem buscar ações que visem o bom gerenciamento de suas ações, para que assim alcancem
seus objetivos e metas.
Souza (2009) destaca que todas as empresas têm problemas, mas as formas de resolvê-
los e/ou minimizá-los é que vão fazer a diferença. Neste sentido, ao passar dos anos foram
descobertas novas tentativas de sustentação no mercado, entre elas se destacam as ferramentas
de gestão.
A contabilidade é essencial para a manutenção de uma organização no mercado, pois
auxilia na tomada de decisão e na estabilidade financeira. A contabilidade tem por objetivo
mostrar aos gestores de uma organização todos os valores presentes: custos, despesas, receitas,
lucros, enfim, engloba tudo o que está relacionado ao financeiro.
Mais adiante em seu estudo, Souza (2009, p. 11) ressalta que: “O essencial para a sobrevivência das organizações em todos os aspectos, é não agir
sozinha como um elemento presente somente em um departamento, deve-se cultivar
e almejar os resultados em todos os setores, dessa maneira alcançaremos as metas
pretendidas. Não adianta apenas executarmo-las, precisamos sempre saber o que
estamos utilizando, ou seja, precisamos de análises.”
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Percebe-se a importância do trabalho em equipe e do bom planejamento para a
sustentação de uma empresa no mercado, assim como também da escolha correta das
ferramentas de gestão que irão melhor atentar as necessidades da organização.
As organizações buscam fortalecimento financeiro através de seus resultados agregados,
no sentido de gerir o capital com responsabilidade para que haja resultados positivos nos
negócios, ou seja, o valor dos investimentos supere os custos.
É identificado que a contabilidade gerencial é uma das ferramentas que possibilita aos
empreendedores administrar melhor os seus negócios e independentemente do tamanho da
empresa é necessário estabelecer metas, parâmetros e estratégias.
Broens (2019, p. 1) destaca ainda que: “A contabilidade para empresas é responsável por mostrar aos gestores todos os
valores de seus custos, despesas, receitas, lucratividades, ativos e passivos. Por
abranger tantos números importantes para o funcionamento de uma organização, ela
é essencial para auxiliar nas decisões, no planejamento da empresa e nos
investimentos possíveis com mão de obra e outras iniciativas que contribuem para sua
ascensão.”
Apesar de compreender a importância que a contabilidade gerencial tem para a gestão
das empresas, muitos desconhecem as suas principais funções. Broens (2019) destaca em seus
estudos que são: registrar; organizar; demonstrar; analisar e acompanhar.
O registro se refere a anotação e documentação de todas as transações financeiras que
empresa efetua, tudo o que estiver relacionado a números deve estar registrado, seja os gastos
ou os lucros, assim como também deve estar explicitado a origem de cada um dos valores.
A partir do registro “é possível verificar a saúde financeira de um negócio, observando
o total de bens acumulados, o patrimônio líquido, o alcance de metas de aumento de lucro e
quais os dividendos disponíveis para retirada”. (BROENS, 2019, p. 1)
A partir dessa análise é possível analisar se a empresa está gastando de acordo com o
que pode, planejando assim suas ações, cortando os gastos desnecessários, escolhendo as
melhores ferramentas gerenciais a fim de aumentar o lucro da mesma.
Já a organização se refere ao modo como os dados e informações são organizados, tudo isso de
forma que irá contribuir para a análise desses dados, avaliação e verificação dos gastos e lucros.
A organização é algo muito complexo, cada empresa deve escolher o melhor sistema e a melhor
ferramenta para organizar os seus dados, de acordo com suas particularidades.
Demonstrar, segundo Broens (2019, p. 1), é função da contabilidade gerencial “gerar
demonstrativos de acordo com todos os dados organizados. A prática, portanto, é que apresenta
a situação patrimonial, econômica e financeira da organização”.
A partir dessa demonstração os gestores podem averiguar os possíveis desafios a serem
enfrentados, o que poderá prejudicar a saúde financeira da empresa e assim auxiliar na tomada
de decisão.
A contabilidade gerencial também é responsável por “analisar os demonstrativos e os
relatórios contábeis gerados nas ações anteriores. Com todos os dados, é possível apurar os
resultados que foram obtidos e projetar números possíveis para o futuro”. (BROENS, 2019, p.
1)
Essa é uma das etapas consideradas mais importantes, pois a correta análise dos dados
é que se chega à conclusão se a empresa executou as suas ações de acordo com o planejado e
se assim alcançou os seus objetivos.
Por fim, acompanhar, que segundo Broens (2019, p. 1) “permite que os gestores acompanhem
a execução de todos os planos econômicos, sem deixar de lado as despesas fixas e as receitas
da organização”.
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O acompanhamento permite aos gestores identificar os desafios e possibilidades,
planejando assim de forma antecipada as próximas ações, verificando as áreas que precisam
melhorar e tomando a melhor decisão.
Padoveze (2010) ressalta em seus estudos que o objetivo da Contabilidade Gerencial é
atender a todos os aspectos da gestão das empresas onde se torna necessária a informação
contábil.
Sendo assim, constata-se que, a Contabilidade Gerencial abrange a empresa como um
todo, pois não somente fornece informações e dados financeiros, mas também auxilia de forma
significativa no planejamento e na tomada de decisão dos gestores.
Para Stair e Reynolds (2011), a contabilidade de gerenciamento envolve usar dados tanto
históricos quanto estimados para fornecer informações que a gerência usa para conduzir as
operações diárias, no planejamento de futuras operações e no desenvolvimento de estratégias
gerais do negócio.
A contabilidade gerencial atua como uma ferramenta que tem como principal função
facilitar o trabalho dos tomadores de decisões ao permitir que eles tenham acesso a tais
informações, interpretando-as de formas flexíveis ao utilizar apenas as informações contábeis
relevantes de forma seletiva e identificando aquilo que realmente pode fazer a diferença na
tomada de decisão.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a realização do trabalho foi possível compreender a importância que a
Contabilidade Gerencial tem para o sucesso das empresas no mercado competitivo e capitalista
que a sociedade se encontra atualmente.
A partir do problema levantado sobre quais são as principais contribuições que as
ferramentas gerenciais têm para a gestão de uma empresa, foi possível constatar que, a
Contabilidade Gerencial é responsável pelo diagnóstico da situação da empresa, fornecendo
não somente dados numéricos da saúde da empresa, mas também fornecendo informações que
são relevantes para o planejamento das ações e para a tomada de decisões pelos gestores.
Os objetivos propostos foram alcançados, pois foi possível identificar que existem
diferentes tipos de ferramentas que auxiliam no trabalho de Gerenciamento Empresarial no que
diz respeito a área da Contabilidade, cada uma das ferramentas possui um objetivo e um alcance
em específico, cabe assim ao gestor e sua equipe avaliar qual ou quais ferramentas serão as
melhores para o alcance das metas o dos objetivos os quais a empresa pretende chegar.
Além disso, foi possível constatar que a Contabilidade Gerencial é essencial para a
gestão das empresas, pois permite a avaliação da saúde financeira das mesmas e assim o
planejamento e organização das ações, buscando sanar os desafios encontrados.
6. REFERÊNCIAS
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https://blog.bcredi.com.br/qual-a-importancia-da-contabilidade-nas-
empresas/#:~:text=A%20contabilidade%20%C3%A9%20essencial%20para,para%20uma%2
0boa%20sa%C3%BAde%20financeira.&text=A%20contabilidade%20para%20empresas%20
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em: https://portal.fslf.edu.br/wp-content/uploads/2016/12/A-IMPORT-NCIA-DAS-
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