1tribunal de contas do estado de santa catarina
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA
xII CIClo de estudos de Controle PblICo da admInIstrao munICIPal
PARCERIA ORIENTAO FISCALIZAO
2010
2 XII CIClo de estudos de Controle PblICo da admInIstrao munICIPal
3tribunal de contas do estado de santa catarina
xII CIClo de estudos de Controle PblICo da admInIstrao munICIPal
t r I b u n a l d e C o n t a s d e s a n t a C a t a r I n a
2 XII CIClo de estudos de Controle PblICo da admInIstrao munICIPal
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINADiretoria Geral de Planejamento e AdministraoDiviso de Publicaes/Instituto de Contas (Icon)
xII CIClo de estudos de Controle PblICo munICIPal suPervIsoConselheiro Csar Filomeno Fontes
eDIoValdelei RouverJoseane Aparecida Corra revIso GrAmAtICAlValdelei Rouver
orIentAo metoDolGICAJoseane Aparecida CorraSilvia Maria Bert Volpato
ColAborAoCons. Adirclio de Moraes Ferreira Junior Supervisor do IconJoo Luiz Gattringer Diretor Executivo IconEstelamaris de Carli Calgaro Renato Joceli de Sousa Jaison Leepkaln
PlAnejAmento GrfICoAyrton Cruz
tIrAGem4.500 exemplares
Pedidos desta publicao devem ser feitos para:
Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina
Instituto de Contas
rua Anita Garibaldi, 41788.020-120 florianpolis sC
fone/fax: (048) 3221-3794e-mail: [email protected]
Ficha catalogrfica elaborada porSlvia M. Bert Volpato CRB 14/408 ICON/TCE
Santa Catarina. Tribunal de ContasCiclo de estudos de controle pblico da
administrao municipal (12.). Florianpolis : Tribunal de Contas, 2010.
328 p.
1. Administrao pblica municipal. 2. Tribunal de Contas. 3. Controle externo. I. Ttulo.
CDU 352
S231
3tribunal de contas do estado de santa catarina
aPresentao
seguindo a tradio de primeiro orientar para depois fiscalizar, o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, atravs do Instituto de Contas, realiza o XII Ciclo de Es-tudos de Controle Pblico da Administrao municipal, em cumprimento a uma de suas
principais funes que a de oferecer orientao tcnica aos fiscalizados.
O XII Ciclo de Estudos de Controle Pblico da Administrao Municipal foi organi-
zado em 12 etapas regionais, envolvendo todos os municpios do Estado de Santa Catari-
na, e resultar na orientao de aproximadamente 4.500 agentes pblicos representados
por Prefeitos, vice-Prefeitos, vereadores, secretrios municipais, Controladores, Conta-
dores e demais servidores municipais.
Esse evento, consolidado em parceria com a FECAM, as Associaes de Munic-
pios, a unio de vereadores, o ministrio Pblico do estado, o ministrio Pblico junto
ao tribunal de Contas de santa Catarina e o tribunal de Contas da unio, abordar te-
mas relevantes escolhidos diante de dvidas dos administradores pblicos, em razo das
constantes modificaes de procedimentos e rotinas, principalmente na rea contbil e
de controle interno, motivos que levam o tribunal de Contas a debater aspectos que en-
volvem o cotidiano dos servidores e administradores municipais.
Acompanhando o modelo adotado no exerccio de 2007, o XII Ciclo foi dividido
em duas clientelas temticas: uma poltica, dirigida aos agentes polticos, propiciando a
discusso de aspectos estratgicos da Administrao Pblica municipal; e, outra tcnica,
dirigida aos demais servidores e administradores municipais, voltada discusso prtica
de assuntos tcnicos divididos em salas temticas: de atos de pessoal; de contabilidade;
de licitaes, contratos e obras; e de controle interno.
Convm ressaltar que os temas foram escolhidos em razo de necessidades consta-
tadas pelas equipes tcnicas deste Tribunal diante dos anseios dos fiscalizados.
4 XII CIClo de estudos de Controle PblICo da admInIstrao munICIPal
Assim, para a Clientela Poltica sero apresentados os seguintes temas: A atuao
do controle interno em apoio ao controle externo: aplicao do art. 74, Iv, da Crfb/88;
Responsabilidade por ato de gesto do prefeito e o papel do vereador na fiscalizao;
Convnios e outros repasses (produzido pelo Tribunal de Contas da Unio); Aspectos
destacados da Lei de Licitaes: dispensa e inexigibilidade (produzido pelo Ministrio
Pblico do estado).
j para a Clientela tcnica, os temas abordados sero os seguintes: fontes de recur-
sos e antecipao de receita; Precatrios e lanamentos contbeis; limites constitucionais
e legais e liquidao da despesa pblica; Prestao de contas de recursos antecipados;
legalidade e legitimidade da despesa pblica: dirias, honorrios e reviso geral anual;
uma viso dos novos procedimentos contbeis; Aposentadoria, penses e admisses: ins-
trues normativas nos tC-07/08 e tC-08/10; responsabilidade por ato de gesto: casos
prticos de imputao de dbito e multa; Contratao de servidores temporrios e tercei-
rizados (a cargo do Ministrio Pblico do Estado); Sistema e-Sfinge: aspectos gerais; Edi-
tais (Licenas, itens obrigatrios, qualificao tcnica e anexos), Projetos e oramentos
(Procedimentos, responsabilidade e avaliao), Fiscalizao (Funo e responsabilidade
do fiscal) e Obras parceladas (Procedimentos e utilidades); Sistema e-Sfinge obras; Siste-
ma e-Sfinge licitao; Registro de preos; Principais pontos considerados na anlise das
licitaes; Concesses; Inconsistncia dos dados enviados atravs do e-Sfinge; A atuao
do controle interno em apoio ao controle externo: aplicao do art. 74, Iv, da Crfb/88 e
tomada de contas especial.
O livro-texto, alm de servir de apoio ao XII Ciclo, transformar-se- em bibliografia
para todos aqueles que, de algum modo, busquem informaes sobre boas prticas na
Administrao Pblica.
Assim, o tribunal de Contas de santa Catarina espera que este evento de orientao
contribua para melhorar os resultados da gesto pblica municipal e atenda aos anseios
da sociedade que exige eficincia e efetividade na aplicao dos recursos pblicos.
Conselheiro Wilson Rogrio Wan-Dall
Presidente do tCe/sC
apresentao
5tribunal de contas do estado de santa catarina
Programao
xII CICLO DE ESTUDOS DE CONTROLE PBLICO DA ADmINISTRAO mUNICIPAL
8h s 8h30min
audItrIo agentes PoltICos
Cerimonial de abertura. w atuao do controle interno em apoio ao controle externo: aplicao do art. 74, IV, da CrFb/88 - Cogw responsabilidade por ato de gesto do prefeito e o papel do vereador na fiscalizao - Cog
w Convnios e outros repasses - tCu
w aspectos destacados da lei de licitaes: dispensa e inexigibilidade - mPsCw mensagem do mPJtCe
clientela poltica clientela tcnica
RECEPO, ENTREGA DE mATERIAL E DISTRIBUIO DOS PARTICIPANTES NAS OFICINAS TEmTICAS
sala 02 oFICIna temtICa: ContabIlIdade
w Fontes de recursos e antecipao de receita - dmu
w Precatrios e lanamentos contbeis - dmu
w limites constitucionais e legais e liquidao das despesas pblicas - dmu
Contabilidadew Prestao de contas de recursos antecipados - dmu
sala 05 oFICIna temtICa: Controle Interno
Controle Internow legalidade e legitimidade das despesas pblicas: dirias, honorrios e reviso geral anual - dmu
w Inconsistncias dos dados enviados atravs do e-sfinge - dmu
w atuao do controle interno em apoio ao controle externo: aplicao do art. 74, IV, da CrFb/88 - Cog
w elaborao dos relatrios de controle interno enviados ao tCe/sC - dmu
INTERvALO
INTERvALO PARA ALmOO
8h30min s 10h Palestra e debate
10h s 10h30min Palestra e debate
10h30min s 10h45min
10h45min s 12h Palestra e debate
12h s 13h30min
13h30min s 14h15min Palestra e debate
sala 03 oFICIna temtICa: atos de Pessoal
w aposentadorias e penses: instrues normativas nos tC-07/08 e tC-08/10 - daP
w aposentadorias e penses: instrues normativas nos tC-07/08 e tC-08/10 - daP (continuao)
w admisses: instrues normativas nos tC-07/08 e tC-08/10 - daP
w responsabilidade por atos de gesto: casos prticos de aplicao de dbito e multas - Cog
sala 04 oFICIna temtICa: lICItaes, Contratos, obras e serVIos
w editais (licenas, itens obrigatrios, qualificao tcnica e anexos) - dlCw Projetos e oramentos (procedimentos, responsabilidade e avaliao) - dlC
w Fiscalizao (funo e responsabilidade do fiscal) - dlCw obras parceladas (procedimentos e utilidades) - dlC
w e-sfinge obras - dlC/dIn
w e-sfinge licitao - dlC/dIn
6 XII CIClo de estudos de Controle PblICo da admInIstrao munICIPal
xII CICLO DE ESTUDOS DE CONTROLE PBLICO DA ADmINISTRAO mUNICIPAL
clientela poltica clientela tcnica
audItrIo agentes PoltICos
sala 03 oFICIna temtICa: atos de Pessoal
w Contratao de servidores temporrios e terceirizados sob a tica do mPsC - mPsC
w e-sfinge: aspectos gerais - dIn
sala 04 oFICIna temtICa: lICItaes, Contratos, obras e serVIos
w registro de preos - dlCw Principais pontos considerados na anlise das licitaes - dlC
w Concesses - dlC
sala 05 oFICIna temtICa: Controle Interno
w tomada de Contas especial - gCamFJ
Controle Internow Prestao de contas de recursos antecipados - dmu
14h15min s 16h Palestra e debate
16h s 16h15min
16h15min s 17h Palestra e debate
INTERvALO PARA LANChE
sala 02 oFICIna temtICa: ContabIlIdade
Contabilidadew legalidade e legitimidade das despesas pblicas: dirias, honorrios e reviso geral anual - dmu
w uma viso dos novos procedimentos contbeis - dmu
7tribunal de contas do estado de santa catarina
Cronograma
xII CICLO DE ESTUDOS DE CONTROLE PBLICO DA ADmINISTRAO mUNICIPAL
ETAPA DATA ENvOLvE AS ASSOCIAES mUNICPIOS CLIENTELA CLIENTELA TOTAL POLTICA TCNICA
1 PalHoa/ grande FlorIanPolIs 13/07/2010 granFPolIs (22) 22 154 176 330
2 CrICIma 15/07/2010 amreC (11) e amesC (15) 26 182 208 390
3 tubaro 16/07/2010 amurel (13) 13 91 104 195
4 so mIguel do oeste 20/07/2010 ameosC (19), amerIos (17) e 42 294 336 630 amnoroeste (6)
5 CHaPeC 21/07/2010 amosC (20) e amaI (14) 34 238 272 510
6 ConCrdIa 22/07/2010 amauC (16) 16 112 128 240
7 rIo do sul 27/07/2010 amaVI (28) 28 196 224 420
8 blumenau 28/07/2010 amFrI (11) e ammVI (14) 25 175 200 375
9 Jaragu do sul 29/07/2010 amunesC (9), amPlanorte e 26 182 208 390 amurC (10 ) e amValI (7)
10 VIdeIra 03/08/2010 amarP (19) 19 133 152 285
11 Joaaba 04/08/2010 ammoC (13) e amPlasC (7) 20 140 160 300
12 lages 05/08/2010 amures (18) 18 126 144 270
SUBTOTAL 289 2.023 2.312 4.335
sem VInCulao Com assoCIao dIVersos 4 28 32 60
TOTAL 293 2.051 2.344 4.395
8 XII CIClo de estudos de Controle PblICo da admInIstrao munICIPal
9tribunal de contas do estado de santa catarina
sumrIo
atuao do Controle Interno em aPoIo ao Controle externo: aPlICao do art. 74, IV, da CrFb/88 Elia Rosa da Silva ........................................................................................................ 19
IntroDuo ......................................................................................................................................................................................... 19
1 o Que sIGnIfICA Controle DA ADmInIstrAo PblICA? ................................................................................................. 19
2 o Que Controle Interno? .......................................................................................................................................................20
3 o Que sIstemA De Controle Interno? ................................................................................................................................20
4 QuAIs os funDAmentos jurDICos Do sIstemA De Controle Interno Do munICPIo? ........................................20
5 De Que formA Possvel AsseGurAr A AtuAo InteGrADA Do sIstemA De Controle Interno Do
munICPIo? ........................................................................................................................................................................................20
6 A obrIGAtorIeDADe Do funCIonAmento Do sIstemA De Controle Interno De formA InteGrADA APenAs
PARA O PODER EXECUTIVO MUNICIPAL? .....................................................................................................................................20
7 QuAIs As ConseQunCIAs PArA o PrefeIto e PArA o PresIDente DA CmArA Que no orGAnIZArem o
SISTEMA DE CONTROLE INTERNO NOS PADRES EXIGIDOS PELA CONSTITUIO FEDERAL? ........................................ 21
8 QuAIs As fInAlIDADes Do sIstemA De Controle Interno? .............................................................................................22
9 A Quem ComPete estAbeleCer As AtrIbuIes DA CoorDenAo Do sIstemA De Controle Interno? ........23
10 DE QUE FORMA O CONTROLE INTERNO PODE APOIAR O CONTROLE EXTERNO ................................................................23
11 o trIbunAl De ContAs PoDe DetermInAr Ao Controle Interno A reAlIZAo De AuDItorIAs nAs
unIDADes sujeItAs Ao seu Controle? ..................................................................................................................................23
12 Que ProvIDnCIAs o resPonsvel Pelo Controle Interno Deve ADotAr QuAnDo ConstAtAr
IrreGulArIDADes De Que resulte PrejuZo Ao errIo? .............................................................................................24
13 obrIGAtrIA A PArtICIPAo Do resPonsvel Pelo Controle Interno no ProCesso De PrestAo
De ContAs AnuAl(PCP)? ...............................................................................................................................................................24
14 o resPonsvel Pelo Controle Interno Deve mAnIfestAr-se no ProCesso De PrestAo De ContAs
De reCursos AnteCIPADoss? ....................................................................................................................................................24
15 A PrestAo De ContAs Dos ADmInIstrADores PCA Deve ser submetIDA Ao Controle Interno
Antes De ser enCAmInhADA Ao trIbunAl De ContAs? ....................................................................................................25
16 obrIGAtrIA A mAnIfestAo Do Controle Interno no ProCesso De tomADA De ContAs esPeCIAl? .... 25
17 o resPonsvel Pelo Controle Interno Deve emItIr PAreCer no ProCesso De ADmIsso e ConCesso
De APosentADorIA e Penso Antes Do seu enCAmInhAmento Ao trIbunAl De ContAs? .................................25
18 o trIbunAl De ContAs PoDe solICItAr InformAes e DoCumentos Ao resPonsvel Pelo
CONTROLE INTERNO, NECESSRIOS AO SANEAMENTO DE PROCESSO EM EXAME? .........................................................26
19 o trIbunAl PoDe fAZer DetermInAes Ao resPonsvel Pelo Controle Interno Com vIstAs
Correo De IrreGulArIDADes? .........................................................................................................................................26
10 XII CIClo de estudos de Controle PblICo da admInIstrao munICIPal
20 o resPonsvel Pelo Controle Interno est obrIGAGADo A fIsCAlIZAr A entreGA DA DeClArAo
De bens? ...........................................................................................................................................................................................26
21 Dever Do resPonsvel Pelo Controle Interno AlImentAr os sIstemAs CorPorAtIvos
Do tCe/sC (e-sfInGe)? ................................................................................................................................................................... 27
22 o resPonsvel Pelo Controle Interno Deve elAborAr relAtrIos PArA serem submetIDos
Ao trIbunAl De ContAs? ............................................................................................................................................................ 27
23 QuAIs os relAtrIos Que Devem ser elAborADos Pelo Controle Interno? ...................................................... 27
24 o PrefeIto PoDe ContrAtAr os servIos De AuDItorIAs InDePenDentes? ..........................................................28
ConCluso ...........................................................................................................................................................................................28
refernCIAs ........................................................................................................................................................................................ 29
resPonsabIlIdade Por ato de gesto do PreFeIto e o PaPel do Vereador na FIsCalIZao hamilton hobus hoemke .................................................................................. 31
IntroDuo ......................................................................................................................................................................................... 31
1 Por Que o estuDo DA resPonsAbIlIDADe ImPortAnte? ............................................................................................... 31
2 o Que resPonsAbIlIDADe? ........................................................................................................................................................ 31
3 h DIversos tIPos De resPonsAbIlIDADe e Por Qu? ...................................................................................................... 31
4 QuAl A DIferenA entre resPonsAbIlIDADe CIvIl, CrImInAl e ADmInIstrAtIvA? ................................................32
5 o tCe/sC ADotA QuAl resPonsAbIlIDADe? ............................................................................................................................. 32
6 QuAl A orIGem Do DbIto? ...................................................................................................................................................... 33
7 QuAIs so As CAusAs DA ConDenAo em DbIto? .............................................................................................................. 33
8 o Que DAno Ao errIo? ............................................................................................................................................................ 33
9 H EXEMPLOS DE CONDENAES EM DBITO? ......................................................................................................................... 33
10 QuAl A CAusA DA APlICAo De multA Pelo tCe/sC? .......................................................................................................36
11 H EXEMPLOS DE CONDENAES EM MULTA? ......................................................................................................................... 36
12 QuAIs PrInCPIos e reGrAs so APlICveIs s ConDenAes em multA Pelo tCe/sC? .......................................36
13 e QuAnto Ao ProCesso, QuAIs PrInCPIos o reGem? ........................................................................................................ 37
14 em GerAl, Quem est jurIsDICIonADo Ao tCe/sC? .......................................................................................................... 37
15 o Que Ato De Governo? ........................................................................................................................................................... 37
16 o Que Ato De Gesto? ..............................................................................................................................................................38
17 o PrefeIto PoDe ser orDenADor De DesPesA? ..................................................................................................................38
18 PoDe o PrefeIto DeleGAr ComPetnCIA? ............................................................................................................................38
19 mesmo DeleGAnDo ComPetnCIA, PoDe o PrefeIto ser resPonsAbIlIZADo? ........................................................38
20 PoDe o PrefeIto ser resPonsAbIlIZADo juntAmente Com outrA PessoA? ..........................................................39
21 A CMARA MUNICIPAL DE VEREADORES PODE FISCALIZAR O PODER EXECUTIVO? ........................................................39
22 A CmArA munICIPAl De vereADores julGA As ContAs Do PrefeIto? .....................................................................39
23 em lInhAs GerAIs, QuAIs so As AtrIbuIes Do PoDer leGIslAtIvo em mAtrIA De fIsCAlIZAo? ..........39
24 A CmArA munICIPAl PoDe ConsultAr o tCe/sC? .............................................................................................................40
25 PoDe o vereADor rePresentAr Ao tCe/sC?........................................................................................................................40
ConCluso ..........................................................................................................................................................................................40
refernCIAs ....................................................................................................................................................................................... 41
ConVnIos e outros rePasses Jos mauro Bitarelli martins ................................................... 43
IntroDuo ......................................................................................................................................................................................... 43
1 o Que ConvnIo? .......................................................................................................................................................................... 44
sumrio
11tribunal de contas do estado de santa catarina
2 o Que ContrAto De rePAsse? .................................................................................................................................................44
3 QuAIs so os PArtCIPes? .............................................................................................................................................................44
4 QuAl A orIGem Dos reCursos? .................................................................................................................................................. 45
5 QuAIs so As fAses Do ConvnIo? ............................................................................................................................................ 45
6 QuAl A reGulAmentAo Do ConvnIo? ...............................................................................................................................46
7 o Que o sIConv e onDe PoDe ser ConsultADo? ...............................................................................................................46
8 Como o CreDenCIAmento e CADAstrAmento no sIConv? ...........................................................................................46
9 Como IDentIfICAr As neCessIDADes loCAIs e DefInIr PrIorIDADes? ......................................................................... 47
10 Como ConheCer os ProGrAmAs De Governo? ................................................................................................................... 47
11 Como elAborAr o PlAno De trAbAlho? ...............................................................................................................................48
12 o Que Projeto bsICo? ............................................................................................................................................................49
13 QuAIs As IrreGulArIDADes e fAlhAs mAIs freQuentes nA fAse De ProPosIo Dos ConvnIos? ................50
14 QUAIS AS CONDIES EXIGIDAS PARA CELEBRAO?.............................................................................................................50
15 QuAIs As hIPteses De veDAo De CelebrAo? ............................................................................................................ 53
16 onDe Deve ser PublICADA A CelebrAo? ........................................................................................................................... 53
17 Possvel utIlIZAr os reCursos PArA outrA fInAlIDADe? ......................................................................................... 54
18 QUAIS OS PROCEDIMENTOS DA EXECUO FINANCEIRA? ..................................................................................................... 54
19 QUAIS AS IRREGULARIDADES E FALHAS MAIS FREQUENTES NA EXECUO FINANCEIRA DOS CONVNIOS? ............ 55
20 OBRIGATRIA A LICITAO NA EXECUO DOS CONVNIOS? .......................................................................................... 56
21 QuAIs As IrreGulArIDADes e fAlhAs mAIs freQuentes em ProCessos lICItAtrIos?....................................... 57
22 Como ProCeDer nA ContrAtAo? ........................................................................................................................................ 57
23 QuAIs As IrreGulArIDADes e fAlhAs mAIs freQuentes nA ContrAtAo De terCeIros? ............................... 59
24 Como elAborAr A PrestAo De ContAs? ........................................................................................................................... 59
25 o Que A tomADA De ContAs esPeCIAl (tCe)? ....................................................................................................................60
26 Como o tCu fIsCAlIZA os ConvnIos? ................................................................................................................................... 61
27 onDe AChAr A jurIsPruDnCIA Do tCu sobre ConvnIos? .......................................................................................... 61
28 onDe enContrAr o tCu? ............................................................................................................................................................ 62
refernCIAs ........................................................................................................................................................................................ 63
asPeCtos destaCados da leI de lICItaes: dIsPensa e InexIgIbIlIdade Ricardo Paladino ... 65
IntroDuo ......................................................................................................................................................................................... 65
1 QuAl o embAsAmento PArA A reAlIZAo De umA lICItAo? ................................................................................... 65
2 PArA Que serve umA lICItAo? ...............................................................................................................................................66
3 EXISTEM SITUAES NAS QUAIS A LICITAO NO PRECISA SER REALIZADA? .................................................................. 67
4 QuAIs DIsPosItIvos DA leI no 8.666/93 trAtAm DA DIsPensA De lICItAo? ...............................................................68
5 EXISTE DIFERENA ENTRE DISPENSA DE LICITAO E LICITAO DISPENSADA? .............................................................68
6 QuAnDo CAbvel A DIsPensA De lICItAo? .......................................................................................................................68
7 PoDe o leGIslADor DefInIr, Ao seu Puro ArbtrIo, QuAIs so os CAsos De DIsPensA De lICItAo? ............70
8 Como Deve AGIr o ADmInIstrADor PblICo DIAnte De umA sItuAo Que se enQuADre em umA
hIPtese leGAl De DIsPensA De lICItAo? ......................................................................................................................... 71
9 QuAIs DIsPosItIvos DA leI no 8.666/93 TRATAM DA INEXIGIBILIDADE DE LICITAO? ................................................ 72
10 QUANDO CABVEL A INEXIGIBILIDADE DE LICITAO? ...................................................................................................... 72
11 Como o ADmInIstrADor PblICo PoDe ConstAtAr umA sItuAo Que Demonstre umA
INEXIGIBILIDADE DE LICITAO? ............................................................................................................................................... 73
12 QUAIS AS DIFERENAS ENTRE DISPENSA E INEXIGIBLIDADE DE LICITAO? .................................................................. 74
13 Como o ADmInIstrADor PblICo PoDer AverIGuAr se est DIAnte De umA hIPtese De DIsPensA
OU DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAO? .................................................................................................................................. 75
sumrio
12 XII CIClo de estudos de Controle PblICo da admInIstrao munICIPal
ConCluso ........................................................................................................................................................................................... 76
refernCIAs ........................................................................................................................................................................................ 77
Fontes de reCursos, anteCIPao de reCeIta, dVIda atIVa, PreCatrIos e lanamentos ContbeIs Luiz Cludio viana ................................................................................................. 79
IntroDuo ......................................................................................................................................................................................... 79
1 QuAl A ImPortnCIA e A utIlIDADe Dos reGIstros Por fontes De reCursos? ....................................................... 79
2 Possvel o reGIstro AnteCIPADo De umA reCeItA? .......................................................................................................83
3 QuAl A formA De ContAbIlIZAo DA DvIDA AtIvA? .........................................................................................................85
4 QuAl o ProCeDImento PArA ContAbIlIZAr As multAs De trnsIto? ........................................................................89
5 Como ContAbIlIZAr os reCursos fInAnCeIros Que so rePAssADos CmArA munICIPAl? ............................ 91
6 QuAIs os lAnAmentos Que Devero ser reAlIZADos PArA reGIstrAr A ProvIso PArA frIAs
e DCImo terCeIro sAlrIo? ......................................................................................................................................................92
7 QuAl o CDIGo De reCeItA Que Dever ser utIlIZADo PArA ContAbIlIZAr A ContrIbuIo
De Interveno no DomnIo eConmICo (CIDe)? ...............................................................................................................93
8 QuAnDo DA elAborAo Do bAlAno ConsolIDADo Do munICPIo, o sAlDo DAs trAnsfernCIAs
fInAnCeIrAs reCebIDAs e ConCeDIDAs Deve ser IGuAl? ..................................................................................................93
9 QuAl o CDIGo De reCeItA Que Dever ser utIlIZADo PArA ContAbIlIZAr A ContrIbuIo
PArA o CusteIo Do servIo De IlumInAo PblICA? .......................................................................................................94
10 QuAl A formA De ContAbIlIZAr As oPerAes De CrDIto ADvInDAs De emPrstImos Por ContrAtos? ..94
11 QuAl A formA De ContAbIlIZAr As oPerAes De CrDIto ADvInDAs De emPrstImos Por ttulos? ......... 95
ConCluso ........................................................................................................................................................................................... 97
refernCIAs ........................................................................................................................................................................................ 97
lImItes ConstItuCIonaIs e legaIs e lIQuIdao das desPesas PblICas Paulo Csar Salum e marcos Andr Alves monteiro .................................................................... 99
IntroDuo ......................................................................................................................................................................................... 99
1 sADe ................................................................................................................................................................................................... 99
2 funDo De mAnuteno e DesenvolvImento DA eDuCAo bsICA e De vAlorIZAo
Dos ProfIssIonAIs DA eDuCAo (funDeb) ......................................................................................................................... 105
3 ensIno............................................................................................................................................................................................... 109
4 PessoAl.............................................................................................................................................................................................. 112
5 PoDer leGIslAtIvo ........................................................................................................................................................................114
6 DesPesAs lIQuIDADAs ...................................................................................................................................................................116
ConCluso ......................................................................................................................................................................................... 117
refernCIAs ......................................................................................................................................................................................118
Prestao de Contas de reCursos anteCIPados Cristiane de Souza Reginatto................ 121
IntroDuo ........................................................................................................................................................................................121
1 PARA QUE O MUNICPIO POSSA FAZER O REPASSE DE RECURSOS A TTULO DE CONTRIBUIES, AUXLIOS,
subvenes, ConvnIos ou ADIAntAmento Devem ser verIfICADAs QuAIs normAs? ....................................... 122
2 o Que A PrestAo De ContAs De reCursos AnteCIPADos? ...................................................................................... 122
3 De Que formA os reCursos Devem ser movImentADos? .............................................................................................. 123
sumrio
13tribunal de contas do estado de santa catarina
4 Como Deve se ser feItA A formAlIZAo DA PrestAo De ContAs? ....................................................................... 124
5 o Que Deve Conter umA PrestAo De ContAs De reCurso AnteCIPADo? ............................................................ 124
6 o Que Deve Conter os ComProvAntes DAs DesPesAs PArA fIns De PrestAo De ContAs? ............................ 125
7 PoDem ser ACeItos ComProvAntes De DesPesA fotoCoPIADos? ................................................................................ 126
8 Quem resPonDe Por PrejuZos CAusADos Ao errIo no CAso De IrreGulArIDADes nA PrestAo
De ContAs? ...................................................................................................................................................................................... 127
9 A entIDADe PrIvADA, reCebeDorA Do reCurso, Deve reAlIZAr ProCeDImento lICItAtrIo
PArA ADQuIrIr bens e/ou servIos Que sero utIlIZADos em seu ProveIto? .................................................... 128
10 h DesPesAs Que no PoDem ser ACeItAs nAs PrestAes De ContAs? ................................................................ 129
11 QuAl o PAPel Do ControlADor Interno nA verIfICAo DAs PrestAes De ContAs De reCursos
AnteCIPADos? ................................................................................................................................................................................ 129
12 PoDem-se ACeItAr, nA PrestAo De ContAs, DesPesAs reAlIZADAs PelA entIDADe benefICIADA
Antes DA DAtA Do rePAsse Dos reCursos? ....................................................................................................................... 130
13 Possvel rePAssAr reCursos PArA entIDADe/servIDor Que est Com PenDnCIA em PrestAo
De ContAs? ..................................................................................................................................................................................... 132
14 QuAIs As ImProPrIeDADes reCorrentes verIfICADAs QuAnDo DA AnlIse De PrestAes De
ContAs De reCursos AnteCIPADos? ..................................................................................................................................... 133
ConCluso ........................................................................................................................................................................................ 134
refernCIAs ...................................................................................................................................................................................... 134
legalIdade e legItImIdade das desPesas PblICas: dIrIas, HonorrIos e reVIso geral anual Geraldo Jos Gomes ....................................................................................... 137
IntroDuo .......................................................................................................................................................................................137
1 COMO DEVEM SER FIXADAS AS DIRIAS? ....................................................................................................................................137
2 PODEM SER FIXADAS DIRIAS COM VALORES DIFERENCIADOS PARA CADA REGIO? ................................................... 138
3 PoDe o munICPIo DefInIr Pelo PAGAmento De DIrIAs e De ConCesso De ADIAntAmentos? ..................... 138
4 QUAL O VALOR MXIMO DAS DIRIAS? ...................................................................................................................................... 140
5 Quem tem DIreIto A DIrIAs? .................................................................................................................................................. 140
6 QuAIs so os ProCeDImentos Que AnteCeDem e suCeDem As DIrIAs? ....................................................................141
7 revIso GerAl AnuAl .................................................................................................................................................................. 142
8 honorrIos De suCumbnCIA ................................................................................................................................................. 146
ConCluso ......................................................................................................................................................................................... 147
refernCIAs ..................................................................................................................................................................................... 148
uma VIso dos noVos ProCedImentos ContbeIs Sonia Endler......................................... 151
IntroDuo ........................................................................................................................................................................................ 151
1 QuAl A ProPostA DA novA ContAbIlIDADe PblICA? ....................................................................................................... 152
2 QuAl o PrAZo PArA ImPlAntAo DAs novAs reGrAs DA ContAbIlIDADe PblICA? ......................................... 152
3 Quem Deve utIlIZAr o PlAno De ContAs APlICADo Ao setor PblICo? ................................................................... 152
4 Como fICAm os sIstemAs ContbeIs nA estruturA DA novA ContAbIlIDADe? ..................................................... 152
5 QuAl A estruturA Do novo PlAno De ContAs nACIonAl? ......................................................................................... 153
6 QuAIs so As DemonstrAes ContbeIs DefInIDAs PArA o setor PblICo sob A tICA DA novA
ContAbIlIDADe? ............................................................................................................................................................................ 154
7 De Que formA As DemonstrAes ContbeIs Devem ser APresentADAs? .............................................................155
8 em sntese, Como Devem ser elAborADAs As DemonstrAes ContbeIs obrIGAtrIAs?..............................155
sumrio
14 XII CIClo de estudos de Controle PblICo da admInIstrao munICIPal
ConCluso ........................................................................................................................................................................................ 158
refernCIAs ..................................................................................................................................................................................... 158
aPosentadorIas, Penses e admIsses: Instrues normatIVas nos tC-07/08 e tC-08/10 Reinaldo Gomes Ferreira ........................................................................................................... 159
IntroDuo ....................................................................................................................................................................................... 159
1 objetIvo DA Insero DA novA normA ................................................................................................................................ 160
2 A Quem se DestInA estA normA? ............................................................................................................................................ 160
3 Que Atos De PessoAl se submetem s reGrAs DestA normA? .....................................................................................161
4 QuAIs os DoCumentos Que Devem ser remetIDos Ao trIbunAl De ContAs? .........................................................161
5 QuAIs os DoCumentos Que Devem PermAneCer nA unIDADe GestorA PArA PorterIor APreCIAo
Pelo trIbunAl De ContAs? ........................................................................................................................................................ 166
6 Pontos relevAntes ..................................................................................................................................................................... 168
ConCluso ......................................................................................................................................................................................... 170
refernCIAs ....................................................................................................................................................................................... 171
resPonsabIlIdade Por atos de gesto: Casos PrtICos de aPlICao de dbIto e multas Anne Cristhine Brasil Costa e Caroline de Souza ......................................................................... 173
IntroDuo ........................................................................................................................................................................................173
1 DIrIAs ...............................................................................................................................................................................................173
2 ContrAtAo De ContADor e ADvoGADo PelAs CmArAs munICIPAIs ......................................................................175
3 HORAS EXTRAS................................................................................................................................................................................. 179
4 ADICIonAl De InsAlubrIDADe, PerICulosIDADe e PenosIDADe ................................................................................... 182
5 CArGos em ComIsso ................................................................................................................................................................... 184
ConCluso ........................................................................................................................................................................................ 187
refernCIAs ..................................................................................................................................................................................... 187
Contratao de serVIdores temPorrIos e terCeIrIZados sob a tICa do mPsC Ricardo Paladino ....................................................................................................................... 191
IntroDuo ........................................................................................................................................................................................191
1 QuAIs so os PreCeItos ConstItuCIonAIs relAtIvos s ContrAtAes temPorrIAs?.....................................191
2 QUAL A EFICCIA DO INCISO IX DO ART. 37 DA CRFB/88? ................................................................................................... 192
3 QUAL SERIA A LEI REFERIDA NO INCISO IX DO ART. 37 DA CRFB/88? .................................................................................. 192
4 QUAIS SITUAES PODEM SER PREVISTAS NA LEI REFERIDA NO INCISO IX DO ART. 37 DA CRFB/88? ........................ 193
5 Possvel reAlIZAr ContrAtAes temPorrIAs PArA AtenDer neCessIDADes PermAnentes
DA ADmInIstrAo PblICA? ..................................................................................................................................................... 198
6 POSSVEL REALIZAR CONTRATAES TEMPORRIAS SEM A EXISTNCIA DA LEI REFERIDA NO INCISO IX
Do Art. 37 DA Crfb/88? ................................................................................................................................................................. 199
7 QuAIs so os reQuIsItos PArA se fAZer ContrAtAes temPorrIAs? .................................................................. 200
8 As ContrAtAes temPorrIAs Devem ser PreCeDIDAs De ProCesso seletIvo?................................................ 201
9 o Que se entenDe Por servIDores terCeIrIZADos? ....................................................................................................... 201
10 em QuAIs sItuAes PermItIDA A ContrAtAo De servIDores terCeIrIZADos? .......................................... 201
11 o Que se entenDe Por AtIvIDADe-meIo DA ADmInIstrAo PblICA? .....................................................................203
sumrio
15tribunal de contas do estado de santa catarina
12 em QuAIs sItuAes A terCeIrIZAo De AtIvIDADe-meIo PoDe CArACterIZAr burlA Ao ConCurso
PblICo? ........................................................................................................................................................................................ 203
ConCluso ........................................................................................................................................................................................205
refernCIAs ......................................................................................................................................................................................206
edItaIs, ProJetos e oramentos, FIsCalIZaes e obras ParCeladas Pedro Jorge Rocha de Oliveira, Alysson mattje e Rogrio Loch ................................................ 209
IntroDuo .......................................................................................................................................................................................209
1 eDItAIs .............................................................................................................................................................................................. 210
2 Projetos e orAmentos ........................................................................................................................................................... 213
3 fIsCAlIZAo De obrA ................................................................................................................................................................. 216
4 obrAs PArCelADAs ....................................................................................................................................................................... 219
ConCluso ......................................................................................................................................................................................... 221
refernCIAs ...................................................................................................................................................................................... 221
e-sFInge obras Pedro Jorge Rocha de Oliveira, Alysson mattje e Gustavo Simon Westphal ........................................................................................................ 223
IntroDuo ....................................................................................................................................................................................... 223
1 sItuAo DAs unIDADes GestorAs nA reGIo ....................................................................................................................223
2 PrInCIPAIs ProCeDImentos PArA InformAes Ao e-obrAs ........................................................................................224
3 PrInCIPAIs DvIDAs Dos usurIos Do e-sfInGe obrAs ................................................................................................... 231
ConCluso ......................................................................................................................................................................................... 235
refernCIAs ...................................................................................................................................................................................... 235
regIstro de Preos Flvia Letcia Fernandes Baesso martins ............................................. 237
IntroDuo ....................................................................................................................................................................................... 237
1 QuAIs so As moDAlIDADes Que PoDem ser utIlIZADAs PArA A reAlIZAo Do reGIstro De Preos
e os objetos lICItveIs? ............................................................................................................................................................ 237
2 A unIDADe tem A obrIGAtorIeDADe De ADQuIrIr os QuAntItAtIvos PrevIstos? ................................................240
3 h neCessIDADe De InDICAo Dos reCursos orAmentrIos PArA A reAlIZAo De lICItAo
Por meIo De reGIstro De Preos (rP)? .................................................................................................................................243
4 QuAl o PrAZo De vAlIDADe DA AtA De reGIstro De Preos? ........................................................................................244
5 Possvel A reAlIZAo De AlterAes nA AtA De reGIstro De Preos? ............................................................245
6 o Que CAronA AtA De reGIstro De Preos? Possvel A suA reAlIZAo? .................................................. 247
ConCluso ........................................................................................................................................................................................248
refernCIAs .....................................................................................................................................................................................249
PrInCIPaIs Pontos ConsIderados na anlIse das lICItaes Otto Csar Ferreira Simes . 251
IntroDuo ....................................................................................................................................................................................... 251
1 lICItAo Por lote ou Por Item? ........................................................................................................................................... 251
2 QuAl nDICe Devo utIlIZAr PArA reAjustAr o ContrAto? .......................................................................................... 253
sumrio
16 XII CIClo de estudos de Controle PblICo da admInIstrao munICIPal
3 QuAl nDICe Devo utIlIZAr PArA AvAlIAr A sItuAo eConnICo-fInAnCeIrA DAs emPresAs
PArtICIPAntes? ..............................................................................................................................................................................254
4 QUANDO DEVE SER EXIGIDA A ENTREGA E REALIZADA A AVALIAO DA AMOSTRA? ..................................................... 255
5 QuAl A formA CorretA De DIsCrImInAr A ClAssIfICAo funCIonAl? .................................................................... 255
6 Como A Ao Deve estAr DesCrItA nA leI orAmentrIA? ..........................................................................................256
7 EXISTE NECESSIDADE DE INFORMAR O ELEMENTO DE DESPESA NA LICITAO? ............................................................258
8 Posso utIlIZAr lImItAes De DIstnCIA nA lICItAo? ..............................................................................................258
9 nA ContrAtAo De servIos neCessrIA A elAborAo De Projeto bsICo? ................................................259
10 o ContrAto De rIsCo ACeIto Pelo trIbunAl De ContAs? ........................................................................................259
11 QuAnDo Possvel ContrAtAr ConsultorIA ou AssessorIA? ..................................................................................260
12 Como Devo ProCeDer PArA no frACIonAr A DesPesA? ..............................................................................................260
13 QuAIs InCIsos e AlneAs Dos Arts. 40 e 55, DA leI no 8.666/93, Que mAIs APresentAm restrIes
nA AnlIse DAs lICItAes? .................................................................................................................................................... 261
ConCluso .........................................................................................................................................................................................262
refernCIAs ......................................................................................................................................................................................263
ConCesses Sandro Luiz Nunes ........................................................................................... 267
IntroDuo ....................................................................................................................................................................................... 267
1 QuAl o tIPo De lICItAo mAIs ADeQuADo PArA A ConCesso De trAnsPorte ColetIvo? ............................... 267
2 A DefInIo PrvIA Do PlAno De sAneAmento bsICo ConDIo PArA A ConCesso Dos servIos? ........269
3 neCessrIA A APresentAo Do estuDo De vIAbIlIDADe tCnICA e eConmICo-fInAnCeIrA
DA PrestAo Dos servIos?.................................................................................................................................................... 271
4 CorretA A PrevIso De ProrroGAo Do PrAZo DA ConCesso sem DefInIo DAs ConDIes
mnImAs neCessrIAs PrevIAmente no ContrAto? .......................................................................................................273
5 neCessrIA A PrvIA De AuDInCIA e ConsultA PblICAs sobre o eDItAl De lICItAo e mInutA
Do ContrAto? ................................................................................................................................................................................274
6 neCessrIA A DefInIo De CrItrIos, InDICADores, frmulAs e PArmetros DefInIDores
DA QuAlIDADe Dos servIos ConCeDIDos? ......................................................................................................................... 275
7 Possvel A PrevIso De CrItrIos subjetIvos PArA PontuAo DAs ProPostAs tCnICAs? ........................ 275
8 neCessrIA A DesIGnAo DA entIDADe De reGulAo e fIsCAlIZAo? e QuAIs os seus PoDeres
reGulAmentAres? .......................................................................................................................................................................276
ConCluso ......................................................................................................................................................................................... 278
refernCIAs ...................................................................................................................................................................................... 279
InConsIstnCIas dos dados enVIados atraVs do sIstema e-sFInge Eduardo Corra Tavares ............................................................................................................ 281
IntroDuo ....................................................................................................................................................................................... 281
1 Que DADos Devem ser envIADos Ao tCe/sC? ....................................................................................................................... 281
2 QuAl A ImPortnCIA Destes DADos? .....................................................................................................................................282
3 QuAIs os PrAZos PArA o envIo? ..............................................................................................................................................282
4 Quem so os resPonsveIs Pelo envIo e Pelos DADos? ................................................................................................283
5 Como os DADos so envIADos? ................................................................................................................................................283
6 o Que so InConsIstnCIAs no sIstemA e-sfInGe? ..........................................................................................................284
7 o Que so ImPeDItIvos? ..............................................................................................................................................................285
8 o Que so AlertAs? ......................................................................................................................................................................286
sumrio
17tribunal de contas do estado de santa catarina
9 e o ProCesso DIGItAl De AlertA? tem AlGumA relAo Com As InConsIstnCIAs AutomtICAs
Do e-sfInGe? ...................................................................................................................................................................................287
10 Como As InConsIstnCIAs AutomtICAs PoDem AjuDAr? ...........................................................................................287
11 QuAIs As InConsIstnCIAs reCorrentes e Como soluCIon-lAs? ...........................................................................288
12 h AlGumA InConsIstnCIA Que no ACusADA AutomAtICAmente Pelo sIstemA? ........................................289
13 Como reAlIZAr o DesCArte ou retorno De ComPetnCIA? .......................................................................................289
14 suPerADAs As InConsIstnCIAs, Como oCorre A ConfIrmAo DA remessA? .....................................................290
ConCluso ......................................................................................................................................................................................... 291
refernCIAs ..................................................................................................................................................................................... 291
elaborao dos relatrIos de Controle Interno enVIados ao tCe/sC Teresinha de Jesus Basto da Silva .............................................................................................. 293
IntroDuo .......................................................................................................................................................................................293
1 O QUE SE PODE ENTENDER POR CONTROLE INTERNO E CONTROLE EXTERNO? ...............................................................294
2 QUAL A VINCULAO DO CONTROLE INTERNO COM O CONTROLE EXTERNO? .................................................................294
3 QuAIs As DIferenAs entre Controle Interno e sIstemA De Controle Interno? ..........................................295
4 onDe est DIsCIPlInADA A AtuAo Do sIstemA De Controle Interno no mbIto munICIPAl? ...................296
5 onDe esto ConsIGnADos nA leGIslAo emAnADA Do trIbunAl De ContAs A PerIoDICIDADe De
remessA e os Pontos PrInCIPAIs A serem AborDADos nos relAtrIos De Controle Interno? ...................298
6 QuAIs so os objetIvos e As vAntAGens DA efetIvA AtuAo Do sIstemA De Controle Interno? ............ 300
7 A Quem so DestInADAs As InformAes Dos relAtrIos De Controle Interno? .......................................... 300
8 Quem so os resPonsveIs PelA remessA Dos relAtrIos De Controle Interno Ao tCe/sC? ..................... 301
9 QuAIs As sItuAes Que PoDem ensejAr ImPutAo De resPonsAbIlIDADe solIDrIA Ao
enCArreGADo PelA unIDADe CentrAl De Controle Interno? ................................................................................. 302
10 QuAnDo PreCIso ProCeDer A elAborAo De relAtrIo De Controle Interno esPeCfICo? .................303
11 o Que Deve ConstAr e o Que no Deve ConstAr nos relAtrIos De Controle Interno? ............................303
ConCluso .........................................................................................................................................................................................305
refernCIAs .....................................................................................................................................................................................305
tomada de Contas esPeCIal marcelo Brognoli da Costa .................................................... 307
IntroDuo ....................................................................................................................................................................................... 307
1 o Que tomADA De ContAs? ......................................................................................................................................................308
2 o Que h De esPeCIAl nA tomADA De ContAs esPeCIAl? ................................................................................................308
3 o Que tomADA De ContAs esPeCIAl?...................................................................................................................................308
4 onDe est A PrevIso leGAl? ..................................................................................................................................................309
5 A tomADA De ContAs esPeCIAl PoDe ser substItuDA Por umA sInDICnCIA ou Por um ProCesso
ADmInIstrAtIvo DIsCIPlInAr? ................................................................................................................................................ 309
6 A QuAl esferA De resPonsAbIlIDADe se vInCulA A tomADA De ContAs esPeCIAl? ..............................................309
7 Por Que Deve ser InstAurADA A tomADA De ContAs esPeCIAl? .................................................................................. 310
8 Que benefCIo trAZ A tomADA De ContAs esPeCIAl PArA A AutorIDADe ADmInIstrAtIvA? ............................. 310
9 O QUE OCORRE COM A AUTORIDADE ADMINISTRATIVA QUE DEIXAR DE INSTAURAR A TOMADA DE CONTAS
esPeCIAl? ......................................................................................................................................................................................... 310
10 DEVIDA A INSTAURAO DE TOMADA DE CONTAS ESPECIAL SE EXISTIREM AES JUDICIAIS EM
rAZo Do fAto Que A DetermInA? .........................................................................................................................................311
11 h Como no InstAurAr umA tomADA De ContAs esPeCIAl? ......................................................................................311
sumrio
18 XII CIClo de estudos de Controle PblICo da admInIstrao munICIPal
12 no Que ConsIstem As ProvIDnCIAs ADmInIstrAtIvAs? ...............................................................................................311
13 At QuAnDo Possvel ADotAr ProvIDnCIAs ADmInIstrAtIvAs? .......................................................................... 312
14 Como enCerrAr As ProvIDnCIAs ADmInIstrAtIvAs? ................................................................................................... 312
15 o Que termo De resPonsAbIlIDADe e ComPosIo? ................................................................................................... 313
16 QuAIs os efeItos Do termo De resPonsAbIlIDADe e ComPosIo? ......................................................................... 313
17 QuAlQuer PessoA Que CAuse DAno Ao errIo PoDe fIrmAr termo De resPonsAbIlIDADe
e ComPosIo? .............................................................................................................................................................................. 313
18 QuAl A DIferenA entre ProCesso e ProCeDImento? ................................................................................................. 314
19 A tomADA De ContAs esPeCIAl um ProCeDImento ou um ProCesso? .................................................................. 314
20 Que CuIDADo neCessrIo PArA Que A ADmInIstrAo PblICA AsseGure efetIvIDADe
no ProCeDImento De tomADA De ContAs esPeCIAl? .................................................................................................... 314
21 h fAses DIstIntAs nA tomADA De ContAs esPeCIAl? ................................................................................................... 315
22 AS FASES INTERNA E EXTERNA SEMPRE OCORREM EM UMA TOMADA DE CONTAS ESPECIAL? .................................. 315
23 Como surGe umA tomADA De ContAs esPeCIAl no mbIto De um rGo ou ente DA ADmInIstrAo
PblICA? ......................................................................................................................................................................................... 316
24 A Quem ComPete InICIAr A tomADA De ContAs esPeCIAl nA fAse InternA? ......................................................... 316
25 Quem Deve Desenvolver A tomADA De ContAs esPeCIAl nA fAse InternA? ....................................................... 316
26 Quem PoDe InteGrAr umA ComIsso De tomADA De ContAs esPeCIAl? .................................................................317
27 o Que ComPete ComIsso De tomADA De ContAs esPeCIAl ou Ao tomADor De ContAs? ..............................317
28 Quem PoDe fIGurAr no Polo PAssIvo DA tomADA De ContAs esPeCIAl, ou sejA,
ser resPonsAbIlIZADo em umA tomADA De ContAs esPeCIAl?.................................................................................. 317
29 o Que Deve ser observADo PArA CumPrImento Dos fIns DA tomADA De ContAs esPeCIAl nA fAse
InternA? ........................................................................................................................................................................................ 318
30 Como se enCerrA o trAbAlho DA ComIsso De tomADA De ContAs esPeCIAl? .................................................. 319
31 QuAl o PAPel Do rGo resPonsvel Pelo Controle Interno PerAnte A tomADA De
ContAs esPeCIAl? ........................................................................................................................................................................ 319
32 h julGAmento nA fAse InternA DA tomADA De ContAs esPeCIAl? .......................................................................320
33 PoDe A AutorIDADe ADmInIstrAtIvA resPonsAbIlIZAr e APlICAr multA em umA tomADA De ContAs
esPeCIAl? ...................................................................................................................................................................................... 320
34 Deve-se enCAmInhAr A tomADA De ContAs esPeCIAl PArA o trIbunAl De ContAs se InConClusA,
em rAZo Do trmIno Do PrAZo? ........................................................................................................................................ 320
35 se o PrAZo estIver se enCerrAnDo e A tomADA De ContAs esPeCIAl no estIver ConCluDA
o Que Deve ser feIto? .............................................................................................................................................................. 321
36 ONDE OCORRE A FASE EXTERNA DA TOMADA DE CONTAS ESPECIAL? .............................................................................. 321
37 Como surGe umA tomADA De ContAs esPeCIAl no trIbunAl De ContAs? ............................................................. 321
38 A tomADA De ContAs esPeCIAl ConstItuI um ProCesso no trIbunAl De ContAs? ............................................ 321
39 Como se estAbeleCe A relAo Do trIbunAl De ContAs Com o resPonsAbIlIZADo em umA
tomADA De ContAs esPeCIAl? ................................................................................................................................................322
40 Que DeCIses PoDem resultAr Do julGAmento De um ProCesso De tomADA De ContAs esPeCIAl? ........322
41 COMO SE D A EXECUO DE UMA DECISO CONDENATRIA EM UMA TOMADA DE CONTAS ESPECIAL? ................323
42 O QUE SE ENTENDE POR TTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL? ........................................................................................323
43 h reCursos De umA DeCIso em tomADA De ContAs esPeCIAl?..............................................................................324
44 SE EXISTIR PROCESSO JUDICIAL ENVOLVENDO O MESMO FATO OBJETO DA TOMADA DE CONTAS
ESPECIAL DEVE-SE EXTINGUI-LA? .............................................................................................................................................324
ConCluso ......................................................................................................................................................................................... 325
refernCIAs ......................................................................................................................................................................................326
sumrio
19tribunal de contas do estado de santa catarina
atuao do Controle Interno em aPoIo ao Controle externo:
aPlICao do art. 74, IV, da CrFb/88
Elia Rosa da SilvaAdvogada
INTRODUO
trata-se de exposio sobre a atuao do sistema de controle interno em apoio ao controle ex-
terno, conforme estabelecido no art. 74, Iv, da Constituio da repblica federativa do brasil de 1988
(Crfb/88).
o tema ser apresentado sob o formato de perguntas e respostas e as primeiras perguntas ver-
saro sobre assuntos que devem ser previamente esclarecidos porque circundam o tema principal, tais
como o significado de controle da administrao pblica, a definio de controle interno e de sistema
de controle interno, seu fundamento jurdico e as suas finalidades. Na sequncia, sero abordadas as
diversas formas pelas quais o controle interno pode apoiar o tribunal de Contas, seja mediante a emis-
so de parecer em processos que devem ser submetidos ao julgamento ou anlise da Corte de Contas,
seja acompanhando o cumprimento de determinao dirigida ao Prefeito ou Presidente da Cmara,
bem como na elaborao de relatrios.
1 O QUE SIGNIFICA CONTROLE DA ADMINISTRAO PBLICA?
Controle da Administrao Pblica designa as numerosas espcies de controle que incidem so-
bre a Administrao, sejam eles internos ou externos e consiste no dever atribudo pela Constituio
Federal ou pela prpria lei, de fiscalizao, correo e orientao da atuao dos agentes pblicos no
exerccio de suas funes, tendo por escopo adequar as aes administrativas ao ordenamento jurdi-
co. (GuImAres, 2002, p. 28).
20 XII CIClo de estudos de Controle PblICo da admInIstrao munICIPal
2 O QUE CONTROLE INTERNO?
Controle interno, tambm conhecido como controle administrativo e autocontrole, constitui es-
pcie de controle da Administrao Pblica e designa os vrios tipos de fiscalizao existentes no inte-
rior da prpria Administrao Pblica.
3 O QUE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO?
sistema de Controle Interno o conjunto de normas, atividades, procedimentos, mtodos, rotinas,
bem como de unidades da estrutura organizacional da Administrao Pblica estadual ou municipal com
atuao articulada, visando o controle interno da gesto administrativa (art. 4o da In tC-03/07).
4 QUAIS OS FUNDAMENTOS JURDICOS DO SISTEMA DE CONTROLE
INTERNO DO MUNICPIO?
Os fundamentos jurdicos do sistema de controle interno, no mbito municipal, esto consolida-
dos nos arts. 31 e 74 da Constituio federal de 1988, e no art. 113 da Constituio estadual de 1989.
5 DE QUE FORMA POSSVEL ASSEGURAR A ATUAO INTEGRADA DO
SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DO MUNICPIO?
o funcionamento do sistema de controle interno de forma integrada conforme o modelo dese-
nhado pela Constituio federal requer a criao de uma unidade administrativa ou a designao de
um agente encarregado da coordenao das diversas unidades que compem o referido sistema.
6 A OBRIGATORIEDADE DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE
CONTROLE INTERNO DE FORMA INTEGRADA APENAS PARA O
PODER EXECUTIVO MUNICIPAL?
no. A Crfb/88, no art. 74, deu novos contornos ao controle interno previsto no art. 76 da lei
no 4.320/64, inicialmente, como uma das modalidades do controle administrativo, deixando claro que
o mesmo deve operar de forma integrada em todos os Poderes do ente governamental. Como a norma
foi inserida na seo que disciplina a fiscalizao contbil, financeira e oramentria da Unio, sua
aplicabilidade se restringe esfera federal. Entretanto, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios
devem se adequar aos comandos do art. 74 por fora do princpio da simetria (art. 25, c/c art. 11, par-
ATUAO DO CONTROLE INTERNO EM APOIO AO CONTROLE EXTERNO: APLICAO DO ART. 74, IV, DA CRfb/88
21tribunal de contas do estado de santa catarina
grafo nico, do ADCt) tambm consagrado no art. 75 da Crfb/88, criando, tanto no mbito do Poder
executivo quanto no Poder legislativo, as suas unidades coordenadoras ou designando agente pblico
para responder pela coordenao, a fim de assegurar a integrao entre as diversas unidades que com-
pem o sistema de controle interno de cada Poder, almejada pelo constituinte de 1988.
este entendimento encontra-se consolidado no Prejulgado no 1900 (sAntA CAtArInA, 2009)
do qual se extrai o seguinte trecho:
o controle interno da Cmara municipal feito por meio de unidade de controle interno a ser
instituda por ato (Resoluo) da Cmara Municipal, com a finalidade de executar a verificao,
acompanhamento e providncias para correo dos atos administrativos e de gesto fiscal pro-
duzidos pelos seus rgos e autoridades no mbito do prprio Poder, visando observncia dos
princpios constitucionais da legalidade, da publicidade, da razoabilidade, da economicidade, da
eficincia e da moralidade, bem como para auxiliar o controle externo.
A instituio do controle interno decorre originariamente do art. 31, caput, c/c o art. 74, da Cf,
estando previsto pelos arts. 60 a 64 e 119 da lei Complementar estadual no 202, de 2000 (lei
orgnica do tribunal de Contas), com a redao da lC no 246, de 2003. o controle interno de-
corre do dever de regularidade dos atos administrativos, que se realiza com o acompanhamento
e a fiscalizao efetiva e contnua para detectar eventuais irregularidades e prevenir desvios ou
ilegalidades e para fins de auxiliar o controle externo exercido pelo Tribunal de Contas.
[]
7 QUAIS AS CONSEQUNCIAS PARA O PREFEITO E PARA O PRESIDENTE
DA CMARA QUE NO ORGANIZAREM O SISTEMA DE CONTROLE
INTERNO NOS PADRES EXIGIDOS PELA CONSTITUIO FEDERAL?
A falta de uma unidade especfica ou de um agente pblico habilitado para responder pela funo
de coordenador do sistema de controle interno no Poder Executivo e no Poder Legislativo dos Munic-
pios caracteriza grave violao s normas constitucionais estabelecidas nos arts. 31 e 74 da Constituio
federal, c/c o art. 113 da Constituio do estado. esta omisso no tem sido mais tolerada pelo tribunal
de Contas de Santa Catarina a partir do exerccio de 2004, em conformidade com o disposto no art. 119
da lei Complementar no 202, de 15 de dezembro de 2000, alterado pela Lei Complementar no 246/03,
o qual estabeleceu um prazo que expirou no final do exerccio de 2003, para funcionamento do sistema
de controle interno de forma integrada nos respectivos poderes. A constatao da omisso no curso de
qualquer fiscalizao ou no exame da prestao de contas sujeita o responsvel s sanes estabelecidas
no art. 70 da lei orgnica do tribunal de Contas, conforme se extrai do Acrdo no 0527/08, prolatado
no julgamento do PCA-05/04262068 (sAntA CAtArInA, 2010a, grifo do autor):
Elia Rosa da silva
22 XII CIClo de estudos de Controle PblICo da admInIstrao munICIPal
Prestao de contas de administrador. Contas irregulares com dbito. Ausncia de prestao
de contas dos adiantamentos feitos. Pagamentos irregulares. Diversas restries. multa. Ine-
xistindo a prestao de contas dos adiantamentos realizados, bem como havendo o paga-
mento irregular e a configurao de diversas restries, a aplicao da multa prevista no
art. 70 da Lei Complementar no 202/00 e o julgamento irregular das contas so medidas
que se impem.
2.2 Aplicar ao [...] conforme previsto no art. 70, II da lei Complementar no 202/00, as multas
abaixo relacionadas, fixando-lhe o prazo de 30 (trinta) dias, a contar da publicao deste Acrdo
no Dirio Oficial do Estado, para comprovar ao Tribunal o recolhimento ao Tesouro do Estado
das multas cominadas, ou interpor recurso na forma da lei, sem o que, fica desde logo autorizado
o encaminhamento da dvida para cobrana judicial, observado o disposto nos arts. 43, II, e 71 da
lei Complementar no 202/00:
[...]
2.2.5 R$ 400,00 (quatrocentos reais), em face da ausncia da organizao de controle interno, em
atendimento ao art. 119, da lei Complementar no 202/00 (item 8 do relatrio da DCe);
8 QUAIS AS FINALIDADES DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO?
A Constituio Federal estabelece nos incisos I a IV do art. 74 as seguintes finalidades do sistema
de controle interno:
I avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo dos programas
de governo e dos oramentos;
II comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e eficincia da gesto or-
amentria, financeira e patrimonial nos rgos e entidades da administrao federal, bem como da
aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado;
III exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da unio;
IV apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional.
Do dispositivo supracitado, extrai-se que a atuao do sistema de controle interno nos trs
nveis de governo abrange aspectos de resultado da gesto oramentria, financeira e patrimonial
(eficincia e eficcia); alcance de metas; execuo de programas governamentais e, ainda, os aspectos
administrativo-legais (conformidade dos atos de gesto s normas legais e aos princpios constitu-
cionais).
ATUAO DO CONTROLE INTERNO EM APOIO AO CONTROLE EXTERNO: APLICAO DO ART. 74, IV, DA CRfb/88
23tribunal de contas do estado de santa catarina
9 A QUEM COMPETE ESTABELECER AS ATRIBUIES DA
COORDENAO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO?
Cabe legislao municipal que dispuser sobre a matria definir as atribuies da coordenao
do sistema de controle interno definir, que devem estar alinhadas s normas constitucionais estabeleci-
das no art. 74 da Constituio federal. entretanto, o modelo de controle interno desenhado pelo orde-
namento jurdico brasileiro permite que normas esparsas como a Lei no 4.320/64, a lei Complementar
no 101/00 (lei de responsabilidade fiscal), a lei Complementar no 202/00 (lei orgnica do tribunal
de Contas) estabeleam outras atribuies coordenao do sistema de controle interno do Municpio,
conforme ser demonstrado no presente trabalho.
10 DE QUE FORMA O CONTROLE INTERNO PODE APOIAR O CONTROLE
EXTERNO
Alm das atividades de fiscalizao e de assessoramento que o controle interno deve prestar ao Chefe
dos respectivos Poderes, extrai-se do art. 74 da Constituio federal que o mesmo deve, ainda, auxiliar o
controle externo no exerccio de sua misso institucional, conforme ser demonstrado na sequncia.
11 O TRIBUNAL DE CONTAS PODE DETERMINAR AO CONTROLE
INTERNO A REALIZAO DE AUDITORIAS NAS UNIDADES SUJEITAS
AO SEU CONTROLE?
sim. De acordo com o teor do art. 61, I, da lei complementar no 202/00, o controle interno deve
organizar e executar, por iniciativa prpria ou por determinao do Tribunal de Contas do Estado,
programao de auditorias contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial nas unidades
administrativas sob seu controle, enviando ao tribunal os respectivos relatrios.
Deve, ainda, realizar, por sua iniciativa, auditoria nas contas dos responsveis sob seu controle,
emitindo relatrio, certificado e parecer, conforme estabelece o art. 61, II, da citada Lei. O relatrio,
certificado e parecer so documentos exigidos nas auditorias de avaliao de gesto e em auditorias
de tomadas de contas especiais. o contedo destes instrumentos detalhado pelo tCu por meio de
deciso normativa, de acordo com a natureza jurdica de cada unidade jurisdicionada, conforme esta-
belecido no art. 4o da In no 47, de 2004, do tribunal de Contas da unio1.
Elia Rosa da silva
1 Relatrio o documento que reflete os resultados dos exames efetuados pelo Sistema de Controle Interno. Normalmente o relatrio am-plo e abrangente, pois o seu contedo ir servir de base para a emisso do certificado e do parecer. Certificado de auditoria o documento emitido na verificao das contas dos responsveis pela aplicao, utilizao ou guarda de bens e valores pblicos, e de todo aquele que der causa perda, subtrao ou estrago de valores, bens e materiais de propriedade ou responsabilidade da Unio, ou seja, o certificado ser
24 XII CIClo de estudos de Controle PblICo da admInIstrao munICIPal
12 QUE PROVIDNCIAS O RESPONSVEL PELO CONTROLE INTERNO
DEVE ADOTAR QUANDO CONSTATAR IRREGULARIDADES DE QUE
RESULTE PREJUZO AO ERRIO?
o responsvel pelo controle interno deve levar os fatos ao conhecimento da autoridade adminis-
trativa competente e sugerir a adoo de providncias administrativas para o saneamento. Alm disso,
seu dever alertar formalmente a autoridade sobre a necessidade de instaurar tomada de Contas es-
pecial quando no for possvel a composio de outra forma, em conformidade com o disposto no art.
61, inciso III, da lei Complementar no 202/00 e art. 6o da Instruo normativa no tC-03/07, alterada
pela Instruo normativa no tC-06/08.
13 OBRIGATRIA A PARTICIPAO DO RESPONSVEL PELO
CONTROLE INTERNO NO PROCESSO DE PRESTAO DE CONTAS
ANUAL(PCP)?
sim. o responsvel pelo controle interno deve elaborar o relatrio do rgo central do sistema de
controle interno (unidade coordenadora do sistema) do Poder executivo, sobre a execuo dos ora-
mentos de que trata o art. 120, 4o, da Constituio estadual. este relatrio deve acompanhar o processo
de prestao de contas anual (PCP) e conter, no mnimo, os elementos e informaes previstos no art.
84 do regimento Interno do tCe/sC.
14 O RESPONSVEL PELO CONTROLE INTERNO DEVE MANIFESTAR-
SE NO PROCESSO DE PRESTAO DE CONTAS DE RECURSOS
ANTECIPADOS?
sim. o responsvel pelo controle interno deve emitir parecer sobre a regularidade das prestaes de
contas de recursos antecipados ou repassados a entidades privadas e mant-las sob sua guarda, em conformi-
dade com o disposto no art. 44, da resoluo no tC-16/94 c/c art. 61, II, da lei Complementar no 202/00.
Compete-lhe, ainda, alertar a autoridade administrativa para a instaurao de tomada de Contas
Especial dos beneficirios de recursos antecipados que deixarem de prestar contas no prazo estabelecido,
conforme dispe o art. 54 da resoluo no tC-16/94, c/c art. 61, III, da lei Complementar no 202/00.
ATUAO DO CONTROLE INTERNO EM APOIO AO CONTROLE EXTERNO: APLICAO DO ART. 74, IV, DA CRfb/88
emitido aps anlise do processo de contas, por meio de uma auditoria de avaliao de gesto. O certificado pode ser de regularidade, de regularidade com ressalva ou de irregularidade. Parecer de auditoria emitido pelo dirigente do rgo de controle interno p