Controle Interno Governamental na União Europeia
Robert Gielisse, CIA, CGAPComissão EuropeiaConselheiro Chefe, DG OrçamentoResponsável por PIC (Controle Interno Público) e PIFC (Controle Financeiro Interno Público)
2. Palestrante
Robert GIELISSE – Holandês
Certificações IIA: CIA, CGAP Conselheiro Chefe, Chefe da Força-Tarefa CE PIC/PIFC Presidente da Rede PIC e Grupo de Trabalho EU28 Na CE desde 1983, diversas posições de gerência desde 1993 Administração Fiscal Holandesa 1978 – 1983 Graduado em Economia e Direito
3. Histórico do Controle Interno na UE
Pré 2004UE 15Variedade
UE 10 + 2 PIFC
2004UE 25
CC 2 + PCC:SCC -> PIFC
2007
UE 27
UE 15Variedade
CC 10 + 2:
Sistema de Controle Centralizado -> PIFC
2009
Arranque do Controle Interno Público (PIC)
(Potencial) CC: SCC -> PIFC
UE 15Variedade
UE 10PIFC
4. Histórico do Controle Interno na UE
Controle Interno Público se modernizou nos últimos 10-15 anos
Em alguns países a mudança começou na década de 80, mas aconteceram mais reformas a partir de 2000 em função de inclusão de países em 2004, 2007 e 2013 necessidade de reformas administrativas (decentralizando
poderes centrais) reconhecimento da necessidade de gerenciar riscos reduzir o déficit público causado pela crise financeira contribuintes querendo ver o valor do seu dinheiro
5. Abordagens do Sistema de CI na UE
Sistema descentralizado de Controle Interno (Dinamarca, Holanda, Suécia, Reino Unido, 13 novos Estados-Membros). O chamado Modelo Nórdico
Sistema centralizado de Controle Interno (Luxemburgo, Espanha, Grécia, Itália). O chamado Modelo Latino
Modelo híbrido (Bélgica, França, Portugal)
6. Abordagens do Sistema de CI na UE
Modelo Nórdico Baseado em responsabilidade gerencial plena e descentralizada
e auditoria interna funcionalmente independente. O gestor é responsável por atingir os objetivos organizacionais
(financeiros e não financeiros) Responsável pela criação de controles internos para lidar com
riscos e fornecer uma garantia razoável que os objetivos serão alcançados por meio de
operações eficazes, eficientes e econômicas; transações legais e regulares;
Auditor Interno avalia a adequação dos controles internos, incluindo governança, gestão de riscos e controle; relata para o gestor e faz recomendações de melhoria.
7. Abordagens do Sistema de CI na UE
Modelo Latino Função de controle centralizada com foco em controles ex-ante,
algumas sub-funções podem ser delegadas Controle Interno como uma responsabilidade coletiva
centralizada em relação ao controle de fundos públicos Organizações financeiras/controladores especificamente
designados para dar conformidade de controle econômico e financeiro
Sem Auditoria Interna; ‘auditoria’ financeira (verificação de transações) é executada ex-post por controladores financeiros/ auditores
Controles ex-ante realizados por entidades centralizadas (não dentro da entidade) incluindo SAI
8. Abordagens do Sistema de CI na UE
Modelo Híbrido Vários estágios de desenvolvimento em relação ao modelo
nórdico CI na França é um bom exemplo por incorporar princípios
'Nórdicos' em uma determinada cultura administrativa nacional
Mistura de abordagem centralizada com características descentralizadas
Por exemplo, a descentralização dos controles (ex ante)
9. Semelhanças nos ambientes de CI em toda a UE
25 de 28 Estados-membros baseiam seus sistemas:
Modelo COSO (incluindo as diretrizes da INTOSAI para Controle Interno)
Normas da “Estrutura Internacional de Práticas Profissionais (IPPF)” orientadas para Auditoria Interna aplicável diretamente no arcabouço jurídico nacional Ou normas nacionais “copiadas” da IPPF
10. Diferenças nos ambientes de CI em toda a UE Os regimes de prestação de contas variam
centralizado departamental agências entidades (independentes)
Varia de gestão e orçamentos baseados em insumos e baseados em saídas
Divididos entre responsabilidades políticas e executivas, não em todos os países
Sistemas de Auditoria Interna não cobrem todas as partes do setor público e nem todas as partes da mesma forma. Cobertura do governo central varia de país a país.
11. Prestação de contas gerencial em toda a UE
Sistemas de gestão e prestação de contas variam Foco na realização dos objetivos organizacionais e na
eficiente, econômica e eficaz utilização de recursos públicos (orientada para saídas - resultados)
Foco na conformidade com as regras e disposições legais e/ou administrativas (orientada por insumos)
12. A dimensão europeia
Controle Financeiro Interno Público (PIFC – Public Internal Financial Control)um modelo de Controle Interno para o setor público que os países candidatos devem adotar para cumprir as condições/referências de controle do Capítulo 32 ‘Controle Financeiro’ das negociações de adesão da UE
Controle Interno Público (PIC – Public Internal Control)é um denominador comum para uma variedade de sistemas de Controle Interno operados no setor público da UE-28
13. PIFC – Modelo Europeu de Controle Interno no Setor Público
Controle InternoModelo COSO ERM adaptado
para Setor Público
• responsabilização
descentralizada da gestão para a administração da organização
Auditoria InternaBaseada nos padrões do IPPF
• Aconselhamento e
consultoria funcionalmente independentes.
Unidade de Harmonização Central
• Força motriz da reforma• Inovação europeia única
14. PIFC - 5 camadas de defesa do recurso público
Fonte: European Commission, DG Budget
Camada 1
Sistemas de gestão financeira e de controle
Camada 2
Auditoria Interna
Camada 5
Legislativo Nacional
Camada 4
Unidade de Auditoria Estatal
Camada3
Fiscalização centralizada do orçamento
(função conduzida por denúncias para investigar casos de fraude e irregularidade grave)
Entidade - ampla Gov - ampla Nacional
CHU e Comitê de Auditoria
Conselho PIFC
15. PIFC - 5 camadas de defesa do recurso público
Estas 5 camadas são complementares: FMC: descentralizada ex ante e ex post sob
responsabilidade gerencial AI: para avaliar a economia, eficiência e eficácia; para
fornecer uma garantia razoável de adequação do ambiente de CI (FMC)
Fiscalização: para descobrir casos de fraude, mas não pró-ativa (!)
AE: para supervisionar o funcionamento do CI Legislativo: para responsabilizar o Executivo
16. PIC é um tema importante nos Estados-Membros
Controle interno é agora amplamente utilizado e parte integrante de todos os sistemas de governança
As partes interessadas (stakeholders) estão exigindo transparência, responsabilização e resultados de melhor qualidade
Recentes reformas e profissionalismo crescente demonstram o caráter dinâmico do Controle Interno Público (PIC); CI nos diferentes Estados-Membros ainda está em transição
Reformas focam em simplificar e tornar mais eficiente a estrutura existente
17. Evoluções recentes do CI na UE
Maior atenção aos objetivos e gestão de desempenho; para riscos e governança como um todo;
Mandato legal claramente definido para Controle Interno
Mandatos e descrições de tarefas mais claras para controle e auditoria interna (e fiscalização financeira)
Profissionalismo da Auditoria Interna (regimes de certificação)
Tipo de contratos (de auditoria de asseguração a auditoria de desempenho e consultoria)
18. Acontecimentos 2009-2012
Conferência PIFC em 2009
Questionário estruturado
1º Compêndio
Conferência PIC 2012
produto
Grupo de trabalho para implantar a Rede 'permanente' UE 27
19. O que faz a Comissão Europeia em parceria com os Estados-Membros
Compêndio de iniciantes Gerencia a Rede PIC Gerencia o Grupo de Trabalho do PIC Co-organiza conferências com os Estados-
Membros Contribui para Artigos para discussão Distribui Newsletters
20. Rede PIC Parceria entre a Comissão Europeia e os Estados-
membros aos quais a CE fornece coordenação e apoio logístico.
Rede de Controle Interno e Auditoria Interna composta de especialistas do setor público de cada Estado-membro.
Plataforma para compartilhamento de experiências e boas práticas quando da reengenharia ou, caso contrário, melhoraria de sistemas de governança do setor público
Formada na conferência PIC de fev/2012 onde o 1º Compêndio sobre sistemas PIC em Estados-membros da UE foi apresentado
21. Grupo de Trabalho PIC
Um grupo de trabalho do PIC coordenado e presidido pelo DG BUDG permite aos Estados-membros ditar os tópicos da Conferência PIC
DG BUDG coordena e preside as reuniões do GT e assegura o controle de qualidade dos produtos
Atuais membros: Bélgica, República Checa, Estónia, França, Hungria, os Países Baixos, Portugal e Reino Unido (mandato da Áustria, Bulgária e Polônia terminou em maio de 2014)
22. Grupo de Trabalho PIC
As reuniões do grupo de trabalho já produziram 4 artigos para discussão. Os tópicos foram aprovados por todos os participantes na conferência da Rede PIC UE-28. São amplamente discutidos durante a Conferência
Otimizando o Controle Interno por meio do Gerenciamento de Desempenho
Melhoria contínua organizacional pela integração do Controle Interno no ciclo de gestão
Garantia de qualidade da Auditoria Interna Papel dos Comitês de Auditoria para a Auditoria Interna do
Setor Público
23. Mantendo a Rede informada
Newsletter PIC
Uma edição após cada reunião do Grupo de Trabalho
http://ec.europa.eu/budget/pic/lib/newsletters/PICNewsNo5.pdf
Compêndio (2a edição 2014)• http://
ec.europa.eu/budget/pic/compendium/index_en.cfm
• http://ec.europa.eu/budget/pic/lib/book/compendium/HTML/index.html
Conferência PIC 2014• http://
ec.europa.eu/budget/pic/conference/index_en.cfm
Contato • [email protected]
24. Evoluções 2014